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POLA SISTEMA AVANÇADO DE CLAREAMENTO DENTAL DESENVOLVIDO PELA SDI CLAREAMENTO DE DENTES VITAIS COM PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO DE ALTA E BAIXA CONCENTRAÇÃO: RELATO DE CASO CLÍNICO INTRODUÇÃO A evolução da odontologia estética trouxe o desenvolvimento de materiais e técnicas que possibilitaram a reabilitação e harmonia do sorriso. Assim, o clareamento dental tem se tornado um procedimento rotineiro no consultório odontológico, já que é considerado um tratamento conservador e acessível. 1,2 O escurecimento dental ocorre devido à presença de moléculas longas e complexas no interior da estrutura do esmalte e dentina, que alteram as propriedades de absorção e dissipação da luz. 1 Assim, após a aplicação dos agentes clareadores na superfície do esmalte, ocorre uma difusão trans-dentinária e transformação do peróxido de hidrogênio em radicais livres, permitindo a quebra dos pigmentos. 3 Diversos fatores estão relacionados à pigmentação dentária, como a impregnação de corantes advindos da alimentação, acúmulo de biofilme ou materiais dentários, deposição fisiológica de dentina, má formações do esmalte, uso de medicamentos e fluorose. 3,4 Independentemente da origem, a anamnese e exame clínico-radiográfico são essenciais para avaliar previamente as expectativas dos pacientes, causas do escurecimento dentário, e a presença de fatores de risco, como trincas, restaurações insatisfatórias, lesões cariosas, recessão gengival ou sensibilidade dental. 5,6 Portanto, para alcançar excelentes resultados e prognóstico favorável, é necessário que o profissional conheça o mecanismo de ação e segurança biológica dos géis e técnicas clareadoras. 7 Assim, o conhecimento detalhado do caso é decisivo para a escolha da técnica mais adequada, minimizando os riscos de danos pós-operatórios. Portanto, foram realizados dois relatos de casos clínicos, nos quais obedeceram a protocolos distintos de clareamento de dentes vitais, utilizando diferentes técnicas e géis clareadores. DAYLANA PACHECO DA SILVA Doutoranda, Departamento de Odontologia Restauradora, Faculdade de Odontologia de Piracicaba, Universidade Estadual de Campinas, Brasil. AUTORES: Daylana Pacheco da Silva Doutoranda, Departamento de Odontologia Restauradora, Faculdade de Odontologia de Piracicaba, Universidade Estadual de Campinas, Brasil. Matheus Kury Mestrando, Departamento de Odontologia Restauradora, Faculdade de Odontologia de Piracicaba, Universidade Estadual de Campinas, Brasil. Vanessa Cavalli Professora Assistente, Departamento de Odontologia Restauradora, Faculdade de Odontologia de Piracicaba, Universidade Estadual de Campinas, Brasil. RELATOS DE CASOS Os pacientes selecionados para o tratamento foram submetidos a uma anamnese detalhada, exames periodontais, clínicos e radiográficos. Além disso, foram investigados possíveis fatores de risco como, presença de trincas, dentina exposta, uso de nicotina e antibióticos, traumas, anormalidades dos tecidos moles, restaurações desadaptadas, lesões cariosas e áreas de recessão gengival. Os pacientes foram submetidos a diferentes técnicas de clareamento, utilizando o Peróxido de Hidrogênio 35% (Pola Office Bulk) e 9,5% (Pola Day). As avaliações colorimétricas foram registradas no incisivo central e canino, com o auxílio da escala de cores Vitapan Classical A1-D4 (Vita, Bad Sackingen, Alemanha).

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POLASISTEMA AVANÇADO DE CLAREAMENTO DENTAL

DESENVOLVIDO PELA SDI

CLAREAMENTO DE DENTES VITAIS COM PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO DE ALTA E BAIXA CONCENTRAÇÃO: RELATO DE CASO CLÍNICO

INTRODUÇÃOA evolução da odontologia estética trouxe o desenvolvimento de materiais e técnicas que possibilitaram a reabilitação e harmonia do sorriso. Assim, o clareamento dental tem se tornado um procedimento rotineiro no consultório odontológico, já que é considerado um tratamento conservador e acessível.1,2

O escurecimento dental ocorre devido à presença de moléculas longas e complexas no interior da estrutura do esmalte e dentina, que alteram as propriedades de absorção e dissipação da luz.1 Assim, após a aplicação dos agentes clareadores na superfície do esmalte, ocorre uma difusão trans-dentinária e transformação do peróxido de hidrogênio em radicais livres, permitindo a quebra dos pigmentos.3

Diversos fatores estão relacionados à pigmentação dentária, como a impregnação de corantes advindos da alimentação, acúmulo de biofilme ou materiais dentários, deposição fisiológica de dentina, má formações do esmalte, uso de medicamentos e fluorose.3,4 Independentemente da origem, a anamnese e exame clínico-radiográfico são essenciais para avaliar previamente as expectativas dos pacientes, causas do escurecimento dentário, e a presença de fatores de risco, como trincas, restaurações insatisfatórias, lesões cariosas, recessão gengival ou sensibilidade dental.5,6 Portanto, para alcançar excelentes resultados e prognóstico favorável, é necessário que o profissional conheça o mecanismo de ação e segurança biológica dos géis e técnicas clareadoras.7

Assim, o conhecimento detalhado do caso é decisivo para a escolha da técnica mais adequada, minimizando os riscos de danos pós-operatórios. Portanto, foram realizados dois relatos de casos clínicos, nos quais obedeceram a protocolos distintos de clareamento de dentes vitais, utilizando diferentes técnicas e géis clareadores.

DAYLANA PACHECO DA SILVADoutoranda, Departamento de Odontologia Restauradora, Faculdade de Odontologia de Piracicaba, Universidade Estadual de Campinas, Brasil.

AUTORES:Daylana Pacheco da Silva Doutoranda, Departamento de Odontologia Restauradora, Faculdade de Odontologia de Piracicaba, Universidade Estadual de Campinas, Brasil.

Matheus Kury Mestrando, Departamento de Odontologia Restauradora, Faculdade de Odontologia de Piracicaba, Universidade Estadual de Campinas, Brasil.

Vanessa Cavalli Professora Assistente, Departamento de Odontologia Restauradora, Faculdade de Odontologia de Piracicaba, Universidade Estadual de Campinas, Brasil.

RELATOS DE CASOSOs pacientes selecionados para o tratamento foram submetidos a uma anamnese detalhada, exames periodontais, clínicos e radiográficos. Além disso, foram investigados possíveis fatores de risco como, presença de trincas, dentina exposta, uso de nicotina e antibióticos, traumas, anormalidades dos tecidos moles, restaurações desadaptadas, lesões cariosas e áreas de recessão gengival. Os pacientes foram submetidos a diferentes técnicas de clareamento, utilizando o Peróxido de Hidrogênio 35% (Pola Office Bulk) e 9,5% (Pola Day).

As avaliações colorimétricas foram registradas no incisivo central e canino, com o auxílio da escala de cores Vitapan Classical A1-D4 (Vita, Bad Sackingen, Alemanha).

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POLASISTEMA AVANÇADO DE CLAREAMENTO DENTAL

DESENVOLVIDO PELA SDI

RELATO DE CASO IPaciente A.M.C.F., sexo feminino, 24 anos, procurou a clínica de Pós-graduação em Dentística Restauradora, apresentando um descontentamento em relação à coloração de seus dentes. Após a anamnese e exame clínico, os dentes exibiram um tom amarelado, além da ausência de sensibilidade dentária. A tomada de cor inicial dos dentes superiores estabeleceu as cores A3 para os incisivos centrais (Fig.1a) e A3,5 para os caninos (Figura 1b). Na arcada inferior, os incisivos centrais e caninos, apresentaram cor A2 (Fig.1c) e A3 (Fig.1d), respectivamente. Assim, foi proposto o clareamento de consultório, utilizando géis de alta concentração (Pola Office Bulk, SDI, Austrália).

Aspecto inicial dos dentes superiores e inferiores. Incisivo central superior (A3)Fig 1a.

Confecção da barreira gengival fotopolimerizável, aplicação e remoção do gel clareador

Fig 2b.

Aspecto inicial dos dentes superiores e inferiores. Incisivo central inferior (A2)Fig 1c.

Aspecto inicial dos dentes superiores e inferiores. Canino superior (A3,5)Fig 1b.

Aspecto inicial dos dentes superiores e inferiores. Incisivo central superior (B1)Fig 3a.

Aspecto inicial dos dentes superiores e inferiores. Canino superior (A2)Fig 3b.

Aspecto inicial dos dentes superiores e inferiores. Incisivo central inferior (A1)Fig 3c.

Aspecto inicial dos dentes superiores e inferiores. Canino inferior (A2)Fig 3d.

Confecção da barreira gengival fotopolimerizável, aplicação e remoção do gel clareador

Fig 2c.

Aspecto inicial dos dentes superiores e inferiores. Canino inferior (A3)Fig 1d.

Confecção da barreira gengival fotopolimerizável, aplicação e remoção do gel clareador

Fig 2a.

Nesta técnica, primeiramente foi realizada uma profilaxia prévia com pedra pomes e água, seguida do afastamento labial e mucosa jugal. Posteriormente, confeccionou-se uma barreira gengival fotopolimerizável (Gingival barrier® - SDI) nos dentes anterossuperiores, delimitando a área de aplicação do agente clareador, a fim de evitar danos térmicos ou ressecamento do tecido gengival (Fig. 2a).

Após a manipulação do produto, o gel clareador foi aplicado na superfície do esmalte, durante 8 minutos, seguindo a indicação do fabricante (Fig. 2b). Posteriormente, o gel foi removido com água e auxilio do sugador, e reaplicado por mais 3 vezes (Fig. 2c). Ao final de cada sessão, a barreira gengival foi retirada, e realizado o polimento dos dentes com pasta de

polimento e discos de feltro, seguida das recomendações ao paciente.

Foram realizadas três sessões com intervalos de 7 dias, onde a evolução colorimétrica do tratamento foi acompanhada. Após a finalização do tratamento, o incisivo central e canino superiores alcançaram a cor B1 e A2, respectivamente (fig. 3a e 3b). Enquanto que para a arcada inferior, a cor dos incisivos foi alterada para A1 e caninos para A2 (fig. 3c e 3d). Durante a 3ª sessão de clareamento, a paciente relatou um mínimo desconforto, bem como nas 24 horas sequentes, entretanto, mostrou-se satisfeita com o resultado obtido.

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POLASISTEMA AVANÇADO DE CLAREAMENTO DENTAL

DESENVOLVIDO PELA SDI

RELATO DE CASO IIPaciente I.G.Z., sexo masculino, 22 anos, foi atendido na clínica de Pós-graduação em Dentística Restauradora, apresentando uma alteração de cor dentária. Após a anamnese e exame clínico, os dentes apresentavam um tom amarelado e sem história prévia de sensibilidade dentária, portanto considerado elegível tratamento de clareamento. Além disso, não foi observado nenhum fator extrínseco ou intrínseco para a coloração dentária, sendo ela de natureza fisiológica. Dentro da escala de cor adotada, inicialmente a arcada superior apresentou o escore A2 para incisivo central e B3 para o canino (Fig. 4a e 4b), e para inferior, A2 para incisivo e A3 para o canino (Fig. 4c e 4d). A técnica indicada para este caso foi o clareamento caseiro, utilizando géis de baixa concentração (Pola Day, SDI, Austrália).

Posteriormente, foi realizada a moldagem das arcadas superior e inferior do paciente alginato (Jeltrate - Dentsply - Indústria e Comércio Ltda., Petrópolis, Rio de Janeiro, Brasil), para a obtenção de modelos de gesso do arco dentário. Uma moldeira de acetato com 1 mm de espessura foi confeccionada com o emprego de uma plastificadora à vácuo (Plastvac P7 – Bio-art Equip. Odontol. Ltda, São Carlos, SP, Brasil). As moldeiras foram provadas e checadas sua adaptação, retenção e a ausência de áreas isquêmicas.

Segundo as indicações do fabricante, foi recomendado que o produto permanecesse durante 30 minutos em contato com a superfície dentária. O excesso do produto era removido com uma escova de dente ou gaze. O clareamento dental foi monitorado durante todo o período de tratamento, sendo o retorno da paciente semanalmente. As recomendações e efeitos colaterais foram discutidos com o paciente, e após três semanas, o tratamento foi interrompido. O resultado final para a arcada superior foi de escore B1 para incisivo central e A1 para canino (Fig. 5a e 5b). Já na arcada inferior, incisivos e caninos atingiram a cor A1 (Fig. 5c e 5d).

CONSIDERAÇÕES FINAISDiante dos casos apresentados, os agentes clareadores de baixa e alta concentração atingiram o resultado esperado em poucas sessões de tratamento, oferecendo eficácia, segurança e satisfação aos pacientes.

Aspecto inicial dos dentes superiores e inferiores. Incisivo central superior (A2); Fig 4a.

Aspecto final dos dentes superiores e inferiores. Incisivo central superior (B1)Fig 5a.

Aspecto final dos dentes superiores e inferiores. Canino superior (A1)Fig 5b.

Aspecto final dos dentes superiores e inferiores. Incisivo central inferior (A1)Fig 5c.

Aspecto final dos dentes superiores e inferiores. Canino inferior (A1). Fig 5d.

Aspecto inicial dos dentes superiores e inferiores. Canino superior (B3)Fig 4b.

Aspecto inicial dos dentes superiores e inferiores. Canino inferior (A3)Fig 4d.

Aspecto inicial dos dentes superiores e inferiores. Incisivo central inferior (A2)Fig 4c.

SEU SORRISO.NOSSA VISÃO.

SDI Brasil Indústria e Comércio LtdaRua Dr. Virgílio de Carvalho Pinto 612São Paulo - CEP 05415-020 - Brasil DDG 0800 7701 735 T +55 11 3092 7100 F +55 11 3092 7101 [email protected] www.sdi.com.au

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REFERÊNCIAS1. Bernardon JK, Sartori N, Ballarin A, Perdigão J, Lopes GC, Baratieri N. Clinical performance of vital bleaching techniques. Oper Dent.

2010;35(1):3-10.

2. Franci C, Marson CF, Briso, ALF, Gomes MN. Clareamento dental- técnicas e conceitos atuais. Rev Assoc Paul Cir Dent. 2010; 1:78- 99.

3. Ubaldini AL, Baesso ML, Medina Neto A, Sato F, Bento AC, Pascotto RC. Hydrogen peroxide diffusion dynamics in dental tissues. Journal of Dental Research.2013; 92(7):661-5.

4. Baratieri, LN, Maia, E, Caldeira de Andrada, MA, Araujo, E. Caderno de Dentística: Clareamento Dental. São Paulo: Santos; 2003.

5. Bernardon JK, Baratieri LN. Clareamento de dentes vitais. Soluções Clínicas. Florianópolis: Ponto; 2008.

6. Baratieri LN, Monteiro Jr. S. Odontologia Restauradora: Fundamentos e Possibilidades. 2. ed. São Paulo SP:GEN Grupo Editorial Nacional/Editora Santos; 2015.

7. Maia EAV, Vieira LCC, Baratieri LN, Andrade CA. Clareamento em dentes vitais: estágio atual. Clin Int J Braz Dent. 2005;1(1):8-19.