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AULA 2 DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E PROGESSO Nos últimos 50 anos, o homem modificou os ecossistemas mais rápida e extensivamente que em qualquer intervalo de tempo equivalente na história da humanidade p/ suprir rapidamente a crescente demanda (↑ da expectativa de vida influencia) por alimentos, água, madeira, fibras e combustível perda substancial e irreversível p/diversidade no planeta Padrões de consumo: Pobres agricultura, transporte e atividades domésticas; fonte de energia provém das pessoas e animais, outra parte biomassa, lenha, resíduos animais e agrícolas; 70% da população mundial tem < U$10mil e 0,7% tem > 1 milhão. Ricos consumo excessivo, industrialização, diversificação de suprimento energético (combustíveis e eletricidade); Crescimento econômico:sustentado de uma unidade econômica durante um ou vários períodos longos; Baseado no tripé: produção, consumo e riqueza. Produto Interno Bruto (PIB):todas as riquezas produzidas dentro das fronteiras de uma região, independentemente do destino dessa renda. PIB = C + G + I + (X - M) (G = consumo governo; C = consumo famílias; I = investimento bruto; X = exportações de bens e serviços; M = importações de bens e serviços) → não aborda aspectos qualitativos ; considera-se apenas bens serviços finais de um lugar, excluindo da conta todos os bens de consumo intermediários Produto Nacional Bruto (PNB):expressão monetária dos bens e serviços produzidos por fatores de produção nacionais, independentemente do território econômico; leva em conta os recursos recebidos/enviados do/ao exterior.Mede uma média da riqueza dividida pela população. Países desenvolvidos apresentam ↑PNB (> PIB) e 20% dos mais ricos detém quase 85% do PNB mundial. Bom é quando se tem mais , não importando a qualidade desse acréscimo. Crescimento de desenvolvimento por significar um quantitativo da produção,gerando o enriquecimento da nação, mas s/ preocupação c/ melhoria das condições de vida da sociedade , não há transformações estruturais na economia e/ou nas funções de produção. Desenvolvimento econômico:indicador → renda per capita/ano Comissão Econômica para a América Latina (CEPAL): processo dinâmico de mudança estrutural da economia, objetivando proporcionar à maioria da população: maiores níveis de consumo; chegar a idades mais avançadas; maiores recursos para educação; e redução da jornada de trabalho”. Celso Furtado: introdução de novas combinações de fatores de produção visando a produtividade do trabalho →↑ o produto social a quantidade de bens e serviços à disposição. e a diversificação da procura (atrelado ao ↑ da renda) também modificam a estrutura da produção”. “Compreende a ideia de crescimento, superando-a." Processo de acumulação de capital e incorporação de progresso técnico ao trabalho e ao capital que leva ao da produtividade, dos salários, e do padrão médio de vida e consumo da população. Luiz Carlos Bresser-Pereira: visa atender diretamente um objetivo político fundamental das sociedades modernas o bem estar e prosperidade e, apenas indiretamente os quatro outros grandes objetivos que essas sociedades buscam a segurança, a liberdade, a justiça social e a proteção do ambiente. Significativa mudança qualitativa ; ocorre em geral de forma cumulativa , criando complexidade e diversidadePrincipais mudanças estruturais: produtividade do trabalho; diferenças intersetoriais do trabalho; participação da agropecuária no PIB e na força de trabalho; taxas de natalidade e mortalidade;surgimento de dualidades dentro do setor agropecuário. » Adam Smith: primeiro cara a dizer que crescer não é desenvolver; quebra de paradigma (1776). » Schumpeter (1911) : rompe com este conceito → desenvolvimento somente “na presença de inovações tecnológicas”, atribui ao crescimento uma característica apenas expansiva;desenvolvimento continuava sendo estritamente econômico Desenvolvimento Humano: Surge no pós 2ª guerra desenvolvimento da condição humana, e não apenas a condição econômica de um país/região. Carta das Nações Unidas, divulgada em abril de 1945, na Conferência de São Francisco = Criação da ONU Maior dissuasão: economistas da CEPAL (estruturalistas) passaram a assumir desenvolvimento ≠ crescimento econômico; 1990:tentativa de tornar o desenvolvimento mensurável , desenvolveram o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)→ avalia taxa de natalidade, expectativa de vida, etc. Renda é importante, mas como um meio p/ desenvolvimento e não como seu fim. Foco transferido p/ o ser humano. Conceito mais amplo do que o de desenvolvimento econômico (estritamente associado ao crescimento). Ocupa lugar central no debate sobre o desenvolvimento desde 90’: lançado o relatório sobre desenvolvimento humano do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

Desenvolvimento e Meio Ambiente

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UFRJ - Engenharia Ambiental

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AULA 2 – DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E PROGESSO • Nos últimos 50 anos, o homem modificou os ecossistemas mais rápida e extensivamente que em qualquer intervalo de tempo equivalente na história da humanidade p/ suprir rapidamente a crescente demanda (↑ da expectativa de vida influencia) por alimentos, água, madeira, fibras e combustível → perda substancial e irreversível p/diversidade no planeta • Padrões de consumo:

Pobres – agricultura, transporte e atividades domésticas; fonte de energia provém das pessoas e animais, outra parte biomassa, lenha, resíduos animais e agrícolas;70% da população mundial tem < U$10mil e 0,7% tem > 1 milhão. Ricos – consumo excessivo, ↑industrialização, ↑diversificação de suprimento energético (combustíveis e eletricidade);

Crescimento econômico:↑ sustentado de uma unidade econômica durante um ou vários períodos longos; Baseado no tripé: produção, consumo e riqueza.

Produto Interno Bruto (PIB):todas as riquezas produzidas dentro das fronteiras de uma região, independentemente do destino dessa renda. PIB = C + G + I + (X - M)(G = consumo governo; C = consumo famílias; I = investimento bruto; X = exportações de bens e serviços; M = importações de bens e serviços) → não aborda aspectos qualitativos; considera-se apenas bens serviços finais de um lugar, excluindo da conta todos os bens de consumo intermediários Produto Nacional Bruto (PNB):expressão monetária dos bens e serviços produzidos por fatores de produção

nacionais, independentemente do território econômico; leva em conta os recursos recebidos/enviados do/ao

exterior.Mede uma média da riqueza dividida pela população. Países desenvolvidos apresentam ↑PNB (> PIB) e 20% dos mais ricos detém quase 85% do PNB mundial.

• “Bom é quando se tem mais”, não importando a qualidade desse acréscimo. • Crescimento≠ de desenvolvimento por significar um ↑quantitativo da produção,gerando o enriquecimento da nação, mas s/ preocupação c/ melhoria das condições de vida da sociedade, não há transformações estruturais na economia e/ou nas funções de produção. Desenvolvimento econômico:indicador → renda per capita/ano

• Comissão Econômica para a América Latina (CEPAL):“processo dinâmico de mudança estrutural da economia, objetivando proporcionar à maioria da população:maiores níveis de consumo; chegar a idades mais avançadas; maiores recursos para educação; e redução da jornada de trabalho”. • Celso Furtado: “introdução de novas combinações de fatores de produção visando ↑ a produtividade do trabalho →↑ o produto social →↑ a quantidade de bens e serviços à disposição. ↑ e a diversificação da procura (atrelado ao ↑ da renda)também modificam a estrutura da produção”. “Compreende a ideia de crescimento, superando-a." • “Processo de acumulação de capital e incorporação de progresso técnico ao trabalho e ao capital que leva ao ↑ da produtividade, dos salários, e do padrão médio de vida e consumo da população.”

• Luiz Carlos Bresser-Pereira: “visa atender diretamente um objetivo político fundamental das sociedades modernas

– o bem estar e prosperidade– e, apenas indiretamente os quatro outros grandes objetivos que essas sociedades

buscam – a segurança, a liberdade, a justiça social e a proteção do ambiente.”

• “Significativa mudança qualitativa; ocorre em geral de forma cumulativa, criando complexidade e diversidade”

• Principais mudanças estruturais: ↑ produtividade do trabalho; ↓ diferenças intersetoriais do trabalho; ↓ participação

da agropecuária no PIB e na força de trabalho; ↓ taxas de natalidade e mortalidade;surgimento de dualidades dentro do

setor agropecuário.

» Adam Smith: primeiro cara a dizer que crescer não é desenvolver; quebra de paradigma (1776). » Schumpeter (1911): rompe com este conceito → desenvolvimento somente “na presença de inovações tecnológicas”, atribui ao crescimento uma característica apenas expansiva;desenvolvimento continuava sendo estritamente econômico

Desenvolvimento Humano:

• Surge no pós 2ª guerra → desenvolvimento da condição humana, e não apenas a condição econômica de um país/região. • Carta das Nações Unidas, divulgada em abril de 1945, na Conferência de São Francisco = Criação da ONU • Maior dissuasão:economistas da CEPAL (estruturalistas) passaram a assumir desenvolvimento ≠ crescimento econômico; • 1990:tentativa de tornar o desenvolvimento mensurável, desenvolveram o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)→ avalia taxa de natalidade, expectativa de vida, etc. • Renda é importante, mas como um meio p/ desenvolvimento e não como seu fim. Foco transferido p/ o ser humano. • Conceito mais amplo do que o de desenvolvimento econômico (estritamente associado ao crescimento). • Ocupa lugar central no debate sobre o desenvolvimento desde 90’: lançado o relatório sobre desenvolvimento humano do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

• “Processo pelo qual uma sociedade melhora a vida dos seus cidadãos através de um ↑ de bens c/ os quais pode satisfazer suas necessidades básicas/complementares, e a criação de um entorno que respeite os direitos humanos de todos. • PNUD:“integra aspectos de desenvolvimento relativos ao desenvolvimento social, o desenvolvimento econômico e desenvolvimento sustentável.” • Só há desenvolvimento humano quando os benefícios do crescimento servem a ↑capacidades humanas • 4 elementos básicos: Vida longa e saudável; Instrução; Padrão de vida digno; Capacidade de participação da vida em comunidade.

Desenvolvimento Sustentável:posicionamento sobre a perspectiva da continuidade da espécie humana. Muitos conceitos

(aperfeiçoados pelo Relatório de Brundtland); é preciso normatizá-los pois isso atrapalha o entendimento.

• 3 maiores aspectos: desenvolvimento econômico, inclusão social e sustentabilidade ambiental.

• 5 Pilares do Desenvolvimento Sustentável:Social(motivos intrínsecos e instrumentais, disrupção social no

planeta);Ambiental, (recursos e disposição de resíduos);Territorial(distribuição espacial dos recursos, das populações e das

atividades);Econômico(viabilidade $ é a condição p/ que as coisas aconteçam);Político;(liberdade faz toda a diferença).

• Meios para Alcançar o Desenvolvimento Sustentável : sistema político(participação efetiva dos cidadãos);sistema

econômico(gerar excedentes e conhecimento técnico em bases sustentáveis);sistema social(resolver tensões causadas

pelo desenvolvimento desequilibrado);sistema de produção (que respeite a obrigação de preservar);sistema

tecnológico(que busque constantemente novas soluções);sistema internacional (que estimule padrões

sustentáveis);sistema administrativo(flexível capaz de se autocorrigir);

• Necessidades (essenciais ao pobre!) humanas são determinadas social e culturalmente → manter padrões de

consumo dentro dos limites (de tecnologia, ecologia e organização social do ma).

→ “Compatibilidade do crescimento econômico, c/ desenvolvimento humano e qualidade ambiental.”

→ “atender às necessidades: ↑ o potencial de produção e assegurar a todos (≠’s gerações) as mesmas oportunidades.” → “tipo de desenvolvimento capaz de manter o progresso humano em todo o planeta e até um futuro longínquo.”

AULA 3 – ESCASSEZ DE RECURSOS NATURAIS E MEIO AMBIENTE Bens e serviços:

• livres:não implicam em sacrifício ou esforço da sociedade p/ sua obtenção: ar, água, calor solar, mar.NÃO é escasso. • econômicos:requererem um certo esforço humano p/ sua obtenção, apresentando-se c/ o caráter de relativamente escassos, sendo objetos de propriedade e de posse e o seu valor se expressa por meio de preços.

• 4 questões básicas:o que produzir? identificar as necessidades p/ saber quais bensproduzir e quanto; quanto produzir?

reconhece a limitação existente na disponibilidade dos fatores produtivos; como produzir? questão técnicae de eficiência

produtiva,capital ou mão-de-obra intensiva; p/ quem produzir?distribuição dos bens, quais os setores beneficiados.

Teoria Malthusiana (Thomas Robert Malthus - 1816):catastrofismo. • Pode ser criticada masnão desprezada; é base da teoria econômica clássica; • Inspiradores: Hume, Wallace, Adam Smith;Seguidores: Ricardo, Stuart Mill;Grande crítico: Marx; • “EssayonthePrincipleofPopulation (1798, versão final de 1816)”: um dos primeiros a prever a estagnação do crescimento econômico pela escassez de alimento devido a um recurso exaurível, no caso a terra produtiva. • Como a população crescia exponencialmente (desejo insaciável de prazer sexual dos homens) e a terra era fixa, a escassez de alimento, que cresceria na melhor das hipóteses aritmeticamente, seria inevitável. • Solução: mecanismos de controle populacional →sujeição moral (retardar o casamento, ↑ preço das mercadorias, ↓ salários, castidade antes do casamento e ter o número de filhos que pudesse sustentar c/ as próprias terras). » Ricardo (Princípios de Economia Política - 2a revisão de 1821):rendimentos marginais ↘ = escassez econômica » John Stuart Mill (1848):questiona a ideia de recursos finitos e enfatiza mais a ideiaRicardiana de ↓ qualidade do recurso c/ o usoe progresso técnico como atenuante ("progresso da civilização" → enfraquece a hipótese dos rendimentos ↘). Escassez:insuficiência de bens p/ satisfazer os desejos/necessidades(bens ñ essenciais) ilimitados das pessoas;define o quanto existe em quantidade limitada, num dado momento/período, em função da demanda (que é > que a oferta). • Economia estuda a gestão dos recursos escassos na sociedade;"Todo conflito surge da escassez." • Escassezexige que escolhas/preferênciassejam feitas (satisfazer uma necessidade implica em não satisfazer outra);a sociedade deve decidir como alocar e usar estes recursos: comércio, tradição, democracia comunitária, intervenção estatal e comando centralizado... • Escassez:limitação da disponibilidade de recursosXpobreza:é a falta do mínimo de recursos.

Escassez Absoluta - bem é não reprodutível. Ex: Monalisa de Da Vinci Escassez Relativa = escassez econômica → bens reprodutíveis, cuja quantidade é insuficiente p/ atender necessidades num dado período. Ex: petróleo → em termos de reservas físicas, em 1972 a sua exaustão era posta em 35 anos, 18 anos depois em 45 anos, criando uma expectativa de não exaustão entre os agentes econômicos;

• Backstop:Tecnologias substitutas; tecnologia de alto custo que está disponível a espera da viabilidade econômica. “à medida que um bem vai se exaurindo, seu custo e seu preço vão aumentando até o ponto em que seu custo torna-se maior que o custo da tecnologia de backstop” (William Nordhaus, 1973) »Recursos Naturais: recursos da natureza que ainda não tenham sofrido importantes transformações pelo trabalho humano e cuja própria gênese é independente do homem, mas aos quais lhes foram atribuídos valores econômicos (exemplo: a agua não tem valor se eu não tenho sede). Podem ser renováveis ou não. »Nenhum país dispõe de todos os recursos p/ satisfazer todas as necessidades (ilimitadas) da coletividade. Marcos Históricos: Década de 60: • Primavera Silenciosa (Raquel Carson, 1962): os produtos químicos em particular estariam provocando grande impacto no meio ambiente, pesticidas e herbicidas (matam os maus E os bons insetos e outros animais) • The Economics of the Coming Spaceship Earth (Kenneth Boulding, 1966) • A Bomba Populacional (Paul R. Ehrlich, 1968): população estaria ↑de formainsustentável (isso ↑ deterioração do ma)→↓ natalidade ou ↑ mortalidade (fome, doenças, guerras); controle populacional deveria ser administrado; • On Economics as a Life Science –(Herman Daly, 1968) Década de 70: • A pedido do Clube de Roma foi feito um estudo sobre as possibilidades de esgotamento dos recursos naturais no mundo tomando-se alguns cenários em um modelo computacional (Modelo Stella).→ publicação do Relatório do MIT (MassachussetsInstituteof Technology) “Limites do Crescimento” (1972), pondo em questão a não-renovabilidade dos recursos naturais e a insustentabilidade no longo do prazo do modelo econômico industrial (combustão de combustíveis fósseis).Solução: Crescimento 0 de forma a interromper as disparidades ambientais do padrão de desenvolvimento.

»Conclusão: “Se as tendências de ↑, industrialização, poluição, e uso de recursos naturais não se alterarem, os limites p/ o ↑ no planeta serão atingidos. Resultado→ rápido e descontrolado ↓dapopulaçãoeda capacidade industrial”. » Modelo Bariloche (resposta ao Clube de Roma): visão dos países em desenvolvimento →limites do crescimento não se dariam pelos limites físicos/naturais, mas por razões sociopolíticas → seria plausível o atendimento às necessidades básicas de todos os países.

• 1971 - Howard Odum; Environment, Power and Society • 1971 - The Entropy Law and the Economic Process, de Nicholas Georgescu-Roegen; • 1972 - The Blueprint for Survival - Edward Goldsmith and Robert Prescott-Allen, with contributions from Michael Allaby, John Davoll& Sam Lawrence, The Ecologist, January 1972 • Número completo da revista Ecologist antes da Conferência da ONU de 1972: possibilidades de rupturas dos sistemas de suporte a vida humana, nenhuma medida política foi tomada atéentão; necessidade de criação de movimentos sociais p/ alavancar discussões sobre este ponto; necessidade de nova filosofia de vida. • Conferência de Estocolmo (Conferência da ONU sobre o meio ambiente humano -1972):

- 1a Conf. Mundial sobre Homem e MA: marco importantena discussão de objetivos/perspectivas de política ambiental. - 113 países, 19 órgãos intergovernamentais e 400 ONGs. Meio Ambiente definido como “questão global”; - Iniciam-se discussões sobre um Futuro Comum – mais tarde, base para o conceito de desenvolvimento sustentável; - Firma-se um compromisso, não formal, entre países desenvolvidos e nãodesenvolvidosde preservar recursos futuros; - Debate:desenvolvimento 0(países desenvolvidos) x desenvolvimento a qualquer custo (países em desenvolvimento → Brasil: “venham nos poluir”); - Eco desenvolvimento(Maurice Strong): valorização do conhecimento produzido pelas populações locais p/ gestão de seu meio, em contraposição à homogeneização dos modelos até então adotados. O termo (reelaborado por Ignacy Sachs em 73) deslocou o problema do aspecto quantitativo (crescer ou não) p/ o exame da qualidade do crescimento.

• SmallisBeautiful – E.F. Schumaker (1973): a economia baseada no paradigma do crescimento é por definição insustentável; tecnologia em escala humana (deve ser valorizado)ao invés de tecnologia de grande porte • Gaia – James Lovelock (79): Terra apresenta um sistema dinâmico e retroalimentadoautorregular (Gaia), sistema vivo. Década de 80: • Comissão Mundial sobre o MA e Desenvolvimento (CMMAD - 1983):criada pela Assembléia Geral da ONU c/ incumbência de reexaminar questões críticas do ma e de desenvolvimento e de elaborar uma nova compreensão do problema, além de propostas de abordagem realistas. (maior impulsionamento do conceito de desenv. sustentável)

• Relatório de Brundtland(Nosso Futuro Comum – 1987): “o desenvolvimento satisfaz as necessidades do presente s/

comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazerem as suas próprias necessidades”. - Tendências atuais são insustentáveis, o ↑ econômico não administrado e ilimitado não é possível num mundo finito; - Preparação p/ a Rio 92: discussão e definição conceitual do Desenvolvimento Sustentável.

Década de 90: • Rio 92 (Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento):buscou o consenso internacional p/ operacionalização do conceito do desenvolvimento sustentável. O termo ganhou grande popularidade e vem sendo alvo

de muitos estudos e tentativas de estabelecimento de políticas de gestão que buscam contemplar os seus princípios centrais.

- ↗ e revigorada conscientização ambiental c/ a participação das Nações Unidas, da comunidade científica, do movimento ambientalista, de governos e da sociedade civil organizada de todo o mundo. - Aprovação da Agenda 21 – c/ os postulados centrais do Desenvolvimento Sustentável

• RIO + 5 – Rio de Janeiro – 1997 Século XXI: RIO + 10 – Johanesburgo – 2002; e RIO + 20 – Rio de Janeiro, Junho/2012. Consenso Cientifico atual:“As pessoas e o mundo estão em rota de colisão. Nossas atividades estão infligindo danos irreversíveis ao ma e a recursos críticos → futuro em sério risco. Alteração da biosfera é tamanha que a própria pode se tornar incapaz de sustentar a vida. Mudanças fundamentais são urgentes.” (1.600 cientistas de 70 países, 102 c/ Nobel).

AULA 4 – FATOS E TENDÊNCIAS • Perdas X eficiência • Biocapacidade (capacidade de suporte natural) = área x bioprodutividade • Pegada ecológica (demanda) = população x consumo per capita x intensidade da pegada(2050 precisaremos de 3 Terras) • O ↑ da produção de alimentos foi o responsável pelo ↑ da irrigação, consumo de combustíveis, etc. • Quanto ↓ a renda, mais % da sua renda vai p/ alimentação. Mesma coisa sobre o lixo que se gera (e se gera mais biomassa do que outros residuos). • População urbana tende a ultrapassar a rural em 2020 nos países em desenvolvimento • Agricultura é o que mais demanda agua no mundo todo. • Consumo de agua e recursos naturais é muito desequilibrado/desigual no mundo. Pegada hídrica no norte é ↑. • Saneamento é pior pros que são mais pobres. • PIB Verde: conjunto de produção levando-se em conta a preservação dos recursos naturais. • “salvar a Terra é mais barato do que salvar as bolsas de valores” • Muitas das soluções que buscavam amenizar os efeitos negativos entre o desenvolvimento econômico e uso dos recursos naturais baseava-se somente em soluções técnicas;estratégia pouco empregada é a mudança de padrões de consumo e de estilos de vida (refere-se a valores, preferências sociais); • Desenvolvimento tecnológico de certa forma “conformou” o estilo de vida.

AULA 5 – RECURSOS NATURAIS E A POLUIÇÃO DO MEIO AMBIENTE • Relações entre sociedades humanas e a biosfera não podem ser apenas nadimensão econômica ou social; Pensamento tradicional econômico: • Economia e natureza estão separadas (só há relação entre os dois na busca por matéria-prima e/ou disposição de rejeitos); processo econômico de produção e consumo ocorrem dentro de um sistema totalmente fechado, capacidade infinitada natureza de suprir as necessidades por recursos e serviços→ desenvolvimento sustentável busca uma relação constante entre as duas esferas. • fatores limitantes da produção: trabalho e capital; todo o resto é contornado pelos avanços tecnológicos c/ sua infindável capacidade de solucionar problemas, principalmente através da substituição, quando a escassez provoca ↑ de preços.

Recursos:

• »Raul Prebisch: tendência de que volumes cada vez ↑ de recursos naturais eram necessários p/ comprar volumes fixos

ou mesmo ↘ de bens industrializados → riquezas naturais nem sempre se traduzem em desenvolvimento/riqueza social.

• Taxas de uso do recurso num período afetam a disponibilidade e taxas de uso em outros períodos. • Produtos extrativistas apresentam uma proporção muito baixa de capital, tecnologia e trabalho. • Relação da economia ambiental X recursos naturais:princípio da escassez, que classifica como “bem econômico” o recurso que estiver em situação de escassez, desconsiderando o que for abundante.

• Economistas →recursos só podem ser adequadamente medidos em termos econômicos e não físicos → mito de que o

mecanismo de preço pode superar qualquer desabastecimento (terra, energia ou materiais). Porém, em cada situação há

um limite teórico que nunca pode ser atingido na realidade. Em geral ficamos bem abaixo dele.

» resíduos: produto tão inevitável quanto os insumos de recursos naturais(natureza entrópica do processo econômico)

» economistas acredita(va)m que se os preços forem justos, não haverá poluição

Tecnologia:emprego de ferramentas, matérias, máquinas, conhecimentos, habilidades e processos, incluindo a

manipulação social das forças energéticas em função do atendimento às necessidades humanas. • marxistas ou neoclássicos:“tecnologia é sem limites”. • Sempre podemossubstituir um recurso escassoeaumentar a produtividade de qualquer tipo de energia ou material • “era da informação” /sociedade desmaterializada não conseguiu ainda resolver a relação entre o avanço técnico científico e o desenvolvimento social e econômico como aliados da preservação do meio ambiente.

• inovações tecnológicas/científicas não levam, necessariamente, ao desenvolvimento e a preservação do ma. »Doutrina do desenvolvimento: “os povos pobres têm a possibilidade de atingir os padrões de vida dos povos ricos, desde que sigam o exemplo e as recomendações dos países industrializados.”

- Celso Furtado: “desenv. econômico é um mito, meta irrealizável”→custos (depredação do mundo físico) para isso seriam tão ↑, que toda tentativa de generalizá-la levaria ao colapso civilizatório, pondo em risco a sobrevivência da espécie humana."ideiaútil p/ mobilizar povos da periferia (aceitam sacrifícios), p/ legitimar destruição de culturas arcaicas, p/ explicar a necessidade de destruir o meio físico e o caráter predatório do sistema produtivo.

Economia Neoclássica (fim do séc. XIX):é a economia da utilidade de um bem e da sua escassez • Fundamentos: Utilitarismo (maximização das utilidades individuais);Individualismo Metodológico (possível medir o ma pelaatribuição individual de valor/preferências); Equilíbrio (uso ótimo ou eficiente dos recursos em equilíbrio); • começaram a pensar na questão ambiental, não com o intuito de resolver, mas de constatar e maquiar essas questões • abordagemmicroeconómica e forte instrumentário matemáticonas suas teorias visando o equilíbrio da economia. • obstáculo ao crescimento imposto pelo ma não mais se coloca (≠ dos clássicos) → crença na possibilidade de ↑ contínua da engrenagem econômica propiciada pelo avanço tecnológico. • “crescimento econômico extra é capaz de solucionar os obstáculos do ma, bem como aumentar o bem-estar.” *Economia Ambiental Neoclássica: • ma é neutro e passivo e o seu instrumental está voltado para a mensuração dos impactos negativos causados pelo sistema econômico. →externalidades negativas→ criar mecanismos que promovam a sua internalização. • preocupação central:bem-estar dos indivíduos; estado geral do meio ambiente está em segundo plano. • Política de Meio Ambiente = Instrumentos de Mercado → Gestão de Bens Públicos - Bens não rivais:custo de prover o bem p/ um consumidor adicional é 0 em qualquer nível de produção→seu consumo não ↓ a quantidade disponível aos demais consumidores. - Bens não excludentes = bem comum: não dá pra impedir que alguém tenha acesso ao bem; está disponível mesmo p/ quemñpode pagar pelo bem. - bem públicoé um bemnão-rivalenão-exclusivo (ex: Exibições de fogos de artifício) - bens privados = bens excluiveis e rivais.

• Economia dos recursos naturais:patrimônio natural =“fonte provedora de matérias-primas” Baseia-se na teoria do bem-estar (welfareeconomics) e dos bens públicos entenderos danos da poluição e os custos e benefícios envolvidos no controle da poluição. a questão do uso dos recursos naturais deve ser resolvida através de um problema de alocação intertemporal de sua extraçãoque deveria ser determinada c/ base no↑máx. dos ganhos obtidos c/ a extração do recurso, c/ base nocusto de oportunidade (custo de algo em termos de uma oportunidade renunciada) e desconto (≠ de preço entre o valor futuro e o valor presente de um bem)p/ se determinar a taxa ótima de extração. Regra de Hotelling: em equilíbrio, o valor de uma reserva de determinado recurso deve ↑ a uma taxa c/ juros.Custo de extração independe do estoque inicial.

• Economia da Poluição: natural =“receptora de dejetos” desdobramento da Teoria Neoclássica do Bem Estar(Eficiência) e dos Bens Públicos, Pigou, 1920; apreender as implicações da poluição na geração da eficiência de Pareto (“Ninguém se beneficia s/ prejudicar alguém” → sempre melhorar, mesmo que prejudique alguém). Externalidades→custos sociais ≠’s → distinção entre a quant. socialmente ótima e a quant. privada ótima →criar mecanismos institucionais de controle (taxação e licença de poluição)p/ promover internalização das externalidades no cálculo econômico dos agentes.

• Valoração do meio ambiente = mecanismos de preços; • Evolução da economia no longo prazo = determinar o que viria a ser um uso sustentável e quais as condições para atingi-los no longo prazo, sem abandonar, porém o princípio da racionalidade » Curva de Kuznets (1955): a distribuição individual da $ tende a piorar nos primeiros estágios do ↑ econômico, passando a apresentar melhoras c/ o crescimento da renda per capita →“U invertido”.Passou a ser referência: explicar como a poluição ambiental evolui em razão do ↑ econômico.A porção ↗ reflete o progresso natural do desenvolv.econômico, (econ. agrária “limpa” p/ uma econ. industrial “poluída” e p/ uma econ. de serviços “limpos”).Haveria correlação + entre o ↑dopercapita e a emissão de poluentes/degradação do ma. Porém, mudanças nos processos estão levando a uma reversão da relação do início. *Economia Ecológica:(≠ ambiental neoclássica) propõe que a desconsideração dos aspectos biofísicos/ecológicos do sistema econômico leva a uma análise parcial e necessariamente reducionista das interfaces entre economia e ma.Corrente aindapouco influente no pensamento econômico que tenta ↑ o escopoda análise dos problemas ambientais, reivindicando a contribuição de outras disciplinas → apresentar visão sistêmica da relação meio ambiente x economia; *em comum: como o sist. econ. afeta o ecossistema q o sustenta e como a degradação do ma pode ↓ o ↑ econômico;

AULA 6 – A ENTROPIA E O PROCESSO ECONÔMICO Fundamentos: • industrializaçao(Rev. Industrial) →agente geológico importante →importantes transformações na crosta terrestre; • Cultura é parte da evolução (continua), mais aceleradamente c/ o desenvolvimento da técnica; • Economia tradicionalmente se distanciou das bases das ciências da natureza (biologia, evolucionismo e física – termodinâmica);se inspirava da Mecânica Newtoniana tentando criar analogias do mundo real. • Desenv.industrial não pode ser indefinidamente durável → conflitos c/ nosso potencial de sobrevivência alongo prazo • ↓parte dos economistas se interessaram a procurar outras explicações p/ relação crescimento econômico x ma. • 70’: percepção de esgotamento de recursos naturais (↑ s/ limites e recursos baratos e “ilimitados”), e questão da energia (Choque do Petróleo) → busca de modelos alternativos. Física: • Sistemas Abertos: trocam energia e matéria; pode ↓ sua entropia c/ ↑entropia do sist. onde está inserido • Sistemas Fechados: só trocam energia, não trocam matéria; • Sistema Isolado: não trocam matéria nem energia; • Economia → subsistema aberto de um subsistema fechado (Terra) que é subsistema de um sistema isolado (Universo) • Mecânica → processos reversíveis = pendulo, energia total = potencial + cinética; • Termodinâmica (estudarelaçãocalor xtrabalho) → processos irreversíveis; toda forma de energia se dissipa em calor; • Carnot: calor sempre flui da fonte quente p/ fonte fria; • Calor de um sist. isolado se difunde até o ponto da Tequilíbrio no sistema, a difusão não pode inverter s/ auxílio externo; • Leis da Termodinâmica:reafirmou Carnot → nem toda energia pode ser totalmente convertida em trabalho 1a. Lei (Lei da Conservação da Energia):Energia do universo é constante; matéria e energia não podem ser criadas; 2a. Lei (Lei da Entropia): a entropiase move continuamente no sentido de um máximo. Entropia(J/K): mede grau de irreversibilidade de um sist., desordem) → governa o processo de dissipação de energia; procura medir como a matéria e a energia encontram-se armazenadas e distribuídas no sistema definido por fronteiras. A quant. de energia presa num sistema fechado ↑ constantemente → ordem deste sist. se transforma constantemente em desordem;

• Energia:utilizável/livre (há um domínio sobre esta forma de energia, apresenta diferença de nível; pode virar trabalho útil) Xnão utilizável/presa(caoticamente dissipada; considerada perdida p/ o homem,mesmo s/ ser destruída); • Organismos:↓ entropia ao importar energia de qualidade de fora (negentropia) e exportando entropia p/ o meio. → elevam a entropia do sistema onde estão inseridos (esse raciocínio serve pra tudo, processos industriais, economia, etc.) • C/ a termodinâmica atribui-se afísica do valor econômico das coisas ao se distinguir a energia útil da energia inútil. • Não se pode utilizar a mesma energia indefinidamente, senão não existiria a escassez e o mundo seria 100% reciclável. • Processo econômico não cria nem consome, apenas transforma ↓ entropia em ↑ entropia. • Instrumentos endossomáticos, utilizados pela maioria das espécies (sistemas biológicos – pernas, patas, asas) X instrumentos exosomáticos (transcendem o corpo), usados pela humanidade evoluída (sistema econômico); • Lei da Entropia: única q reconhece q o universo material está sujeito a uma mudança qualit. irreversível, a um processo evolutivo;reconhece a ≠ qualitativa entre insumos de recursos valiosos (↓ entropia) e os produtos finais de dejetos sem valor (↑ entropia).“Ponto mais relevante p/ economia: lei de entropia é raiz da escassez econômica” (G. Roegen - 1971). O homem não renunciaria de bom grado seus luxos atuais pelas gerações de daqui 1000 anos. KennethBoulding:The meaning of the 20th century 1964, defendeperspectivaevolucionária da análise do sist.econômico.“The economicsofcomingsapaceshiftearth”, 66 (Diverge de Roegen)→ lei da entropia ñ se aplica a matéria, sóà energia. Economia da Sobrevivência: "reserva de combustíveis e metais se dissipara em pouco tempo(tempo geológico). nossos descendentes herdarão uma Terra devastada e exaurida →homem pressionado até uma sociedade de nível reduzido. » até metade do séc XX→ economia do cowboy: Terra → espaço e recursos ilimitados Economia do Astronauta(é mais otimista que a economia do decrescimento): • mundo é sistema fechado p/ materiais, mas aberto p/ entradas e saídas de energia→ como uma nave espacial. • tentar reconectar a economia c/ a ética e c/ a base material que a sustenta (natureza);Produção e consumo não são mais considerados +→ desenvolver tecnologias que mantenham um certo “estoque”, c/ ↓produção e consumo • conceito amplo e - preciso de entropia = ↓ potencial X processos de recriação de potencial (briga de direções opostas); • sistema econômico sentiu o impacto da entropia (dependência de recursos esgotáveis c/ estoque ↘ → inviáveis economicamente. Isto continuará se repetindo → migração de povos/espécies e colapso de civilizações. • Futuro dependerá do ↑eficiência no uso de recursos e da tecnologia poder criar novas formas de potencial de recursos. • ñ se sabe o quão fácil será a criação de tecnologias de ↓entropia →melhor trabalharmos c/ hipóteses mais pessimistas Economia do Decrescimento:

• baseia-se na hipótese de que o↑ econômico(↑ constante do PIB) não ésustentávelpeloecossistemaglobal, mesmo que se produza eficientemente. Entropia é o problema. Deve-se ↓taxas de produção e de consumo. • Fenômenos importantes da vida real se movem em direção definida → mudanças qualitativas, em geralirreversíveis; • A entropia do Universo (ou de estrutura isolada) ↑ contínua e irrevogavelmente → Universo passa por degradação entrópica contínua, da estrutura ordenada (energia livre, disponível) p/ o caos (energia não-disponível, desordenada). • “a quantidade máxima de vida humana requer taxa mínima de utilização dos recursos no globo terrestre.” • “qualquer uso dos recursos naturais p/ satisfação de necessidades não-vitais implicará ↓ quantidade de vida no futuro.” Nicholas Georgescu-Roegen:Crítico ferrenho do conceito circular na economia; • “Nem o progresso das ciência nem as engenharias conseguirá eliminar totalmente os aspectos entrópicos da extração, da trasnformação e da utilização dos recursosnecesssáriosà produção industrial.” Exaustão é certa, velocidade que é ?. • P/ se converter em trabalho (ser energia livre) a energia precisa de um suporte de matéria e esta matéria também está fadada a dissipação irrevogável (que é acelerada pela atividade econômica); • Critica a visão dos economistas neoclássicos/marxistas que não viam recursos naturais como restrição ao progresso • “É mito que um mundo estacionário(↑ populacional 0) porá fim ao conflito ecológico”→ seria empurrar o problema. • “é mito que a humanidade será sempre capaz de descobrir e controlar novas fontes de energia.” • Primeiro foca a entropia da energia (mais fácil de entender) e depois a da matéria) • “Energy andeconomicsmyths” 1975: a humanidade teria vida curta e quem herdará o mundo serão as amebas • “The entrophylawandtheeconomics in retrospect” (1986):admiteum alongamento da humanidade devido atecnologia(gerar mais energia que seu custo energético ou material) • surgimento da mecânica estatística → interpretação probabilística da entropia →forma de maquiar a realidade, atribuiçãoà probabilidade o futuro do planeta (como dizer que um cadáver pode reviver, mesmo que c/ ↓ probabilidade). • Conclusão: a luta econômica do homem se concentra na ↓ entropia (escassa) do seu meio ambiente; produzir bens ↑ e melhores → resíduos ↑ e melhores; reciclagem não é ilimitada e gera ↑entropia (matéria disponível mas não mais útil) Economia de Crescimento Estacionário(Herman Daly 1992):→“mito de salvação ecológica” (Georgescu-Roegen) • escassez de recursos →combinação da 1a lei c/ a 2a lei. Se fontes de ↓entropia e a capacidade de assimilação fossem ∞ não teriam consequência se os fluxos são entrópicos e irreversíveis; sem a lei da entropia poderíamos reciclar tudo ∞. • estado em que a quantidade de recursos da natureza utilizada seria suficiente apenas p/ manter constantes o capital e a população. Os recursos primários só seriam usados p/ melhorar qualitativamente os bens de capital. • Qualquer recurso que entrar no sistema deve substituir um de qualidade inferior – economia da biblioteca lotada • desenvolvimento no estado estacionário só pode ser definido pelo ↑ capacidade de conhecimento dos seres humanos. • Num ponto o ↑ deixa de ser benéfico → compromete as gerações futuras em terem qualidade de vida = ou melhor

AULA 7– CRESCIMENTO POPULACIONAL, RECURSOS NATURAIS E MEIO AMBIENTE • 1ª corrente: ↑ populacional → problemas da humanidade (como a degradação dos recursos naturais) • 2ª corrente: reconhece outros fatores na equação população/ambiente/desenvolvimento, e que atribui à pressão demográfica, não um papel determinante, mas um papel de agravante, de fator contribuinte Questão Populacional e o Meio Ambiente: • Malthus → “Bomba populacional” (rever AULA 3); discussão reaberta por Paul R. Ehrlich em 68. Risco de colapso global ainda existe, mesmo que esteja perdendo velocidade. • Temores de superpovoamento →incapacidade de produzir comida suficiente; espaço insuficiente p/ todos; danos ao ambiente (↓capacidade de produzir comida); falta de infra-estrutura social p/ cuidar de todos. Questão Populacional e a Racionalidade: • “TragedyoftheCommons - The populationproblemhas no technicalsolution; it requires a fundamental extension in morality" (Garret Hardim, 1968) → questão da administração coletiva dos recursos naturais, a superpopulação, problemas não solucionáveis só por meios técnicos (planeta finito). Recursos comuns sujeitos a ↑deterioração ambiental • Racionalidade Coletiva x Racionalidade Individual(sempre tendem a↑ benefícios e ↓ custos, que será repartido) não há medição individual de água → todos usam a água de forma que o $ será repartido (culto ao desperdício). recurso comumvai perdendosua capacidade → ↑consumo →esgotamento em tempo curto Solução (não técnica):“dono” do recurso, privado ou mesmo o estado, c/ regras de acesso/utilização do recurso.

• possibilidade de utilização de recursos comuns → pactos sociais (coerção mútua), acordos → ↑ comprometimento • críticas à Hardin: misturar conceito de acesso livre c/ propriedade comum →acesso e uso de recursos naturais são em geral regulados através de regras e normas sociais; regras de utilização vão mudando quanto ↑ pressão sobre o recurso. • “A provisão de bens públicos é a função fundamental de todas as organizações, começando pelo Estado(que proporciona bens p/ os cidadãos). ésempre necessário uma ação coletiva p/ q eles sejam obtidos.” (MancurOlson, 1965) • Controvérsia: muitos discordam de que os indivíduos sempre agirão da forma egoísta preconizada; • A defesa de Hardin de direitos de propriedade é mal-interpretada como argumento a favor da privatização

Natureza do Recurso e Regime de Propriedade: • Bens privados →relativa facilidade de impedir o acesso e ↑“subtraibilidade” • Bens públicos → difícil impedir o acesso e ↓“subtraibilidade”. • Bens tributáveis → facilidade de exclusão e ↓“subtraibilidade”. • Recursos comuns →↑subtraibilidade; difícil excluir indivíduos interessados. »“How Many People Can the Earth Support?”(Joel E. Coehn): desigualdade de acesso aos bens e à riquezasustenta o volume atual da população, paradoxalmente(↑↑↑volume em ↓↓↓consumo, e ↓↓↓ pessoas c/↑↑↑consumo) Crescimento controlado pela expectativa de sustento intergeracional: • sociedadestradicionais erurais → fluxo de riqueza entre gerações dos filhos para os pais; pais investem pouco nos filhos (educação, capital humano). Existe fluxo dos filhos p/ pais porque eles começam a trabalhar cedo, contribuem p/ a renda da família e sustentam os pais na velhice. → bom negócio ter muitos filhos. • economia urbana → educação como instrumento de ascensão social. menos necessidade de se procriar p/ ter segurança na velhice (aposentadorias)→fluxo de riqueza é mais de pais para filhos. Mundo:gasto de “riquezas” sem pensar nas consequências • Demoramos 120 anos para passar de 1 p/ milhões, e 100 anos para passar de 2 para 7. • Sociedade demorou cerca de 50 anos para produzir 1 bilhão de automóveis;2010 a 2020 serão produzidos outro bilhão! • 140 anos → consumo de 1 trilhão de barris de petróleo; nos 30 anos seguintes consumiremos outro trilhão • Metade da população mundial vive em áreas urbanas porém 2/3 da energia é produzida nas cidades.

AULA 8– INDICADORES DE DESENVOLVIMENTO E MEIO AMBIENTE PIB/capita:PIB (ver aula 2) dividido pela quantidade de habitantes de um país;não é uma medida de renda pessoal. • tende a ser ↓ em países muito populosos (quociente grande), mesmo se o PIB for ↑ • se ele ↑ mas a pobreza não diminui → riqueza não está sendo transformada em renda • PIB moderado e excelente qualidade de vida é possível → não mede estoques nem sua depreciação • Renda per capita = é a soma dos salários de toda a população dividido pelo número de habitantes; Medindo a Desigualdade: • Coeficiente de Gini (1912): medida de desigualdade desenvolvida pelo estatístico Corrado Gini. • comumente utilizada p/ calcular a desigualdade de distribuição de renda mas pode ser usada p/ qualquer distribuição. • consiste num número entre 0 (completa igualdade de renda) e 1 (completa desigualdade). • é o coeficiente expresso em pontos percentuais (multiplicado por 100). + próximo de 100 = ↑desigual;de 0 = - desigual; • quanto ↓ o coef = menor a ≠ entre o salário mais ↑ e o mais ↓ • Curva de Lorenz: representação gráfica do Coef. De Gini. Cada ponto da curva é % cumulativa das pessoas. curva parte da origem e termina no (100,100). renda distribuída completamente = → curva = linha de 45o. abcissa → desigualdade total. IDH: • alternativa ao PIB/CAPITA, publicado primeiramente em 1990; • Índice-chave dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio das Nações Unidas ; • Objetivo:"Desviar o foco do desenv. da economia e da contabilidade de $ nacional p/políticas centradas em pessoas." • obtido através do PIB per capita, depois de corrigido pelo poder de compra da moeda de cada país e por outros dois componentes: a longevidade (expectativa de vida ao nascer → reflete saúde e salubridade)e a educação(índice de analfabetismo, medido à partir dos 15 anos, e pela taxa de matrícula em todos os níveis de ensino, independente da idade). A renda é mensurada pelo PIB per capita, em dólar PPC (paridade do poder de compra, que elimina as ≠’s de custo de vida entre os países). Essas três dimensões têm a mesma importância no índice. • Problema:Democracia, participação, equidade, sustentabilidade não são contemplados. • Variações:Índice de Desenvolvimento Humano Ajustado à Desigualdade (incorpora desigualdade nas 3 dimensões), Índice de Desigualdade de Gênero (gênero em três dimensões – saúde reprodutiva, autonomia e atividade econômica) e Índice de Pobreza Multidimensional (vê privações múltiplas em educação, saúde e padrão de vida nos mesmos domicílios). • Relatório de DH: incluem o IDH e apresentam dados/análises relevantes à agenda global, abordam questões e políticas públicas que colocam as pessoas no centro das estratégias de enfrentamento aos desafios do desenvolvimento.

» Felicidade Interna Bruta (FIB) ou Gross National Happiness (GNH): alternativo ao PIB per Capita, criado pelo rei do Butão → Baseia-se no princípio de que o verdadeiro desenvolvimento de uma sociedade humana surge quando o desenvolvimento espiritual e o desenvolvimento material são simultâneos (budismo) » Happy Planet Index (HPI – 2006): tenta quantificar os países mais felizes do mundo. medir a eficiência com que uma nação converte os seus recursos naturais em vidas longas e felizes para os seus cidadãos emantem as condições para as gerações futuras p/ fazer o mesmo. medeo bem estar, a esperança média de vida e a pegada ecológica per capita. » Índice de Desempenho Ambiental(Environmental Performance Index): quantificar e classificar numericamente o desempenho ambiental das políticas de um país (avaliar a sustentabilidade relativa entre países); »Índice de Progresso Real: Com 26 indicadores, o GPI consolida fatores econômicos, ambientais e sociais críticos em um quadro único, a fim de dar uma imagem mais precisa do progresso.