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Introdução: No Brasil existem poucas informações sobre a prevalência de distúrbios gastrointestinais funcionais em lactentes. Objetivo: Avaliar a prevalência de regurgitação, cólica, disquesia, constipação e diarreia funcional em lactentes brasileiros. Métodos: Estudo transversal observacional que incluiu 5080 lactentes (< 12 meses) em consultórios privados de Pediatria. Destes, 496 eram da região Centro Oeste, 538 do Nordeste, 127 do Norte, 3265 do Sudeste e 654 do Sul. As mães dos lactentes preencheram um formulário com perguntas gerais e sobre sintomas gastrointestinais, após a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Para a caracterização, adotou-se os critérios de Roma IV nas seguintes faixas etárias: regurgitação do lactente, de 21 dias até um ano; cólica do lactente, até o máximo de 6 meses; disquesia, até 9 meses; diarreia funcional, segundo semestre e constipação intestinal, todo o primeiro ano de vida. Resultados: As prevalências observadas na população estudada, de acordo com a idade descrita na metodologia, foram: regurgitação = 10,7% (487/4560); cólica = 6,1% (131/2162); disquesia = 4% (157/3895); constipação intestinal = 7,6% (341/4506) e diarreia funcional = 3,6% (79/2202). As prevalências de regurgitação, cólica e disquesia apresentaram diminuição (p<0,001) com o aumento de idade. A prevalência de constipação intestinal aumentou no segundo semestre de vida (p<0,001). Nascimento por cesárea associou-se com cólica do lactente (OR=1,73; intervalo de confiança de 95%, IC:1,05;2,84). Prematuridade associou-se com cólica do lactente (OR=2,01; IC:1,24;3,28), regurgitação do lactente (OR=1,41; IC:1,05;1,87) e constipação intestinal (OR=1,41; IC:1,00;1,97). Constipação intestinal associou-se com introdução de alimentos não lácteos no primeiro semestre de vida (OR=1,91; IC:1,30;2,30). Conclusão: Este é o primeiro trabalho com abrangência nacional e mostra uma prevalência de distúrbios gastrointestinais funcionais em lactentes brasileiros frequente e semelhante ao que ocorre em outros países, sendo encontrada associação com prematuridade e nascimento por cesárea. Aprovado Para: APRESENTAÇÃO ORAL Título do Trabalho: PREVALÊNCIA DE DISTÚRBIOS GASTROINTESTINAIS FUNCIONAIS EM LACTENTES BRASILEIROS Autores: MAURO BATISTA DE MORAIS (ESCOLA PAULISTA DE MEDICINA-UNIFESP I SÃO PAULO – SP); MAURO SERGIO TOPOROVSKI (FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA SANTA CASA DE SÃO PAULO – SP); MARISE HELENA CARDOSO TOFOLI (HOSPITAL MATERNO INFANTIL DR JURANDIR DO NASCIMENTO – GOIÂNIA, GO); KARINA VIEIRA DE BARROS (DANONE NUTRICIA BRASIL - SÃO PAULO, SP); LUCIANA RODRIGUES SILVA (UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA – BA); CRISTINA HELENA TARGA FERREIRA (HOSPITAL DA CRIANÇA SANTO ANTÔNIO - COMPLEXO HOSPITALAR SANTA CASA – UFCSPA, PORTO ALEGRE - RS) Data Apresentação: 09/10/2019 Horário Apresentação: 14:45 - 15:00 Local: Auditório 03 Código: TL-006

Desdobramento Material Booklet...Disquesia do lactente (antes de 9 meses) foi caracterizada em 4,0% (157/3895) dos lactentes, entretanto, outros 218 (6%) apresentaram esforço ou choro

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Page 1: Desdobramento Material Booklet...Disquesia do lactente (antes de 9 meses) foi caracterizada em 4,0% (157/3895) dos lactentes, entretanto, outros 218 (6%) apresentaram esforço ou choro

Introdução: No Brasil existem poucas informações sobre a prevalência de distúrbios gastrointestinais funcionais em lactentes. Objetivo: Avaliar a prevalência de regurgitação, cólica, disquesia, constipação e diarreia funcional em lactentes brasileiros.Métodos: Estudo transversal observacional que incluiu 5080 lactentes (< 12 meses) em consultórios privados de Pediatria. Destes, 496 eram da região Centro Oeste, 538 do Nordeste, 127 do Norte, 3265 do Sudeste e 654 do Sul. As mães dos lactentes preencheram um formulário com perguntas gerais e sobre sintomas gastrointestinais, após a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Para a caracterização, adotou-se os critérios de Roma IV nas seguintes faixas etárias: regurgitação do lactente, de 21 dias até um ano; cólica do lactente, até o máximo de 6 meses; disquesia, até 9 meses; diarreia funcional, segundo semestre e constipação intestinal, todo o primeiro ano de vida. Resultados: As prevalências observadas na população estudada, de acordo com a idade descrita na metodologia, foram: regurgitação = 10,7% (487/4560); cólica = 6,1% (131/2162); disquesia = 4% (157/3895); constipação intestinal = 7,6% (341/4506) e diarreia funcional = 3,6% (79/2202). As prevalências de regurgitação, cólica e disquesia apresentaram diminuição (p<0,001) com o aumento de idade. A prevalência de constipação intestinal aumentou no segundo semestre de vida (p<0,001). Nascimento por cesárea associou-se com cólica do lactente (OR=1,73; intervalo de confiança de 95%, IC:1,05;2,84). Prematuridade associou-se com cólica do lactente (OR=2,01; IC:1,24;3,28), regurgitação do lactente (OR=1,41; IC:1,05;1,87) e constipação intestinal (OR=1,41; IC:1,00;1,97). Constipação intestinal associou-se com introdução de alimentos não lácteos no primeiro semestre de vida (OR=1,91; IC:1,30;2,30).Conclusão: Este é o primeiro trabalho com abrangência nacional e mostra uma prevalência de distúrbios gastrointestinais funcionais em lactentes brasileiros frequente e semelhante ao que ocorre em outros países, sendo encontrada associação com prematuridade e nascimento por cesárea.

Aprovado Para: APRESENTAÇÃO ORAL

Título do Trabalho: PREVALÊNCIA DE DISTÚRBIOS GASTROINTESTINAIS FUNCIONAIS EM LACTENTES BRASILEIROS

Autores: MAURO BATISTA DE MORAIS (ESCOLA PAULISTA DE MEDICINA-UNIFESP I SÃO PAULO – SP); MAURO SERGIO TOPOROVSKI (FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS

DA SANTA CASA DE SÃO PAULO – SP); MARISE HELENA CARDOSO TOFOLI (HOSPITAL MATERNO INFANTIL DR JURANDIR DO NASCIMENTO – GOIÂNIA, GO); KARINA

VIEIRA DE BARROS (DANONE NUTRICIA BRASIL - SÃO PAULO, SP); LUCIANA RODRIGUES SILVA (UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA – BA); CRISTINA HELENA TARGA

FERREIRA (HOSPITAL DA CRIANÇA SANTO ANTÔNIO - COMPLEXO HOSPITALAR SANTA CASA – UFCSPA, PORTO ALEGRE - RS)

Data Apresentação: 09/10/2019

Horário Apresentação: 14:45 - 15:00

Local: Auditório 03

Código: TL-006

Page 2: Desdobramento Material Booklet...Disquesia do lactente (antes de 9 meses) foi caracterizada em 4,0% (157/3895) dos lactentes, entretanto, outros 218 (6%) apresentaram esforço ou choro

Introdução: No Brasil ainda são baixas as taxas de aleitamento natural exclusivo e ocorre emprego excessivo de leite de vaca na dieta de lactentes. Objetivo: Avaliar o tipo de leite que faz parte da dieta de lactentes no primeiro ano de vida.Métodos: Estudo transversal observacional que incluiu mães de lactentes que aguardavam consulta pediátrica de rotina em consultórios privados. O projeto foi avaliado e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa. Após a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, as mães informaram o tipo e época do parto, tipo de leite que estava consumindo e se o lactente já recebia alimentos não-lácteos. Os dados coletados foram analisados em cada um dos quatro trimestres do primeiro ano de vida. Resultados: Foram analisadas 4929 entrevistas sendo 3175 da região Sudeste, 637 do Sul, 516 do Nordeste, 479 do Centro-Oeste e 122 do Norte. No primeiro trimestre de vida (n=1290) constatou-se que 62,0% dos lactentes estavam em aleitamento natural exclusivo, 27,0% em aleitamento misto, 10,7% recebiam fórmula infantil e 0,4% leite de vaca integral. No segundo trimestre (n=1465) de vida estes percentuais foram, respectivamente, 51,0%; 29,3%, 19,1% e 0,3%. No terceiro trimestre (n=1165) foram 37,6%; 31,8%, 29,5% e 1,0%. No quarto trimestre (n=1009) observou-se: 27,6%; 30,8%, 38,2% e 3,5%. Dentre os 1463 lactentes em aleitamento misto, 1413 (96,6%) recebiam fórmula infantil e 50 (3,4%) leite de vaca integral. Aleitamento natural exclusivo associou-se com parto normal (OR=1,75; IC95%: 1,51; 2,01); parto não prematuro (OR=2,41; IC95%:1,96; 2,95) e quando não ocorreu introdução de alimentos nos primeiros 6 meses de vida (OR=3,59; IC95%: 2,82; 4,58).Conclusão: Leite materno era o único tipo de leite oferecido no primeiro semestre de vida para mais da metade dos lactentes estudados, e em relação à outros estudos, a proporção de uso do LV foi baixa.

Aprovado Para: PÔSTER ELETRÔNICO

Título do Trabalho: LEITE MATERNO, FÓRMULA INFANTIL E LEITE DE VACA NA ALIMENTAÇÃO DE LACTENTES DAS CINCO REGIÕES GEOGRÁFICAS DO BRASIL

Autores: MAURO BATISTA DE MORAIS (ESCOLA PAULISTA DE MEDICINA-UNIFESP I SÃO PAULO – SP); CRISTINA HELENA TARGA FERREIRA (HOSPITAL DA CRIANÇA SANTO

ANTÔNIO - COMPLEXO HOSPITALAR SANTA CASA – UFCSPA, PORTO ALEGRE – RS); MARISE HELENA CARDOSO TOFOLI (HOSPITAL MATERNO INFANTIL DR JURANDIR DO

NASCIMENTO – GOIÂNIA, GO); MAURO SÉRGIO TOPOROVSKI (FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA SANTA CASA DE SÃO PAULO – SP); KARINA VIEIRA DE BARROS

(DANONE NUTRICIA BRASIL SÃO PAULO, SP); LUCIANA RODRIGUES SILVA (UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA – BA)

Data Apresentação: 10/10/2019

Horário Apresentação: 09:00 às 18:00

Local: Sessão de Pósteres Eletrônicos

Código: PE-930

Page 3: Desdobramento Material Booklet...Disquesia do lactente (antes de 9 meses) foi caracterizada em 4,0% (157/3895) dos lactentes, entretanto, outros 218 (6%) apresentaram esforço ou choro

Introdução: Um dos objetivos dos critérios de Roma é padronizar o diagnóstico dos distúrbios gastrointestinais funcionais (Última versão: Roma IV, 2016). Objetivo: Relacionar as frequências de sintomas gastrointestinais em lactentes com o número de diagnósticos de distúrbios gastrintestinais funcionais estabelecidos pelo critério de Roma IV. Métodos: Estudo transversal com 5080 lactentes (idade<12 meses) incluídos no estudo durante o atendimento em consultórios particulares de Pediatria das cinco regiões geográficas do Brasil. As mães preencheram uma ficha individual com perguntas sobre a ocorrência de sintomas gastrintestinais. Resultados: Regurgitação do lactente (entre 21 dias e 1 ano) foi caracterizada, segundo o critério de Roma IV, em 11,4% (487/4270) da população estudada. Entretanto, outros 909 (22%) lactentes que não preencheram o critério de Roma IV apresentavam duas ou mais regurgitações por dia. Cólica do lactente (< 5 meses) foi caracterizada em 6,0% (131/2174). No entanto, um grupo adicional de 565 (26%) lactentes apresentava pelo menos um episódio de choro, inquietação ou irritação sem motivo aparente na última semana. Disquesia do lactente (antes de 9 meses) foi caracterizada em 4,0% (157/3895) dos lactentes, entretanto, outros 218 (6%) apresentaram esforço ou choro antes de evacuar fezes moles pelo período de 5 a 10 minutos. Constipação intestinal foi caracterizada em 7,6% (341/4506) dos lactentes. No entanto, outros 605 (14%) lactentes apresentavam dor para evacuar, 60 (1,3%) eliminavam fezes duras e 78 (1,7%) tinham dor para evacuar fezes duras. Estes 743 (16,5%) lactentes não preencheram o critério de Roma IV para constipação intestinal funcional. Conclusão: Parcela expressiva dos lactentes que apresenta sintomas gastrintestinais não preenche os critérios diagnósticos de Roma IV. Estes sintomas, além do desconforto que ocasionam no lactente, podem ter consequências na dinâmica familiar e gerar gastos financeiros. Controle precoce destes sintomas pode se associar com melhor prognóstico.

Aprovado Para: PÔSTER ELETRÔNICO

Título do Trabalho: EFETIVIDADE DO CRITÉRIO DE ROMA IV NA AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA DE SINTOMAS GASTROINTESTINAIS NO LACTENTE

Autores: MAURO BATISTA DE MORAIS (ESCOLA PAULISTA DE MEDICINA-UNIFESP I SÃO PAULO – SP); MAURO SERGIO TOPOROVSKI (FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS

DA SANTA CASA DE SÃO PAULO – SP); MARISE HELENA CARDOSO TOFOLI (HOSPITAL MATERNO INFANTIL DR JURANDIR DO NASCIMENTO – GOIÂNIA, GO); KARINA VIEIRA

DE BARROS (DANONE NUTRICIA BRASIL SÃO PAULO, SP); LUCIANA RODRIGUES SILVA (UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA – BA); CRISTINA HELENA TARGA FERREIRA

(HOSPITAL DA CRIANÇA SANTO ANTÔNIO - COMPLEXO HOSPITALAR SANTA CASA – UFCSPA, PORTO ALEGRE - RS)

Data Apresentação: 10/10/2019

Horário Apresentação: 09:00 às 18:00

Local: Sessão de Pósteres Eletrônicos

Código: PE-1078

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Introdução: A epidemiologia de hemorragia digestiva baixa em crianças não está bem definida na literatura. A Sociedade Italiana de Gastrenterologia Pediátrica apresenta uma incidência global de 6,4%, sem contemplar especificamente o período neonatal. Objetivo: Descrever a incidência e os possíveis fatores de risco para hemorragia digestiva baixa em recém-nascidos (RN) internados em unidade de terapia intensiva e semi-intensiva neonatal. Métodos: Estudo observacional e prospectivo baseado na análise de prontuários de RN - a termo e prematuros - que apresentaram sangue nas fezes, no período de outubro a dezembro de 2018. Foram analisados também: gênero; idade gestacional; peso ao nascer; dieta prescrita; início e do término dos sintomas; presença de infecções; intervenções realizadas e desfecho do caso. Resultados: Foram estudados 94 RN, internados por pelo menos dois dias, sendo 51,12% feminino e 60,1% prematuros. A média de peso foi de 1996±1039g e de dias de internação na ordem de 19,71±16,38 dias. Sob o ponto de vista nutricional, 48 (51,1%) receberam nutrição parenteral. O tipo de nutrição enteral ofertado foi 21 (22%) leite materno exclusivo, 31 (34%) leite materno + formula e 42 (44%) fórmula exclusiva. Durante os 45 dias de monitoramento, 4 casos de sangramento em fezes foram registrados, sendo 2 pontuais (observado somente uma vez) e 2 casos persistentes, mostrando uma incidência de 4,25%. Não se observou correlação entre uso de fórmula e: (1) unidade em que o RN foi internado (p = 0,123); (2) idade gestacional (p = 0,503); (3) ocorrência de hemorragia digestiva baixa (p=0,308). Conclusão: A incidência de hemorragias digestivas baixas ficou abaixo do dado da literatura (4,25 vs 6,4%), a etiologia dos casos significativos foi infecciosa (sepse) e não foi possível estabelecer relação entre a condição clínica e gênero; idade gestacional e o tipo de dieta ofertado.

Aprovado Para: PÔSTER ELETRÔNICO

Título do Trabalho: INCIDENCIA DE HEMORRAGIA DIGESTIVA BAIXA E FATORES DE RISCO ASSOCIADOS EM RECEM-NASCIDOS DE UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

E SEMI-INTENSIVA NEONATAL

Autores: MONICA BATHERSON CARVALHO DE MOURA (HOSPITAL MATERNIDADE DE CAMPINAS, CAMPINAS - SP); MARIA APARECIDA GARLIPP (MATERNIDADE DE

CAMPINAS, CAMPINAS - SP); ROBERTO DE CARVALHO (MATERNIDADE DE CAMPINAS, CAMPINAS - SP); ROGERIO MANOEL DUARTE NOGUEIRA (MATERNIDADE DE

CAMPINAS, CAMPINAS - SP); CESAR AUGUSTO AMIN SANGED (MATERNIDADE DE CAMPINAS, CAMPINAS - SP); GABRIELA SALIM SPAGNOL (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE

CAMPINAS, CAMPINAS - SP); ANDRÉ COVIC (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, CAMPINAS - SP); CAMILA LEONEL MENDES DE ABREU (3DANONE NUTRICIA BRASIL,

SÃO PAULO - SP); KARINA VIERA DE BARROS (3DANONE NUTRICIA BRASIL - SÃO PAULO, SP)

Data Apresentação: 10/10/2019

Horário Apresentação: 09:00 às 18:00

Local: Sessão de Pósteres Eletrônicos

Código: PE-1405

Page 5: Desdobramento Material Booklet...Disquesia do lactente (antes de 9 meses) foi caracterizada em 4,0% (157/3895) dos lactentes, entretanto, outros 218 (6%) apresentaram esforço ou choro

Introdução: O monitoramento do estado nutricional na primeira infância é considerado um importante instrumento na identificação precoce da condição clínico-nutricional. Objetivo: Avaliar o estado nutricional de crianças matriculadas em todas as creches públicas do município de Poços de Caldas, MG. Métodos: Estudo transversal, com crianças de 0 a 3 anos matriculadas em 37 creches da rede pública de ensino do município. Para a classificação da condição nutricional as variáveis peso, estatura, idade e sexo, foram processadas no software WHO Anthro para a obtenção dos escores-z. O diagnóstico nutricional foi determinado por meio dos índices antropométricos: Estatura-para-idade (E/I); Peso-para-idade (P/I) e Peso-para-estatura (P/E) e Índice de Massa Corporal-para-idade (IMC/I) com base na classificação proposta pela Organização Mundial de Saúde (WHO). Resultados: Do total de 2308 matriculados, 1779 crianças foram avaliadas (77,07%). A média da idade foi de 28,7+9,3 meses, sendo que 6,3% (n=112) encontram-se entre 4 e 12 meses. Em relação ao gênero, 52,2% (n= 929) eram masculinos. No tocante à avaliação nutricional, cerca de 6% das crianças encontram-se com déficit de estatura (baixa estatura + muito baixa estatura). No que se refere aos índices de P/I, nota-se 4% de peso elevado e no P/E observa-se 7,5% de excesso de peso (sobrepeso + obesidade). A magreza foi encontrada em 2,5% das crianças. Quanto a análise do IMC/I, 8,6% apresentavam excesso de peso (sobrepeso + obesidade), sendo que aproximadamente 24% das crianças foram classificadas em risco de sobrepeso. Apesar das variações percentuais entre os gêneros e a idade, não houve diferenças estatisticamente significantes. Conclusões: O mapeamento sistemático do estado nutricional, especialmente na faixa etária de 0 a 3 anos (que ainda é pouco conhecida) é extremamente importante, visando a importância de investir na primeira infância do ponto de vista do atingimento do potencial pleno do desenvolvimento do indivíduo.

Aprovado Para: PÔSTER ELETRÔNICO

Título do Trabalho: ÍNDICES ANTROPOMETRICOS DE CRIANÇAS DE 0 A 3 ANOS ASSISTIDAS EM CRECHES PUBLICAS DO MUNICIPIO DE POÇOS DE CALDAS, MG

Autores: FLÁVIA MARIA DE CAMPOS VIVALDI (SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE POÇOS DE CALDAS - MINAS GERAIS, MG); ANDREA RITA GIANNELLI FONTANA

(SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE POÇOS DE CALDAS - MINAS GERAIS, MG); DANIEL SIMÃO INGROCCI (SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE POÇOS DE

CALDAS - MINAS GERAIS, MG); BRUNA ALMEIDA LACERDA (DANONE NUTRICIA BRASIL, SÃO PAULO - SP); CAMILA LEONEL MENDES DE ABREU (DANONE NUTRICIA BRASIL,

SÃO PAULO - SP); KARINA VIERA DE BARROS (DANONE NUTRICIA BRASIL, SÃO PAULO - SP)

Data Apresentação: 10/10/2019

Horário Apresentação: 09:00 às 18:00

Local: Sessão de Pósteres Eletrônicos

Código: PE-1507

Page 6: Desdobramento Material Booklet...Disquesia do lactente (antes de 9 meses) foi caracterizada em 4,0% (157/3895) dos lactentes, entretanto, outros 218 (6%) apresentaram esforço ou choro

Introdução: Crianças são um importante grupo de atenção para inadequações alimentares e a análise de consumo é uma ferramenta útil na avaliação da qualidade da dieta. Objetivo: Avaliar a ingestão de energia por crianças em creches públicas em quatro cidades brasileiras. Métodos: Estudo transversal e multicêntrico, no qual foi estudada a ingestão diária de energia fornecida por refeições de 4 creches públicas, em período integral, para 194 crianças de 1 a 3 anos, sendo 58 em Santo André-SP, 50 em Uberaba-MG, 50 em Porto Alegre-RS e 36 em Natal-RN. Inquéritos dietéticos para obtenção da estimativa de ingestão de energia foram feitos através do método de pesagem em dois dias não consecutivos. Os cálculos foram realizados pelo software NutiWin. A adequação porcentual foi calculada considerando que creches públicas devem fornecer 70% (630-700 Kcal/dia) da recomendação de 900-1.000 Kcal/dia (Academia Americana de Pediatria, 2006). Resultados: A ingestão de energia (Kcal) fornecida pelas refeições na maioria das creches apresentou-se menor do que a média recomendada (630-700kcal), sendo: Natal-RN (Mediana=341,2; P25=223,5/P75=431,6); Uberaba-MG (Mediana=543,7; P25=464,8/P75=616,4) e Santo André-SP (Mediana=609,3; P25=528,6/P75=720,0). Em Porto Alegre-RS (Mediana=802,7; P25=665,0/P75=935,4) a ingestão de energia foi significantemente maior quando comparada aos demais centros. Conclusão: O fornecimento de energia pela alimentação oferecida nas creches apresentou expressiva variação nas quatro cidades estudadas. As creches de Santo André-SP e Porto Alegre-RS ficaram mais próximas das recomendações.

Aprovado Para: PÔSTER ELETRÔNICO

Título do Trabalho: INGESTÃO DIÁRIA DE ENERGIA NAS REFEIÇOES DE CRECHES PÚBLICAS EM QUATRO CIDADES BRASILEIRAS

Autores: HÉLCIO SOUSA MARANHÃO (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE – NATAL, RN); MAURO BATISTA DE MORAIS (ESCOLA PAULISTA DE

MEDICINA-UNIFESP I SÃO PAULO – SP); KARINA VIEIRA DE BARROS (DANONE NUTRICIA BRASIL, SÃO PAULO – SP); MARISA LARANJEIRA (FACULDADE DE MEDICINA DO

ABC – SÃO PAULO, SP); VIRGINIA RESENDE SILVA WEFFORT (UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO - UBERABA, MG)

Data Apresentação: 11/10/2019

Horário Apresentação: 09:00 às 18:00

Local: Sessão de Pósteres Eletrônicos

Código: PE-2413

Page 7: Desdobramento Material Booklet...Disquesia do lactente (antes de 9 meses) foi caracterizada em 4,0% (157/3895) dos lactentes, entretanto, outros 218 (6%) apresentaram esforço ou choro

Introdução: Crianças são um importante grupo de atenção para (in)adequações alimentares e a análise de consumo é uma ferramenta útil na avaliação da qualidade da dieta. Objetivo: Avaliar a adequação da ingestão diária de micronutrientes (ferro, zinco, cálcio, vitamina A e vitamina D) de refeições fornecidas em creches públicas em quatro cidades brasileiras de diferentes regiões. Métodos: Inquéritos dietéticos foram obtidos através do método de pesagem de refeições fornecidas por 4 creches públicas, para 194 crianças de 1 a 3 anos de idade em período integral, em cada cidade: Santo André-SP (58), Uberaba-MG (50), Porto Alegre-RS (50) e Natal-RN (36). A adequação porcentual foi calculada considerando que creches públicas devem fornecer 70% das recomendações diárias: ferro (2,1mg), zinco (1,75mg), cálcio (350 mg), vitamina A (147 µg) e vitamina D (7,0µg). Resultados: Na avaliação do consumo, a prevalência de adequação da ingestão de micronutrientes variou de 83% a 268% para o ferro; 22,5% a 150% para zinco; 88% a 293% para cálcio; 102,5% a 169% para vitamina A e 2,8% a 14,2% para vitamina D. As adequações percentuais variaram segundo as cidades sendo que as creches de Santo André-SP e Porto Alegre-RS ficaram mais próximas das recomendações. Nota-se que a vitamina D foi o micronutriente que apresentou as menores adequações. Conclusão: A institucionalização parece exercer um efeito protetor sobre as crianças no que se refere à melhor adequação nutricional. Porém, a análise do consumo alimentar total dessas crianças, considerando escola e domicílio, deve ser considerada para uma visão mais ampla da qualidade e da quantidade da dieta dessas crianças

Aprovado Para: PÔSTER ELETRÔNICO

Título do Trabalho: ADEQUAÇÃO DA INGESTÃO DE MICRONUTRIENTES EM CRECHES PÚBLICAS DE QUATRO CIDADES BRASILEIRAS

Autores: VIRGINIA RESENDE SILVA WEFFORT (UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO - UBERABA, MG ); HÉLCIO SOUSA MARANHÃO (UNIVERSIDADE FEDERAL

DO RIO GRANDE DO NORT E – NATAL, RN); MAURO BATISTA DE MORAIS (ESCOLA PAULISTA DE MEDICINA-UNIFESP I SÃO PAULO – SP); MARISA LARANJEIRA (FACULDADE

DE MEDICINA DO ABC – SÃO PAULO, SP); KARINA VIEIRA DE BARROS (DANONE NUTRICIA BRASIL, SÃO PAULO – SP)

Data Apresentação: 11/10/2019

Horário Apresentação: 09:00 às 18:00

Local: Sessão de Pósteres Eletrônicos

Código: PE-2414

Page 8: Desdobramento Material Booklet...Disquesia do lactente (antes de 9 meses) foi caracterizada em 4,0% (157/3895) dos lactentes, entretanto, outros 218 (6%) apresentaram esforço ou choro

Introdução: A composição dos ácidos graxos (AGs) dos eritrócitos interfere na programação metabólica, reflete a ingestão de gorduras da dieta e é considerada um biomarcador do status de AGs de todas as membranas celulares. No Brasil, não encontramos estudos que caracterizem a composição de AGs em pré-escolares.Objetivo: Determinar a composição de AGs dos fosfolipídios dos eritrócitos, em crianças de 1 a 3 anos de idade. Métodos: Estudo transversal multicêntrico que avaliou 149 crianças (1-3 anos) de creches públicas de Santo André-SP (50), Uberaba-MG (39), Porto Alegre-RS (19) e Natal-RN (41). Os AGs foram mensurados por cromatografia a gás. Resultados: Não houve diferença na composição dos AGs entre meninos e meninas. Entretanto destacam-se as baixas porcentagens de AGs poli-insaturados identificadas quando comparados a literatura, em todas as regiões (SP: 3.05 ± 0.15; MG: 3.61 ± 0.15; RS: 3.04 ± 0.29; RN: 3.11 ± 0.01). Santo André-SP e Uberaba-MG apresentaram maiores porcentagens de ácido linolênico Ômega-3 (p<0.05), quando comparadas aos outros centros (SP:0,36 ± 0.01; MG: 0.37 ± 0.12; RN: 0.27 ± 0.11 e RS: 0.27 ± 0.02). Por outro lado, maiores incorporações de gordura saturada foram encontradas em Porto Alegre-RS e Santo Andre-SP (p<0.05), quando comparados a Uberaba-MG e Natal-RN (RS:14.70 ± 0,903; SP: 13,1 ± 1,07; MG: 7.58 ± 0,30 e RN: 9.26 ±0,65). O ácido araquidônico (ARA) variou entre 1,68 a 4,23 %, enquanto que o ácido docosaexaenoico (DHA) oscilou entre 0.06 a 0.37%. A relação Poli:Sat de todos os centros estava diminuída (0.35 ± 0.01), enquanto que a relação Mufa:Sat (0.55 ± 0.01) aumentada. Conclusão: Baixas incorporações de AGs poli-insaturados, principalmente do DHA e ARA, e um desequilíbrio entre as razões AGs Poli:sat e mono:sat foram detectadas nos fosfolipídios dos eritrócitos. Esses achados chamam atenção para possíveis repercussões no crescimento e desenvolvimento infantil.

Aprovado Para: PÔSTER ELETRÔNICO

Título do Trabalho: PERFIL DE ÁCIDOS GRAXOS DOS ERITRÓCITOS DE CRIANÇAS DE 1 A 3 ANOS DE IDADE DE CRECHES PÚBLICAS EM QUATRO CENTROS BRASILEIROS

Autores: VIRGINIA RESENDE SILVA WEFFORT (UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO - UBERABA, MG); KARINA VIEIRA DE BARROS (DANONE NUTRICIA BRASIL,

SÃO PAULO – SP); MAURO BATISTA DE MORAIS (ESCOLA PAULISTA DE MEDICINA-UNIFESP I SÃO PAULO – SP); MARISA LARANJEIRA (FACULDADE DE MEDICINA DO ABC

– SÃO PAULO, SP); HÉLCIO SOUSA MARANHÃO (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE – NATAL, RN)

Data Apresentação: 11/10/2019

Horário Apresentação: 09:00 às 18:00

Local: Sessão de Pósteres Eletrônicos

Código: PE-2415

Page 9: Desdobramento Material Booklet...Disquesia do lactente (antes de 9 meses) foi caracterizada em 4,0% (157/3895) dos lactentes, entretanto, outros 218 (6%) apresentaram esforço ou choro

Introdução: A colonização intestinal ocorre predominantemente nos primeiros anos de vida. Acredita-se que aos três anos de idade o perfil da microbiota está estabelecido por toda a vida. Objetivo: Identificar a microbiota intestinal em crianças brasileiras com idade entre 1 e 3 anos em creches de diferentes regiões do Brasil. Métodos: Estudo transversal observacional e multicêntrico no qual foram incluídas crianças com idade entre 1 e3 anos em creches públicas da cidade de Natal-RN (31), Porto Alegre-RS (16), Santo André-SP (35) e Uberaba-MG (17). Amostras de fezes foram processadas usando kit QIAGEN para fezes conforme as instruções do fabricante. Parcela do gene rRNA 16S (região V3-V4) foi sequenciado para análise da composição da microbiota. Resultados: A riqueza de espécies foi avaliada pelo índice de Chao1 mostrou maiores valores nas crianças de Uberaba-MG (380±84) em relação às crianças de Natal-RN (316±64; p=0,034) e Porto Alegre-RS (316±64; p=0,034) mas não em relação às de Santo André-SP (345,6±84,4; p=0,43). O índice de diversidade de Shannon mostrou maior (p<0,05) diversidade em Uberaba-MG (Mediana=4.96; percentil 25 e 75: 4.75; 5.27) em relação a Natal-RN (Mediana=4.42; P25 e 75: 3.76;4.75). Observou-se predominância relativa dos filos Firmicutes e Bacteriodetes na composição da microbiota nas quatro localidades. Interessante assinalar que a abundância relativa do Filo Actinobacteria em todas as localidades foi baixa se comparada com crianças da mesma faixa etária de outras regiões geográficas do mundo. Conclusão: Este é o primeiro estudo no país que descreve a microbiota de crianças brasileiras entre 1 e 3 anos de vida. Embora a diversidade tenha sido diferente, especialmente em Uberaba, o perfil taxonômico foi similar nas crianças das quatro cidades. A abundância relativa de Actinobacterias foi baixa se comparada com a observada em crianças de outras regiões. Estes dados sugerem a influência de fatores alimentares e ambientais que deverão ser estudados no futuro.

Aprovado Para: PÔSTER ELETRÔNICO

Título do Trabalho: MICROBIOTA INTESTINAL DE CRIANÇAS DE 1 A 3 ANOS DE IDADE DE CRECHES PÚBLICAS EM QUATRO CENTROS BRASILEIROS

Autores: MAURO BATISTA DE MORAIS (ESCOLA PAULISTA DE MEDICINA-UNIFESP I SÃO PAULO – SP); CHARMAINE CHEW (DANONE NUTRICIA RESEARCH I UTRECHT,

HOLANDA - NED); VIRGINIA RESENDE SILVA WEFFORT (UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO - UBERABA, MG ); HÉLCIO SOUSA MARANHÃO (UNIVERSIDADE

FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE – NATAL, RN); MARISA LARANJEIRA (FACULDADE DE MEDICINA DO ABC – SÃO PAULO, SP ); KARINA VIEIRA DE BARROS (DANONE

NUTRICIA BRASIL, SÃO PAULO – SP); GUUS ROESELERS (DANONE NUTRICIA RESEARCH I UTRECHT, HOLANDA - NED); JAN KNOL (DANONE NUTRICIA RESEARCH I

UTRECHT, HOLANDA - NED)

Data Apresentação: 11/10/2019

Horário Apresentação: 09:00 às 18:00

Local: Sessão de Pósteres Eletrônicos

Código: PE-2416