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7/25/2019 Desafios de Projetos Fieldbus Foundation
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ROGRIO MESQUITA GONALVES
DESAFIOS PARA PROJETOSFIELDBUS FOUNDATION
RIO DE JANEIRO
2011
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Rogrio Mesquita Gonalves
Desafios para ProjetosFieldbus Foundation
Monografia apresentada ao InstitutoBrasileiro de Petrleo, Gs eBiocombustvel (IBP) para obteno decertificado de ps graduao emengenharia deautomao/instrumentao.Orientador: prof. Cludio Makarovsky(ps graduado em gesto estratgica
de negcios e mestrado em gesto).
IBP-PS Instituto de Ps-Graduao do Petrleo
Rio de Janeiro 2011
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AGRADECIMENTOS
Agradeo a minha famlia, em especial aos meus pais, Joo
Paulo e Eliana, pelo apoio incondicional nos momentos maiscomplicados, aos meus mestres Cludio Makarovsky e Cesar
Nascimento pela colaborao e auxlio nas pesquisas, aos
amigos e a minha noiva, Jlia, pelo incentivo e por sempre
acreditar em mim. A todos, meu mais sincero muito obrigado.
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DESAFIOS PARA PROJETOSFIELDBUS FOUNDATION
Resumo: A tecnologia de informao e a integrao de forma rpida, confivel e
robusta cada vez mais imprescindvel para os controles de processos. Devido ampla
gama de plataformas de transmisso de dados disponvel, conhecimentos mais
aprofundados sobre o assunto so requeridos, de forma a se obter o mximo de
funcionalidade de uma planta com reduo de custos operacionais e melhorias
considerveis nos padres produtivos da empresa.
A monografia a seguir tem por finalidade fornecer informaes sobre a tecnologia
fieldbus foundation na viso do usurio final, explorando as experincias e os desafios
da implementao dessa tecnologia na indstria mundial.
Palavras-chave: Instrumentao, fieldbus foundation, automao, gerenciamento de
ativos, viabilidade.
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SUMRIO
LISTA DE TABELA ....................................................................................................... 6LISTA DE GRFICO ..................................................................................................... 7LISTA DE FIGURAS ..................................................................................................... 8LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ..................................................................... 91. INTRODUO ..........................................................................................................101.1. OBJETIVO ............................................................................................................. 101.2. MOTIVAO ........................................................................................................ 111.3. ORGANIZAO DO TRABALHO ..................................................................... 122. INSTRUMENTAO .............................................................................................. 132.1. HISTRICO ........................................................................................................... 152.2. INSTRUMENTAO CONVENCIONAL .......................................................... 142.3. PROTOCOLO HART ............................................................................................ 172.4. REDES DE CAMPO .............................................................................................. 20
2.4.1. Vantagens da instrumentao em rede ................................................................ 213. DESENVOLVIMENTO ............................................................................................ 253.1. DEFINIO DO FIELDBUS................................................................................ 253.2. HISTRICO DO FIELDBUS................................................................................ 263.3. A TECNOLOGIA FIELDBUS FOUNDATION..................................................... 273.3.1. Camada fsica ...................................................................................................... 303.3.2. Camada do usurio .............................................................................................. 323.3.3. Topologias dofoundation fieldbus...................................................................... 333.3.4. Vantagens dofoundation fieldbus....................................................................... 363.4. MERCADO BRASILEIRO PROJETO FIELDBUS .......................................... 443.4.1. FIELDBUSANTES DO START-UP................................................................... 443.4.2. FIELDBUSDEPOIS DO START-UP.................................................................. 50
3.4.3. GERENCIAMENTO DE ATIVOS ..................................................................... 514. ESTUDO DE VIABILIDADE PROJETO FIELDBUS......................................... 564.1. INTRODUO ...................................................................................................... 574.1.1. Preos de referncia ............................................................................................. 594.1.2. TIV total valor instalado ................................................................................... 604.1.3. TOV total valor operacional ............................................................................. 645. ESTUDO DE CASO PROJETO FIELDBUS........................................................ 675.1. NAFTA DE COQUE REDUC ............................................................................ 686. CONCLUSO ........................................................................................................... 72REFERENCIAS BIBLIOGRFICAS .......................................................................... 76
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LISTA DE TABELAS
Tabela 01: RefernciaTabela 02: Preos de referncia para materiais auxiliaresTabela 03: Preos de referncia para instrumentos e sistema
Tabela 04: Dados do projetoTabela 05: Comparao dos preosTabela 06: Custo operacionalTabela 07: Valor da manutenoTabela 08: Valor de operao da plantaTabela 09: Resultado final
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LISTA DE GRFICOS
Grfico 01 Comparao dos custos
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LISTA DE FIGURAS
Figura 01: Sensores e atuadores conectados aos controladores da sala de controleFigura 02: Tecnologia FSK utilizada pelo protocolo HART para codificar a informaodigital sobre o sinal de corrente.
Figura 03: Dois equipamentos mestres acessando o mesmo equipamento de campo(escravo)Figura 04: Equipamentos dividindo um meio de comunicao comumFigura 05: Modo de comunicao mestre / escravoFigura 06: Modo de comunicaopublisher / subscriberFigura 07: Hierarquia de rede utilizandofieldbus foundationFigura 08: Os nveis H1 e HSE da redefieldbus foundationFigura 09: Camadas do modelo OSI e do modelofoundation fieldbusFigura 10: Corrente e tenso para comunicao na rede foundation fieldbusFigura 11: Codificao Manchester Bifase-LFigura 12: Exemplo de uma malha de controle completa utilizandofunction blockslocalizados nos dispositivosfieldbusFigura 13: Topologias possveis de ligaofieldbusFigura 14: Topologia de barramento com spursFigura 15: Topologia ponto-a-pontoFigura 16: Topologia em rvoreFigura 17: Topologia end-to-endFigura 18: Reduo de equipamentos proporcionada pelofoundation fieldbusFigura 19: Reduo de barreiras de segurana intrnsecaFigura 20 - Estrutura de um device descriptionFigura 21 - Tela de configurao e visualizao de um EDDLFigura 22 - Tela de visualizao e configurao de um DTMFigura 23 Tempo de escalonamento
Figura 24 - Tela do softwarefieldcare, dedicado a gerenciamento de ativos
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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
AI:Analog Input AO:Analog Output CAPEX: Investimentos em bens de capital
CLP: Controlador Lgico Programvel DD: Device description DI:Digital Input DO:Digital Ouput
DLL: Data link layer EDDL: Enhanced device description language FCS: Field Control Systems FDT/DTM: Field device tool / Device type manager FF: Fieldbus Foundation
FIP: Padro nacional francs FSK: Frequency Shift Keying H1: Meio Fsico que trabalha a uma velocidade de 31,25kbit/s HART:Highway Addressable Remote Transducer HSE:High Speed Ethernet IEC:International Electrotechnical Commission IP:Protocolo de Interconexo ISP:InterOporable Systems Project ISA:Instrument Society of America ISA-SP50, Signal Compatibility of Electrical Instruments comit criado com o
objetivo de definir uma interface comum entre componentes de sistemaseletrnicos de medio e/ou controle.
LAN:Local Area Network MTTR: Tempo mdio entre reparos
PID:Proportional/Integral/Derivative OPEX: Custo associado manuteno dos equipamentos e aos gastos de
consumveis e outras despesas operacionais
OSI: Open System Interconnection SDCD:Sistema Digital de Controle Distribudo TCP: Protocolo de Controle de Transmisso
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1. INTRODUO
A integrao das etapas que envolvem os processos produtivos vem sendo cada vez
mais buscada nos diversos segmentos industriais. Atualmente, encontra-se como um dos
elementos fundamentais para se atingir os rigorosos padres produtivos requeridos,
dada a competitividade do mercado mundial. Assim, as redes industriais tem papel
fundamental neste processo, de tal forma que sua utilizao em detrimento s tcnicas
obsoletas de comunicao industrial pode prover agilidade, robustez e eficincia aos
sistemas de comunicao.
A instalao e manuteno de sistemas de transmisso de dados convencionais
implicam em altos custos, principalmente quando se deseja ampliar instalaes
preexistentes. Para tanto, so requeridas grandes somas para elaborao de projetos e
compra de equipamentos. Buscando minimizao de custos e aumento da operabilidade
das aplicaes, introduziu-se o conceito de redes industriais para interligar os vrios
equipamentos de uma planta de forma eficiente e possibilitar a expanso destas
instalaes de forma simplificada (SMAR EQUIPAMENTOS INDUSTRIAIS LTDA).
1.1. OBJETIVO
O objetivo deste estudo o de identificar oportunidades para redues de custos em
gastos de capital (CAPEX) e em lucros adicionais nos gastos operacionais (OPEX)
atravs do estudo introdutrio das tcnicas de gerenciamento de ativos e seus benefcios
associadas ao uso da tecnologia fieldbus foundation, onde a sua implementao de
forma plena tornar-se uma ferramenta poderosa para redues significativas de custos e
refinamento dos parmetros nos processos produtivos.
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1.2. MOTIVAAO
O uso do fieldbus foundation nos processos produtivos acarreta em uma srie de
benefcios e solues para problemas comuns advindos das tcnicas convencionais de
comunicao, manuteno e controle de processos.
Um dos principais inconvenientes relacionados s antigas tcnicas de transmisso de
dados fundamentado nos elevados gastos com materiais e equipamentos. Este entrave
gerado devido necessidade de se levar cada sinal partindo-se dos instrumentos,
individualmente, at o sistema de controle, aumentando-se excessivamente o nmero de
cabos, canais de comunicao e at mesmo de controladores no sistema. Alm dos
inconvenientes gerados com a instalao e os custos da mesma, dificultavam-se as
operaes de manuteno na planta.
Desta forma, dada a ascenso das redes industriais, alm da quase universalizao de
plataformas de comunicao (com a aplicao dos sistemas abertos, alternativamente
aos sistemas proprietrio), obteve-se grande reduo de custos e tempo envolvidos nos
projetos; a manuteno foi, aos poucos, tornando-se mais objetiva e eficaz. Foi,
tambm, facilitada a insero de novos equipamentos na rede, onde os mesmos podiam
ser simplesmente linkados nos barramentos utilizados. Os fabricantes tornam-se, por
suas vezes, a cada dia mais flexveis quanto compatibilidade de seus equipamentos,
onde os mesmos, muitos dos casos, j so configurveis para operao em diversas
plataformas de redes.
Sobre este mesmo contexto, os sistemas de gerenciamento de ativos modernos tm sido
amplamente difundidos e aderidos pelas empresas. Trata-se de uma tecnologia
possibilitada pelo surgimento dosfieldbuses, atravs dos quais so obtidas informaes
precisas a respeito de cada instrumento empregado no processo, como dados de
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fabricao, calibrao, curvas de desempenho, datas de manuteno programada e
diagnsticos precisos de defeitos e erros. Com isso, possibilita-se ampla reduo de
custos de manuteno e reposio de dispositivos de uma planta, alm da atenuao da
necessidade de paradas gerais para manuteno, muitas das vezes desnecessrias.
Assim, faz-se necessrio conhecer os recursos da tecnologia a ser empregada e
principalmente entender os desafios a serem superados, para obter o mximo de
funcionalidade de uma planta com reduo de custos operacionais e melhorias
considerveis nos padres produtivos da empresa.
1.3. ORGANIZAAO DO TRABALHO
O segundo captulo iniciado por um breve histrico da evoluo dos sistemas de
comunicao industrial, seguido da comparao entre tcnicas modernas e obsoletas de
transmisso de dados. O terceiro captulo apresenta importantes conceitos da tecnologia
fieldbus foundation, suas arquiteturas tpicas, abordando principalmente as vantagens do
uso da tecnologia juntamente com os conceitos do gerenciamento de ativos. O captulo
4 aborda um estudo de viabilidade, fazendo uma anlise do ciclo de vida do
projeto/planta, relacionando os custos de sua implementao juntamente com o valor
agregado da mesma. O quinto captulo trata de um estudo de caso mostrando em
detalhes os problemas encontrados na implementao de um projeto fieldbus. E o sexto
e ltimo captulo so destacados as concluses finais, destacando os respectivos
desafios a serem considerados.
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2. INSTRUMENTAAO
2.1. HISTRICO
Nos primeiros sistemas de controle e comunicao remota com instrumentos
desenvolvidos, os processos de instrumentao utilizavam, prioritariamente, sinais
analgicos de presso para a transmisso de dados. Este sinal era, geralmente, da ordem
de 3psi a 15psi. Devido aos diversos inconvenientes gerados por esta forma de
transmisso de dados, j na dcada de 1960 os padres de sinal 4mA a 20 mA passaram
a ser empregados. Assim, obteve-se melhorias substanciais em aspectos como a
ocorrncia de rudos, facilidade de implementao, integrao e comunicao direta
entre os sistemas de controle e os instrumentos de campo, uma vez que o sinal eltrico
poderia ser obtido a partir dos instrumentos e levado diretamente aos sistemas de
controle, aumentando significativamente a confiabilidade destas unidades. Entretanto,
os instrumentos com funcionamento baseado em sinais de presso ainda existem no
mercado, principalmente sobre a forma de vlvulas de controle e cilindros pneumticos.
A evoluo da computao foi, a partir da dcada de 1970, outra grande mudana no
controle de processos, onde foi possibilitado o uso dos mesmos para monitorar e
controlar uma srie de instrumentos a partir de um ponto central. Desta forma, dado o
crescente nmero de tarefas a serem controladas, j se tornava necessria a criao de
padres de comunicao mais eficientes, de forma a descentralizar o controle de
processos e aumentar a confiabilidade e organizao dos sistemas.
Na dcada de 1980 os sensores inteligentes comearam a ser desenvolvidos e utilizados
em sistemas microcontrolados, que aliavam confiabilidade e rapidez a baixos custos
operacionais. Esta tendncia gerou forte movimentao em fruns internacionais e
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sociedades como ISA (Instrument Society of America), IEC (International
Electrotechnical Commission), Profibus (padro nacional alemo) e FIP (padro
nacional francs). Assim, foi constitudo o comit IEC/ISA SP50 Fieldbus, cujo
objetivo seria a criao e especificao de normas e padres para instrumentao. O
padro a ser desenvolvido deveria integrar os diferentes tipos de instrumentos de
controle, proporcionando uma interface para a operao de diversos dispositivos
simultaneamente e um conjunto de protocolos de comunicao para todos eles.
H cerca de 10 anos, o nvel administrativo j possua o padro TCP/IP, porm, o nvel
de cho-de-fbrica possua outros protocolos denominadosfieldbuses.
Estes protocolos foram se difundindo, devido relao custo-benefcio advinda do uso
de redes industriais de comunicao, quando comparados a sistemas tradicionais de
transmisso de dados. E cada uma destas novas plataformas elaborou sua maneira de
enviar dados do cho-de-fbrica at os nveis mais altos da hierarquia industrial, o que,
apesar dos benefcios gerados, constitui-se em um grande empecilho ao
desenvolvimento e aplicao a nvel global destas tecnologias.
No nvel de controle, a tendncia descentralizao fortemente assumida, onde os j
inovadores SDCD`s (Sistema Digital de Controle Distribudo) do lugar aos FCS (Field
Control Systems), tcnica possibilitada pelo surgimento dos modernos protocolos
fieldbus de comunicao industrial. Assim, a necessidade de controladores nas plantas
industriais , aos poucos, reduzida, sendo a funo dos mesmos realizada agora, pelos
prprios instrumentos. Projetos que implementam transmisses de sinais analgicos tem
se tornado cada vez mais raros, dando lugar, agora, s novas plataformas de
comunicao industrial baseadas exclusivamente em comunicao por intermdio de
sinais digitais.
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2.2. INSTRUMENTAO CONVENCIONAL
Por volta de 1950, j estava consolidado o uso de instrumentao pneumtica, com sinal
de sada de ar normalizado entre 3psi-15psi para sensores e atuadores. Os sinais de
medio e de controle, pneumticos, eram reunidos na sala de operao, onde existia
uma grande quantidade de indicadores, registradores e controladores pneumticos,
sendo o controle, na maioria dos casos, feito varivel a varivel.
Em torno de 1960, comeou a se popularizar a instrumentao eletrnica, em que o
sinal pneumtico foi substitudo por um sinal eltrico contnuo. Neste tipo de sistema, a
medida varivel de processo transformada em um sinal de corrente na faixa 4-20mA.
Foi muito grande, e continua a ser, a quantidade de instrumentos que utiliza o sinal em
corrente. Este tipo de instrumentao analgica conhecido como instrumentao
convencional.
No sistema de instrumentao convencional, a transmisso dos dados realizada a partir
de um par de fios eltricos. Para a transmisso de cada varivel, utilizado um par de
fios que liga o sensor aos controladores da sala de controle. Da mesma forma, um par de
fios utilizado para a transmisso do sinal de controle do controlador para o atuador no
campo. Esta arquitetura pode ser vista na figura 01.
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Figura 01: Sensores e atuadores conectados aos controladores da sala de controle
Um transmissor de 4 a 20, como usualmente chamado, recebe o sinal do transdutor
e o converte em sinal de corrente, da seguinte forma: 4mA para o valor mnimo a ser
medido pelo sensor, e 20mA para o valor mximo a ser medido. Os valores
intermedirios normalmente so proporcionais, com funo de transferncia linear. Se
este no for o caso, a funo de transferncia deve ser conhecida (ou ter valores
pontuais tabelados), para que se efetue a correta correlao entre a corrente e a grandeza
que est sendo medida.
A utilizao da corrente de 4mA como valor mnimo, ao invs de 0mA, deve-se
principalmente a dois fatores. O primeiro que, na maioria dos casos, a alimentao dos
sensores realizada pelo mesmo par de fios que transmite o sinal. Desta forma,
utilizando-se o valor mnimo de 4mA, possvel garantir a alimentao do circuito do
transmissor mesmo quando o valor medido o mais baixo da faixa de medio. Alm
disso, o sinal mnimo de 4mA permite a distino entre o valor mnimo medido e a
presena de algum problema no sensor, no circuito ou na linha de transmisso, como o
rompimento dos cabos de transmisso, detectado quando se recebe qualquer sinal
abaixo de 4mA.
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A razo para se utilizar um sinal de corrente, e no um sinal de tenso, que sinais de
corrente no sofrem o efeito da queda de tenso na linha, nas conexes e nos demais
elementos do circuito. Se fosse transmitido um sinal de tenso, para cada comprimento
de linha de transmisso, haveria diferentes quedas de tenso, o que produziria erros
difceis de serem identificados no sinal recebido. Com o sinal de corrente, isto no
acontece, uma vez que o transmissor ir manter a corrente constante e proporcional
varivel do processo.
Com o passar dos anos, tornou-se cada vez maior a necessidade de se trocar mais dados
entre os sistemas de controle e os instrumentos. Com o sinal analgico de corrente, era
possvel a transmisso de somente um sinal, o valor medido da varivel de processo.
Para suprir essa necessidade por um maior fluxo de informaes, comearam a surgir as
redes de campo. O protocolo HART (Highway Addressable Remote Transducer) foi um
dos primeiros a serem desenvolvidos, e apresentava a vantagem de utilizar o mesmo par
de fios dos instrumentos analgicos 4-20mA para a comunicao.
2.3. PROTOCOLO HART
O protocolo de comunicao HART mundialmente reconhecido como um padro da
indstria para comunicao de instrumentos de campo inteligentes 4-20mA
microprocessados. O uso desta tecnologia vem crescendo rapidamente e hoje
virtualmente todos os maiores fabricantes de instrumentao mundiais oferecem
produtos dotados de comunicao HART.
O protocolo HART possibilita a comunicao digital bidirecional em instrumentos de
campo inteligentes sem interferir no sinal analgico de 4-20mA. Tanto o sinal analgico
4-20mA como o sinal digital de comunicao HART podem ser transmitidos
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simultaneamente na mesma fiao. A varivel primria e a informao do sinal de
controle podem ser transmitidas pelo 4-20mA, se desejado, enquanto que as medies
adicionais, parmetros de processo, configurao do instrumento, calibrao e as
informaes de diagnstico so disponibilizados na mesma fiao e ao mesmo tempo.
A comunicao digital realizada atravs de sobreposio do sinal digital ao sinal de 4-
20mA, utilizando-se o padro Bell 202, de chaveamento por deslocamentos de
frequncia (FSK Frequency Shift Keying). Por ser o sinal digital FSK simtrico em
relao ao zero, no existe nvel DC associado ao sinal e, portanto, ele no interfere no
sinal de 4-20mA. A lgica 1 representada por uma frequncia de 1200 Hz e a lgica
0 representada por uma frequncia de 2200 Hz, como mostrado na figura 02. O sinal
HART FSK possibilita a comunicao digital em duas vias, o que torna possvel a
transmisso e recepo de informaes adicionais, alm da normal que a varivel de
processo em instrumentos de campo inteligentes (FILHO).
Figura 02: Tecnologia FSK utilizada pelo protocolo HART para codificar a informaodigital sobre o sinal de corrente.
O HART um protocolo do tipo mestre / escravo, o que significa que um instrumento
de campo (escravo) somente responde quando perguntado por um mestre. Dois
mestres (primrio e secundrio) podem se comunicar com um instrumento escravo em
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uma rede HART. Os mestres secundrios, como os terminais portteis de configurao
1 , podem ser conectados normalmente em qualquer ponto da rede e se comunicar com
os instrumentos de campo sem provocar distrbios na comunicao com o mestre
primrio. O mestre primrio tipicamente um SDCD, um CLP (Controlador Lgico
Programvel), um controle central baseado em computador ou um sistema de
monitorao. Uma instalao tpica com dois mestres mostrada na figura 03.
Figura 03: Dois equipamentos mestres acessando o mesmo equipamento de campo(escravo)
At hoje, o protocolo HART ainda se apresenta aos usurios como um timo caminho
de migrao da instrumentao analgica para usufruir os benefcios da comunicao
digital para a instrumentao inteligente. Mesmo com o surgimento das redes de campo,
que sero apresentadas na prxima seo, o HART ainda continuar bastante presente,
pois permite os benefcios da comunicao remota, a flexibilidade e a preciso da
comunicao de dados digital, o diagnstico dos instrumentos de campo e o uso de
poderosos instrumentos com mltiplas variveis, sem que haja a necessidade de trocar
sistemas inteiros.
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2.4. REDES DE CAMPO
O surgimento de sistemas hbridos HART, que utilizam a sobreposio de sinal digital
ao sinal analgico, foi um grande passo no sentido da evoluo da instrumentao
industrial. Com a instrumentao inteligente, tornou-se possvel efetuar diagnsticos,
usar indicadores locais digitais que mostram o nome da cadeia de medio, as unidades
utilizadas na apresentao das grandezas, a validade da medio e efetuar a calibrao
numericamente.
Entretanto, com o aumento do nmero de instalaes de grande porte, em que o custo
dos cabos de ligao dos instrumentos constitui uma frao significativa do custo de um
sistema de controle, houve a necessidade de diminuir a quantidade de cablagem numa
instalao. Neste sentido, iniciaram-se as pesquisas para o desenvolvimento de uma
instrumentao ligada em rede.
A instrumentao em rede comeou a aparecer por volta de 1990/1995. Uma vez que se
trata de instrumentao exclusivamente digital, surgiu o seguinte problema: qual o
protocolo que deve ser utilizado de modo a haver interoperabilidade, ou seja, um
instrumento de um determinado fabricante possa ser substitudo por outro de outro
fabricante sem que haja qualquer problema de compatibilidade. Apesar de ter havido
um grande esforo com o objetivo de se utilizar apenas um tipo de rede, com apenas um
protocolo, no tem sido possvel alcanar este objetivo, devido tanto a consideraes de
ordem tcnica quanto a conflitos de interesses econmicos e polticos. Desta forma,
surgiram diversos tipos de redes, conforme a aplicao a que se destinam e a zona
econmica em que esto inseridos os fabricantes. So exemplos as redes AS-i,
DeviceNet, Foundation Fieldbus, Modbus, Profibus.
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2.4.1.Vantagens da instrumentao em rede
A instrumentao em rede tem diversas vantagens quando comparada com a
instrumentao convencional. Algumas destas vantagens so apresentadas a seguir.
Quantidade de informaes transmitidas:
Com a utilizao da comunicao digital, toda a informao de centenas de
malhas e pontos de monitorao pode ser transmitida para o console do operador
na sala de controle com uma nica rede. Ela transporta no somente informaes
de entradas e sadas como variveis manipuladas e de processo, mas tambm
informao operacional, como referncia (setpoint), modo de operao, alarmes
e ajuste em ambas as direes, para a sala de controle.
Assim, tornou-se possvel o processamento distribudo, como tambm
informaes de diagnstico, configurao, alcance, identificao puderam ser
adicionadas, primeiramente nos controladores, mas depois tambm nos
instrumentos de campo, como os transmissores e posicionadores de vlvulas.
Graas s redes, instrumentos de campo podem realizar no apenas operaes de
medio e atuao, mas tambm tm caractersticas e funes de controle e
gerenciamento de ativos.
Comunicao multiponto
Um segundo grande benefcio da comunicao digital a capacidade de conectar
diversos equipamentos ao mesmo par de fios formando uma rede multiponto
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(multidrop) que divide um meio de comunicao comum, como pode ser visto
na figura 04. Comparada com a comunicao analgica, que necessitava de um
par de fios para cada instrumento, isso reduz a quantidade de cabos necessria,
especialmente para a instrumentao em campo envolvendo grandes distncias e
grande nmero de instrumentos. At mesmo para uma quantidade pequena de
instrumentos, a quantidade de cabo necessria bastante reduzida, traduzindo
em economias em equipamentos e instalao.
Figura 04: Equipamentos dividindo um meio de comunicao comum.
Na forma mais simples de comunicao, um equipamento atua como mestre,
solicitando a leitura ou a escrita de um valor em outro equipamento, como um
instrumento de campo, que age como escravo. O escravo, ento, responde
solicitao. Um exemplo deste modo de comunicao um equipamento de
tecnologia HART ou PROFIBUS agindo como mestre e escrevendo um
parmetro em um posicionador escravo de tempos em tempos. Outro exemplo
um CLP mestre lendo uma varivel de processo de um transmissor escravo e,
aps calcular o algoritmo de controle, escrevendo a sada em um posicionador
escravo. Este modo pode ser visto na figura 05.
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Figura 05: Modo de comunicao mestre / escravo
Um outro modo de comunicao o publisher/subscriber. Neste modo, um
equipamento, atuando comopublisherpublica um valor no meio de comunicao, e esta
informao utilizada por todos os equipamentos interessados, que atuam como
subscribers. Esse modo bastante eficiente, pois o valor transmitido por um
instrumento em campo diretamente para outros em uma transmisso nica, atingindo
vrios subscribersde uma s vez. Este mtodo, utilizado pelofieldbus foundation para
o controle em malha fechada, por exemplo, pode ser visto na figura 06.
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Figura 06: Modo de comunicaopublisher / subscriber
Robustez
Em um sistema analgico 4-20mA, os valores so transmitidos em uma variao
infinita de corrente. Um erro no sinal simplesmente leva um sinal vlido para
outro sinal vlido. Mesmo o sinal do mais exato transmissor analgico pode ser
totalmente incerto quando ele chega ao controlador. A comunicao digital tem
a vantagem de ter um sinal muito robusto, com apenas dois estados vlidos (um
e zero). Ele transmitido diretamente ou codificado de alguma forma, e assim,
menos sensvel a perturbaes que um sinal analgico. Ainda mais importante,
usando-se tcnicas de deteco de erros, possvel reconhecer se o sinal foi
distorcido, descartando a mensagem e possivelmente pedir para ela ser
retransmitida. Uma distoro em um sinal analgico no pode ser detectada
porque um sinal distorcido ainda tem a forma de um sinal vlido. Por exemplo,
um sinal analgico que deveria ser 19mA pode variar entre 18,97mA e 19,03mA
devido interferncia eltrica, ou estar limitado a 18mA por insuficincia no
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fornecimento de tenso. Entretanto, no h como perceber este problema, j que
o sinal recebido ainda um sinal vlido.
Interoperabilidade
Um problema potencial na comunicao digital que existem vrias maneiras
diferentes de faz-la. O mtodo de representao, codificao e transmisso de
dados chamado de protocolo. Fabricantes criaram diferentes protocolos, e os
produtos desenvolvidos para um protocolo no se comunicam com aqueles
desenvolvidos para outro. Um dos objetivos dos grupos de padronizao
definir um protocolo padro ao qual todos os equipamentos possam seguir,
tornando, assim, possvel que produtos de diferentes fabricantes comuniquem
entre si. Um ponto chave que o poder de um sistema no est na capacidade
individual de cada um dos equipamentos, mas na habilidade destes
equipamentos de comunicarem um com o outro. Dois dos melhores e mais
poderosos equipamentos que no se integrem perfeitamente no criam uma
soluo to poderosa quanto dois equipamentos mais simples que usam um
protocolo padro.
3. DESENVOLVIMENTO
3.1. DEFINIO DO FIELDBUS
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O fieldbus pode ser definido como uma rede digital, bidirecional (de acesso
compartilhado), multiponto e serial, utilizado para interligar os dispositivos primrios
de automao (dispositivos de campo) a um sistema integrado de automao e controle
de processos.
Cada dispositivo de campo pode possuir uma inteligncia (microprocessado), o que o
torna capaz de executar funes simples em si mesmo, tais como diagnstico, controle e
funes de manuteno, alm de possibilitar a comunicao entre dispositivos de campo
(no apenas entre o engenheiro e o dispositivo de campo). Em outras palavras, o
fieldbusveio para substituir o controle centralizado pelo distribudo.
3.2. HISTRICO DO FIELDBUS
Durante os anos 1980, um grande esforo foi aplicado no desenvolvimento de um
padro para comunicao digital de instrumentos de campo. O crdito para este
desenvolvimento vai para os membros do comit (SP50) da ISA, que gastaram anos
definindo os requisitos tcnicos e chegar a um consenso para redes de campo.
Neste meio tempo, fabricantes comearam a desenvolver seus prprios padres
proprietrios de comunicao digital. Esses esforos mltiplos resultaram em uma srie
de protocolos concorrentes, nenhum deles compatvel entre si.
No fim do ano de 1994, o caminho para as redes de campo tomou uma nova e
promissora direo. Dois consrcios de fabricantes a InterOporable Systems Project
(ISP) e a WorldFIP North America se uniram para formar a Fieldbus Foundation.
Esta nova organizao imediatamente aplicou todos os seus esforos para alcanar um
padro aceito internacionalmente. A Fieldbus Foundation organizou programas de
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desenvolvimento, conduziu testes de campo, e estabeleceu o mais rigoroso programa de
testes e registros de equipamentos de campo da indstria.
Trabalhando lado a lado, fabricantes, usurios, instituies acadmicas e outras partes
interessadas tornaram-se membros da fieldbus foundatione desenvolveram um padro
aberto, no-proprietrio, conhecido como foundation fieldbus. Esta avanada soluo
foi criada para possibilitar aplicaes crticas de controle em que a transferncia e a
manipulao dos dados so essenciais. A tecnologiafoundationfoi criada para substituir
redes e sistemas incompatveis por uma arquitetura aberta e totalmente integrada para o
controle distribudo em tempo real e a convergncia de informaes do
empreendimento.
Ao lado da tecnologia profibus,o foundation fieldbus a tecnologia mais utilizada na
instrumentao de plantas industriais atualmente.
3.3. A TECNOLOGIA FIELDBUS FOUNDATION
O foundation fieldbus um sistema de comunicao totalmente digital, serial e
bidirecional, que interconecta equipamentos de campo, como sensores, atuadores e
controladores. Ele uma rede local (LAN Local Area Network) para instrumentos,
usado tanto na automao de processos quanto da manufatura, com a capacidade de
distribuir o controle atravs da rede. A hierarquia de uma rede utilizando foundation
fieldbuspode ser observada na figura 07.
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Figura 07: Hierarquia de rede utilizandofieldbus foundation
Dois nveis do protocolo foundation fieldbus foram desenvolvidos, cada um para
diferentes aplicaes na automao de processos. Estes dois nveis utilizam diferentes
meios fsicos e velocidades de comunicao:
H1: trabalha a uma velocidade de 31,25kbit/s e utilizada para conectar a
instrumentao de campo. Geralmente utiliza como meio fsico um par tranado
de fios, e prov comunicao e alimentao pelo mesmo par de fios.
HSE (High Speed Ethernet): empregada para conectar o nvel H1 s estaes de
operao, aos controladores mais rpidos como CLP`s, alm de permitir a
conexo entre diferentes nveis H1. Tem velocidade bastante superior, de
100Mbit/s, e utiliza geralmente cabo Ethernet padro como meio fsico no
provendo alimentao pelo mesmo meio.
Na figura 08, pode-se observar a topologia de uma rede foundation fieldbus. O linking
device o dispositivo responsvel pela ligao entre os nveis H1 e HSE.
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Figura 08: Os nveis H1 e HSE da redefieldbus foundation
A arquitetura de rede baseada no modelo de referncia OSI Open System
Interconnection estabelecido pela ISO1 e recomendado como uma arquitetura padro
para redes. O modelo OSI estabelece, na ligao de um dispositivo a uma rede, um
conjunto de sete camadas hierarquizadas. Todos os dispositivos que possam ser ligados
rede tm camadas anlogas. A informao circula dentro de cada dispositivo entre
camadas hierarquicamente adjacentes, do nvel mais alto para o mais baixo quando
enviada, e do nvel mais baixo para o mais alto quando recebida. Veja na figura 09.
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Figura 09: Camadas do modelo OSI e do modelofoundation fieldbus
Para a rede foundation fieldbus, so utilizadas trs das sete camadas do modelo OSI e
uma camada adicional, como pode ser visto na figura 09. A camada de nvel hierrquico
mais baixo, designada por camada fsica, a que se encontra fisicamente ligada rede.
por esta camada que transitam os sinais fsicos de comunicao entre os diversos
dispositivos ligados rede. A camada imediatamente acima da camada fsica a
camada de enlace de dados (data link layer DLL). Esta camada controla o envio e o
recebimento de mensagens na rede.
3.3.1.Camada fsica
A camada fsica recebe a informao codificada da pilha de comunicao, convertendo-
a em sinais fsicos (tenses e correntes) que circulam atravs do meio fsico de
comunicao e vice-versa. O meio fsico utilizado pelas redes foundation fieldbus
definido pela IEC1 e pela ISA. Para a rede H1, o meio especificado o par tranado,
que permite tambm alimentar os dispositivos ligados rede.
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Como a alimentao dos dispositivos realizada pela prpria rede, esta deve estar
ligada a pelo menos uma fonte de alimentao. A tenso de alimentao contnua e
varia entre 9V e 32V para aplicaes de segurana intrnseca, esta tenso de
alimentao depende da barreira de segurana intrnseca. O sinal de informao
transmitido por meio de corrente na linha. O transmissor modula o sinal variando a
corrente em +10mA ou -10mA. Como a linha tem impedncia de 50ohms, estas
variaes de corrente originam variaes de +0,5V e -0,5V na tenso.
Observa-se, assim, na rede, uma tenso contnua a que se sobrepe um sinal de 1.0V
pico a pico. Este funcionamento pode ser visto na figura 10
Figura 10: Corrente e tenso para comunicao na redefoundation fieldbus
A codificao do sinal feita utilizando-se a tcnica Manchester Bifase-L. Trata-se de
uma comunicao sncrona, j que o sinal de clock enviado juntamente com o sinal de
dados. Como pode ser visto na figura 11, o sinal enviado corresponde funo XOR
negada dos sinais de clocke de dados. O dispositivo receptor do sinalfieldbusinterpreta
uma transio positiva na metade do tempo do bitcomo um 0 lgico, e uma transio
negativa como um 1 lgico.
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Figura 11: Codificao manchester bifase-L
3.3.2.Camada do usurio
A fieldbus foundation definiu uma camada do usurio baseada em blocos. Os blocos
representam as diferentes funes da camada do usurio, e so divididos em trs tipos:
Resource block: Descrevem as caractersticas do dispositivo fieldbus, como
nome do dispositivo, fabricante, nmero de srie. H apenas um resource block
em cada dispositivo.
Function blocks: Representam as funes ou algoritmos a serem executados pelo
sistema. A fieldbus foundation definiu conjuntos de function blocks padres.
Entre eles, pode-se citar blocos de entrada analgica (Analog Input AI), sada
analgica (Analog Output AO), entrada digital (Digital Input DI), sada
digital (Digital Output DO), controlador PID
(Proportional/Integral/Derivative).
Os function blocks para cada dispositivo podem ser selecionados conforme a
funcionalidade desejada. Por exemplo, um simples transmissor de temperatura
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precisa conter apenas um bloco AI. J uma vlvula de controle pode conter um
bloco PID, alm do bloco AO. Desta forma, uma malha de controle completa
pode ser realizada utilizando apenas um transmissor de temperatura e uma
vlvula de controle, como pode ser visto na figura 12.
Figura 12: Exemplo de uma malha de controle completa utilizandofunction blockslocalizados nos dispositivosfieldbus
Transducer Blocks: Conecta os function blocksao mundo externo, cuidando de
detalhes relativos ao hardware de cada equipamento, como calibrao do sensor,
tipo do sensor, diagnstico, faixa de operao. Existe normalmente um
transducer blockpara cadafunction blockde entrada ou sada.
3.3.3.Topologias dofoundation fieldbus
Vrias topologias podem ser aplicadas em projetos fieldbus. A figura 13 ilustra quatro
topologias que sero discutidas em detalhes a seguir. De forma a simplificar e tornar
mais claro os grficos, as fontes de alimentao e os terminadores foram omitidos
destes.
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Figura 13: Topologias possveis de ligaofieldbus
As topologias mais comumente utilizadas em sistemasfieldbus so:
Topologia de barramento com spurs
Nesta topologia utiliza-se um barramento nico onde equipamentos ou
barramentos secundrios (spurs) so conectados diretamente a ele. Pode-se ter
ainda vrios equipamentos diferentes em cada spur(figura 14).
Figura 14: Topologia de barramento com spurs
Topologia ponto-a-ponto
Nesta topologia tem-se a ligao em srie de todos os equipamentos utilizados
na aplicao (figura 15). O cabo fieldbus roteado de equipamento para
equipamento neste seguimento e interconectado nos terminais de cada
equipamento fieldbus. As instalaes que utilizam esta topologia devem usar
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conectores de forma que a desconexo de um simples equipamento no
interrompa a continuidade do segmento.
Figura 15: Topologia ponto-a-ponto
Topologia em rvore
A topologia em rvore concentra em acopladores/caixas de campo a ligao de
vrios equipamentos. Devido a sua distribuio, esta topologia conhecida
tambm como p de galinha (figura 16).
Figura 16: Topologia em rvore
Topologia end-to-end
Esta topologia utilizada quando se conecta diretamente apenas dois equipamentos.
Esta ligao pode estar inteiramente no campo (um transmissor e uma vlvula sem
nenhum outro equipamento conectado figura 17) ou pode ligar um equipamento de
campo (um transmissor) ao device host.
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Figura 17: Topologia "end-to-end"
3.3.4.Vantagens dofoundation fieldbus
Neste item, sero apresentadas algumas vantagens da utilizao de instrumentao
foundation fieldbusem relao instrumentao analgica convencional e a outros tipos
de redes de campo.
Reduo de equipamento
O foundation fieldbus utiliza function blocks para implementar a estratgia de
controle. Muitas das funes do sistema de controle, como entrada analgica,
sada analgica, controlador PID, podem ser realizadas pelos instrumentos,
atravs do uso dos function blocks. Desta forma, equipamentos utilizados na
instrumentao convencional e tambm em instrumentao profibus, j que
esta tecnologia no oferece funes de controle nos instrumentos no so mais
necessrios, como pode ser observado na figura 18.
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Figura 18: Reduo de equipamentos proporcionada pelofoundation fieldbus
O controle distribudo nos instrumentos de campo pode reduzir o equipamento
de controle necessrio, incluindo cartes de entradas e sadas, painis e fontes de
alimentao.
Devido alimentao dos instrumentos por um barramento, e no um a um,
pode-se reduzir consideravelmente o nmero de barreiras de segurana
intrnseca. A segurana intrnseca uma forma de possibilitar o funcionamento
de um dispositivo eltrico em uma rea classificada um ambiente sujeito
presena de atmosferas potencialmente explosivas garantindo que ele no tem
condies de iniciar uma exploso. Barreiras de segurana intrnseca devem ser
usadas nestas reas, como ocorre nas plantas de leo e gs. As barreiras de
segurana intrnseca limitam a energia do circuito de alimentao dos
instrumentos, de forma que estes, mesmo em situao de falha, no liberem
energia suficiente para provocar a ignio da atmosfera explosiva. Em
instrumentao convencional, como a alimentao individual para cada
instrumento, deve haver uma barreira de segurana intrnseca para cada
instrumento que esteja em uma rea classificada. J para instrumentao
foundation fieldbus, em que a alimentao realizada pela rede, deve haver
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apenas uma barreira de segurana intrnseca por segmento da rede. Esta reduo
de barreiras de segurana intrnseca (representadas por I.S.) pode ser vista na
figura 19.
Figura 19: Reduo de barreiras de segurana intrnseca
Reduo de cabos
Para a instrumentao analgica convencional, necessria a utilizao de um
par de fios para a ligao entre cada instrumento e o sistema de controle. J para
a instrumentao em rede, como foundation fieldbus, os instrumentos so
ligados em um barramento, reduzindo bastante a quantidade de cabos necessria.
Alm dos custos, a quantidade menor de cabos reduz tambm o trabalho de
instalao, reduzindo o tempo de construo e partida da planta.
Quantidade e qualidade dos dados
Na instrumentao convencional, a quantidade de informao disponvel ao
usurio no ia muito alm das variveis de processo. Com ofoundation fieldbus
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esta quantidade muito maior, devido principalmente s facilidades da
comunicao digital.
Alm disso, ofieldbusaumentou a resoluo e minimizou a distoro dos dados,
o que d maior confiabilidade ao controle. Aliado a isto, existe o fato de o
controle ocorrer nos dispositivos de campo, o que melhora o desempenho da
malha de controle.
O fieldbuspermite que mltiplas variveis de cada instrumento sejam enviados
ao sistema de controle, para arquivamento, anlise de tendncia, estudos de
otimizao do processo, gerao de relatrios. As caractersticas de alta
resoluo e ausncia de distoro da comunicao digital melhoram a qualidade
do controle, o que pode aumentar o rendimento da produo.
Manuteno
Dispositivos fieldbus, com comunicao microprocessada, permitem que os
erros de processo possam ser reconhecidos mais rapidamente e com uma maior
certeza. Como consequncia, os operadores da planta so notificados de
condies anormais ou da necessidade de manuteno preventiva, e podem
tomar melhores decises sobre a produo. Os problemas que diminuem a
eficincia operacional so corrigidos mais rapidamente, permitindo um aumento
no rendimento.
As potencialidades ampliadas de diagnstico dos dispositivos de campo
possibilitam monitorar e registrar condies como desgastes de vlvulas e mau
funcionamento de transmissores. O pessoal da planta pode executar a
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manuteno proativa sem causar uma parada programada, evitando ou reduzindo
assim o tempo ocioso da planta.
Interoperabilidade
Como o foundation fieldbus um protocolo aberto, fabricantes podem fornecer
dispositivos que operaro juntos com dispositivos de outros fabricantes.
Alm disso, o fato de os dispositivos oferecerem sempre os function blocks
bsicos, um instrumento que esteja operando na planta pode ser substitudo por
um outro de um fabricante diferente, mantendo a operabilidade da planta.
Facilidades grficas para interao humana
o DD (device description)
Para a interface com os dispositivos de campo, os softwares de
gerenciamento de ativos utilizam-se de driverspara possibilitar a obtenode parmetros advindos dos dispositivos. Trata-se de um conjunto de
informaes tcnicas singulares a cada instrumento, chamadas device
description (DD descrio de dispositivo), as quais so fornecidas pelo
prprio fabricante. Desta forma, informaes complexas que circulam
atravs do barramento podem ser simplificadas, trazendo benefcios
diversos como, por exemplo, a troca de informaes entre vrios
dispositivos de uma dada rede sem a necessidade de instalao de um driver
adicional para tanto (BERGE).
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O DD formado a partir de um texto estruturado e carregado na base de
dados dos sistemas de controle e dos softwaresde gerenciamento de ativos.
A figura a seguir ilustra um exemplo de como a informao estruturada
(figura 20):
Figura 20 - Estrutura de um device description
o EDDL (enhanced device description language)
Os EDDLs (linguagem de descrio de dispositivos aperfeioada) so uma
evoluo dos DDs, como o objetivo de estender o conceito de
interoperabilidade para a interface grfica e para os diagnsticos dos
dispositivos. O layout da interface grfica determinado pelo fabricante do
host. Assim, o mesmo dispositivo poder apresentar visualizaes diferentes
de acordo com o sistema empregado, sendo, porm, a informao detalhada
acerca de cada dispositivo detalhada e fornecida pelo fabricante do mesmo(BAIO) (figura 21).
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Figura 21 - Tela de configurao e visualizao de um EDDL
o FDT/DTM (field device tool / device type manager)
Paralelamente aos EDDLs, surgiram os FDTs (ferramentas de dispositivos
de campo) e os DTMs (gerenciamento de tipos de dispositivos). So ambos
uma tecnologia de software usada para integrar dispositivos de campo ao
sistema de controle, constituindo-se de trs partes: Um DTM, escrito pelo
fabricante, um BTM (block type manager gerenciador de tipos de blocos),
escrito pelo fabricante do instrumento para blocos do FF (foundation
fieldbus) e, por fim, um ambiente de software, o FDT, que disponibiliza um
conjunto de servios de software que suportam a comunicao com o
dispositivo de campo (figura 22). Este ltimo no possui informaes acerca
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dos dispositivos, disponibilizando, apenas, servios de interface com
programas.
O DTM faz interface com o FDT para trocar todas as informaes
requeridas em relao ao dispositivo de campo, sendo as operaes do
dispositivo executadas pelo DTM. O BTM, por sua vez, responsvel pela
interface com o FDT para trocar todas as informaes requeridas em relao
aos blocos de informao, sendo todas as operaes do bloco executadas
pelo BTM. Apesar da ampla gama de tecnologias envolvida em
gerenciamento de ativos, no so todos os sistemas que conseguem
empreg-las. Portanto, devem-se observar as limitaes e necessidades do
sistema que se pretende implantar.
Figura 22 - Tela de visualizao e configurao de um DTM
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3.4. MERCADO BRASILEIRO PROJETOS FIELDBUS
Ao longo dos ltimos anos, diversas empresas de engenharia e usurios finais esto se
dedicando a avaliar diferentes sistemas baseados na tecnologia foundation fieldbus,
procurando assim entender e tirar o maior proveito desta nova tecnologia.
Esse aprendizado traz a descoberta dos benefcios e principalmente das dificuldades e
dos desafios a serem superados para obter o mximo de funcionalidade de uma planta
com reduo de custos operacionais e melhorias considerveis nos padres produtivos
da empresa.
Nesse capitulo abordado algumas experincias e situaes adversas que as empresas
vm enfrentando para utilizar os recursos dofoundation fieldbus.
Para se comear a discutir o assunto, precisa-se primeiramente fazer uma diviso, uma
linha do tempo, para analisar duas situaes distintas:
Benefcios e economias dofieldbusantes do start-up
Benefcios e economias dofieldbusdepois do start-up
3.4.1.Fieldbusantes do start-up
As economias do uso do fieldbus at a partida podem ser facilmente mensurveis,
entretanto existem outros fatores que devem ser considerados:
Confiana na tecnologia
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O medo do desconhecido uma das mais fortes caractersticas do ser humano,
influenciando diretamente nas nossas vidas, e por esta razo o primeiro desafio
que a tecnologiafieldbusenfrenta.
O medo s pode ser superado ou minimizado ao longo do tempo, onde a busca
da confiana vai sendo adquirida atravs do aumento de informao formando
um conceito positivo sobre o assunto.
Reduo de cabos/equipamentos
Conforme mencionado anteriormente, a reduo de cabos pode ser mensurvel
comparando a tecnologiafieldbuscom a instrumentao analgica convencional.
Para a instrumentao analgica convencional, necessria a utilizao de um
par de fios para a ligao entre cada instrumento e o sistema de controle. J para
a instrumentao em rede, como foundation fieldbus, os instrumentos so
ligados em um barramento, reduzindo bastante a quantidade de cabos necessria.
Alm dos custos, a quantidade menor de cabos reduz tambm o trabalho de
instalao, reduzindo o tempo de construo e partida da planta.
Uma aplicao de fcil aceitao, quando o tema reduo de cabos e ainda
aumento de confiabilidade /disponibilidade, a troca de multicabos de extenso
de termopares, por transmissores multivariveis (8 entradas) em fieldbus
intrnsicamente seguros montados diretamente nas caixas de junes no campo.
Em uma tpica unidade de destilao atmosfrica onde cerca de 300 termopares
so utilizados para monitorao de Temperatura, seriam instalados perto de 15
multicabos de 24 pares at as salas auxiliares (nos SDCD convencionais), podem
ser substitudos por (300/8/12=~4) 4 cabos tipo A.
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Outros ganhos:
- apenas uma barreira para cada segmento, ao invs de 300
- eliminao de vrios terminais (Rearranjo, Barreira, Carto de Entrada do
SDCD)
- substituio a quente
- eliminao das rejeies de modo comum em Termopares com junta quente
aterradas.
- possibilidade de antecipar a troca do Termopar antes de falha, graas aos
aplicativos de diagnsticos avanados.
Em resumo: como em uma refinaria, as temperaturas chegam a 90% das
variveis monitoradas e na maioria, possuem dois trens de destilao,
facilmente comprovada as redues de at US$ 2Milhes, com esta tecnologia.
Confiabilidade de segmento
A confiabilidade do segmento pode ser dividido em diversos fatores:
o Quebra do Cabo
Conforme j discutido os instrumentos fieldbus so ligados a um
barramento, reduzindo bastante a quantidade de cabos necessria, entretanto
a quebra de cabos um fator crucial para a confiabilidade do segmento.
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Este problema pode ser minimizado no projeto de encaminhando dos cabos,
ou seja, utilizando um bandejamento apropriado para o encaminhamento
dos cabos.
Alm disso, hoje em dia pode-se utilizar topologias em U, utilizando desta
forma a redundncia no encaminhamento dos cabos ao host do sistema.
Outro ponto que se pode observar neste tpico e sobre a eletrnica das
caixas de juno que possuem proteo contra-curto nos spurse deteco de
curto e circuito aberto no barramento, possibilitando desta forma uma maior
confiabilidade no sistema como um todo.
o Rudo de informaes
Conforme discutido anteriormente, o fieldbus permite que o controle seja
feito no campo, distribudo pelos instrumentos, entretanto o uso dessa
ferramenta no obrigatria, em muitos projetos, ou na maioria deles, o
controle continua sendo feito pelo host.
E por que a maioria dos projetos tem controle no host? A resposta rudo,
ou seja, rudo de informaes, tais como:
Medo do desconhecido
Dificuldade pelos fabricantes de configurar o controle no campo
Vantagens comerciais dos fabricantes dos host.
o Tempo (macrociclo)
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Um importante aspecto quando se trabalha com sistemasfieldbus o tempo
gasto para que todos os devices da linha possam publicar parmetros de
controle e monitorao de um processo. Este tempo deve ser minimizado
tanto quanto possvel pois pode-se comprometer o tempo de atualizao dos
links entre os blocos funcionais que operam na malha de controle em
relao a velocidade do processo.
O macrocycle determinado por:
Tempo de execuo do bloco de funo
Tempo de transmisso das mensagens cclicas
Espaos de tempo entre as mensagens determinadas pelos
parmetros de rede
Tempo reservado as mensagens acclicas
O tempo de execuo do bloco de funo depende do tipo de
bloco, do hardware e do design no software
No clculo do tempo, apenas os blocos executados
consecutivamente so considerados. Blocos em dispositivos diferentes
podem executar em paralelo
Figura 23 Tempo de escalonamento
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Utilizando-se o host como executar da lgica, o tempo total a soma do
tempo de publicao no segmento + tempo de scan do SDCD.
Em complemento ao assunto discutido no tpico acima (rudo), o conjunto
medo do desconhecido agregado com interesses comerciais acabam
limitando o uso dos controles no campo, isto pode ser facilmente visto em
alguns critrios e/ou especificaes tcnicas que restringem os tempos
impossibilitando desta forma o atendimento do mesmo.
o Layout
O estudo do layout um dos processos mais importante do projeto, uma vez
que juntamente com a localizao dos instrumentos e com a definio de
sua criticidade de malhas pode-se definir os segmentos, a quantidade de
caixas de junes e consequentemente a quantidade de cabos e infra-
estrutura necessria.
o Criticidade das malhas
A criticidade das malhas a separao dos nveis das malhas, normalmente
segregadas de 1 a 4, onde o nvel 4 define as malhas de monitorao e o
nvel 1 as malhas mais criticas da planta.
Conforme comentado acima, no layout, a criticidade das malhas tem um
papel importante na definio dos segmentos e consequentemente no
resultado final da economia de materiais.
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No existe uma regra nica no agrupamento das malhas nos segmentos, isso
vai depender do cliente final definir um critrio a ser seguido, mas
normalmente as malhas de monitorao (nvel 4) podem estar presentes em
todos os segmentos e as malhas criticas (nvel 1) segregadas das demais.
o Encaminhamento de cabos
O ultimo item destacado, mas no menos importante o encaminhamento
dos cabos, onde alguns aspectos devem ser levados em considerao, como
por exemplo, a segregao dos cabos e a rota a ser escolhida.
A rota deve ser escolhida considerando o layoutda planta, levando em conta
principalmente as interferncias (canaletas, bombas, estruturas, etc). Com
relao a segregao de cabos, alguns aspectos devem ser considerados
como a segregao dos tipos de sinais (sinais eltricos, alimentao,
milivolts, analgicos/discretos, redes, etc) e a distancia mnima entre eles.
Os itens descritos neste item so os principais fatores que devem ser considerados num
projeto fieldbus, para garantir a confiabilidade do sistema, juntamente com as
economias que a tecnologia traz levando em conta os cuidados e as regras bsicas para o
perfeito funcionamento do sistema.
3.4.2.Fieldbusdepois do start-up
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As economias do uso do fieldbus aps a partida so relativas, dependem muito da
mudana de habito, da mudana de rotina de trabalho para realmente conseguir extrair
os benefcios que a tecnologia nos traz.
Para entendermos melhor,deve-se entender o que um gerenciamento de ativos.
3.4.3.Gerenciamento de ativos
Os custos envolvidos na manuteno de equipamentos podem representar valores
significativos no oramento de uma indstria. , cada vez mais, buscada a reduo no
tempo de paradas de operao para manuteno, e equipamentos que permitem insero
e remoo a quente (sem interrupo do processo) tem ganhado preferncia na escolha
para projetos, constituindo-se o gerenciamento de ativos on-line em uma tcnica
certamente mais gil e simplificada de manuteno de plantas industriais quando
comparada aos conceitos convencionais de correo em equipamentos.
Gerenciamento de ativos pode ser definido como a manuteno de equipamentos de
maneira a oferecer mximo desempenho e com um mnimo custo a uma plana
juntamente com o seu ciclo de vida (CHAYA). Por ativo entende-se tratar de cada
instrumento, vlvula, equipamento rotativo e dispositivos semelhantes presentes em
uma empresa que necessite de monitorao e manuteno. Para a aplicao desta
tcnica, trs aspectos em um sistema de gerenciamento de ativos devem ser observados.
Dispositivos de campo inteligentes: so utilizados para se obter informaes
de status de sua operao como tambm do processo;
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Protocolo de comunicao: deve-se empregar um protocolo de comunicao
que seja capaz de transmitir informao de qualquer fabricante de
dispositivo de campo;
Softwareon-line: trata-se de um softwarededicado que fornece ferramentas
necessrias anlise e exibio de informaes vindas de diversos
dispositivos de campo para ajudar a equipe de operao e manuteno
(BAIO).
Os sistemas fieldbus disponibilizam ferramentas para gerenciamento de ativos que
cobrem pequenas reas com baixo volume de informao, como estgios reduzidos de
processos ou plantas pilotos. Por isso, aliado s modernas tecnologias de comunicao
industrial em rede, para aplicaes extensivas devem ser empregados softwares
dedicados operando em modo stand-alone, possivelmente em conjunto com sistemas
supervisrios.
As modernas tecnologias de gerenciamento de ativos possibilitam a realizao de
calibraes on-line, ajustes de range, caractersticas construtivas de dispositivos e
estatsticas operacionais de cada um deles. Adicionalmente, rotinas de auto-diagnstico
geram rotinas de verificao automtica e informam ao sistema se a informao
fornecida por um dado dispositivo confivel ou no. A integrao destas informaes
amplamente facilitada pelas tecnologias fieldbus, medida que dados no formato deblocos, como utilizado em FF e profibus (que fornecem informaes atravs de seus
blocos de recursos e de transdutor) tornam possvel a transferncia de informaes
complexas pela rede. Utilizando-se defieldbuses, pode-se obter disponibilidade de todas
as informaes dos ativos a partir dos servidores. Com tcnicas obsoletas, estas
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informaes, alm da configurao de parmetros como range, deveriam ser colhidas
manualmente no prprio instrumento e com dispositivos auxiliares, muitas das vezes,
prprios do fabricante de cada equipamento.
A manuteno de uma planta pode ser realizada, basicamente, de quatro formas, a
saber:
Manuteno corretiva/reativa
A manuteno corretiva/reativa realizada quando da deteco de falha em
dispositivos. Pode apresentar riscos maiores ao processo, a planta pode no
ser segura quando o dispositivo no opera de forma correta.
Um dispositivo em falha pode causar paradas indesejadas na produo
podendo, at mesmo, reduzir a qualidade do produto final. O uso de
fieldbusespode ser til neste tipo de manuteno, pois possibilita correes
mais velozes e eficazes e insero/remoo a quente de dispositivos
(BERGE).
Manuteno preventiva
executada com paradas na planta produtiva, dada a necessidade ou no de
manuteno nos equipamentos. No muito eficiente, pois produz paradas
produtivas que podem ser desnecessrias e aumenta o tempo das mesmas.
Ainda assim, o uso de fieldbuses pode reduzir este tempo e melhorar as
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caractersticas do servio, uma vez que so armazenados dados de
calibraes recentes ou intervenes para servios no campo (BERGE).
Manuteno preditiva
Tambm desempenhada periodicamente, necessitando ou no de
manuteno nos equipamentos. Entretanto, o intervalo de servio
otimizado utilizando-se taxas de falha e estatsticas reunidas de cada tipo de
dispositivo, por longos perodos de funcionamento. Ainda h certo
desperdcio de recursos, embora menor quando comparado aos esquemas de
manuteno corretiva e preventiva. O uso de fieldbuses pode ser til
medida que a deteco de falhas executada de forma mais precisa quando
da falha de dispositivos, aliada deteco de desvios sobre padres de
desempenho registrados pelo sistema (BERGE).
Manuteno pr-ativa
O esquema de manuteno pr-ativa voltado para os equipamentos que
realmente necessitam de interveno, minimizando, entretanto, intervenes
crticas no processo e priorizando-se a correo de defeitos antes que os
mesmos ocorram, possibilitando melhor programao para execuo destas
atividades. Assim, so evitadas as aes em dispositivos que no necessitem
de correes.
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As tecnologias fieldbus adicionalmente aos diagnsticos monitoram
continuamente erros que podem levar a falhas, como desgaste de
componentes, fadigas, depreciao e exposio a condies extremas de
ambiente, alm do nmero de operaes j realizadas pelo dispositivo
cruzada com sua vida til estimada. Assim, possibilita-se a previso de
falhas sem a necessidade de coleta manual de dados e subseqente insero
no sistema (BERGE).
Diagnsticos avanados
Os diagnsticos fornecidos ao sistema de controle pelos instrumentos
inteligentes dividem-se em duas categorias: diagnstico interno da
eletrnica do instrumento e diagnstico interno do software de
Gerenciamento de Ativos. Desta forma, o sistema de diagnsticos, em geral,
funciona a partir do aprendizado por parte do software utilizado que detecta
a decorrncia de alguma situao atpica (figura 24). Como exemplo, pode-
se citar o entupimento de uma das vias de uma vlvula, onde um rudo
caracterstico de uma vlvula operando em condies normais registrado e
comparado caso o sistema detecte alguma anormalidade em sua operao. O
entupimento da via causa uma sensvel alterao do rudo proveniente da
vlvula, e este defeito prontamente detectado e informado s equipes de
operao e manuteno para os procedimentos cabveis.
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Figura 24 - Tela do softwarefieldcare, dedicado a gerenciamento de ativosFonte: Endress+Hausser, 2009
Como se pode perceber a forma de planejar e executar a manuteno traz
um grande impacto no rendimento da planta, dependendo do tipo de
manuteno aplicada pode-se evitar paradas indesejadas e perdas
indesejadas na produo.
No captulo a seguir analisa-se o estudo de viabilidade de uma planta fieldbus
foundation.
4. ESTUDO DE VIABILIDADE PROJETOFIELDBUS
O estudo a seguir faz uma anlise aprofundada do ciclo de vida do projeto/planta,
relacionando os custos de sua implementao juntamente com o valor agregado da
mesma.
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4.1. INTRODUO
Segue abaixo, na tabela 01, as premissas que utilizaremos nesse capitulo.
Total Custo Instalado (TIC) + Total Custo Operacional (TOC) = Total Custo Ciclo de Vida (TLC)Total Valor Instalado (TIV) + Total Valor Operacional (TOV) = Total Valor Ciclo de Vida (TLV)
Valor = Benefcios Custos
Tabela 01: Referncia
Onde:
TIV - total valor instalado: o valor total da automao incluindo compra,
instalao, interligao, engenharia e comissionamento. O uso do fieldbus
foundation acarretar na reduo da interligao, terminao, diagrama de
malhas e comissionamento, comparando-se com a instrumentao
convencional (4-20mA).
TOV - total valor operacional: o valor total da operao e manuteno
relativa automatizao depois do comissionamento. O uso de instrumentos
inteligentes permite mudar as prticas de manuteno de preventivo para
pr-ativa. Reduo de intervenes e paradas planejadas reduzir os
custos da manuteno atravs de informaes obtidas dos dispositivos
inteligentes, permitindo a otimizao da planta.
Valor = benefcios custos: o valor dos benefcios so obtidos atravs da
instalao de instrumentos inteligente, utilizando-se a comunicao digital,
permitindo desta forma a utilizao de informaes valiosas para otimizar a
operao e ao mesmo tempo conseguir reduzir os custos de manuteno.
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O objetivo deste estudo o de identificar oportunidades para redues de custos em
Gastos de Capital (CAPEX) e em lucros adicionais nos Gastos Operacionais (OPEX).
Os diversos elementos associados engenharia de projeto, comissionamento e ps-
partida (manuteno e operao) sero analisados a seguir para determinar as economias
de capital e de execuo do projeto.
Uma das medies primrias de desempenho a efetividade geral dos equipamentos
(OEE). Este ndice a disponibilidade da planta multiplicada pela capacidade da planta
multiplicada pela qualidade do produto. A nfase na melhoria da OEE significa uma
boa utilizao dos recursos. A boa utilizao dos recursos significa um melhor retorno
do investimento. Poder dispor de dispositivos inteligentes de campo com alertas
preditivos significa uma ajuda na garantia da disponibilidade e da capacidade desta
planta. Esses alertas preditivos podem ser alarmes de aviso, manuteno ou falha. Eles
ajudam o operador a reagir de maneira adequada durante situaes anormais.
Outro desafio a reduo do custo CAPEX. Uma pergunta que deve ser feita se o
investimento em tecnologia preditiva vai aumentar a eficincia da operao da planta e
vai reduzir os custos de manuteno e de mo de obra.
Os benefcios do custo do ciclo de vida total com relao operao da planta so
examinados em relao variabilidade do processo, manuteno do controle
otimizado e implementao de estratgias de controle de processo avanadas onde
apropriado. A utilizao de instrumentos de melhor qualidade para reduzir a
variabilidade. A soluo de gerenciamento de ativos reduz o MTTR (tempo mdio entre
reparos) associado aos instrumentos inteligentes de campo.
O diagnstico remoto de gerenciamento de ativos reduz o nmero de vezes que o
tcnico precisa ir ao campo. A segurana do pessoal aumenta medida em que diminui
o tempo de trabalho em reas perigosas da planta. A manuteno reativa e preventiva
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foi elevada a manuteno preditiva e proativa como resultado direto do diagnstico
avanado dos dispositivos de campo
4.1.1.Preos de referncia
Segue abaixo, na tabela 02, os preos de referencia para os materiais auxiliares, que
utilizaremos nesse capitulo.
Item Descrio Detalhes Material Homen-horaU$/ft Mh/ft
CabosCabo de Instrumenta o 1,0 mm2+Shield $0.16 or ft 0.02 Mh. or ftCabo de Instrumenta o 1 0 mm2 $0.12 or ft 0.02 Mh. or ft
Termo ar ti o J Termo ar ti o J $1.00 or ft 0.02 Mh. or ft
CabosInstr.
Cabo - 1 terno 18 a. Anal ico ou Fieldbus 24 0.022 Mh. or ft.Cabo - 2 terno Anal ico ou Fieldbus 24 0.022 Mh. or ft.
Cabo - 8 terno Anal ico ou Fieldbus 24 0.028 Mh. or ft.Cabo - 16 terno Anal ico ou Fieldbus 24 0.034 Mh. or ft.Cabo - 36 terno Anal ico ou Fieldbus 24 $4.72 or ft. 0.039 Mh. or ft.
Cabo - 1 ar 18 a. Discreto 120 Vac 0.022 Mh. or ft.Cabo - 2 ar Discreto 120 Vac 0.022 Mh. or ft.Cabo - 8 ar Discreto 120 Vac 0.026 Mh. or ft.Cabo - 16 ar Discreto 120 Vac 0.030 Mh. or ft.Cabo - 36 par Discreto 120 Vac $3.51 por ft. 0.034 Mh. por ft.
Eletroduto
3/4 in. Eletroduto $1.83 or ft. .124 Mh. or ft1 in. Eletroduto $2.51 or ft. .134 Mh. or ft
1 1/4 in. Eletroduto $3.21 or ft. .149 Mh. or ft1 1/2 in. Eletroduto $3.80 or ft. .159 Mh. or ft
2 in. Eletroduto $4.94 or ft. .174 Mh. or ft3 in. Eletroduto $11.47 or ft. .19 Mh. or ft4 in. Eletroduto $17.70 or ft. .19 Mh. or ft.
Eletroduto Flexvel (1/2) $ 20 por inst. .5 Mh. por inst.
Bandeja
4 in. Bande a $4.10 or ft. .03 Mh. or ft.6 in. Bande a $27.85 or ft. .345 Mh. or ft.12 in. Bande a $29.46 or ft. .355 Mh. or ft.24 in. Bande a $32.56 or ft. .365 Mh. or ft.
Caixa Juno
ComTerminais
SemTerminais
Caixa Jun o 36 in. X 36 in 460 $1.622 37 $800 00 12.7 Mh. or JBCaixa Jun o 22in. X 20 in. 150 term. $1.050,00 $650,00 8.4 Mh. or JBCaixa Jun o 18 in. X 14 in. 90 term. $426,11 $300,00 4.9 Mh. or JBCaixa Jun o 12 in. X 10 in. 30 term. $301 09 $240 00 3.44 Mh. or JBCaixa Juno 10 in. X 10 in. (din rail) $195,00 $145,00 1.50 Mh. por JB
Fieldbus
Condicionador MTL5995 $522 00 .2 Mh. or unitCondicionador Relcom Sim lex $785,00 .2 Mh. or unitCondicionador Relcom Redundant $1.570,00 .2 Mh. or unit
Bloco de conexo 8 FCS-MB8 $350,00Terminador FCS-T $109,00Bloco de conexo
protegido (8) FCS-MB8-SG $767,00
Painel DeltaV comrearranjo $7.200
Painel DeltaV semrearranjo (48 cartes + controlador) $5.470
Alimentao DeviceNet $582 .2 Mh. por unit
Tabela 02: Preos de referencia materiais auxiliares
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Da mesma forma destacado acima, segue abaixo, na tabela 03, os preos de referencia
dos instrumentos e sistema, que utilizaremos nesse capitulo.
Item DescrioLista Transp
orteTotal
Sist. DescontoHomem-hora
I/O Card Descont U
Carto
Analog In Board (8points) Hart $1.451 $166 $1.617 25% 1.213 .5 Mh por carto
Analog Out Board (8oints Hart $1.608 $166 $1.774 25% 1.331 .5 Mh por carto
Digital In Board (8oints 120 Vac $610 $166 $776 25% 582 .5 Mh por carto
Digital Out Board (8oints 120 Vac $778 $166 $944 25% 708 .5 Mh por carto
RTD I/O Board AI $1.451 $166 $1.617 25% 1.213 .5 Mh por carto
T/C Board (8 points) T/C $2.072 $166 $2.238 25% 1.679 .5 Mh por carto
H1 Interface Card DeltaV 2 port $4.109 $166 $4.275 25% 3.206 .5 Mh por carto
DeviceNet Board 1 port $4.112 $166 $4.278 25% 3.209 .5 Mh por cartoController Redundancy
SW DeltaV $1.712 incl. $1.712 25% 1.284 N/A
Item DescrioLista
-Projeto
Inst.Desconto Inst.
FieldbusPremiu
mHomem-hora$
Descont U$
Transm.
Rosemount 3051 HART 2590 25% 1943 2 Mh. or unidadeRosemount 3051 FF 2955 25% 2216 14% 2 Mh. or unidadeRosemount 3144 HART 1437 25% 1078 2 Mh. or unidadeRosemount 3244 FF 1751 25% 1313 22% 2 Mh. or unidadeRosemount 848T FF 3496 0% 3496 2 Mh.por unidade
Item DescrioLista
-Projeto
Inst.Desconto Inst.
FieldbusPremiu
m
Homem-hora
$ Descont U$Vlvula Fisher DVC5010 HART 2940 15% 2499 2 Mh.por unidade
Fisher DVC5010 FF 4216 15% 3584 43% 2 Mh.por unidadeOutros Termopar Type J 150 na 150 2 Mh.por unidade
Dispositivo Discreto DI - Misc. 300 na 300 2 Mh.por unidadeMotor Motor AI 1000 na 1000 2 Mh.por unidade
DeviceNet Rel inteligente 400 na 400 incl.
Tabela 03: Preos de referncia para instrumentos e sistema
4.1.2.TIV - total valor instalado
Conforme mencionado anteriormente o TIV o valor total da automao incluindo
compra, instalao, interligao, engenharia e comissionamento. Na tabela 04, encontra-
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se descrito um caso real comparando a instrumentao convencional com fieldbus
foundationutilizando um Sistema Integrado (SDCD com FF Nativo).
Para se ter uma idia global do empreendimento, acrescenta-se na tabela alguns dados
complementares, tais como, valor do homem-hora, comprimento dos segmentos, etc.,
que serviro de base para o resultado final.
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I/OConvencional SDCD
Clssico Clssico FoundationFieldbus
DeviceNet Total
AI 1250 50 50AI-FF 1500 1500
AO 750 50 50AO-FF 800 800RTD 250 0 0
RTD_FF 300 300T/C 120 0 0
T/C-FF 150 150DI 420 100 100
DI-DN 600 600DO 370 50 50
DO-DN 550 550Motores (3DI/1DO) 100 10 120 520
Motor AI's 120 0 135 135
TOTAL 3680 260 2750 1405 4805
Percentual de FF - Temperatura (T/C, RTD) usado para controle 40%
Dados EngenhariaLimites Normal
HH Engenharia 120 $/hr. - 100HH Tcnico 85 $/hr. - 65
Console OperadorLimites Normal
Operador 2 # - 1/1000 tags
Dados do FieldbusFoundation
Limites NormalCompr. Segmento 200 feet (1-6234) 700
Dispositivos por Segmento 10 # (1-16) 10Conector spur Sim Sim ou No Sim
Alimentao Redundante Sim Sim ou No NoCarto H1 redundante Sim Sim ou No No
Redundncia Controlador Sim Sim ou No NoIncremento Engenharia 15,00% 10Fator Comissionamento 2,0 (1-7) 4
848T usado 7T/C porunidade 7
Dados do DeviceNet
Compr. Segmento doMotor 50 feet
Compr. Mdio do
Segmento 100 feet (1-1640) 200Ns por Segmento 25 # (1-62) 30
*Ns = 1 MCC, 16 DI, 8DO
Tabela 04: Dados do projeto
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Tendo como base as premissas destacadas anteriormente, consegue-se chegar nos
seguintes resultados, destacados na tabela 05 e no grfico 01, lembrando que os valores
negativos esto destacados em amarelo.
Descrio Clssico Clssico + AMS SDCD (FF) U$Economia %Economia
Dispositivos $5.734.413 $5.734.413 $8.403.380 -$2.668.968 -47%Interligao $7.347.449 $7.347.449 $3.606.343 $3.741.106 51%Terminao $697.680 $697.680 $386.619 $311.061 45%
Painel $202.786 $202.786 $134.888 $67.898 33%Espao Fsico $44.381 $44.381 $16.451 $27.930 63%
Controle/Alimentao $1.308.372 $1.566.228 $2.455.304 -$1.146.933 -88%Conf. Engenharia $710.595 $771.345 $1.048.069 -$337.474 -47%Diagramas Malhas $391.000 $391.000 $165.134 $225.866 58%Comissionamento $1.196.000 $830.375 $827.938 $368.063 31%
Total $17.632.675 $17.585.656 $17.044.126Total Economia
TIV ($)- $47.019 $588.549 3%
Tabela 05: Comparao dos Preos
-$3.000.000
-$2.000.000
-$1.000.000
$0
$1.000.000
$2.000.000
$3.000.000
$4.000.000
EndD
evices
Wiring
Termin
ations
Ca
binets
Floorspace
Control/Power
Engin
eering
Co
nfig.
LoopDrawings
Commissioning
Installed Cost Comparison (Classic vs. Smart Systems)
Grfico 01 Comparao dos custos
Analisando os resultados obtidos, consegue-se obter uma economia de 3% do custo total
do empreendimento (compra, instalao, interligao, engenharia e comissionamento).
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Explorando os nmeros, consegue-se observar que apesar do custo maior na compra dos
dispositivos inteligentes, a grande economia obtida atravs da facilidade de
interligao que gera uma reduo dos cabos, tendo tambm uma reduo significativa
na documentao, no comissionamento e consequentemente nas horas de engenharia.
No prximo capitulo analisado o outro lado, ou seja, os benefcios aps a partida da
planta.
4.1.3.TOV - total valor operacional
Conforme mencionado anteriormente o TOV o valor total da operao e manuteno
relativa automatizao depois do comissionamento, ou seja, depois da partida da
planta. Na tabela 06 so apresentadas algumas premissas para analisarmos os custos da
manuteno e operao utilizando o SDCD (FF).
Dados Engenharia QTD. Unidade ObservaoTransmissores (Clssico) 50 - -
Transmissores (FF) 1800 - -
Vlvulas (Classic) 50 - -
Vlvulas (FF) 800 - 70% de ControleMotores 120 - -
Outros Discretos 1150 - -HH Tcnico 85 $/hr. -
Ciclo de Vida da Planta 25 Anos
Valor da Capacidade da Planta 12130 $/hour p/ 100% eficincia ($)
Valor do Produto 1200 $/hour p/ 1% perda de eficincia
Taxa de desconto do investimento 12% - -
Tabela 06: Custo operacional
Valor da manuteno:
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Tendo como base as premissas destacadas acima, consegue-se obter os seguintes
resultados, destacados na tabela 07, tendo como foco a manuteno.
Descrio Uma vez(U$) Valor Anual(U$)Configurao Engenharia
1. Configurar Alarmes -38420
Manuteno Corretiva/Reativa1. Eliminar trips desnecessrios 69360
2. Trips Desperdiados 138723. Reconfigurao de dispositivos 33150
Manuteno Preventiva1. Preventiva 94792
Manuteno Proativa1. Recalibrao de dispositivo 18343
2. Substituio de dispositivo 29613. Diagnostico Avanado de Vlvula 1088004. Rotinas de Calibrao Automtica 19227
5. Auditoria de Alteraes 12818
Outras Tecnologias Discretas1. Retirada do motor para manuteno preditiva 174672
2. Registores de Tendncia de Temperatura para manuteno preventiva e paradas no planejadas. 1746723. Conhecendo as causas das falhas 72780
4. Trip de motor antecipado 873365. Conhecendo as causas dos trips 72780
Documentao e Outros1. Usando sintonia automtica para acompanhar o desempenho da malha 23800
2. Reduo dos trabalhos de documentao 110500Subtotal Manuteno 1.089.863
Tabela 07: Valor da manuteno
Explorando os resultados consegue-se entender que o planejamento da manuteno
e implementaes de praticas de manuteno inteligente melhora a disponibilidade
e o controle otimizado por longos perodos, por isso, consegue-se obter uma
economia de U$1.089.863,00 anual nas rotinas de manuteno, apesar de ter um
gasto inicial maior de U$ 38.420,00 para a configurao do sistema.
A seguir faz-se a mesma anlise, mas tendo como foco os custos operacionais da
planta.
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Valor operacional
Tendo como base as premissas destacadas acima, consegue-se obter os seguintes
resultados, destacados na tabela 08, tendo como foco a operao da planta.
DescrioUma vez
(U$)Valor Anual
(U$)Produo Antecipada
1. Comissionamento Rpido 1746720Produo e Qualidade da Planta
1. Alerta de Vlvula permite paradas planejadas 242600
2. Alerta que a tomada de impulso est bloqueada permite o reparo antes que o produtofique fora do padro. 212283. Alarme de temperatura do corpo do dispositivo de campo elimina hardware/fiao
adicional. 1092004. Temp. do corpo do dispositivo usado como alerta do comprometimento de dados. 62400
5. Bad PV alert permite para controle alternativo par prevenir shutdown. 2160006. Usar Inspecionar para reduzir a variabilidade de alta performance em loop. 96000
Controle Avanado1a. Usar Neural Nettecnologia para criar sensores virtuais 400001b. Usar Neural Nettecnologia para criar sensores virtuais 480000
2. Usar Fuzzy Logicpara melhorar controle de malhas complexas. 4800003. Usar Multivariable Predictive Control(MPC) para otimizacao de malhas 960000
Subtotal de Operao 1895920 2.558.228
Tabela 08: Valor de operao da planta
Explorando os resultados consegue-se obter uma economia de U$ 4.454.148,00
anual nas rotinas operacionais. Destaca-se tambm que neste caso consegue-se uma
economia inicial de U$ 1.895.920,00 e o restante da economia (U$ 2.558.228,00)
obtida atravs da rotina operacional anual da planta.
Concluso Final
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Na tabela 09 representa-se os resultados finais obtidos, considerando que o ciclo de
vida da planta de 25 anos, chega-se numa economia total de U$93.059.773,00.
Mas como o dinheiro tem valor com o tempo, considerando uma taxa de 12% ao
ano durante os 25 anos, chegamos numa economia real de U$32.045.983,00
Resumo de Valores