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FACULDADE SATC
JEAN LIECHESKI MARQUES
DESENVOLVIMENTO DE UMA BANCADA DE BAIXO CUSTO PARA O ENSINO
DE AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL PAUTADA NAS NORMAS DE SEGURANÇA
VIGENTES
Criciúma
Junho - 2014
JEAN LIECHESKI MARQUES
DESENVOLVIMENTO DE UMA BANCADA DE BAIXO CUSTO PARA O ENSINO
DE AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL PAUTADA NAS NORMAS DE SEGURANÇA
VIGENTES
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso
de Graduação em Engenharia Elétrica da Faculdade
SATC, como requisito parcial à obtenção do título de
Engenheiro Eletricista.
Orientador: Prof. Me. Anderson Diogo Spacek.
Coordenador do Curso: Prof. Me. André Abelardo Tavares.
Criciúma
Junho - 2014
JEAN LIECHESKI MARQUES
DESENVOLVIMENTO DE UMA BANCADA DE BAIXO CUSTO PARA O ENSINO
DE AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL PAUTADA NAS NORMAS DE SEGURANÇA
VIGENTES
Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado
adequado à obtenção do título de bacharel em
Engenharia Elétrica e aprovado em sua forma final pelo
Curso de Graduação em Engenharia Elétrica da
Faculdade SATC.
Criciúma, (dia) de (mês) de (ano da defesa).
______________________________________________________
Prof. Anderson Diogo Spacek, Mestre.
Faculdade SATC
______________________________________________________
Prof. Nome do Professor, Título.
Faculdade SATC
______________________________________________________
Prof. Nome do Professor, Título.
Faculdade SATC
Texto das dedicatórias. Texto das dedicatórias.
Texto das dedicatórias. Texto das dedicatórias.
Texto das dedicatórias. Texto das dedicatórias.
Texto das dedicatórias.
AGRADECIMENTOS
Texto de agradecimentos. Texto de agradecimentos. Texto de agradecimentos.
Texto de agradecimentos. Texto de agradecimentos. Texto de agradecimentos.
Texto de agradecimentos. Texto de agradecimentos. Texto de agradecimentos.
Texto de agradecimentos. Texto de agradecimentos. Texto de agradecimentos.
Texto de agradecimentos. Texto de agradecimentos. Texto de agradecimentos.
Texto de agradecimentos. Texto de agradecimentos. Texto de agradecimentos.
“Texto da epígrafe. Texto da epígrafe. Texto da epígrafe. Texto da epígrafe. Texto
da epígrafe. Texto da epígrafe. Texto da epígrafe. Texto da epígrafe.” (Autor, ano, p.)
RESUMO (NÃO ULTRAPASSAR 500 PALAVRAS)
O resumo precisará conter: a delimitação da pesquisa; o propósito da investigação; a
relevância da pesquisa; a fundamentação teórica empregada no estudo; a metodologia de
pesquisa e/ou tipo de estudo; o desenho de investigação; a modalidade de pesquisa (caso seja
necessário), tamanho de população, tamanho da amostra, técnica empregada para a coleta de
dados, tipo de instrumento de coleta usado, validez e confiabilidade (reportando o índice de
confiabilidade); de forma muito breve, faz-se referência aos resultados e às conclusões mais
significativas da pesquisa. O resumo não é dividido em parágrafos, apenas em frases e, além
disso, não apresenta citações.
Palavras-chave: Palavra 1; Palavra 2; Palavra 3. (máximo 05 palavras)
LISTA DE FIGURAS
Fig. 1 - Pirâmide de automação [1] .......................................................................................... 18
Fig. 2 - Diagrama de blocos do CLP [6]................................................................................... 24
Fig. 3 - Linha SIMATIC S7-1200 [9] ...................................................................................... 25
Fig. 4 - Classificação das redes industriais [12] ....................................................................... 29
Fig. 5 - Topologia em estrela [13] ............................................................................................ 32
Fig. 6 - Topologia linear [13] ................................................................................................... 32
Fig. 7 - Topologia em cadeia [13] ............................................................................................ 32
Fig. 8 - Bancada didática dock station CLP S7-1200 [14] ...................................................... 41
Fig. 9 - Kit didático CLP [15] .................................................................................................. 42
Fig. 10 - Bancada didática EduTrainer® [16] .......................................................................... 43
Fig. 11 - Bancada didática DLB CLP 646S [17] ...................................................................... 44
Fig. 12 - Bancada didática KB16M – Módulo CLP [18] ......................................................... 45
Fig. 13 - CPU 1214C DC/DC/DC [9] ...................................................................................... 47
Fig. 14 - SIPLUS S7-1200 SB1232 [9] .................................................................................... 47
Fig. 15 - KTP600 BASIC COLOR PN [10] ............................................................................. 48
Fig. 16 - Switch SIMATIC NET CSM 1277 [9] ...................................................................... 48
Fig. 17 – Disjuntor modular com proteção diferencial residual [ ] .......................................... 49
Fig. 18 – Fonte de alimentação PSS24-W/2,5 [ ] ..................................................................... 49
Fig. 19 – Fonte de alimentação KD-1001/FR90-264Vac [ ] .................................................... 50
Fig. 20 – Bornes banana [ ] ...................................................................................................... 50
Fig. 21 - Mini voltímetro digital [ ] .......................................................................................... 51
Fig. 22 – Relé modular - 2 contatos [ ] ..................................................................................... 51
Fig. 23 – Potenciômetro 10 K linear [ ] .................................................................................... 52
Fig. 24 – Botão de pulso [ ] ...................................................................................................... 52
Fig. 25 - chave alavanca ON/OFF [ ] ....................................................................................... 52
Fig. 26 – Diagrama topologia de rede [Do autor]..................................................................... 53
Fig. 27 – Diagrama alimentação das fontes [Do autor] ............................................................ 54
Fig. 28 – Diagrama entradas do CLP [Do autor] ...................................................................... 55
Fig. 29 – Diagrama saídas do CLP [Do autor] ......................................................................... 55
Fig. 30 – Diagrama potenciômetros da bancada [Do autor] ..................................................... 56
Fig. 31 – Diagrama chaves alavanca ON/OFF [Do autor] ....................................................... 57
Fig. 32 – Diagrama botões de pulso [Do autor] ....................................................................... 57
Fig. 33 – Diagrama bobinas dos relés [Do autor] ..................................................................... 58
Fig. 34 – Diagrama contatos dos relés [Do autor] .................................................................... 58
Fig. 35 – Diagrama alimentações das fontes [Do autor] .......................................................... 59
Fig. 36 – Bastidor vertical [Do autor]....................................................................................... 60
Fig. 37 – Vista frontal da bancada [Do autor] .......................................................................... 60
Fig. 38 – Vista panorâmica da bancada 1 [Do autor] ............................................................... 61
Fig. 39 – Vista panorâmica da bancada 2 [Do autor] ............................................................... 61
Fig. 40 – Vista traseira da bancada [Do autor] ......................................................................... 62
Fig. 41 – Posição do parafuso [Do autor] ................................................................................. 62
Fig. 42 – Vista frontal ampliada 1 [Do autor] .......................................................................... 63
Fig. 43 – Vista frontal ampliada 2 [Do autor] .......................................................................... 63
Fig. 44 – Vista frontal ampliada 3 [Do autor] .......................................................................... 64
LISTA DE TABELAS
Tab. 1 - Evolução da rede Ethernet [13] ................................................................................... 30
Tab. 2 – Custos da bancada didática [Do autor] ....................................................................... 65
LISTA DE ABREVIAÇÕES
SIGLAS
CLP ___ Controlador Lógico Programável
IHM ___ Interface Homem-Máquina
SATC ___ Associação Beneficente da Indústria Carbonífera de Santa Catarina
CFTV ___ Circuito Fechado de TV
IEC ___ International Electrotechnical Commission
NEMA ___ National Electrical Manufacturers Association
SDCD ___ Sistema Digital de Controle Distribuído
CPU ___ Central Processing Uni
BI ___ Business Intelligence
OSI ___ Open Systems Interconnection
ASI ___ Actuator Sensor Interface
CAN ___ Controller Area Network
I/O ___ Input/Output
CSMA/CD ___ Carrier Sense Multiple Access/Collision Detection
HTTP ___ Hipertext Transfer Protocol
DHCP ___ Dynamic Host Configuration Protocol
FTP ___ File Transfer Protocol
NTP ___ Network Time Protocol
SMTP ___ Simple Mail Transfer Protocol
SNMP ___ Simple Network Management Protocol
COM/DCOM ___ Distributed Component Object Model
FDR ___ Faulty Device Replacement
NR ___ Norma Regulamentadora
EPI ___ Equipamento de Proteção Individual
CA ___ Certificado de Aprovação
SÍMBOLOS
V [V] Tensão elétrica
I [A] Corrente elétrica
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 12
1.1 JUSTIFICATIVA E CONTRIBUIÇÕES .............................................................. 13
1.2 ORGANIZAÇÃO ................................................................................................ 13
1.3 OBJETIVO GERAL ............................................................................................ 14
1.4 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................. 14
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ........................................................................... 16
2.1 AUTOMAÇÃO ................................................................................................... 16
2.1.1 Automação predial ........................................................................................ 16
2.1.2 Automação residencial ................................................................................. 17
2.1.3 Automação industrial .................................................................................... 18
2.2 BANCADA DIDÁTICA NO ENSINO ................................................................... 19
2.2.1 Experiências pedagógicas ........................................................................... 20
2.2.1.1 Curso laboratoriais: estrutura e bases pedagógicas ..................................... 21
2.2.1.2 Caracterização dos laboratórios de automação ............................................ 22
2.3 CONTROLADOR LÓGICO PROGRAMÁVEL ................................................... 23
2.3.1 SIMATIC S7-1200 ........................................................................................... 25
2.4 INTERFACE HOMEM-MÁQUINA ...................................................................... 26
2.5 REDES DE COMUNICAÇÃO INDUSTRIAL ...................................................... 27
2.5.1 Componentes de uma rede industrial ......................................................... 28
2.5.2 Classificação das redes industriais............................................................. 28
2.5.2.1 Rede Ethernet ............................................................................................... 30
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ............................................................ 33
4 DESENVOLVIMENTO DA BANCADA DIDÁTICA .............................................. 34
4.1 NORMAS DE SEGURANÇA VIGENTES .......................................................... 34
4.1.1 Norma Regulamentadora Nº 6 ...................................................................... 35
4.1.2 Norma Regulamentadora Nº 10 .................................................................... 35
4.1.3 Norma Regulamentadora Nº 12 .................................................................... 36
4.1.4 Manual para utilização do laboratório ......................................................... 37
4.1.4.1 Regras básicas ............................................................................................. 37
4.1.4.2 Recomendações ........................................................................................... 37
4.1.4.3 Equipamentos do laboratório ........................................................................ 38
4.2 FUNCIONALIDADES DA BANCADA DIDÁTICA ............................................... 39
4.2.1 Componentes da bancada didática ............................................................. 40
4.3 BANCADAS DIDÁTICAS COMERCIAIS ........................................................... 40
4.3.1 Dock Station CLP S7-1200 ............................................................................ 41
4.3.2 Kit didático CLP (KDCLP-02) ........................................................................ 42
4.3.3 EduTrainer® with SIMATIC S7-1200 and 19" simulation module .............. 43
4.3.4 DLB CLP 646S ............................................................................................... 44
4.3.5 KB16M – Módulo CLP ................................................................................... 45
4.4 ESPECIFICAÇÃO E DIMENSIONAMENTO DOS COMPONENTES ................ 46
4.5 DIAGRAMA MULTIFILAR E LAYOUT ............................................................... 53
4.6 VANTAGENS E DESVANTAGENS DA BANCADA DIDÁTICA ................. ERRO!
INDICADOR NÃO DEFINIDO.
5 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ................................................. 65
6 CONCLUSÕES .................................................................................................... 66
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 67
ANEXOS ................................................................................................................... 68
ANEXO A – CARACTERÍSTICAS DA LINHA S7-1200 ........................................... 69
ANEXO B – EVOLUÇÃO DOS CLPS ...................................................................... 70
12
1 INTRODUÇÃO
A automação seja ela residencial, comercial ou industrial vem desde a revolução
industrial, tornando-se indispensável. Com a função de otimizar tempo e recursos, a
automação traz cada vez mais qualidade e produtividade para os variados processos, além de
segurança e qualidade de vida para as pessoas.
Para formar profissionais que entendam, projetem e implementem processos de
automação industrial, as instituições de ensino de nível técnico, superior ou de pós-graduação
investem em bancadas didáticas que permitem aos alunos ter um contato de primeiro grau
com equipamentos que, só teriam acesso ao ingressarem no mercado de trabalho.
É unânime entre os professores de nível técnico ou superior de áreas tecnológicas,
a importância de ensinar o aluno proporcionando a ele o manuseio real de equipamentos
estudados teoricamente no início do processo. Além da habilidade de manusear os
equipamentos, o aluno desenvolve também a segurança de operá-los, uma vez que já o
fizeram durante todo o período acadêmico.
A Associação Beneficente da Indústria Carbonífera de Santa Catarina, mais
conhecida como SATC, atua no ensino técnico há mais de 50 anos e no ensino superior há
mais de 10 anos. Durante todo período, sempre apostou no “aprender fazendo”, ou seja,
encurtar a distância entre o aprendizado teórico e o prático, por meio de aulas práticas,
utilizando equipamentos que os mesmos poderão encontrar durante a atuação profissional.
Este método de ensino leva os alunos para as empresas com maiores habilidades de manuseio
e aplicação dos conhecimentos, tornando a sua adaptação ao trabalho muito mais rápida.
Atualmente, a SATC usa bancadas didáticas para ensino nas mais diversas áreas,
como: elétrica, eletrônica, mecânica, etc. Estas normalmente são adquiridas de fornecedores
destinados a produção exclusiva destes produtos, sendo que, estas bancadas geralmente têm
funcionalidades que não se aplicam a realidade da instituição, ou então, deixam de ter
funcionalidades que entende-se necessária, além de terem custos elevados.
O método de ensino praticado na SATC traz consigo a preocupação com possíveis
acidentes, uma vez que a interação com equipamentos reais acabam por trazer consigo as
mazelas reais do campo de trabalho, como por exemplo, choque elétrico, cortes, queimaduras
e etc. Para zerar acidentes e minimizar os riscos, em primeiro lugar a instituição preocupa-se
com a adoção de procedimentos de trabalhos que são cuidadosamente supervisionados por
professores durante a execução das aulas práticas. Mesmo com a constante supervisão, é
13
preciso investir em equipamentos e tecnologias para proteção contra acidentes causados por
ações realizadas por falta de conhecimento, ou então por ação deliberada.
Este trabalho tem por objetivo o desenvolvimento de uma bancada de baixo custo,
para o ensino de automação industrial, pautada na segurança do usuário/aluno seguindo as
normas de segurança vigentes.
1.1 JUSTIFICATIVA E CONTRIBUIÇÕES
O uso de bancadas didáticas no ensino é essencial para o educando, pois facilita o
entendimento da disciplina, podendo interagir de forma real com o que se aprende na teoria,
obtendo um conhecimento mais abrangente na área, que em um futuro próximo, poderá atuar.
A bancada didática é muito utilizada em cursos de graduação de engenharias e
tecnologias, e quando se fala de aprendizado prático, para a SATC, a segurança dos alunos é
primordial. Com isso, serão adotados procedimentos e equipamentos para aumentar a
segurança no manuseio da bancada, juntamente com a supervisão do professor, ao lecionar a
disciplina.
O presente trabalho torna-se relevante, visto que contribuirá para a instituição
SATC, pois o laboratório de automação terá um upgrade. Os equipamentos antigos darão
lugar às novas tecnologias, mais modernas e avançadas. Contribuindo para o aprendizado,
aprimorando habilidades e aumentando a segurança, para quando os alunos ingressarem nas
empresas, obterem uma adaptação mais rápida ao mercado de trabalho.
1.2 ORGANIZAÇÃO
Com o objetivo de projetar uma bancada didática prezando a segurança do aluno e
com um custo baixo em relação as bancadas comerciais existentes, este TCC foi dividido em
seis capítulos, que seguem na seguinte ordem:
14
Primeiro capitulo: apresenta uma introdução geral sobre o tema e a importância do
projeto.
Segundo capítulo: expõe uma breve revisão sobre automação, importância da
bancada no ensino, controlador lógico programável, interface Homem-Máquina e redes de
comunicação.
Terceiro capítulo: apresenta os procedimentos metodológicos, os quais detalham a
metodologia utilizada no projeto.
Quarto capítulo: demonstra as normas utilizadas para projetar a bancada,
orçamentos de bancadas existentes no comércio, funcionalidades da bancada projetada,
especificação dos componentes da bancada, diagrama multifilar e layout da bancada didática.
Quinto capítulo: aborda a análise de custos do projeto.
Sexto capítulo: apresenta as conclusões a respeito do projeto, considerações finais
e sugestões para trabalhos futuros.
1.3 OBJETIVO GERAL
Projetar uma bancada didática de baixo custo para o ensino de automação
industrial seguindo as normas de segurança vigentes.
1.4 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Realizar um estudo sobre as normas de segurança vigentes bem como sua
aplicação em bancadas didáticas;
- Fazer um levantamento das funcionalidades necessárias para uma bancada
didática de automação industrial aplicada a realidade da instituição (SATC);
- Realizar um levantamento das bancadas didáticas comerciais, suas
funcionalidades e custos;
15
- Especificar e dimensionar os componentes elétricos/eletrônicos para a aplicação
na bancada didática a ser desenvolvida;
- Fazer os diagramas elétricos e de automação da bancada bem como layout de
disposição com equipamentos/componentes;
- Desenvolver o projeto da bancada de automação industrial baseada nos dados
preliminares levantados;
- Confrontar vantagens e desvantagens da bancada desenvolvida em relação as
bancadas comercializadas atualmente;
16
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Este capítulo tem por objetivo fornecer uma visão geral sobre equipamentos e
aplicações relacionados à automação, assim como a aplicação no ensino com segurança.
2.1 AUTOMAÇÃO
A palavra automation foi criada em 1960 a fim de enfatizar a participação do
computador no processo industrial. Visa à substituição do trabalho humano prezando a
segurança, aumento da qualidade do produto, aumento do fluxo de produção, redução de
custos, menores perdas de materiais e de energia etc. Enfim, transmite um melhor
planejamento e controle de processo [1].
A automação é todo um sistema interligado e assistido por meio de uma rede de
comunicação, transmitindo e adquirindo informações através de sistemas supervisórios e
IHMs que auxiliam os operados na supervisão e análise do processo ou problema que possa
apresentar. Durante décadas, vem crescendo o uso da automação, espalhando-se das indústrias
para qualquer processo que possa ser automatizado, exemplo prédios e casas [1].
2.1.1 Automação predial
Definida como edifícios inteligentes ou edifícios de alta tecnologia, a automação
predial surge em meio a uma crise mundial de energia, onde a geração de energia torna-se
mais cara, exigindo uma racionalidade no consumo da energia elétrica. Com isso, há a
necessidade do controle de certos equipamentos, tais como sistema de calefação e ar-
condicionado [2].
Hoje em dia, já se obtém dessa automatização, comodidade, segurança, controle
de energia e eficácia, como: controle da iluminação, elevadores, monitoração do consumo de
17
energia, segurança ativa, controle de acesso, sistemas de incêndio, circuito fechado de TV -
CFTV, dentre outros [2].
A automação predial busca tornar-se essencial na criação dos novos edifícios,
visando controle de todas as informações e funções sem a presença de um operador, com
maior eficiência, flexibilidade e precisão, respeitando a individualidade dos usuários,
proporcionando um conforto e diminuição do consumo de energia [2].
2.1.2 Automação residencial
Surgiu no Brasil por influência do mercado americano conhecido como Home
Automation, pelo fato de que os primeiros sistemas de automação voltados para residências
serem originados de fabricantes americanos [3].
A automatização de uma residência se resume a um processo que consiste várias
soluções e equipamentos, possibilitando ao morador usufruir de um conforto e uma ótima
qualidade de vida em sua casa [3].
Com o passar dos anos, muitos fabricantes de equipamentos, profissionais da área
e associações, vem tentando difundir cada vez mais sobre o assunto. Mostrar que o uso da
tecnologia pode trazer muitos benefícios, como aumentar a qualidade de vida, economia na
conta de energia, segurança e até mesmo o aumento do valor do imóvel [3].
Antigamente, a automação residencial era artigo de luxo ou até mesmo algo
impossível de se obter, porém, hoje em dia já se vê muitas famílias brasileiras usufruindo
naturalmente dessas automatizações. Acessibilidade no assunto está cada vez maior e a
maioria, no mínimo, já ouviu falar por meio da mídia ou de alguém que já possui sua
residência automatizada [3].
18
2.1.3 Automação industrial
A automação industrial consiste em substituir a ação humana, tanto na operação
de uma máquina quanto no controle de processos de contagem ou identificação de algo
mensurável, com a finalidade da criação de um produto ou um feedback final [4].
Tendo um revés a substituição da mão-de-obra ou até mesmo o fim de um cargo
dentro de uma empresa, busca-se a automação em uma indústria quando a mesma apresenta a
necessidade de torna-la mais produtiva, podendo acarretar a reciclagem do funcionário que
exercia a função antes do novo processo [4].
Hoje em dia, o mercado encontra-se competitivo exigindo eficiência, um ótimo
custo-benefício e flexibilidade para sobreviver. Isso tem gerado um grande aumento na
demanda de automatização na indústria, visando uma maior velocidade, confiabilidade,
versatilidade e fluxo de produção. Relés e sistemas lógicos computacionais efetuam esse
controle exigido nos processos industriais, mas possuem limitações e desvantagens que
podem ser resolvidas com o uso dos CLPs [4].
A automação industrial pode ser representada pela pirâmide abaixo, onde mostra
os diferentes níveis que uma planta industrial possui.
Fig. 1 - Pirâmide de automação [1]
19
Referente a figura 1, o nível 1 representa dispositivos que encontra-se no local
onde é feita a automação. Transdutores, atuadores, dentre outros sensores e componentes que
compõem uma planta. No nível 2 encontra-se os CLPs, Relés e SDCDs (sistema digital de
controle distribuído), ou seja, onde realiza-se o controle automatizado da planta. O nível 3
representa a supervisão do processo automatizado, o qual muitas vezes possui um banco de
dados, para arquivar e processar informações. O nível 4 é onde gerencia a planta imposta,
responsável pela programação e planejamento da produção. E o nível 5 é constituído por
softwares para vendas, gestão financeira e BI (Business Intelligence), local onde é
administrado os recursos da empresa [1].
2.2 BANCADA DIDÁTICA NO ENSINO
Buscando melhorar o perfil do educando, tem-se como principal discussão,
competências e habilidades necessárias para formar este profissional. Defina-se uma estrutura
mais flexível possível, a qual traz para projetos pedagógicos novas habilidades, competências
e ações [5].
Cursos de graduação são mais generalistas por abordarem vários assuntos durante
os semestres, faltando assim um foco especifico, o que é necessário na formação do educando.
Os cursos de engenharias e tecnologias possuem disciplinas mais restritas, como exemplo
disciplinas referentes à automação, são exceções em vista da análise anterior [5].
Bancadas didáticas são muito eficientes, tornando um recurso bastante utilizado
em curso de graduação na área da engenharia e tecnologia. Hoje em dia, existem muitos
fabricantes de produtos utilizados em bancadas, disponibilizando atividades de configuração e
aplicações. Porém, a criação da solução exigi habilidades e é raramente explorada em certas
disciplinas, tornando-as susceptíveis a práticas, ficando somente na teoria [5].
20
2.2.1 Experiências pedagógicas
Quando fala-se em educação tecnológica, vê-se diversos desafios no contexto
ensino-aprendizagem. Desafios esses, estruturados por: constante evolução tecnológica,
carência no avanço da relação teoria-prática, base gnosiológica voltada para teoria,
dificuldade de obter um amplo domínio pelo fato de a carga horária ser mais diminuta, etc [8].
Nos últimos anos, diversos trabalhos foram desenvolvidos para resolver esses
problemas, tais como: novos métodos de lecionar o conteúdo, desenvolvimento de bancadas
didáticas e aventar disciplinas que desenvolve o fazer do engenheiro [8].
A construção de bancada didática é importante no cenário da educação, pois
diminui o espaço entre teoria e prática, equilibrando o método de ensino nas engenharias, as
quais possuem fama de serem teóricas. A interação prática educacional, proporciona
habilidades, como: solucionar problemas difíceis, aumento da confiança ao ingressar no
mercado de trabalho, trabalhar em equipe, etc [8].
Quando observa-se o processo de aprendizagem na área da automação nos dias
atuais, vê-se um fato que o afeta, pois está cada vez mais presente no mundo com aplicações
em vários setores, como: eletrodomésticos, construções civis, indústrias, vias públicas,
automóveis, transportes públicos, medicina, enfim, está adentrando-se no nosso dia-a-dia.
Com isso, está mais diversificado, com variáveis complexas, necessitando construir um
conhecimento amplo que permite os futuros engenheiros lidar com essas constantes
mudanças, tornando-se mais flexíveis e ágeis [8].
Obter uma boa ligação e análise correta entre conceito e uso de bancadas
didáticas, é um problema fundamental na educação. No entanto, mostra-se que o ensino
prático é mais que uma atividade complementar no método de aprendizagem, passando a
assumir, ser solução no equilíbrio entre teoria e prática. A utilização de bancadas, associado
ao desenvolvimento das mesmas, é essencial nos cursos de graduações voltados para
engenharias e tecnologias [8].
21
2.2.1.1 Curso laboratoriais: estrutura e bases pedagógicas
Ao analisar a estrutura da associação dos cursos às práticas laboratoriais,
destacam-se três opções: cursos autônomos, concorrente ou complementar. Nos cursos
autônomos, a base do conceito teórico é abordada como parte da atividade laboratorial, já que
fornece as informações necessárias para a execução dos experimentos. Assim, nessa opção, a
concepção pedagógica é desenvolver a motivação dos alunos para o aprendizado conceitual,
provocando a busca por explicações e por suporte teórico que auxiliem no entendimento dos
fenômenos observados em laboratório [8].
Nas aulas no laboratório, chamadas de estruturas concorrentes, os experimentos
são mesclados às aulas conceituais. Essa opção permite a utilização de experimentos mais
sofisticados, baseados em teorias mais complexas e que possibilitam questionamentos mais
aprofundados [8].
Nos cursos de laboratório, terceira opção das práticas laboratoriais, também
chamada como complementar. Esses cursos ocorrem após os cursos conceituais prévios,
buscando enaltecer o conhecimento já adquirido pelo estudante. Nessa situação o estudante já
dispõe de conhecimento das bases do controle, que podem ser aplicadas na realização de
experimentos mais complexos, pois exigem uma maior sofisticação nas análises de seus
resultados [8].
Independente da estrutura adotada para o curso, busca-se uma flexibilidade nos
experimentos e na utilização dos recursos laboratoriais, diversificando assim, o uso dos
mesmos equipamentos, que são utilizados por diversos cursos que tem o aprendizado
associado à automação. A eficiência das estruturas laboratoriais, se revelam apenas quando
acompanhada de posturas pedagógicas adequadas, baseadas em métodos diversificados e com
a utilização de novas tecnologias de aprendizagem [8].
O aprendizado flexível deve adaptar-se às habilidades dos estudantes, dividindo as
funções entre homem e computador, o que acarreta em uma maior disponibilidade do tutor
para responder as expectativas. Os cronogramas devem ser flexíveis a ponto de disponibilizar
várias mediações, de acordo com as necessidades de cada estudante. O fenômeno que
desenvolve o conhecimento e o aprendizado, é baseado no processo do “aprender fazendo”,
pois o esforço intelectual desencadeia ações e avalia erros, possibilitando aos estudantes a
aprendizagem da investigação, análise e conhecimento de objetivos técnicos [8].
22
2.2.1.2 Caracterização dos laboratórios de automação
A estruturação de um laboratório deve responder às questões de soluções
possíveis, podendo assinalar a existência da visão já existente aos objetivos estabelecidos para
os laboratórios de automação. Assim esses laboratórios devem [8]:
Motivar o conhecimento de conceitos analíticos;
Introduzir problemas do mundo real associados à automação;
Fornecer estruturas que possibilitem procedimentos associados a
instrumentação;
Expor os estudantes em situações integradas no desenvolvimento de projetos;
Confrontar as necessidades práticas profissionais com os estudantes;
Desenvolver trabalhos em equipe na busca pela solução de problemas [8].
A implementação desses laboratórios devem contemplar a riqueza e adversidade
dos sistemas de automação, tendo que lidar com restrições orçamentarias, espaço físico
adequado, estrutura para operação e a disponibilidade humana para ensino e
acompanhamento. Destacam-se então, características necessárias [8]:
Demonstrar os conceitos teóricos necessários ao aprendizado na área da
automação;
Discutir problemas encontrados nas situações reais;
Permitir que os educandos tenham contatos reais com os fenômenos
analisados;
Determinar constantes de tempo menores, que possibilitam vários
procedimentos durante a prática laboratorial;
Seguir procedimentos de segurança pautada aos usuários;
Dispor de baixos custos para aquisição, operação e manutenção;
Conceder ações de compreensão clara e objetiva, combinando a procedimentos
operacionais [8].
23
2.3 CONTROLADOR LÓGICO PROGRAMÁVEL
Do surgimento, no final da década de 60 aos dias atuais, o CLP é muito utilizado
para automatizar e controlar equipamentos e processos, preferencialmente, na área industrial.
Tudo começou com indústrias automobilísticas, por ter uma linha de montagem dinâmica,
onde qualquer mudança do sistema gerava troca de fios, cabos e componentes. Foi então que
Bedford Associates ofereceu a General Motors um dispositivo que funcionaria em várias
operações distintas e era facilmente programável, equipamento esse chamado de MODICON
(Modular Digital Controller) [7].
O MODICON 084 foi o primeiro CLP comercial apresentado ao mundo,
proporcionando economia na mudança de função, vida útil maior do controlador, baixa
manutenção preventiva e corretiva e tamanho menor. Para facilitar a programação e aumentar
a vida útil em ambientes agressivos, os CLPs passaram a utilizar componentes estáticos [7].
Em 1970, surge o microprocessador e o CLP passa a ser equipado com essa nova
tecnologia. Com o passar dos anos, diversas inovações tecnológicas foram sendo
implementadas nos CLPs de acordo com a tabela do anexo B [7].
Os primeiros controladores lógicos programáveis surgiram, como principal
função, a substituição dos relés. Com o tempo esses controladores obtiveram muitas
melhorias em relação aos relés. Pode-se dizer que o CLP é um equipamento que pode ser
programado para executar funções primordiais em uma automatização, como controle de
dispositivos, máquinas e operação de processo de alguma função específica (lógica de
controle, sequenciamento, controle de tempo, operações aritméticas, controle estatístico,
controle de malha, transmissão de dados etc.) [6].
Um Controlador Lógico Programável é definido pela IEC como
Sistema eletrônico operado digitalmente, projetado para uso em um ambiente
industrial, que usa uma memória programável para a armazenagem interna de
instruções orientadas para o usuário para implementar funções específicas, tais como
lógica, sequencial, temporização, contagem e aritmética, para controlar, através de
entradas e saídas digitais ou analógicas, vários tipos de máquinas ou processos. O
controlador programável e seus periféricos associados são projetados para serem
facilmente integráveis em um sistema de controle industrial e facilmente usados em
todas suas funções previstas. [6]
De acordo com a definição da National Electrical Manufactures Association um
CLP é
24
Um equipamento eletrônico que funciona digitalmente e que utiliza uma memória
programável para o armazenamento interno de instruções para implementar funções
específicas, tais como lógica, sequenciamento, registro e controle de tempos,
contadores e operações aritméticas para controlar, através de módulos de
entrada/saída digitais ou analógicos, vários tipos de máquinas ou processos. [6]
Os CLPs são fabricados para serem utilizados em ambientes irregulares, sendo
assim, são resistentes a poeiras, umidade, altas temperaturas, etc. A parte estrutural do CLP,
número de entradas e saídas digitais ou analógicas, memória, conjunto de instruções,
velocidade do processamento, conectividade, flexibilidade etc., depende exclusivamente de
cada fabricante [6].
O diagrama de blocos abaixo ilustra melhor a arquitetura de um CLP:
‘
Fig. 2 - Diagrama de blocos do CLP [6]
Pode-se assim dizer que o CLP pode ser divido em cinco partes fundamentais:
Fonte de alimentação;
Entradas analógicas e/ou digitais;
Saídas analógicas e/ou digitais;
Unidade Central de Processamento (CPU) e
Unidade de Comunicação.
Comunicação
Saída digital
Saída analógica
Entrada digital
Entrada
analógica
Fonte de
alimentação
Unidade
Central de
Processamento
25
2.3.1 SIMATIC S7-1200
Pode-se considerar um ótimo equipamento para uma automação segura e de alto
padrão, possui quatro modelos diferentes de CLP: 1211C, 1212C, 1214C e 1215C. Possui
interface PROFINET integrada, PROFIBUS a AS-Interface, Acesso remoto e grande
flexibilidade, permitindo uma comunicação simples e soluções eficientes. Pode-se visualizar
na figura 3, a linha SIMATIC S7-1200, controladores compactos, versáteis e modulares [9].
Fig. 3 - Linha SIMATIC S7-1200 [9]
A nova linha da Siemens teve melhorias na sua performance como: diminuição do
tempo de execução de operações booleanas de 100ns para 85ns, atualização do firmware via
PROFINET, firmware 3.0 e a faixa de temperatura ampliada com o mínimo de -20ºC e
máximo de +60ºC [9].
O S7-1200 permite a expansão de I/Os sem aumento de tamanho físico, um signal
board pode ser encaixado facilmente na frente da CPU, aumentando a capacidade do
controlador. Permite também o aumento de entradas e saídas usando módulos de sinal e
expansão de comunicação usando módulo de comunicação. O anexo A mostra detalhes de
cada modelo do S7-1200 [9].
26
2.4 INTERFACE HOMEM-MÁQUINA
Sistemas usados na área industrial, pelo fato do ambiente de chão-de-fábrica ser
irregular, as IHMs possuem uma enorme robustez, resistência a agua, umidade, temperatura
elevada e poeira de acordo com IP necessário [1].
As IHMs podem ser aplicadas desde uma simples máquina de lavar até cabines de
aviões, tendo diferença na fabricação de acordo com a precisão necessária. Seu
funcionamento baseia-se em traduzir sinais enviados do CLP para sinais gráficos de fácil
compreensão, enviar sinais para o controlador acionando alguma saída ou modificando algum
processo na lógica de programação [1].
Outrora eram utilizados painéis sinóticos no processo industrial, onde era usado
sirenes, sinaleiros, chaves seletoras e botoeiras para comandar ou acompanhar processo da
fábrica. Com o passar dos anos surgiram os displays e as chaves digitais, permitindo a
visualização dos valores das variáveis do processo e modificação de parâmetros de
temporizadores e contadores. Porém, apareceram problemas com a utilização dessa interface,
como a necessidade de ampliação dos painéis para alojar botões ou informações necessárias e
toda complexa fiação para ligar sensores e atuadores aos displays e chaves digitais [1].
Com desenvolvimentos de displays alfanuméricos, teclados de funções e
comunicação serial, obteve-se uma quantidade de benefícios:
Economia de fiação e acessórios;
Facilidade para montagem;
Extinção dos painéis sinóticos;
Aumento significativo no controle de processo;
Flexibilidade;
Operação amigável;
Fácil manutenção e programação.
Enfim, pode-se dizer que a IHM é um hardware que utiliza um display Crystal
liquido e conjunto de teclas para navegação ou inserir dados, o qual possui um software
proprietário para programação. Hoje em dia já possui IHMs Touchscreen, ou seja, possuem
algumas teclas de configuração adicionais e toques na tela [1].
27
2.5 REDES DE COMUNICAÇÃO INDUSTRIAL
Redes de comunicação foram desenvolvidas, tendo como objetivo principal a
transferência de dados entre computadores. Com o passar dos anos, os processos de
automação em chão de fábrica evoluíram consideravelmente, tornando o uso de
microprocessadores em CLPs indispensáveis. Sendo assim, pode-se considerar esses
controladores também como computadores. Hoje em dia, processos industriais automatizados
exigem comunicação rápida e confiável entre equipamentos da planta, e as redes de
comunicação proporcionam isso [12].
A substituição de tubos utilizados para a transmissão pneumática por sinais
elétricos analógicos, surgiu em 1960 e diminuiu o custo de instalação e o tempo de
transmissão dos sinais. Inicialmente, interligava-se os computadores e os dispositivos de I/O,
logo após, utilizava-se em sistemas de controles distribuídos e CLPs. Até os anos 80 não eram
vistas as comunicações digitais em pequenos dispositivos, por esse fato o barramento de
comunicação para redes em chão de fábrica não evoluiu até os anos 90 [12].
Como a automação industrial estava em constante evolução e cada vez mais
presente nos variados processos de fabricação, necessitava-se que padrões fossem criados
para interconectar diferentes dispositivos utilizados para automatizar uma produção. Com
isso, o padrão OSI (Open Systems Interconnection) com esforço internacional foi criado para
padronização de redes locais, o qual permite dois dispositivos utilizados na automatização
comuniquem-se com confiabilidade independente do fabricante [12].
Na última década, as redes de comunicações industriais obtiveram maiores
evoluções, dentre as tecnologias associadas aos sistemas de controles na indústria, seguida da
evolução das comunicações em diversos ramos, como: telefonia móvel, internet, comunicação
sem fios, e outros [13].
O uso das redes tem por objetivo a comunicação de diversos dispositivos
interligados, com rapidez, confiabilidade e visando a redução de custo da empresa [13].
As evoluções em redes de comunicações trouxeram benefícios, como: redução na
fiação, flexibilidade, fácil manutenção e diagnósticos de dispositivos. Com uso de protocolos
de comunicação digital padronizados, possibilitaram-se a comunicação e inserção de
equipamentos de diferentes fabricantes na rede, tornando-se muito flexível e expansível [12].
28
Para que uma rede de comunicação seja implantada no chão de fábrica, deve-se
considerar as seguintes variáveis: taxa de transmissão, topologia física da rede, meio físico de
transmissão, tecnologia de comunicação, algoritmo de acesso ao barramento, tipo de rede para
o ambiente, custo do projeto, facilidade da implantação, configuração e expansão do sistema a
ser implantado, manutenção da rede, número de dispositivos, segurança, etc [12].
2.5.1 Componentes de uma rede industrial
Em ambiente como chão de fábrica, uma rede de comunicação não se faz com um
simples cabo, pois é insuficiente para conectar todos nós existentes. Com objetivo de oferecer
isolamento e bom desempenho, cria-se uma topologia de rede, a qual mostra a necessidade de
equipamentos adicionais na rede. As redes podem ser estruturadas com repetidores, pontes,
roteadores e gateways [12].
Os repetidores servem para amplificação do sinal para transmissão em range
maior, permitindo a conexão de um grande número de nós na rede. As pontes interligam duas
redes desiguais, permitindo a troca de informações entre elas. Os roteadores retransmitem
pacotes de dados em vários nós e até mesmo redes diferentes e os gateways permite que sub-
redes incompatíveis se comuniquem entre si [12].
2.5.2 Classificação das redes industriais
Os sistemas que coordenam os processos produtivos são complexos, exigindo
uma estruturação em níveis hierárquicos para melhor entendimento. Observa-se na figura 5
esses níveis [12].
29
Fig. 4 - Classificação das redes industriais [12]
A rede SensorBus é utilizada para ligar equipamentos simples e pequenos
diretamente na rede. Composta por sensores e atuadores de valor baixo, tem por objetivo
obter custos de conexão baixo, com tempos de reação na ordem de milissegundos, distância
máxima de 200 metros e informações transferidas em bits. Seriplex, ASI e CAN são exemplos
desse tipo de rede [12].
A DeviceBus geralmente composta por equipamentos com pontos mais discretos
e/ou dados analógicos. Possui transferência rápida na ordem de dezenas de milissegundos,
distância máxima de 500 metros e consegue trabalhar com maior número de equipamentos e
dados. Tem-se como exemplo de rede a DeviceNet, Profibus DP, etc [12].
Com a rede FieldBus interliga-se equipamentos de I/O mais complexos,
possibilitando desempenhar funções especificas, controle de informações e processos. Tem-se
como distância máxima 10 quilômetros e as transferências são mais longas na ordem de
centenas de milissegundos, porém, comunica-se utilizando vários tipos de dados, como:
discreto, analógico, parâmetros, programas e informações do usuário. Como exemplo
podemos citar as redes Modbus Plus e Profibus FMS [12].
Já a rede DataBus é utilizada para comunicação na parte de gerenciamento de
todo o processo, ou seja, interliga os sistemas supervisórios e os sistemas de gestão. A
transferência é efetuada na ordem de segundos até minutos, atinge uma distância máxima de
100 quilômetros e as informações transferidas possui grande volume de informação. A rede
Ethernet é um exemplo forte deste nível [12].
30
2.5.2.1 Rede Ethernet
Em um contexto mundial é utilizada para redes de computadores, dita como
desafiante no setor industrial, é hoje, o tipo de rede que mais cresce nesse segmento. Surgiu
em 1973, criada pela Xerox em um centro de pesquisa chamado Palo Alto Research Center,
na tabela 1 podemos observar a evolução da rede Ethernet no decorrer dos anos [13].
Tab. 1 - Evolução da rede Ethernet [13]
Ano Inovação
1979 Criação de normas pelo consórcio DIX
1980 Foi especificada a Ethernet 10Mbps
1982 Criação da norma Ethernet 802.3
1993 Foi especificada a Ethernet 100Mbps
1996 A Ethernet 100Mbps se difundiu no mercado
1998 Criação da norma Gigabit Ethernet
A grande performance, baixo custo e a possibilidade de comunicação com PCs,
está difundindo-se e atraindo cada vez mais as empresas, quando se pensa em criar uma rede
de comunicação industrial. Implantando nesse segmento, visa-se interligar CLPs, sistemas
supervisórios e sistemas de gestão, também está crescendo em aplicações de equipamentos
I/O descentralizados, variadores de velocidades e sensores [13].
A Ethernet utiliza um método para evitar colisão de dados, ou seja, tem-se dois
nós distintos e os mesmos resolvem enviar um pacote de dado juntos, isso resultará em uma
colisão. Havendo esse conflito, destrói-se as mensagens e cada nó adquiri um tempo de espera
até nova tentativa de envio de mensagem, esse método chama-se CSMA/CD (Carrier Sense
Multiple Access/Collision Detection) [13].
A Ethernet possui alguns serviços universais, tais como: HTTP, DHCP, FTP,
NTP, SMTP, SNMP, COM/DCOM, Modbus TCP/IP, IO Scanning, FDR e Global Data [13].
O serviço HTTP (Hipertext Transfer Protocol) vem sendo usado desde 1990 com
intuito de conduzir páginas web entre um servidor e um browser. O DHCP (Dynamic Host
Configuration Protocol) concede endereços de IP para equipamentos na rede
automaticamente, sem ter que colocar endereços manualmente. O serviço FTP (File Transfer
Protocol) efetua a transferência de arquivos de forma rápida e versátil entre equipamentos. O
31
NTP (Network Time Protocol) faz a sincronização do tempo através de um servidor,
mantendo a hora do computador sempre certa e com exatidão. O SMTP (Simple Mail Transfer
Protocol) é um serviço utilizado para troca de e-mail, ou seja, trabalha como servidor quando
um emissor envia mensagens para um receptor [13].
Com SNMP (Simple Network Management Protocol) gerencia-se de forma
simples os dispositivos conectados à rede, analisando o estado da rede, possíveis falhas e
permitindo a modificação da configuração. O COM/DCOM (Distributed Component Object
Model) é uma tecnologia que faz o Windows comunicar-se de forma transparente. O Modbus
TCP/IP encapsula o protocolo Modbus na Ethernet, difundiu-se no segmento industrial de
forma incrível, tornando-se essencial hoje em várias aplicações e totalmente livre. O serviço
IO Scanning realiza trocas de I/O distribuída na rede Ethernet, de forma simples e versátil. O
FDR (Faulty Device Replacement) permite a substituição de um equipamento com falha por
um novo, efetuando a detecção, reconfiguração e inicialização automática do sistema. Já o
Global Data faz a transferência de dados em tempo real entre diversos dispositivos na rede,
pertencentes ao mesmo grupo. Com o serviço Global Data sincroniza-se atividades remotas e
compartilha-se dados comum entre variadas aplicações [13].
A comunicação Ethernet na área industrial é semelhante à utilizada em ambientes
normais, porém, quando se fala na utilização de chão de fábrica, obtenha-se componentes e
equipamentos mais robustos [13].
A interligação dos dispositivos pode ser efetuada por diversos meios físicos. Tem-
se a ligação em cobre 10Base-T ou 100Base-TX, a qual utiliza cabos UTP (não blindado) ou
STP (blindado) com conector RJ45, e a ligação óptica ou fibra óptica, que consiste em um
cabo com vários fios de vidro fino, por onde transita um raio de luz com perda mínima de
energia e sem interferência eletromagnética [13].
A estruturação de uma rede pode ser descrita com topologia, ou seja, layout dos
dispositivos interligados, dentre as existentes, tem-se 3 tipos que são usadas na área industrial:
topologia em estrela, topologia linear e topologia em cadeia [13].
32
Fig. 5 - Topologia em estrela [13]
A figura acima representa a topologia em estrela, onde todos dispositivos são
interligados por componente de rede, o qual pode ser um hub ou um switch. Na indústria os
switches são mais utilizados, por serem mais eficientes [13].
Fig. 6 - Topologia linear [13]
Na figura 7 tem-se a topologia linear (bus), mais comum na automação industrial,
utiliza-se hubs e/ou switches interligando-se um ao outro, e consequentemente os dispositivos
nos mesmos. Os switches são mais comuns por terem o número ilimitado para esse tipo de
configuração [13].
Fig. 7 - Topologia em cadeia [13]
A figura 8 representa a topologia em cadeia (Daisy Chain), não muito comum em
rede de comunicação Ethernet, porém, tem-se como solução interessante no futuro. Cada
dispositivo na rede tem 2 portas Ethernet e um Switch integrado [13].
33
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
O presente projeto apresenta o desenvolvimento da bancada didática quanto aos
fins de ensino, visto que busca adequar o conhecimento teórico sobre o princípio de
funcionamento e aplicações da automação.
A pesquisa é qualitativa, pois permite desenvolver habilidades, na qual contribui
para implementação de bancada com qualidade. Por meio da exploração de fontes
bibliográficas disponíveis sobre o assunto em estudo, busca-se conhecer os aspectos
relevantes sobre a utilização de bancadas didáticas nas instituições.
O estudo das fontes publicadas pelos principais autores da área de automação, visa
esclarecer a importância em aderir o conhecimento sobre o assunto. As fontes bibliográficas
podem incluir: livros, artigos, teses, catálogos e pesquisas publicadas, além de fontes orais e
interação com os equipamentos de forma real.
Os dados da pesquisa e desenvolvimento da bancada serão obtidos por meio de
dados secundários, oriundos de fontes bibliográficas escritas, disponibilizadas em meios
físicos e online. As principais fontes sobre o tema em estudo serão obtidas nas bibliotecas
locais, nos sites sobre o tema na internet e em recursos adquiridos pela instituição SATC.
Pode-se realizar a coleta dos dados sobre bancadas por meio de técnica
qualitativa. A pesquisa qualitativa engloba dados descritivos, como palavras e imagens com o
objetivo de solucionar o problema em estudo [8].
Para desenvolvimento, faz-se o uso do método projetual, no qual consiste em
chegar a uma solução, considerando todas características, normas existentes e processo pelo
qual a bancada didática deverá passar para chegar no ponto desejado de satisfação e efetuar a
função exigida.
34
4 DESENVOLVIMENTO DA BANCADA DIDÁTICA
Como visto nos capítulos anteriores, as bancadas didáticas são de suma
importância no estreitamento da lacuna existente entre teoria e prática. Além de permitir
desenvolver habilidades de manuseios dos equipamentos dispostos, proporciona um aumento
da autoconfiança para ingressar ao mercado do trabalho.
A SATC aposta no “aprender fazendo”, ou seja, os cursos técnicos e graduações
contam com laboratórios para diversas áreas, com intuito de desenvolver esse lado prático dos
educandos, com isso, a bancadas acabam se tornando essenciais para que esse
desenvolvimento tenha uma maior evolução possível.
Esse capitulo tem como objetivo principal apresentar o projeto de uma bancada
didática de automação, pautada nas normas de segurança vigentes com um custo baixo
comparado às bancadas existentes no comércio, alcançando o objetivo da instituição de
diminuir o espaço entre teoria e prática com ênfase na segurança dos educandos.
4.1 NORMAS DE SEGURANÇA VIGENTES
Esse método de ensino implementado pela SATC de propor ao aluno a interação
prática com equipamentos existentes no mercado, traz consigo perigos reais como, choque
elétrico, cortes, queimaduras, e outros.
A aplicação de normas de segurança em qualquer segmento é essencial para que
não ocorra acidentes. Na educação tem-se como principal assunto quando executa-se aulas
laboratoriais, pois os alunos além de não terem experiências práticas na maioria das vezes, são
dependentes da instituição de ensino. Com isso, é fundamental que utiliza-se das normas para
evitar eventuais problemas e preservar o bem-estar dos educandos.
As normas regulamentadoras visam a segurança e a saúde dos trabalhadores,
criadas pelo ministério do trabalho é aplicada em empresas como obrigatoriedade e o
descumprimento das normas gera penalidades. Foram criadas para os trabalhadores, porém,
existem itens de algumas NRs que podem ajudar na segurança da bancada proposta.
35
O projeto da bancada pauta-se em itens de normas aplicáveis a mesma, das NRs
existentes baseia-se na NR-6, NR-10 e NR-12, assim como, normas para utilização do
laboratório.
4.1.1 Norma Regulamentadora Nº 6
A norma regulamentadora Nº 6 dispõe de um tema importante, o EPI
(Equipamento de Proteção Individual). Visa a proteção contra acidentes, aplica-se nesse
projeto na segurança dos alunos e é de suma importância o comprometimento dos mesmos
usa-los para prevenção e bem-estar.
Os equipamentos possuem CA (Certificado de Aprovação) imposto pelo
ministério do trabalho e devem ser disponibilizados pela instituição de ensino, funcionando e
bem conservados.
Cabe à instituição, exigir o uso dos mesmos, assim como, orientar os educandos
como fazer o uso adequado e conservar. Em caso de extravio ou se estiver danificado fazer a
substituição e comunicar o MTE se houver irregularidades. Dentre vários EPIs existentes
exija-se a utilização de óculos de segurança, calçados fechados e calça.
4.1.2 Norma Regulamentadora Nº 10
A NR-10 estabelece medidas de controle e prevenção, com objetivo de garantir
segurança e saúde de quem interage de forma direta ou indiretamente, com serviços em
eletricidade e instalações elétricas. Esta norma não é aplicável em extra baixa tensão, porém,
aplica-se na bancada pela necessidade da alimentação das fontes projetadas, as quais são
alimentadas em uma tensão de 220 Vca fase-neutro.
Conforme exija-se a norma, a bancada conta com um diagrama multifilar
atualizado especificando o devido aterramento, assim como, os dispositivos e conexões
existentes. Os locais energizados com 220 Vca devem possuir restrições e impedimentos de
36
acesso, assim como, sinalização de advertência para conscientizar os usuários do perigo
eminente.
Na entrada de alimentação utiliza-se um disjuntor modular com proteção
diferencial residual fase-neutro, tendo como objetivo a proteção contra sobrecargas, curto
circuitos, choques elétricos e incêndio.
4.1.3 Norma Regulamentadora Nº 12
Com objetivo de definir referências técnicas, princípios fundamentais e medidas
de proteção, visando sempre a segurança de trabalhadores ou de quem interage com maquinas
ou equipamentos, surge-se a NR-12. Esta norma possui alguns itens aplicáveis à bancada.
Exija-se que o projeto constitua-se de métodos para prevenção de perigos como
choques elétricos, explosões, e outros, isso mescla a NR-10 à esta norma, a qual já foi citada
anteriormente. Com isso, reforça-se que o aterramento é fundamental em qualquer parte da
bancada didática que possa conduzir corrente elétrica.
Referindo-se a alimentação elétrica, é de fato importante, que os condutores
possuam proteção mínima de segurança de acordo com as normas vigentes, com isso, a
isolação dos mesmos devem suprir à corrente consumida pela bancada e eles não devem ficar
expostos para os educandos não obterem contato com tensão 220 Vca.
Como visto na NR-10, utiliza-se o disjuntor modular com proteção diferencial
residual fase-neutro para proteção contra sobrecargas, curto circuitos, choques elétricos e
incêndios. Com esse dispositivo o aluno não interage diretamente com 220 Vca, apenas
aciona o dispositivo alimentando as fontes de tensão e posteriormente os dispositivos da
bancada. Todos os terminais e contatos dos dispositivos que circulam uma tensão 220 Vca,
não possuem acesso para que os educandos não sofram um acidente.
A bancada didática respeita exigências ergonômicas, como: postura, movimentos
e esforços físicos. Por essa razão, deve-se posicioná-la na altura do peito do aluno, assim,
ficará em cima da mesa ao lado do monitor de vídeo, teclado, mouse e PC, permitindo uma
interação clara, flexível e objetiva dos educandos.
37
4.1.4 Manual para utilização do laboratório
Um laboratório de automação e controle requer cuidados e prevenções para que
não ocorra nenhum acidente na utilização dos equipamentos e materiais, assim como, mantê-
lo em ordem e organizado. É de suma importância que os alunos sejam orientados pelos
professores sobre os procedimentos que irão deixá-los em segurança, e que possam ter um
bom desenvolvimento técnico prático.
Acidentes ocorrem quando se há pressa excessiva para obter o resultado, com isso
é responsabilidade do aluno concentrar-se e não apressar-se para que nenhum venha ocorrer.
Brincadeiras não são bem vindas em um laboratório, pois atrapalha o colega e podem surgir
riscos de acidente.
4.1.4.1 Regras básicas
Antes de iniciar qualquer prática nos laboratórios os alunos e professores devem
utilizar os EPIs exigidos pelas normas citadas e que são básicos em laboratório, são eles:
Óculos de proteção;
Calçado fechado;
Calça.
4.1.4.2 Recomendações
Um trabalho no laboratório exige muita concentração, com isso, deve-se evitar
distrações e brincadeiras, que além de atrapalhar o aprendizado do aluno, prejudica os outros
colegas. O professor é responsável pelos alunos durante as aulas práticas, portanto, é
importante que o mesmo exija dos alunos, ao entrarem no laboratório, os seguintes itens:
38
Utilizar os EPIs (óculo de proteção, sapato fechado e calça comprida);
Cabelos compridos devem estar presos;
Feche todas gavetas e portas que abrirem;
Não comer e/ou beber no laboratório;
Não fumar no laboratório;
Não levar pertences do laboratório para casa;
Obter conhecimento sobre a forma correta de utilização da bancada;
Manter as mesas sempre limpas e organizadas;
Em caso de dúvida consulte o professor;
Se houver irregularidades no funcionamento informe o professor;
Obedecer todos itens acima.
4.1.4.3 Equipamentos do laboratório
Para operação dos equipamentos disposto no laboratório, deve-se seguir os
seguintes quesitos:
Somente utilize a bancada e o computador se os cabos, plugues e tomadas
estiverem em perfeita condições;
A bancada deve conter indicação de tensão 220 Vca na entrada de alimentação
elétrica;
A superfície de operação não pode estar úmida;
Não deixar equipamentos ligados ao sair do laboratório, caso contrário
identificar;
Estar ciente que em caso de incêndio com equipamentos elétricos, deve-se
utilizar extintor de CO2 ou pó químico seco.
39
4.2 FUNCIONALIDADES DA BANCADA DIDÁTICA
Hoje em dia, ao citar a palavra automatização imediatamente pensa-se em CLP
pelo fato de ser uma das maiores evoluções na área da automação, logo vem a IHM
proporcionando comodidade, flexibilidade, versatilidade, etc. Com isso, é de suma
importância para o desenvolvimento profissional do aluno obter conhecimento com qualidade
sobre o funcionamento e programação desses equipamentos que estão revolucionando os
setores industriais, prediais e residenciais.
A bancada didática irá proporcionar um conhecimento amplo e atualizado na área
de automação e controle, os alunos irão interagir com equipamentos e programa de última
geração, fabricados pela empresa Siemens. Com a bancada o educando pode explorar os
recursos disponíveis, os quais são: CLP, IHM, Switch, programa Portal TIA V12, dentre
outros. Em uma estrutura flexível, resistente e segura, o aluno irá interagir com chaves
ON/OFF, botões de pulsos, relés, potenciômetros e com um computador para programação.
Através de bornes banana e devidos cabos de conexões, adquira-se o
conhecimento necessário para ligação dos comandos de um processo de automação utilizando
as entradas e saídas digitais do CLP. Com as entradas e saídas analógicas do CLP, pode-se
obter em conjunto do sinal 10Vcc disponível e mais o potenciômetro, a variação da tensão
sendo representada por um Mini voltímetro digital conectado à saída analógica.
Com a IHM conectada ao CLP através de um switch em modo de comunicação
Ethernet/PROFInet, o educando pode visualizar e modificar configurações da programação
realizada no CLP em tempo real em uma tela TouchScreen. A programação do CLP será feita
através do Portal TIA V12, programa exclusivo da Siemens totalmente novo, didático e com
diversos recursos de programação gráfica. O switch realiza a transferência da programação
feita no PC para o CLP, ou seja, interliga o CLP, IHM e PC através da comunicação
Ethernet/PROFInet.
Os equipamentos Siemens possuem as licenças dos softwares necessários para sua
utilização integral adquiridas pela instituição SATC, conforme cada configuração. Os cabos
para programação e comunicação estão inclusos, a bancada é pautada nas normas de
segurança vigentes priorizando o bem-estar dos alunos, além de um avançado conhecimento
prático.
40
4.2.1 Componentes da bancada didática
CLP S7-1200 – CPU 1214 DC/DC/DC (com Signal Board SB1232 AQ);
IHM KTP600 BASIC COLOR PN;
Switch compacto CSM 1277;
Bornes pino banana;
Chaves HH ON/OFF;
Botões de pulso;
Potenciômetros;
Mini voltímetro digital;
Relés;
Fonte de alimentação 10 Vcc;
Fonte de alimentação 24 Vcc;
Cabos Ethernet industrial;
Disjuntor modular com proteção diferencial residual fase-neutro;
Cabos pino banana;
Painel frontal em tecníl.
4.3 BANCADAS DIDÁTICAS COMERCIAIS
Hoje em dia, existem várias empresas especializadas em fabricação de bancadas
didáticas para o ensino, porém, possuem um custo elevado tornando o investimento difícil nas
instituições de ensino. Com intuito de apresentar o investimento necessário para se obter uma
bancada didática, fora feito orçamentos com empresas reais no comercio desse tipo de
produto, a seguir pode-se observar as funcionalidades, características e preços de bancadas
comerciais parecidas com a que está sendo projetada.
41
4.3.1 Dock Station CLP S7-1200
Fig. 8 - Bancada didática dock station CLP S7-1200 [14]
Na figura 9 pode-se visualizar a bancada da empresa 1, ela conta com uma
estrutura monobloco com fechamento em ABS termo moldado, tensão de alimentação:
110/220 Vca monofásica, chave geral liga/desliga e painel frontal constituídos por placa de
polimetacrilato de metila. Possui um CLP S7-1200 idêntico ao do projeto onde suas
características podem ser vistas no anexo A.
A IHM é TouchScreen, possui 1 porta de comunicação padrão RJ45 protocolo
PROFINET embutido, tela colorida, porém, menor que a do projeto. A bancada conta ainda
com 8 chaves ON/OFF, 8 sinaleiros LED indicando as saídas digitais, 2 potenciômetros, 1
mini voltímetro, 1 Chave geral liga/desliga a bancada e um cabo de alimentação.
Como pode ser visto na figura 9 as ligações de entradas e saídas são feitas
internamente, não permitindo uma interação ampla do aluno ao aprendizado prático, ao
contrário da bancada projetada. O custo de uma bancada didática desse nível é de R$
21.320,00, com isso, para implementa-la no laboratório de automação necessitaria de um
investimento de R$ 255.840,00.
42
4.3.2 Kit didático CLP (KDCLP-02)
Fig. 9 - Kit didático CLP [15]
Na figura 10 pode-se visualizar o Kit didático da empresa 2, é uma maleta portátil
de material resistente, composta com um CLP S7-1200 idêntico ao do projeto, suas entradas
e saídas analógicas são interligadas a bornes de 4 mm montados sobre placa de alumínio. O
kit possui uma fonte de alimentação chaveada 24 Vcc 3 A, mini chaves disponibilizadas pela
fabricante do CLP para simulação de entradas digitais e LEDs indicando a saída digital
acionada com seus terminais ligados a bornes isolados, o acionamento do kit é feito por uma
chave liga e desliga. O custo de um kit didático desse nível é de R$ 8.550,00, com isso, para
implementa-lo no laboratório de automação necessitaria de um investimento de R$
102.600,00.
43
4.3.3 EduTrainer® with SIMATIC S7-1200 and 19" simulation module
Fig. 10 - Bancada didática EduTrainer® [16]
A bancada da empresa 3 pode ser visualizada na figura 11, é equipada com CLP
S7-1200 idêntico ao do projeto, as entradas e saídas do CLP estão conectadas a bornes de
segurança 4 mm e/ou a conectores universal I/O Syslink, permite download de programa
online via conector RS485-MPI e/ou PROFIBUSDP e via PROFINET. Alimentação via I/O
BUS do CLP permiti acesso remoto à rede ASI com monitoração de status por LED.
A bancada conta ainda com 16 chaves do tipo alavanca (pulso / trava) e 16 bornes
de segurança para cabo tipo banana 4 mm responsável pela simulação dos sinais de entrada
digital, 16 LEDs amarelos que indicam o status da saída digital e 16 bornes de segurança para
cabo tipo banana 4mm, 4 potenciômetros que simulam o sinal de entrada analógico a tensão e
um display para visualização dos valores de tensão nas entradas e saídas analógicas. As
entradas e saídas analógicas também podem ser acessadas através de bornes de segurança para
cabo tipo banana de 4mm.
Constitui também de um módulo Syslink responsável por disponibilizar as
entradas e saídas digitais em conector Centronic (24 Vias) e as entradas e saídas analógicas
em conector DB15 (15 vias) e um módulo 24V/0V responsável por disponibilizar sinais de
24VDC e 0VDC proveniente da fonte de alimentação.
44
Para programação do CLP é utilizado o software Portal TIA V12. O custo dessa
bancada é de R$ 27.200,00, com isso, para implementa-lo no laboratório de automação
necessitaria de um investimento de R$ 326.400,00.
4.3.4 DLB CLP 646S
Fig. 11 - Bancada didática DLB CLP 646S [17]
Na figura 12 pode-se observar a bancada da empresa 4, é uma bancada que possui
uma estética estrutural parecida com a do projeto. A bancada é composta por um bastidor
vertical em estrutura tubular de aço tratada com pintura eletrostática com tinta epóxi e
módulos de chapas de aço. O CLP utilizado é o S7-1200 da Siemens e é idêntico ao do
projeto, assim como, a IHM e o switch também são.
Conta ainda com 1 simulador de entradas digitais disponibilizados pela Siemens,
1 Módulo com uma fonte 12Vcc, uma fonte 24Vcc e uma fonte variável 0 à 24Vcc, todas com
proteção contra inversão de pólos e sobre corrente, 1 Módulo composto por disjuntor de
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proteção e sinaleiro para proteção dos demais módulos do painel, 1 Módulo com voltímetro
digital permitindo a medição de dois sinais simultaneamente, uma entrada mede corrente de 4
à 20mA e outra mede tensão de 0 a 10Vcc, 1 Módulo com motor de passo acoplado e com
driver de acionamento eletrônico de quatro bits com indicação luminosa para cada um dos bits
de acionamento, 1 Módulo com motor DC 24 Vcc com um encoder acoplado, 1 Módulo de
LEDs para indicação do acionamento de saída digital de oito bits, 1 Módulo com conversor
A/D de quatro bits com entrada de sinal analógico de 0 a 10Vcc e de 0 a 20mA e saída de
quatro bits em 24Vcc. 1 com conversor D/A de quatro bits com saída de sinal analógico de 0 a
10Vcc e de 0 a 20mA e entrada de quatro bits em níveis de 24Vcc. 1 Módulo com chave de
retenção e pulsadoras para simulação de sinais de entrada digital, 2 Módulos com uma chave
BCD para simulação de sinais de entrada, 1 Módulo de relés independentes e com contatos
reversíveis compostos por quatro relés para correntes de 10A e bobina de 24Vcc e 1 Módulo
de potenciômetros com dois potenciômetros de 10K lineares para simulação de sinais de
tensão ou corrente.
O custo de um kit didático desse nível é de R$ 16.100,00, com isso, para
implementa-lo no laboratório de automação necessitaria de um investimento de R$
193.200,00.
4.3.5 KB16M – Módulo CLP
Fig. 12 - Bancada didática KB16M – Módulo CLP [18]
46
A figura 13 representa a bancada da empresa 5, a qual possui 1 CLP S7-1200
idêntico ao do projeto, 2 fontes de alimentação 24 Vcc, 10 saídas digitais a relés, 14 entradas
digitais optoacopladas, 2 saídas analógicas de 0-10 Vcc, 4 entradas analógicas 0-10 Vcc, 2
displays de medição, 1 para medição de corrente e outro para medição da tensão das saídas
analógicas, 1 fonte variável de 0 à 10 Vcc e 2 potenciômetros.
Para teste de conversores a bancada conta com 1 conversor D/A de 4 bits e saída 0
à 10 Vcc, 1 Conversor A/D de 0 à 10V e saída 4 bits e 1 Conversor A/D de 4 a 20mA e saída
4 bits. Possui ainda 8 Sinalizadores de 24Vcc para aviso de acionamento da saída digital e 1
modulo BCD composto por 2 displays de 7 segmentos.
A bancada é energizada pelo acionamento de uma chave liga e desliga, e a
programação é feito pelo software do fabricante do CLP. O custo dessa bancada didática é de
R$ 21.325,00, com isso, para implementa-lo no laboratório de automação necessitaria de um
investimento de R$ 255.900,00.
4.4 ESPECIFICAÇÃO E DIMENSIONAMENTO DOS COMPONENTES
Os componentes da bancada didática visa proporcionar total interação dos
educandos ao método de ensino “aprender fazendo” que a instituição adota. O aluno além de
aprender a programar o controlador lógico programável, irá desenvolver um conhecimento
técnico para montar um circuito de comando, ou seja, a bancada proporciona um bom
entendimento para criar um processo de automatização.
Com isso, apresenta-se os seguintes componentes que proporcionam esse
aprendizado:
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Fig. 13 - CPU 1214C DC/DC/DC [9]
O principal componente da bancada pode ser visualizado na figura 14, o
controlador lógico programável 1214C DC/DC/DC possui um processador avançado, controle
bidirecional de acionamentos, 14 entradas digitais, 10 saídas digitais, 2 entradas analógica e
barramento PROFINET (Ethernet industrial). Com o controlador é possível monitorar e
controlar o processo de automatização proposto de acordo com a lógica do programa criado. É
um CLP de última geração que proporciona um aprendizado avançado e atualizado, suas
características podem serem vistas com mais detalhes no anexo A.
Fig. 14 - SIPLUS S7-1200 SB1232 [9]
Acoplado ao controlador lógico programável, o módulo de expansão representado
na figura 14 possui uma saída analógica 0-10 V (12 bits) e 0-20 mA (11 bits).
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Fig. 15 - KTP600 BASIC COLOR PN [10]
Como pode-se observar na figura 15, a IHM é um componente que enriquece a
bancada didática, a KTP600 BASIC COLOR PN é adaptável a qualquer situação especifica de
visualização, com desempenho otimizado e funcional. Possui um display de 5,7" polegadas
256 cores TouchScreen, 6 teclas de configuração adicionais, 512Kb de memória,
comunicação PROFINET, PROFIBUS ou Ethernet, grau de proteção IP65, NEMA e 12/IP20,
ideal para controle de máquinas e edifícios e possui um design atrativo [10].
Fig. 16 - Switch SIMATIC NET CSM 1277 [9]
Coadjuvante na bancada vê-se na figura 16 o switch CSM 1277, ele é essencial
para o funcionamento de todo processo e aprendizado proposto pela bancada didática, ou seja,
sem ele não há a interligação dos dispositivos e PC. O switch é alimentado com 24 Vdc e
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possui 4 portas RJ45, nas quais conecta-se o PC, CLP e a IHM. A comunicação é feita via
PROFINET (Ethernet industrial).
Fig. 17 – Disjuntor modular com proteção diferencial residual [ ]
A entrada de alimentação de energia da bancada didática é permitida através do
seccionamento do disjuntor modular representado na figura 17, tendo como objetivo a
proteção contra sobrecargas, curto circuitos, choques elétricos e incêndio. Possui corrente
nominal de 10 A, tensão máxima de 230 Vca, sensibilidades de 30 mA contra choque elétrico
e 300 mA contra incêndios.
Fig. 18 – Fonte de alimentação PSS24-W/2,5 [ ]
Para alimentação do CLP, IHM, Switch e bornes pinos bananas, utiliza-se uma
fonte chaveada de alimentação com tensão de saída 24 Vcc e corrente máxima de saída 2,5 A
com proteção de curto circuito, pode-se ver na figura 18.
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Fig. 19 – Fonte de alimentação KD-1001/FR90-264Vac [ ]
Com intuito de alimentar bornes, nos quais conecta-se entradas analógicas do
CLP, utiliza-se uma fonte de alimentação com sinal de saída 10 Vcc e corrente máxima de 1
A, pode-se observar na figura 19.
Fig. 20 – Bornes banana [ ]
Os bornes bananas estão engajados há proporcionar uma maior interação dos
alunos, ou seja, permitem que os educandos criem os circuitos de comandos utilizando cabos
bananas conectados aos bornes disposto, na figura 20 pode-se observar melhor os modelos.
51
Serão utilizadas 5 cores de bornes 2 mm², a verde representa as entradas digitais
do CLP, saídas dos botões de pulso e saídas das chaves ON/OFF, a azul as saídas digitais do
CLP e entradas A1 da bobina dos relés, a amarela as entradas analógicas e saídas dos
potenciômetros, a vermelha as saídas de sinais + 10 Vcc e saídas de alimentação + 24 Vcc e a
preta representa as saídas de sinais – 10 Vcc, saídas de alimentação – 24 Vcc e entradas A2 da
bobina dos relés. Os bornes 4 mm² pretos serão utilizados nas entradas e saídas dos relés.
Fig. 21 - Mini voltímetro digital [ ]
Para fins de medição da variação de tensão ocasionada pela saída analógica do
CLP, utiliza-se um mini voltímetro digital representado pela figura 21. Com ele pode-se obter
uma análise clara do sinal da saída analógica, em uma faixa de 0 à 10 Vcc.
Fig. 22 – Relé modular - 2 contatos [ ]
Como pode-se observar na figura 22, a bancada é composta de relés para
simulação de processos automatizados, as bobinas dos relés serão controladas pelas saídas do
CLP e os contatos dos relés podem conectar equipamentos externos. Os relés utilizados
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possuem um contato comum, uma saída normalmente fechada e uma saída normalmente
aberta.
Fig. 23 – Potenciômetro 10 K linear [ ]
A figura 23 representa o potenciômetro de 10 K projetado, ele proporciona a
variação do sinal +10 Vcc recebido e emiti através dos bornes e cabos bananas o sinal
resultante para a entrada analógica do CLP.
Fig. 24 – Botão de pulso [ ]
A bancada didática contará com 14 botões de pulso semelhante ao da figura 24,
eles simulam uma mudança de estado do sinal na entrada digital, permitindo assim, efetuar
testes da lógica de programa efetuada no CLP.
Fig. 25 - chave alavanca ON/OFF [ ]
53
Com o mesmo intuito que os botões de pulso, a bancada possui 14 chaves
alavanca ON/OFF como representado na figura 25, permitindo que essa mudança de sinal na
entrada digital tenha retenção, ou seja, sempre ligado ou sempre desligado.
4.5 DIAGRAMA MULTIFILAR E LAYOUT
Com objetivo de detalhar a bancada didática e facilitar na montagem, foi criado
um diagrama multifilar demonstrando todas conexões e componentes utilizados na bancada,
com simbologias típicas e detalhamentos dos dispositivos, podendo ser facilmente
interpretada por um profissional habilitado.
Foi desenvolvido também um layout, o qual possibilita uma análise de como o
projeto ficará. Nele pode-se obter a localização, posição e descrição de cada componente, bem
como a estruturação da bancada didática.
4.5.1 Diagrama multifilar da bancada didática
Fig. 26 – Diagrama topologia de rede [Do autor]
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Como pode-se observar na figura 26, a bancada possui uma topologia de rede em
estrela, ou seja, o CLP, a IHM e o PC estão interligados por um único componente o switch
CSM 1277. Cada dispositivo possui um endereço de IP para não haver conflitos na rede e
utilizam um cabo ethernet industrial para comunicação. O diagrama pode ser analisado
melhor no anexo C.
Fig. 27 – Diagrama alimentação das fontes [Do autor]
A figura 27 representa alimentação da bancada didática e o devido aterramento.
Como pode-se observar, a rede 220 Vca externa passa por um disjuntor DR na entrada, que ao
ser acionado permiti alimentação das duas fontes chaveadas que compõem a bancada, e a
partir dessas a energização dos dispositivos acontecem. Para uma melhor visualização
conferir anexo D.
55
Fig. 28 – Diagrama entradas do CLP [Do autor]
Na figura 28 pode-se observar as entradas do CLP, ou seja, entradas de
alimentação, entradas digitais, aterramento e entradas analógicas. As entradas L+ recebe o
sinal + 24 Vcc, as M e 1M recebem o sinal – 24 Vcc, a 2M recebe o sinal – 10 V da referência
do sinal recebido na entrada analógica, o aterramento é ligado na sua devida simbologia como
mostra a figura e as entradas digitais e analógicas são ligadas aos bornes, os verdes são
digitais e os amarelos são analógicas. No anexo E pode-se analisar melhor esse diagrama.
Fig. 29 – Diagrama saídas do CLP [Do autor]
56
As saídas digitais do CLP são acionadas por transistor, por essa razão os bornes
3L+ e 3M são conectados a fonte 24 Vcc para alimentar os transistores, as saídas digitais são
ligadas aos bornes azuis, como pode-se ver na figura 29. O CLP possui um signal board
acoplado a ele, o qual possui uma saída analógica que é ligada diretamente a um mini
voltímetro digital 0-10 Vcc. O anexo F apresenta de forma mais clara esse diagrama.
Fig. 30 – Diagrama potenciômetros da bancada [Do autor]
A bancada didática possui 2 potenciômetros para variar o valor do sinal de 0 à 10
Vcc, o qual alimenta as entradas analógicas existentes no CLP. A figura 30 representa esses
potenciômetros, onde seus terminais são ligados aos bornes amarelos conforme o digrama. O
anexo G mostra com mais clareza esse diagrama.
57
Fig. 31 – Diagrama chaves alavanca ON/OFF [Do autor]
A figura 31 representa como as chaves alavanca da bancada são conectadas. Elas
recebem um sinal +24 Vcc e suas saídas são ligadas aos bornes verdes. O anexo H representa
melhor esse diagrama.
Fig. 32 – Diagrama botões de pulso [Do autor]
Assim como as chaves alavanca ON/OFF, os botões de pulso da bancada são
conectados, como pode-se ver na figura 32. Eles recebem um sinal +24 Vcc e suas saídas são
ligadas aos bornes verdes. O anexo I representa de uma forma mais ampla esse diagrama.
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Fig. 33 – Diagrama bobinas dos relés [Do autor]
Na figura 33 pode-se analisar como é ligada as bobinas dos relés. Cada relé possui
uma bobina com dois terminais, A1 e A2. O A1 é ligado ao borne azul e o A2 ao borne preto.
Pode-se ver melhor no anexo J.
Fig. 34 – Diagrama contatos dos relés [Do autor]
A bancada didática possui 5 relés e cada relé possui 3 contatos (COM, NA e NF).
O diagrama representado pela figura 34 mostra como esses contatos serão ligados, ou seja,
são conectados aos bornes pretos. O anexo K está de forma mais ampla representando essa
ligação.
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Fig. 35 – Diagrama alimentações das fontes [Do autor]
Na figura 35 podemos ver no diagrama que a bancada didática ainda conta com
alguns bornes com sinais de tensão Vcc. São 2 bornes pretos com sinal - 10 Vcc, 2 bornes
vermelhos com sinal + 10 Vcc, 5 bornes vermelhos com sinal + 24 Vcc e 5 bornes pretos com
sinal - 24 Vcc. Esses bornes recebem os sinais diretos das fontes chaveadas. No anexo L
pode-se analisar de forma mais ampla essas ligações.
4.5.2 Layout da bancada didática
Com o layout a montagem da bancada didática pode ser feita de forma clara e
objetiva, pois com ele obtém-se a localização de cada componente, bem como a estética.
60
Fig. 36 – Bastidor vertical [Do autor]
O projeto se realizou-se, tendo como base o reaproveitamento do bastidor das
bancadas antigas já existentes na instituição SATC. Suas medidas foram computadorizadas,
ou seja, foi desenhada através de um programa disponível na internet, o Google SketchUp 8,
para que pode-se criar o projeto da bancada didática.
Fig. 37 – Vista frontal da bancada [Do autor]
Criado o desenho do bastidor, efetuou-se o projeto da bancada proposta. Foram
utilizadas medidas reais, para não haver erros na montagem, com isso todos os dispositivos e
demais componentes foram criados junto ao bastidor, tendo ao final a bancada didática como
pode-se observar na figura 37.
61
Fig. 38 – Vista panorâmica da bancada 1 [Do autor]
Na figura 38 pode-se obter uma noção maior da bancada didática. Observa-se que
a bancada possui uma tampa atrás, para que os alunos não tenham acesso as ligações e não
corram o risco de acidentes.
Fig. 39 – Vista panorâmica da bancada 2 [Do autor]
A figura 39 transparece melhor a tampa que obstrui o acesso dos alunos as
ligações atrás da bancada, evitando um choque elétrico. Ela é fixada por 6 parafuso M3 allen.
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Fig. 40 – Vista traseira da bancada [Do autor]
A tampa traseira além de obstruir o acesso por trás da bancada, possui um aviso
de perigo tensão 220 Vca, como pode-se ver na figura 40.
Fig. 41 – Posição do parafuso [Do autor]
Como citado anteriormente, a tampa traseira é fixada por 6 parafusos. Na figura
41 pode-se analisar melhor o encaixe dessa tampa, assim como a furação do parafuso.
63
Fig. 42 – Vista frontal ampliada 1 [Do autor]
Na vista frontal ampliada na parte superior como mostra a figura 42, pode-se ver a
localização de cada componente e suas descrições. É possível ver o local dos botões de pulso,
da IHM, Chaves alavanca ON/OFF e até mesmo o emblema da faculdade SATC. Observa-se
que cada botão de pulso e chave ON/OFF possui um borne de saída.
Fig. 43 – Vista frontal ampliada 2 [Do autor]
A figura 43 apresenta a vista frontal ampliada no meio da bancada, vê-se a
localização do mini voltímetro digital, os 2 potenciômetros e seus bornes de ligação, o CLP, o
switch, os bornes de entradas digitais, saídas digitais e entradas analógicas e o emblema da
instituição SATC. Pode-se analisar que acima e abaixo do CLP há uma abertura da placa
frontal para a passagem dos cabos do CLP e switch.
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Fig. 44 – Vista frontal ampliada 3 [Do autor]
Já a figura 44 mostra a vista frontal ampliada na parte inferior da bancada. Com
isso, vê-se a localização do disjuntor DR que aciona a bancada, os bornes de alimentação
derivados das fontes chaveadas, os bornes dos relés e os relés propriamente dito. Pode-se
analisar que a placa frontal é aberta acima e abaixo dos relés para passagem dos cabos e que
cada componente possui sua descrição.
65
5 ANÁLISE DE CUSTOS
Como pode-se observar não foi possível montar a bancada didática por questões
de tempo, porém, o trabalho foi gratificante. Através de programa criou-se um layout em
medidas reais e com isso pode-se fazer um levantamento de componentes e materiais a serem
usados.
Com esse levantamento obteve-se um custo real de quanto gastaria para montar
essa bancada didática. Por essas razões, foi atingido o objetivo que era o baixo custo e a
segurança dos educandos.
Com base em orçamentos reais montou-se uma tabela com os componentes da
bancada e seus devidos preços, como podemos ver na tabela 2.
Tab. 2 – Custos da bancada didática [Do autor]
66
6 CONCLUSÕES
Etapa esta que servirá para você evidenciar as conquistas alcançadas com o estudo
e indicar as limitações e as reconsiderações. Além disso, você poderá apontar a relação entre
fatos verificados e teoria e mostrar a contribuição da pesquisa para o meio acadêmico,
empresarial e/ou para o desenvolvimento da ciência e tecnologia. Além disso, você poderá
sugerir temas complementares a sua pesquisa para estudos futuros. Responda aqui a sua
pergunta-problema de pesquisa.
67
REFERÊNCIAS
[1] MORAES, Cicero Couto de; CASTRUCCI, Plínio de Lauro. Engenharia de automação
industrial. 2. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2007. 347 p.
[2] IV WBGPPCE 2004 - WORKSHOP BRASILEIRO DE GESTÃO DO PROCESSO DE
PROJETO NA CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS, 4., 2004, Rio de
Janeiro. EDIFICAÇÕES INTELIGENTES: PRESSUPOSTOS PARA O SEU
PROJETO DE ARQUITETURA. Rio de Janeiro: FAU - Faculdade de Arquitetura e
Urbanismo, 2004. 8 p.
[3] MURATORI, José Roberto; BÓ, Paulo Henrique Dal. Automação
Residencial: conceitos e aplicações. Belo Horizonte: Educere, 2013. 200 p.
[4] PUPO, Mauricio Santos. Interface homem-máquina para supervisão de um CLP em
controle de processos através da WWW. 2002. 113 f. Dissertação (Mestrado) - Curso
de Engenharia Elétrica, Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São
Paulo, São Carlos, SP, 2002. Cap. 2.
[5] XXXV CONGRESSO BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO EM ENGENHARIA, 35., 2007,
Curitiba. UMA EXPERIÊNCIA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA EM
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL – BANCADA DIDÁTICA COM CLP. Curitiba, PR:
UTFPR - Universidade Tecnológica Federal do Paraná, 2007. 14 p.
[6] FRANCHI, Claiton Moro; CAMARGO, Valter Luís Arlindo de. Controladores Lógicos
Programáveis. São Paulo: Érica, 2008. 352 p.
[7] CAPELLI, Alexandre. Automação Industrial: Controle do movimento e processos
contínuos. 2. ed. São Paulo: Érica, 2001. 236 p.
[8] AGUIRRE, Luís Antonio et al (Ed.). Enciclopédia de Automática: Controle e
Automação. São Paulo: Blucher, 2007. 450 p.
[9] SIEMENS. SIMATIC S7-1200: A integração faz a diferença. 2009. Disponível em: <
http://www.siemens.com.br/simatic-s7-1200>. Acesso em: 23 fev. 2014.
[10] SIEMENS. Painéis SIMATIC HMI Basic. Disponível em: <
http://www.industry.siemens.com.br/automation/br/pt/monitoramento-controle/hmi-
espec/Pages/Default.aspx>. Acesso em: 23 fev. 2014.
[11] MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO. NORMA REGULAMENTADORA
12: SEGURANÇA NO TRABALHO EM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS. Brasília:
MTE, 2013. 85 p.
[12] NOGUEIRA, T. A. Redes de comunicação para sistemas de automação industrial.
2009. 83 f. Monografia (Graduação em Engenharia de controle e automação) -
Universidade Federal de Ouro Preto, Minas Gerais, 2009.
[13] BORGES, F. Redes de comunicação industrial. Portugal: Centro de Formação da
Schneider Electric, 2007. 2 v.
70
ANEXO B – Evolução dos CLPs
Anos Tecnologias, Inovações Características principais
1969 Circuitos digitais convencionais Substituição de controles lógicos
implementados com relés
1971 Circuitos digitais com maior grau
de integração microprocessador
Substituição de contadores e
temporizadores, operações
aritméticas, terminais portáteis de
programação, impressão dos
programas e relatórios
1976 Microprocessador de 16 bits
Entradas e saídas analógicas,
comunicação entre CLPs, maior
capacidade de entradas e saídas
1981
Rede maior variedade de
microprocessadores a custos
menores
Maior capacidade aritmética, CLPs
em rede, módulos complexos,
entradas e saídas remotas, recursos
para implementação de interfaces
com o operador, CLPs de diversos
portes e capacidades
1989 Maior grau de integração dos
componentes semicondutores
CLPs de porte muito pequeno (uma
placa), sistemas de supervisão,
várias formas de programação, PCs
transformados em CLPs,
multiplicidade de tipos de módulos
de entradas e saídas, esforços de
padronização
1995 à 2006 Novas técnicas aplicadas a controle
redução de custos da tecnologia
Técnicas de inteligência artificial,
interfaces baseadas em lógica
nebulosa, menores tempos de
varredura, mais recursos
aritméticos (ponto flutuante),
recursos de diagnósticos e detecção
de falhas, CLPs de baixo custo,
maior densidade de E/S por
módulos, conexão com
barramentos de campo, interfaces
inteligentes, esforços de
padronização