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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
FACULDADE DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA FLORESTAL
DESMATAMENTO EM ÁREAS PROTEGIDAS NO
ESTADO DE RONDÔNIA
Kamila de Brito Otoni
.
Brasília – DF, 14 de Dezembro de 2015
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
FACULDADE DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA FLORESTAL
DESMATAMENTO EM ÁREAS PROTEGIDAS NO
ESTADO DE RONDÔNIA
Estudante: Kamila de Brito, Matrícula: 10/0050883
RG: 2485087 SSP DF
CPF: 733656451-87
Orientador: Dr. Eraldo A. T. Matricardi
Trabalho de conclusão de curso de gradua-
ção apresentado ao Departamento de Enge-
nharia Florestal da Universidade de Brasí-
lia, como parte das exigências para obten-
ção do título de Engenheiro Florestal.
Brasília – DF, 14 de Dezembro de 2015
AGRADECIMENTOS
Agradeço aos meus pais e irmão por todo o amor, carinho e compressão.
Aos meus amigos e familiares por serem fieis e estarem juntos a mim em todos os
momentos que precisei. Por todo o amor e amizade que mostram diariamente.
Aos meus professores, em especial ao meu orientador professor Eraldo Matricardi
pela paciência, gentiliza, atenção e disponibilidade durante toda a minha graduação.
Agradeço a todos que me auxiliaram nessa caminhada. Vocês me ajudam a me tornar
uma pessoa melhor.
Muito Obrigada!
RESUMO
Com o avanço das fronteiras agrícolas brasileiras, a escassez de terras aráveis e o fortaleci-
mento do agronegócio nos últimos anos, houve um aumento da pressão antrópica sobre as
áreas protegidas do país. Dados do desmatamento da Amazônia produzidos pelo Instituto
Nacional de Pesquisa Espacial revelam que o processo de desmatamento contínua preocu-
pante na Amazônia, embora em taxas mais baixas. Assim o objetivo desse trabalho foi ava-
liar de forma quantitativa o desmatamento dentro das Unidades de Conservação e Terras
Indígenas do estado de Rondônia entre 1997 e 2014. Para isso, foram utilizados dados do
Programa de Cálculo do Desflorestamento da Amazônia – PRODES, que foram sobrepostos
sobre os limites das áreas protegidas naquele Estado . Os resultados desta pesquisa eviden-
ciaram que as Unidades de Conservação de Rondônia sofreram grande pressão nos anos
2004 e 2007, quando 29.161,7 e 31.578,2 hectares de florestas foram desmatadas, respecti-
vamente. A Floresta Estadual de Rendimento Sustentável Araras, a Floresta Estadual de
Rendimento Sustentável Periquitos, a Área de Proteção Ambiental/ Floresta Estadual de
Rendimento Sustentável Rio Pardo e a Floresta Nacional Bom Futuro foram consideradas
áreas críticas de desmatamento em 2014. O ano de 2000 foi considerado o mais crítico de
desmatamento dentro de Terras Indígenas (T.I.), quando aproximadamente 5.000 hectares
de florestas foram desmatados. As Terras Indígenas mais críticas de desmatamento foram:
T.I. Sete de Setembro, Saragana e Kwazá do Rio São Pedro apresentando 3,6%, 6,6% e 4,0%
de áreas desmatadas até 2014. Os resultados do presente estudo permitem observar o des-
matamento sobre as Áreas Protegias em Rondônia, possibilitando a definição de medidas
estratégicas para controlar a degradação e invasão destas áreas.
Palavras Chaves: Áreas Protegidas, Desmatamento, Amazônia, Terras Indígenas, Estado
de Rondônia.
ABSTRACT
With the advancement of Brazilian agricultural frontiers, the scarcity of arable land and the
strengthened of agribusiness in recent years there has been an increase in human pressure on
protected areas of the country. Amazon deforestation data produced by the National Institute
for Space Research shows that the continuous process of deforestation Worried-pant in the
Amazon, although at lower rates. So the aim of this study was assess quantitatively defor-
estation within the protected areas and indigenous lands in the state of Rondônia between
1997 and 2014. For this, we used data of the Amazon Deforestation Calculation Program -
PRODES, they were superimposed on the boundaries of protected areas in that state. The
results of this research showed that the Rondônia Protected Areas have suffered great pres-
sure in 2004 and 2007, when 29.161,7 and 31.578,2 hectares of forest were cleared, respec-
tively. The Floresta Estadual de Rendimento Sustetável Araras, Floresta Estadual de Rendi-
mento Sustentavel Periquitos, Área de Proteção Ambiental/ Floresta Estadual de Rendi-
mento Sustentável Rio Pardo and Floresta Nacional do Bom Futuro considered critical areas
of deforestation in 2014. The year 2000 was the most critical of deforestation in Indigenous
Lands (TI), when approximately 5.000 hectares of forest have been cleared. Indigenous
Lands more critical deflorestation were: Sete de Setembro, Saragana and Kwazá the São
Pedro presenting 3, 6%, 6, 6% and 4, 0% of deforested areas by 2014. The results of this
study allow us to observe the deforestation on Protegias Areas in Rondônia, allowing the
definition of strategic measures to control the degradation and invasion of these areas.
Keywords: Protected areas, Deforestation, Amazônia, Indigenous Land, State of Rondônia.
SIGLAS
APA – Área de Proteção Ambiental
FERS – Floresta Estadual de Rendimento Sustentável
FLONA – Floresta Nacional
TI – Terras Indígenas
UC – Unidades de Conservação
LISTA DE APÊNDICES
Apêndice I - Desmatamento total observados nas Unidades de Conservação ........ 48
Apêndice II – Desmatamento total observado nas Terras Indígenas ...................... 54
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Localização das Áreas Protegidas do Estado de Rondônia. ........................ 23
Figura 2 - Desmatamento anual absoluto dos anos 1997 e 2000 a 2014 em todas as
Unidades de Conservação . ............................................................................................... 29
Figura 3 - Desmatamento anual acumulado de 1997 e de 2000 a 2014 em todas as
Unidades de Conservação. ................................................................................................ 29
Figura 4 - Localização das Floresta Estadual de Rendimento Sustentável Araras e
Floresta Estadual de Rendimento Sustentável Periquitos. ............................................ 31
Figura 5 - Localização da Área de Proteção Ambiental/ Floresta Estadual de
Rendimento Sustentável Rio Pardo e da Floresta Nacional Bom Futuro. ................... 31
Figura 6 - Desmatamento absoluto anual em hectares para a Floresta Estadual de
Rendimento Sustentável Periquitos. ................................................................................ 32
Figura 7 - Desmatamento relativo anual da Floresta Estadual de Rendimento
Sustentável Periquitos ....................................................................................................... 32
Figura 8 - Valores acumulativos do desmatamento em hectares para a Floresta
Estadual de Rendimento Sustentável Periquitos. ........................................................... 33
Figura 9 - Desmatamento absoluto anual em hectares para a Floresta Estadual de
Rendimento Sustentável Araras. ...................................................................................... 34
Figura 10 - Desmatamento relativo anual da Floresta Estadual de Rendimento
Sustentável Araras. ............................................................................................................ 34
Figura 11 - Valores acumulativos do desmatamento em hectares para a Floresta
Estadual de Rendimento Sustentável Araras. ................................................................. 35
Figura 12 - Desmatamento absoluto anual em hectares para a Área de Proteção
Ambiental / Floresta Estadual de Rendimento Sustentável Rio Pardo e Floresta
Nacional Bom Futuro. ....................................................................................................... 36
Figura 13 - Desmatamento relativo anual em hectares para a Área de Proteção
Ambiental / Floresta Estadual de Rendimento Sustentável Rio Pardo e Floresta
Nacional Bom Futuro. ....................................................................................................... 37
Figura 14 - Valores anuais de desmatamento observados em todas as Terras
Indígenas ............................................................................................................................ 38
Figura 15 - Localização das Terras Indígenas Kawazá do Rio São Pedro, Saragana e
Sete de Setembro. ............................................................................................................... 39
Figura 16 - Desmatamento anual em hectares para as Terras Indígenas Sete de
Setembro, Saragana, Kawazá do Rio São Pedro. ........................................................... 40
Figura 17 - Desmatamento percentual em relação as áreas das Terras Indígenas Sete
de Setembro, Saragana, Kawazá do Rio São Pedro. ...................................................... 40
Figura 18 - Desmatamento anual acumulado para as Terras Indígenas Sete de
Setembro, Saragana, Kawazá do Rio São Pedro. ........................................................... 41
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Classes, tipos de usos e Categorias de manejo de UC. ................................. 19
Tabela 2 - Caracterização das Unidades de Conservação. ............................................ 23
Tabela 3 – Terras indígenas do Estado de Rondônia ..................................................... 25
Tabela 4 - Separação das UC’s em intervalos relativos de desmatamento. ................. 28
Tabela 5 – Desmatamento absoluto e relativo por categoria de manejo ...................... 30
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 13
2. PROBLEMAS DE PESQUISA ................................................................................. 15
3. OBJETIVOS ............................................................................................................... 15
3.1 OBJETIVO GERAL ............................................................................................. 15
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................... 15
4. JUSTIFICATIVA ....................................................................................................... 15
5. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .................................................................................. 16
5.1 BIOMA AMAZÔNICO ........................................................................................ 16
5.2 HISTÓRICO DE RONDÔNIA............................................................................. 17
5.3 UNIDADES DE CONSERVAÇÃO ..................................................................... 19
5.4 TERRAS INDÍGENAS ........................................................................................ 20
5.5 PRODES – MONITORAMENTO DO DESMATAMENTO NA AMAZÔNIA. 21
6. MATERIAL E MÉTODOS ....................................................................................... 22
6.1 ESTADO DE RONDÔNIA .................................................................................. 22
6.2 ÁREAS PROTEGIDAS EM RONDÔNIA .......................................................... 22
6.3 BASE DE DADOS ............................................................................................... 26
6.4 MÉTODOS ........................................................................................................... 27
7. RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................... 27
7.1 DESMATAMENTO NAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO ......................... 28
7.2 ÁREAS CRÍTICAS DE DESMATAMENTO ..................................................... 30
7.3 DESMATAMENTO NAS TERRAS INDÍGENAS ............................................. 37
7.4 ÁREAS CRÍTICAS DE DESMATAMENTO ..................................................... 38
7.5 PERSPECTIVA DAS ÁREAS PROTEGIDAS ................................................... 41
8. CONCLUSÃO ............................................................................................................ 42
9. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 43
13
1. INTRODUÇÃO
O Brasil é conhecido mundialmente por ser um país que possui rica biodiversidade
florestal e crescente potencial econômico, principalmente impulsionado pelo agronegócio.
Um dos seus problemas a serem enfrentados é o desmatamento em suas florestas nativas.
Para CASTRO (2005) o desflorestamento na Amazônia é o resultado do conjunto de múlti-
plos fatores gerados especialmente por tensões sociais e econômicas. Essas são estimuladas
por atividades conexas ao agronegócio.
O Estado de Rondônia como aponta PEDLOWSKI et al. (2005) possui um dos mai-
ores índices de desmatamento do pais, resultado de práticas insustentáveis de extração de
madeira e atividades agropecuária somadas com crescente aumento da população humana
sem infraestrutura. Um dos elementos que mais contribuíram para o desflorestamento do
Estado de Rondônia foi o Programa Integrado de Desenvolvimento do Noroeste do Brasil –
POLONOROESTE, programa que objetivava promover o desenvolvimento econômico do
norte do estado do Mato Grosso e do estado de Rondônia. Entretanto, a equipe técnica do
POLONOROESTE desconhecia a realidade e as peculiaridades do espaço em questão. Im-
plementaram junto aos produtores práticas agrícolas comuns em outras regiões do país, como
a derrubada e a queimada para o preparo do plantio. Estas que, em médio e longo prazo
provaram ser tão danosa quanto insustentável (SILVA, 2014).
Historicamente, a criação e implantação de Áreas Protegidas (Unidades de Conser-
vação e Terras indígenas) na Amazônia têm se revelado estratégia fundamental para a con-
servar grandes áreas contíguas de floresta – contribuindo assim para a manutenção de ecos-
sistemas, o equilíbrio climático, regimes hidrológicos e a conservação da biodiversidade –
enquanto criam oportunidades para atividades econômicas baseadas na preservação e uso
sustentável dos recursos naturais. Além disso, as Terras Indígenas e Unidades de Conserva-
ção de Uso Sustentável são essenciais para assegurar os direitos dos povos indígenas e outras
populações tradicionais, que dependem da conservação das florestas e dos rios da Amazônia
para o seu sustento (GTA, 2008).
Para tanto, há a necessidade de incorporar novas tecnologias para o uso da gestão
ambiental, entender como os processos de desmatamento são encaminhados adentro das
áreas de proteção, obter números concretos acerca dos danos causados pelas ações antrópicas
e outros benefícios.
14
“[...] a possibilidade de monitorar extensas áreas através de imagens de satélite,
ampliando de sobremaneira a eficiência da fiscalização e reduzindo os custos ope-
racionais para realizar o mesmo trabalho através de verificações em campo são
vantagens que tem levando as ferramentas de geoprocessamento e sensoriamento
remoto à uma posição de destaque nos estudos ambientais” (NETO, 2009, p. 14-
15).
Nesse contexto surgem programas de monitoramento na Amazônia Legal1, como o
PRODES cujo objetivo é supervisionar por satélite o desmatamento por corte raso. E o TER-
RACLASS cuja a finalidade é avaliar os dados de desflorestamento fornecidos pelo PRO-
DES. Há, assim a possibilidade de identificar tanto o uso como a cobertura das áreas estu-
dadas.
O presente estudo busca quantificar o desmatamento nas Unidades de Conservação
e Terras indígenas no Estado de Rondônia, frente as pressões antrópicas ocorridas entre os
anos de 1997 e 2014. E assim identificar as áreas protegidas consideradas críticas sob o
ponto de vista do desmatamento.
1A Amazônia Legal possui área que corresponde a 59% do território brasileiro e engloba a totalidade de oito
estados (Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins) e parte do Estado do
Maranhão (a oeste do meridiano de 44ºW), perfaz 5,0 milhões de km². Nela residem 56% da população indí-
gena brasileira. O conceito de Amazônia Legal foi instituído em 1953 e seus limites territoriais decorrem da
necessidade de planejar o desenvolvimento econômico da região e, por isso, não se resumem ao ecossistema
de selva úmida, que ocupa 49% do território nacional e se estende também pelo território de oito países vizi-
nhos. Os limites da Amazônia Legal foram alterados várias vezes em consequência de mudanças na divisão
política do país. (IPEA, 2008).
15
2. PROBLEMAS DE PESQUISA
Embora as taxas de desmatamento tenham diminuído na Amazônia brasileira, várias
ocupações e invasões de áreas protegidas têm sido registradas nos últimos anos. Dentre as uni-
dades federativas, o estado de Rondônia tem apresentado altas taxas de desmatamento, o que
indica alto potencial de ameaça sobre as suas Unidades de Conservação e Terras Indígenas.
É preciso, portanto, entender melhor o processo de desmatamento em Rondônia, com
ênfase sobre as áreas protegidas. Tais áreas são estratégicas do ponto de vista de proteção e
conservação da biodiversidade e garantia de sustentabilidade das populações indígenas.
3. OBJETIVOS
3.1 OBJETIVO GERAL
O objetivo desta pesquisa foi avaliar a situação das Unidades de Conservação e Terras
Indígenas no Estado de Rondônia em relação ao desmatamentos ocorridos até 1997 e 2000 a
2014.
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Quantificar a área desmatada dentro das Unidades de Conservação e Terras indígenas
de Rondônia.
Verificar a evolução do desmatamento no período de estudo.
Identificar a ocorrência de períodos e áreas críticas de desmatamento em Rondônia.
4. JUSTIFICATIVA
O desmatamento traz consigo uma série de consequências, como por exemplo, mu-
danças no regime hidrológico e perda de diversidade. Quando uma floresta é convertida em
pastagem a precipitação escoa mais rapidamente na superfície do solo, com grandes consequên-
cias como: cheias e períodos de grande redução do fluxo d’água. O lençol freático absorve
menos água porque há menor infiltração devido a rapidez do escoamento. A perda de biodiver-
16
sidade é outro grande impacto causado pelo o desmatamento. A devastação de partes importan-
tes das florestas tropicais do Brasil empobrece a biodiversidade da Terra (CAPOBIANCO et
al., 2001).
De acordo com o Grupo de TRABALHO AMAZÔNICO (2008), o desmatamento no
Estado de Rondônia ocasiona diversos prejuízos tanto em esferas locais (conflitos sociais, des-
respeito aos direitos humanos, empobrecimento e perdas econômicas) como em esferas globais
(emissão de gases do efeito estufa).
Os dados2 do PRODES para o Estado de Rondônia entre 2001 e 2003 apresentaram
umas das maiores taxas de desmatamento, como no Pará, Mato Grosso e Maranhão. Somam
cerca de 90% do desmatado em área de Amazônia Legal, para a época em 2001 o desmatamento
foi de 2673 Km² e em 2003 aumentou para 3463 Km².
Uma das maneiras adotadas pelo governo federal afim de frear os danos ao meio am-
biente é a criação de Unidades de Conservação. Conforme FERREIRA et al. (2005) as Terras
Indígenas apesar de não cumprirem com a exigências presentes no SNUC (Sistema Nacional
de Unidades de Conservação) podem ser consideras como áreas protegidas. São de jurispru-
dência federal, pela Fundação Nacional do Índio (FUNAI).
Essas regiões exercem a função de proteger os recursos ambientais, trazem benefícios
sociais, econômicos e resguardam as memórias culturais de toda a sociedade. É de suma im-
portância que as pesquisas mostrem as suas situações atuais e se estão sendo efetivas contra os
avanços do desflorestamento.
5. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
5.1 BIOMA AMAZÔNICO
O Bioma Amazônia estende-se do oceano Atlântico às encostas orientais da Cordi-
lheira dos Andes, até aproximadamente 600 m de altitude, contém parte de nove países da Amé-
rica do Sul, onde 69% dessa área pertencente ao Brasil (AB’SABER, 1977). Esse bioma
abrange os Estados do Pará, Amazonas, Maranhão, Tocantins, Mato Grosso, Acre, Amapá,
Rondônia e Roraima, com população em torno de vinte milhões de habitantes, 60% desta vive
2 Disponíveis na página: http://www.obt.inpe.br/prodes/index.php
17
em áreas urbanas e é composta por grandes extensões de florestas ombrófilas densa e aberta,
campinaranas, zonas de contato e savanas (PROBIO, 2004).
Segundo HUDSON (2000), 10% de toda a biodiversidade do mundo encontra-se na
região amazônica, inclusive diversas espécies ameaçadas de extinção e grande número de es-
pécies endêmicas. A riqueza biológica da Amazônia é tão grande que incorpora, total ou parci-
almente, elementos de 49 das 200 ecorregiões mundiais (OLSON et al., 2000).
A Amazônia tinha, originalmente território de 4.196,943 milhões de km² (419694,3
hectares). (IBGE, 2004). Pode ser considerada a maior reserva de madeira tropical do mundo,
e detentora de umas das mais ricas biodiversidades. Por essas dimensões e pela falta de uma
fiscalização governamental eficiente sofre continuamente com as práticas antrópicas insusten-
táveis.
Para o GRUPO DE TRABALHO AMAZÔNICO (2008) a devastação dessas áreas na
Amazônia Legal implica prejuízos como: conflitos sociais, desrespeito aos direitos humanos,
empobrecimento da biodiversidade, degradação de solos, comprometimento de bacias hidro-
gráficas, contribuições para a emissão de gases de efeitos estufa e perda de oportunidades eco-
nômicas associadas ao uso sustentável dos recursos naturais. Em outras palavras, prejuízos para
a população rondoniense, a sociedade brasileira e para o nosso planeta.
5.2 HISTÓRICO DE RONDÔNIA
O Estado de Rondônia foi forjado sob as políticas desenvolvimentistas e de expansão
das fronteiras agrícolas, implementadas pelo Governo Federal a partir da década de 1960. Os
projetos de colonização, implantados pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária
– INCRA, aliados à rápida expansão das atividades agropecuárias durante os primeiros anos de
ocupação do espaço rondoniense, fomentaram altos índices de desmatamento (SILVA, 2014).
Um exemplo foi Programa Integrado de Desenvolvimento do Noroeste do Brasil, o
POLONOROESTE, executado na década de 80 e cujos objetivos centrais não foram praticados.
De acordo com SOUZA et al. (2009) houve o aumento das desigualdades sociais acompanhado
de degradação ambiental devido as características do programa. O grande produtor foi fortale-
cido enquanto que índios, camponeses e posseiros foram muitas vezes excluídos de suas terras.
Fato esse que fomentou o Projeto de Assentamento (PAR) com a finalidade de prevenir embates
físicos por territórios.
18
Em resposta a má gestão, no passado, de políticas públicas ambientais foi aprovado
em 1992 o Plano Agropecuário e Florestal de Rondônia – PLANAFLORO com objetivo de
manejar os recursos de forma sustentável e alcançar crescimento econômico.
O PLANAFLORO contemplou na sua origem quatro grandes conjuntos de metas, al-
gumas voltadas para objetivos de sustentabilidade, no longo prazo, e outras voltadas para o
crescimento econômico no curto prazo. Assim, vale a pena destacar três características marcan-
tes do PLANAFLORO, este foi multifuncional, multidisciplinar e interinstitucional. O primeiro
conjunto de metas denominou-se Conservação, Manejo e Proteção Ambiental. Seu objetivo foi
promover a conservação da biodiversidade e a criação de base para o uso sustentável dos recur-
sos naturais em Rondônia. Qualificado como Desenvolvimento agroflorestal, o segundo con-
junto de metas contemplava três instrumentos de política agropecuária - Pesquisa, Extensão
Rural e Crédito subsidiado. O terceiro conjunto cobriu outra área essencial ao desenvolvimento,
Infraestrutura econômica e social, prioritariamente pelo investimento em transporte (estradas).
O quarto conjunto foi a Administração do projeto (ARAUJO et al., 2006).
Entretanto o PLANAFLORO não obteve sucesso em suas metas mas abriu portas para
o Zoneamento Socioeconômico e Ecológico de Rondônia. E assim como especifica o centro de
estudo RIOTERRA (2011), o estado foi dividido em três zonas. A primeira é destinada ao uso
agropecuário, agroflorestal e florestal, constatando-se nela elevado grau de antropização e de
ocupação humana; a segunda é voltada à conservação dos recursos naturais, passíveis de utili-
zação através do manejo sustentável e a terceira corresponde as áreas institucionalizadas com
Unidades de Conservação de uso restrito e controlado, além de Terras Indígenas. Estas zonas
subdividem-se em sub-zonas as quais, por exemplo, encontram-se as Florestas Estaduais de
Rendimento Sustentado, Florestas Nacionais, Reservas Extrativistas e outras categorias defini-
das pelo Sistema Nacional de Unidades de Conservação que podem ser utilizados os recursos
ambientais mediante planos e diretrizes específicas (terceira zona).
Isso evidencia a preocupação do estado com a atual situação em que se apresenta nos
dias de hoje. Grande parte do seu território foi desmatado devido a políticas que não visavam
um crescimento sustentável. Este crescimento sustentável de acordo com BENTES – GAMA
(2005), pode ser alcançado pelo uso correto de produtos madeireiros e não-madeireiros abun-
dantes no Estado. Há assim, benefícios nas esferas sociais, ambientais e econômicas, além de
fomentar a diversificação de tecnologias e desenvolvimento de pesquisas e claramente ocorre
simultâneas com outras atividades econômicas.
19
5.3 UNIDADES DE CONSERVAÇÃO
O Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) foi instituído pela Lei
9.985/2000 a qual define a existência concreta de áreas ambientais destinadas tanto para a pro-
teção, manutenção e manejo da biodiversidade. Ao todo esse sistema cria 12 categorias de Uni-
dades de Conservação que configuram-se nos grupos de Proteção Integral e Uso Sustentável,
podem ser geridas em jurisprudência municipal, estadual e federal. A criação dessas unidades
proporcionam a preservação dos ecossistemas, fomentam pesquisas cientificas, integração da
sociedade com os ambientes naturais, educação ambiental, manejo sustentável entre outros.
Embora a lei 9.985/2000 (SNUC) define a criação de 12 categorias de unidades de
conservação podemos observar que nas esferas estaduais e municipais existem unidades que
diferem dessas categorias. Isso devido a existência de instrumentos legais, como o Código Flo-
restal de 19343, anteriores ao SNUC que possibilitou diferentes denominações de áreas de pre-
servação ambiental. E porque os estados e municípios possuem autonomia legislativa (em con-
formidade com os princípios da Constituição de 88) para gerir e criar leis em seu território.
Exemplo disso é a Lei n° 1.143 de dezembro de 2002 4do Estado de Rondônia que dispõem
sobre o uso sustentável das Florestas Estaduais e Reservas Extrativistas e de outras providências
Assim, as Unidades de Conservação (UCs) caracterizam-se pelas suas diferentes clas-
ses, usos e categorias de manejo (Tabela 1).
Tabela 1 - Classes, tipos de usos e Categorias de manejo de UC.
Classes Principais tipos de uso, com-
templados na Lei 9.985/2000 Categoria de Manejo
1- Pesquisa cientifica e educa-
ção ambiental
Desenvolvimento de pes-
quisa cientifica e de educa-
ção ambiental.
Reserva biológica, Estação
Ecológica.
2- Pesquisa cientifica, educação
ambiental e visitação
Turismo em contato com a
Natureza.
Parques Nacionais e Esta-
duais, Reserva Particular do
Patrimônio Natural.
3 O Código Florestal de 1934 (Decreto-lei 23.793/34) foi o primeiro diploma legal brasileiro a tratar de forma um
pouco mais sistêmica os recursos florestais, conceituando pela primeira vez os parques nacionais, florestas nacio-
nais, florestas protetoras e áreas de preservação permanente (BRITO, 2003)
4 Lei na integra disponível em: http://www.sedam.ro.gov.br/arquivos/arquivos/25-10-13-21-31-
31lei%20n.%201143-02%20gestao%20de%20florestas%20estaduais.pdf
20
Classes Principais tipos de uso, com-
templados na Lei 9.985/2000 Categoria de Manejo
3- Produção Florestal, pesquisa
cientifica e visitação
Produção florestal. Florestas Nacionais e Esta-
duais.
4- Extrativismo, pesquisa cien-
tifica e visitação
Extrativismo por populações
tradicionais.
Reservas Extrativistas.
5- Agricultura de baixo impacto,
pesquisa cientifica, visitação,
produção florestal e extrati-
vismo
Áreas públicas e privadas
onde a produção agrícola e
pecuária é compatibilizada
com os objetivos da UC.
Reserva de Desenvolvi-
mento Sustentável; Refúgio
de Vida Silvestre, Monu-
mento Natural.
6-Agropecuária atividade indus-
trial, núcleo populacional ur-
bano e rural
Terras públicas e particulares
com possibilidade de usos
variados visando um ordena-
mento territorial sustentável.
Área de Proteção Ambien-
tal; Área de Relevante Inte-
resse Ecológico.
Fonte: DAP/SBF/MMA, 2009.
5.4 TERRAS INDÍGENAS
A Constituição de 1988 reconheceu os índios como os primeiros detentores das terras
nas quais estão inseridos. Essas podem ser classificadas nas seguintes modalidades (CF/88, Lei
6001/73 – Estatuto do Índio, Decreto n.º1775/96)5:
Terras Indígenas Tradicionalmente Ocupadas: São aquelas de que trata o art. 231 da
Constituição Federal de 1988, direito originário dos povos indígenas, cujo processo de
demarcação é disciplinado pelo Decreto n.º 1775/96.
Reservas Indígenas: São aquelas doadas por terceiros, adquiridas ou desapropriadas pela
União, que se destinam à posse permanente dos povos indígenas. São terras que também
pertencem ao patrimônio da União, mas não se confundem com as terras de ocupação
tradicional. Existem terras indígenas, no entanto, que foram reservadas pelos estados-
membros, principalmente durante a primeira metade do século XX, que são reconheci-
das como de ocupação tradicional.
5http://www.funai.gov.br/index.php/indios-no-brasil/terras-indigenas.
21
Terras Dominiais: São as terras de propriedade das comunidades indígenas, havidas, por
qualquer das formas de aquisição do domínio, nos termos da legislação civil.
Interditadas: São áreas interditadas pela Funai para proteção dos povos e grupos indíge-
nas isolados, com o estabelecimento de restrição de ingresso e trânsito de terceiros na
área. A interdição da área pode ser realizada concomitantemente ou não com o processo
de demarcação, disciplinado pelo Decreto n.º 1775/96.
A ocupação indevida das terras é o principal problema ocorrido nas últimas décadas.
Assim como as unidades de conservação são invadidas com consequente degradação ambiental,
o mesmo ocorre em muitas terras indígenas no Brasil. Como explora o fato OLIVEIRA et al.
(2014) quando diz que realmente as terras indígenas tornaram-se grandes alvos da pressão eco-
nômica que visa explorar essas áreas pela imposição. Além dos problemas na demarcação de
terras que permitem o crescimento do agronegócio, ou seja, uma colisão de direitos indígenas
em face aos estímulos econômicos ao crescimento do agronegócio. Desta forma, o Governo ao
mesmo tempo que garante aos povos indígenas a demarcações de terras, estimula o crescimento
econômico, o que de certa forma configura o conflito de interesses.
5.5 PRODES – MONITORAMENTO DO DESMATAMENTO NA AMAZÔNIA
O PRODES/INPE é um sistema de monitoramento da cobertura florestal por meio de
imagens de satélite com capacidade de detectar desmatamentos superiores a 0,0625 km² (6,25
hectares). Desmatamentos menores e desmatamentos continuamente encobertos por nuvens não
são detectáveis pelo sistema remoto (AMARAL et al., 2012).
Inicialmente a metodologia para detecção dos polígonos de desmatamentos foi feita por
interpretação visual de aproximadamente 220 cenas do satélite Landsat 5/TM, coloridas, im-
pressas em papel fotográfico na escala 1:250.000. Posteriormente estes polígonos foram digi-
talizados manualmente no Sistema de Informação Geográficas (SGI) desenvolvido pela Divisão
de Processamento de Imagens (DPI) do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Esta
forma de atuação foi empregada durante o período 1988 a 2002 e recebeu o nome de PRODES
Analógico (INPE, 2013).
Entre 2003 e 2005, o INPE adotou o processo de interpretação via classificação digital
assistida pelo computador para fazer a identificação das áreas desmatadas, que posterirormente
22
seriam o “input” para o cálculo da taxa de desmatamento na Amazônia destes anos. Todo pro-
cessamento das imagens de satélite, desde o seu georreferenciamento, classificação, edição e
confecção do mapa final foi feito pelo Sistema de Processamento de Informações Georreferen-
ciadas (SPRING), também desenvolvido pela DPI. Esta fase do projeto ficou conhecida como
PRODES Digital para distingui-la do processo anterior (INPE 2013).
6. MATERIAL E MÉTODOS
6.1 ESTADO DE RONDÔNIA
Com seus 237.592 km2 de área localizada entre os paralelos 7º 58’ e 13º 43’ de Latitude
Sul e os meridianos 59º 50’ e 66º 48’ de Longitude Oeste na Amazônia Ocidental, o Estado de
Rondônia se destaca com oito tipos predominantes de vegetação, em que a Floresta Ombrófila
Aberta é o principal (55%), seguida da Floresta de Transição ou Contato (8%), Cerrado (5%),
Floresta Ombrófila Densa (4%), Formação Pioneira (4%), Floresta Estacional Semidecidual
(2%), Umirizal (1%), e Campinarana (em manchas dispersas) entre outras formações (FER-
NANDES et al., 2001). Os principais solos identificados no estado são os Aluviais, Cambisso-
los, Gleissolos, Hidromórficos, Concrecionários, Latossolos, Orgânicos, Podzólicos, Plintosso-
los, Areias, Litólicos, Terras Roxas e Planossolos (RONDÔNIA, 2007).
A classificação climática de acordo com Köppen é do tipo Aw, tropical chuvoso, com
temperaturas médias anuais de 25,5 °C, máxima de 31,5 °C e mínima de 20,7 °C, uma estação
relativamente seca durante o ano e uma chuvosa, com chuvas marcadas entre os meses de se-
tembro e maio, o que implica em um total pluviométrico anual que excede os 2.000 mm (BRA-
SIL, 1978).
6.2 ÁREAS PROTEGIDAS EM RONDÔNIA
O presente estudo concentra-se no desmatamento dentro das áreas protegidas do estado
de Rondônia (Figura 1), envolvendo 10.0759 km2 que representam 42,4 % de seu território.
23
Figura 1 - Localização das Áreas Protegidas do Estado de Rondônia.
Em Rondônia há 65 Unidades de Conservação com uma área total de 5232098,34 hec-
tares o que representa cerca de 22,02% de seu território. Dessas, 19 estão sob jurisprudência
federal (12,25%), geridas pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
(ICMBIO)6, 39 sob jurisprudência estadual (9,76%) de responsabilidade da Secretaria de Es-
tado do Desenvolvimento Ambiental (SEDAM) e 7 de jurisprudência municipal (0,01%) (Ta-
bela 2).
Tabela 2 - Caracterização das Unidades de Conservação.
Unidades de Conservação
Proteção Integral Categoria Gestão Área (ha)
Data de
Criação
Esec Cuniã I Estação Ecológica Federal Federal 66381,7 23/03/1990
Esec CUNI├ I Estação Ecológica Federal Federal 111946,3 -
Esec Cuniã II Estação Ecológica Federal Federal 6641,9 -
Jaru (anexo) Reserva Biológica Federal Federal 81880,4 11/07/1979
6 A partir de 2007, antes dessa data o órgão responsável era Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis – IBAMA. Este fica incumbido de exercer o supletivo poder de polícia ambiental (fiscaliza-
dor). Lei que dispõe sobre as atribuições do ICMBIO disponível em: http://www.planalto.gov.br/cci-
vil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11516.htm
24
Unidades de Conservação
Proteção Integral Categoria Gestão Área (ha)
Data de
Criação
PARNA Campos Ama-
zonico Parque Nacional Federal 125106,8 -
PARNA Mapinguari Parque Nacional Federal 172332,1 -
PARNA Pacaas Novos Parque Nacional Federal 692733,3 21/09/1978
PARNA Serra da Cutia Parque Nacional Federal 293746,3 01/08/2001
Rebio Guaporé Reserva Biológica Federal Federal 212798,9 20/09/1982
Rebio Jarú Reserva Biológica Federal Federal 253985,3 11/07/1979
EE Serra dos Três Irmãos Estação Ecológica Estadual Estadual 87412,1 28/03/1990
Esec Samuel Estação Ecológica Estadual Estadual 71556,8 18/07/1989
PE Corumbiara Parque Estadual Estadual 429393,5 23/03/1990
PE Guajará-Mirim Parque Estadual Estadual 203159,3 23/03/1990
PE Serra do Reis Parque Estadual Estadual 36251,6 01/08/1995
Rebio Rio Ouro Preto Reserva Biológica Estadual Estadual 61487,5 28/03/1990
Rebio Tracadal Reserva Biologia Estadual Estadual 24693,7 28/03/1990
Morro do Muqui Parque Municipal Municipal 280,9 -
Omere Parque Municipal Municipal 241,6 -
P municipal Porto Velho Parque Municipal Municipal 199,0 27/12/1989
P Municipal Porto Velho Parque Municipal Municipal 192,5 27/12/1989
PM ARIQUEMES Parque Municipal Municipal 151,1 -
PM CANA├/ARIQUE-
MES Parque Municipal Municipal 42,4 -
PM CORUMBIARA Parque Municipal Municipal 1325,0 -
Unidades de Conservação
Uso Sustentável Categoria Gestão Hectares
Data de
Criação
Flona Bom Futuro Floresta Nacional Federal 99488,3 21/07/1988
Flona Jacunda Floresta Nacional Federal 219451,7 01/12/2004
Flona Jamarí Floresta Nacional Federal 215568,8 25/09/1994
Resex Barreiro das
Antas Reserva Extrativista Federal Federal 105631,4 07/08/2001
Resex Cuniã Reserva Extrativista Federal Federal 51997,1 10/11/1999
Resex Ouro Preto Reserva Extrativista Federal Federal 200556,0 13/03/1990
RPPN GibeÒo Reserva do Patrimônio público nacional Federal 31,3 -
RPPN Irmãos Satelis Reserva do Patrimônio público nacional Federal 40,7 -
RPPN NOVA AU-
RORA Reserva do Patrimônio público nacional Federal 18,5 -
Apa Rio Madeira Área de Proteção Ambiental Estadual 5554,1 06/06/1991
Apa/Fes Rio Pardo Área de Proteção Ambiental/FES Estadual 144416,4 -
Fers Araras
Floresta Estadual de Rendimento Sus-
tentável Estadual 1068,9 08/10/1996
Fers Gavião
Floresta Estadual de Rendimento Sus-
tentável Estadual 456,7 08/10/1996
Fers Mutum
Floresta Estadual de Rendimento Sus-
tentável Estadual 11101,9 08/10/1996
25
Unidades de Conservação
Uso Sustentável Categoria Gestão Hectares
Data de
Criação
Fers Periquitos
Floresta Estadual de Rendimento Sus-
tentável Estadual 1134,5 08/10/1996
Fers Rio Machado
Floresta Estadual de Rendimento Sus-
tentável Estadual 96825,4 23/03/1990
Fers Rio Madeira B
Floresta Estadual de Rendimento Sus-
tentável Estadual 51669,9 23/03/1990
Fers Reio Vermelho
C
Floresta Estadual de Rendimento Sus-
tentável Estadual 4126,6 23/03/1990
Fers Tucano
Floresta Estadual de Rendimento Sus-
tentável Estadual 702,1 08/10/1996
Resex Angelim Reserva Extrativista Estadual Estadual 8884,4 04/09/1995
Resex Aquariquara Reserva Extrativista Estadual Estadual 17931,5 04/09/1995
Resex Castanheira Reserva Extrativista Estadual Estadual 9881,4 04/09/1995
Resex Cedro Reserva Extrativista Estadual Estadual 2566,6 08/10/1996
Resex Curralinho Reserva Extrativista Estadual Estadual 1755,6 14/07/1995
Resex Freijó Reserva Extrativista Estadual Estadual 600,4 04/09/1995
Resex Garrote Reserva Extrativista Estadual Estadual 785,8 04/09/1995
Resex Ipê Reserva Extrativista Estadual Estadual 815,5 04/09/1995
Resex Itauba Reserva Extrativista Estadual Estadual 1749,6 04/09/1995
Resex Jatobá Reserva Extrativista Estadual Estadual 1255,4 21/12/1998
Resex Maracatiara Reserva Extrativista Estadual Estadual 8587,7 04/09/1995
Resex Massaranduba Reserva Extrativista Estadual Estadual 5565,9 04/09/1995
Resex Mogno Reserva Extrativista Estadual Estadual 2450,3 04/09/1995
Resex Pacaás Novos Reserva Extrativista Estadual Estadual 350616,4 14/07/1995
Resex Pedras Negras Reserva Extrativista Estadual Estadual 126483,1 14/07/1995
Resex Pequiá Reserva Extrativista Estadual Estadual 1448,9 04/09/1995
Resex Rio Cautário Reserva Extrativista Estadual Estadual 225584,8 08/08/1995
Resex Rio Jaci Pa-
raná Reserva Extrativista Estadual Estadual 197362,2 17/01/1996
Resex Rio Preto Ja-
cunda Reserva Extrativista Estadual Estadual 119275,5 17/01/1996
Resex Roxinho Reserva Extrativista Estadual Estadual 984,5 04/09/1995
Resex Seringueiras Reserva Extrativista Estadual Estadual 544,3 04/09/1995
Resex Sucupira Reserva Extrativista Estadual Estadual 3188,0 21/12/1998
O Estado de Rondônia apresenta 19 Terras Indígenas as quais somam cerca de
4.843.752,37 hectares o que equivale a 20,39% do território estadual. Estão sob gestão da Fun-
dação Nacional do Índio (FUNAI) (Tabela 3).
Tabela 3 – Terras indígenas do Estado de Rondônia
26
Terras indígenas
Nomes Grupos Indígenas
População To-
tal
Área (hecta-
res)
IgarapÚ Lage Pakaa-Nova 314 107398,3
Igarape Lourdes GaviÒo 500 195599,7
IgarapÚ RibeirÒo Pakaa-Nova 193 47881,1
Karipuna Karipuna 30 153482,9
Karitiana Karipuna 130 87029,2
Kaxarari Kaxarari 191 48868,8
Kwazá do Rio São Pe-
dro Kwazß/AikanÒ 18 16795,9
Massaco Isolados 0 419513,4
Pacaas Novas Pakaa-Nova 861 286132,3
Parque do Aripuana Cinta Larga 244 668428,2
Rio Branco Makurap e Tupari 320 236138,7
Rio GuaporÚ Jaboti e Makurap 386 116500,5
Rio Mequens Makurap e Sakiriabar 89 107443,4
Rio Negro Ocaia Pakaa-Nova 386 105042,8
Roosevelt Cinta Larga 344 144827,5
Sagarana Pakaa-Nova 234 18943,0
Sete de Setembro Surui 694 100431,3
Tubarão LatundÛ Aikana e Latunde 160 116687,2
Uru-Eu-Wau-Wau Uru-Eu-Wau-Wau e Uru-Pa-In 1200 1866608,2
Área total 4843752,37
6.3 BASE DE DADOS
Os dados de desmatamento dos anos 1997 e 2000 a 2014 foram obtidos do Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), produzido pelo Projeto PRODES, disponibilizado em
formatos vetorial e matricial (geotiff), em Sistema de Coordenadas Geodésicas e Datum WGS
84.
O PRODES estima as taxas de desflorestamento e estabelece a estação seca associada a
cada imagem e faz a compensação temporal de todos os incrementos, para a mesma data de
27
referência. As imagens utilizadas são do Landsat-5 TM, com resolução espacial de 30 metros e
taxa de revisitação de 16 dias. Geralmente as imagens do ano de interesse são escolhidas entre
os meses de julho, agosto e setembro, quando apresentam menor cobertura de nuvens. Segundo
PIONTEKOWSKI et al. (2013) os mapeamentos do desmatamento realizados pelo PRODES
estão na ordem de 0,87 de acurácia global.
6.4 MÉTODOS
Os dados do Projeto PRODES contemplam as classes: ‘Floresta’, ‘Desflorestamento,
‘Não Floresta’ (outras formações vegetais, como o Cerrado), ‘Nuvens’, ‘Hidrografia’ e ‘Resí-
duo’ (desmatamento não detectado ocorrido no ano anterior). Para efeito das análises neste
estudo, as classes ‘Desflorestamento’ e ‘Resíduo’ (incorporado no ano anterior ao ano mape-
ado) foram unidas e as demais classes não foram consideradas nesta análise.
Afim de quantificar o desmatamento nas Unidades de Conservação e Terras Indígenas
os dados foram avaliados em termos absolutos e relativos em relação a área total de cada uni-
dade (TI e UC). Os valores relativos postos em uma classificação de maior para menor são
utilizados para verificar as áreas críticas. Estas para as UC compreende valores acima de 50%
e para TI valores acima de 0,50% de desmatamento
O desmatamento nas UC foi separado para as diferentes categorias de manejo. Para
avaliar a situação geral das Unidades de Conservação, foram criadas 4 classes percentuais de
desmatamento para cada UC. Os intervalos variaram de 0% a 100%, em intervalos de 25% de
desmatamento.
Para a construção da analise temporal, os dados foram manipulados de forma acumu-
lativa (isto é, somados de cada ano consecutivo) para todas as áreas protegidas da área de es-
tudo.
O aplicativo computacional utilizado para manipulação e geração dos resultados foi o
software ArcMap®, que é a aplicação central do sistema ArcGIS®, versão 10.1, fornecido pelo
Departamento de Engenharia Florestal. Também foi utilizado o software Microsoft Excel do
pacote Microsoft Office 2013 para a geração das tabelas e dos gráficos.
7. RESULTADOS E DISCUSSÃO
28
7.1 DESMATAMENTO NAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO
O desmatamento quantificado nas 65 Unidades de Conservação (Apêndice I) eviden-
ciaram que 51 UC apresentam percentual de desmatamento abaixo de 25%. Os valores abso-
lutos mínimos e máximos de desmatamento nestas UC são de 0 e 17.918,2 hectares, respecti-
vamente. No intervalo de 25 % a 50% de área desmatada, foram identificadas 5 UC, com valo-
res absolutos mínimos e máximos de 202,6 e 62.689,4 hectares, respectivamente. No intervalo
de 50 % a 75 % de desmatamento, outras 5 UC foram identificadas, com valores absolutos
mínimos e máximos de 154,1 e 85.372,2 hectares, respectivamente. Por fim, quatro UC apre-
sentam total de área desmatada entre 75 % e 100%, com valores absolutos mínimo e máximo
de 18,5 e 856,6 hectares, respectivamente (Tabela 4).
Tabela 4 - Separação das UC’s em intervalos relativos de desmatamento.
Em análise individual do desmatamento por UC e em termos absolutos para cada ano
do período de estudo, destacaram-se os anos de 2004 e 2007, que apresentam total de desmata-
mento dentro das UC de 29.161,7 e 31.578,2 hectares, respectivamente (ver Figura 2). É im-
portante observar que o total do desmatamento apresentado para o ano de 1997 se refere ao total
acumulado até aquela data, que foi a primeira estimativa conduzida pelo Projeto PRODES.
Intervalos percentuais (%) Número de Unidades de Conservação Valores absolutos (ha)
0 - 25 51 0 - 17918,2
25 - 50 5 202,6 - 62689,4
50 - 75 5 154,1 - 85372,2
75 - 100 4 18,5 - 856,6
29
Figura 2 - Desmatamento anual absoluto dos anos 1997 e 2000 a 2014 em todas as
Unidades de Conservação .
Estima-se ainda que uma média anual de 16.193 hectares de áreas foi desmatada dentro
de UC para o período em estudo (Figura 3).
Figura 3 - Desmatamento anual acumulado de 1997 e de 2000 a 2014 em todas as Unidades
de Conservação.
Na divisão do desmatamento pela categoria de manejo (Tabela 5) observamos que para
as Unidades de Conservação de Uso Integral os Parques Estaduais apresentaram maiores valo-
res de desmatamento, 11.026,9 hectares. Geralmente as UC estaduais são menos efetivas em
inibir o desmatamento do que as federais como também comentado por VITEL et al. (2009)
30
Já para as de Uso Sustentável as Áreas de Proteção Ambiental apresentaram desmata-
mento absoluto de 88.370,9 hectares. Isso demonstra que essas áreas não estão sendo utilizadas
de maneira sustentável pois nelas há a possibilidade de ocupação humana desde que as ativida-
des sejam adequadas e de baixo impacto o que de fato não ocorre.
Tabela 5 – Desmatamento absoluto e relativo por categoria de manejo
Categorias de manejo Quantidade Área total
(há) Abso-
luto (ha) Relativo (%)
Proteção integral:
Estação Ecológica Federal 3 184969,9 857,8 0,5
Estação Ecológica Estadual 2 158968,9 3549,0 2,2
Reserva Biológica Federal 3 548664,6 10466,3 1,9
Reserva Biológica Estadual 2 86181,2 84,4 0,1
Parque Nacional 4 1283918,4 5624,3 0,4
Parque Estadual 3 668804,5 11026,9 1,6
Parque Municipal 7 2432,5 820,7 33,7
Total 24 2933940 32429 1,1
Uso Sustentável:
Floresta Nacional 3 534508,9 24829,8 4,6
Reserva Extrativista Federal 3 358184,5 18186,2 5,1 Uso Sustentável:
Reserva Extrativista Estadual 22 1088317,7 80467,2 7,4
Reserva do Patrimônio público nacional 3 90,5 31,0 34,2
Área de Proteção Ambiental 2 149970,5 88370,9 58,9
Floresta Estadual de Rendimento Sustentável 8 167086,1 14778,7 8,8
Total 41 2298158 226664 9,862847339
7.2 ÁREAS CRÍTICAS DE DESMATAMENTO
Os dados desta análise indicam que a Floresta Estadual de Rendimento Sustentável Ara-
ras e Periquitos (Figura 4), no município de Machadinho d´Oeste e a Floresta Nacional do Bom
Futuro (Figura 5), no município de Porto Velho, foram as que apresentaram maior área de des-
matamento em seus territórios.
31
Figura 4 - Localização das Floresta Estadual de Rendimento Sustentável Araras e
Floresta Estadual de Rendimento Sustentável Periquitos.
Figura 5 - Localização da Área de Proteção Ambiental/ Floresta Estadual de Rendimento
Sustentável Rio Pardo e da Floresta Nacional Bom Futuro.
Em análise específica, observou-se que 75,5% da área total da Floresta Estadual de Ren-
dimento Sustentável Periquitos, criada 1996, foram desmatados até 2014 (Apêndice I). Para se
ter ideia, 280 hectares foram desmatados em apenas um ano (2005) dentro desta UC (Figura 6).
32
Figura 6 - Desmatamento absoluto anual em hectares para a Floresta Estadual de
Rendimento Sustentável Periquitos.
Relativamente, esta Floresta Estadual foi a que mais desmatou no período de análise
(Figura 7).
Figura 7 - Desmatamento relativo anual da Floresta Estadual de Rendimento Sustentável
Periquitos
Ao longo do período de análise, os maiores aumentos relativos do desmatamento para
a FERS Periquitos ocorreram entre 2000 a 2005, passando de 5,1 hectares para 294,4 hectares.
Isto equivale a um aumento de quase 6000% em apenas 5 anos.
33
Figura 8 - Valores acumulativos do desmatamento em hectares para a Floresta Estadual
de Rendimento Sustentável Periquitos.
Esse aumento substancial observado para os anos seguintes a 2005 segue a tendência
de outras Florestas Estaduais de Rendimento Sustentável para esse mesmo período. Segundo o
GRUPO DE TRABALHO AMAZÔNICO (2008), houve um acréscimo de 1.314% na área total
desmatada nas Florestas Estaduais de Rendimento Sustentável Cujubim e Machadinho para o
período de 2003 a 2006. Esse fato está ligado especialmente às ações de grilagem, retirada ilegal
de madeira e de políticas estaduais ineficientes.
A segunda Unidade de Conservação com alto índice relativo de desmatamento neste
estudo é a Floresta Estadual de Rendimento Sustentável Araras. Esta FERS foi criada em 1996
e possui uma área total de 1.068,9 hectares, o que equivale a 0,02% do total de UC em Rondô-
nia.
Os resultados desta análise mostram ainda que a soma dos valores de todos os anos, a
FERS Arara foi a mais desmatada no período de 2013 (Figura 9), apresentando 15% de desma-
tamento dentro desta UC (Figura 10).
34
Figura 9 - Desmatamento absoluto anual em hectares para a Floresta Estadual de
Rendimento Sustentável Araras.
Figura 10 - Desmatamento relativo anual da Floresta Estadual de Rendimento Sustentável
Araras.
A construção temporal demostra a tendência de aumento do desmatamento dentro dessa
UC de Rondônia, iniciada de forma significativa a partir do ano de 2005. O aumento do des-
matamento entre 2012 a 2013 foi de 102,3 hectares, passou de 58,8 hectares para 161,0 hectares
(Figura 11).
35
Figura 11 - Valores acumulativos do desmatamento em hectares para a Floresta Estadual
de Rendimento Sustentável Araras.
As áreas Área de Proteção Ambiental/ Floresta Estadual de Rendimento Sustentável
Rio Pardo e Floresta Nacional do Bom Futuro foram analisadas de forma conjunta, pois até
2010 eram o mesmo território.
A Floresta Nacional do Bom futuro foi concebida pelo Decreto n° 96.188, de 21 de
junho de 1988, possuindo uma área de 280.000 hectares. Assim como mostra o GRUPO DE
TRABALHO AMAZÔNICO (2008), ela surgiu concomitante ao PLANAFORO (Plano Agro-
pecuário e Florestal de Rondônia) e desde a sua criação sofreu inúmeras investidas de grileiros,
pecuaristas, donos de madeireiras, invasores e ausência de poder público local. Essas ações
tornaram-se mais efetivas a partir do ano de 2000, onde criou-se uma vila dentro dessa unidade,
denominada Vila Rio Pardo.
Ainda por esse grupo os órgãos federais, como o IBAMA, tentaram por inúmeras vezes
desocupar as áreas dessas FLONA, porem as investidas do governo não foram capazes de frear
o desmatamento crescente na região. Após anos de embate entre governo e ocupantes ilegais
em 2010, a região em seu auge de invasão é reduzida de 280.000 para 97.357 hectares pela Lei
nº 12.249 em 11 de junho, uma perda de 190.000 hectares, correspondentes a mais de 65% de
toda sua área original (PIONTEKOWSKI et al., 2013). Na área de entorno foram criadas duas
unidades de conservação a APA (Área de Proteção Ambiental) do Rio Pardo e a FERS (Floresta
Estadual de Rendimento Sustentável) do Rio Pardo por meio da Lei complementar nº 581 de
30 de junho de 2010 (NOVAIS, 2013).
A partir de todo esse cenário temos valores absolutos anuais de desmatamento altos
para o ano de 2007. O total desmatado na Unidade Rio Pardo foi de 11.785,5 hectares e Bom
36
Futuro de 2.898,2 hectares (Figura 12). Taxas equivalentes a 7,5% e 3,0% para esse ano (Figura
13).
NOVAIS et. al., (2013) discorre sobre os recursos naturais e a invasão antrópica no
território da Floresta Nacional do Bom Futuro, considerando a sua redução em 2010. O estudo
demonstrou um crescente aumento da ocupação humana junto a práticas de queimadas, as quais
são responsáveis pela diminuição da vegetação, principalmente para os anos 1996 a 2010. E ao
final conclui que a repartição dessa FLONA não contribuiu para a manutenção dos recursos
naturais.
Figura 12 - Desmatamento absoluto anual em hectares para a Área de Proteção Ambiental
/ Floresta Estadual de Rendimento Sustentável Rio Pardo e Floresta Nacional Bom
Futuro.
37
Figura 13 - Desmatamento relativo anual em hectares para a Área de Proteção Ambiental
/ Floresta Estadual de Rendimento Sustentável Rio Pardo e Floresta Nacional Bom
Futuro.
7.3 DESMATAMENTO NAS TERRAS INDÍGENAS
O Desmatamento nas Terras Indígenas foi mensurado para os 19 territórios (Apêndice
II). De um modo geral, percebe-se que em relação às Unidades de Conservação os territórios
indígenas apresentam menores valores de desmatamento, tanto em valores absolutos como re-
lativos.
O ano de 2000 apresentou 7.394,546 hectares desmatados (Figura 14). Excetua-se o
ano de 1997 nessa análise devido ao desmatamento cumulativo de anos anteriores.
38
Figura 14 - Valores anuais de desmatamento observados em todas as Terras Indígenas
7.4 ÁREAS CRÍTICAS DE DESMATAMENTO
As três Terras indígenas que apresentam valores significativos de desmatamento são
as seguintes: Sete de Setembro, Saragana e Kwazá do Rio São Pedro. Até 2014 as taxas de
desmatamento foram de 3,6%, 6,6% e 4,0% (Apêndice II).
Possuem um território de 100.431,3, 18.943,0 e 16.795,9 hectares, respectivamente,
os quais somados representam 2,81% da área total de Terras Indígenas no Estado de Rondônia
(Figura 15).
39
Figura 15 - Localização das Terras Indígenas Kawazá do Rio São Pedro, Saragana e Sete
de Setembro.
A ano de 2000 apresentou os maiores valores de desmatamento, Sete de Setembro com
536,94 hectares, Saragana com 213,48 hectares e Kawazá do Rio São Pedro 204,48 hectares
(Figura 16). As taxas para esse mesmo ano são de 0,53%, 1,12% e 1,21% respectivamente
(Figura 17).
Para os valores acumulativos de desmatamento (Figura 18) observamos a tendência a
valores constantes desmatados em Terras Indígenas, sem variação significativas de um ano a
outro.
40
Figura 16 - Desmatamento anual em hectares para as Terras Indígenas Sete de Setembro,
Saragana, Kawazá do Rio São Pedro.
Figura 17 - Desmatamento percentual em relação as áreas das Terras Indígenas Sete de
Setembro, Saragana, Kawazá do Rio São Pedro.
41
Figura 18 - Desmatamento anual acumulado para as Terras Indígenas Sete de Setembro,
Saragana, Kawazá do Rio São Pedro.
7.5 PERSPECTIVA DAS ÁREAS PROTEGIDAS
A eficiência das Unidades de Conservação e Terras Indígenas foi mostrada no estudo
do FERREIRA (2007) para uma proporção de 6377 áreas desmatadas dentro e fora dessas áreas
protegidas. Os valores que o autor encontra no estudo foi cerca de dez a vinte vezes menor do
que nas regiões fora delas. Portanto as Áreas Protegidas são de suma importância a conservação
do bioma amazônico entretanto o desmatamento ilegal como demostrado neste estudo é cres-
cente especialmente nas Unidades de Conservação.
Para RIBEIRO et al. (2005) isso deve-se principalmente pela falta de Planos de Ma-
nejos adequados e fiscalização estratégica por parte dos agentes públicos do Estado. Já as Terras
Indígenas apesar dos conflitos crescentes nessas áreas o desmatamento tem-se mantido uni-
forme.
No contexto das UC, destaca-se a Floresta Nacional do Bom Futuro que sofreu ao
longo de sua criação perdas substanciais de seu território, e ainda continua sob eminente ameaça
devido a ações contínuas, principalmente por grileiros e pecuaristas, os quais são fomentados
pela fraca ação punitiva do Estado frente aos crimes ambientais que praticam. A Flona do Bom
Futuro já foi reduzida de tamanho e mesmo assim, continua sendo descaracterizada de sua des-
tinação de uso original (manejo e uso florestal).
Essas analises corroboram com o estudo realizado por PIONTEKOWSKI et. al.,
(2013) que constatam o aumento substancial do desmatamento dentro das Áreas Protegidas em
42
Rondônia, principalmente para os períodos de 2002 a 2011 em uma taxa de 400%. E enfatizam
que se essa adição persistir nos próximos períodos, essas áreas podem sofrer degradação, des-
caracterização e até destruição total de seu território. O que levaria a perda de grande parte da
biodiversidade presente na região. Isso pode ocorrer sobretudo com as UC deste trabalho: FERS
Araras, FERS Periquitos APA/ FERS Rio Pardo e FLONA Bom Futuro.
8. CONCLUSÃO
Os períodos que mais houve desmatamento para as Unidades de Conservação foi 2004
e 2007. Para as Terras Indígenas o ano de 2000.
De forma geral, a maior parte dos desmatamentos foram observados dentro das Uni-
dades de Conservação quando comparado com as Terras Indígenas. As Unidades de Conserva-
ção consideradas áreas críticas de desmatamento que requerem medidas urgentes para conten-
ção das ações antrópicas em seus territórios são: Floresta Estadual de Rendimento Sustentável
Araras, Floresta Estadual de Rendimento Sustentável Periquitos, Área de Proteção Ambien-
tal/Floresta Estadual de Rendimento Sustentável Rio Pardo e Floresta Nacional do Bom futuro.
Do mesmo modo, as Terras Indígenas Sete de Setembro, Saragana e Kawazá do Rio
São Pedro também carecem de ações de controle do desmatamento, pois apresentaram processo
iniciado de ocupações irregulares.
43
9. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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48
APÊNDICES
Apêndice I– Desmatamento total observados nas Unidades de Conservação.
Desmatamento Anual
Unidades de Conservação
Área to-
tal 1997 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
APA RIO MADEIRA 5554,1 2607,0 125,3 174,6 18,0 9,0 - 11,5 - 15,5 7,2 - - -
Apa/Fes Rio Pardo 144416,4 2443,9 4504,2 2879,4 5857,7 3399,5 - 9614,5 753,4 9136,1 4281,0 20,6 11785,3 177,5
EE TR╩S IRM├OS 87412,1 - - 6,0 - 1,9 - 3,6 - 1,5 5,4 11,9 - 0,0
Esec CuniÒ I 66381,7 7,6 - 1,1 - - - 7,2 - 30,3 - - - -
Esec CUNI├ I 111946,3 285,6 7,6 27,7 11,9 4,7 - 8,9 - 232,4 140,0 4,5 - -
Esec CuniÒ II 6641,9 - - - - - - - - - - - - -
Esec Samuel 71556,8 2365,1 64,1 15,6 7,9 73,4 - 121,3 18,4 103,0 328,9 16,8 173,4 -
Fers Araras 1068,9 26,7 37,1 0,9 1,6 9,0 - 12,1 - 106,3 33,5 7,3 83,2 -
Fers GaviÒo 456,7 4,5 - 7,2 1,3 - - 3,1 - 21,6 12,4 20,0 24,3 -
Fers Mutum 11101,9 67,3 40,0 22,7 57,9 131,6 - 237,2 - 645,1 664,4 64,6 1057,9 112,7
Fers Periqutos 1134,5 - 5,1 1,8 2,1 8,5 - 47,2 - 294,4 82,8 58,4 108,9 6,5
Fers Rio Machado 96825,4 47,5 25,7 24,6 10,8 523,4 - 45,4 - - - - 278,8 -
Fers Rio Madeira B 51669,9 381,4 365,8 180,0 87,6 85,0 10,8 106,1 6,8 437,4 349,7 113,0 605,3 -
FERS RIO VERMELHO C 4126,6 209,0 127,0 84,2 57,6 103,9 5,4 194,5 - 232,5 35,9 20,2 - 7,3
Fers Tucano 702,1 1,3 - 4,3 7,9 3,1 - 9,0 - - 3,9 4,5 42,1 11,7
Flona Bom Futuro 99488,3 312,8 487,7 93,1 919,5 805,8 - 2355,6 7,1 1536,3 1660,6 23,6 2898,2 287,3
Flona Jacunda 219451,7 169,0 5,1 23,8 199,7 504,2 6,1 545,5 44,3 1260,7 70,1 80,5 248,8 11,4
Flona Jamari 215568,8 6378,4 412,6 143,3 105,8 21,9 151,2 147,7 130,6 131,9 180,2 4,8 - -
Jaru (anexo) 81880,4 69,8 697,1 547,6 1701,1 1885,5 - 1201,1 53,3 1365,6 627,7 225,6 13,3 38,4
49
Desmatamento Anual
Unidades de Conservação
Área to-
tal 1997 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
Morro do Muqui 280,9 59,5 35,6 6,1 52,9 - - - - - - - - -
Omere 241,6 17,9 - 0,1 - 0,8 - - - - - 6,7 - -
P municipal Porto Velho 199,0 3,3 - - - - - - - 2,9 - - - -
P Municipal Porto Velho 192,5 21,8 - - - - - - - 3,4 - - - -
PARNA CAMPOS AMAZONICOS 125106,8 21,6 6,9 1,7 - - - 10,8 - 332,7 853,8 102,7 551,3 -
PARNA MAPINGUARI 172332,1 624,6 27,5 86,3 30,0 93,0 - 256,6 3,4 138,4 52,2 2,4 50,3 -
PARNA Pacaas Novos 692733,3 652,8 154,4 178,7 106,6 82,5 - 55,8 0,6 40,1 1,0 7,0 40,4 20,6
PARNA Serra da Cutia 293746,3 201,7 - 7,7 - - - - - - - - - -
PE Corumbiara 429393,5 195,0 1103,0 122,5 15,5 2903,3 - 2479,2 204,5 829,2 414,4 149,7 133,1 29,8
PE Guajarß-Mirim 203159,3 105,2 16,3 25,0 14,3 35,3 - 49,5 71,2 24,1 9,9 - 30,3 -
PE Serra do Reis 36251,6 703,2 127,6 159,3 178,3 121,7 - 16,7 0,2 75,1 83,2 - 39,6 11,8
PM ARIQUEMES 151,1 151,1 - - - - - - - - - - - -
PM CANA├/ARIQUEMES 42,4 42,4 - - - - - - - - - - - -
PM CORUMBIARA 1325,0 184,6 87,8 7,3 1,5 29,8 - 3,8 - 28,9 - 2,6 7,0 23,3
Rebio Guapore 212798,9 162,6 8,9 151,3 - - - - 39,0 - - - - -
Rebio JARU 253985,3 - 140,7 120,0 223,7 409,2 - 236,7 29,2 1,0 - - - -
Rebio Rio Ouro Preto 61487,5 4,0 - 0,2 - - - - 54,4 - - - - -
Rebio Tracadal 24693,7 2,9 - - - 10,1 - - - - - - - -
Resex Angelim 8884,4 105,9 64,2 - 100,6 - - 3,7 - 11,1 1,7 0,6 4,6 19,4
Resex Aquariquara 17931,5 122,4 91,9 51,5 105,2 111,4 - 41,1 - 16,3 3,2 35,8 52,0 24,6
Resex Barreiro das Antas 105631,4 48,6 - - - 2,4 - - 2,2 - - - - -
Resex Castanheira 9881,4 88,5 42,7 34,2 13,2 27,4 - 42,7 - 3,6 - 9,6 2,8 -
Resex Cedro 2566,6 136,2 13,4 10,3 23,9 0,3 - 6,2 - 0,1 34,6 4,8 7,3 -
Resex CuniÒ 51997,1 85,3 - 19,1 - 7,9 - 26,1 - 58,4 - 10,6 - -
Resex Curralinho 1755,6 60,8 1,6 1,2 - 8,6 - 15,3 - 0,6 - - - 1,8
Resex Frej¾ 600,4 19,5 1,7 1,1 2,6 13,5 - - - - - 0,2 - -
Resex Garrote 785,8 7,8 1,8 2,5 - - - - - - - - - -
50
Desmatamento Anual
Unidades de Conservação
Área to-
tal 1997 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
Resex IpÛ 815,5 3,1 4,9 6,1 - - - - - 0,1 - - 7,2 3,5
Resex Itauba 1749,6 36,7 11,8 - 4,3 12,1 - - - - - - - -
Resex Jatobß 1255,4 121,7 80,0 - 3,1 35,8 - 8,3 - - - 13,1 2,9 -
Resex Maracatiara 8587,7 123,5 24,5 4,6 2,3 8,3 - 0,6 3,5 1,3 - 0,4 3,0 -
Resex Massaranduba 5565,9 46,0 22,7 8,8 9,5 27,6 - 3,8 - - 1,2 0,2 - -
Resex Mogno 2450,3 19,3 9,4 0,4 18,1 23,0 - 1,9 - 9,1 - 1,5 - -
Resex Ouro Preto 200556,0 6970,5 3320,0 1016,2 137,2 1019,1 - 1580,9 - 1098,6 390,4 139,0 267,5 61,5
Resex Pacaas Novos 350616,4 1081,8 433,6 161,6 10,1 52,2 - 146,3 9,2 9,5 - 35,5 9,2 16,8
Resex Pedras Negras 126483,1 52,6 51,1 - - - - - - - - - - -
Resex Piquß 1448,9 8,9 57,1 1,8 12,6 14,8 - 0,3 - 2,0 - - - -
Resex Rio Cautario 225584,8 1801,0 603,0 308,5 276,9 453,8 - 143,8 9,0 54,3 173,1 96,1 143,3 70,0
RESEX RIO JACI-PARAN┴ 197362,2 487,0 284,9 444,2 507,7 1445,0 - 6526,7 40,8 8065,2 7686,8 58,4 11636,1 234,8
Resex Rio Preto Jacunda 119275,5 286,2 59,5 2,5 36,7 397,7 - 1331,6 1,4 387,4 278,5 76,5 82,0 17,8
Resex Roxinho 984,5 5,4 5,9 13,6 - 9,3 - 0,1 - 6,3 12,0 3,1 - -
Resex Seringueiras 544,3 12,8 10,1 11,9 - 0,1 - - - - - 5,4 - -
Resex Sucupira 3188,0 72,5 45,7 17,5 26,9 45,5 - 18,8 - 6,5 - 0,0 - 0,3
RPPN GibeÒo 31,3 1,0 2,8 - - - - - - - - - - -
RPPN IrmÒos Satelis 40,7 8,4 0,3 - - - - - - - - - - -
RPPN NOVA AURORA 18,5 18,5 - - - - - - - - - - - -
SobreposiþÒo 8906,9 - - - - - - - - - - - - -
Continuação do Apêndice I- Desmatamento total observados nas Unidades de Conservação.
Desmatamento Anual
Unidades de Conservação
Área to-
tal 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 Soma Porcenta-gem
APA RIO MADEIRA 5554,1 13,1 - 16,0 - - - - - - - - 1,5 - 2998,8 54,0
51
Desmatamento Anual
Unidades de Conservação
Área to-
tal 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 Soma Porcenta-gem
Apa/Fes Rio Pardo 144416,4
2617,
5 -
952,
1 79,
1
1947,
9 29,
2
7124,
7 36,
2
2927,
1
8268,
3 12,
9
6523,
9 -
85372,
2 59,1
EE TR╩S IRM├OS 87412,1 - - - - - - - - 2,6 3,0 - - - 35,8 0,0
Esec CuniÒ I 66381,7 7,2 - - - - - 14,3 - - 16,7 - - - 84,3 0,1
Esec CUNI├ I 111946,3 - - - - - - - - 50,3 - - - - 773,4 0,7
Esec CuniÒ II 6641,9 - - - - - - - - - - - - - 0,0 0,0
Esec Samuel 71556,8 225,4 - - - - - - - - - - - - 3513,2 4,9
Fers Araras 1068,9 43,4 - 29,3 - 64,8 - 47,4 - 58,8 161,0 - 34,3 - 757,0 70,8
Fers GaviÒo 456,7 - - 11,1 - - - - - 67,1 21,7 - 8,3 - 202,6 44,4
Fers Mutum 11101,9 304,2 -
327,
1 - 650,9 - 366,4 - 320,1 755,8 - 750,6 - 6576,4 59,2
Fers Periqutos 1134,5 43,2 - 95,8 - 25,5 - 33,5 - - 29,9 13,
0 - - 856,6 75,5
Fers Rio Machado 96825,4 39,9 - - - 3,3 - - 4,4 - - - - - 1003,9 1,0
Fers Rio Madeira B 51669,9 233,8 - 30,9 10,
1 14,0 - 25,3 6,3 380,5 455,7 - 29,2 - 3914,6 7,6
FERS RIO VERMELHO C 4126,6 59,2 - - - 21,0 - 7,8 - 17,4 - - - - 1183,0 28,7
Fers Tucano 702,1 9,2 - 37,9 - 16,7 - 22,4 - - 87,8 - 23,0 - 284,7 40,5
Flona Bom Futuro 99488,3 723,7 -
251,
0 47,
9 155,2 - 214,9 40,
5 105,4 429,2 - 145,9 10,
4
13511,
9 13,6
Flona Jacunda 219451,7 138,1 - - 19,
6 - - 7,2 - - - - 3,7 13,
8 3351,6 1,5
Flona Jamari 215568,8 112,7 - 17,7 15,
8 11,3 - - - - - - 0,5 - 7966,4 3,7
Jaru (anexo) 81880,4 157,4 - 81,6 - 17,5 - 28,0 - 11,7 - - - 8722,4 10,7
Morro do Muqui 280,9 - - - - - - - - - - - - 154,1 54,9
Omere 241,6 - - - - - 10,
4 - - - - - - 35,9 14,9
P municipal Porto Velho 199,0 4,2 - - - - - - - - - - - 10,4 5,2
P Municipal Porto Velho 192,5 - - - - - - - - - - - - 25,2 13,1
52
Desmatamento Anual
Unidades de Conservação
Área to-
tal 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 Soma Porcenta-gem
PARNA CAMPOS AMAZONI-
COS 125106,8 110,7 - - - 7,9 - 126,8 - - 40,1 - - 2167,0 1,7
PARNA MAPINGUARI 172332,1 80,2 - 4,4 - 10,2 2,8 0,4 - - 294,1 - - 1756,9 1,0
PARNA Pacaas Novos 692733,3 22,0 - 6,0 8,7 - - - - 11,3 - - - 1388,5 0,2
PARNA Serra da Cutia 293746,3 7,4 - - - - - - - - 95,1 - - 311,9 0,1
PE Corumbiara 429393,5 0,3 - 11,8 - 10,1 - - 9,5 - 60,3 - - 8671,3 2,0
PE Guajarß-Mirim 203159,3 3,7 - - - 0,1 - 1,4 - 31,8 - - 345,2 763,2 0,4
PE Serra do Reis 36251,6 21,9 - - - - - - - 47,0 6,7 - - 1592,4 4,4
PM ARIQUEMES 151,1 - - - - - - - - - - - - 151,1 100,0
PM CANA├/ARIQUEMES 42,4 - - - - - - - - - - - - 42,4 100,0
PM CORUMBIARA 1325,0 12,7 - - - - - - - 8,1 - - 4,2 401,6 30,3
Rebio Guapore 212798,9 151,9 - 48,4 - - - - - - 10,9 - - 573,0 0,3
Rebio JARU 253985,3 10,4 - - - - - - - - - - - 1171,0 0,5
Rebio Rio Ouro Preto 61487,5 - - - - - - - - - 12,9 - - 71,5 0,1
Rebio Tracadal 24693,7 - - - - - - - - - - - - 13,0 0,1
Resex Angelim 8884,4 3,1 - - - - - 1,6 - 5,8 162,3 - 15,2 499,9 5,6
Resex Aquariquara 17931,5 - - 24,6 - - - 1,7 - 2,3 - - 1,0 685,0 3,8
Resex Barreiro das Antas 105631,4 7,3 - - - - - - - - - - - 60,5 0,1
Resex Castanheira 9881,4 - - 0,9 - - - - - - - - 11,1 276,8 2,8
Resex Cedro 2566,6 - - 20,4 - - - - - - - - - 257,3 10,0
Resex CuniÒ 51997,1 - - - - - - - - - - - - 207,5 0,4
Resex Curralinho 1755,6 1,8 - - - - - - - - - - - 91,7 5,2
Resex Frej¾ 600,4 - - 4,4 - - - - - - - - - 43,0 7,2
Resex Garrote 785,8 - - - - - - - - - - - - 12,1 1,5
Resex IpÛ 815,5 - - 22,0 - - - - - - - - - 47,0 5,8
Resex Itauba 1749,6 - - - - - - - - - 0,7 - - 65,6 3,7
Resex Jatobß 1255,4 0,1 - - - - - - - - - - - 264,9 21,1
53
Desmatamento Anual
Unidades de Conservação
Área to-
tal 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 Soma Porcenta-gem
Resex Maracatiara 8587,7 0,1 - - - - - 1,8 - 2,2 8,7 - - 184,9 2,2
Resex Massaranduba 5565,9 2,3 - - - - - - - - - - 0,2 122,3 2,2
Resex Mogno 2450,3 - - - - - - - - - - - - 82,8 3,4
Resex Ouro Preto 200556,0 601,4 -
294,
3 - 82,8 - 137,9 - 126,7 431,1 - 243,0
17918,
2 8,9
Resex Pacaas Novos 350616,4 32,1 - - - 14,0 - - - - 33,0 - 6,4 2051,1 0,6
Resex Pedras Negras 126483,1 7,9 - 15,8 - - - 51,5 - 13,4 - - - 192,3 0,2
Resex Piquß 1448,9 - - 3,6 - - - - - - 0,6 - 3,0 104,9 7,2
Resex Rio Cautario 225584,8 212,4 - 24,5 50,
3 60,9 - 61,0 - 6,9 604,7 - 9,2 5162,9 2,3
RESEX RIO JACI-PARAN┴ 197362,2
1383,
0 6,
3
615,
8 31,
8
3886,
1 24,
7
5393,
7 37,
0
1926,
2
5355,
4 16,
1
6595,
8
62689,
4 31,8
Resex Rio Preto Jacunda 119275,5 254,8 - 85,3 - 190,0 - 502,8 - 585,8
1130,
2 -
1596,
8 7303,4 6,1
Resex Roxinho 984,5 - - - - - - - - - - - - 55,8 5,7
Resex Seringueiras 544,3 - - - - - - - - - - - - 40,3 7,4
Resex Sucupira 3188,0 - - - - - - - - - - - - 233,7 7,3
RPPN GibeÒo 31,3 - - - - - - - - - - - - 3,8 12,0
RPPN IrmÒos Satelis 40,7 - - - - - - - - - - - - 8,7 21,4
RPPN NOVA AURORA 18,5 - - - - - - - - - - - - 18,5 100,0
SobreposiþÒo 8906,9 - - - - - - - - - - - - 0,0 0,0
54
Apêndice II- Desmatamento total observado nas Terras Indígenas.
Terras Indígenas Área total Desmatamento Anual
1997 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
Kwaza do Rio São Pe-
dro 16795,91 102,89 204,48 29,16 - - 6,48 35,52 57,07 - - 7,08 - 35,97 -
Sagarana 18942,98 658,28 213,48 18,36 15,84 30,30 68,91 3,48 129,92 0,46 3,29 8,52 - 12,59 -
Igarapú Ribeirão 47881,15 722,78 190,77 40,99 - 21,09 21,22 2,52 43,64 24,84 - 1,54 - - -
Kaxarari 48868,77 267,91 188,31 84,65 53,34 22,34 29,19 - 45,05 36,81 - - - - -
Karitiana 87029,17 340,76 24,21 41,45 9,58 - 42,30 - 16,57 - - 44,38 7,20 40,71 -
Sete de Setembro 100431,28 1538,44 536,94 48,14 111,63 63,09 128,47 18,68 121,81 10,60 46,06 304,95 27,88 60,77 2,19
Rio Negro Ocaia 105042,80 706,74 221,98 58,82 17,28 25,92 11,52 - - 27,27 14,70 - - 7,21 -
IgarapÚ Lage 107398,30 2394,96 434,16 112,29 41,06 115,52 193,27 35,15 103,78 11,73 12,01 29,41 - 78,35 -
Rio Mequens 107443,35 3495,41 40,08 34,97 - 28,02 16,53 95,25 3,56 38,79 7,98 9,18 - 6,84 -
Rio Guaporú 116500,51 904,49 114,32 130,22 - 23,40 28,80 23,76 64,71 - 48,34 - 36,81 50,62 -
Tubarão Latundu 116687,21 1295,35 44,62 23,76 - 57,40 108,93 53,64 99,19 4,37 1,48 77,62 73,51 17,13 -
Roosevelt 144827,52 1555,17 657,04 200,70 30,55 285,55 321,99 50,73 109,39 23,20 9,67 90,87 17,61 36,04 -
Karipuna 153482,87 266,67 41,63 94,46 - 13,37 44,54 - 65,82 1,40 - 47,33 - 5,37 -
Igarape Lourdes 195599,70 1515,43 1413,73 285,93 229,59 126,27 32,33 24,29 117,07 30,55 121,98 53,41 14,96 94,55 24,56
Rio Branco 236138,72 843,69 750,38 143,74 73,47 247,07 118,69 8,85 109,75 7,42 91,13 29,56 64,27 114,76 -
Pacaás Novas 286132,34 2570,29 232,74 66,07 5,40 145,08 227,51 2,98 291,83 284,00 61,76 103,75 7,98 88,15 -
Massaco 419513,41 1030,41 110,17 - - 6,48 0,03 74,62 0,01 - 2,90 - - 54,52
-
55
Terras Indígenas Área total
Desmatamento Anual
1997 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
Parque do Aripuana 668428,18
1823,2
1 628,24 139,15 59,13 241,14
571,4
5 58,94 119,46 53,66 4,10 67,93 17,10 179,10 10,38
Uru-Eu-Wau-Wau 1866608,19
8110,0
4 1347,26 1068,60 1574,49 629,14
972,1
2 286,33 936,77
154,9
8 14,11 414,72 86,81 236,11 12,25
Continuação do Apêndice II– Desmatamento total anual dentro das Terras Indígenas
Terras Indígenas Área total Desmatamento Anual
2009 2010 2011 2012 2013 2014 Soma
Porcenta-
gem
Kwaza do Rio São Pedro 16795,91 - - - - 17,87 - 170,54 - 8,59 - - - 675,7 4,0
Sagarana 18942,98 - - - - - - 66,68 - 7,01 - 5,32 - 1242,5 6,6
Igarapú Ribeirão 47881,15 16,19 - - - 13,59 - - - 36,72 - 7,04 - 1142,9 2,4
Kaxarari 48868,77 13,19 - - - 60,59 - 9,91 - 38,98 7,64 66,14 10,46 924,1 1,9
Karitiana 87029,17 - - - - - - 168,31 - 120,35 - - - 855,8 1,0
Sete de Setembro 100431,28 155,09 46,78 44,38 - 53,97 - 69,40 - 72,64 - 153,25 - 3615,2 3,6
Rio Negro Ocaia 105042,80 7,71 - - - 6,48 - - - 36,34 8,16 6,62 - 1156,8 1,1
IgarapÚ Lage 107398,30 100,43 8,87 56,18 5,29 37,52 - 7,82 - 70,78 - 60,57 - 3909,2 3,6
Rio Mequens 107443,35 - - - - - - - - 7,50 - - - 3784,1 3,5
Rio Guaporú 116500,51 7,47 - 15,12 - 30,10 - 19,11 - 745,67 - 9,99 - 2253,0 1,9
Tubarão Latundu 116687,21 - - - - - - 22,02 - 8,86 6,36 2,03 - 1896,3 1,6
Roosevelt 144827,52 134,65 - 22,04 - 15,30 - 206,77 - 98,56 - 17,08 - 3882,9 2,7
Karipuna 153482,87 15,49 - 62,15 - 0,86 - 2,69 - 11,59 - 8,89 - 682,3 0,4
Igarape Lourdes 195599,70 396,77 - 27,69 53,94 16,77 - 130,75 - 209,96 - 24,58 - 4945,1 2,5
Rio Branco 236138,72 15,14 7,29 25,24 - 43,18 - 25,16 - 141,93 25,22 23,52 - 2909,4 1,2
Pacaás Novas 286132,34 62,23 - 96,34 - 155,46 - 133,47 6,74 10,03 - 35,04 - 4586,8 1,6
Massaco 419513,41 43,94 - - - - - - - - - - - 1323,1 0,3
56
Terras Indígenas Área total Desmatamento Anual
2009 2010 2011 2012 2013 2014 Soma
Porcenta-
gem
Parque do Aripuana 668428,18 13,79 81,35 6,74 9,12 - - 15,47 - 213,99 - 7,66 - 4321,1 0,6
Uru-Eu-Wau-Wau 1866608,19 131,49 17,62 63,68 - 37,72 8,52 110,83 5,01 213,91 - 88,36 - 16520,9 0,9