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i VARIADOR DE VELOCIDADES ESCALONADO DE BLOCOS DESLIZANTES COM REVERSÃO PARA ACIONAMENTO DE UMA TRANSPORTADORA DE CORREIA Bruno Pitta Pessanha Projeto de Graduação apresentado ao Curso de Engenharia Mecânica da Escola Politécnica, Universidade Federal do Rio de Janeiro, como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Engenheiro Mecânico. Orientador: Prof. Armando Carlos de Pina Filho RIO DE JANEIRO, RJ BRASIL AGOSTO DE 2019

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VARIADOR DE VELOCIDADES ESCALONADO DE BLOCOS

DESLIZANTES COM REVERSÃO PARA ACIONAMENTO DE

UMA TRANSPORTADORA DE CORREIA

Bruno Pitta Pessanha

Projeto de Graduação apresentado ao Curso de

Engenharia Mecânica da Escola Politécnica,

Universidade Federal do Rio de Janeiro, como

parte dos requisitos necessários à obtenção do

título de Engenheiro Mecânico.

Orientador:

Prof. Armando Carlos de Pina Filho

RIO DE JANEIRO, RJ – BRASIL

AGOSTO DE 2019

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

Departamento de Engenharia Mecânica

DEM/POLI/UFRJ

VARIADOR DE VELOCIDADES ESCALONADO DE BLOCOS DESLIZANTES

COM REVERSÃO PARA ACIONAMENTO DE UMA TRANSPORTADORA DE

CORREIA

Bruno Pitta Pessanha

PROJETO FINAL SUBMETIDO AO CORPO DOCENTE DO DEPARTAMENTO DE

ENGENHARIA MECÂNICA DA ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE

FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS

NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE ENGENHEIRO MECÂNICO.

Aprovado por:

________________________________________________

Prof. Armando Carlos de Pina Filho, D.Sc.

________________________________________________

Prof. Vitor Ferreira Romano, Dott.Ric.

________________________________________________

Prof. Fabio da Costa Figueiredo, D.Sc.

RIO DE JANEIRO

AGOSTO DE 2019

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PESSANHA, Bruno Pitta.

Variador de velocidades escalonado de blocos deslizantes com

reversão para acionamento de uma transportadora de correia/ Bruno

Pitta Pessanha – Rio de Janeiro: UFRJ / Escola Politécnica, 2019.

xii, 169 p.: il.; 29,7 cm

Orientador: Armando Carlos de Pina Filho

Projeto de Graduação – UFRJ / Escola Politécnica / Curso de

Engenharia Mecânica, 2019.

Referências Bibliográficas: p. 75-79.

1. Transmissões Mecânicas. 2. Variador de Velocidades 3. Blocos

Deslizantes. 4. Projeto Mecânico. 5. Dimensionamento de

Componentes. 6. Transportadora de correia. I. Pina Filho, Armando

Carlos de. II. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Escola

Politécnica, Engenharia Mecânica. III. Variador de Velocidades

Escalonado de Blocos Deslizantes com Reversão para Acionamento de

uma Transportadora de Correia.

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente, agradeço a toda minha família. Agradeço por todo o amor, suporte

e incentivo que me deram durante toda minha vida. Vocês são minha base, os

responsáveis pelo que sou hoje. Amo vocês.

Em especial, agradeço a minha mãe, Tania. Eu não consigo nem mesmo imaginar

como seria minha vida sem você. Você é uma mãe incrível e eu sou muito privilegiado

por tê-la. Muito obrigado pela sua dedicação e amor incondicionais. Muito obrigado por

nunca ter desistido de fazer seu máximo por mim, em todos os sentidos. Obrigado por seu

meu alicerce, a pessoa em quem mais posso confiar na vida. Essa conquista é nossa. Te

amo muito.

Agradeço a minha namorada e companheira, Anna Carolina. Obrigado pela

compreensão nos últimos meses e por todas as formas como me ajudou. Ter conhecido

você foi um dos melhores presentes que a faculdade me deu. Te amo.

Agradeço às amizades verdadeiras que fiz ao longo dessa jornada, que pretendo

cultivar para a vida inteira. Além de toda a ajuda nas atividades acadêmicas e dos

momentos de sufoco que enfrentamos, agradeço por todas as histórias que passamos

juntos, que levarei em memória para sempre.

Agradeço a todos os professores e professoras que tive ao longo de toda minha

vida. Cada um de vocês é dono de uma parte desta minha conquista. Em particular,

agradeço aos professores da graduação por todo o conhecimento técnico e científico que

me transmitiram, pelos conhecimentos de vida compartilhados e pelas dificuldades que

me fizeram superar para que eu pudesse entender o que é ser engenheiro. Dentre estes

professores, agradeço em especial ao meu orientador, professor Armando, que além dos

conhecimentos transmitidos em sala de aula, mostrou-se sempre muito solícito e disposto

a ajudar desde o primeiro momento que o procurei para orientação deste projeto.

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Resumo do Projeto de Graduação apresentado à Escola Politécnica / UFRJ como parte

dos requisitos necessários para a obtenção do grau de Engenheira Mecânica.

VARIADOR DE VELOCIDADES ESCALONADO DE BLOCOS DESLIZANTES

COM REVERSÃO PARA ACIONAMENTO DE UMA TRANSPORTADORA DE

CORREIA

Bruno Pitta Pessanha

Agosto/2019

Orientador: Armando Carlos de Pina Filho

Curso: Engenharia Mecânica

Esteiras transportadoras são utilizadas nos mais variados processos industriais, sendo as

transportadoras de correia um dos tipos mais comuns. Geralmente, estes equipamentos

são acionados por motorredutores, o que lhes confere uma única velocidade de operação.

Pensando em melhorar a dinâmica da produção, foi projetado um variador de velocidades

para o acionamento de uma determinada transportadora de correia, de acordo com suas

características e requisitos. O variador de velocidades é do tipo escalonado de blocos

deslizantes e acionado por motor elétrico, sendo responsável por transmitir a potência do

motor à transportadora em 3 (três) diferentes velocidades de operação especificadas, em

ambos os sentidos devido a seu mecanismo de reversão. Para o projeto, primeiramente

foram estabelecidas suas premissas e a potência necessária ao acionamento da esteira foi

calculada. A partir deste resultado, foram dimensionados, projetados e selecionados todos

os componentes mecânicos do variador. Além do variador de velocidades propriamente

dito, o projeto incluiu, entre outros aspectos operacionais, uma avaliação da interação do

mesmo com o espaço físico a sua volta e com seus operadores.

Palavras chave: transmissões mecânicas, variador de velocidades, blocos deslizantes,

projeto mecânico, dimensionamento de componentes, transportadora de correia.

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Abstract of Undergraduate Project presented to POLI/UFRJ as a partial fulfillment of the

requirements for the degree of Mechanical Engineer.

STEPPED VARIABLE SPEED DRIVE OF SLIDING GEAR BLOCK TYPE WITH

REVERSE MECHANISM TO ACTIVATE A BELT CONVEYOR SYSTEM

Bruno Pitta Pessanha

August/2019

Advisor: Armando Carlos de Pina Filho

Course: Mechanical Engineering

Conveyor systems are used in many industrial processes and the belt conveyor is one of

the most common of them. Usually, this equipment is driven by geared motors, that allow

only one operational speed. In order to improve the dynamic of manufacturing chain, this

study presents a variable speed drive which activates a belt conveyor, based on its

requirements and characteristics of project. The variable speed drive chosen is the stepped

type with sliding gear blocks, activated by an electric motor – being responsible for

transmitting power from the source to the conveyor, with 3 (three) different operational

specified speeds, in both opposite directions due to its reversion mechanism. For this

project, firstly its assumptions were stablished and the power necessary to drive up the

conveyor belt was calculated. From this initial result, all the mechanical parts of the

variable speed drive were designed, projected and selected. Besides the equipment itself,

this project discusses and evaluates the interaction between the variable speed drive

proposed with the physical space around and its operators.

Key words: mechanical transmission, variable speed drive, sliding blocks, mechanical

project, design of mechanical parts, belt conveyor system.

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SUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS ................................................................................................. x

LISTA DE TABELAS............................................................................................... xii

1. Introdução ............................................................................................................ 1

Objetivo e motivação ......................................................................................... 1

Esteiras transportadoras ..................................................................................... 2

Variador de velocidades..................................................................................... 4

1.3.1 Variadores escalonados ............................................................................ 4

1.3.2 Variadores contínuos ................................................................................ 7

2. Premissas para o projeto mecânico ..................................................................... 9

Esquema cinemático ........................................................................................ 10

Cálculo das velocidades de rotação de saída do variador .................................. 13

Cálculo da potência de acionamento da transportadora de correia .................... 14

Seleção do Motor Elétrico ............................................................................... 16

Ábaco de velocidades e relações de transmissão teóricas ................................. 17

3. Dimensionamento do sistema de transmissão ................................................... 21

Dimensionamento das correias e polias ............................................................ 21

Dimensionamento das engrenagens ................................................................. 23

3.2.1 Determinação do número de dentes das engrenagens e rotações reais de

saída 23

3.2.2 Cálculo das larguras das engrenagens cilíndricas de dentes retos ............ 26

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3.2.3 Cálculo da largura das engrenagens cônicas de dentes retos .................... 33

Dimensionamento dos eixos-árvore ................................................................. 37

3.3.1 Disposição geométrica ............................................................................ 37

3.3.2 Carregamento suportado pelos eixos ....................................................... 37

3.3.3 Critério de dimensionamento .................................................................. 43

3.3.4 Seleção do material dos eixos ................................................................. 45

3.3.5 Identificação das seções críticas e diâmetros mínimos obtidos ................ 46

3.3.6 Dimensionamento das estrias do eixo III ................................................. 48

Dimensionamento das chavetas ....................................................................... 51

4. Dimensionamento e seleção dos demais componentes ...................................... 55

Dimensionamento e seleção dos rolamentos .................................................... 55

Carcaça e tampas ............................................................................................. 57

Mancal direito do eixo IV ................................................................................ 59

Elementos de fixação ....................................................................................... 61

Manivelas e alavancas ..................................................................................... 63

Vedação .......................................................................................................... 65

Anéis de retenção e buchas espaçadoras........................................................... 66

5. Aspectos operacionais do variador de velocidades ........................................... 68

Lubrificação .................................................................................................... 68

Transporte ....................................................................................................... 69

Fixação ............................................................................................................ 70

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Posicionamento em relação à transportadora de correia e ao operador .............. 71

6. Conclusão ........................................................................................................... 73

7. Referências ......................................................................................................... 75

Apêndice A – Memória de cálculo ............................................................................ 80

Anexo I – Tabelas e gráficos utilizados nos cálculos .............................................. 129

Anexo II – Catálogos e dados de fabricantes ......................................................... 149

Anexo III – Desenho de conjunto do variador de velocidades projetado ............. 168

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1-1: Esteira de roletes ..................................................................................... 3

Figura 1-2: Transportadora de correia ...................................................................... 3

Figura 1-3: Variador de velocidades escalonado de polias ........................................ 5

Figura 1-4: Engrenagens (a) fixa, (b) louca e (c) deslocável ...................................... 6

Figura 1-5: Variador de velocidades de um torno universal ..................................... 6

Figura 1-6: CVT do tipo polia de diâmetro variável ................................................. 7

Figura 1-7: Transmissão do tipo CVT toroidal ......................................................... 8

Figura 2-1: Esquema Cinemático ............................................................................. 10

Figura 2-2: Ábaco de velocidades ............................................................................. 18

Figura 3-1: Dimensões correia trapezoidal tipo B ................................................... 22

Figura 3-2: Dimensões padronizadas de polias ........................................................ 22

Figura 3-3: Geometria das engrenagens cilíndricas de denters retos ..................... 32

Figura 3-4: Geometria das engrenagens cônicas de dentes retos ............................ 33

Figura 3-5: DCL, DFC e DMF eixo II, plano vertical (XY) .................................... 41

Figura 3-6: DCL, DFC e DMF eixo II, plano horizontal (XZ) ................................ 42

Figura 3-7: Comparação gráfica entre os critérios de dimensionamento de eixos . 43

Figura 3-8: Seções críticas avaliadas dos eixos ........................................................ 47

Figura 3-9: Dimensões padronizadas de estrias (DIN 5471).................................... 49

Figura 3-10: Dimensões padronizadas de chavetas paralelas ................................. 52

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Figura 4-1: Tipos de rolamentos usados no projeto................................................. 57

Figura 4-2: Distribuição de tensões de Von Mises no mancal direito do eixo IV ... 60

Figura 4-3: Mecanismo das alavancas...................................................................... 64

Figura 4-4: Vedação radial de eixo com retentor HMS5 ......................................... 65

Figura 4-5: Bujão 3/8” NPT ...................................................................................... 66

Figura 4-6: Anel de retenção DIN 471...................................................................... 67

Figura 5-1: Lubrificação por salpico ........................................................................ 69

Figura 5-2: Vista superior do variador mostrando a posição dos olhais e do centro

de massa do conjunto ................................................................................................ 70

Figura 5-3: Visão geral da transportadora de correia ............................................. 71

Figura 5-4: Vista aproximada do variador acoplado à transportadora ................. 72

Figura 5-5: Visão do variador pelo ponto de vista do operador. Parte superior da

carcaça mostrada em transparência ........................................................................ 72

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LISTA DE TABELAS

Tabela 2-1: Relações de transmissão teóricas obtidas a partir do ábaco de

velocidades................................................................................................................. 20

Tabela 3-1: Número de dentes e módulo das engrenagens cilíndricas .................... 24

Tabela 3-2: Relações de transmissão reais ............................................................... 25

Tabela 3-3: Número de dentes e módulo das engrenagens cônicas ......................... 25

Tabela 3-4: Velocidades de rotação reais obtidas .................................................... 26

Tabela 3-5: Parâmetros para estimativa das larguras das engrenagens cilíndricas

................................................................................................................................... 28

Tabela 3-6: Fatores de segurança obtidos para as engrenagens cilíndricas ........... 31

Tabela 3-7: Fatores de segurança obtidos para as engrenagens cônicas ................ 36

Tabela 3-8: Torques máximos nos eixos-árvore....................................................... 38

Tabela 3-9: Forças nas engrenagens......................................................................... 39

Tabela 3-10: Forças nas correias .............................................................................. 39

Tabela 3-11: Situações críticas dos eixos-árvore ...................................................... 40

Tabela 3-12: Diâmetros calculados e de projeto dos eixos-árvore .......................... 48

Tabela 3-13: Fatores de segurança obtidos para as estrias ..................................... 51

Tabela 3-14: Dimensões e fatores de segurança das chavetas ................................. 54

Tabela 4-1: Modelos dos rolamentos SKF selecionados .......................................... 57

Tabela 4-2: Buchas espaçadoras ............................................................................... 67

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1. Introdução

Objetivo e motivação

O projeto consiste no desenvolvimento de um variador de velocidades para o

acionamento de uma esteira transportadora cuja aplicação demanda diferentes

velocidades de operação. Dentre os diversos tipos de variadores, aqui é escolhido o

escalonado de blocos deslizantes, pois, além de apresentar características adequadas à

aplicação desejada, seu projeto envolve o dimensionamento e seleção de uma

considerável variedade de elementos mecânicos. Desta forma, é possível colocar em

prática conhecimentos adquiridos ao longo do curso de engenharia mecânica,

principalmente nas áreas de elementos e projeto de máquinas e desenho técnico.

O projeto baseia-se nas seguintes características e requisitos básicos da esteira

transportadora:

• Tipo: transportador de correia

• Comprimento total: 20 m;

• Largura da correia: 400 mm;

• Altura da esteira (distância da pista ao solo): 1 m;

• Diâmetro do tambor acionador: 200 mm;

• Material a ser transportado: aço em lascas, cavaco;

• Três velocidades de operação, nos dois sentidos;

• Velocidade mínima: 1 m/s;

• Velocidade máxima: 2 m/s.

Estes dados foram selecionados de acordo com as referências [1], [2] e [3].

Posteriormente, serão definidas informações e premissas adicionais necessárias ao

dimensionamento adequado da potência de acionamento requerida pelo equipamento.

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Esteiras transportadoras

Esteiras transportadoras são equipamentos utilizados para facilitar o transporte de

cargas diversificadas. São fundamentais para diversos processos, pois garantem agilidade

e precisão na movimentação de produtos e insumos. Desta forma, são capazes de reduzir

custos, mão-de-obra necessária, tempo de produção e otimização da logística dos

processos como um todo. Por estas razões, este equipamento está presente em diferentes

setores, como o de produção de sacarias, construção civil (transporte de areia, brita,

cimento), alimentício, automobilístico, mineral, entre outros.

A concepção e projeto deste tipo de equipamento depende diretamente da natureza

e das características de sua aplicação final, como o tipo de material a ser transportado,

carga, volume, distância de movimentação, área útil disponível para sua instalação, entre

outras. Desta forma, diversos tipos e construções de esteiras transportadoras estão

disponíveis comercialmente.

De acordo com o tipo do elemento transportador, os principais tipos de esteiras

transportadoras são as de roletes e as de correia. A partir desta divisão básica, outros

tipos/classificações de esteiras são definidos, como por exemplo esteiras elevadoras,

automáticas, curvas, de canto, etc.

A esteira de roletes, mostrada de forma ilustrativa na Figura 1-1, é composta por

rolos cilíndricos paralelos fixados em um suporte, sendo o transporte do material

realizado através da rotação destes roletes em torno de seus próprios eixos. As

transportadoras de correia, por sua vez, têm como elementos principais, dentre diversos

outros, uma correia sem fim – que pode ser de lona, PVC ou borracha – movimentando-

se entre um tambor acionador e um tambor movido, de retorno. As transportadoras de

correia, mostradas de forma ilustrativa na Figura 1-2, são muito utilizadas no transporte

de materiais granulados, situação na qual não é possível a utilização das esteiras de

roletes. Por este motivo, este tipo é adequado ao projeto visto que o material a ser

transportado é aço em lascas, cavaco, considerando que a aplicação seja para uma

indústria de reciclagem.

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3

Figura 1-1: Esteira de roletes

Fonte: [4]

Figura 1-2: Transportadora de correia

Fonte: [5]

Segundo [3], o acionamento da correia transportadora é simples, quando é feito

por um único tambor, ou duplo, quando feito por dois tambores. Para a maior parte das

aplicações, o acionamento simples é utilizado e por isso foi escolhido para o presente

projeto. Geralmente, esse acionamento é realizado por motores elétricos acoplados a

redutores, sendo ambos facilmente encontrados comercialmente. Entretanto, não havendo

nenhum outro componente ou sistema de controle envolvido, a velocidade de saída

fornecida pelos motorredutores é única. Como o presente projeto exige que a esteira opere

com diferentes velocidades e que os torques motores sejam suficientes para

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4

movimentação da carga de trabalho, existe a necessidade de um variador de velocidades

que, acoplado a uma fonte de potência (um motor elétrico, no caso), realize o acionamento

do tambor motor da transportadora de correia em diferentes rotações, correspondentes às

velocidades de trabalho desejadas para a esteira.

Variador de velocidades

Variadores de velocidades consistem, basicamente, em um conjunto mecânico

constituído por diversos elementos de máquinas, tais como engrenagens, mancais de

rolamento, árvores de potência, polias e correias. Sua finalidade é, como o nome sugere,

variar a velocidade de rotação que a fonte de potência fornece à carga acoplada. Através

dos elementos de transmissão constituintes, são estabelecidas diferentes relações de

transmissão, que serão responsáveis por produzir as rotações de saída desejáveis.

De acordo com o tipo de transmissão mecânica utilizada, os variadores de

velocidade dividem-se em dois tipos básicos: contínuos e escalonados.

1.3.1 Variadores escalonados

Variadores do tipo escalonados atuam em máquinas cujas velocidades permitidas

são discretas, previamente determinadas em projeto. A potência pode ser transmitida

entre as partes por meio de correias e polias, ou por engrenagens. A Figura 1-3 apresenta

um variador escalonado por polias.

Nos variadores de polias, a transmissão é feita através de correias planas ou

trapezoidais, onde a velocidade pode ser trocada alterando-se o diâmetro da polia

escalonada em que a correia está acoplada [6] [7]. É importante ressaltar que os diâmetros

das polias opostas são complementares, de maneira que a distância continue a mesma,

visto que a correia tem um comprimento fixo e precisa estar constantemente tensionada

[8]. Como este tipo de transmissão se dá somente pelo atrito da correia com as polias,

acaba por ser limitado a transmissões de torques não muito elevados, sendo esta uma das

principais limitações deste tipo de variador. Desta forma, o emprego de variadores

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5

escalonados de polias justifica-se somente em aplicações com altas velocidades e baixas

potências [7]. Para torques superiores, a utilização de engrenagens é imprescindível.

Figura 1-3: Variador de velocidades escalonado de polias

Fonte: [9]

A principal vantagem do emprego de engrenagens em sistemas de transmissão é

a grande confiabilidade que apresentam, a maior precisão nas rotações de saída e a alta

capacidade de transmissão de torque, o que ratifica a extensa utilização deste elemento

mecânico, ainda que o custo de fabricação associado seja mais elevado quando

comparado às polias e correias. Por estas razões, o variador apresentado neste trabalho

pertence a esta classificação.

Nos variadores escalonados de engrenagens, estas podem ser fixas sobre os eixos,

deslocáveis ou soltas (loucas) e deslocáveis. As engrenagens deslocáveis podem se mover

axialmente e transmitir torque através de uma chaveta, eixo estriado ou perfil poligonal

[7]. Por conta disso, podem ser facilmente desacopladas e acopladas de forma a respeitar

a relação de transmissão desejada. As engrenagens loucas podem girar

independentemente do eixo, sendo um dos mecanismos de acoplamento utilizados o de

chaveta móvel [9]. Entretanto, não transmitem torque [10]. As engrenagens fixas, por sua

vez, são mantidas sempre numa mesma posição, presas ao eixo a que se acoplam,

possuindo apenas liberdade para girar caso o eixo a qual estão acopladas também gire

[11] [8]. Um esquema ilustrativo dos tipos de engrenagens supracitados pode ser visto

através da Figura 1-4.

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6

Figura 1-4: Engrenagens (a) fixa, (b) louca e (c) deslocável

Fonte: [7]

O tipo mais simples e comum de variadores escalonados de engrenagens é o de

bloco deslizante, já que é possível deslocá-las simplesmente pela movimentação de uma

alavanca e realizar o acoplamento necessário para a velocidade final pretendida [6] [9],

sendo, por isto, a escolha apresentada neste projeto. Entende-se por blocos deslizantes os

conjuntos de engrenagens deslocáveis acopladas entre si, de forma que se movimentam

de forma solidária.

Vale dizer que muitas vezes – inclusive no presente projeto, conforme será visto

posteriormente – os variadores de velocidades são construídos de forma “híbrida”,

utilizando-se transmissões por polias e correias prévia e/ou posteriormente a um variador

de engrenagens, como pode ser visto de forma ilustrativa na Figura 1-5. Este esquema é

vantajoso, visto que as correias podem atuar como um “fusível mecânico”, arrebentando-

se em caso de sobrecarga no sistema e prevenindo a avaria de outros componentes de

custo mais elevado.

Figura 1-5: Variador de velocidades de um torno universal

Fonte: [12]

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7

1.3.2 Variadores contínuos

Variadores contínuos, também conhecidos como “CVT” (Continuously Variable

Transmission), possuem infinitas relações de transmissão dentro de um intervalo

determinado, e, por conta disso, recebem esta denominação. São responsáveis por

transmitir a potência sem as descontinuidades típicas das transmissões escalonadas, de

forma a evitar mudanças bruscas na velocidade de saída, sendo especialmente úteis onde

um certo número fixo de relações de transmissão pode não ser adequado para realizar a

função requerida [13]. Assim, possuem a vantagem de permitir um grande leque de

possibilidades de relações de transmissão.

O sistema mais comum deste tipo de variador é o de polias de diâmetro variável

Figura 1-6, o qual consiste em polias formadas por discos cônicos que conseguem se

deslocar axialmente, possibilitando obter-se diferentes relações de transmissão. Ao se

deslocar para a extremidade da polia, o diâmetro percorrido pela correia aumenta. Em

caso de afastamento entre as polias, a correia se aproxima do centro e o diâmetro diminui,

uma vez que a correia possui um comprimento fixo e sempre trabalha em estado

tensionado [8].

Figura 1-6: CVT do tipo polia de diâmetro variável

Fonte: [11]

Transmissões do tipo CVT apresentam um grande aproveitamento da força motora

recebida, permitindo aumento nas relações de transmissão, as quais podem chegar a nove

ou mais, em versões automáticas. Além disso, possuem passagens mais suaves e

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8

silenciosas, devido ao menor diferencial entre as relações de transmissão e a ausência de

escalonamentos [8]. Entretanto, por se basearem em uma transmissão fundamentada em

atrito, podem ter a eficiência reduzida em caso de potência elevada [9].

Além das polias de diâmetro variável, há também outros mecanismos de variadores

contínuos, como por exemplo CVT toroidal. Este variador é constituído por um disco de

entrada e um disco de saída unidos em um mesmo eixo, enquanto roletes em contato com

estes discos fornecem potência e movimento a estes discos. Assim, a variação das relações

de transmissão acontece a partir da mudança do ângulo entre o eixo dos roletes e o eixo

dos discos toroidais [14], como pode ser visto na Figura 1-7.

Figura 1-7: Transmissão do tipo CVT toroidal

Fonte: [8]

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2. Premissas para o projeto mecânico

Dados as informações e requisitos de operação da transportadora e após consulta à

literatura sobre variadores de velocidades, define-se as seguintes premissas de projeto:

• Tipo de variador: escalonado de blocos deslizantes;

• Acionamento: motor elétrico de indução da fabricante WEG;

• Sistema de mudança das relações de transmissão: manual, por alavancas e

manivelas;

• As mudanças de relações de transmissão serão dadas por um bloco de

engrenagens triplo, responsável pelas 3 diferentes velocidades de saída, e um

bloco de engrenagens duplo alternando entre os engrenamentos com e sem

engrenagem intermediária, responsável pelo sentido da rotação de saída;

• Transmissão entre o motor elétrico e a entrada do variador será feita por uma

redução de polias e correias;

• Eixo-árvore de entrada concorrente aos demais. Para isso, a transmissão entre

o eixo-árvore de entrada do variador, eixo I, e o eixo II, será feita por

engrenagens cônicas;

• Decisões construtivas foram tomadas visando:

▪ Facilidade de montagem;

▪ Facilidade de fabricação;

▪ Um variador o mais compacto possível;

▪ Segurança operacional para os colaboradores.

A partir da definição de todos os requisitos e premissas, o projeto seguiu o seguinte

passo-a-passo:

i. Elaboração do esquema cinemático, a partir do qual apresenta-se os principais

componentes e discute-se as principais decisões construtivas do variador;

ii. Cálculo das velocidades de rotação de saída do variador;

iii. Cálculo da potência de acionamento da transportadora de correia;

iv. Seleção do motor elétrico;

v. Definição das relações de transmissão e diagrama de velocidades;

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vi. Dimensionamento das correias e polias;

vii. Dimensionamento das engrenagens.

viii. Dimensionamentos dos eixos-árvore;

ix. Seleção dos rolamentos;

x. Dimensionamento das chavetas e estrias;

xi. Seleção e projeto das demais peças e componentes do variador.

Esquema cinemático

O esquema cinemático é uma representação bidimensional simplificada do

funcionamento do variador. Seu objetivo é traçar a ideia inicial da disposição geométrica

dos principais elementos constituintes do variador de velocidades, servindo como base

para o desenvolvimento de todo o projeto. Visando atender todos os requisitos e premissas

do projeto, a melhor configuração encontrada é mostrada abaixo:

Figura 2-1: Esquema Cinemático

Fonte: Elaboração própria

A partir deste esquema, identifica-se os principais componentes do variador de

velocidades e suas funções:

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• Motor elétrico: responsável por fornecer a potência a uma dada rotação

para acionamento do variador de velocidades que, por sua vez, aciona a

transportadora de correia.

• Redutor de polias e correias: as rotações nominais dos motores elétricos

comerciais são muito superiores às velocidades de saída desejadas no

projeto. Desta forma, faz-se necessário a utilização de uma redução

anteriormente à caixa de engrenagens, possibilitando a obtenção de

menores relações de transmissão entre as mesmas. Consequentemente,

reduz-se de forma significativa o tamanho do variador, como requerido

pelo projeto. Além disso, uma redução por polias e correias permite

transmissão entre eixos distantes [15]. Essa característica se mostra

bastante adequada ao projeto, visto que o eixo de saída do variador deverá

ser acoplado ao tambor acionador da transportadora, enquanto o motor

elétrico será fixado ao chão.

• Seis eixos-árvore:

i. o eixo 0 é o eixo do motor elétrico, que não faz parte do redutor de

velocidades propriamente dito;

ii. o eixo I é aquele de entrada do variador, que transfere a potência

do motor elétrico para o interior da caixa de engrenagens;

iii. o eixo II é aquele que contém as três engrenagens fixas

responsáveis pela variação das relações de transmissão e,

consequentemente, as velocidades de saída do variador;

iv. o eixo III é um eixo estriado sobre o qual deslocam-se axialmente

os blocos deslizantes, possibilitando as trocas das relações de

transmissão;

v. o eixo IV é responsável por sustentar a engrenagem intermediária,

sendo fundamental para o mecanismo de reversão do variador;

vi. o eixo V possui as duas engrenagens fixas responsáveis por alternar

o sentido de rotação do eixo. Este eixo-árvore é, também, o eixo

de saída do variador, que deve ser acoplado ao tambor acionador

da transportadora de correia.

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• Engrenagens: no total, o variador apresenta 13 engrenagens, sendo as

engrenagens 7 e 8 cônicas e as 11 demais, cilíndricas.

• Mancais: os mancais de rolamento também podem ser vistos no esquema

cinemático. O posicionamento dos mesmos foi idealizado de forma a

facilitar a fabricação e a montagem, de forma que os furos na carcaça do

variador já fazem o papel de mancal para a maioria dos rolamentos.

Vale ressaltar aqui quais foram os critérios adotados para o posicionamento das

engrenagens e eixos:

1. A concorrência do eixo I em relação aos demais permite que a polia maior

fique do lado oposto às manivelas do sistema de mudança das relações de

transmissão, mitigando de forma significativa o risco de acidentes dos

operadores com as polias e correias em movimento.

2. A transmissão por engrenagens cônicas entre os eixos I e II possibilita

também uma redução adicional àquela fornecida pelas polias e correias.

Desta forma, é possível reduzir a polia maior e/ou as engrenagens

cilíndricas, tornando o variador mais compacto e proporcional.

3. Para o bloco de engrenagens triplo, exige-se que a maior engrenagem seja

posicionada ao centro (engrenagem 4), de forma a possibilitar o

deslizamento do bloco sobre o eixo III em ambos os sentidos sem que haja

interferências. O pinhão desta coroa será, portanto, a menor engrenagem

fixa do eixo II e não poderá localizar-se na extremidade do eixo

(engrenagem 3). Embora inevitável, esta situação é indesejável, visto que

este é o par de engrenagens de maior relação de transmissão e, portanto,

espera-se que os esforços de transmissão sejam máximos para esse par.

Desta forma, o projeto foi elaborado de forma que a engrenagem 3 ficasse

o mais afastada possível do centro do eixo II, reduzindo o momento fletor

máximo no mesmo e, consequentemente, seu diâmetro.

4. Para o posicionamento das engrenagens no bloco duplo, embora tenha sido

considerada a situação comentada acima, privilegiou-se a questão

construtiva. Apesar de o par de engrenagens mais demandado (9-10) ficar

mais ao centro do eixo III do que ficaria caso as engrenagens 9 e 12 fossem

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invertidas, para isso seria necessário um furo adicional na carcaça para

apoio do eixo IV, dificultando a fabricação. Além disso, os rolamentos dos

eixos ficariam muito próximos, o que dificultaria o projeto da carcaça para

uma fixação adequada.

Cálculo das velocidades de rotação de saída do variador

Como premissa de projeto, sabe-se as velocidades mínima e máxima requeridas

para a correia da esteira transportadora. Além disso, deve haver uma velocidade

intermediária para satisfazer a premissa de 3 velocidades de operação. Assumindo que

não há escorregamento no contato da correia transportadora com os tambores e

desprezando a espessura da correia, tem-se que:

𝑣𝑡𝑎𝑚𝑏𝑜𝑟 = 𝑣𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑖𝑎 =

𝜋𝐷𝑡𝑎𝑚𝑏𝑜𝑟 𝑁

1000 𝑥 60 (1)

em que:

𝑣𝑡𝑎𝑚𝑏𝑜𝑟 = velocidade linear na periferia do tambor [m/s];

𝑣𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑖𝑎 = velocidade da correia transportadora [m/s];

𝐷𝑡𝑎𝑚𝑏𝑜𝑟 = diâmetro do tambor motor [mm];

𝑁 = rotação de saída do variador de velocidades [RPM].

Pelas premissas de projeto, 𝐷𝑡𝑎𝑚𝑏𝑜𝑟 = 200 mm, 𝑣𝑚í𝑛 = 1 m/s e 𝑣𝑚á𝑥 = 2 m/s.

Logo, tem-se:

𝑁1 = 95,5 RPM;

𝑁3 = 191 RPM.

Para determinar a rotação de saída intermediária do variador, deve-se executar o

escalonamento das velocidades de rotação segundo uma série geométrica, cuja razão é

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representada pela letra grega φ e segue a seguinte equação [7]:

𝑁𝑔 = 𝑁𝑔−1𝜑 = 𝑁1𝜑𝑔−1 (2)

Onde 𝑁1 é a primeira velocidade de rotação, a mais baixa, e 𝑔 representa o número

total de velocidades. Consequentemente, tem-se 𝑔 = 3 e, portanto:

𝜑 = √𝑁3

𝑁1

2

= √191

95,5= √2 ≈ 1,41

Segundo [7], para variadores de velocidades escalonados para máquinas

operatrizes, o valor de φ obtido é padronizado e um dos mais frequentemente utilizados.

Portanto, julga-se adequado esse valor para a razão geométrica no presente projeto.

Com o valor de φ definido, pode-se calcular a rotação intermediária de saída do

variador:

𝑁2 = 𝑁1𝜑 = 95,5 . 1,41 = 134,65 𝑅𝑃𝑀

Desta forma, a velocidade intermediária da correia transportadora será:

𝑣𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑚. = 1,41 𝑚/𝑠

Cálculo da potência de acionamento da transportadora de correia

Segundo [3], a potência requerida para acionamento de um transportador é

composta por quatro principais parcelas:

• Aquela necessária para vencer as forças de inércia, movimentar o

transportador vazio;

• Aquela necessária para o deslocamento horizontal do material;

• Aquela necessária para deslocamento vertical no caso de transportadores

que possuem inclinação;

• Aquela necessária para vencer o atrito de acessórios.

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Seguindo o método simplificado de cálculo da potência, aplicável a

transportadores simples (até 100 metros de comprimento e de pequena capacidade), de

acordo com [3], a potência é calculada por:

𝑃𝑒𝑓 = 𝑣𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑖𝑎 (𝑃𝑣 + 𝑃𝑔) + 𝑄

100 (𝑃1 ± 𝑃ℎ ) (3)

onde:

𝑃𝑒𝑓 é a potência total efetiva [HP];

𝑃𝑣 é a potência para acionar o transportador vazio com 𝑣𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑖𝑎 = 1,0 m/s [HP];

𝑃1 é a potência para deslocar 100 t/h de material de uma distância L [m] na horizontal

[HP];

𝑃𝑔 é a potência para vencer o atrito das guias laterais à velocidade de 1,0 m/s [HP];

𝑃ℎ = potência para elevar ou descer 100 t/h de material de uma altura H [m] [HP];

𝑄 = capacidade de carga [t/h].

Sendo que:

𝑄 = 𝐶𝛾 (4)

onde:

𝛾 = peso específico do material [t/m³];

C = capacidade volumétrica a velocidade 𝑣𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑖𝑎 [m³/h].

Todos estes parâmetros são obtidos por meio de tabelas e gráficos da referência

[3]. O cálculo detalhado da potência de acionamento da transportadora de correia

encontra-se no apêndice A e estas tabelas e gráficos, no anexo I.

Considerando a situação mais crítica, que seria a transportadora trabalhando na

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velocidade máxima e no máximo de sua capacidade volumétrica, obtém-se como

resultado:

𝑃𝑒𝑓 = 12,42 𝐻𝑃

Seleção do Motor Elétrico

O motor elétrico a ser selecionado para o projeto deve ser capaz de fornecer a

potência efetiva para o acionamento da transportadora, levando em conta as perdas nas

transmissões por correias e por engrenagens ao longo do variador de velocidades. Para

tal, deve-se realizar uma estimativa da eficiência de cada uma destas transmissões.

Utilizando como referência [15], foi considerado para engrenagens cilíndricas de dentes

retos uma eficiência de 98%. Já para a transmissão por engrenagens cônicas de dentes

retos e para a transmissão por correias em “V”, uma eficiência de 95%. Desta forma, tem-

se que:

𝑃𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟 =

𝑃𝑒𝑓

𝜂=

𝑃𝑒𝑓

𝜂𝑐𝑜𝑟𝑟 . 𝜂𝑐𝑜𝑛 . 𝜂𝑐𝑖𝑙𝑘 (5)

onde:

η é a eficiência total da transmissão;

𝜂𝑐𝑜𝑟𝑟 é a eficiência da transmissão por correias em “V”;

𝜂𝑐𝑜𝑛 é a eficiência da transmissão por engrenagens cônicas de dentes retos;

𝜂𝑐𝑖𝑙 é a eficiência da transmissão por engrenagens cilíndricas de dentes retos;

𝑘 é o número de engrenamentos de engrenagens cilíndricas.

Portanto, considerando a configuração do variador com maior número de

engrenamentos (bloco duplo acoplado a engrenagem intermediária), obtém-se:

𝑃𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟 = 12,42

0,95.0,95. 0,983= 14,62 𝐻𝑃 = 14,83 𝐶𝑉

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Utilizando o catálogo de motores elétricos do website da fabricante WEG, buscou-

se dentre as opções um motor cujo valor de potência fosse imediatamente superior ao

valor calculado acima. Portanto, determinou-se que um motor de 15 CV deveria ser

utilizado.

Além da potência, outra característica fundamental para a escolha do motor é a

sua rotação nominal. Uma escolha criteriosa desta característica é capaz de simplificar o

projeto como um todo. Como as rotações de saída do projeto são baixas em relação aos

valores de rotação dos motores elétricos comerciais, buscou-se um motor de 15 CV cuja

rotação nominal fosse a mínima possível. Isso possibilita a redução das dimensões de

diversos componentes do variador. Desta forma, foi selecionado o motor W22 IR2 15 CV

8P 180L 3F 220/380 V 60 Hz IC411 - TFVE - B3D, cuja rotação síncrona é de 900 rpm

e a rotação nominal é de 875 rpm. Este motor é de indução trifásico, que é o tipo mais

utilizado, visto que é simples, robusto, de baixo custo e adequado para praticamente todo

tipo de máquina acionada. Normalmente opera com velocidade constante, que varia

ligeiramente com a carga mecânica acoplada. Para o presente projeto, essa variação foi

desprezada, utilizando-se a velocidade nominal para os cálculos.

Para fixação da polia menor ao eixo do motor, será necessário fazer um furo

roscado no centro do mesmo, como pode ser visto no desenho de conjunto, anexo III.

A folha de dados do motor selecionado encontra-se no Anexo II.

Ábaco de velocidades e relações de transmissão teóricas

O Ábaco de velocidades, também conhecido como Diagrama de Germar ou Rede

de Arranjos [7], é um gráfico cujo traçado representa todos os possíveis caminhos a serem

percorridos pela transmissão de potência da entrada até a saída do variador de

velocidades. Seu objetivo é identificar quais serão as relações de transmissão entre cada

par de engrenagens e o par de polias. O traçado é feito em escala logarítmica das rotações

de saída e da rotação de entrada do variador na base φ.

A partir destes valores de rotações de entrada e saída e razão geométrica já

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estabelecidos anteriormente, seria possível estabelecer diferentes configurações para o

ábaco de velocidades, ficando a decisão a cargo do projetista. Desta forma, a configuração

encontrada considerada melhor e, portanto, a escolhida é apresentada abaixo:

Figura 2-2: Ábaco de velocidades

Fonte: Elaboração própria

No ábaco, as linhas horizontais representam os eixos do projeto e as linhas

verticais, os logaritmos das rotações. O ponto no qual a linha azul ramifica-se em três

indica o bloco triplo com suas diferentes relações de transmissão decorrentes de cada um

dos engrenamentos que podem ser estabelecidos movimentando-se o bloco. Já para o

bloco duplo, sua influência não pode ser visualizada no ábaco. Tanto para o engrenamento

com engrenagem intermediária quanto para aquele sem, a relação de transmissão entre os

eixos III e V é a mesma e igual a 1. Por isso, a partir de cada uma das ramificações, segue

uma linha vertical até cada uma das três velocidades de saída. Desta forma, embora o

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ábaco de velocidades seja uma ferramenta muito importante para visualização do projeto,

deve-se ter como informação adicional qual engrenagem do bloco duplo está engrenada

a fim de determinar qual será o sentido da rotação de saída.

Assim como quase toda decisão de projeto, a configuração escolhida apresenta

vantagens e desvantagens. Quando comparada a uma possível configuração simétrica do

bloco triplo – a principal concorrente da configuração escolhida – as desvantagens são:

• relação de transmissão máxima igual a 2, ao invés de 1,41, causando

maiores diâmetros das engrenagens cilíndricas e maiores dimensões da

caixa de engrenagens;

• a configuração concorrente possibilitaria maior número de engrenagens

com número de dentes igual, o que facilitaria a fabricação – embora as

engrenagens não sejam exatamente iguais por razões construtivas.

Já as vantagens são:

• tornar a redução entre o eixo 0 e o eixo II menos abrupta. Isso permite

distribuir melhor esta redução entre o par de polias e o par de engrenagens

cônicas, além de reduzir a coroa cônica e a polia maior;

• par de engrenagens cônicas possui relação de transmissão também de

acordo com a série geométrica φ;

• melhor proporção dimensional para o variador, visto que a polia maior terá

diâmetro próximo, mas inferior a altura da carcaça. Caso a configuração

concorrente fosse escolhida, provavelmente esta polia teria diâmetro

superior a altura da carcaça, o que limitaria um eventual reaproveitamento

futuro do variador de velocidades para outra aplicação.

A partir do ábaco de velocidades, pôde-se então calcular as relações de

transmissão teóricas. Esse cálculo pode ser visto no Apêndice A. Segue abaixo os

resultados obtidos:

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Tabela 2-1: Relações de transmissão teóricas obtidas a partir do ábaco de velocidades

Polias 𝑖0−𝐼 - 2,29

Engrenagens cônicas 𝑖𝐼−𝐼𝐼 𝑖7−8 2

Engrenagens cilíndricas

(bloco triplo)

𝑖𝐼𝐼−𝐼𝐼𝐼

𝑖1−2 1,41

𝑖3−4 2

𝑖5−6 1

Engrenagens cilíndricas

(bloco duplo) 𝑖𝐼𝐼𝐼−𝑉

𝑖9−11 1

𝑖12−13 1

Fonte: Elaboração própria

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3. Dimensionamento do sistema de transmissão

Dimensionamento das correias e polias

Conforme mostrado na seção 2.1, a transmissão de potência entre o motor elétrico

e a caixa de engrenagens será feita utilizando correias e polias. Além da possibilidade de

transmissão para distâncias relativamente grandes, outra vantagem desta transmissão é

que as correias, por serem elementos elásticos, atuam como absorvedores de choques e

vibrações [15] e, frequentemente, servem como um recurso automático de emergência

para proteção contra sobrecargas externas [16], como fora comentado na seção 1.3.1.

As correias mais utilizadas são as planas e as trapezoidais, utilizadas em conjunto

com polias de aro e em “V”, respectivamente. A utilização da correia trapezoidal é

preferível ao da correia plana, pois apresenta praticamente nenhum deslizamento e

elimina choques e ruídos típicos de correias planas [17]. Portanto, para o presente projeto

decidiu-se utilizar as correias e polias em “V”.

A relação de transmissão entre as polias foi determinada na seção 2.5 como sendo

igual a 2,29. Para correias trapezoidais, esse valor não deve ser maior do que 10 [17].

Portanto, a relação de transmissão obtida é adequada.

Para o dimensionamento e seleção do modelo e quantidade de correias, bem como

a determinação dos diâmetros primitivos das polias e distância entre os eixos das polias,

foi seguida a sequência de cálculos do catálogo da Goodyear [16], fabricante das correias.

Estes cálculos e as considerações feitas para os mesmos encontram-se no apêndice A. As

tabelas utilizadas encontram-se no Anexo I.

Os resultados obtidos foram os seguintes:

• Diâmetro nominal da polia menor (motora): 135 mm;

• Diâmetro nominal da polia maior (movida): 309,25 mm;

• Distância entre centros dos eixos: 786,52 mm;

• Perfil das correias selecionadas: B

• Modelo das correias selecionadas: Multi-V 3-T Goodyear B-88;

• Quantidade de correias: 6.

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As dimensões padronizadas para correias trapezoidais perfil B são mostradas

na figura abaixo:

Figura 3-1: Dimensões correia trapezoidal tipo B

Fonte: [17]

Em função do perfil da correia e dos diâmetros externos das polias, as

dimensões destas também são padronizadas. As polias foram projetadas de acordo

com a figura e tabela apresentadas abaixo:

Figura 3-2: Dimensões padronizadas de polias

Fonte: [17]

Para polias com diâmetro externo superior a 200 mm, recomenda-se que

tenham “braços”. Já para diâmetros externos abaixo desse valor, o cubo é sólido [17].

Em consequência disso, deve-se ter uma polia maior com braços e a polia maior com

uma estrutura em disco.

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Dimensionamento das engrenagens

O dimensionamento das engrenagens seguiu as seguintes etapas: cálculo do número

de dentes; determinação do módulo e larguras a partir da metodologia AGMA (American

Gear Manufacturers Association) apresentada em [15]; cálculo das demais dimensões,

determinando a geometria completa das peças.

Para tal, foram consideradas as seguintes premissas:

• Todas as engrenagens, tanto as cilíndricas quanto as cônicas, serão de dentes

retos, visando uma maior facilidade de fabricação;

• Para cada um dos pares de engrenagens, ambas terão a mesma largura;

• Todas as engrenagens terão ângulo de pressão 𝜙 = 20°;

• Todas as engrenagens serão feitas do mesmo material;

• O somatório do número de dentes dos pares engrenados 1-2, 3-4, 5-6 e 12-13

deverão ser iguais. Desta forma, a distância entre os eixos II e III será igual à

distância entre os eixos III e V, facilitando o projeto e fabricação da carcaça;

• A distância comentada acima deve ser suficiente – porém, a mínima possível

– para que entre os eixos III e V haja a engrenagem intermediária (engrenagem

10);

• Para facilitar a fabricação, ao invés de peças inteiriças, os blocos deslizantes

serão constituídos de engrenagens fabricadas separadamente e acopladas por

chaveta;

• Número mínimo de dentes igual a 18 [15],

• Todas as engrenagens devem possuir o mesmo módulo. O valor a ser

escolhido deve ser o mínimo possível capaz de garantir todas as condições já

citadas e o atendimento aos critérios de resistência das engrenagens, pois estes

dependem do módulo, conforme será visto mais adiante.

3.2.1 Determinação do número de dentes das engrenagens e rotações reais de saída

Uma vez que os números de dentes em engrenagens devem ser números inteiros,

é melhor desenvolver o projeto utilizando números de dentes ao invés de diâmetros [15].

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Desta forma, é possível que haja certa divergência entre o valor teórico das

relações de transmissão obtidas a partir da razão geométrica φ e o valor real, dado pela

razão entre os números de dentes de um par engrenado. Essa divergência deve estar dentro

de uma tolerância. Recomenda-se que a mesma seja de até 1% [15] ou 2% [7].

Deve-se buscar a melhor combinação possível de número de dentes, a fim de

minimizar o tamanho geral do conjunto. Portanto, para as engrenagens cilíndricas, deve-

se encontrar o menor número possível de dentes para obtenção das relações de

transmissão dentro da tolerância recomendada e respeitando todas as premissas

consideradas.

A fim de atender todos estes pontos, por meio de tentativa e erro, foram testados

simultaneamente diversos valores para os números de dentes das engrenagens cilíndricas

e para o módulo das mesmas. Deve-se enfatizar que a definição do módulo já nesta etapa

do projeto foi fundamental, pois a definição do número de dentes das engrenagens 9, 10

e 11, que compõem o mecanismo de reversão, depende diretamente da distância entre os

eixos III e V. Esta, por sua vez, depende diretamente do módulo e da soma do número de

dentes do par engrenado 12-13, e esta soma deve ser a mesma para todos os demais pares.

Levando em conta todos esses fatores, foi obtida uma configuração ótima, apresentada

abaixo:

Tabela 3-1: Número de dentes e módulo das engrenagens cilíndricas

Engrenagens Cilíndricas

Engrenagem 1 2 3 4 5 6 9 10 11 12 13

Z (n° de dentes) 47 67 38 76 57 57 28 29 28 57 57

m (módulo) 4 mm

Fonte: Elaboração própria

A partir desses valores, calculam-se as relações de transmissão reais e o erro

associado às mesmas:

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Tabela 3-2: Relações de transmissão reais

N° de dentes

(Pinhão)

N° de dentes

(Coroa)

Soma do

número de

dentes

𝑖𝑟𝑒𝑎𝑙 𝑬𝒓𝒓𝒐 (%)

= 𝟏𝟎𝟎 (𝒊𝒕𝒆ó𝒓𝒊𝒄𝒐 − 𝒊𝒓𝒆𝒂𝒍) 𝒊𝒕𝒆ó𝒓𝒊𝒄𝒐⁄

57 57

114

1 0

47 67 1,4255 -0,80

38 76 2 0

28 29 Não aplicável 1,0357 Não aplicável

Fonte: Elaboração própria

Para as engrenagens cônicas, por simplicidade, utilizou-se o mesmo módulo

escolhido para as engrenagens cilíndricas. Além disso, a partir de uma estimativa das

dimensões finais do conjunto e por meio de tentativas, foram escolhidos os diâmetros

primitivos para estas engrenagens que resultaram em um arranjo geométrico satisfatório

para o variador como um todo. De posse desses valores, pôde-se então determinar os

números de dentes das engrenagens cônicas:

Tabela 3-3: Número de dentes e módulo das engrenagens cônicas

Engrenagens Cônicas

Engrenagem 7 8

Z (nº de dentes) 25 50

m (módulo) 4 mm

Fonte: Elaboração própria

Desta forma, foram obtidos os seguintes resultados para as velocidades reais de

saída:

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26

Tabela 3-4: Velocidades de rotação reais obtidas

𝑁𝑡𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑜

[RPM]

Combinações

de engrenagens

Combinação dos dentes 𝑁𝑟𝑒𝑎𝑙

[RPM]

Sentido

de

rotação Bloco triplo Bloco duplo

𝑁1 95,5

3-4 / 12-13

38/76

57/57

95,5

Horário

3-4 / 9-10-11 28/29/28 Anti-

horário

𝑁2 134,65

1-2 / 12-13

47/67

57/57

133,98

Horário

1-2 / 9-10-11 28/29/28 Anti-

horário

𝑁3 191

5-6 / 12-13

57/57

57/57

191

Horário

5-6 / 9-10-11 28/29/28 Anti-

horário

Fonte: Elaboração própria

3.2.2 Cálculo das larguras das engrenagens cilíndricas de dentes retos

O dimensionamento de uma engrenagem depende diretamente de seu material.

Ele deve possuir propriedades mecânicas que garantam a integridade e funcionamento

adequado da mesma ao longo de sua vida útil. Para atendimento da premissa de projeto

de que o variador de velocidades deve ser o mais compacto possível, buscou-se um

material que possuísse elevado limite de escoamento e elevada dureza, possibilitando

utilizar menores valores de largura e módulo para as engrenagens, tornando as mesmas

menores e, consequentemente, o conjunto como um todo também.

Vale ressaltar que, assim como o módulo, número de dentes e outros fatores, a

escolha do material é um processo recursivo, feito por meio de tentativas e avaliação de

suas implicações por parte do projetista. Além disso, deve-se priorizar a escolha de um

material de uso comercial e conhecidamente adequado à aplicação desejada.

Desta forma, o material selecionado foi o aço AISI 4340 temperado (em banho de

óleo) e revenido a 315°C. As propriedades mecânicas de interesse do mesmo de acordo

com [15] são as seguintes:

• Limite de Escoamento (𝑆𝑦) = 1590 MPa;

• Resistência à tração (𝑆𝑢𝑡) = 1720 MPa;

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• Dureza Brinell = 486 HB.

Definido o material, o dimensionamento da largura das engrenagens é calculado

primeiramente a partir de uma estimativa dada pela Equação de flexão de Lewis:

𝜎𝑎𝑑𝑚 =

𝐾𝑣𝑊𝑡

𝑏𝑚𝑌 (6)

onde:

𝑏 é o valor desejado, a largura de face do dente da engrenagem [mm];

𝑚 é o módulo [mm], já determinado;

𝑌 é o fator de forma de Lewis, obtido a partir da tabela da Figura I - 15 do Anexo I (para

o cálculo da largura mínima, utiliza-se o 𝑌 do pinhão, por ser o menor);

𝐾𝑣 é o fator dinâmico. Para engrenagens fresadas, é dado por:

𝐾𝑣 =

6,1 + 𝑉

6,1 (7)

sendo V a velocidade periférica do círculo primitivo em m/s, dada por:

𝑉 =

𝜋𝑑𝑝𝑁

1000 𝑥 60 (8)

e 𝑑𝑝 o diâmetro primitivo da engrenagem [mm], dado por:

𝑑𝑝 = 𝑚𝑍 (9)

𝜎𝑎𝑑𝑚 é a tensão admissível [MPa], dada por:

𝜎𝑎𝑑𝑚 =

𝑆𝑦

𝐶𝑆 (10)

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28

sendo CS o coeficiente de segurança. Para este projeto, com base em [15] adotou-se CS

= 4;

𝑊𝑡 é a força tangencial transmitida [N].

Além da equação (6), recomenda-se que a largura 𝑏 esteja compreendida no

intervalo 3𝑝 < 𝑏 < 5𝑝, onde 𝑝 = 𝑚𝜋 [mm] é o passo diametral.

As larguras mínimas das engrenagens devem ser dimensionadas para a condição

de operação mais severa que cada uma delas sofrerá, que é aquela na qual o torque de seu

eixo é máximo e a velocidade é mínima. Além desta velocidade mínima, foi considerado,

de forma conservadora, que toda a potência nominal do motor é transmitida ao longo do

variador sem perdas. Desta forma, deve-se calcular 𝑊𝑡 como a razão entre esta potência

e essa velocidade.

Desta forma, foram obtidos os resultados conforme a Tabela 3-5 que segue abaixo.

Os cálculos encontram-se no Apêndice A.

Tabela 3-5: Parâmetros para estimativa das larguras das engrenagens cilíndricas

Par engrenado 1-2 3-4 5-6 9-10 / 10-11 12-13

𝑉 [m/s] 1,88 1,52 2,28 0,56 1,14

𝑊𝑡 [N] 5868,35 7258,22 4838,81 19700,88 9677,63

𝐾𝑣 1,308 1,249 1,374 1,092 1,187

𝜎𝑎𝑑𝑚 [MPa] 397,5

𝑌𝑝𝑖𝑛ℎã𝑜 0,404 0,384 0,418 0,353 0,418

𝑏𝑚𝑖𝑛 [mm] 11,96 14,85 10,00 38,32 17,28

3p [mm] 37,70

5p [mm] 62,83

Fonte: Elaboração própria

Com base nestes resultados, para os pares 1-2, 3-4, 5-6 e 12-13 foi escolhida a

largura 𝒃 = 𝟑𝟖 𝒎𝒎, a fim de seguir a recomendação 3𝑝 < 𝑏 < 5𝑝.

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Já para os pares 9-10 e 10-11 do trem de engrenagens do sistema de inversão, foi

escolhida a largura 𝒃 = 𝟓𝟖 𝒎𝒎, necessária para atendimento dos critérios de resistência,

que serão vistos a seguir.

Dois critérios de resistência foram avaliados:

a) Critério de fadiga por flexão

A equação de tensão de flexão de engrenagem é dada por:

𝜎 = 𝑊𝑡𝐾𝑜𝐾𝑣𝐾𝑠

1

𝑏𝑚

𝐾𝐻𝐾𝐵

𝑌𝐽 (11)

onde:

𝐾𝑜 é o fator de sobrecarga;

𝐾𝑣 é o fator dinâmico;

𝐾𝑠 é o fator de tamanho;

𝐾𝐻 é o fator de distribuição de carga;

𝐾𝐵 é o fator de espessura de aro;

𝑌𝐽 é o fator geométrico da resistência à flexão.

E o fator de segurança de flexão dado por:

𝑆𝑓 =

𝑆𝑡𝑌𝑁 𝑌𝜃𝑌𝑍⁄

𝜎 (12)

onde:

𝑆𝑡 é o limite de resistência à flexão [MPa];

𝑌𝑁 é o fator de ciclagem;

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30

𝑌𝜃 é o fator de temperatura;

𝑌𝑍 é o fator de confiabilidade.

Para a determinação de cada um destes fatores, foram consideradas as seguintes

premissas:

i. Carregamento uniforme, visto que a fonte de potência é um motor elétrico,

acionamento uniforme; e a carga a ser transportada pela esteira será

despejada a taxa constante, logo não há choques;

ii. Número de nível de acurácia de transmissão AGMA (𝑄𝑣) = 6;

iii. Dentes das engrenagens sem coroamento;

iv. Engrenagens não se encontram centralizadas em seus eixos;

v. Engrenamento não é ajustado na montagem nem dentes são lapidados;

vi. Condição das engrenagens é “unidades fechadas, comerciais”;

vii. Espessura de aro suficiente para proporcionar suporte completo à raiz dos

dentes;

viii. Aço AISI 4340 de grau 2 e dureza de núcleo de 486 HB;

ix. Temperatura de trabalho inferior a 120°C;

x. Confiabilidade de 90%

xi. Vida útil desejada para o variador de velocidades de 4,5 anos considerando

uma média de 250 dias úteis por ano e 10h de utilização diárias.

b) Critério de desgaste superficial

A equação da tensão de contato de engrenagens é dada por:

𝜎𝑐 = 𝑍𝐸 (𝑊𝑡𝐾𝑜𝐾𝑣𝐾𝑠

𝐾𝐻

𝑑𝑝𝑏

𝑍𝑅

𝑍𝐼)

1 2⁄

(13)

onde:

𝑍𝐸 é o coeficiente elástico [√𝑀𝑃𝑎];

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𝑍𝑅 é o fator de condição de superfície;

𝑍𝐼 é o fator geométrico.

E o fator de segurança para desgaste é dado por:

𝑆𝐻 =

𝑆𝑐𝑍𝑁𝐶𝐻 𝑌𝜃𝑌𝑍⁄

𝜎𝑐 (14)

onde:

𝑆𝑐 é o limite de resistência ao crateramento [MPa];

𝑍𝑁 é o fator de ciclagem;

𝐶𝐻 é o fator de razão de dureza.

A partir destes dois critérios, deve-se comparar para todas as engrenagens os

valores de 𝑆𝑓 e 𝑆𝐻2para verificar se a flexão ou o desgaste é o fator de risco para o

funcionamento. O cálculo detalhado destes fatores de segurança encontra-se no apêndice

A e todas os gráficos e tabelas utilizados para determinação dos fatores envolvidos

encontram-se no anexo I. Os resultados obtidos são mostrados abaixo:

Tabela 3-6: Fatores de segurança obtidos para as engrenagens cilíndricas

Par engrenado 𝑏 [mm]

𝑆𝑓 𝑆𝐻 𝑆𝐻2

Pinhão Coroa Pinhão Coroa Pinhão Coroa

1-2

38

3,75 3,90 2,06 2,08 4,25 4,31

3-4 2,96 3,28 1,69 1,71 2,84 2,92

12-13 2,44 2,44 1,81 1,81 3,27 3,27

9-10 / 10-11 58 1,51 1,54 1,10 1,11 1,22 1,22

Fonte: Elaboração própria

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Por simplicidade, o par 5-6 foi omitido, visto que o par 12-13, que possui os

mesmos números de dentes, é mais solicitado. Analisando os resultados obtidos, pode-se

ver que os pares mais solicitados são aqueles do trem de reversão, pois apresentam os

menores coeficientes de segurança. Além disso, verifica-se que o desgaste será o fator de

maior risco. Com base em [15], os valores acima encontrados são considerados aceitáveis,

portanto, as larguras mostradas estão aprovadas por ambos os critérios de

dimensionamento.

A partir dos valores encontrados para o número de dentes, módulo e largura das

engrenagens cilíndricas de dentes retos, define-se sua geometria de acordo com a imagem

e as relações mostradas abaixo:

Figura 3-3: Geometria das engrenagens cilíndricas de denters retos

Fonte: [17]

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33

3.2.3 Cálculo da largura das engrenagens cônicas de dentes retos

Em função da maior complexidade construtiva das engrenagens cônicas,

apresenta-se inicialmente a geometria do engrenamento com suas dimensões principais

de acordo com a figura mostrada abaixo:

Figura 3-4: Geometria das engrenagens cônicas de dentes retos

Fonte: [17]

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34

Recomenda-se em [15] que a largura de face dos dentes, símbolo 𝐿 de acordo com

a figura acima, seja dada por:

𝐿 = min (0,3𝑅 , 10𝑚) (15)

Fazendo-se os cálculos, obtém-se então que 𝐿 = min (33,54 , 40). Portanto, foi

escolhido o valor 𝑳 = 𝟑𝟒 𝒎𝒎 para o par de engrenagens cônicas 7-8.

Cabe agora avaliar se este valor selecionado é adequado. Para tal, assim como

para as engrenagens cilíndricas, será utilizada a metodologia AGMA apresentada em

[15], que também é baseada nos mesmos critérios de resistência. Para engrenagens

cônicas de dentes retos, estes critérios são definidos da seguinte forma:

a) Critério de fadiga por flexão

A equação da tensão de flexão da engrenagem é dada por:

𝜎𝐹 =

𝑊𝑡

𝐿

𝐾𝐴𝐾𝑣

𝑚

𝑌𝑥𝐾𝐻𝛽

𝑌𝛽𝑌𝐽

(16)

onde:

𝐾𝐴 é o fator de sobrecarga;

𝑌𝑥 é o fator de tamanho para flexão;

𝐾𝐻𝛽 é o fator de distribuição de carga;

𝑌𝛽 é o fator de curvatura ao longo do comprimento para resistência à flexão.

E o fator de segurança de flexão dado por:

𝑆𝐹 =

𝜎𝐹 𝑙𝑖𝑚𝑌𝑁𝑇 𝐾𝜃𝑌𝑍⁄

𝜎𝐹

(17)

onde:

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𝜎𝐹 𝑙𝑖𝑚 é o número de tensão de flexão;

𝑌𝑁𝑇 é o fator de ciclagem de tensão para resistência à flexão;

𝐾𝜃 é o fator de temperatura.

b) Critério de desgaste superficial

A equação da tensão de contato na engrenagem é dada por:

𝜎𝐻 = 𝑍𝐸 (

𝑊𝑡

𝐿𝑑𝑝𝑍𝐼𝐾𝐴𝐾𝑣𝐾𝐻𝛽𝑍𝑋𝑍𝑋𝐶)

1 2⁄

(18)

onde:

𝑍𝐸 é o coeficiente elástico para resistência à cavitação [√𝑀𝑃𝑎];

𝑍𝐼 é o fator geométrico para a resistência de cavitação;

𝑍𝑋 é o fator de tamanho para a resistência à cavitação;

𝑍𝑋𝐶 é o fator de coroamento para resistência à cavitação.

E o fator de segurança para desgaste é dado por:

𝑆𝐻 =

𝜎𝐻 𝑙𝑖𝑚𝑍𝑁𝑇𝑍𝑊 𝐾𝜃𝑍𝑍⁄

𝜎𝐹

(19)

onde:

𝜎𝐻 𝑙𝑖𝑚 é o número admissível da tensão de contato;

𝑍𝑁𝑇 é o fator de ciclagem de tensão para resistência à cavitação;

𝑍𝑊 é o fator de razão de dureza;

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𝑍𝑍 é o fator de confiabilidade.

Para a definição destes fatores dos dois critérios, são válidas aqui também as

premissas i, ii, iii, viii, ix, x e xi consideradas na seção 3.2.2. Adicionalmente a estas,

também foram consideradas as seguintes:

I. Para o cálculo de 𝑊𝑡, considerou-se no cálculo da velocidade periférica o

raio primitivo médio, ou seja, aquele correspondente ao centro da face dos

dentes. Como essa velocidade é menor do que aquela na extremidade

posterior (mais larga) do dente, o cálculo de 𝑊𝑡 tornou-se, pois, mais

conservador;

II. Para o cálculo de 𝐾𝑣, por outro lado, foi considerada a velocidade na

extremidade posterior do dente, conforme definido por [15]. Neste caso,

esta é também a situação mais conservadora;

III. Somente uma das engrenagens do par estará montada entre mancais, visto

que o pinhão cônico estará montado em balanço no eixo I.

Os fatores de segurança obtidos foram, portanto:

Tabela 3-7: Fatores de segurança obtidos para as engrenagens cônicas

Par engrenado 𝐿 [mm]

𝑆𝑓 𝑆𝐻 𝑆𝐻2

Pinhão Coroa Pinhão Coroa Pinhão Coroa

7-8 34 1,62 1,39 1,43 2,10 2,04 4,43

Fonte: Elaboração própria

Os coeficientes de segurança obtidos foram satisfatórios, portanto, a largura de

34mm é adequada. Comparando-se os valores de 𝑆𝑓 e 𝑆𝐻2, conclui-se então que, para as

engrenagens cônicas, a flexão é o fator de risco para o funcionamento.

Tanto para as engrenagens cilíndricas quanto para as cônicas, todos os cálculos de

dimensionamento são mostrados detalhadamente no apêndice A. Além das dimensões

obtidas conforme aqui mostrado, para o projeto (desenho) das engrenagens, decisões

construtivas adicionais foram tomadas com base nas recomendações de [12].

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37

Dimensionamento dos eixos-árvore

3.3.1 Disposição geométrica

O dimensionamento dos eixos inicia-se com um esboço dos mesmos onde são

estimados seus comprimentos. Esta estimativa foi feita partir dos resultados obtidos para

as larguras das engrenagens cilíndricas e diâmetros das engrenagens cônicas;

aproximações para a largura de rolamentos e ressaltos; distâncias entre engrenagens nos

blocos deslizantes para montagem e desmontagem adequada; distâncias calculadas entre

engrenagens fixas para deslocamento adequado dos blocos deslizantes; e o

posicionamento dos demais componentes do variador, para que não houvesse

interferências.

Além disso, a geometria já foi pré-determinada tendo como objetivo a facilidade

de montagem. O escalonamento dos eixos possibilita que os ressaltos funcionem como

batente para posicionamento axial dos elementos, reduzindo o número de buchas

espaçadoras, além de transmitir a carga axial no eixo II. Deve-se ressaltar que nas

transições de diâmetros, adoçamentos com raios generosos foram feitos visando uma

redução significativa das concentrações de tensão nestas regiões. Anéis de retenção foram

utilizados somente nas extremidades, pois são de difícil montagem e causam grandes

concentrações de tensão quando posicionados no meio dos eixos.

3.3.2 Carregamento suportado pelos eixos

a) Torques máximos

Assim como as engrenagens, os eixos devem ser dimensionados para a situação

de operação mais crítica. Essa situação ocorre quando cada eixo gira com sua rotação

mínima, fazendo com que o torque transmitido pelo mesmo e as forças nas engrenagens

sejam máximos. Deve-se atentar que este torque atuará no eixo somente na região entre

as engrenagens (ou polia e engrenagem, no caso do eixo I) que estão transmitindo o

movimento. Como consequência disso, quando o par 9-10 estiver engrenado, o torque

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resultante no eixo IV será zero. Entretanto, nesta situação o momento fletor torna-se bem

mais significativo, fazendo com que a mesma seja a mais crítica para o eixo IV.

Como os eixos giram com torção constante, a mesma é estável e, portanto, o torque

alternante (𝑇𝑎) será nulo. Logo, os torques máximos apresentados na tabela abaixo, cujos

cálculos também se encontram no apêndice A, correspondem ao torque médio (𝑇𝑚).

Tabela 3-8: Torques máximos nos eixos-árvore

Torque máximo (situação mais crítica)

[N.m]

Velocidade do

eixo [RPM]

Eixo I 275,81 382

Eixo II 551,62 191

Eixo III 1103,25 95,5

Eixo V 1103,25 95,5

Eixo IV

Torque máximo

(par 12-13

engrenado) [N.m]

Torque na situação

mais crítica (par 9-

10 engrenado) [N.m]

Velocidade do

eixo [RPM]

1142,65 0 92,2

Fonte: Elaboração própria

b) Forças cortantes, momentos fletores e reações nos mancais

As forças cortantes que atuam nos eixos são as forças de contato das engrenagens

e a força de tração proveniente das correias. O cálculo de todas estas forças encontra-se

no apêndice A. Os resultados das forças nas engrenagens são mostrados na Tabela 3-9,

onde 𝑊𝑡, 𝑊𝑟 e 𝑊𝑎 são as componentes tangencial, radial e axial, respectivamente. As

forças de tração atuantes nas correias são mostradas na Tabela 3-10, onde 𝐹1 é a tração

do lado tenso e 𝐹2 é a tração do lado frouxo para uma correia, 𝐹𝑅1 é a força resultante

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entre estas e 𝐹𝑇 é a força total exercida pelas 6 correias sobre o eixo I. Devido ao fato de

que no momento do dimensionamento dos eixos ainda não era sabido qual seria a posição

do motor elétrico e, consequentemente, o ângulo das correias em relação ao eixo I, o

cálculo para este eixo considerou de forma conservadora 𝐹𝑇 atuando integralmente em

ambos os planos analisados.

Tabela 3-9: Forças nas engrenagens

Par engrenado

Componente

da força 1-2 3-4 5-6

7-8 9-10/10-

11 12-13

Pinhão Coroa

𝑊𝑡 [N] 5868,35 7258,22 4838,81 6341,24 6341,24 19700,89 9677,63

𝑊𝑟 [N] 2135,90 2641,78 1761,18 2064,36 1032,18 7170,54 3522,37

𝑊𝑎 [N] 0 0 0 6341,24 2064,36 0 0

Fonte: Elaboração própria

Tabela 3-10: Forças nas correias

Forças nas correias

𝐹1 [N] 𝐹2 [N] 𝐹𝑅1 [N] 𝐹𝑇

[N]

505,24 118,77 621,43 3728,58

Fonte: Elaboração própria

As forças axiais presentes nas engrenagens cônicas deverão ser absorvidas pelos

mancais. Todas as demais forças atuarão como forças cortantes. A partir delas, foram

obtidos os diagramas de corpo livre, de força cortante e de momento fletor para todos os

eixos em suas condições de operação mais críticas, indicadas na Tabela 3-11 abaixo:

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40

Tabela 3-11: Situações críticas dos eixos-árvore

Eixo I Eixo II Eixo III Eixo IV Eixo V

Situação mais

crítica

Para este

eixo só há

uma

configuração

possível

Quando o

par 3-4

estiver

engrenado

Quando os

pares 3-4 e

9-10

estiverem

engrenados

Quando o

par 9-10

estiver

engrenado

Quando o

par 9-10

estiver

engrenado

Fonte: Elaboração própria

Deve-se notar que as forças mostradas nas tabelas 3-9 e 3-10 atuam em dois planos

diferentes. Portanto, para análise completa dos esforços atuantes nos eixos, é necessário

que para cada um deles sejam desenvolvidos estes diagramas em dois planos diferentes,

definidos de acordo com o referencial mostrado no diagrama cinemático.

Inicialmente, estes diagramas foram construídos com base nas primeiras

estimativas de comprimento dos eixos. A partir dos resultados obtidos, os eixos foram

pré-dimensionados, possibilitando o dimensionamento e seleção dos demais elementos

dependentes deles. Estes, por sua vez, permitiram a obtenção da configuração final dos

eixos. Tendo estas configurações finais, os diagramas de corpo livre, força cortante e

momento fletor de todos os eixos foram então refinados. O dimensionamento dos eixos

foi então atualizado para levar em conta as modificações feitas, chegando-se em seus

projetos finais. Por fim, os elementos dependentes foram também verificados.

Os diagramas foram construídos a partir do software online [18]. Como exemplo,

são mostrados os diagramas obtidos para o eixo II nas Figura 3-5 Figura 3-6 para os

planos vertical (XY) e horizontal (XZ), respectivamente. Para os demais eixos, os

diagramas obtidos podem ser vistos no apêndice A. Todos eles correspondem às

configurações finais obtidas para os eixos em suas situações mais críticas.

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Figura 3-5: DCL, DFC e DMF eixo II, plano vertical (XY)

Fonte: Elaboração própria, a partir de [18].

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Figura 3-6: DCL, DFC e DMF eixo II, plano horizontal (XZ)

Fonte: Elaboração própria, a partir de [18].

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43

Como os eixos giram com flexão constante, as tensões de flexão são

completamente reversas, e, portanto, o momento fletor médio (𝑀𝑚) será nulo. Portanto,

os momentos fletores obtidos nos diagramas correspondem ao alternante (𝑀𝑎).

Um ponto a ser destacado nos diagramas de corpo livre obtidos é que os mesmos

já apresentam também as componentes das reações dos mancais. Essa informação será

utilizada mais adiante no dimensionamento dos rolamentos.

3.3.3 Critério de dimensionamento

Para o dimensionamento de eixos-árvore sujeitos a carregamentos cíclicos,

existem diferentes critérios de falha por fadiga. Alguns deles podem ser vistos de forma

comparativa no gráfico mostrado abaixo:

Figura 3-7: Comparação gráfica entre os critérios de dimensionamento de eixos

Fonte: [15]

Para cada um dos critérios, a região do gráfico tensão média (𝜎𝑚) x tensão

alternante (𝜎𝑎) abaixo de sua respectiva linha define a zona de segurança do estado de

tensões, ou seja, aquela zona na qual, com certa probabilidade, não ocorrerá falha.

Pela análise do gráfico, percebe-se que a área mais restrita é aquela determinada

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44

pela linha de Soderberg. Este critério previne qualquer escoamento. Portanto, além da

falha por fadiga, o mesmo se resguarda também da possibilidade de falha estática no

primeiro ciclo de carga [15], que corresponde a situação de partida do motor elétrico,

quando o torque no eixo (conjugado de partida) é bem superior ao nominal. Dadas estas

características, o critério de Soderberg foi o escolhido para o dimensionamento dos eixos

neste projeto.

De acordo com [15], o cálculo do diâmetro mínimo pelo critério de Soderberg é

dado por:

𝑑𝑚𝑖𝑛 = (

16𝑛

𝜋{

1

𝑆𝑒

[4(𝐾𝑓𝑀𝑎)2

+ 3(𝐾𝑓𝑠𝑇𝑎)2]

1 2⁄

+1

𝑆𝑦

[4(𝐾𝑓𝑀𝑚)2

+ 3(𝐾𝑓𝑠𝑇𝑚)2]

1 2⁄

})

1 3⁄

(20)

onde:

𝑛 é o fator de segurança;

𝐾𝑓 é o fator de concentração de tensão de fadiga em flexão;

𝐾𝑓𝑠 é o fator de concentração de tensão de fadiga em torção;

𝑀𝑎 é o momento fletor alternante [N.m];

𝑀𝑚 é o momento fletor médio [N.m];

𝑇𝑎 é o torque alternante [N.m];

𝑇𝑚 é o torque médio [N.m];

𝑆𝑦 é o limite de escoamento do material do eixo [MPa];

𝑆𝑒 é limite de resistência à fadiga [MPa], dado por:

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𝑆𝑒 = 𝑘𝑎𝑘𝑏𝑘𝑐𝑘𝑑𝑘𝑒𝑘𝑓𝑆𝑒′ (21)

onde:

𝑘𝑎 é o fator de superfície;

𝑘𝑏 é fator de tamanho;

𝑘𝑐 é o fator de carregamento;

𝑘𝑑 é o fator de temperatura;

𝑘𝑒 é o fator de confiabilidade;

𝑘𝑓 é o fator de efeitos diversos;

𝑆𝑒′ é o limite de resistência à fadiga do corpo de prova de viga rotativa [MPa].

Conforme explicado anteriormente, 𝑇𝑎 = 𝑀𝑚 = 0, o que já simplifica

significativamente a equação (20).

O cálculo dos fatores da equação (21) para todos os eixos pode ser visto no

apêndice A e as tabelas utilizadas estão no anexo I. Para tal, foi considerado que os eixos

serão usinados (torneados), o carregamento é predominantemente flexional,

confiabilidade é de 95% e efeitos de temperatura e adicionais são desprezíveis. Os fatores

de concentração de tensão 𝐾𝑓 e 𝐾𝑓𝑠 da equação (20) foram calculados com base em [19]

e [15]. Estes cálculos e os gráficos utilizados para os mesmos também se encontram no

apêndice A e anexo I, respectivamente.

3.3.4 Seleção do material dos eixos

Como visto na seção anterior, o dimensionamento dos eixos depende diretamente

das propriedades de seu material, pois a tensão de escoamento está presente na equação

(20) e o valor calculado do limite de resistência à fadiga, também presente nesta equação,

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depende diretamente do valor da resistência à tração do material. A deflexão dos eixos é

função da geometria e do módulo de elasticidade, que é essencialmente constante para

todos os aços [15]. Consequentemente, para eixos, a resistência do material é de fato o

que manda na seleção, em detrimento da rigidez.

Tendo como objetivo a redução dos diâmetros dos eixos e de seus componentes

dependentes, assim como para as engrenagens, foi selecionado aqui também o aço AISI

4340 temperado (em banho de óleo) e revenido a 315°C, cujas propriedades de interesse

são mostradas novamente abaixo:

• Limite de Escoamento (𝑆𝑦) = 1590 Mpa;

• Resistência à tração (𝑆𝑢𝑡) = 1720 Mpa.

3.3.5 Identificação das seções críticas e diâmetros mínimos obtidos

Para o dimensionamento dos eixos, não se faz necessário avaliar as tensões em

cada ponto. A identificação de poucos locais potencialmente críticos e o cálculo do

diâmetro mínimo para estas seções já é suficiente para a determinação da geometria

completa do eixo. Como os eixos do projeto são escalonados, este fato é de grande valia

em termos de facilitar o processo de dimensionamento. As seguintes características

servem como indicativo de pontos críticos [15]:

• Locais na superfície do eixo, onde as tensões são máximas;

• Seções onde o momento fletor é elevado;

• Região do eixo onde o torque esteja presente;

• Presença de concentradores de tensão.

Desta forma, as seções potencialmente críticas avaliadas para cada um dos eixos

são mostradas na Figura 3-8, identificadas por letras.

Para todos os eixos, o fator de segurança da equação (20) utilizado foi 𝑛 = 1,4

(com base em [15]).

Na Tabela 3-12, são mostrados os diâmetros mínimos calculados para as seções

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críticas e os diâmetros adotados no projeto, mostrando que são adequados. Estes cálculos

podem ser vistos no apêndice A.

Figura 3-8: Seções críticas avaliadas dos eixos

a) Eixo I

b) Eixo II

c) Eixo III

d) Eixo IV

e) Eixo V

Fonte: elaboração própria

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Tabela 3-12: Diâmetros calculados e de projeto dos eixos-árvore

Diâmetro mínimo calculado / Diâmetro de projeto [mm]

Seção A B C D

Eixo I 34,03 / 36 34,20 / 40 - -

Eixo II 47,21 / 50 57,29 / 57,5 47,80 / 57,5 55,32 / 55

Eixo III 54,49 - - -

Eixo IV 44,10 54,21 - -

Eixo V 44,07 54,96 - -

Fonte: Elaboração própria

Para a seção D do eixo II, embora o diâmetro de projeto seja inferior ao mínimo

calculado, a diferença é pequena. Além disso, deve-se levar em conta que o método de

Soderberg é o mais conservador dentre todos e ainda está sendo considerado com fator

de segurança n = 1,4. Portanto, o diâmetro de projeto de 55 mm desta seção foi

considerado adequado.

3.3.6 Dimensionamento das estrias do eixo III

Conforme citado anteriormente, o eixo III será estriado. Isso tem por objetivo

permitir que, além da transmissão de torque e movimento do eixo para os blocos, estes

sejam capazes de deslocar-se axialmente quando a posição das manivelas for alterada.

Comparativamente a uma transmissão por chavetas, as estrias suportam torques

mais elevados e apresentam concentrações de tensão bastante moderadas, além de

permitirem ajustes deslizantes mais folgados, facilitando o movimento axial [15].

Os perfis de eixos estriados são definidos por normas de acordo com a aplicação

desejada. Para este projeto, o eixo III foi projetado de acordo com a norma DIN 5471,

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adequada para máquinas de acordo com [20]. A padronização estabelecida pela norma é

apresentada abaixo:

Figura 3-9: Dimensões padronizadas de estrias (DIN 5471)

Fonte: [20]

A partir do resultado obtido na seção 3.3.5 e de acordo com a Figura 3-9, foram

então escolhidas as seguintes dimensões para a seção estriada do eixo III:

• 𝑑 = 52 𝑚𝑚

• 𝐷 = 60 𝑚𝑚

• 𝑏 = 14 𝑚𝑚

No dimensionamento do eixo III, não foram considerados efeitos de concentração

de tensão, como pode ser visto no apêndice A. De acordo com [21], para o eixo estriado,

deve-se calculá-lo como se fosse simplesmente um cilindro com o diâmetro 𝑑 da raiz das

estrias, pois a concentração de tensões nesta região é compensada pelo aumento da área

resistente causado pelas estrias. O diâmetro 𝑑 do perfil escolhido, embora ligeiramente

menor do que o diâmetro mínimo calculado para o eixo III, foi considerado adequado

tendo em conta que o critério de dimensionamento é bastante conservador e que foi usado

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um fator de segurança 𝑛 = 1,4. Esta decisão foi tomada porque a escolha do perfil acima

(58x65x16) pareceu exagerada, indo contra a premissa básica de projeto de que o variador

seja o mais compacto possível.

Após a seleção do perfil das estrias, deve-se verificar sua resistência para as

condições de operação. As estrias podem falhar devido à compressão ou ao cisalhamento.

Portanto, deve-se avaliar os fatores de segurança para ambos os casos, que, de acordo

com [21], são definidos respectivamente por:

𝐹𝑆𝑐𝑜𝑚𝑝 =𝑆𝑦

𝜎𝑥

(22)

e

𝐹𝑆𝑐𝑖𝑠 =0,577𝑆𝑦

𝜏𝑥𝑦

(23)

onde 𝜎𝑥 é definido por:

𝜎𝑥 =3𝑇(𝐷 − 𝑑)

𝑑𝐿𝑏2𝑛𝑒

(24)

e 𝜏𝑥𝑦, por:

𝜏𝑥𝑦 =2𝑇

𝑑𝐿𝑏𝑛𝑒

(25)

onde:

𝑇 é o torque máximo transmitido pelo eixo III [N.m];

𝑛𝑒 é o número de estrias, igual a 4;

𝐿 é o comprimento de contato das estrias [mm], ou seja, o comprimento dos blocos

deslizantes. Para verificação da situação mais crítica, deve-se então tomar o menor valor,

correspondente ao bloco duplo.

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Finalmente, define-se então o fator de segurança global, dado por:

𝐹𝑆𝑔𝑙𝑜𝑏𝑎𝑙 =

𝑆𝑦

𝜎𝑉𝑀

(26)

onde 𝜎𝑉𝑀 é a tensão de Von Mises, dada por:

𝜎𝑉𝑀 = √𝜎𝑥

2 + 3𝜏𝑥𝑦2

(27)

Desta forma, os fatores de segurança obtidos, claramente satisfatórios, são

mostrados na tabela abaixo:

Tabela 3-13: Fatores de segurança obtidos para as estrias

𝐹𝑆𝑐𝑜𝑚𝑝 368,44

𝐹𝑆𝑐𝑖𝑠 182,22

𝐹𝑆𝑔𝑙𝑜𝑏𝑎𝑙 163,42

Fonte: Elaboração própria

Dimensionamento das chavetas

Além do eixo estriado abordado anteriormente, para possibilitar as demais

transmissões entre eixos, engrenagens e polia maior, bem como a montagem entre

engrenagens para formação dos blocos deslizantes, foram utilizadas chavetas.

Todas as chavetas utilizadas são paralelas tipo A (DIN 6885), que possibilitam

uma fabricação bem simples dos rasgos do eixo e do cubo e causam menores

concentrações de tensão quando comparadas ao tipo B. As chavetas são elementos

comerciais fabricados de acordo com padronizações de tamanho. Para as chavetas

paralelas, o padrão é mostrado abaixo:

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Figura 3-10: Dimensões padronizadas de chavetas paralelas

Fonte: [17]

Desta forma, em função do diâmetro do eixo a acomodar a chaveta e largura do

cubo, foram determinadas as dimensões de todas elas. Para tal, além da figura 3-10, foi

utilizado o catálogo do fabricante Rezler para verificação de quais são os comprimentos

comerciais e para obtenção do valor do raio no fundo dos rasgos dos eixos, utilizado no

cálculo dos fatores de concentração de tensão dos mesmos. Este catálogo é apresentado

no anexo II.

O material selecionado para as chavetas foi o aço SAE 1045 estirado a frio, cujas

propriedades de interesse são, de acordo com [15]:

• Limite de Escoamento (𝑆𝑦) = 530 Mpa;

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• Resistência à tração (𝑆𝑢𝑡) = 630 Mpa.

Escolhidas as dimensões, deve-se verificar a resistência das chavetas. Assim como

as estrias, os fatores de segurança de compressão e cisalhamento devem ser avaliados.

Conforme [20], aqui as tensões são dadas por:

𝜎𝑥 =

4𝑇

𝑑ℎ𝐿

(28)

e

𝜏𝑥𝑦 =

2𝑇

𝑑𝑏𝐿

(29)

onde:

𝑇 é o torque máximo no eixo [N.m];

𝑑 é o diâmetro do eixo [mm];

ℎ é a altura da chaveta [mm];

𝑏 é a largura da chaveta [mm];

𝐿 é o comprimento da chaveta [mm].

Com base em [15], foi determinado que o fator de segurança mínimo para as

chavetas seria igual a 2. Os fatores de segurança são definidos aqui como na seção 3.3.6.

Os resultados obtidos para as 12 chavetas são apresentados na Tabela 3-14, mostrando

que as escolhas foram adequadas.

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Tabela 3-14: Dimensões e fatores de segurança das chavetas

Chavetas

Eixo/Bloco I II IV V Duplo Triplo

Posição Eng.

7 Polia

Eng.

1

Eng. 3 e

5

Eng.

8

Eng.

10

Eng. 11

e 13 Saída - -

𝑏 [mm] 12 10 14 16 16 16 16 14 22 22

ℎ [mm] 8 8 9 10 10 10 10 9 14 14

𝐿 [mm] 28 22 36 45 45 45 45 80 70 110

𝐹𝑆𝑐𝑜𝑚𝑝 4,30 3,04 3,89 6,22 5,94 2,87 2,97 4,32 9,42 14,80

𝐹𝑆𝑐𝑖𝑠 7,45 4,39 6,99 11,48 10,98 5,30 5,49 7,76 17,07 26,83

𝐹𝑆𝑔𝑙𝑜𝑏𝑎𝑙 3,73 2,50 3,40 5,47 5,23 2,52 2,61 3,78 8,25 12,96

Fonte: Elaboração própria

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4. Dimensionamento e seleção dos demais componentes

Apesar de serem os principais responsáveis por prover o movimento, os elementos

de transmissão não são os únicos que constituem o variador de velocidades. Uma série de

outras peças são necessárias para que este apresente um funcionamento adequado. Elas

assumem funções relacionadas a suporte, fixação, posicionamento, lubrificação,

manuseio, entre outras. A seguir, será mostrado o dimensionamento e/ou seleção destas

peças.

Dimensionamento e seleção dos rolamentos

Para o suporte de todos os eixos-árvore do variador, serão utilizados mancais de

rolamento. Neste tipo de mancal, a transferência de carga do eixo ocorre através do

contato de elementos rolantes, ao invés de um contato de deslizamento como ocorre nos

mancais de deslizamento. Esse tipo de contato garante aos rolamentos um atrito muito

inferior [15], o que possibilita perdas de potência praticamente desprezíveis e

temperaturas de operação relativamente baixas.

A seleção e dimensionamento dos rolamentos foi feita a partir do Catálogo

Interativo da fabricante SKF [22].O critério de dimensionamento é baseado na vida útil

esperada do rolamento, e é função da carga a ser suportada, velocidade de rotação,

confiabilidade adotada no cálculo e condições operacionais e ambientais. A SKF

distingue dois tipos de vida nominal: a vida nominal básica, definida pela ISO 281, e a

vida nominal ajustada SKF. Esta última leva em conta uma série de fatores adicionais à

primeira, como por exemplo grau de contaminação, temperatura, lubrificação e

montagem adequada.

Ainda de acordo com a fabricante, caso tenha-se experiência com as condições

operacionais relacionadas a estes fatores e saiba-se que elas não têm influência

significativa à vida útil dos rolamentos nas condições de trabalho, deve-se utilizar o

cálculo da vida nominal ISO 281 [23]. Como a definição dos fatores citados pode ser bem

complexa, por simplicidade, foi assumido que eles são insignificantes. Portanto, para uma

confiabilidade de 90%, o cálculo da vida nominal é simplesmente:

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𝐿10 = (

𝐶

𝑃)

𝑝

(30)

onde:

𝐿10 é a vida nominal básica (com 90% de confiabilidade) [milhões de revoluções];

𝐶 é a capacidade de carga dinâmica do rolamento [kN];

𝑃 é a carga dinâmica equivalente do rolamento [kN];

𝑝 é expoente da equação de vida, sendo 𝑝 = 3 para rolamentos de esferas e 𝑝 = 10/3

para rolamentos de rolos.

Dos parâmetros da equação (30), é calculado o valor mínimo de 𝐿10 em função da

vida útil desejada do variador de velocidades, mencionada na seção 3.2.2, e considerando,

de forma conservadora, que os eixos trabalharão a vida inteira em suas velocidades

máximas. 𝐶 é característica do rolamento e seu valor é tabelado. Já o valor de 𝑃 é definido

a partir do carregamento suportado pelos mancais: forças axiais atuarão somente naqueles

dos eixos I e II, induzidas pelas engrenagens cônicas, e suas magnitudes são relativamente

pequenas comparadas às forças radiais. Para um determinado rolamento, a força radial

atuante no mesmo é calculada pela soma vetorial das reações vertical e horizontal deste

apoio, obtidas pelos diagramas de corpo livre do eixo em ambos os planos. Este cálculo

é mostrado no apêndice A para todos os apoios (mancais de rolamento).

A fim de agilizar o processo de dimensionamento e seleção, os valores de 𝐿10

foram obtidos a partir da ferramenta “Bearing Calculator” [24] disponibilizada no

website da SKF. As capturas de tela mostrando os inputs e os resultados para os

rolamentos selecionados são apresentadas no apêndice A.

No processo de seleção, considerando que para um mesmo eixo os rolamentos

seriam iguais, inicialmente buscou-se por rolamentos rígidos de esferas, por serem o tipo

mais comumente utilizado. Entretanto, devido à restrição do espaço disponível e/ou às

elevadas cargas radiais, para os rolamentos dos eixos I, IV e V foi necessário buscar outras

soluções. Desta forma, enquanto para os eixos II e III foram selecionados rolamentos

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rígidos de esferas de uma carreira, para os eixos I e V foram selecionados rolamentos de

rolos cilíndricos de uma carreira e para o eixo IV, rolamentos autocompensadores de

rolos. Estes três tipos de rolamentos são mostrados de forma comparativa e ilustrativa na

Figura 4-1.

Figura 4-1: Tipos de rolamentos usados no projeto

a) rígido de esferas

(uma carreira)

b) rolos cilíndricos

(uma carreira)

c) autocompensadores

de rolos

Fonte: [25]

Os modelos dos rolamentos selecionados são apresentados abaixo na Tabela 4-1.

Os dados dos mesmos estão presentes no anexo II.

Tabela 4-1: Modelos dos rolamentos SKF selecionados

Eixo I Eixo II Eixo III Eixo IV Eixo V

Rolamento

selecionado NJ 2308 ECP 6210 6409 22210 E NU 2210 ECM

Fonte: Elaboração própria

Carcaça e tampas

Seguindo a premissa básica de projeto, objetivou-se uma carcaça o mais compacta

possível sem comprometer suas funcionalidades. Seu projeto foi baseado em [12], onde

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tabelas e desenhos apresentam recomendações dimensionais e de modelos

tradicionalmente utilizados para a aplicação desejada. Além destas recomendações,

logicamente, diversas decisões construtivas foram tomadas com base nas particularidades

do projeto, visando a obtenção de um bom desempenho, segurança e conveniência aos

operadores.

A carcaça deverá ser fabricada em ferro fundido cinzento, que é o material mais

usado para esta aplicação devido à facilidade de fundição, boa usinabilidade e

amortecimento de vibrações [15].

A carcaça será bipartida, sendo as partes inferior e superior aqui chamadas de base

e tampa maior, respectivamente. Estas partes, quando unidas, atuarão como estrutura de

suporte e fixação dos rolamentos juntamente com as tampas laterais. A base atua como

suporte inferior para todos os rolamentos. A tampa maior, quando montada junto à base,

servirá como suporte superior aos rolamentos mais externos da caixa de engrenagens.

Para os rolamentos mais internos, este suporte superior será fornecido por uma outra peça

de montagem independente, chamada de tampa interna. As tampas laterais, por sua vez,

fecham os furos da carcaça, isolando o contato com o meio externo. Além disso, por

estarem em contato com os rolamentos mais externos, impedem que os mesmos se

desloquem axialmente.

Outra função da base é sua atuação como cárter, armazenando o óleo utilizado

para lubrificação. Para facilitar o esvaziamento do mesmo, o fundo da base é dotado de

uma inclinação que permite direcionar o óleo para o bujão de drenagem.

Na tampa maior são montados os seguintes outros componentes:

• Tampa de lubrificação: uma tampa rosqueada possibilitando fácil acesso para

enchimento do cárter com o óleo lubrificante;

• Vareta de medição do óleo: localizada na parte lateral, permite que, mesmo

durante a operação, o operador verifique facilmente o nível do óleo;

• Conjuntos manivela-alavanca, que, por atravessarem a carcaça, se fossem

localizados na base da mesma, poderiam causar problemas relacionados à

vedação;

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59

• Tampa para montagem das alavancas: como os conjuntos manivela-alavanca

localizam-se na parte superior da carcaça, é necessário que haja uma “janela” na

tampa maior para possibilitar a montagem das alavancas aos blocos deslizantes

após a união entre a base e a tampa maior. Desta forma, ainda haverá acesso ao

interior da caixa de engrenagens através desta janela. Após montadas as alavancas,

esta janela deve ser fechada pela tampa em questão.

Mancal direito do eixo IV

Para permitir a movimentação do bloco duplo, o eixo IV deve possuir

comprimento limitado. Desta forma, enquanto o rolamento esquerdo (na referência do

diagrama cinemático, Figura 2-1) é suportado pela base da carcaça mais a tampa interna,

para o rolamento da direita deverá haver uma estrutura adicional para seu suporte.

Para todos os demais rolamentos, as partes da carcaça mais as tampas funcionam

como mancais bipartidos. Devido à limitação do espaço disponível entre os eixos III e V,

não seria possível introduzir um mancal bipartido para o rolamento direito do eixo IV,

pois os elementos de fixação deste mancal ficariam no mesmo plano dos eixos, o que

demandaria mais espaço.

Desta forma, o mancal em questão foi projetado como uma peça única, onde o

rolamento deve ser montado com ajuste por interferência. O mancal, por sua vez, deve

ser montado por parafusos junto à base da carcaça. Entretanto, deve-se atentar que, caso

os furos fossem feitos diretamente no fundo da base, problemas de vedação poderiam

ocorrer. Para evitar esse problema, o projeto da base da carcaça incluiu um ressalto com

furos roscados não-passantes sobre o qual o mancal deve ser fixado.

Mesmo projetando o mancal desta forma, a limitação de espaço permitiu apenas

uma pequena espessura de parede para o mesmo. Como os rolamentos do eixo IV

suportarão as cargas mais elevadas do projeto, decidiu-se fazer uma análise estrutural para

verificar se o mancal suportaria as condições de carregamento.

Para tal, foi feita uma simulação estática simples por elementos finitos utilizando

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o SolidWorks 2016, que é o mesmo software CAD que fora utilizado para a modelagem

3D do projeto e elaboração do desenho de conjunto, presente no anexo III.

Foram avaliados os carregamentos sofridos por este mancal para as quatro

situações de operação possíveis do eixo IV. Na Figura 4-2, para cada uma destas

situações, é mostrada a distribuição de tensões de Von Mises na peça.

Figura 4-2: Distribuição de tensões de Von Mises no mancal direito do eixo IV

a. Giro do motor no sentido horário e

par 9-10 engrenado

b. Giro do motor no sentido anti-

horário e par 9-10 engrenado

c. Giro do motor no sentido horário e

par 12-13 engrenado

d. Giro do motor no sentido anti-

horário e par 12-13 engrenado

Fonte: Elaboração própria

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Como pode ser visto na Figura 4-2, nas situações a. e c. a estrutura sofrerá

compressão, predominantemente. Já nas situações b. e d., o carregamento predominante

é de tração. Desta forma, caso a peça fosse de ferro fundido, o fator de segurança

associado às situações b. e d. seria baixo, pois este material, que é frágil, apresenta

resistência à tração significantemente inferior à resistência em compressão. Portanto, a

fim de se obter um fator de segurança aceitável e sem limitação operacional (possibilidade

de giro do motor em ambos os sentidos), o mancal será feito de aço carbono.

Entretanto, devido à geometria relativamente complexa para fabricação por

usinagem, a peça deverá ser fabricada por fundição. Consequentemente, seu material

deverá ser um aço carbono fundido. O material escolhido, portanto, foi o aço ASTM A216

WCB. De acordo com [26], sua tensão de escoamento (𝑆𝑦) mínima é de 36 ksi, que

equivale a 248,2 MPa. Vale ressaltar que este material escolhido é utilizado

comercialmente para a aplicação desejada (caixas para rolamentos) [27].

Considerando as tensões de Von Mises máximas para os casos analisados, os

fatores de segurança obtidos – definidos como na equação (26) – foram de 3,34 para os

casos com par 9-10 engrenado e 4,02 para os casos com par 12-13 engrenado. Estes

valores foram considerados satisfatórios e, portanto, o projeto do mancal é adequado.

Elementos de fixação

Para facilitar a montagem e futuras desmontagens para manutenção, todas as

fixações da carcaça e das tampas serão móveis através da utilização de parafusos, porcas

e arruelas. Para tal, considerações de resistência e espaço disponível foram avaliadas.

Os parafusos, porcas e arruelas foram selecionados a partir do catálogo da

fabricante CISER [28] (com exceção do item xiii). As páginas do mesmo que contém os

itens especificados para o projeto podem ser vistas no anexo II. Foi decidido os parafusos

seriam M10. Entretanto, em função das diferentes aplicações, diferentes classes,

comprimentos e comprimentos de rosca foram necessários. Em resumo, os itens

especificados e suas funções são apresentados abaixo:

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i. Parafuso sextavado M10x1,5x40 classe 8.8 rosca inteira: fixação da tampa interna

e do mancal direito do eixo IV na base da carcaça;

ii. Parafuso sextavado M10x1,5x50 classe 5.8 rosca parcial: fixação entre abas da

base e tampa maior da carcaça;

iii. Parafuso sextavado M10x1,5x120 classe 5.8 rosca parcial: fixação dos mancais

dos rolamentos do eixo III;

iv. Parafuso sextavado M10x1,5x100 classe 5.8 rosca parcial: fixação dos mancais

dos rolamentos mais externos dos eixos I, II e V;

v. Parafuso sextavado M10x1,5x30 classe 5.8 rosca inteira: fixação das tampas

laterais;

vi. Parafuso sextavado M10x1,5x40 classe 5.8 rosca inteira: fixação da tampa de

montagem das alavancas;

vii. Porca sextavada M10x1,5: utilizada juntamente com todos os parafusos acima;

viii. Arruela lisa comercial DN 3/8”: utilizada juntamente com todos os parafusos

acima.

Além destes M10, foram utilizados também:

ix. Porca sextavada 1” UNC: fixação do pinhão cônico e da polia maior nas

extremidades ao eixo I;

x. Arruela lisa comercial DN 1”: utilizada junto ao item acima;

xi. Parafuso sextavado M12x1,75x40 classe 5.8 rosca parcial: fixação da polia menor

ao eixo do motor;

xii. Arruela lisa comercial DN 7/16”: utilizada junto ao item acima;

xiii. Parafuso cabeça escareada 1/4” UNC x 5/8” [29]: fixação dos pratos das

manivelas à carcaça.

Para os parafusos mais solicitados, é importante verificar se suportam as cargas

de tração às quais estarão submetidos. Este cálculo foi baseado em [15], que define o fator

de segurança como:

𝑛 =

(𝑆𝑝𝐴𝑡 − 𝐹𝑖)𝑁

𝑃𝐶

(31)

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onde:

𝑆𝑝 é a resistência de prova [MPa];

𝐴𝑡 é a área de tensão de tração [mm²];

𝐹𝑖 é a pré-carga [N];

𝑃 é a carga externa de tração [N];

𝑁 é número de parafusos considerados suportando 𝑃 ;

𝐶 é a constante de rigidez da junta.

Os parafusos avaliados foram aqueles dos itens i a iv. Para cada um deles, o

cálculo considerou a situação em que o valor de 𝑃 é máximo. Além disso, de forma

conservadora, foi considerado 𝑁 como sendo a metade do número de parafusos que

realmente resiste à carga 𝑃. Ainda assim, os fatores de segurança obtidos para os itens i,

ii, iii e iv foram 2,44, 2,84, 2,79 e 2,29, respectivamente. Desta forma, estes parafusos

foram considerados adequados. Como todos os parafusos que sofrem carga possuem o

mesmo diâmetro, a adequação dos demais parafusos além destes avaliados também é

garantida. Os cálculos detalhados podem ser vistos no apêndice A e as tabelas utilizadas

para os mesmos, no anexo I.

Manivelas e alavancas

Conforme mencionado nas premissas de projeto, o sistema de troca das relações

de transmissão será manual. Esse sistema é formado pelos conjunto manivela-alavanca.

Quando o operador gira a manivela, o eixo acoplado a ela gira junto. Este eixo, que

atravessa a carcaça, tem sua outra extremidade acoplada à alavanca. Esta, por sua vez, é

encaixada no bloco deslizante de engrenagens, transformando o movimento angular da

manivela em um movimento linear do bloco na direção axial do eixo III.

Deve-se atentar também que este é um sistema de mudança manual não-

sincronizada, visto que não possui mecanismo de embreagem. Desta forma, é proibido

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que o operador realize as mudanças com a máquina em operação, sob risco de acidentes

e danos aos equipamentos [8].

As manivelas possuem um sistema de fixação que trava as mesmas nas posições

angulares correspondentes às posições dos engrenamentos. Esse sistema é mostrado na

figura 4-3 . Nela, pode ser visto que há uma pequena esfera em contato com uma mola no

cubo da manivela. Fixado à carcaça, há uma peça, chamada de prato, que possui

cavidades. Quando a esfera encontra uma destas cavidades, é pressionada contra ela pela

mola, sendo travada nesta posição. Vale ressaltar que, embora não incluído no projeto,

seria necessário adicionar um mecanismo de destravamento a fim de tornar o sistema mais

confiável e prático de ser operado.

Figura 4-3: Mecanismo das alavancas

Fonte: [12]

Os deslocamentos angulares dos conjuntos manivela-alavanca são função dos

deslocamentos lineares necessários aos blocos deslizantes e do raio de ação das alavancas.

Deve-se atentar que estes deslocamentos angulares não podem ser muito grandes, pois

isso poderia causar perda do contato nos encaixes. Conforme mostrado pela equação (32),

o ângulo de deslocamento angular (𝛼) é inversamente proporcional ao raio da alavanca

(𝑅). Dado que o deslocamento linear do bloco deslizante (𝐷) é um valor fixo que deve

ser atendido, para minimizar o valor de 𝛼, as alavancas foram projetadas de forma a ter o

maior raio possível sem que fosse necessário aumentar as dimensões da carcaça.

𝛼 = 𝑠𝑒𝑛−1 (

𝐷

𝑅)

(32)

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Para o bloco triplo, os deslocamentos lineares em relação à posição neutra (par 3-

4 engrenado, manivela na posição vertical) serão iguais para ambos os lados, ou seja,

𝐷1 = 𝐷2 = 80 𝑚𝑚. A alavanca deste bloco tem 𝑅 = 130 𝑚𝑚. Portanto, tem-se:

𝛼1 = 𝛼2 = 37,98°

Já para o bloco duplo, o deslocamento linear em relação à posição neutra (par 9-

10 engrenado, manivela na posição vertical) é 𝐷3 = 94 𝑚𝑚 e a alavanca deste bloco tem

𝑅 = 138,4 𝑚𝑚. Portanto, tem-se:

𝛼3 = 42,78°

Os acoplamentos alavanca-eixo-manivela serão feitos por pinos cônicos. Isso é

possível porque o torque no acionamento manual é pequeno. Foram então selecionados

pinos M6x40 e M6x65 (ISO 2339) para acoplamento dos eixos com as alavancas e

manivelas, respectivamente. Já para o acoplamento das alavancas com os encaixes de

bronze, serão utilizados pinos cilíndricos M12x40 (ISO 2338). Os catálogos dos

fabricantes contendo estes pinos especificados encontram-se no anexo II.

Vedação

Como os eixos I e V atravessam a carcaça, é importante que sejam utilizados

elementos de vedação para prevenir o vazamento de óleo do cárter. Desta forma, junto às

tampas laterais destes eixos, serão montados retentores. Para seleção destas peças, foi

utilizado o catálogo interativo da SKF [30]. Os modelos escolhidos para os eixos I e V

foram, respectivamente, “40x68x10 HMS5 RG” e “50x70x10 HMS5 RG”, cujos dados

são apresentados no anexo II.

Figura 4-4: Vedação radial de eixo com retentor HMS5

Fonte: [30]

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Além disso, para garantir a estanqueidade da conexão do bujão de drenagem do

óleo, o bujão especificado, do fabricante GRAINGER [31], possui rosca 3/8” NPT. As

informações do bujão selecionado encontram-se também no anexo II.

Figura 4-5: Bujão 3/8” NPT

Fonte: [31]

Anéis de retenção e buchas espaçadoras

A fim de impedir deslocamentos axiais entre os componentes montados sobre os

eixos e garantir que permaneçam em suas posições corretas, serão utilizados anéis de

retenção (também chamados de anéis elásticos) e buchas espaçadoras.

Conforme mencionado anteriormente, anéis de retenção serão utilizados somente

em extremidades: nas extremidades dos eixos, evitando que se desloquem em relação aos

rolamentos; e nas extremidades dos cubos das engrenagens 6 e 9, garantindo a montagem

dos blocos deslizantes.

Os anéis de retenção e os sulcos onde são montados possuem dimensões

padronizadas por normas em função do diâmetro dos eixos. Os anéis especificados para

o projeto e suas posições são os seguintes:

• 45 x 1,75 DIN 471: montados nas extremidades do eixo III;

• 50 x 2 DIN 471: montados nas extremidades dos eixos II e IV e na extremidade

esquerda do eixo V;

• 80 x 2,5 DIN 471: montados nas extremidades dos blocos deslizantes.

As dimensões dos sulcos foram obtidas a partir do catálogo do fabricante DOBER

FIXAÇÕES [32]. A página que contém os itens especificados encontra-se no anexo II.

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Figura 4-6: Anel de retenção DIN 471

Fonte: Toolbox SolidWorks 2016

Para posicionamento dos componentes ao longo do comprimento dos eixos, além

dos ressaltos dos mesmos, foram utilizadas buchas espaçadoras. No caso eixo II, elas são

responsáveis também por transmitir as forças axiais. Vale destacar que as extremidades

das buchas em contato com os adoçamentos dos eixos (nas transições de diâmetro) foram

projetadas com chanfros para garantir uma montagem adequada. As buchas projetadas e

suas dimensões são apresentadas na tabela abaixo:

Tabela 4-2: Buchas espaçadoras

Eixo ∅𝑖𝑛𝑡. x ∅𝑒𝑥𝑡. x comprimento [mm]

Bucha 1 I 40 x 50 x 7

Bucha 2 II 50 x 57,5 x 12,5

Bucha 3 II 50 x 62,5 x 81

Bucha 4 IV 50 x 60 x 10,5

Bucha 5 IV 50 x 60 x 13

Bucha 6 V 50 x 60 x 10,5

Bucha 7 V 50 x 60 x 6,5

Fonte: Elaboração própria

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5. Aspectos operacionais do variador de velocidades

Lubrificação

Para que o variador de velocidades opere de maneira eficiente e tenha sua vida

útil prolongada, é imprescindível que haja algum tipo de lubrificação. O lubrificante reduz

o atrito entre os componentes, reduzindo o desgaste dos mesmos. Além disso, atua na

remoção do calor gerado, evitando temperaturas de trabalho muito elevadas, que podem

comprometer as propriedades metalúrgicas das peças e degradar o próprio lubrificante.

Por ser um sistema selado, a caixa de engrenagens faz uso prolongado do

lubrificante, que, conforme já mencionado, é armazenado na própria carcaça que atua

como cárter. Para este tipo de sistema, os principais métodos de lubrificação são por

graxa, salpico (banho de óleo) e circulação de óleo.

A lubrificação por graxa é adequada somente para baixas velocidades, não sendo

recomendada também para aplicações de operação contínua e cargas elevadas, além de

possuir baixa capacidade de arrefecimento. A lubrificação por circulação de óleo, por sua

vez, é utilizada para altas velocidades. É um sistema mais complexo que bombeia o óleo

do reservatório e aplica-o sobre os componentes por atomização, formando uma névoa,

ou aplicação direta, que pode ser por spray ou gotejamento.

A lubrificação por salpico, ilustrada na figura 5-1, é um método simples e efetivo

largamente utilizado para caixas de engrenagens e, por isso, foi o método escolhido para

o projeto. Ele funciona da seguinte forma: algumas engrenagens ficam parcialmente

mergulhadas no banho de óleo. À medida que giram, espalham (salpicam) o óleo para

outras regiões, lubrificando as demais engrenagens e os rolamentos nas proximidades.

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Figura 5-1: Lubrificação por salpico

Fonte: [33]

Para que esse sistema de salpico funcione de forma adequada, o operador deverá

frequentemente verificar o nível de óleo no cárter. Para tal, a vareta de medição deve ser

fabricada com marcas indicando os níveis máximo e mínimo. O nível mínimo é definido

pelo diâmetro externo da maior engrenagem, a 4. Abaixo desse nível, nenhuma

engrenagem terá contato com o óleo e, portanto, não haverá lubrificação. Já o nível

máximo é definido pelo diâmetro externo da coroa cônica. O nível máximo deve ser

controlado porque o arrasto pode se tornar excessivo, causando resistência ao movimento,

perdas de potência e formação de espuma no lubrificante.

Transporte

Para possibilitar o içamento e manuseio do variador de velocidades, serão

rosqueados 4 parafusos-olhal M16 (DIN 580) na parte superior da tampa maior para

utilização de uma eslinga de 4 pernas no içamento, garantindo maior estabilidade.

O posicionamento dos olhais foi projetado de forma que o centro de massa do

conjunto ficasse centralizado em relação aos mesmos, como pode ser visto na Figura 5-2.

Nesta figura, pode ser visto também que os olhais devem ser instalados com um certo

ângulo para que a força atuante neles esteja atuando em seus respectivos planos, evitando

que sofram cargas laterais (situação para a qual não são projetados).

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Figura 5-2: Vista superior do variador mostrando a posição dos olhais e do centro de massa do

conjunto

Fonte: Elaboração própria

A massa estimada do conjunto, obtida a partir de uma ferramenta do SolidWorks

2016, é de aproximadamente 465 kg. Como pode ser visto no catálogo do fabricante no

anexo II, os parafusos-olhal M16 possuem capacidade de carga (com fator de segurança

6:1) de 700 kgf para carga vertical e de 500 kgf para carga com ângulo de 45°. Portanto,

a escolha destes olhais é adequada.

Fixação

Conforme será visto na seção 5.4, o variador deve ser posicionado sobre uma

estrutura para que seu eixo de saída possa ser acoplado ao tambor motor da

transportadora. Portanto, devido a este posicionamento em altura e aos torques

relativamente elevados com os quais trabalha, é fundamental para a segurança da

operação que o variador seja fixado adequadamente à estrutura – e esta, por sua vez, ao

chão. Para tal, a base da carcaça possui em sua parte inferior uma aba com furos para

parafusos M12 para a fixação.

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Posicionamento em relação à transportadora de correia e ao operador

Nas figuras a seguir, é apresentado um esquema ilustrativo do resultado final

obtido para o projeto, mostrando a interação do variador de velocidades com a máquina

acionada e com o operador.

Embora de forma esquemática, visto que seu projeto não faz parte do escopo do

trabalho, a transportadora foi representada com suas dimensões principais reais, conforme

definido na seção 1.1.

Pode ser visto também a representação esquemática de uma estrutura de suporte

para o variador, apresentando um conceito de geometria que atende às características do

projeto.

Adicionalmente, a disposição dos componentes garante uma ergonomia adequada

para que o operador realize as trocas das marchas, verifique as condições de lubrificação

e tenha fácil acesso ao material transportado na esteira.

Figura 5-3: Visão geral da transportadora de correia

Fonte: Elaboração própria

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Figura 5-4: Vista aproximada do variador acoplado à transportadora

Fonte: Elaboração própria

Figura 5-5: Visão do variador pelo ponto de vista do operador. Parte superior da carcaça mostrada

em transparência

Fonte: Elaboração própria

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6. Conclusão

Diversas soluções comerciais existem no mercado para atender a projetos de

máquinas, equipamentos e processos industriais como um todo. Entretanto, muitas vezes

os requisitos de um projeto exigem por parte do engenheiro o desenvolvimento de uma

solução diferenciada. Porém, esta não necessariamente precisa ser algo completamente

inovador. Muitas vezes, pode-se tomar como referência soluções conhecidas para

aplicações cujo princípio básico é semelhante ao da aplicação desejada.

O projeto desenvolveu-se a partir da necessidade de acionamento de uma esteira

transportadora de correia com diferentes velocidades e possibilidade de reversão de seu

sentido de movimento. Desta maneira, não seria possível a utilização de um motorredutor,

que é a forma tradicional de acionamento deste tipo de equipamento.

Tendo como referência o estabelecimento inicial das dimensões da transportadora,

suas velocidades de trabalho almejadas e o material que transportará, foi calculada então

a potência necessária a este acionamento para a situação de operação mais crítica. Com

base nestes dados e em diversas outras premissas e decisões tomadas ao longo do projeto,

foi projetado um variador de velocidades – equipamento muito utilizado, por exemplo,

no acionamento de máquinas operatrizes – capaz de garantir os requisitos operacionais

de forma prática, confiável e segura.

Além de colocar em prática diversos conhecimentos técnicos adquiridos ao longo

do curso de engenharia mecânica, este projeto contribuiu de forma decisiva para a

formação do autor como engenheiro, pois foi um grande exercício de outras qualidades

necessárias na profissão além dos conhecimentos estritamente técnicos. Durante o

projeto, inúmeras tomadas de decisão foram necessárias. Neste processo, foram

necessárias análises com bom senso, visualizando a interdependência com outros

componentes do projeto, balanceando as vantagens e desvantagens e buscando soluções

factíveis para os problemas surgidos ao longo do processo.

Assim como quase todo projeto, este aqui é passível de melhorias. Trabalhos

futuros poderiam incluir maior detalhamento das peças a serem fabricadas, a partir da

definição de acabamentos superficiais, cálculo de tolerâncias dimensionais e elaboração

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dos desenhos e instruções de fabricação de cada uma delas. Quanto ao projeto em si do

variador, o número de velocidades de saída poderia ser aumentado. Outra sugestão seria

projetar um sistema de lubrificação por circulação, pois um sistema de salpico pode não

ser muito adequado considerando as dimensões do variador de velocidades obtido. Desta

forma, seria possível ter maior controle sobre as condições de lubrificação e temperatura

de operação, o que proporcionaria um dimensionamento mais refinado de elementos

como os rolamentos, por exemplo.

Além das melhorias no variador de velocidades, outra sugestão seria projetar

também a transportadora de correia e a estrutura de suporte do variador, que no presente

projeto foram apresentadas de forma apenas esquemática.

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7. Referências

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Dimensões. Rio de Janeiro : Associação Brasileira de Normas Técnicas, 1995.

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de Janeiro : Associação Brasileira de Normas Técnicas, 1993.

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A., 4° Edição.

[4] Siembra Automação. [Acessado em: 09 de agosto de 2019.]

https://www.siembra.com.br/noticias/esteiras-transportadoras-quais-sao-os-tipos-e-para-

que-servem/.

[5] Logitec Sistemas [Acessado em: 09 de agosto de 2019.]

http://logitecsistemas.com.br/informacoes/correia-transportadora-industrial.

[6] Mota, Chirstian Alcântara. Variador Escalonado de Velocidades com Reversão

para Máquinas Operatrizes. UFRJ. 2013.

[7] Rognitz, H. Variadores Escalonados de Velocidades em Máquinas-Ferramenta .

s.l. : Polígono da Técnica Mecânica, 1973.

[8] Oliveira, Kelly Lincon de. Variador de Velocidades Escalonado do Tipo Bloco

Deslizante para Máquinas Operatrizes Universais. UFRJ. 2017.

[9] Baumann, Frederico Gargaglione. Dimensionamento de um Variador de

Velocidades Escalonado de Blocos Deslizantes com Nove Velocidades. UFRJ. 2018.

[10] Silva, Gustavo Basílio Lopes Martins. Projeto de um Variador de Velocidades

Escalonado Tipo Bloco Deslizante para Máquinas Operatrizes. UFRJ. 2013.

[11] Brito, Caio César de. Projeto de um Variador de Velocidades Escalonado Tipo

Bloco Deslizante com Seis Velocidades. UFRJ. 2015.

[12] Reshetov, D. N. Atlas de Construção de Máquinas. s.l. : Hemuns, 2005.

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[13] Patrão, Hemâni Martins. Modelação de Variadores Contínuos de Relação de

Transmissão. Universidade de Lisboa. 2013.

[14] Patil, H. S. An Experimental Study on Full Toroidal Continuously Variable

Transmission System. Advanced Design in Manufacturing Technology. 1, 2011, Vol. 5.

[15] Richard G. Budynas, J. Keith Nisbett. Elementos de Máquinas de Shigley. s.l. :

McGraw Hill, 2011.

[16] Cálculos e Recomendações para Correias de Transmissão de Potência em V. s.l. :

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[17] Pina Filho, Armando Carlos de. Desenho Técnico para Engenharia Mecânica. Rio

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[18] SkyCiv. [Acessado em: 09 de agosto de 2019.] https://skyciv.com/free-beam-

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[19] Pilkey, Walter D. Peterson's Stress Concentration Factors. s.l. : Wiley-

Interscience, Second Year.

[20] J. R. de Carvalho, Paulo Moraes. Orgãos de Máquinas - Dimensionamento. s.l. :

Livros Técnicos e Científicos Editora S.A., 2³ Edição, 1978.

[21] Oliveira, Sylvio José Ribeiro de. Notas de Aula - Elementos de Máquinas I. Rio de

Janeiro : UFRJ.

[22] Catálogo Interativo. SKF. [Acessado em: 10 de agosto de 2019.]

https://www.skf.com/br/products/product-tables/index.html.

[23] Vida Nominal do Rolamento. SKF. [Acessado em: 10 de agosto de 2019.]

https://www.skf.com/br/products/bearings-units-housings/principles/bearing-selection-

process/bearing-size/size-selection-based-on-rating-life/bearing-rating-life/index.html.

[24] SKF Bearing Select. SKF. [Acessado em: 10 de agosto de 2019.]

https://skfbearingselect.com/#/one-or-two.

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[25] Tabelas de Produtos. SKF. [Acessado em: 10 de agosto de 2019.]

https://www.skf.com/br/products/bearings-units-housings/product-tables/index.html.

[26] Alloy Casting. Carbon Steels - A216 WCB. [Acessado em: 10 de agosto de 2019.]

https://www.alloycasting.com/alloy/a216-wcb.

[27] Mancais de Rolamento. HENFEL. [Acessado em: 10 de agosto de 2019.]

http://www.henfel.com.br/codeigniter/produtos/mancais-de-rolamento.

[28] Catálogo de Produtos - Parafusos e Porcas. CISER. [Acessado em: 10 de agosto de

2019.] http://www.ciser.com.br/download/catalogo-de-produtos.

[29] Parafuso de Cabeça Chata com Fenda Simples. Dalapar. [Acessado em: 10 de

agosto de 2019.] https://www.dalapar.com.br/produto/parafuso-rosca-maquina-cabeca-

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[30] Catálogo Interativo - Elementos de Vedação. SKF. [Acessado em: 10 de agosto de

2019.] https://www.skf.com/br/products/seals/industrial-seals/power-transmission-

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[31] Galvanized Pipe Fittings. Grainger. [Acessado em: 10 de agosto de 2019.]

https://www.grainger.com/product/GRAINGER-APPROVED-Galvanized-Forged-

Steel-Hex-1MPL5?opr=APPD&pbi=1MPL5&analytics=altItems.

[32] Anéis Elásticos para Retenção em Eixos. DOBER. [Acessado em: 10 de agosto de

2019.] http://www.dober.com.br/hd/arquivos/62c15c16b2.pdf.

[33] Provenza, Francesco. Projetista de Máquina. São Paulo : Editora F. Provenza, 1996.

[34] Catálogo de Chavetas. REZLER. [Acessado em: 11 de agosto de 2019.]

http://www.rezler.com.br/produtos/Paralelas/1.

[35] Catálogo de Motores Elétricos. WEG. [Acessado em: 11 de agosto de 2019.]

https://www.weg.net/catalog/weg/BR/pt/Motores-El%C3%A9tricos/c/BR_MT

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[36] Catálogo - Rolamentos de Rolos Cilíndricos. SKF. [Acessado em: 11 de agosto de

2019.] https://www.skf.com/br/products/bearings-units-housings/roller-

bearings/cylindrical-roller-bearings/single-row-cylindrical-roller-bearings/single-

row/index.html?designation=NJ%202308%20ECP&unit=metricUnit.

[37] Catálogo de Rolamentos Rígidos de Esferas. SKF. [Acessado em: 11 de agosto de

2019.] https://www.skf.com/br/products/bearings-units-housings/ball-bearings/deep-

groove-ball-bearings/deep-groove-ball-bearings/index.html?designation=6210.

[38] Catálogo - Rolamentos Autocompensadores. SKF. [Acessado em: 11 de agosto de

2019.] https://www.skf.com/br/products/bearings-units-housings/roller-

bearings/spherical-roller-bearings/spherical-roller-

bearings/index.html?designation=22210%20E.

[39] Catálogo - Pinos Cônicos (DIN 1). Arjire. [Acessado em: 11 de agosto de 2019.]

https://www.arjire.com.br/assets/pino-c%C3%B4nico-iso-2339-(din-1)2.pdf.

[40] Cátalogo - Pinos Cilíndricos (DIN EN ISO 2338). MAKE. [Acessado em: 11 de

agosto de 2019.] http://www.make-

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INENISO2338_web_EN.pdf.

[41] Catálogo de Produtos - Cabos de Aço e Acessórios. SIVA - Cabos de Aço.

[Acessado em: 11 de agosto de 2019.] https://www.siva.com.br/pdf/catalogo-siva-

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[42] Catálogo - Retentores. SKF. [Acessado em: 11 de agosto de 2019.]

https://www.skf.com/br/products/seals/industrial-seals/power-transmission-seals/radial-

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[43] Telecurso, 2000. Apostila de Elementos de Máquinas. [Acessado em: 11 de agosto

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[44] Provenza, F. Prontuário do Projetista de Máquinas. São Paulo : Escola PROTEC,

1966.

[45] 3 Commom Methods of Gearbox Lubrification. Amarillo Gear Service.

[Acessado em: 11 de agosto de 2019.] https://www.amarillogearservice.com/3-common-

methods-gearbox-lubrication/.

[46] Best Methods for Gearbox Lubrification. Motion Control Tips. [Acessado em:

11 de agosto de 2019.] https://www.motioncontroltips.com/gearbox-lubrication-best-

methods/.

[47] GrabCad Community. [Acessado em: 11 de agosto de 2019.]

https://grabcad.com/library/corpo-humano-masculino-adulto-by-jari-ikonen-rev-01-1.

[48] 3D Content Central. [Acessado em: 11 de agosto de 2019.]

https://www.3dcontentcentral.com/secure/Download-Partner-

Model.aspx?partner=TraceParts&name=009G+-+DIN+580+-+Lifting+eyebolts+-

+Stainless+steel&lang=en&catalogid=9948&id=669479&parturl=https%3a%2f%2fww

w.tracepartsonline.net%2fws%2f3dcc%2fproduct.aspx%3ffw.

[49] Motores elétricos – Guia de especificação. WEG. [Acessado em: 11 de agosto de

2019.] https://static.weg.net/medias/downloadcenter/h32/hc5/WEG-motores-eletricos-

guia-de-especificacao-50032749-brochure-portuguese-web.pdf

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80

Apêndice A – Memória de cálculo

Potência de acionamento da transportadora de correia

𝑃𝑒𝑓 = 𝑣𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑖𝑎 (𝑃𝑣 + 𝑃𝑔) + 𝑄

100 (𝑃1 ± 𝑃ℎ )

𝑣𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑖𝑎(máx.) = 2 m/s

𝑃𝑣 = 0,54 HP [Figura I - 1, considerando B = 400mm ≈ 16” e L = 20m]

𝑃𝑔 = 5,4 HP [Figura I - 2, considerando comprimento das guias laterais igual o da esteira

e 𝑣𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑖𝑎(máx.)

𝑃1 = 0,6 HP [Figura I - 3, para L = 20m e o valor de 𝑄 conforme calculado abaixo]

𝑃ℎ = 0, pois a esteira é horizontal

𝑄 = 𝐶𝛾

𝛾 = 1,8 t/m³ [Figura I - 4, tomando valor médio da faixa]

Ângulo de repouso = 35° [Figura I - 4, tomando valor médio da faixa]

𝐶 = 𝐶𝑡𝑎𝑏 . 𝑣𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑖𝑎(máx.)

𝐶𝑡𝑎𝑏 = 25 m³/h (Figura I-5, para 𝛽 = 0°, L = 16” e considerando que o ângulo de

acomodação é de 10 a 15° menor que o ângulo de repouso [3]).

Portanto:

𝑷𝒆𝒇 = 12,42 HP

Ábaco de velocidades e relações de transmissão teóricas

𝑥 = 𝑙𝑜𝑔(𝑁𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟)−log(𝑁3.𝜑4)

log (𝜑) =

𝑙𝑜𝑔(875)−log(190,986.1,414)

log (1,41) = 0,43

𝑖0−𝐼 = 𝜑2+𝑥 = (1,41)2+0,43 = 2,29

𝑖7−8 = 𝜑2 = (1,41)2 = 2

𝑖1−2 = 𝜑1 = (1,41)1 = 1,41

𝑖3−4 = 𝜑2 = (1,41)2 = 2

𝑖5−6 = 𝜑0 = (1,41)0 = 1

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81

𝑖𝐼𝐼𝐼−𝑉 = 𝑖9−11 = 𝑖12−13 = 𝜑0 = (1,41)0 = 1

Dimensionamento das correias e polias

𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑑𝑒 𝑝𝑟𝑜𝑗𝑒𝑡𝑜 = 𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑒𝑥𝑖𝑔𝑖𝑑𝑎 . 𝐹𝑆

Potência exigida = 𝑃𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟 = 15 CV = 14,79 HP = 11032,5 W

FS é o fator de serviço, que é dado em função do tipo e condições de trabalho

Da figura I-6, FS = 1,2 para trabalho normal (10h trabalho diárias e assumindo sobrecarga

de partida inferior a 150% da carga normal de trabalho)

Da figura I-7, considerando que o ambiente é poeirento, adicional = + 0,1. Portanto:

𝐹𝑆 = 1,2 + 0,1 = 1,3

𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑑𝑒 𝑝𝑟𝑜𝑗𝑒𝑡𝑜 = 19,23 𝐻𝑃

Velocidade de rotação da polia menor (𝑟𝑝𝑚)= velocidade do eixo do motor = 875

rpm

Velocidade de rotação da polia maior (𝑅𝑃𝑀) = velocidade do eixo I = 875 / 2,29 = 381,97

rpm

𝑅𝑇 = relação de transmissão = 875 / 381,97 = 𝑖0−𝐼 = 2,29

Seleção do perfil da correia: figura I-8, entrando com os valores da potência de projeto

(19,23 HP) e velocidade do eixo mais rápido (875 rpm). Portanto:

Perfil B selecionado.

Da figura I-9, a partir dos valores da potência e velocidade de eixo do motor, o diâmetro

mínimo da polia é 133mm. Assim, o diâmetro nominal selecionado para a polia motora

(polia menor) foi:

𝒅𝒅 = 135mm.

Então o diâmetro nominal da polia movida (polia grande) será 𝐷𝑑 = 𝑑𝑑 . 𝑅𝑇, então:

𝑫𝒅 = 309,25mm.

A velocidade periférica das polias (𝑉) é calculada por 𝑉 = 𝑑𝑑. 𝑟𝑝𝑚. Logo:

𝑉 = 6,185 m/s = 1218,455 ft/min < 6000, então os diâmetros das polias são adequados.

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82

Para determinação da distância entre os centros das polias (𝐶), sabe-se que se deseja que

o motor elétrico seja posicionado junto à estrutura da transportadora, enquanto o variador

de velocidades terá seu eixo acoplado ao tambor acionador da transportadora. Logo, foi

estimado que:

𝐶𝑚𝑖𝑛 = 0,5m e 𝐶𝑚𝑎𝑥 = 1,1m. Logo, 𝐶 =(𝐶𝑚𝑖𝑛+𝐶𝑚𝑎𝑥)

2= 0,8𝑚. Este valor ainda deverá ser

corrigido.

O comprimento da correia (𝐿𝑑) é calculado por:

𝐿𝑑 = 2𝐶 + 1,57(𝐷𝑑 + 𝑑𝑑) +(𝐷𝑑 − 𝑑𝑑)2

4𝐶

Logo, 𝐿𝑑 calculado = 2306,96 mm. Consultando a tabela da figura II-1, foi selecionada a

correia do fabricante que mais se aproxima deste valor. Portanto:

Correia selecionada: B-88 (𝐿𝑑 = 2280 mm)

A distância entre centros corrigida (𝐶1) será então:

𝐶1 = 𝐶 −𝐿𝑑(𝑐𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜)−𝐿𝑑(𝑡𝑎𝑏𝑒𝑙𝑎𝑑𝑜)

2

𝑪𝟏 = 786,52 mm.

O arco de contato (em graus) entre correia e polia menor é dado por:

𝐴𝑐 = 180 − (𝐷𝑑−𝑑𝑑

𝐶1) . 60

Logo, 𝐴𝑐 = 166,71°≈ 166°. A partir deste valor e da tabela da figura I-10, o fator de

correção do arco de contato é 𝐹𝐴𝐶 = 0,97.

Pela figura I-11, para perfil de correia B e 𝐿𝑑 = 2280mm ≈ 90”, o fator de correção do

comprimento é 𝐹𝐿𝑑 = 1.

Pela figura I-12 (para frequência do motor de 60 Hz, eixo mais rápido com 875 rpm e

diâmetro da polia de 135 mm), obtém-se por interpolação 𝐻𝑃𝑏á𝑠𝑖𝑐𝑜 por correia = 3 HP.

Pela figura I-13 (para frequência do motor de 60 Hz, eixo mais rápido com 875 rpm e 𝑅𝑇

= 2,29), obtém-se por interpolação 𝐻𝑃𝑎𝑑𝑖𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙 por correia = 0,55 HP.

𝐻𝑃𝑐𝑙𝑎𝑠𝑠𝑖𝑓𝑖𝑐𝑎𝑑𝑜 = 𝐻𝑃𝑏á𝑠𝑖𝑐𝑜 + 𝐻𝑃𝑎𝑑𝑖𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙 = 3,56 𝐻𝑃

𝐻𝑃𝑒𝑓𝑒𝑡𝑖𝑣𝑜 = 𝐻𝑃𝑐𝑙𝑎𝑠𝑠𝑖𝑓𝑖𝑐𝑎𝑑𝑜 . 𝐹𝐴𝐶 . 𝐹𝐿𝑑 = 3,45

Número de correias = 𝐻𝑃𝑝𝑟𝑜𝑗𝑒𝑡𝑜 𝐻𝑃𝑒𝑓𝑒𝑡𝑖𝑣𝑜⁄ = 19,23 / 3,45 = 5,58. Logo:

6 correias.

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83

Força exercida pelas correias

Cálculo baseado em [15]:

Ângulo de abraçamento da polia menor = 𝜙 = 𝐴𝑐 = 166,71°

A tração centrífuga nas correias é dada por:

𝐹𝑐 = 𝐾𝐶 (𝑉

2,4)

2

, onde 𝐾𝐶 é uma constante obtida pela figura I-14. Para perfil de correia B,

𝐾𝐶 = 0,965 e V = 6,185 m/s.

Δ𝐹 = (𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑑𝑒 𝑝𝑟𝑜𝑗𝑒𝑡𝑜 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑖𝑎𝑠)⁄ 𝑉⁄ = 386,48 N

𝐹1 = 𝐹𝑐 +Δ𝐹.exp (𝑓𝜙)

exp(𝑓𝜙)−1 , onde 𝑓 é coeficiente de atrito entre correia a polia, que de acordo

com (15), é 𝑓 = 0,5123. Logo:

𝑭𝟏 = 505,24 N

𝐹2 = 𝐹1 − Δ𝐹. Logo:

𝑭𝟐 = 118,77 N

𝐹𝑅1 = √𝐹1

2 + 𝐹22. Logo:

𝑭𝑹𝟏 = 621,43 N

𝐹𝑇 = 𝐹𝑅1 . número de correias. Logo:

𝑭𝑻 = 3728,58 N

Par de engrenagens 1-2

Estimativa da largura

Z1 = 47, Z2 = 67, m = 4mm, CS = 4, 𝑆𝑦 = 1590 MPa, 𝑆𝑢𝑡 = 1720 MPa, dureza = 486 HB.

Logo:

𝑑𝑝1 = 188mm e 𝑑𝑝2

= 268mm

𝑉 = 𝜋𝑑𝑝𝑁

1000 𝑥 60=

𝜋.188.190,986

1000 𝑥 60= 1,88 m/s

𝐾𝑣 = 6,1+𝑉

6,1, então 𝐾𝑣= 1,308

𝑊𝑡 = 𝑃𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟 𝑉⁄ = 11032,5/1,88 = 5868,35 N

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84

𝑊𝑟 = 𝑊𝑡 . 𝑡𝑔(𝜙) = 5868,35. 𝑡𝑔(20°) = 2135,90 N

Pela tabela da figura I-15, para Z1 = 47, obtém-se por interpolação Y1 = 0,404.

𝜎𝑎𝑑𝑚 = 397,5 MPa. Logo:

𝑏𝑚𝑖𝑛 =𝐾𝑣.𝑊𝑡

𝜎𝑎𝑑𝑚.𝑚.𝑌 = 11,96mm

𝑝 = 𝜋. 𝑚 = 12,57mm. 3𝑝 < 𝑏 < 5𝑝, então 37,70 < 𝑏 < 62,83. Portanto, a largura

escolhida foi:

𝒃 = 𝟑𝟖 𝒎𝒎

Critério de fadiga por flexão

𝐾𝑜= 1 (figura I-16)

𝐾𝑣 = (𝐴+√200𝑉

𝐴)

𝐵

, onde:

𝐴 = 50 + 56(1 − 𝐵) e 𝐵 = 0,25(12 − 𝑄𝑣)2 3⁄ , onde 𝑄𝑣 é o número de nível de acurácia

da transmissão, que foi assumido 𝑄𝑣 = 6. Logo:

𝐾𝑣 = 1,261

𝐾𝑠 = 1,192 (𝐹√𝑌

𝑃)

0,0535

, onde F é o valor de 𝑏 em polegadas e 𝑃 = Z1 / 𝑑𝑝1[pol]. Logo:

𝐾𝑠 = 1,077 (pinhão) e 𝐾𝑠 = 1,079 (coroa), pois Y2 = 0,428 pela figura I-15.

𝐾𝐻 = 1 + 𝐶𝑚𝑐(𝐶𝑝𝑓𝐶𝑝𝑚 + 𝐶𝑚𝑎𝐶𝑒), onde:

𝐶𝑚𝑐 = 1 (figura I-17, considerando dentes sem coroamento)

Pela figura I.17, como 1 < 𝐹 = 1,496" ≤ 17" , 𝑑 = 𝑑𝑝[pol] e F/10d < 0,05 tanto para

o pinhão quanto para a coroa, 𝐶𝑝𝑓 = 0,05 − 0,0375 + 0,0125𝐹 = 0,0312 (para o pinhão

e coroa).

𝐶𝑝𝑚 = 1,1 (figura I-17, engrenagens não centralizadas no eixo (𝑆1/𝑆 ≥ 0,175))

Pela figura I-17, 𝐶𝑚𝑎 = 𝐴 + 𝐵. 𝐹 + 𝐶. 𝐹2, onde A, B e C são dados pela tabela da figura

I.18 para engrenamento fechado (unidades fechadas, comerciais). Logo, 𝐶𝑚𝑎 = 0,1504

para o pinhão e a coroa.

𝐶𝑒 = 1 (figura I-17). Portanto:

𝐾𝐻 = 1,1847 para o pinhão e a coroa

𝐾𝐵 = 1 para pinhão e coroa (figura I-19, 𝑚𝐵 > 1,2)

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85

Pelo gráfico da figura I-20, 𝑌𝐽 = 0,43 para o pinhão e 𝑌𝐽 = 0,445 para a coroa.

𝜎 = 𝑊𝑡𝐾𝑜𝐾𝑣𝐾𝑠1

𝑏𝑚

𝐾𝐻𝐾𝐵

𝑌𝐽. Portanto:

𝜎 = 144,45 MPa (pinhão) e 𝜎 = 139,80 MPa (coroa).

𝑆𝑡 = 0,749. 𝐻𝐵 + 110 [MPa], considerando aço AISI 4340 (aço nitretato endurecido por

completo) de grau 2. Então:

𝑆𝑡 = 0,749.486 + 110 = 474,01 𝑀𝑃𝑎 para pinhão e coroa.

𝑌𝜃 = 1 (temperatura < 120°𝐶)

𝑌𝑁 = 1,3558. 𝑁−0,0178, onde N é o número de ciclos da engrenagem durante sua vida

útil. Para velocidade do eixo II de 190,986 rpm, 𝑁 = 1,3. 108, o que resulta em uma vida

útil de 4,54 anos considerando uma média de 250 dias úteis no ano e 10h de utilização

diárias. Para o eixo III, 𝑁 = 1,3. 108. (47

67). Logo:

𝑌𝑁 = 0,972 (pinhão) e 𝑌𝑁 = 0,978 (coroa)

𝑌𝑍 = 0,85 (figura I-21, para confiabilidade de 90%) para pinhão e coroa.

𝑆𝑓 =𝑆𝑡𝑌𝑁 𝑌𝜃𝑌𝑍⁄

𝜎. Portanto:

𝑺𝒇 = 3,75 (pinhão) e 𝑺𝒇 = 3,90 (coroa)

Critério de desgaste superficial

𝑍𝐸 = 191 √𝑀𝑃𝑎 (figura I.22, para pinhão e coroa de aço)

𝑍𝑅 = 1 (recomendação de [15], visto que este fator ainda não foi padronizado pela

AGMA)

Para engrenagens externas de dentes retos, 𝑍𝐼 =𝑐𝑜𝑠𝜙.𝑠𝑒𝑛𝜙

2

𝑖

𝑖+1= 0,109

𝜎𝑐 = 𝑍𝐸 (𝑊𝑡𝐾𝑜𝐾𝑣𝐾𝑠𝐾𝐻

𝑑𝑝𝑏

𝑍𝑅

𝑍𝐼)

1 2⁄

. Logo:

𝜎𝑐 = 623,07 MPa (pinhão) e 𝜎𝑐 = 623,56 MPa (coroa)

𝑆𝑐 = 168000 psi (figura I.23, considerando aço AISI 4340 (aço nitretato endurecido por

completo) de grau 2 e dureza 486 HB ≈ 84,5 HR15N) = 1158,32 MPa

𝑍𝑁 = 1,4488. 𝑁−0,023, onde N é o número de ciclos da engrenagem durante sua vida útil.

Para velocidade do eixo II de 190,986 rpm, 𝑁 = 1,3. 108, o que resulta em uma vida útil

4,54 anos considerando uma média de 250 dias úteis no ano e 10h de utilização diárias.

Para o eixo III, 𝑁 = 1,3. 108. (47

67). Logo:

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86

𝑍𝑁 = 0,943 (pinhão) e 𝑍𝑁 = 0,950 (coroa)

𝐶𝐻 = 1 (engrenagens são do mesmo material, logo a razão de durezas é 1). Desta forma:

𝑆𝐻 = 𝑆𝑐𝑍𝑁 𝑌𝜃𝑌𝑍⁄

𝜎𝑐 (pinhão) e 𝑆𝐻 =

𝑆𝑐𝑍𝑁𝐶𝐻 𝑌𝜃𝑌𝑍⁄

𝜎𝑐 (coroa). Então:

𝑺𝑯 = 2,06 e 𝑺𝑯𝟐 = 4,25 (pinhão) / 𝑺𝑯 = 2,08 e 𝑺𝑯

𝟐 = 4,31 (coroa)

Par de engrenagens 3-4

Estimativa da largura

Z3 = 38, Z4 = 76, m = 4mm, CS = 4, 𝑆𝑦 = 1590 MPa, 𝑆𝑢𝑡 = 1720 MPa, dureza = 486 HB.

Logo:

𝑑𝑝3 = 152mm e 𝑑𝑝4

= 30mm

𝑉 = 𝜋𝑑𝑝𝑁

1000 𝑥 60=

𝜋.152.190,986

1000 𝑥 60= 1,52 m/s

𝐾𝑣 = 6,1+𝑉

6,1, então 𝐾𝑣= 1,249

𝑊𝑡 = 𝑃𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟 𝑉⁄ = 11032,5/1,52 = 7258,22 N

𝑊𝑟 = 𝑊𝑡 . 𝑡𝑔(𝜙) = 7258,22. 𝑡𝑔(20°) = 2641,78 N

Pela tabela da figura I-15, para Z3 = 38, obtém-se Y3 = 0,384.

𝜎𝑎𝑑𝑚 = 397,5 MPa. Logo:

𝑏𝑚𝑖𝑛 =𝐾𝑣.𝑊𝑡

𝜎𝑎𝑑𝑚.𝑚.𝑌 = 14,85mm

𝑝 = 𝜋. 𝑚 = 12,57mm. 3𝑝 < 𝑏 < 5𝑝, então 37,70 < 𝑏 < 62,83. Portanto, a largura

escolhida foi:

𝒃 = 𝟑𝟖 𝒎𝒎

Critério de fadiga por flexão

𝐾𝑜= 1 (figura I.16)

𝐾𝑣 = (𝐴+√200𝑉

𝐴)

𝐵

, onde:

𝐴 = 50 + 56(1 − 𝐵) e 𝐵 = 0,25(12 − 𝑄𝑣)2 3⁄ , onde 𝑄𝑣 é o número de nível de acurácia

da transmissão, que foi assumido 𝑄𝑣 = 6. Logo:

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87

𝐾𝑣 = 1,235

𝐾𝑠 = 1,192 (𝐹√𝑌

𝑃)

0,0535

, onde F é o valor de 𝑏 em polegadas e 𝑃 = Z3 / 𝑑𝑝3[pol]. Logo:

𝐾𝑠 = 1,075 (pinhão) e 𝐾𝑠 = 1,079 (coroa), pois Y4 = 0,436 por interpolação pela figura I-

15.

𝐾𝐻 = 1 + 𝐶𝑚𝑐(𝐶𝑝𝑓𝐶𝑝𝑚 + 𝐶𝑚𝑎𝐶𝑒), onde:

𝐶𝑚𝑐 = 1 (figura I-17, considerando dentes sem coroamento)

Pela figura I-17, como 1 < 𝐹 = 1,496" ≤ 17" , 𝑑 = 𝑑𝑝[pol] e F/10d < 0,05 tanto para

o pinhão quanto para a coroa, 𝐶𝑝𝑓 = 0,05 − 0,0375 + 0,0125𝐹 = 0,0312 (para o pinhão

e coroa).

𝐶𝑝𝑚 = 1,1 (figura I-17, engrenagens não centralizadas no eixo (𝑆1/𝑆 ≥ 0,175))

Pela figura I-17, 𝐶𝑚𝑎 = 𝐴 + 𝐵. 𝐹 + 𝐶. 𝐹2, onde A, B e C são dados pela tabela da figura

I.18 para engrenamento fechado (unidades fechadas, comerciais). Logo, 𝐶𝑚𝑎 = 0,1504

para o pinhão e a coroa.

𝐶𝑒 = 1 (figura I-17). Portanto:

𝐾𝐻 = 1,1847 para o pinhão e a coroa

𝐾𝐵 = 1 para pinhão e coroa (figura I-19, 𝑚𝐵 > 1,2)

Pelo gráfico da figura I-20, 𝑌𝐽 = 0,41 para o pinhão e 𝑌𝐽 = 0,45 para a coroa.

𝜎 = 𝑊𝑡𝐾𝑜𝐾𝑣𝐾𝑠1

𝑏𝑚

𝐾𝐻𝐾𝐵

𝑌𝐽. Portanto:

𝜎 = 183,29 MPa (pinhão) e 𝜎 = 167,57 MPa (coroa).

𝑆𝑡 = 0,749. 𝐻𝐵 + 110 [MPa], considerando aço AISI 4340 (aço nitretato endurecido por

completo) de grau 2. Então:

𝑆𝑡 = 0,749.486 + 110 = 474,01 𝑀𝑃𝑎 para pinhão e coroa.

𝑌𝜃 = 1 (temperatura < 120°𝐶)

𝑌𝑁 = 1,3558. 𝑁−0,0178, onde N é o número de ciclos da engrenagem durante sua vida

útil. Para velocidade do eixo II de 190,986 rpm, 𝑁 = 1,3. 108, o que resulta em uma vida

útil de 4,54 anos considerando uma média de 250 dias úteis no ano e 10h de utilização

diárias. Para o eixo III, 𝑁 = 1,3. 108. (38

76). Logo:

𝑌𝑁 = 0,972 (pinhão) e 𝑌𝑁 = 0,984 (coroa)

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88

𝑌𝑍 = 0,85 (figura I-21, para confiabilidade de 90%) para pinhão e coroa.

𝑆𝑓 =𝑆𝑡𝑌𝑁 𝑌𝜃𝑌𝑍⁄

𝜎. Portanto:

𝑺𝒇 = 2,96 (pinhão) e 𝑺𝒇 = 3,28 (coroa)

Critério de desgaste superficial

𝑍𝐸 = 191 √𝑀𝑃𝑎 (figura I-22, para pinhão e coroa de aço)

𝑍𝑅 = 1 (recomendação de [15], visto que este fator ainda não foi padronizado pela

AGMA)

Para engrenagens externas de dentes retos, 𝑍𝐼 =𝑐𝑜𝑠𝜙.𝑠𝑒𝑛𝜙

2

𝑖

𝑖+1= 0,124

𝜎𝑐 = 𝑍𝐸 (𝑊𝑡𝐾𝑜𝐾𝑣𝐾𝑠𝐾𝐻

𝑑𝑝𝑏

𝑍𝑅

𝑍𝐼)

1 2⁄

. Logo:

𝜎𝑐 = 762,21 MPa (pinhão) e 𝜎𝑐 = 763,51 MPa (coroa)

𝑆𝑐 = 168000 psi (figura I-23, considerando aço AISI 4340 (aço nitretato endurecido por

completo) de grau 2 e dureza 486 HB ≈ 84,5 HR15N) = 1158,32 MPa

𝑍𝑁 = 1,4488. 𝑁−0,023, onde N é o número de ciclos da engrenagem durante sua vida útil.

Para velocidade do eixo II de 190,986 rpm, 𝑁 = 1,3. 108, o que resulta em uma vida útil

de 4,54 anos considerando uma média de 250 dias úteis no ano e 10h de utilização diárias.

Para o eixo III, 𝑁 = 1,3. 108. (38

76). Logo:

𝑍𝑁 = 0,943 (pinhão) e 𝑍𝑁 = 0,958 (coroa)

𝐶𝐻 = 1 (engrenagens são do mesmo material, logo a razão de durezas é 1). Desta forma:

𝑆𝐻 = 𝑆𝑐𝑍𝑁 𝑌𝜃𝑌𝑍⁄

𝜎𝑐 (pinhão) e 𝑆𝐻 =

𝑆𝑐𝑍𝑁𝐶𝐻 𝑌𝜃𝑌𝑍⁄

𝜎𝑐 (coroa). Então:

𝑺𝑯 = 1,69 e 𝑺𝑯𝟐 = 2,84 (pinhão) / 𝑺𝑯 = 1,71 e 𝑺𝑯

𝟐 = 2,92 (coroa)

Pares de engrenagens 9-10 / 10-11

Estimativa da largura

Z9 = 28, Z10 = 29, m = 4mm, CS = 4, 𝑆𝑦 = 1590 MPa, 𝑆𝑢𝑡 = 1720 MPa, dureza = 486

HB. Logo:

𝑑𝑝9 = 112mm e 𝑑𝑝10

= 116mm

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89

𝑉 = 𝜋𝑑𝑝𝑁

1000 𝑥 60=

𝜋.112.95,493

1000 𝑥 60= 0,56 m/s

𝐾𝑣 = 6,1+𝑉

6,1, então 𝐾𝑣= 1,092

𝑊𝑡 = 𝑃𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟 𝑉⁄ = 11032,5/0,56 = 19700,88 N

𝑊𝑟 = 𝑊𝑡 . 𝑡𝑔(𝜙) = 19700,88. 𝑡𝑔(20°) = 7170,54 N

Pela tabela da figura I-15, para Z9 = 28, obtém-se Y9 = 0,353.

𝜎𝑎𝑑𝑚 = 397,5 MPa. Logo:

𝑏𝑚𝑖𝑛 =𝐾𝑣.𝑊𝑡

𝜎𝑎𝑑𝑚.𝑚.𝑌 = 38,32mm

𝑝 = 𝜋. 𝑚 = 12,57mm. 3𝑝 < 𝑏 < 5𝑝, então 37,70 < 𝑏 < 62,83. Portanto, a largura

escolhida foi:

𝒃 = 𝟓𝟖 𝒎𝒎 (para atender aos critérios de resistência, mostrados a seguir)

Critério de fadiga por flexão

𝐾𝑜= 1 (figura I.16)

𝐾𝑣 = (𝐴+√200𝑉

𝐴)

𝐵

, onde:

𝐴 = 50 + 56(1 − 𝐵) e 𝐵 = 0,25(12 − 𝑄𝑣)2 3⁄ , onde 𝑄𝑣 é o número de nível de acurácia

da transmissão, que foi assumido 𝑄𝑣 = 6. Logo:

𝐾𝑣 = 1,144

𝐾𝑠 = 1,192 (𝐹√𝑌

𝑃)

0,0535

, onde F é o valor de 𝑏 em polegadas e 𝑃 = Z9 / 𝑑𝑝9[pol]. Logo:

𝐾𝑠 = 1,0975 (pinhão) e 𝐾𝑠 = 1,0978 (coroa), pois Y10 = 0,356 por interpolação pela figura

I-15.

𝐾𝐻 = 1 + 𝐶𝑚𝑐(𝐶𝑝𝑓𝐶𝑝𝑚 + 𝐶𝑚𝑎𝐶𝑒), onde:

𝐶𝑚𝑐 = 1 (figura I-17, considerando dentes sem coroamento)

Pela figura I-17, como 1 < 𝐹 = 2,283" ≤ 17" , 𝑑 = 𝑑𝑝[pol] e F/10d < 0,05 para a

coroa, então 𝐶𝑝𝑓 = 0,05 − 0,0375 + 0,0125𝐹 = 0,0410. Já para o pinhão, 𝐶𝑝𝑓 = (𝐹

10𝑑) −

0,0375 + 0,0125𝐹 = 0,0428

𝐶𝑝𝑚 = 1,1 (figura I-17, engrenagens não centralizadas no eixo (𝑆1/𝑆 ≥ 0,175))

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90

Pela figura I-17, 𝐶𝑚𝑎 = 𝐴 + 𝐵. 𝐹 + 𝐶. 𝐹2, onde A, B e C são dados pela tabela da figura

I.18 para engrenamento fechado (unidades fechadas, comerciais). Logo, 𝐶𝑚𝑎 = 0,1626

para o pinhão e a coroa.

𝐶𝑒 = 1 (figura I-17). Portanto:

𝐾𝐻 = 1,2097 para o pinhão e 𝐾𝐻 = 1,2077

𝐾𝐵 = 1 para pinhão e coroa (figura I-19, 𝑚𝐵 > 1,2)

Pelo gráfico da figura I-20, 𝑌𝐽 = 0,36 para o pinhão e 𝑌𝐽 = 0,365 para a coroa.

𝜎 = 𝑊𝑡𝐾𝑜𝐾𝑣𝐾𝑠1

𝑏𝑚

𝐾𝐻𝐾𝐵

𝑌𝐽. Portanto:

𝜎 = 358,29 MPa (pinhão) e 𝜎 = 352,88 MPa (coroa).

𝑆𝑡 = 0,749. 𝐻𝐵 + 110 [MPa], considerando aço AISI 4340 (aço nitretato endurecido por

completo) de grau 2. Então:

𝑆𝑡 = 0,749.486 + 110 = 474,01 𝑀𝑃𝑎 para pinhão e coroa.

𝑌𝜃 = 1 (temperatura < 120°𝐶)

𝑌𝑁 = 1,3558. 𝑁−0,0178, onde N é o número de ciclos da engrenagem durante sua vida

útil. Para velocidade do eixo III de 190,986 rpm, 𝑁 = 1,3. 108, o que resulta em uma

vida útil de 4,54 anos considerando uma média de 250 dias úteis no ano e 10h de

utilização diárias. Para o eixo IV, 𝑁 = 1,3. 108. (28

29). Logo:

𝑌𝑁 = 0,972 (pinhão) e 𝑌𝑁 = 0,973 (coroa)

𝑌𝑍 = 0,85 (figura I-21, para confiabilidade de 90%) para pinhão e coroa.

𝑆𝑓 =𝑆𝑡𝑌𝑁 𝑌𝜃𝑌𝑍⁄

𝜎. Portanto:

𝑺𝒇 = 1,51 (pinhão) e 𝑺𝒇 = 1,54 (coroa)

Critério de desgaste superficial

𝑍𝐸 = 191 √𝑀𝑃𝑎 (figura I-22, para pinhão e coroa de aço)

𝑍𝑅 = 1 (recomendação de [15], visto que este fator ainda não foi padronizado pela

AGMA)

Para engrenagens externas de dentes retos, 𝑍𝐼 =𝑐𝑜𝑠𝜙.𝑠𝑒𝑛𝜙

2

𝑖

𝑖+1= 0,095

𝜎𝑐 = 𝑍𝐸 (𝑊𝑡𝐾𝑜𝐾𝑣𝐾𝑠𝐾𝐻

𝑑𝑝𝑏

𝑍𝑅

𝑍𝐼)

1 2⁄

. Logo:

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91

𝜎𝑐 = 1163,28 MPa (pinhão) e 𝜎𝑐 = 1163,42 MPa (coroa)

𝑆𝑐 = 168000 psi (figura I-23, considerando aço AISI 4340 (aço nitretato endurecido por

completo) de grau 2 e dureza 486 HB ≈ 84,5 HR15N) = 1158,32 MPa

𝑍𝑁 = 1,4488. 𝑁−0,023, onde N é o número de ciclos da engrenagem durante sua vida útil.

Para velocidade do eixo III de 190,986 rpm, 𝑁 = 1,3. 108, o que resulta em uma vida útil

de 4,54 anos considerando uma média de 250 dias úteis no ano e 10h de utilização diárias.

Para o eixo IV, 𝑁 = 1,3. 108. (28

29). Logo:

𝑍𝑁 = 0,9427 (pinhão) e 𝑍𝑁 = 0,9435 (coroa)

𝐶𝐻 = 1 (engrenagens são do mesmo material, logo a razão de durezas é 1). Desta forma:

𝑆𝐻 = 𝑆𝑐𝑍𝑁 𝑌𝜃𝑌𝑍⁄

𝜎𝑐 (pinhão) e 𝑆𝐻 =

𝑆𝑐𝑍𝑁𝐶𝐻 𝑌𝜃𝑌𝑍⁄

𝜎𝑐 (coroa). Então:

𝑺𝑯 = 1,10 e 𝑺𝑯𝟐 = 1,22 (pinhão) / 𝑺𝑯 = 1,11 e 𝑺𝑯

𝟐 = 1,22 (coroa)

Par de engrenagens 12-13

Estimativa da largura

Z12 = 57, Z13 = 57, m = 4mm, CS = 4, 𝑆𝑦 = 1590 MPa, 𝑆𝑢𝑡 = 1720 MPa, dureza = 486

HB. Logo:

𝑑𝑝12 = 228mm e 𝑑𝑝13

= 228mm

𝑉 = 𝜋𝑑𝑝𝑁

1000 𝑥 60=

𝜋.228.95,493

1000 𝑥 60= 1,14 m/s

𝐾𝑣 = 6,1+𝑉

6,1, então 𝐾𝑣= 1,187

𝑊𝑡 = 𝑃𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟 𝑉⁄ = 11032,5/1,14 = 9677,63 N

𝑊𝑟 = 𝑊𝑡 . 𝑡𝑔(𝜙) = 9677,63. 𝑡𝑔(20°) = 3522,37 N

Pela tabela da figura I-15, para Z12 = 57, obtém-se por interpolação Y12 = 0,418.

𝜎𝑎𝑑𝑚 = 397,5 MPa. Logo:

𝑏𝑚𝑖𝑛 =𝐾𝑣.𝑊𝑡

𝜎𝑎𝑑𝑚.𝑚.𝑌 = 17,28mm

𝑝 = 𝜋. 𝑚 = 12,57mm. 3𝑝 < 𝑏 < 5𝑝, então 37,70 < 𝑏 < 62,83. Portanto, a largura

escolhida foi:

𝒃 = 𝟑𝟖 𝒎𝒎

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92

Critério de fadiga por flexão

𝐾𝑜= 1 (figura I-16)

𝐾𝑣 = (𝐴+√200𝑉

𝐴)

𝐵

, onde:

𝐴 = 50 + 56(1 − 𝐵) e 𝐵 = 0,25(12 − 𝑄𝑣)2 3⁄ , onde 𝑄𝑣 é o número de nível de acurácia

da transmissão, que foi assumido 𝑄𝑣 = 6. Logo:

𝐾𝑣 = 1,204

𝐾𝑠 = 1,192 (𝐹√𝑌

𝑃)

0,0535

, onde F é o valor de 𝑏 em polegadas e 𝑃 = Z12 / 𝑑𝑝12[pol]. Logo:

𝐾𝑠 = 1,078 (pinhão) e 𝐾𝑠 = 1,078 (coroa), pois Y13 = 0,418 por interpolação pela figura

I.15.

𝐾𝐻 = 1 + 𝐶𝑚𝑐(𝐶𝑝𝑓𝐶𝑝𝑚 + 𝐶𝑚𝑎𝐶𝑒), onde:

𝐶𝑚𝑐 = 1 (figura I-17, considerando dentes sem coroamento)

Pela figura I-17, como 1 < 𝐹 = 1,496" ≤ 17" , 𝑑 = 𝑑𝑝[pol] e F/10d < 0,05 tanto para

o pinhão quanto para a coroa, 𝐶𝑝𝑓 = 0,05 − 0,0375 + 0,0125𝐹 = 0,0312 (para o pinhão

e coroa).

𝐶𝑝𝑚 = 1,1 (figura I-17, engrenagens não centralizadas no eixo (𝑆1/𝑆 ≥ 0,175))

Pela figura I-17, 𝐶𝑚𝑎 = 𝐴 + 𝐵. 𝐹 + 𝐶. 𝐹2, onde A, B e C são dados pela tabela da figura

I.18 para engrenamento fechado (unidades fechadas, comerciais). Logo, 𝐶𝑚𝑎 = 0,1504

para o pinhão e a coroa.

𝐶𝑒 = 1 (figura I-17). Portanto:

𝐾𝐻 = 1,1847 para o pinhão e a coroa

𝐾𝐵 = 1 para pinhão e coroa (figura I-19, 𝑚𝐵 > 1,2)

Pelo gráfico da figura I-20, 𝑌𝐽 = 0,44 para o pinhão e 𝑌𝐽 = 0,44 para a coroa.

𝜎 = 𝑊𝑡𝐾𝑜𝐾𝑣𝐾𝑠1

𝑏𝑚

𝐾𝐻𝐾𝐵

𝑌𝐽. Portanto:

𝜎 = 222,54 MPa (pinhão) e 𝜎 = 222,54 MPa (coroa).

𝑆𝑡 = 0,749. 𝐻𝐵 + 110 [MPa], considerando aço AISI 4340 (aço nitretato endurecido por

completo) de grau 2. Então:

𝑆𝑡 = 0,749.486 + 110 = 474,01 𝑀𝑃𝑎 para pinhão e coroa.

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93

𝑌𝜃 = 1 (temperatura < 120°𝐶)

𝑌𝑁 = 1,3558. 𝑁−0,0178, onde N é o número de ciclos da engrenagem durante sua vida

útil. Para velocidade do eixo III de 190,986 rpm, 𝑁 = 1,3. 108, o que resulta em uma vida

útil de 4,54 anos considerando uma média de 250 dias úteis no ano e 10h de utilização

diárias. Para o eixo V, 𝑁 = 1,3. 108. (57

57). Logo:

𝑌𝑁 = 0,972 (pinhão) e 𝑌𝑁 = 0,972 (coroa)

𝑌𝑍 = 0,85 (figura I-21, para confiabilidade de 90%) para pinhão e coroa.

𝑆𝑓 =𝑆𝑡𝑌𝑁 𝑌𝜃𝑌𝑍⁄

𝜎. Portanto:

𝑺𝒇 = 2,44 (pinhão) e 𝑺𝒇 = 2,44 (coroa)

Critério de desgaste superficial

𝑍𝐸 = 191 √𝑀𝑃𝑎 (figura I-22, para pinhão e coroa de aço)

𝑍𝑅 = 1 (recomendação de [15], visto que este fator ainda não foi padronizado pela

AGMA)

Para engrenagens externas de dentes retos, 𝑍𝐼 =𝑐𝑜𝑠𝜙.𝑠𝑒𝑛𝜙

2

𝑖

𝑖+1= 0,093

𝜎𝑐 = 𝑍𝐸 (𝑊𝑡𝐾𝑜𝐾𝑣𝐾𝑠𝐾𝐻

𝑑𝑝𝑏

𝑍𝑅

𝑍𝐼)

1 2⁄

. Logo:

𝜎𝑐 = 710,38 MPa (pinhão) e 𝜎𝑐 = 710,38 MPa (coroa)

𝑆𝑐 = 168000 psi (figura I-23, considerando aço AISI 4340 (aço nitretato endurecido por

completo) de grau 2 e dureza 486 HB ≈ 84,5 HR15N) = 1158,32 MPa

𝑍𝑁 = 1,4488. 𝑁−0,023, onde N é o número de ciclos da engrenagem durante sua vida útil.

Para velocidade do eixo III de 190,986 rpm, 𝑁 = 1,3. 108, o que resulta em uma vida útil

de 4,54 anos considerando uma média de 250 dias úteis no ano e 10h de utilização diárias.

Para o eixo V, 𝑁 = 1,3. 108. (57

57). Logo:

𝑍𝑁 = 0,943 (pinhão) e 𝑍𝑁 = 0,943 (coroa)

𝐶𝐻 = 1 (engrenagens são do mesmo material, logo a razão de durezas é 1). Desta forma:

𝑆𝐻 = 𝑆𝑐𝑍𝑁 𝑌𝜃𝑌𝑍⁄

𝜎𝑐 (pinhão) e 𝑆𝐻 =

𝑆𝑐𝑍𝑁𝐶𝐻 𝑌𝜃𝑌𝑍⁄

𝜎𝑐 (coroa). Então:

𝑺𝑯 = 1,81 e 𝑺𝑯𝟐 = 3,27 (pinhão) / 𝑺𝑯 = 1,81 e 𝑺𝑯

𝟐 = 3,27 (coroa)

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Par de engrenagens 7-8

Estimativa da largura

Z7 = 25, Z8 = 50, m = 4mm, CS = 4, 𝑆𝑦 = 1590 MPa, 𝑆𝑢𝑡 = 1720 MPa, dureza = 486 HB,

ângulo entre os eixos I e II (Σ) = 90°. Logo:

𝑑𝑝7 = 100mm e 𝑑𝑝8

= 200mm

𝑅 =𝑚.𝑍8

2.𝑠𝑒𝑛𝛿8, onde 𝛿8 = 𝑡𝑔−1 [

𝑠𝑒𝑛(Σ)

(𝑍7 𝑍8⁄ )+𝑐𝑜𝑠(Σ)] = 26,56°. Então 𝑅 = 111,80mm. Portanto:

𝐿 = min (0,3𝑅 , 10𝑚) = 0,3𝑅 = 33,54mm. Assim, o valor selecionado para a largura foi:

𝑳 = 34 mm

Critério de fadiga por flexão

𝑉𝑒𝑡 =𝜋𝑑𝑝𝑁

1000 𝑥 60 =

𝜋.100.381,972

1000 𝑥 60 = 2 m/s

𝑉𝑑𝑝𝑚é𝑑𝑖𝑜=

𝜋𝑑𝑝𝑚é𝑑𝑖𝑜𝑁

1000 𝑥 60, onde 𝑑𝑝𝑚é𝑑𝑖𝑜

(coroa) = 173,98 (obtido graficamente). Então

𝑉𝑑𝑝𝑚é𝑑𝑖𝑜=

𝜋.173,98.190,986

1000 𝑥 60 = 1,74 m/s

𝑊𝑡 = 𝑃𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟 𝑉𝑑𝑝𝑚é𝑑𝑖𝑜⁄ = 11032,5/1,74 = 6341,24 N

Para o pinhão:

𝑊𝑟 = 𝑊𝑡 . 𝑡𝑔(𝜙). cos (𝛾) = 6341,24.tg(20°).cos(26,565°) = 2064,36 N

𝑊𝑎 = 𝑊𝑡 . 𝑡𝑔(𝜙). sen (𝛾) = 6341,24.tg(20°).sen(26,565°) = 1032,18 N

Para a coroa:

𝑊𝑟 = 𝑊𝑡 . 𝑡𝑔(𝜙). cos (𝛾) = 6341,24.tg(20°).sen(26,565°) = 1032,18 N

𝑊𝑎 = 𝑊𝑡 . 𝑡𝑔(𝜙). sen (𝛾) = 6341,24.tg(20°).cos(26,565°) = 2064,36 N

𝐾𝐴 = 1, definido assim como 𝐾𝑜 para as engrenagens cilíndricas (figura I-16)

𝐾𝑣 = (𝐴+√200𝑉𝑒𝑡

𝐴)

𝐵

, onde:

𝐴 = 50 + 56(1 − 𝐵) e 𝐵 = 0,25(12 − 𝑄𝑣)2 3⁄ , onde 𝑄𝑣 é o número de nível de acurácia

da transmissão, que foi assumido 𝑄𝑣 = 6. Logo:

𝐾𝑣 = 1,269

𝑌𝛽 = 1 (engrenagens cônicas de dentes retos)

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95

𝐾𝐻𝛽 = 𝐾𝑚𝑏 + 5,6(10−6)𝐿2 , onde 𝐾𝑚𝑏 = 1,1 (figura I-23), então 𝐾𝐻𝛽 = 1,1065

𝑌𝑥 = 0,4867 + 0,008339𝑚 pela figura I-24, então 𝑌𝑥 = 0,52

Pela figura I-25, 𝑌𝐽 = 0,258 (pinhão) e 𝑌𝐽 = 0,217 (coroa)

𝜎𝐹 =𝑊𝑡

𝐿

𝐾𝐴𝐾𝑣

𝑚

𝑌𝑥𝐾𝐻𝛽

𝑌𝛽𝑌𝐽, logo:

𝜎𝐹 = 131,97 MPa (pinhão) e 𝜎𝐹 = 156,91 MPa (coroa)

𝜎𝐹 𝑙𝑖𝑚 = 0,33. 𝐻𝐵 + 41,24 [MPa], considerando aço AISI 4340 (aço nitretato endurecido

por completo) de grau 2. Então:

𝜎𝐹 𝑙𝑖𝑚 = 0,33.486 + 41,24 = 201,62 𝑀𝑃𝑎 para pinhão e coroa

𝑌𝑁𝑇 = 1,6831.𝑁−0,0323 onde N é o número de ciclos da engrenagem durante sua vida útil.

Para velocidade do eixo II de 190,986 rpm, 𝑁 = 1,3. 108, o que resulta em uma vida útil

de 4,54 anos considerando uma média de 250 dias úteis no ano e 10h de utilização diárias.

Para o eixo I, 𝑁 = 1,3. 108. (50 25⁄ ). Logo:

𝑌𝑁𝑇 = 0,9001 (pinhão) e 𝑌𝑁𝑇 = 0,9205 (coroa)

𝐾𝜃 = 1 (temperatura < 120°𝐶)

𝑌𝑍 = 0,7 − 0,15. log (1 − 𝑅), onde a confiabilidade 𝑅 = 0,9. Então 𝑌𝑍 = 0,85

𝑆𝐹 =𝜎𝐹 𝑙𝑖𝑚𝑌𝑁𝑇 𝐾𝜃𝑌𝑍⁄

𝜎𝐹. Portanto:

𝑺𝑭 = 1,62 (pinhão) e 𝑺𝑭 = 1,39 (coroa)

Critério de desgaste superficial

𝑍𝐸 = 190 √MPa (engrenagens de aço)

𝑍𝐼 = 0,083 (figura I-26)

𝑍𝑋 = 0,00492. 𝐿 + 0,4375 (figura I-27) = 0,6048

𝑍𝑋𝐶 = 2 (figura I-28)

𝜎𝐻 = 𝑍𝐸 (𝑊𝑡

𝐿𝑑𝑝𝑍𝐼𝐾𝐴𝐾𝑣𝐾𝐻𝛽𝑍𝑋𝑍𝑋𝐶)

1 2⁄

, logo:

𝜎𝐻 = 1173,77 MPa (pinhão) e 𝜎𝐻 = 829,98 MPa (coroa)

𝜎𝐻 𝑙𝑖𝑚 = 2,51. 𝐻𝐵 + 203,86 [𝑀𝑃𝑎], considerando aço AISI 4340 (aço nitretato

endurecido por completo) de grau 2. Então:

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96

𝜎𝐻 𝑙𝑖𝑚 = 2,51.486 + 203,86 [𝑀𝑃𝑎] = 1423,72 MPa para pinhão e coroa

𝑍𝑁𝑇 = 3,4822. 𝑁−0,0602 onde N é o número de ciclos da engrenagem durante sua vida

útil. Para velocidade do eixo II de 190,986 rpm, 𝑁 = 1,3. 108, o que resulta em uma vida

útil de 4,54 anos considerando uma média de 250 dias úteis no ano e 10h de utilização

diárias. Para o eixo I, 𝑁 = 1,3. 108. (50 25⁄ ). Logo:

𝑍𝑁𝑇 = 1,0846 (pinhão) e 𝑍𝑁𝑇 = 1,1308 (coroa)

𝑍𝑊 = 1 (engrenagens do mesmo material)

𝑍𝑍 = √𝑌𝑍 = 0,922

𝑆𝐻 =𝜎𝐻 𝑙𝑖𝑚𝑍𝑁𝑇𝑍𝑊 𝐾𝜃𝑍𝑍⁄

𝜎𝐹, então:

𝑺𝑯 = 1,43 e 𝑺𝑯𝟐 = 2,04 (pinhão) / 𝑺𝑯 = 2,10 e 𝑺𝑯

𝟐 = 4,43 (coroa)

Geometria das engrenagens

Tabela A - 1: Dimensões das engrenagens cilíndricas

Engrenagens Cilíndricas

Engrenagem 1 2 3 4 5 6 9 10 11 12 13

Z (nº de dentes)

47 67 38 76 57 57 28 29 28 57 57

dp [mm] 188,00 268,00 152,00 304,00 228,00 228,00 112,00 116,00 112,00 228,00 228,00

de [mm] 196,00 276,00 160,00 312,00 236,00 236,00 120,00 124,00 120,00 236,00 236,00

di [mm] 178,00 258,00 142,00 294,00 218,00 218,00 102,00 106,00 102,00 218,00 218,00

db [mm] 176,66 251,84 142,83 285,67 214,25 214,25 105,25 109,00 105,25 214,25 214,25

a [mm] 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00

b [mm] 5,00 5,00 5,00 5,00 5,00 5,00 5,00 5,00 5,00 5,00 5,00

p [mm] 12,57 12,57 12,57 12,57 12,57 12,57 12,57 12,57 12,57 12,57 12,57

e [mm] 6,28 6,28 6,28 6,28 6,28 6,28 6,28 6,28 6,28 6,28 6,28

eg [graus] 3,83 2,69 4,74 2,37 3,16 3,16 6,43 6,21 6,43 3,16 3,16

h [mm] 9,00 9,00 9,00 9,00 9,00 9,00 9,00 9,00 9,00 9,00 9,00

r [mm] 0,67 0,67 0,67 0,67 0,67 0,67 0,67 0,67 0,67 0,67 0,67

L [mm] 38,00 38,00 38,00 38,00 38,00 38,00 58,00 58,00 58,00 38,00 38,00

Θ [graus] 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20

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97

Tabela A - 2: Dimenesões - Polias

Polias

Maior Menor

Ângulo [graus] 38 34

T [mm] 11,5 11,5

S [mm] 19 19

W [mm] 17 17

Y [mm] 3 3

Z [mm] 2 2

H [mm] 17 17

K [mm] 6,5 6,5

X [mm] 6,25 6,25

Diâmetro nominal [mm] 309,25 135

Diâmetro externo [mm] 321,75 147,5

Largura Total [mm] 118 118

Tabela A - 3: Dimensões - Engrenagens Cônicas

Engrenagens Cônicas

Coroa Pinhão

M 4 4

Z 50 25

θ [graus] 20 20

Σ [graus] 90 90

dp [mm] 200,00 100,00

de [mm] 203,58 107,16

R [mm] 111,80 111,80

δ [graus] 63,43 26,57

δa [graus] 65,48 28,61

δb [graus] 60,87 24,00

θa [graus] 2,05 2,05

θb [graus] 2,56 2,56

a [mm] 4 4

b [mm] 5 5

h [mm] 9 9

R [mm] 0,67 0,67

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98

Eixo I

Figura A - 1: DCL, DFC e DMF, eixo I, plano vertical (XY)

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99

Figura A - 2: DCL, DFC e DMF, eixo I, plano horizontal (XZ)

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100

Dimensionamento (Critério de Soderberg)

𝑑𝑚𝑖𝑛 = (16𝑛

𝜋{

1

𝑆𝑒[4(𝐾𝑓𝑀𝑎)

2+ 3(𝐾𝑓𝑠𝑇𝑎)

2]

1 2⁄

+1

𝑆𝑦[4(𝐾𝑓𝑀𝑚)

2+ 3(𝐾𝑓𝑠𝑇𝑚)

2]

1 2⁄

})1 3⁄

,

onde:

𝑛 = 1,4

𝑇𝑎 = 𝑀𝑚 = 0

𝑇 =𝑃𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟

2𝜋𝑁 60⁄=

11032,5

2.𝜋.381,972 60⁄ = 275,81 N.m

Dos diagramas de momento fletor, 𝑀𝑎 (𝑚á𝑥. ) = √288,512 + 229,532 = 368,38 N.m

𝑆𝑦 = 1590 MPa, 𝑆𝑢𝑡 = 1720 MPa

𝑆𝑒 = 𝑘𝑎𝑘𝑏𝑘𝑐𝑘𝑑𝑘𝑒𝑘𝑓𝑆𝑒′, onde:

𝑘𝑎 = 𝑎𝑆𝑢𝑡𝑏, onde 𝑎 = 4,51 e 𝑏 = -0,265 (figura I.29, para eixos usinados). Então 𝑘𝑎 =

0,6263

𝑘𝑏 = 1,24𝑑−0,107 (figura I-30, d< 51 𝑚𝑚 para ambas as seções críticas, de acordo com

os resultados mostrados na seção 3.3.5). Portanto:

𝑘𝑏 = 0,8503 (seção A) e 𝑘𝑏 = 0,8356 (seção B)

𝑘𝑐 = 1 (figura I-31, carregamento predominantemente flexional)

𝑘𝑑 = 1 (valor para temperatura ambiente; efeitos de temperatura considerados

desprezíveis)

𝑘𝑒 = 0,868 (figura I-32 para confiabilidade de 95%)

𝑘𝑓 = 1 (fatores adicionais desprezíveis)

𝑆𝑒′ = 700 MPa (figura I-33, 𝑆𝑢𝑡 > 1400 MPa). Portanto:

𝑆𝑒 = 323,54 MPa (seção A) e 𝑆𝑒 = 317,97 MPa (seção B)

𝐾𝑓 = 1 + 𝑞(𝐾𝑡 − 1), onde:

𝑞 é dado a partir da figura I-34. Para r = 1,5mm (tanto para seção A quanto B) e 𝑆𝑢𝑡 =

1720 MPa, foi considerado de forma conservadora 𝑞 = 1

𝐾𝑡 = 2,2 [seção A] (figura I-35, para 𝑟 𝑑⁄ = 1,5/33 e 𝐷 𝑑 = ⁄ 36/33)

𝐾𝑡 = 2,197 [seção B] (utilizando a fórmula mostrada no gráfico da figura I-36, para r =

1,5 mm, d = 40 mm e D = 50 mm). Desta forma:

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101

𝐾𝑓 = 2,2 (seção A) e 𝐾𝑓 = 2,197 (seção B)

𝐾𝑓𝑠 = 1 + 𝑞𝑐𝑖𝑠𝑎𝑙ℎ𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜(𝐾𝑡𝑠 − 1), onde:

𝑞𝑐𝑖𝑠𝑎𝑙ℎ𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 é dado a partir da figura I-37. Para r = 1,5mm (tanto para seção A quanto

B) e aço temperado, foi considerado de forma conservadora 𝑞𝑐𝑖𝑠𝑎𝑙ℎ𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = 1

𝐾𝑡𝑠 = 1,6 (seção A) (figura I-38 para 𝑟 𝑑⁄ = 1,5/33 e 𝐷 𝑑 = ⁄ 36/33)

𝐾𝑡𝑠 = 1,707 (seção B) (utilizando a fórmula mostrada no gráfico da figura I-39, para r =

1,5 mm, d = 40 mm e D = 50 mm). Desta forma:

𝐾𝑓𝑠 = 1,6 (seção A) e 𝐾𝑓𝑠 = 1,707 (seção B).

Portanto, considerando de forma conservadora que o momento fletor máximo atua em

ambas as seções críticas, obtém-se:

𝒅𝒎𝒊𝒏 = 34,03 mm (seção A) e 𝒅𝒎𝒊𝒏 = 34,20 mm (seção B)

Eixo II

Diagrama de corpo livre (plano XY) – mostrado na Figura 3-5, seção 3.3.2

Diagrama de força cortante (plano XY) – mostrado na Figura 3-5, seção 3.3.2

Diagrama de momento fletor (plano XY) – mostrado na Figura 3-5, seção 3.3.2

Diagrama de corpo livre (plano XZ) – mostrado na Figura 3-6, seção 3.3.2

Diagrama de força cortante (plano XZ) – mostrado na Figura 3-6, seção 3.3.2

Diagrama de momento fletor (plano XZ) – mostrado na Figura 3-6, seção 3.3.2

Dimensionamento (Critério de Soderberg)

𝑑𝑚𝑖𝑛 = (16𝑛

𝜋{

1

𝑆𝑒[4(𝐾𝑓𝑀𝑎)

2+ 3(𝐾𝑓𝑠𝑇𝑎)

2]

1 2⁄

+1

𝑆𝑦[4(𝐾𝑓𝑀𝑚)

2+ 3(𝐾𝑓𝑠𝑇𝑚)

2]

1 2⁄

})1 3⁄

,

onde:

𝑛 = 1,4

𝑇𝑎 = 𝑀𝑚 = 0

𝑇 =𝑃𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟

2𝜋𝑁 60⁄=

11032,5

2.𝜋.190,986 60⁄ = 551,62 N.m

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102

Dos diagramas de momento fletor, o valor máximo, que ocorre na seção B, é

𝑀𝑎 (𝑚á𝑥. ) = √1101,82 + 251,652 = 1130,17 N.m

𝑆𝑦 = 1590 MPa, 𝑆𝑢𝑡 = 1720 MPa

𝑆𝑒 = 𝑘𝑎𝑘𝑏𝑘𝑐𝑘𝑑𝑘𝑒𝑘𝑓𝑆𝑒′, onde:

𝑘𝑎 = 𝑎𝑆𝑢𝑡𝑏, onde 𝑎 = 4,51 e 𝑏 = -0,265 (figura I-29, para eixos usinados). Então 𝑘𝑎 =

0,6263

Para a seção A, 𝑘𝑏 = 1,24𝑑−0,107 (figura I-30, 𝑑 < 51 𝑚𝑚 de acordo com os resultados

mostrados na seção 3.3.5). Portanto:

𝑘𝑏 = 0,8159 (seção A)

Para as seções B, C e D, 𝑘𝑏 = 1,51𝑑−0,157(figura I-30, 51 < 𝑑 < 254 𝑚𝑚 de acordo

com os resultados mostrados na seção 3.3.5). Portanto:

𝑘𝑏 = 0,7993 (seções B, C e D)

𝑘𝑐 = 1 (figura I-31, carregamento predominantemente flexional)

𝑘𝑑 = 1 (valor para temperatura ambiente; efeitos de temperatura considerados

desprezíveis)

𝑘𝑒 = 0,868 (figura I-32 para confiabilidade de 95%)

𝑘𝑓 = 1 (fatores adicionais desprezíveis)

𝑆𝑒′ = 700 MPa (figura I-33, 𝑆𝑢𝑡 > 1400 MPa). Portanto:

𝑆𝑒 = 310,46 MPa (seção A), 𝑆𝑒 = 304,15 MPa (seções B, C e D)

𝐾𝑓 = 1 + 𝑞(𝐾𝑡 − 1), onde:

𝑞 é dado a partir da figura I-34. Por simplicidade, foi considerado de forma conservadora

𝑞 = 1 para as seções A, C e D. Já para a seção B, foi necessário maior rigor. Desta forma,

também de acordo com a figura I-34, para 𝑆𝑢𝑡 = 1720 MPa e r = 0,4 mm, 𝑞 = 0,95 para a

seção B.

𝐾𝑡 = 1,9016 [seção A] (utilizando a fórmula mostrada no gráfico da figura I-36, para r =

2,5 mm, d = 50 mm e D = 57,5 mm)

𝐾𝑡 = 3,3952 [seções B e D] (utilizando a fórmula mostrada no gráfico da figura I-40 para

𝐾𝑡𝐵 , considerando raio no fundo do rasgo do eixo r = 0,4 mm [34] e d = 57,5 mm)

𝐾𝑡 = 1,9357 [seção C] (utilizando a fórmula mostrada no gráfico da figura I-36, para r =

2,5 mm, d = 57,5 mm e D = 65 mm)

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103

Desta forma:

𝐾𝑓 = 1,9016 (seção A), 𝐾𝑓 = 3,2754 (seção B), 𝐾𝑓 = 1,9357 (seção C), 𝐾𝑓 = 3,3952 (seção

D)

𝐾𝑓𝑠 = 1 + 𝑞𝑐𝑖𝑠𝑎𝑙ℎ𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜(𝐾𝑡𝑠 − 1), onde:

𝑞𝑐𝑖𝑠𝑎𝑙ℎ𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 é dado a partir da figura I-37. Por simplicidade, foi considerado de forma

conservadora 𝑞𝑐𝑖𝑠𝑎𝑙ℎ𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = 1 para as seções A, C e D. Já para a seção B, foi necessário

maior rigor. Desta forma, também de acordo com a figura I-34, para 𝑆𝑢𝑡 = 1720 MPa e r

= 0,4 mm, 𝑞𝑐𝑖𝑠𝑎𝑙ℎ𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = 0,92 para a seção B.

𝐾𝑡𝑠 = 1,5206 [seção A] (utilizando a fórmula mostrada no gráfico da figura I-39, para r =

2,5 mm, d = 50 mm e D = 57,5 mm)

𝐾𝑡𝑠 = 3,5804 [seções B e D] (utilizando a fórmula mostrada no gráfico da figura I-41 para

𝐾𝑡𝐵 , considerando raio no fundo do rasgo do eixo r = 0,4 mm [34] e d = 57,5 mm)

𝐾𝑡𝑠 = 1,5441 [seção C] (utilizando a fórmula mostrada no gráfico da figura I-39, para r =

2,5 mm, d = 57,5 mm e D = 65 mm)

Desta forma:

𝐾𝑓𝑠 = 1,5206 (seção A), 𝐾𝑓𝑠 = 3,3740 (seção B), 𝐾𝑓𝑠 = 1,5441 (seção C), 𝐾𝑓𝑠 = 3,5804

(seção D)

Por simplicidade, foi considerado de forma conservadora que o momento fletor máximo

atua também nas seções A e C, além da seção B. Já para a seção D, foi necessário maior

rigor, considerando o momento fletor que realmente atua na seção, dado por:

𝑀𝑎 (seção D) = √966,952 + 13,662 = 967,05 N.m

Tem-se então como resultado final:

𝒅𝒎𝒊𝒏 = 47,21 mm (seção A), 𝒅𝒎𝒊𝒏 = 57,29 mm (seção B), 𝒅𝒎𝒊𝒏 = 47,80 mm (seção C)

e 𝒅𝒎𝒊𝒏 = 55,32 mm (seção D).

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104

Eixo III

Figura A - 3: DCL, DFC e DMF, eixo III, plano vertical (XY)

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105

Figura A - 4: DCL, DFC e DMF, eixo III, plano horizontal (XZ)

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106

Dimensionamento (Critério de Soderberg)

𝑑𝑚𝑖𝑛 = (16𝑛

𝜋{

1

𝑆𝑒[4(𝐾𝑓𝑀𝑎)

2+ 3(𝐾𝑓𝑠𝑇𝑎)

2]

1 2⁄

+1

𝑆𝑦[4(𝐾𝑓𝑀𝑚)

2+ 3(𝐾𝑓𝑠𝑇𝑚)

2]

1 2⁄

})1 3⁄

,

onde:

𝑛 = 1,4

𝑇𝑎 = 𝑀𝑚 = 0

𝑇𝑚 =𝑃𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟

2𝜋𝑁 60⁄=

11032,5

2.𝜋.95,493 60⁄ = 1103,25 N.m

Dos diagramas de momento fletor, 𝑀𝑎 (𝑚á𝑥. ) = √3008,32 + 1344,52 = 3295,08 N.m

𝑆𝑦 = 1590 MPa, 𝑆𝑢𝑡 = 1720 MPa

𝑆𝑒 = 𝑘𝑎𝑘𝑏𝑘𝑐𝑘𝑑𝑘𝑒𝑘𝑓𝑆𝑒′, onde:

𝑘𝑎 = 𝑎𝑆𝑢𝑡𝑏, onde 𝑎 = 4,51 e 𝑏 = -0,265 (figura I-29, para eixos usinados). Então 𝑘𝑎 =

0,6263

𝑘𝑏 = 1,51𝑑−0,157 (figura I-30, 51 < 𝑑 < 254 𝑚𝑚, de acordo com os resultados

mostrados na seção 3.3.5). Portanto:

𝑘𝑏 = 0,8061 (seção A)

𝑘𝑐 = 1 (figura I-31, carregamento predominantemente flexional)

𝑘𝑑 = 1 (valor para temperatura ambiente; efeitos de temperatura considerados

desprezíveis)

𝑘𝑒 = 0,868 (figura I-32 para confiabilidade de 95%)

𝑘𝑓 = 1 (fatores adicionais desprezíveis)

𝑆𝑒′ = 700 MPa (figura I-33, 𝑆𝑢𝑡 > 1400 MPa). Portanto:

𝑆𝑒 = 306,73 MPa (seção A)

𝐾𝑓 = 1 (concentração de tensões na raiz das estrias desconsiderada, conforme explicado

no texto)

𝐾𝑓𝑠 = 1 (concentração de tensões na raiz das estrias desconsiderada, conforme explicado

no texto)

Portanto:

𝒅𝒎𝒊𝒏 = 54,49 mm (seção A)

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107

Eixo IV

Figura A - 5: DCL, DFC e DMF, eixo IV, plano vertical (XY). Par 9-10 engrenado (situação mais

crítica)

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108

Figura A - 6: DCL, eixo IV, plano vertical (XY). Par 12-13 engrenado.

Figura A - 7: DCL, eixo IV, plano horizontal (XZ). Par 12-13 engrenado.

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109

Dimensionamento (Critério de Soderberg)

𝑑𝑚𝑖𝑛 = (16𝑛

𝜋{

1

𝑆𝑒[4(𝐾𝑓𝑀𝑎)

2+ 3(𝐾𝑓𝑠𝑇𝑎)

2]

1 2⁄

+1

𝑆𝑦[4(𝐾𝑓𝑀𝑚)

2+ 3(𝐾𝑓𝑠𝑇𝑚)

2]

1 2⁄

})1 3⁄

,

onde:

𝑛 = 1,4

𝑇𝑎 = 𝑀𝑚 = 0

𝑇𝑚 = 0 (situação mais crítica)

𝑇𝑚 =𝑃𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟

2𝜋𝑁 60⁄=

11032,5

2.𝜋.92,200 60⁄ = 1142,65 N.m (par 12-13 engrenado; este valor é utilizado

somente para dimensionamento da chaveta)

Dos diagramas de momento fletor, 𝑀𝑎 (𝑚á𝑥. ) = 1028,8 N.m

𝑆𝑦 = 1590 MPa, 𝑆𝑢𝑡 = 1720 MPa

𝑆𝑒 = 𝑘𝑎𝑘𝑏𝑘𝑐𝑘𝑑𝑘𝑒𝑘𝑓𝑆𝑒′, onde:

𝑘𝑎 = 𝑎𝑆𝑢𝑡𝑏, onde 𝑎 = 4,51 e 𝑏 = -0,265 (figura I-29, para eixos usinados). Então 𝑘𝑎 =

0,6263

Para a seção A, 𝑘𝑏 = 1,24𝑑−0,107 (figura I-30, d< 51 𝑚𝑚, de acordo com os resultados

mostrados na seção 3.3.5). Portanto:

𝑘𝑏 = 0,8159 (seção A)

Para a seção B, 𝑘𝑏 = 1,51𝑑−0,157(figura I-30, 51 < 𝑑 < 254 𝑚𝑚 de acordo com os

resultados mostrados na seção 3.3.5). Portanto:

𝑘𝑏 = 0,8049 (seção B)

𝑘𝑐 = 1 (figura I-31, carregamento predominantemente flexional)

𝑘𝑑 = 1 (valor para temperatura ambiente; efeitos de temperatura considerados

desprezíveis)

𝑘𝑒 = 0,868 (figura I-32 para confiabilidade de 95%)

𝑘𝑓 = 1 (fatores adicionais desprezíveis)

𝑆𝑒′ = 700 MPa (figura I-33, 𝑆𝑢𝑡 > 1400 MPa). Portanto:

𝑆𝑒 = 310,46 MPa (seção A) e 𝑆𝑒 = 306,28 MPa (seção B)

𝐾𝑓 = 1 + 𝑞(𝐾𝑡 − 1), onde:

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110

𝑞 é dado a partir da figura I-34. Por simplicidade, foi considerado de forma conservadora

𝑞 = 1 para as seções A e B.

𝐾𝑡 = 1,8144 [seção A] (utilizando a fórmula mostrada no gráfico da figura I-36, para r =

2,5 mm, d = 50 mm e D = 55 mm)

𝐾𝑡 = 3,3259 [seção B] (utilizando a fórmula mostrada no gráfico da figura I-40 para 𝐾𝑡𝐵 ,

considerando raio no fundo do rasgo do eixo r = 0,4 mm [34] e d = 55 mm)

Desta forma:

𝐾𝑓 = 1,8144 (seção A) e 𝐾𝑓 = 3,3259 (seção B)

𝐾𝑓𝑠 = 1 + 𝑞𝑐𝑖𝑠𝑎𝑙ℎ𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜(𝐾𝑡𝑠 − 1), onde:

𝑞𝑐𝑖𝑠𝑎𝑙ℎ𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 é dado a partir da figura I-37. Por simplicidade, foi considerado de forma

conservadora 𝑞𝑐𝑖𝑠𝑎𝑙ℎ𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = 1 para as seções A e B.

𝐾𝑡𝑠 = 1,4609 [seção A] (figura I-39 para r = 2,5 mm, d = 50 mm e D = 55 mm)

𝐾𝑡𝑠 = 3,5277 [seção B] (utilizando a fórmula mostrada no gráfico da figura I-41 para 𝐾𝑡𝐵 ,

considerando raio no fundo do rasgo do eixo r = 0,4 mm [34] e d = 55 mm]

Desta forma:

𝐾𝑓𝑠 = 1,4609 (seção A) e 𝐾𝑓𝑠 = 3,5277 (seção B).

Portanto, considerando de forma conservadora que o momento fletor máximo atua em

ambas as seções críticas, obtém-se:

𝒅𝒎𝒊𝒏 = 44,10 mm (seção A) e 𝒅𝒎𝒊𝒏 = 54,21 mm (seção B)

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111

Eixo V

Figura A - 8: DCL, DFC e DMF, eixo V, plano vertical (XY)

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112

Figura A - 9: DCL, DFC e DMF, eixo V, plano horizontal (XZ)

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113

Dimensionamento (Critério de Soderberg)

𝑑𝑚𝑖𝑛 = (16𝑛

𝜋{

1

𝑆𝑒[4(𝐾𝑓𝑀𝑎)

2+ 3(𝐾𝑓𝑠𝑇𝑎)

2]

1 2⁄

+1

𝑆𝑦[4(𝐾𝑓𝑀𝑚)

2+ 3(𝐾𝑓𝑠𝑇𝑚)

2]

1 2⁄

})1 3⁄

,

onde:

𝑛 = 1,4

𝑇𝑎 = 𝑀𝑚 = 0

𝑇𝑚 =𝑃𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟

2𝜋𝑁 60⁄=

11032,5

2.𝜋.95,493 60⁄ = 1103,25 N.m

Dos diagramas de momento fletor, 𝑀𝑎 (𝑚á𝑥. ) = √823,72 + 299,792 = 876,56 N.m

𝑆𝑦 = 1590 MPa, 𝑆𝑢𝑡 = 1720 MPa

𝑆𝑒 = 𝑘𝑎𝑘𝑏𝑘𝑐𝑘𝑑𝑘𝑒𝑘𝑓𝑆𝑒′, onde:

𝑘𝑎 = 𝑎𝑆𝑢𝑡𝑏, onde 𝑎 = 4,51 e 𝑏 = -0,265 (figura I-29, para eixos usinados). Então 𝑘𝑎 =

0,6263

Para a seção A, 𝑘𝑏 = 1,24𝑑−0,107 (figura I-30, d< 51 𝑚𝑚, de acordo com os resultados

mostrados na seção 3.3.5). Portanto:

𝑘𝑏 = 0,8159 (seção A)

Para a seção B, 𝑘𝑏 = 1,51𝑑−0,157(figura I-30, 51 < 𝑑 < 254 𝑚𝑚 de acordo com os

resultados mostrados na seção 3.3.5). Portanto:

𝑘𝑏 = 0,8049 (seção B)

𝑘𝑐 = 1 (figura I-31, carregamento predominantemente flexional)

𝑘𝑑 = 1 (valor para temperatura ambiente; efeitos de temperatura considerados

desprezíveis)

𝑘𝑒 = 0,868 (figura I-32 para confiabilidade de 95%)

𝑘𝑓 = 1 (fatores adicionais desprezíveis)

𝑆𝑒′ = 700 MPa (figura I-33, 𝑆𝑢𝑡 > 1400 MPa). Portanto:

𝑆𝑒 = 310,46 MPa (seção A) e 𝑆𝑒 = 306,28 MPa (seção B)

𝐾𝑓 = 1 + 𝑞(𝐾𝑡 − 1), onde:

𝑞 é dado a partir da figura I-34. Por simplicidade, foi considerado de forma conservadora

𝑞 = 1 para as seções A e B.

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114

𝐾𝑡 = 1,8144 [seção A] (utilizando a fórmula mostrada no gráfico da figura I-36, para r =

2,5 mm, d = 50 mm e D = 55 mm)

𝐾𝑡 = 3,3259 [seção B] (utilizando a fórmula mostrada no gráfico da figura I-40 para 𝐾𝑡𝐵 ,

considerando raio no fundo do rasgo do eixo r = 0,4 mm [34] e d = 55 mm]

Desta forma:

𝐾𝑓 = 1,8144 (seção A) e 𝐾𝑓 = 3,3259 (seção B)

𝐾𝑓𝑠 = 1 + 𝑞𝑐𝑖𝑠𝑎𝑙ℎ𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜(𝐾𝑡𝑠 − 1), onde:

𝑞𝑐𝑖𝑠𝑎𝑙ℎ𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 é dado a partir da figura I-37. Por simplicidade, foi considerado de forma

conservadora 𝑞𝑐𝑖𝑠𝑎𝑙ℎ𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = 1 para as seções A e B.

𝐾𝑡𝑠 = 1,4609 [seção A] (figura I.39 para r = 2,5 mm, d = 50 mm e D = 55 mm )

𝐾𝑡𝑠 = 3,5277 [seção B] (utilizando a fórmula mostrada no gráfico da figura I-41 para 𝐾𝑡𝐵 ,

considerando raio no fundo do rasgo do eixo r = 0,4 mm [34] e d = 55 mm]

Desta forma:

𝐾𝑓𝑠 = 1,4609 (seção A) e 𝐾𝑓𝑠 = 3,5277 (seção B).

Portanto, considerando de forma conservadora que o momento fletor máximo atua em

ambas as seções críticas, obtém-se:

𝒅𝒎𝒊𝒏 = 44,07 mm (seção A) e 𝒅𝒎𝒊𝒏 = 54,96 mm (seção B)

Parafusos

M10x1,5x120 Classe 5.8 (rosca parcial)

𝑛 =(𝑆𝑝𝐴𝑡 − 𝐹𝑖)𝑁

𝑃𝐶

𝑆𝑝 = 380MPa (figura I.42)

𝐴𝑡 = 58 mm² (figura I.43)

𝐹𝑖 = 0,75. 𝐴𝑡. 𝑆𝑝 (figura I.44). Logo, 𝐹𝑖 = 16530 N

𝑁 = 1, considerando de forma conservadora que um único parafuso suportará a carga de

tração máxima 𝑃 atuante dentre todos os rolamentos mais externos.

𝑃 = 12801 N (mancal direito do eixo III, de acordo com DCL no plano XY)

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115

𝐶 =𝑘𝑝

𝑘𝑝 + 𝑘𝑚

𝑘𝑝 = 𝐴𝑑.𝐴𝑡.𝐸𝑎ç𝑜

𝐴𝑑.𝑙𝑡+𝐴𝑡 .𝑙𝑑 , onde:

𝐸𝑎ç𝑜 = 207000 MPa [15]

𝐴𝑑 = 𝜋. 𝑑2 4⁄ , d = 10mm, então 𝐴𝑑 = 78,54 mm²

De acordo com a Figura I - 45 e as figuras do catálogo CISER:

𝑙𝑡 = 𝑙 − 𝑙𝑑

Como haverá arruela nos dois lados da junta, 𝑙 = 104 + 2𝑡, onde 𝑡 é a espessura da

arruela. Pela Figura II - 14, 𝑡 = 1,7mm. Logo, 𝑙 = 107,4 mm.

Considerando H = 8 mm (M máximo na Figura II - 13) e mais pelo menos dois passos de

rosca, o comprimento selecionado foi:

𝐿 = 120mm, 𝐿𝑇 = 26 mm (Figura II - 10). Logo 𝑙𝑑 = 𝐿 − 𝐿𝑇 = 94 mm, então 𝑙𝑡 = 13,4

mm. Portanto, 𝑘𝑝 = 144970,201 N/mm.

𝑘𝑚 = 𝐸𝐹𝑜𝐹𝑜 . 𝑑. 𝐴. exp (𝐵. 𝑑/𝑙), onde:

𝐸𝐹𝑜𝐹𝑜 = 96500 MPa (considerando ferro fundido n° 25) [15]

𝐴 = 0,78715 e 𝐵 = 0,62873 (Figura I - 46, parafusos de aço). Então:

𝑘𝑚 = 795827,222 N/mm. Logo:

𝐶 = 0,15409 e, finalmente:

𝒏 = 2,79 (> 1, então adequado)

M10x1,5x100 Classe 5.8 (rosca parcial)

𝑛 =(𝑆𝑝𝐴𝑡 − 𝐹𝑖)𝑁

𝑃𝐶

𝑆𝑝 = 380MPa (figura I - 42)

𝐴𝑡 = 58 mm² (figura I - 43)

𝐹𝑖 = 0,75. 𝐴𝑡. 𝑆𝑝 (figura I - 44). Logo, 𝐹𝑖 = 16530 N

𝑁 = 1, considerando de forma conservadora que um único parafuso suportará a carga de

tração máxima 𝑃 atuante dentre todos os rolamentos mais externos.

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116

𝑃 = 12801 N (mancal direito do eixo III, de acordo com DCL no plano XY)

𝐶 =𝑘𝑝

𝑘𝑝 + 𝑘𝑚

𝑘𝑝 = 𝐴𝑑.𝐴𝑡.𝐸𝑎ç𝑜

𝐴𝑑.𝑙𝑡+𝐴𝑡 .𝑙𝑑 , onde:

𝐸𝑎ç𝑜 = 207000 MPa [15]

𝐴𝑑 = 𝜋. 𝑑2 4⁄ , d = 10mm, então 𝐴𝑑 = 78,54 mm²

De acordo com a figura I.45 e as figuras do catálogo CISER:

𝑙𝑡 = 𝑙 − 𝑙𝑑

Como haverá arruela nos dois lados da junta, 𝑙 = 80 + 2𝑡, onde 𝑡 é a espessura da arruela.

Pela Figura II - 14, 𝑡 = 1,7mm. Logo, 𝑙 = 83,4 mm.

Considerando H = 8 mm (M máximo na Figura II - 13) e mais pelo menos dois passos de

rosca, o comprimento selecionado foi:

𝐿 = 100mm, 𝐿𝑇 = 26 mm (Figura II - 10). Logo 𝑙𝑑 = 𝐿 − 𝐿𝑇 = 74 mm, então 𝑙𝑡 = 9,4

mm. Portanto, 𝑘𝑝 = 187454,795 N/mm.

𝑘𝑚 = 𝐸𝐹𝑜𝐹𝑜 . 𝑑. 𝐴. exp (𝐵. 𝑑/𝑙), onde:

𝐸𝐹𝑜𝐹𝑜 = 96500 MPa (considerando ferro fundido n° 25) [15]

𝐴 = 0,78715 e 𝐵 = 0,62873 (figura I - 46, parafusos de aço). Então:

𝑘𝑚 = 809075,002 N/mm. Logo:

𝐶 = 0,18811 e, finalmente:

𝒏 = 2,29 (> 1, então adequado)

M10x1,5x50 Classe 5.8 (rosca parcial)

𝑛 =(𝑆𝑝𝐴𝑡 − 𝐹𝑖)𝑁

𝑃𝐶

𝑆𝑝 = 380MPa (figura I - 42)

𝐴𝑡 = 58 mm² (figura I - 43)

𝐹𝑖 = 0,75. 𝐴𝑡. 𝑆𝑝 (figura I - 44). Logo, 𝐹𝑖 = 16530 N

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𝑁 = 2, considerando de forma conservadora que somente dois parafusos suportarão a

carga de tração máxima 𝑃 atuante dentre todos os rolamentos mais externos.

𝑃 = 12801 N (mancal direito do eixo III, de acordo com DCL no plano XY)

𝐶 =𝑘𝑝

𝑘𝑝 + 𝑘𝑚

𝑘𝑝 = 𝐴𝑑.𝐴𝑡.𝐸𝑎ç𝑜

𝐴𝑑.𝑙𝑡+𝐴𝑡 .𝑙𝑑 , onde:

𝐸𝑎ç𝑜 = 207000 MPa (15)

𝐴𝑑 = 𝜋. 𝑑2 4⁄ , d = 10mm, então 𝐴𝑑 = 78,54 mm²

De acordo com a figura I - 45 e as figuras do catálogo CISER:

𝑙𝑡 = 𝑙 − 𝑙𝑑

Como haverá arruela nos dois lados da junta, 𝑙 = 34 + 2𝑡, onde 𝑡 é a espessura da arruela.

Pela Figura II - 14, 𝑡 = 1,7mm. Logo, 𝑙 = 37,4 mm.

Considerando H = 8 mm (M máximo na Figura II - 13) e mais pelo menos dois passos de

rosca, o comprimento selecionado foi:

𝐿 = 50mm, 𝐿𝑇 = 26 mm Figura II - 10. Logo 𝑙𝑑 = 𝐿 − 𝐿𝑇 = 24 mm, então 𝑙𝑡 = 13,4 mm.

Portanto, 𝑘𝑝 = 385753,599 N/mm.

𝑘𝑚 = 𝐸𝐹𝑜𝐹𝑜 . 𝑑. 𝐴. exp (𝐵. 𝑑/𝑙), onde:

𝐸𝐹𝑜𝐹𝑜 = 96500 MPa (considerando ferro fundido n° 25) [15]

𝐴 = 0,78715 e 𝐵 = 0,62873 (figura I - 46, parafusos de aço). Então:

𝑘𝑚 = 886038,311 N/mm. Logo:

𝐶 = 0,30332 e, finalmente:

𝒏 = 2,84 (> 1, então adequado)

M10x1,5x40 Classe 8.8 (rosca inteira)

𝑛 =(𝑆𝑝𝐴𝑡 − 𝐹𝑖)𝑁

𝑃𝐶

𝑆𝑝 = 600 MPa (figura I - 42)

𝐴𝑡 = 58 mm² (figura I - 43)

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𝐹𝑖 = 0,75. 𝐴𝑡. 𝑆𝑝 (figura I - 44). Logo, 𝐹𝑖 = 26100 N

𝑁 = 2, considerando de forma conservadora que somente dois parafusos (dentre os 4)

suportarão a carga de tração máxima 𝑃 atuante sobre a tampa interna e mancal direito

do eixo IV.

𝑃 = 22132,6 N (Soma das reações verticais do mancal direito do eixo II e mancal esquerdo

do eixo V. Esta configuração é a pior situação, pois para o motor girando no sentido

oposto, a única carga que tracionaria os parafusos seria a reação vertical do mancal

esquerdo do eixo IV, cujo valor é de 20700 N. Já para o mancal direito do eixo IV, a

máxima força vertical é de 19230N)

𝐶 =𝑘𝑝

𝑘𝑝 + 𝑘𝑚

𝑘𝑝 = 𝐴𝑑.𝐴𝑡.𝐸𝑎ç𝑜

𝐴𝑑.𝑙𝑡+𝐴𝑡 .𝑙𝑑 , onde:

𝐸𝑎ç𝑜 = 207000 MPa [15]

𝐴𝑑 = 𝜋. 𝑑2 4⁄ , d = 10mm, então 𝐴𝑑 = 78,54 mm²

De acordo com a figura I - 47 e as figuras do catálogo CISER:

𝑙𝑡 = 𝑙′ − 𝑙𝑑. Como 𝑡2 > 𝑑, então 𝑙′ = (𝑡 + 𝑡1) + 𝑑/2 = 1,7 + 20 + 10/2 = 26,7 mm.

Como o parafuso é de rosca inteira, então 𝑙𝑑 = 0. Logo 𝑙𝑡 = 26,7 mm.

De acordo com a figura I - 48, para ferro fundido, 𝐶 = 1,5𝑑 = 15 mm. Logo, o parafuso

escolhido tem:

𝐿 = 40mm, 𝐿𝑇 = 40 mm. Portanto, 𝑘𝑝 = 449662,921 N/mm.

𝑘𝑚 = 𝐸𝐹𝑜𝐹𝑜 . 𝑑. 𝐴. exp (𝐵. 𝑑/𝑙), onde:

𝐸𝐹𝑜𝐹𝑜 = 96500 MPa (considerando ferro fundido n° 25) [15]

𝐴 = 0,78715 e 𝐵 = 0,62873 (figura I - 46, parafusos de aço). Então:

𝑘𝑚 = 946511,445 N/mm. Logo:

𝐶 = 0,32207 e, finalmente:

𝒏 = 2,44 (> 1, então adequado)

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119

Rolamentos

Eixo I (NJ 2308 ECP)

A partir dos diagramas de corpo livre do eixo:

Carga radial no mancal esquerdo = √1,80442 + 6,66942 = 6,909 kN

Carga radial no mancal direito = √7,81562 + 1,32642 = 7,927 kN

Carga axial no eixo = 1,032 kN

Velocidade do eixo = 381,972 rpm

Número de revoluções requerido = 2,6.10^8

A partir dos resultados do SKF bearing calculator mostrados abaixo:

𝐿10 > 105ℎ > 11344,64 h = 4,54 anos

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Eixo II (6210)

A partir dos diagramas de corpo livre do eixo:

Carga radial no mancal esquerdo = √6,61742 + 1,51142 = 6,788 kN

Carga radial no mancal direito = √6,98162 + 0,0986012 = 6,982 kN

Carga axial no eixo = 2,064 kN

Velocidade do eixo = 190,986 rpm

Número de revoluções requerido = 1,3.10^8

A partir dos resultados do SKF bearing calculator mostrados abaixo:

𝐿10 > 13200 h > 11344,64 h = 4,54 anos

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Eixo III (6409)

A partir dos diagramas de corpo livre do eixo:

Carga radial no mancal esquerdo = √0,35842 + 4,09142 = 4,107 kN

Carga radial no mancal direito = √12,8012 + 5,72112 = 14,021 kN

Carga axial no eixo = 0

Velocidade máxima do eixo = 190,986 rpm

Número de revoluções requerido = 1,3.10^8

A partir dos resultados do SKF bearing calculator mostrados abaixo:

𝐿10 > 13900 h > 11344,64 h = 4,54 anos

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122

Eixo IV (22210 E)

A partir dos diagramas de corpo livre do eixo:

➢ Situação crítica (par 9-10 engrenado)

Carga radial no mancal esquerdo = 20,172 kN

Carga radial no mancal direito = 19,23 kN

➢ Par 12-13 engrenado

Carga radial no mancal esquerdo = √10,0862 + 3,6712 = 10,733 kN

Carga radial no mancal direito = √9,61482 + 3,49952 = 10,232 kN

Carga axial no eixo = 0

Velocidade máxima do eixo = 184,4 rpm

Número de revoluções requerido = 1,255.10^8

A partir dos resultados do SKF bearing calculator mostrados abaixo:

𝐿10 > 23500 h > 11344,64 h = 4,54 anos

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Eixo V (NU 2210 ECM)

A partir dos diagramas de corpo livre do eixo:

Carga radial no mancal esquerdo = √16,1512 + 5,87832 = 17,187 kN

Carga radial no mancal direito = √3,55042 + 1,29222 = 3,778 kN

Carga axial no eixo = 0

Velocidade máxima do eixo = 190,986 rpm

Número de revoluções requerido = 1,3.10^8

A partir dos resultados do SKF bearing calculator mostrados abaixo:

𝐿10 > 21700 h > 11344,64 h = 4,54 anos

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124

Estrias do eixo III

𝜎𝑥 =3𝑇(𝐷−𝑑)

𝑑𝐿𝑏2𝑛𝑒 e 𝜏𝑥𝑦 =

2𝑇

𝑑𝐿𝑏𝑛𝑒, onde:

𝑇 = 1103,25 N.m, 𝐷 = 0,06 m, 𝑑 = 0,052 m, 𝐿 = 0,1505 m, 𝑏 = 0,014 m e 𝑛𝑒 = 4

Logo, 𝜎𝑥 = 4,315 MPa e 𝜏𝑥𝑦 = 5,035 MPa

𝐹𝑆𝑐𝑜𝑚𝑝 =𝑆𝑦

𝜎𝑥 e 𝐹𝑆𝑐𝑖𝑠 =

0,577𝑆𝑦

𝜏𝑥𝑦, onde 𝑆𝑦 = 1590 MPa. Logo:

𝑭𝑺𝒄𝒐𝒎𝒑 = 368,44 e 𝑭𝑺𝒄𝒊𝒔 = 182,22

𝐹𝑆𝑔𝑙𝑜𝑏𝑎𝑙 =𝑆𝑦

𝜎𝑉𝑀, onde 𝜎𝑉𝑀 = √𝜎𝑥

2 + 3𝜏𝑥𝑦2. Logo:

𝜎𝑉𝑀 = 9,73 MPa

𝑭𝑺𝒈𝒍𝒐𝒃𝒂𝒍 = 163,42

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125

Chavetas

Chaveta Eixo I / Engrenagem 7

𝑇 = 275,81 N.m, 𝑑 = 0,040 m, 𝑏 = 0,012 m, ℎ = 0,008 m, 𝐿 = 0,028 m, 𝑆𝑦 = 530 MPa.

Logo:

𝜎𝑥 =4𝑇

𝑑ℎ𝐿 = 123,13 MPa e 𝜏𝑥𝑦 =

2𝑇

𝑑𝑏𝐿 = 41,04 MPa

𝑭𝑺𝒄𝒐𝒎𝒑 =𝑺𝒚

𝝈𝒙 = 4,30 e 𝑭𝑺𝒄𝒊𝒔 =

𝟎,𝟓𝟕𝟕𝑺𝒚

𝝉𝒙𝒚 = 7,45. Logo:

𝜎𝑉𝑀 = √𝜎𝑥2 + 3𝜏𝑥𝑦

2 = 142,18 MPa

𝑭𝑺𝒈𝒍𝒐𝒃𝒂𝒍 =𝑺𝒚

𝝈𝑽𝑴 = 3,73

Chaveta Eixo I / Polia maior

𝑇 = 275,81 N.m, 𝑑 = 0,036 m, 𝑏 = 0,010 m, ℎ = 0,008 m, 𝐿 = 0,022 m, 𝑆𝑦 = 530 MPa.

Logo:

𝜎𝑥 =4𝑇

𝑑ℎ𝐿 = 174,12 MPa e 𝜏𝑥𝑦 =

2𝑇

𝑑𝑏𝐿 = 69,65 MPa

𝑭𝑺𝒄𝒐𝒎𝒑 =𝑺𝒚

𝝈𝒙 = 3,04 e 𝑭𝑺𝒄𝒊𝒔 =

𝟎,𝟓𝟕𝟕𝑺𝒚

𝝉𝒙𝒚 = 4,39. Logo:

𝜎𝑉𝑀 = √𝜎𝑥2 + 3𝜏𝑥𝑦

2 = 211,83 MPa

𝑭𝑺𝒈𝒍𝒐𝒃𝒂𝒍 =𝑺𝒚

𝝈𝑽𝑴 = 2,50

Chaveta Eixo II / Engrenagem 1

𝑇 = 551,62 N.m, 𝑑 = 0,050 m, 𝑏 = 0,014 m, ℎ = 0,009 m, 𝐿 = 0,036 m, 𝑆𝑦 = 530 MPa.

Logo:

𝜎𝑥 =4𝑇

𝑑ℎ𝐿 = 136,20 MPa e 𝜏𝑥𝑦 =

2𝑇

𝑑𝑏𝐿 = 43,78 MPa

𝑭𝑺𝒄𝒐𝒎𝒑 =𝑺𝒚

𝝈𝒙 = 3,89 e 𝑭𝑺𝒄𝒊𝒔 =

𝟎,𝟓𝟕𝟕𝑺𝒚

𝝉𝒙𝒚 = 6,99. Logo:

𝜎𝑉𝑀 = √𝜎𝑥2 + 3𝜏𝑥𝑦

2 = 155,89 MPa

𝑭𝑺𝒈𝒍𝒐𝒃𝒂𝒍 =𝑺𝒚

𝝈𝑽𝑴 = 3,40

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126

Chaveta Eixo II / Engrenagens 3 e 5

𝑇 = 551,62 N.m, 𝑑 = 0,0575 m, 𝑏 = 0,016 m, ℎ = 0,010 m, 𝐿 = 0,045 m, 𝑆𝑦 = 530 MPa.

Logo:

𝜎𝑥 =4𝑇

𝑑ℎ𝐿 = 85,27 MPa e 𝜏𝑥𝑦 =

2𝑇

𝑑𝑏𝐿 = 26,65 MPa

𝑭𝑺𝒄𝒐𝒎𝒑 =𝑺𝒚

𝝈𝒙 = 6,22 e 𝑭𝑺𝒄𝒊𝒔 =

𝟎,𝟓𝟕𝟕𝑺𝒚

𝝉𝒙𝒚 = 11,48. Logo:

𝜎𝑉𝑀 = √𝜎𝑥2 + 3𝜏𝑥𝑦

2 = 96,97 MPa

𝑭𝑺𝒈𝒍𝒐𝒃𝒂𝒍 =𝑺𝒚

𝝈𝑽𝑴 = 5,47

Chaveta Eixo II / Engrenagem 8

𝑇 = 551,62 N.m, 𝑑 = 0,055 m, 𝑏 = 0,016 m, ℎ = 0,010 m, 𝐿 = 0,045 m, 𝑆𝑦 = 530 MPa.

Logo:

𝜎𝑥 =4𝑇

𝑑ℎ𝐿 = 89,15 MPa e 𝜏𝑥𝑦 =

2𝑇

𝑑𝑏𝐿 = 27,86 MPa

𝑭𝑺𝒄𝒐𝒎𝒑 =𝑺𝒚

𝝈𝒙 = 5,94 e 𝑭𝑺𝒄𝒊𝒔 =

𝟎,𝟓𝟕𝟕𝑺𝒚

𝝉𝒙𝒚 = 10,98. Logo:

𝜎𝑉𝑀 = √𝜎𝑥2 + 3𝜏𝑥𝑦

2 = 101,37 MPa

𝑭𝑺𝒈𝒍𝒐𝒃𝒂𝒍 =𝑺𝒚

𝝈𝑽𝑴 = 5,23

Chaveta Eixo IV / Engrenagem 10

𝑇 = 1142,65 N.m, 𝑑 = 0,055 m, 𝑏 = 0,016 m, ℎ = 0,010 m, 𝐿 = 0,045 m, 𝑆𝑦 = 530 MPa.

Logo:

𝜎𝑥 =4𝑇

𝑑ℎ𝐿 = 184,67 MPa e 𝜏𝑥𝑦 =

2𝑇

𝑑𝑏𝐿 = 57,71 MPa

𝑭𝑺𝒄𝒐𝒎𝒑 =𝑺𝒚

𝝈𝒙 = 2,87 e 𝑭𝑺𝒄𝒊𝒔 =

𝟎,𝟓𝟕𝟕𝑺𝒚

𝝉𝒙𝒚 = 5,30. Logo:

𝜎𝑉𝑀 = √𝜎𝑥2 + 3𝜏𝑥𝑦

2 = 209,99 MPa

𝑭𝑺𝒈𝒍𝒐𝒃𝒂𝒍 =𝑺𝒚

𝝈𝑽𝑴 = 2,52

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127

Chaveta Eixo V / Engrenagens 11 e 13

𝑇 = 1103,25 N.m, 𝑑 = 0,055 m, 𝑏 = 0,016 m, ℎ = 0,010 m, 𝐿 = 0,045 m, 𝑆𝑦 = 530 MPa.

Logo:

𝜎𝑥 =4𝑇

𝑑ℎ𝐿 = 178,30 MPa e 𝜏𝑥𝑦 =

2𝑇

𝑑𝑏𝐿 = 55,72 MPa

𝑭𝑺𝒄𝒐𝒎𝒑 =𝑺𝒚

𝝈𝒙 = 2,97 e 𝑭𝑺𝒄𝒊𝒔 =

𝟎,𝟓𝟕𝟕𝑺𝒚

𝝉𝒙𝒚 = 5,49. Logo:

𝜎𝑉𝑀 = √𝜎𝑥2 + 3𝜏𝑥𝑦

2 = 202,75 MPa

𝑭𝑺𝒈𝒍𝒐𝒃𝒂𝒍 =𝑺𝒚

𝝈𝑽𝑴 = 2,61

Chaveta Eixo V / Saída

𝑇 = 1103,25 N.m, 𝑑 = 0,050 m, 𝑏 = 0,014 m, ℎ = 0,009 m, 𝐿 = 0,080 m, 𝑆𝑦 = 530 MPa.

Logo:

𝜎𝑥 =4𝑇

𝑑ℎ𝐿 = 122,58 MPa e 𝜏𝑥𝑦 =

2𝑇

𝑑𝑏𝐿 = 39,40 MPa

𝑭𝑺𝒄𝒐𝒎𝒑 =𝑺𝒚

𝝈𝒙 = 4,32 e 𝑭𝑺𝒄𝒊𝒔 =

𝟎,𝟓𝟕𝟕𝑺𝒚

𝝉𝒙𝒚 = 7,76. Logo:

𝜎𝑉𝑀 = √𝜎𝑥2 + 3𝜏𝑥𝑦

2 = 140,3 MPa

𝑭𝑺𝒈𝒍𝒐𝒃𝒂𝒍 =𝑺𝒚

𝝈𝑽𝑴 = 3,78

Chaveta Bloco duplo

𝑇 = 1103,25 N.m, 𝑑 = 0,080 m, 𝑏 = 0,022 m, ℎ = 0,014 m, 𝐿 = 0,070 m, 𝑆𝑦 = 530 MPa.

Logo:

𝜎𝑥 =4𝑇

𝑑ℎ𝐿 = 56,29 MPa e 𝜏𝑥𝑦 =

2𝑇

𝑑𝑏𝐿 = 17,91 MPa

𝑭𝑺𝒄𝒐𝒎𝒑 =𝑺𝒚

𝝈𝒙 = 9,42 e 𝑭𝑺𝒄𝒊𝒔 =

𝟎,𝟓𝟕𝟕𝑺𝒚

𝝉𝒙𝒚 = 17,07. Logo:

𝜎𝑉𝑀 = √𝜎𝑥2 + 3𝜏𝑥𝑦

2 = 64,27 MPa

𝑭𝑺𝒈𝒍𝒐𝒃𝒂𝒍 =𝑺𝒚

𝝈𝑽𝑴 = 8,25

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128

Chaveta Bloco triplo

𝑇 = 1103,25 N.m, 𝑑 = 0,080 m, 𝑏 = 0,022 m, ℎ = 0,014 m, 𝐿 = 0,110 m, 𝑆𝑦 = 530 MPa.

Logo:

𝜎𝑥 =4𝑇

𝑑ℎ𝐿 = 35,82 MPa e 𝜏𝑥𝑦 =

2𝑇

𝑑𝑏𝐿 = 11,40 MPa

𝑭𝑺𝒄𝒐𝒎𝒑 =𝑺𝒚

𝝈𝒙 = 14,80 e 𝑭𝑺𝒄𝒊𝒔 =

𝟎,𝟓𝟕𝟕𝑺𝒚

𝝉𝒙𝒚 = 26,83. Logo:

𝜎𝑉𝑀 = √𝜎𝑥2 + 3𝜏𝑥𝑦

2 = 40,90 MPa

𝑭𝑺𝒈𝒍𝒐𝒃𝒂𝒍 =𝑺𝒚

𝝈𝑽𝑴 = 12,96

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129

Anexo I – Tabelas e gráficos utilizados nos cálculos

Figura I - 1: Potência para acionar o transportador vazio a 1 m/s [HP]

Fonte: [3]

Figura I - 2: Potência para vencer o atrito das guias laterais [HP]

Fonte: [3]

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130

Figura I - 3: Potência para deslocar o material de um comprimento L na horizontal [HP]

Fonte: [3]

Figura I - 4: Características dos materiais transportados

Fonte: Adaptado de [3]

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131

Figura I - 5: Capacidade volumétrica dos transportadores (C) [m³/h] a v = 1 m/s

Fonte: [3]

Figura I - 6: Fator de serviço em função do tipo de trabalho

Fonte: [16]

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132

Figura I - 7: Valor adicional do FS de acordo com as condições de funcionamento

Fonte: [16]

Figura I - 8: Seleção do perfil das correias

Fonte: [16]

Figura I - 9: Diâmetro nominal mínimo de polias acopladas a motores elétricos

Fonte: [16]

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133

Figura I - 10: Fator de correção do arco de contato 𝑭𝑨𝑪

Fonte: [16]

Figura I - 11: Fator de correção do comprimento 𝑭𝑳𝒅

Fonte: [16]

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134

Figura I - 12: Capacidade em HP por correia com 𝑨𝒄 = 180

Fonte: [16]

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135

Figura I - 13: HP adicional por correia para 𝑹𝑻

Fonte: [16]

Figura I - 14: Constante do cálculo da tração centrífuga nas correias

Fonte: [15]

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136

Figura I - 15: Fator de forma Y de Lewis

Fonte: [15]

Figura I - 16: Fator de sobrecarga

Fonte: [15]

Figura I - 17: Fatores do cálculo de 𝑲𝑯

Fonte: [15]

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137

Figura I - 18: Constantes para o cálculo de 𝑪𝒎𝒂

Fonte: [15]

Figura I - 19: Fator de espessura de aro (𝑲𝑩)

Fonte: [15]

Figura I - 20: Fator geométrico da resistência à flexão (𝒀𝑱) para engrenagens cilíndricas de dentes

retos

Fonte: [15]

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138

Figura I - 21: Fator de confiabilidade AGMA

Fonte: [15]

Figura I - 22: Coeficiente elástico (𝒁𝑬)

Fonte: [15]

Figura I - 23: Fator de distribuição de carga (𝑲𝒎𝒃)

Fonte: [15]

Figura I - 24: Fator de tamanho para flexão (𝒀𝒙)

Fonte: [15]

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139

Figura I - 25: Fator geométrico da resistência à flexão (𝒀𝑱) para engrenagens cônicas de dentes

retos

Fonte: [15]

Figura I - 26: Fator geométrico para a resistência de cavitação (𝒁𝑰)

Fonte: [15]

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140

Figura I - 27: Fator de tamanho para a resistência à cavitação (𝒁𝑿)

Fonte: [15]

Figura I - 28: Fator de coroamento para a resistência à cavitação (𝑪𝒙𝒄)

Fonte: [15]

Figura I - 29: Fatores do cálculo de 𝒌𝒂

Fonte: [15]

Figura I - 30: Fator de tamanho (𝒌𝒃) para flexão e torção

Fonte: [15]

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141

Figura I - 31: Fator de carregamento (𝒌𝒄)

Fonte: [15]

Figura I - 32: Fator de confiabilidade (𝒌𝒆)

Fonte: [15]

Figura I - 33: Limite de endurança (𝑺𝒆′)

Fonte: [15]

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142

Figura I - 34: Sensitividade ao entalhe (q) para flexão reversa

Fonte: [15]

Figura I - 35: Fator de concentração de tensões para barra sulcada em flexão

Fonte: [15]

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143

Figura I - 36: Fator de concentração de tensões para barra escalonada com adoçamento em flexão

Fonte: [19]

Figura I - 37: Sensitividade ao entalhe (𝒒𝒄𝒊𝒔𝒂𝒍𝒉𝒂𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐) para torção reversa

Fonte: [15]

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144

Figura I - 38: Fator de concentração de tensões para barra sulcada em torção

Fonte: [15]

Figura I - 39: Fator de concentração de tensões para barra escalonada com adoçamento em torção

Fonte: [19]

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145

Figura I - 40: Fator de concentração de tensões para rasgo de chaveta de eixo em flexão

Fonte: [19]

Figura I - 41: Fator de concentração de tensões para rasgo de chaveta de eixo em torção

Fonte: [19]

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146

Figura I - 42: Categorias métricas de propriedades mecânicas para parafusos de aço

Fonte: [15]

Figura I - 43: Diâmetros e áreas de roscas métricas

Fonte: [15]

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147

Figura I - 44: Pré-carga em conexões parafusadas

Fonte: [15]

Figura I - 45: Medidas em junta com parafuso passante e porca

Fonte: [15]

Figura I - 46: Parâmetros de rigidez de materiais

Fonte: [15]

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148

Figura I - 47: Medidas em junta com parafuso não-passante

Fonte: [15]

Figura I - 48: Dimensões na utilização de parafusos não passantes

Fonte: [17]

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149

Anexo II – Catálogos e dados de fabricantes

Figura II - 1: Folha de dados do motor elétrico WEG

Fonte: [35]

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150

Figura II - 2: Catálogo de correias Multi-V 3T Goodyear

Fonte: [16]

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151

Figura II - 3: Catálogo chavetas paralelas Rezler

Fonte: [34]

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152

Figura II - 4: Dados rolamento SKF NJ 2308 ECP

Fonte: [36]

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153

Figura II - 5: Dados rolamento SKF 6210

Fonte: [37]

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154

Figura II - 6: Dados rolamento SKF 6409

Fonte: [37]

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155

Figura II - 7: Dados rolamento SKF 22210 E

Fonte: [38]

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156

Figura II - 8: Dados rolamento SKF NU 2210 ECM

Fonte: [36]

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157

Figura II - 9: Catálogo CISER Parafuso sextavado 5.8 rosca inteira

Fonte: [28]

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158

Figura II - 10: Catálogo CISER Parafuso sextavado 5.8 rosca parcial

Fonte: [28]

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159

Figura II - 11: Catálogo CISER Parafuso sextavado 8.8 rosca inteira

Fonte: [28]

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160

Figura II - 12: Catálogo CISER Porca sextavada (polegadas)

Fonte: [28]

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161

Figura II - 13: Catálogo CISER Porca sextavada (métrica)

Fonte: [28]

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162

Figura II - 14: Catálogo CISER Arruela lisa comercial

Fonte: [28]

Fonte: [29]

Figura II - 15: Parafuso cabeça escariada

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163

Fonte: [39]

Figura II - 16: Catálogo AJIRE pinos cônicos ISO 2339

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164

Figura II - 17: Catálogo MAKE pinos cilíndricos ISO 2338

Fonte: [40]

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165

Fonte: [30]

Fonte: [30]

Figura II - 18: Dados retentor SKF 40x60x10 HMS5 RG

Figura II - 19: Dados retentor SKF 50x70x10 HMS5 RG

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166

Figura II - 20: Dados bujão 3/8” NPT GRAINGER

Fonte: [31]

Fonte: [41]

Figura II - 21: Catálogo SIVA parafuso olhal DIN 580

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167

Figura II - 22: Catálogo DOBER anéis elásticos

Fonte: [32]

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168

Anexo III – Desenho de conjunto do variador de velocidades projetado

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819

E

7576 73 7274

77 78

AA

B

B

47

51

50

49 48

53

54

52

1078

787

905

436

F

F

8182 80838486 85

CORTE A-A

12

4

5

6

8

3

7

9

10

11

12

14

1615 17 18 19 20 272521 22 23 24 26 28 29 30 31 32

34

36

37

39

40

35

46 45 44

42

43

41

13

38

33

1027

710

CC

D

D

68 67

AA

CORTE C-C71

Nível Máximo

Nível Mínimo

70

CORTE D-D

69

CORTE B-B

64

62

65

66

59

61

60

63

58 57 56 55

1

79

DETALHE AAESCALA 1 : 1

CORTE F-F

23

45

Posicionamento das manivelas:2 - 4 : V = 1 m/s (95,5 RPM)2 - 5 : V = 1 m/s (95,5 RPM)1 - 4 : V = 1,4 m/s (134 RPM)1 - 5 : V = 1,4 m/s (134 RPM)3 - 4 : V = 2 m/s (191 RPM)3 - 5 : V = 2 m/s (191 RPM)

ATENÇÃO:

- O sentido de rotaçãodepende da ligação do motor.

- Realizar as trocas somente coma máquina completamente parada.

MANUAL RESUMIDO DE MONTAGEM:

Montagem do conjunto do eixo II: Previamente à montagem de uma1.engrenagem, monte sua respectiva chaveta no eixo. Monte as engrena-gens, buchas, rolamentos e anéis de retenção na sequência adequada.Posicione o conjunto sobre a base da carcaça.

Montagem do conjunto do eixo I: Monte o pinhão cônico e fixe-o com 2.a porca. Pela outra extremidade, monte os rolamentos (com a bucha en-tre eles) e posteriormente a chaveta da polia. Posicione o conjunto sobrea base da carcaça e faça o engrenamento entre as engrenagens cônicas.3. Montagem do conjunto do eixo IV: Monte a chaveta, a engrenagem 10, as buchas, rolamentos e anéis de retenção. Monte o rolamento direito ao seu mancal (item 70). Posicione o conjunto sobre a base da carcaça e fixe o mancal à mesma.4. Montagem do conjunto do eixo V: Monte as chavetas, engrenagens, bu-chas, rolamentos e anéis de retenção. Posicione o conjunto sobre a base da carcaça e faça o engrenamento entre as engrenagens 11 e 10.5. Montagem do bloco triplo: Monte a chaveta (item 7), o encaixe (item 2),as engrenagens 4 e 2 e o anel de retenção (it. 43) sobre a engrenagem 6.6. Montagem do bloco duplo: Monte a chaveta (item 42),o encaixe (it. 45),a engrenagem 12 e o anel de retenção (item 43) sobre a engrenagem 9.7. Montagem do conjunto do eixo III: Monte os blocos deslizantes no eixo III.Em seguida, monte os rolamentos e anéis de retenção e posicione o con-junto sobre a base da carcaça.8. Faça a montagem da tampa interna (item 69).9. Posicione a tampa maior da carcaça sobre a base e faça a fixação en-tre as mesmas.10. Monte as tampas laterais. Para as tampas dos eixos I e V, monte previa-mente nas mesmas os retentores de seus respectivos eixos.11. Faça a montagem da polia maior no eixo I e fixe-a com a porca.12. Faça a montagem das alavancas com seus encaixes (item 55)e acople-os aos encaixes dos blocos. Simultaneamente, passe os eixos de ligação ma-nivela- alavanca (item 63) através da tampa maior da carcaça e acople-osàs alavancas.13. Faça a montagem dos conjuntos das manivelas (itens 60, 61, 64, 65 e 66).14. Monte os pratos de fixação (itens 59 e 79)à tampa maior da carcaça.15. Acople os conj. das manivelas aos eixos de ligação manivela-alavancapelo lado externo da carcaça.16. Feche a janela da tampa maior montando a tampa de montagem dasalavancas (item 67).17. Monte a polia menor no eixo do motor elétrico.18. Posicione o variador em seu suporte e acople-o ao tambor acionador datransportadora. Fixe o motor elétrico no solo em sua devida posição e monte as correias entre as polias maior e menor. Recomenda-se o uso de um tensor/esticador de correia para montagem adequada do sistema de transmissão.19. Para garantir o alinhamento entre o motor e o variador, recomenda-se afabricação de uma base conjunta para o sistema, o que não foi projetado neste trabalho.

VISTA E

82 Porca sextavada 1"-UNC 2 Catálogo Ciser81 Arruela lisa 1" 2 Catálogo Ciser80 Polia maior 1 Ferro fundido cinza 2011 cm³79 Paraf. cab. escareada 1/4"-UNC 5/8" 4 Website Dalapar78 Prato fixação da manivela bl. triplo 1 Ferro fundido cinza 20,5 cm³77 Parafuso sextavado M10x1,5x40 18 Classe 5.8 rosca inteira (Cat. Ciser)76 Correia trapezoidal tipo B 6 Multi-V 3T Goodyear B-88 75 Parafuso sextavado M10x1,5x100 8 Classe 5.8 rosca parcial (Cat. Ciser)74 Parafuso sextavado M10x1,5x30 30 Classe 5.8 rosca inteira (Cat. Ciser)73 Parafuso sextavado M10x1,5x40 8 Classe 8.8 rosca inteira (Cat. Ciser)72 Parafuso sextavado M10x1,5x120 4 Classe 5.8 rosca parcial (Cat. Ciser)71 Vareta de medição de óleo 1 Aço AISI 1020 25 x 302 rosca M16 x 270 Mancal direito Eixo IV 1 Aço fundido A216 WCB69 Tampa interna 1 Ferro fundido cinza 531 cm³68 Tampa de lubrificação 1 Ferro fundido cinza 85 cm³67 Tampa montagem alavancas 1 Ferro fundido cinza 2628 cm³66 Esfera de fixação 2 Aço AISI 1020 9,565 Mola de fixação 2 Aço mola P=2; L=8,5; De=8; Di=6; d=164 Cubo da manivela 2 Ferro fundido cinza 78 cm³63 Eixo ligação manivela-alavanca 2 Aço AISI 1020 25 x 11862 Pino cônico M6x40 (ISO 2339) 2 Catálogo Ajire61 Eixo da manivela 2 Aço AISI 1020 16 x 6460 Esfera da manivela 2 Ferro fundido cinza 50 furo M8x1,25 59 Prato fixação da manivela bl. duplo 1 Ferro fundido cinza 20,5 cm³58 Alavanca bloco triplo 1 Ferro fundido cinza 129 cm³57 Alavanca bloco duplo 1 Ferro fundido cinza 149 cm³56 Pino cilíndrico M12x40 (ISO 2338) 2 Catálogo Make55 Encaixe das alavancas 2 Bronze 13 cm³54 Parafuso-olhal M16 4 Catálogo Siva53 Parafuso sextavado M10x1,5x50 28 Classe 5.8 rosca parcial(Cat. Ciser)52 Pino cônico M6x 65 (ISO 2339) 2 Catálogo Ajire51 Tampa maior da carcaça 1 Ferro fundido cinza 11905 cm³50 Base da carcaça 1 Ferro fundido cinza 24990 cm³49 Arruela lisa 3/8" 136 Catálogo Ciser48 Porca sextavada M10x1,5 40 Catálogo Ciser47 Bujão de drenagem 1 3/8" NPT aço forjado galv. Grainger46 Engrenagem 9 (m=4; z=28; ɸ=20°) 1 Aço AISI 4340 Q & T 120 x 5845 Encaixe bloco duplo 1 Aço AISI 1020 120 x 4744 Engrenagem 12 (m=4; z=57; ɸ=20°) 1 Aço AISI 4340 Q & T 236 x 3843 Anel de retenção 80x2,5 DIN 471 2 Catálogo Dober Fixações42 Chaveta 22x14x70 (DIN 6885 A) 1 Aço AISI 1045 (Catálogo Rezler)41 Anel de retenção 45x1,75 DIN 471 2 Catálogo Dober Fixações40 Rolamento eixo IV 2 SKF NJ 22210 E39 Eixo IV 1 Aço AISI 4340 Q & T 55 x 140,938 Bucha 5 1 Latão 60 x 1337 Engrenagem 10 (m=4; z=29; ɸ=20°) 1 Aço AISI 4340 Q & T 124 x 5836 Chaveta 14x9x80 (DIN 6885 A) 1 Aço AISI 1045 (Catálogo Rezler)35 Tampa lateral eixo V 1 Ferro fundido cinza 154,4 cm³34 Retentor eixo V 1 SKF 50x70x10 HMS5 RG33 Bucha 7 1 Latão 60 x 6,532 Engrenagem 13 (m=4; z=57; ɸ=20°) 1 Aço AISI 4340 Q & T 236 x 5031 Eixo V 1 Aço AISI 4340 Q & T 65 x 432,730 Engrenagem 11 (m=4; z=28; ɸ=20°) 1 Aço AISI 4340 Q & T 120 x 5829 Bucha 4 / 6 2 Latão 60 x 10,528 Rolamento eixo V 2 SKF NU 2210 ECM27 Chaveta 12x8x28 (DIN 6885 A) 1 Aço AISI 1045 (Catálogo Rezler)26 Tampa lateral eixo I 1 Ferro fundido cinza 150 cm³25 Eixo I 1 Aço AISI 4340 Q & T 50 x 260,224 Chaveta 10x8x22 (DIN 6885 A) 1 Aço AISI 1045 (Catálogo Rezler)23 Retentor eixo I 1 SKF 40x68x10 HMS5 RG22 Rolamento eixo I 2 SKF NJ 2308 ECP21 Engrenagem 7 (m=4; z=25; ɸ=20°) 1 Aço AISI 4340 Q & T 107,2 x 51,520 Engrenagem 8 (m=4; z=50; ɸ=20°) 1 Aço AISI 4340 Q & T 203,6 x 5519 Engrenagem 5 (m=4; z=57; ɸ=20°) 1 Aço AISI 4340 Q & T 236 x 5018 Engrenagem 3 (m=4; z=38; ɸ=20°) 1 Aço AISI 4340 Q & T 160 x 5017 Chaveta 16x10x45 (DIN 6885 A) 4 Aço AISI 1045 (Catálogo Rezler)16 Bucha 3 1 Latão 62,5 x 8115 Bucha 2 1 Latão 57,5 x 12,514 Chaveta 14x9x36 (DIN 6885 A) 1 Aço AISI 1045 (Catálogo Rezler)13 Anel de retenção 50x2 DIN 471 5 Catálogo Dober fixações12 Tampa lateral eixo II 1 Ferro fundido cinza 194 cm³11 Eixo II 1 Aço AISI 4340 Q & T 65 x 54910 Rolamento eixo II 2 SKF 62109 Engrenagem 1 (m=4; z=47; ɸ=20°) 1 Aço AISI 4340 Q & T 196 x 388 Tampa lateral eixo III 2 Ferro fundido cinza 314,5 cm³7 Chaveta 22x14x110 (DIN 6885 A) 1 Aço AISI 1045 (Catálogo Rezler)6 Rolamento eixo III 2 SKF 64095 Eixo III 1 Aço AISI 4340 Q & T 60 x 891,54 Engrenagem 2 (m=4; z=67; ɸ=20°) 1 Aço AISI 4340 Q & T 276 x 453 Engrenagem 4 (m=4; z=76; ɸ=20°) 1 Aço AISI 4340 Q & T 312 x 382 Encaixe bloco triplo 1 Aço AISI 1020 290 x 371 Engrenagem 6 (m=4; z=57; ɸ=20°) 1 Aço AISI 4340 Q & T 236 x 169

Item Descrição Quant. Material e dimensões

86 Motor elétrico 1 WEG W22 IR2 15 CV 8P 180L85 Parafuso sextavado M12x1,75x40 1 Classe 5.8 rosca parcial (Cat. Ciser)84 Polia menor 1 Ferro fundido cinza 1318 cm³83 Arruela lisa 7/16" 1 Catálogo Ciser

A A

B B

C C

D D

E E

F F

G G

H H

J J

K K

L L

M M

N N

P P

R R

T T

24

24

23

23

22

22

21

21

20

20

19

19

18

18

17

17

16

16

15

15

14

14

13

13

12

12

11

11

10

10

9

9

8

8

7

7

6

6

5

5

4

4

3

3

2

2

1

1

1° diedro

Escala: 1:5

Unidade: mmA0

Folha: 1/1

Data: 05/08/2019Bruno Pitta Pessanha

Prof. Armando Carlos de Pina Filho

Variador de velocidades - Desenho de conjunto

Universidade Federal do Rio de JaneiroEscola PolitécnicaDepartamento de Engenharia Mecânica

Projeto final de graduação