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ObjectivosCompreender e discutir a soluoCartesiana para o problema da possibilidade do conhecimento

Avaliar a resposta de Descarte aos cpticos

PanormicaBiografia Projecto Cartesiano Mtodo Caractersticas e Momentos de dvida

Penso Logo ExistoExistncia de Deus Deus como o garante da Verdade Crticas a Descartes

BIOGRAFIARen Descartes

Biografia 1596 - Nasce, a 31 de Maro, na cidade francesa de La Haye, na Tourraine. 1606 1612 - Frequenta o colgio jesuta de La Flche, onde estuda Humanidades (Gramtica, Retrica), Matemtica e Filosofia. 1612 1616 - Estuda Direito e Medicina na Universidade de Poitiers, onde obtm o grau de bacharel e de licenciado em Direito.

1618 - Parte para a Holanda e alista-se como voluntrio no exrcito de Maurcio de Nassau. Trava conhecimento e amizade com o fsico e mdico holands Isaac Beeckmann que o incita a dedicar-se aos estudos de fsicomatemtica.1619 - Viaja pela Alemanha, assiste em Frankfurt coroao do imperador Maximiliano da Baviera e alista-se no exrcito deste. Quando o imperador declara guerra a Frederico, rei da Bomia, Descartes retira-se. por essa altura, no Inverno, estando em frias das campanhas militares, que tem os trs sonhos famosos da noite de 10 - 11 de Novembro, sonhos esses que interpreta como premonitrios do seu destino filosfico. 1626 - Convive em Paris com filsofos e homens de cincia, ocupando-se na resoluo de problemas de Astronomia, ptica e Matemtica.

Biografia 1627 1628 - Redige a obra Regras para a Direco do Esprito, que ficou inacabada e s teve publicao muito depois da sua morte. 1629 - Instala-se na Holanda. Redige um pequeno esboo de Metafsica (Sobre a Divindade), que se perdeu, mas que deveria conter j as ideias fundamentais que mais tarde desenvolver nesse domnio.

1629 1633 - Redige a sua Fsica - o Tratado do Mundo - que desiste de publicar quando sabe da condenao de Galileu pelo Santo Ofcio, no ano de 1633. 1637 - Publica-se em Leyde, em francs, a primeira obra de Descartes, intitulada Essays Philosophiques. Dela constam trs ensaios cientficos (Diptrica, Geometria, Os Meteoros), precedidos de uma longa introduo que revela o Descartes filsofo metafsico - o famoso Discurso do Mtodo.1639 1640 - Redige um ensaio de Metafsica, intitulado Meditaes sobre a Filosofia Primeira. 1641 - So publicadas, em Paris, em latim, as Meditaes sobre a filosofia Primeira, acompanhadas das Objeces de alguns dos principais filsofos do tempo (Mersenne, Gassendi, Hobbes) e das Respostas do filsofo.

Biografia 1644 - So publicados em Amesterdo, em latim, os Princpios da Filosofia, obra que constitui uma espcie de compndio do cartesianismo e que se destinava a substituir, no ensino das escolas, a tradicional filosofia aristotlica. Inicia a correspondncia com Isabel da Baviera, princesa palatina. Mulher inteligente e culta, grande admiradora de Descartes, uniu-se a ela numa ntima amizade.

1647 1648 - Redige um pequeno tratado sobre a Descrio do Corpo Humano, onde aborda a questo da formao do feto.1649 - A convite da rainha Cristina da Sucia, Descartes deixa a Holanda e instala-se em Estocolmo como preceptor e conselheiro da rainha.

1649 - Publica-se em Paris, em francs, As Paixes da Alma, obra que dedica a Isabel da Baviera e onde o filsofo desenvolve as suas ideias morais e psicolgicas. 1650 - Morre, em Estocolmo, a 11 de Fevereiro

PROJECTO CARTESIANORen Descartes

Projecto CartesianoProcura mostrar que o conhecimento possivel. O seu projecto visa essencialmente:Mostar que os cpticos esto enganados : podemos ter um conhecimento certo, isto , infalivelmente justificado

Reformular o saber do seu tempo

Assim toda a filosofia como uma rvore, cujas razes so a metafsica, o tronco a fsica, e os ramos que saem deste tronco so todas as outras cincias, que se reduzem as trs principais, a saber: a medicina, a mecnica e a moral.Principios da Filosofia 1677

MTODORen Descartes

MtodoPara mostrar que os cpticos esto enganados e encontrar os fundamentos do conhecimento, Descartes prope um mtodo: .

A dvida metdica consiste em tomar como se fossem falsas todas as nossas crenas acerca das quais se possa levantar a mais pequena dvida.

A dvida metdica serve para ver se h crenas indubitveis: uma crena indubitvel se no possvel duvidar dela. As crenas indubitveis tm uma caracterstica muito importante, pensa Descartes: so infalveis. Isto significa que se uma crena for indubitvel, no podemos estar errados. Se este mtodo funcionar, permitir encontrar crenas de tal modo slidas que nem o mais radical dos cpticos poder recusar.

Ao encontramos crenas slidas, estas sero fundacionais ou bsicas

CARACTERSTICAS E MOMENTOS DE DVIDARen Descartes

Caractersticas e momentos de dvida

Aplica-se

Metdica Voluntria

Caractersticas da dvida

Fsica Matemtica Filosofia

No se AplicaProvisria Hiperblica Universal Radical

Moral Religio Costumes Poltica

Caractersticas e momentos de dvidaErros nas cincias compostas

Preconceitos e juzos precipitados formulados na infncia

Quais as razes para duvidar?

Incerteza de dados fornecidos pelos sentidos

Caractersticas e momentos de dvidaHiptese do gnio maligno

Dificuldade em distinguir o sonho da viglia

Quais as razes para duvidar?

Erros nas demonstraes matemticas

Caractersticas e momentos de dvida

1. A crena de que a experincia a fonte dos nossos sentidos: Descartes considerava que a confiana na percepo sensvel ou experincia era uma das bases do saber tradicional. Rejeita essa crena aplicando a dvida de forma hiperblica. Como algumas vezes nos enganam, no devemos confiar nunca nas suas informaes sobre as qualidades dos objectos sensveis. A sua teoria do conhecimento rejeita, por conseguinte, o empirismo.

2. A crena de que existe um mundo fsico: No havendo um critrio absolutamente claro e distinto para distinguir o sonho da realidade, no posso considerar verdadeira a crena na existncia de realida-des fsicas. Se, por muito pouco que seja, posso duvidar de que sonho e realidade se distingam, ento, aplicando o princpio que regula a aplicao da dvida hiperblica, tenho de concluir que o facto de julgar que tenho um corpo e de existirem coisas sensveis uma iluso.

3. A crena de que o nosso conhecimento ou razo no se engana : Baseado na hiptese de um Deus enganador, Descartes lana a suspeita sobre a veracidade das ideias que o entendimento humano produz, isto , sobre os objectos inteligveis. Como eram considerados um modelo de saber, so postas em causa as concluses dos raciocnios matemticos. Se destas podemos duvidar tanto mais facilmente, duvidaremos de outras que no gozavam da mesma reputao.

Tanto as crenas empricas a posteriori como as crenas a priori no podem servir de fundamento para um conhecimento seguro

PENSO LOGO EXISTORen Descartes

Penso logo existo

1 princpio do sistema do saber / CRENA BSICA OU FUNDACIONAL

PENSO LOGO EXISTO (COGITO, ERGO SUM)

MODELO DE CONHECIMENTO sero verdadeiros todos os conhecimentos que forem to claros e distintos como este primeiro conhecimento

VERDADE PURAMENTE RACIONALVERDADE DESCOBERTA POR INTUIO

O sujeito que duvida uma substncia cuja a natureza o pensamento RES COGITANS

A ALMA DISTINTA DO CORPO

Penso logo existo

O sujeito que dvida apenas pode afirmar a sua existncia como ser pensante, no pode provar a existncia do mundo exterior

SOLIPSISMO o sujeito pensante encontra-se isolado

O SUJEITO PENSANTE IMPERFEITO

Porque duvida

Penso logo existo

IDEIAS

ADVENTCIASTm origem nos sentidos: as ideias de avio, rvore, co..

INATASSo constitutivas da prpria razo, so claras e distintas.

FACTCIASTm origem na imaginao: unicrnio, centauro, ET,sereia...

DEUS PERFEIO PENSAMENTO EXISTNCIA

A EXISTNCIA DE DEUSRen Descartes

A EXISTNCIA DE DEUS ( RES INFINITA )

Em seguida, reflectindo sobre o facto de duvidar, constatei, por conseguinte, que o meu ser no era completamente perfeito, pois via claramente que saber era uma perfeio maior do que duvidar; lembrei-me de procurar onde aprendera a pensar em algo mais perfeito do que eu era, e soube evidentemente que devia ser de uma qualquer natureza que fosse mais perfeita (.) De forma que restava a ela ter sido introduzida em mim por uma natureza que seria verdadeiramente mais perfeita do que eu era, e que tivesse at dentro de si todas as perfeies de que eu podia ter uma ideia, isto , para me explicar numa palavra, que fosse Deus.

A PROVA DA EXISTNCIA DE DEUS

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Antes de mais, Descartes tem conscincia de que ele prprio um ser imperfeito (porque duvida). Ora, Descartes no poderia ter essa conscincia se no tivesse em si a ideia de perfeio, com a qual se pode comparar para saber que imperfeito. Assim, v com clareza e distino que tem em si a ideia de perfeio. Com a mesma clareza e distino v que a causa da ideia de perfeio no pode vir de um ser imperfeito (uma vez que supe que o menos perfeito no pode criar o mais perfeito.) A ideia de perfeio tem de ter origem num ser perfeito. Tem de haver um ser perfeito que cause em si essa ideia. Esse ser Deus.

A PROVA DA EXISTNCIA DE DEUS

Este argumento j havia sido formulado por Santo Anselmo ( 1033-1109).Este argumento consiste em partir da ideia de Deus e seus atributos intrnsecos para concluir a necessidade da sua existncia.

No Discurso do mtodo, afirma Descartes: (...) a existncia necessria e eterna est compreendida na ideia que tem [o pensamento ou o cogito] de um Ser todo perfeito, [logo] deve concluir que este Ser perfeito ou existe.

1.Se a ideia de Deus a ideia de mxima perfeio, ento, a essa ideia corresponde o ser maximamente perfeito. 2.Para ser maximamente perfeito tem que possuir todas as qualidades positivas, entre elas, o da existncia.

3.A existncia de Deus necessria porque a sua existncia est contida necessariamente na sua essncia. 4. Logo Deus existe.

DEUS COMO GARANTIA DA VERDADERen Descartes

DEUS COMO GARANTIA DA VERDADEDeus por definio perfeito e por isso bom; logo, no pode querer enganar-nos. Isto garante a verdade das ideias que Descartes concebe clara e distintamente. Uma vez que Deus existe e bom, nenhum gnio maligno nos pode incomodar. Tal como referem os comentadores: Demonstrada a existncia de Deus, quebra-se o solipsismo, a clausura em que o cogito estava mergulhado. Agora j no est s, para l do seu pensamento, existe tambm o ser divino. Prova a existncia de um mundo externo, Deus infinitamente bom e veraz, no me engana, logo o mundo exterior existe. Pode agora saber que tem um corpo, que existem outras pessoas, que h rvores e estrelas, etc.

CRITICAS A DESCARTESRen Descartes

CRITICAS A DESCARTESCIRCULO CARTESIANOPara saber que as ideias so claras e distintas so verdadeiras, tenho primeiro de saber se Deus existe ; mas para saber se Deus existe, tenho primeiro de saber que as ideias so claras e distintas so verdadeiras (FALCIA DA CIRCULARIDADE)

A ORIGEM DA IDEIA DE PERFEIODa ideia de perfeio no se segue que existe um ser perfeito O menos perfeito pode criar o mais perfeito

Se Descartes no consegue demonstrar satisfatoriamente a existncia de Deus, ento nada de slido se pode construir sobre o cogito. Assim ,alguns filsofos defendem que Descartes falhou na procura de fundamentos slidos para o conhecimento