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#80 2018 SETEMBRO/OUTUBRO Fernando Honorato, economista-chefe do Bradesco, fala sobre fatores que causam impactos nas taxas de juros no Brasil DESCUBRA COMO OS BANCOS AVALIAM O CRÉDITO PARA LOCADORAS Benefícios transformam contribuição associativa em ótimo investimento Cresce o combate à apropriação indébita de veículos Locação para motoristas de aplicativo ainda gera dúvidas

DESCUBRA COMO OS BANCOS AVALIAM O CRÉDITO PARA … · 3 Palavra do Presidente 2 Itaú. Feito para você. Financiamento 1. A contratação do financiamento está sujeita a análise

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#802018

SETEMBRO/OUTUBRO

Fernando Honorato, economista-chefe do Bradesco, fala sobre fatores que causam impactos nas taxas de juros no Brasil

DESCUBRA COMO OS BANCOS AVALIAM O CRÉDITO

PARA LOCADORAS

Benefícios transformam contribuição associativa em ótimo investimento

Cresce o combate à apropriação indébita de veículos

Locação para motoristas de aplicativo ainda gera dúvidas

3

Palavra do Presidente

2

Itaú. Feito para você.

1. A

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Palavra do Presidente

Sempre que chegamos próximos a um período eleitoral, ainda mais quando se trata da eleição para a Presidência da República, passamos por turbulências significativas. Esse ano de 2018 não tem sido diferente, inclusive com o agra-vante do descontentamento praticamente ge-ral dos eleitores com a atual situação política e econômica, uma infinidade de candidaturas registradas e até um dos pré-candidatos cum-prindo pena na prisão.

Diante desse quadro, é preciso ponderar que os discursos naturalmente se inflamam. Posi-ções antagônicas afloram e muitas pessoas se desentendem. Porém, quando passar o período eleitoral, isso tudo isso deve ficar para trás e, com a definição do eleito ou da eleita, todos pre-cisam “dar as mãos” e caminhar para buscar os melhores resultados para o Brasil.

Entendo que o país necessita de alguém com capacidade para unificar e comandar toda na-ção, com apoio, trânsito e bom relacionamento com todos, inclusive com seus opositores. Trata--se de focar no bem maior, na coletividade e na melhoria dos índices de desenvolvimento do país. O que não podemos é ficar presos ao que passou e, assim, boicotar (consciente ou incons-cientemente) os novos caminhos.

Teremos momentos árduos pela frente, já que reformas e cortes precisarão ser feitos e isso “pode doer”. Mas precisamos muito dessas e de outras mudanças para um novo futuro, partindo do princípio de que será ainda mais importante estarmos unidos para fazermos algo realmente diferente no rumo de mudar “tudo o que já es-teve por aí”.

Há muita esperança. Recentemente, partici-pei do evento “Você muda o Brasil”, no qual a sociedade civil organizada, de forma apartidá-ria, reuniu em São Paulo (SP) em torno de 600 pessoas – a maioria delas empresários e for-madores de opinião. Debateu-se o futuro na nação de forma pragmática, incluindo também as demandas do Brasil em relação à educação, pesquisa e desenvolvimento.

A concepção do encontro, angariado por li-deranças empresariais que já fazem sua parte, mostrou que se cada um colaborar é possível criarmos um futuro melhor. Não adianta deixar tudo por conta do Estado, pois sozinho ele não consegue realizar o necessário.

Eu sou um dos que acredita que a sociedade civil organizada consegue, se unindo, criar as for-ças para mudar a cultura do país. Como diz Luiza Trajano, “precisamos acabar com a cultura do eu ganho; e passar para a cultura do eu ganho e você também ganha”, até para que cada vez mais pos-samos enaltecer os resultados conjuntamente.

Portanto, também cabe a nós, empresários, buscarmos de forma mais simples o encaminha-mento de tal proposição, seguindo o que é moral e justo, evitando quaisquer pequenos deslizes do dia a dia, deixando aquele “jeitinho brasileiro” de lado. Assim estaremos agindo para efetivamente mudar a cultura da famosa “Lei de Gerson”.

Cabe a nós trabalharmos de forma transpa-rente e ética, buscando o melhor para a nossa atividade, assim como também deveriam fazer todos os candidatos aos cargos do Executivo e do Legislativo. Essa é a base do caminho para um Brasil muito mais justo e perfeito.

Nosso recado para as urnas

paulo miguel Junior

Presidente do Conselho Nacional

“Não adianta deixar tudo por conta do Estado, pois sozinho ele não consegue realizar o necessário”

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36Capa Recomendações importantes para facilitardo a tomada de crédito

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08Na FrenteABLA amplia espaço no Salão do Automóvel para seus associados

10 ComunicaçãoNova parceria traz solução para monitoramento e análise de mídia

12AssociativismoContribuição associativa, um investimento que se paga sozinho

14 Frota“Apropriação indébita” é incluída no sistema de alarme da PRF

16TendênciasA "frota verde" das locadoras cresce, em sintonia com avanços mundiais

22CapacitaçãoA importância da competitividade é tema de qualificação UNIABLA

26SeminovosPotencialidades dos canais digitais para desinvestimento

28Locação DiáriaConvencer o usuário da competitividade das tarifas é desafio para o setor

30Pílulas de GestãoConheça o gestor do século

32 EntrevistaEconomista-chefe do Bradesco fala sobre taxas de juros no Brasil

40 JurídicoV Fórum discute em Brasília as questões jurídicas que afetam o setor

Ano XIV – No 80 – setembro/outubro 2018

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43RegionaisEvento do SINDLOC-ES fortalece parceria em torno da locação

44SegurosO risco das associações e cooperativas que oferecem seguros

46 Tira-TeimaEsclarecendo dúvidas sobre locação para motoristas de aplicativos

48Brasil ViagemVitória ou Pantanal: ambos são destinos que combinam com veículo alugado

56RepresentatividadeA ABLA no maior evento de mobilidade do mundo

58 Por DentroCitroën lança no Brasil seu primeiro SUV, o Cactus

Use o leitor QR Code do seu smartphone para acessar o site da ABLA

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6258

Brasil Viagem

Ao VolantePor Dentro

62 Ao VolanteNovidades da indústria automotiva

66 Fim de PapoABLA tem novidades para empresas parceiras ampliarem sua visibilidade

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Expediente

CONSELHO GESTORPaulo Miguel Junior (Presidente do Conselho Nacional), Marco Aurélio Gonçalves Nazaré (Vice-Presidente do Conselho Nacional), Jacqueline Moraes de Mello, Renato Franklin, Wilson José Benali, Marcelo Ribeiro Fernandes, Simone Pino, Saulo Tomaz Froes, Carlos Cesar Rigolino Junior, Eládio Paniagua Junior, Lusirlei Albertini e Eduardo Correa da Silva.

CONSELHO GESTOR (SUPLENTES)Leonardo Soares Nogueira Silva, Cleide Brandão Alvarenga, Célio Fonseca, Tércio Bergel Gritsch, Nilson Oliveira Silva, Flávio Kanaan Nabhan, Rogéria Vianna de Alencar, Rodolfo Miranda Marques, Ricardo Eduardo dos Santos Nogueira, Marcio Campos Palmerston, Nildo Pedrosa e Luiz Carlos Lang.

CONSELHO FISCAL Alvani Manoel Laurindo, Ricardo Cesar Mendes Zamuner, Amadeu Oliveira Silva, Rodrigo Selbach da Silva, Paulo Hermas Bonilha Junior e Marconi José de M. Dutra.

CONSELHO FISCAL (SUPLENTES) Miguel Alves Ferreira Junior, Otávio de Meira Lins Neto, Rodrigo Reda Gonçalves, Romero Rosa, Sidnei Reche Galdeano Filho e Marcio Castelo Branco Gonçalves.

CONSELHO CONSULTIVO Adriano Donizelli, José Zuquim Militerno, Paulo Gaba Junior e Paulo Nemer.

ABLA JOVEMJaqueline Denadai, Rodrigo Reda e Saulo Froes Júnior.

COORDENAÇÃO GERALJorge Machado e Olivo Pucci.

PUBLICIDADE Jorge Pontual e Francine Evelyn(11) 5087-4100.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS LOCADORAS DE AUTOMÓVEIS – ABLA www.abla.com.br email: [email protected]

São Paulo: Rua Estela, 515 – Bloco A – 5º andar –CEP 04011-904 – (11) 5087.4100.

Brasília: SAUS Quadra 1 – Bloco J – edifício CNTsala 510 – 5º andar – Torre A – CEP 70070-010 – (61) 3225-6728.

COORDENAÇÃO EDITORIALEm Foco Comunicação EstratégicaE-mail: [email protected] | (11) 3816.0732 Editor: Nelson Lourenço [MTB 22.899]Textos: Nelson Lourenço, Thainá Rambaldo, Victória Bernardes e Aurea Figueira

ARTE: Estúdio MiradorDireção de arte: Leandro Cagiano

TIRAGEM: 3.500 exemplares

IMPRESSÃO: Mundial Gráfica

A Revista Locação não se responsabiliza pelas opiniões emitidas nos artigos assinados.

Permitida a reprodução das matérias, desde que citada a fonte.

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ERRATA:

Na edição 79, página 16, as informações do asso-ciado Avelino Scolaro (Locatore Veículos) foram indicadas incorretamente. Abaixo, o texto corrigido:

Avelino Scolaro Locatore VeículosCampos Novos (SC)

Promoveu a associação de sua locadora para a ABLA neste ano. Entre os motivos que o levaram a se associar estão a orientação jurídica e o auxílio com a documentação necessária para atuar no setor. Associado desde abril, ele também confia que, ao ingressar na ABLA, terá mais conhecimento sobre a atividade. “Estou satisfeito com a questão de assessoria documental, com os cursos. Espero que a ABLA mantenha o foco também nas pequenas locadoras”

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Olhar para o futuro

7

Editorial

O QUe acontecerá com o setor de locação de veí-culos nos próximos anos?

As locadoras têm demonstrado ao longo do tempo uma grande capacidade de se adaptar a diferentes cenários econômicos. Nos últimos anos, consolidaram-se como o principal cliente da indústria automotiva. No entanto, é sabido que a atividade se encontra hoje diante de um momento decisivo, em que diversos fatores es-tão a impactar os negócios.

Frente a essas transformações, a ABLA tem sustentado duas vertentes que ajudam as lo-cadoras a enfrentarem os novos desafios que surgem com a tecnologia, e com a cultura do pagamento pelo uso/serviço e não pela posse do veículo. De um lado, aposta no associativismo para fortalecer o setor. De outro, consolida o pa-pel que as locadoras exercem nessa nova reali-dade como as maiores players de mobilidade à disposição do mercado.

Com relação à mobilidade, a ABLA tem mar-cado presença em importantes eventos que destacam as possibilidades desse conceito. No próximo Salão Internacional do Automóvel de São Paulo, por exemplo, a associação terá espa-ço ampliado, ocupando uma área dedicada ao

Os Editores

associado dentro da nova seção “New Mobility Trends and Future”.

Antes, em outubro, a ABLA participará do WTM18 (Welcome Tomorrow Mobility Conferen-ce), o maior evento dedicado ao assunto no mun-do. Outra demonstração de que as empresas do setor estão conectadas com o futuro é o cresci-mento da frota de veículos híbridos dedicados à atividade de locação de veículos. Estima-se que elas já possuam mais de 60 unidades desses mo-delos, o que torna a frota das locadoras provavel-mente a maior do país nessa categoria.

A esses esforços se somam as iniciativas que a ABLA tem realizado em diferentes frentes, como a capacitação de profissionais, o investimento em comunicação a partir da adoção de novas tecnologias, a aproximação com o associado e a gestão voltada para a oferta de cada vez mais be-nefícios, com parcerias comerciais que propor-cionam vantagens competitivas para locadoras.

A ABLA estimula o associativismo e entende que, a partir do crescente engajamento das loca-doras em torno dessa atitude colaborativa, esta-rá preparada para desenhar um futuro bastante promissor para o negócio de locação de veículos em todo o país.

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Futuro da mobilidade será debatido durante o

Salão do Automóvel Espaço único e completo do New Mobility Trends and Future

terá exposições, conteúdo e experiências

Na Frente

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Na Frente

Na ediçãO 2018 do Salão Internacional do Auto-móvel de São Paulo, maior evento do segmento automotivo na América Latina, um novo tema será uma das atrações principais: o futuro da mobilidade. A seção New Mobility Trends and Future terá um espaço único e completo no even-to, com exposição, conteúdo e experiências. O objetivo é abordar, entre outros assuntos, temas como carros elétricos e híbridos, automóveis conectados e autônomos, cidades inteligentes e serviços de compartilhamento, além do maior test drive de carros elétricos do Brasil.

Participando pela terceira vez consecutiva do Salão, a ABLA inova ao situar seu estande dentro da seção sobre mobilidade. Para melhor receber os associados, a entidade contará com um espaço maior este ano, além de uma gran-de novidade: uma área exclusiva para reuniões,

ABLA terá espaço mais

amplo no Salão, dentro

da seção dedicada à

mobilidade, com área

exclusiva aos associados

para networking,

reuniões e negócios

networking e negócios, totalmente à disposição dos associados. A intenção é proporcionar um grande ponto de encontro dos empresários e profissionais da indústria da locação de veículos.

Para o diretor comercial da ABLA, Jorge Pontual, a ampliação e a localização do estande da associação no Salão Internacional do Automóvel marca também o momento altamente positivo que a entidade atravessa na relação com as montado-ras. “Sentimos que estamos cada vez mais próxi-mos da indústria, e o Salão será mais uma opor-tunidade das locadoras, maiores compradoras da indústria automotiva, a estreitarem laços com esses importantes parceiros”, completa Pontual.

A arena New Mobility trará temas sobre o fu-turo da mobilidade e, entre os assuntos, estão apresentações dos principais players da indús-tria, personalidades, celebridades, especialistas sobre cultura do compartilhamento, cidades inte-ligentes e startups do mundo automotivo. Outro objetivo desta atração é reunir também progra-madores, designers e outros profissionais ligados ao desenvolvimento de software para uma mara-tona de programação. Os participantes criarão soluções para o universo da mobilidade.

Como a representante nacional das locado-ras de veículos, a ABLA fechou parceria para ter gratuitamente espaço exclusivo para o setor de locação dentro do principal evento da indústria automobilística realizado na América Latina.

Mais informações sobre a participação das locadoras e ingressos gratuitos aos associados para o Salão Internacional do Automóvel serão prestadas em breve. Aguarde e reserve desde já a agenda. n

30º Salão Internacional do Automóvel de São Paulo

8 a 18 de novembro de 2018

Pavilhão São Paulo Expo Exhibition & Convention CenterRodovia dos Imigrantes São Paulo/SP

S E R v I ç o

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Monitoramento de informações em tempo real

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a aBLa é grande disseminadora de informa-ções para o setor de locação de veículos. Com o amplo acesso por meio da internet, e o con-sequente “bombardeio” de notícias, foi neces-sário aperfeiçoar as estratégias de marketing e comunicação para investir em ações que refle-tissem ainda mais a presença da entidade nos veículos de imprensa e nas redes sociais.

em parceria com a meltwater, a entidade conta agora com uma solução de monitora-mento e análise de mídia totalmente intera-tiva. “Com essa oferta de monitoramento em tempo real, a aBLa pode não só analisar o que existe no mercado atual, como também pode transformar todo esse conteúdo em gráficos e estatísticas, facilitando o planejamento estra-tégico de equipes de marketing, comunicação e business intelligence”, explica Caroline acie-ly, consultora de vendas da empresa.

Graças a essa tecnologia, todos os dias a aBLa recebe os alertas das notícias veiculadas sobre a própria entidade, seus associados e a locação de veículos como um todo. O que se espera é que, a partir de agora, seja mapeado como o mundo enxerga o segmento de loca-ção para que sejam desenvolvidas soluções efetivas de aproximação aos associados e prospects de todo o setor. n

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ABLA faz análise de todo o conteúdo sobre locadoras veiculado na imprensa e nas redes sociais

“Aa informações coletadas

alimentam áreas estratégicas, como

o marketing, a comunicação e o

business intelligence”

Comunicação

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a CONtriBUiçãO associativa na ABLA se man-tém fixa desde outubro de 2014 e, para seguir garantindo e ampliando a gama de benefícios aos associados, a entidade continua implantan-do rigorosos esforços de controle e de redução de custos. O resultado para os associados é que, na ponta do lápis, o atual valor da contribuição associativa (R$ 199,40 mensais) se transformou em um investimento que invariavelmente quase sempre “se paga sozinho”.

Isso ocorre na medida em que a economia ge-rada, por exemplo, com a compra de apenas um veículo, a partir das condições comerciais dife-renciadas negociadas pela ABLA junto às mon-tadoras, já é suficiente para compensar – com muita sobra – o pagamento da contribuição as-sociativa por um ano inteiro.

Em agosto, por exemplo, a compra de uma só unidade da picape Saveiro Robust, da VW, ge-rou economia superior a R$ 14 mil em relação ao preço de tabela, para as locadoras que apro-veitaram essa oportunidade de negócio. E mais:

cada unidade da Fiat Strada Working 1.4 repre-sentou economia de quase R$ 13 mil; o Ônix, da Chevrolet, gerou economia de mais de R$ 5 mil por unidade e o Novo KA, da Ford, para associa-dos da ABLA saiu com economia de quase R$ 7 mil. E assim por diante: novas ofertas são garan-tidas todos os meses.

“São valores economizados imediatamente e que são muito superiores ao que será pago como contribuição associativa, não apenas du-rante um mês, mas sim durante um ano intei-ro”, confirma Jorge Pontual, diretor comercial da ABLA. Para ter direito a tais condições de com-pra é preciso manter em dia o pagamento da contribuição.

Além dessas significativas economias gera-das na compra de veículos, o pagamento em dia da contribuição associativa também dá direito a mais benefícios (veja Box). “Se bem utilizados pelas locadoras, esses diferenciais tornam ainda mais superavitário o investimento feito com o pagamento da contribuição”, acrescenta Pontual.

Na ponta do lápis

Jorge Pontual, diretor comercial da ABLA: “As parcerias comerciais tornam ainda mais superavitário o

investimento feito na contribuição associativa”

Associativismo

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Associativismo

Parcerias comerciais tornam

a contribuição associativa

um investimento que se

paga sozinho

Paralelamente, todos os esforços do Conse-lho Gestor da ABLA seguirão sendo feitos para evitar reajustes na contribuição associativa. E, no sentido de valorizar os associados que es-tão em dia, os inadimplentes já deixaram de ter acesso aos benefícios comerciais oferecidos.

Vale destacar que as entidades de todos os setores entraram em 2018 enfrentando desafios como a Reforma Trabalhista, a economia incons-tante e incertezas na legislação. Esses e outros fatores fizeram crescer ainda mais a importância do associativismo patronal. Sindicatos e asso-ciações precisam prestar serviços e é exatamen-te isso o que a ABLA faz, inclusive sem mexer no valor da contribuição mensal há quatro anos.

Vai adquirir novos carros para a sua frota? Não pre-cisa correria, nem destacar profissional do seu time de funcionários para correr atrás do melhor preço. A ABLA negocia, dentro dos grupos de veículos dos fabricantes, os modelos e preços e consolida as ofertas com os principais destaques.

O resultado desse levantamento é enviado todos os meses às locadoras associadas que estão em dia com a contribuição, via SMS e e-mail marketing (daí, também, a importância de cada associado manter seu cadastro atualizado junto à associação).

Os preços recolhidos pela ABLA no mercado se referem às seguintes categorias: econômicos com ar; sedans compactos; picapes, SUV com câmbio manu-al e modelos executivos com câmbio automático.

Além das condições diferenciadas para compra de veículos, todas as associadas em dia com a con-tribuição associativa podem contar com taxas de financiamentos exclusivas nos principais bancos, bem abaixo das praticadas pelo mercado, sem en-trada e com 60 dias para a primeira parcela.

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Brasileiro do Setor de Locação de Veículos, entregues gratuitamente

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Frota

É meLhOr Nem teNtar! Esse é o conselho do setor de locação para pessoas que têm a ilusão de que podem acabar bem, ao tentarem investir contra o patrimônio das empresas locadoras. É que o combate à apropriação indébita de veícu-los acaba de ganhar um impulso importante, na medida em que a ABLA e a FENALOC, em par-ceria com a Polícia Rodoviária Federal, estão di-vulgando uma excelente novidade do Sistema Nacional de Alarmes (SINAL).

Trata-se da criação e da inclusão de um cam-po específico para receber informações sobre casos de apropriação indébita no sistema SINAL (www.prf.gov.br/sinal), o que reduz, na prática, os prejuízos causados às locadoras vítimas des-sa modalidade crime.

Isso porque, com o apropriado registro para os casos de apropriação indébita no SINAL, a Polícia Rodoviária Federal pode identificar e fazer a con-sequente retenção dos veículos que se encontra-

rem nessa situação, “numa iniciativa que aumen-ta, em muito, a probabilidade de recuperação e a chance de as locadoras terem rapidamente o veí-culo de volta à sua frota”, explica Paulo Miguel Ju-nior, Presidente do Conselho Nacional da ABLA.

Com o sistema SINAL, o trabalho da PRF

nas rodovias no combate à apropriação

indébita é facilitado

“Inclusão do campo para

apropriação indébita no

sistema da Polícia Rodoviária

Federal aumenta probabilidade

de as locadoras terem os

veículos de volta”

Cresce o combate à apropriação indébita de veículos

Frota

1515

Frota

aSSOCiativiSmO É impOrtaNte

A criação e a inclusão do novo campo para apropriação indébita no sistema SI-NAL, da Polícia Rodoviária Federal, é uma novidade que ajuda as principais entida-des do setor, como ABLA, FENALOC e SINDLOCS, a seguirem trabalhando pelo melhor e mais rápido atendimento para as principais necessidades das empresas de locação.

Para Paulo Miguel Junior, presiden-te do Conselho Nacional da ABLA, esse avanço “é também mais um exemplo da importância do associativismo”, afirma, “no qual, juntos, aumentamos a represen-tatividade do segmento e buscamos cada vez mais possibilidades para defender os direitos das locadoras”.

Vale lembrar que as seguradoras que atuam no Brasil, por exemplo, ainda não disponibilizaram no mercado de manei-ra eficaz uma cobertura específica para a apropriação indébita. Inclusive porque questões regulatórias acabam por dificul-tar que as seguradoras aceitem de manei-ra ampla tal cobertura.

As locadoras associadas à ABLA, po-rém, podem contar com soluções que auxiliam a prevenção. Sistema de rastre-amento da frota, bloqueadores e serviços de biometria podem ser contratados junto a empresas líderes nesses mercados, a partir de condições comerciais imbatíveis,

Para usar esse novo campo do SINAL, basta acessar o portal do sistema e incluir no histó-rico da ocorrência, junto com os dados do veí-culo, a cidade, a Delegacia de Polícia, a data, o número do Boletim de Ocorrência e um telefo-ne de contato para o caso de retenção. O pró-prio sistema se encarrega de enviar automati-camente uma mensagem ao telefone funcional dos agentes da PRF.

É importante, ainda, não confundir apropria-ção indébita com o furto (veja mais no Box). A apropriação indébita consiste resumidamente na não devolução do veículo de propriedade da locadora, enquanto o furto é a subtração do ve-ículo que estava na posse da própria locadora, sem que a empresa o tenha entregado de boa fé ao suposto cliente. n

previamente negociadas pela diretoria co-mercial da associação.

O presidente da ABLA lembra que o seg-mento de locação de veículos está em meio a grandes desafios “e cada nova conquista re-força o nosso espírito de associativismo, que ganha ainda mais importância em momentos de grandes transformações”, diz Paulo Miguel Junior.

fUrtO x aprOpriaçãO iNdÉBita

O aperfeiçoamento do sistema SINAL para os casos de apropriação indébita amplia a segurança das frotas das locadoras de ve-ículos em todo o Brasil. O dispositivo do Código Penal Brasileiro que tipifica a apro-priação indébita está presente no artigo 168: “Apropriar-se de coisa alheia móvel, de que tem a posse ou a detenção: pena de reclusão, de um a quatro anos, e multa”.

Usando um exemplo hipotético para ilustrar esse artigo, digamos que um fun-cionário de um restaurante decida levar para a própria casa alguma peça da cozi-nha, sem que ninguém veja. Isso é furto ou apropriação indébita? Certamente é furto, porque isso consiste em subtrair um bem móvel, que estava sob a posse do pro-prietário (no caso, o restaurante), sem sua permissão. Ou seja, é uma retirada de algo feita sem o consentimento de quem detém ou possui o bem subtraído.

Por outro lado, se antes de viajar uma pessoa deixa com alguém sua coleção de relógios e, na volta, a pessoa que ficou en-carregada de guardar a coleção não a devol-ve, essa pessoa comete crime de apropria-ção indébita. Trata-se, portanto, de tentar tornar sua uma coisa alheia, pois neste caso o criminoso já tinha, momentaneamente, a posse da coisa com o consentimento do dono. Só que, no momento futuro, ele não a devolve para quem de direito.

A diferença entre furto e apropriação in-débita fica bem clara. Resumidamente, no furto a coisa alheia móvel está com o dono e é subtraída pelo criminoso, diferente da apropriação indébita, em que o criminoso já estava de posse e decide ficar com ela como se fosse sua.

16 17

Tendências

ELETRI

17

FUTURO

O principal evento do segmento de veículos híbridos e elétricos

lançou novidades e contou com a participação da ABLA

Foto: NurnbergMesse Brasil

OS CarrOS do futuro serão diferentes dos vistos hoje em dia. Muitas das tecnologias que vemos atualmente estarão lá, melho-radas e mais eficientes. Em breve, todos os veículos movidos a combustíveis fósseis ou renováveis estarão obsoletos, e serão ser substituídos por modelos elétricos e hídricos.

Essa foi uma das afirmações mais comentadas durante o 14º Salão Veículos Elétricos Latino-Americano. E não é só isso: a ten-dência é trocar a palavra ter por compartilhar!

De acordo com Ricardo Guggisberg, presidente da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), pode-se esperar crescimento da frota verde em 2018.

ANTEELETRI

1918

Muitas novidades foram disponibilizadas para o público durante os dias 17 e 18 de setem-bro no Transamérica Expo Center, em São Paulo. Os visitantes puderam, inclusive, fazer test drive dos diversos veículos disponibilizados. Confi-ram nesta e na próxima página as novidades.

tOyOta – “Trouxemos em primeira mão a versão NX 300h do Lexus, um SUV que, além do motor à combustão e do motor elétrico, ofere-ce outras vantagens como economia com com-bustível e isenção de rodízio na cidade de São Paulo”, explica Thiago Sugahara, chefe de depar-tamento de Relações Públicas e Governamentais da Toyota do Brasil.

vOLvO – apresentou a tecnologia que está sendo aplicada no XC60 após o sucesso com o XC90: o powertrain que conta com motor T6 com 320 hps.

Byd – trouxe o e5 e o eBUS. O primeiro é um sedan totalmente elétrico com bateria de fosfa-to de ferro lítio, que garante autonomia de até 300km com uma única recarga de até uma hora e meia. Já o segundo, é uma proposta para me-lhorar o transporte público e reduzir a emissão de poluentes, que já roda em cidades como Campinas (SP), Volta Redonda (RJ), Brasília (DF), Santos (SP), entre outras.

reNaULt – marcou presença com os modelos Twizy e o zoe, 100% elétricos

E mais: a vOLkSwaGeN disponibilizou para o test drive o Golf GTE e a yamaha surpreendeu com carrinhos de golfe.

A Bmw, em parceria com a Siemens e o apli-cativo de compartilhamento Urbano.eco.br, mos-trou o modelo BMW i3, totalmente elétrico. Trata--se de um veículo para até 4 passageiros, capaz de percorrer 120km com tanque “cheio de energia”. Para Gabriel Trindade, gerente externo de frotas operacional da Urbano.eco.br, “o carro elétrico no Brasil deixou de ser tendência, é realidade”.

Além de veículos, foram mostrados motos, patinetes, quadriciclos, scooters e bicicletas.

A Renault trouxe o Twizy e o

zoe, 100% elétricos

Lexus NX 300h é o SUV híbrido da Toyota

Foto: NurnbergMesse Brasil

Volvo VC60 integrado com

powertrain, motor T6 de 320 hps/

© Imprensa VOLVO

Bastou apresentar CNH para fazer o test drive

O modelo Twizy,

apresentado pela Renault

Tendências

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Tendências

a aBLa marCa preSeNça NO SaLãO e faLa SOBre mOBiLidadePara o presidente do Conselho Nacional da ABLA, Paulo Miguel Junior, que representou a entidade no 14º Salão Veículos Elétricos Latino-Americano, o carro híbrido é o que possui mais chances de conquistar espaço entre os brasileiros. “No mun-do, o futuro é o carro elétrico, mas no Brasil, de-vido às características de nosso mercado, é muito provável que o híbrido será o escolhido”, avalia o presidente. “E o carro autônomo, por enquanto, é um futuro bem mais distante”, completa.

Paralelo à exposição das novidades do Salão, aconteceu o CMOVE, Congresso da Mobilidade e Veículos Elétricos. Através de painéis e palestras dos profissionais e envolvidos do setor, conteú-dos inéditos foram expostos de maneira B2B, ou seja, de empresa para empresa.

Paulo Miguel Jr. participou do painel “Mobile Tech: veículos elétricos, tecnologias embarcadas e modelos de novos negócios”, ao lado de outros seis profissionais. O presidente da ABLA abordou o de-senvolvimento dos carros híbridos e elétricos no se-tor de locação. “Vemos especialização de locadoras nesse segmento, é um mercado novo e promissor para o nosso setor”, afirmou Paulo Miguel.

híBridOS OU eLÉtriCOS – Veículos híbridos combinam um motor a combustão e outro elé-trico. No Brasil, com a tecnologia flex, o etanol também é utilizado em alguns modelos.

Os dois motores trabalham em sinergia para disponibilizar potência, sempre que necessário. Se precisar de performance, basta pressionar o acelerador e desfrutar da condução. Ambos os motores funcionam na sua melhor potência para oferecer o máximo desempenho.

A tecnologia do veículo elétrico, por sua vez, não é nova. O primeiro carro do gênero foi fa-bricado em 1899. Essa modalidade se caracteriza por não utilizar uma gota sequer de combustível

Smart Fortwo e BMWi3 serão disponibilizados por meio de parceria

BYD trouxe o e5 e o eBUS, que já circula em cidades do Brasil

Paulo Miguel Jr. participou do painel “Mobile Tech: veículos elétricos,

tecnologias embarcadas e modelos de novos negócios”/

© Comunicação/Assobrav

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para funcionar, beneficiando o meio ambiente sem emissões de poluentes.

Geralmente os carros elétricos precisam de um local para suas baterias serem recarregadas – período que pode levar de 6h a 12h. Após o car-regamento, os veículos podem rodar entre 300 e 400 quilômetros.

perSpeCtivaS de avaNçO aNimam O SeGmeNtOA frota global dos chamados “veículos verdes” deve triplicar até 2030. Pesquisas internacionais confirmam que os veículos elétricos vieram para ficar. Segundo a Agência Internacional de Energia, o número de modelos sem combustão deve subir para mais de 13 milhões de unidades até o fim da década. Em 2030, as vendas devem alcançar um crescimento anual de 24%.

O incentivo dos governos locais é essencial para que os modelos elétricos possam vingar em cada mercado. Hoje, as vendas mundiais dos elétricos estão em alta, graças à China, que comprou no ano passado um volume 72% maior do registrado em 2016. Forçado pela consciência ambiental e a necessidade de diminuir a poluição que afeta boa parte de sua enorme população, o país asiático passou a integrar a linha de frente do mundo em relação aos veículos elétricos, seguido por Estados

Unidos, Noruega e outros países europeus. Aqui no Brasil, por enquanto, a evolução dos

carros híbridos e elétricos segue em passos len-tos. O país ainda está engatinhando nessa corri-da. Mas há perspectivas de avanço em um cená-rio de incertezas.

A expansão dos híbridos e elétricos vai de-pender dos interesses do governo e das empre-sas do setor, além da capacidade do desenvolvi-mento de uma eficiência energética

Preços mais realistas para o consumidor – e para as empresas de locação que desejem ad-quirir esses veículos – permanecem um entrave, mas já se avista um cenário promissor aos car-ros elétricos e híbridos no Brasil.

Entre os fatores que devem incentivar a evo-lução do carro híbrido no Brasil estão a neces-sidade que as montadoras possuem de cumprir leis ambientais cada vez rigorosas e estarem em conformidade com outros temas que dizem res-peito à emissão de poluentes. Outra questão é que sem o incentivo fiscal aos veículos verdes, o Brasil e o Mercosul se complicam nas nego-ciações de livre comércio com a União Europeia. Híbridos são, na verdade, uma necessidade. E o Brasil precisa ser mais agressivo no que se refe-re à legislação e ao estímulo a esses modelos.

O novo programa oficial de incentivo do Go-verno Federal para o setor automotivo, o Rota 2030, enumera algumas medidas para os veícu-los híbridos e elétricos. As diretrizes, enviadas para a Presidência da República pelos ministé-rios da Fazenda e Indústria, Comércio e Indús-tria em forma de Medida Provisória, incluem a redução da alíquota do IPI para veículos elétricos e híbridos, e a criação de um fundo a ser alimen-tado por receita vinda do Imposto de Importação de autopeças. Espera-se ainda que o programa venha a instituir um Plano Nacional de Eletro-mobilidade, que deverá estabelecer um marco regulatório para o segmento.

Hoje, sem incentivos significativos, o interes-se pelo carro elétrico ou híbrido ainda é tímido no mercado local, apesar de alguns números animadores. De acordo com dados da Associa-ção Brasileira de Veículos Elétricos (ABVE), os cinco primeiros meses de 2018 ultrapassaram a venda de veículos verdes registrada em todo o ano de 2016 (1090). Até o mês de maio, já foram emplacados 1562 modelos. Dessa forma, o ritmo de vendas é 65% maior do que o mesmo perío-do do ano passado, que encerrou com o maior número de vendas já registrado no Brasil, 3296.

“Portanto, a expectativa para o balanço final de vendas deste ano é grande”, completa o presi-dente da ABVE, Ricardo Guggisberg. n

LOCadOraS têm maiS de 600

veíCULOS híBridOS e eLÉtriCOS

Tendências

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Capacitação

Preço justo: rentabilidade

à vista

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Curso de capacitação da UNIABLA busca introduzir na rotina das locadoras associadas a importância da competitividade para sobrevivência dos negócios

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Capacitação

para um empresário de primeira viagem, não é fácil definir preços para seus produtos e serviços de prontidão. A preocupação é a rentabilidade do negócio, mas sem pensar na competitividade com foco em margem, pode ser perigoso ficar preso nos modelos antigos de precificação. No setor de locação de veículos, que está cada vez mais com oportunidades de crescimento, a noção de ter uma frota grande está no passado: quanto menor, mais rentável!

Desde 1991, a ABLA oferece para associados o curso de capacitação Preço Justo, ministrado por Jorge Miguel. Hoje, através da universidade do setor (UNIABLA), as aulas já são enriquecidas com o software preço Justo 2.0, que também pos-sui versão em app para smartphones, com recur-sos inéditos que a auxiliam na identificação do preço ideal para cada negócio. “Essa facilidade é um diferencial para ajudar em pregões eletrôni-cos, por exemplo”, explica Jorge Miguel.

Divididas em duas partes, as aulas se encarre-gam de desmistificar conceitos sobre preços mui-to baixos através de noções econômicas em for-mações de valores. A meta é ensinar os locadores a identificarem aqueles negócios que não trarão

nenhum resultado positivo. “Um dos pontos mais interessantes é a discussão das despesas administrativas no preço. Divididos em grupos, os participantes absorvem a técnica da margem de contribuição, o que facilita a identificação do preço ruim ou daquele que não apresenta boa margem”, explica o professor. A segunda parte das explicações conta com conteúdos desenvol-vidos exclusivamente para a UNIABLA através do software Preço Justo 2.0.

Jorge reconhece que os cursos a distância são ótimos para introdução do assunto, mas encontros presenciais proporcionam troca de experiência, atualização efetiva e conhecimento de empresas que disputam o mesmo mercado regional. “A interação dos participantes é funda-mental para propiciar negócios. Já tive a oportu-nidade de presenciar empresários que apesar de não se conhecerem eram ‘inimigos’, e no curso se conheceram e depois se tornaram parceiros na operação”, expõe o professor. Para isso, ele aplica conceitos acadêmicos, seja na parte co-mercial, operacional e administrativa focadas em situações reais que as empresas do setor de locação podem se deparar. n

Jorge Miguel: “A interação dos participantes é fundamental para propiciar negócios”

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SeminovosSeminovos

COmO ter uma boa recuperação de capital no momento de desmobilizar a frota? Uma visão de “desinvestimento” pode ser a solução.

Jacqueline Luz, diretora comercial da MaisAtivo, empresa de intermediação do Grupo Super-bid, explica: “A locadora deve ter um bom pla-no de desinvestimento para recuperação de capital, boa classificação da qualidade do pro-duto que se tem para venda e definição dos canais de venda para cada perfil de produto, que requerem audiência qualificada e abran-gência nacional.”

Segundo ela, plataformas digitais trazem benefícios em audiência e abrangência. Além disso, os maiores custos indiretos na venda para locadora são os custos físicos em manter lojas próprias, assim como custos de trans-portes para movimentação do carro.

Ao adotar o modelo digital, é preciso to-mar alguns cuidados. “Importante nesse mo-delo de venda é fazer um checklist detalhado do carro, disponibilizar muitas fotos e a real condição do veículo, de forma a valorizar as qualidades e relatar as avarias para uma ven-da segura pela melhor margem”, recomenda Jacqueline.

Existem opções para todos os tipos de lo-cadoras, desde que estas se atentem à varie-dade de canais de venda para diferentes pú-blicos e produtos. “A venda da frota não está atrelada a grandes volumes necessariamente, pois é possível fazer a venda de pequenos a grandes lotes. Especialmente para as médias e pequenas locadoras, canais digitais trazem agilidade, abrangência nacional e menores custos na venda”, ressalta Jacqueline.

A MaisAtivo atua fortemente no mercado para venda de frotas de empresas, sejam elas próprias, de concessionárias ou locadoras. Com relação a este segmento, Jacqueline afir-

ma que a maioria das empresas já adota me-didas de planejamento para a venda de suas frotas. Ela reforça que acredita na expansão do modelo virtual para o desinvestimento, frente às vendas em lojas físicas. 

“O planejamento alinha as expectativas de recuperação a partir de itens como o histórico de vendas, com uma intensa observação ao desvio padrão que algumas ofertas apresen-tam em relação ao desempenho de marcas e modelos”, acrescenta Marcelo Pinheiro, dire-tor técnico da MaisAtivo.

Desinvestimento e recuperação de capital

Empresa apresenta ações que podem ajudar as locadoras a impulsionarem a venda de seus seminovos

Jacqueline:

locadoras devem

ter bom plano de

desinvestimento

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Seminovos

iNCremeNte SeUS CaNaiS de veNdaS Marcelo Pinheiro, diretor técnico da MaisAtivo, defende a ideia de que as locadoras são experien-tes revendedoras de veículos usados, mas ainda assim podem aumentar a capacidade e alcance de seus esforços para atingir compradores que vão de intermediadores a consumidores finais.

Algumas ferramentas oferecidas pela MaisA-tivo demonstram, por exemplo, qual o compor-tamento do mercado no momento da venda e diferenças econômicas por região. Além disso, o serviço se vale de um histórico de avaliações feitas por gestores de frota dentro das empre-sas, que configuram dados importantes para a tomada de decisão.

Entre as opções oferecidas estão o leilão (mais apropriado para quando a empresa tem necessidade de venda rápida); a venda direta,

em que os carros são disponibilizados em uma plataforma já com o valor de venda definido pela empresa e sem disputas por lance para o com-prador; e o modelo híbrido, em que a Plataforma permite o cadastro pelo valor de venda e a op-ção de o comprador enviar uma proposta abaixo para negociação.

Jacqueline Luz adianta que os prazos para venda podem variar de uma semana até 30 dias, dependendo da necessidade da locadora. “Te-mos que verificar caso a caso para compreender não somente a venda, mas também a relação com o comprador para entrega do bem. Esse ciclo pode ter variações, dependendo da gestão de cada empresa”, completa.  

Quanto ao volume, há a possibilidade de par-ticipar de modelos de venda exclusivos ou com-partilhados entre várias empresas. n

Marcelo:

plataformas digitais ampliam

o potencial de recuperação de

capital das locadoras

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imaGiNe a cena. Uma executiva de uma grande empresa multinacional, em viagem de negócios, desembarca de seu voo e “leva um susto” ao constatar que pagará, em média, no máximo en-tre R$ 120 e R$ 150 para ter um veículo durante as próximas 24 horas. Naquela mesma viagem, ao chegar ao hotel, nota que seu pernoite custará mais do que o dobro da locação do veículo. Curio-samente, porém, nossa executiva em viagem de negócios tende a não sentir qualquer espanto diante da tarifa estabelecida para a hospedagem.

Sim, a cena é hipotética, mas sem dúvida é útil para exemplificar o quanto o mito de que alugar um veículo no Brasil sairia “caro”. “Em média, paga-se mais de R$ 300 para pratica-mente apenas dormir num hotel, entrando às 22 horas e saindo às sete da manhã, como se

Percepção de valor das tarifas é desafio a ser vencido

Locação Diária Locação Diária

Adriano Donzelli, Conselheiro Consultivo da ABLA: “Precisamos trabalhar melhor as vantagens da locação de veículos”.

isso fosse algo absolutamente normal”, avaliou o Conselheiro Consultivo da ABLA, José Adria-no Donzelli, na mais recente convenção do setor. “Enquanto isso, boa parte dessas mesmas pes-soas em viagens de negócios ainda vê como se fosse caríssimo pagar menos da metade desse valor para ter um carro por um dia inteiro”.

Conforme o mais recente Anuário Brasilei-ro do Setor de Locação de Veículos, em 2017 o aluguel de automóveis para turistas em viagens de negócios foi responsável por 19% do fatura-mento total do setor no Brasil. Em estados como Pernambuco, Santa Catarina e Sergipe, além do Distrito Federal, a participação desse nicho de locação ficou inclusive acima dessa média, atin-gindo o patamar de 25% sobre o faturamento das empresas de locação daqueles estados.

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Não é pouco. O nicho representa, portanto, uma fatia de faturamento muito importante para as locadoras que atuam no aluguel diário. E é exatamente diante desse perfil de usuários que o custo-benefício da locação de veículo parece menos claro. José Adriano Donzelli entende que chegou o momento de as locadoras dedicarem mais atenção a esse comportamento. “Precisa-mos trabalhar melhor com esses conceitos”.

O alerta do conselheiro consultivo da ABLA ganha ainda mais importância na medida em que as transações da principal empresa de “ca-ronas compartilhadas”, acessada por meio de aplicativo no celular, já superaram as transações verificadas com veículos de aluguel. Isso acon-teceu nos Estados Unidos, exatamente entre os turistas de negócios, conforme informação dada pela CERTIFY, que é a segunda maior provedora de softwares de gestão de viagens e despesas da América do Norte.

Para agregar percepção de valor às tarifas de aluguel de veículos, o esforço do setor como um todo – e também de cada empresa locadora indi-vidualmente – tem de passar pela questão da ca-pacitação, qualificação, por repensar formas de gestão e até de cobrança de tarifas, assim como pela agilidade no atendimento, conveniência e novos diferenciais a serem agregados.

Estimular e implantar novidades que possam colaborar para a eficácia e a eficiência do aluguel será importante como antídoto e são ações que vão contribuir, em muito, para desmistificar a ideia de que alugar um carro no Brasil é caro ou complicado. Não é. n

Locação Diária

“Paga-se mais de R$

300 para apenas dormir

em um hotel, como

isso se fosse algo

absolutamente normal”

ao longo dos anos e principalmente em momentos de crise, nos quais as empre-sas locadoras se desdobram e buscam al-ternativas para manter e conquistar clien-tes, oferecer a locação com motorista é uma opção que não pode ser automatica-mente descartada.

esse tipo de locação se dá a partir da solicitação dos clientes e costuma atrair executivos em viagens de negócios, que buscam minimizar possíveis dificuldades em dirigir em grandes centros ou destinos que visitam pela primeira vez.

aqueles que não possuem carteira de motorista, ou mesmo pessoas com alguma deficiência física que as impeça de dirigir, também estão no nicho dos principais usu-ários da locação com motorista.

essa modalidade de aluguel atende perfeitamente, ainda, clientes que prefe-rem evitar o cansaço que implica em diri-gir por longas distâncias ou por seguidas horas. Ou mesmo aqueles que, diante da lei seca, simplesmente preferem alugar o veículo com motorista para terem mais liberdade durante seus passeios.

LOCaçãO COm mOtOriSta atrai ateNçõeS

iNterNet rápida pOde Ser ameaça

a internet rápida pode ser uma amea-ça para o mercado de locação de veícu-los voltado para o turismo de negócios, composto por clientes que viajam devido à necessidade de participar de reuniões, conferências ou outros eventos corpora-tivos fora de suas bases.

a internet ultrarrápida viabiliza cada vez mais a possibilidade de realizar as chamadas conferências virtuais, nas quais os participantes não precisam mais viajar e, por consequência, alugarem veí-culos fora de suas bases. É possível dizer que, enquanto tendência, quanto mais rápida e confiável a internet se tornar, menor tende a ser a necessidade das via-gens corporativas.

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P lulas de GestãoBill Gates sem complicações O criador da Microsoft, Bill Gates, contou ter se arrependido de criar o (bem simples) atalho com as três teclas “Ctrl+Alt+Delete” para bloquear a tela dos computadores. Ele afirmou que, se pudesse fazer uma edição, faria essa operação... com apenas uma tecla! A ideia embutida no arrependimento de Gates é a de que quanto mais simples são os processos, melhores tendem a ficarem os resultados finais para os clientes. Daqui para frente, será duro, será difícil, mas inclusive para o setor de locação de veículos a máxima do “menos é mais” também pode ser cada vez mais útil: menos ilusão e mais visão; mais experiências e menos comodismo. Como disse Bill Gates sobre o “Ctrl+Alt+Delete”, “as pessoas envolvidas deveriam ter posto outra chave para fazer aquilo funcionar de maneira bem mais simples...”

O porteiro do Vaticano Gianni Crea abre as portas dos Museus do Vaticano. Ele é guardador de chaves, o porteiro do museu. Mas Gianni enxerga esse trabalho de modo especial: diz que abre portas para a história do cristianismo, que para ele é a maior e mais bonita que existe. Gianni Crea é um exemplo de profissional que tem paixão. Mesmo quando segura as chaves desgastadas, diz que se sente responsável por algo maior do que ele próprio. Pessoas como ele, que associam esse tipo de sentimento a aquilo que fazem no dia a dia, são fundamentais para o sucesso de qualquer atividade. Nas empresas de locação, de alto a baixo, aquelas que têm pessoas com inequívoca paixão fazem diferença. Seja na função de abrir portas, seja na de fechar grandes contratos, cada um é essencial em seu papel, com todos juntos em torno daquilo que só é possível construir com boas equipes.

Você enxerga seu trabalho de modo especial?

Será que estou dificultando o que deveria ser mais simples?

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Como dizia Abraham Lincon...Principalmente nos momentos de crise, a confiança entre as pessoas reduz o risco de antagonismos e aumenta as reais chances de cooperação. Para construir esse ambiente positivo é preciso estimular muito o diálogo, que passa por conseguir colocar suas ideias com simplicidade e objetividade, tendo a mesma consideração com os outros. Saber ouvir e construir a muitas mãos. Como dizia Abraham Lincoln, “pode-se enganar a todos por algum tempo; é possível enganar alguns por todo o tempo; mas não se pode enganar a todos todo o tempo”. Abandone a ideia de que os outros não sabem o que estão dizendo. Mais cedo ou mais tarde, pessoas no comando que pensam dessa forma começam a se perder. Acredite: ter confiança em quem trabalha ao lado é essencial para que os melhores fiquem no mesmo barco – e as decisões comecem a fluir com naturalidade.

P lulas de Gestão

Executivos de empresas como BMW Invest, Google e Tesla estão debruçados sobre as questões da mobilidade, com temas relacionados ao futuro da locação de veículos. Vivemos uma era de buscas por alternativas para “me-lhorar o mundo”. No Vale do Silício (EUA) predomina a mentalidade diferenciada: a forma como analisam fatos e dados faz com que encontrem algumas soluções inéditas, porém nem todas aplicáveis. Unanimidade só há em um as-pecto: os próximos anos virão moldados na mobilidade. Tanto aqui, como nos EUA, as novas gerações não querem mais a propriedade dos veículos, mas sim aproveitar melhor o seu uso. Dentro dessa perspectiva, a locação continua sendo o principal player: é a precursora do car sharing (compartilha-mento), que está no “DNA” das locadoras desde o início. O setor tem tudo para seguir em frente.

Como desarmar comportamentos que minam a confiança?

Ideia é melhorar o mundo

A locação de veículos tem espaço para continuar existindo?

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Entrevista

Entrevista

Reformas podem colocar o Brasil nos trilhos

ÀS vÉSperaS das eleições gerais, todo o cuidado é pou-co para arriscar uma previsão sobre os rumos da economia nos próximos anos. Em tem-pos de incerteza, cresce a im-portância de ouvir especialistas que diariamente traçam pro-jeções econômicas, com base na análise do comportamento do mercado local e também no ambiente global.

Economista-chefe do depar-tamento de pesquisas e estu-dos econômicos do Bradesco, Fernando Honorato Barbosa foi o convidado especial da insti-tuição para o Café com Finan-ças, promovido com a ABLA no dia 14 de agosto, em São Paulo.

No bate-papo com associa-dos, ele falou sobre questões como o impacto da economia mundial sobre a taxa de juros, e abordou temas financeiros que se relacionam também com a atividade de locação de veículos. Confira.

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Entrevista

Alta dos juros não seria

recomendável nesse momento.

O ideal é que o câmbio estivesse

na faixa de R$ 3,40 por US$ 1.

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Os brasileiros estão voltados para as eleições gerais nesse momento, mas a economia no ce-nário global está turbulenta e merece atenção. Quais são exatamente os indicadores afetados por essa pressão externa?Sim, o ambiente internacional implica dire-tamente em nossa economia e, consequen-temente, nos negócios. Mexe principalmente com o câmbio e com os juros. Existem tensões evidentes, começando pelos Estados Unidos, que estão vivendo uma onda de crescimento e pleno emprego que segura a taxa de juros local em um patamar favorável à atração de capital para o mercado norte-americano, consi-derado de menor risco que o mercado brasi-leiro. Assim, o custo de capital aumenta aqui no Brasil. Além disso, o aumento de barreiras comerciais faz com que o custo de importação aumente. Questões como a alta do petróleo perduram, bem como surgiram recentemente focos de risco para a economia mundial em países como a Turquia. Some-se a tudo isso a nossa própria situação às vésperas de eleições

gerais, e começamos a entender porque o Brasil está pouco solvente, sem atrair novos investimentos.

O Brasil está com uma taxa de juros atrativa para novos investimentos? e o câmbio atual, é adequado?O Brasil teve uma sucessão de cortes na taxa de juros, mas isso não resolveu, o país não voltou a crescer. E seria um erro subir a taxa de juros ago-ra. O crédito começa a se movimentar agora. Não temos pressão inflacionária relevante. O varejo não consegue repassar custos. O desemprego continua alto e o poder de compra dos salários espremido. O consumo das famílias permanece tímido. O nível de investimentos está 30% abaixo de exercícios anteriores. Por hora, todos esses fa-tores nos levam a crer que uma alta dos juros não seria recomendável nesse momento. Podemos imaginar os juros subindo sim, no próximo ano. Com relação ao câmbio, o real não deveria ter sido desvalorizado tanto. O ideal é que o câmbio estivesse na faixa de R$ 3,40 por US$ 1.

“Há oportunidades de crescimento no setor automotivo”

EntrevistaEntrevista

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Como o país chegou a essa situação?Sofremos com a instabilidade política, os refle-xos da Lava-Jato. O resultado é a ociosidade da economia, a estagnação. É o sexto ano seguido que temos déficit primário em razão da crise fiscal, que, ao lado da crise de crédito, são as principais razões para essa paralisia. E, para complicar ainda mais, a greve dos caminhonei-ros afetou a confiança de todo mundo.

Não existem aspectos positivos nessa crise?Sim, um aspecto que poderá facilitar a retomada é que não temos problemas com nossas contas externas. E a verdade é que o atual governo, com todas as dificuldades, encaminhou reformas importantes, como a trabalhista. Houve também um esforço de redução do endividamento em curso. Infelizmente, o governo não conseguiu realizar a reforma da Previdência, o que teria reflexos importantes, provavelmente não seria necessário mexer na taxa de juros.

As considerações do economista-chefe do Bra-desco foram compartilhadas com os associa-dos ABLA durante o Café com Finanças que o Bradesco Financiamentos realizou com a as-sociação, no dia 14 de agosto, na Cidade de Deus, onde está localizada a sede da institui-ção financeira.

Agnaldo Donizetti do Prado, superintendente do Bradesco Financiamentos, deu as boas-vin-das aos participantes do evento, lembrando da parceria que sua equipe mantém com as locado-ras de veículos. “Nós fomentamos um enorme interesse em fortalecer nossos laços com este

segmento que tem demonstrado cada vez mais potencial de crescimento. Há um grande cami-nho para trilharmos juntos”, disse ele.

O diretor comercial da ABLA, Jorge Pontual, ressaltou ainda na abertura do evento que a ati-vidade de locação de veículos deverá repetir em 2018 o bom desempenho dos últimos anos, o que amplia as possibilidades de parceria com o Bradesco. “Somos um setor de capital intensivo, hoje o principal cliente em vendas diretas entre a indústria automotiva, o que nos credencia a manter esse relacionamento comercial sólido que temos com o Bradesco”, confirmou ele.

eCONOmiSta partiCipa de eveNtO COm aSSOCiadOS

“As locadoras de

veículos estão sendo

decisivas para manter

as vendas do setor

automotivo”

há sinais de recuperação à vista?Sim, vimos, por exemplo, que as vendas de veículos, caminhões e móveis em São Paulo aumentaram nos últimos meses. Começam a melhorar os balanços das empresas. Nesse momento, o importante é atacar os desafios de médio prazo, combater as incertezas. O Governo Federal tem dinheiro para investir, enquanto estados e municípios estão endividados. Precisa chamar o setor privado para investir, precisa melhorar o ambiente de negócios.

Qual a capacidade de o novo governo solucionar a crise?O Brasil precisa de uma agenda positiva para 2019. Um compromisso importante é resolver a questão da reforma da Previdência e preparar o país para receber grandes investimentos. A maioria dos candidatos entende que é preciso fazer essa reforma para alavancar o crescimento. É possível crescer 3,5% ao ano nos próximos 4 anos de mandato. Há oportunidades de cresci-mento no setor de bens duráveis, no setor au-tomotivo. A relação habitante por automóvel no Brasil é menor, por exemplo, que a da Argentina.

Com relação às locadoras, qual a expectativa?As locadoras de veículos estão sendo decisivas para manter as vendas do setor automotivo. De maneira geral, as projeções para essa atividade são promissoras. Em 2018, espera-se uma alta de 11% no emplacamento de veículos. E as lo-cadoras continuarão desempenhando um papel importante nesse crescimento.

Entrevista

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Empréstimos não são “bichos de sete cabeças”

Lidar com o crédito pode ser tarefa menos árdua quando a locadora segue algumas recomendações

Capa

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Edson Rosa:

transparência é essencial

na tomada de crédito

Levar às locadoras mais conhecimento sobre a rotina de uma financiadora, a fim de que as em-presas saibam quais são os melhores compor-tamentos para a tomada de crédito entre essas instituições. Esse foi o objetivo da segunda parte do mais recente encontro do “Café com Finan-ças” que a ABLA realizou com o Bradesco Finan-ciamentos, em São Paulo.

Edson Rosa, gerente-geral de crédito pessoa jurídica do Bradesco Financiamentos, foi o anfi-trião do banco nessa ocasião. Ele começou apre-sentando a estrutura da financiadora e a exper-tise adquirida para com o mercado de locação de veículos.

“O Bradesco Financiamentos possui uma mesa exclusiva para operações com o mercado de transporte e, nessa mesa, mantém uma equi-pe especializada em locadoras”, revelou Edson.

Ele explicou ainda que há diferentes alçadas de análise de crédito no Bradesco, começando pelo próprio analista, passando por gerentes, su-perintendência e diretoria. Para avaliar emprésti-mos acima de R$ 10 milhões, o Comitê Executivo da financiadora se reúne de uma a duas vezes por semana.

A seguir, algumas das dicas de Edson Rosa, do Bradesco Financiamentos, para as locadoras de veículos.

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traNSparêNCia“Para o crédito, não se deve mentir. As informações prestadas precisam ser fidedignas. Termos informações preci-sas sobre, por exemplo, o faturamento médio mensal da empresa, é o primeiro passo para um crédito justo e coerente”.

SiGiLO“Fornecer informações incorretas é um erro recorrente, causado muitas vezes por um medo injustificado As locadoras não devem se preocupar, pois todos os dados que entram no Bradesco permanecem na instituição”.

iNfOrmaçõeS COmpLetaS“Muitas vezes um detalhe pode ser decisi-vo para a concessão do crédito. Saber, por exemplo, se a locadora possui um gestor ou sócio experiente, se ela está ligada a um grupo econômico maior, se ela se dedi-ca à locação diária ou terceirização”.

perfiL dO NeGóCiO“No rol de informações essenciais para a tomada de crédito entram também qual o cliente predominante da locadora (pessoa física ou jurídica), se o cliente principal é o setor público ou a iniciativa privada, se o dinheiro será destinado à diversificação da carteira de clientes e se há inadimplência por parte dos clientes”.

prátiCaS de merCadO“Qual a política de renovação de frota da locadora? A empresa costuma contar com desconto por parte da montadora no mo-mento da compra? Que tipo de contrato ela costuma firmar? Entender essa última ques-tão é essencial, uma vez que alguns contra-tos geram mais manutenção que outros”.

deSmOBiLizaçãO da frOta (ou desinvestimento)“Examina-se também qual a política de venda dos ativos adotada pela locadora. Por exemplo: saber se ela possui loja própria ou não. O Bradesco Auto Line é uma opção que oferecemos para as locadoras anunciarem suas vendas a terceiros”.

fOCO dO iNveStimeNtO“É importante distinguir como o dinhei-ro será aplicado. Exemplo: a locadora vai adquirir carros de passeio ou utilitários? A análise de crédito pressupõe também uma avaliação de riscos do investimento”.

fOrmaS de fiNaNCiameNtO“O financiamento junto ao banco será a única forma ou haverá injeção de capital próprio?”

prazOS“São fatores muito importantes para a to-mada de crédito. Ter em mente qual o pe-ríodo do financiamento que deseja obter é básico e ao mesmo tempo é essencial”.

iNdiCadOreS de deSempeNhO“Também são considerados pelos analis-tas. Um item importante é o número de veículos quitados que a locadora já possui”.

reLaCiONameNtO“O histórico de relacionamento da lo-cadora com a financiadora é levado em consideração, em complementariedade com as consultas que fazemos junto a outros bancos e ao BACEN. Um parecer positivo do gerente do banco pode ajudar no processo. Além disso, a equipe realiza visitas periódicas para estreitar esse rela-cionamento. É importante que as locado-ras recebam esse pessoal e falem sobre suas demandas de crédito”.

aSSOCiadO aBLa“O associado ABLA possui tratamento di-ferenciado. Um exemplo de demanda do segmento que atendemos é a velocidade na substituição do bem-garantia durante o financiamento. As taxas que oferece-mos aos associados ABLA são bastante atrativas”.

fUtUrO“O Bradesco quer intensificar o financia-mento para crédito rotativo, que é uma das demandas das empresas do setor de locação”.

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Capa

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Jurídico

Fórum traz à mesa as demandas jurídicas

do setor

Participantes do V Fórum Jurídico: evento abordou os principais assuntos que afetam o setor na área jurídica

41

O v fórUm JUrídiCO do Setor de Locação de Veículos aconteceu nos dias 16 e 17 de agosto, na sede da Confederação Nacional do Transpor-te (CNT), em Brasília. A realização do evento, que teve inscrições gratuitas para assessorias jurídicas e/ou advogados que prestam serviços para SINDLOCS e/ou para locadoras que fazem parte do quadro da ABLA, foi da associação e da FENALOC.

O fórum discutiu os principais assuntos jurídi-cos ligados ao setor de aluguel de veículos nos aspectos tributários, trabalhistas e cível. “Tive-mos debates bem qualificados, tendo em vista que os participantes têm experiência no setor e acompanham a modernização de legislação e de jurisprudências relacionadas com a nossa ativi-dade”, relata o advogado Adriano Castro, asses-sor jurídico da ABLA e da FENALOC.

ipva – LiCeNCiameNtO COmpULSóriOFoi discutida a inconstitucionalidade da lei baia-na 13.900/2018, que determina a obrigatorieda-de de as locadoras da Bahia licenciarem seus veículos em circulação naquele estado. Uma lei similar no Mato Grosso do Sul já foi considerada inconstitucional pelo Tribunal de Justiça local. A FENALOC e o SINDLOC/BA entraram com man-dado de segurança coletivo contra a norma.

Entre outros aspectos acessórios, a Lei Esta-dual 13.900/2018 estabelece diversas obrigações:

� Não utilizar no Estado da Bahia veículos licenciados em outros Estados (art. 1.º);

Encontro em Brasília reuniu

especialistas para debater

as matérias do legislativo

que impactam na atividade

das locadoras

� Enviar anual e trimestralmente relações de veículos e clientes em circulação no Estado ao DETRAN/BA (art. 2.º);

� Comunicar no prazo de dez dias úteis quaisquer alterações em sua frota (art. 3.º);

� Licenciar seus veículos no Estado da Bahia

no prazo de 90 dias após a publicação da lei.

Entre as sanções previstas pela referida lei estão:

� Multa de R$ 191,54 (cento e noventa e um e cinquenta e quatro centavos), por veículo, aplicada em dobro no caso de reincidência na omissão de comunicar ao DETRAN/BA mudanças na composição da frota (art. 3.º);

� Proibição de participar em licitações e de celebrar contratos administrativos com órgãos e entidades do Estado da Bahia, decorrência lógica da proibição geral de uso por tais órgãos e entidades de veículos licenciados em outros Estados (art. 5.º);

� Apreensão de veículos em circulação no Estado da Bahia os quais estejam licenciados em outros Estados (art. 6.º, primeira parte);

� Liberação dos veículos apreendido após o pagamento de multa de R$957,70 (novecentos e cinquenta e sete reais, setenta centavos), aplicada em dobro em caso de reincidência, bem como o emplacamento junto ao DETRAN/BA (art. 6.º)

O mandado de segurança impetrado pelas entidades teve como base a defesa contra as violações de direitos líquidos e certos das loca-doras em virtude de inconstitucionalidade da Lei 13.900/2018, a qual inviabiliza o regular exercício da atividade econômica.

Em apoio à tese de inconstitucionalidade, a defesa das locadoras argumentou que “o governador do Estado é a autoridade coato-ra legítima porque a Lei Estadual 13.900/2018 emana comandos a todos os Poderes, órgãos e entidades da Administração Pública baiana. Deste modo, a legitimidade passiva é do re-presentante do Estado, o Governador (CEBA, art. CEBA, art. 105, I). Além disso, o Governa-dor de Estado é chefe dos órgãos de fiscali-zação de trânsito os quais serão os principais executores da lei, tais como o DETRAN/BA, a PMBA e o DERBA”.

Jurídico

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As pessoas jurídicas locadoras de frotas de ve-ículos não estão abrangidas pela prerrogativa legal de escolha do foro. Assim, não incide a regra do art. 100, V, parágrafo único, do Código de Processo Civil de 1973 - nem a do art. 53, V, do atual CPC - no caso de ação judicial movida pela locadora para reparação dos danos sofri-dos em acidente de trânsito no qual envolvido o locatário, ainda que o veículo seja de proprie-dade da locadora.

A escolha dada ao autor de ajuizar a ação de reparação de dano decorrente de acidente de ve-ículos é exceção à regra geral de competência, definida pelo foro do domicílio do réu. Não se pode dar à exceção interpretação tão extensiva a ponto de subverter o escopo da regra legal, mor-

mente quando importar em privilégio à pessoa jurídica cujo negócio é alugar veículos em todo território nacional em detrimento da defesa do réu pessoa física.

Hipótese em que ambos os envolvidos no aci-dente, possíveis vítimas - o locatário do veículo e o réu - têm domicílio no local onde ocorreu o acidente, comarca de Porto Alegre, não atenden-do à finalidade da lei a tramitação da causa em Minas Gerais, sede da autora, empresa proprie-tária e locadora do veículo.

O setor considera inaplicável a súmula 492 do STF em contratos administrativos e aguarda re-messa do Agravo em Recurso Especial da União para nova avaliação quanto à eventual interven-ção como amicus curiae ou assistente. n

aSSUNtOS deBatidOS

açãO de reparaçãO de daNOS – fórUm dO dOmiCíLiO dO aUtOr

Busca e apreensão

Alienação Fiduciária

Necessidade para a atividade da empresa

Lucros cessantes

Responsabilidades do condutor

Cláusula de coparticipação

Prorrogação de contratos

Seguro de cartão de crédito

Jurídico Regionais

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Regionais

Reunir, informar e capacitar

Evento do SINDLOC-ES fortaleceu a parceria entre locadores, associados e empresários do setor

O aNO de 2018 é definitivamente o ano da mo-bilidade! No final de agosto, foi a vez do estado do Espírito Santo reunir o setor com o 1º Salão Business das Locadoras de Veículos, em Vitória.

“Atingimos o nosso objetivo, que era trazer informação e qualificação para os associados, graças às palestras de personalidades compe-tentes e influentes do setor”, afirma Jacqueline Moraes de Mello, presidente do SINDCLOC-ES, conselheira da ABLA e uma das principais orga-nizadoras do evento capixaba.

Fizeram parte do corpo de palestrantes João Luiz Borges (SEBRAE), Cecília Lodi (Lodi Consul-toria), Alberto Nemer (Nemer Advogados Asso-ciados) e Flávio Tavares (GolSat Tecnologia e Ins-tituto Parar). Dentre os assuntos tratados, o foco esteve em trazer incentivo para os associados, com o tema “O caminho para o sucesso”; expor os desenvolvimentos tecnológicos do setor com o assunto “Revolução industrial”; discutir conte-údos técnicos como a “Súmula 492” e avaliar o setor, sob a apresentação “A mobilidade urbana e o setor de locação”.

Na área de negócios, os participantes conta-ram com a presença de empresas dos setores de crédito, seguros, concessionárias, empresas de software e até de logística. Tudo isso para garan-tir networking e fechamento de parcerias corpo-rativas. “Aplicamos uma metodologia na organi-zação do evento, que eu arrisco dizer ser inédita. Em vez de deixar a área de negócios em um am-biente separado, como geralmente ocorre, op-tamos por posicionar os expositores no mesmo lugar em que ocorriam as apresentações. Isso os aproximou ainda mais dos participantes”, avalia a conselheira.

Com vasta experiência em eventos deste tipo e porte, a ABLA serviu de apoio importante para o Salão Business das Locadoras de Veículo do Espírito Santo. “Os participantes ficaram mui-to satisfeitos com a qualidade dos palestrantes e com a organização”, finaliza Jacqueline, que já adianta que o SINDLOC-ES está nos preparativos para a próxima edição, no segundo semestre de 2019: “nosso objetivo é tornar o Salão Business um evento de calendário”. n

Consultora Cecília Lodi esteve entre as palestrantes do evento

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SegurosSeguros

Associações e Cooperativas: Isso não é seguro

O merCadO de locação de veículos vem sendo assediado por associações e cooperativas, com a oferta de cobertura para os veículos das suas frotas, na modalidade “Proteção Veicular”.

O segmento de locação precisa estar atendo e saber que essa modalidade de proteção é ilegal, conforme disciplina a legislação vigente, em que somente seguradoras devidamente autorizadas pela SUSEP – Superintendência de Seguros Pri-vados – podem operar seguros no País.

É importante conhecer o que dispõe o Art. 757 do Código Civil:

“art. 757. Pelo contrato de seguro, o segurador se obriga, mediante o pagamento do prêmio, a ga-rantir interesse legítimo do segurado, relativo a pessoa ou coisa, contra riscos predeterminados.

paráGrafO úNiCO. Somente pode ser parte, no contrato de seguro, como segurador, entida-de para tal fim legalmente autorizada”.

A SUSEP é o órgão responsável pelo controle e fiscalização dos mercados de seguro, previdência privada aberta, capitalização e resseguro. A Autar-quia, vinculada ao Ministério da Fazenda, foi criada pelo Decreto-lei nº 73, de 21 de novembro de 1966.

É atribuição da SUSEP, dentre outras:

� Fiscalizar a constituição, organização, funcionamento e operação das Sociedades Seguradoras, de Capitalização, Entidades de Previdência Privada Aberta e Resseguradores, na qualidade de executora da política traçada pelo CNSP - Conselho Nacional de Seguros Privados;

Por Ildebrando Gozzo

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Seguros

� Atuar no sentido de proteger a captação de poupança popular que se efetua através das operações de seguro, previdência privada aberta, de capitalização e resseguro;

� zelar pela defesa dos interesses dos consumidores dos mercados supervisionados;

� Promover a estabilidade dos mercados sob sua jurisdição, assegurando sua expansão e o funcionamento das entidades que neles operem;

� zelar pela liquidez e solvência das sociedades que integram o mercado;

� Disciplinar e acompanhar os investimentos daquelas entidades, em especial os efetuados em bens garantidores de provisões técnicas;

Mesmo com o rigor da legislação e da super-visão e fiscalização da SUSEP, com a exigência de constituição de reservas pelas seguradoras para garantir os riscos assumidos, assistimos em um passado recente a quebra de duas segu-radoras que operavam Seguros de Responsabi-lidade Civil de frotas de locadoras: a Mutual e a Nobre. O grande atrativo dessas seguradoras era o preço ofertado, assim como é o das asso-ciações e cooperativas.

É oportuno lembrar o que dispõe o Art. 787 do Código Civil, em seu § 4º:

“art. 787 § 4º. Subsistirá a responsabilidade do segurado perante o terceiro, se o segurador for insolvente.” Portanto, todos os sinistros decor-rentes de seguros contratados com a Mutual e a Nobre, ajuizados ou não por terceiros, são de inteira responsabilidade das locadoras que con-trataram suas apólices com essas companhias.

Que dirá então em relação às associações e cooperativas que operam na ilegalidade, que não são fiscalizadas pela SUSEP e não constituem re-servas para fazer frente a sinistros futuros?

Como essas entidades não constituem reser-vas para garantir os riscos assumidos, seus as-sociados e cooperados poderão, eventualmente, responder pelo passivo que restar a descoberto, se estas se tornarem insolventes, face o modelo jurídico de relacionamento contratual entre as locadoras e essas entidades, o que difere total-mente dos contratos de seguros firmados com as seguradoras.

Em seu site, a SUSEP (www.susep.org.br) as-sim se manifesta:

Algumas associações e cooperativas estão co-mercializando ilegalmente seguros de automó-veis com o nome, por exemplo, de "proteção", "proteção veicular", "proteção patrimonial", dentre outros.

Como essas associações e cooperativas não estão autorizadas pela SUSEP a comercializar seguros, não há qualquer tipo de acompanha-mento técnico de suas operações.

Essas entidades que operam na ilegalidade têm sido alvo do Ministério Público, com os seus administradores respondendo na esfera crimi-nal, pela prática de comercialização de seguros sem a devida autorização da SUSEP.

A SUSEP, dentro das atribuições que a lei lhe faculta, tem aplicado severas multas às associa-ções e cooperativas, que ultrapassam alguns mi-lhões de reais.

É prudente refletir sobre os riscos a que a lo-cadora estará exposta, antes de contratar “Prote-ção Veicular” através de associações e coopera-tivas. Pode custar muito caro.

“Sem reservas

para garantir os

riscos assumidos,

as associações e

cooperativas colocam

seus associados e

cooperados sob o risco

de responderem pelo

passivo que restar a

descoberto”

ildebrando Gozzo é diretor da St Corretora de Seguros

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Tira-Teima

dúvida: temos um veículo alugado em Brasília e a UBer está exigindo que a placa seja do distrito federal. Gostaríamos de saber se essa exigência procede, ou seja, a de que o veículo da locadora esteja registrado no detraN-df?aBLa responde: Conforme a assessoria jurídica da ABLA, a exigência de emplacamento do veículo no local de circulação é inconstitucional. Portanto, é inválida e indevida. Principalmente porque, de acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, o local de licenciamento (emplaca-mento) é o local do domicílio do proprietário, e não onde o veículo circula.

dúvida: a “Lei do Uber” (Lei 13.640/18) diz para os municípios ou para o distrito federal exigirem o licenciamento no local de circulação?aBLa responde: A lei não autoriza isso. Essa lei apenas delegou aos municípios e ao Distrito Federal poderes de regulamentar os assuntos específicos relacionados ao pagamento de tributos municipais, a exigência de seguro de acidentes pessoais a passageiros e a inscrição do motorista no INSS. Quanto ao veículo pro-priamente dito, a lei também autoriza a exigir o atendimento a uma determinada idade máxima e que o veículo tenha as características exigidas pela autoridade local de trânsito.

dúvida: em nenhuma das delegações da “Lei do Uber” está a autorização para os municípios ou distrito federal exigirem licenciamento no local de circulação? aBLa responde: Exatamente. Não há na lei autorização para exigirem o licenciamento no local de circulação. Conforme essa lei, os mu-nicípios podem exigir do motorista a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) na categoria B ou superior, com informação quanto à ativida-de remunerada; e apresentação de certidão ne-gativa de antecedentes criminais. Não há nada sobre exigência do licenciamento no local de circulação. Conforme a assessoria jurídica da ABLA, inclusive, o local de circulação não é “característica do veículo” para fins de licen-ciamento (emplacamento).

dúvida: existe alguma decisão na Justiça a respeito do assunto? aBLa responde: Antes da Lei 13.640/18, há registros de mais de uma dúzia de man-dados de segurança, todos considerados procedentes, suspendendo leis municipais regulamentando o UBER. Atualmente há pelo menos dois mandados de segurança coleti-vos contra leis similares, no Mato Grosso do Sul e na Bahia.

Locação para motoristas de aplicativo

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Brasil Viagem

PERFEITA PARA UMA VIAgEM

COM AUTOMóVEL ALUgADO

Atravesse uma de suas pontes e conheça os encantos da capital

capixaba e arredores

a CapitaL capixaba é uma ilha, mas ainda está fora da rota de férias de muitos brasileiros. Para quem busca descanso e tranquilidade, o lugar é perfeito! A cidade foi fundada ainda no período colonial, por isso detém um acervo histórico de peso. Saindo do aeroporto Eurico de Aguiar Sal-les, a pedida é um carro confortável e espaçoso para traçar uma viagem incrível!

Para entender um pouco melhor Vitória e co-nectá-la ao restante do estado, foi necessária a criação de pontes. Hoje, já são sete delas. Cada ponte que sai de Vitória leva o visitante a uma cidade diferente do Espírito Santo.

A seguir, Marcio Castelo Branco Gonçalves, diretor da ABLA no estado do Espírito Santo, dá dicas de um roteiro bem interessante para apro-veitar o melhor da região.

09h – Convento Nossa Senhora da penhaEsse ponto turístico fica ao lado da capital Vitó-ria, em Vila Velha. Pegando a terceira ponte, em menos de 30 minutos o turista poderá se encan-tar com a construção, que fica em um morro com vista para as duas cidades. Por ali há, ladeada de

VITóRIA

Brasil Viagem

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Brasil Viagem

Convento da penha em vila velha.

ao fundo vitória. /

© yuri Barichivich

Catedral Metropolitana de Vitória/

©Fred Loureiro (1)

anjos e querubins, a Imagem de Nossa Senhora da Penha e também um quadro de Nossa Senho-ra das Alegrias, principal motivo pela visita de devotos. Também há a Gruta do Frei Pedro Palá-cios e a Capela de São Francisco de Assis.

12h – Oriundi ristorante Bistrot all’italianaNa hora do almoço, a volta deve ser feita à Vitó-ria, com parada no Bairro de Santa Lúcia. Aqui, o Oriundi, restaurante italiano mais visitado do Es-pírito Santo, vai conquistar o coração do turista! Comandado pelo chef Juarez Campos, é um dos 94 restaurantes da Associação dos Restaurantes da Boa Lembrança (www.boalembranca.com.br). Para quem pedir o Prato da Boa Lembrança, além de se deliciar com o Filetto ala Bourguignon, um filé mignon ao molho de vinho Pinot Noir, Bacon, Champignon e Cebola caramelizada acompanha-do de risoto de alho poró e parma, realmente po-derá levar o prato de lembrança para casa!

Descendente de espanhóis, mas dedicado a culinária italiana, Juarez Campos iniciou a vida profissional como professor de química no Espírito Santo em faculdade e cursinhos pré-vestibulares.

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Praia de Camburi /

© Yuri Barichivich

Muqueca Capixaba/

© Tadeu Bianconi

Teatro Carlos Gomes/

©SETUR Vitória

Brasil ViagemBrasil Viagem

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Graças às receitas indicadas nas aulas, foi con-vencido pelos alunos e amigos a seguir carreira. Em meados de 1993, após popularizar-se como bom cozinheiro, fundou o Oriundi e especializou--se dentro e fora do Brasil. Hoje, aos 62 anos, Juarez ainda dá aulas, mas na Casa do Chef Ju-arez, onde detém a terceira maior biblioteca de gastronomia do Brasil e oferece aulas consulto-rias e aulas para interessados. O chef atribui o su-cesso do restaurante desde a abertura até os dias atuais por ter lecionado para pelo menos 65 mil pessoas. Ele ajudou na criação do primeiro curso de gastronomia no estado e foi responsável pelo curso da faculdade de Vila Velha, que mantém até hoje. Juarez é um apaixonado por Vitória: “Viver é ver Vitória.”, diz, orgulhoso, e indica que a região das montanhas de Pedra Azul é o lugar mais lindo do Espírito Santo.

15h – praia de CamburiHá pouco tempo a praia de Camburi teve sua orla revitalizada com ciclovias, pista de caminhada e bancos para descansar. Por aqui, o turista encontra muitos quiosques e lojinhas, e se depois do ban-quete no Oriundi ainda sobrar um espacinho para um lanche, experimente um carangueijo à beira mar. O diretor Marcio garante: não há outro igual. A partir daqui, é possível chegar ao píer de Ieman-já, onde podem ser feitos passeios de escuna.

18h – Galpão das paneleiras de GoiabeirasAo contrário do que possa parecer, não é um tour gastronômico o forte por aqui. Localizado no bair-ro de Goaiabeiras Velha, ao norte de Vitória, o des-taque está para as artesãs das tradicionais panelas de barro do Espírito Santo. Esse passeio é impor-tante, pois o primeiro bem cultural registrado pelo

Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacio-nal (Iphan) do Brasil foram as Panelas de Goia-beiras. Aqui conhecerá o prato típico do estado, a moqueca capixaba feita em panelas de barro, que rendem até o ditado dos moradores: “moqueca é capixaba, o resto é peixada”.

Vai ficar mais de um dia? Visite também:

Centro histórico de vitória, preservado e mais antigo que os patrimônios de Ouro Preto (MG) e São Paulo (SP).

Catedral metropolitana de vitória, construída no lugar da Igreja Nossa Senhora da Vitória.

theatro Carlos Gomes, inspirado no famoso Tea-tro Scala de Milão, fica na Praça Costa Pereira e possui um calendário de espetáculos.

palácio do anchieta, uma das sedes do governo do Espírito Santo, funcionou como Colégio São Tiago até 1759.

Igreja São Gonçalo, uma das igrejas melhores conservadas de Vitória, ainda detém a mesma simplicidade desde quando foi construída, em 1907.

Convento do Carmo, erguido por volta de 1682, recebeu a visita ilustre de Dom Pedro II.

Capela Santa Luzia, praticamente idêntica ao que era quando foi construída em 1537, funcio-nou como Museu da Arte Sacra entre 1950 e 1970 e abrigou a Galeria de Arte e Pesquisa da Univer-sidade Federal do ES de 1976 a 1994.

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É PURA DIVERSãO COM

CARRO ALUgADOaS priNCipaiS cidades que compõe o que cha-mamos de pantanal sul-mato-grossense são Aquidauana, Miranda e Corumbá. De acordo com Marco Antonio Lemos, diretor regional da ABLA no MS, o ideal é iniciar um tour bem cedo, ficando alerta com animais na pista.

São diversos estilos de passeios para cada perfil de público. Falando em animais, a região possui uma fauna com mais de 1.000 espécies diferentes de peixes, aves, répteis e mamíferos. Para observar essa riqueza com segurança, o di-retor indica as pousadas do local ou ao longo da Estrada Parque em Corumbá.

PANTANAL

Brasil ViagemBrasil Viagem

Onça em Miranda /

©Bart van Dorp

O tour pode começar em Aquidauana, para quem vem de avião a partir do Aeroporto Ge-neral Canrobert Pereira. Como de costume, alugar um carro para aproveitar a estrada, contemplar a paisagem e realizar passeios é o ideal, principalmente se forem caminhonetes no estilo 4x4.

Durante todo o trajeto do rio, as cidades ofe-recem infraestrutura para qual for o intuito do passeio, além da navegação e pesca no rio. Aqui, indicaremos os principais pontos turísticos!

aQUidaUaNa

rios aquidauana e NegroEm Aquidauana ainda existem pelo menos nove tribos com mais de 12 mil indígenas. Artesãos natos, possuem uma Feirinha Indígena onde ex-põem os trabalhos realizados. Bem ao lado está a Estação Ferroviária de Aquidauana. Inaugura-da em 1912, transportou pessoas até 1996, o que fez com que ali se desenvolvesse o centro co-

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Brasil Viagem

mercial. Depois, apenas trens cargueiros faziam o percurso e, desde 2009, o Pantanal Express leva e traz turistas, passando pelas cidades de Miranda e Campo Grande.

Como é um local cheio de vida, a manhã fica repleta de passeios. O almoço pode ser por aqui. A indicação é o restaurante “Estação Pantanei-ra” ou no Mercado Municipal.

residência do ator rubens CorrêaConquistador das telinhas, Rubens Corrêa detém extenso currículo de novelas globais como Par-tido Alto, Mandala, Kananga do Japão, Guerra Sem Fim, Amazônia, Pantanal. Após sua morte em 1996, a família resolveu dedicar a construção em sua homenagem.

Shopping Barrakech abdalla maksoudEm contraste com todo o patrimônio histórico e cul-tural, os aquidauanenses também possuem espaço para compras e recreação, desde material de pes-ca a roupas e perfumes, restaurantes, espaço para apresentações culturais e espaço para crianças.

Aquidauana/

©Flávio André

e mais:

museu de arte pantaneira manoel antônio paes de Barros, inaugurado em 1999 após servir de sede para a Caixa Econômica Federal, Asilo dos Idosos, Escola Padre Anchieta e Secretaria de Obras.

igreja Nossa Senhora imaculada Conceição, ma-triz da cidade, construída em 1930

museu marechal José machado Lopes, no 9º Batalhão de Engenharia e Combate Carlos Cami-são, serve de abrigo para uma bandeira alemã apreendida na região de Scodogna, na 2ª Guerra Mundial, durante a Campanha da Itália.

praça afonso pena, conhecida como praça dos estudantes, tem uma área de lazer, conta com uma concha acústica onde são realizados even-tos. Aqui estão localizadas a Biblioteca Munici-pal e a Casa do Artesão.

ponte roldão Carlos de Oliveira, também cha-mada de ponte Velha ou Ponte da Amizade pelos moradores, foi a primeira ligação, fora o rio, en-tre a margem esquerda (Anastácio) e o centro.

miraNda

rio mirandaCom grande quantidade de espécies de peixes, a região é chamativa para pescadores na época em que a prática é permitida. Nas margens, a paisa-gem é marcada por grandes fazendas e pastagens.

Centro referencial da Cultura terenaAqui são guardados os artefatos que confirmam a existência do Povo Terena, população indígena

Museu de Arte Pantaneira

Manoel Antônio Paes de Barros/

©Flávio André

Igreja Nossa Senhora

Imaculada Conceição /

© Flávio André

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numerosa na região, para preservar sua memó-ria. Depois, dar uma passadinha na estação ro-doviária é uma boa pedida.

igreja matrizPassear pela igreja matriz e conferir o projeto ar-quitetônico de 1931 é importante para entender a história do local. No mesmo período, foi constru-ído o prédio em que hoje está instalada a Prefei-tura Municipal, que era a residência dos padres.

Usina de açúcar Santo antônioEm meados dos anos 1929, Miranda tornou-se grande polo açucareiro, graças à construção dos sócios Antônio Ferreira Cândido, José Theófilo de Araújo, Egino Guedes e Francisco e Angelo Rebuá.

COrUmBá

rio paraguaiNo final dó século XIX, Corumbá era o maior porto fluvial da América Latina, graças ao Rio Paraguai, o principal do Pantanal. Além disso, é a maior área inundável do mundo com 230 km² de extensão.

estrada parque pantanalA cidade considerada capital do Pantanal por conta de 60% do território inundado estar ali. São mais de 70 pontes na Estrada Parque Pan-tanal que auxiliam o escoamento dos rios na época de cheia e garantem acesso às cidades

Rio Miranda/

©Dany

Rio Paraguai /

©José Fernandes Jr.

Praça da Independência/

©wikipedia

Brasil ViagemBrasil Viagem

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adjacentes. Durante o trajeto, é comum que se-jam avistados os animais selvagens da região, incluindo os jacarés. Por isso, é muito importan-te tomar cuidado por aqui.

Casario do porto Geral de CorumbáAssim como as outras cidades componentes do Pantanal, existe um centro histórico bastante preservado em Corumbá. Os casarões foram utilizados como empórios e residências de fa-mílias no passado, e hoje fazem parte do patri-mônio histórico e cultural. Como o Casario do Porto, um dos principais cartões postais da ci-dade, é utilizado para eventos sociais, turísticos e festivos.

igreja Nossa Senhora da CandeláriaTambém na região central da cidade, a matriz preserva o patrimônio folclórico de Corumbá, além de ter uma história engraçada envolvendo o religioso Frei Mariano. Contam que ele gosta-ria que a igreja fosse construída em sua home-nagem, porém o título foi para Nossa Senhora da Candelária. Por isso, o Frei enterrou suas san-dálias no local e jurou que a cidade ficaria estag-nada até que as encontrassem.

Ladeira Cunha e CruzTambém conhecida como Ladeira da Candelária, foi palco da batalha de 13 de junho de 1867, na Guerra do Paraguai, quando as tropas brasileiras expulsaram o exercito inimigo. Hoje, a ladeira é

Parte da Estrada Parque Pantanal /

©Patty Ho

conhecida por ser rota da procissão da noite de Sao Joao, quando os devotos descem até o rio para mergulhar o santo.

instituto Luiz de albuquerqueAlém de ser sede da Superintendência de Cultu-ra do Município, o local foi construído em 1871 para abrigar o Grupo Escolar Luiz Albuquerque, em homenagem ao fundador de Corumbá. Hoje, também é chamado de Casa da Cultura, sob res-ponsabilidade da Fundação de Cultura do Estado de Mato Grosso do Sul.

praça da independência, já tendo servido como zoológico, possui quatro esculturas que repre-sentam as estações do ano: primavera, verão, outono e inverno.

forte Junqueira, onde estão os históricos 12 ca-nhões de 75mm fabricados em 1872 pela empre-sa inglesa Fried Krupp, mas nunca usados.

escadinha da Quinze, com 126 degraus, é um dos acessos da parte alta da cidade onde se pode enxergar o Rio Paraguai

artizu é a casa da artesã Izulina Xavier, famosa por criar imagens de santos, com destaque para o Cristo Rei do Pantanal, que está situado no topo do Morro do Cruzeiro, na parte alta da cidade. Ali podem ser vistas outras obras confeccionadas em pó de pedra e concreto, cerâmica e entalhes em madeira. n

Brasil Viagem

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O fOrtaLeCimeNtO do setor de locação de veícu-los, a partir do crescimento do número de locadoras reunidas na ABLA, nos SINDLOCS e, consequente-mente, na FENALOC, é fundamental para também ampliar a força do setor. O associativismo fortalece a atividade e isso gera retornos (institucionais e de negócios) diretos para as empresas locadoras.

O mais recente exemplo é a posição de des-taque que o segmento acaba de conquistar na

Representatividade Representatividade

Maior evento de mobilidade do mundo!

O WTM18 deverá reunir três mil participantes e ter mais de 300 mil pessoas conectadas na transmissão em tempo real, para mais de 50 países

WTM18, que deve ser a maior conferência do mundo sobre mobilidade (veja mais no Box). O Presidente do Conselho Nacional da ABLA, Paulo Miguel Junior, foi nomeado “Embaixador da Mo-bilidade” desse evento, que será transmitido em tempo real para mais de 50 países, com tradução simultânea para o inglês, espanhol e mandarim.

Flavio Tavares, Diretor de Marketing e Vendas do Instituto PARAR, explica que o convite faz par-

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Representatividade

Reconhecimento do setor

de locação como player da

mobilidade reflete importância

do associativismo

GraNdeS atraçõeS Na wtm18A WTM18 (Welcome Tomorrow Mobility Conference) terá três palcos de conteúdo e mais de 100 palestrantes nacionais e in-ternacionais – com representantes do Goo-gle, Cisco, UBER e Embraer. A expectativa é reunir mais de três mil pessoas e ter mais de 300 mil conectadas na transmissão em tempo real, para mais de 50 países.

O evento está marcado para os dias 29, 30 e 31 de outubro, no WTC, em São Pau-lo (SP). A programação contará com uma agenda cultural com shows e apresen-tações especiais e, na plenária principal, haverá nove trilhas de conteúdo que vão se cruzar e discutir como a mobilidade impacta o futuro da gestão de frotas, das cidades, da logística, da saúde, educação, construção civil, tecnologia e trabalho.

No espaço Startup Show, 50 startups de inovação em mobilidade, logística, smart ci-ties e impacto ambiental apresentarão seus projetos para investidores. Para esses no-vos negócios, a WTM18 anunciará ainda um projeto de seleção e curadoria de startups. Além disso, haverá horários alternativos para evitar os horários de muito trânsito, espaço de coworking, salas de videoconfe-rência e de descompressão, inclusive com aulas de ioga, pilates e alongamento.

maior a conscientização sobre o associativismo no nosso setor, mais força nós teremos para alavan-car a locação de veículos”, diz Paulo Miguel Junior.

Para ele, no sentido de conseguir resultados am-plos, mais rápidos e com objetividade para todas as locadoras, é essencial que cada associado dissemi-ne o trabalho da ABLA, dos SINDLOCS e da FENA-LOC. E também convide mais locadoras a se jun-tarem ao associativismo, “inclusive com o foco do fortalecimento da locação como principal player da mobilidade urbana no Brasil”, conclui Paulo Miguel.

te do projeto de reunir pessoas “que acreditam no propósito de que é possível transformar a nossa realidade através da mobilidade e formar um time de embaixadores dessa causa”.

Trata-se, portanto, de um reconhecimento de que a locação de veículos é sim fundamental para as soluções relevantes ao ir e vir das pes-soas. “Estamos trabalhando para que o nosso setor seja incluído nas soluções que estão sendo debatidas pela iniciativa privada e também pe-los poderes públicos”, diz Paulo Miguel Junior. “As políticas que envolverão a mobilidade po-dem passar por redução de impostos e taxas e, talvez, até mesmo por futuras linhas de crédito para frotas de veículos”, avalia o Presidente do Conselho Nacional.

Portanto, além dos benefícios comerciais que o associativismo garante para as locadoras, há ou-tros motivos também importantes para comover e engajar os empresários a entrarem e/ou a continu-arem dentro da ABLA e dos SINDLOCS. “Quanto

SONhO de traBaLhar pertO de CaSaOutra novidade da WTM 18 é a parceria com a Great Place to Work, na qual as 20 empresas com os melhores cases de mo-bilidade para os seus colaboradores serão premiadas. Como prévia desse aspecto da mobilidade corporativa, foi realizada uma pesquisa com 1.500 pessoas ouvidas em todas as regiões do país.

O levantamento constatou que 49% estão dispostos a abrir mão de algum benefício (ou mesmo ganhar até 10% me-nos) para trabalhar perto de casa. Por ou-tro lado, entre os dados mais alarmantes está o de que 60% das empresas ainda não demonstrou qualquer preocupação com o tempo de deslocamento de seus funcionários.

O estudo apontou ainda que apenas 5% das companhias oferecem aos colabo-radores créditos mensais em aplicativos (como UBER, Cabify, 99) e somente 3% dão aos empregados possibilidades de utilizar espaços de coworking. Em relação ao home office, 77% dos colaboradores revelaram que as empresas para as quais trabalham ainda não oferecem esse tipo de opção.

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C4  Por Dentro

CACTUS

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Com conceito leitmotiv, modelo irá competir com Ford EcoSport, Honda HR-V, Jeep Renegade, Nissan Kicks e Hyundai Creta

Por Dentro

O PRIMEIRO SUV DA CITROëN

NO fiNaL de aGOStO, , a francesa Citroën lançou o C4 Cactus já nas versões: Live, feel e Shine, com uma vasta lista de componentes, prometendo variação para conquistar a primeira posição na competição com os modelos do mesmo segmento: ford ecoSport, honda hr-v, Jeep renegade, Nissan kicks e hyundai Creta.Sob a filosofia “inspired By you”, o modelo já surpreende no exterior: sua silhueta é moderna e contém as principais características de SUv: frente alta e horizontal, dois volumes bem definidos, altura em relação ao solo de 225 mm. Oferece três estágios de assinatura luminosa estendendo-se por meio da grade até as extremidades – onde envolvem os drLs.

CACTUS

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Por Dentro Por Dentro

OS prOJetOreS da parte baixa adotam nova máscara negra e o para-choque amplia a visão, independente do terreno. Aqui, são dois elemen-tos estilísticos marcantes: as Gélules – contorno dos faróis de neblina que podem ser personali-zadas – e os Ecopes, apêndices nas extremida-des do para-choque dando volume ao conjunto. Conta com proteções nas molduras das caixas de rodas e na parte inferior da carroceria, bem como de Airbump® refinados na parte inferior das por-tas, que cercam a totalidade da carroceria.

A traseira é característica dos modelos Ci-troën, possui grupos óticos traseiros com dois módulos LED alongados e efeito 3D que se es-tendem até a tampa do porta malas. O para-cho-que traseiro possui ângulo de saída de 32º na evasão do modelo. Branco Banquise, Preto Perla Nera e Azul Esmeralda são as opções de cores de teto. As disponíveis da carroceria são: Branco Nacré, Cinza Alumínio, Cinza Grafito, Preto Perla Nera e Azul Esmeralda.

A distância entre eixos é de 2.600 mm, com-primento de 4.170 mm, altura de 1.566 mm, lar-gura de 1.714 mm e 225 mm de vão livre do solo. O porta-malas comporta 320 litros, associado ao banco traseiro bi-partido 1/3-2/3, pode chegar a 1.170. Inclusive, em todas as versões os bancos são de couro. Os traseiros possuem ISOFIX para cadeiras infantis.

Se espera muita potência e ao mesmo tem-po economia com o motor Turbo High Pres-sure (THP) 16V Flex, criado pela parceria entre PSA Peugeot Citroën e BMW Group. Chega aos 100km/h em 7,3 segundos (etanol) e entrega ve-locidade máxima de 212 km/h.

No álcool, o motor oferece potência de até 173cv. Na gasolina, são 166 cv, a 6.000 rpm e torque máximo de 24,5 kgfm. E mais: Injeção direta sequencial; Turbo compressor do tipo twin-scroll; Cabeçote de 16 válvulas com duplo comando de válvulas; Bomba eletrônica de alta pressão; Cárter duplo.

exterior do veículo surpreende com silhueta moderna

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Por Dentro

É opcional adquirir o motor 120 VTI Flex Start, que gera 122 cv a 5.800 rpm e torque de 16,4 kgfm a 4.000 rpm nas versões manuais. Nas ver-sões automáticas, 118 cv a 5.750 rpm e um tor-que máximo de 16,1 kgfm a 4.750 rpm. Flex Start é uma tecnologia que elimina o reservatório de gasolina e possui um sistema de gerenciamento eletrônico que controla a operação de aqueci-mento do combustível.

Vem com comando de válvulas variável (VVT) que identifica o comportamento do motorista em relação à aceleração e elementos externos (pressão atmosférica e temperatura); bomba de óleo variável (com gestão de vazão) que ajus-ta automaticamente o fluxo enviado de acordo com a rotação do motor e a carga e conjunto de pistões, anéis e cilindros são “lowfriction”, tudo isso faz o motor absorver menos energia, sendo mais econômico.

A Citroën investiu em conforto bem pensado: bancos da frente mais estreitos, para mais co-modidade aos joelhos dos ocupantes; descan-so dos cotovelos graças aos novos painéis de porta; porta-objetos com dois porta-copos, que também sustentam smartphones; um segundo porta-objetos fechado e fundo, para artigos mais valiosos; porta-objetos nas portas para garrafas de até 1,5 litros e bolsas para pertences nas cos-tas dos bancos da frente.

A segurança é a palavra chave do C4 Cactus, com destaque para os sistemas de auxílio à con-dução: Active Safety Brake (frenagem automáti-ca e alerta de colisão), o Alerta de Saída de Faixa (câmeras identificam faixas horizontais e cruza-mento involuntário de marcações longitudinais), o Alerta de Atenção ao Condutor (identifica mu-danças de trajetória em relação às marcações de faixa e emite alertas), o Coffee Break Alert (sinal sonoro após duas horas de condução sem pausa em velocidade acima de 70 km/h);  Controle de Aderência – Grip Control (para terrenos aciden-tados ou difíceis, como areia, lama ou neve; Fa-róis de neblina com Cornering Light e Assistên-cia em Subidas (Hill-Start Assist).

Os proprietários encontram em todas as ver-sões do C4 Cactus a central multimídia Citroën Connect Radio de 7”, digital com sistema Blue-tooth para áudio, agenda telefônica e gestão dupla de chamadas, compatibilidade com Apple CarPlay e Android Auto. Possui MirrorScreen, duplicador de tela do smartphone, seis autofa-lantes e reconhecimento de voz. Esse equipa-mento facilita a gestão dos ocupantes ao acio-nar o ar-condicionado e os sistemas de auxílio a condução. n

No interior do veículo, destaque

para o conforto bem pensado

a traseira mantém o padrão visual dos

modelos Citroën

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AO VOLANTE

traz sucesso mundial em vendas para

o Brasil

O yariS chega ao mercado nacional com a pro-posta de se adequar à necessidade de qualquer tipo de cliente, graças às cinco versões disponí-veis. Para o modelo hatch, as opções vão do XL manual e XL CVT, XL Plus Tech CVT (todas com motorização 1.3 litro), XS e também o XLS, es-tas com câmbio CVT e motor 1.5 litro. O modelo sedã possui as mesmas versões, somente com motorização 1.5 litro. Desde o para-choque dian-teiro, passando pelas laterais até a traseira, o in-tuito dos projetistas foi transmitir a sensação de sofisticação, com aparência moderna. Computa-dor de bordo, comandos no volante, controles de estabilidade e tração e assistente de partida em rampas são alguns dos opcionais. Também possui direção eletroassistida progressiva, ar--condicionado, travas, vidros e faróis com regu-lagem elétrica, airbag duplo dianteiro e freios com sistema ABS.

Toyota

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versátil e compacto,é a aposta da vw

COm tecnologia modular MQB, o novo SUV compacto da Volkswagen caracteriza-se por ter atributos flexíveis. O eixo dianteiro deslocado para frente aumenta a distância entre-eixos, cria mais espaço no interior e ainda aumenta o baga-geiro. Sem contar na divisão que pode ser feita para o banco traseiro ficar completamente reba-tido, dando lugar para malas, pranchas, bicicletas e, claro, para as pernas dos passageiros. O slo-gan escolhido para o lançamento é o “I am more”, que traduz a ideia de mais atributos - conforto, versatilidade, design marcante, individualidade, digital, conectado e um dos mais seguros-, mas com o preço ainda competitivo na categoria. O modelo deve chegar ao mercado no primeiro se-mestre de 2019.

Novo T-Cross

AO VOLANTE

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apresenta versão limitada de SUv

Já CONSOLidadO por seus atributos diferen-ciados, o Peugeot 2008 ganhou versão esportiva Style. As novidades estão no novo design jovem e aventureiro, equipado com jogo exclusivo de rodas de liga leve 16” Hydre Enticelle, ar-condi-cionado automático bizone, em que o motorista e o passageiro podem decidir a temperatura de seu lado do carro. O modelo conta ainda com os itens usuais da linha, como o Peugeot i-Cockpit, câmbio automático AT6 com quatro modos de condução, piloto automático, limitador de velo-cidade, faróis com DRL em LED, quatro airbags frontais e laterais, isofix para cadeiras infantis, retrovisores pretos e central multimídia de 7” Peugeot Connect Radio, compatível com dispo-sitivos móveis. Um número reduzido de unida-des dessaa versão foram disponibilizadas, com opção de duas cores (branco e cinza aluminium).

Peugeot

AO VOLANTE

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anuncia o esportivo Q8

COmBiNaNdO o design agressivo de um cupê com a versatilidade de um SUV, o Audi Q8 está disponível para encomendas – por enquanto só na Europa! A versão utiliza sistema híbrido jun-to ao seu motor 3.0 TDI quattro com 286 cv. São 4.986 milímetros de comprimento, 1.995 de lar-gura, 1.705 mm de altura e quase três metros de entre-eixos que garantem espaço para até cinco ocupantes. O porta-malas comporta até 605 li-tros, podendo chegar aos 1.755 litros se os as-sentos traseiros forem rebatidos. Internamente, é equipado com display MMI sensível ao toque, painel de instrumentos e unidade de operação de luzes. Há três versões de bancos de couro, pacote S line e configurações, que incluem deta-lhes de madeira ou alumínio; para a carroceria, são mais 12 tonalidades.

Audi

AO VOLANTE

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Fim de Papo

aS empreSaS interessadas em mostrar e di-vulgar suas marcas, produtos e serviços para as locadoras de veículos podem aproveitar as oportunidades que constam no novo “Mídia KIT ABLA 2019”, que já está disponível para todos os parceiros de negócios do segmento.

O novo “Mídia KIT ABLA 2019” detalha cada uma das diversas opções que as empresas têm para falar diretamente com o mercado de loca-ção de veículos, que fechará o ano de 2018 re-gistrando a compra de mais de 400 mil novos automóveis e comerciais leves, além de todos os insumos também inerentes à atividade.

Há espaços disponíveis para divulgação de marcas, produtos e serviços diretamente no Por-tal ABLA (www.abla.com.br), na Revista Locação, Anuário Brasileiro do Setor de Locação de Veículos, nos Cursos da UNIABLA e nos principais eventos do setor (como a Convenção Nacional, Fórum Inter-nacional e Jantar Empresarial de Confraternização).

A participação em todas as mídias ofereci-das garante imediatamente, inclusive, 30% de

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Novas oportunidades para ampliar sua visibilidade

desconto no investimento total a ser feito pelas empresas interessadas. Além disso, o valor do investimento apresentado no novo “Mídia KIT ABLA 2019” permanece inalterado desde o ano de 2014, o que gera para as empresas investido-ras um custo-benefício ainda melhor.

Vale lembrar que o setor de locação de veícu-los, mesmo em meio ao período de crise econô-mica do País, cresceu nos últimos anos. E, para o futuro, mantém ótimas perspectivas, na medida em que já está inserido na cadeia produtiva de mobilidade urbana, que vem se fortalecendo no Brasil e no mundo moderno.

As mídias da ABLA garantem a presença de sua marca, produtos ou serviços frente a frente com empresários de todo o Brasil, ge-rando oportunidades efetivas de resultados dentro de um segmento que já possui uma frota superior a 700 mil veículos – e que é res-ponsável por comprar mais de 17% de toda a produção anual de automóveis e comerciais vendidos no país. n

“Participação em todas as mídias oferecidas pela ABLA garante imediatamente ao patrocinador 30% de desconto no investimento total”

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Fim de Papo

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PB