¹ Aluno do curso de de pós-graduação da Universidade Nove de Julho- rflorencio12@gmail.com

DESEMPREGO X EMPREGABILIDADE E SEUS IMPACTOS NO MERCADO

DE TRABALHO DETECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

Autor: Rafael Florencio dos Santos¹

RESUMO

O tema proposto tem como principal área de estudos o setor de Recursos Humanos, com foco em itens relacionados ao mercado de trabalho, tais são: empregabilidade e desemprego. No sentido mais comum, „empregabilidade‟ tem sido compreendida como a capacidade de o indivíduo manter-se ou reinserir-se no mercado de trabalho, já o termo desemprego alude à falta de trabalho. Dentro desta breve definição para o termo empregabilidade e desemprego, o intuito desta pesquisa é relacionar ambos os itens para indicar a influencia que um possui sobre o outro e qual o impacto que trazem para o mercado de trabalho sobre a ótica desemprego/empregabilidade e empregabilidade/desemprego.A ênfase da pesquisa seria sobre o segmento de Tecnologia da Informação e Telecomunicação, segmentos que estão entre os principais afetados por estes temas e sua relação e sofrem e poderão sofrer impactos consideráveis estritamente ligados ao tema abordado por este trabalho.

Palavras Chaves: Mercado de Trabalho. Empregabilidade. Desemprego. Tecnologia da Informação

ABSTRACT

The proposed theme's main area of study the Human Resources department, focusing on items related to the labor market, such are: employment and unemployment. In the most common sense, 'employability' has been understood as the ability of the individual to remain or re-enter in the labor market, since the term unemployment refers to the lack of work. Within this definition for the term employability and unemployment, the aim of this research is to relate both items to indicate the influence that one has over the other and what impact they bring to the labor market on the optical unemployment / employment and employment / unemployment. The research emphasis would be on the segment of Information Technology and Telecommunication, between segments that are affected by these issues and their main relationship and suffer and will suffer considerable impacts strictly related to the topic covered by this work.

Key Words: Labor Market. Employability. Unemployment. Information Technology

1 - INTRODUÇÃO

A grande questão que rodeia esta pesquisa seria o nível de maturidade que o

mercado de trabalho brasileiro demonstra entre a relação desemprego e

empregabilidade, dada o atual cenário do mercado de trabalho brasileiro seria

plausível dizer que há a compreensão desta relação tanto por parte de quem

busca um emprego tanto da parte de quem busca um empregado. Tal

afirmação pode ser apoiada na crescente procura por qualificação profissional

de pessoas com o desejo de ingressar no mercado de trabalho ou de melhorar

a sua capacidade de conseguir melhores empregos e por outro lado há cada

vez mais empresas investindo na qualificação de seus profissionais ou futuros

profissionais.

Porém é complicado medir a maturidade que há sobre esse tema no mercado de trabalho brasileiro, é provável que a maturidade atual seja superficial e não englobe com detalhes a real conexão existente entre os itens que compõe o tema, podemos nos basear em estudos referente a qualidade da mão de obra brasileira, tais pesquisas mostram que a mão de obra brasileira não é qualificada o suficiente e nos próximos anos sofreremos muito pela falta de profissionais qualificados no mercado de trabalho.

O contexto atual é alarmante, porém há indícios de uma pequena melhora na maturidade em relação ao tema, porém não o suficiente para dizer que não haverá consequências ruins em um futuro próximo.

O tema proposto tem como principal área de estudos o setor de Recursos Humanos no seguimento de Tecnologia da Informação e Telecomunicações, com ênfase em temas ligados ao mercado de trabalho e mercado de Recursos humanos, tais são: empregabilidade e desemprego.

O conceito de „empregabilidade‟ surgiu como instrumento de relativização da crise do emprego, surgiu como justificativa para o desemprego em massa, atribuindo à má qualificação dos trabalhadores a culpa por estes não atenderem às novas exigências do mercado de trabalho. Nesse cenário, torna-se importante entender como o conceito de „empregabilidade‟ passou a se relacionar diretamente com as atividades de qualificação profissional e de valorização da educação.

Já o termo desemprego alude à falta de trabalho. Um desempregado é um indivíduo que faz parte da população ativa (que se encontra em idade de trabalhar) e que anda à procura de emprego embora sem sucesso. Esta situação traduz-se na impossibilidade de trabalhar e, isto, contra a vontade da pessoa.

Dentro deste cenário o objetivo desta pesquisa é relacionar os temas apresentados sobre a ótica empregado/empregador e quais efeitos os temas trazem a essa relação, seja positivos, neutros ou negativos.

Sustentado na influencia e relação que um item possui sobre o outro e os impactos positivos e negativos que esta relação trás, este instrumento de pesquisa visa paralelamente entender e medir o nível de maturidade que há

sobre o tema no cenário atual do mercado de trabalho brasileiro, visando avaliar de maneira sucinta quais impactos poderiam ser evitados, melhorados ou criados caso essa maturidade atingisse níveis considerados satisfatórios ou insatisfatórios.

Em suma, há a necessidade de descrever, examinar, demonstrar e avaliar como a maturidade do mercado de trabalho brasileiro, seja ele empregado ou empregador, impacta diretamente no tema proposto.

O emprego é um direito institucional e todos cidadãos tem direito a um trabalho, porém quando vemos a taxa de desemprego em nosso país, temos consciência que nem todo cidadão possui um emprego. Podemos afirmar que já tivemos uma taxa de desemprego muito maior do que a de hoje, porém esta longe da ideal para uma das maiores economias do mundo e para quem busca tornar-se um país de primeiro mundo.

Não é novidade para ninguém que uma boa educação é o principal pilar que sustenta um país, e a educação esta interligada com desenvolvimento do individuo, seja desenvolvimento pessoal ou profissional.

Emprego e educação são temas considerados altamente relevantes para praticamente todas as pessoas, e a pesquisa proposta relaciona exatamente estes dois itens trazendo a tona o termo empregabilidade e visa através dos objetivos citados anteriormente mostrar a real importância que o termo exerce na relação desemprego, emprego e mercado de trabalho e busca trazer a tona o nível de maturidade e de importância que o mercado de trabalho dá a este tema e de que forma e quais impactos são desencadeados por o atual nível de maturidade que há nesta relação.

Este estudo se faz necessário pela pouca visibilidade e discutição que há sobre o tema, e pela essencial importância que exerce direta e indiretamente no dia a dia de todos os cidadãos brasileiros. Apoiada em pesquisas sólidas e indiscutíveis o estudo sintetiza de maneira lógica, clara e objetiva uma solução para o problema proposto.

2 - MERCADO DE TRABALHO E TECNOLOGIA

Não há consenso entre os autores sobre uma uniformidade na definição de mercado de trabalho. Toledo e Milione(1983) afirmam que o mercado de trabalho, “refere-se às oportunidades qualitativas e quantitativas de emprego em determinada região”. Chiavenato(1999) o define como “ o conjunto das ofertas de trabalho oferecidas pelas empresas, em certa época e em determinado lugar”. Para esses autores citados como exemplos, mercado de trabalho restringe-se às ofertas (vagas) pelas empresas e à procura de trabalho, estabelecendo uma relação de procura e oferta. São de certa forma restritos a esta relação, Lodi(1998) possui uma definição mais ampla e completa: “O mercado de trabalho pode ser definido como a área onde os diversos grupos ocupacionais encontram salários relativamente uniformes”.

Baseado na definição dos autores o mercado de trabalho é constituído da procura de mão-de-obra pelas empresas e oferta de trabalho pelos indivíduos.

O desenvolvimento de novas tecnologias da informação trouxeram profundas mudanças no processo produtivo e no mercado de trabalho. O modelo fordista e de administração cientifica, caracterizado pela produção em série, rígida hierarquia e gestão engessada vem sendo substituído, principalmente nas últimas décadas, por um modelo de empresa mais flexível, automatizada e que tem como base principal a tecnologia da informação, o tema gestão de TI e tecnologia da informação alinhada a estratégia nunca foram tão discutidos como na atualidade e considerados de suma importância pelas organizações e pessoas interessados nelas (Steakholders).

Esse processo de mudança tecnológica encontra-se em curso principalmente nos países desenvolvidos, mas já vem trazendo diversas consequências ao mercado de trabalho de países emergentes e subdesenvolvidos e inclusive no Brasil, LASTRES E CASSIOLATO (1999, p. 39) observa que nos últimos 15 anos a economia mundial tornou-se mais integrada devido a fatores como a globalização financeira e a revolução tecnológica. A autora ainda comenta que os países em desenvolvimento vêm buscando uma maior integração com a economia mundial

As novas tecnologias exigem treinamento e dependem de poucos funcionários, diferente do cenário anterior à implantação dessas novas tecnologias. Além da redução de postos de trabalho, essa mudança trás profundas transformações tanto nos indivíduos como nas organizações, trazendo avanço a sociedade através da inovação e transformação de processos e produtos, porém de certa forma este avanço contribui para o aumento do desemprego e apesar do grande número de benefícios que surgiram com as novas tecnologias, é importante também observar as suas consequências negativas, que podem ser psicológica, econômica ou social.

Segundo ALMEIDA (1998), no nível social percebem-se como consequências do desenvolvimento tecnológico: “a modificação na economia,

podendo surgir ou desaparecer setores inteiros; mudanças em atributos tipicamente urbanos, tais como a poluição ou os congestionamentos; todas as sociedades passam, a saber, o que se passa ao redor do mundo, sendo afetadas e afetando as demais em um processo de globalização; a divisão internacional do trabalho sofre alterações, mudando os produtos e serviços oferecidos e a influência exercida pelos diferentes países; os meios de comunicação de massa possibilitam a influência ou mesmo manipulação de sociedades inteiras; os grupos sociais deixam de restringir-se à vizinhança; os contatos humanos passam a ser crescentemente intermediados por máquinas; e a arquitetura passa por mudanças, para adaptar-se aos novos estilos de vida”.

Devido ao impacto que a tecnologia trouxe diversos postos de trabalho foram extintos, porém com a capacidade de adaptação do ser humano e a crescente necessidade de mão-de-obra especializada para atuar com as novas tecnologias, profissões surgiram para tomar o lugar das profissões que foram extintas pela tecnologia. Marcelo Moura colunista do periódico Época cita:

“A substituição do trabalho humano por ferramentas fez a humanidade evoluir desde a Idade da Pedra. Vista de perto, porém, a evolução técnica não ocorre de maneira harmônica e sincronizada. Vem acompanhada de crises, num ciclo que o economista austríaco Joseph Schumpeter (1883-1950) batizou como “destruição criadora”. “A estrutura econômica é incessantemente transformada de dentro para fora, incessantemente destruindo a anterior e incessantemente criando outra nova”, afirma no livro Capitalismo, socialismo e democracia. “Esse processo de destruição criadora é o elemento essencial do capitalismo.” (Disponível em: <http://epoca.globo.com/vida/vida-util/carreira/noticia/2014/03/bprofissoesb-condenadas-desaparecer-e-que-resistirao-novas-tecnologias.html>. Acesso em 04/10/2014)

Uma grande quantidade de novos profissionais foi necessária e tornou-se essencial para que a nova tecnologia pudesse ter sucesso e ser usufruída com eficiência e principalmente com segurança. Por este motivo, o desemprego advindo desse processo tecnológico foi minimizado com a substituição de profissionais limitados e inflexíveis por profissionais que trabalhavam com os cérebros e utilizam estas novas tecnologias a seu favor, aumentando sua produtividade e diminuindo seu esforço. Desta forma, são mais bem pagos e menos sacrificados e com isso conseguiram uma melhor qualidade de vida, tudo graças a inovação e transformação de suas formas de trabalho.

Mattoso(2000) explana sobre o tema tecnologia e desemprego, afirmando que: “Esse resultado não precisa necessariamente ser mais desemprego. Pode ser mais emprego, consumo, tempo livre...” (MATTOSO, 2000, p. 117) Nessa mesma linha de pensamento, Mattoso (2000) observa: “A inovação tecnológica assumiria uma dupla dimensão: por um lado, poderia favorecer o emprego em períodos de expansão do ciclo econômico e, por outro, poderia ser um fator de agravamento durante as depressões, quando emergiria o desemprego tecnológico, como parte do desemprego cíclico” (MATTOSO, 2000, p. 116).

O constante avanço da tecnologia em diversas áreas do conhecimento humano e setores e segmentos organizacionais, proporcionou a criação de um grande número de novas profissões que há apenas alguns anos atrás seriam absurdas e inimagináveis, fato confirmado por Augusto et al (2008, p. 57) no seguinte trecho: “No que diz respeito às relações de trabalho, pôde-se concluir que as inovações tecnológicas otimizam o funcionamento dos processos e da infraestrutura da organização, bem como criam novas oportunidades de emprego”.

A globalização e a tecnologia deixa uma impressão de negatividade perante várias pessoas, pois há potencialidades positivas e negativas. A positiva podemos citar os avanços tecnológicos como geradores de bem estar e conforto, e a negativa citamos o desemprego, pois eliminam postos de trabalho e distanciam o trabalhador do entendimento do processo como um todo” (AUGUSTO et al, 2008, p.57). Tal desemprego pode estar relacionado principalmente a desqualificação profissional.

Estabelecemos então neste primeiro capitulo uma correlação entre o novo contexto Econômico Mundial impactadas pelo avanço tecnológico, o nível de Desemprego, e a estrutura de educação e a formação profissional existente.

2.1 - OFERTA DE RECURSOS HUMANOS

Para entendermos mais sobre a oferta de recursos humanos, precisamos entender sua definição. TOLEDO (1986), define Recursos Humanos como: "o ramo de especialização da ciência da Administração que desenvolve todas as ações que têm como objetivo a integração do trabalhador no contexto da organização e o aumento de sua produtividade" e para Milkovich (2000, p.19) a administração de recursos humanos é “uma série de decisões integradas que formam as relações de trabalho; sua qualidade influencia diretamente a capacidade da organização e de seus empregados em atingir seus objetivos.” Entendo o que é Recursos Humanos podemos entender sobre sua oferta, e qual impacto causa principalmente para as organizações:

Em tempos de pleno emprego, a disputa pela mão-de-obra é mais acirrada pelas organizações e, com isso, o recrutamento é mais difícil e o seu custo é maior. Em tempos de recessão, crises ou depressão, a oferta de mão-de-obra, por ser mais abundante, facilita o trabalho de recrutamento e seleção, tornando o seu custo menor.(Brasil de Jezuz, Thayná at al, 2010, Disponível em < http:// www.fatea.br/seer/index.php/raf/article/viewFile/1032/809>. Acesso em 04/10/2014 às 18:29 )

De acordo com Lodi(1998), “quando uma determinada fonte de pessoal se mostrar boa, o recrutador deve cultivá-la, mesmo quando as requisições de pessoal estiverem baixas ou inexistentes”. Em relação ao tema recrutamento, o autor Marras (2007) define que o recrutamento é: “uma atividade de responsabilidade da administração de recursos humanos que tem por finalidade a captação de pessoas interna ou externamente à organização com objetivo de suprir as necessidades de pessoas na empresa”, cabe ao

recrutador entender e saber em quais fontes buscar os recursos humanos aderentes a oferta de vagas que a organização possui.

2.2 - O MERCADO DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

O mercado de tecnologia da informação está em franca expansão desde 2013 , deve continuar assim este ano e em 2015. De acordo com a consultoria IDC(2013):

as áreas que mais devem contratar são as ocupações ligadas a programas, chamados de softwares, a serviços e a aparelhos e equipamentos, conhecidos como hardwares. (Disponível em:< http://g1.globo.com/jornal-hoje/noticia/2014/02/crescimento-de-vagas-em-tecnologia-da-informacao-gera-oportunidades.html> Acesso em 04/10/2014 às 19:07)

Não há como falar do mercado de tecnologia da informação e não citar Outsourcing, utilizado por muitas organizações como solução para sua área de TI é claro que em organizações que não tenha a área como seu negócio principal. Hoje é comum ouvirmos o termo em diversas empresas, que trás uma redução de custos e de “dor de cabeça”, Natassia Araújo consultora de RH na Randstad Technologies comenta sobre o tema dizendo que:

Para falar de outsourcing de Recursos Humanos e recrutamento de profissionais de Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC) é preciso entender qual a posição do nosso País atualmente neste setor. O mercado brasileiro de TI e telecomunicações, considerando a comercialização de equipamentos, programas e serviços, tem uma estimativa de crescimento de 9,2% para este ano. O Brasil deverá atingir a posição como o quarto maior mercado de TIC do mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, China e Japão. (Disponível em:< http://computerworld.com.br/blog/opiniao/2014/04/11/faltara-mao-de-obra-no-setor-de-outsourcing-de-ti-no-brasil/>. Acesso em 01/10/2014 às 19:23)

Os dados são baseados em pesquisas realizadas pela Randstad Technologies, que ainda afirma que em 2013, o mercado brasileiro teve alta de 9,5%, patamar superior ao dobro da média global, que ficou em 4%. Com esta estimativa, a taxa de expansão do Brasil deve ficar, em 2014, acima do previsto para a América Latina (8,2%) e o restante do mundo (4%).

Ainda segundo a pesquisa, o crescimento do setor no Brasil, trazendo o País para a quarta posição no ranking, deve-se ao investimento e à abertura para a computação em nuvem, big data, redes sociais, dispositivos e aplicativos móveis, subindo o nível de exigência de como os softwares e serviços estão sendo entregues no mercado, estimando-se um investimento de US$175 bilhões (cerca de R$ 422 bi) no setor.

Para 2014, Natassia Araújo afirma que:

teremos aproximadamente 78 mil novas vagas de TI, porém, só no ano de 2013 cerca de 50 mil vagas não foram preenchidas. Por ano, 33 mil profissionais se formam no setor, mas a demanda é tão grande que existe um déficit de profissionais no mercado, e esse número irá

aumentar. Até 2015, teremos cerca de 120 mil novas vagas abertas, para as quais os empregadores não conseguirão encontrar profissionais qualificados para preenchê-las. (Disponível em:< http://computerworld.com.br/blog/opiniao/2014/04/11/faltara-mao-de-obra-no-setor-de-outsourcing-de-ti-no-brasil/>. Acesso em 01/10/2014 às 19:23)

Podemos notar o grande crescimento do setor, porém o problema

relacionado a qualificação dos profissionais trás impactos negativos ao setor,

para Ferreira (2006, p. 20), o trabalhador: “... não percebe o condicionamento

ao qual está sendo submetido, assumindo as consequências da tecnologia, no

instante em que ele toma para si a necessidade de estar sempre atualizado

para não ser descartado da estrutura, e para ser competitivo tem-se de

conhecer cada vez mais, e desta maneira maioria das vezes não discute a

velocidade com que avança a tecnologia, e sim apenas procurando adequar-se

a essa realidade.” Dessa forma talvez haja tanto comodismo por parte das

organizações pela falta de incentivo a qualificação, tanto do indivíduo pela falta

de pro-atividade.

3 - DESEMPREGO

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) define desemprego como:

1. pessoas que não estão trabalhando;

2. pessoas que estão disponíveis para trabalhar;

3. pessoas que tomam alguma providência para conseguir trabalho nos trinta dias anteriores à semana em que responderam à pesquisa.

O termo desemprego alude à falta de trabalho, “des” significa negação, falta de, logo desemprego significa falta de emprego. Para o DIEESE um desempregado é um indivíduo que faz parte da população ativa (que se encontra em idade de trabalhar) e que anda à procura de emprego embora sem sucesso. Souza (2003) destaca o desemprego como um dos fatores principais da exclusão social.

Para poder entender a questão do desemprego – e do emprego é importante associar a dois processos macroeconômicos: a estabilização monetária. E também na compreensão do desemprego causado pelas crises conjunturais do desemprego causado pela globalização Krieger, Moises (2012) apud (SINGER, SLAM; CAMARGO, POCHAMANN, 1996). Contudo na temática do desemprego Singer (2000) observa que os fenômenos denominados globalização e revolução industrial – a atual reestruturação produtiva – têm causado efeitos fortes e difusos acentuando o desemprego e o subemprego provocando o agravamento da exclusão social. Mencionando de forma teórica o desemprego causado pela globalização, com Singer (2000) é observado que esse tipo de desemprego “é semelhante em seus efeitos ao desemprego

tecnológico: ele aumenta necessariamente o número total de pessoas sem trabalho, mas contribui” ( Economia Solidária, Moises Krieger, 2012. Disponível em: < https://pt.scribd.com/doc/59061474/Monografia-211106>. Acesso em: 04/10/2014 às 21:08.)

O desemprego, obviamente são causados por motivos diferentes, uma das formas seria o chamado Desemprego Friccicional (ou desemprego natural), o qual consiste em indivíduos desempregados, temporariamente, ou porque estão mudando de emprego, ou porque foram demitidos, ou porque ainda estão procurando emprego pela primeira vez. Recebe esta nomenclatura porque o mercado de trabalho, segundo os autores, opera com atrito, não combinando trabalhadores e postos disponíveis de trabalho, sendo que sua duração vai depender dos benefícios dados aos desempregados, como o seguro desemprego.

Já o Desemprego Estrutural é consequência das mudanças estruturais na economia, tais como mudanças nas tecnologias de produção ou nos padrões de demanda dos consumidores (uma vez que a mudança de gostos pode tornar obsoletas certas profissões). No tocante às mudanças tecnológicas, basta pensarmos como exemplo uma montadora de veículos que, ao promover a automatização de sua produção, dispensa inúmeros trabalhadores agora desnecessários diante a capacidade de robôs. Com relação à mudança no padrão da demanda dos consumidores, isso se explicaria ao se pensar na antiga profissão do técnico em consertar máquinas de escrever - equipamento absolutamente obsoleto – o qual perderia sua função na era da informática sem uma reciclagem profissional.

Um terceiro tipo seria o chamado Desemprego Sazonal. Conforme apontam Passos e Nogami (2005), este tipo de desemprego ocorre em função da sazonalidade de determinados tipos de atividades econômicas, tais como agricultura e turismo, e que acabam causando variações na demanda de trabalho em diferentes épocas do ano. Trabalhadores rurais cortadores de cana-de-açúcar seriam um bom exemplo, os quais migram de uma determinada região (como do nordeste brasileiro) para outra (como a região sudeste) no período de safra, retornando na entressafra.

O quarto e último tipo seria o Desemprego Cíclico (involuntário ou conjuntural). Um dos mais temidos, e que tem assolado a Europa e os Estados Unidos nestas últimas crises econômicas, ocorre quando se tem uma recessão da economia, o que significa retração na produção. As empresas são obrigadas a dispensar seus funcionários para cortar despesas.

"O nível de desemprego que enfrentamos no Brasil não está diretamente relacionado com as novas tecnologias. Em nosso país, o desemprego está, acima de tudo, vinculado com a falta de crescimento econômico. No entanto, em alguns setores, a adoção de novas tecnologias reforça esse desemprego", afirma Waldir Quadros, professor do Instituto de Economia da Unicamp e pesquisador do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho (Cesit). "Em alguns países centrais, o desenvolvimento de novas tecnologias pode até gerar empregos. O Brasil, porém, não gera essas tecnologias, mas se apropria de inovações desenvolvidas por outros países. A

importação desses equipamentos contribui para criar novos empregos apenas nos países fornecedores", compara. (Quadros, Waldir. Disponível em: < http://www.comciencia.br/reportagens/socinfo/info10.htm>. Acesso em 04/10/2014 às 21:29)

3.1 – CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS DO DESEMPREGO

Para Reinert, José as causas do desemprego são muitas e, muitas vezes, o que é causa para uma determinada linha de pensamento, pode ser solução para outra.

“Dentre as causas mais citadas, pode-se enunciar: o desenvolvimento tecnológico, a globalização, a terceirização, a desindustrialização, o excesso de concentração a renda, os modernos métodos de gestão, de um modo geral, como a reengenharia e o downsizing, além de outras. As consequências, por sua vez, podem ser devastadoras, tanto do ponto de vista da pessoa do desempregado e de sua família quanto do ponto de vista social e político. A conta do desemprego, direta ou indiretamente, é paga por todos. É paga via aumento de impostos para cobrir despesas do tipo salário desemprego, despesas médico hospitalares, despesas com segurança e assim por diante”.

(Reinert, José. Desemprego: Causas, Consequências E Possíveis

Soluções, disponível em: < file:///C:/Users/Rafael/Downloads/Reinert_2001_Desemprego--causas,-consequenc_24765.pdf>. Acesso em 05/10 às 13:29.)

O desemprego esta relacionado ao aumento de problemas de saúde física e mental, a violência e os crimes também de um modo geral aumentam em cenários onde a taxa de desemprego aumenta. Este também pode causar ampla desorganização familiar e social, fato discutido por Faria & Rachid (2007, p. 91): “Essa nova realidade significou um impacto cada vez maior na esfera familiar e do trabalho, afetando a identidade e a vida, tanto das mulheres quanto dos homens, e propiciando um contexto favorável à emergência de conflitos entre trabalho e família...”. Também esta questão, Sennett (2000) questiona e exemplifica esta relação conflituosa entre trabalho e família: “Esse conflito entre família e trabalho impõe algumas questões sobre a própria experiência adulta. Como se podem buscar objetivos de longo prazo numa sociedade de curto prazo? Como se pode manter relações sociais duráveis? Como pode um ser humano desenvolver uma narrativa de identidade e história de vida numa sociedade composta de episódios e fragmentos? As condições da nova economia alimentam, ao contrário, a experiência com a deriva do tempo, de lugar em lugar, de emprego em emprego” (SENNET, 2000, p. 27)

4 - EMPREGABILIDADE

O verbo empregar, segundo o dicionário Aurélio (2014), pode significar o ato de dar emprego, dar colocação; ocupar-se; ser admitido a emprego, já o termo empregabilidade segundo Minarelli(1995), baseia-se numa recente nomenclatura dada à capacidade de adequação do profissional às novas necessidades e dinâmica dos novos mercados de trabalho, nos Estados Unido o termo equivalente é employability: a condição de dar emprego ao que se sabe; a habilidade de ter emprego.

Com as inovações tecnológicas, globalização, a queda das barreiras de comercio e as constantes mudanças que afetam as organizações e o ser humano, há uma necessidade de adaptação e atualização em relação a essas novas mudanças, como cita Sennett (2002, p. 09): “Pede-se aos trabalhadores que sejam ágeis, estejam abertos a mudanças em curto prazo, assumam riscos continuamente, dependam cada vez menos de leis e procedimentos formais.”

O termo empregabilidade foi criado por José Augusto Minarelli, no fim dos anos 90. Remete à capacidade de um profissional estar empregado, ou conseguir realocação, estando atendo as mudanças do mercado de trabalho e suas novas necessidades à fim de adaptar-se.

Itani (1997) explora ainda mais esta questão através deste trecho: “O trabalhador é submetido a novas exigências de qualificação e vê o conteúdo de seu trabalho modificando-se. Nesse movimento de mudança, de novas exigências para ocupar um posto com novos conteúdos, como o trabalhador se vê diante da questão profissional e como elabora as novas atividades de trabalho? (ITANI, 1997, p. 16). Minarelli(1995) estabelece, o que ele chama de seis pilares da empregabilidade, que garantem a segurança profissional do indivíduo:

Adequação da profissão à vocação; uma vez que para tornar-se um bom profissional e um ser humano realizado, o indivíduo deve conciliar a sua função com a capacidade e paixão pelo que faz.

Competência Profissional; este pilar compreende os conhecimentos adquiridos, as habilidades físicas e mentais, o jeito de atuar e a experiência; enfim a sua capacitação profissional desenvolvida pela sua formação escolar, pelos treinamentos, pelo autodidatismo e pela vivência cotidiana. Com ela você compete num mercado que exige atualização constante e rápida, onde as leis são duras e cruéis: empresa de primeira só contrata profissional de primeira.

Idoneidade; a idoneidade implica confiança de parte a parte e entre outros fatores, podem-se considerar:

Saúde física e mental; cuidar do equilíbrio, do desgaste exagerado, cuidar do corpo, pessoas saudáveis tem bons relacionamentos e interage de maneira favorável, evitar vícios como fumo, álcool e drogas. Manter sua autoestima e sua capacidade de realizar projetos.

Reserva financeira, fontes alternativas de aquisição; a perda do emprego significa a perda da entrada de receita. Para a atualização do profissional, para cuidar da saúde, encontrar tempo e espaço para fazer exercícios ou para promover lazer, tirar

férias, viajar, é necessário dinheiro. Um dinheiro que não esta mais entrando.

Relacionamentos; quem conhece pessoas, adquire informações importantes e relevantes, uma pessoa cuidadosa registra seus relacionamentos. Guarda e cuida deles, retorna as ligações, que podem ser oportunidades de trabalho. Em termos profissionais é muito importante ter uma networking, uma forma de se manter conectado a sua rede de relacionamentos. Mantenha contato com essas pessoas. (Minarelli, José Augusto, 2014. Disponível em: < http://books.google.com.br/books?id=c4rUAgAAQBAJ&dq=seis+pilares+da+empregabilidade&hl=pt-BR&source=gbs_navlinks_s>. Acesso em 05/10/2014 às 15:29)

Max Gehringer (2012) tem uma ótima definição para a importância da rede de relacionamentos, para ele um currículo cheio de cursos ou um passado com muita experiência leva alguém até a porta da empresa, networking é conhecer quem tem a chave que abre essa porta.

Para manter sua empregabilidade sempre em alta faça sempre um follow-up da sua rede de contatos.

5 - RELAÇÃO ENTRE DESEMPREGO E VAGAS ABERTAS

Há vagas aberta, porém há profissionais desempregados, qual será o conflito? Será que há os mesmos interesses?

Ary Gatto, Sócio-Diretor da Essence, discorre sobre o assunto dizendo que:

“Há hoje no mercado dois tipos de profissionais: os que procuram apenas recompensa financeira e rápida ascensão profissional, e os que procuram um trabalho desafiador dentro de uma empresa bem gerenciada, com valores e cultura que se enquadrem no perfil do profissional. Na área de TI, ganha o segundo grupo. As empresas procuram quem compartilhe os mesmo valores e cultura e que estão não apenas interessados nos benefícios financeiros. Uma versão humana da empresa é o sonho de qualquer diretor de recursos humanos.

A empresa almeja um profissional que siga carreira e que juntos possam crescer, pois já faz algum tempo que o mercado de TI enfrenta uma “Guerra de Talentos” e, portanto, para se proteger da perda destes talentos para concorrentes, trabalham cada vez mais em itens como incentivo, retenção, desenvolvimento, job rotation, qualidade de vida. De acordo com um longo estudo conduzido por um time da McKinsey &, Co, envolvendo 77 companhias e quase 6.000 gerentes e executivos, o mais importante recurso dentro de uma companhia nos próximos 20 anos serão os talentos”. (Vagas de TI em aberto x profissionais desempregados: há os mesmos interesses? Disponível em: < http://www.administradores.com.br/noticias/negocios/vagas-de-ti-em-aberto-x-profissionais-desempregados-ha-os-mesmos-interesses/29951/>. Acesso 05/10/2014 às 14:01)

Entretanto o mercado de recursos humanos disponível no segmento de Tecnologia da informação ainda é muito carente de qualificação, hoje um curso de graduação não é mais um diferencial e sim um pré-requisito, além do

conhecimento em outras línguas como inglês e espanhol, devido ao crescente processo de globalização é cada vez mais comum empresas internacionais terem operações dentro do Brasil, o que aumenta a procura por profissionais bilíngues e trilíngues. Ou seja, hoje a exigência do mercado não é apenas encontrar alguém que “saiba fazer” e sim que tenha bagagem teórica e técnica e saiba também o porquê de estar fazendo e ter uma visão ampla e ao mesmo tempo especialista.

Ary Gatto - Sócio-Diretor da Essence, encerra o tema resumindo que:

“a seleção e contratação de profissionais exigem grande esforço, atenção e, principalmente, garantias. O candidato deve estar preparado para responder as perguntas com objetividade, corresponder à expectativa da vaga que está concorrendo e justificar o que está descrito em seu histórico profissional e pessoal. Já a empresa deve acolher o discurso do candidato e, principalmente, se ausentar de preconceitos, sentimentos, de tendencionismos, agir com racionalidade no perfil da vaga x perfil do candidato. Talvez o descompasso de interesse seja um dos motivos de existirem vagas abertas com profissionais desempregados.” (Vagas de TI em aberto x profissionais desempregados: há os mesmos interesses? Disponível em: < http://www.administradores.com.br/noticias/negocios/vagas-de-ti-em-aberto-x-profissionais-desempregados-ha-os-mesmos-interesses/29951/>. Acesso 05/10/2014 às 14:01)

Hoje esta é a realidade do Mercado de Trabalho de TI, empresas buscam profissionais qualificados e aderentes a sua cultura, porém não há conflitos de interesses entre desempregado e vaga.

6 - MISSÃO, VISÃO E VALORES

O intuito deste tópico é definir os principais pontos e palavras-chave de uma organização, mostrando como em certos momentos ela pode ser comparada com uma única pessoa e as definições a ela atribuídos podem fazer todo o sentido para definições e atitudes a serem tomadas por uma pessoa em relação a construção de sua carreira profissional.

Quem nunca ouviu a expressão popular: “a empresa de um homem só”, neste capítulo esta expressão ganhará um significado diferente , além de trazer uma transparência maior entre a relação das boas práticas de uma organização e das boas práticas na construção de uma carreira profissional.

Independente de seu tamanho todas empresas compartilham entre si três itens que são a base da criação de qualquer empresa, mesmo que explicito ou implícito todas organizações possuem estes itens.

6.1 - MISSÃO

Para Chiavenato e Sapiro (2006) é a declaração do propósito e do alcance da organização em termos de produto e de mercado.

Ela se refere ao papel da organização dentro da sociedade em que está envolvida e significa sua razão de ser e de existir. É a razão de existência do

negócio, porque e para que ele existe, a missão deve ser transformada em objetivos de apoio detalhados que direcionam toda a empresa.

Devem ser evitadas as missões muito restritas ou muito amplas; devem ser realistas e específicas.

6.2 - VISÃO

Para Chiavenato e Sapiro (2006) a visão organizacional – ou visão do negócio e o sonho acalentado pela organização. Refere-se àquilo que a organização deseja ser no futuro.

É a explicação de porque, diariamente, todos se levantam e dedicam a maior parte de seus dias para o sucesso da organização onde trabalham, investem ou fazem negócios.

Quanto mais a visão de negócios está alinhada aos interesses dos stakeholders mais ela pode atender a seus propósitos, a visão de negócios deve ser sucinta, mas mantendo sua capacidade de fazer sonhar e incentivar o compromisso de todos os interessados.

6.3 - VALORES

São definidos como crenças primordiais para a tomada de decisão. Segundo Costa (2007) são princípios de orientação essenciais, intrínsecos e importantes para os componentes da organização.

Rodrigues et al (2009) acredita que os valores podem e devem ser entendidos como ideias a serem seguidas, sendo os lideres os principais agentes da prática dos valores, uma vez que esses princípios devem ser transformados em atitudes.

Para Oliveira (2005), os valores são o conjunto dos princípios e crenças que a organização carrega, fornecendo suporte para a tomada de decisões. Além de contemplarem uma grande interação com questões éticas e morais. Podendo se transformar em combustível para vantagem competitiva.

Segundo Costa (2007, p.38), os valores são "características, virtudes, qualidades da organização que podem ser objeto de avaliação, como se estivessem em uma escala, com gradação entre avaliações extremas".

Os três itens citados a cima mostram como são criadas empresas de sucesso, organizações que possuem missão, visão e valores bem desenhados e aderente a sua estratégia alcançam o sucesso com mais facilidade, possuem êxito onde outras pecam, e podemos adapta-los para nossa vida profissional, você possui missão, visão e valores? Estão alinhados a sua ?

CONCLUSÃO

Um dos principais problemas vividos nas sociedades é o desemprego, um emprego significa, para as pessoas, uma realização pessoal. Mas não são todos que conseguem essa conquista. Uma pessoa desempregada,

geralmente, passa por necessidades básicas como fome, falta de moradia e sem contar que muitas delas procuram o mundo do crime, das drogas e acabam se tornando criminosos. Para essas pessoas faltam apenas oportunidades. A atual realidade do mundo moderno sugere mudanças rápidas na sociedade, no que diz respeito ao mercado de trabalho, é fato também que a sociedade não está acompanhando o ritmo dessas mudanças, profissões estão desaparecendo e outras estão surgindo, a concentração de renda aumenta e a economia está se globalizando, nesse contexto cada vez mais as empresas estão investido em características antes vistas como sem importância, a criatividade está sendo o diferencial, pré-requisito para o trabalhador moderno. Diante desse quadro o Brasil precisa de uma melhoria significativa no seu sistema educacional, preparando as novas gerações para a versatilidade do mundo moderno.

Atualmente travamos diversas batalhas, o certo é que para se conquistar um emprego os processos convencionais de enviar currículo, se registrar em agências de emprego, fazer entrevistas, e procedimentos similares, já não são eficazes. O mesmo acontece com a manutenção do emprego, pois muitas pessoas são dispensadas, ou se demitem, por não terem conseguido se ajustar às características da organização onde trabalhavam.

Das três lutas a mais difícil de ser enfrentada é a reconquista de emprego, e por esse motivo é tão importante preservar o atual. Quanto mais tempo a pessoa fica fora do mercado de trabalho mais difícil o retorno pelos métodos convencionais.

Há, entretanto, um aspecto positivo nessa competição. Os candidatos a emprego e os que estão empregados, geralmente não são competentes em empregabilidade. Poucas escolas preparam para o exercício de uma atividade remunerada. Assim sendo, quem se prepara para ter empregabilidade leva uma grande vantagem sobre o universo de desempregados, e assume uma vantagem competitiva na preservação do seu emprego, sem perder de vista o fato de que emprego é uma das alternativas, havendo a possibilidade do trabalho autônomo ou da atividade empresarial.

GRINBERG, Renato (2011) diz: “Quando você olha para o espelho, está olhando para o problema. Contudo, lembre-se: você também está olhando para a solução.” por isso, a melhor estratégia é ter frieza e fazer uma autoanálise rigorosa e realmente honesta sobre suas fortalezas e suas fraquezas, independentemente do fato de elas terem vindo de seus pais ou da sua experiência de vida. Para que a análise seja a mais objetiva possível, é sempre bom recorrer a metodologias comprovadas.

Com a pesquisa fica explicito que o mercado de trabalho necessita de pessoas qualificadas e precisará cada vez mais, porém não há tanto investimento nesta qualificação por parte da iniciativa privada e publica, a iniciativa deve partir do individuo que possui a maturidade e visão de que a sua empregabilidade depende dele e não de terceiros.

O Mercado de trabalho de TI possui a maturidade e ciência de que a empregabilidade e qualificação esta intimamente ligadas ao grande número de vagas em aberta e já sofrem os impactos negativos que essa relação trás, falta

agora apenas a maturidade e iniciativa para reverter este quadro que tendência a piorar nos próximos anos.

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