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promoção da gestão integrada e desenvolvimento de recursos hídricos e sua partilha equitável para benefício mútuo. P ro g ressos significativos foram feitos para melhorar o nível e a qualidade das infraestruturas na região a fim de atrair o investimento, aumentar a competitividade e promover o comércio. Na área da energia, a exploração comum de energia esteve no núcleo das iniciativas regionais. O plano é conseguir 100 por cento de conectividade à rede regional de energia para todos os Estados membro até 2012 e ter pelo menos 70 por cento de todas as habitações rurais com acesso à electricidade até 2018. Muitos esforços foram direccionados no impulso da capacidade de geração de electricidade da África Austral, com quase 50 projectos a curto e longo prazos actualmente em pro g resso ou marcados para o desenvolvimento futuro. Os novos projectos aumentarão a capacidade total de geração de electricidade da SADC em mais de 42.000 megawatts (Mw) entre 2007 e 2027. A p resente capacidade combinada é somente de 52.743 Mw, dos quais 45.000 Mw estão disponíveis para distribuição aos consumidores. continua na página 2 OS ESTADOS membro da SADC estão a cooperar para o desenvolvimento de infraestrutura e identificaram quatro áreas chave de intervenção para conduzir iniciativas nesta área. A intervenção no apoio infrastructural foi colocada no núcleo da agenda da edificação da comunidade regional e esforços concertados estão a ser feitos para se assegurar a disponibilidade de um sistema integrado, eficiente e custo-efectivo de apoio ao desenvolvimento económico e o comércio regionais. As áreas de intervenção são destacadas no Plano Estratégico Indicativo de Desenvolvimento Regional da SADC (RISDP) - guião regional de 15 anos. Estes incluem assegurar a disponibilidade de fontes de energia seguras e custo-efectivas; e uso do turismo para se alcançar o desenvolvimento sócio- económico sustentável e como um incentivo para a conservação dos recursos naturais da região. Outras áreas de intervenção são a provisão de sistemas eficientes, custo-efectivos e seguros de transporte, comunicações e meteorologia; e a Desenvolvimento de infrastruturas, prioridade para a integração regional por Joseph Ngwawi 7 12-14 POLÍTICA 3-4 COMÉRCIO 5-6 ENERGIA 7-8 ELEIÇÕES 9 GESTÃO DE CATÁSTROFES 10 SEGURANÇA ALIMENTAR 11 CORREDORES DE DESENVOLV IMENTO 1 2 - 1 4 PERFIL 15-16 MEIO AMBIENTE 17 CLIMA 18 INOVAÇÕES 19 NEGÓCIOS 20 COMUNIDADE 21 LIVROS 22 EVENTOS 23 HISTÓRIA HOJE 24

Desenvolvimento de infrastruturas, prioridade para a ......A intervenção no apoio infrastructural foi colocada no núcleo da agenda da edificação da comunidade regional e esforços

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Page 1: Desenvolvimento de infrastruturas, prioridade para a ......A intervenção no apoio infrastructural foi colocada no núcleo da agenda da edificação da comunidade regional e esforços

promoção da gestão integrada e desenvolvimentode recursos hídricos e sua partilha equitável parabenefício mútuo.

P ro g ressos significativos foram feitos paramelhorar o nível e a qualidade das infraestru t u r a sna região a fim de atrair o investimento, aumentara competitividade e promover o comércio.

Na área da energia, a exploração comum deenergia esteve no núcleo das iniciativas regionais.

O plano é conseguir 100 por cento deconectividade à rede regional de energia paratodos os Estados membro até 2012 e ter pelomenos 70 por cento de todas as habitações ruraiscom acesso à electricidade até 2018.

Muitos esforços foram direccionados noimpulso da capacidade de geração de electricidadeda África Austral, com quase 50 projectos a curto elongo prazos actualmente em pro g resso oum a rcados para o desenvolvimento futuro.

Os novos projectos aumentarão a capacidadetotal de geração de electricidade da SADC emmais de 42.000 megawatts (Mw) entre 2007 e 2027.

A p resente capacidade combinada é somentede 52.743 Mw, dos quais 45.000 Mw estãodisponíveis para distribuição aos consumidore s .

continua na página 2

OS ESTA D O S m e m b ro da SADC estão a cooperarpara o desenvolvimento de infraestrutura eidentificaram quatro áreas chave de intervençãopara conduzir iniciativas nesta áre a .

A intervenção no apoio infrastructural foicolocada no núcleo da agenda da edificação dacomunidade regional e esforços concertados estãoa ser feitos para se assegurar a disponibilidade deum sistema integrado, eficiente e custo-efectivo deapoio ao desenvolvimento económico e oc o m é rcio regionais.

As áreas de intervenção são destacadas noPlano Estratégico Indicativo de DesenvolvimentoRegional da SADC (RISDP) - guião regional de 15anos.

Estes incluem assegurar a disponibilidade defontes de energia seguras e custo-efectivas; e uso doturismo para se alcançar o desenvolvimento sócio-económico sustentável e como um incentivo para aconservação dos recursos naturais da re g i ã o .

Outras áreas de intervenção são a provisão desistemas eficientes, custo-efectivos e seguros detransporte, comunicações e meteorologia; e a

Desenvolvimento deinfrastruturas, prioridade para aintegração regional

por Joseph Ngwawi

7

12-14

POLÍTICA 3-4

COMÉRCIO 5-6

ENERGIA 7-8

ELEIÇÕES 9

GESTÃO DE CATÁSTROFES 10

SEGURANÇA ALIMENTAR 11

CORREDORES DEDESENVOLV IMENTO 1 2 - 1 4

PERFIL 15-16

MEIO AMBIENTE 17

CLIMA 18

INOVAÇÕES 19

NEGÓCIOS 20

COMUNIDADE 21

LIVROS 22

EVENTOS 23

HISTÓRIA HOJE 24

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Infrastruturas Hídricas esta a serdesenvolvido, visando respondera três questões de águapara a segurança alimentar,fornecimento de água esaneamento, e água para ageração da hidroenergia.

O Protocolo da SADCs o b re Cursos de ÁguaCompartilhados, que entrou emvigor em Setembro de 2003após a ratificação por doisterços dos Estados membro daSADC, foi instrumental namelhoria da cooperação nagestão comum das bacias dos15 rios compartilhados daregião e ao evitar conflitoss o b re recursos hídricos. �

Desenvolvimento de infrastruturas

transporte, que ligam portos e seussistemas de estrada e de caminhosde ferro ao investimento naindústria, na mineração, naagricultura e no turismo.

O conceito está a ser levado àtoda a região. (Veja página 12-14)

Muito trabalho foi postota mbé m na f ac i l i ta çãodo desenvolvimento dei n f r a e s t ruturas hídricas, planosabrangentes particularmentedetalhados de bacias integradas emelhoria de estruturas legais eregulatórias aos níveis nacionais eregional para assegurar políticas elegislações harmonizadas.

Um Programa estratégicode Dese nvol vim en to d e

O objectivo final é transformar oG rupo de Energia da ÁfricaAustral (SAPP) de cooperativa aum grupo competitivo e criar umm e rcado regional de electricidade.

Para reforçar a auto-suficiênciaem recursos derivados do petróleoe do gás, a África Austral estátambém a empreender aexploração e o desenvolvimentocomum destes produtos.

A cooperação nesta área incluia harmonização das políticas,regulamentos e legislaçõespara facilitar o comérc i ot r a n s f ronteiriço, melhorar acapacidade de utilização e aligação na obtenção comum deprodutos derivados do petróleono mercado mundial.

Uma infraestrutura robusta deturismo é vista também comochave para se aprofundar aintegração e o desenvolvimentoregionais. Entre os objectivos paraos Estados membro da SADCtambém faz parte a introdução dovisto universal até 2008.

O sistema UV da SADCfacilitará as dislocações intra-regionais através da remoção derestrições do visto e harmonizaçãode procedimentos de imigração,assim como a facilitação demovimentos transfronteiríços deturistas internacionais.

A harmonização de políticasdo turismo e de imigração,legislação e de padrões deve serterminada até 2008.

Incentivado pelo Pro t o c o l osobre a Facilitação do Movimentodas Pessoas na SADC assinadoem Agosto de 2005, pelo menossete países na região assinarama c o rdos bilaterais re n u n c i a n d oexigências do visto para cidadãosde cada Estado.

Os sistemas do transporteda região, particularmente oscaminhos de ferro, foramc o n s t ruídos inicialmente partindodos portos litorais para fornecer às

antigas potências coloniaiso acesso e o controle sobre

as áreas do interior.Quando os centro surbanos e industriaisc o m e ç a r a m ad e s e n v o l v e r, o foco

mudou para transportes noi n t e r i o r.

E n t re ta nt o , de um aperspectiva regional, as rotas ouos corredores baseados em portoscontinuam a ser importantespara os países do interior,particularmente no comérc i ointernacional. O sistema regionaldos transportes oferece à maioriados países do interior uma opçãode rotas ao mar através dossistemas de estradas, caminhos deferro e de portos com capacidadeadequada. Espera-se que osinvestimentos recentes e em cursoaumentem a escala das opções.

Houve também um intere s s econsiderável nos corredores de

continuação da página 1

A REDE de caminhos de ferro daÁfrica Austral estende à áre acontinental da SADC.

A re d e cob re 3 6 . 000q u i l ó m e t ros, opera 150.000vagões de carga usando 4.000locomotivas e transportam cercade 200 milhões de toneladas dotráfico por ano.

A rede constitui a maiorproporção dos 51.000 Km de rotaem toda a África, e tem umacapacidade estimada de 350milhões de toneladas por ano.

O declínio paulatino da fatiado tráfico dos caminhos de ferrona região desde o princípio dosanos 90 e a inabilidade dosgovernos em continuar com ossubsídios de financiamentotrouxe a necessidade da adopçãode uma abordagem dos negóciodos caminhos de ferror baseadano Mercado.

A eficiência de custo e aprovisão de serviços de umaparagem única tornaram-se oso b j e c t i v o s .

Os Chefes dos caminhos deferro na África Austral reuniram-se em 1993 e acordaram com umPlano de Acção Regional (RAP),com a execução a ser chefiadapela Associação dos Caminhos deFerro da África Austral (SARA)após sua formação em 1996.

O RAP envolveu umredesenhar dos serviços dos

caminhos de ferro emconformidade com as exigências eprovisão do serviço a um custocompetitivo, melhoria daprevisibilidade e segurança dosserviços de transporte ferroviárioe oferta dum serviço de umaparagem única em toda a regiãosem restrição de fro n t e i r a snacionais.

Os padrões e as práticasharmonizadas foram vistos comouma contribuição a promoção docomércio dentro da região, bemcomo no mercado globalinternacional reduzindo acontribuição do transporte aocusto de produção.

A cooperação regional nestaárea revolveu em torno dasubstituição comum e re c í p roca denovas peças nas máquinas emc i rculação, troca do equipamentoincluindo o agrupamento dosrecursos para aumentar autilização, ciclos uniformes demanutenção para o equipamento etreinamento conjunto dos def u n c i o n á r i o s .

Enquanto a harmonizaçãogeral das práticas foi re c o n h e c i d acomo chave na melhoria dosserviços, as variações nan a t u reza dos fluxos do tráficonas diferentes secções da re g i ã osignificaram que algumas dase m p resas dos caminhos de ferrotiveram que trabalhar mais

A rede de caminhos de ferro prolonga-sepor uma rota de 36.000 quilómetros

próximos de alguns e menoscom outro s .

Consequentemente, as váriascompanhias dos caminhos de ferronacionais foram categorizadas emgrupos do corredor, cada umaconsistindo de caminhos de ferroque formavam uma rotatransportando fluxosc o n s i s t e n t e m e n t es i m i l a res de tráfico.

Onze corredores foraminicialmente identificados masestes foram alinhados mais tarde aalguns dos corre d o res económicosregionais criados para permitir odesenvolvimento através daatração do investimento. �

2 SADC HOJE Abril 2006

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Abril 2006 SADC HOJE 3

ESPERA-SE QUE uma novae s t rutura de parceria venha ae m e rgir de uma conferênciaconsultiva de alto nível entre aSADC e seus Parc e i ros deCooperação Internacional (PCIs)na capital da Namibia, Windhoek,a 26-27 de Abril.

A conferência consultiva daSADC de 2006 procura mobilizarrecursos para a execução dos doisplanos de desenvolvimento dacomunidade regional.

Estes são o Plano IndicativoEstratégico de DesenvolvimentoRegional (RISDP) e o PlanoIndicativo Estratégico do Órgãos o b re Cooperação em Política,Defesa e Segurança (SIPO).

Os dois documentosestratégicos identificam as áreasprincipais de intervenção quedirigirão a agenda da integração edo desenvolvimento da re g i ã odurante um período de 15 anos.Estes variam do desenvolvimentosócio-económico às questões dapolítica, defesa e segurança.

Com marcos que sãodivididos em períodos de um ano,cinco anos e 15 anos, os planos sãoestruturados e alinhados aos finsmais abrangentes, objectivos e àestrutura de execução da NovaParceria para o Desenvolvimentode África (NEPAD) e aosObjectivos do Desenvolvimentodo Milénio (ODMs).

Para apoiar os Estadosmembro a alcançarem objectivosnacionais, continentais einternacionais acordados, estesplanos estratégicos jogam umpapel crítico ao posicionar aSADC como um dos blocos deedificação da União Africana, eum actor chave global .

Estes planos regionais foramadoptados na cimeira de Chefesde Estado e de Governo em 2003 elançados no ano seguinte. Aligação em falta no enigma doj i g s a w é a parceria que podedirigir, apoiar e monitorar a suaexecução.

Sob o tema, “Parceria paraa Implementação do PlanoIndicativo Estratégico deDesenvolvimento Regional daSADC e do Plano IndicativoEstratégico do Órgão sobre

Cooperação em Política, Defesa eSegurança”, a conferência deWindhoek fará precisamente isso- criar uma nova parceria queenvolve Estados membro, oS e c retariado da SADC, PCI, asociedade civil e o sector privado.

“O esperado re s u l t a d osignificativo da Conferência seráum acordo sobre uma novap a rceria SADC/PCI,” disse BaleziGoalathe, Ministro das finanças doBotswana, quando anunciou aadopção do tema original daconferência durante o Conselho deM i n i s t ros em Fevere i ro. Goalathe éo actual presidente do Conselho deM i n i s t ros da SADC.

A “ Declaração de Windhoeks o b re uma Nova Parc e r i aSADC/PCI”, será posta à mesapara a adopção. Goalathe disseque a Conferência irá rever odesenvolvimento da cooperaçãoe n t re a SADC e seus PCI, edeterminar o caminho em frentenas várias áreas de intere s s ecomum.

A Conferência de 2006 foiestruturada de uma maneira queassegurasse a interacção e a trocade pontos de vista entre os

delegados. As discussões residirãonas áreas de intervenção comumda SADC que foram consolidadasem sub-temas sobre:� C o m é rcio, Liberalisação

Económica e Desenvolvimento;� Apoio infraestrutural para a

Integração Regional;� Segurança A l i m e n t a r

Sustentável� Desenvolvimento Social e

Humano;� Implementação do SIPO;� HIV e SIDA; e� Questões tais como o Género,

Estatísticas, Meio A m b i e n t ee o Des en volv ime nt oSustentável, oDesenvolvimento do SectorPrivado, e a Ciência eTecnologia. Espera-se que aparticipação seja ao alto nível,atraindo Ministros dosEstados membro e PCI, bemcomo líderes das sociedadescivis e de negócios da região.A i n t rodução dos dois planos

de Desenvolvimento da SADCna agenda, que definemcla ram en te as a spira çõesd o d es en v olv ime nt o dacomunidade regional, catapultou

A C O N F E R Ê N C I A c o n s u l t i v a ,que foi estruturada de umamaneira que assegure a interacçãoe a troca de pontos de vistas entredelegados, será uma combinaçãode sessões plenárias e sessõesinteractivas de grupos detrabalho.

As sessões plenárias serãoreunidas para a abertura e fechooficial das sessões. A plenáriade abertura incluirá algunsd iscu rsos , se gu ido s porapresentações sobre:� As relações entre a União

Africana (centradas nae s t rutura da NEPAD) eComunidades EconómicasRegionais (CER) tais como aSADC. O ímpeto destaapresentação será demonstrara UA como uma instituiçãocontinental enquanto que as

CER são os órgãos deexecução ou os blocos deedificação. Claras sinergias eligações serão desenhadasentre a NEPAD, o RISDP e oSIPO.

� Vista geral do RISDP e doSIPO. Esta apresentação seráuma breve vista geral davisão, da missão e da agendacomum da SADC; a extençãoe a finalidade do RISDP edo SIPO; situação social,económica e política naregião da SADC; áreas deintervenção; financiamentosustentável; mecanismos deexecução e de coordenação; emecanismos de monitoria ede avaliação.

� A nova parceria SADC-PCI.Esta apresentação fará uma rgumento da necessidade

a necessidade de se rever acooperação do desenvolvimento.

A Declaração de Wi n d h o e kespecificará os papéis de todosos interessados chave naf u t u r a c o o p e r a ç ã o d od e s e n v o l v i m e n t o .

A declaração histórica deWindhoek favorece umaabordagem holística do programaao contrário da execução dep rojectos de forma isolada.Espera-se que o acordo mandateuma força mista de trabalho daSADC/PCI, composta de Estadosmembro e PCI, para empreenderactividades de monitoria pararealizar os objetivos da novaparceria.

Embora não haja nenhumadúvida sobre o compromisso dosEstados membro para financiar oR I S D P e o SIPO, osconstrangimentos em termos derecursos significa que os parceirosde cooperação são convidados ajogar um papel crítico. Amagnitude dos planos regionais étal que uma participação maissubstantiva dos parc e i ros decooperação é agora maisnecessária do que antes. �

para uma nova parceria paraa execução eficaz do RISDPe do SIPO. Salientará oobjectivo geral da novap a rceria, suas metas eprincípios directrizes. Farátambém propostas sobreuma estrutura eficaz para odiálogo e respectivos papéisdos stakeholders chavena nova parceria. A sapresentações serão s e g u i d a sentão por discussões abertas.As sessões interactivasdos grupos de trabalhodeliberarão sobre a execuçãodo RISDP e do SIPO, nocontexto dos sub-temas. A sa p resentações cobrirão asá reas de intervenção deprioridade que focalizam nosobjectivos gerais, áreas focais,estratégias e metas. �

A estrutura da reunião

Rumo à uma nova parceria

Conferência consultiva da SADC 2006

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4 SADC HOJE Abril 2006

Novo pacto de energia para a regiãoA SADC deu um passo decisivopara evitar um eminente défice deenergia eléctrica ao assinar uma c o rdo revisto que tráz novosactores e toma em consideração asactuais realidades no sector.

O acordo, assinado a 23 deF e v e re i ro pelo Conselho deMinistros em Gaborone, é umarevisão do Memorando deEntendimento Inter-Governamentalde 1995 que estabelece o Grupode Energia da África A u s t r a l(SAPP). O Memorando deEntendimento revisto é “umaparte integral dos esforços daSADC em criar um ambientea p ropriado para o desenvolvimentodo sector privado e investimentod i recto estrangeiro na re g i ã o , ”disse Baledzi Gaolathe, o Ministrodas finanças do Botswana, quedirigiu o Conselho.

O reconstituido grupo dee n e rgia engloba investidore sprivados para alargar ofornecimento e responder àdemanda que aumenta com oc rescimento industrial sem queh a j a u m i n v e s t i m e n t ocorrespondente.

O acordo revisto re c o n h e c et a m b é m o u t r o s n o v o sdesenvolvimentos tais como a

restructuração da SADC e suasinstituições, particularmente adissolução do sub-comité deelectricidade, e põe emandamento um esforço comumdas empresas de electricidade edos seus governos para combinarrecursos no fornecimento deenergia.

O número de membros daSAPP aumentou de 10 para 12

O CONSELHO de Ministro saprovou o orçamento de 2006/07no valor de 40.5 US$ para asinstituições e programas daSADC.

O orçamento, aprovado peloconselho em Fevereiro, representaum aumento de oito por cento dos37.5 US$ do último ano.

O aumento é para cobrir oscustos do novo tribunal da SADCrecentemente constituído e ofinanciamento da re s t ru c t u r a ç ã o

em curso do secretariado. Op rocesso de re s t ru c t u r a ç ã ocentralizou a gestão

no secretariado emG a b o rone, aglomerandoa s a nt er iores 21unidades e comissões

países, cobrindo assim todos ospaíses da parte continental daSADC. As Ilhas do Oceano Índicode Madagáscar e das Mauríciasnão são partes do acordo.

Estima-se que a região temuma capacidade instalada totalcombinada de geração de 52.743M w, enquanto que o pro d u t olíquido de geração é cerca de45,000Mw.

Uma capacidade de geraçãode reserva de 10,2 por cento deveser mantida mas teme-se que estapossa ser esgotada mesmo nosinícios de 2007 em função dosactuais níveis de crescimento dademanda.

A S A P P está empre e n d e n d oagora esforços para i m p l e m e n t a ros prioritários projectos degeração e de transmissão comomencionado no seu planoestratégico de 2005-2010. Osp rojectos alvos são aquelesp retendidos para responder aodéfice da capacidade deg e r a ç ã o.

A prioridade está também emligar os Estados membro daSADC que não estão ligadosainda à SAPP: Angola, Malawi ea República Unida da Ta n z â n i a .Há esforços em curso para ligaros restantes países à re d eregional.

Um outro novo pro j e c t oambicioso, o Projecto do CorredorOcidental, procura inicialmenteligar as companhias deelectricidade da África do Sul,Angola, Botswana, Namíbia eRepública Democrática doCongo, antes de estender ainiciativa ao resto da região. �

Conselho aprova orçamento para 2006/07dos sectores de coord e n a ç ã obaseadas nos países em cincod i recções.

As direcções são do Comérc i o ,Indústria, Finanças e Investimento;Alimentção, Agricultura eRecursos Naturais; Infraestrutura eServiços; e Desenvolvimento Sociale Humano e Programas Especiais.

Uma quinta direcção foi criadarecentemente sobre assuntos dapolítica, defesa e segurança.

O Conselho alocou re c u r s o saos programas que são críticos aoa p rofundamento da integraçãoregional, erradicação da pobreza edesenvolvimento sustentável.

O orçamento financiará asactividades e os pro g r a m a sarticulados no Plano Indicativo

Estratégico de DesenvolvimentoRegional (RISDP) e no PlanoIndicativo Estratégico do Órg ã os o b re cooperação em Política,Defesa e Segurança (SIPO).

Os dois são guiões dedesenvolvimento da SADC etraçam áreas prioritárias para aregião para um período de 15 anos.

Depois do lançamento doR I S D P EM 2003 o secretariado daSADC passou os primeiros doisanos repartindo o RISDP empacotes menores que são maisfáceis de executar e monitorar. Umaplano de implementação foi postoem prática em 2004 repartido emplanos de três a cinco anos.

O primeiro plano de cincoanos que cobre o período 2005-9

foi repartido em planos anuais,definindo marcos a curto prazo enecessidades de recursos.

O principal economista daSADC, Angelo Mondlane, disseque a integração regional nãopode ser alcançada sem as áreasde intervenção.

Ele salientou que a integraçãoregional é um processo longodifícil que deve absorver váriasquestões críticas a serem tratadaspelos Estados membro enquantose movem rumo aos objectivos alongo prazo acordados.

Explicou que antes da SADCcriar um mercado comum em2015, terá que passar por umaárea de comércio livre em 2008, euma união aduaneira em 2010. �

por Patson Phiri

Ministros da SADC assinando o acordo revisto da SAPP. A esquerda, pode se ver oPresidente do Conselho, o Ministro das Finanças do Botswana, Baledzi Gaolathe.

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Abril 2006 SADC HOJE 5

Os A c o rdos de Parc e r i aEconómica (EPAs) sãocontractos de comércio edesenvolvimento que a UE estáactualmente a negociar com asseis regiões de África, Caraíbas ePacífico (ACP): as Caraíbas;África Central; África Oriental eAustral; Pacífico; ÁfricaA u s t r a l(o grupo da SADC) e ÁfricaO c i d e n t a l .

P R E O C U PAÇÕES SOBRE odifícil acesso ao mercado e sobreas barreiras técnicas ao comérciodominaram de forma geral asnegociações económicas daparceria com a União Européia,mas o desafio real para a SADCp rovou ser a sobreposição deafiliação dos membros

Os EPAs substituirão os capítulosdo comércio do A c o rdo de Cotonoualcançado em 2000 entre a UE e ospaíses da A C P. Isto substituirá asp referências do comércio de sentidoúnico à luz do A c o rdo de Cotonoucom os arranjos de comérc i ore c í p rocos entre os Estados daA C P ea UE, mais em linha com osregulamentos da Org a n i z a ç ã oMundial do comércio (OMC).

Negociações substantivascomeçaram em Janeiro de 2005 econtinuarão até Junho de 2007.Estas negociações são sobre oacesso ao mercado para osp rodutos agrícolas e não-agrícolas e pesqueiros, comércioem serviços, cooperação dedesenvolvimento, outras questõesrelacionadas ao comércio eprovisões legais.

P rocurarão melhorar aintegração da SADC em todasestas áreas e, ao longo do tempo,definir um re l a c i o n a m e n t ore c í p roco do comércio entre aSADC e a UE.

A finalização do acordo deveocorrer por volta de Dezembro de2007 e os EPAs entrarão em vigora 1 de Janeiro de 2008.

A questão da sobreposição deafiliação forçou os Estadosmembro da SADC a negociar sobbandeiras diferentes.

Os Estados membro da SADC edo Mercado Comum para a ÁfricaOriental e Austral (COMESA) estãoa negociar como o grupo re g i o n a lOriental e Austral de África (ESA).Estes são a República Democráticado Congo, Madagáscar, Malawi,Maurícias, Seychelles, Zâmbia eZimbabwe.

As conversações SADC-UEforam lançadas em Wi n d h o e k ,Namíbia em Julho de 2004, comsete países a negociarem sob aconfiguração da SADC. Estes sãoAngola, Botswana, Lesotho,M oça mbi qu e, Nam íb ia ,Suazilândia e a República Unidada Tanzânia. África do Sulparticipa somente como umo b s e r v a d o r, após ter concluídoseu próprio acordo de comérciocom a UE nos fins dos anos 1990s.

O grupo ESA e n c o n t rou-se coma UE nas Maurícias em Fevere i ro e

fechou a primeira fase dasnegociações enquanto o grupo daSADC esperava realizar suaReunião Preparatória Regional doGrupo de Trabalho (RPTF) emMarço de 2006.

Em ambos os agru p a m e n t o smuito ainda está por ser acord a d ocom a UE. Pontos difíceiscontinuam a ser os sobre asb a r reiras técnicas ao comércio, aospadrões sanitários e fitosanitários,às régras de origem, ao acesso àlegislação da UE, ao efeito dareforma do comércio agrícola daUE, e aos pesqueiros.

Alguns países da SADC-ACPqueixaram-se que estão nasnegociações sem informação vitals o b re a implicação do regime doE PAs. Alguns aínda necessitam defazer alguns estudos importantesde avaliação de impacto, sendoo constrangimento a falta definanciamento.

Uma SADC dividida poderáter efeitos negativos na qualidadee no progresso das negociaçõescom UE.

A questão das configuraçõesregionais é um ponto sensível nasnegociações, particularmente arespeito do grupo ESA.

Os membros da SADC nog rupo ESA clarificaram que asnegociações não devem pro s s e g u i rcomo se eles pertencessemsomente à COMESA, reflectindo aexistência de outras obrigaçõesregionais.

Uma SADC dividida econfigurações frouxas do ESA n ã osão as mais melhores ferramentaspara negociar questões que podemser boas para a integração re g i o n a l .O problema tem o potencial detravar as conversações até queos mecanismos institucionaisapropriados sejam alicerçadas.

As relações SADC-COMESAc o n v e rgirão com respeito aosEstados com afiliação dupla deambos os blocos.

Elijah Munyuki é uma Parceira dep rograma afecta ao Instituto deNegociação e Informação sobre oC o m é rcio da África Oriental e Austral( S E ATINI), trabalhando p r i n c i p a l m e n t ecom as negociações EPA. �

M A L AWI E M o ç a m b i q u eassinaram um acordo preferencialde comércio, que reforçará asrelações de comércio entre os doispaíses.

O acordo substitui um pactode comércio de 1959 assinadoe n t re Portugal e a entãoFederação da Rodésia e deNyasaland.

O acordo facilitará o comércioem produtos como açúcar, tabacomanufacturado e não processado,óleo de cozinha, aves domésticase petróleo.

Espera-se que o acordo entreem vigor em Julho.

O acordo de comércio Malawi-Moçambique vem num momentoem que a SADC está a caminharrumo à uma zona de comérciolivre em 2008.

Diversos países na re g i ã oassinaram ou estão no pro c e s s ode negociar acordos bilaterais.Por exemplo, como a parte dumpacto de comércio, Moçambiquee a África do Sul concord a r a mem 2005 com a renúncia deexigências de vistos.

O movimento livre daspessoas, juntamente com aremoção das barreiras aocomércio entre países na região, éessencial para a integraçãoeconómica e laços mais próximosentre Estados membro.

O acordo do acessop re f e rencial África do Sul-Moçambique é um arranjop re f e rencial amplo que re g u l ao trabalho mineiro, questõesdos caminhos de ferro e portos,e o comércio. �

Desafios do aumento de membros nasnegociações EPApor Elijah Munyuki

Malawi e Moçambique assinamacordo de comércio

Acordo Preferencial para reforçar o comércio bilateral do açúcar e outros produtos.

Page 6: Desenvolvimento de infrastruturas, prioridade para a ......A intervenção no apoio infrastructural foi colocada no núcleo da agenda da edificação da comunidade regional e esforços

Madagascar

Johannesburg

Durban

Air Namibia

Air Malawi

Air Zimbabwe

Kenya Airways

South African Airways

Linhas Aéreas de Moçambique

Linhas Aéreas de Angola (TAAG)

Air Botswana

Key

Zambia Airways

Air Mauritius

Air Madagascar

ComAir

Beira

Air Tanzania

Hewa Bora Airways

Lubumbashi

Não há nenhum voo dire t oe n t re a maioria dos países,significando que os viajantestêm que usar a rota indire c t avia Johannesburg. Isto torna

Há também custos associadoscom o tempo desperd i ç a d ona espera de ligações deJohannesburg.

A segurança é importantíssimana aviação civil e um projecto paradesenvolver a capacidade aonível regional para a supervisãoda segurança está sendodesenvolvido actualmente.

O Secretário Executivo da SADC,Tomaz Augusto Salomão, dissenuma reunião de Peritos A f r i c a n o sda Aviação em Janeiro que há umanecessidade de se assegurar quehaja mais voos directos entrepaíses da mesma região.

“ E u ropa superou estefenómeno indesejável com voosregulares interestatais cidade-a-cidade e é agora possível viajarde qualquer cidade na Europadiretamente a uma outra. Áfricanecessita de tornar real estesistema e adoptar mesmo umarevisão radical das suasliberdades aéreas,” disse. �

c a ro viajar por via aérea entreas fronteiras, especialmenteonde os países são vizinhos eestão um bocado distantes daÁfrica do Sul.

A cooperação de rotas impulsiona os transportes aéreos

6 SADC HOJE Abril 2006

As Linhas Aéreas das Maurícias é uma das linhas regionais que passa peloAeroporto Internacional de Johannesburg.

A C O O P E R A Ç Ã O re g i o n a lsobre os transportes aéreos temsido a pedra angular da indústriada aviação de África A u s t r a l ,com a actividade revolvendo emtorno do aeroporto internacionalde Johannesburg.

O aeroporto de Johannesburgfunciona como uma“distribuidora” do tráfego aéreoregional através do qual voospara e de outros destinos naregião são dirigidos.

Aproximadamente quatro emcada cinco voos comerciais trans-f ronteiríços passam peloa e roporto internacional deJ o h a n n e s b u rg, de onde osp a s s a g e i ros são re d i s t r i b u í d o spara seus destinos dentro daregião ou em outras partes.

Este arranjo, entre t a n t o ,não tem sido sem assuas próprias desvantagens,particularmente nos termosdas tarífas aéreas e dos outro scustos ao negócio.

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Abril 2006 SADC HOJE 7

Namíbia considera a racionalização da água e da energia

porque não têm nenhum recursode carvão e está longe deMpumalanga onde um conjuntode estações são encontradas.

A p rovíncia é vulnerávelp o rque a linha de transmissãoque a liga à rede nacional somentepode conduzir 3,500Mw,deixando um défice de 1,500Mw.O custo à economia nacional éestimado em mais de 81 US$, de

a c o rdo com a Câmara Sul-Africana de Negócios.

A economia sul africanaexpandiu em uma média de cincopor cento por ano e, de acordocom a Eskom, a demanda pelaelectricidade tem crescido em1,200Mw por ano.

Isto traduz a necessidade de sec o n s t ruir uma estação de energ i anuclear em cada 18 meses.

N A M Í B I A E S T Á a tomarmedidas de precaução parapoupar água e electricidade face àfalta de energia experimentadapela África do Sul.

A empresa das águas do país,NamWater, advertiu que a faltade energia poderia tambémafectar o fornecimento da águaem todo o país.

O chefe executivo daNamWater, Vaino Shivute, disseque a falta da electricidade estavaa afectar a abilidade da suacompanhia de bombear água paraos seus consumidores.

N a m Water e NamPower, ae m p resa de electricidade, tem sereunido com líderes de negóciospara informá-los sobre a crise de

electricidade e para pre p a r á - l o spara os efeitos que poderá ter neles.

Uma das opções a considerar éa introdução de medidas deconservação embora o directorgeral da NamPower, LeakeHangala, diga que tal acção seráum último recurso.

A e m p resa de electricidadepediu também que ascompanhias de mineração usemmenos energia para prevenir aescassez de electricidade.

Hangala disse que NamPowerplaneou investir N$8 biliões nospróximos quatro anos parareforçar a capacidade da Namíbiapara importar energia de outro spaíses para além da África do Sul.

Namíbia está a trabalhar emp rojectos a longo prazo tais comoo do gás de Kudu e dahidroeléctrica de Baynes paraaumentar sua capacidade degeração de electricidade.

A capacidade actual de geraçãoé de 384 megawatts quando todasas suas estações estão a operar namáxima capacidade, comparadosa uma demanda em cre s c i m e n t ode 500 Mw. �

Não houve nenhuminvestimento na nova capacidadede geração na África do Suldesde a proposta em 1998 pelodepartamento dos re c u r s o sminerais e energia para seaumentar a competição no sectorda electricidade, reservando 30por cento da capacidade degeração para fornecedore sindependentes de energia. �

A R E G I Ã O ocidental do Cabo daÁfrica do Sul está a enfrentar umacrise de energia que tambémafectou a Namíbia, e a Eskome m b a rcou num programa visandoque a danificada estação nuclear deK o e b e rg retorne à produção total.

A c rescente demanda pelaelectricidade causada peloelevado crescimento económico,pela falta do investimento emnova capacidade de geração epelos danos na estação nuclear deKoeberg perto da cidade do Caboprovocou a falta de energia naregião ocidental do Caboocidental e na Namíbia.

Koeberg é uma grande fonteda electricidade para a Namíbia,que importa cerca da metade dasua energia da África do Sul.

As partes do sul e do ocidenteda África do Sul foram flageladaspor interrupção na produção dee n e rgia eléctrica desde Dezembrode 2005 quando um dos geradore sem Koeberg foi danificado por umrelámpago.

A Eskom, empresa sul africanade electricidade, anunciou planospara reparar a central de energ i an u c l e a r, que é capaz de pro d u z i rc e rca de 1.800 Mw de electricidade.O cabo ocidental requer cerca de5,000Mw para electrificar suasindústrias e habitações.

O Chefe executivo da Eskom,Thulani Gcabashe, disse que acentral tinha adquirido um rotorde 200 toneladas necessitado paraa repararação da instalação.

Antecipa-se um atraso emtrazer a estação nuclear à pro d u ç ã ototal devido ao reabastecimento e amanutenção que necessitarão serlevadas a cabo nas instalações.Espera-se que a manutenção acabeem Julho.

Planos a curto prazo paramelhorar o fornecimento à regiãoocidental do Cabo incluemassegurar os co-geradores quenão são da Eskom para adicionais80 Mw a um custo de 18.8 US$, eobter um número de instalaçõesmóveis de geração para 100Mwadicionais no período do inverno.

A maioria das estações deenergia da África do Sul são acarvão, o que torna a re g i ã oocidental do Cabo vulnerável

Crescente demanda, baixo investimento por de trás daescassez de energia na África Austral

A estação nuclear de Koeberg perto da Cidade do Cabo (esquerda) e reservatórios de combustível dentro daestação de energia (direita).

Postes de energia facilitam comércio regional de electricidade.

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Invocavit Swai, director deplaneamento no ministério da energ i ae recursos minerais da Ta n z â n i a n ,disse que a SADC apro x i m o u - s eda Nova Parceria para oDesenvolvimento de África (NEPA D )p rocurando fundos para o projecto.

O projecto de interligaçãoTanzânia-Zâmbia trará a RepúblicaUnida da Tanzânia à rede re g i o n a l .

Um estudo de viabilidadesobre o projecto já foi completadoe os trabalhos de constru ç ã o

começarão uma vez que ofinanciamento esteja disponível.

Swai disse que o novomemorando de entendimentointer-Governamental, assinado noconselho de ministrors da SADCem Fevere i ro, permitirá aexistência de novas empre s a sprivadas de electricidade taiscomo a Independent PowerTanzania Limited para impulsionaro fornecimento regional deelectricidade.

Órgão regional pretende melhorar os problemas deelectricidade da Tanzânia

C o n s i d e rações do género na electrficação rura l

O GRUPO de energia da ÁfricaAustral (SAPP) está a procura defundos para ajudar à RepúblicaUnida da Tanzânia a reduzir oimpacto de uma crise de energiaque vê o país submeter-se a umprograma longo de conservaçãode energia.

No espírito da cooperaçãoregional, a SAPP quer que aRepública Unida da Tanzânia seligue a rede zambiana dee n e rgia.

O ENQUADRAMENTO d og é n e ro é uma das estratégias chavepara assegurar benefícios iguaispara mulheres e homens dosp rojectos de infraestruturas queestão a ocorrer na África Austral.

Há um reconhecimento naregião que, para ser significativo, odesenvolvimento de infrastru t u r a stem que observar as disparidadesdo género na disponibilidade,gestão e uso das infraestruturas.

Isto está patente no PlanoIndicativo Estratégico deDesenvolvimento Regional daSADC, que advoga para umsistema eficiente e de baixo custo dei n f r a e s t ruturas que desencadeiem opotencial das comunidades.

A electrificação rural foi umadas estratégias empregadas paraassegurar às mulheres o benefíciodeste desenvolvimento .

A meta é ter pelo menos 70 porcento das comunidades rurais naÁfrica Austral com acesso àelectricidade. Os Estados membroestão a implementar pro g r a m a srurais de electrificação desde 2004 a2018, periodo durante o qualdevem alcançar a meta acordada.

A Zâmbia passou uma Lei daAutoridade Rural de Electrificaçãoem 200 3. A c t u a l m e n t e ,a p roximadamente 17 por cento da

população da Zâmbia têmacesso à electricidade, e seu

p rograma rural deelectrificação visa pôreste número acima de 50por cento.

Namíbia planeia aumentar onível da electrificação para 250.000casas até 2010 enquanto oZimbabwe tem planos parafornecer a electricidade ashabitações rurais e pequenas emédias indústrias rurais usandofundos angariados de uma impostos o b re as tarifas de energ i a .

P a r a e m p o d e r a r a scomunidades rurais, a autoridadedo fornecimento de electricidade doZimbabwe obtém o equipamentopara os projectos de geração defundos, que dá emprestado àsm u l h e res e outros grupos.

A República Unida daTanzânia está a finalizar

p r e p a r a ç õ e s p a r a oestabelecimento de um FundoRural de Energia (REF) a serusado para financiar pro j e c t o srurais de electricidade.

O REF será usado para baixar ocusto do investimento em pro j e c t o srurais modernos de energia e osinvetidores terão subsídios ouconcessões para permití-los co-financiar a electrificação rural.

A racionalidade é de reduziros riscos do investidor e melhorarretornos em investimentosmodernos de energia rural naRepública Unida da Tanzânia.

O u t ros estados membro daSADC têm programas similares

para electrificar suas áreas rurais,através da energia solar ouligando as habitações às re d e snacionais de energia.

A maioria das comunidadesrurais usam fontes tradicionais docombustível tais como a lenhapara necessidades de energ i ade casa. Isto é, entre t a n t o ,insustentável porque contribuipara o deflorestamento, erosão dosolo e degradação de terras.

O a u m e n t o d od e s f l o restamento e a falta defontes acessíveis do combustívelforçam a maioria das mulheres aandar distâncias longas paraobterem lenha.

As conseqüências são de que asm u l h e res gastam muito tempo nasactividades de sobrevivência, quetêm um valor produtivo baixod e n t ro das economias monetárias.

O acesso à electricidade tembenefícios a longo prazo para asaúde, redução da pobre z a ,facilitar a tarefa de cargas paramulheres rurais.

A c rescido aos esforços doenquadramento do género nosector de energia, a SADC queraumentar a participação depequenas e médias empresas, dascomunidades marginalizadas, dajuventude e das mulheres nosector do turismo.

Isto envolve pro g r a m a spara incentivar o aumento doinvestimento privado emp rojectos do turismo nascomunidades marginalizadas. �

por Patience Zirima

O memorando de e n t e n d i m e n t oi n t e r-Governmental revisto daS A P P visa trazer a bordo osEstados membro que não estãoainda ligados à rede re g i o n a lde energia e incentivar aparticipação por parte dea c t o res privados na geração deelectricidade. Devido à fracaschuvas, a produção de energ i ana República Unida da Ta n z â n i aestá no seu mais baixo nível.(East African) �

Desenvolvimento de infrastrutura para incorporar o empoderamento do género

8 SADC HOJE Abril 2006

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Abril 2006 SADC HOJE 9

Democracia, Wivine Nlandu doBandundu-Bas Congo-KinshassaHolding (BBK-Holding) eCathérine Nzuzi wa Mbombo,líder do Movimento para aRevolução Popular.

Kasavubu é filha do primeirop residente após a independência,Joseph Kasavubu, e serviu como

Ministra para a AdministraçãoCivil e como embaixatriz na Bélgicadurante a administração dofalecido presidente Laurent Kabila.

Estas serão as primeiraseleições democráticas na RDCdesde a sua independência daBélgica em 1960.

Tentativas precedentes derealização de eleições falharamdevido a conflitos armadosp rovocados frequentemente pord i s c ó rdias sobre a Constituição e aforma como o vasto país da ÁfricaCentral deve ser governado.

As condições para a re a l i z a ç ã ode eleições democráticas floriramapós a assinatura em 2003 de uma c o rdo de paz aderido por todos,que culminou num governo detransição dirigido por Kabila.Ao governo de transição foiconcedido o tempo até 30 de Junhode 2005 para organizar as eleições,um prazo revisto mais tarde para30 de Junho deste ano. �

Convenção do CongoDemocrático (COCODE).

O u t ros incluem Jean-PierreBemba do movimento para al i b e r t aç ã o do Congo (MLC) eEtienne Tshisekedi da União para aDemocracia e Pro g resso Social.

As três candidatas são JustineKasavubu do Movimento para a

Anos de guerra destruíram amaioria da infraestrutura na RDC,particularmente a rede de estradas.Não é actualmente possível ligarduas cidades principais por viarodoviária. A conseqüência disto éque, enquanto as populaçõessofrem com fome em centrosurbanos, há uma abundância decolheitas nas áreas rurais que nãopodem ser transportadas por causadas estradas destruidas.

Na província norte de Kivu naRDC oriental, as populações têmque sair das suas habitações comas colheitas perecíveis e viajardistâncias longas para venderseus produto. Consequentemente,a maioria destes produtos sãodesperdiçados.

Em cooperação com o BancoMundial e outras instituiçõesfinanceiras internacionais, A R D Cembarcou num programa dereabilitação de estradas.

Até agora, a estrada que ligaKinshasa a Matadi, a saida para orio Congo, é a que foi reabilitada.

Trabalhos estão em curso emoutras estradas principais taiscomo a que liga o cinturãoagrícola da província norte deKivu a Kisangani na pro v í n c i aoriental. Kisangani é um portoribeirinho importante de onde osbens são movidos facilmentepara Kinshasa através do rioC o n g o .

A reunificação do país dependetambém de uma infraestrutura detelecomunicações eficiente. A R D Cteve uma das primeiras redes detelefonia móvel em África, Te l e c e l ,que começou a operar no país nosinícios da década 90.

Duas novas companhiasprivadas - Celtel e Vodacom - foraminstaladas durante a época deL a u rent Kabila, que foi o pre s i d e n t eda RDC entre 1998 e 2001.

De acordo com a Vodacom eCeltel, mais de 50 por cento dapopulação em Kinshasa usatelefones móveis. As facilidades deI n t e r n e t estão também disponíveisnas cidades principais. �

O PRIMEIRO estágio do pro c e s s oda paz na República Democráticado Congo (RDC) termina em Junhode 2006 com a instalação de umaliderança eleita.

Desde a assinatura do acordode paz na África do Sul a 17 deD e z e m b ro de 2002, os antigosbeligerantes têm tentadotrabalhar como um governofuncional deve fazer.

Enquanto estão a implementaro processo eleitoral - seu mandatoprincipal à luz do acordo de paz -estão também a tentar reparar oque foi destruido durante a guerracivil. O governo de transiçãoidentificou duas áreas prioritárias,a de construção de estradas e dei n f r a e s t ruturas de telecomunicações.

O objectivo principal éreunificar o país, de acordo com oMinistro do plano, AlexisThambwe Mwamba. A RDC é umpaís enorme, com mais de 2,3milhões de quilómetros quadrados.

A REPÚBLICA Democrática doCongo (RDC) marcou 18 de Junhocomo a data para suas primeiraseleições democráticas em cerca dequatro décadas.

Isto segue-se à promulgaçãoduma nova Constituição e leieleitoral em Fevereiro e Março,respectivamente.

A p o l l i n a i re Malu Malu,p residente da Commissão EleitoralIndependente, anunciou a 9 deMarço que as eleições pre s i d e n c i a i se parlamentares ocorrerão a 18 deJunho e não a 29 de Abril comoplaneado previamente. Oadiamento foi devido a atrasos emse decretar a lei eleitoral.

O registo dos candidatosinicialmente marcado paraterminar a 23 de Março foiestendido por mais 10 dias, com oM i n i s t ro do interior do paísdizendo que 270 partidos tinhamse registado para concorrerem àseleições no fim do prazo inicial.

Aos candidatos aspirantes ap residente foram requeridos pagaruma taxa não-reembolsável deinscrição de 50.000 US$ enquantoque os candidatos a deputadosp a r l a m e n t a res deviam pagar 250US$ para registar os documentosde inscrição.

Estas são parte das novasmedidas constantes na leieleitoral que visam desencorajaros oportunistas de concorrer.

“Isto é para impedir que algunsa v e n t u re i ros se candidatem,” disseOlivier Kamitatu, presidente daAssembleia Nacional Congolesaapós a promulgação da novaconstituição do país a 19 deF e v e re i ro.

Pelo menos 27 candidatos,incluindo três mulhere s ,declararam interesse em concorre rpara a presidência do ex-Zaire.

Estes incluem o pre s i d e n t eJoseph Kabila que representará oPartido Popular para aR e c o n s t rução e Democracia(PPRD); Azarias Ruberwa queconcorre pela Coligação para aDemocracia Congolesa (CDC); ePierre Pay-Pay wa Syakassighe da

Eleições a 18 de Junho na RDC, primeiras emquatro décadaspor Juakali Kambale

Enfoque sobre as estradas e telecomunicações por apaz estar a acenar na RDCpor Juakali Kambale

Votantes congoleses a espera de exercer o seu voto durante o referendo deDzembro de 2005.

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10 SADC HOJE Abril 2006

A VIOLÊNCIA das águas há seisanos destruiu uma extensão de10-metros de estrada, isolando acapital de Maputo da sua cidadesatélite industrial, Matola, situadaa p roximadamente a 10quilómetros a noroeste.

I ronicamente, a nature z ad e s t ruiu uma outra estradaalternativa entre as duas cidades,causando atrasos a milhares depessoas que viajam diariamenteentre ambas cidades. Por quaseduas semanas, o uso da estradafoi interrompido, tendo resultadoem grandes perdas em negóciosem ambas as cidades.

Maputo foi também desligadada vizinha África do Sul e daSuazilândia.

Além disso, áreas baixas comoXai-Xai, 200 quilómetros a nortede Maputo, permaneceramsubmersas nas águas das cheiasdo rio Limpopo por mais de doismeses após o rompimento dosdiques defensivos.

Isso foi em 2000, e este é umm i c rocosmo do que aconteceu pelopaís fora durante as cheias de 2000.

Quando as águas finalmentebaixaram e a contagem começou,mais de 700 pessoas tinhammorrido, um quarto dum milhãode pessoas perderam suashabitações, e um total de 12 porcento da população ficouseriamente afectada.

Cento e quarenta mil hectare sde terra de cultivo e pastagemficaram perdidas com asinundações, cerca de 200.000cabeças de gado se afogaram. Aagricultura registou perdas severasem cerca de 90 por cento dei n f r a e s t ruturas de irrigação, ei m p ressionamente, uma economiaque antes estava a crescer a umíndice de dois dígitos falhou paraum crescimento a quatro por cento.

Na conferência de doadore sdas Nações Unidas emRoma, o governo deMoçambican pediu 450

milhões de dólare snorte americanos paraas actividades dereconstrução pós-cheias

Moçambique prepara-se para a gestão decatástrofes naturais

– nem todo este montante foidesembolsado.

Seis anos depois, teve lugarum significativo desenvolvimentodas infraestruturas. No vale doLimpopo os diques foramreforçados. Entretanto, há aindauma grande distância a percorreraté que Moçambique possa lidareficazmente com os disastre snaturais.

A história da climatologiamostra que as catástrofes estãoligadas a um ciclo, cominundações e secas.

Os cientistas estão bemcientes que uma forma para

p revenir este ciclo insidiosoconsiste na construção dei n f r a e s t rutura tais comobarragens em locais apro p r i a d o s .A base lógica é que durante aépoca chuvosa as barragensiriam manter o volume da águafluindo ao mar, impedindo asinundaçõs; e depois a mesmaágua podia ser usada parafinalidades de irrigação durantea época seca.

O governo Moçambicanop r o p ô s u m e s q u e m ah i d roeléctrico, a barragem deMphanda Nkuwa, 70 quilómetrosa jusante da barragem de Cahora

Bassa. Espera-se que a barragemde Mphanda Nkuwa seja um dosp rojectos regionais maiscompetitivos de energia na ÁfricaAustral, e um projecto prioritáriopara a Nova Parceria para oDesenvolvimento de África(NEPAD).

Com a região a pre p a r a r- s epara enfrentar um déficee n e rgético no próximo ano, abarragem de Mphanda Nkuwaajudaria que se evitasse umaeminente crise de energia. Espera-se que o projecto da hidroeléctricagere 1300 megawatts (Mw) a umcusto total de aproximadamente2 biliões de dólares norteamericanos.

O governo Moçambicano estána fase de promoção do projectopara atrair potenciais investidoresno mundo inteiro.

O projecto foi tambémseleccionado na base da sua baixaunidade de custo de geração e dasua função adicional parafornecer novos regulamentos abarragem de Cahora Bassa. Odesenvolvimento de MphandaNkuwa é suposto permitirCahora Bassa de aumentar o valorda energia que pro d u z ,p roduzindo mais durante ashoras de pico e menos duranteperíodos de baixa tarifa. Isto não éactualmente possível devido àsexigências de manter umavariação das águas do rio a umdeterminado nível.

Mas o Mphanda Nkuwa éapenas um desses pro j e c t o s .Devido a sua posição geográfica,Moçambique está a jusante damaioria dos rios regionais e émais propenso às cheias porcausa da sua baixa capacidade dereter a água.

Con se qu en te me nt e , oinvestimento nas barragens podep revenir o ciclo de desastres eestimular o desenvolvimento nãosomente em hidroeléctricas, mastambém na agricultura. É críticoque a força das águas sejaa p roveitada a fim de impulsionare apoiar o desenvolvimentoeconómico regional. �

por Bayano Valy

O forte terramoto que abalou Moçambique a 23 de Fevereiro de 2006 mediu 7,5na escala de Richter. O epicentro foi em Espungabeira, no distrito de Mossurize naprovíncia moçambicana de Manica, mas os tremores foram sentidos em todo ocentro e sul de Moçambique, Botswana, África do Sul, Suazilândia, Zâmbia eZimbabwe. Os terramotos são uma ocorrência comum no grande vale do Rift emÁfrica, que se prolonga desde Eritrea ao rio Save no centro de Moçambique, maseste foi o primeiro a ocorrer no seu extremo sul. Os tremores no vale são sentidosnormalmente até 1.000 quilómetros do epicentro devido às rochas invulgares naárea. A rocha mais homogénea acima da junção da placa sul africana e da placasomali oferece poucos obstáculos para a propagação das ondas sísmicas.

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Abril 2006 SADC HOJE 11

A Á F R I C A Austral prevê umdéfice de cereais deaproximadamente 1,07 milhão detoneladas durante a épocaagrícola 2005/06 e os países comescassez terão que confiar noc o m é rcio intra-regional pararesponderem as suas exigênciasde consumo no presente ano.

N ú m e ros pre l i m i n a res tiradosdurante o Conselho de Ministro sda SADC em Fevereirodemonstram que o fornecimentototal do cereal para o ano comerc i a l2005/06 é de 30,94 milhõesde toneladas , compostoa p roximadamente por 26 milhõesde toneladas de colheita bruta e4,68 milhões de toneladas dereserva.

Isto é insuficiente pararesponder a exigência regional de32,01 milhões de toneladas doscereais e a escassez é quaseequivalente ao défice de 2004/2005de 1,11 milhão de toneladas.

De acordo com o Sistema deAviso Prévio da SegurançaAlimentar da SADC, todos os

A região prevê défice de um milhão de toneladas de cereais

países da SADC, excepto África doSul, foram avaliados com déficesgerais do cereal, variando de100.000 toneladas na Zâmbia a 1,62milhão de toneladas no Zimbabwe.

A região, entretanto, estáprojectando um excedente domilho de aproximadamente 2,28milhões de toneladas em 2005/06,resultado do aumento significativoda produção do milho e umaenorme reserva na África do Sul.

P revêem-se défices em todas asrestantes colheitas de cereais,incluindo o trigo (2,18 milhões detoneladas), arroz (1,05 milhão detoneladas) e sorgo (121.000toneladas).

África do Sul tem milho emexcedente avaliado em 5,46milhões de toneladas. O preço eoutros factores permitindo, oexcedente do milho na África doSul são mais do que bastantes para

cobrir necessidades da importaçãodos outros Estados membro.

Os Estados membro da SADCtinham feito planos para importar5,56 milhões de toneladas dosc e reais por meiados de Janeiro de2006, incluindo importações intra-regional do milho principalmenteda África do Sul.

O Secretário executivo daSADC, Tomaz Augusto Salomão,disse a jornalistas antes doConselho de Ministros emFevereiro que aproximadamente10 milhões dos povosn ec ess i ta rão d e ap oiohumanitário na região.

“Os relatórios actuais indicamque o número das populaçõescom necessidade de apoiohumanitário subiu de 9,71milhões de pessoas para 10milhões de pessoas desde asavaliações de vulnerabilidadede Abril/Maio de 2005 emseis países, nomedamenteLesotho, Malawi, Moçambique,S uaz i lân di a , Zâm bia eZimbabwe,” disse Salomão. �

“ A todos os níveis, as nossasautoridades agrícolas e de saúdeestão a coordenar esforços paraavaliar os riscos, prevenir epreparar-se para os surtos,incluindo a vigilância, criação deconsciência pública sobre a gripepara evitar preocupação, bem comocompartilhar a informação, perícia eas facilidades,” disse Sianga.

M i n i s t ros responsáveis pelaagricultura, saúde, fauna bravia eanimais domésticos nos Estadosmembro da SADC reuniram-se emAbril na África do Sul paraobservarem o Plano de resposta daSADC contra a Epidemia da gripedas aves.

A gripe das aves é uma doençaque ataca normalmente as aves eacredita-se ser causador do vírusH5N1. O vírus é um subtipo A dagripe que ocorre principalmentenas aves e é altamente contagiosoentre a espécie.

A gripe das aves não se espalhafacilmente entre seres humanos,mas teme-se que o vírus possapassar por uma mutação parauma composição mais mortaltransmissível entre seres humanos.

A c redita-se que as espéciesselvagens de aves migratóriasf a c i l i t a m a p r o p a g a ç ã ointerurbana da doença vindas daÁsia e da Europa. �

Seguro de seca, suporte aos farmeiros do Malawi

OS ESTA D O S m e m b ro da SADCestão a cooperar sobre formas deconter o impacto do vírus aviário naregião, e as autoridades de saúdetomaram medidas para impedir ap ropagação da doença.

Estas medidas incluem p ro i b i ç õ e sde importações de produtos dasaves domésticas em alguns países emobilização dos recursos parafacilitar o diagnóstico e a vigilânciada doença.

Stephen Sianga, Director doDesenvolvimento Social e Humano ede Programas Especiais no Secre t a r i a d oda SADC, disse que a região estáp ronta para lidar com uma possívelameaça imposta pela gripe das aves

FARMEIROS DE pequena escalado Malawi irão beneficiar de umnovo programa piloto que lhesdará acesso aos empréstimos ecobertura de riscos na agriculturaem caso de seca.

O programa foi lançado no fimdo ano passado e visa impulsionara abilidade dos farmeiros dere c u p e r a rem dos efeitos das secas.

A Associação Nacional dosFarmeiros de pequena escala doMalawi e a Associação dosSeguros do Malawi projectaram oesquema, com o apoio do BancoMundial e da Rede Internacionalde Oportunidades.

O seguro irá apoiar osfarmeiros a obter o financiamentonecessário para obterem sementescertificadas, que podem produzirmaiores rendimentos, com maiorresistência à doenças.

O projecto piloto do seguro deseca dará aos farmeiros depequena escala uma oportunidadepara obter empréstimos dosbancos e de ter seu dinheiroassegurado quando houver secas.

Perto de 900 farmeiros emq u a t ro áreas participarão nafase piloto do programa, quec o b re a cultura do amendoim.Se bem sucedido, o pro j e c t opoderá ser incre m e n t a d oincluindo outras culturas, taiscomo o milho, e pode ser

i n t roduzido em outras partes doMalawi e de África.

“Este projecto está sendoexecutado pela primeira vezd e n t ro do Malawi e é provável queexistam muitos desafios. Umgrande desafio é que o padrão dechuvas em Malawi não é igual.

Assim continuará a acontecer quealguns farmeiros não produzirão osuficiente para que reembolsem osempréstimos como necessário,”disse Duncan Wa r ren, director dep rodução de culturas agrícolaspara a Associação dos Farmeiro sNacionais de Pequena Escala. �

Colheita de trigo na região da SADC.

África Austral prepara plano contra a gripe das aves

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Corredores do desenvolvimentoda Beira e do ZambezeAs iniciativas dos corre d o res dodesenvolvimento da Beira e do Zambezep retendem desenvolver uma re g i ã oeconómica que liga Malawi, Moçambique,Zâmbia e Zimbabwe, através dos portos daBeira.

Os objectivos chave são reestabelecer emodernizar as ligações das infraestruturasno interior.

Os projectos de desenvolvimento dei n f r a e s t ruturas incluem modernizar oporto da Beira, fornecimento daelectricidade, viadutos do gás e do

combustível líquidos, a propostaestrada Harare-Beira comportagens, o melhoramento daslinhas férreas de Harare-Beira ea modernização dos aeroportos.

P rojectos em execução,incluem a linha férrea de Senacomissionada em 2004.

O desenvolvimento dos riosC h i re e Zambeze em canaisnavegáveis visa aumentaropções de transporte para oacesso ao mar para o Malawi,país do interior.

A execução dum número deprojectos baseados nos recursosnaturais inclue a reabertura da

mina de carvão de Moatize e odesenvolvimento de uma estação deenergia térmica, desenvolvimento agrícolaem Dondo e Chimoio, bem como o turismonas terras altas orientais do Zimbabwe edo vale do Zambeze.

Corredor do desenvolvimentodo LimpopoIniciativa da África do Sul, Moçambique eZimbabwe (e finalmente Botswana eZâmbia), é espacialmente focalizada nabacia do rio Limpopo. As áreas primáriasde foco do desenvolvimento einvestimento são a agricultura,processamento da mineração, turismo, esectores relacionados de infraestrutura.

Os projectos de processamento damineração estão centrados nos depósitosde areias pesadas na foz do rio Limpopo. Areabilitação e expansão do desenvolvimentoagrícola de irrigação na área deCombomune-Chokwé estão em andamento.

Um programa foi executado parareabilitar a infraestrutura de irrigação e ostrabalhos estão em curso para sereestabelecer as actividades de plantaçãoda cana de açúcar e processamento doaçúcar da Maragra e o açúcar de Xinavane.

A iniciativa também pre t e n d eestabelecer uma zona do desenvolvimentodo turismo baseado na natureza de uns260.000 quilómetros quadrados. Istoincluirá os projectos chave do parq u eTrans-Fronteiriço do grande Limpopo.

Iniciativa do desenvolvimentoespacial do LibomboA SDI do Libombo cobre a Suazilândiaoriental, a parte do sul da província deMaputo em Moçambique e as áreas nonordeste do KwaZulu Natal na África doSul. No seu epicentro está odesenvolvimento de novas estradas emodernização de outras para abrir a área aprática da agricultura e turismo.

A região do Libombo tem seis grandesecosistemas interligados. A área tem umagrande diversidade de plantas e aves,reservas de parques e uma extensa linhacosteira protegida. Os recursos naturaisincluem lagos litorais tais como o parquede terras húmidas de Stª Lucia, que é umpatrimónio mundial, e uma gama de locaisarqueológicos.

O clima e os solos na área de Libombocombinam para o fornecimento de umambiente excelente para a agricultura e háuma indústria do açúcar e florestamento aprosperar.

Os projectos do turismo planeados naárea são a península de Machangulo e areserva de elefante de Maputo, e as áreasTr a n s - F ronteiriças de conservação,chamadas frequentemente por “parq u e sda paz”.

OS CORREDORES constituem o ponto fulcral para iniciativasde desenvolvimento regional. Inicialmente, baseados em rotasde transporte, os corredores são importantes para o alcance dosobjectivos económicos e políticos da região, particularmentedevido ao facto de que quase metade dos Estados membro daSADC serem do interior e re q u e re rem ligações re g i o n a i seficientes de transporte para terem acesso ao mar.

Durante a década passada, os corre d o res tornaram-se sistemasharmoniosos de integração regional como iniciativas dentro dae s t rutura das Iniciativas do desenvolvimento Espacial (SDIs).

Nós perfilamos alguns dos corredores nesta edição.

12 SADC HOJE Abril 2006

Cabeça do velho, “old man’s head”, uma imagem proeminente perto deChimoio no Corredor da Beira.

Barragem de Cahora Bassa no corredor do Zambeze é uma grandefonte de energia hidroeléctrica para a região.

Infrastruturas de pontes como esta sobre o rio Limpopo facilitam omovimento de pessoas na região.

A Iniciativa de Desenvolvimento Espacial do Libomboalberga diversos recursos da vida selvagem.

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Corredor de Desenvolvimento de MtwaraO Corredor de Desenvolvimento de Mtwarac o b re os territórios do Malawi, Moçambique,República Unida da Tanzânia e a Zâmbia.

O Corredor é percorrido desde o porto deMtwara no leste à Mbamba Bay ao ocidenteno Lago Malawi. Projectos dos transportesincluem a expansão e modernização doporto de Mtwara, dos portos de MbambaBay e Manda, ambos situados no LagoMalawi/Nyasa/Niassa. Outros projectosincluem a modernização do A e roporto deMtwara e várias infraestruturas de estradas ecaminhos de ferro .

A Ponte da Unidade, desenhada paraatravessar o Rovuma, irá contribuirsignificativamente para melhorar aconectividade da rede de estradas naregião. Importantes também são a Estaçãode Energia Térmica de Mchuchuma, oviaduto de petróleo de Mtwara-MbambaBay e o projecto do gás do Songo.

Corredor do desenvolvimento de MaputoO Corredor do Desenvolvimento deMaputo foi a primeira das SDIs a serexecutada em 1995. Este liga a província deGauteng da África do Sul ao porto deMaputo em Moçambique.

Os desenvolvimentos ao longo docorredor focalizaram-se na reabilitação emodernização das tradicionais ligações docomércio e transporte como uma base paraum desenvolvimento económico abrangente.A estrada, caminhos de ferro e ainfraestrutura e funcionamento do portoforam concessionados em Moçambique.

A participação do sector privado jogaum papel importante no corre d o r,particularmente no investimento naconstrução de uma estrada com portagensque liga Witbank na África do Sul aMaputo (a estrada com portagens N4) e namelhoria do funcionamento de caminhosde ferro e portos em Moçambique.

Outros grandes investimentos do sectorprivado incluem a fábrica de alumínio deMoçambique (MOZAL), a fábrica do ferroe aço de Maputo, o Parque Indústrial doBeluluane e vários projectos da indústriado gás natural.

Estima-se que os desenvolvimentos noc o r redor criaram cerca de 15.000 empregos.

A iniciativa logística do corredor deMaputo (MCLI) foi lançada em 2004 comouma parceria do sector público e privadopara criar maior consciêncialização eutilização do corredor. O MCLI emergiucomo uma das instituições mais vibrantesinclusivas dirigidas pelo sector privado naÁfrica Austral.

Corredor de Walvis BayO corredor de Walvis Bay serveàs partes central e sul da SADC,através do corredor de Tr a n s -Kalahari que liga África do SulBotswana e Namíbia, e atravésdo corredor Trans-Caprivi queliga a Namíbia e Zâmbia aoZimbabwe e à RDC. Este ligatambém Angola e Namíbiaatravês do corredor Tr a n s -Cunene.

Devido a sua localização e eficiência, oporto de Walvis Bay oferece substancialsegurança para cargas sensíveis ao tempo.As iniciativas dentro do corredor focalizam-se em estratégias para reforçar a eficiênciados sistemas do transporte no corredor aolongo dos seus três braços.

Os esforços iniciais do desenvolvimentofocalizaram-se no corredor Tr a n s - K a l a h a r i .África do Sul, Botswana e Namíbia já têmconcluído um acordo projectando melhoraro uso do corre d o r.

A ramificação a nordeste, o corre d o rTrans-Caprivi, foi terminado em 2004 com aabertura de uma nova ponte em KatimaMulilo e fornece uma rota alternativa deimportação e exportação doc o b re e para indústrias agrícolase agro - p rocessamento na RDC ena Zâmbia.

O corredor Trans-Cunene temgrande potencial como uma ro t aalternativa para a re a b i l i t a ç ã oeconómica e da infraestrutura nosul de Angola.

Walvis Bay foi classificadoe n t re os melhores três portos daÁfrica desde 2000. Em 2003 aConferência das Nações Unidaspara o Comércio e oDesenvolvimento (UNCTA D )escolheu-o como corre d o rmodelo no continente africano.

Corredor de desenvolvimento de TazaraO corredor de Tazara (chamado também oc o r redor de Dar es Salaam) é um artériaestratégica que liga a África do Sul a Áfricado leste e central. Há um crescente tráficonesta rota de dois sentidos: da África do Sul,Zimbabwe e Zâmbia no sul, e do corredor deNacala em Malawi e Moçambique. O tráficoc o m p reende maioritariamente a circ u l a ç ã odo açúcar, cimento, combustível emaquinarias.

O corredor de Tazara, que fornece adistância mais curta por caminhos de ferrodo Cinturão do Cobre a um porto é posse daRepública Unida da Tanzânia e Zâmbia. O

Abril 2006 SADC HOJE 13

O Parque Nacional de Kitulo no Corredor de Mtwara temprojecção duma diversidade botânica.

A estrada N4 com portagens liga Maputo à Witbank.

O Corredor de Walvis Bay é classificado como um corredormodelo em África.

O Corredor de Tazara é a distância mais curta por caminhos de ferro doCinturão do Cobre na Zâmbia ao porto de Dar es Salaam.

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c o r redor atravessa alguma das terras maisférteis a sul da Tanzânia e a norte da Zâmbia.A área tem grande potencial paraa agricultura, turismo, mineração,f l o restamento e a pesca.

Corredor do Desenvolvimento de NacalaO Corredor do Desenvolvimento deNacala visa desenvolver um corre d o reconómico ligando o Malawi no interior aoporto de Nacala em Moçambique.

A p roximadamente 70 por cento dapopulação do Malawi reside ao longo docorredor. Há necessidade de expandir e

reabilitar a infraestru t u r ados transportes para expôro potencial de investimentosno corre d o r. O sistema delinhas férreas em Malawie Moçambique já foiconcessionado e o trabalho dereabilitação começou em partesque estão em más condições.

Corredor do turismo e dabiodiversidade daSwazilândia/África do Sul(STBC)A parte sudoeste da província deMpumalanga na África do Sul ena Suazilândia ocidental édotada de ricas espécies deplantas e animais e umageologia e arqueologia antiga.

O cinturão de Pedras Verdesde Barberton na área evoluiuentre 3,5 a 3,2 bilhões de anos, éo segundo mais antigo nomundo depois do grupo deWarrawoona na Austrália.

O STBC pretende combinarestas áreas em uma faixa contíguapara a protecção dos ecosistemas,espécies e da geologia. O objectivoestratégico é a promoção

do desenvolvimento sócio-económicosustentável e participativo.

Os objectivos específicos apontampara a utilização do potencial do turismoe da conservação e aumentar osbenefícios que fluem para as c o m u n i d a d e srurais.

Turismo Internacional de Okavango no AltoZambeze (Ouzit) SDIO Ouzit foi inicialmente concebido eapresentado como um santuário da vidaselvagem a ser situado dentro do contextodos sistemas das terras húmidas deOkavango e do Zambeze. O pro j e c t oc e n t rou-se em uma área núcleo dodesenvolvimento que compreende 260.000

q u i l ó m e t ros quadrados incorporandoparques em Angola, Botswana, Namíbia eZimbabwe.

O desenvolvimento de infraestruturasprojectado dentro do SDI compreende ainterligação das regiões do interior dop a rque, o rápido seguimento dasmelhorias do tráfico aéreo e infraestruturasde transporte em países participantes, e oestabelecimento e a gestão de umaplataforma de logística ligada ao sistemaregional melhorado dos transportesa é reos. A SDI de Ouzit está ligada aoCorredor do Desenvolvimento de Namibea sul de Angola.

Corredor do Desenvolvimento de LobitoO Corredor de desenvolvimento de Lobitoé importante para o sistema de transportesregional uma vez que oferece uma saídaestratégica para o mar em Angola, maispara a República Democrática do Congo eZâmbia.

Este oferece a via mais curta ligando amaioria das regiões mineiras da RDC eZâmbia à Europa ocidental e América. EmAngola, o corredor serve a muitas regiõesonde aproximadamente 40 por cento dapopulação reside.

As principais infraestruturas são oporto, a linha férrea de Benguela e asestradas para a RDC e Zâmbia. Iniciativaschave são a reabilitação e modernização dalinha férrea de Benguela e do porto deLobito, ambas em progresso. Um outroelemento chave é a reabilitação daexistente rede de estradas que se estendepor cerca de 1,800 quilómetros.

Corredor Norte-SulEste é um corredor de transportes que ligaa África do Sul aos países ao nordeste, e éa ligação regional com mais circulação naÁfrica Autral e Oriental. O corredor Norte-Sul (também conhecido como o Corredorde Durban) é o corredor mais extensivo naregião, ligando o maior número dos paísesna África Austral e Oriental.

Este liga oito países, e interliga a outrosc o r re d o res incluindo os corre d o res deTrans-Kalahari, da Beira, de Lobito, de Dares Salaam e de Nacala.

Este corredor é importante porque aÁfrica do Sul é o maior parc e i ro do comérc i oafricano para a maioria dos países na re g i ã oe o porto de Durban possui uma parc e l asignificativa do tráfico do trânsito para osEstados do interior.

Infrastructuras chave são o porto, asestradas e as linhas férreas. O porto deDurban tem a maior capacidade entre osportos regionais. �

14 SADC HOJE Abril 2006

Lágo Malawi/Nyasa/Niassa no Corredor do Desenvolvimentode Nacala.

Vista aérea do delta de Okavango.

Corredor Norte-Sul, de e para Durban, a ligação regional commais tráfico de tramsportes.

Transportes Aéreos constituem um catalizador para ocomércio e turismo regional.

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AS RAZOAV E L M E N T E bem desenvolvidasinfraestuturas e uma base de re c u r s o snaturais diversos da África Austral têmpotencial para jogar um papel fundamentalpara levar a África rumo a um Século XXImais próspero .

A consciência sobre erros do passado,juntamente com novas oportunidades, exigeum novo olhar sobre os papeis que osgovernos ou as agências do sector público eprivado devem jogar na criação deinfraestruturas mais eficientes e com melhoresrespostas ao desenvolvimento de África. Odesafio é determinar as áreas em que ascondições dum mercado competitivo podemfuncionar e aquelas que requerem intervençãopública.

O Banco do Desenvolvimento da ÁfricaAustral (DBSA), através de parcerias emobilização dos seus recursos, contribui paraesta oportunidade de liderança através dofinanciamento e necessário apoio asinfraestruturas económicas. É através destaestratégia baseada no crescimento que oDBSA pretende agir como catalizador para avisão comum de uma região empoderada eintegrada.

A exposição e eficiente distribuição dep rodutos financeiros e não-financeiros (ouconhecimento) e de serviços está no coraçãodo DBSA.

A abilidade do banco de combinar o apoiof i n a n c e i ro e o conhecimento dodesenvolvimento é o que distingue o DBSAdas outras instituições financeiras comerciais.Através da sua oferta de produtos e serviçosincomparáveis, o DBSA pode responder àsnecessidades dos seus clientes e de potenciaisclientes duma forma inclusiva e sustentável.Neste contexto, o DBSA joga um papel triplode financeiro, conselheiro e sócio paramobilizar finanças e peritos para projectos deinfraestrutura e desenvolvimento.

Parcerias inteligentes aprofundam oimpacto do desenvolvimentoComo um parc e i ro, o banco favorece os actore spúblicos, privados e comunitários no pro c e s s odo desenvolvimento. Combinando forças ecompartilhando recursos nós podemos re a l ç a ra viabilidade comercial dos nossos projectos eao mesmo tempo aprofundar o impacto dodesenvolvimento do projecto.

O envolvimento do banco no Projecto dereabilitação do Porto de Maputo, como aprimeira parceria Público-Privada com baseem Build Operate Transfer (BOT) na ÁfricaAustral, proveu conforto significativo aoscresdores privados e institucionais. O papeldo DBSA, para além do financiamento dep rojectos, inclui facilitar a participação deo u t ros cre d o res e contribuir para aestruturação do negócio para assegurar o seuvalor bancário.

A insistência do banco por um processo deplaneamento inclusivo, transpare n t e ,participativo contribui significativamentepara o sucesso dos projectos que este apoia, epermitiu o DBSA construir uma rede coesa deactores chave na região.

A participação do DBSA em grandes ecomplexos projectos tais como a Mozal, aestrada com portagens N4 entre Witbank eMaputo, o projecto do açúcar de Marromeu eo projecto das águas das terras altas doLesotho resultou no fortalecimento derelacionamentos com instituições financeirascomerciais e de desenvolvimento.

Onde a participação de bancos comerciais élimitada por causa do carácter do empréstimoou da percepção do risco do projecto, o DBSAcriará parcerias com as suas congénere sInstituições Financeiras de Desenvolvimento(IFD), doadores e Agências Multilaterais deconssessão de empréstimos (MLA).

É este relacionamento reconhecido com asIFD internacionais, entre outras, que fez comque o DBSA ganhasse o mandato para liderar,organizar e subscrever a tranche da IFD de1.47 bilião de randes do projecto do pipeline dogás da Sasol.

“Dinheiro inteligente” tem como meta odesenvolvimento sustentávelO DBSA p retende ser uma fonte “ded i n h e i ro inteligente” na África Austral quemelhorará a eficiência financeira eoperacional das companhias públicas eprivadas para fazer crescer as economias demodo que a região se torne cada vez maisintegrada, mais competitiva, melhordesenvolvida e mais rica.

“O dinheiro inteligente” re f e re-se aosfundos que são directamente direccionadospara re s p o n d e rem às necessidades dodesenvolvimento da região de uma maneirasustentável. Isto implica a estruturação dasfinanças de forma a poder responder àsnecessidades e, em alguns casos, isto podeenvolver uma mistura apropriada de fundosque não sejam para o investimento tais comoa assistência técnica para a edificação decapacidade ou de conhecimentos.

De modo a servir no seu mandato parapromover o desenvolvimento económico naÁfrica Austral, o DBSA centra-se em sectoreseconómicos que garantem um ambientepróprio para o desenvolvimento e oenvolvimento do sector privado, e quecontribuem substancialmente para aintegração regional.

Neste contexto, o banco tem se centradoprincipalmente em serviços de energ i a ,telecomunicações, transportes, turismo,mineração, agro-indústria, comerciais efinanceiros.

O DBSA financiou cerca de 60 por centodas empresas públicas de energia que operamna região e o compromisso além dofinanciamento é ilustrado pelorelacionamento existente já há muito tempocom a Zâmbia Electricity Supply Corporation( E m p resa provedora da Energia daZâmbia)(ZESCO). Desde 1998, o banco temajudado a ZESCO a supera muitos desafios,através do investimento e assistência técnicaextensiva, resultando que hoje a ZESCO éuma empresa comercialisada a procura denovos mercados comerciais.

Os compromissos cumulativos do DBSAna SADC excedem 1,2 bilião de dólares norteamericanos, e compreendem finanças a médioe longo prazos numa gama de divisascorrentes para instituições públicas, privadase projectos.

A distinta abilidade para investir emprojectos do sector público e privado significaque o DBSA pode oferecer soluções precisaspara as necessidades do desenvolvimento daregião.

Expandindo as fronteiras de providência para o desenvolvimento sustentável

O Banco do Desenvolvimento da África Austral, emparceria com a NEPAD

DBSA em Mid Rand, África do Sul

“Parceria é um princípiofundamental…o DBSA

acredita que odesenvolvimento é co-criado

com os outros.”

Abril 2006 SADC HOJE 15

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Desenvolvendo mercados financeiroslocais para o crescimento económicoPara além do fornecimento de re c u r s o sf i n a n c e i ros limitados com longa maturidade, oD B S A pode creditar projectos de re a l c es u b s c revendo alguns dos financiamentos(dando assim, conforto ao mercado) ou dandogarantia parcial de risco em forma de garantiaonde possa haver falta de vontade do investidorou o preço não reflecte adequadamente o risco.

O objectivo é desenvolver mercados locaisde capitais, vistos como pré-requisito paragalvanizar o capital local necessário para sealcançar o crescimento económico sustentável.Isto reduzirá a exposição das empresas ao riscodas divisas, uma barreira crítica a execução denegócios na região.

DBSA tem estado envolvido em hipotecasna SADC, tal como a garantia incorporada deUS$7 milhões da Companhia Hidroeléctrica deLunsemfwa nos inícios de 2004 na Zâmbia.

Também em 2004, juntamente com aCorporação Financeira Internacional (CFI), oD B S A e s t ru t u rou e forneceu a cidade deJ o h a n n e s b u rg uma garantia parcial de 40 por

Unida da Tanzânia e Zâmbia. A c rescentando aoimpacto que o financiamento a longo prazoo f e rece às economias locais, o DBSA a s s e g u r a - s ede que suas actividades sejam complementadaspor transferência de conhecimentos e pelaedificação da capacidade dos seus parc e i ro s .

Com a NEPAD no apoio aintegração regionalDBSA é reconhecido pela abilidade de fornecerinstrumentos inovadores de uso das finanças,assegurando-se de que a sua participação dconforto aos investidores privados. Istoposicionou-o como o financeiro chave e como ocanal ideal para os fundos internacionaisdirigidos aos projectos da NEPAD.

Através da sua unidade africana deparceria, o banco pode fornecer uma revisãoprévia dos projectos da NEPAD e recomendá-la nos critérios necessários para os projetcospoderem ter valor bancário. Se necessário, oD B S A pode conceder assistência técnica epreparação do projecto por via da facilidademista de preparação do projecto com a AgênciaFrancesa de Desenvolvimento.

Os projectos regionais que receberam o apoioatarvés desta iniciativa incluem o projecto do cabosubmarino do leste de África e o Inter- c o n e c t o rZ â m b i a - Ta n z â n i a - Z a m b i a - Tanzania-Kenya.

Ter o secretariado da NEPAD no DBSAassegura de que o banco mantenha-se beminformado e muito mais próximo da NEPAD.

Um parceiro regional por excelênciaA abilidade original do DBSA em fornecerfinanciamentos a longo prazo em difere n t e smoedas ao sector privado e público, combinadocom a sua predisposição e mandato para tomarrisco e seu largo foco em financiar pro j e c t o sviáveis para promover o desenvolvimento sócio-económico, assegura sua posição como op a rc e i ro regional por excelência.

Uma excelente rede e relações com actore schave na região, combinada com vastasexperiências e compreensão profunda dosdesafios no financiamento do desenvolvimentode infraestrutura, asseguram ao DBSA um papelcentral em realizar a visão comum de uma re g i ã ol i v re da pobreza, inequidade e dependência. �

cento por um perído de 12 anos no valor de R1bilião. Esta garantia teve um número de benefíciosem que a hipoteca teve créditos mais elevadosdo que a das municipalidade, permitindoJ o h a n n e s b u rg emitir títulos com uma maturidademais longa com uma pro p a g a ç ã osubstancialmente mais baixa.

Dado a necessidade de desenvolvimento dem e rcados de capitais, o DBSA reorientou-se paraincluir serviços consultivos e organizar serviçospara clientes que desejam levantar fundos eaumentar a sua base de capitais. A i m p o r t â n c i adas empresas locais em criar emprego eaumentar a base de impostos é fre q u e n t e m e n t eenfraquecida pela falta de capital apro p r i a d opara apoiar investimentos a longo prazo.

O DBSA procura jogar um papel principalem remover este constrangimento aodesenvolvimento das empresas na SADCfornecendo linhas de crédito a longo prazo aosintermediários financeiros fortes comcapacidade e mandato específico para apoiareste sector da economia.

D B S A estendeu diversas linhas de crédito aosintermediários em Angola, Maurícias, República

InvestidorContribuir para o fornecimento de serviçosbásicos e para promover o crescimentoeconómico através do financiamento dasi n f ra e s t r u t u ra .

ConselheiroPara edificar a capacidade institutional, financeira,técnica e o conhecimento da capacidade para odesenvolvimento.

ParceiroPara favorecer actores privados, públicos ecomunitários no processo de desenvolvimento.

Parceiros no Conhecimento para o DesenvolvimentoOS PLANOS de desenvolvimento da SADC traçam metas e prazos para os objectivos nos várioscampos da cooperação que variam da liberalização do comércio à convergência macro e c o n ó m i c a ,desenvolvimento humano à segurança alimentar, desenvolvimento de infraestruturas à gestãoambiental, e igualdade do género à boa governação.

Um dos grandes desafios encontra-se agora no reforço de mecanismos para a monitoria eavaliação a fim de seguir o pro g resso rumo as metas traçadas. Para esta finalidade, um fluxoeficiente de informação e de conhecimento torna-se essencial.

A fim de responder aos desafios de uma implementação eficaz dos dois planos estratégicos,as parcerias da SADC com instituições do conhecimento devem ser reforçadas.

“Conhecimento é informação combinada com experiência, contexto, interpretação e reflexão...”O Pro f e s s o r. J. A. Van Ginkel, antigo reitor da Universidade das Nações Unidas anotou que,

“Uma África sem um sector próprio de conhecimento sustentável e forte permanecerá semprenuma posição dependente e perigosa.”

Uma característica do conhecimento é que este pode ser obtido de indivíduos, povos, e àsvezes em rotinas e em processos organizacionais. É passado através dos meios de informaçãoe s t ruturados tais como documentos, Internet e interacções pessoais. Um conhecimento novo écriado ou adquirido com a experiência, interacção e apre n d i z a g e m .

Nas organizações, o conhecimento torna-se frequentemente encaixado não somente nosdocumentos ou nos repositórios mas também em rotinas, processos, práticas e normaso rganizacionais. O mesmo pode ser dito sobre os países e as comunidades regionais, incluindo aSADC.

Qualquer que seja a forma, o conhecimento certo necessita ser colhido, gerido e passado aspessoas certas no momento certo e deve ser relevante a qualquer aspecto do pro g resso social.

ASADC necessita de centros regionais fortes de conhecimento que compreendem inteiramenteo contexto histórico da região e compartilham da sua agenda e visão do desenvolvimento, talcomo o DBSA e o Centro de Documentação e Pesquisa para a África Austral (SARDC), ump a rc e i ro antigo do conhecimento da SADC há mais de uma década, cujo fundandor foi Mwalimu

Julius Nyere re, o primeiro presidente dos Estados da Linha da Fre n t e .Num artigo a Comissã o Económica paraa África, Jacques L. Hamel diz, “ à medida que vamos

em direcção ao século XXI, as bases superiores do desenvolvimento do conhecimento, aposse do conhecimento e o capital do conhecimento são concebivelmente os recursos finaispara o desenvolvimento sustentável do continente africano.”

Isto é pertinente para a SADC uma vez que a comunidade regional está a imp l e m e n t a ro RISDP e SIPO. �

16 SADC HOJE Abril 2006

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Abril 2006 SADC HOJE 17

Regional (RISDP) e no facto deque 10 anos já decorreram desde oprimeiro relatório regional.

Dez contribuintes foramcontratados para pesquisar eescrever os capítulos. O esboço domanuscrito foi revisto numworkshop regional na África do Sul.Isto deu aos interessados umaoportunidade para discutir oscapítulos do esboço e a estruturado relatório. Comentários doworkshop e dos revisores regionaisforam usados pelo editor técnicopara finalizar os capítulos, a seremrevistos pelos parceiros.

Embora este tenha sidoum empreendimento ambicioso,julgou-se ser uma iniciativa dignaque continuasse a mostrar osresultados das actividades e dasparcerias da SADC, e é uma metapara os resultados do RISDP.

EstruturaA a b o rdagem tradicional dorelatório ambiental na re g i ã ofocalizou-se em fro n t e i r a s ,s e c t o res ou recursos naturaisnacionais. Neste relatório, asquestões são apresentadas de umaforma integrada, usando aestrutura Resposta ao Estado dasMotivações e Pressões (DPSIR).

As motivações e pressões sãodefinidas como causas principaisdas mudanças ambientais, e podemser naturais ou induzidas pelohomem. O estado é uma reflexão dasituação actual e das tendências naúltima década, enqunto os impactossão consequências da mudançaambiental em sistemas humanos eecológicos, e no potencial dodesenvolvimento social eeconómico.

As respostas incluem políticasnacionais, planos, leis e estratégias,e acordos e estratégias regionais eglobais para a cooperação.

A estrutura de DPSIR descrevedesenvolvimentos societais eprocessos naturais para explicar amudança no estado ambiental,usando indicadores apro p r i a d o spara mostrar tendências ao longodo tempo. É feita uma análise doimpacto das várias pressões emecosistemas e no bem-estarhumano na região, e das respostasa p ropriadas que foramp roduzidas para mitigar osimpactos articulados.

A a b o rdagem integrada deavaliação e do relatório, através dae s t rutura DPSIR, responde aquatro perguntas que são chavepara a eficaz tomada de decisão.As perguntas são:� O Que está a acontecer

no meio ambiente?� Porque está a acontecer?� O Que podemos fazer, e que

es tamos a fazer sobre isso?� O Que acontecerá se não agir

mos agora?

FormatoO Panorama Ambiental da ÁfricaAustral de 2005 contem novecapítulos, que se interligamdirigidos à região da ÁfricaAustral, seu ambiente físico e aforma como seus povos interagemcom os recursos.O livro inclui uma vista geralregional e cobre tópicos tais comoa terra, a atmosfera, re c u r s o shídricos, recursos marinhos elitorais, florestas e madeira,animais selvagens, eestabelecimentos humanos.

O capítulo final do panorama éuma apresentação das tendênciase os cenários, dados 10 anos,olhando em diante às análises dasformas como os cenários irão servistos: Forças de Merc a d o ,

Recursos Ambientais M u s o k o t w a n epara a África Austral (IMERCSA).

I M E R C S A é o centrocolaborador na África A u s t r a lpara o Panorama Ambiental deÁfrica – Africa Enviro n m e n tOutlook (AEO) - e o PanoramaAmbiental Global – GlobalE n v i ronment Outlook (GEO) -p roduzido pelo Programa dasNações Unidas para o MeioAmbiente (UNEP).

O panorama ambiental daÁfrica Austral beneficiou de umprocesso de desenvolvimento decapacidade dirigido pela UNEPatravés da rede de informação doambiente de África (AEIN). A sá reas cobertas na iniciativa deedificação de capacidadeincluíram a avaliação e o relatórioambiental integrado, a análise depolítica, produção de cenários,gestão e a análise de dados.

O processo rumo a estepanorama começou em 1998,inicialmente para construir afundação através da identificaçãode questões, edifícação doconsenso sobre a estrutura ideal aser usada na análise, bem como oacordo sobre uma série de dados eindicadores núcleo para apoiar aanálise.

A pesquisa e a compilação dedados para os vários tópicoscomeçaram em 2002, e oscontribuintes foram contratados em2003 para desenvolver os capítuloscontendo dados e análises. Aprioridade foi dada à pesquisa e ap rodução do manuscrito seguindoum encontro dos parc e i ros do CEPrealizado pela SADC em Gaboro n eem Outubro de 2003.

Esta reunião reconheceu asmetas para o relatório ambientalsalientados no Plano IndicativoEstratégico de Desenvolvimento

O S O U T H E R N Africa Enviro n m e n tOutlook (SAEO) 2005 avalia oestado actual do meio ambiente naregião, fornece uma análiseintegrada e oferece uma re f l e x ã os o b re as tendências nas décadaspassadas e nas que estão para vir.

O livro, a ser publicado naprimeira metade de 2006, destacaquestões ambientais emerg e n t e sna África Austral e apre s e n t acenários futuros para a região.

O SAEO aparece uma décadaapós o primeiro Estado doAmbiente na África Australpublicado pela SADC e porp a rc e i ros nos finais de 1994, e cincoanos após o primeiro relatórios o b re um único ecosistema, EstadoAmbiental da Bacia do Zambeze2000. A p reparação do cenário foibaseada num processo consultivo eparticipativo abrangente na re g i ã o ,durante o qual o consenso foiconstruído em torno dasperspectivas e das prioridadesregionais.

Os resultados foram c o n s t ru í d o sem torno de um processo firme dedesenvolvimento de dados e deindicadores. Em particular, osp rojectos regionais sobre sistemasde informação geográfica e sobredesenvolvimento de indicadore spara avaliação do ambiente ep rodução de relatórios foram úteisao processo.

Peritos das org a n i z a ç õ e sespecializadas e de instituiçõesnacionais mandatados parap ro d u z i rem o relatório sobre oestado do ambiente foramenvolvidos no fornecimento desubsídios, bem como na revisão domanuscrito. Isto assegurou oequilíbrio regional, a cre d i b i l i d a d ecientífica e a precisão do re l a t ó r i o .

Comunicando oprograma do meio ambienteEste processo foi coordenado pelop rograma comunicando oAmbiente (CEP), que é umap a rceria estabelecida há muitotempo da Comunidade para oDesenvolvimento da ÁfricaAustral (SADC) com a União deConservação Mundial (IUCN) e oC e n t ro de Documentação ePesquisa para a África A u s t r a l(SARDC) através do Centro de

África Austral

PANORAMA AMBIENTAL

Diversas questões abordadas no Southern Africa Environment Outlook

continua na página 18

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A TEMPERATURA estáaumentando no planeta,certamente devido ao aumento daemissão dos gases causados pelaactividade humana, que começama mostrar sinais em várias partes daregião da SADC.

O debate sobre a mudançaclimática e a sua ligação aosd e s a s t res naturais foi avivado comas recentes inundações queafectaram algumas áreas da re g i ã odepois de uma seca prolongada.

Falando na Conferência sobreMudanças Climatéricas dasONU realizada em Quebeque,em Canadá, em Dezembro de2005, o secretário principal noMinistério das Terras, Habitaçãoe Inspeção em Malawi, Georg eMkondiwa, disse que embora oscientistas locais ainda estivessempor publicar suas descobertas,não há nenhuma dúvida queas mudanças climatéricasinfluenciaram as tendênciasclimatéricas na África A u s t r a lnas últimas décadas.

“ Todos estão a fazer perg u n t a sdo tipo, '... Isto é ou não devido asmudanças climáticas?' Nós nãopensamos que haja alguma dúvidaque isto é devido às mudançasclimáticas,” disse Mkondiwa.

As cheias após chuvascontínuas e fortes que seregistaram em muitas partes daÁfrica Austral de Dezembro de2005 a Março 2006 causaramdanos estruturais consideráveis,d e s t ruindo escolas, culturas,telecomunicações e estradasenquanto em alguns lugares, vilasinteiras foram inundadascausando a deslocação dapopulação e animais domésticospara zonas mais altas.

Na Zâmbia, as inundaçõesestragaram as fontes de energ i adepois da distruição da principalestação de energia hidro e l é c t r i c aem Kafue Gorge.

I ronicamente, em outras partesda região se registava secas severasfazendo com que Botswana,Malawi e a Zâmbia declarassemestado de catástrofe em presença deum ameaça de fome.

Com as recentes pesquisasmostrando que devido aoaq uec i men to do Mo nt eK i l i m a n j a ro os gelos glaciares com12,000 anos de existência estão ad e r reter de forma tão rápida quepoderam deixar de existir em 2020,há uma preocupação geral de quea emissão excessiva de gases deestufa pode já ter criado mudançasclimatéricas irreversíveis.

A Ilha sub-antártica de Marion,1.700 quilómetros a sudeste dacidade do cabo e o local de umaestação metereológica sul africana,é um dos lugares mais isolados naterra e é apresentado por cientistascomo um outro claro indicador doimpacto do aquecimento global.

Os serviços Nacionais deM e t e o rologia da África do Sultem vindo desde há 20 anos amostrar que os padrões anuais dep recipitação tem re d u z i d o ,mostrando a constante re d u ç ã ode chuvas

Há novos dados sobre a ilha emrelação ao comportamento daschuvas, da temperatura, dasplantas e dos animais. Eles re v e l a mo decréscimo de níveis de chuvasmensais, o aquecimento cada vezmaior em relação aos anosa n t e r i o res, a presença de ratos e aaparição de estranhas estirpes devegetação.

A repartição regional dosServiços Nacionais Sul Africanosde meteorologia tem monitoradotestes anuais dos padrões daschuvas na Ilha de Marion desdehá 20 anos, mostrando umdeclínio paulatino de 2,500mm a1.750 milímetros, e diz, “... parececomeçar a ficar cada vez maisseca.”

Os cientistas e oficiais dogoverno na África do Suladvertiram que tais mudançaspoderiam ser comuns em toda aregião à medida que aumenta atemperatura no planeta.

A África do Sul crioumecanismos de monitoria epesquisa, e o Departamento deAssuntos Ambientais e Tu r i s m oapelou para que as questões doclima fossem integradas em todosos níveis do governo.

A variação do clima na baciado Zambeze tem sido maissentida com desastres naturaisligadas a água causadas por secase por inundações, e isto piorou ainsegurança alimentar. A variaçãono início da época húmida deixouos agricultures na bacia incertoss o b re quando começar com oplantiu.

De acordo com Mkondiwa, em2004 os agricultores Malawianosque haviam plantado durante asprimeiras chuvas com o conselhodos cientistas de extensão agrícolaassistiram desoladamente seusp rodutos murc h a rem.

A Zâmbia experimentou nosanos recentes mudanças de épocaschuvosas e quando as chuvas vêmsão intercaladas por periodos deseca. Isto resultou num déficealimentar em 2005 dado que ap rodução caiu de 1,2 milhão detoneladas em 2004 a 866.000toneladas métricas.

No projecto da SADC do Planode Acção do Zambeze 6, fase II(ZACPRO 6,2), a actividade chaveé o desenvolvimento das medidaspara mitigar os efeitos de eventose x t remos hidrológicos (cheias esecas).

De acordo com JefterSakupwanya, peritos em re c u r s o shídricos do projecto ZACPRO 6,2,hidrólogos dos oito Estados dabacia encabeçam um processo paraestabelecer sinergias com todos osdepartamentos meteorológicos dabacia. Mecanismos de aviso prévioe de comunicação na região aindanecessitam de ser melhorados.

Todos os países da SADCassinaram a Convenção daE s t rutura das Nações Unidas sobremudanças climatéricas que oscompele a regular níveis deconcentração do gas de estufa naatmosfera para evitar a ocorrênciada mudança do clima a um nívelque impeça o desenvolvimentoeconómico sustentável, ouc o m p rometer iniciativas dep rodução de alimentos.

Todo o continente africanop roduz somente cinco por cento dototal de gáses de estufa no mundoi n t e i ro. �

Impactos globaisSerão as actuais inundações na região umindicador da mudança do clima?por Tigere Chagutah

continuação da página 17

Reforma De Políticas e umMundo melhorado de fortalezas.

Apelo para A AcçãoO SAEO é também um apelopara a acção, enfatizando anecessidade de se abordar oambiente juntamente com odesenvolvimento, como umaopção para reduzir a pobreza em o v e r-serumoaodesenvolvimento.

O objectivo chave é forneceropções de políticas parainverter as actuais tendênciasambientais da degradação na

África Austral.De interesse ao relatório

é o pro g resso ru m oà realização dosobjectivos e de metascomo mencionado nasestratégias chavecontinentais e globais

PANORAMA AMBIENTALtais como o RISDP, NEPA D ,Plano de Implementação deJohannesburg e os Objectivos doDesenvolvimento do Milénio dasNU (ODM).

C o n s e q u e n t e m e n t e aaudiência alvo do livro incluif a z e d o res de políticas, nosg overn os , pro f i s s i o n a i sambientais e org a n i z a ç õ e s ,instituições educacionais,sector privado, parc e i ros eagências de cooperação dodesenvolvimento, parlamentos,jornalistas e editores, povos dosul e do norte.

O Panorama do ambiente de2005 da África Austral é ocomeço de um processo a longoprazo contido no planoestratégico para a região, oR I S D P, que apela para aprodução de relatórios sobre oestado do ambiente em cadacinco anos. �

18 SADC TODAY April 2006

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A N G O L A P L A N E I A i n t ro d u z i rum novo sistema de gestãoeleitoral que permita aose l e i t o res se re g i s t a re me l e c t ronicamente e sere m

Eleições do país (CNE) e pelacommissão Inter-Sectorial parao processo eleitoral (CIPE).

O presidente da CNE,Caetano de Sousa, disse que o

sistema vai de encontro com asexigências do processo eleitorale é rápido.

Anotou que o sistema servirátambém para o registo dose l e i t o res, sendo estesidentificados através das suasi m p ressões digitais. ( A n g o l aP ress Agency) �

Abril 2006 SADC HOJE 19

Alta tecnologia no sistema de votação para Angolaidentificados através dasi m p ressões digitais.

O novo sistema foi re v e l a d orecentemente em Luanda pelaCommissão Nacional de

Á F R I C A D O Sul embarc o unum projecto para transformaro couro das vacas Nguni emf o r ros para assentos de carros.

O projecto é uma parc e r i ae n t re a Universidade deLimpopo, o Departamento deAgricultura do Limpopo e aCorporação do D e s e n v o l v i m e n t oIndustrial (CDI) da África doS u l .

A CDI forneceu umfinanciamento, que será usadopara compra do gado Nguni,c o n s t rução de fábricas,formação dos farmeiro s ,pesquisa e outros recursos paralevar o projecto adiante.

A Cada farmeiro lhe serádado três a cinco cabeças de gadopara finalidades de pro c r i a ç ã odurante os próximos cinco anos.

O gado Nguni é indígena aÁfrica e foi escolhido para op rojecto por ser resistente àssecas, tem alta resistência aos

A Á F R I C A do Sul está parae m b a rcar num projecto degrande escala de transformaçãode milho em etanol depois doanúncio de um capital de riscode 1.1 bilião de dólare samericanos para construir aprimeira das oito fábricas doetanol nas principais áreas dep rodução de milho.

A fábrica do etanol serác o n s t ruída na área deBothaville, que tem grandesquantidades de milho. Das400.000 toneladas de milhop roduzidos em Bothavilleanualmente, a fábrica é capazde consumir cerca de 375.000toneladas, de acordo com aÁfrica Etanol, uma das

companhias que está em frentedo projecto.

Espera-se que a constru ç ã oda primeira fábrica comece esteano e esteja na máximap rodução em meados de 2007.

Espera-se que a fábricap roduza mais de 470.000 litros doetanol por dia e que a iniciativaforneça até 12 por cento dasnecessidades de combustível daÁfrica do Sul até 2015.

A África Etanol foiestabelecida por farmeiro sc o m e rciais para transformar omilho excedente em bio-combustíveis não pre j u d i c i a i sao meio ambiente. Te mp a rceria da Sterling Wa t e r f o rdno projecto. (Business Day) �

ZIMBABWE DIZ que umamistura de medicamentosherbáticos em testes clínicos nopaís provaram eficâcia emp rolongar a vida de pessoas quevivem com o HIV e SIDA.

De acordo com o Vi c e - M i n i s t roda Saúde e Bem-estar da Criança,Edwin Muguti, testes clínicos feitoscom ervas medicinais, chamadaslocalmente por gundamiti,p rovaram até agora que possuempropriedades curativas para aspessoas que vivem com o HIV.

As experiências clínicascomeçaram a 1 de Dezembro de2005 com 45 pacientes.

Muguti disse que os re s u l t a d o sp re l i m i n a res são incentivadore sp o rque as condições dos pacientessob terapia destas ervas melhoro ubastante causando od e s a p a recimento de algumasinfecções oportunistas.

“Eu posso afirmar comsegurança que o CD4 dessespacientes aumentou, enquantoque a carga viral diminuiu,”afirmou o vice ministro ,adicionando que, “estacombinação de ervas é muitosegura sem registo de mortes enenhum efeito colateral detectadoaté agora.” (Daily Mirror) �

parasitas e forte imunidadecontra às doenças causadas porparasitas.

O gado tem também marc a sbonitas e as vacas podemp roduzir pelo menos 10 vitelosdurante seu tempo de vida, umem cada ano.

A e m p resa de carros BMWm o s t rou interesse no pro j e c t odo gado Nguni. (Bua News) �

Couro Nguni para forros de assentos de carros

Fábrica de combustível derivado de Milho nosplanos da África do Sul

Novas ervas medicinaisem Zimbabwe prometem

ALGUMAS COMUNIDADESna Namíbia têm agora direitos dec o n t rolar florestas nas suasp roximidades à luz dum novoprograma.

O governo Namibiano alocouoito florestas no norte do paíscomo florestas da comunidadee tem, com o apoio técnicodo Serviço Alemão doDesenvolvimento (DED), oferecidoformação em gestão eplaneamento de florestas.

As oito florestas dacomunidade nas regiões deKavango e de Caprivi bem comoTsumkwe, são parte das 13d e c retadas pelo governoNamibiano em Fevereiro.

A floresta da comunidade nonordeste da Namíbia (CFNEN) éum programa comum entre oMinistério da Agricultura, Água eF l o restas, DED e do Banco doDesenvolvimento Alemão.

O projecto promove também oestabelecimento de pomare sprivados e hortas.

“ D e n t ro das declaradasflorestas comunitárias, as pessoaspodem controlar o usosustentável e a protecção derecursos florestais valiosos damadeira e outros, contra à sobre-utilização, colheita ilegal eincêndios,” disse o DED.

As comunidades têm agorad i reito de emitir licenças para ouso das árvores, lenha e deo u t ros produtos da flore s t a ,e podem ligar a utilizaçãodos recursos aos planos degestão e aos re g u l a m e n t o sou leis relevantes. ( N a m i b i a nEconomists) �

Namíbia introduzflorestas comunitárias

Couro do gado Nguni, impulsiona inovações na África Austral.

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ÁFRICA Austral tem nos seuspaíses alguns dos mercados deInternet mais desenvolvidos nocontinente. Consequentemente, umnúmero de tendências emdesenvolvimento estão a serexpandidas pelo continente. Sãodescobertas dum novo re l a t ó r i opublicado pelo Balancing Act.

A região tem o maior mercadoelectrónico em banda larga. AÁfrica do Sul lidera o progressonesta área, com 120.000 usuáriosem finais de 2005, e é o maior

A região é também pioneira emtermos de chamadas de Voz naInternet baseadas em Protocolo( VoIP). Vo I P é uma tecnologia quepermite que uma pessoa façachamadas telefónicas usando aligação electrónica da I n t e r n e t e m

vez de uma linha telefónica(análoga) normal.

A África do Sul é também lídernesta área, mas pelo menos outro sdois países na região (Zâmbia eZimbabwe) embarcaram emp rocessos políticos que verão aVo I P legalizada. ( A l l A f r i c a . c o m ) �

m e rcado electrónico da Áfricasub-Sahariana.

Fora da África do Sul, acompetição em infraestruturas defibra está a crescer com ai n t rodução de quatro novascompanhias que obtiveramlicenças no ano passado, duas naZâmbia e duas em Zimbabwe.

A maioria destas companhiassão empresas de electricidade e arede de fornecedores regionais dee n e rgia oferece muitasoportunidades para ligar a região.

MOÇAMBIQUE CONCLUIUum acordo com Portugal para atransferência da posse da gigantebarragem de Cahora Bassa.

Equipes dos dois paísesfinalizaram as “negociaçõestécnicas” em Março, abrindocaminho para a assinatura doa c o rdo final pelo pre s i d e n t eArmando Guebuza deMoçambique e o PrimeiroMinistro português, José Socrates.

“Os dois países concordarãomais tarde sobre a data paraa assinatura formal emMoçambique do documentoresultante das negociações, “disseSalvador Namburete, Ministroda Energia de Moçambique.

U m M e m o r a n d o d eEntendimento (ME) sobre abarragem de Cahora Bassa foi

assinado em Novembro do anopassado durante a visita dopresidente Guebuza a Portugal.

A luz do ME, o controle dacompanhia que opera a barragem, a Hidroeléctrica de CahoraBassa (HCB), passaria dasmãos portuguesas às mãosmoçambicanas. Portugal detem82 por cento das acções da HCB,e Moçambique detem osrestantes.

Na conclusão do acord o ,Moçambique controlará 85 porcento da companhia, enquantoque Portugal passará a deter asrestantes acções.

O acordo requer queMoçambique pague 950 milhõesde dólares norte americanos antesda transferência da barragem e dacompanhia. (Aim) �

Z Â M B I A R E D U Z I U os preços dosp rodutos do petróleo em sete porcento em Janeiro como benefício daa p reciação da sua moeda.

Incentivando o uso dopetróleo sem chumbo, aRepartição Regulamentadora dae n e rgia do país (ERB) pôs ocombustível com chumbo e o semchumbo ao mesmo preço.

“ A ERB afixou os novos pre ç o saos da gosolina sem chumbo,”afirmou presidente MwangalaZaloumis da ERB. A gasolina semchumbo custava mais cara.

A Zâmbia anunciou a retiradagradual da gasolina com chumbodesde Março como parte dumapelo da União Africana para ouso de combustíveis mais limposconsiderados menos prejudiciaisà saúde humana e ao meiambiente. (The Post) �

ANGOLA PLANEIA realizar umafeira internacional de minas paramostrar a sua indústria mineira eprocurar fontes de financiamentodo sector.

A feira internacional de minas,que ocorrerá de 27-30 de Abril, estáa ser organizada pelo Ministério da

Geologia e Mininas de A n g o l a ,Companhia diamantífera deAngola e Expo-Angola.

O evento será usadopara estabelecer novasp a rcerias para a indústriaangolana de mineração.

De acordo com Edgarde Carvalho, director dosestudos do departamento dePlaneamento e Estatísticas doMinistério da Geologia eMinas, a feira tem atraido e n o r m ei n t e resse das companhias locais einternacionais. ( A l l A f r i c a . c o m ) �

África Austral líder em Tecnologias de Informação

Moçambique e Portugal concluemnegociações sobre Cahora Bassa

Feira mostra indústria mineira angolana

Zâmbia reduz preçode petróleo

U M A D O C A massiva chegou aoporto de Walvis Bay em Janeiro - aprimeira deste tipo ao longo dacosta ocidental de África.

A doca flutuante é umaalternativa à Cidade de Durban e doCabo como a única infraestrutura dereparação de navios na região.

“Este é um esforço do governoNamibiano através da NamPortpara intensificar actividades dereparação de navios com oobjectivo da criação de trabalho edesenvolvimento económico,” d i s s eo director geral da NamPort, SebbyKankondi. (The Namibian) �

Namíbia junta-se àelite das docas secas

O GRUPO De Beers anunciouplanos para investir 150 milhões ded ó l a res norte americanos numanova fábrica de processamento emMwadui Williamson DiamondLimited (MWDL) na RepúblicaUnida da Tanzânia.

A companhia, líder mundialde mineração do diamantedisse que a nova fábrica deprocessamento permitirá a firmade processar anualmente 16milhões de toneladas de minérioem bruto e de aumentar ap rodução do diamante a ummilhão de quilates.

Actualmente a MWDL t e muma capacidade de produção de3,5 milhões de toneladas dominério em bruto por ano e anova fábrica aumentará aprodução do diamante de 190.384quilates a 1 milhão de quilates.

A expansão e a constru ç ã oda fábrica de pro c e s s a m e n t opermitirão a MWDL de aumentaro tempo de existência da mina pormais 25 anos. (East African) �

A De Beers iráinvestir em novafábrica na Tanzânia

A T E L K O M da África do Suldeseja expandir-se em cincopaíses africanos-incluindoAngola, Botswana e a RDC–queos considera como propícios parao investimento.

C o n f rontando-se no país comuma forte competição doso p e r a d o res da companhia dec e l u l a res, a operadora da linha fixav i rou a sua atenção aos trêsEstados membro da SADC bemcomo para Kenya e Nigériap rocurando impulsionar seusrendimentos. (Business Day) �

Telkom com olhospostos em Angola,Botswana e RDC

TABELA DE CÂMBIOSPaís Moeda (US$1)Angola Kwanza (100 lwei) 80,36 Botswana Pula (100 thebe) 5.44 RDC Franco Congolês 432.00Lesotho Maloti (100 lisente) 6.15 Madagáscar Ariary 9,400.00 Malawi Kwacha (100 tambala) 132.72Maurícias Rupie (100 centavos) 30.68 Moçambique Metical (100 centavos) 26,775.00 Namíbia Dólar (100 centavos) 6.16África do Sul Rand (100 centavos) 6.16 Suazilândia Lilangeni (100 centavos) 6.15 Tanzânia shilling (100 centavos) 1,193.25Zâmbia Kwacha (100 ngwee) 3,295.00 Zimbabwe Dólar (100 centavos) 99,201.00March 2006

20 SADC HOJE Abril 2006

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p rodução, Native At Large, eM ult ime di a E ban o d eMoçambique.

O u t ros países da região talcomo Angola, Maurícias eMoçambique produziram curtasmetragens que participaram emfestivais internacionais.

mudanças desde os finais dosanos 90 e tem nos recentes anospassados produzido filmesvencedores de prémios tais comoEveryone’s Child pelo produtorde filmes Tsitsi Dangarembga deZimbabwe e Fools, um esforçoconjunto entre a Casa Africana de

A cooperação regional foi crucialpara o desenvolvimento daindústria, com eventos tais comoo Festival Internacional deFilmes de Zanzibar, FestivalInternacional de filmes deZimbabwe e Festival Mundial deCape Town jogando um papelimportante. �

TSOTSI, O filme sul africano dedrama, colocou a indústriacinematográfica da África Australsob o olhar internacional aoganhar o Óscar de melhor filme delíngua estrangeira.

O filme é sobre um ladrão desubúrbio que aprendeu a tomarconta de uma criança cuja mãe elebaleou quando assaltava um carro.Esta foi a segunda vez que um sulafricano foi nomeado para oÓscar, o reconhecimento ao maisalto nível qu um filme pode obtternos Estados Unidos. A nomeaçãodo ano passado foi para o filmeYe s t e r d a y, um filme sobre umamulher Seropositiva.

Dirigido e escrito por GavinHood, Tsotsi tem no papel principalP resley Chweneyagae como umjovem gangster violento quea p rendeu o valor da vida humanaapós ter descoberto um bebé numc a r ro que ele havia roubado. A s u avisão de vida muda após serforçado a cuidar do bebé.

Venceu outros quatro filmesque também concorriam para oprémio de melhor filme de línguaestrangeira. Estes eram P a r a d i s eN o w (Palestina), Joyeux Noel(França), The Final Days(Alemanha) e Don’t Tell (Itália).

O Óscar para Tsotsi dramatisao renascimento da indústriacinematográfica da África Australe mostra os vastos talentosexistentes na região.

A indústria cinematográfica daregião passou por grandes

APROXIMADAMENTE DEZgrupos de cinco países da SADCirão participar num concursomusical regional em Moçambique.

O Concurso de MúsicaC ro s s ro a d s da África A u s t r a locorre de 27-30 de Abril e juntarág rupos musicais do Malawi,Moçambique, República Unida daTanzânia, Zâmbia e Zimbabwe.

O espectáculo é parte dump rograma internacional queempodera jovens de idadescompreendidas entre 15 e 25 anoscom habilidades musicais eeducação sobre HIV e SIDA.

A RT I S TAS E a juventude daÁfrica Austral beneficiarão deum projecto continental sobre aluta contra o HIV e SIDA a t r a v é sdo teatro.

O projecto do teatro fantocheresultou de uma das re s o l u ç õ e salcançadas por re p re s e n t a n t e sda organização, Centro do Te a t roAafricano para Crianças ejovens, no seu encontro anual naRepública Unida da Tanzânia emMarço.

O teatro fantoche é umaforma inovadora de fazer passara mensagem sobre o HIV e SIDAàs crianças e aos jovens.

O projecto visa permitir queos jovens contribuam para oalívio do HIV e SIDAsuplementando os esforços dosseus governos. É para artistasnacionais da África A u s t r a l ,África ocidental e do leste, e seráexecutado sob o tema, “Salveesta geração”.

A SADC é re p resentada porBotswana, Malawi, Maurícias,Moçambique, Namíbia, Áfricado Sul, Suazilândia, RepúblicaUnida da Tanzânia, Zâmbia epelo Zimbabwe. Outros paísesparticipantes são Benin,B u rundi, Cameroon, Ghana,Kenya, Nigéria, Rwanda eUganda.

Os 18 países são membros daAssociação Internacional deTe a t ro para Crianças e Jovens.O Programa Africano deCooperação e interacção éfinanciado pela Agência Suecado Desenvolvimento daCooperação Internacional (Sida).(New Era) �

P rocura também aumentar onível do profissionalismo entremúsicos e serve comoplataforma para o lançamentodas suas carreiras. Incentiva osparticipantes a se org u l h a re mdas suas heranças culturais.

Cada competição é pre c e d i d apor um w o r k s h o p onde osjovens músicos apre n d e mhabilidades do m a r k e t i n g,relações públicas, gestão damúsica, negociação docontracto, leis dos direitos deautor e re p rodução.

Os vencedores terão direito auma viagem a Europa e a umcontracto de gravação.

Este concurso foi iniciado pelaJeunesses Musicales International(JMI) reconhecida como uma re d epioneira global para a juventude e amúsica. JMI tem membros em 70países no mundo inteiro.

A agência norueguesa para oDesenvolvimento da Cooperação,a Agência Sueca para oDesenvolvimento da CooperaçãoInternacional e a UNESCO f i n a n c i a mo programa desde 1996. �

Moçambique acolhe concurso Musical

Projecto teatral para“Salvar a Geração actual”

Prémio Óscar elevou o perfil da indústriacinematográfica regional

Abril 2006 SADC HOJE 21

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besieged”, que foi submetido em Junho de2004 como um insumo aos procedimentos aomais alto nível do painel sobre ameaças,desafios e mudança. Termina com umcomentário sobre o relatório do SecretárioGeral das NU “In Large Freedom: Rumo aodesenvolvimento, segurança e direitoshumanos para todos”, que foi circulado nosEstados membro do grupo dos 77 em Junhode 2005.Disponível em formato electrónico e emcópia no South Centre, POB 228, Chemin duChamp d'Anier 17,1211 Geneva 19,Switzerland. E-mail: [email protected]: http://www.southcentre.org.

Knowledge Management and theDevelopment Bank of SouthernAfrica: A Knowledge StrategyPor Ha-Joon ChangSwitzerland, Geneva, South Centre, 2005129pp.Se for para se cumprir com as promessas dedesenvolvimento feitas em Doha e impedir acriação de uma economia mundial divididapor um foço crescente entre ter e não-ter, osactors poderosos na Organização Mundialdo Comércio (WTO) devem assegurar-se deque qualquer acordo NAMA (Acesso aoM e rcado Não-Agrícola) dê aos países emdesenvolvimento maior espaço políticopossível de modo que possam estudar o queé bom para eles e encontrar suas própriasmaneiras de consegui-lo. Uma suspensãoimediata das negociações NAMA até umnovo texto e pro-desenvolvimento serc o n c o rdado seria um lugar bom parac o m e ç a r.Disponível electrónicamente e em cópiao noSouth Centre, Geneva, Switzerland. E-mail:s o u t h @ s o u t h c e n t re . o rg. We b s i t e :h t t p : / / w w w. s o u t h c e n t re . o rg .

visão que comunicam do indivíduocom o mundo físico e sua exploraçãodo relacionamento entre povos eanimais, o físico e o espiritual.

O livro de 154 páginas foi escritopor Damon e Craig Foster comMichael Hutchinson, e o prefácio foiescrito pelo presidente sul africano,Thabo Mbeki. Publicado em 2005por New África Books na cidade doCabo, esta fonte de conhecimentose imagens está nas livrarias oucontacte o [email protected] We b s i t ehttp://www.newafricabooks.co.za �

ESTE PRECIOSO l i v ro toca ummundo de riqueza de pesquisa eexperiência para descrever orelacionamento entre os Africanos eo nosso meio ambiente, incluindo aconservação da terra por aquelesque tiveram uma longa ligação comela durante o tempo. Este apre s e n t aimagens surpreendentes eincomuns de filmes que podemdurar somente segundos ou meiosegundo em tela.

As imagens neste livro sãoexcepcionais não somente pelo seuimpacto visual e beleza, mas pela

PUBLICAÇÕESESTE LIVRO foi publicado em comemoraçãodos 25 anos de cooperação e integração regionaldesde a fundação da Conferência deC o o rdenação do Desenvolvimento da ÁfricaAustral (SADCC), que nutriu confiança e umespírito de solidariedae que deu origema fundação da Comunidade para oDesenvolvimento da África Austral (SADC)estabelecida com o tratado de Windhoek em1992.

O livro mostra o perfil “duma região compotencial”, seu legado histórico e explicaa re e s t ruturação institucional e seufinanciamento. Revê as políticas e as estratégias,includindo o Plano Estratégico Indicativo deDesenvolvimento Regional (RISDP) e o Órgãoda SADC para a Cooperação em Política, Defesae Segurança (SIPO).

Muitas realizações são anotadas,especialmente a assinatura e a ratificação dei n ú m e ros protocolos em áreas tais como ocomércio, finanças e gestão de recursos hídricoscompartilhados, acordos sobre o açúcar, tésteis evestuário entre outros, e estabelecimento doGrupo de Energia da África Austral (SAPP).

O livro apresenta também os actuais desafiosque a região enfrenta, incluindo o HIV e SIDA,os desafios sócio-económicos e de re c u r s o shumanos, desafios políticos, defesa e segurança,bem como a integração regional, reestruturaçãoinstitucional, e harmonização e execução depolíticas.

Em desfecho, o livro revê o caminho emf rente uma vez que a SADC se move ru m o

a níveis mais altos de integração comoum bloco de edifícação da União A f r i c a n a .

O livro está disponível no secre t a r i a d oda SADC [email protected] ouhttp://www.sadc.int �

SADC: Major Achievementsand Challenges –25th Anniversary 1980-2005

Africa: Speaking with Earth and Sky

What UN for the 21st Century? ANew North-South DivideThe South Centre, 2005170pp.Por Debbie Blackburn, Snowy Khoza eGraham TateÁfrica do Sul, Banco de desenvolvimento daÁfrica Austral, 200361ppInternacionalmente, é reconhecido quesociedade incorporada está na alçada de umnovo horizonte no qual o capital intelectualestá rapidamente a tornar-se a nova moeda.Neste contexto, a questão de implementaçãoda forma de gestão do conhecimento parafazer as coisas torna-se de importânciacrucial e permiti-la-á de estar mais pròximadas tendências globais emergentes.Adoptando este trajecto o banco permite a sipróprio a liberdade de aplicar recursosinstitucionais a todos os tipos dedesenvolvimento sócio-económico.Disponível em cópia e formato electrónico nodepartamento do Desenvolvimento daInformação do DBSA, Unidade De Negócio,Caixa Postal 1234, Halfway House, 1685Midrand, África do Sul. [email protected] Website:http://www.dbsa.org

Why Developing Countries NeedTariffs? How WTO NAMANegotiations Could Deny DevelopingCountries’ Right To A FutureSwitzerland, Genebra, South Centre, 2005170pp.Esta é uma coleção de comentários edocumentos de trabalho preparados nocontexto do mais recente esforço para areformar das Nações Unidas. Começa com odocumento intitulado “Multilateralism

22 SADC HOJE Abril 2006

Page 23: Desenvolvimento de infrastruturas, prioridade para a ......A intervenção no apoio infrastructural foi colocada no núcleo da agenda da edificação da comunidade regional e esforços

Abril 2006 SADC HOJE 23

DIÁRIO DE EVENTOS 2006

Abril2-5 África do Sul Conferência Mundial sobre a Prevenção de acidentes e a

Promoção da SegurançaO tema é “Dados para Acção”. O enfoque da 8ªconferência é como a informação sobre acidentes esegurança pode ser traduzida na criação de políticas e depráticas. Os investigadores dos acidentes e segurança,profissionais e decisores participarão na conferência.

25-30 Zimbabwe Festival internacional de Artes de HarareUma celebração multi-cultural de artes, englobando oteatro, as artes visuais, a dança e a música atrairáparticipantes de toda a África Austral e de outras partesdo mundo.

26-27 Namíbia Conferência consultiva da SADCDesde a última conferência consultiva em 2002, a SADCdesenvolveu uma Plano Indicativo Estratégico deDesenvolvimento Regional de 15 anos (RISDP) quefornece direcções estratégicas para os programas daSADC. A conferência consultiva de 2006 visa fazermarketing do RISDP e do Plano Indicativo Estratégico doÓrgão sobre Cooperação em Política, Defesa e Segurança(SIPO). O foco estará na mobilização dos recursos para aexecução dos planos e da adopção da Declaração deWindhoek sobre uma nova parceria SADC/PCI. Osparceiros de cooperação internacionais, os representantesda sociedade civil, o sector privado e os governosassistirão à conferência sob o tema: “Parceria para aImplementação do RISDP e do SIPO”.

27-30 Angola Feira Internacional de MinasUma feira internacional de minas organizada peloMinistério da Geologia e Minas, Companhia diamantíferade Angola e a Expo Angola, para mostrar a indústria demineração do país, estabelecer novas parcerias e fontesde financiamento para o sector.

Maio24-26 Etiópia Conferência internacional sobre TICs para o desenvo l v i m e n t o

A conferência é um evento de edificação de capacidapara os stakeholders acoplados no planeamento e naexecução da aprendizagem baseada na tecnologia eformação em África. Apoiado pela Comissão das NaçõesUnidas para África, a conferência será acompanhada poruma exibição.

31 -2 JunhoÁfrica do Sul Cimeira Económica Áfricana

Organizada pelo fórum económico mundial, a cimeirajunta o sector privado, a sociedade civil e os líderespolíticos para discutir o comércio e as oportunidades deinvestimento em África.

Junho17-20 Feira do livro da cidade do cabo, África do Sul

Em parceria com a feira do livro de Frankfurt, aAssociação dos publicadores da África do sul realizarão aprimeira feira internacional do livro no país. A serrealizada na cidade do cabo no centro de convençãointernacional da cidade do cabo, a feira mostrarápublicadores internacionais e locais líderes, e espera-seatrair milhares de visitantes.

21- 23 Adjudicação regional dos prémios dos meios decomunicação da SADCUm sub-commité da SADC adjudicará as entradas para asconcessões de prémios de 2006. Este ano as concessõesdos prémios focalizarão no HIV e SIDA para incentivar adisseminação da informação sobre a pandemia.

A CO M U N I D A D E PA R A O DE S E N V O LV I M E N T O

D A ÁF R I C A AU S T R A L HO J ESADC Hoje, Vol 9 No 1 Abril 2006

SADC HOJE é produzido como uma fonte de referência das actividades e oportunidades naComunidade de Desnvolvimento da África Austral e um guia para os decisores a todos os níveis dedesenvolvimento nacional e regional. Os artigos podem ser reproduzidos livremente nos midia e outraspublicações, citando a fonte.

EDITORMunetsi Madakufamba

COMITÉ EDITORIALBayano Valy, Eunice Kadiki, Mukundi Mutasa,

Chenai Mufanawejingo, Patson Phiri, Joseph Ngwawi,Chipo Muvezwa, Alfred Gumbwa, Maidei Musimwa,

Pamela Mhlanga, Phyllis Johnson

ASSESSORA EDITORIALLeefa Penehupifo

Chefe da Unidade das Corporações de Comunicação da SADC

TRADUTORFigueirdo Araú j o

SADC HOJE é publicada seis vezes ao ano pelo Centro de Documentação e Pesquisa para África Au s t ra l(SARDC), para o secretariado da SADC em Gaborone, Botswana, como uma fonte de conhecimentos fiáve lsobre a Comunidade de Desenvolvimento da África Au s t ral. O conteúdo considera os Objectivos deD e s e nvolvimento do Milénio (MDGs) e a Nova Pa rceria para o Desenvolvimento da África, como essenciaisao desenvolvimento da região.

© SADC, SARDC, 2006

SADC HOJE recebe de bom grado contribuições individuais e de organizações na região da SADC sob aforma de artigos, foto, notícias e comentários, bem como artigos relevantes de fora da região. É pago ummontante padrão pelos artigos, fotos e ilustrações usados na publicação. O editor reserva-se ao direito deseleccionar ou rejeitar artigos, e a editar segundo o espaço disponível.Os conteúdos não reflectemnecessariamente as posições e opiniões oficiais da SADC ou SARDC.

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SADC HOJE é publicada em Iglês e Português bem como disponível em formato electrónico em Fra n c ê s ,Inglês e Português nos websites www.sadc.int www.sardc.net.

COMPOSIÇÃO E MAQUETIZAÇÃOTonely Ngwenya

Arnoldina Chironda

FOTOS & ILUSTRAÇÕESp1, Escritórios do governo da província de Malange em Angola; 4, Secretariado da SADC;

5, 11, 14 (três), Copyright South African Tourism; 6, SARDC; 12, (um) UNDP; 12 (dois),13, (dois)CDFF;7, (topo 2) Eskom, (em baixo) NamPower; 8, DWAF África do Sul; 9, Juakali Kambale;12, (três) DEAT; 12 (quatro), 13 (um, quatro), 14 (quatro), 24, APG; 13, (três) NamPort;

14,18 Illustrative Options;15, DBSA; 21, MalGo Media Services, Ltd.

ORIGEM & IMPRESSÃODS Print Media, Johannesburg

A correspondência deve ser endereçada à:O Editor, SADC TODAY

SARDC, 15 Downie Avenue, Belgravia, Harare, ZimbabweTel 263 4 791141 Fax 263 4 791271

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ou SADC HOJESARDC, Rua D. Afonso Henriques, 141, Maputo, Moçambique

Tel 258 1 490831 Fax 258 1 [email protected]

Website do p r o j e c t o I n f o r m a ç ã o 21www.sadc.int www.sardc.net; www.ips.org; www.saba.co.za

SADC Hoje é apoiada pelo governo belga, sob o projecto Informação 21 da SADC, cujo objectivo é reforçara integração através da Informação e partilha de conhecimento, baseada nas relações e afinidades históricas,sociais e culturais e ligações entre os povos da região, e na promoção da agenda da SADC para o século 21.

A g radecimentos ao Banco de Desenvolvimento da África Au s t ral pelo apoio generoso a esta edição especialda SADC Hoje

A g radecimentos às seguintes Linhas Aéres por ajudarem na distribuioção da SADC Hoje: Air Botswana, A i rM a l awi, Linhas Aéreas de Moçambique, Air Namíbia, South African Air ways, TA AG Linhas Aéreas deAngola, Zambian Air ways and Air Zimbabwe.

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Não nos esqueçamos...A longa estrada à liberdade da África do Sul

A ESTRADA para a liberdade na África do Sul foi perturbada peladiscriminação racial institucionalizada, a brutalidade e as incursõestransfronteiriças alvejando os movimentos de libertação e seusapoiantes.

Através duma série de leis repressivas, os regimes sul africanossucessivos fortificaram o sistema da supremacia branca e privaramde direitos milhões d negros, indianos e povos de raça mistiça.

A a p rovação das leis do apartheid em 1948 institucionalizou adiscriminação racial. As leis da raça tocaram todos aspectos davida social, incluindo a proibição da união entre brancos e povosque não fossem brancos, e introdução “de trabalhos somente parab roncos”.

As autoridades Bantu de 1951 foram usadas para criar governosétnicos nas reservas africanas, conhecidas como “terras da casa”. As“terras da cassa” eram os Estados “independentes” a que todos osnão-brancos foram atribuídos de acordo com o registo da origem,mesmo que muitos deles não vivessem realmente nestas áreas.

Todos os direitos políticos, incluindo o voto, dados aos não-brancos foram restringidos as designadas “terras da casa”. A idéiaera de que seriam cidadãos da “terra da casa”, perdendo a suacidadania na África do Sul.

As terras da casa desnacionalizaram milhões de sul africanos quese transformaram em estrangeiros no seu próprio país depois daintrodução de uma exigência de posse de passaportes para entrar naÁfrica do Sul.

O acto do registo da população de 1950 requereu que todos os sulafricanos estivessem classificados racialmente em uma das trêscategorias: branco, preto (africano) ou mistiço, com o últimoincluindo subgrupos principais dos indianos e dos asiáticos.

Todos os pretos foram requeridos carregar documentos depassagem (passe) contendo impressões digitais, foto e informaçãoque determinavam onde poderiam viver e trabalhar.

A resistência ao sistema do apartheid conduziu eventualmente àlei da maioria em 1994. A resistência veio dos movimentos dosp retos, indianos e mistiços, partidos políticos e outros países,organizações e indivíduos.

Conduzida pelo Congresso Nacional Africano (ANC) daÁfrica sul e pelo Congresso Indiano Sul Africano, os sul africanoslançaram uma campanha de luta em 1952 em que abandonaramtácticas de moderação tais como petições a favor do pro t e s t om i l i t a r. Isto incluiu acções maciças, boicotes, protestos e adisobediencia civil.

Em Março de 1960, aproximadamente 300 sul africanos pretos emSharpeville recusaram carregar seus passes, tendo resultado numestado de emergência. A emergência durou 156 dias, deixando 69pessoas mortas e 187 feridos.

O Massacre Sharpeville, como o evento tornou-se conhecido,sinalizou o início da resistência armada na África do Sul, e apelou acondenação mundial das políticas do apartheid da África do Sul.

Todos os vizinhos da África do Sul até à República Unida daTanzânia - independentes a mais tempo mas alvos da campanha dedesistabilização do regime do apartheid - apoiaram logistica emoralmente refugiados e guerrilheiros sul africanos da liberdade.

“A NOSSA conquista da independência nos impõe uma pesadaresponsabilidade, de defender não somente a nossa liberdade ganha de formadura, mas ajustar também para nós, padrões elevados da igualdade, justiça eoportunidades para todos, independentimente da raça, a crença ou cor.” - SamNujoma, primeiro presidente da Namíbia, no pós independência no seudiscurso de tomada de posse a 21 de Março de 1990, data da independência.

Responsabilidades da independência

Mwalimu Julius Kambarage Nyerere junta os solos de Tanganyika e Zanzibar numa cerimóniapara marcar a união como a República Unida da Tanzânia a 26 de April de 1964.

Feriados Públicos na SADC -Junho 2006

4 de Abril Dia Nacional da Paz e Reconciliação Angola7 de Abril Dia da Mulher Moçambicana Moçambique7 de Abril Dia do Sheik Abed Amani Karume Tanzânia14 de Abril Sexta-Feira Santa Todos excepto Maurícias,RDC, Moçambique,

Madagáscar15 de Abril Feriado Público Botswana15 de Abril Sábado Santo Zâmbia15 de Abril Sábado da Páscoa Zimbabwe16 de Abril Dia da Páscoa Namíbia17 de Abril Segunda da Páscoa Todos excepto Maurícias, DRC, Moçambique17 de Abril Dia da Família África do Sul18 de Abril Dia da Independência Zimbabwe19 de Abril Aniversário do Rei Swazilândia21 de Abril* Dia de Maulid Tanzânia25 de Abril Dia da Bandeira Nacional Suazilândia26 de Abril Celebração da União Tanzânia27 de Abril Dia da Liberdade África do Sul1 de Maio Dia do Trabalho Botswana, DRC, Madagáscar, Malawi, Maurícias,

Swazilândia, Zãmbia1 de Maio Dia dos Trabalhadores Angola, Lesotho, África do Sul,Tanzânia,

Zimbabwe, Namíbia4 de Maio Dia de Cassinga Namíbia25 de Maio Dia da ascensão Botswana, Lesotho, Madagáscar, Namíbia,

Swazilândia25 de Maio Dia da Liberdade de África Angola, Zâmbia25 de Maio Dia dos Heróis de Africanos Lesotho25 de Maio Dia de África Namíbia, Zimbabwe1 de Junho Dia International das Crianças Angola5 de Junho Segunda Feira Whit Madagáscar14 de Junho Dia da Liberdade Malawi16 de Junho Dia da Juventude África do Sul25 de Junho Dia da Independência Moçambique26 de Junho Dia da Independência Madagáscar30 de Junho Dia da Independência RDC

* Depende da visibilidade da lua

Um futuro compartilhado dentro de uma comunidade