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A CARREIRA PÚBLICA SE ENCAIXA NO SEU PERFIL? Artigo do site ECaderno. Disponível em: http://goo.gl/YYFJ0 Estabilidade: essa é a primeira qualidade citada pelos concursandos, quando interrogados sobre os motivos e vantagens de se prestar concurso público. Além da sonhada estabilidade, a pontualidade no pagamento e a possibilidade de progressão na carreira são outros grandes atrativos. Se você procura essas características acima de quaisquer outras, pode se adaptar bem como funcionário público. Mas será que elas são suficientes para se obter satisfação em um cargo?O advogado especializado em concursos públicos Sérgio Camargo afirma que o servidor também deve compreender que o serviço é dedicado ao público, muitas vezes constituído por pessoas simples, que necessitam de ajuda. Os objetivos do servidor não podem visar a possibilidade rápida de ganhos, sem merecimento, e sim o auxílio à sociedade. Possíveis causas de insatisfação na carreira pública Alguns concursados acabam não se adaptando ao cargo público. Para Camargo, isso normalmente ocorre porque muitas funções não exigem grande capacidade técnica do servidor: “Muitas pessoas altamente qualificadas acabam por se desestimularem por falta de demanda de sua capacidade técnica”, afirma. O advogado também diz que algumas pessoas buscam cargos públicos para terem “tranquilidade”, o que pode resultar em desestímul o e ineficiência do serviço. O psicólogo organizacional Rodrigo Caetano também partilha dessa opinião e defende que esse perfil precisa mudar: “As pessoas têm que encarar a profissão com seriedade. O trabalho tem que ser bem-feito, com comprometimento; tem de haver proatividade”. Para o psicólogo, o servidor deve saber se adaptar à rotina e lidar bem com questões políticas. Por exemplo, um funcionário federal precisa mudar os procedimentos de rotina de quatro em quatro anos, se adaptando às mudanças governamentais. Segundo ele, trabalho sob pressão, dinamismo, ambição, espírito de liderança e trabalho em equipe não são características necessárias para a maioria dos cargos públicos. Muitas vezes não há metas a serem cumpridas, as atividades são rotineiras, não há possibilidade de promoção por méritos do funcionário e dificilmente um concursado se torna chefe o cargo permanece o mesmo.

Descubra se a carreira pública encaixa no seu perfil

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Antes de se tornar concurseiro, ou até mesmo no meio da jornada, muitos questionam se devem ou não investir na carreira pública. Esse artigo ajuda a entender qual o perfil ideal para o funcionalismo público. Acesse http://www.pontodosconcursos.com.br e também nossos perfis nas redes sociais! O Ponto tem o que você precisa para passar em concurso público.

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A CARREIRA PÚBLICA SE ENCAIXA NO SEU

PERFIL? Artigo do site ECaderno. Disponível em: http://goo.gl/YYFJ0 Estabilidade: essa é a primeira qualidade citada pelos concursandos, quando interrogados sobre os motivos e vantagens de se prestar concurso público. Além da sonhada estabilidade, a pontualidade no pagamento e a possibilidade de progressão na carreira são outros grandes atrativos.

Se você procura essas características acima de quaisquer outras, pode se adaptar bem como funcionário público. Mas será que elas são suficientes para se obter satisfação em um cargo?O advogado especializado em concursos públicos Sérgio Camargo afirma que o servidor também deve compreender que o serviço é dedicado ao público, muitas vezes constituído por pessoas simples, que necessitam de ajuda. Os objetivos do servidor não podem visar a possibilidade rápida de ganhos, sem merecimento, e sim o auxílio à sociedade. Possíveis causas de insatisfação na carreira pública Alguns concursados acabam não se adaptando ao cargo público. Para Camargo, isso normalmente ocorre porque muitas funções não exigem grande capacidade técnica do servidor: “Muitas pessoas altamente qualificadas acabam por se desestimularem por falta de demanda de sua capacidade técnica”, afirma. O advogado também diz que algumas pessoas buscam cargos públicos para terem “tranquilidade”, o que pode resultar em desestímulo e ineficiência do serviço. O psicólogo organizacional Rodrigo Caetano também partilha dessa opinião e defende que esse perfil precisa mudar: “As pessoas têm que encarar a profissão com seriedade. O trabalho tem que ser bem-feito, com comprometimento; tem de haver proatividade”.

Para o psicólogo, o servidor deve saber se adaptar à rotina e lidar bem com questões políticas. Por exemplo, um funcionário federal precisa mudar os procedimentos de rotina de quatro em quatro anos, se adaptando às mudanças governamentais. Segundo ele, trabalho sob pressão, dinamismo, ambição, espírito de liderança e trabalho em equipe não são características necessárias para a maioria dos cargos públicos. Muitas vezes não há metas a serem cumpridas, as atividades são rotineiras, não há possibilidade de promoção por méritos do funcionário e dificilmente um concursado se torna chefe – o cargo permanece o mesmo.

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Quem está dentro não quer sair

A concursada Vanessa Barbosa, 29, trabalha no Tribunal de Justiça de Minas Gerais na cidade de Além Paraíba. Ela conta que estudou para o concurso em casa, cerca de doze horas por dia. O esforço valeu a pena: ela está satisfeita com o cargo que ocupa, na parte de apoio administrativo: “Eu amo o meu trabalho. Tem gente que reclama, mas para mim está perfeito”, diz. No entanto, Vanessa acha que há certo descaso do poder público, por causa da defasagem de pessoal, o que acarreta em muito serviço para poucas pessoas. Quando questionada se trocaria de emprego, ela disse que só abandonaria o cargo para tentar concurso com um vencimento mais alto. O militar Thiago Gabri, 28, trabalha na Marinha do Brasil, no Rio de Janeiro – RJ. Ele passou oito meses estudando em casa para passar no concurso, com 18 anos de idade. Thiago lembra que era muito jovem quando entrou para a Marinha, e que, na época, o cargo atendia às suas necessidades. Passados dez anos e após constituir família, as prioridades mudaram: agora ele procura um cargo público que satisfaça melhor seus desejos e obrigações como pai e marido. Há quatro anos Thiago presta outros concursos, em busca de maior remuneração e qualidade de vida. Trabalhar no comércio ou na indústria não passa pela cabeça dos concursandos: “Como eu já experimentei a estabilidade, essa é uma coisa à qual eu dou muito valor. Sei que tem outras profissões que pagam muito melhor, mas a estabilidade é que me atrai”, declara Thiago.

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