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UNIVERDIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR VII – SÃO JOSÉ CURSO DE AUTOMOÇÃO DE ESCRITÓRIOS E SECRETARIADO RELATÓRIO DE ESTÁGIO DESENVOLVIMENTO DE UM PROTÓTIPO PARA GERENCIAMENTO DE PROTOCOLO DA EMPRESA HADLICH & ADVOGADOS ASSOCIADOS S/S Área de Concentração: Tecnologia da Informação GISELLE PAGANELLA LOPES São José, outubro de 2005

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UNIVERDIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

CENTRO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR VII – SÃO JOSÉ

CURSO DE AUTOMOÇÃO DE ESCRITÓRIOS E SECRETARIADO

RELATÓRIO DE ESTÁGIO

DESENVOLVIMENTO DE UM PROTÓTIPO PARA

GERENCIAMENTO DE PROTOCOLO DA EMPRESA HADLICH &

ADVOGADOS ASSOCIADOS S/S

Área de Concentração: Tecnologia da Informação

GISELLE PAGANELLA LOPES

São José, outubro de 2005

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GISELLE PAGANELLA LOPES

DESENVOLVIMENTO DE UM PROTÓTIPO PARA GERENCIAMENTO

DE PROTOCOLO DA EMPRESA HADLICH & ADVOGADOS

ASSOCIADOS S/S

Relatório de estágio apresentado, à banca examinadora de Estagio Supervisionado do Curso de Automação de Escritórios e Secretariado da Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Educação São José, como requisito parcial para obtenção do título de bacharel em Automação de Escritórios e Secretariado.

Orientador: Prof. Marcus Antônio Álvares Silva

São José

2005

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GISELLE PAGANELLA LOPES

DESENVOLVIMENTO DE UM PROTÓTIPO PARA GERENCIAMENTO

DE PROTOCOLO DA EMPRESA HADLICH & ADVOGADOS

ASSOCIADOS S/S

Esta Monografia foi julgada adequada para a obtenção do título de Bacharel e aprovada pelo

Curso de Automação de Escritórios e Secretariado da Universidade do Vale do Itajaí, Centro

de Educação de São José (SC).

Área de Concentração: Setor de Protocolo

São José, 10 de outubro de 2005.

Prof. Marcus Antônio Álvares Silva UNIVALI – CE de São José

Profª. Marlise Dias UNIVALI – CE de São José

Membro

Profª. Viviane Farre UNIVALI – CE de São José

Membro

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DEDICATÓRIA

Dedico esse trabalho ao meu esposo Luciano,

aos meus estimados pais e irmãos e aos meus

queridos avós, Osvaldino e Terezinha.

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeço a Deus, pela benção, iluminação, força que me foi dada para

conseguir concluir mais essa etapa em minha vida.

Ao meu estimado esposo Luciano, que com todo seu amor, carinho, dedicação, calma

e seu aconchego, me ajudou nas horas de angústias e inseguranças surgidas durante a

realização desse trabalho.

Aos meus adoráveis pais, Sônia e Alberto, que me ensinaram que a persistência é a

melhor forma de vencer na vida, pois esta, está só começando, os quais sempre me orientaram

ressaltando “não pare de estudar, você consegue”.

Aos meus queridos irmãos, Soraya e Marcelo e ainda a minha cunhada Andréa que

acreditaram na minha capacidade, dando muito carinho.

Também agradeço aos meus sogros, João Álvaro e Miracy que mesmo à distância

apoiaram-me com palavras amigas e encorajadoras.

E principalmente aos meus adoráveis avós que me deram o apoio necessário para que

se possibilita a vivência deste aprendizado.

Ao meu orientador, Professor Marcus Antônio Álvares Silva que se fez presente diante

das adversidades surgidas no desenvolver desde estudo.

Agradeço enfim, a todos os meus amigos, professores e familiares que contribuíram no

meu aprendizado, podendo assim, concretizar esse projeto com sede de vitória e podendo

dizer uma só palavra “OBRIGADA”.

“Deus é força, coragem e poder. Eu sou força, coragem e poder”.

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RESUMO

Através desse trabalho, observou-se a importância no uso da tecnologia da informação que vem se transformando numa ferramenta de gestão em todas as empresas, seja elas de porte grande, médio ou pequeno. Existem empresas que não adotam meios tecnológicos, em alguns setores, como o setor de protocolo da empresa Hadlich & Advogados Associados S/S que utiliza meios manuais, acarretando assim, a demora na recuperação das informações, acúmulo de papeis e conseqüentemente, prejudicando consultas futuras porque seus registros são guardados em caixas de arquivo morto. Visando minimizar o problema, resolveu-se desenvolver um Protótipo do Sistema de Informação computadorizado que gerencie as informações registradas no setor de protocolo da empresa. Para isso, utilizou-se como meio de coleta de dados a observação participativa, pelo fato do observador ser o pesquisador e estar participando do grupo de funcionários da empresa Hadlich & Advogados e principalmente porque é responsável pelo setor de protocolo. Através dessa observação foi constatada a importância em desenvolver este trabalho para gerenciar e organizar essas informações que são registradas freqüentemente pelo setor de protocolo. Para armazenar essas informações foi utilizado um software de Gerenciamento de Banco de Dados – SGBD, sendo que esta abordagem do gerenciamento de banco de dados consolida registros e objetos de dados em banco de dados que podem ser acessados por diferentes programas aplicativos. O aplicativo utilizado para demonstrar esses registros é o Access, que proporciona uma visão clara e objetiva de como vai funcionar o sistema de armazenamento de dados.

Palavra Chave: Informação, Sistema, Banco de Dados.

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ABSTRACT

Trough this work we notice the value odd using technology of information as an important tool of management in all companies of large, medium or small importance. Some companies do not apply any mean of technology, and in some sections, like the protocol, Hadlich Avocados manual ways are used. This situation certainly causes delay in recovering information then lots of papers are accumulated, as a consequence this can spoil future search of information since the records are retained in a dead file. To solve this problem it was decided to develop a prototype of a computerized information system to manage the information registered in the protocol of the company. For this to happen, a participative observation was made to collect basis for being part of the staff of Hadlich Avocados and being the observer and the researcher and specially responsible for the protocol department. Through this observation we could see the importance in developing this section manage and organize information registered in the section frequently. To keep this information we used software called managing data base-SGBD, and this software can manage in a way that the data base can be Access by different adaptable program. The adaptable program is the Access, which promotes a clear view of how the system will work. The necessity of standardizing this routine was very clear and we note that it is happening by the lack of information on how to proceed and the different activities or situations.

Word-key: Information – System – Database.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1: Os Componentes de um Sistema...............................................................................14

Figura 2 – Os três níveis de abstração de dados .......................................................................33

Figura 3 – Modelos de dados....................................................................................................33

Figura 4 – Representação de Entidade .....................................................................................34

Figura 5 – Representação de Relacionamento..........................................................................35

Figura 6 – Representação Gráfica de Atributos .......................................................................35

Figura 7 – Diagrama de ER (DER) ..........................................................................................36

Figura 8 – Diagrama de Entidade e Relacionamento 1: N .......................................................36

Figura 9: Diagrama de Entidade e Relacionamento 1:1 ...........................................................36

Figura 10: Diagrama de Entidade e Relacionamento N:N .......................................................37

Figura 11 – Representação Gráfica de Relacionamento Ternário............................................37

Figura 12 – Banco de Dados Relacional ..................................................................................39

Figura 13 – Banco de Dados em Rede. ....................................................................................40

Figura 14 – Banco de Dados Hierárquico. ...............................................................................40

Figura 15: Organograma da Hadlich & Advogados Ass. S/S ..................................................51

Figura 16: Tabela Cliente .........................................................................................................57

Figura 17: Tabela de Correspondências ...................................................................................58

Figura 18: Tabela de Origem....................................................................................................59

Figura 19: Tabela Tipos............................................................................................................59

Figura 20: Relacionamento entre Tabelas ................................................................................60

Figura 21: Tela Inicial do Protótipo. ........................................................................................62

Figura 22: Tela de Cadastro de Cliente. ...................................................................................62

Figura 23: Tela de Controle de Correspondência.....................................................................63

Figura 24: Classificação da Consulta de Correspondências.....................................................64

Figura 25: Consulta de Correspondências ................................................................................64

Figura 26: Estrutura do Relatório de Correspondências...........................................................65

Figura 27: Tela do Relatório de Correspondências ..................................................................66

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LISTA DE QUADRO

QUADRO 1: COMPARAÇÃO ENTRE OS DIVERSOS TIPOS DE SISTEMAS. ...............19

QUADRO 2: DESCRIÇÃO DOS EQUIPAMENTOS DE HARDWARE UTILIZADOS

PELA EMPRESA.....................................................................................................................52

QUADRO 3: DESCRIÇÃO DOS SOFTWARES UTILIZADOS PELA EMPRESA. ...........52

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SUMÁRIO

DEDICATÓRIA IV AGRADECIMENTOS V RESUMO VI ABSTRACT VII LISTA DE ILUSTRAÇÕES VIII LISTA DE QUADRO IX

1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................10

1.1 Apresentação do Tema e do Problema .............................................................10

1.2 Objetivos..............................................................................................................11

1.2.1 Objetivo Geral ..............................................................................................11

1.2.2 Objetivos Específicos ...................................................................................11

1.3 Justificativa .........................................................................................................12

2 FUNDAMENTOS TEÓRICOS.........................................................................13

2.1 Sistemas ...............................................................................................................13

2.2 Sistema de Informação.......................................................................................16

2.2.1 Ciclo de Vida de um Sistema de Informação ...............................................20

2.3 Banco de Dados...................................................................................................25

2.3.1 Organizando as Informações ........................................................................30

2.3.2 Abstração de Dados ......................................................................................32

2.3.3 Modelos de Dados ........................................................................................33

2.3.4 Administrador de Banco de Dados...............................................................41

2.3.5 Usuários de Banco de Dados ........................................................................43

3 ASPECTOS METODOLÓGICOS ...................................................................45

3.1 Caracterização da Pesquisa................................................................................45

3.2 População e Amostra.........................................................................................46

3.3 Coleta de Dados.................................................................................................47

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3.4 Análise dos Dados.............................................................................................48

4 IMPLEMENTAÇÃO .........................................................................................50

4.1 Caracterização da Empresa................................................................................50

4.2 Sistema de Informação Atual............................................................................53

4.3 As Funcionalidades do Sistema.........................................................................54

4.4 Desenvolvimento do Protótipo..........................................................................56

4.4.1 Apresentação do Protótipo............................................................................61

4.5 Apresentação do Protótipo à Empresa .............................................................67

5 CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES ..........................................................69

6 REFERÊNCIAS .................................................................................................70

7 ASSINATURAS..................................................................................................72

APÊNDICE 01 – QUESTIONÁRIO PARA AVALIAÇÃO DE SOFTWARE.....73

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1 INTRODUÇÃO

1.1 Apresentação do Tema e do Problema

Atualmente, as organizações procuram se manter competitivas e com o avanço das

tecnologias as empresas acabam necessitando aplicá-las em seus processos. Segundo Sleight,

(2000, p. 6), a tecnologia da informação “refere-se a qualquer tecnologia controlada por um

processador (ou chip de computador)”. Sendo assim, o bom uso desta tecnologia é um dos

maiores desafios enfrentados pelas empresas.

Muitas delas precisam se reestruturar para poder acompanhar a evolução surgida

através da tecnologia da informação, embora McGee e Prusak (1994) afirmem que é difícil

esclarecer a confusão que se criou quanto à relação entre tecnologia da informação,

competição e produtividade. Os investimentos em tecnologia de informação não criam mais

vantagens ou produtividade por si próprios do que os investimentos em novo maquinário. Não

é a tecnologia, mas sim o seu uso, que cria valor adicional.

Baseado nisso, pode-se afirmar que o valor atribuído à tecnologia da informação

dentro de uma organização depende exclusivamente da informação e do papel desempenhado

por ela. A informação é capaz de criar valor significativo para as organizações, possibilitando

a criação de novos produtos e serviços, e ainda aperfeiçoando a qualidade do processo

decisório em toda a organização.

Sendo assim, a informação e o conhecimento passam a ser os principais recursos para

as organizações, permitindo-lhes gerar as condições necessárias para alcançar seus objetivos e

cumprir a missão desejada.

Torres (1995), afirma que a tecnologia passa a ser vista como ferramenta fundamental

para a alavancagem dos negócios, e sua utilização torna-se um dos maiores fatores

responsáveis pelo sucesso das organizações, seja em nível de sobrevivência, seja na obtenção

de maior competitividade.

As tecnologias, juntamente com a informação e o conhecimento, são fundamentais

para o crescimento das empresas.

Diante disso, observar-se-á a empresa de Advocacia Hadlich & Advogados

Associados S/S, que atua nas áreas de Direito Comercial, Tributário, Trabalhistas, Civis,

Administrativos e Direito Previdenciário, disponibilizando aos seus clientes o

acompanhamento e assessoria jurídica integral e preventiva.

A empresa está buscando atender cada vez melhor o cliente, proporcionando-lhe uma

prestação de serviços personalizada e de alto nível. Os serviços prestados aos seus clientes

precisam de uma atualização sistematizada no setor de protocolo, o qual é realizado de

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maneira manual com utilização de cadernos de protocolo, que dificultam o registro de entrada

e saída de documentos.

Como esta atividade é realizada de forma manual, é possível constatar alguns

problemas que ocorrem no setor de protocolo, como: o processo para registro é manuscrito;

retrabalho no preenchimento dos dados de documentos já enviados; demora no preenchimento

e na localização da informação; registro temporal de documento precário uma vez que o

escritório de advocacia necessita acompanhar a entrega e o recebimento de documentos

antigos.

Com isso, verificou-se a necessidade de implantar o uso da tecnologia de sistema de

informação no Setor de Protocolo da empresa Hadlich & Advogados Associados S/S, tendo

como objetivo, auxiliar o processo de protocolo de entrada e saída de documentos,

possibilitando mais agilidade e confiabilidade na prestação de seus serviços.

1.2 Objetivos

1.2.1 Objetivo Geral

Desenvolver um protótipo para controlar os processos de entrada e saída de

documentos no Setor de Protocolo da empresa Hadlich & Advogados Associados S/S.

1.2.2 Objetivos Específicos

• Apresentar o sistema de informação atual do Setor de Protocolo da empresa

Hadlich & Advogados Associados S/S;

• Descrever as Funcionalidades do novo Sistema para o Setor de Protocolo;

• Verificar a percepção dos Advogados quanto ao protótipo desenvolvido para o

Setor de Protocolo;

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1.3 Justificativa

Com o avanço tecnológico as empresas traçaram um cenário de intensa

competitividade, tornando-se imprescindível à estruturação dos seus processos e, como em

qualquer instituição organizada, a empresa Hadlich & Advogados Associados S/S visa o

sucesso e um alto índice de satisfação do cliente.

A agilidade nos processos e a confiabilidade das informações são fundamentais nas

organizações, e isso se torna possível quando a automação é utilizada de forma a melhorar e

agilizar o trabalho dos funcionários. O desempenho dos processos pode se tornar lento e de

valor elevado se executados com o excesso de papel.

Assim, ao desenvolver um protótipo de um sistema de informação a empresa obterá

vantagens significativas, tais como: agilidade no cadastramento dos documentos recebidos e

enviados, redução do tempo ao receber documentos, registro confiável, possibilidade de

consultas e relatórios mais precisos em menor tempo, redução de erro nas informações

registradas no computador, além de obter um diferencial competitivo.

Este sistema possibilitará ao escritório, uma grande economia em razão da necessidade

de gastos com papéis, tornando assim, o fluxo de trabalho mais produtivo.

Por derradeiro, ao desenvolver esse trabalho, foi possível constatar a importância de

ter cursado a faculdade de Automação de Escritório e Secretariado Executivo, adquirindo

conhecimento na área de Tecnologia, dando assim possibilidade para a estagiária desenvolver

este trabalho com serenidade.

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2 FUNDAMENTOS TEÓRICOS

2.1 Sistemas

Para melhor esclarecer este tópico apresentar-se-á a princípio, algumas considerações

e conceitos sobre informação e sistemas, para posteriormente abordar sistema de informação,

procurando com isso, facilitar o entendimento àqueles que irão ler o trabalho.

Na opinião de Stair (1998, p. 4), dados “são os fatos em sua forma primária (...) há

vários tipos de dados que podem ser usados para representar estes fatos. Quando estes fatos

são organizados ou arranjados de uma maneira significativa, eles se tornam uma informação”.

Assim, baseado no que diz o mesmo autor, informação “é um conjunto de fatos organizados

de tal forma que adquirem valor adicional além do valor do fato em si”.

Sobre este mesmo assunto McGee e Prusak (1994, p. 23-24)

são mais claros ao afirmar que informação não se limita a dados coletados; na verdade informações são dados coletados, organizados, ordenados, aos quais são atribuídos significados e contesto. Informação deve informar, enquanto os dados absolutamente não têm essa missão. A informação deve ter limites, enquanto os dados podem ser ilimitados. Para que os dados se tornem úteis como informação a uma pessoa encarregada do processo decisório é preciso que sejam apresentados de tal forma que essa pessoa possa relacioná-los e atuar sobre eles.

Toda informação é a base ou resultado de uma ação deliberada, tendo à frente os

agentes de decisão dentro do ambiente organizacional, sejam estes diretores, gerentes, chefes

intermediários ou titulares de pequenas empresas. A informação pode tratar tanto das

atividades operacionais, englobando as atividades básicas ou rotineiras da organização, como

da base estratégica envolvendo decisões em altas esferas.(YOURDON, 1990).

Assim, a informação faria parte do ativo de uma empresa, ou seja, precisaria ser

administrada da mesma forma que os outros tipos de ativo representados pelos seres humanos,

capital, propriedades, bens materiais e outros, visto a importância que a mesma possui.

Sendo a informação um dos recursos mais importantes e valiosos, cabe ao

administrador determinar claramente o papel que esta vai desempenhar no projeto e execução

da estratégia competitiva, caso contrário, corre o risco de ficar numa posição de desvantagem

perante seus concorrentes mais capacitados.

Para que esta situação não aconteça, tem-se a necessidade de utilizar um sistema de

informação eficaz, pois, por meio dele, a organização atingirá sua metas, aperfeiçoando os

processos empresariais e adicionando valor a seus produtos. Sendo assim, Rezendes (2001, p.

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4), conceitua sistema como sendo “o conjunto de partes que integram entre si, integrando-se

para atingir um objetivo ou resultado”.

Já para Davis (1987, p. 04), o sistema “em processamento de dados é conjunto de

pessoas, máquinas e métodos organizados de modo a cumprir um certo número de funções

específicas”.

De acordo com Stair (1998) os sistemas possuem alguns componentes básicos, ou

seja:

Objetivo – refere-se tanto aos objetivos dos usuários do sistema, quanto aos objetivos

do próprio sistema. É a finalidade para qual o sistema foi desenvolvido;

Entrada – envolve a captação ou coleta de dados que entram no sistema para serem

processados;

Processo de transformação – é a função que possibilita a transformação da entrada

em resultado (saída).

Saídas – correspondem aos resultados do processo de transformação. As saídas devem

ser coerentes com os objetivos e tendo em vista o processo de controle e avaliação, elas

devem ser quantificáveis;

Controle e avaliações – verificam, principalmente, se as saídas estão coerentes com

os objetivos estabelecidos para o sistema. Para realizar o controle e avaliação, é necessária

uma medida de desempenho do sistema;

Feedback – pode ser considerado como a reintrodução de uma saída sob forma de

informação ao sistema, podendo ser monitorada e controlada para assegurar que este continua

a atingir seus objetivos;

Na figura 1, representa os componentes de um sistema:

FIGURA 1: Os Componentes de um Sistema

Fonte: OLIVEIRA (1994)

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Diversas são as classificações dadas aos sistemas. “Eles podem ser simples ou

complexos, abertos ou fechados, estáveis ou dinâmicos, adaptáveis ou não-adaptáveis,

permanentes ou temporários” (STAIR, 1998, p. 8). A seguir descreve-se esta classificação,

segundo o mesmo autor:

Sistema Simples – é aquele que possui poucos elementos e a relação ou interação

entre eles é descomplicada ou direta.

Sistema Complexo – é aquele que tem muitos elementos com relacionamentos

complexos, sendo que a idéia de subsistemas é tornar sistemas complexos em sistemas

simples.

Sistema Aberto – um sistema aberto interage com o seu meio ambiente, ou seja,

recebe entrada de fora e fornece saída ao ambiente do sistema.

Sistema Fechado – é o oposto de um aberto, ou seja, não existe qualquer interação ou

troca com o meio ambiente externo ao sistema. Na realidade é difícil afirmar que existe um

sistema fechado. Este conceito serve, principalmente, para classificar os sistemas quanto ao

seu grau de abertura.

Sistema Estável – é aquele em que as mudanças no ambiente resultam em pouca ou

nenhuma mudança no sistema.

Sistema Dinâmico – é aquele que sofre mudanças rápidas e constantes devido às

mudanças no seu ambiente.

Sistema Adaptável – é aquele que responde às variáveis do ambiente, ou seja, ela

monitora o ambiente e recebe modificações em resposta a mudanças no ambiente.

Sistema Não-Adaptável – é aquele que não muda com as variações do ambiente.

Sistema Permanente – é aquele que existe por um longo período de tempo,

geralmente, 10 anos ou mais.

Sistema Temporário – é aquele que não tem uma longa existência, sendo que em

alguns casos os sistemas são feitos para serem temporários.

Um administrador saber escolher qual o tipo de sistema a ser utilizado, para isso é

indispensável analisar o porte da empresa e sua atividade, devendo estar preparado para

efetuar mudanças rápidas para adaptar-se ao mercado de trabalho e às necessidades dos

clientes.

Alguns sistemas possuem variáveis e parâmetros, sendo que algumas partes destes

sistemas estão sob controle gerencial direto, outros não. Uma variável de sistema é a

quantidade ou item que pode ser controlado pelo tomador de decisão. Como exemplo tem-se a

quantidade de estoque. Um parâmetro é um valor ou quantidade que não pode ser controlada,

é o preço da matéria-prima.

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Velloso (1997) acrescenta, além dos parâmetros e variáveis, os propósitos ou

finalidades que devem ser alcançados por um sistema. São eles:

Simplicidade – o sistema é mais eficaz e eficiente à medida que alcança os objetivos

propostos da maneira mais simples possível;

Economicidade – o sistema é mais eficaz e eficiente à medida que alcança os objetivos

propostos da maneira mais econômica possível;

Produtividade – o sistema é mais eficaz e eficiente à medida que apresenta acréscimo

de produtividade durante a sua execução;

Aceitabilidade – o sistema é mais eficaz e eficiente à medida que é aceito pela

totalidade dos membros que deles fazem parte, pois, desta forma, cria condições mais

favoráveis de trabalho;

Racionalidade – o sistema é mais eficaz e eficiente à medida que todos os meios

utilizados são coerentes e indispensáveis ao alcance dos objetivos propostos.

Para uma melhor compreensão, se o objetivo principal de uma empresa é o lucro, o

sistema que mais imediatamente contribui para o alcance deste objetivo, terá prioridade no

processo de planejamento da empresa.

Uma vez compreendido os conceitos de informação e sistemas e as principais chances

envolvidas, cabe ressaltar, o relacionamento de ambos. Quando coligados, os conceitos de

sistema e informação assumem outra amplitude, principalmente ao considerar a utilização dos

sistemas de informação em uma organização.

2.2 Sistema de Informação

As organizações vêm recorrendo cada vez mais freqüentemente, atingindo níveis de

produtividade antes impensáveis. Os sistemas de informação assumem um papel central,

criando, memorizando, tratando e transmitindo informação em tempo oportuno, de modo a

minimizar o erro na tomada de decisão.

Stair (1998, p. 11) define sistema de informação como sendo “um tipo especializado

de sistema e pode ser definido de inúmeros modos. (...) um sistema de informação (SI) é uma

série de elementos ou componentes inter-relacionados que coletam (entrada), manipulam e

armazenam (processo), disseminam (saída) os dados e informações e fornecem um

mecanismo de feedback”.

Do ponto de vista de Laudon (1999) entrada é a captação e reunião de elementos que

entram no sistema para serem processados; processamento é a transformação (cálculo,

organização) que convertem insumos (entrada) em produto/serviço; saída abrange a produção

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de informações úteis, quase sempre na forma de relatórios, documentos; e feedback dados

sobre desempenho: por exemplo, sobre o desempenho de vendas.

Já na opinião de Freitas e Lesca (2001, p. 10)

um sistema de informações é o conjunto interdependente de pessoas, das estruturas da organização, das técnicas de informação (hardware e software), dos procedimentos e métodos, que deveria permitir à empresa dispor, ao tempo desejado, das informações que necessita (ou necessitará) para seu funcionamento atual e para sua evolução.

Neste sentido, o uso adequado de um sistema de informação envolve a identificação

de áreas decisivas para o sucesso, empenho para melhorar a produtividade, ênfase ao

aperfeiçoamento contínuo e desenvolvimento de sistemas de informação que possam oferecer

vantagens competitivas. A tomada de decisões dar-se-á com a correta coleta dos dados,

fazendo com que a empresa desenvolva diversos trabalhos que melhorem a atuação no

gerenciamento das informações, a fim de superar as expectativas e atingir seus objetivos.

Inicialmente, sistemas de informação eram manuais. Entretanto, com o aparecimento

do computador as mudanças tornaram-se rápidas, fazendo com que grande parte das empresas

hoje não utilizem mais o processo manual, embora Stair (1998, p. 12) afirme que “alguns

analistas de investimentos fazem manualmente gráficos e linhas de tendências para auxiliá-los

nas decisões de investimentos. (...) alguns investidores fizeram milhões de dólares usando

sistemas de informação manuais de análise de dados”.

A grande maioria dos sistemas de informação começa de forma manual, para

desenvolver o processo e depois ser informatizado. Mas se o sistema de origem apresentar

defeito, a sua informatização, somente, irá aumentar a chance de falhas.

Baseado no que diz Laudon (1999) um SIBC (Sistema de Informação Baseado em

Computador) usa a tecnologia de computação para executar parte das funções de

processamento de um sistema de informação e também algumas das funções de entrada e

saída. Contudo, seria um erro descrever um sistema de informação apenas em termos de

computadores.

um sistema de informação é uma parte integrante de uma organização e é um produto de três componentes: tecnologia, organizações e pessoas. Não se pode entender ou usar sistema de informação em empresas de forma eficiente sem o conhecimento de suas dimensões em termos de organização e de pessoas, assim como de suas dimensões técnicas. (LAUDON, 1999, p. 5).

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Cabe esclarecer a finalidade de cada um destes componentes. Baseado no que diz o

mesmo autor, a tecnologia é o meio pelo qual os dados são transformados e organizados para

uso das pessoas. As Organizações moldam os sistemas de informação de várias formas óbvias

e as pessoas usam informações vindas de sistemas baseados em computadores em seus

trabalhos (LAUDON, 1999).

Essas formas produzem informações necessárias, confiáveis, em tempo hábil,

atendendo aos requisitos operacionais e gerenciais para a tomada de decisões. Podendo assim,

assegurar o atendimento dos objetivos da empresa de maneira direta e eficiente.

Por isso, existem vários tipos de sistema de informação, onde Silva (2000) esclarece

cada um deles:

Sistemas de Processamento de Transações - SPT (SPT: Transaction Processing

Systems) – sistemas computadorizados que realizam e registram as transações rotineiras

diárias necessárias à condução do negócio; servem ao nível operacional de organização.

Sistemas de Informação Gerencial - SIG (MIS: Management Information Systems) –

Sistema de informação do nível gerencial de uma organização que fornece suporte a funções

de planejamento, controle e tomada de decisão por meio de relatórios resumidos de rotinas.

Sistemas de Informação Estratégica – SIE – Sistemas de informação em qualquer

nível da organização que mudam objetivos, processos, produtos, serviços ou relacionamentos

ambientais para ajudar a organização a obter vantagem competitiva.

Sistemas de Suporte Executivo – ESS / EIS – Sistema de informação do nível

estratégico de uma organização projetada para tratar da tomada de decisão não-estruturada por

meio de gráficos avançados e comunicações.

Sistemas de Apoio à Decisão – SAD (DSS – Decision Support System) – Sistema de

informação do nível gerencial de uma organização que combina dados e modelos analíticos

sofisticados para fornecer suporte à tomada de decisão semi-estruturada e não-estruturada.

Já Oliveira (1993) descreve de forma diferente os tipos de sistema de informação.

Sistemas Transacionais ou Operacionais é a base para as operações e para as

atividades de programação, coordenação e controle da empresa. Um sistema transacional é

caracterizado por regras formalizadas, comunicações interfuncionais e foco nas atividades

seqüencial.

Sistemas de Informação Gerenciais surgiu para através dos dados armazenados

pelos sistemas operacionais, gerar informações para o processo de análise e decisão gerencial.

Sistemas Especialistas abrem a oportunidade para o uso da tecnologia da informação

como substituição de parte ou do todo do trabalho de especialistas humanos.

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Sistemas de Informações Executivas fazem uso de recursos avançados de tecnologia

de informação, possibilitando ao usuário a várias bases de dados, internas e externas à

empresa, através de uma única interface.

Sistemas de Apoio à Decisão são sistemas que vão desde a análise e projeções

estatísticas de séries de dados até complexos modelos simuladores da realidade estudada.

Em resumo, Oliveira (1993) compara os vários tipos de sistema, como mostra ao

quadro abaixo:

S. Transações SIG SAD SIE

Usuários Operários

Supervisores Gerência

intermediária

Alta gerência

Diretoria Quantidade de dados

processados

Grande

Média

Pequena

Pequena

Impacto das informações Pequeno

Médio

Grande

Grande Grau de precisão das

informações

Alto

Alto

Médio

Baixo

Origem dos dados Processos

ST

ST Ambiente externo

Ambiente externo Ambiente interno

Finalidade informações Controle

Acompanhamento.Desempenho

Apoio Decisão

Cenário Previsão

Quanto à estrutura Estruturado

Estruturado

Semi estruturado

Não estruturado

Quadro 1: Comparação entre os diversos tipos de Sistemas. Fonte: adaptação de Oliveira (1993).

Após observar o conceito de cada autor, pode-se chegar a uma conclusão. O

desenvolvimento de um sistema de informação começa quando o usuário verifica a

necessidade do mesmo para a solução de um problema, pois cada tipo de sistema de

informação tem a sua finalidade.

As organizações usam sistemas de informação para dar suporte à realização de suas

metas. Antes de decidirem sobre qual tipo de sistema de informação para uma organização, os

administradores devem identificar os fatores críticos de sucesso da empresa que devem

receber o apoio de um sistema. Um sistema de informação não é auto-suficiente por si só,

tampouco o remédio para todos os males organizacionais.

Para o trabalho em questão, o tipo de sistema que será adotado é o SPT que é o

Sistema de Processamento de Transações, que tem como objetivo transmitir as transações

rotineiras e proporcionar soluções ao gerenciamento de arquivo e a organização das

informações.

Mas, para entendermos o significado do sistema de informação é necessário entender

como ele funciona em seu clico de vida e seu desenvolvimento.

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2.2.1 Ciclo de Vida de um Sistema de Informação

O desenvolvimento de um sistema é a atividade de criar novos ou modificar sistemas

existentes. Ele se refere a todos os aspectos do processo, desde a identificação do problema a

ser solucionado ou da oportunidade a ser explorada até a avaliação e possível refinamento da

solução adotada.

Para Davis (1987), o desenvolvimento de um sistema deve-se levar em conta a

estrutura da empresa, tipo de gestão e cultura informacional. Mesmo assim, os esforços para o

desenvolvimento de um sistema podem variar desde a compra de um software inexpressivo

até a instalação de um sistema de custo alto, envolvendo hardware, software, sistemas de

comunicação, base de dados e contratação de pessoal.

As organizações moldam os sistemas, de acordo com sua cultura ou premissas

fundamentais, seus valores, sua maneira de fazer coisas. A Tecnologia é o meio pelo qual os

dados são transformados e organizados para uso das pessoas, pois, um sistema manual

geralmente usa a tecnologia do lápis e papel. Já um sistema computadorizado envolve

dispositivos de hardware e software que utilizam tecnologia como a tecnologia de

armazenamento de dados, tecnologia de comunicação, entre outras.

Para entendermos melhor como desenvolver um sistema computacional é necessário

levarmos em conta alguns objetivos principais, conforme Cassarro (2001):

• Definir as atividades a serem executadas em um projeto de desenvolvimento de

sistemas;

• Introduzir pontos de verificação para o controle gerencial de decisões;

• Analisar os requisitos

• Analisar o Projeto

• Implementação

• Teste

• Implantação

• Manutenção

Para cada um desses objetivos é necessários que saibamos identificar o tipo de serviço

a ser executado, sendo manutenção de software existente ou criação de um novo, objetivos a

serem alcançados e recursos a ser utilizado no projeto. O projeto é a determinação do que o

sistema vai fazer e como vai fazer para atingir o objetivo esperado. Para Yourdon (1989) os

sistemas são projetados segundo a dimensão lógica e física, sendo lógico a analise e descrição

do sistema atual e o físico equipamento necessário para o envolvimento no sistema. Após é

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feito uma análise do sistema, podendo se caracterizar como Análise Estruturada ou Análise

Orientada a Objeto.

Após o projeto lógico do sistema, o próximo passo é a sua instalação e a sua colocação

em operação. Esta etapa é chamada de implementação, no ciclo de vida de desenvolvimento

do sistema.

Davis (1987) salienta a etapa de implementação de um sistema inclui a compra de

hardware, desenvolvimento ou aquisição de software, preparação dos usuários, contratação e

treinamento de pessoal, preparação do local de instalação e dos dados do sistema, instalação,

teste, início de operação e aceitação do sistema por parte dos usuários.

Cada um destes passos deve ser analisado em termos de custo, performance, controle e

complexidade, para, em função do custo/benefício, escolher as soluções mais adequadas.

A aquisição de Hardware para prover o sistema com os recursos de hardware

necessários é preciso analisar as opções de mercado, ou seja, compra, leasing, aluguel ou

time-sharing dos recursos computacionais. A escolha vai depender da estrutura de

manutenção, operação e programação da empresa compradora para assumir ou não os riscos

em contrapartida a opção feita pelo menor custo.

Outra questão a ser considerada por Davis (1987) é a relação à opção por grandes

fabricantes é que, normalmente, eles fornecem um conjunto completo, ou seja, com todos os

periféricos desejados, garantindo uma perfeita compatibilidade. No caso de equipamentos de

pequeno porte o leasing parece desvantajoso a menos que inclua outros serviços, tais como:

manutenção e “upgrades” como parte do pacote.

Outra opção é o time-sharing. Neste caso uma empresa proprietária compartilha com

várias empresas clientes, os seus equipamentos de grande porte, cobrando o tempo de

processamento utilizado.

Este sistema é interessante, ou pelo menos era interessante no passado, sob o aspecto

de custos, uma vez que a empresa paga os recursos de processamento efetivamente gastos

(exemplo, folha de pagamento e outros processamentos sazonais). Esta vantagem tem

diminuído, sensivelmente, em função do decréscimo dos preços de hardware. No entanto, o

time-sharing abre a possibilidade da empresa ampliar a sua gama de opções em relação a

sistemas de informação, por exemplo, Internet.

Um aspecto importante com relação ao time-sharing é a questão estratégica da

segurança, controle e sigilo dos dados, uma vez que os dados da empresa estão armazenados

num equipamento que não está sob o seu controle direto. (Davis, 1987).

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Da mesma forma que o hardware, existem várias opções para se obter o software. O

software pode ser comprado de desenvolvedores externos ou desenvolvido pela própria

empresa.

Yourdon (1989) descreve que o desenvolvimento de software na empresa pressupõe a

existência de uma equipe de desenvolvimento. Algumas das vantagens do desenvolvimento

interno à empresa incluem a maior possibilidade do alcance dos requisitos dos usuários e da

organização, maiores características e flexibilidade em termos de customização e mudanças.

Por exemplo, sabendo das constantes mudanças que a empresa costuma fazer na sua estrutura

organizacional, os analistas estruturam o sistema de tal forma a minimizar os impactos destas

mudanças no sistema.

Os softwares desenvolvidos internamente na empresa possuem, também, um maior

potencial para estabelecer algum tipo de vantagem competitiva para a empresa, uma vez que

os softwares desenvolvidos internamente não são facilmente copiados pelos competidores

num curto espaço de tempo.

Para o desenvolvimento de software interno à empresa é necessário que ela tenha

experiência e um método definido e testado para que o produto final tenha a qualidade

esperada.

De acordo com Yourdon (1989) um método tradicional para o desenvolvimento de

software é o ciclo de vida da programação:

Definição do Problema - uma vez definido claramente o problema a ser atacado fica

claro qual o objetivo do sistema. Desta forma temos condições, juntamente, com os usuários

de determinar com clareza quais devem ser as saídas necessárias do sistema para que os

objetivos sejam atingidos.

Uma vez definidas as saídas ficam evidentes quais as entradas necessárias para se

alcançar estas saídas.

É fundamental que os objetivos do sistema estejam em sintonia com os objetivos

maiores da empresa, para viabilizar a sua aprovação por parte da alta administração.

Análise do Projeto - uma vez definido o problema, esta fase envolve o levantamento,

documentação e o desenvolvimento de todas as atividades necessárias e anteriores a fase em

que se inicia a escrever os programas.

A maior ênfase nesta fase é o levantamento da situação existente e a proposição de

melhorias, no sistema existente, para a solução do problema, objetivo foco do sistema.

Programação - o software segue a documentação e os requisitos definidos nas

etapas anteriores e possibilita que se atinja os resultados esperados.

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Testes - esta é uma etapa muito importante, pois é nela que vamos medir a

performance do sistema, além de localizar e eliminar os seus erros.

Documentação - esta etapa pode incluir a documentação técnica do sistema e o

manual do usuário. A documentação técnica é utilizada pelos analistas e programadores

quando de uma manutenção ou implementação no sistema. Na documentação técnica são

descritos os programas e subprogramas e a sua finalidade no sistema.

Implementação - é a última etapa no desenvolvimento de um software.

Implementação é o processo de colocar o programa em operação. A implementação de um

novo programa pode seguir várias estratégias. Uma delas, quando já existe um sistema

anterior, é colocar o novo sistema em paralelo. Neste caso se o novo sistema apresentar algum

tipo de problema, ele poderá ser corrigido enquanto o sistema antigo continua sendo usado.

Num caso extremo o sistema novo pode ser retirado de operação sem que o processo sofra

solução de continuidade.

Outra forma é implementar o novo sistema em etapas com a desativação gradual do

sistema antigo.

Numa forma mais radical, simplesmente, colocamos o novo sistema em operação com

a desativação completa do sistema antigo.

Para Yong (1990) a decisão da forma mais adequada de implementação depende da

importância do sistema e dos impactos sobre o usuário final. Muitas vezes a utilização, em

paralelo, de dois sistemas, é a melhor opção em termos de segurança e confiabilidade, mas

tem um custo operacional muito alto.

O mesmo ressalva que hoje em dia é muito utilizado o desenvolvimento orientado ao

objeto. Neste caso uma coleção de programas existentes pode ser utilizada através de

inúmeras aplicações sem a necessidade de se reescrever os programas.

No processo de treinamento todos os usuários devem ser familiarizados com as

capacidades e limitações do sistema.

O processo de preparação do usuário inclui, também, o suporte contínuo a ser

fornecido sempre que e instala um novo sistema ou se processa modificações num sistema

existente. Além de auxiliar o usuário, o suporte tem como objetivo, também, manter uma

avaliação do nível de entendimento dos usuários, em relação ao sistema, e se estes estão

realmente tirando o máximo proveito do novo sistema. No caso de software adquirido

externamente, este suporte contínuo é fornecido pela empresa proprietária do software

mediante um pagamento mensal estabelecido em contrato.

São realizados testes que envolvem o sistema de informação como um todo, ou seja,

testes de cada um dos subsistemas, do sistema como um todo, testes com dados, testes com a

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integração com os demais sistemas e testes de aceitação e performance, apresentado Yong,

1990:

Testes de Subsistemas: o teste de cada um dos subsistemas implica em verificar o

funcionamento de cada uma das funções do programa com a entrada de dados e, também, as

críticas com a tentativa de entrada de dados inconsistentes.

Teste do Sistema: é o teste executado para verificar a integração dos vários

subsistemas. Não raras vezes, a saída de um subsistema é à entrada de outro.

Teste de Integração: é importante que o novo sistema seja perfeitamente integrado

aos demais sistema existente na organização, para que não se formem ilhas de informação.

O teste de integração verifica se os dados são compartilhados entre os diversos

sistemas existentes e se eles fluem eficientemente e sem erros entre os diferentes sistemas.

Testes de Aceitação: o teste de aceitação verifica se o sistema está operando

conforme especificado, ou seja, tempo de resposta, memória requerida, acesso aos dados e

outras características.

O teste de aceitação é o último teste a ser feito no sistema antes de colocá-lo em

operação comercial.

Na maioria das vezes a aceitação do sistema é um documento formal que oficializa a

aceitação do sistema por parte do usuário.

No caso de sistemas adquiridos externamente à empresa, este documento tem valor

legal e isenta ao vendedor de reclamações posteriores quanto ao desempenho ou requisitos do

sistema, exceto quando especificado em contrário em alguma cláusula do contrato ou da

garantia. No caso de sistemas desenvolvidos internamente à empresa o documento de

aceitação encerra, oficialmente, o desenvolvimento do sistema.

Com relação aos fatores de sucesso e insucesso na implantação de sistemas, na

maioria dos casos o desenvolvimento de sistemas de informação gasta muito mais tempo e

dinheiro do que o inicialmente previsto, ou o sistema, como um todo não funciona conforme

previsto.

Yourdon (1989) descreve que o sucesso ou insucesso de um sistema de informação

está baseado, não somente em fatores técnicos, mas também, em fatores gerenciais e

organizacionais, uma vez que a implementação de um sistema de informação implica em um

processo de mudança organizacional:

• Podem ocorrer falhas no sistema de Informação, sendo:

• Tempo de desenvolvimento muito maior que o previsto;

• Custo de desenvolvimento muito maior que o previsto;

• Deficiências de funcionamento que impedem o alcance dos objetivos;

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• Erros básicos de projeto fazendo com que o sistema não atenda os requisitos;

• Necessidade de manutenção no sistema antes mesmo da sua conclusão;

• Processamento lento;

• Custos operacionais excessivamente elevados;

• Problemas crônicos de operação;

O sistema é abandonado ou simplesmente não é utilizado.No caso do abandono ou do

não uso do sistema isto ocorre, normalmente, quando o sistema não atende plenamente as

necessidades do usuário, obrigando-o a ter um sistema paralelo (manual ou informatizado)

para complementá-lo, ou ainda, quando vários relatórios de saída dos sistemas, com

circulação rotineira, nunca foram utilizados ou mesmo lidos. Outro fator para a não utilização

de um sistema é a complexidade do seu uso ou a não confiabilidade dos dados por ele

gerados.

O mesmo salienta que para medir o sucesso de um sistema, alguns parâmetros podem

ser considerados:

Altos Níveis de Uso - podem ser medidos através de questionários junto aos usuários

ou do volume de transações efetuadas no sistema.

Satisfação do Usuário - medido por entrevistas ou questionários junto aos usuários.

Esta pesquisa pode incluir informações sobre precisão, tempo de resposta, importância da

informação e qualidade do serviço (apoio, manual do usuário, etc.).

Alcance dos Objetivos - é a verificação até que ponto os objetivos previamente

pretendidos foram, realmente, alcançados pelo sistema.

Retorno Financeiro - é a medida do retorno financeiro proporcionado pelo sistema,

seja através da redução dos custos, seja através do aumento das vendas ou dos lucros.

Yong (1990) diz, que nos casos extremos, certos eventos que acontecem em qualquer

atividade podem causar o término repentino de todo o projeto.

Então, a seqüência de atividades pode estar envolvida apenas na extensão em que a

presença ou ausência de dados torna possível o início de uma atividade.

Contudo, podemos dizer que o sucesso em desenvolver um sistema e sua implantação

dependerá, fundamentalmente, do sistema escolhido e suas ferramentas, abordados a seguir.

2.3 Banco de Dados

Conforme Date (2000, p. 04) o propósito geral dos bancos de dados é armazenar

informações e permitir aos usuários a busca e a atualização dessas informações quando

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solicitadas. As informações em questão podem ser qualquer dado que tenha significado para o

indivíduo ou a organização a que o sistema deve seguir. Em outras palavras, tudo que é

necessário para auxiliar no processo geral de tomada de decisões de negócios desse indivíduo

ou dessa organização.

Para Shimizu (1994), o conceito de banco de dados distingue entre visões físicas e

lógicas de dados, onde na visão lógica, os dados são apresentados como seriam percebidos

por usuários finais ou pelos especialistas da empresa. Já a visão física mostra como os dados

são de fato organizados e estruturados no meio de armazenamento físico.

Vale acrescentar que uma visão física pode suportar mais visões lógicas. Sendo assim,

um Sistema de Gerenciamento de Banco de Dados - SGBD utiliza um software especial de

gerenciamento de banco de dados para tornar o banco de dados físico disponível para visões

lógicas diferentes apresentadas por diversos programas de aplicações.

Para Stair (1998) é um módulo de programa que provê a interface entre os dados e o

baixo nível armazenado num banco de dados e os programas de aplicação garantidos para as

solicitações submetidas ao sistema, as restrições de integridade que não podem ser

controladas pelo SGBD.

Um sistema de banco de dados é projetado para armazenar grandes volumes de

informações. O gerenciamento de informação implica a definição das estruturas de

armazenamento destas informações e o fornecimento de mecanismos para sua manipulação.

Date (2000) acredita que a escolha do banco de dados da empresa é uma decisão muito

delicada, na medida em que está irá acarretar troca de aplicativos e troca de hardware. Os

investimentos diretamente aplicados no banco de dados costumam ser infinitamente menor do

que aqueles a serem aplicados na empresa, visando sua perfeita adequação ao novo SGBD.

Porém, esta decisão, informa Date (2000), deve ser tomada por especialistas em banco

de dados, com profundos conhecimentos de Análise de Sistemas, de Banco de Dados e de

Software de Gerenciamento de Bases de Dados, de forma a evitar que a empresa escolha um

Banco de Dados inadequado aos seus propósitos, e que pouco tempo depois, seja obrigada a

perder todos investimentos realizados em Software e Hardware.

Existem diversos SGDBs em uso atualmente, que atendem as mais diferentes

necessidades, desde os pagos e robustos como SQL-Server, Oracle, etc, como aos gratuitos

MySql, Firebird, etc. Alguns bancos de dados, informa Date (2000), vêm conquistando a

simpatia dos usuários, não só por sua gratuidade, e sim por sua performance, que não deixa a

desejar a grandes e caríssimos bancos, que por sua estrutura, possuem um custo/benefício

muito pequeno para pequenos usuários.

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A exemplo disto o Microsoft Access que é um sistema relacional de gerenciamento de

banco de dados, uma ferramenta poderosa que pode ser usada para classificar, organizar e

mostrar em forma de relatório as informações importantes que você usa todos os dias. Devido

à sua facilidade de uso, ele é uma ferramenta excelente para aqueles que estão começando a

usar banco de dados, assim como para aqueles que já têm experiência. (DATE, 2000)

Um sistema de gerenciamento de banco de dados tem três componentes: uma

linguagem de definição de dados, uma linguagem de manipulação de dados e um dicionário

de dados.

Linguagens de Definição de Dados (DDL) é usada para expressar um conjunto de

definições que especifica o esquema de dados. O resultado de sua compilação é armazenado

em um conjunto de tabelas que constituem o arquivo dicionário de dados

(SILBERSCHATZ, KORTH, SUDARSHAN, 1999).

Estrutura de memória e o método de acesso usado pelo banco de dados são

especificados por um conjunto de definições em um tipo especial de linguagem de definição e

armazenamento de dados. O resultado dessa definição é um conjunto de instruções para

especificar os detalhes de implementação dos esquemas do banco de dados que normalmente

são ocultados dos usuários.

Linguagem de Manipulação dos dados (DML) viabiliza o acesso ou manipulação

dos dados de forma compatível com o modelo de dados apropriado (SILBERSCHATZ,

KORTH, SUDARSHAN, 1999). Dentro dessa linguagem existem dois tipos, as procedurais e

as não procedurais. A DML procedural exige que o usuário especifique quais dados são

necessários, e como obtê-los. Já o DML não procedural exige que o usuário especifique quais

dados são necessários, sem especificar como obtê-los. Date (2000) descreve algumas

características de manipulação de dados como, recuperação de informação armazenada

(consulta), inserção de novas informações, remoção de informações e modificação de

informações.

É uma ferramenta especial para manipular dados no banco de dados e é utilizada

juntamente com algumas linguagens de programação convencionais de terceira ou quarta

gerações. Também dispõem de recursos que tanto os usuários finais como os especialistas

técnicos podem usar para extrair dados do banco de dados, satisfazer solicitações de

informações e desenvolver aplicações. A linguagem de manipulação de dados mais utilizada

atualmente é a SQL, ou Structured Query Language, (linguagem de consulta estruturada), que

é linguagem de manipulação de dados de sistemas de gerenciamento de banco de dados de

mainframes, como o DB2 da IBM, com versões para software de gerenciamento de banco de

dados de PCs.

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Dicionário de dados – “é um arquivo de metadados, isto é, dados a respeito de dados,

pois em um sistema de banco de dados, esse arquivo ou diretório é consultado antes que o

dado real seja modificado” (DATE, 2000, p. 37).

É um arquivo automatizado que armazena definições de elementos de dados e outras

características como padrões de utilização, propriedade (quem na organização é responsável

pela manutenção dos dados), relacionamentos entre os elementos de dado e a segurança.

Quando adequadamente documentado, o dicionário de dados é uma importante ferramenta de

resolução de problemas. Ele identifica para os usuários finais e para os especialistas

empresariais quais dados existem no banco de dados, sua estrutura e formato, e sua utilização

na empresa.

O dicionário também mostra pessoas, programas, relatórios e funções empresariais

que utilizam esse elemento de dado e que função da empresa “possui” ou tem a

responsabilidade pela manutenção desse fragmento de informação.

Yong (1990) ainda, salienta as vantagens e desvantagens de um Sistema de

Gerenciamento de Banco de Dados (SGBD):

a) Vantagens

Redundância de dados reduzida – a abordagem de banco de dados pode reduzir ou

eliminar a redundância de dados. Os dados são organizados por um SGBD e armazenados em

apenas um local, que resulta em utilização do espaço do sistema de armazenamento com

maior eficiência.

Integridade dos dados aperfeiçoada – com a abordagem tradicional, algumas

modificações dos dados não eram refletidas em todas as cópias dos dados mantidos em

arquivos separados, porque não existem arquivos separados que contenham cópias dos

mesmos dados.

Modificação e atualização mais fáceis – com a abordagem de banco de dados, o

SGBD coordena, atualiza e faz modificações dos dados. Os programadores e usuários não têm

que saber onde os dados estão fisicamente armazenados. Os dados são armazenados e

modificados ao mesmo tempo. A modificação e a atualização são também mais fáceis, porque

os dados são armazenados em apenas um local, na maioria dos casos.

Independência de dados e programa – O SGBD organiza os dados independentemente

do programa aplicativo. Com a abordagem de banco de dados, o programa aplicativo não é

afetado pela localização ou tipo de dado. A introdução de novos tipos de dados, irrelevantes

para uma aplicação em particular, não requer uma nova redação daquele aplicativo para

manter a compatibilidade com o arquivo de dados.

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Melhor acesso aos dados e à informação – a maior parte dos SGBD tem software que

facilitam o acesso e a recuperação de dados do banco de dados. Relações importantes entre

registros podem ser mais facilmente investigadas e exploradas, e os aplicativos podem ser

combinados com maior facilidade.

Padronização do acesso aos dados – uma característica básica da abordagem do

banco de dados é a padronização, uma abordagem uniforme do acesso aos bancos de dados.

Isto significa que os mesmos procedimentos globais são usados por todos os programas

aplicativos para recuperar os dados e a informação.

Melhor proteção global dos dados – o uso e acesso dos dados localizados de forma

centralizada são mais fáceis de serem monitorados e controlados. Códigos de segurança e

senhas podem assegurar que apenas pessoas autorizadas tenham acesso a dados e informação

particulares no banco de dados, o que assegura a privacidade e a integridade dos dados

armazenados.

Fontes de dados e de informação compartilhadas – o custo do hardware, software e de

pessoal pode ser estendido a um grande número de aplicações e usuários. Esta é uma

característica básica de um SGBD.

b) Desvantagens

Custo relativamente alto de compra e operação de SGBD em um ambiente de

operação de grande porte – alguns SGBDs de grande porte podem custar centenas de dólares.

Equipe especializada – funcionários especializados adicionais e pessoais de operação

podem ser necessários para implementar e coordenar o uso do banco de dados. Deve-se notar,

contudo, que algumas organizações têm conseguido implementar uma abordagem de banco de

dados sem pessoal adicional.

Vulnerabilidade aumentada – embora os banco de dados ofereçam melhor segurança

devido às medidas de segurança que podem ser concentradas em um sistema, eles também

tornam um numero maior de dados acessível ao invasor se a segurança falhar. Além disso, se,

por alguma razão, houver uma falha no SGBD, os programas de aplicações múltiplas serão

afetados.

Diante dessas vantagens e desvantagens as organizações procuram os tipos de dados

que serão coletados e que tipo de modelo de banco de dados será usado. Desta forma, as

características importantes de banco de dados são a presteza com que os dados precisam ser

analisados, são descrito a seguir, segundo Stair (1998):

O tamanho do banco de dados depende do número de registros ou arquivos no banco

de dados que determina a necessidade global de armazenamento para o banco de dados.

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A volatilidade dos dados é a medida das mudanças, tais como adições, delegações ou

modificações tipicamente exigidas em um determinado período de tempo.

A imediação é a medida da rapidez com que as mudanças devem ser feitas nos dados.

Para convertermos as informações em uma estrutura de banco de dados cabe ao

administrador das informações organizá-las de forma coerente proporcionando assim um

menor atrabalho além de agilizar sua localização.

2.3.1 Organizando as Informações

A informação é um dos recursos mais importantes e valiosos de uma empresa. E são

baseadas nelas que os executivos tomam decisões. O propósito básico da informação é o de

habilitar a organização a alcançar os seus objetivos pelo uso eficiente dos seus recursos.

Os sistemas de informação não podem proporcionar soluções se seus dados não forem

exatos, no tempo certo e facilmente acessível. Diversas técnicas de organização e

gerenciamento de arquivos foram desenvolvidas para alcançar esses objetivos.

Os dados devem ser organizados e estruturados para que possam ser usados com

eficácia. No entanto, a menos que as informações possam ser facilmente processadas e

acessadas, o sistema não pode alcançar seu propósito. (LAUDON, 1999 p. 121 - 122).

A má organização de arquivos impede que algumas empresas possam acessar grande

parte das informações que mantêm.

O´Brien (2002) define os dados como sendo um recurso organizacional essencial que

precisam ser administrados como outros importantes ativos da empresas. É possível perceber

que a maioria das organizações não conseguiria sobreviver ou ter sucesso sem ter dados de

qualidade sobre suas operações internas e seu ambiente externo.

Já Stair (1998, p. 106) salienta que “os dados são geralmente organizados em uma

hierarquia, que começa com o menor dado usado pelos computadores (um Bit) e vai

progredindo na hierarquia até o banco de dados”.

No entendimento do mesmo, os caracteres são colocados juntos para formar um

campo. Esse campo é tipicamente um nome, um número ou uma combinação de caracteres

que, de alguma forma, descreve um aspecto de um objeto empresarial (um empregado, uma

prateleira, um caminhão), ou atividade (uma venda). Combinando as decisões de vários

aspectos de um objeto ou atividade, obtém-se uma descrição completa do mesmo. Um campo

seria o nome do empregado, outro campo seria seu endereço, e ainda outros seriam seu

número de telefone, taxa de pagamento, pagamento feitos até a presente data e assim por

diante. Essa coleção de campos relacionados é denominada registro.

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Davis (1987), descreve que uma coleção de registros relacionados é um arquivo – por

exemplo, o arquivo de empregados é uma coleção de todos os registros de empregados da

empresa. Da mesma forma, um arquivo de estoque é uma coleção de todos os registros de

estoque de uma determinada empresa ou organização. No nível mais alto desta hierarquia está

o banco de dados, que significa uma coleção de arquivos integrados e relacionados. Ao

juntar, bits, caracteres, campos, registros, arquivos e banco de dados forma-se a hierarquia

dos dados.

Para O´Brien (2002) o significado das hierarquias é descrito como:

Caracter – o elemento lógico mais simples dos dados, que consiste em símbolos

alfabéticos, numéricos ou outro. Pode-se argumentar que o bit ou byte é um elemento mais

elementar de dados, mas convém lembrar que estes termos se referem aos elementos de

armazenamento físicos fornecidos pelo hardware do computador.

Campo – o elemento consiste em um agrupamento de caracteres. O agrupamento de

caracteres alfabéticos no nome de uma pessoa, por exemplo, forma um campo de nome, e o

agrupamento de números em um total de vendas forma um campo de total de vendas. Em

termos específicos, um campo de dados representa um atributo (uma característica ou

qualidade) de alguma entidade (objeto, pessoa, lugar ou evento), por exemplo, o salário de um

funcionário.

Registro – representa os campos de dados agrupados em uma coleção de atributos que

descreve uma entidade. Um exemplo é o registro da folha de pagamento para uma pessoa, que

consiste em campos de dados descrevendo atributos como o nome da pessoa, seu número da

previdência social e sua base salarial. Registro de campo fixo contém um número fixo de

campos de dados de comprimento fixo. Registro de campo variável contém um número de

campos e comprimentos de campos variáveis.

Arquivo – um grupo de registros afins é um arquivo ou tabela de dados. Um arquivo

de funcionários conteria os registros dos funcionários de uma empresa. Os arquivos muitas

vezes são classificados pelo aplicativo para qual são primeiramente usados, tais como um

arquivo de folha de pagamento ou um arquivo de estoque, ou pelo tipo de dados que contêm,

tais como um arquivo de documento ou um arquivo de imagem gráfica. Um arquivo de

transações, portanto, conteria registros de todas as transações ocorrentes durante um período e

poderia ser utilizado periodicamente para atualizar os registros permanentes contidos em um

arquivo mestre. Um arquivo histórico é um arquivo mestre ou de transações obsoleto, retido

para fins de backup ou para armazenamento histórico de longo prazo chamado

armazenamento de acervo.

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Banco de dados – é um conjunto integrado de arquivos ou tabelas logicamente afins.

Um banco de dados consolida registros previamente armazenados em arquivos separados em

uma fonte comum de registros de dados que fornece dados para muitas aplicações. Os dados

armazenados em um banco de dados são independentes dos programas aplicativos que os

utilizam e do tipo de dispositivos de armazenamento secundários nos quais estão

armazenados. Um banco de dados de pessoal consolida dados anteriormente isolados em

arquivos separados como arquivos de folha de pagamento, arquivos de ações de pessoal e

arquivo de qualificações de funcionários.

Daí, a importância de saber o significado de cada componente que integra a hierarquia

dos dados, pois, compreendendo-os, torna-se mais fácil converter um problema do mundo real

em uma estrutura mais efetiva de Banco de dados e proporcionando uma visão abstrata dos

dados.

2.3.2 Abstração de Dados

Para que se possa utilizar um sistema, os dados devem ser buscados eficientemente,

mesmo que ao usuário seja omitido certo detalhe de como os dados são armazenados e

mantidos. Há três níveis de abstração pelos quais o Banco de Dados pode ser visto:

Nível Físico – descreve como os dados estão realmente armazenados em nível mais baixo de abstração. As complexas estruturas de dados de baixo nível são descritas em detalhes.

Nível Conceitual – descreve quais dados estão armazenados de fato no Banco de Dados e as relações que existem entre eles. Aqui o BD inteiro é descrito em termos de um pequeno número de estruturas relativamente simples. Esse nível é usado pelos administradores de banco de dados que podem decidir quais informações devem ser mantidas no banco de dados.

Nível Visual – o mais alto nível de abstração descreve apenas parte do banco de dados. Apesar do uso de estruturas mais simples do que o nível conceitual, alguma complexidade perdura devido ao grande tamanho do banco de dados. (SILBERSCHATZ, KORTH, SUDARSHAN, 1999, p. 04).

O inter-relacionamento entre esses três níveis de abstração é ilustrado na figura 2:

V is ã o 1 V is ã o 2

N í v e l C o n c e i t u a l

N í v e l F í s i c o

V i s ã o 3V is ã o 1 V is ã o 2

N í v e l C o n c e i t u a l

N í v e l F í s i c o

V i s ã o 3

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Figura 2 – Os três níveis de abstração de dados

Fonte: SILBERSCHATZ, KORTH, SUNDARSHAN (1999)

O Nível Físico descreve como os dados são armazenados. As estruturas de

armazenamento de informação que o SGBD usa não descritas neste nível, assim o nível físico

depende fortemente do SGBD escolhido. O Nível Conceitual independe da classe ou SGBD

escolhidos. O Nível Visão pretende simplificar o acesso ao banco de dados por usuários que

têm necessidade de apenas parte do banco de dados. É possível definir várias visões do banco

de dados de acordo com as necessidades dos usuários.

Para o Nível de Visão o mais importante modelo é Entidade-Relacionamento. Já no

Nível Conceitual, são três os modelos mais importantes: o Relacional (que é o modelo mais

usado), o Modelo de Rede e o Hierárquico. Diante disso, será abordado no próximo item cada

modelo citado acima com seus sub-modelos.

2.3.3 Modelos de Dados

Modelo de dados é uma forma de definir um banco de dados através de ferramentas

conceituais, relacionamentos entre dados, semânticas e restrições.

Os vários modelos que vêm sendo desenvolvidos são classificados em três diferentes

grupos ilustrados na figura 3 a seguir.

M o d e l o s d e D a d o s

M o d e l o s L ó g i c o s B a s e a d o e m O b j e t o

M o d e l o s L ó g i c o s c o m B a s e e m R e g i s t r o

M o d e l o s F í s i c o s

M o d e l o E R

M o d e l o O O

M o d e l o R e l a c i o n a L

M o d e l o d e R e d e

M o d e l o H i e r á r q u i c o

M o d e l o s d e D a d o s

M o d e l o s L ó g i c o s B a s e a d o e m O b j e t o

M o d e l o s L ó g i c o s c o m B a s e e m R e g i s t r o

M o d e l o s F í s i c o s

M o d e l o E R

M o d e l o O O

M o d e l o R e l a c i o n a L

M o d e l o d e R e d e

M o d e l o H i e r á r q u i c o

Figura 3 – Modelos de dados

Fonte: Adaptação de KERN (1994)

Cada um dos três grupos segmentam-se em outros sub-modelos possuindo

características próprias que serão descritas a seguir.

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Em um Modelo Lógico Baseado em Objeto são usados na descrição de dados nos

níveis conceitual e visual. Caracteriza-se pelo fato de fornecerem, de forma conveniente,

capacidade de estruturação flexível e admitem restrições de dados para serem explicitamente

especificados. Eles podem ser apresentados como:

Modelo Entidade-Relacionamento – (ER)

Modelo Orientado a Objetos – (OO)

a) Modelos Entidade-Relacionamento – ER

O modelo Entidade–Relacionamento (ER) é o modelo mais usado para representação

de bancos de dados em nível conceitual. Tem como característica principal a facilidade de

projetar esquemas de bancos de dados.

Este modelo baseia-se na representação do sistema por um conjunto de objetos do

mundo real (entidades) e por relacionamentos entre estes objetos. Uma entidade é uma

“coisa” ou um “objeto” que existe e é distinguível de outros objetos. A figura 4 apresenta um

exemplo de entidade, ou seja, cada pessoa é uma entidade, as contas dos clientes de um banco

também podem ser consideradas entidades. Segundo o dicionário Aurélio (apud Kern 1994)

entidade “é aquilo que constitui a essência de uma coisa; existência; individualidade; ente;

ser”.

FUNCIONÁRIO

Figura 4 – Representação de Entidade

Fonte: Adaptado de KERN (1994)

Para saber se é entidade ou não é só observar algumas características, como: apresenta

um só elemento, operações do sistema, saída do sistema ou até pessoas que realizam trabalhos

(usuários do sistema). Após ter certeza de quem é a entidade é que pode fazer o

relacionamento, ou seja, uma associação entre entidades possivelmente distintas, que

representam um fato ou uma solução do mundo real, como mostra a figura 5:

TRABALHA

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Figura 5 – Representação de Relacionamento

Fonte: Adaptação de KERN (1994)

O relacionamento está associado às entidades, podendo haver mais de um

relacionamento e possuir vários atributos, sendo que, os atributos são qualificadores das

entidades. São dados que caracterizam ou identificam uma entidade, conforme será

apresentado na figura 6. Para Heuser (2000, p. 23) “atributo é o dado que é associado a cada

ocorrência de uma entidade ou de um relacionamento”.

Nome

Figura 6 – Representação Gráfica de Atributos

Fonte: Adaptação de KERN (1994)

Ao relacionar a entidade com o relacionamento e seus atributos, terá um Modelo E-R,

que representa certas regras, as quais o conteúdo do banco de dados precisa respeitar. Uma

regra importante é o mapeamento da cardinalidade, as quais expressam o número de entidades

às quais a outra entidade se relaciona por meio daquele conjunto de relacionamento

(SILBERSCHATZ, KORTH, SUDARSHAN, 1999).

Essa união de objetos pode ser expressa graficamente por meio do Diagrama E-R,

formando assim, uma estrutura lógica do banco de dados, cujos construtores dos componentes

são:

Retângulos – conjuntos de entidades

Elipses – atributos

Losangos – relacionamento entre conjuntos de entidades

Linhas – unem atributos às entidades e entidades aos seus relacionamentos

Cada componente é rotulado com o nome da entidade ou relacionamento que

representa. A ilustração a seguir representa uma parte do sistema bancário composta pelos

clientes e suas respectivas contas. O diagrama E-R correspondente é mostrado na figura 7.

CLIENTE CONTA

CONTA

CLIENTE

NOME

RUA

CIDADE NÚMERO SALDO

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Figura 7 – Diagrama de ER (DER)

Fonte: Adaptação de SILBERSCHATZ, KORTH, SUDARSHAN (1999).

Nesta, o cliente e a conta representam os conjuntos de entidades, a conta cliente

representa o relacionamento entre eles e as outras informações tiradas do cliente e da conta

representam os atributos, utilizando as linhas para unirem o conjunto de entidades e ao seu

relacionamento.

Além do exemplo citado acima, será demonstrado nas figuras 8, 9, 10 e 11 modelos de

entidade e relacionamento utilizando a cardinalidade com os símbolos 1:N, 1:1 e N:N. O

relacionamento da figura 8, Lotação, é um relacionamento 1:N pois cada Departamento pode

ter N (vários) Empregados lotados, mas um Empregado está lotado em apenas 1

Departamento.

EmpregadoDepartamento Lotação1 n

EmpregadoDepartamento Lotação EmpregadoDepartamento Lotação1 n

Figura 8 – Diagrama de Entidade e Relacionamento 1: N

Fonte: Adaptação de KERN (1994)

Para representar o relacionamento 1:1 a figura 9:

MulherHomem Casamento1:1 1:1 MulherHomem Casamento1:1 1:1

Figura 9: Diagrama de Entidade e Relacionamento 1:1

Fonte: Adaptação de KENR (1994)

Ao observarmos a figura 9, a ligação entre um homem e uma mulher, sendo que um

homem pode ser casado com uma e apenas uma mulher, assim como uma mulher pode ser

casada com um e apenas um homem.

Para representar o relacionamento N:N, temos a figura 10:

DisciplinaAluno Matriculan n DisciplinaAluno Matricula DisciplinaAluno Matriculan n

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Figura 10: Diagrama de Entidade e Relacionamento N:N

Fonte: Adaptação de KERN (1994)

Ao observar a figura 10, o aluno e disciplina como entidade e matrícula como

relacionamento. Assim a ligação existe entre um aluno e uma disciplina, onde um aluno pode

estar matriculado em várias disciplinas e cada disciplina pode ter vários alunos matriculados.

Para representar o relacionamento ternário, temos a figura 11:

M a te r ia isF o rn e c e d o re s

U ti l iz a d o s

P ro je to s

M a te r ia isF o rn e c e d o re s

U ti l iz a d o s

P ro je to s

M a te r ia isF o rn e c e d o re s

U ti l iz a d o s

P ro je to s

Figura 11 – Representação Gráfica de Relacionamento Ternário

Fonte: Adaptação de KERN (1994).

Esta figura representa que um fornecedor comercializa materiais que são utilizados em

projetos específicos.

Diante dos exemplos supra citados, podemos concluir que a estrutura lógica do Banco

de Dados pode ser expressa graficamente pelo Diagrama E-R. Assim, o esquema de banco de

dados E-R pode ser reduzido a um conjunto de tabelas, onde para cada conjunto de entidades

e cada conjunto de relacionamentos existe uma tabela única com o nome da entidade ou

relacionamento.

b) Modelo Orientado ao Objeto - OO

Como o modelo ER, o modelo orientado a objetos tem por base um conjunto de

objetos, ou seja, um objeto contém valores armazenados em variáveis instâncias dentro do

objeto. Um objeto também contém conjuntos de códigos que o operam e os mesmos são

chamados métodos. (SILBERSCHATZ, KORTH, SUDARSHAN, 1999, p.8).

Os objetos que contém os mesmos tipos de valores e os mesmos métodos são

agrupados em classe. Uma classe pode ser vista como uma definição para objetos. Ao

contrario do modelo E-R, cada objeto possui uma única identidade, independente dos valores

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neles contidos. A distinção entre diferentes objetos é mantida no nível físico por meio do

conteúdo de seus identificadores.

Dando seqüência à classificação dos modelos de dados, tem-se o Modelo Lógico com

Base em Registros: são usados também na descrição dos dados no nível lógico e de visão

para especificar a estrutura lógica e para implementar uma descrição de alto nível. (KERN,

1994).

Os Modelos Lógicos com Base em Registro são assim chamados porque o banco de

dados é estruturado por meio de registros de formato fixo de todos os tipos. Cada registro

define um número fixo de campos ou atributos, e cada campo possui normalmente tamanho

fixo.

O uso de registros fixos simplifica a implementação do banco de dados no nível físico,

sendo que esta simplicidade é contrastante aos modelos orientados a objetos, cujas estruturas

originam registros de tamanho variável no nível físico. Os Modelos de Dados com Base em

Registro mais utilizados são três: o Relacional, o de Rede e o Hierárquico.

a) O Modelo Relacional

O modelo relacional é claramente baseado no conceito de matriz, onde as chamadas

linhas (das matrizes) seriam os registros e as colunas (das matrizes) seriam os campos. Os

nomes das tabelas e dos campos são de fundamental importância para a compreensão entre o

que esta armazenando, onde esta armazenando e qual a relação existente entre os dados

armazenados.

Date (2000) diz que cada linha de nossa relação será chamada de TUPLA e cada

coluna de nossa relação será chamada de ATRIBUTO. O conjunto de valores passíveis de

serem assumidos por um atributo, será intitulado de DOMÍNIO.

O domínio consiste de um grupo de valores atômicos a partir dos quais um ou mais

atributos retiram seus valores reais.

Para Silberschatz, Korth, Sudarshan (1999) o esquema de uma relação, nada mais é

que os campos (colunas) existentes em uma tabela. Já a instância da relação consiste no

conjunto de valores que cada atributo assume em um determinado instante. Portanto, os dados

armazenados no Banco de Dados, são formados pelas instâncias das relações.

As relações não podem ser duplicadas (não podem existir dois estados do Pará, no

conjunto de estados brasileiros, por exemplo), a ordem da entrada de dados no Banco de

Dados não deverá ter qualquer importância para as relações, no que concerne ao seu

tratamento. Os atributos deverão ser atômicos, isto é, não são níveis de novas divisões.

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Segundo Date (2000) só será Chave Primária ao Atributo que definir um registro,

dentre uma coleção de registros. Chave Secundária (Terciária, etc.), serão chaves que

possibilitarão pesquisas ou ordenações alternativas, ou seja, diferentes da ordem criada a

partir da chave primária ou da ordenação natural (física) da tabela. Só será Chave Composta,

aquela chave que contém mais de um atributo (Por exemplo um cadastro ordenado

alfabeticamente por Estado, Cidade e Nome do Cliente, necessitaria de uma chave composta

que contivesse estes três atributos). E só será Chave Estrangeira, aquela chave que permitir a

ligação lógica entre uma tabela (onde ela se encontra) com outra na qual ele é chave primária.

A figura 12 apresenta um exemplo de banco de dados relacional condensado em duas

tabelas: uma mostra os clientes de banco e a outra, suas contas. O cliente Johnson, por

exemplo, possui o seguro social número 192-83-7465, mora na cidade de Palo Alto, na Alma,

e tem duas contas: A-101, cujo saldo é 500 dólares, e A-201, com saldo de 900 dólares. Note

que os clientes Johnson e Smith compartilham a conta A-201 (eles provavelmente são sócios

em algum negócio) (SILBERSCHATZ, KORTH, SUDARSHAN, 1999).

FIGURA 12 – BANCO DE DADOS RELACIONAL

Fonte: SILBERRSCHATZ, KORTH, SUDARSHAN (1999, p.10)

b) Modelo de Rede

Os dados são representados por registros e as relações por ligações (links) através de

apontadores. Os registros são organizados em um conjunto de gráficos. A Figura 13 apresenta

um exemplo de banco de dados em rede, usando as mesmas informações da figura 12.

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(SILBERSCHATZ,KORTH,SUDARSHAN,1999,p.10).

Figura 13 – Banco de Dados em Rede.

Fonte: SILBERRSCHATZ, KORTH, SUDARSHAN (1999, p. 10)

c) Modelo Hierárquico

Similar ao modelo rede, com dados representados por registros e relações por links.

Os registros são organizados em árvore. A Figura 14 apresenta um exemplo de modelo de

banco de dados hierárquico, usando as mesmas informações da figura 12. (SILBERSCHATZ,

KORTH, SUDARSHAN, 1999).

Figura 14 – Banco de Dados Hierárquico.

Fonte: SILBERSCHATZ, KORTH, SUDARSHAN (1999, p. 11).

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Existe uma diferença entre os modelos supra citados, pois o Modelo Relacional difere

dos Modelos Hierárquicos e de Rede por não usar ponteiros nem links. Ele relaciona os

registros por valores próprios a eles.

Por fim, o último grupo desta classificação são os Modelos Físicos de Dados são

usados para descrição do nível mais baixo do BD. Em contraste com os modelos lógicos, há

poucos modelos físicos de dados em uso (SILBERSCHATZ, KORTH, SUDARSHAN, 1999).

Dois deles são amplamente conhecidos: o modelo unificado e o modelo de partição de

memória. Este modelo tem como característica captar os aspectos de implementação do

sistema de banco de dados.

Os três modelos ora apresentados expressam a forma como os dados podem estar

estruturados e relacionados. Para objeto de estudo deste trabalho, o Modelo E-R servirá de

referência para implementação futura e, por esse motivo, deu-se maior ênfase à sua descrição.

Vale ressaltar, que a implantação de um de Banco de Dados inicia-se com um estudo

dos objetos e suas propriedades, do empreendimento através de uma coleta de informações

sobre o mesmo e através de uma série de atividades desenvolvidas por um administrador de

banco de dados que controlará e gerenciará as informações armazenadas dentro de banco de

dados.

2.3.4 Administrador de Banco de Dados

O controle centralizado tanto dos dados quanto dos programas de acesso a esses dados

é uma das primeiras razões que motivam o uso dos SGBDS. Quem centraliza o controle do

sistema é uma pessoa denominada Administrador de Banco de Dados (DBA – Data Base

Administrador).

Segundo Yong (1983. p. 186)

A função de uma administração de banco de dados é recomendada no sentido de construir o recurso humano necessário para gerenciar as operações com o banco de dados. As funções do Administrador de banco de dados incluem: a) Decidir o conteúdo de informações do banco de dados, b) Decidir a estrutura de armazenamento e a estratégia de acesso, c) Servir de elo de ligação com usuários, d) Definir os controles de segurança e integridade, e) Monitorar o desempenho e atender as necessidades de modificações.

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Uma das principais razões que motivam o uso dos SGBDs é o controle centralizado

tanto dos dados quanto dos programas de acesso a esses, mas para administrar esses dados é

necessário destacar algumas funções bastante significativas, diz Date (2000).

a) Decidir o conteúdo de informações do banco de dados – faz parte do trabalho do

DBA, decidir exatamente que informação manter no banco de dados – em outras palavras,

deve identificar as entidades do interesse da empresa e a informação a registrar em relação a

estas entidades. Uma vez feito, o DBA deve então definir o conteúdo do banco de dados,

descrevendo o esquema conceitual (usando o DDL conceitual).

b) Decidir a estrutura de armazenamento e a estratégia de acesso – O DBA

também deve decidir como os dados serão representados no banco de dados, é definir esta

representação escrevendo a definição da estrutura de armazenamento (usando a DDL interna).

Além disso, deve definir o mapeamento associado entre os níveis interno e conceitual. Na

prática, tanto a DDL conceitual quanto a DDL interna incluirão os meios de definição desse

mapeamento, mas as duas funções devem ser claramente separadas.

c) Servir de elo de ligação com usuários – É a função do DBA servir de elo com os

usuários, a fim de garantir a disponibilidade dos dados de que estes necessitam, e preparar –

ou auxiliá-los na preparação dos necessários esquemas externos, utilizando a DDL externa

apropriada. E ainda, também deve ser definido o mapeamento entre qualquer esquema externo

e o esquema conceitual. Na prática, a DDL externa e o mapeamento devem ser claramente

separados. Cada esquema externo e o mapeamento correspondente existirão tanto na forma

fonte como na forma objeto.

d) Definir os controles de segurança e integridade – Os controles de segurança e de

integridade, podem ser considerados parte do esquema conceitual. A DDL conceitual incluirá

os recursos para a especificação de tais controles.

e) Definir a estratégia de reserva e recuperação – A partir do momento em que a

empresa começa efetivamente a basear-se em banco de dados, torna-se dependente do bom

funcionamento deste sistema. Na eventualidade de danos à parte do banco de dados causados,

digamos, por erro humano, ou por falha no hardware, ou no sistema operacional de suporte –

é de suma importância fazer retornar os dados envolvidos com um mínimo de demora e com

as menores conseqüências ao restante do sistema. Por exemplo, os dados que não sofreram

danos não deverão ser afetados. O DBA deve definir e implantar uma estratégia de

recuperação apropriada envolvendo, por exemplo, o descarregamento periódico do banco de

dados na memória auxiliar de armazenamento e procedimentos para recarragá-lo, quando

necessário.

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f) Monitorar o desempenho e atender as necessidades de modificações – O DBA

deve organizar o sistema de tal maneira que obtenha “o melhor desempenho para a empresa”,

e efetuar os ajustes adequados quanto às necessidades de modificações. Quaisquer mudanças

nos detalhes de armazenamento e acesso devem ser acompanhadas de mudanças correspondes

na definição do mapeamento, a partir do nível conceitual, de forma que o esquema conceitual

possa permanecer constante.

O DBA, segundo Kern (1994) irá precisar de diversos programas utilitários como

auxílio às tarefas precedentes. Este é uma parte essencial de um sistema de banco de dados

práticos. Segue abaixo alguns exemplos dos programas utilitários necessários, conforme o

mesmo:

Rotina de carga – para criar uma versão inicial do banco de dados a partir de um ou

mais arquivos.

Rotinas de despejo na memória e recuperação – despejar o banco de dados, auxiliar

armazenamento de dados, e recarregar o banco de dados a partir dessa cópia de segurança.

Observação: As rotinas de carga mencionadas acima consistirão, na prática, no aspecto de

recuperação das rotinas de despejo/recuperação na memória.

Rotinas de reorganização – para arrumar os dados no banco de dados, em vista de

diversas razões de desempenho – por exemplo, agrupar os dados de certa maneira ou

regenerar espaço ocupado por dados que se tornaram obsoletos.

Rotinas estatísticas – para computar diversos desempenhos estatísticos, tamanhos de

arquivos e distribuição de valores de dados.

Rotinas analíticas – para analisar as estatísticas mencionadas.

Além as funções e rotinas desenvolvidas pelo administrador de banco de dados, valem

acrescentar que o usuário é o elo principal em obter sucesso na implantação de um sistema de

informação dentro de uma organização.

2.3.5 Usuários de Banco de Dados

O desenvolvimento tecnológico na área de telecomunicações, proporcionando a

implantação e popularização da utilização de terminais aliados à própria maturidade de

evolução dos sistemas de informação nas organizações, propicia o surgimento de uma série de

tipos de usuários, na busca de informações contidas num banco de dados.

Segundo Silberschatz, Korth, Sudarshan (1999), existem quatro tipos diferentes de

usuários de banco de dados, segundo o modo pelo qual espera interagir com o sistema. São

eles:

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Programadores de aplicações – são profissionais em computação que interagem com

o sistema por meio de chamadas DML (linguagem de manipulação de dados – Data

Manipulation Language), as quais são desenvolvidas por programas escritos na linguagem

hospedeira (ex. Cobol, Pascal, C).

Usuários sofisticados – interagem com o sistema sem escrever programas. Formulam

suas solicitações ao banco de dados por meio de linguagens de consultas.

Usuários especialistas – são usuários sofisticados que escrevem aplicações

especializadas de banco de dados que não podem ser classificados como aplicações

tradicionais em processamentos de dados, como por exemplos, sistemas para modelagem de

ambiente.

Usuários navegantes – são usuários comuns que interagem com o sistemas chamados

programas aplicativos permanentes já escritos como, por exemplo, o usuário que pede

transferência de uma quantia de uma conta bancaria para outra por telefone usando o

programa Transfer.

Enfim, vimos que, um sistema de gerenciamento de banco de dados é uma coleção de

programas que permite ao usuário definir e manipular base de dados para as mais diversas

finalidades.

Para Date (2000) o usuário deve cumprir integralmente seus objetivos e tarefas

anteriormente citadas. Caso contrário não se tratará de um SGBD e sim de um gerenciador de

arquivos que é quase um SGBD.

Em um ambiente com acesso constante ao banco de dados, onde a segurança é de vital

importância e o desempenho da aplicação escrita estiver comprometendo a empresa, a

aquisição de um banco de dados – que é logicamente uma aplicação bem escrita – é um

grande passo para a solução do problema nesse campo.

Porém, antes de adquirir um banco de dados, a empresa deve passar por um processo

de adaptação, contando preferencialmente com pessoal especializado para tal.

É fundamental que a empresa, normalize-se por completo, pois senão, mesmo

realizando um grande investimento na aquisição de um banco de dados e de especialistas,

pode não alcançar os objetivos desejados.

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3 Aspectos Metodológicos

Esta etapa do projeto visa descrever como o mesmo foi realizado fazendo o

delineamento da pesquisa a ser empregada em campo, o levantamento de dados e das

informações no decorrer do desenvolvimento do projeto. Para que haja uma única sistemática

das ações executadas é necessária à aplicação da metodologia, onde assim, será possível

sistematizar o processo de pesquisa, estabelecendo quais os passos a serem seguidos no

decorrer do trabalho.

Para Oliveira (2001, p. 57), “método se deriva da metodologia e trata do conjunto de

pessoas pelos quais se torna possível conhecer uma determinada realidade, produzir

determinado objetivo ou desenvolver certos procedimentos ou comportamentos”.

3.1 Caracterização da Pesquisa

A pesquisa caracterizou-se como sendo estudo de caso, descritiva e pesquisa

documental. Segundo Mattar (2001, p. 22) um estudo de caso “é um método muito produtivo

para estimular a compreensão e sugerir hipóteses e questões para a pesquisa [...] o objetivo do

estudo pode ser um indivíduo, um grupo de indivíduos, uma organização, um grupo de

organizações ou uma situação”.

Esta pesquisa teve por finalidade conhecer e explicar os fenômenos que ocorrem no

setor de protocolo da empresa Hadlich & Advogados Associados S/S, tendo como objetivo a

compreensão no sentido de descobrir as soluções para agilizar o cadastramento de

documentos recebidos e enviados e assim obter maior confiabilidade perante seus clientes.

Para Gil (2002, p. 58)

o estudo de caso é caracterizado pelo estudo profundo e exaustivo de um ou de poucos objetos, de maneira que permita o seu amplo e detalhado conhecimento,[...]. Também se aplica com pertinência nas situações em que o objeto de estudo já é suficientemente conhecido a ponto de ser enquadrado em determinado tipo ideal.

Em outras palavras, o estudo de caso consiste em um levantamento criterioso de um

objeto, que para a pesquisa, está relacionado com o setor de protocolo da Hadlich &

Advogados, utilizando também como meio de pesquisa a descritiva e a qualitativa, que

segundo Oliveira (1994, p. 117),

[...] a abordagem qualitativa possui a facilidade de poder descrever a

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complexidade de uma determinada hipótese ou problema, analisar a interação de certas variáveis, compreender e classificar processos dinâmicos experimentados por grupos sociais, apresentar contribuições no processo de mudança, criação ou formação de opiniões de determinado grupo e permitir, em maior grau de profundidade, a interpretação das particularidades dos comportamentos ou atitudes dos indivíduos.

A pesquisa qualitativa revela áreas de consenso, tanto positivo quanto negativo, nos

padrões de respostas. Ela também determina quais idéias geram uma forte reação emocional.

Além disso, é especialmente útil em situações que envolvem o desenvolvimento e

aperfeiçoamento de novas idéias.

A pesquisa descritiva, para Santos (1999, p.26), “é um levantamento das

características conhecidas, componentes do fato/fenômeno/problema”.

Dentro das várias colocações de Gil (2002, p.42), referentes à pesquisa descritiva,

poderemos citar a de que “Algumas pesquisas descritivas vão além da simples identificação

da existência de relações entre variáveis, e pretendem determinar a natureza dessa

relação[...].”

A busca da informação foi feita através da pesquisa documental com base nos

documentos existentes, utilizados para o registro e acompanhamento dos trabalhos da Seção.

Ao observar o anexo 01, encontra-se o modelo do protocolo adotado pela empresa, que serve

para registrar e controlar as correspondências recebidas e enviadas. Este molde serviu de base

para definição do sistema a ser implantado.

Segundo Gil (2002, p. 45)

A pesquisa documental assemelha-se muito à pesquisa bibliográfica. A diferença essencial entre ambas está na natureza das fontes. Enquanto a pesquisa bibliográfica se utiliza fundamentalmente das contribuições dos diversos autores sobre determinado assunto, a pesquisa documental vale-se de materiais que não recebem ainda um tratamento analítico, ou que ainda podem ser reelaborados de acordo com os objetivos da pesquisa.

O objetivo da pesquisa documental é recolher, analisar e interpretar as contribuições

teóricas já existentes sobre determinado fato, assunto ou idéia (BARROS E LEHFELD,

1986).

3.2 População e Amostra

Dentro da pesquisa tem-se a necessidade de apontar a amostra que foi utilizada e

definida a partir da população já existente.

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Para Richardson (1999, p. 157), população “é um conjunto de elementos que possuem

determinadas características. Usualmente, fala-se de população ao se referir a todos os

habitantes de determinado lugar. Em termos estatísticos, população pode ser o conjunto de

indivíduos que trabalham em um mesmo lugar”. Já amostras são as informações de todo os

indivíduos ou elementos que compõem o universo ou a população que se deseja estudar.

(BARROS e LEHFELD, 1986).

Assim sendo, tem-se como população do nosso objeto de pesquisa as 9 (nove) pessoas

que trabalham indiretamente no Setor de Protocolo da empresa Hadlich & Advogados. Já a

amostra para o nosso estudo foi constituída por 1 (um) funcionário que executa as atividades

ligadas como o problema, o qual disponibilizou as informações através da metodologia

aplicada para a obtenção dos dados e análise dos mesmos.

3.3 Coleta de Dados

Os instrumentos de coletas de dados são utilizados para o conhecimento dos dados e

fatos a serem estudos.

Para Fachin (2003, p. 144), “a coleta de dados deve ser efetuada diariamente na fonte

de informação, com o objetivo de estudo, ou seja, diretamente com o indivíduo sobre o qual

recaiu a amostragem [...]”.

Neste trabalho a coleta de dados foi por meio da observação participativa,

levantamento documental.

Foi realizada a observação participativa, pelo fato do observador (natural) ser o

pesquisador e estar participando do grupo de funcionários da empresa Hadlich & Advogados

e também por ser responsável pelo setor de protocolo.

A observação participante ou observação ativa consiste na participação real do conhecimento na vida da comunidade, do grupo ou de uma situação determinada. Neste caso, o observador assume, pelo menos até certo ponto, o papel de um membro do grupo. Daí por que se pode definir observação participante como a técnica pela qual se chega ao conhecimento da vida de um grupo a partir do interior dele mesmo. (GIL, 2002, p. 113).

A observação participativa ajuda a situar as práticas em seu contexto cultural e, assim,

obter uma melhor compreensão de suas causas subjacentes.

Para Mattar (2001) o processo de observação utilizado no dia-a-dia é chamado de

observação informal não dirigida e a percepção e retenção do que é observado é muito

pequena e vai depender dos interesses individuais e da capacidade de percepção do

observador.

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É possível encontrar duas formas de observação participante:

Natural – o observador pertence à mesma comunidade ou grupo que investiga.

Artificial – o observador integra-se ao grupo com a finalidade de obter informações.

Assim, o observador pôde escolher a forma mais adequada para observar objetos,

comportamentos e fatos de interesse para o problema em estudo.

Para levantarmos estas informações foi necessário estudar estrutura do sistema atual,

baseada nas informações pesquisadas dentro do setor de protocolo. O levantamento

documental, de modo geral, proporciona uma visão estática do fenômeno estudado,

oferecendo, assim, uma espécie de fotografia de determinado problema.

Para obtenção de informações foi realizado um questionário aos diretores da empresa,

como consta no apêndice 01, os quais puderam salientar o que esperam e o que pretendem

após a conclusão deste estudo.

Segundo Richardson (1999, p.189), “[...] os questionários cumprem pelo menos duas

funções: descrever as características e medir determinadas variáveis de um grupo social [...]”.

Para Fachin (2003, p.147), “No questionário a informação coletada pelo estudioso

limita-se tão-somente às respostas escritas e preenchidas pelo próprio pesquisado. Trata-se de

um instrumento de pesquisa muito popular, utilizado para diversos fins”.

Com o questionário os pesquisados sentiram-se mais a vontade, pois para a sua

aplicação não foi necessário a presença do pesquisador. O pesquisado não necessitou

identificar-se, fazendo com que se posiciona sua opinião com mais segurança, ficando assim

as respostas mais verdadeiras. Tais fatos tornam o questionário um dos instrumentos de

informação mais utilizado para a coleta de dados em TCEs.

3.4 Análise dos Dados

Nesta etapa da metodologia a estagiária teve que classificar, organizar e interpretar os

dados pesquisados, para que pudesse ser realizada a sua análise, sendo que esta será efetuada

de forma qualitativa, através dos resultados obtidos por meio da observação participativa e

através do questionário.

Foi realizado um questionário aos diretores da empresa, como consta no anexo 01, que

possam salientar o que esperam e o que pretendem após a conclusão deste estudo.

Segundo Richardson (1999, p.189), “[...] os questionários cumprem pelo menos duas

funções: descrever as características e medir determinadas variáveis de um grupo social [...]”.

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Para Fachin (2003, p.147), “No questionário a informação coletada pelo estudioso

limita-se tão-somente às respostas escritas e preenchidas pelo próprio pesquisado. Trata-se de

um instrumento de pesquisa muito popular, utilizado para diversos fins”.

Com o questionário os pesquisados sentem-se mais à vontade, pois para a sua

aplicação não há a necessidade da presença do pesquisador, o pesquisado não necessita

identificar-se, fazendo com que posicione sua opinião com mais segurança, ficam as respostas

mais verdadeiras. Tais fatos tornam o questionário um dos instrumentos de informação mais

utilizado.

A análise de dados compreende o trabalho que o pesquisador realizou com os dados

colhidos durante a pesquisa – o relato das observações, dos documentos pesquisados e todas

as informações disponíveis. (ALVES, 2003).

A análise qualitativa depende de muitos fatores, tais como a natureza dos dados

coletados, a extensão da amostra, os instrumentos de pesquisa e os pressupostos teóricos que

nortearam a investigação. Pode-se, no entanto, definir esse processo como uma seqüência de

atividades, que envolve a redução dos dados, a categorização desses dados, sua interpretação

e a redação do relatório. (GIL, 2002).

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4 Implementação

4.1 Caracterização da Empresa

A Hadlich & Advogados Associados S/S tem sede na cidade de Florianópolis, em

Santa Catarina-BR, na Avenida Rio Branco, nº 404, Centro Executivo Planel Towers, torre I,

conjuntos 201/202/207/208, Centro, CEP 88.015-200, fone / fax (048) 223-5656.

Está inscrita no CNPJ/MF sob nº 85.346.633/0001-09 e na Ordem dos Advogados do

Brasil Seção Santa Catarina (OAB/SC) sob nº 069/91.

A Hadlich & Advogados Associados S/C é uma sociedade profissional de prestação de

serviços jurídicos que atua desde 1990 no ramo de advocacia e consultoria empresarial. O

propósito da empresa é atender cada vez melhor o cliente, proporcionando-lhe uma prestação

de serviços personalizada e de alto nível, razão do investimento constante no aprimoramento

pessoal e profissional dos integrantes, através da realização de cursos de pós-graduação

(stricto e lato sensu) nas áreas de atuação deste escritório.

O escritório possui a seguinte estrutura profissional, conforme figura 15:

Advogados Titulares:

Renato Hadlich, advogado (OAB/SC 3.974), Diretor Administrativo, especialista em

Direito Empresarial pela (ESAG) - Escola Superior de Administração e Gerência;

Evelise Hadlich, advogada (OAB/SC 9.280), Diretora Jurídico, especialista em

Direito do Trabalho pelo (IPEJ) - Instituto de Pesquisas e Estudos Jurídicos e Direito

Processual Civil pela (UFSC) - Universidade Federal de Santa Catarina.

Advogados Associados:

Christiane Sieber, advogada (OAB/SC 18.920);

Juliana Aparecida Coelho, advogada (OAB/SC 19.575);

Eduardo d’Aquino Telles, formado no curso de Direito UNISUL;

Estagiário de Direito:

Aline Cechetto Beck, formada no curso de Direito da UNIVALI;

Secretaria/Recepção:

Giselle Paganella Lopes, cursando Secretariado Executivo na UNIVALI;

Auxiliar Administrativo:

Edward Pires Senna, 3º grau incompleto;

Serviços Gerais:

Antônia Sônia dos Anjos, 1º grau incompleto;

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ServiçosGerais

AuxAdministrativo

Recepção

Secretaria

DiretorAdministrativo

Estagiarios

Advogados

DiretoraJuridico

Figura 15: Organograma da Hadlich & Advogados Ass. S/S

Fonte: Diretora Jurídico

Advogados Correspondentes no Estado de Santa Catarina:

Lages (Caon Advocacia)

Chapecó (Luiz Antônio Lajus e Advogados Associados)

Criciúma (Góes & Góes Advogados Associados e Dr. Fábio Augusto Ronchi)

Joaçaba ( Bess & Bess Advogados Associados)

Curitibanos (Dr. Ivo Peretto)

Caçador (Dr. Neoberto Geraldo Balestrin)

Blumenau (Dr.Osvaldo Rogério de Oliveira e Dra. Aline de Mello Antunes)

São Bento do Sul (Jonny Zulauf Advogados Associados e Dra. Simone Beatriz Harms)

Concórdia (Dr. Fabiano Adamy)

São Miguel d'Oeste (Dra. Elisabeth Cássia Massoco).

A Hadlich & Advogados Associados S/S possui ainda equipes técnicas terceirizadas

capazes de fornecerem subsídios indispensáveis na solução dos problemas relativos a perícias

e auditorias.

A atuação da empresa é no Estado de Santa Catarina, estando sua sede localizada na

Cidade de Florianópolis, atendendo pessoalmente por seus funcionários, as cidades do litoral

catarinense e da grande Florianópolis. Na impossibilidade de deslocamento até cidades

interioranas, são contratados os advogados associados e os correspondentes, que sempre estão

à disposição para todo e qualquer serviço, tais como comparecimento em audiência, carga de

processos, cópia de documentos, distribuição de peças jurídicas, etc.

A empresa conta, ainda, através da Internet, com o acesso a Instâncias

Administrativas e Judiciais localizadas em outros Estados, tais como Superior Tribunal de

Justiça, Tribunal Superior do Trabalho, Tribunal Superior Eleitoral, Supremo Tribunal

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Federal, Tribunais de Justiça, Tribunais Regionais do Trabalho, Tribunais Regionais Federais,

Fóruns da Justiça Comuns e Federais, para consulta de andamentos processuais e informações

de conteúdo jurídico.

A estrutura dispõe, dentre outros, de modernos sistemas de telefonia central e

informática, que possibilitam ao cliente o pronto atendimento e o acompanhamento de seus

processos.

Abaixo estão descritos os recursos tecnológicos da empresa.

HARDWARE Processador Clock Mem. HD CDROM Pl. Rede Monitor Sist. Op. Pentium II 700 128 20 56X RTL8139 17 WINXP Pentium II 350 256 10 RTL8139 9 FreeBSD Duron 1300 128 20 44X RTL8139 17 WINXP K6 II 500 128 7 RTL8139 14 WINXP Pentium II 400 152 4,8 DAV9102 15 WINXP K6 II 350 128 5 48X RTL8139 17 WINXP Pentium III 650 128 10 50X RTL8139 15 WINXP Duron 1300 128 20 RTL8139 15 WINXP Pentiem III 800 128 30 52X SIS900 15 WINXP Duron 1000 128 10 RTL8139 15 WINXP

Quadro 2: Descrição dos equipamentos de Hardware utilizados pela Empresa. Fonte: Recurso Tecnológico da Hadlich

SOFTWARE Estações Servidor 1 Servidor 2 Windows XP Profissional SP2 Linux Free BSD Linux Free BSD Microsoft Office XP Firewall Banco de Dados MYSQL Norton Anti-Virus 7.0 Anti-Span Lotus Organize Milenium Edition (Agenda Corporativa) CPJ for Windows (sistema para controle de processos jurídicos)

Quadro 3: Descrição dos Softwares utilizados pela Empresa. Fonte: Recurso Tecnológico da Hadlich

A Hadlich & Advogados Associados S/S presta serviços jurídicos a pequenas, médias

e grandes empresas, primordialmente nas áreas de Direito Comercial, Tributário, Trabalhista,

Civil, Administrativo e Previdenciário.

Preocupa-se com o desenvolvimento de seu cliente e, por essa razão, concentram

esforços na prestação de uma assessoria jurídica integral e preventiva. Através dela, a empresa

recebe o acompanhamento de todos os seus atos, desde a criação, atuação no mercado local,

nacional ou internacional, até sua eventual extinção.

A experiência autoriza, também, a atuação no âmbito da recuperação de empresas,

com a adoção de medidas judiciais e extrajudiciais de ordem financeira e tributária.

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4.2 Sistema de Informação Atual

Conforme mencionado, na seção 3.3, utilizou-se para coleta de dados o levantamento

documental, aplicação de questionário e a observação participativa. Foi realizada a pesquisa

documental através dos documentos existentes, utilizados no setor de protocolo da empresa

Hadlich & Advogados, conforme foram expostos no Anexo 01. Para melhor entendimento

será descrito como funciona o sistema atual da empresa, cadastro de documentos

movimentados, ressaltando os pontos positivos e negativos para a comparação dos campos

existentes no sistema atual com o protótipo a ser desenvolvido.

Para o registro dos documentos recebidos e expedidos o setor de protocolo segue uma

rotina, sendo explicado primeiro como funciona o cadastramento de correspondência recebido

pelo correio.

A estagiária que é responsável pelo setor de protocolo verifica a correspondência

diariamente, realizando o cadastro no caderno de protocolo de correspondências recebidas,

conforme anexo 01.

São preenchidos todos os campos, registrando o remetente da correspondência,

descrevendo qual o tipo (simples, AR, sedex, sedex 10, registrada ou em mãos) das

correspondências recebidas e discriminando todos os documentos que estão na carta. É de

grande importância colocar a data e a quem entregou dentro do escritório.

Já para o envio de um documento ou correspondência pelo correio é necessário

registrar no caderno de correspondência enviada. Os advogados deixam no setor de protocolo

os documentos a serem enviados pelo correio para que a estagiária registre no caderno os

dados. Os campos são os mesmos comparados com o caderno de correspondências recebidas,

havendo o preenchimento de todos os campos, sendo: destinatário, tipo da correspondência a

ser enviada, data e discriminação de todos os documentos que constaram na carta. Este

procedimento é feito para cada documento a ser enviado pelo correio. Depois de registrado o

boy da empresa leva as correspondências para o correio.

Além desses dois cadernos, existe ainda um caderno mais especifico, o de saída de

documentos. Nele há o registro dos documentos entregue em mãos, ou seja, entregue ao

cliente. Os registros são os mesmos, o que difere, é que a pessoa que retira o documento em

mãos tem que registrar no caderno de saída o seu nome, para podermos identificá-lo. É

preenchido com o nome da empresa, registrar tipo, data e os documentos entregues. Depois de

assinado, a pessoa já pode levar os documentos.

A estagiária pôde observar diante dessas rotinas, alguns pontos negativos como:

demora no cadastramento dos documentos recebidos e enviados pelo correio ou em mãos,

ferramenta de trabalho é manual, o cadastramento não é muito confiável, demora na busca de

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informação ou documentos, faltando um sistema que possa gerenciar e armazenar as

informações num só lugar ou banco de dados e principalmente com maior rapidez.

A estagiária sugere como ponto positivo o desenvolvimento de um protótipo de um

sistema de informação que possa facilitar no cadastramento de documentos recebidos e

enviados pelo correio ou em mãos, possibilitando maior confiabilidade à seus clientes, sendo

eles internos ou externos.

4.3 As Funcionalidades do Sistema

Pelos motivos e justificativas supracitadas, será descrito a seguir as funcionalidades do

sistema para automatização das atividades no setor de protocolo, caracterizando as tabelas, os

formulários e seus respectivos campos.

A janela principal do aplicativo conterá módulos com as opções: Cadastro de Cliente,

Controle de Correspondências e Relatórios. Cada um destes módulos trará tabelas

possibilitando ao usuário fazer a melhor opção, baseado nas necessidades do Setor de

Protocolo.

Cadastro de Clientes:

Este módulo contará com informações referentes aos usuários que encaminham

correspondência ao setor. Esta tabela terá os seguintes campos:

• Nome: destinado ao cadastramento do nome completo do usuário do sistema. Este

campo estará vinculado ao campo “nome” do Submódulo Correspondência.

• Endereço: cadastro do endereço (Rua, Avenida, etc...) para envio de

correspondências;

• Bairro: cadastro do bairro para envio de correspondências.

• CEP: cadastro do CEP para envio de correspondências;

• Cidade: cadastro da cidade para envio de correspondências.

• UF: cadastro do Estado para envio de correspondências.

Controle de Correspondências:

O Módulo Controle de Correspondências será onde o usuário controlará todas as

correspondências que deram entrada no setor, sejam elas pessoalmente, em mãos ou do

correio. Através deste módulo o usuário manterá um banco de dados com todas as

informações relativas as correspondências recebidas e expedidas. Possibilitando assim, o

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usuário gerenciar novas correspondências recebidas, a expedidas e em mãos. É importante

salientar que para se obter o êxito desejado através deste controle, é indispensável que o

usuário esteja atento aos dados que serão inseridos a fim de alimentar o sistema.

Ele contará com os seguintes submódulos:

• Origem: Neste campo será assinalada a origem da correspondência, que poderá ser:

recebida, expedida;

• Tipo: Neste campo será assinalado o tipo de correspondência, podendo ser: simples,

com AR, simples com AR, sedex, sedex 10, registrada ou em mãos;

• Data: Refere-se à data que consta da correspondência. É um dado importante, pois

serve de referencia para localizá-la;

• Nome: Este campo deve conter o nome da pessoa (contato) a quem foi encaminhada

à correspondência, o qual deverá ser recuperado da “Tabela Cadastro de Cliente”,

pois a mesma correspondência poder ser direcionada a mais de uma pessoa do

mesmo órgão;

• Cidade: Identificação da Cidade quanto à emissão de correspondência;

• Bairro: Identificação do Bairro quanto à emissão de correspondência;

• CEP: Identificar o CEP à emissão de correspondência;

• Estado: Identificação do Estado da Federação;

• Descrimição: descrever os documentos anexados claramente;

Fechar: Encerra o cadastramento ou pesquisa da Tabela Controle de

Correspondências, retornando à tela principal do sistema.

Módulo Pesquisa:

O Módulo de Pesquisa possibilitará ao usuário selecionar, visualizar e imprimir

Relatórios com as informações cadastradas no sistema. Para tanto, é importante que os dados

tenham sido inseridos corretamente, isso fará com que as pesquisas contenham informações

precisa à cerca das correspondências.

Neste Módulo o usuário terá acesso a Relatórios do tipo:

Origem: Nesta opção poderão ser emitidos relatórios das correspondências recebidas,

expedidas;

Tipo: Este campo poderá disponibilizar relatórios de todas as correspondências que

foram recebidas de forma simples, com AR, simples com AR, sedex, sedex 10, registrada e

em mãos.

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Ao clicar opção “nome”, à medida que o usuário for digitando as letras constantes do

nome desejado, serão listados abaixo todos os nomes cadastrados correspondentes àquelas

letras. À medida que forem sendo digitadas as letras, o próprio sistema irá realizar a filtragem

das opções de nomes, e ao final restarão poucas alternativas onde o nome desejado será uma

dessas alternativas.

A pesquisa possibilitará também realizar consultas das correspondências cadastradas

através de palavras-chaves em um dos campos existentes.

4.4 Desenvolvimento do Protótipo

Visando melhorar o cadastramento de documentos no setor de protocolo, será

desenvolvido um protótipo de sistema de informação com base nas funcionalidades do

sistema descrito no item 4.3, facilitando o gerenciamento de informações que circulam no

setor de protocolo da Hadlich & Advogados.

Esse protótipo vem ao encontro das necessidades encontradas no setor, uma vez que,

baseado na coleta de dados, os registros são cadastrados de forma manual, trazendo

dificuldades ao andamento do trabalho.

O desenvolvimento do protótipo de um sistema de informação oferece ao usuário

condições de manter os dados organizados, possibilitando maiores controles sobre as

correspondências, tanto recebidos quanto as expedidas pelo setor.

Este sistema foi desenvolvido por um Software denominado ACCESS, um Sistema de

Gerenciamento de Dados Relacional (SGBDR). Um verdadeiro aplicativo Windows para

criação de banco de dados, com finalidade de interagir com outros aplicativos Windows

tornando o manuseio do usuário uma tarefa fácil. Seu uso fácil fez com que o Access torne-se

o aplicativo predileto para gerenciamento de dados em empresas.

Vale ressaltar a utilização do Modelo Relacional para a criação de tabelas, consultas,

formulários e relatórios, feito no Access para o desenvolvimento do protótipo. Serão

apresentados abaixo, as tabelas, campos e seus relacionamentos, para o desenvolvimento do

protótipo de sistema de informação. A primeira tabela do banco de dados para o setor de

protocolo será a tabela Clientes, conforme mostra a figura 16:

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Figura 16: Tabela Cliente Fonte: Pesquisadora.

As tabelas servem para armazenar todos os dados, ou seja, as informações a serem

manipuladas em um banco de dados. Os dados armazenados em uma tabela podem ser de

diversos tipos: texto, número, datas, etc. No Access, cada tabela deverá armazenar dados

referentes a um mesmo assunto. Por exemplo, a figura 16 da tabela cliente, armazenará

informações a respeito dos clientes: código, nome, endereço, bairro, etc. Mas para finalizar a

tabela Cliente, é necessário definir a chave primária dentro de uma tabela. No campo tabela

existirá sempre um código, que será do tipo auto-numeração, que serve para numerar

seqüencialmente os registros de uma tabela. Os campos do tipo auto-numeração não podem

ser atualizados. Assim, após a escolha do campo, será possível adicionar a chave primária que

possibilitará o relacionamento entre as tabelas de um banco de dados.

A segunda tabela será a Tabela Correspondência, demonstrada na figura 17:

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Figura 17: Tabela de Correspondências Fonte: Pesquisadora.

A tabela correspondência possui os mesmos campos da tabela cliente, mas a diferença

é que esta é a principal, pois é nela que as outras informações estarão ligadas. Ao observar a

figura 17, nota-se que o campo código-correspondência é chave primária e, por esse motivo,

definiu-se como auto-numeração. Além da chave primária, existem os campos código-

remetente, destinatário, origem e tipo, os quais possuem como tipos de dados “número”

denominados como chaves múltiplas, que serve para relacionar com a chave primária de outra

tabela.

Para registrar as informações nela, é preciso buscar informações nas tabelas clientes,

origens, tipos. Por isso, é importante que todas estejam relacionadas.

A terceira tabela será Tabela de Origem, conforme figura 18:

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Figura 18: Tabela de Origem Fonte: Pesquisadora

Na tabela Origem, existem apenas dois registros, sendo um código-origem que possui

o tipo de dados auto-numeração, denominado chave primária. Com esta tabela é possível

saber qual origem da correspondência, sendo: recebida ou expedida.

A quarta tabela, é Tabela Tipos, demonstrado na figura 19:

Figura 19: Tabela Tipos Fonte: Pesquisadora.

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Esta tabela, possui apenas dois campos registrados, sendo como chave primária o

primeiro campo, denominado código-tipo e o outro como campo nome-tipo, que refere-se a

forma como a correspondência recebida ou expedida será registrada, sendo: Simples, AR,

Registrada, Sedex, Sedex 10 ou em Mãos. Esta será também relacionada com a Tabela

Correspondência.

Na quinta tabela, apresentada a figura 20, aparece o relacionamento entre elas,

fechando assim, o Modelo Relacional.

Porém, antes de apresentá-la, é necessário abordar que existem dois tipos de

relacionamentos entre elas: um-para-um e um-para-muitos. O relacionamento para este

trabalho será um-para-muitos.

Para que seja possível o relacionamento entre tabelas, é necessário que exista pelo

menos um campo em comum nas tabelas a serem relacionadas. Assim, tanto na tabela cliente,

como correspondência, origem e tipo existem campos que identificam os códigos, permitindo

assim relacionar todas as tabelas. Os campos em comum não precisam ter o mesmo nome,

mas devem ter o mesmo tipo de dados e, caso sejam do tipo número, precisam ter também o

mesmo tamanho. A única exceção é o tipo de dados auto-numeração.

Observe a janela Relacionamentos após o relacionamento de todas as tabelas do banco

de dados do Setor de Protocolo.

Figura 20: Relacionamento entre Tabelas Fonte: Pesquisadora.

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Ao analisar o relacionamento das tabelas do banco de dados do Setor de Protocolo,

consideramos que:

• Um mesmo cliente pode enviar diversas correspondências;

• Um mesmo tipo pode repetir várias vezes;

• Uma origem de correspondência pode repetir várias vezes;

Depois de feito o relacionamento entre as Tabelas, será possível criar Formulários,

Consultas e até Relatórios. No próximo item será apresentado o protótipo e suas

funcionalidades.

4.4.1 Apresentação do Protótipo

A partir das funcionalidades do sistema mencionada no item 4.3, foi desenvolvido os

formulários com as opções: Controle de Correspondências; Cadastro de Cliente e um tipo de

Relatórios. Cada um destes módulos trará tabelas que possibilitarão ao usuário visualizar os

campos existentes.

Vale acrescentar, que os formulários apresentam uma interface que permite ao usuário

visualizar, editar, acrescentar e excluir registros de uma tabela ou consulta. Pode utilizar

botões, caixa de listagem e de combinação para facilitar a entrada e alteração das

informações. Existem tipos de formulários, como: modo estrutura, assistente e outros. Para a

criação desse protótipo, foi escolhido o modo estrutura, que pode criar outros controles para

facilitar a entrada e alteração dos dados e ainda manipular os controles já existentes,

excluindo-os, movendo-os, dimensionando-os e formatando-os como desejar.

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Figura 21: Tela Inicial do Protótipo. Fonte: Pesquisadora

A figura 21 mostra como o protótipo vai ser visualizado quando acessado, sendo a tela

inicial do sistema. Quando clicar no botão Cadastro de Cliente, abrirá uma tela com vários

campos, apresentada na figura 22.

Figura 22: Tela de Cadastro de Cliente. Fonte: Pesquisadora

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Após ser cadastrado o cliente, retorna-se a tela inicial e ao clicar em controle de

correspondência, abrirá outra tela com vários campos a serem preenchidos, conforme mostra a

figura 23.

Figura 23: Tela de Controle de Correspondência Fonte: Pesquisadora

Será nesta tela, o cadastramento de correspondências recebidas e expedidas, podendo

assim, fazer consultas que permite pesquisar os dados armazenados nas tabelas e também

classificar informações para melhor visualização, conforme figura 24:

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Figura 24: Classificação da Consulta de Correspondências Fonte: Pesquisadora

Esta consulta foi criada para exibir as correspondências recebidas, especificando a data

e o nome do cliente em ordem crescente. Para visualizar esta consulta, segue figura 25:

Figura 25: Consulta de Correspondências Fonte: Pesquisadora

Esta consulta demonstra de maneira bem clara as correspondências recebidas em

ordem crescente, sendo um exemplo de consulta, existem vários tipos de consulta, basta

classificar as informações desejadas. Já para criar um relatório é necessário selecionar e

classificar as informações de uma ou mais tabelas relacionadas, como será demonstrado na

figura 26:

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Figura 26: Estrutura do Relatório de Correspondências Fonte: Pesquisadora

Este relatório foi criado para exibir quais clientes enviaram correspondências,

especificando a data, origem e tipo. Para visualizar este relatório, segue fugira 27:

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Figura 27: Tela do Relatório de Correspondências Fonte: Pesquisadora

Ao observar este relatório, nota-se que existem seis correspondências recebidas quanto

só uma expedida, sendo que Hadlich & Advogados recebeu mais do que expediu neste

período.

Assim sendo, com a implantação desse sistema, ter-se-ia um banco de dados com

todas as informações, possibilitando manter um arquivo histórico das correspondências

recebidas e expedidas pelo setor de protocolo, além de facilitar as consultas, pesquisas e

emissão de relatórios.

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Por ser um sistema simples de manusear, todos os usuários poderão com um rápido

treinamento fazer uso do mesmo, uma vez que todos os setores possuem uma infra-estrutura

de informática razoável e que já é utilizada pelos funcionários em sua rotina diária de

trabalho. Este treinamento será realizado no próprio local de trabalho pela própria pessoa que

desenvolveu o sistema.

É notável, a grande importância desse protótipo perante a empresa, pois se acredita

que o desenvolvimento desta solução trará uma melhor relação custo x benefício e, dentre

alguns pontos positivos, destacam-se: o custo produção é quase nulo; não seriam necessários

investimentos extras para ajustes e/ou ampliação do sistema; o suporte seria imediato,

fornecido pelo próprio funcionário que desenvolveu o sistema; e uma melhor adequação às

rotinas existentes, uma vez que o trabalho de coleta e analise de dados foi desenvolvido com o

presente projeto.

4.5 Apresentação do Protótipo à Empresa

Para saber a opinião referente a este protótipo, foi desenvolvida uma apresentação aos

diretores da empresa no dia 18 de novembro de 2005, (ver apêndice) a fim de que eles

conheçam o trabalho desenvolvido bem como as potencialidades do sistema. Após a

apresentação, pediu-se que fosse respondido o Questionário de Avaliação de Software,

conforme apêndice, a fim de saber a receptividade e normalizar as respostas.

Tal Formulário apresenta 7 grupos considerados como princípios e, para cada um

deles, algumas perguntas objetivas cujas respostas são avaliadas com pesos de 1 para menor

pertinência e 7 para maior pertinência. Assim, após analise desta avaliação, observou-se que o

protótipo, no princípio da Adequação à Tarefa demonstrou resultados acima de 7 em todas as

perguntas. Para o princípio da auto-descrição e controle o protótipo desempenhou sua função

com êxito, sendo 7 para todas. Para conformidade e expectativas dos usuários teve-se grande

aceitação, mais que 7 em todas as perguntas com relação ao protótipo, os diretores estão

satisfeitos com o desempenho do Software e sugerem que seja implantado logo.

O protótipo, segundo os avaliadores, proporciona soluções claras e objetivas com

relação à tolerância a erros, suporte à individualização e a adequação ao aprendizado, todas

tiveram nota acima de 7.

Vale lembrar que o objetivo do protótipo é proporcionar ao usuário meios seguros no

cadastramento de informações, facilitando as tarefas rotineiras do setor de protocolo. Assim,

chega-se a conclusão de que o protótipo obteve grande aceitação diante dos diretores da

empresa Hadlich & Advogados Associados. Todavia quanto ao sistema final recomenda-se

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uma nova avaliação com base no protótipo e suas funcionalidades, lembrando que seu

desempenho com relação ao cadastramento de correspondência recebidas e expedidas seja a

maior ainda.

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5 Conclusão e Recomendações

As descentralizações de informações existentes, atualmente, em algumas empresas

estão fazendo com que a execução de determinadas atividades seja lenta e até improdutivas

economicamente. Essas empresas estão precisando dinamizar seu trabalho, visando agilidade

na execução desses. Através dessa pesquisa foi constato que a empresa Hadlich & Advogados

Associados S/S é uma dessas empresas.

Essa constatação foi feita através da observação participativa que foi realizada pela

pesquisadora que faz parte do grupo da empresa, onde frisou muito claramente que o

cadastramento de correspondências enviadas ou recebidas e a forma de como estão

armazenadas, precisam realmente de mudanças. Mudanças essas que passaram a centralizar o

armazenamento das informações que atualmente encontravam-se descentralizada.

Pôde-se aprender no curso de Automação de Escritório e Secretariado algumas

ferramentas que ajudam muito na agilização dos trabalhos de escritório. Para solucionar os

problemas aqui apresentados, foi-se buscar na automação a solução. Dentre as ferramentas

estudadas escolheu-se o Access, pois é adequada para reunir todas as informações num só

local, ou seja, centralizá-las. Com a utilização dessa ferramenta, o processo de cadastramento

de correspondência, ganha agilidade, evita acúmulo de documentos e registros errados.

O protótipo apresentado possibilita ao setor de protocolo acompanhar as

correspondências recebidas ou expedidas, fazendo com que o usuário tenha todas as

informações cadastradas dentro do sistema.

À empresa recomenda-se que o protótipo seja finalizado, mesmo após a conclusão

deste relatório de estágio. Há interesse em instalar este sistema, considerando suas

funcionalidades demonstrada no protótipo, mas, acrescentando novas funções para

desenvolvimento de novas consultas e relatórios.

Enfim, utilizando adequadamente a ferramenta indicada e seguindo as recomendações

sugeridas, tem-se a certeza de que os funcionários que trabalham nesse campo, o do Setor de

Protocolo, poderão desempenhar melhor suas funções, com muita eficiência, maior rapidez, e

segurança, significando lucro para a Empresa Hadlich & Advogados Associados S/S.

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7 ASSINATURAS

Giselle Paganella. Lopes Marlise Dias Marcus Antônio da Silva Estagiário (a) Supervisor(a) de campo Professor (a) Orientador (a)

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APÊNDICE 01 – Questionário para Avaliação de Software

Marque um X no quadro correspondente considerando 7 para a pontuação máxima de cada

item.

PRINCÍPIO SELECIONE O CONCEITO QUE MELHOR RESPONDE À PERGUNTA: O PRODUTO...

1 -

2

3

4

5

6

7 +

01. oferece todas as funções necessárias para realizar eficientemente astarefas?

02. oferece bons recursos para automatizar tarefas repetitivas? Adequação

à Tarefa

03. é apropriado para as necessidades do trabalho? 04. proporciona boa noção do efeito de suas funções? Auto-Descrição 05. indica de maneira suficiente qual entrada é permitida ou desnecessária? 06. evita que o usuário execute uma seqüência rígida e desnecessária depassos?

Controle 07. permite determinar o tipo de informação e a forma como será apresentada

na tela?

08. possui um padrão de interface que facilita a orientação do usuário?

09. indica, com clareza, se uma entrada foi bem sucedida ou não? Conformidade e

expectativas dos usuários

10. indica a situação e em que ponto se encontra o processamento que estásendo executado?

11. é projetado de forma que pequenos erros não têm conseqüências severas?

12. informa imediatamente sobre erros na entrada? 13. proporciona mensagens de erro fáceis de entender?

Tolerância a erros

14. requer pouco esforço para corrigir um erro?

15. é facilmente adaptável ao estilo individual de trabalho do usuário?

16. é facilmente adaptável ao nível de conhecimento de usuários iniciantes eexperientes?

Suporte à

individualização

17. permite que a tela seja adaptável às necessidades individuais do usuário? 18. requer pouco tempo para aprender? 19. requer a memorização de poucos detalhes? 20. é projetado de forma que o que é aprendido é facilmente memorizado?

Adequação ao aprendizado

21. é fácil de aprender sem apoio externo ou um manual?