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www.bancariosbahia.org.br bancariosbahia bancariosbahia Filiado à O BANCÁRIO O único jornal diário dos movimentos sociais no país MANIFESTAÇÃO NO BB ITAPUÃ, SEXTA-FEIRA, ÀS 10H Edição Diária 7373| Salvador, quarta-feira, 17.01.2018 Presidente Augusto Vasconcelos DESMONTE No BB CAB, debate sobre desmonte Agricultura familiar não é prioridade Página 2 Página 4 Rechaçado pelo povo, o governo Temer aumenta a ofensiva contra as empresas públicas, inclusive Banco do Brasil e Caixa. Política neoliberal acaba com os avanços dos últimos anos e devolve o Brasil à condição de colônia. Página 3 Ofensiva neoliberal

DESMONTE Ofensiva - bancariosbahia.org.br · Temer aumenta a ofensiva contra as empresas públicas, inclusive Banco ... pela direção da empresa recen-temente extinguiram em Sal-vador

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Filiado à

O BANCÁRIOO único jornal diário dos movimentos sociais no país

MANIFESTAÇÃO NO BB ITAPUÃ, SEXTA-FEIRA, ÀS 10H

Edição Diária 7373| Salvador, quarta-feira, 17.01.2018 Presidente Augusto Vasconcelos

DESMONTE

No BB CAB,debate sobredesmonte

Agricultura familiar não é prioridade

Página 2 Página 4

Rechaçado pelo povo, o governo Temer aumenta a ofensiva contra as empresas públicas, inclusive Banco do Brasil e Caixa. Política neoliberal acaba com os avanços dos últimos anos e devolve o Brasil à condição de colônia. Página 3

Ofensiva neoliberal

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o bancário• www.bancariosbahia.org.br Salvador, quarta-feira, 17.01.20182 DESMONTE

Sindicato quer abrir negociações para assegurar direitosRenATA [email protected]

manoel porto

Fundado em 30 de outubro de 1939. Edição diária desde 1º de dezembro de 1989 Fundado em 4 de fevereiro de 1933

O BANCÁRIO

BB CAB debate reestruturação

Informativo do Sindicato dos Bancários da Bahia. editado e publicado sob a responsabilidade da diretoria da entidade - Presidente: Augusto Vasconcelos. diretor de Imprensa e Comunicação: Adelmo Andrade.endereço: Avenida Sete de Setembro, 1.001, Mercês, Centro, Salvador-Bahia. CeP: 40.060-000 - Fone: (71) 3329-2333 - Fax: 3329-2309 - www.bancariosbahia.org.br - [email protected] responsável: Rogaciano Medeiros - Reg. MTe 879 dRT-BA. Chefe de Reportagem: Rose Lima - Reg. MTe 4645 dRT-BA. Repórteres: Ana Beatriz Leal - Reg. MTe 4590 dRT-BA e Renata Andrade- Reg. MTe 4409 SRTe-BA . Estagiária em jornalismo: Ilana Pepe e Felipe Iruatã . Projeto gráfico: Márcio Lima. Diagramação: André Pitombo. Impressão: Muttigraf. Tiragem: 10 mil exemplares. Os textos assinados são de inteira responsabilidade dos autores.

OS IMPACTOS da reestrutura-ção sobre o funcionalismo e o enfrentamento do Sindicato dos Bancários da Bahia em relação ao desmonte dos bancos públi-cos orquestrado pelo governo Temer foram temas do encontro entre a entidade e os funcioná-rios do Banco do Brasil do CAB, em Salvador.

Para os empregados, as mu-danças na empresa são sinôni-mo de corte de comissão, des-ligamentos e fechamento de agências, que prejudicam tan-to os trabalhadores quanto os clientes. O SBBA está alerta para defender a categoria contra os desmandos do governo.

Durante a reunião, realiza-da ontem, os funcionários fo-ram alertados sobre os refle-xos da reforma trabalhista e as ações judiciais ingressadas pelo

SBBA para garantir os direitos dos bancários. Destaque para a incorporação de função para os trabalhadores com 10 anos ou mais de cargo comissionado e a ação da 7ª e 8ª horas dos assis-tentes de negócios.

Como a Convenção Coletiva de Trabalho e o acordo aditivo estão em vigor até 1º de setem-bro, o SBBA quer iniciar ainda no primeiro semestre as nego-ciações para proteger os direitos dos trabalhadores. O presidente da entidade, Augusto Vascon-celos, destacou a importância da unidade para garantir vitó-rias contra os ataques sofridos pela categoria.

Os funcionários também fo-ram informados que o Sindica-to da Bahia cobrou à Superin-tendência do BB solução sobre o calor na agência. O banco se comprometeu em enviar equipe de engenharia para solucionar o problema no ar condiciona-do, ontem. A diretora do SBBA, Jussara Barbosa, e o diretor da Federação da Bahia e Sergipe, Fernando Dantas, também par-ticiparam do encontro.

Manifestação na agência do Banco do Brasil Itapuã NA SEXTA-FEIRA, às 10h, o Sindicato dos Bancários da Bahia realiza manifestação no BB Itapuã contra a reestrutu-ração imposta pelo governo Te-mer, que desmonta a instituição para privatizar.

O ato faz parte da mobili-zação nacional que envolve os trabalhadores contra o projeto

neoliberal. A reestruturação di-minuiu o quadro de pessoal, re-tirou comissão e reduziu o nú-mero de agências, prejudicando funcionários e clientes.

As mudanças anunciadas pela direção da empresa recen-temente extinguiram em Sal-vador 19 caixas. Na Bahia, são menos 50.

Centrais unidas pela PrevidênciaCOM um novo gás para a luta em 2018, o Fórum das Centrais Sindicais reafirma o sentimento de força e resistência contra a ameaça de votação da reforma da Previdência, que comprome-te a aposentadoria.

O objetivo do Fórum, que conta com a participação da CTB (Central de Trabalhado-

res e Trabalhadoras do Brasil), é fortalecer as bases contra a proposta. Inclusive, as centrais confirmaram presença no ato, em 1º de fevereiro, contra a re-forma da Previdência e pela va-lorização e independência da Magistratura, organizado pela Anamatra (Associação Nacio-nal dos Magistrados da Justiça).

EDITAL ASSEMBLEIA EXTRAORDINÁRIA ESPECÍFICA

O Sindicato dos Bancários da Bahia inscrito no CNPJ/MF sob o n° 15.245.095/0001-80, Registro Sindical no 100.085.15147-1, por seu presidente abaixo assinado, convoca todos os empregados bancários,

associados ou não, que prestam serviços a BV Financeira S/A , na base territorial deste sindicato, para a assembleia extraordinária es-

pecífica que se realizará no dia 24 de janeiro de 2018, às 17hs, em pri-meira convocação, e às 17h30, em segunda convocação, no endereço situado na Avenida Estados Unidos, nº 397, loja 01, ala A, Comércio, Salvador/BA, CEP: 40010-906, para discussão e deliberação acerca

da seguinte pauta: aprovação do Acordo Coletivo de Trabalho sobre Sistema Alternativo de Controle de Jornada de Trabalho e Acordo Coletivo de Trabalho sobre Programa Próprio de Participação nos

Resultados da BV Financeira S/A.

Salvador, Bahia, 16 de janeiro de 2018.

Augusto Sergio Vasconcelos de OliveiraPresidente

CTB e demais centrais sindicais aumentam a pressão contra a reforma

Sindicato mobiliza os funcionários do BB CAB contra a reestruturação

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o bancáriowww.bancariosbahia.org.br • Salvador, quarta-feira, 17.01.2018 3DESMONTE

Após tentar transformar a Caixa em S.A., agora novo alvo é o Banco do BrasilrOsE LIMA [email protected]

Governo temer mira os bancos públicos

O gOvERNO Temer investe pesado contra os bancos públicos. Depois de tentar trans-formar a Caixa em S.A, se volta com tudo contra o BB, com mais uma reestruturação que prevê o desligamento de funcionários, realocações e criação de novas funções.

Nas agências, centenas de caixas foram extintos, prejudicando a população, sobre-tudo a mais carente. Os escritórios digitais perderam funções de assistentes e ganha-ram de escriturários, que fazem o mesmo

serviço, mas com salário menor. Tem mais. Outros direitos serão perdi-

dos. Tudo garantido pela lei trabalhista. O funcionário que aderir ao desligamento in-centivado, por exemplo, recebe metade do aviso prévio e 80% do saldo do FGTS. Tam-bém não poderá acionar o BB na Justiça.

Não é de hoje que o governo Temer mira o Banco do Brasil. Em 2016, com o plano de “reorganização institucional”, fechou agên-cias, transformou outras em postos de aten-dimento e cortou postos de trabalho.

A previsão inicial era suspender as ati-vidades em 402 unidades, mas, segundo o Dieese, 543 deixaram de prestar atendi-mento. O número de funcionários também caiu drasticamente, saindo de 109.615 para 99.603 entre o primeiro semestre de 2016 e o mesmo período do ano passado.

Conversa com os bancários do CitiEM APOIO aos trabalhadores, o Sindicato dos Bancários da Bahia visita a agência do Citibank Ondina, em Salvador, para bater um papo e esclarecer tudo sobre o procedi-mento de compra da empresa pelo Itaú. O encontro é hoje, às 9h.

Após compra do banco inglês, os funcio-nários estão preocupados com o desenrolar da transação e se as funções e os empregos serão preservados. Os bancários sabem da política das organizações financeiras, que não têm nenhum compromisso social com o país. Tem de ficar de olho mesmo, sobre-tudo em se tratando de Itaú.

A mídia desinformaO BANCáRIO deve ajudar a divulgar a im-portância dos bancos públicos para o de-senvolvimento do país, porque com a gran-de mídia não dá para contar. A campanha dos principais veículos de comunicação é fazer a opinião pública acreditar o contrá-rio. Tentam a todo custo desqualificar as estatais e os trabalhadores.

Nas reportagens falam sobre corrupção nas empresas e esquecem que é um proble-ma de gestão, não do trabalhador. Também fazem a população acreditar que as estatais funcionam como cabide de emprego, sem considerar que a maioria é concursado.

Na Caixa, por exemplo, dos cerca de 87 mil empregados, quase a totalidade é con-cursada. O mesmo acontece com o BB.

Reunião sobre ação do BNB, na sexta O SINDICATO realiza, na sexta-feira, reu-nião com os funcionários do BNB, para tra-tar sobre a ação de equiparação salarial aos bancários do BB. O encontro é às 18h, no auditório da entidade, Mercês.

O Sindicato vai esclarecer o andamento do processo que se arrasta na Justiça há 30 anos. A presença é fundamental.

O BNB faz de tudo para não pagar um direito já reconhecido pelo poder Judiciá-rio. Um descaso denunciado pelo Sindicato

que, inclusive, já foi ao TST (Tribunal Supe-rior do Trabalho), em Brasília, para assegu-rar o pagamento da ação.

Audiência Em 5 de fevereiro, às 10h10, está marcada

audiência de conciliação, no TRT (Tribunal Regional do Trabalho), em Salvador, para tratar do assunto. O Sindicato espera que, desta vez, o BNB demonstre vontade em fa-zer valer o direito do funcionário.

Michel Temer e Henrique Meirelles, o homem dos bancos, aumentam ofensiva contra o BB e a Caixa

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o bancário• www.bancariosbahia.org.br Salvador, quarta-feira, 17.01.20184

SAQUE

AgRICULTURA FAMILIAR

Maior parte da comida não vem do agronegócio, mas dos pequenos produtoresFeLIPe IRuATã[email protected]

o alimento da mesa do brasileiro

ALÉM LULA Um dos mais atuantes cientistas sociais hoje no Brasil, o professor Luís Felipe Miguel, da UnB (Universidade de Brasília), lembra que “o golpe não é con-tra Lula, mas contra a possibilidade de retorno do Brasil à democracia”. Realmente, as decisões politizadas do Judiciário têm objetivos claros: neutralizar as forças progres-sistas e garantir os interesses do golpismo.

UM RISCO A divisão das esquerdas, com o lançamento de muitos candidatos a pre-sidente da República na eleição de outubro próximo – Manuela D Á́vila (PCdoB), Ciro Gomes (PDT) e Guilherme Boulos (PSOL) – pode impedir a vitória de Lula (PT) no primeiro turno. É a opinião do colunista Alex Solnik.

TEM RAZÃO Um dos principais dirigentes do movimento pelo direito à moradia, liderança gestada nas lutas populares, Guilherme Boulos, apontado como provável presidenciável do PSOL, defende a unidade das esquerdas em duas questões que con-sidera fundamentais: a defesa da democracia e o direito de Lula disputar a eleição pre-sidencial de outubro próximo. O Judiciário não pode desrespeitar a vontade popular.

ALvO PT A jornalista Tereza Cruvinel acredita que o processo, inconsistente, con-tra o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Hadad, faz parte de um plano para eliminar alternativas petistas, no caso de Lula ser impedido de disputar a eleição. Se ela estiver certa, o próximo da lista é o ex-governador da Bahia, Jaques Wagner, considerado a terceira opção na lista dos presidenciáveis do PT.

BEM FRágIL Virou moda. Assim como a condenação de Lula por Sérgio Moro, o relatório do delegado da PF João Luiz Moraes Rosa acusando o ex-prefeito de São Pau-lo, Fernando Hadad, de caixa 2 na eleição de 2012, é demasiadamente inconsistente e não apresenta prova alguma. São 32 páginas só de especulação. "O grande legado da Lava Jato é esse: quando se tem convicção, não há necessidade de prova. Basta a intui-ção", ironiza o jornalista Joaquim de Carvalho no Diário do Centro do Mundo.

AO CONTRáRIO do que muita gente pen-sa, a comida que chega à mesa do brasileiro não é do agronegócio, mas sim, da agricul-tura familiar. No Brasil, 70% dos alimentos consumidos pela população são da produ-ção dos pequenos produtores, que plantam para abastecer a família e vendem para so-brevivência. Os dados são do IBGE.

O país tem 4,4 milhões de agricultores fa-miliares, responsáveis por 38% da produção agropecuária brasileira e empregam 74% da força de trabalho no campo, de acordo com a Secretaria Especial de Agricultura Familiar e Desenvolvimento Agrário.

Mas, com esperteza, Temer e a grande mídia escondem. O benefício vai só para o agronegócio. Outros números ajudam a elucidar. O governo anunciou R$ 30 bilhões

de créditos até 2020 para o Plano Safra de Agricultura Familiar, ou seja, R$ 7,5 bilhões ao ano. Para os grandes produtores rurais, que os salvou das denúncias de corrupção e organização criminosa na Câmara Federal, foram liberados R$ 190 bilhões ao ano.

Na Bahia, estado com maior número de agricultores familiares do país, a infor-mação é de que os recursos não chegaram. Os produtores têm sofrido com a queda na renda, impossibilitando o trabalho que ali-menta milhões de brasileiros.

Programas sociais podem reduzir maisAS NOTíCIAS não são boas. O governo deve realizar novos cortes no orçamento para cumprir a meta fiscal prevista para 2018 e, como sempre, a parcela mais pobre da população será prejudicada, enquanto os mais ricos são beneficiados. Levantamento da IFI (Instituição Fiscal Independente) do Senado mostra que o rombo nas contas pú-blicas deve ficar acima dos R$ 159 bilhões.

Os brasileiros vêm sentindo o corte em áreas importantes para a sociedade. O Bol-sa Família, por exemplo, perdeu R$ 1 bilhão entre 2017 e 2018. O governo ainda diminui as ações para a agricultura familiar e para a reforma agrária em 35% e 28%, respectiva-mente. Enquanto isso, Temer perdoa dívi-das bilionárias de grandes empresários.

Governo Temer corta recursos da agricultura familiar e compromete o consumo dos brasileiros

Programas sociais são reduzidos e pobre sofre