70
Tese de Licenciatura em Engenharia Geográfica Esalgido da Costa Francisco Nº 75957 1 INTRODUÇÃO O conhecimento da dinâmica e das características territoriais, numa perspectiva abrangente do espaço incluindo o homem e as suas actividades, através de uma informação de base eficazmente organizada e tratada, permite identificar oportunidades para responder a profunda alteração a que se assiste actualmente das variáveis que determinam a natureza e distribuição dos usos e funções do território, sendo igualmente fundamental para níveis de decisão em termos de escolha e opções políticas e na adaptação dos respectivos instrumentos (Bicho, 1995; Veiga Simão, 2002). O rápido crescimento e desenvolvimento socioeconómico nas últimas décadas revelaram uma acentuada expansão das cidades com o consequente aumento de redes de infra-estruturas, de equipamentos, e estruturas diversas, que transformam constantemente o território. Este nível de desenvolvimento obriga as entidades gestoras a tomarem medidas elaborando. Surge assim a necessidade de recorrer a ferramentas de apoio, que resolvam o problema do armazenamento e gestão de elevado volume de informação, que permitam efectuar análises espaciais, simulações, ou seja uma ferramenta de apoio à decisão e apoio ao desenvolvimento equilibrado da evolução humana e da sua interacção com a cidade e com o meio ambiente. Como é natural, a estrutura e a forma de um espaço geográfico mudam constantemente, motivo pelo qual, é de notória importância a descrição dessas mudanças ocorridas, principalmente, por meio da cartografia, pois permitirá ter uma maior percepção do espaço e consequentemente na análise e solução de problemas relacionados ao mesmo espaço. Em conformidade deste pensamento, SILVA (2007:1), expõe, de forma clara, que ―a informação representa uma ferramenta fundamental para o desenvolvimento do ambiente urbano. Além de permitir o planeamento de acções e dar suporte aos propósitos de qualquer gestão, ela está directamente ligada aos processos de tomada de decisão‖. Os Sistemas de Informação Geográficos (SIG) proporcionaram o tratamento dos dados espaciais. Neste sentido, o principal objectivo do projecto ―SIGTILHAL-Sistema de Informação Geográfica para Turismo na Ilha de Luanda‖ é fornecer a esta direcção uma

Desenvolvimento de uma aplicação sig web

Embed Size (px)

DESCRIPTION

DESENVOLVIMENTO DE UMA APLICAÇÃO SIG-WEB VOLTADA AO TURISMO NA ILHA DE LUANDA

Citation preview

Page 1: Desenvolvimento de uma aplicação sig web

Tese de Licenciatura em Engenharia Geográfica – Esalgido da Costa Francisco Nº 75957

1

INTRODUÇÃO

O conhecimento da dinâmica e das características territoriais, numa perspectiva

abrangente do espaço incluindo o homem e as suas actividades, através de uma

informação de base eficazmente organizada e tratada, permite identificar oportunidades

para responder a profunda alteração a que se assiste actualmente das variáveis que

determinam a natureza e distribuição dos usos e funções do território, sendo igualmente

fundamental para níveis de decisão em termos de escolha e opções políticas e na

adaptação dos respectivos instrumentos (Bicho, 1995; Veiga Simão, 2002).

O rápido crescimento e desenvolvimento socioeconómico nas últimas décadas

revelaram uma acentuada expansão das cidades com o consequente aumento de redes de

infra-estruturas, de equipamentos, e estruturas diversas, que transformam

constantemente o território. Este nível de desenvolvimento obriga as entidades gestoras

a tomarem medidas elaborando.

Surge assim a necessidade de recorrer a ferramentas de apoio, que resolvam o

problema do armazenamento e gestão de elevado volume de informação, que permitam

efectuar análises espaciais, simulações, ou seja uma ferramenta de apoio à decisão e

apoio ao desenvolvimento equilibrado da evolução humana e da sua interacção com a

cidade e com o meio ambiente.

Como é natural, a estrutura e a forma de um espaço geográfico mudam

constantemente, motivo pelo qual, é de notória importância a descrição dessas

mudanças ocorridas, principalmente, por meio da cartografia, pois permitirá ter uma

maior percepção do espaço e consequentemente na análise e solução de problemas

relacionados ao mesmo espaço. Em conformidade deste pensamento, SILVA (2007:1),

expõe, de forma clara, que ―a informação representa uma ferramenta fundamental para o

desenvolvimento do ambiente urbano. Além de permitir o planeamento de acções e dar

suporte aos propósitos de qualquer gestão, ela está directamente ligada aos processos de

tomada de decisão‖.

Os Sistemas de Informação Geográficos (SIG) proporcionaram o tratamento dos

dados espaciais.

Neste sentido, o principal objectivo do projecto ―SIGTILHAL-Sistema de

Informação Geográfica para Turismo na Ilha de Luanda‖ é fornecer a esta direcção uma

Page 2: Desenvolvimento de uma aplicação sig web

Tese de Licenciatura em Engenharia Geográfica – Esalgido da Costa Francisco Nº 75957

2

ferramenta que permite optimizar a gestão da informação e possibilitar uma

identificação fácil de entidades turísticas perante novas realidades.

O SIGTILHAL será um exemplo de aplicação WebGIS com objectivos de

análise e visualização integrada de informação.

Nesse sentido, as aplicações de SIG para a ambiente Web, ou seja, os SIG-WEB

representam uma evolução dos SIG Desktops para os SIG distribuídos na Internet, estes

aplicativos possuem uma interface amigável para apresentação de dados espaciais de

forma interactiva e integrada quando comparada aos sites convencionais, abrindo novos

canais de comunicação entre os gestores e os turistas.

É importante ressaltar que a utilização de tecnologias livres, programas com

código de fonte aberta, representa uma grande vantagem no desenvolvimento de uma

aplicação SIG-WEB, pois possibilita a redução do valor final do aplicativo.

A partir do que foi exposto, o principal objectivo deste trabalho é estudar o

desenvolvimento de uma aplicação SIG-WEB com enfoque na disponibilização de

dados turísticos, sendo desenvolvida através de programas de Geoprocessamento livres.

Como objectivos específicos para a consecução deste estudo, o trabalho propõe:

- Analisar a utilização de tecnologias para SIG na Web, através de softwares livres;

- Montar uma base actualizável e geocodificada para dados turísticos;

- Mostrar a potencialidade da ferramenta desenvolvida, através de análises e simulações.

Ao longo deste trabalho serão discutidos e apresentados tópicos estruturados na

seguinte forma:

No capítulo 1 - GEOPROCESSAMENTO E TURISMO - é realizada uma

revisão bibliográfica destacando e exemplificando os principais conceitos abordados

durante o trabalho.

No primeiro tópico – Turismo – são descritas algumas definições de turismo,

baseados nos principais autores da área e de maneira introdutória, e introduzidos

conceitos e aplicações de SIG-WEB.

No segundo tópico – SIG e Internet – é realizado uma sinopse geral sobre os

Sistemas de Informação e Internet, destacando a importância da democratização de

dados espaciais.

Page 3: Desenvolvimento de uma aplicação sig web

Tese de Licenciatura em Engenharia Geográfica – Esalgido da Costa Francisco Nº 75957

3

O terceiro tópico – ArcGis Online, demonstrado através de aplicações já desenvolvidas

o potencial é a interactividade resultante deste programa.

O capítulo 2 – CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA EM ESTUDO – faz uma breve

apresentação da cidade de Luanda, com enfoque para o Bairro da Ilha de Luanda, área

de estudo deste trabalho.

No capítulo 3 - denominado MATERIAS E METÓDOS, está descrito todos os

métodos necessários para proceder o desenvolvimento de uma aplicação SIG-WEB.

Neste são especificados os matérias utilizados para o desenvolvimento da aplicação e

apresentados processos para elaboração de bases de dados. Também são detalhados

processos para construção de páginas para Web.

No capítulo 4, RESULTADOS, é apresentado o SIG-WEB de Turismo,

destacando a potencialidade da aplicação e são realizadas análises a partir dos resultados

obtidos no estudo de caso, bem como são discutidos os produtos gerados pelo trabalho.

As CONSIDERAÇÕES FINAIS (RESULTADOS) trazem as conclusões sobre o

trabalho desenvolvido, sua importância, e relato de proposta para possível

aperfeiçoamento.

Na REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA estão listadas as fontes bibliográficas que

serviram de apoio para este trabalho.

Nos ANEXOS são apresentados alguns documentos que descrevem a

configuração do projecto desenvolvido.

2 – Problema

Com a implementação deste sistema de informação é possível dar respostas a um

conjunto de questões sobre a caracterização das actividades hoteleiras desenvolvidas em

toda região turísticas da Ilha de Luanda, bem como ajudar as entidades a elaborar novas

estratégias comercias para a região.

O SIGTILHAL será de grande importância uma vez que temos um défice na

informação bem como localização das unidades turísticas e carecemos de respostas

concernente as novas unidades industriais.

Page 4: Desenvolvimento de uma aplicação sig web

Tese de Licenciatura em Engenharia Geográfica – Esalgido da Costa Francisco Nº 75957

4

3 – Objectivos:

3.1-Objecto de Estudo

Criação de banco de dados SIG das entidades hoteleiras da região da ilha de

Luanda. Pretende-se que o desenvolvimento deste projecto, na área correspondente

contribua para:

1. Facilitar o acesso a informação;

2. Minorar as situações de existência ou má qualidade de informação;

3. Actualizar a informação com periodicidade necessária;

4. Facilitar a emissão de informação devidamente georrefenciada.

3.2-Objectivos Gerais

O Projecto foi desenvolvido em cinco eixos, todos relativos á área da ilha de

Luanda, com os seguintes objectivos:

Caracterização dos Recursos Turísticos: Visa o desenvolvimento de um

sistema de informação geográfica de modo a facilitar a sua localização, análise

dos tipos de serviços prestados e Anexos Industriais de apoio turísticos.

Caracterização dos Estabelecimentos Comerciais e hospitalares: Visa o

desenvolvimento de um sistema de informação geográfica de modo a facilitar a

sua localização.

Caracterização dos Postos de Abastecimento de Combustíveis, Luz e Água:

Visa o desenvolvimento de um sistema de informação geográfica de modo a

facilitar a sua localização.

Informação Acessória: Visa o desenvolvimento de um sistema de informação

geográfica de modo a integrar no sistema informação necessária para o referido

projecto, por exemplo, Imagens Raster das Cartas militares, Limites

administrativos, Toponímia.

4-Hipótese

A informação geográfica é cada vez mais uma infra-estrutura estratégica no

ordenamento do território e por isso uma ferramenta essencial para facilitar a realização

de um amplo leque de actividades da administração pública.

Page 5: Desenvolvimento de uma aplicação sig web

Tese de Licenciatura em Engenharia Geográfica – Esalgido da Costa Francisco Nº 75957

5

Mostrar a importância da ferramenta SIG no tratamento das informações espacializadas

viabilizando o sistema de geoprocessamento Hoteleiro.

5 – Requisitos do Sistema

Os SIG constituem um poderoso conjunto de ferramentas de recolha,

armazenamento, actualização, gestão, análise e exibição de dados espaciais. A

incorporação desta tecnologia pode contribuir para melhorar os serviços oferecidos no

mercado turístico, pois assenta na capacidade de fazer chegar informação a diferentes

agentes, incluindo a comunidade.

6-Benefícios

1. O Ministério de Hotelaria e Turismo bem como outras entidades ligadas ao

turismo terão bancos de dados georreferenciados com informações no campo.

2. O governo e o país terá a informação digital que lhe permitirá controlar

quando julgar conveniente e necessário.

7 – Metodologia

Mediante a disponibilização de dados colectados em campo e dos dados

cartográficos, Vamos elaborar um sistema cadastral de informações geocodificadas e a

partir daí, desenvolver uma aplicação SIG-WEB envolvendo toda a infra-estrutura

turística para a área do Bairro da Ilha de Luanda. Para o desenvolvimento da pesquisa

foram adoptados os seguintes procedimentos metodológicos:

Caracterização do Problema - Esta fase do projecto tem como finalidade

entender a extensão dos serviços, voltados para a divulgação e expansão do Turismo,

actualizado o cadastro de toda infra-estrutura turística da área, aliado a um sistema de

informação SIG-WEB.

Coleta de Dados – A base cartográfica utilizada no trabalho vai ser composta por

arquivos vectoriais resultado de um processo de digitalização das imagens aéreas e

satélite.

Para o tratamento dos dados espaciais, utilizou-se os programas ArcGIS 10 e 10.1.

Page 6: Desenvolvimento de uma aplicação sig web

Tese de Licenciatura em Engenharia Geográfica – Esalgido da Costa Francisco Nº 75957

6

CAPÍTULO I - TURISMO E GEOPROCESSAMENTO

1.1 - Turismo

O turismo, em função de sua organização estrutural e suas definições

empresariais, administrativas, bem como profissionais, foi delimitado em tipos, formas,

modalidades, entre outras segmentações. No entanto, de acordo com Andrade (2001),

essa delimitação não possui nenhuma segurança científica, pois não há grandes

reflexões sobre o assunto.

A definição de turismo aceita do ponto de vista formal foi concebida pela

Organização Mundial do Turismo – OMT (BARRETO, 1995) onde a mesma afirma que

o turismo é: ―A soma de relações e de serviços resultantes de um câmbio de residência

temporário e voluntário motivado por razões alheias a negócios ou profissionais‖. No

ano de 2003 a OMT complementa, ―o turismo compreende as actividades das pessoas

que viajam e permanecem em lugares fora de seu ambiente habitual, por não mais de

um ano consecutivo para lazer, negócio ou outros objectivos‖.

A exploração turística, denominada muitas vezes de ―indústria do turismo‖ tem-

se caracterizado por um marcante crescimento nas últimas décadas, alimentando

esperanças de crescimento económico em diversas regiões do país. O que pode ser

comprovada pelo fato da actividade fazer turística fazer parte da pauta da maioria dos

governos.

Compreender a actividade do turismo significa valorizar o espaço geográfico, a

comunidade receptora, como também valorizar o turista, de forma a atrair e difundir tal

actividade levando as belezas naturais, culturais aos olhares de visitantes oriundos de

outras localidades.

O turismo é um fenómeno económico, político, social e cultural que deve ser

estudado de modo especial pela cartografia, através da sistematização de uma

cartografia do turismo, na qual o mais importante não é somente projectar símbolos para

compor um mapa, e sim reflectir sobre como este deve ser organizado, a fim de expor

claramente o raciocínio correto sobre o fenómeno, comunicando a verdadeira

informação ao público que se utiliza desses mapas. (MARTINELLI, 1995).

Page 7: Desenvolvimento de uma aplicação sig web

Tese de Licenciatura em Engenharia Geográfica – Esalgido da Costa Francisco Nº 75957

7

1.1.2 Origem e evolução do turismo

A capacidade mental do homem faz com que ele, em um determinado momento

de sua vida, tenha o desejo de conhecer novos ambientes, independentemente de suas

necessidades básicas de sobrevivência. De acordo com Barreto (2000, p. 19) o conceito

do turismo, na linguagem quotidiana, e entendido como ―um quase sinónimo de

viagem‖.

O conceito turismo surge no século XVII na Inglaterra, referido a um tipo

especial de viagem.

A palavra tour e de origem francesa, como muitas palavras do inglês moderno

que definem conceitos ligados a riqueza e a classe privilegiada. […] a palavra tour

quer dizer volta e tem seu equivalente no inglês turn, e no latim tornare (BARRETO,

2003, p. 43).

Na Antiguidade Clássica, os gregos faziam deslocamentos constantes para

assistir, participar e ao mesmo tempo usufruir de espectáculos culturais, cursos, festivais

e jogos, os quais eram destinados aos cidadãos que se destacavam perante as outras

categorias sociais, e principalmente dos escravos.

Os jogos olímpicos, que tiveram seu início no mundo grego, ainda hoje são uma

referência mundial que movimenta milhões de dólares com o fluxo de turistas.

Com o advento da Revolução Industrial e o desenvolvimento das relações

capitalistas, a riqueza deixa de ser unicamente a terra e passa a ser a produção e o

trabalho. Esse fato faz com que um numero maior de indivíduos de classes sociais

intermediarias passe a dispor de condições financeiras para realizar viagens, como

também de um tempo maior para o lazer. Ao mesmo tempo, o desenvolvimento

tecnológico trouxe melhorias aos meios de transporte que diminuíram o custo das

viagens e tornaram-nas mais baratas e confortáveis. A sociedade industrial e o avanço

tecnológico permitiram que os trabalhadores tivessem mais tempo para o lazer,

transformando o turismo em fenómeno mundial de massas (BARRETO, 2003).

Page 8: Desenvolvimento de uma aplicação sig web

Tese de Licenciatura em Engenharia Geográfica – Esalgido da Costa Francisco Nº 75957

8

Em 1841, o inglês Thomas Cook passa ser o primeiro a agenciar viagens

turísticas e fazer a organização de grupos, oferecendo pacotes de férias, além de

introduzir guia turístico e publicar guias de orientações aos turistas. Com essa primeira

viagem em larga escala, massifica-se o turismo e inicia-se o turismo moderno

(CAMARGO, 2001, p. 49).

Após a Segunda Guerra Mundial, o turismo evoluiu como consequência dos

aspectos relacionados a produtividade empresarial, ao poder de compra das pessoas e ao

bem-estar resultante da restauração da paz no mundo (FOURASTIE, 1979).

A partir desse período, houve o surgimento dos processos tecnológicos nas

comunicações e nos transportes, a sociedade civil passou a ter acesso a diversos bens de

consumo, inclusive a viagens, os quais puderam ser proporcionados em função do

desenvolvimento económico de larga escala, o qual se constatava.

A partir do início da década de 1970, o turismo de massa se destaca de forma

mais acentuada, sendo desencadeados aspectos negativos na estrutura social,

económica, e ambiental nos ambientes visitados. Nos anos 1980 surge a proposta de um

turismo alternativo, contrario ao turismo de massa, representando o momento de

mudança de mentalidade em relação a sociedade e ao modelo de desenvolvimento. Esse

novo formato passa a considerar que a actividade só deve existir se o principal objectivo

for a melhoria da qualidade de vida das populações, por meio de um turismo diferente e

alternativo.

Nas últimas duas décadas, o turismo apresenta um crescimento contínuo, sendo

um dos sectores económicos que mais crescem no mundo. O turismo contemporâneo

esta intimamente ligado ao desenvolvimento e engloba um numero crescente de novos

destinos e diversidades. Segundo a Organização Mundial de Turismo, essas dinâmicas

tem transformado o turismo em factor fundamental para o progresso socioeconómico

dos países.

1.1.3-Mercado turístico

No âmbito da indústria do turismo, observam-se diferentes visões de segmentos.

Ignarra (2003) define 51 segmentos do turismo de acordo com 11 critérios, conforme

apresentados no Quadro abaixo.

Page 9: Desenvolvimento de uma aplicação sig web

Tese de Licenciatura em Engenharia Geográfica – Esalgido da Costa Francisco Nº 75957

9

Critérios de segmentação Segmentos do turismo

1-Faixa etária

- Turismo infanto-juvenil;

- Turismo de meia-idade.

- Turismo de terceira idade;

2-Nível de renda

- Turismo popular;

- Turismo de classe media (turismo de massa).

- Turismo de luxo;

3-Meio de transporte

- Turismo aéreo;

- Turismo rodoviário;

- Turismo ferroviário.

- Turismo marítimo;

- Turismo fluvial/lacustre;

4-Duração da permanência

- Turismo de curta duração;

- Turismo de média duração.

- Turismo de longa duração;

5-Distância do mercado

consumidor

- Turismo local;

- Turismo regional;

- Turismo nacional.

- Turismo continental;

- Turismo intercontinental;

6-Tipo de grupo

- Turismo individual;

- Turismo de casais;

- Turismo de famílias.

- Turismo de grupos;

- Turismo de grupos especiais;

7-Sentido do fluxo turístico - Turismo emissivo;

- Turismo receptivo.

8-Condição geográfica do

destino

- Turismo de praia;

- Turismo de montanha;

- Turismo de campo;

- Turismo de neve.

Page 10: Desenvolvimento de uma aplicação sig web

Tese de Licenciatura em Engenharia Geográfica – Esalgido da Costa Francisco Nº 75957

10

9-Aspecto cultural

- Turismo étnico;

- Turismo religioso;

- Turismo histórico;

- Turismo antropológico.

- Turismo arqueológico;

- Turismo artístico;

- Turismo de eventos programados;

10-Urbanização do destino

- Turismo de metrópoles;

- Turismo de áreas naturais;

- Turismo rural;

- Turismo de pequenas cidades.

11-Motivação das viagens

- Turismo de compras;

- Turismo de eventos;

- Turismo de entretenimento;

- Turismo de saúde;

- Turismo gastronómico;

- Turismo educacional;

- Turismo de aventuras;

- Turismo esportivo;

- Turismo de pesca;

- Turismo de descanso.

Tabela 1 – Segmentos do turismo

Fonte: Adaptado de Ignarra (2003)

1.1.4-Tipos de Turismo

No entanto, o relatório WTTC (2003, p. 3-4) apresenta apenas oito tipos

característicos de turismo, apresentados na tabela 2.

Page 11: Desenvolvimento de uma aplicação sig web

Tese de Licenciatura em Engenharia Geográfica – Esalgido da Costa Francisco Nº 75957

11

Tipos Características

1-Étnico

Em que o turista reage com os residentes locais, normalmente

povos indígenas, visitando suas casas, observando sua rotina

diária e participando de seus acontecimentos rituais.

2-Cultural

Enfatiza os estilos de vida do passado, representados por

desempenhos e festivais.

3-Histórico

Envolve visitas a monumentos, museus e locais de importância

histórica.

4-Literário

E uma forma de expressão cultural e de comunicação que

envolve a apropriação de Imagem entre diferentes sistemas

simbólicos, já que permite as pessoas conviver com

determinadas fantasias por intermédio de livros e autores

favoritos e atitudes ou outros valores culturalmente assumidos.

5-Receptivo

No qual há a procura unicamente de lazer, podendo apresentar

múltiplos interesses específicos ou nenhum.

6-Religioso

Em que há visita a um destino de especial significação a uma

religião especifica, podendo fazer parte de uma viagem de lazer

e objectivos múltiplos ou que enfatiza

Unicamente seu aspecto religioso, a peregrinação em si.

7-Desportivo

Em que o turista se desloca para participar, como espectador, de

um evento desportivo, podendo este ter ou não um carácter

periódico.

8-Ambiental

Também denominado turismo ecológico ou ecoturismo, no qual

o turista viaja a um destino caracterizado pela presença de áreas

paisagísticas, procurando a amenidade e o valor recreativo

resultante do contacto com aspectos do mundo natural.

Tabela 2 – Segmentos turísticos WTTC

Fonte: Adaptado de WTTC (2009)

Page 12: Desenvolvimento de uma aplicação sig web

Tese de Licenciatura em Engenharia Geográfica – Esalgido da Costa Francisco Nº 75957

12

1.2-Turismo em Angola

1.2.1-Breve Historial sobre o Turismo em Angola

Nos fins da década de 50 e princípios da década de 60 do século XX, o turismo

registou um extraordinário crescimento tanto em Portugal como nas Colónias

Ultramarinas (da qual Angola era parte integrante), tendo contribuído para tal o papel

preponderante do Estado Português através de adequadas medidas legislativas de

orientação e de controlo.

Os Órgãos Centrais do Turismo estavam sedeados em Portugal Continental,

especificamente em Lisboa. No que concerne a Angola e as restantes ex-Províncias do

Ultramar, só em Março de 1959 através do Decreto-Lei n.º42194 de 27 de Março que

cria nesses territórios os Centros de Informação e Turismo, foi institucionalizado o

primeiro órgão que viria ser o mais antigo antecessor do actual Ministério de Hotelaria e

Turismo, o Centro de Informação e Turismo de Angola (C.I.T.A.)

Em pleno tempo colonial era reconhecido as potencialidades turísticas de

Angola, mas o seu desenvolvimento não se concretizou devido a pouca atenção dada a

este sector económico importante. Em 1972 o dispositivo hoteleiro de Angola era: 57

unidade, dos quais Luanda, Huambo, Lubango e Lobito cobriam 54,4%, e o total de

camas era 3.934, no qual somente Luanda possuía 1.140. Podemos caracterizar o Sector

do Turismo em Angola no período de 1975 – 1988.

Mais de 90% das unidades hoteleiras e similares do País foram abandonadas

pelos seus antigos proprietários. Em 1975 com a criação do primeiro Governo do

Estado Angolano na sequência da proclamação da independência, ocorre a instituição da

Secretaria de Estado do Comércio e Turismo que, a partir de então, personificou a

Administração Turística Angolana a par de outros sectores da actividade sócio-

económica.

Na base do Decreto n.º. 26/75 as unidades hoteleiras e turísticas foram

intervencionadas tendo-se criado paralelamente o Centro de Controlo e Gestão dos

Estabelecimentos de Hotelaria, Restaurantes e Similares da Província de Luanda Nos

dois anos subsequentes assistiu-se à utilização irracional e consequente degradação das

infra-estruturas hoteleiras, restaurantes e similares, bem como das unidades

complementares.

Page 13: Desenvolvimento de uma aplicação sig web

Tese de Licenciatura em Engenharia Geográfica – Esalgido da Costa Francisco Nº 75957

13

Nos trinta e três anos de Independência Nacional o turismo na República de

Angola teve uma evolução algo titubeante devido ao conflito armado que então se viveu

até no limiar do ano de 2002. Com o actual clima de paz efectiva no País, com o

conhecimento e compreensão do sector público e privado, o turismo tem estado a tomar

o seu verdadeiro rumo.

De forma sintética pode-se descrever a evolução do sector nos últimos trinta e

três anos, no modo seguinte:

Na sequência da proclamação da independência de Angola e sua constituição em

República Popular no ano de 1975, é constituído o primeiro Governo do Estado

Angolano, no qual é instituído a Secretaria de Estado do Comércio e Turismo, que a

partir de então personifica a Administração Turística Angolana, a par de outros sectores

da actividade socioeconómica.

Face à situação de abandono por parte dos seus antigos proprietários deixando

mais de 90% das unidades hoteleiras e similares do país, as mesmas foram

intervencionadas com base no Decreto n.º128/75, tendo-se criado paralelamente o

Centro de Controlo e Gestão dos Estabelecimentos de Hotelaria, Restaurantes e

similares da Província de Luanda.

Na perspectiva de pôr cobro a tal situação o Governo promulgou o decreto

n.º42/77 de 12 de Maio que cria o MINCI - Ministério do Comércio Interno e aprova o

seu Estatuto Orgânico, onde se insere a Direcção Nacional do Turismo e Hotelaria.

A partir de 1978 o órgão reitor do turismo iniciou o processo de criação de

empresas hoteleiras de âmbito provincial totalizando em 1983, 19 empresas do género,

denominadas Emprotel. Em Luanda foi criada a Anghotel – U.E.E, de âmbito local, a

qual foi atribuída a tutela dos hotéis Trópico, Panorama, Turismo, Costa do Sol,

Alameda, Continental e Globo.

A adesão da República de Angola à OMT ocorreu na 8ª Assembleia Geral

realizada em Paris em 1989. Esta acção trouxe vantagens palpáveis se tornaram

beneficiando do clima propício que se gerou com a assinatura dos acordos de paz.

O benefício imediato traduziu-se na implementação do Projecto ―Reforço

Institucional do Estado Angolano no domínio do Turismo‖, financiado pelo PNUD,

executado pela OMT, e consubstanciado na Reestruturação da Direcção Nacional do

Turismo; Criação de um sistema de recolha, tratamento, análise e publicação de

Page 14: Desenvolvimento de uma aplicação sig web

Tese de Licenciatura em Engenharia Geográfica – Esalgido da Costa Francisco Nº 75957

14

estatística do turismo; Criação de um serviço estatístico informatizado na DINATUR;

Elaboração de propostas de legislação turística e Capacitação dos recursos humanos.

O Ministério de Hotelaria e Turismo está estruturado e organizado conforme

determina o Decreto-Lei 13/94 de 1 de Julho que estabelece a Orgânica dos Serviços

Centrais e Locais da Administração do Estado.

A realidade da actividade hoteleira e turística no mundo, em particular na região

socioeconómica da SADC em que insere a República de Angola. A necessidade de dar

cumprimento aos ditames da Política Nacional do Turismo e da Estratégia Sectorial da

Hotelaria e Turismo, aprovadas pelas Resoluções números 7/97 e 9/97, ambas de 27 de

Junho do Conselho de Ministros, respectivamente; e ainda a necessidade de melhor

implementar esses dois instrumentos no domínio do fomento do turismo e acompanhar

a dinâmica do seu desenvolvimento, o MINHOTUR fez aprovar pelo Conselho de

Ministros a criação do Instituto de Fomento do Turismo conhecido pela sigla,

INFOTUR.

Angola tem capacidade para se tornar uma nova fronteira do turismo do século

XXI. Tomando todas as precauções necessárias para viajar em condições de segurança,

inclusive do ponto de vista sanitário, o turista descobre enormes territórios

inexplorados, que permaneceram isolados do mundo por longos anos e que, pela

primeira vez, se abrem aos estrangeiros.

Três exemplos de investimento no sector do turismo: As praias tropicais entre

Luanda e Benguela, com panoramas encantadores e ao alcance do turista

contemporâneo; o deserto do Namibe (que marca o início do deserto que dá o nome ao

país vizinho, a Namíbia), tão belo quanto a Namíbia em termos de belezas naturais e

interesse cultural; as montanhas de tirar o fôlego do Planalto da Huíla.

No domínio do intercâmbio internacional por força da crença, perseverança e

dinâmica dos titulares das diversas instituições que ao longo dos trinta e três anos de

independência nacional, tutelaram a Administração do Turismo Nacional em cada fase

da vida socioeconómica do País, Angola é hoje membro da OMT-Organização Mundial

do Turismo, RETOSA, instituição da SADC que rege a actividade na região austral do

Continente, ATA-África Traveler Association e da CPLP, sector do Turismo e é

integrante do Projecto OKAVANGO ZAMBEZE em parceria com o Botswana,

Moçambique, Zâmbia e Zimbabwe. (Tirado do Site: www.minhotur.gov.ao)

Page 15: Desenvolvimento de uma aplicação sig web

Tese de Licenciatura em Engenharia Geográfica – Esalgido da Costa Francisco Nº 75957

15

1.2.2-Rede hoteleira nacional

As unidades hoteleiras e meios complementares de alojamento do país alojaram

906.000 hóspedes em 2011 correspondentes a um acréscimo de 43.492 em comparação

com o ano anterior. Contribuíram para este aumento os estrangeiros não residente, com

59% do total dos hóspedes. A taxa média de ocupação de quartos e camas em todos

estabelecimentos de alojamento foi de 73%. Em termos da ocupação de camas a média

situou-se em 67%.

Tabela da Rede Hoteleira de Angola 2011

Categoria Hotéis Apart. Alberg. Pensões Ald.Tur. Hosp. Similares Total

Província Hotéis Restaur. Outros

Bengo 1 0 0 6 9 6 20 27 56

Benguela 18 3 0 56 1 63 72 152 365

Bié 3 1 0 21 0 12 9 16 62

Cabinda 5 3 0 26 2+3* 2 22 140 199

Cunene 2 0 0 30 0 6 13 110 161

Huambo 6 2 0 36 3 12 25 16 100

Huíla 9 0 0 15 15 65 78 437 619

K.Norte 1 0 0 12 0 0 34 13 60

K.Sul 13 1 1 27 1 37 149 13 242

K.Kubango 0 0 0 7 1 4 28 109 149

L.Norte 0 0 0 16 0 1 27 40 84

L. Sul 0 1 1 8 2 1 4 26 43

Luanda 72 5 32 134 26 168 286 880 1603

Malanje 6 0 0 12 1 5 23 56 103

Moxico 4 0 0 16 0 4 13 93 130

Namibe 2 1 0 17 2 17 24 102 165

Uíge 5 0 0 8 0 20 9 15 57

Zaire 6 1 0 13 1 9 4 15 49

Total 153 18 34 460 67 432 840 2260 4248

* 2 Aldeamentos e 3 Complexos Turísticos

Tabela 3

Fonte: Ministério de Hotelaria e Turismo

Page 16: Desenvolvimento de uma aplicação sig web

Tese de Licenciatura em Engenharia Geográfica – Esalgido da Costa Francisco Nº 75957

16

Tabela da Chegadas e Dormidas nas Unidades de Alojamentos

Tipo

Estab.

Chegadas Total Dormidas

Total Angolanos

Residentes

Angolanos não

Residentes

Estrang. Angolanos

Residentes

Angolanos não

Residentes

Estrang.

Hotéis 250.520 73.153 328.232 651.905 687.720 111.462 1.043.063 1.842.245

Outras

Unidades 122.304 28.140 103.344 253.788 563.328 167.263 114.409 845.000

Total Geral 372.824 101.293 431.576 905.6963 1.251.048 278.725 1.157.472 2.687.245

Tabela 4

Fonte: Ministério de Hotelaria e Turismo

Tabela de Taxa de Ocupação e Camas

Tipos de

Unidades

Quartos

Disponíveis

Camas

Disponíveis

Quartos

Ocupados

Camas

Ocupadas

%Taxa de Ocup.

Quartos

%Taxa de

Ocup. Camas

Hotéis 398.749 659.264 278.960 428.319 70 65

Outras

Unidades 510.711 806.128 365.421 561.408 76 70

Tabela 5

Fonte: Ministério de Hotelaria e Turismo

1.2.3-Dados do Turismo em Angola

O turismo vem apresentando resultados positivos nos últimos anos,

consolidando-se como um vector socioeconómico do país. Segundo o ministério de

hotelaria e turismo, mesmo com a crise económica e financeira internacional, os

resultados alcançados em 2011 foram animadores.

Neste período, o movimento das chegadas de turista atingiu a cifra de 481.168 turista

traduzindo num aumento significativo de 53,1% ou seja mais de 56.000 em relação ao

ano de 2010.

Page 17: Desenvolvimento de uma aplicação sig web

Tese de Licenciatura em Engenharia Geográfica – Esalgido da Costa Francisco Nº 75957

17

Tabela da chegada de Turistas por regiões em 2011

Regiões Anos

2010 2011

África 76.668 147.903

América 82.835 58.233

Ásia 87.856 100.423

Austrália 2.638 1.175

Europa 170.381 170.488

Médio Oriente 4.541 2.946

Total Geral 424.919 481.168

Tabela 6

Fonte: Ministério de Hotelaria e Turismo (Serviço de Migração e Estrangeiro)

Em comparação com os Outros Países:

França: 76,8 Milhões de Turista.

Itália: 53,6 Bilhões de dólares Americanos.

Brasil: 4.802Bilhões de dólares Americanos.

Tabela de Chegada de Turista por Sexo.

Ano 2011 Sexo Masculino Sexo feminino Total Sexo

Total Geral 363.705 114.463 481.168

Tabela 7

Fonte: Ministério de Hotelaria e Turismo (Serviço de Migração e Estrangeiro)

Do total de turistas que se deslocaram em Angola, a população masculina co

76,2% apresentou a maior proporção em relação a feminina.

Considerando os principais motivos das deslocações, as viagens por motivos de

negócios representam 48,9% sendo este o motivo principal apurado. O segundo motivo

com 39,9% foi o de viagem em serviço.

Page 18: Desenvolvimento de uma aplicação sig web

Tese de Licenciatura em Engenharia Geográfica – Esalgido da Costa Francisco Nº 75957

18

1.2.4-Volumes de Negocio do Turismo em Angola

A receita do turismo nacional, tal como aconteceu relativamente ao fluxo de

chegadas de turista às fronteiras nacionais, registaram um acréscimo acentuado em

2011. Neste período o volume de negócios atingiu o montante aproximado de 65,0

Bilhões de Kuanzas, equivalentes a 698,3 milhões de dólares Americanos.

Em comparação com os Outros Países:

França: 46,3 Bilhões de dólares Americanos.

Itália: 38,8 Bilhões de dólares Americanos.

Brasil: 5,3 Bilhões de dólares Americanos.

Tabela de Receita por Unidades

Tipos de Unidades Receitas Akz Equivalência USD

Hotéis 19.682.849.961 211.643.547,97

Outras Unidades 8.674.772.705 93.277.125,86

Restaurantes e Similares 17.829.163.495 191.711.435,43

Agências de V. e Turismo 18.753.601.502 201.651.629,05

Total 64.940.387.663 698.283.738,31

Tabela 8

Fonte: Ministério de Hotelaria e Turismo

Tabela de Repartição da Força de Trabalho

Tipos de Unidades

Trabalhadores

Total

Salários Homens Mulheres

Hotéis 20.854 15.338 36.192 5.238.005.560

Outras Unidades 17.351 18.541 35.892 1.839.176.700

Restaurantes e Similares 36.011 25.281 61.292 4.216.428.208

Agências de V. e Turismo 7.775 4.413 12.188 1.166.989.710

Total 81.991 63.573 145.564 12.460.600.178

Tabela 9

Fonte: Ministério de Hotelaria e Turismo

Page 19: Desenvolvimento de uma aplicação sig web

Tese de Licenciatura em Engenharia Geográfica – Esalgido da Costa Francisco Nº 75957

19

Figura 1: Turismo na Ilha de Luanda

Fonte: Próprio

1.3-Geoprocessamento

O geoprocessamento é o processamento informatizado de dados

georreferenciados. Utiliza programas de computador que permitem o uso de

informações cartográficas (mapas, cartas topográficas e plantas) e informações a que se

possa associar coordenadas desses mapas, cartas ou plantas. Pode ser utilizado para

diversas aplicações.

Outra definição seria:

É um conjunto de conceitos, métodos e técnicas erigidas em torno do

processamento electrónico de dados que opera sobre registros de ocorrência

georreferenciados, analisando suas características e relações geotopológicas para

produzir informação ambiental.

O termo geoprocessamento denota a disciplina do conhecimento que utiliza

técnicas matemáticas e computacionais para o tratamento da informação geográfica e

Page 20: Desenvolvimento de uma aplicação sig web

Tese de Licenciatura em Engenharia Geográfica – Esalgido da Costa Francisco Nº 75957

20

que vem influenciando de maneira crescente as áreas de Cartografia, Análise de

Recursos Naturais, Transportes, Comunicações, Energia e Planeamento Urbano e

Regional.

As ferramentas computacionais para geoprocessamento, chamadas de Sistemas

de Informação Geográfica, permitem realizar análises complexas, ao integrar dados de

diversas fontes e ao criar bancos de dados georreferenciados. Tornam ainda possível

automatizar a produção de documentos cartográficos.

Num país de grande dimensão como Angola, com uma grande carência de

informações adequadas para a tomada de decisões sobre os problemas urbanos, rurais e

ambientais, o Geoprocessamento apresenta um enorme potencial, principalmente se

baseado em tecnologias de custo relativamente baixo, em que o conhecimento seja

adquirido localmente.

1.3.1-Histórico do geoprocessamento

As primeiras tentativas de automatizar parte do processamento de dados com

características espaciais aconteceram na Inglaterra e nos Estados Unidos, nos anos 50,

com o objectivo principal de reduzir os custos de produção e manutenção de mapas.

Dada a precariedade da informática na época, e a especificidade das aplicações

desenvolvidas (pesquisa em botânica, na Inglaterra, e estudos de volume de tráfego, nos

Estados Unidos), estes sistemas ainda não podem ser classificados como ―sistemas de

informação‖.

Os primeiros Sistemas de Informação Geográfica surgiram na década de 1960,

no Canadá, como parte de um programa governamental para criar um inventário de

recursos naturais. Estes sistemas, no entanto, eram muito difíceis de usar: não existiam

monitores gráficos de alta resolução, os computadores necessários eram excessivamente

caros, e a mão-de-obra tinha que ser altamente especializada e caríssima. Não existiam

soluções comerciais prontas para uso, e cada interessado precisava desenvolver seus

próprios programas, o que demandava muito tempo e, naturalmente, muito dinheiro.

Além disto, a capacidade de armazenamento e a velocidade de processamento

eram muito baixas. Ao longo dos anos 70 foram desenvolvidos novos e mais acessíveis

recursos de hardware, tornando viável o desenvolvimento de sistemas comerciais. Foi

então que a expressão Geographic Information System foi criada. A década de 1980

Page 21: Desenvolvimento de uma aplicação sig web

Tese de Licenciatura em Engenharia Geográfica – Esalgido da Costa Francisco Nº 75957

21

representa o momento quando a tecnologia de sistemas de informação geográfica inicia

um período de acelerado crescimento que dura até os dias de hoje.

1.3.2-Popularização do geoprocessamento

No decorrer dos anos 80, com a grande popularização e barateamento das

estações de trabalho gráficas, além do surgimento e evolução dos computadores

pessoais e dos sistemas gerenciadores de bancos de dados relacionais, ocorreu uma

grande difusão do uso do SIG. A incorporação de muitas funções de análise espacial

proporcionou também um alargamento do leque de aplicações de SIG.

Os anos 90 consolidaram definitivamente o uso do Geoprocessamento como

ferramenta de apoio à tomada de decisão, tendo saído do meio académico para alcançar

o mercado com um velocidade tremenda. Instituições do Governo e grandes empresas

começaram a investir no uso de aplicativos disponíveis no mercado como o ArcGIS da

ESRI, AutoCAD MAP da Autodesk, gvSIG, GRASS, dentre outros.

No fim dos anos 90 e início desse século o uso da WEB já está consolidado e as

grandes corporações passam a adoptar o uso de internet. O SIG em busca de mais

popularização (por demandas do próprio mercado), evolui e passa a fazer uso também

do ambiente WEB.

Houve também uma aproximação entre as grandes empresas de SIG e as

tradicionais empresas de Tecnologia da Informação como a Oracle, Microsoft, Google,

etc.

1.4-Sistemas de Informação Geográfica

Um Sistema de Informação é um conjunto organizado de hardware, software,

dados geográficos e pessoal, destinados a obter, armazenar, actualizar, manipular

analisar e exibir todas as formas de informação geograficamente referenciadas.

(BURROGH, MCDONNEL, 1998).

Um exemplo bem conhecido de um proto SIG é o trabalho desenvolvido pelo

Dr. John Snow em 1854 para situar a fonte causadora de um surto de cólera na zona do

Soho em Londres, cartografando os casos detectados. Esse protoSIG permitiu a Snow

localizar com precisão um poço de água contaminado como fonte causadora do surto.

Page 22: Desenvolvimento de uma aplicação sig web

Tese de Licenciatura em Engenharia Geográfica – Esalgido da Costa Francisco Nº 75957

22

1.4.1-Definições de SIG

Como se sabe, de vários autores, muitas definições são dadas ao SIG, tal facto,

deve-se em grande parte por se aplicarem diferentes procedimentos. A seguir estão

listadas algumas definições de SIG encontradas na rede. É difícil definir qual delas é

mais precisa, ou mais correta, e provavelmente todas representam bem o nosso objecto

de estudo.

-De modo simplificado, um SIG combina layers (níveis de informação) de um

lugar de modo a fornecer-lhe uma melhor compreensão sobre este lugar. A escolha dos

layers a serem combinados depende do propósito: encontrar o melhor local para uma

nova loja, analisar danos ambientais, observar crimes similares em uma cidade para

detectar padrões, e assim por diante. (ESRI).

-SIG é um sistema de hardware e software para gerenciamento e visualização de

dados espaciais. É semelhante a um gerenciador de Bancos de Dados que se utiliza

principalmente de dados espaciais e não apenas tabulares. (NOAA)

-SIG pode ser considerado como o equivalente high-tech do mapa. Um mapa

individual contém muitas informações que são usadas de modo diferente por diferentes

indivíduos ou organizações. Os SIG representam um meio de nos localizarmos em

relação ao mundo que nos cerca. (University of Edinburgh)

- A definição mais unânime e consentânea de SIG é a que foi dada pelas Nações Unidas,

em que o SIG é um meio computarizado para análise da distribuição espacial de

objectos e fenómenos.

A partir deste conceito é possível indicar duas características importantes do SIG:

a) Tais sistemas possibilitam, a integração numa única base de dados, de

informações geográficas, proveniente de fontes diversas, tais como dados

cartógrafos, dados de censo e cadastro urbano e rural, imagens de satélites e

modelos numéricos de terrenos;

b) SIGs oferecem mecanismos para recuperar visualizar e manipular estes dados,

através de algoritmos de manipulação e análise.

Page 23: Desenvolvimento de uma aplicação sig web

Tese de Licenciatura em Engenharia Geográfica – Esalgido da Costa Francisco Nº 75957

23

A grande ideia que se quer transmitir é que o SIG funciona como um sistema

integrando diversas ferramentas para manusear a informação espacial e alfanuméricas,

fazendo com que ele se torne uma opção vantajosa aos métodos normalmente utilizados.

Figura 2: Componentes de um SIG

Fonte: Apontamentos Milián, 2010

1.5-SIG e Internet

A Internet rapidamente se tornou o meio preferencial para disseminação de

dados. Sua (quase) universalidade, associada a custos de acesso cada vez mais baixos,

motivou o desenvolvimento de toda uma nova classe de sistemas de informação, com

uma arquitectura diferenciada em relação a seus predecessores.

A disseminação de dados geográficos via Internet começou a partir da

disponibilização de mapas estáticos, que eram cópias digitalizadas de produtos

cartográficos originais transformados em imagens digitais. Estes mapas no formato

matricial eram pouco interactivos para os usuários, e devido ao tamanho que estes

arquivos atingiam, sua transmissão pela Web era dificultada. O pouco de interactividade

era conseguido colocando-se links para outras páginas em áreas específicas do mapa

utilizando-se recursos da linguagem HTML.

Page 24: Desenvolvimento de uma aplicação sig web

Tese de Licenciatura em Engenharia Geográfica – Esalgido da Costa Francisco Nº 75957

24

Levar a informação espacial para Web é uma das tendências alcançadas no

contexto da democratização cartográfica, neste sentido, a disponibilização de dados

espaciais na Web, possibilita uma nova realidade através de aplicações SIG-WEB,

representando uma evolução dos SIGs desktop para os SIGs distribuídos na rede

mundial de computadores, a figura (3) mostra de forma simplificada um esquema de

comunicação entre um computador remoto (cliente HTTP) e um servidor de mapas

contendo uma aplicação SIG-WEB.

Figura 3: Informações Espaciais Disponibilizadas na Web

Fonte: MITCHELL (2005)

Podemos observar na figura acima que o cliente HTTP (representado pelo

computador mais à esquerda) acessa uma página com conteúdo cartográfico, hospedada

em um servidor de mapas remoto, este por sua vez, é o componente responsável por

realizar a leitura dos dados geográficos e efectuar uma operação específica requisitada

pelo cliente (aumentar a escala, movimentar o mapa para uma área específica, etc.) e

converter o resultado desta operação em uma imagem mostrada no cliente. Os SIG-

WEB mais sofisticados podem ainda efectuar a leitura de bancos de dados espaciais.

Um exemplo é o programa ArcGIS Online, que devido a sua importância dentro do

deste trabalho, será descrito em maiores detalhes no próximo item.

Page 25: Desenvolvimento de uma aplicação sig web

Tese de Licenciatura em Engenharia Geográfica – Esalgido da Costa Francisco Nº 75957

25

1.6-ArcGIS Online

O ArcGIS Online é um sistema de gerenciamento de conteúdo completo,

baseado em nuvem, colaborativo que permitem as organizações gerenciar suas

informações geográficas em um ambiente configurável e seguro.

A plataforma fornece uma infra-estrutura em demanda para criar mapas da web,

habilitar dados pela web, compartilhar mapas, dados, aplicativos e gerenciar o conteúdo

e múltiplos usuários de sua organização. Inclui mapas base, dados para seus mapas,

aplicativos, modelos configuráveis e ferramentas GIS e APIs para desenvolvedores. As

organizações compram uma subscrição que permite configurar e gerenciar seu próprio

site do ArcGIS Online e conjunto de recursos. A subscrição inclui contas

organizacionais para membros da organização. As contas pessoais estão disponíveis

para indivíduos que desejam acessar o conteúdo compartilhado por usuários GIS e da

Esri para criar, armazenar e compartilhar mapas, aplicativos e dados.

Figura 4: Página Principal do ArcGIS Online

Fonte: Web Site do ArcGIS Online

1.6.1-O ArcGIS Online é gratuito?

O acesso ao ArcGIS Online é feito através do endereço www.arcgis.com. A

principal dúvida, no entanto, é quanto à gratuidade do acesso ao ArcGIS Online. Ao

Page 26: Desenvolvimento de uma aplicação sig web

Tese de Licenciatura em Engenharia Geográfica – Esalgido da Costa Francisco Nº 75957

26

acessar a página principal do ArcGIS Online, o usuário é convidado a fazer um teste da

subscrição (assinatura anual) do ArcGIS Online.

O teste pode ser feito por até 30 dias e lhe dá direito a usar todas as

funcionalidades do ArcGIS Online que serão apresentadas neste tutorial. Para fazer o

teste, clique em 30 dias grátis para testes. Após o período de teste, caso pode-se optar

por não adquirir a sua assinatura anual, pode-se migrar sua subscrição para uma conta

pessoal do ArcGIS Online.

1.6.2 - A interface do ArcGIS Online

A interface do ArcGIS Online possui quatro quadros que possibilitam a

interacção do usuário através do navegador Web (5). Os quadros A, B, C, e D

representam respectivamente as seguintes funcionalidades:

A – quadro de botões; B – quadro de legenda; C – área de visualização dos mapas e

D – painel de status.

Figura 5: Esquema da Interface do ArcGIS Online

Fonte: MIRANDA (2012)

Page 27: Desenvolvimento de uma aplicação sig web

Tese de Licenciatura em Engenharia Geográfica – Esalgido da Costa Francisco Nº 75957

27

1.6.3-Apresentação Rápida do Site da Web

O site da web permite a você localizar e utilizar mapas da web, dados,

aplicativos e ferramentas, criar mapas da web e compartilhar seus itens com outros.

Você não precisa de qualquer desktop ou software de servidor; todos os seus recursos

são acessíveis com um navegador da web.

Figura 6: plataforma ArcGIS Online

Fonte: esri Portugal

No site, você encontrará mapas, dados, aplicativos e ferramentas publicadas pela

Esri e a comunidade ArcGIS; uma galeria de mapas e aplicativos apresentados;

ferramentas de mapeamento da web; um mecanismo de pesquisa eficiente; grupos de

comunidades GIS que você pode participar e criar; e espaço para armazenar seus mapas

e dados.

Page 28: Desenvolvimento de uma aplicação sig web

Tese de Licenciatura em Engenharia Geográfica – Esalgido da Costa Francisco Nº 75957

28

Figura 7: Página Principal do Website do ArcGIS Online

Fonte: Web Site do ArcGIS Online

1.6.3.1-Galeria

Figura 8: Menu de Ferramenta Galeria

Fonte: Web Site do ArcGIS Online

A galeria é um local para pesquisar mapas da web detalhados, aplicativos web e

aplicativos móveis. Os editores do site seleccionam itens que mostram as informações e

cartografias importantes e populares. Todos os itens da galeria estão disponíveis para

você utilizar em seu trabalho.

1.6.3.2-Mapas base

Os mapas base estão disponíveis sem nenhum custo para uso no navegador da

web, dispositivo móvel, aplicativos de mapeamento da web e ArcGIS.

Page 29: Desenvolvimento de uma aplicação sig web

Tese de Licenciatura em Engenharia Geográfica – Esalgido da Costa Francisco Nº 75957

29

Figura 9: Tipos de Mapas base do ArcGIS Online

Fonte: Web Site do ArcGIS Online

1.6. 3.3-Mapa

Ao utilizar o visualizador de mapa do ArcGIS.com, pode-se construir mapas

interactivos e compartilhá-los com outros usuários. Escolhe-se um mapa base, uma área

de interesse e adiciona camadas de dados. Pode-se alterar símbolos e configurar as

janelas pop-up. Após finalizar a construção do seu mapa da web, pode refiná-lo, salvá-

lo para sua área de trabalho pessoal e compartilhá-lo com outros.

1.6.3.4-Meu Conteúdo

Como um usuário registrado pode-se adicionar e compartilhar itens na web e

aplicativos móveis e arquivos em seu computador. Todos os seus itens são acessíveis

pela sua página pessoal Meu Conteúdo.

Figura 10: Menu de Ferramenta Meu Conteúdo

Fonte: Web Site do ArcGIS Online

Page 30: Desenvolvimento de uma aplicação sig web

Tese de Licenciatura em Engenharia Geográfica – Esalgido da Costa Francisco Nº 75957

30

1.6.3.5-Link ou Hiperligação para mapas da web

Uma maneira de compartilhar um mapa da web é copiar e colar o link em um e-

mail ou postar o link em uma conta do Facebook ou Twitter.

1.6.3.6- Pré-requisito para publicar serviços no ArcGIS Online

Para publicar serviços no ArcGIS Online, deve-se ter:

Uma conta que é parte de uma organização do ArcGIS Online

Associação no papel de Publicador ou Administrador para sua conta, ou

ArcMap 10.1

1.6.3.7-Camadas de dados armazenados no mapa

Os arquivos de dados estáticos precisam estar habilitados na web antes de poderem

ser utilizados em mapas da web. Os seguintes tipos de dados podem ser adicionados e

armazenados em um mapa da web como camadas:

Arquivo de texto delimitado (.csv e .txt)

Shapefile (.zip)

Arquivo GPS (.gpx)

Camada editável criada no visualizador de mapa do ArcGIS.com

KML: O KML é um formato de arquivo baseado em XML utilizado para representar

feições geográficas em aplicativos como ArcGIS Explorer e Google Earth.

OGC WMS: Open Geospatial Consortium, Inc. (OGC), os serviços da web fornecem

um caminho para criar mapas e dados disponíveis em um formato aberto,

internacionalmente reconhecida através da web.

Shapefiles: O shapefile é um formato de armazenagem de dados vectoriais da Esri para

armazenar a posição, formato e atributos de feições geográficas. Os shapefiles

geralmente contêm grandes feições com muitos dados associados e foram

historicamente utilizados em aplicativos GIS desktop, tais como, ArcGIS for Desktop e

ArcGIS Explorer Desktop. Se você tiver uma quantidade pequena de dados em um

Page 31: Desenvolvimento de uma aplicação sig web

Tese de Licenciatura em Engenharia Geográfica – Esalgido da Costa Francisco Nº 75957

31

shapefile — geralmente menos que 1.000 feições — você poderá torná-los disponíveis

para outros visualizarem via navegador da web, adicionando como um arquivo *.Zip

contendo os arquivos *.shp, *.shx, *.dbf e *.prj no mapa que você criará com o

visualizador de mapa do ArcGIS.com.

CSV, TXT e GPX: Você pode adicionar feições no mapa que estão armazenadas em

um arquivo de texto delimitado (.txt ou .csv) ou arquivo GPS Exchange Format (.gpx).

GPX: Você pode adicionar dados capturados com um dispositivo GPS, convertendo os

dados para um arquivo do GPS Exchange Format (.gpx).

O visualizador de mapa do ArcGIS.com exibe as primeiras 1.000 camadas das feições

no arquivo.

Page 32: Desenvolvimento de uma aplicação sig web

Tese de Licenciatura em Engenharia Geográfica – Esalgido da Costa Francisco Nº 75957

32

CAPÍTULO II – CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO

País: República de Angola (11/11/1975).

Área: 1.246.700 km2.

População: 14,5 milhões de habitantes (Dados não oficial).

Capital: Luanda.

Moeda: Kwanza (1 euro = 98 kwanzas).

Idiomas: Português e Línguas Nacionais como: (kikongo, kimbundo, umbundu,

chokwe, e kuanyama).

Hora: GMT +1.

Clima: Apesar de se localizar numa zona subtropical tem um clima que não reflecte

esta condição, devido à confluência de três factores: a corrente fria de Benguela, o

relevo do interior e a influência do deserto do Namibe. Em consequência, o clima de

Angola é caracterizado por duas estações, a das chuvas (de Outubro a Abril) e a do

Cacimbo (de Maio a Agosto), mais seca e com temperaturas mais baixas.

Figura 11: Mapa de Angola, mostrando a estrutura da DPA

Page 33: Desenvolvimento de uma aplicação sig web

Tese de Licenciatura em Engenharia Geográfica – Esalgido da Costa Francisco Nº 75957

33

Este trabalho foi feito em Angola, na cidade de Luanda, município de Luanda,

distrito da Ingombota, bairro da Ilha do Cabo.

Luanda é a capital da República de Angola. Tem um clima tropical com duas

estações, sendo que a época chuvosa vai de Setembro a Abril, e a época seca (cacimbo)

vai de Maio a Agosto é a mais fresca.

Tem uma temperatura média de 25ºC. Luanda tem uma área de 2.257 km2, e

conta com 7 municípios: Luanda, Sambizanga, Viana, Icole e Bengo, Quiçama,

Cacuaco e Cazenga.

Figura 12: Mapa da Província de Luanda

Fonte: MAT

Page 34: Desenvolvimento de uma aplicação sig web

Tese de Licenciatura em Engenharia Geográfica – Esalgido da Costa Francisco Nº 75957

34

Sendo fundada há 438 anos por Paulo Dias de Novais, Em 1575, o capitão

português Paulo Dias de Novais, ao desembarcar na Ilha do Cabo, estabeleceu o

primeiro núcleo de colonos portugueses.

É a maior cidade e capital de Angola, sendo, localizada na costa do Oceano

Atlântico, é a terceira maior cidade lusófona do mundo, atrás de São Paulo e Rio de

Janeiro.

A sua população está estimada em 6 milhões (não oficial). Etnograficamente a

população é muito heterogénea, uma vez que Luanda foi o destino das populações que

durante anos fugiam da guerra nas variadas províncias do país.

Os Muxiluanda (singular-Axiluanda) são os habitantes da Ilha do Cabo que

desenvolveram uma forma de vida própria, muito ligada a sua principal actividade – a

pesca. Caluanda é o nome dado aos nativos de Luanda.

2.1-Ilha de Luanda

Figura 13: A ilha de Luanda, língua de terra em frente à cidade de Luanda

Fonte: Carta 1:25.000

Page 35: Desenvolvimento de uma aplicação sig web

Tese de Licenciatura em Engenharia Geográfica – Esalgido da Costa Francisco Nº 75957

35

A Ilha do Cabo, geralmente conhecida por Ilha de Luanda, é um cordão

litoral, em Angola, composto por uma estreita língua de terra com 7 km de

comprimento que, separando a cidade de Luanda do Oceano Atlântico, cria a Baía de

Luanda.

Coordenadas Centrais da Ilha de Luanda

UTM X = 307049.75 Y = 9029534.25

Geográficas 8°46'31.25"S 13°14'45.09"E

Tabela 10 – Coordenadas Central da Ilha de Luanda

As coordenadas foram tiradas com GPS Garmim Oregon 550t

Figura 14: Local na ilha de Luanda, onde foi tirada as Coordenadas

Fonte: Google Earth

Geograficamente é dividido por cinco (5) sectores que são:

1-Sector Chicala

2-Sector Lelo

3-Sector Ponta

4-Sector Salga

5-Sector Quilombo

Page 36: Desenvolvimento de uma aplicação sig web

Tese de Licenciatura em Engenharia Geográfica – Esalgido da Costa Francisco Nº 75957

36

A Ilha de Luanda, ou simplesmente A Ilha como a chamam os habitantes de

Luanda, é por excelência o local de divertimento e lazer dos Luandenses, podendo aqui

encontrar-se uma grande variedade de equipamentos turísticos, dos bares aos

restaurantes junto ao mar e das discotecas aos hotéis, sem esquecer os mercados de rua e

as inevitáveis praias.

Faz parte do município de Luanda, Distrito da Ingombota, província de Luanda.

Os habitantes originais da ilha são os Axilwanda (Axiluanda), um subgrupo dos

Ambundo, em tempos súbditos do Rei do Kongo. Os seus descendentes, os "pescadores

da ilha", guardam até hoje alguns hábitos tradicionais.

Normalmente tem-se realizado no mês de Novembro as populares festas da Ilha

onde são lançadas ao mar as melhores iguarias como: bebidas finas, vinho do Porto,

Whisky, cerveja, comidas, etc. De formas acalmar as calemas.

Figura 15: Ilha do Cabo visto do alto

Fonte: ilha-httpilhaluanda.no.sapo.pt

- A escolha deste bairro como objecto de estudo para este trabalho de pesquisa,

foi motivada pela presença de diversos pontos turísticos. A grande concentração de

equipamentos turísticos, principalmente na orla marítima, onde se encontra uma

quantidade razoável de hotéis, pousadas e restaurantes, faz da Ilha de Luanda um bairro

muito movimentado e de elevado destaque na actividade turística da cidade.

Page 37: Desenvolvimento de uma aplicação sig web

Tese de Licenciatura em Engenharia Geográfica – Esalgido da Costa Francisco Nº 75957

37

CAPÍTULO III - MATERIAIS E METODOS

3.1-Materiais

Como materiais utilizados nesta pesquisa foram usados os dados referentes à

área de estudo, os programas para manipulação desses dados e equipamentos, os quais

serão relacionados a seguir.

3.1.1-Programas Computacionais

- Arcgis 10 e 10.1

- AutoCAD 2012

Softwares

Para o desenvolvimento do trabalho se utilizaram os diferentes softwares:

ArcGis 10 e 10.1, como plataforma do SIG e para a confecção dos mapas

temáticos.

Google Earth 6, para a obtenção de Imagens mais recentes (ano 2012),

cuja informação geográfica complementa os dados fornecidos pelas

fotografias aéreas (ano 2008).

Microsoft Office Word 2007 e 2010, para a confecção do informe final.

Hardwares

Computadores HPLEI901w

Laptop Compaq

Laptop HP;

Impressora HP Color Laser jet CP3525n;

Impressora KONICA MINOLTA bizhub c280;

3.1.2-Software Arcgis

O ArcGIS é um pacote de softwares da ESRI (Environmental Systems Research

Institute) de elaboração e manipulação de informações vectoriais e matriciais para o uso

Page 38: Desenvolvimento de uma aplicação sig web

Tese de Licenciatura em Engenharia Geográfica – Esalgido da Costa Francisco Nº 75957

38

e gerenciamento de bases temáticas. O ArcGIS disponibiliza em um ambiente de

Sistema de Informação Geográfica (SIG) uma gama de ferramentas de forma integrada

e de fácil utilização.

Dentro do ArcGIS temos o ArcMap, comumente chamado de ArcGIS, este é o

desktop GIS do pacote, um software de interface gráfica e amigável, que permite a

sobreposição de planos de informação vectoriais e matriciais, além de objectos gráficos,

fontes (letras) e figuras, com a finalidade de mapeamento temático. Também permite

pesquisas e análises espaciais, criação e edição de dados, padronização e impressão de

mapas.

Além do ArcMap, ArcCatalog e ArcTollBox, existem outros hadwares e

softwares como: ArcInfo, ArcExplorer, ArcSDE, ArcIMS, Image, Spacial e Survey

Analyst...), mas são imprescindíveis aos usuários avançados e corporativos. A estrutura

da família ArcGIS se apresenta abaixo:

Figura 16: Estrutura da família de softwares ArcGIS.

Fonte:

Existem 5 elementos essenciais no desenvolvimento e uso de um SIG, que são:

aquisição dos dados, pré-processamento, gerenciamento, manipulação e análise dos

dados e geração de produto. Para qualquer aplicação do mesmo, é importante ver esses

elementos como um processo contínuo.

Page 39: Desenvolvimento de uma aplicação sig web

Tese de Licenciatura em Engenharia Geográfica – Esalgido da Costa Francisco Nº 75957

39

Figura 17: Interface padrão do ArcGIS 10.

3.1.3 - Sistema Global de Posicionamento (GPS)

GPS (Global Positioning System) é um sistema de posicionamento baseado em

satélites, que permite a medição de coordenadas (latitude, longitude) em qualquer ponto

sobre a superfície da Terra. Esse sistema é operado pelo Departamento de Defesa dos

EUA no início da década de l960, sob o nome de ‘projecto NAVSTAR’. O sistema foi

declarado totalmente operacional apenas em l995. Seu desenvolvimento custou 10

bilhões de dólares. Consiste de 24 satélites que orbitam a terra a 20.200 km duas vezes

por dia e emitem simultaneamente sinais de rádio codificados. O Sistema GPS

subdivide-se em três segmentos: espacial, de controlo e do usuário:

I. Segmento Espacial (A Constelação GPS)

O segmento espacial do GPS prevê cobertura mundial de tal forma que em qualquer

parte do globo, incluindo os pólos, existam pelo menos 4 Satélites visíveis em relação

ao horizonte, 24 horas ao dia. Em algumas regiões da Terra é possível a obtenção de 8

ou mais Satélites visíveis ao mesmo tempo.

Page 40: Desenvolvimento de uma aplicação sig web

Tese de Licenciatura em Engenharia Geográfica – Esalgido da Costa Francisco Nº 75957

40

Figura 18: Esquema do segmento espacial do GPS

Fonte:

A constelação de Satélites GPS, é composta por 24 Satélites activos que

circulam a Terra em órbitas elípticas (quase circulares). A vida útil esperada de cada

Satélite é de cerca de 6 anos, mas existem Satélites em órbita com mais de 10 anos e

ainda em perfeito funcionamento.

II. Segmento de Controlo (Sistemas de Controle)

Compreende o Sistema de Controlo Operacional, o qual consiste de uma estação

de controlo mestra, estações de monitoramento mundial e estações de controlo de

campo.

Figura 19: Segmento de controlo

Fonte:

Page 41: Desenvolvimento de uma aplicação sig web

Tese de Licenciatura em Engenharia Geográfica – Esalgido da Costa Francisco Nº 75957

41

Estação mestra: Localiza-se na base FALCON da USAF em Colorado Springs

Colorado. Esta estação, além de monitorar os satélites que passam pelos EUA,

reúne os dados das estações de monitoramento e de campo, processando-os e

gerando os dados que efectivamente serão transmitidos aos satélites.

Estações de monitoramento: Rastreiam continuamente todos os satélites da

constelação NAVSTAR, calculando suas posições a cada 1,5 segundos. Através

de dados meteorológicos, modelam os erros de refracção e calculam suas

correcções, transmitidas aos satélites e através destes, para os receptores de todo

o mundo.

Existem quatro estações, além da mestra:

- Hawai;

- Ilha de Assención, no Atlântico sul;

- Diego Garcia, no Oceano Índico;

- Kwajalein, no Pacífico.

III. Segmento do Usuário

Envolve os receptores e antenas que recebem informações dos Satélites e

calculam sua posição precisa e sua velocidade.

Figura 20: Segmento do Usuário.

Fonte:

Page 42: Desenvolvimento de uma aplicação sig web

Tese de Licenciatura em Engenharia Geográfica – Esalgido da Costa Francisco Nº 75957

42

A tecnologia GPS começa a concretizar o sonho dos cartógrafos de se libertarem

das injunções dos levantamentos terrestres, através de sistemas de mapeamento que, a

partir de fotos aéreas, dispensam os custosos e demorados levantamentos de campo.

3.1.4 - Os Sistemas UTM

O Sistema de projecção cartográfica conhecido por UTM (Universal Transverse

Mercator) utiliza um sistema de coordenadas cartesianas bidimensional para dar

localizações na superfície da Terra. O elipsóide de referência é dividido em 60 fusos,

com uma amplitude de 6ᵒ, centrados nos 60 meridianos.

O sistema UTM não é uma simples projecção de mapa. Em vez disso, ele divide

a Terra em sessenta zonas, cada uma banda de seis graus de longitude e utiliza uma

projecção de Mercator transversa secante em cada zona.

Figura 21: Fusos e zonas da projecção UTM.

Fonte: wikipedia

Page 43: Desenvolvimento de uma aplicação sig web

Tese de Licenciatura em Engenharia Geográfica – Esalgido da Costa Francisco Nº 75957

43

3.1.5 - Software Google Earth

Google Earth é um programa de computador desenvolvido e distribuído pela

empresa Americana Google cuja função é apresentar um modelo tridimensional do

globo terrestre, construído a partir de mosaico de Imagens de satélite obtidas de fontes

diversas, imagens aéreas (fotografadas de aeronaves) e GIS 3D. Desta forma, o

programa pode ser usado simplesmente como um gerador de mapas bidimensionais e

imagens de satélite ou como um simulador das diversas paisagens presentes no planeta

Terra. Com isso, é possível identificar lugares, construções, cidades, paisagens, entre

outros elementos. O programa é similar, embora mais complexo, ao serviço também

oferecido pelo Google conhecido como Google Maps.

O Google Earth possui algumas características principais, como por exemplo, o

recuo de tempo, permitindo aceder as imagens históricas ou passadas e a actualização

periódica das suas imagens. Com essas características é possível contrastar ou visualizar

a evolução espaço-temporal de um determinado lugar.

3.2-Metodos

A base cartográfica utilizada na pesquisa foi Elaborado por mim e os limites

administrativo pelo Ministério do Território. Sendo composta por arquivos vectoriais

que foram resultado de um processo de digitalização das imagens do satélite.

O modelo conceptual que se vai confeccionar será para a realização do Web SiG

da Ilha de Luanda e compreende as etapas que se distinguem a seguir.

3.2.1. Caracterização do Problema

Esta fase do projecto tem como finalidade entender a extensão dos serviços,

voltados para a divulgação e expansão do Turismo, oferecidos pelo Ministério do

Turismo, que é o órgão responsável pelo desenvolvimento e tem como objectivo

planear, elaborar e acompanhar políticas e estratégias de desenvolvimento da área

visando aumentar o potencial turístico de Luanda.

Sendo também responsável por manter actualizado o cadastro de toda infra-

estrutura turística da cidade. Conforme exposto no endereço electrónico da mesma,

Page 44: Desenvolvimento de uma aplicação sig web

Tese de Licenciatura em Engenharia Geográfica – Esalgido da Costa Francisco Nº 75957

44

pode-se observar a existência de uma real necessidade deste órgão em elaborar um

cadastro centralizado de dados, aliado a um sistema de informação SIG-WEB.

Em consequência dessa necessidade e mediante a disponibilização de dados, foi

possível elaborar um sistema cadastral de informações geocodificadas e a partir daí,

desenvolver uma aplicação SIG-WEB envolvendo toda a infra-estrutura turística para a

área de estudo.

3.2.2-Trabalho de campo

O trabalho de campo consistiu nas seguintes etapas:

1- Reconhecimento da área de estudo;

2- Recolha de dados;

Tais etapas foram bastante significativas, o primeiro permitiu a eliminação de

dúvidas relativamente a delimitação da área de estudo.

Através da Recolha de dados em campo foi possível actualizar informações sobre

novos empreendimentos turísticos que ainda não haviam sido cadastrados na base e

corrigir os números e endereços de imóveis que estavam incorrectos. Desta forma foi

possível mapear toda rede de hotelaria, alimentação, pontos turísticos, e pontos de apoio

ao turista dentro da área de estudo.

Figura 22: Trabalho de Campo

Page 45: Desenvolvimento de uma aplicação sig web

Tese de Licenciatura em Engenharia Geográfica – Esalgido da Costa Francisco Nº 75957

45

3.2.3-Trabalho de gabinete

No trabalho de gabinete já com algumas informações analógicas deu-se início ao

processo de digitalização para a captura da informação gráfica.

Figura 23: Informação de Campo no gabinete

3.2.4-Criação da Base de Dados

É o processo submetido a transposição de elementos gráficos para vectores

através de formas geométricas. O método utilizado de vectorização foi manual. Dos

elementos da área de estudo a partir das fotografias aéreas e das imagens de Google

Earth.

A criação da tabela de atributos permite associar todo o tipo de informação

alfanumérica considerada relevante no trabalho á informação de base geoespacial.

3.2.5-Modelo para criação da base de dados do SIGTILHAL

A implementação do modelo para a área de estudo foi desenvolvido como se

Page 46: Desenvolvimento de uma aplicação sig web

Tese de Licenciatura em Engenharia Geográfica – Esalgido da Costa Francisco Nº 75957

46

mostra na figura abaixo.

Figura 24: Modelo conceptual para a criação da base de dados

3.3-Tratamento de Dados Espaciais

Para o tratamento dos dados espaciais, utilizou-se o Software ArcGis 10 e 10.1.

Para isto foram executadas as seguintes etapas:

_ Conversão de Dados

_ Criação de Novas Camadas de Informação;

_ Construção da Base de Dados Geocodificada.

BASE DE DADOS DO SIGTILHAL

INFORMAÇÃO

GRÁFICA

INFORMAÇÃO

ALFANUMÉRICA

MODELO

ANALÓGICO MODELO DIGTAL

DEFINIÇÃO DA

INFORMAÇÃO

ALFANUMÉRCIA

FOTOGRÁFIA

AÉREA E

SATÉLITE

CARTA 1/25000

ORGANISMO A

CONSULTAR

ENTIDADES

TURISTICO E

SIMILARES

LIMITES

ADMINISTRATIVOS

VIAS DE

COMUNICAÇÃO Etc. INVENTÁRIO

ALFANUMÉRICO

BASE DE DADOS

Page 47: Desenvolvimento de uma aplicação sig web

Tese de Licenciatura em Engenharia Geográfica – Esalgido da Costa Francisco Nº 75957

47

3.3.1- Digitalização de Camadas

Nesta etapa foram criadas duas camadas vectoriais no formato shapefile, a

primeira com geometria do tipo Linha e a segunda com geometria do tipo ponto,

representando respectivamente os objectos espaciais, ofertas de Hospedagem e Pontos

de Apoio ao Turista. O processo de digitalização destas camadas só foi possível através

da interpretação dos elementos da imagem de satélite e do reconhecimento da área feito

em campo.

3.3.2- Criação de Atributos

As bases de dados são constituídas por tabelas com campos de informações

alfanuméricas (atributos) e informações gráficas (dados vectoriais). Um cadastro

espacial identifica e distingue cada elemento turístico como um objecto individual, com

atributos distintos. O objectivo principal desta etapa foi combinar os dados

alfanuméricos colectados aos dados gráficos disponibilizados. Para tanto, foram

estabelecidas as estruturas das tabelas de dados que conteriam informações a respeito

dos dados gráficos de informações turísticas. Os quadros abaixo apresentam os dados

que comportam cada elemento a ser estruturado na tabela de Atributos.

Quadro 1:Hoteis e Similares

Nome Texto [100] Nome de cada estabelecimento

Endereço Texto [200] Nome da Rua onde o estabelecimento esta

localizado

Número da Residência Texto [4] Número do estabelecimento

Número de Quartos Texto [6] Quantidade de Quartos

Número de Camas Texto [4] Quantidade de Camas

Telefone Texto [100] Número do telefone do estabelecimento.

Tipo Texto [50] Descrição do ramo de hospedagem: Hotel,

Pousada, Restaurante, dentro outros

Classe Texto [50] Categoria do Estabelecimento

Correio electrónico Texto [200] Identificação do site de estabelecimento.

Page 48: Desenvolvimento de uma aplicação sig web

Tese de Licenciatura em Engenharia Geográfica – Esalgido da Costa Francisco Nº 75957

48

Figura 25: Tabela de Atributos da Entidade de Hotéis e Similares

Quadro 2: Comércio e Alimentação

Nome Texto [100] Nome de cada estabelecimento

Endereço Texto [200] Nome da Rua onde o estabelecimento

esta localizado

Número da Residência Texto [4] Número do estabelecimento

Telefone Texto [100] Número do telefone do estabelecimento.

Correio electrónico Texto [200] Identificação do site de estabelecimento.

Quadro 3: Lazeres

Nome Texto [100] Nome de cada estabelecimento

Endereço Texto [200] Nome da Rua onde o estabelecimento

esta localizado

Número da Residência Texto [4] Número do estabelecimento

Actividades Texto [200] Descrição do ramo de Actividades.

Telefone Texto [100] Número do telefone do estabelecimento.

Correio electrónico Texto [200] Identificação do site de estabelecimento.

Page 49: Desenvolvimento de uma aplicação sig web

Tese de Licenciatura em Engenharia Geográfica – Esalgido da Costa Francisco Nº 75957

49

Quadro 4: Saúde

Nome Texto [100] Nome de cada estabelecimento

Endereço Texto [200] Nome da Rua onde o estabelecimento

esta localizado

Número da Residência Texto [4] Número do estabelecimento

Telefone Texto [100] Número do telefone do estabelecimento.

Quadro4: Outros

Nome Texto [100] Nome de cada estabelecimento

Endereço Texto [200] Nome da Rua onde o estabelecimento

esta localizado

A Figura (26) (abaixo) apresenta a ligação de um objecto espacial cos os seus

respectivos atributos. A linha azul mostra o elemento gráfico seleccionado.

Figura 26: Representação de Atributos das Ruas

Page 50: Desenvolvimento de uma aplicação sig web

Tese de Licenciatura em Engenharia Geográfica – Esalgido da Costa Francisco Nº 75957

50

Figura 27: Tabela de Atributos da Entidade de Lazeres

3.4- Desenvolvimento e Configuração da Aplicação SIG-WEB

Com a base de dados já finalizada, partiu-se para o desenvolvimento

configuração da aplicação SIG-WEB, para tanto foram seguidas as seguintes etapas:

3.4.1- Criação da conta do Arcgis Online

Para Criar a conta no Arcgis Online temos que entra no site:

http://www.arcgis.com, e criar uma conta.

Page 51: Desenvolvimento de uma aplicação sig web

Tese de Licenciatura em Engenharia Geográfica – Esalgido da Costa Francisco Nº 75957

51

Figura 28: Página de registo de conta no Arcgis online

Foi criado o Site para o referido trabalho, com o seguinte Correio electrónico:

Email: [email protected]

Facebook e Twitter-Email:[email protected]

Page 52: Desenvolvimento de uma aplicação sig web

Tese de Licenciatura em Engenharia Geográfica – Esalgido da Costa Francisco Nº 75957

52

CAPÍTULO IV – RESULTADOS

Neste capítulo serão apresentados os resultados obtidos com o desenvolvimento

da aplicação, bem como uma análise global do processo. A partir dos procedimentos

metodológicos realizados, pôde-se chegar a resultados que demonstram de maneira

detalhada e clara, como utilizar a aplicação desenvolvida. O SIG-WEB desenvolvido

contempla uma ferramenta interactiva de comunicação com o internauta.

São apresentadas a seguir as páginas desenvolvidas, sendo expostas sobre a

forma de figuras com textos explicativos e exemplos de suas funcionalidades.

4.1-Paginas desenvolvidas SIGTILHAL

Está página é interessante para que se possa ter um conhecimento de como

podemos criar um SIG-WEB a partir do ArcGis Online conforme as figuras em baixo.

Vamos no Site da ESRI: www.arcgis.com e Clicamos em Iniciar Sessão.

Figura 29: Página de início de Sessão

Page 53: Desenvolvimento de uma aplicação sig web

Tese de Licenciatura em Engenharia Geográfica – Esalgido da Costa Francisco Nº 75957

53

Figura 30: Página de como criar uma conta

Figura 31: Página de Conta Criada

Page 54: Desenvolvimento de uma aplicação sig web

Tese de Licenciatura em Engenharia Geográfica – Esalgido da Costa Francisco Nº 75957

54

Figura 32: Página da Escolha de Mapa

4.2-SIG-WEB Desenvolvidos

Na Escolha de Mapa, o principal objectivo é permitir ao público o acesso a

mapas com informações turísticas georreferenciadas.

Figura 33: Página do SIG-WEB Desenvolvido

4.3-Opções de Consultas

Para exemplificar e demonstrar a potencialidade do aplicativo para pesquisas na

base de dados, serão apresentados alguns exemplos de possíveis consultas executáveis

na aplicação:

Page 55: Desenvolvimento de uma aplicação sig web

Tese de Licenciatura em Engenharia Geográfica – Esalgido da Costa Francisco Nº 75957

55

- Consulta por Atributo

- Consulta por Etiqueta

A busca por atributos resulta em uma tabela com informações alfanuméricas, na

qual é possível escolher e visualizar no mapa o objecto pesquisado. Para efectuar este

tipo de consulta deve-se clicar na camada desejada disponível no quadro de legendas, e

em seguida seleccionar a linha da tabela que contém as informações do objecto espacial

procurado. A tabela resultante da consulta por atributo apresenta o botão no mapa que

possibilita a visualização do objecto gráfico georreferenciado.

A busca à informações por etiqueta proporciona ao usuário obter dados

alfanuméricos sobre os elementos gráficos no mapa, apenas colocando a seta do mouse

sobre o elemento procurado, sendo necessário que a camada a ser pesquisada esteja

activa. As figuras abaixo exemplificam a busca por etiqueta para o elemento espacial

Ruas da Ilha de Luanda e Hotéis, nota-se nas figuras que o nome da rua pesquisada é

apresentado em uma caixa de texto.

Figura 34: Resultado de Pesquisa para Meio de Ruas da Ilha de Luanda

Page 56: Desenvolvimento de uma aplicação sig web

Tese de Licenciatura em Engenharia Geográfica – Esalgido da Costa Francisco Nº 75957

56

Figura 35: Resultado de Pesquisa para Meio de Hotéis

Figura 36: Resultado de Pesquisa par Meio de Hotéis

Page 57: Desenvolvimento de uma aplicação sig web

Tese de Licenciatura em Engenharia Geográfica – Esalgido da Costa Francisco Nº 75957

57

Figura 37: Resultado de Pesquisa para Meio de Locais Históricos

4.4-Outras Ferramentas

Ao trabalhar num mapa online, pode medir a área de um polígono, o

comprimento de uma linha ou localizar as coordenadas de um determinado ponto no

mapa. As unidades de medida podem ser definidas ou alteradas, antes ou após executar

a medição bem como partilhar dados com outras pessoas.

4.4.1 - Ferramenta de medir áreas, distâncias e locais

A ferramenta de distância possibilita aos usuários da aplicação fazer medições

interactivamente sobre o mapa. As figuras 32 e 33 (pág.35) exemplificam o uso desta

ferramenta.

Realizar uma medição:

1. Clique no botão Medir para exibir a janela Medir.

2. Clique no botão Área para medir uma área no mapa.

a. Clique no mapa para adicionar os vértices da área que deseja calcular.

b. Clique duas vezes para completar a área. O resultado aparecerá na parte

inferior da janela Medir.

3. Clique no botão Distância para medir uma linha no mapa.

a. Clique no mapa para adicionar os vértices da linha que deseja medir.

Page 58: Desenvolvimento de uma aplicação sig web

Tese de Licenciatura em Engenharia Geográfica – Esalgido da Costa Francisco Nº 75957

58

b. Clique duas vezes para completar a área. O resultado aparecerá na parte

inferior da janela Medir.

4. Clique no botão Local para obter as coordenadas de um determinado ponto no

mapa.

Figura 38: Ferramenta de medir Distância

Figura 39: Ferramenta de medir Área

Page 59: Desenvolvimento de uma aplicação sig web

Tese de Licenciatura em Engenharia Geográfica – Esalgido da Costa Francisco Nº 75957

59

4.5 - Partilhar Dados no Arcgis Online

Os mapas podem ser partilhados de quatro formas:

- Partilhe uma ligação directa para o seu mapa, copiando e colando o URL exibido em:

Ligação para este mapa num correio electrónico.

- Clique nos botões do Facebook ou do Twitter para partilhar o seu mapa nas redes

sociais.

- Clique Embeber num Site na Web para copiar o código HTML para o seu website.

- Vá a Criar uma Aplicação Web e utilize um dos modelos de aplicações web gratuitos.

Figura 40: Página de Partilha de Dados.

Figura 41: Dados a ser Partilhado.

Page 60: Desenvolvimento de uma aplicação sig web

Tese de Licenciatura em Engenharia Geográfica – Esalgido da Costa Francisco Nº 75957

60

Figura 42: Dados Partilhado no Facebook.

Page 61: Desenvolvimento de uma aplicação sig web

Tese de Licenciatura em Engenharia Geográfica – Esalgido da Costa Francisco Nº 75957

61

PERSPECTIVAS FUTURAS

O Estado tem de se aproximar do cidadão. Os métodos de consulta à informação

administrativa e a forma de diálogo entre o cidadão e o Estado devem ser

transformados, face aos instrumentos que as novas tecnologias oferecem. Uma

componente fundamental dessa transformação é a comunicação electrónica com a

administração pública e o acesso aos registos de informação de carácter público pela

mesma via.

―As novas condições tecnológicas permitem substituir o procedimento anterior, em que

os cidadãos tinham de requerer à Administração acesso aos seus arquivos, por um novo

modelo em que os arquivos digitais são abertos em redes electrónicas, para que os

cidadãos deles livremente se sirvam em função das suas necessidades‖. In Livro Verde

para a Sociedade da Informação em Portugal, p. 19.

Page 62: Desenvolvimento de uma aplicação sig web

Tese de Licenciatura em Engenharia Geográfica – Esalgido da Costa Francisco Nº 75957

62

CONCLUSÕES

Um turista, ao visitar uma dada região, deseja descobrir os recantos e paisagens,

saborear a gastronomia local, praticar alguma actividade lúdica ou conhecer os usos e

costumes, isto é, um pouco da história e cultura do povo residente. Se o turista tiver um

acesso fácil a esta diversidade de informação a partir da Internet, de um sistema

instalado no automóvel que aluga ou no seu próprio telemóvel, o leque de

possibilidades é um convite a interagir mais de perto com a realidade da região que

escolheu para o seu lazer.

Assim, a sua integração possibilitará às autoridades locais actualizar os dados de

um modo fácil, eficiente e a baixo custo.

Este trabalho procurou mostrar os processos e métodos para o desenvolvimento

de páginas na Web com conteúdo espacial interactivo através de programas Arcgis, em

especial, através do aplicativo Argis Online, tendo como área de actuação, o potencial

turístico do bairro da Ilha do Cabo, em Luanda.

Este aplicativo possibilita que o internauta conheça um pouco sobre os pontos

turísticos e atractivos que este bairro oferece, além de facilitar o planeamento da estadia

do usuário, já que o mesmo pode encontrar facilmente serviços como hotéis e Similares,

bem como encontrar atractivos de temas variados como gastronomia, e áreas de lazer.

Foi possível concluir que trabalhar com SIGs gratuitos é algo significativamente

recomendável, uma vez que o gasto com licenças de programas deste tipo na área de

Geoprocessamento é consideravelmente alto.

A partir do desenvolvimento deste trabalho esperasse que o mesmo seja

implementado no MINHOTUR, e que novas funcionalidades possam ser adicionadas

nesta aplicação como, por exemplo, campos para consulta origem e destino e ligação do

elemento gráfico a páginas da Web.

Page 63: Desenvolvimento de uma aplicação sig web

Tese de Licenciatura em Engenharia Geográfica – Esalgido da Costa Francisco Nº 75957

63

RECOMENDAÇÕES

Um dos problemas relacionados à exploração do Turismo em Angola diz

respeito à carência de mapas voltados ao turista, os quais possam ser manipulados e

explorados de forma rápida e fácil, possibilitando responder questões referentes à

localização de pontos turísticos, hotéis, restaurantes, dentre outras localizações do

interesse do turista.

A divulgação de dados espaciais na Web, serviço baseado em hipertexto que

permite a navegação entre as informações disponíveis nos computadores da rede, vem

apresentando um crescimento significativo nos últimos anos, através do surgimento de

uma nova era de Sistemas de Informações Geográficas - SIG, cujas arquitecturas têm na

Internet um componente fundamental, trazendo desta forma, novas possibilidades para o

planeamento e gestão de actividades económicas como o turismo.

Por fim recomenda-se que novos programas possam ser testados na Faculdade

bem como nas instituições públicas, a fim de encontrar o que melhor se adeqúe e agilize

o processo de divulgação de mapas e informações na Web.

Page 64: Desenvolvimento de uma aplicação sig web

Tese de Licenciatura em Engenharia Geográfica – Esalgido da Costa Francisco Nº 75957

64

BIBLIOGRAFIA

ARCGIS ONLINE, Disponível em: <http://resources.arcgis.com/ptbr/help/arcgisonline/

index.html#/na/010q00000074000000/>. Página consultada 21 Dezembro 2012.

BARRETO, M. Manual de iniciação ao estudo do turismo. PAPIRUS (Colecção

Turismo), Campinas, SP. 1995. 163p.

CAMARGO FILHO, W. P.; MAZZEL, A. R. Alterações no mercado de cebola com o

Mercosul. Informações Económicas, São Paulo, v. 32, n. 10, p. 41-49. Disponível em:

<https://www.google.com/search?q=CAMARGO%2C+2001%2C+p.+49&btnG=%3CS

PAN+style%3D%22WIDTH%3A+13px%3B+DISPLAY%3A+block%3B+BACKGRO

UND%3A+url%28%2Fimages%2Fnav_logo165.png%29+no-repeat+-36px+-

111px%3B+HEIGHT%3A+14px%22+class%3Dsbico%3E%3C%2FSPAN%3E&hl=pt

&biw=&bih=&gbv=1> Página consultada aos 16 Outubro 2013.

GASPAR, J. A., 2008. – Dicionário de ciências cartográficas, 2ª ed. actualizada e

aumentada, Ed. Lidel, Lisboa, 402p.

LIVRO VERDE PARA A SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO EM PORTUGAL,

1997,p. 19.123p<http://molar.crb.ucp.pt/cursos/P%C3%B3s-Gradua%C3%A 7%C3%

B5es/EE2007/Sess%C3%A3o%2019%20Janeiro/Livro%20Verde%20Sociedade%20da

%20Informa%C3%A7%C3%A3o.pdf.>. Página consultada 08 Junho 2013.

JOÃO PESSOA, PREFEITURA MUNICIPAL DE JOÃO PESSOA, PMJP. Prefeitura

Municipal de João Pessoa. Disponível em: <http://www.joaopessoa.pb.gov.br>. Página

consultada 02 Outubro 2012.

JOÃO PESSOA, PREFEITURA MUNICIPAL DE JOÃO PESSOA, PMJP. Prefeitura

Municipal de João Pessoa. Disponível em: <http://www.joaopessoa.pb.gov.br>. Página

consultada 02 Outubro 2012.

MARTINELLI, M. Cartografia do turismo: Que cartografia é essa? In:

Page 65: Desenvolvimento de uma aplicação sig web

Tese de Licenciatura em Engenharia Geográfica – Esalgido da Costa Francisco Nº 75957

65

Congresso internacional de geografia e planejamento do turismo - sol e território

(1995:Santos). Anais. Santos, 1995, p.60-67.

MENEGUETTE, Arlete. Componentes de um SIG. Disponível em:

<http://www.multimidia.prudente.unesp.br/courseware/intgeo_comp.htm#Software>.

Página consultada 02 Outubro 2012.

MINISTÉRIO DA HOTELARIA E TURISMO: <http://www.minhotur.gov.ao

/Institucionais/Historico.aspx>. Página consultada 02 Outubro 2012.

MINISTÉRIO DA HOTELARIA E TURISMO: http:

<//www.minhotur.gov.ao/Institucionais /Historico.aspx).

<http://turismo-epl.blogspot.com/2007/05/histria-sobre-o-turismo-em-angola.html>.

Página consultada 02 Outubro 2012.

PRADO, Renato. Introdução ao ArcGis: Conceitos e Comandos. Dezembro de 20012.

43p. Disponível em: <http://www.google.com/#hl=pt-PT&tbo=d&output=

search&sclient=psy-ab&q=Introducao+ao+arcgis&oq=Introducao+ao+arcgis&gs_l=

hp.3...145377.155751.0.157373.20.19.0.0.0.0.0.0..0.0...0.0...1c.1.F_6zNItwyEE&pbx=1

&bav=on.2,or.r_gc.r_pw.r_qf.&bvm=bv.1355534169,d.d2k&fp=52a992b982dc9b4f&b

pcl=40096503&biw=1301&bih=503> página consultada aos 26 Dezembro 2012.

SILVA, Ana Lígia Chaves, Desenvolvimento de uma aplicação em SIG como suporte

ao gerenciamento de companhias de saneamento, 2007.

<http://www.geoprocessamento.cefetpb.edu.br/monografias/Ana_Ligia.pdf>. Página

consultada aos 23 de Dezembro de 2012.

VEIGA SIMÃO, A.; Seabra, C.; Simão, A. (2002). ― Sistema de Informação para

Monitorização e Gestão dos Recursos Geológicos e Industriais Associadas na Região

Centro, GIS e WebGIS‖, ESIG 2002.<http://www.carto.eng.uerj.br/cgi/index.cgi?

x=utm.htm>. Página consultada aos 16 Outubro 2013.

WIKIPEDIA (2013). Ilha de Luanda. Disponível em:

<http://pt.wikipedia.org/wiki/Ilha_de_Luanda> Acesso em 15 de Junho de 2013.

Page 66: Desenvolvimento de uma aplicação sig web

Tese de Licenciatura em Engenharia Geográfica – Esalgido da Costa Francisco Nº 75957

66

ANEXOS

ANEXO i - Arquivo de Configuração HTML da Página de Mapas

<!DOCTYPE HTML PUBLIC "-//W3C//DTD HTML 4.01//EN"

"http://www.w3.org/TR/html4/strict.dtd">

<html>

<head>

<meta http-equiv="content-type" content="text/html; charset=utf-8"/>

<!--<meta http-equiv="X-UA-Compatible" content="IE=7, IE=9" />-->

<meta http-equiv="X-UA-Compatible" content="IE=7,IE=9,IE=10,chrome=IE8" />

<meta name="viewport" content="initial-scale=1.0, maximum-scale=1.0, user-

scalable=no"/>

<meta name="fragment" content="!">

<title></title>

<link rel="stylesheet" type="text/css"

href="//d3w50ib5d2uy0g.cloudfront.net/cdn/3071/js/esri/arcgisonline/css/common.css">

<link rel="stylesheet" type="text/css"

href="//d3w50ib5d2uy0g.cloudfront.net/cdn/3071/js/esri/arcgisonline/css/esri.css">

<link rel="stylesheet" type="text/css"

href="//d3w50ib5d2uy0g.cloudfront.net/cdn/3071/js/esri/arcgisonline/css/map.css">

<script type="text/javascript" src="../js/esri/arcgisonline/config.js">

<div class="esriFloatTrailing"> …

<!-- mapDiv -->

<div id="tableDiv" dojotype="dijit.layout.BorderContainer" region="bottom"

gutters="false" design="headline" splitter="true">

<div id="tableTitleDiv" dojotype="dijit.layout.ContentPane" region="top"

style="height:20px;">

<div id="tableTitle" class="esriFloatLeading">

</div>

<div class="esriFloatTrailing" style="padding:0;width:27px;">

<A href="JavaScript:void(0);" id="tableCloseButton">

<div class="esriFloatTrailing">

<A id="bookmarksClose"

href="JavaScript:esri.arcgisonline.map.main.hideBookmarksTool('closeIcon');" title=""

alt=""></A>

</div>

<div class="esriFloatLeading">

<span style="font-weight: bold;" id="bookmarksLabel"></span>

<div id="bookmarksToolDiv" class="esriTrailingMargin05">

</body>

</html> .

Page 67: Desenvolvimento de uma aplicação sig web

Tese de Licenciatura em Engenharia Geográfica – Esalgido da Costa Francisco Nº 75957

67

ANEXO ii – Alguns Mapas do Arcgis Online

Page 68: Desenvolvimento de uma aplicação sig web

Tese de Licenciatura em Engenharia Geográfica – Esalgido da Costa Francisco Nº 75957

68

ANEXO iii – Outros Tipos de Mapas disponíveis no Arcgisonline

Page 69: Desenvolvimento de uma aplicação sig web

Tese de Licenciatura em Engenharia Geográfica – Esalgido da Costa Francisco Nº 75957

69

ANEXO iv – Mapas da Ilha de Luanda (Ponto Final)

Page 70: Desenvolvimento de uma aplicação sig web

Tese de Licenciatura em Engenharia Geográfica – Esalgido da Costa Francisco Nº 75957

70