59
Programa de Multiplicação Seriada de Conhecimentos em Produtos e Serviços Encontro de Trabalho Derivativos Fazer aprendendo, Aprender fazendo. Banco do Brasil Diretoria de Finanças Diretoria Gestão de Pessoas junho 2007

DERIVATIVOS

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: DERIVATIVOS

Programa de Multiplicação Seriada de Conhecimentos

em Produtos e Serviços

Encontro de Trabalho

Derivativos

Fazer aprendendo, Aprender fazendo.

Banco do Brasil Diretoria de Finanças

Diretoria Gestão de Pessoas junho 2007

Page 2: DERIVATIVOS

Encontro de Trabalho – Derivativos Caderno do Participante

Universidade Corporativa Banco do Brasil

2

Page 3: DERIVATIVOS

Encontro de Trabalho – Derivativos Caderno do Participante

Universidade Corporativa Banco do Brasil

3

Papel

Desenvolver a excelência humana e profissional de seus públicos, por

meio da criação de valor em soluções educacionais, contribuindo para a

melhoria do desempenho organizacional e o fortalecimento da imagem

institucional do Banco do Brasil

Pressupostos Educacionais

O Profissional do Banco do Brasil é...

Sujeito de seu processo formativo. Participa da ação que gera o

seu próprio crescimento e o desenvolvimento da organização.

Ser situado histórica e culturalmente, capaz de compreender e

transformar sua realidade.

Ser de consciência, com capacidade de apreensão e análise

crítica, capaz de lidar com a complexidade de seu mundo.

Ser de liberdade, capaz de superar os condicionamentos de sua

situação e nela intervir, aceitando-a, rejeitando-a ou

transformando-a.

Pessoa que, ao lidar com os desafios profissionais, faz a

diferença, na medida em que detém conhecimentos e capacidade

intelectual que conferem caráter único à Empresa.

Agente de resultados, capaz de posicionar a empresa na liderança

dos mercados em que atua.

Sujeito atuante no desenvolvimento das pessoas com as quais se

relaciona, compartilhando o conhecimento no convívio pessoal e

profissional.

Page 4: DERIVATIVOS

Encontro de Trabalho – Derivativos Caderno do Participante

Universidade Corporativa Banco do Brasil

4

Page 5: DERIVATIVOS

Encontro de Trabalho – Derivativos Caderno do Participante

Universidade Corporativa Banco do Brasil

5

Carta de Princípios da RSA no Banco do Brasil

O Banco do Brasil se compromete a:

1. Atuar em consonância com valores universais, tais como direitos humanos, princípios e direitos fundamentais do trabalho, princípios sobre meio ambiente e desenvolvimento;

2. Reconhecer que todos os seres são interligados e que toda forma de vida é importante;

3. Repelir preconceitos e discriminações de gênero, orientação sexual, etnia, raça, credo ou de qualquer espécie;

4. Fortalecer a visão da Responsabilidade Sócio-Ambiental como investimento permanente e necessário para o futuro da humanidade;

5. Perceber e valer-se da posição estratégica da corporação BB nas relações com o Governo, o Mercado e a Sociedade Civil para adotar modelo próprio de gestão da Responsabilidade Sócio-Ambiental à altura da corporação e dos desafios do Brasil contemporâneo;

6. Ter a transparência, a ética e o respeito ao meio ambiente como balizadores das práticas administrativas e negociais da Empresa;

7. Pautar relacionamentos com terceiros a partir de critérios que observem os princípios de responsabilidade sócio-ambiental e promovam o desenvolvimento econômico e social;

8. Estimular, difundir e implementar práticas de desenvolvimento sustentável;

9. Enxergar clientes e potenciais clientes, antes de tudo, como cidadãos;

10. Estabelecer e difundir boas práticas de governança corporativa, preservando os compromissos com acionistas e investidores;

11. Contribuir para que o potencial intelectual, profissional, artístico, ético e espiritual dos funcionários e colaboradores possam ser aproveitados, em sua plenitude, pela sociedade;

12. Fundamentar o relacionamento com os funcionários e colaboradores na ética e no respeito;

13. Contribuir para a universalização dos direitos sociais e da cidadania;

14. Contribuir para a inclusão de pessoas com deficiência.

Page 6: DERIVATIVOS

Encontro de Trabalho – Derivativos Caderno do Participante

Universidade Corporativa Banco do Brasil

6

Page 7: DERIVATIVOS

Encontro de Trabalho – Derivativos Caderno do Participante

Universidade Corporativa Banco do Brasil

7

SSUU MM ÁÁ RR II OO

UU NN II DD AA DD EE II –– CC OO NN HH EE CC EE RR OO MM EE RR CC AA DD OO DD EE DD EE RR II VV AA TT II VV OO SS

CC OO NN CC EE II TT OO 99

CC OO MM OO TT UU DD OO CC OO MM EE ÇÇ OO UU 99

MM EE RR CC AA DD OO DD EE BB OO LL SS AA XX MM EE RR CC AA DD OO DD EE BB AA LL CC ÃÃ OO 11 00

II NN SS TT II TT UU II ÇÇ ÕÕ EE SS QQ UU EE TT EE MM PP AA PP EE LL FF UU NN DD AA MM EE NN TT AA LL NN AA SS NN EE GG OO CC II AA ÇÇ ÕÕ EE SS 11 11

PP AA RR TT II CC II PP AA NN TT EE SS 11 22

UU NN II DD AA DD EE II II –– TT II PP OO SS DD EE DD EE RR II VV AA TT II VV OO SS

OO PP EE RR AA ÇÇ ÃÃ OO AA TT EE RR MM OO 11 55

MM EE RR CC AA DD OO FF UU TT UU RR OO 11 77

SS WW AA PP 22 00

SS WW AA PP AA TT EE RR MM OO 22 22

OO PP ÇÇ ÕÕ EE SS 22 33

UU NN II DD AA DD EE II II II –– PP RR OO DD UU TT OO SS PP AA DD RR OO NN II ZZ AA DD OO SS

TT EE RR MM OO DD EE MM OO EE DD AA SS 22 99

SS WW AA PP 33 22

OO PP ÇÇ ÕÕ EE SS FF LL EE XX ÍÍ VV EE II SS DD EE MM OO EE DD AA SS 33 55

BB BB DD EE RR II VV AA TT II VV OO SS CC OO MM MM OO DD II TT II EE SS MM EE TT ÁÁ LL II CC AA SS 33 88

UU NN II DD AA DD EE II VV –– EE SS TT RR AA TT ÉÉ GG II AA

EE SS TT RR AA TT ÉÉ GG II AA DD OO BB BB 44 11

PP ÚÚ BB LL II CC OO -- AA LL VV OO ,, DD II SS TT RR II BB UU II ÇÇ ÃÃ OO EE AA BB OO RR DD AA GG EE MM AA OO SS CC LL II EE NN TT EE SS 44 11

EE SS TT RR AA TT ÉÉ GG II AA DD EE TT EE SS OO UU RR AA RR II AA EE PP RR EE ÇÇ OO DD EE TT RR AA NN SS FF EE RR ÊÊ NN CC II AA 44 22

FF LL UU XX OO DD AA SS OO PP EE RR AA ÇÇ ÕÕ EE SS 44 22

RR EE FF EE RR ÊÊ NN CC II AA SS BB II BB LL II OO GG RR ÁÁ FF II CC AA SS 44 55

AA NN EE XX OO –– TT AA BB EE LL AA DD EE II NN DD EE XX AA DD OO RR EE SS (( SS WW AA PP )) 44 77

Page 8: DERIVATIVOS

Encontro de Trabalho – Derivativos Caderno do Participante

Universidade Corporativa Banco do Brasil

8

Page 9: DERIVATIVOS

Encontro de Trabalho – Derivativos Caderno do Participante

Universidade Corporativa Banco do Brasil

9

1 – Conhecer o Mercado de Derivativos

OBJETIVO :

Identificar os principais produtos e o funcionamento do mercado de derivativos .

1.1 – CONCEITO:

Derivativo é um contrato ou título cujo valor de mercado está vinculado ao (deriva ou resulta do) preço de outro contrato ou título.

Exemplo:

- Uma ação é um ativo principal. Tem seu preço formado pelas negociações no mercado, que reconhece além do desempenho passado da empresa, a expectativa de resultados futuros;

- O direito e/ou o compromisso de comprar ou vender essa ação por um preço fixado em uma data futura é um derivativo. Seu preço depende da expectativa que teremos em relação ao preço da ação. Se o direito é de comprar a ação por determinado preço em uma data futura e o preço da ação no mercado à vista cair, esse direito vale menos. Se o preço da ação subir, esse direito vale mais.

Alguns autores chamam de ativo-objeto ao título ou ativo cujo derivativo está vinculado. No caso de derivativos ligados a índices, esses mesmos autores não aceitam chamar esses índices de ativo-objeto.

1.2 – COMO TUDO COMEÇOU...

As operações com derivativos existem desde os primórdios, embora só tenham sido sistematizadas muito tempo depois. Na Bíblia, Gênesis, capítulo 29, é possível encontrar o primeiro contrato de opções e o primeiro calote em derivativos. Foi quando Labão lançou uma opção de compra do ativo Raquel, sua filha, para Jacó, com preço de exercício de sete anos de trabalho. No

Page 10: DERIVATIVOS

Encontro de Trabalho – Derivativos Caderno do Participante

Universidade Corporativa Banco do Brasil

10

vencimento da opção, Jacó optou por exercer o direito, porém Labão não entregou a sua filha, primeiro default nesse mercado.

Em períodos anteriores à civilização greco-romana já aconteciam negociações que, de alguma forma, determinavam preços para transações futuras. No Japão, em 1730, surgiram negociações a termo de recibos de arroz com especificações de condições de pagamento, qualidade, quantidade e prazo de entrega futura. No próprio interior do Brasil podemos encontrar raízes históricas dos derivativos, quando surgiram operações a termo do tipo venda futura de produtos agrícolas com preço determinado.

Curiosidades à parte, embora as negociações com commodities existam desde a idade antiga, tendo se expandido na idade média com a especialização do comércio, nos Estados Unidos os contratos futuros se popularizaram, em 1848, com a criação da Chicago Board of Trade (CBOT). Na Europa, os mercados futuros surgiram em Liverpool, em 1878. No Brasil, a Bolsa de Mercadorias de São Paulo – BMSP, fundada em 1917, introduziu operações a termo para negociação futura de produtos agrícolas, em especial café, boi gordo e algodão.

1.3 - MERCADO DE BOLSA X MERCADO DE BALCÃO

3

Mercados de Bolsa e Balcão

Bolsa BalcãoOrganizado

Balcão Não-Organizado

OperaçõesPrivadas

Negociação Pregão viva-voz oueletrônico

PregãoEletrônico

Telefone Telefone

Compensação,liquidação ecustódia

Câmara deLiquidação eCustódia dasBolsas.Ex.: Clearingde CâmbioBM&F

Câmara deLiquidação eCustódia deBalcãoOrganizadoEx.: Soma

Câmara deLiquidação eCustódiaPrivadaEx.: Cetip

Operaçõesregistradas emcartório,podem ou nãosercustodiadasem Câmara.

Page 11: DERIVATIVOS

Encontro de Trabalho – Derivativos Caderno do Participante

Universidade Corporativa Banco do Brasil

11

9

TIPOS DE MERCADOS

MERCADO DE BALCÃOMERCADO DE BOLSA

Contratos padronizados;

Vencimentos definidos;

Margens de garantia;

Ajustes Diários;

Maior Liquidez em prazosespecíficos.Maior transparência

Sem ajustes diários

X

Contratos flexíveis;

Vencimentos negociados;

Sem aporte de garantias -Risco de crédito;

Baixa Liquidez.

Menor transparência

As operações com clientes são realizadas no mercado de balcão. Embora os preços sejam formados a partir do mercado de bolsa, a diferença entre os preços praticados nesses mercados decorre da maior flexibilidade oferecida no mercado de balcão, bem como do risco de crédito envolvido.

1.4 - QUEM SÃO, NO BRASIL , AS INSTITUIÇÕES QUE TEM PAPEL FUNDAMENTAL NAS

NEGOCIAÇÕES?

BM&F – Bolsa de Mercadorias e Futuros, onde são negociados contratos de mercadorias, futuros, opções e swaps.

BOVESPA – Bolsa de Valores do Estado de São Paulo: a bolsa de ações brasileira. Por acordo de integração (março/2000) absorveu a Bolsa de Valores

Page 12: DERIVATIVOS

Encontro de Trabalho – Derivativos Caderno do Participante

Universidade Corporativa Banco do Brasil

12

do RJ e as outras 7 bolsas regionais então existentes. Passou a ser a única, no Brasil, onde se negociam ações e seus derivativos.

CETIP – Central de Custódia e Liquidação de Títulos: entre outros, realiza o registro dos títulos privados.

BANCOS – são os principais intermediários das operações de balcão. Na Bolsa, sua atuação pode ser em interesse próprio (sua própria tesouraria) e no interesse de seus clientes.

1.5 - PARTICIPANTES :

5

Participantes

Hedgers Especuladores

Arbitradore

sT

esou

rari

as

MarketMakers

Page 13: DERIVATIVOS

Encontro de Trabalho – Derivativos Caderno do Participante

Universidade Corporativa Banco do Brasil

13

I - Hedger: Busca proteção. Aceita a possibilidade de reduzir seu resultado para minimizar seu risco.

Exemplo: Um produtor agrícola quer proteger-se contra a queda do preço de seu produto na época da colheita. Para não correr esse risco, aceita fixar o preço da venda futura. Se o preço cair: ele garantiu o preço fixado, não sofrendo o prejuízo. Se subir acima do pactuado, ele deixou de ganhar o aumento.

II - Especulador: Busca o ganho, aceitando correr o risco.

Exemplo: Acreditando que o preço de um determinado ativo vai subir, compra no futuro por um preço abaixo de sua própria expectativa, visando lucrar com a diferença.

III - Arbitrador: Busca o lucro sem correr risco.

Exemplo: Se um produto estiver sendo vendido ao mesmo tempo em New York e Londres, porém a preços diferentes, o arbitrador fará dois negócios ao mesmo tempo, então, comprará no mercado de menor preço e venderá no mercado de maior preço.

IV – Tesourarias: O objetivo da tesouraria é gerir os recursos financeiros da instituição. Captar e aplicar esses recursos e as estratégias utilizadas darão origem a ganhos e perdas e conseqüentemente implicarão na necessidade de controle e de administração de liquidez. A transparência é condição necessária na gerência desses recursos que objetivam a maximização da riqueza da Instituição.

V - Market Maker : Agente que se propõe a garantir liquidez mínima e referência de preço para ativos previamente credenciados.

Page 14: DERIVATIVOS

Encontro de Trabalho – Derivativos Caderno do Participante

Universidade Corporativa Banco do Brasil

14

Page 15: DERIVATIVOS

Encontro de Trabalho – Derivativos Caderno do Participante

Universidade Corporativa Banco do Brasil

15

2 – Tipos de derivativos

OBJETIVOS :

a) Conhecer o impacto (genérico) nas finanças das empresas não-financeiras;

b) Identificar os diversos tipos de derivativos e algumas das estratégias aplicáveis aos produtos.

Impacto de risco :

a) No comportamento de hedger: diminui a exposição ao risco;

b) No comportamento de especulador: aumenta a exposição ao risco.

2.1 - OPERAÇÃO A TERMO :

6

Características:

- Normalmente negociados em ambientes de balcão ou em operações privadas;

- Flexibilidade dos contratos;

- Não-Intercambialidade;

- Liquidação pode ser física ou financeira;

- Não exige margem de garantia;

- Ajuste somente no vencimento;

- Há Risco de Crédito da contraparte

Mercado a Termo

Page 16: DERIVATIVOS

Encontro de Trabalho – Derivativos Caderno do Participante

Universidade Corporativa Banco do Brasil

16

Vantagens e desvantagens :

O mercado a termo tem a desvantagem de possuir baixa liquidez, podendo ser necessário carregar a operação até o vencimento.

Além disso, cada uma das partes está exposta ao risco de crédito representado pela outra parte, tendo em vista que, em geral, tais contratos não exigem incorporação de garantias.

As vantagens referem-se à maior flexibilidade e no caso de contratos com entrega física da mercadoria, ao fato de propiciar ao vendedor a colocação de sua mercadoria e ao comprador a aquisição do produto.

7

- Termo de Ações;

- Termo de Ouro;

- Termo de Moedas (NDF);

- Termo de Juros;

- Termo de PU de Títulos Públicos.

Principais Mercados a Termo

Page 17: DERIVATIVOS

Encontro de Trabalho – Derivativos Caderno do Participante

Universidade Corporativa Banco do Brasil

17

2.2 - MERCADO FUTURO

8

Características:

- Normalmente negociados em Bolsas;

- Padronização dos contratos;

- Intercambialidade;

- Liquidação pode ser física ou financeira;

- Exige margem de garantia;

- Ajustes diários, pela diferença entre o preço de negociação (ou abertura) e o preço de fechamento (ou de liquidação);

- Risco de crédito assumido pela Clearing House

Mercado Futuro

9

- Futuro de Moedas;

- Futuro de Juros;

- Futuro de Commodities;

- Futuro de Índices;

- Futuro de Cupom Cambial;

Principais Mercados Futuros

Page 18: DERIVATIVOS

Encontro de Trabalho – Derivativos Caderno do Participante

Universidade Corporativa Banco do Brasil

18

Vantagens e desvantagens :

O mercado tem a vantagem de possuir maior liquidez, permitindo o encerramento de posições antes do vencimento dos contratos.

Além disso, depois de registradas nas bolsas, a Clearing House interpõe-se como garantidora final dos contratos, mitigando o risco de crédito da contraparte.

Como desvantagem, a padronização do tamanho dos contratos e dos vencimentos, bem como a exigência de margens de garantia e ajustes diários oneram o acesso às bolsas.

Exemplo:

- Um produtor rural precisa se proteger contra uma provável queda de preço do produto durante a safra. Hoje o produto está cotado para a pronta entrega a R$ 40,00/saca, sendo que ele necessita receber pelo menos R$ 20,00/saca para pagar seus custos. Procura então uma corretora, onde é informado que existem contratos futuros, cujo preço atual é de R$ 38,00/saca e com vencimento durante o período da safra. O produtor aceita vender sua produção por meio da venda de tais contratos futuros ao preço de R$ 38,00/saca.

Conseqüências do contrato:

a) Em relação ao mecanismo de ajuste diário:

- Se o preço do contrato futuro subir o produtor deverá depositar o valor do ajuste. Ele deverá manter depositada a diferença entre os R$ 38,00 contratados e o preço de mercado. Por exemplo, se o preço chegar a R$ 42,00/saca, o produtor deverá depositar R$ 4,00/saca (R$ 42,00 – R$ 38,00). Esse dinheiro só retorna ao produtor em forma de ajuste se houver queda no preço do contrato futuro;

- Se o preço cair o produtor receberá o valor do ajuste. Por exemplo, se o preço cair a R$ 33,00/saca, o produtor receberá R$ 5,00/saca (R$ 38,00 – R$ 33,00). O produtor somente será chamado a depositar valores referentes aos ajustes se houver elevação de preço do contrato futuro;

Page 19: DERIVATIVOS

Encontro de Trabalho – Derivativos Caderno do Participante

Universidade Corporativa Banco do Brasil

19

b) Em relação à liquidação, o produtor terá duas alternativas:

- Entregar o produto e receber o preço de mercado. Se o valor de mercado estiver diferente do valor contratado, isso não influirá nos ganhos, uma vez que o produtor já terá recebido ou pago a diferença, na forma de ajustes periódicos. Nesse caso deverá comunicar sua intenção de entregar o produto, com antecedência, para a corretora (que comunicará à Bolsa). O zeramento efetuado refere-se à quantidade de produto comercializada;

- Não entregar o produto. Nesse caso ele comprará contratos representativos da mesma quantidade de produto pelo valor de mercado (R$ 35,00/saca): ele fará uma operação inversa, zerando sua posição;

c) Em relação à margem de garantia, o produtor deverá entregar garantias à Bolsa para que esta possa garantir a adimplência dos contratos. Tais garantias podem ser, por exemplo, em dinheiro, títulos públicos, ouro, fiança bancária, cotas de fundos de investimentos, respeitando-se as restrições impostas pela Bolsa.

SITUAÇÃO DO PRODUTOR – OSCILAÇÃO DE PREÇO

Data Evento Preço de mercado Depósito Saque Situação líquida

05/09 Contratação R$ 40,00 2,00 - 2,00 D

25/09 Preço sobe R$ 41,00 1,00 - 3,00 D

10/10 Preço sobe R$ 42,50 1,50 - 4,50 D

18/11 Preço cai R$ 40,30 - 2,20 2,30 D

14/12 Preço cai R$ 39,00 - 1,30 1,00 D

07/01 Preço cai R$ 37,90 - 1,10 0,10 C

23/01 Preço cai R$ 36,80 - 1,10 1,20 C

28/02 Encerramento R$ 35,00 - 1,80 3,00 C

- Se o produtor fizer liquidação física (entrega do produto): receberá o preço de mercado. Como já havia recebido a diferença, na forma de ajuste, estará recebendo, na verdade, o valor contratado = R$ 38,00 = R$ 3,00 + R$ 35,00;

Page 20: DERIVATIVOS

Encontro de Trabalho – Derivativos Caderno do Participante

Universidade Corporativa Banco do Brasil

20

- Se o produtor fizer liquidação financeira (sem entrega do produto): comprará o produto pelo preço de mercado, R$ 35,00/saca, fazendo uma operação de “mata-mata”, cujo valor, somado aos R$ 3,00 já recebidos na forma de ajuste, resultará no valor de R$ 38,00 inicialmente contratado.

2.3 - SWAP

É um derivativo de balcão,que consiste na troca de taxas ou índices aplicados distintamente, sobre um mesmo valor inicial (valor nocional), onde cada parte fica ativa em um ou mais índices ou taxas e passiva no outro, compensando-se os valores monetários, para liquidação em determinada data futura

As partes podem acordar entre si a troca de taxas de juros, moedas, índices, cotações, commodities etc...

Os agentes buscam no mercado operações de swap com o objetivo de realizar hedge, sempre que a sua atividade não gere as oportunidades de proteção.

O swap de taxa de juros é bastante comum e objetiva propiciar a empresa a adequação da taxa de juros de seu ativo ou passivo aos seus interesses ou necessidades, reduzindo seus riscos. No lado do passivo uma empresa pode, por exemplo, trocar uma taxa de empréstimo fixa por flutuante ou vice-versa. No lado do ativo, da mesma forma, a empresa pode trocar a remuneração de um ativo ou receita de fixa para flutuante. Normalmente, as operações são liquidadas pela diferença, não havendo a troca do fluxo do principal no final da operação.

Outra forma bastante comum de swap é o de moedas. Neste caso, normalmente existe a troca do principal e dos pagamentos de taxas de juros predeterminadas sobre um empréstimo ou ativo, aproximadamente equivalente em outra moeda.

Suponha uma empresa cuja produção é integralmente destinada ao mercado norte americano, ou seja, suas receitas são em dólar. Se esta empresa faz uma captação de recursos externos, sua exposição ao risco cambial é minimizada, já que o aumento na taxa de câmbio interna implicará, simultaneamente, no aumento das despesas com o pagamento do empréstimo e nas receitas decorrentes das suas exportações.

Page 21: DERIVATIVOS

Encontro de Trabalho – Derivativos Caderno do Participante

Universidade Corporativa Banco do Brasil

21

Porém, se no exemplo anterior, a empresa não for exportadora, não se beneficiará dos ganhos com o aumento no câmbio, muito embora continue sofrendo os efeitos negativos deste fato. A maneira de mitigar este risco é contratando uma operação de swap, onde a empresa (contraparte) receberá de um agente financeiro (participante) o resultado da variação cambial (aumentada ou não de uma taxa de juros chamada de “cupom”), pagando por isso o resultado da aplicação de um outro índice, como por exemplo 100% do DI.

No vencimento da operação, serão aplicadas ao montante inicial (também chamado de valor nocional), os resultados das duas curvas:

• A curva da variação cambial determinará quanto a contraparte tem a receber;

• A curva do DI determinará quanto o participante tem a receber.

Empréstimo em U

S$

Pagamento em US$

Exportação

Recebimento em

US$

Passivo em variação cambial

Ativo em variação cam

bial

Empréstimo em U

S$

Pagamento em US$

Passivo em variação cambial

Mercado interno

Recebim

ento em R

$

Paga CDIRecebe US$

Ativo em variação cam

bial

Page 22: DERIVATIVOS

Encontro de Trabalho – Derivativos Caderno do Participante

Universidade Corporativa Banco do Brasil

22

Chamamos de ajuste a diferença entre a posição da contraparte e do participante. A operação será liquidada creditando-se ou debitando-se à conta corrente da contraparte o valor do ajuste.

2.3.1 – SWAP A TERMO

• Conceito:

Mesmas características, tributação e modelos das operações de swap. A diferença está no fato do participante contratar hoje (data de assinatura) uma operação que entrará em vigor em uma data futura (data base), previamente acordada entre as partes, para um determinado vencimento (data de vencimento).

• Características:

operação

Data de Data base Data de

assinatura vencimento

termo

O tamanho do contrato é designado em dólar, tendo em vista que o valor nocional do contrato é corrigido pela variação cambial da data da contratação até a data base.

Termos mais usados nas operações de swap:

Page 23: DERIVATIVOS

Encontro de Trabalho – Derivativos Caderno do Participante

Universidade Corporativa Banco do Brasil

23

Variação cambial “careca”: variação cambial sem cupom.

Spot: o valor da moeda a mercado no momento da cotação.

Ptax: : o valor da moeda informado pelo BACEN, é calculado pela média ponderada das cotações do dia anterior.

Cotação limpa ou cupom limpo : cotação que parte do spot.

Cotação suja ou cupom sujo : cotação que parte do ptax.

Forward: significa “termo” e normalmente diz respeito ao preço da moeda na data da liquidação.

Spread: é a sobretaxa cobrada pelo participante.

2.4 – OPÇÕES

O contrato de opção atribui a uma parte o direito de comprar ou vender a outra parte, em determinada data, certa quantidade do ativo principal, a um preço preestabelecido, mediante pagamento de um prêmio. Entende-se como ativo principal o objeto referenciado no contrato (ativos, índices ou futuros).

A opção é um instrumento que dá a seu titular ou comprador um direito futuro e, inversamente, uma obrigação a seu lançador que, pela assunção do risco, percebe o prêmio.

Existem dois tipos básicos de opções:

• Opção de compra (call) que dá direito ao comprador ou titular de comprar um ativo principal por determinado preço (preço de exercício);

• Opção de venda (put) que dá direito ao comprador ou titular de vender um ativo principal por determinado preço (preço de exercício).

As negociações são efetuadas através de contrato, nos quais:

• Comprador não oferece risco, e por isso não precisa depositar margem;

• O vendedor oferece risco, sendo obrigado a depositar margem de garantia;

Page 24: DERIVATIVOS

Encontro de Trabalho – Derivativos Caderno do Participante

Universidade Corporativa Banco do Brasil

24

Tipos de opções quanto ao direito de exercício:

OPÇÃO EUROPÉIA : uma opção que pode ser exercida somente na data de vencimento.

OPÇÃO AMERICANA : uma opção que pode ser exercida a qualquer tempo, até (e inclusive) na data de vencimento.

Tipo de Opções quanto ao ativo-objeto:

No Brasil, as opções de maior liquidez são as opções sobre ações, embora também exista o mercado de opções sobre moedas, índices e commodities.

Especificações:

Prêmio: O preço pago pelo comprador do contrato de opções.

Data de Exercício: O prazo de validade da opção especificado no contrato. O último dia em que uma opção pode ser exercida é denominado data de vencimento. Na BOVESPA os vencimentos são nas terceiras segundas-feiras de cada mês para opções sobre ações e as quartas-feiras da terceira semana, bimestralmente, para opções sobre o IBOVESPA.

Preço de Exercício: Preço pelo qual o bem será negociado.

No mercado, o preço pelo qual uma opção é negociada é chamado de prêmio; o valor pelo qual o bem será negociado é chamado de preço de exercício (strike price) e a data de vencimento da opção é chamada de data de exercício.

Uma opção pode ser padronizada (negociada em bolsa) ou flexível (negociada no mercado de balcão). Embora sejam negociadas em balcão, as opções flexíveis devem ser registradas em bolsa.

Características:

• Pagamento de prêmio por parte do comprador;

• Depósito de margem, no início da operação, por parte do lançador, nas opções padronizadas;

Page 25: DERIVATIVOS

Encontro de Trabalho – Derivativos Caderno do Participante

Universidade Corporativa Banco do Brasil

25

• Possibilidade de não ocorrer o exercício: diferente dos mercados a termo e futuro, a opção é um direito e quem detém este direito (sempre o comprador da opção) só vai exercê-lo se valer a pena;

• Possibilidade de encerramento antecipado da posição, mediante negociação de posição contrária, nas operações padronizadas.

Classificação:

Quanto à posição do participante:

Long = posição comprada

Short = posição vendida

Quanto à opção estar em valor que gere lucro ou perda (quanto ao dinheiro):

Out of the money = fora do dinheiro

At the money = no dinheiro

In the money = dentro do dinheiro

CALL

Posição comprada:

Prêmio = $ 5

Preço de exercício: $ 60

Resultado da opção:

PM < 65 � perda (resultado negativo)

PM = 65 � não há perda ou ganho

PM > 65 � ganho (resultado positivo)

30

20

10

0-5

30 40 50 60

70 80 90

Resultado ($)

Preçoda ação ($)

Page 26: DERIVATIVOS

Encontro de Trabalho – Derivativos Caderno do Participante

Universidade Corporativa Banco do Brasil

26

CALL

Posição vendida:

Prêmio = $ 5

Preço de exercício: $ 60

Resultado da opção:

PM < 65 � ganho (resultado positivo)

PM = 65 � não há perda ou ganho

PM > 65 � perda (resultado negativo)

-30

-20

-10

05

30 40 50 60

70 80 90

Resultado ($)

Preçoda ação ($)

PUT

Posição comprada

Prêmio: $ 7

Preço de exercício: $ 90

Resultado da opção:

PM < 83 � ganho (resultado positivo)

PM = 83 � não há perda ou ganho

PM > 83 � perda (resultado negativo)

Page 27: DERIVATIVOS

Encontro de Trabalho – Derivativos Caderno do Participante

Universidade Corporativa Banco do Brasil

27

30

20

10

0

-790807060 100 110 120

Resultado ($)

Preço da Ação ($)

PUT

Posição vendida

Prêmio: $ 7

Preço de exercício: $ 90

Resultado da opção:

PM < 83 � perda (resultado negativo)

PM = 83 � não há perda ou ganho

PM > 83 � ganho (resultado positivo)

-30

-20

-10

7

090

807060

100 110 120

Resultado ($)Preço

da Ação ($)

Page 28: DERIVATIVOS

Encontro de Trabalho – Derivativos Caderno do Participante

Universidade Corporativa Banco do Brasil

28

Page 29: DERIVATIVOS

Encontro de Trabalho – Derivativos Caderno do Participante

Universidade Corporativa Banco do Brasil

29

3 - Produtos Padronizados

OBJETIVO :

Conhecer os produtos padronizados do BB (inclusive tributação)

Produtos já formatados disponíveis no LIC 185.0001. 00002.0001

3.1 - TERMO DE MOEDAS

Modalidades: As operações podem ser realizadas em dólar e euro.

Características:

a) A operação de TERMO DE MOEDAS pode ser realizada nas seguintes modalidades:

I - O BANCO poderá assumir a obrigação de vender a moeda objeto de negociação pelo preço acordado;

II - O BANCO poderá assumir a obrigação de comprar a moeda objeto de negociação pelo preço acordado.

Público alvo:

a) Clientes do segmento agropecuário (Cooperativas de Produção Agropecuária e Produtor Rural) que busquem mecanismo de hedge (proteção) para as receitas provenientes da atividade agropecuária, em especial das commodities agrícolas;

b) Clientes Institucionais e do Pilar Atacado que busquem mecanismo de hedge (proteção) contra os riscos inerentes à sua atividade econômica.

Page 30: DERIVATIVOS

Encontro de Trabalho – Derivativos Caderno do Participante

Universidade Corporativa Banco do Brasil

30

Valor mínimo:

a) Clientes do Segmento Agropecuário: US$ 30.000,00 (trinta mil dólares norte-americanos) ou o equivalente em euros, na data da contratação;

b) Demais Clientes: US$ 100.000,00 (cem mil dólares norte-americanos) ou o equivalente em euros, na data da contratação.

Registro: as operações de TERMO DE MOEDA são registradas na CETIP.

Liqüidação: o cliente é creditado ou debitado, na conta investimento, pelo valor líquido da operação de TERMO DE MOEDA, na data do vencimento.

• É necessário que o cliente tenha limite de crédito disponível para a realização da operação, posto que existe incidência de 20% do valor total;

Tributação:

a) IMPOSTO DE RENDA: As operações de TERMO DE MOEDA estão sujeitas à incidência de imposto de renda na fonte, à alíquota de 0,005% sobre o valor da liquidação financeira previsto no contrato, sem prejuízo da responsabilidade do cliente no recolhimento do Imposto de Renda à alíquota vigente. O valor do imposto retido na fonte a que se refere este artigo poderá ser:

I - deduzido do imposto sobre ganhos líquidos apurados no mês;

II - compensado com o imposto incidente sobre ganhos líquidos apurados nos meses subseqüentes;

III - compensado na declaração de ajuste anual se, após a dedução de que tratam os incisos I e II, houver saldo de imposto retido;

IV - compensado com o imposto devido sobre o ganho de capital na alienação de ações.

Obs: Fica dispensada a retenção do imposto de 0,005% sobre o valor da liquidação financeira previsto no contrato, cujo valor seja igual ou inferior a R$ 1,00 (um real). Ocorrendo mais de uma operação no mesmo mês, realizada por uma mesma pessoa, física ou jurídica, deverá ser efetuada a soma dos valores de imposto incidente sobre todas as operações realizadas no mês, para efeito de cálculo deste limite de retenção previsto.

Page 31: DERIVATIVOS

Encontro de Trabalho – Derivativos Caderno do Participante

Universidade Corporativa Banco do Brasil

31

b) IOF: os ganhos líquidos referentes ao valor de liquidação da operação de TERMO DE MOEDA não sofrem incidência de IOF (alíquota zero).

16

Exemplos de Termo de Moedas

Uma empresa pagará US$ 10 milhões por uma importação em360 dias.

PtaxPtax na data da operação: na data da operação: R$2,15

Valor da dívida no momento da operação:Valor da dívida no momento da operação: R$21.500 mil

Risco envolvido:Risco envolvido: Alta na cotação do dólar, elevando o valor dasua dívida em Reais;

Alternativa:Alternativa: BB vende (Cliente Compra) NDF

Prazo: 360 dias

Valor R$ 2,30 (Ptax projetada para 360 dias)

Dívida prefixada em R$ 23.000 mil

17

Exemplos de Termo de Moedas

Cliente pagaBB recebe

(8.000)

(6.000)

(4.000)

(2.000)

0

2.000

4.000

6.000

8.000

1,7 1,8 1,9 2 2,1 2,2 2,3 2,4 2,5 2,6 2,7 2,8

COTAÇÃO R$/US$ NO VENCIMENTOAJU

ST

E -

R$

MIL

Taxa da operação BB pagaCliente recebe

Page 32: DERIVATIVOS

Encontro de Trabalho – Derivativos Caderno do Participante

Universidade Corporativa Banco do Brasil

32

3.2 - SWAP

CARACTERÍSTICAS :

Modalidades : A operação de SWAP pode ser com caixa ou sem caixa:

a) SWAP COM CAIXA - existe a entrega do valor nocional que será aplicado em CDB vinculado à operação de swap.

b) SWAP SEM CAIXA - Não existe a entrega do valor nocional, existindo apenas a troca de resultados. Poderá ser à vista ou a termo.

I - SWAP À VISTA - troca de resultados financeiros com início imediato;

II - SWAP A TERMO - troca de resultados financeiros com início em data posterior.

Público alvo : Clientes Institucionais e Clientes do Pilar Atacado, que busquem proteção (hedge) contra os riscos inerentes à sua atividade econômica. Pode ser risco de variação de taxa de juros, de taxa de câmbio e de preço de mercadorias, entre outros.

Valor mínimo: US$ 100.000,00 (cem mil dólares norte-americanos).

Contratação: As operações de SWAP são regidas por contratos disponíveis no LIC 185.1.

Registro: as operações de SWAP são registradas na CETIP - Câmara de Custódia e Liquidação ou em outro sistema autorizado pelo Banco Central do Brasil ou pela Comissão de Valores Mobiliários.

Page 33: DERIVATIVOS

Encontro de Trabalho – Derivativos Caderno do Participante

Universidade Corporativa Banco do Brasil

33

Liqüidação: o cliente é creditado ou debitado pelo valor líquido da operação de swap, no dia seguinte ao vencimento, com data de balancete igual ao dia do vencimento.

a) O resultado financeiro referente à operação de SWAP é creditado ou debitado na conta investimento do cliente;

b) O CDB, no swap com caixa, é creditado na conta investimento separadamente do resultado do swap;

c) O resultado gerencial relativo à operação de SWAP é creditado ou debitado à agência, via Sistema ARI, separadamente da remuneração obtida no CDB;

d) A liquidação antecipada ou a transferência de titularidade do CDB implicará na liquidação simultânea da operação de SWAP vinculada.

Obs: Com relação ao crédito na conta investimento, as agências devem se abster de realizar partida de transferência para a conta corrente uma vez que a conta investimento possui resgate automático.

• É necessário que o cliente possua limite de crédito disponível para a realização da operação, posto que existe incidência de 10% do valor total;

Tributação:

a) Os ganhos líquidos referentes ao valor de liquidação (diferencial) da operação de SWAP e os rendimentos relativos ao CDB vinculado à operação de SWAP, independentemente do resultado positivo ou negativo da operação de SWAP, sujeitam-se à incidência de Imposto de Renda. Os rendimentos auferidos no resgate da operação sujeitam-se à incidência do imposto de renda na fonte, líquido de IOF, às alíquotas abaixo, conforme o prazo:

I - 22,5% - aplicações de até 180 dias;

II - 20% - aplicações de 181 dias até 360 dias;

III - 17,5% - aplicações de 361 dias até 720 dias;

IV - 15% - aplicações acima de 720 dias.

Page 34: DERIVATIVOS

Encontro de Trabalho – Derivativos Caderno do Participante

Universidade Corporativa Banco do Brasil

34

Obs: O prazo será contado a partir de 01.07.2004 para aplicações realizadas até 22.12.2004 e, a partir da data da aplicação, para aplicações realizadas a partir de 23.12.2004.

b) Os ganhos líquidos referentes ao valor de liquidação (diferencial) da operação de SWAP não sofrem incidência do IOF (alíquota ZERO);

c) Não sofrem retenção do Imposto de Renda na fonte sobre os rendimentos obtidos nas operações de SWAP as pessoas listadas no LIC#910.2.2.1.

23

Produtos BB

Exemplo Swap Dólar X CDI

Empresa exportadora tem passivos em reais a taxas pós-fixadas e ativos em dólar.

Para se proteger contra uma eventual queda do dólar e/ouuma alta na taxa de juros, a empresa contrata um Swaponde ela fica Ativa (Banco Passivo) em 100% CDI ePassiva (Banco Ativo) em USD + 6% a a (Cupom Sujo).

BancoUSD + 6% a. a.

Cliente100% CDI

Page 35: DERIVATIVOS

Encontro de Trabalho – Derivativos Caderno do Participante

Universidade Corporativa Banco do Brasil

35

3.3 – OPÇÕES FLEXÍVEIS DE MOEDAS

Características:

Público alvo: Clientes Corporate, Empresarial, Institucionais e Investidores Qualificados.

Valor mínimo: O valor mínimo a ser contratado será de US$500.000,00 (quinhentos mil dólares norte americanos) ou o equivalente em outras moedas.

Garantia: Não estão sujeitas à prestação de garantias, todavia impactam em 20% o limite de crédito do cliente, quando este for lançador da opção.

Registro: As operações são registradas na CETIP - Câmara de Custódia e Liquidação.

24

Produtos BB

Exemplo Swap Dólar X CDIDados da operação:Empresa Ativa a 100% CDIEmpresa Passiva em VC + 6% a aPrazo 180 diasValor: R$ 10 milhõesPtax D-1: 1,9600

Supondo que ao final da operação, o CDI acumuladotenha sido de 5,5% e a Ptax do dia anterior ao vencimentotenha sido 1,9500, o resultado da operação será oseguinte:

CDI = 10.550.000,00 USD = 10.247.448,98Resultado Bruto para o Cliente = + 302.551,02

Page 36: DERIVATIVOS

Encontro de Trabalho – Derivativos Caderno do Participante

Universidade Corporativa Banco do Brasil

36

Liquidação: O resultado financeiro é creditado ou debitado na conta investimento do cliente, na data do vencimento, pelo valor liquido da operação.

Liquidação antecipada por reversão: Será permitida somente pelo volume total da operação.

Tributação:

a) IMPOSTO DE RENDA: Na forma da legislação em vigor, as operações de OPÇÕES DE MOEDA estão sujeitas à incidência de imposto de renda na fonte, à alíquota de 0,005% sobre o resultado, se positivo, da soma algébrica dos prêmios pagos e recebidos no mesmo dia, sem prejuízo da responsabilidade do cliente no recolhimento do Imposto de Renda à alíquota vigente. O valor do imposto retido na fonte a que se refere este artigo poderá ser:

I - deduzido do imposto sobre ganhos líquidos apurados no mês;

II - compensado com o imposto incidente sobre ganhos líquidos apurados nos meses subseqüentes;

III - compensado na declaração de ajuste anual se, após a dedução de que tratam os incisos I e II, houver saldo de imposto retido;

IV - compensado com o imposto devido sobre o ganho de capital na alienação de ações.

b) IOF: Os ganhos líquidos referentes ao valor de liquidação da operação de OPÇÕES FLEXÍVEIS não sofrem incidência de IOF (alíquota zero).

Page 37: DERIVATIVOS

Encontro de Trabalho – Derivativos Caderno do Participante

Universidade Corporativa Banco do Brasil

37

26

Produtos BB

Exemplo de Op ções Flex íveis de Moedas

Uma empresa receberá US$ 10 milhões por uma exportação em117 d.u

PTAX na data da operação: R$ 2,15

Valor da receita no momento da operação: R$ 21.500.000,00

Risco envolvido: Baixa na cotação do dólar, diminuindo o valor desua receita em Reais

Alternativa: BB vende opção de venda de dólar

Cliente compra opção de venda de dólar

27

Produtos BB

Exemplo de Opções Flexíveis de Moedas

Prazo: 117 d.u

Tipo de operação: Put

Tipo de Barreira: Sem barreira

Valor em US$: 10.000.000,00

Prêmio negociado lote mil (R$): 18,459

Prêmio total negociado (R$): 18,459 x 10.000 = 184.590,00

Preço do ativo objeto (dólar futuro no vencimento): 2,073

Preço de exercício (negociado com o cliente): 2,18

Nesta situação o cliente irá exercer a opção no vencimento,vendendo-a por 2,18 e obtendo um resultado de R$ 1.070.000,00=> (2,18 - 2,073) x 10.000.000

Page 38: DERIVATIVOS

Encontro de Trabalho – Derivativos Caderno do Participante

Universidade Corporativa Banco do Brasil

38

3.4 - BB DERIVATIVOS COMMODITIES METÁLICAS

OBS: OS DERIVATIVOS APLICADOS A COMMODITIES AGRÍCOLAS SÃO OBJETO DE TREINAMENTO

ESPECÍFICO DENTRO DO PROGRAMA DE GARANTIA DE PREÇOS AGROPECUÁRIOS – GPA.

Conceito : O produto BB Derivativos Commodities Metálicas consiste na venda pelo lançador (BAMB) de um contrato de opções de compra ou de venda ao titular(cliente) que, ao comprá-lo, adquire o direito de comprar ou vender respectivamente uma commodities metálicas a um preço prefixado, em qualquer data, durante a vigência do contrato, opção americana. Para tanto, o titular pagará, antecipada e definitivamente ao lançador, determinada importância a título de prêmio.

Público-alvo : Clientes Corporate, Institucionais e Investidores Qualificados que busquem mecanismo de hedge (proteção) de suas posições em commodities metálicas.

Valor mínimo : O valor mínimo a ser contratado será de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais).

Preço de exercício : é formado com base nas cotações diárias dos contratos futuros do produto a que se refere, praticadas no pregão da bolsa.

Obs : Como responsável pela obrigação, o LANÇADOR estipula o PREÇO DE EXERCÍCIO e o respectivo valor do PRÊMIO das opções por ele lançadas.

Acolhimento de proposta : Trata-se de operações que não envolvem formalização de súmula de análise e deferimento da proposta. No entanto, deverá ser feita pesquisa no SISBACEN / PCAM 300 – OPÇÃO 11, para confirmar se o cliente não possui anotação restritiva junto ao BACEN.

Intermediação: O Banco atuará como intermediador das operações, que terão como partes o cliente e o BAMB.

Page 39: DERIVATIVOS

Encontro de Trabalho – Derivativos Caderno do Participante

Universidade Corporativa Banco do Brasil

39

Produtos contemplados : Todas as commodities metálicas que apresentem liquidez no mercado de derivativos em particular o mercado de Opções. (Exemplo: alumínio, cobre, ouro, zinco e etc.)

Liqüidação : O resultado financeiro é creditado ou debitado na conta investimento do cliente pelo valor líquido da operação.

Liqüidação antecipada por reversão : Será permitida somente pelo volume total da operação.

Custos operacionais para o comprador (titular) :

a) Na compra da opção:

I - PRÊMIO: estabelecido pelo LANÇADOR;

II - CORRETAGEM: US$ 15,00 por contrato de opção;

III - TARIFA DO CONTRATO DE CÂMBIO: fixada em função do valor do contrato: LIC 30.1.300.9993; e

IV - TARIFA DA ORDEM DE PAGAMENTO (SWIFT): LIC 30.1.300.9993.

b) No exercício da opção:

I - CORRETAGEM: conforme alínea a-II acima;

II - TARIFA DO CONTRATO DE CÂMBIO e

III - TARIFA DA ORDEM DE PAGAMENTO (SWIFT).

Remuneração dos intervenientes :

a) Valor da corretagem:

I - AGÊNCIA: 70%

II - BAMB: 30%

b) Tarifa da ordem de pagamento (SWIFT): 100% da tarifa líquida para a AGÊNCIA operadora dos contratos de opções, mediante repasse da Agência do Grupo CÂMBIO.

Page 40: DERIVATIVOS

Encontro de Trabalho – Derivativos Caderno do Participante

Universidade Corporativa Banco do Brasil

40

3.5 – QUADRO COMPARATIVO

29

Produtos BB

Exemplo de BB Derivativos Commodities Metálicas

Ativo: CobrePrazo: 30 d.c.Tipo de operação: CallTipo de Barreira: Sem barreiraQtde de Contratos: 5Prêmio negociado tonelada (USD): 874,00Prêmio total negociado (USD): 874,00 x 5 = 4.370,00Preço de exercício (USD): 7.310,00

Preço do ativo objeto liquidação (USD): 9.000,00

Nesta situação o cliente irá exercer a opção no vencimento,comprando-a por 7.310,00 e obtendo um resultado de USD4.080

=> ((9.000 – 7.310) x 5)-4.370,00

TERMO DE MOEDAS SWAP OPÇÕESVlr mínimo US$100.000* US$100.00O US$500.000

Impacto no Limite de crédito 20% 10% 20%Tributação na fonte 0,005% 15% A 22,5% 0,005%Objeto negociado taxa de câmbio a termo troca de indexadores preço de exercício

Registro CETIP CETIP CETIPTarifa Não Não Não

*Clientes do segmento agropecuário: US$30.000.

Page 41: DERIVATIVOS

Encontro de Trabalho – Derivativos Caderno do Participante

Universidade Corporativa Banco do Brasil

41

4 - Estratégia

OBJETIVO :

Conhecer a estratégia do BB para derivativos e o fluxo das operações.

4.1 - ESTRATÉGIA DO BB

O cenário para os próximos anos vem apontando redução nas receitas geradas pelos produtos bancários tradicionais, identificando-se os negócios com derivativos como uma fonte alternativa para suprir essa lacuna.

Pelo lado do relacionamento e satisfação com o cliente, as pesquisas vêm apontando que a percepção dos clientes do Atacado — especialmente dos clientes Corporate — sobre o BB com relação à identificação de necessidades e oferta de soluções em derivativos ainda não atingiu o patamar desejado, o que vem influenciando a satisfação dos clientes e consequentemente a capacidade de realização de negócios com esses grupos.

Nesse contexto foi definido como objetivo institucional do BB para o Atacado o aumento da participação no mercado derivativos. Na estratégia de atuação, estão definidas prioridades: facilitadores, público-alvo — segmento de clientes —, distribuição, produtos priorizados.

4.2 - PÚBLICO-ALVO, DISTRIBUIÇÃO E ABORDAGEM AOS CLIENTES

O grupo de clientes priorizados para a realização dos negócios foi definido a partir da afinidade e maior potencial para o uso de operações com derivativos, característica dos cliente do Pilar Atacado, em especial do segmento Corporate, abrangendo os clientes sujeitos a riscos cambiais e os clientes das cadeias de agronegócios.

Page 42: DERIVATIVOS

Encontro de Trabalho – Derivativos Caderno do Participante

Universidade Corporativa Banco do Brasil

42

A abordagem aos clientes deverá partir da premissa de que este mercado não é similar ao dos produtos de prateleira. A força de vendas deverá estar mais preocupada com a identificação de oportunidades negociais e necessidades dos clientes do que com a oferta de uma ou outra solução pré-formatada e quantificada em meta, uma vez que o risco de imagem se amplia à medida que a solução oferecida se distancia da necessidade do cliente.

4.3 - ESTRATÉGIA DE TESOURARIA E PREÇO DE TRANSFERÊNCIA

Os derivativos geram impactos na posição estrutural do Banco (Balanço), sendo tais impactos administrados pela DIFIN/GEROF, de acordo com os limites estabelecidos pelo Subcomitê de Risco de Mercado e Liquidez - SRML.

O resultado da Agência é conhecido no momento do registro e é baseado na diferença entre o preço contratado e o justo de mercado no momento da negociação.

Os produtos já formatados constam no LIC 185.0001.00002.0001

4.4 - FLUXO DAS OPERAÇÕES

Em função da volatilidade de determinados mercados e da necessidade de pactuar taxas muito competitivas é necessária consulta prévia às mesas de operações da DIFIN/GEROF para se obter os parâmetros (preços de transferência) necessários à realização dos negócios. Dependendo da característica do ativo e porte da empresa o atendimento é realizado por segmento diferenciado .

A Rede deve atentar para os procedimentos relativos à formalização de contratos com o cliente e impacto no limite de crédito, dentre outros.

Page 43: DERIVATIVOS

Encontro de Trabalho – Derivativos Caderno do Participante

Universidade Corporativa Banco do Brasil

43

Page 44: DERIVATIVOS

Encontro de Trabalho – Derivativos Caderno do Participante

Universidade Corporativa Banco do Brasil

44

Referências Bibliográficas:

� BESSADA, Octávio. O mercado futuro e de opções . Rio de Janeiro : Record.

� COSTA JR., Newton Carneiro, LEAL, Ricardo Pereira Câmara & LEMGRUBER, Eduardo Facó (org.) Mercado de Capitais . Análise Empírica no Brasil. Coleção COPPEAD de Administração. São Paulo : Atlas.

� LAMEIRA, Valdir de Jesus. Mercado de Capitais . Rio de Janeiro : Forense Universitária.

� LIMA, Iran Siqueira. Fundos de Investimento. Aspectos Operacionais e Contábeis . São Paulo: Atlas.

� LOZARDO, Ernesto. Derivativos no Brasil. Fundamentos e Práticas . São Paulo: BM&F.

� SANVICENTE, Antonio Zoratto . Derivativos . São Paulo: Publifolha.

� SILVA NETO, Lauro de Araújo. Derivativos : Definições , Emprego e Risco . São Paulo: Atlas.

� MARINS, André. Mercados Derivativos e Análise de Risco . Rio de Janeiro: AMS Editora.

� FARIA, Rogério Gomes. Mercado Financeiro: Instrumentos e Operações. São Paulo: Pearson Prentice Hall.

� HULL, John C. Fundamentos dos Mercados Futuros e de Opções . São Paulo: BM&F.

� HULL, John C. Opções Futuros e Outros Derivativos . São Paulo: BM&F

Page 45: DERIVATIVOS

Encontro de Trabalho – Derivativos Caderno do Participante

Universidade Corporativa Banco do Brasil

45

Page 46: DERIVATIVOS

Encontro de Trabalho – Derivativos Caderno do Participante

Universidade Corporativa Banco do Brasil

46

ANEXO I – TABELA DE INDEXADORES (SWAP)

a) PRÉ x DI - Troca da taxa prefixada por um percentual da taxa media de remuneração dos depósitos interfinanceiros (DI) de um dia, acumulado no período;

b) PRÉ x TMS - Troca da taxa prefixada por um percentual da taxa media diária das operações com títulos públicos, registradas no SELIC - Sistema Especial de Liquidação e de Custódia, acumulado no período;

c) PRÉ x DÓLAR + JUROS (SEM CAIXA) - Troca da taxa prefixada pelo índice correspondente à variação do preço de venda do dólar norte-americano, no período de vigência da operação, mais juros;

d) DI X DÓLAR + JUROS (SEM CAIXA) - Troca de um percentual da taxa media de remuneração dos depósitos interfinanceiros (DI) de um dia, acumulado no período, pelo índice correspondente à variação do preço de venda do dólar norte-americano mais juros, no período de vigência da operação;

e) PRÉ X DÓLAR + JUROS (COM CAIXA) - Troca da taxa prefixada pelo índice correspondente à variação do preço de venda do dólar norte-americano, no período de vigência da operação, mais juros;

f) PRÉ X TR + JUROS ou TR + JUROS X PRÉ (SEM CAIXA) - Troca da taxa prefixada pela Taxa Referencial - TR do período de vigência da operação, mais juros, ou vice-versa;

g) DI X TR + JUROS ou TR + JUROS X DI (SEM CAIXA)- Troca de um percentual da taxa média de remuneração dos depósitos interfinanceiros (DI) de um dia, acumulado no período, pela Taxa Referencial - TR do período de vigência da operação, mais juros, ou vice-versa;

h) DI X DÓLAR + JUROS (A TERMO) - Troca de um percentual da taxa média de remuneração dos depósitos interfinanceiros (DI) de um dia, acumulado no período, pelo índice correspondente à variação do preço de venda do dólar norte-americano mais juros, no período de vigência da operação;

i) DÓLAR + JUROS X DI (A TERMO) - Troca do índice correspondente à variação do preço de venda do dólar norte-americano mais juros pelo percentual da taxa média de remuneração dos depósitos interfinanceiros (DI), no período de vigência da operação;

Page 47: DERIVATIVOS

Encontro de Trabalho – Derivativos Caderno do Participante

Universidade Corporativa Banco do Brasil

47

j) DI X PRÉ (A TERMO) - Troca de um percentual da taxa média de remuneração dos depósitos interfinanceiros (DI) de um dia acumulado no período pela taxa prefixada;

k) PRÉ X DI (A TERMO) - Troca da taxa prefixada por um percentual da taxa média de remuneração dos depósitos interfinanceiros (DI) de um dia, acumulado no período;

l) DI X EURO + JUROS - Troca de um percentual da taxa média de remuneração dos depósitos interfinanceiros (DI) de um dia, acumulado no período, pelo índice correspondente à variação do preço de venda do euro mais juros, no período de vigência da operação;

m) EURO + JUROS X DI - Troca do índice correspondente à variação do preço de venda do euro mais juros pelo percentual da taxa média de remuneração dos depósitos interfinanceiros (DI), no período de vigência da operação;

n) PRÉ X EURO + JUROS - Troca da taxa prefixada pelo índice correspondente à variação do preço de venda do euro mais juros, no período de vigência da operação;

o) EURO + JUROS X PRÉ - Troca da variação do preço de venda do euro, no período de vigência da operação, mais juros pela taxa prefixada;

p) DI X EURO + JUROS (A TERMO) - Troca de um percentual da taxa média de remuneração dos depósitos interfinanceiros (DI) de um dia, acumulado no período, pelo índice correspondente à variação do preço de venda do euro mais juros, no período de vigência da operação;

q) EURO + JUROS X DI (A TERMO) - Troca do índice correspondente à variação do preço de venda do euro mais juros pelo percentual da taxa média de remuneração dos depósitos interfinanceiros (DI), no período de vigência da operação;

r) PRÉ X EURO + JUROS (A TERMO) - Troca da taxa prefixada pelo índice correspondente à variação do preço de venda do euro, no período de vigência da operação, mais juros;

s) EURO + JUROS X PRÉ (A TERMO) - Troca do preço de venda do euro, no período de vigência da operação, mais juros pela taxa prefixada.

OBS: Para as modalidades a termo, a data inicial de acumulação das curvas é posterior à data da operação.

Page 48: DERIVATIVOS

Encontro de Trabalho – Derivativos Caderno do Participante

Universidade Corporativa Banco do Brasil

48

ANEXO II - EXERCÍCIOS Exercício 1

Um produtor rural (soja) fechou contrato de exportação de parte da safra. Suponhamos que os contratos fechados tenham as características a seguir:

30 dias: US$10.000.000,00

60 dias: US$30.000.000,00

90 dias: US$50.000.000,00

Que tipo de proteção cambial (desconsiderar a proteção do preço da mercadoria) deve ser oferecida a este cliente, considerando que, para adequação ao seu fluxo de caixa, não quer ter desembolso financeiro no momento da operação e, como estratégia de planejamento tributário, pretende postergar o pagamento de tributo em caso de ajuste positivo ?

Page 49: DERIVATIVOS

Encontro de Trabalho – Derivativos Caderno do Participante

Universidade Corporativa Banco do Brasil

49

Exercício 2

Um empresa automobilística importa dos EUA algumas peças utilizadas na construção do carro “GEROF”, uma vez que nem todas as peças necessárias são fabricadas no Brasil.

Portanto a empresa tem que comprá-las da STUART, que oferece 5 meses de prazo para que a montadora pague pelas peças.

A administração da Cia. decidiu que a empresa deve trabalhar eliminando o risco cambial dos resultados, utilizando operações de hedge no mercado financeiro.

O Diretor Financeiro, encarregado de cumprir a decisão da administração, encontra-se diante de um dilema em um contrato de importação fechado com prazo de 5 meses: a taxa de câmbio a termo projetada pelo mercado para 5 meses é de R$ 1,99. No entanto, as previsões do mercado expressas através da pesquisa Focus, realizada pelo BC , prevê a taxa de câmbio em R$1,89 no mesmo período, e ele concorda com essa projeção.

Considerando que a Cia. suporta uma elevação da taxa de câmbio até a cotação de R$2,05, pergunta-se:

1 – Que tipo de proteção cambial seria a mais adequada para um cliente nesta situação? Por que?

Page 50: DERIVATIVOS

Encontro de Trabalho – Derivativos Caderno do Participante

Universidade Corporativa Banco do Brasil

50

Exercício 3

Uma empresa solicita um financiamento ao BB na linha MCR 6.4. Sabendo que o cliente irá ficar passivo em TR + 11,80% a.a., e que este exporta laranja para os EUA, pergunta-se: de que forma pode ser oferecido um hedge ao cliente?

Page 51: DERIVATIVOS

Encontro de Trabalho – Derivativos Caderno do Participante

Universidade Corporativa Banco do Brasil

51

Exercício 4

Em sua carteira de clientes há uma empresa farmacêutica. No processo de fabricação dos produtos da empresa que são vendidos no mercado interno há a necessidade de importação de alguns componentes. Em sua atuação no mercado, a empresa enfrenta a restrições para o aumento de preços, dado que os reajustes são determinados pelo Ministério da Saúde, que por sua vez, estabeleceu o teto de 10% de reajuste para os próximos 3 anos.

Ao consultar alguns bancos sobre a remuneração de uma aplicação financeira para rentabilização do excedente de caixa com prazo de 6 meses, recebeu as seguintes cotações:

Pós-fixada: 99% do CDI

Prefixada: 10%ªª

O DI Futuro negociado na BM&F projeta taxa de 11% ªª para 6 meses. Uma vez que considera possuir vantagem no mercado de taxas pós-fixadas, define aplicar os recursos nesta taxa. O valor da aplicação em R$, quando convertido pela PTAX, é igual em volume e prazo, ao de um contrato de importação fechado na mesma data da aplicação.

O Termo de Moeda seria uma proteção adequada para este caso? Por que? Que outro tipo de operação pode ser oferecida ao cliente?

Page 52: DERIVATIVOS

Encontro de Trabalho – Derivativos Caderno do Participante

Universidade Corporativa Banco do Brasil

52

Exercício 5

Suponhamos que em sua carteira haja uma empresa exportadora com a necessidade de se proteger contra flutuações do dólar. Ao analisar seu limite de crédito, você constata que há pouca disponibilidade. Que tipo de proteção (produto) poderia ser oferecido ao cliente?

Page 53: DERIVATIVOS

Encontro de Trabalho – Derivativos Caderno do Participante

Universidade Corporativa Banco do Brasil

53

ANEXO III - GAME

OBJETIVO

O objetivo deste jogo é proteger os descasamentos de cada uma das 5 companhias descritas abaixo pertencentes à holding Língua de Sogra.

REGRAS

Cada equipe terá 30 minutos para estudar uma empresa e definir uma estratégia de ação. As equipes serão formadas por 5 ou 6 componentes, responsáveis pela avaliação e decisões de hedge.

Cada decisão de realização de operação de SWAP ou NDF será registrada junto à “Mesa de Operações” que ira preencher formulários-boletas para registro das operaçoes.

As condições do mercado estarão disponíveis no telão e podem ser modificadas (ou não) a qualquer momento. Também serão divulgadas notícias aleatórias que poderão influir de forma mais ou menos significativa e abrupta nas taxas divulgadas pelos agentes de mercado.

A avaliação final será proporcional ao resultado obtido em cada grupo. Para apuração do resultado será levado em consideração se o grupo protegeu ou não suas posições, sem perdas relevantes.

Page 54: DERIVATIVOS

Encontro de Trabalho – Derivativos Caderno do Participante

Universidade Corporativa Banco do Brasil

54

Equipe 1

Urt Y Agi Agribusiness, empresa do agronegócio, cuja produção até bem pouco tempo era destinada exclusivamente ao mercado interno, fechou acordo com empresa do setor de logística para colocação de seus produtos no exterior. Realizou os primeiros negócios gerando receita em US$, que foi totalmente travada em Reais através de operações com derivativos junto ao BB. Para poder acessar o mercado internacional, foi obrigada a conceder prazo de pagamento a seus clientes, o que afetou o capital de giro da empresa. Considerando a baixa alavancagem da empresa e para manter os negócios, o Diretor Financeiro captou R$ 30 milhões na linha MCR 6.2, ao custo de TR + 10,20%ªª e prazo de 1 ano. A empresa possui R$40 milhões aplicados em CDB no BB, à taxa de 100% do CDI.

Page 55: DERIVATIVOS

Encontro de Trabalho – Derivativos Caderno do Participante

Universidade Corporativa Banco do Brasil

55

Equipe 2

Titi Motors, montadora de veículos automotivos, com matriz nos EUA e duas linhas de montagem no Brasil; uma destinada exclusivamente à produção de veículos para o mercado americano; outra destinada à produção de carros populares comercializados exclusivamente no Brasil.

O custo de produção mensal dos carros populares é de US$ 10 milhões, assim mensurado porque 90% dos componentes são importados da matriz americana. Já a linha de montagem dos veículos tipo exportação, tem custo de produção mensal de US$ 20 milhões.

A receita mensal das vendas para o mercado americano é de US$ 50 milhões. As vendas às distribuidoras no Brasil, quando financiadas, têm juros prefixados à taxas de mercado.

Após identificação do descasamento mensal, pede-se realizar uma operação de hedge para o próximo mês (prazo de 30 dias). Caso a estratégia adotada seja bem sucedida, será adotada como referência pela empresa.

Page 56: DERIVATIVOS

Encontro de Trabalho – Derivativos Caderno do Participante

Universidade Corporativa Banco do Brasil

56

Equipe 3

Lui Zéé, indústria de produtos químicos, cujo portfólio abrange plásticos, poliuretanos, químicos industriais, produtos de performance e tintas.

A empresa distribui sua produção integralmente no Brasil, com receita bruta mensal de R$ 100 milhões e custos totais de produção de US$ 20 milhões, já que 80% dos insumos são importados e cotados em dólar. Este valor é financiado diretamente pelo sócio francês, mediante aporte e linhas de financiamento, com juros de 7%ªª + vc e vencimento para 60 dias.

Page 57: DERIVATIVOS

Encontro de Trabalho – Derivativos Caderno do Participante

Universidade Corporativa Banco do Brasil

57

Equipe 4

Granpa George, trading de commodities, fortemente posicionada no negócio da soja, com funding em Reais.

Sua atuação é focada na compra da soja junto a produtores e cooperativas rurais e venda simultânea da commoditie no mercado futuro da Chicago Board and Trade-CBOT (cotada em US$). No dia da negociação, a margem obtida é bastante significativa (20%), sobre o contrato fechado no valor de USD 20 milhões e prazo de 90 dias, mas as oscilações do câmbio (R$/US$) podem comprometer o resultado na liquidação das operações. Pede-se realizar a operação de hedge da moeda, desconsiderando o hedge de preço da mercadoria, bem como os detalhes de ajuste e margem de garantia da operação no mercado futuro internacional.

Page 58: DERIVATIVOS

Encontro de Trabalho – Derivativos Caderno do Participante

Universidade Corporativa Banco do Brasil

58

Equipe 5

Jiu Jitsu & Cia, mineradora de porte internacional, com fluxo de pagamentos e recebimentos totalmente dolarizado, cuja posição de 31.12.2006 está integralmente hedgeada. Contudo, a companhia acaba de adquirir uma nova mineradora , que demandou alavancagem junto a bancos no Exterior, onde captou US$15 milhões à taxa de 7,10%ªª + vc, prazo de 180 dias.

Page 59: DERIVATIVOS

Encontro de Trabalho – Derivativos Caderno do Participante

Universidade Corporativa Banco do Brasil

59

ANEXO IV - BOLETA

GRUPO PRODUTO TIPO(C-V) VENC. VALOR TAXA