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www.vidaeconomica.pt NEWSLETTER N.74 | JUNHO | 2016 FERNANDA SILVA TEIXEIRA [email protected] O antigo Matadouro da cidade do Porto foi o palco escolhido para a apresentação do programa Star- tup Portugal, que será a base da Estratégia Nacional para o Empreendedorismo. Presente no evento, o Primeiro-Ministro anunciou que o objetivo princi- pal deste projeto passa por “fa- zer de Portugal o país europeu mais acolhedor e mais amigo do empreendedorismo e um país que seja verdadeiramente star- tup”. Citando o exemplo da iniciativa Startup Lisboa, lançada durante o seu mandato à frente da Câma- ra Municipal de Lisboa, António Costa adiantou que a estratégia agora apresentada visa “fazer à escala nacional o que cada mu- nicípio fez no seu próprio territó- rio. Este é um trabalho que temos que fazer em conjunto”. Perante uma plateia recheada de jovens empreendedores, o Primeiro-Mi- nistro salientou ainda que “Por- tugal é um dos melhores países para se viver” e pode ser o “mais atrativo e amigo do empreende- dorismo”. Procurando conquistar novos empreendedores e investidores, Costa afirmou acreditar que Por- tugal pode ser “o país da Europa mais acolhedor” para a nova eco- nomia criada pela indústria 4.0, não só pelas medidas do pro- grama agora apresentado, mas porque “nesta economia o fun- damental é o talento e a capa- cidade de o criar, fixar e atrair”. “Gerámos a geração mais qualifi- cada de portugueses” e “não nos Programa Startup Portugal apresentado no Porto Subscreva mais newsletters DESTAQUE INDICE Opinião p. 4 The Phoenix Principle: o surto do Facebook, o deslize da Apple e a estagnação da Chipotle – tem tudo a ver com o crescimento Editorial p. 6 Opinião p. 6 A urgência do Investimento Opinião p. 7 TRIZ e LEAN na gestão das atividades metrológicas na saúde Redes Sociais p. 9-10 • O Top 10 das empresas dos EUA em recursos financeiros • As maiores empresas de “media” do mundo • Mercado global de PC está a encolher • Quais as redes sociais em que os anunciantes podem mais acreditar? • Japão tem atualmente mais estações de recarga elétrica do que bombas de gasolina • Rádio ainda manda na “estrada” • As ambições da Google na nuvem Notícias p. 11-12 • Atualização dos dados estatísticos de I&D • Diretrizes para recolha e divulgação de dados sobre a investigação e o desenvolvi- mento experimental • Será que as novas tec- nologias trazem um forte crescimento económico com oportunidades para todos? • Os artigos científicos devem estar em livre acesso até 2020 Financiar a Inovação p. 13 “Fazer de Portugal o país europeu mais acolhedor e mais amigo do empreendedorismo e um país que seja verdadeiramente startup” é o objetivo anunciado da Estratégia Nacional para o Empreendedorismo, apresentada na passada semana pelo Primeiro- -Ministro, no Porto. Numa sessão em que também esteve presente o ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, e o presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, António Costa explicou que, mais do que fomentar o espírito empreendedor, o que se pretende é apoiar quem já é empreendedor, assegurar a longevidade das empresas e aumentar o seu impacto na criação de emprego e valor económico.

DESTAQUE INDICE Programa Startup Portugal apresentado …damental é o talento e a capa-cidade de o criar, fixar e atrair”. “Gerámos a geração mais qualifi-cada de portugueses”

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NEWSLETTER N.74 | JUNHO | 2016

FERNANDA SILVA TEIXEIRA

[email protected]

O antigo Matadouro da cidade do Porto foi o palco escolhido para a

apresentação do programa Star-tup Portugal, que será a base da Estratégia Nacional para o Empreendedorismo. Presente no evento, o Primeiro-Ministro anunciou que o objetivo princi-

pal deste projeto passa por “fa-zer de Portugal o país europeu mais acolhedor e mais amigo do empreendedorismo e um país que seja verdadeiramente star-tup”.Citando o exemplo da iniciativa Startup Lisboa, lançada durante o seu mandato à frente da Câma-ra Municipal de Lisboa, António Costa adiantou que a estratégia agora apresentada visa “fazer à

escala nacional o que cada mu-nicípio fez no seu próprio territó-rio. Este é um trabalho que temos que fazer em conjunto”. Perante uma plateia recheada de jovens empreendedores, o Primeiro-Mi-nistro salientou ainda que “Por-tugal é um dos melhores países para se viver” e pode ser o “mais atrativo e amigo do empreende-dorismo”.Procurando conquistar novos empreendedores e investidores, Costa afirmou acreditar que Por-tugal pode ser “o país da Europa mais acolhedor” para a nova eco-nomia criada pela indústria 4.0, não só pelas medidas do pro-grama agora apresentado, mas porque “nesta economia o fun-damental é o talento e a capa-cidade de o criar, fixar e atrair”. “Gerámos a geração mais qualifi-cada de portugueses” e “não nos

Programa Startup Portugal apresentado no Porto

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DESTAQUE INDICE

Opinião p. 4The Phoenix Principle: o surto do Facebook, o deslize da Apple e a estagnação da Chipotle – tem tudo a ver com o crescimento

Editorial p. 6

Opinião p. 6A urgência do Investimento

Opinião p. 7TRIZ e LEAN na gestão das atividades metrológicas na saúde

Redes Sociais p. 9-10• O Top 10 das empresas dos EUA em recursos financeiros• As maiores empresas de “media” do mundo• Mercado global de PC está a encolher• Quais as redes sociais em que os anunciantes podem mais acreditar?• Japão tem atualmente mais estações de recarga elétrica do que bombas de gasolina• Rádio ainda manda na “estrada”• As ambições da Google na nuvem

Notícias p. 11-12• Atualização dos dados estatísticos de I&D• Diretrizes para recolha e divulgação de dados sobre a investigação e o desenvolvi-mento experimental• Será que as novas tec-nologias trazem um forte crescimento económico com oportunidades para todos?• Os artigos científicos devem estar em livre acesso até 2020

Financiar a Inovação p. 13

“Fazer de Portugal o país europeu mais acolhedor e mais amigo do empreendedorismo e um país que seja verdadeiramente startup” é o objetivo anunciado da Estratégia Nacional para o Empreendedorismo, apresentada na passada semana pelo Primeiro--Ministro, no Porto. Numa sessão em que também esteve presente o ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, e o presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, António Costa explicou que, mais do que fomentar o espírito empreendedor, o que se pretende é apoiar quem já é empreendedor, assegurar a longevidade das empresas e aumentar o seu impacto na criação de emprego e valor económico.

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podemos dar ao luxo de desper-diçar essa geração”, destacou o governante, acrescentando que Portugal tem “qualidades fantás-ticas para criar empresas”.

Rui Moreira defende ser imperioso “potenciar ainda mais o empreendedorismo”

Explicando que o Startup Portu-gal integra não só a estratégia de inovação do Governo, mas tam-

bém uma “estratégia económica centrada em criar valor, pelo co-nhecimento, pela valorização do

talento das pessoas e pela atra-ção de talento para Portugal”, o ministro da Economia, Manuel

Caldeira Cabral, defendeu que o “crescimento económico cada vez depende mais destas em-

presas. Não pelas startups que ficam startups a vida toda, mas por aquelas que pela sua ousa-

dia se fazem grandes”.Assegurando que o Governo tudo fará para apoiar as startups na-cionais, “de uma forma integrada, nas várias fases a sua vida, para as apoiar a crescer, a serem parte do futuro de Portugal”, Caldeira Cabral admitiu, ainda assim, que criar uma empresa “não é fácil, mas aqui estamos num ecossis-tema que se está a reforçar, que tem muito para avançar, que já tem muitas empresas válidas e que já fizeram o seu caminho”, sustentou.Por sua vez, o Presidente da Câ-mara Municipal do Porto, e anfi-trião do evento, abriu a sessão com a apresentação do projeto da autarquia para o antigo ma-tadouro municipal, na freguesia de Campanhã. No seu discurso, Rui Moreira sublinhou ser “fun-damental que se continue a ali-mentar o ecossistema empreen-dedor”, e para isso é imperioso que políticas como o “Startup Portugal nasçam e ajudem a po-tenciar ainda mais o empreende-dorismo, para que o número de empresas assentes em inovação não pare de crescer, porque só assim garantiremos ainda mais startups que por sua vez algu-mas virão a ser ‘scaleups’ e no conjunto ajudem a tornar a nos-sa economia mais pujante e, por consequência, a gerar mais em-prego, essencial para o nosso de-senvolvimento”.

Conheça as 15 medidas do programa Startup PortugalAssente em três pilares – “financiamento, ecossistema e internacionalização” –, o pro-grama Startup Portugal – Estratégia Nacional para o Empreendedorismo inclui 15 medidas para a área do empreendedorismo, com o objetivo de que “cada boa ideia que surja se possa tornar numa boa empresa no futuro”, explicou o Primeiro-Ministro.

FINANCIAMENTO

Promoção do “equity crowdfunding” e do peer-to-peerO Governo quer promover a utilização des-tes dois meios de financiamento de startups. No “equity crowdfunding” é possível investir

um montante a troco de uma participação na empresa. No caso do “peer-to-peer” os cida-dãos podem emprestar dinheiro a indivíduos ou empresas de forma online. Exemplos des-te tipo de plataformas são a luso-britânica Seedrs e a “Lending Club”.

Fundo de co-investimento para “business angels”O ministro da Economia já tinha revela-do que iriam ser disponibilizadas linhas de apoio no montante global de 60 milhões de euros para “business angels”. Sabe-se agora que estas serão linhas de coinvestimento e que os formulários para que estes investido-res possam candidatar-se estarão disponí-veis em breve.

O objetivo principal deste projeto passa por fazer de Portugal o país europeu mais acolhedor e mais amigo do empreendedorismo e um país que seja verdadeiramente startup

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Fundo de coinvestimento para capitais de riscoTal como no caso dos “business angels”, Caldeira Cabral já tinha anunciado linhas de apoio a fundos de capital de risco. Neste caso, vão ficar disponíveis 400 milhões de euros. O objetivo será, sobretudo, atrair fun-dos internacionais com conhecimento espe-cializado nas áreas de investimento. A Por-tugal Ventures e a PME Investimento serão as instituições encarregadas de selecionar os fundos que podem ser elegíveis.

Call For Entrepreneurship da Portugal VenturesA Portugal Ventures, sociedade pública de capital de risco, vai manter os seus progra-mas de apoio a startups, chamados de “Call For Entrepreneurship”. Porém, e dada a cria-ção dos instrumentos de apoio anteriores, este organismo deverá passar a ter critérios um pouco mais rigorosos na hora do inves-timento e atuar em áreas que os privados não vão chegar.

Programa SementeJá incluído no programa de Governo, o Pro-grama Semente visa dar benefícios fiscais às pessoas que investem em startups numa fase inicial. Contudo, esta medida não deve-rá entrar em vigor no imediato.

Programa MomentumÀ semelhança do que acontece com a ini-ciativa da Startup Lisboa, esta medida irá permitir a um licenciado, que tenha bene-ficiado de uma bolsa de ação social, criar a sua empresa. Para isso, ser-lhe-á facilitada residência, espaço de incubação e uma ver-ba mensal para fazer face às despesas pes-soais. Esta iniciativa funcionará em articula-ção com a rede nacional de incubadoras e com as universidades.

Vales de incubação e aceleraçãoOs destinatários são as empresas que po-dem candidatar-se a uma incubadora e cus-tear a sua presença. Irão, contudo, ser es-tabelecidos alguns limites nas incubadoras.

Startup VoucherEsta medida destinar-se-á a jovens univer-sitários que estejam a terminar os cursos, ou já licenciados, e visa que estes tenham uma verba mensal, durante alguns meses, para que possam desenvolver o seu projeto.

ECOSSISTEMA

Rede Nacional de IncubadorasO Governo quer lançar uma rede nacional de incubadoras. O objetivo passa por orga-nizar este tipo de entidades e promover, se isso se justificar, a partilha de recursos.

Rede Nacional de Fab LabsOutro dos objetivos do executivo de António Costa passa também por criar uma rede na-cional de Fab Labs.

Zona Franca TecnológicaPrevê-se a criação de legislação e regula-mentação que atraia setores inovadores. O objetivo, explica João Vasconcelos, secretá-rio de Estado da Indústria, é atrair startups internacionais “na sua fase mais embrioná-ria, quando estão a ser desenvolvidos e an-tes de serem projetos empresariais. Assim, quando estes se tornarem numa empresa, poderão ficar em Portugal”.

Programa SimplexNo âmbito do programa Simplex, que visa modernizar a administração pública, o Go-verno quer incluir medidas que simplifi-quem a forma como as empresas se relacio-nam com o Estado.

INTERNACIONALIZAÇÃO

Aceleradora de referência europeiaAntónio Costa assumiu o desafio de criar uma aceleradora portuguesa de referência europeia cuja missão passará por promover no estrangeiro as aceleradoras nacionais e captar startups ou projetos internacionais para serem acelerados nas estruturas por-tuguesas existentes. Na prática será criada uma marca que “fala a uma só voz” quando vai ao estrangeiro promover estes organis-mos.

Potenciar o Web SummitO Governo quer potenciar a presença da Web Summit em Lisboa, que se realizará en-tre 8 e 10 de Novembro. Para isso, vão ser apresentadas várias iniciativas para que o evento não se resuma aos três dias em que decorre.

Promover presença das startups portuguesas nos maiores eventos tecnológicos do mundoGarantir a presença das startups nacionais nos grandes eventos tecnológicos nacionais é outro dos objetivos do programa. As em-presas portuguesas já são uma presença assídua nestes eventos, contudo a sua par-ticipação é individual, dado que ainda não existe uma organização partilhada de âm-bito nacional.

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O crescimento corrige uma série de pecados. Se as receitas crescerem sufi-

cientemente (não sendo preciso apresentar lucros, como a Ama-zon provou), os investidores irão ignorar várias situações. Com um crescimento das receitas suficientemente alto, as empre-sas podem oferecer aos seus colaboradores refeições grátis e massagens, ao passo que os seus executivos e administração poderão viajar em jatos privados e construir edifícios colossais, como prova de força da marca, ou patrocinar edifícios públicos com o nome da empresa tam-bém entra neste processo, tal como o aumento de orçamentos de I&D. Até mesmo falhanços no lançamento de produtos, aquisi-ções que não olham a custos e a atribuição de bónus bastante consideráveis. Tudo é permitido, desde que as receitas cresçam o suficiente. Basta olhar para o exemplo do Facebook. Hoje, o Facebook anunciou que, para o trimestre que acabou em Março de 2016, as receitas cresceram para 5,4 mil milhões de dólares, de “ape-nas” 3,5 mil milhões do período homólogo em 2015, sendo que o resultado líquido também cres-ceu, triplicando de 500 milhões de dólares em 2105 para 1,5 mil milhões de dólares em 2016. Ba-sicamente, o Facebook gera 82% desta receita com apenas um produto: “mobile ads”. Nos últi-mos anos, a empresa pagou ain-da prémios enormes para com-

prar o WhatsApp e o Instagram, mas quem quer saber quando as receitas crescem assim tão rápi-do?Antecipando boas notícias, as ações do Facebook estavam a crescer ligeiramente, até que

estas notícias saíram. Após o anúncio, os “after-hours traders” levaram o preço das ações até um novo recorde: $118/ação. Este preço traduz-se num “price/ear-nings” múltiplo de 84. Com um crescimento destes,

a gestão de topo do Facebook pode fazer o que bem entender. Contudo, quando as receitas caí-rem, tudo se transforma numa verdadeira “poop puddle”. Co-meçaram a surgir rumores que a Apple iria anunciar que as suas vendas estavam a decrescer. As ações dificilmente faziam lucro, apesar das descidas no início de 2016. Por isso, na quinta-feira, quando o CEO anunciou que as vendas tinham descido 13% face ao ano anterior, o valor da ação quebrou “after-hours”, abrindo na manhã seguinte a registar uma descida de 10%. Quebrar uma série de 51 trimestres segui-dos com crescimento de receitas (desde 2003) fez com que os in-vestidores fugissem. Ao ser tran-sacionada a um preço de $105/ação nos últimos quatro dias, a Apple fechou o dia de hoje com um valor por ação de, aproxima-damente 97 dólares. 40 mil mi-

The Phoenix Principle1: o surto do Facebook, o deslize da Apple e a estagnação da Chipotle – tem tudo a ver com o crescimento

1 - Create Marketplace Disruption, publicado pela FT Press

ADAM HARTUNGManaging Partner,Spark Partnerswww.adamhartung.com

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lhões de dólares de capital pró-prio desapareceram num dia e as ações trocam, agora, a um p/e múltiplo de 10.O novo iPhone 6se ultrapassou as projeções, o iPad bateu expec-tativas e o Apple Watch vendeu mais no seu primeiro ano do que o iPhone quando surgiu. As ven-das de Mac mantiveram-se mais consistentes do que qualquer outro fabricante de PC, ao passo que os iBeacons e o Apple Pay continuaram a sua marcha como tecnologias de referência no mercado IoT (Internet of Things) e a Apple TV continuou a crescer. Existem atualmente 13 milhões de utilizadores do iMusic e 1,5 milhões de apps na iTunes Sto-re, que mantém um crescimento constante devido à sua base ins-talada. A recompra de ações irá crescer e os dividendos aumen-tarão uma vez mais. No entanto, nada disto importou quando as pessoas ouviram que o cresci-mento das vendas tinha parado e, agora, muitos investidores não acreditam que a gestão de topo da Apple consiga fazer alguma coisa certa. Mesmo assim, foi só um trimes-tre. Muitas empresas recuperam depois de um mau trimestre, não havendo evidência estatís-tica que um mau trimestre pode prever o que se irá passar no próximo. O que sabemos é que, se as vendas de uma empresas diminuírem por 2 trimestres con-secutivos face ao ano anterior, existe uma estagnação de cres-cimento. Empresas que atingem esta situação raramente (93% das vezes) encontram, outra vez, o caminho para um crescimento consistente. Independentemente das explicações, as estagnações de crescimento são análises no-táveis das empresas que estão a tentar desenvolver uma lacuna entre as suas ofertas e o merca-do. Esta situação leva-nos até à Chipotle. A Chipotle (http://chi-potle.com/) anunciou que as vendas das lojas caíram 30% no Q1, 2016. Sendo que esta queda foi precedida de outra, de 15%, no Q4, 2015. Os lucros viraram

perdas nesse trimestre, sen-do que a atual situação é uma estagnação de crescimento. As ações da Chipotle eram transa-cionadas a $750/ação em Ou-tubro, agora valem apenas 417 dólares, que representa uma queda de 44%.As doenças que os consumidores tinham assinalado numa empre-sa que crescia muito rápido, mas que, aparentemente, não tinha uma escolha de ingredientes local e segura ou bem alinha-vada, nem regras de segurança bem estabelecidas no que dizia respeito ao processo interativo entre colaboradores e comida. O

que parecia um problema tático tornou-se numa praga a partir do momento em que mais clientes ficaram doentes em março últi-mo.No entanto, é difícil perceber se esta situação é tudo o que está mal com a Chipotle. Existe mui-to mais pressão concorrencial neste segmento de “fast casual” do que existia há 2 anos atrás, quando a Chipotle parecia in-capaz de dar um passo errado. Apesar de a empresa enfatizar a escolha de alimentação sau-dável, a contagem de calorias acrescentaria quilos a qualquer um que não seja atleta ou traba-

lhador da construção civil, o que não vai de encontro a tendência corrente das dietas. O que fre-quentemente aparenta ser ape-nas um problema, muitas vezes acaba por partir de múltiplas origens, tornando o processo de retorno ao crescimento muito mais difícil do que as adminis-trações das e mpresas esperam. O crescimento é mágico. Per-mite as companhias investirem em novos produtos e serviços, balizar o valor das ações para aumentar a capacidade de aqui-sição ou até experimentar no-vos mercados para descobrir mais caminhos de crescimento. Contudo, a ausência de cresci-mento é um analista crucial da performance futura, sendo que companhias sem crescimento encontram-se a cortar custos e a tomar decisões que levam a uma queda das valorizações.Neste momento, o Facebook está numa posição maravilho-sa e a Apple tem investidores preocupados. Será que o próxi-mo trimestre irá representar um retorno ao crescimento ou uma estagnação do crescimento? A Chipotle tem os seus investido-res a caminho da saída e existe razão para questionar se alguma vez irá recuperar a sua posição de referência.

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Portugal precisa de vol-tar a apostar no inves-timento. O investimen-

to é a chave central para uma nova agenda de crescimento. Mas tem que ser um novo in-vestimento. Os tempos mu-daram e o paradigma hoje impõe a aposta no reforço de clusters com empresas locais, aposta na inovação e desenvolvimento, formação qualificada de muitas pes-soas. Vivem-se tempos de

profunda crise internacio-nal e no contexto da intensa competição entre regiões e mercados a urgência de um sentido estratégico mais do que se impõe. A manutenção e captação de Investimento é fundamental para o suces-so económico do país. Por isso vai ser preciso apostar em novas Plataformas Aber-tas de Dinamização de Redes Globais geradoras de valor.O Novo Investimento não é só a plataforma de desen-volvimento económico do país, mas é também a base de uma nova aposta na ino-vação e criatividade, nas competências, nos talentos e novas oportunidades. A di-namização da criação de va-lor e reforço da inovação tec-nológica terá muito a ganhar

com este novo investimento. Por isso, em tempos de crise e de aposta num novo para-digma para o futuro, o novo investimento deve constituir o verdadeiro centro de uma convergência estratégica entre o Estado, a empresa e todos os que se relacionam com a sua dinâmica. O novo investimento tem que se as-sumir como a referência da aposta num novo modelo de desenvolvimento estratégico para o país.O novo investimento desem-penha um papel de alavan-cagem da mudança único. Portugal precisa de forma clara de conseguir entrar com sucesso no roteiro do

investimento de inovação associado à captação de em-presas e centros de I&D iden-tificados com os sectores mais dinâmicos da economia – tecnologias de informação e comunicação, biotecno-logia, automóvel e aeroná-tica, entre outros. Trata-se duma abordagem distinta, protagonizada por “redes ativas” de atuação nos mer-cados globais, envolvendo os principais protagonistas setoriais (empresas líderes, universidades, centros I&D), cabendo às agências públi-cas um papel importante de contextualização das condi-ções de sucesso de aborda-gem dos clientes. Uma nova economia, capaz de garantir uma economia nova sustentável, terá que

se basear numa lógica de focalização em prioridades claras. Assegurar que o “IDE de inovação” é vital na atra-ção de competências que induzam uma renovação ati-va estrutural do tecido eco-nómico nacional; mobilizar de forma efetiva os “centros de competência” para esta abordagem ativa no Mer-cado Global – mas fazê-lo tendo em atenção critérios de racionalidade estratégica definidos à partida, segundo opções globais de política pública, que tenham em de-vida atenção a necessidade de manter níveis coerentes de coesão social e territorial. Investir tem que ser a pala-vra de ordem no novo ano. A competitividade tem por isso de sair do papel e ir para o país real.Por isso importa que os ato-res envolvidos neste proces-so de construção de valor percebam o alcance destas apostas estratégicas. Não se pode querer mobilizar a região e o país para um novo paradigma de desen-volvimento, centrado numa maior equidade social e coesão territorial, sem par-tilhar soluções estratégicas de compromisso colaborati-vo. O exemplo do IDE passa por isso. Por perceber que a aposta em projetos es-tratégicos como os clusters de inovação e os pólos de competitividades são ca-minhos que não se podem adiar mais. A guerra global pelo valor e pelos talentos está aí e quem não estiver na linha da frente não terá possibilidades de sobrevi-vência. É essa a base deste novo investimento que mais do que nunca é de facto a chave para o crescimento da economia nacional.

A urgência do investimento A importância na criação de apoios financeiros e logísticos ao em-preendedorismo, seja ele personifi-

cado pelos jovens ou não, deve constituir o suporte para que a sociedade apoie e incentive mais o aparecimento de novas atividades económicas. certamente que muitas destas empresas não consegui-rão alcançar o seu objetivo, mas o que importa fundamentalmente é a criação de um estado de espirito, que permita a passagem da ideia à concretização de um modelo de negócio, que quanto mais di-ferente dos existentes, maior poderá ser a sua hipótese de crescimento.No entanto, é preciso que este movimen-to de apoio ao empreendedorismo seja acompanhado por uma mudança de men-talidades, nos investidores e neste caso nas diferentes empresas de capital de risco, independentemente do seu modelo de intervenção no apoio aos empreende-dores, pois nem sempre se tornam fácil entender o modelo de negócio proposto pelo empreendedor.Aqui poderá resultar também a chave do sucesso dos programas de apoio ao em-preendedorismo, a criação de programas financeiros específicos para estes novos negócios, deveriam ser acompanhados por um pacote de medidas fiscais mais “amigas”, destes investidores (dos em-preendedores), como a isenção ou aplica-ção de taxa de IRC reduzida durante um determinado período de tempo, incenti-vos pela criação de postos de trabalho, mas também a sua flexibilização em ter-mos de adaptação às necessidades destas empresas. Estas poderiam ser uma parte de um leque mais alargado de medidas que facilitassem a criação de novos ne-gócios, ou seja, a criação de um ambiente favorável aos empreendedores.Se não contribuirmos para a alteração de mentalidades, e temos ir ainda um pou-co mais longe, começando nas escolas a tentar despertar o interesse nos jovens, mostrando exemplos de empreendedores para que se possam criar modelos inspi-radores e assim surgir a vontade de inovar e empreender.Não conseguimos inovar nem empreen-der por decreto, mas estes podem ajudara alterar as mentalidades se se fomentar desde cedo uma mudança de atitude dos potenciais empreendedores.Boa [email protected]

FRANCISCOJAIME QUESADOPresidente da ESPAP – Entidade de Serviços Partilhados da Administração Pública

OPINIÃO EDITORIAL

“O novo investimento não é só a plataforma de desenvolvimento económico do país, mas é também a base de uma nova aposta na inovação e criatividade”

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A elevada concorrência en-tre organizações e o acen-tuado desenvolvimento

tecnológico verificado nas últi-mas décadas tem possibilitado uma melhoria da qualidade de vida das populações. A qualida-de é um conceito multidimensio-nal que concilia a interação de diversos fatores. Em diferentes domínios, particularmente, nas organizações sustentadas pela prestação de serviços - como a saúde -, nem sempre é possível medir objetivamente alguns as-petos que determinam a qua-lidade, já que esta não é facil-mente expressa através de uma simples medida quantitativa e, muitas das vezes, os critérios quantitativos não são os melho-res ou os mais adequados.Na sociedade moderna, a me-

trologia ocupa uma posição de crescente importância tanto a nível científico, como prático. Na sua vertente legal, a metrologia assume-se como uma incumbên-cia dos organismos competentes, sendo que a garantia da rastrea-bilidade metrológica dos instru-mentos de medição constitui um requisito fundamental a observar em qualquer medição, indepen-dentemente do domínio em aná-lise.Na vertente da saúde, a evolução é uma realidade, onde os diag-nósticos e os tratamentos passam a ser, cada vez mais, apoiados e justificados com base em medi-ções, que transmitem informação primordial para a prestação de cuidados de saúde e onde, con-sequentemente, o rigor e a con-fiança nestas medições assumem, por isso, um papel essencial para o desempenho adequado das ati-vidades médicas.Na área da saúde, os sistemas de medição que não garantam resul-tados fiáveis podem, facilmente, traduzir-se em diagnósticos ou

terapêuticas erradas, prejudiciais para o bem-estar do doente. As-sim, devido à forte dependência destas medições no auxílio de decisões médicas, torna-se espe-cialmente importante a perceção da rastreabilidade metrológica destes instrumentos, por parte dos profissionais de saúde.Assim, especificamente, no âm-bito da metrologia, de cada vez que se realiza a medição de uma grandeza, surge, inevitavelmente, a preocupação em saber qual a relação entre o valor obtido e o valor real dessa grandeza. Uma vez que existem diversos fatores responsáveis pela ocorrência de erros de medição, torna-se ne-cessário proceder à identificação

e classificação destes fatores, de modo a que seja possível reduzir e, sempre que possível, eliminar os mesmos.Desta forma, apesar dos benefí-cios que sucederam à introdução de novos dispositivos médicos com função de medição no mer-cado, adveio, a necessidade pre-mente de percecionar o risco de utilização destes instrumentos de medição, aquando a inexistência da devida avaliação metrológica. Segundo recomendações interna-cionais, todo o sistema de medi-ção deve usar resultados precisos e confiáveis, sendo da responsa-bilidade da Metrologia Legal, a proteção dos cidadãos das con-sequências provenientes de me-dições incorretas.Num contexto de procura pela melhoria contínua e de redução de custos e recursos envolvidos, as organizações tendem a utilizar cada vez mais metodologias que permitam aumentar a eficiência e eficácia das suas atividades, eli-minando tudo o que não acres-centa valor para as empresas e aspirando à criação de soluções mais criativas e inovadoras. As-sim, os paradigmas Lean e TRIZ, associados ao rigor e à garantia de qualidade nos instrumentos de medição, podem contribuir para o constante aperfeiçoamen-to dos métodos e procedimentos clínicos, por forma a responder às exigências das boas práticas da utilização destes instrumen-tos.

TRIZ e LEAN na gestão das atividades metrológicas na saúdeHELENA V. G. NAVASProfessora da Universidade Nova de Lisboa, Investigadora do UNIDEMI, Especialista em Inovação Sistemática e TRIZ

OPINIÃO

Na sociedade moderna, a metrologia ocupa uma posição de crescente importância tanto a nível científico como prático.

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inovação em acção

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NEWSLETTER N.74 | JUNHO | 2016

Ao longo da última década, a internet substituiu a “media” impressa para se tornar o segundo meio de publicidade mais importante logo a seguir à televisão. O aumento

da publicidade digital é refletido no ranking anual da Zenith Optimedia das maiores empresas de media mundiais.As cinco empresas digitais classificadas no Top 30, ou seja, Google, Facebook, Baidu, Yahoo e Microsoft, que representam 65 por cento do mercado de publicidade na internet global, são responsáveis por mais de um terço de todas as receitas geradas pelos Top 30 proprietários de “media” mundiais. Como o gráfico abaixo ilustra, a Google agora supera qualquer outra empresa no mundo em termos de receita de “media”. A empresa gera dezenas de biliões de dólares todos os anos com a venda de publicidade em todos os seus serviços on-line mais populares, sendo o mais importante o Google Search.

Na semana passada, sur-giram relatos de que a Apple tinha considerado

comprar a Time Warner no ano passado antes de finalmente de-cidir concorrer com ela. A aqui-sição teria dado acesso à Apple para uma série de marcas de mé-dia de alto perfil, incluindo HBO, CNN e uma biblioteca de conteú-dos que poderia ter fornecido um enorme impulso para o serviço de assinatura de TV da Apple.

Poucas empresas no mundo po-deriam mesmo ter considerado a aquisição de uma empresa da dimensão da Time Warner. Mas para a Apple, 60 biliões de usd não teria sido um problema. Como nosso gráfico abaixo ilus-tra, a Apple ainda mantém uma grande quantidade de dinheiro e ainda continuaria a ser a empre-sa com maiores recursos finan-ceiras mesmo se fosse avante esta aquisição.

O Top 10 das empresas dos EUA em recursos financeiros

REDES SOCIAIS / TECNOLOGIA

As maiores empresas de “media” do mundo

As vendas mundiais de com-putadores pessoais totaliza-ram 64,8 milhões de unida-

des no primeiro trimestre de 2016. É um declínio de 9,6 por cento em comparação com o mesmo tri-mestre do ano anterior. “Este foi o sexto trimestre consecutivo de declínio nos PC, e pela primeira vez desde 2007 que o volume de produção caiu abaixo de 65 mi-lhões de unidades”, de acordo com pesquisa de mercado da Gar-tner. Não parece que o mercado global de PC vá encontrar o seu caminho de volta para seus dias de glória. A turbulência política e

económica na América Latina tem impacto sobre as vendas. Além disso, a força do dólar frente a ou-tras moedas impede esse cresci-mento. Mas essas explicações não podem esconder a tendência geral para o uso de outros dispositivos, como tablets e smartphones, que são muito atraentes para os con-sumidores nos países em desen-volvimento. A desaceleração em todos os mercados é permanente. “Vendas mundiais de PC diminuí-ram pelo quarto ano consecutivo, que começou em 2012 a decres-cer”, conclui o relatório da Gar-tner, que prevê uma diminuição

global da produção de 1 por cento para 2016, com algum potencial para uma recuperação no final do

ano. Os dados incluem desktops, notebooks e dispositivos ultramó-veis premium.

Mercado global de PC está a encolher

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Embora os serviços de download de música e de streaming estejam a ser

cada vez mais populares, ainda há um lugar onde o bom velho rádio reina de uma forma su-prema: no automóvel. De acordo com a Edison Research, 84 por cento dos condutores america-nos utilizam o seu rádio AM / FM, pelo menos por algum tempo,

em comparação com 56 por cen-to que ainda usam o seu leitor de CD e 38 por cento que prefere ouvir música nos MP3s digitais. Esta tendência poderá ser alte-rada pelos modernos e sofisti-cados aparelhos de som que co-meçam a integrar os automóveis com maior e melhor acesso à música digital. Vamos ver como se comportará o mercado.

Radio ainda manda na “estrada”

Quando se trata de pu-blicidade social media, o Facebook é de longe

a mais popular rede de escolha. Atrás do líder de mercado, no entanto, as coisas são menos claras. De acordo com um rela-tório de pesquisa efetuado pela Fresh social, o Instagram está rapidamente a ganhar popula-ridade entre os comerciantes e poderá em breve ocupar o lugar do Twitter como o segundo mais

importante canal de publicidade social. De acordo com o último relatório de resultados do Face-book, mais de 200.000 empresas anunciam mensalmente no Ins-tagram. Dado o aumento cons-tante da rede em popularidade e o fato de que suas ofertas de publicidade se tornaram dispo-níveis em mais de 30 novos paí-ses em 30 de setembro, podemos esperar que esse número cresça muito mais num futuro próximo.

Um artigo publicado recen-temente no “Japan Times” revelou que o Japão tem

mais pontos de carregamento para veículos elétricos do que postos de gasolina. Eles citaram os números fornecidos pela Nis-san que afirmam que o país tem 40.000 pontos de carregamento e 34.000 postos de gasolina.Alguns criticaram os dados, pois existem postos de gasolina que têm várias bombas capazes de

lidar com substancialmente mais veículos todos os dias. Car-regadores em casas particulares também foram contadas pela Nissan, embora o “Japan Times” aponte que estas podem muito bem ser compartilhadas no futu-ro, semelhante ao Airbnb, como parte da economia de partilha emergente. Por outro lado, os EUA têm cerca de 9000 pontos de carregamento e 114.500 pos-tos de gasolina.

Japão tem atualmente mais estações de recarga elétrica do que bombas de gasolina

Quais as redes sociais em que os anunciantes podem mais acreditar?

REDES SOCIAIS / TECNOLOGIA

As ambições da Google na nuvem

A Google é uma empresa que está habituada a ganhar. Assim, muitos dos seus

produtos e serviços são líderes da indústria (Search, Android, Maps ou Gmail). A indústria na nuvem é uma dessas isenções. No ano passado, a quota de mer-cado de infra-estrutura de nuvem da Google totalizaram apenas 4 por cento, arrastando o líder da

indústria a Amazon Web Services a uma larga distãncia como po-demos comprovar pelo gráfico. Diane Greene, recém-nomeado responsável do negócio na “nu-vem” da Google, foi claro ao afir-mar que este é um negócio que a empresa apostará efetuando os investimentos necessários, como atestam os 10 biliões de dólares investidos pela Google no ano

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A edição de 2016 do Research and Development Statistics acabou de ser publicado.

Esta base de dados fornece as estatísticas mais recentes, abran-gentes e detalhadas sobre os recursos destinados à I&D nos países da OCDE e outras grandes economias, e contribuindo para o conhecimento com Indicado-res de tecnologia e outras pu-

blicações emblemáticas STI. As séries estatísticas são baseadas em dados fornecidos pelos insti-tutos nacionais de estatística da despesa em I&D por fontes de financiamento e o tipo de custos e i&d de pessoas por ocupação, sexo e área da ciência da OCDE e a sua cobertura, nomeadamente. As estatísticas estão disponíveis a partir de 1981.

Aceda aos dados

A metodologia reconhecida internacionalmente para a recolha e utilização de es-

tatísticas de I&D, o Manual Fras-cati da OCDE é uma ferramenta essencial para os estatísticos, cientistas e formuladores de políticas de inovação em todo o mundo. Ele inclui definições de

conceitos básicos, diretrizes de recolha de dados e classificações para a elaboração das estatísti-cas de I&D.

Esta edição atualizada con-tém diretrizes melhoradas, re-fletindo as recentes mudanças na forma como a I&D tem lugar e é financiada, através da maior

utilização das estatísticas e defi-nições de i&d, fornecendo novos capítulos dedicados aos aspetos práticos da recolha de dados de i&d em diferentes setores, bem como novas orientações sobre a captura de diferentes aspetos do apoio público à I&D, tais como incentivos fiscais.

Leia o manual online

NOTÍCIAS | ARTIGOS

Diretrizes para recolha e divulgação de dados sobre a investigação e o desenvolvimento experimental

Atualização dos dados estatísticos de I&D

Edição prática que faculta um conjunto de ferramentas que permitem assegurar de forma mais eficiente a garantia da defesa dos direitos, bem como o cumprimento de obrigações ou deveres contratuais que decorrem da vida em sociedade.

CIVIL ∙ FINANCEIRO E TRIBUTÁRIO ∙ CONSUMO ∙ ADMINISTRATIVO ∙ COMERCIAL ∙ ARRENDAMENTO ∙ CRIMINAL ∙ TRABALHO

MINUTAS E FORMULÁRIOSANOTADOS E COMENTADOS - 2ª EDIÇÃO

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Autor: António Soares da Rocha

Páginas: 384 - Preço: €18,90

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Não há dúvida que se to-dos os países podem cumprir a meta de tran-

sição de 2020, com alguns a di-zer que se trata de uma mera aspiração, em vez de realista. A Áustria, por exemplo, disse que está a trabalhar para em 2025 permitir acesso aberto.Em 2020, “quase todos os arti-gos de periódicos” no Reino Unido serão de aces-so aberto, disse Shan Morgan, vice-embaixador do Reino Unido para a UE. O Reino Unido tem o com-

promisso de fazer com que uma em cada cinco publicação siga este caminho.A meta inicial do Governo ho-landês, anunciada em 2013 era fazer com que toda a produção de pesquisa holandesa estives-se disponível através de acesso aberto até 2024.A reação à proposta da UE foi

amplamente positiva. Chris Banks, diretor da bi-blioteca do Imperial College London, chamou “um potencial enorme passo”.

JUNHO

239th International

Conference on Entrepreneurship,

Innovation and Regional Development - ICEIRD 2016

Bucareste , Roménia

29Chief Innovation Officer

Summit Singapura

302nd International

Conference on Organisational Change and

Innovation Londres, Reino Unido

JULHO

4The 2016 ICBTS

International Advance Innovation Business

and Tourism Research Conference in Toronto

Toronto, Canada

59th International

Conference on University Teaching and Innovation

Barcelona, Espanha

6ICIIL 2016 2nd International

Conference on Innovation and Industrial Logistics--EI

CompendexLucerna, Suiça

Divulgue os seus eventos relacionados com Inovação e empreendedorismo

Contacte-nos!Leia mais aqui

NOTÍCIAS | ARTIGOS AGENDA DE EVENTOS

Os artigos científicos devem estar em livre acesso até 2020

O Simpósio de Tecnologia, Inovação e Crescimento Inclusivo: Perspetivas de

Futuro, que teve lugar em Paris, em 28-29 de Abril de 2016, con-cluiu que as novas tecnologias podem melhorar significativa-mente o rendimento, a saúde e bem-estar, e que a inovação digital pode promover a mobi-lidade social através de proces-sos de destruição criativa. Ao mesmo tempo, o investimen-to em infraestrutura e capital humano, incluindo a requali-ficação dos trabalhadores, é essencial para permitir que os países em desenvolvimento possam recuperar. A visão completa dos resultados pode ser encontrada aqui

Será que as novas tecnologias trazem um forte crescimento económico com oportunidades para todos?

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INOVAÇÃO

De há uns anos a esta parte, tem-se acentuado um conjunto de tendên-cias económicas e sociais com impli-

cações profundas no dia a dia das organiza-ções, em que se salienta:• Competitivdade sem precedentes e em

que se esbatem as fronteiras entre negó-cios e tecnologia e se encurtam os ciclos de vida dos produtos;

• Sofisticação do consumidor, cada vez mais bem informado e exigente, tanto mais que se depara com muitas opções alternativas e em melhoria contínua;

• Globalização, com profundas implicações culturais e na estrutura da oferta e procu-ra de bens e serviços.

Se a revolução agrícola pode ter sido a pri-meira vaga de mudança humana, a revolu-ção industrial a segunda e a era da infor-

mação a terceira, a quarta revolução de mu-dança da sociedade humana implica que o valor acrescentado resulta da criatividade e da inovação.Na linha do que se acaba de referir, as em-presas de sucesso são as que procuram le-var a cabo um trabalho conhecido pela ino-vação, originalidade, exotismo e imprevisão,

em que o objetivo é proporcionar ao cliente final o que ele nunca imaginou querer, mas que ao conhecer percebeu que afinal queria.Concluindo, como o único ativo é a imagina-ção humana, então, a única vantagem sus-tentada vem de se ser mais inovador do que a concorrência.

FICHA TÉCNICA:Coordenador: Jorge Oliveira TeixeiraColaboraram neste número: Fernanda Teixeira, Helena Navas, Jaime Quesado, Luís Archer e Tiago ParatyTradução: Sofia Guedes Paginação: Flávia Leitão | Vida EconómicaContacto: [email protected]

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Triz Simplificado Nuevas aplicaciones de resolución de problemas para ingeniería y fabricación

Autores: Ellen Domb, KaleviRantanenISBN: 978-84-8408-576-8Páginas:292 | Preço: 28 euros (IVA incluido)*Formato: 170x240mm | Encadernação: Capa dura(*) O preço inclui despesas de envio para Portugal continental e ilhas

Índice de Capítulos:1. ¿Por qué buscar nuevas maneras de solucionar problemas?2. La construcción de un nuevo modelo de resolución : del problema

al resultado final ideal.3. El compromiso tras el problema.4. Del compromiso a la contradicción inherente.5. Búsqueda de recursos invisibles.6. Lo imposible a menudo es posible: cómo incrementar la idealidad

del sistema.7. Cómo separar el grano de la paja: una herramienta sencilla y eficaz

para la evaluación de soluciones.8. El enriquecimiento del modelo de resolución de problemas.9. Patrones: poderosas herramientas para el desarrollo del sistema.10. Los principios de innovación: 40 maneras de dar con la solución

correcta.11. Evaluación del modelo de resolución de problemas.12. Cómo mejorar el negocio con TRIZ.13. Usar TRIZ con la Teoría de las Limitaciones.14. Usar TRIZ con Seis Sigma y otros sistemas de mejora de la calidad.15. Síntesis de la resolución creativa de problemas.16. Manos a la obra.

Luís Archer – [email protected]

FINANCIAR A INOVAÇÃO

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A obra conta com um conjunto de especialistas com o objetivo assumido de descomplicar a Lei do Orçamento de Estado para o ano 2016, analisando-a em conjunto com os diplomas que altera ou complementa.

DESCOMPLICAR O ORÇAMENTO DO ESTADO 2016

Autor: Filipa Matias Magalhães e Maria Leitão Pereira

Páginas: 320 - Preço: €13,00

Alguns Temas tratados na obra e respetivos autores:

• O Orçamento do Estado de 2016 e a Segurança Social (Teresa Cruz Almeida)

• Os impostos sobre o rendimento das pessoas (singulares e coletivas) no Orçamento do Estado para 2016

(Cláudia Reis Duarte)

• A Tributação Indirecta no OE 2016 (Marta Machado de Almeida)

• O Regime da Aposentação e da Reforma na Lei do Orçamento de Estado para 2016

(Maria Leitão Pereira)

• Mecanismos de mobilidade aplicáveis às entidades reguladoras (João Zenha Martins)

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