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LANÇAMENTOS DEZEMBRO 2010 28 CONTOS DE JOHN CHEEVER Seleção e prefácio: Mario Sergio Conti Reunião de contos de John Cheever — considerado um dos maiores contistas americanos do século XX e aquele que obteve o maior sucesso comercial com o gênero em todos os tempos — revela momentos de epifania e transcendência no ambiente aparentemente anódino do subúrbio americano Lançada em 1978, The Stories of John Cheever, a coletânea da qual foram se- lecionados os contos publicados em 28 contos de John Cheever, é considerada um fenômeno editorial até hoje, mais de trinta anos depois. Nunca, até e des- de então, um livro de contos, gênero que raramente chega às listas de mais vendidos, obteve tamanho sucesso nos Estados Unidos: vendeu 125 mil exem- plares na edição de capa dura e figurou por seis meses na lista de best-sellers do New York Times. O volume foi um sucesso não só de público: ganhou três dos prêmios lite- rários mais prestigiosos, o Pulitzer, o National Book Circle Critics Award e o American Book Award. O Washington Post afirmou que “os contos de John Cheever são, simplesmente, os melho- res”. A revista Time estabeleceu que a antologia “mapeava uma das obras mais importantes das letras contemporâneas”. E o New York Times decretou que o livro não era “apenas o acontecimento literá- rio do momento, mas um evento maior na literatura de língua inglesa”. A obra de Cheever investiga aspectos à primeira vista específicos da vida ame- ricana de meados do século XX: a aridez espiritual dos subúrbios ricos e, conco- mitantemente, a possibilidade de trans- cendência do indivíduo numa sociedade cujo fundamento é a alienação. Colados à realidade, seus melhores contos soam como críticas inexoráveis do vazio de seus personagens, das vidas anódinas a que estão condenados. Ainda assim, em situações extremas, e por meio de ruptu- ras líricas da narrativa realista, Cheever abre caminho para epifanias: a existência não seria só isolamento sem sentido; o amor, as relações familiares e a natureza, transformados pela arte, são motivo de alumbramento. A consagração dos contos de Cheever serviu de alavanca para colocar a sua obra no cânone americano, na condição de clássico da literatura contemporânea. Daí Cheever ter sido rotulado de “o Oví- dio de Ossining” (cidade onde viveu) e “o Tchekhov americano”. JOHN CHEEVER nasceu em Quincy, Mas- sachusetts, em 1912, de uma família branca, anglo-saxã e puritana. Morador de subúrbios de classe média alta durante quase toda a vida, dali tirou inspiração e ambiente para suas obras ficcionais. De- pois de colaborar por muitos anos com a revista New Yorker, lança seu primei- ro romance, The Wapshot Chronicle, em 1958, pelo qual recebe o National Book Award. Publicou ainda diversas cole- tâneas de contos — entre as quais The Stories of John Cheever — e os romances The Wapshot Scandal (1964), Bullet Park (1969) e Falconer (1977). Considerado um dos maiores contistas americanos, Cheever recebeu, dois meses antes de fa- lecer, em 1982, a Medalha Nacional para Literatura pela American Academy of Arts and Letters. Contos Tradução: Jorio Dauster e Daniel Galera Capa: Jeff Fisher 360 pp. 16 3 23 cm Tiragem: 4000 ex. R$ 41,00 Previsão de lançamento: 7/12/2010 ISBN e código de barras: 978-85-359-1773-4 Era um daqueles domingos de verão em que fica todo mundo sentado dizendo: “Bebi demais ontem à noite”. Você pode ter ouvido a frase murmurada por paroquianos ao saírem da igreja ou dos lábios do próprio padre ao lutar com a batina na sacristia; também pode tê-la ouvido nos campos de golfe e nas quadras de tênis, assim como na reserva natural onde o guia da Audubon es- tava na maior ressaca. “Bebi demais”, disse Donald Westerhazy. “Todos nós bebemos demais”, disse Lucinda Merrill. “Deve ter si- do o vinho”, comentou Helen Westerhazy. “Bebi demais daquele clarete.” Esse diálogo ocorreu na beira da pisci- na dos Westerhazy, cuja água, vinda de um poço artesiano com altos índices de ferro, tinha uma coloração verde-clara. Fazia um belo dia. Trecho de “O nadador”

Destaques de dezembro da Cia das Letras

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Page 1: Destaques de dezembro da Cia das Letras

LANÇAMENTOS dezembro 2010

28 CoNToS de JoHN CHeeVerSeleção e prefácio: mario Sergio Conti

Reunião de contos de John Cheever — considerado um dos maiores contistas americanos do século XX e aquele que obteve o maior sucesso comercial com o gênero em todos os tempos — revela momentos de epifania e transcendência no ambiente aparentemente anódino do subúrbio americano

Lançada em 1978, The Stories of John Cheever, a coletânea da qual foram se-lecionados os contos publicados em 28 contos de John Cheever, é considerada um fenômeno editorial até hoje, mais de trinta anos depois. Nunca, até e des-de então, um livro de contos, gênero que raramente chega às listas de mais vendidos, obteve tamanho sucesso nos Estados Unidos: vendeu 125 mil exem-plares na edição de capa dura e figurou por seis meses na lista de best-sellers do New York Times.

O volume foi um sucesso não só de público: ganhou três dos prêmios lite-rários mais prestigiosos, o Pulitzer, o National Book Circle Critics Award e o American Book Award. O Washington Post afirmou que “os contos de John Cheever são, simplesmente, os melho-res”. A revista Time estabeleceu que a antologia “mapeava uma das obras mais importantes das letras contemporâneas”. E o New York Times decretou que o livro não era “apenas o acontecimento literá-rio do momento, mas um evento maior na literatura de língua inglesa”.

A obra de Cheever investiga aspectos à primeira vista específicos da vida ame-ricana de meados do século xx: a aridez espiritual dos subúrbios ricos e, conco-mitantemente, a possibilidade de trans-cendência do indivíduo numa sociedade cujo fundamento é a alienação. Colados à realidade, seus melhores contos soam como críticas inexoráveis do vazio de

seus personagens, das vidas anódinas a que estão condenados. Ainda assim, em situações extremas, e por meio de ruptu-ras líricas da narrativa realista, Cheever abre caminho para epifanias: a existência não seria só isolamento sem sentido; o amor, as relações familiares e a natureza, transformados pela arte, são motivo de alumbramento.

A consagração dos contos de Cheever serviu de alavanca para colocar a sua obra no cânone americano, na condição de clássico da literatura contemporânea. Daí Cheever ter sido rotulado de “o Oví-dio de Ossining” (cidade onde viveu) e “o Tchekhov americano”.John Cheever nasceu em Quincy, Mas-sachusetts, em 1912, de uma família branca, anglo-saxã e puritana. Morador de subúrbios de classe média alta durante quase toda a vida, dali tirou inspiração e ambiente para suas obras ficcionais. De-pois de colaborar por muitos anos com a revista New Yorker, lança seu primei-ro romance, The Wapshot Chronicle, em 1958, pelo qual recebe o National Book Award. Publicou ainda diversas cole-tâneas de contos — entre as quais The Stories of John Cheever — e os romances The Wapshot Scandal (1964), Bullet Park (1969) e Falconer (1977). Considerado um dos maiores contistas americanos, Cheever recebeu, dois meses antes de fa-lecer, em 1982, a Medalha Nacional para Literatura pela American Academy of Arts and Letters.

ContosTradução: Jorio dauster e daniel GaleraCapa: Jeff Fisher360 pp. 16 3 23 cmTiragem: 4000 ex.r$ 41,00Previsão de lançamento: 7/12/2010ISbN e código de barras: 978-85-359-1773-4

Era um daqueles domingos de verão em que fica todo mundo sentado dizendo: “Bebi demais ontem à noite”. Você pode ter ouvido a frase murmurada por paroquianos ao saírem da igreja ou dos lábios do próprio padre ao lutar com a batina na sacristia; também pode tê-la ouvido nos campos de golfe e nas quadras de tênis, assim como na reserva natural onde o guia da Audubon es-tava na maior ressaca. “Bebi demais”, disse Donald Westerhazy. “Todos nós bebemos demais”, disse Lucinda Merrill. “Deve ter si-do o vinho”, comentou Helen Westerhazy. “Bebi demais daquele clarete.”

Esse diálogo ocorreu na beira da pisci-na dos Westerhazy, cuja água, vinda de um poço artesiano com altos índices de ferro, tinha uma coloração verde-clara. Fazia um belo dia.

Trecho de “O nadador”

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LANÇAMENTOS dezembro 2010 2

eNQUANTo eLeS dormIAmDonna Leon

o CASo dreYFUSIlha do diabo, Guantánamo e o pesadelo da HistóriaLouis Begley

Em mais um volume da bem-sucedida série protagonizada por Guido Brunetti, o inspetor de polícia veneziano terá de enfrentar os interesses de uma obscura organização religiosa — protegida pelos poderosos da cidade — para defender a frágil testemunha de uma possível rede de crimes

“O comissário Brunetti é o policial europeu mais carismático da atualidade” — The Guardian

O escritor e advogado Louis Begley analisa o célebre Caso Dreyfus usando como contraponto a tortura e os julgamentos irregulares dos prisioneiros de Guantánamo acusados de atividades terroristas ligadas ao ataque de 11 de setembro de 2001

PolicialTradução: Carlos Alberto bárbaroCapa: elisa v. randow288 pp. 13 3 21 cmTiragem: 3000 ex.r$ 43,00Previsão de lançamento: 7/12/2010ISbN e código de barras: 978-85-359-1779-6

Ensaio biográficoTradução: Laura Teixeira mottaCapa: elisa v. randow232 pp. (estimadas)14 3 21 cmTiragem: 3000 ex.r$ 45,00Previsão de lançamento: 7/12/2010ISbN e código de barras: 978-85-359-1778-9

É início de primavera em Veneza. Com as temperaturas amenas, as hor-das de turistas e as verduras e frutas no mercado de Rialto, parece chegar tam-bém uma onda de calma ao já não muito agitado submundo do crime da Serenís-sima. Tomado pelo tédio, o commissarioGuido Brunetti já perdia as esperanças de qualquer ação, até que recebe uma es-tranha visita.

Mais uma vez retratando as peripécias desse atípico detetive — amante da boa mesa e da literatura e casado com uma intelectual filha de um conde venezia-no — em meio a canais, praças e vielas que ele conhece como ninguém, Donna Leon nos conduz agora aos subterrâneos

Em 1894, Alfred Dreyfus, jovem e bri-lhante capitão da artilharia do exército francês, foi acusado de alta traição, julgado a portas fechadas por uma corte marcial e condenado ao degredo perpétuo na ilha do Diabo. A base para a acusação foi um papel que enumerava segredos militares france-ses entregues ao adido militar na embai-xada alemã em Paris. O antissemitismo recrudescia na sociedade francesa da época e era ainda mais acentuado no exército, de modo que o nome de Dreyfus saltou à vista dos encarregados de encontrar o traidor.

O Caso Dreyfus dividiu a sociedade francesa entre os que exigiam um julga-mento justo e os que não admitiam que se contestasse a palavra de membros da cúpula do exército francês para defender um judeu. O resto do mundo horrorizou-

de uma misteriosa organização religiosa, protegida por figurões da cidade. Nesta trama cheia de intimidação e dolce vitta, Brunetti precisará de muita cautela e as-túcia para aplacar a influência dos pode-rosos, inclusive de seu chefe, e proteger uma boa alma.Donna Leon nasceu em New Jersey, em eon nasceu em New Jersey, em eon

1942, e desde 1981 mora na Itália. A série com Guido Brunetti é best-seller interna-cional, e já lhe valeu diversos prêmios, como o Suntory de melhor romance policial, por Morte no teatro La Fenice, também publi-cado no Brasil pela Companhia das Letras (2000), que lançou ainda, de sua autoria, Acqua alta, Morte e julgamento, Morte em terra estrangeira e terra estrangeira e terra estrangeira Vestido para morrer.

-se com o desrespeito às regras de pro-cedimento jurídico no país da liberdade, igualdade e fraternidade.

A habilidade de Begley como escritor e seus conhecimentos jurídicos traduzem com clareza a complexidade do Caso Dreyfus. Seu relato provoca indignação e chama a atenção para o fato de que não se vê esse mesmo estarrecimento quando se trata dos desmandos e torturas cometidos contra prisioneiros de Guantánamo, que nunca tiveram um julgamento justo.Louis BegLey nasceu em 1933 na cidade de Stryj, então pertencente à Polônia. Depois de se graduar em Harvard, atuou como advogado até se aposentar. Pela Companhia das Letras, publicou Despe-dida em Veneza, Sobre Schmidt e Sobre Schmidt e Sobre Schmidt Schmidt libertado, entre outros.

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LANÇAMENTOS dezembro 20103

JoANA d’ArC e SUAS bATALHASPhil Robins/ Ilustrações: Philip ReeveJoana d’Arc é praticamente sinônimo de fogueira, mas ela foi muito mais que isso. Liderou um exército, colocou um rei em seu trono e foi condenada à morte — tudo em apenas dezenove anos. Conheça mais sobre a aventura que foi a vida de Joana em mais uma biografia bem-humorada da coleção Mortos de Fama

A história de Joana d’Arc foi contada centenas de vezes ao longo dos séculos. Ela estrelou mais livros e filmes do que qua-se qualquer outra pessoa na história — e nunca deixou de impressionar mesmo a quem já conhecia sua trajetória. Que Joa-na morreu na fogueira, isso todo mundo sabe. Mas dá para acreditar que ela era uma simples camponesa e acabou mudando a história do seu país, liderando um exército inteiro com apenas dezessete anos?

Sim, Joana sabia bem o que queria e conseguia expressar sua opinião melhor do que ninguém. Da fazenda de seus pais, na pequena Domrémy, acompanhou o drama da sucessão em seu país e encas-quetou que o delfim Carlos, filho do fa-lecido rei Carlos, o Louco, deveria ser o

novo rei. Ainda por cima, Joana ouvia vozes — de anjos e eventualmente de Deus —, e soube por elas que Carlos de-veria de fato ser o herdeiro da coroa.

Pronto! A partir daí, ela fez das tripas coração para cumprir a vontade divina, e alcançou muita coisa. Seu fim não é dos mais felizes, mas sua vida, mesmo que curta, foi extraordinária. Nesta biografia completa e ao mesmo tempo bem-humo-rada, ilustrada com pequenas histórias em quadrinhos, o leitor conhece essa aventu-ra lendo o diário imaginário da própria Joana, seu boletim escolar, os jornais da época, entre outros textos originais. E de quebra conhece a história da França e al-guns aspectos da Europa medieval, como a religiosidade dos camponeses.

Tradução: marcelo Andreani de Almeida208 pp. 13 3 20 cmTiragem: 3000 ex.r$ 31,50 Previsão de lançamento: 8/12/2010ISbN e código de barras: 978-85-359-1780-2

ordINÁrIoRafael Sica

Um dos maiores expoentes da nova geração de quadrinistas brasileiros, Rafael Sica retrata o cotidiano absurdo da vida na metrópole, misturando horror, solidão, tristeza e humor nesta coletânea de tiras em preto e branco e sem palavras da sua série ordinário

Ordinário é uma coletânea da série de tiras de mesmo nome, publicada por Rafael Sica em seu blog desde 2009. Es-sas tiras, em preto e branco e sem falas, retratam a vida na metrópole, marcada por sentimentos intensos como solidão, tristeza, medo e horror, sempre com um humor ácido e um toque de surrealismo. Nesse universo bastante particular — e fa-cilmente reconhecível — criado por Sica, questiona-se a vida urbana e o compor-tamento do homem contemporâneo de um modo quase tragicômico. O resultado seria algo próximo de Macanudo, se fosse escrito por alguém como Tim Burton.

Rafael Sica teve seu trabalho publica-do em revistas como Piauí e Piauí e Piauí +Soma, no caderno Folhateen da Folha de S.Paulo e

no fanzine Tarja Preta. Vencedor de dois prêmios hq Mix (Desenhista Revelação e Web Quadrinhos), é considerado um dos mais influentes quadrinistas brasileiros da nova geração. A exposição “Cinza- -Choque”, apresentada no Museu do Tra-balho em Porto Alegre em 2009, contou com treze desenhos inéditos seus, feitos a lápis, e foi um reconhecimento ao valor da obra do jovem quadrinista gaúcho.rafaeL siCa nasceu em 1979, em Pelo-tas, no Rio Grande do Sul. Suas tiras já saíram em grandes veículos de imprensa. Atualmente, publica a série Ordinárioem seu blog e faz parte do grupo Bestiá-rio, responsável pela revista Picabu. Para acompanhar seu trabalho, acesse <www.rafaelsica.zip.net>.

História em quadrinhos128 pp. (estimadas)21 3 13 cmTiragem: 3000 ex.r$ 29,00Previsão de lançamento: a definirISbN e código de barras: 978-85-359-1777-2

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LANÇAMENTOS dezembro 2010 4

LANçAmeNToS reImPreSSõeS

Editora Schwarcz Ltda.Rua Bandeira Paulista, 702, cj. 3204532-002 — São Paulo — sp

Telefone: (11) 3707-3500Fax: (11) 3707-3501www.companhiadasletras.com.br

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/cialetras

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28 CoNToNToNT S de JoHN CHeeVer

John Cheever

o CASo dreYFUS

Louis Begley

eNQUANToNQUANToNQUANT eLeS dormIAm

Donna Leon

JoANA d’ArC e SUAS bATALHAS

Phil Robins/ Philip Reeve

ordINÁrIo

Rafael Sica

o CASTeLo NoS PIrINeUSJostein Gaarder

oS CIeNTISTAS e SeUSexPerImeNToNToNT S de ArrombADr. Mike Goldsmith

o meNINo do PIJAmA LISTrAdoJohn Boyne

morTmorTmor e de TINTACornelia Funke

LIVro dAro dAro d VIdAdAdSanta Teresa d’Ávila

GeNeALoGIA dA dA d morAL (boLSo)Friedrich Nietzsche

LoLITA (boLSo)Vladimir Nabokov

o mUNdo ASSombrAdo PeLoSdemôNIoS (boLSo)Carl Sagan

A CAVerNAJosé Saramago

eNxAQUeCAOliver Sacks

o erro de deSCArTrTr eSAntónio R. Damásio

eUVoS AbrAço, mILHõeSMoacyr Scliar

A ILHA doS dALT dALT d ôNICoSOliver Sacks

INTrodUção à HISTórIAdAdAd FILoSoFIA — VoL. 2Marilena Chaui

o AmANTe de LAdY CHATTdY CHATTd erLeYD. H. Lawrence

VIAGeNS de GULLIVerJonathan Swift

CoNTrAdANdANd çARoger Mello

TeLeFoNe Sem FIoIlan Brenman / Renato Moriconi

o rATINHo Se VeSTeJeff Smith

dAdAd PeQUeNA ToToT UPeIrA QUe QUerIA SAber QUem TINHAFeITo ITo IT CoCô NA CAbeçA deLAWerner Holzwarth

GrANdeS AVeNTUrAS — 30 HISTórIAS reAIS de CorAGem e oUSAdIARichard Platt

HISTórIAS à brASILeIrA — VoL. 1Ana Maria Machado

QUe HISTórIA é eSSA?Flavio de Souza

QUem SoLToLToLT U o PUm?Blandina Franco

LeITe derrAmAdoChico Buarque

LINGUAGem de SINAISLuiz Schwarcz

meNINA A CAmINHo e oUTroS TexToToT SRaduan Nassar

A morT morT mor e e A morT morT mor e de QUINCAS berro dÁGUAJorge Amado

mUCHACHALaerte

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o AmANTe de LAdY CHATTerLeYD. H. LawrenceImpedido de ser publicado à época de seu lançamento, em 1928, pelas “palavras inapropriadas” e por tratar de sexo e traição de modo explícito, este romance chega aos dias de hoje como um clássico da literatura. Introdução de Doris Lessing, vencedora do prêmio Nobel

Poucos meses depois de seu casamen-to, Constance Chatterley, uma garota criada numa família burguesa e liberal, vê seu marido partir rumo à guerra. O homem que ela recebe de volta está pa-ralisado da cintura para baixo, e eles se recolhem na vasta propriedade rural dos Chatterley. Inteiramente devotado à sua carreira literária e depois aos negócios da família, Clifford vai aos poucos se dis-tanciando da mulher. Isolada, Constan-ce encontra companhia no guarda-caças Oliver Mellors, um ex-soldado que resol-veu viver no isolamento após sucessivos fracassos amorosos.

Último romance do autor, O aman-te de lady Chatterley foi banido em seu lançamento, em 1928, e só ganhou sua primeira edição oficial na Inglaterra em 1960, quando a editora Penguin enfren-

tou um processo de obscenidade para defender o livro. Àquela altura, já não espantava mais os leitores o uso de “pa-lavras inapropriadas” e as descrições vi-vas e detalhadas dos encontros sexuais de Constance Chatterley e Oliver Mellors. O que sobressaía era a força literária de Lawrence e a capacidade de capturar uma sociedade em transição.

Esta edição inclui o texto “A propó-sito de O amante de lady Chatterley”, em que Lawrence comenta a controvérsia em torno do livro e justifica suas inten-ções literárias, e ainda uma introdução de Doris Lessing, vencedora do prêmio Nobel de literatura em 2007. Um apên-dice e notas explicativas situam o leitor na geografia das Midlands e no vasto contexto social e político no qual a trama está inserida.

romanceTradução: Sergio Flaksman Capa: raul Loureiro, Claudia Warrak552 pp. (estimadas)13 3 20 cmTiragem: 5000 ex.r$ 32,00Previsão de lançamento: 10/12/2010ISbN e código de barras: 978-85-63560-09-4

VIAGeNS de GULLIVerJonathan SwiftEm Viagens de Gulliver, polêmica obra-prima do século XVIII Viagens de Gulliver, polêmica obra-prima do século XVIII Viagens de Gulliverque mistura literatura de viagem, aventura e ficção científica, Jonathan Swift expõe o homem, suas instituições, seu apego irracional ao poder e ao ouro, e sua insistência em prolongar a vida

Quem lê pela primeira vez a versão original de Viagens de Gulliver, tendo como pano de fundo uma vaga lem-brança de adaptações infantis, espanta--se ao constatar que tem nas mãos um dos textos mais amargos do cânone oci-dental.

Como observa George Orwell no pre- fácio incluído nesta edição, o livro de Jonathan Swift, apesar de todo o seu res-sentimento e misantropia, é uma obra deliciosa, que permite vários níveis de leitura. É primeiro um livro de viagens — ou melhor, uma sátira aos livros de viagens, tal como Dom Quixote é, entre Dom Quixote é, entre Dom Quixoteoutras coisas, uma sátira aos romances de cavalaria; para as crianças, é uma história de aventuras, cheia das criaturas fantásti-cas e do humor escatológico de que tanto

gostam; e é um dos marcos iniciais da fic-ção científica.

Entretanto, o que mais fascina o lei-tor maduro nessa obra publicada pela primeira vez em 1726 é o olhar implacá-vel que seu autor volta sobre o homem, suas instituições, seu apego irracional ao poder e ao ouro, e sua insistência em prolongar a vida mesmo quando esta só proporciona sofrimento.

Esta edição de Viagens de Gulliver foi Viagens de Gulliver foi Viagens de Gulliverorganizada pelo professor Robert DeMa-ria Jr., também responsável pelo texto de introdução e pelas notas, e conta com ima-gens preciosas, como reproduções da folha de rosto e do frontispício da primeira edi-ção da obra-prima de Jonathan Swift, além de mapas das diferentes terras citadas no romance, inestimáveis para a leitura.

romanceTradução: Paulo Henriques brittoCapa: raul Loureiro, Claudia Warrak448 pp. (estimadas) 13 3 20 cmTiragem: 5000 ex.r$ 29,50Previsão de lançamento: 10/12/2010ISbN e código de barras: 978-85-63560-12-4

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LANÇAMENTOS dezembro 2010 6

o rATINHo Se VeSTeJeff Smith

Não há nada de que o ratinho goste mais do que ir ao celeiro: tem um monte de lugares onde correr e se esconder, isso sem falar nas galinhas e nos outros bichos que vivem ali.

Mas, antes de ir até lá com a mãe e os irmãos, ele tem que se vestir, e como isso dá trabalho! É preciso colocar a cue-ca prestando atenção na etiqueta e no bu-raco para a cauda; vestir as calças, o que

só dá para fazer sentado; acertar todos os botões da camisa... Será que o ratinho vai conseguir ficar pronto a tempo?

Criada por Jeff Smith, vencedor do prêmio Eisner de quadrinhos, uma das mais importantes premiações do gêne-ro, essa adorável história em quadrinhos vai agradar os pequeninos e tornar mais divertida e prazerosa a tarefa diária de se aprontar para sair.

O ratinho precisa se vestir antes de ir passear no celeiro com a mãe e os irmãos. Mas, rapaz, ele não imaginava que seria tão trabalhoso!

Tradução: érico AssisCapa dura32 pp.22,8 3 15,6 cmTiragem: 3000 ex.r$ 27,00Previsão de lançamento: 2/12/2010ISbN e código de barras: 978-85-7406-455-0

48 pp.26,5 3 21 cmTiragem: 3000 ex.r$ 43,00Previsão de lançamento: a definirISbN e código de barras: 978-85-7406-448-2

Alguns de nossos grandes ilustradores têm se revelado escritores de mão-cheia. Não é de estranhar: quem conta histórias com o traço está igualmente sensibilizado com a narrativa através de palavras. Ro-ger Mello é um grande exemplo. Indica-do ao prêmio Hans Christian Andersen, considerado o Nobel da literatura infan-

CooNTrAdANçATexto e ilustrações: Roger MelloTexto e ilustrações: Roger Mello

Uma menina e um macaco Uma menina e um macaco brincam de se mirar em brincam de se mirar em uma loja de espelhos. uma loja de espelhos. Fotomontagens ilustram Fotomontagens ilustram o texto, que é uma grande e sensível metáfora das várias identidades (ou reflexos) que compõem cada um de nós

til, ele agora lança um de seus livros mais ousados e inventivos.

Em um diálogo que mais parece so-nho, a filha de um vidraceiro conversa com um macaco que é quase o seu reflexo. Em poucas palavras, os dois falam sobre medo e coragem, e sobre os infinitos refle-xos que nossa imagem pode gerar.

TeLeFoNe Sem FIoIlan Brenman/ Ilustrações: Renato Moriconi

Ilan Brenman, autor de muitos li-vros de sucesso, não tirava da cabeça a cena de um grupo de crianças e adul-tos falando um no ouvido do outro, ao brincar de telefone sem fio, e as varia-das expressões — de curiosidade, ale-gria, estranheza — que cada um fazia ao ouvir o cochicho. Imaginou essas ca-ras todas nos mais diferentes persona-

gens de histórias infantis — arlequins, reis, piratas, papagaios, turistas, o Lobo Mau, a Chapeuzinho... — e chamou seu amigo e ilustrador Renato Moriconi para contar essa história somente com imagens.

O que cada um estará cochichando ao pé do ouvido só mesmo as crianças pode-rão dizer.

Um autor cochicha a ideia deste Telefone sem fio no ouvido de um ilustrador. O resultado, assim como na brincadeira, não poderia ser mais inusitado e gracioso...

32 pp.27 3 36 cmTiragem: 3000 ex.r$ 35,00Previsão de lançamento: a definirISbN e código de barras: 978-85-7406-463-5

Previsão de lançamento: a definirN e código de barras:

978-85-7406-448-2