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ii Destaques do Ano Fiscal Destaques do Ano Fiscal de 2004 Tabela 1 – Garantias Emitidas Total 2000 2001 2002 2003 2004 1990–2004 Nº de Garantias Emitidas 53 66 58 59 55 711 Nº de Projetos Apoiados 37 46 33 37 35 453 Volume de Novas Emissões, Bruto ($ B) 1,6 2,0 1,2 1,4 1,1 12,8 Volume de Novas Emissões, Total ($ B) 1 1,9 2,2 1,4 1,4 1,1 13,5 Risco bruto ($ B) 2 4,4 5,2 5,3 5,1 5,2 Risco líquido ($ B) 2 2,8 3,2 3,2 3,2 3,3 1 Inclui as quantidades acionadas pelo CUP (Cooperative Underwriting Program – Programa de Subscrição Cooperativa). 2 Risco bruto é a responsabilidade máxima sobre o acumulado. O risco líquido é o risco bruto menos o resseguro. Figura 1 Ganhos* recebidos com prêmios, Figura 2 Número de atividades de comissões e ganhos de investimentos, $ M assistência técnica * Exclui outros ganhos. Afiliação No exercício financeiro de 2004, a República Islâmica do Irã e o Suriname afiliaram-se à Agência Multilateral de Garantia de Investimentos (MIGA), elevando o número de países membros a 164. Todos os valores em dólares constantes deste Relatório Anual referem-se ao dólar dos EUA atual, salvo especificação em contrário. 04 03 02 01 00 98 96 94 92 90 40,9 14,2 25,3 28,7 30,4 23,5 13,7 9,4 39,5 40,4 36,5 29,5 24,1 21,9 9,9 4,7 5,4 7,2 3,1 0,5 Ganhos de investimentos Ganhos com prêmios e comissões 04 03 02 01 00 99 98 97 96 65 71 77 74 41 45 16 34 24

Destaques do Ano Fiscal de 2004 - miga.org · iii Cobertura para áreas prioritárias1 20 projetos e 35 atividades de assistência técnica em países2 elegíveis pela AID 14 projetos

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Destaques do Ano Fiscal de 2004

Tabela 1 – Garantias Emitidas

Total2000 2001 2002 2003 2004 1990–2004

Nº de Garantias Emitidas 53 66 58 59 55 711Nº de Projetos Apoiados 37 46 33 37 35 453

Volume de Novas Emissões, Bruto ($ B) 1,6 2,0 1,2 1,4 1,1 12,8Volume de Novas Emissões, Total ($ B)1 1,9 2,2 1,4 1,4 1,1 13,5

Risco bruto ($ B)2 4,4 5,2 5,3 5,1 5,2 –Risco líquido ($ B)2 2,8 3,2 3,2 3,2 3,3 –

1 Inclui as quantidades acionadas pelo CUP (Cooperative Underwriting Program – Programa de Subscrição Cooperativa).2 Risco bruto é a responsabilidade máxima sobre o acumulado. O risco líquido é o risco bruto menos o resseguro.

Figura 1 Ganhos* recebidos com prêmios, Figura 2 Número de atividades decomissões e ganhos de investimentos, $ M assistência técnica

* Exclui outros ganhos.

AfiliaçãoNo exercício financeiro de 2004, a República Islâmica do Irã e o Suriname afiliaram-se à Agência Multilateral deGarantia de Investimentos (MIGA), elevando o número de países membros a 164.

Todos os valores em dólares constantes deste Relatório Anual referem-se ao dólar dos EUA atual, salvo especificação em contrário.

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Cobertura para áreas prioritárias1

� 20 projetos e 35 atividades de assistência técnica em países2 elegíveis pela AID� 14 projetos para pequenas e médias empresas3

� 8 projetos “Sul-Sul”4

� 4 projetos e 28 atividades de assistência técnica na África Subsaariana

Destaques� Primeira cobertura de garantia para investidores da República Tcheca e Polônia� Apoio a três projetos de recursos hídricos — dois na China e um na Rússia� 16 projetos respaldados em países afetados por conflitos� 65 atividades de assistência técnica implementadas em 29 países, em conjunto com iniciativas regionais e

globais� Novo trabalho de assistência técnica iniciado no Afeganistão, China, Mali, Paraguai, África do Sul e Tajiquistão� O European Investor Outreach Program (Programa para Incluir Investidores Europeus) lançado com o co-

patrocínio do governo austríaco� Lançamento do Centro de Promoção de FDI (Investimento Estrangeiro Direto)

Parcerias� Cinco novos contratos de cooperação assinados com a ATI (African Trade Insurance Agency ), BDEAC (Banque

de Développement des États de l’Afrique Centrale), EGFI (Export Guarantee Fund of Iran), JLGC (Jordan LoanGuarantee Corporation) e SACE (Servizi Assicurativi del Commercio Estero of Italy)

� Resseguro facultativo propiciado à MIGA — US$238 milhões para sete projetos; e pela MIGA — US$4,0milhões para um projeto

� Programas de treinamento realizados por parceiros da MIGA da Europa e Canadá. Programa de treinamentoregional implementado no Irã

Cooperação com o Grupo do Banco Mundial� Trabalhou em conjunto com o Serviço de Consultoria sobre Investimentos Estrangeiros na China, Fidji, Ilhas

do Pacífico e Tagiquistão� Realizou atividades de promoção de investimentos na Armênia, Honduras, Iraque e Moçambique com o Banco

Mundial� Trabalhou em conjunto com o Banco Mundial para promover oportunidades de negócios no setor privado no

Afeganistão� Aprovação da diretoria para recurso conjunto de Garantia da MIGA-AID, também garantido pela Agence

Française de Développement, para apoiar investimentos no Oeste da África� Colaborou com a Corporação Financeira Internacional (IFC) e com o Banco Mundial no projeto Sasol de gás e

óleo, em Moçambique� Trabalhou com a IFC em projetos de assistência técnica na China e no Panamá

Reivindicações� Dirimiu seis controvérsias abrangendo investidores assegurados pela MIGA com resultado favorável para

todas as partes

1 Alguns projetos tratam de mais de uma área de prioridade.2 A Associação Internacional de Desenvolvimento (IDA), membro do Grupo do Banco Mundial, ajuda os países mais pobres do mundo a redu-zir a pobreza, favorecendo “créditos”— empréstimos a juros zero — e concessões.3 Uma pequena e média empresa atende a duas das três seguintes condições: até 300 empregados; total do imobilizado não superior aUS$15 milhões e total de vendas anuais não superior a US$15 milhões.4 Investimentos entre países em desenvolvimento.

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Carta do Presidente aoConselho de Governadores

James D. Wolfensohn,Presidente da AgênciaMultilateral de Garan-tia de Investimentos(MIGA) e Presidente dasua Diretoria Executiva,apresenta ao Conselhode Governadores, emnome da Diretoria esegundo os Estatutosda MIGA, este relatórioe as declarações finan-ceiras auditadas no

exercício financeiro findo em 30 de junho de 2004.

O Investimento Estrangeiro Direto (FDI) para os paísesem desenvolvimento caiu pelo segundo ano consecutivoem 2003, uma vez que a guerra, o terrorismo e as criseseconômicas dissuadiram diversos investidores estran-geiros a se aventurarem em mercados difíceis ou incer-tos. Essa queda acontece quando a necessidade deinvestimentos privados nunca fora mais urgente. Apesardo progresso alcançado no combate global à pobreza,vários países da África, América Latina e Caribe, Europae Ásia Central estão detectando apenas um ligeiroaumento ou queda no nível de pobreza, em anos. Comomais de dois milhões de pessoas, principalmente nospaíses em desenvolvimento, serão acrescentados àpopulação global nos próximos 25 anos, há uma grandeprobabilidade de que a pobreza mundial seja relegada aum plano inferior.

As instituições do Grupo do Banco Mundial identifica-ram dois pilares estratégicos, fundamentais para aredução da pobreza: gerar o clima para o investimento,empregos e crescimento sustentável e motivar as pesso-as a participarem no desenvolvimento. Ao oferecer segu-ro contra riscos políticos para investimentos estrangeirose assistência técnica aos países em desenvolvimento, aMIGA desempenha um papel crítico de apoio a essaestratégia.

Em resposta ao cenário da queda dos fluxos de investi-mentos estrangeiros diretos, a MIGA conseguiu apoiaruma proporção maior de projetos nos países maispobres elegíveis ao financiamento da AssociaçãoInternacional de Desenvolvimento (AID) e no setor depequenas e médias empresas no exercício financeiro de

2004. Além disso, a MIGA ofereceu garantias a 16 novosprojetos nos países afetados pelos conflitos. Ao reconhe-cer a importância da água potável segura, a Agência tam-bém aumentou consideravelmente seu risco no subsetorhídrico.

O programa de apoio técnico da MIGA continuou em altademanda no exercício financeiro de 2004, à medida queos governos se debatiam em uma competição acirradapara atrair e reter as raras entradas de investimentosestrangeiros diretos. Metade dos 29 países assistidos noexercício financeiro de 2004 é elegível à AID e ocorreram28 atividades na África Subsaariana. Para ajudar os inter-mediários de promoção do investimento — principal-mente em áreas remotas — a acessarem ferramentasmodernas para atrair o investimento estrangeiro direto, aMIGA criou o Centro de Promoção de FDI na web.

O exercício financeiro de 2004 também foi importantedevido a uma mudança de comando na MIGA. Gostariade agradecer ao Sr. Motomichi Ikawa por seu serviçodedicado como Vice-Presidente Executivo da Agênciadurante seis anos. Grande parte do crescimento e da evo-lução da MIGA ocorreu durante sua gestão, com oaumento dos países membros de 145 para 164 e aumen-to do risco bruto de US$2,9 para US$5,2 bilhões. Alémdisso, o Sr. Ikawa liderou o esforço bem-sucedido dedobrar o capital inicial da MIGA.

Gostaria também de dar as boas-vindas à Sra. YukikoOmura, que entrou para a MIGA como nova Vice-Presidente Executiva em maio deste ano. A Sra. Omuratraz para seu novo cargo uma combinação única de váriosanos de experiência bancária em investimentos e umcompromisso com questões de desenvolvimento, como ocombate global contra o HIV/AIDS. Sua liderança dinâ-mica será fundamental para reposicionar a Agência parafomentar o investimento estrangeiro direto com mais efi-ciência, principalmente nos locais de difícil acesso, comoos países afetados por conflitos, e para utilizar totalmen-te a rede de parcerias da MIGA — dentro e fora do Grupodo Banco Mundial.

A nomeação da Sra. Omura surge no momento em que aluta contra a pobreza exige que as instituições do Grupodo Banco Mundial aumentem seu impacto sobre o desen-volvimento. Estou certo de que MIGA, sob sua orientação,fará uma diferença positiva nas vidas das pessoas pobres,ampliando e aprofundando o fluxo de investimentos pro-dutivos para os países em desenvolvimento.

James D. Wolfensohn30 de junho de 2004

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Destaques de Atividadesda DiretoriaOs 164 países membros da Agência Multilateral deGarantia de Investimentos (MIGA), por meio de umConselho de Governadores e uma Diretoria Executiva,orientam seus programas e atividades. Cada país indicaum governador e um suplente. Os poderes corporativosda MIGA cabem ao Conselho de Governadores que delegaa maioria desses poderes a uma Diretoria de 24 diretores.O poder de voto é ponderado de acordo com o capitalacionário que cada diretor representa. Os diretores reú-nem-se regularmente na sede do Grupo do Banco Mundialem Washington, D.C., onde examinam projetos de investi-mentos e tomam decisões sobre os mesmos, bem comosupervisionam as normas administrativas gerais.

Os diretores também participam de um ou mais dascinco comissões permanentes, que ajudam a Diretoria aexercer suas responsabilidades de supervisão por meio deexames minuciosos de políticas e procedimentos. AComissão de Auditoria assessora a Diretoria na adminis-tração financeira e outras questões administrativas parafacilitar as decisões da Diretoria relacionadas à política eao controle financeiros. A Comissão de Orçamento exa-mina aspectos de processos empresariais, políticas admi-nistrativas, padrões e questões orçamentárias comimpacto significativo sobre a rentabilidade das operaçõesdo Grupo do Banco. A Comissão de Eficácia doDesenvolvimento (CODE) assessora a Diretoria na ava-liação das operações e eficácia do desenvolvimento, sob

um prisma de monitoramento do progresso para amissão de redução da pobreza por parte do Grupo doBanco Mundial. A Comissão de Recursos Humanos auxi-lia a Diretoria em questões relacionadas a remuneraçõese outras questões importantes da política de recursoshumanos. Além disso, os diretores fazem parte daComissão sobre Governança em AssuntosAdministrativos da Diretoria Executiva (COGAM).

No exercício financeiro de 2004, a Diretoria da MIGA con-cordou com ou aprovou 39 operações individuais degarantias de investimento. Também supervisionou e exa-minou o orçamento e o processo de planejamento daMIGA. Além disso, a Diretoria tomou conhecimento deum relatório estabelecendo o Programa de PequenosInvestimentos (SIP) da MIGA e aprovou uma dispensa dorequisito de distribuir à Diretoria os relatórios das garan-tias emitidas sob o SIP antes de serem aprovadas peloPresidente. A Diretoria aprovou a contribuição da MIGApara a criação de um mecanismo de garantia conjunta —envolvendo a AID, a Agence Française de Développemente a MIGA. Esse mecanismo financia investimentos nosestados da África Ocidental membros do Banque Ouest-Africaine de Développement (BOAD). Além disso, aDiretoria aprovou uma dispensa do requisito de distribuirà Diretoria os relatórios de garantias emitidas pelo meca-nismo antes da aporovação por parte do Presidente. ADiretoria aprovou e submeteu ao Conselho deGovernadores uma proposta para obter a paridade dopoder de voto entre os países membros da Categoria 1(países desenvolvidos) e da Categoria 2 (países emdesenvolvimento) da MIGA.

Diretoria Executiva da MIGA em 30 de junho de 2004

Em pé, da esquerda para a direita: Per Kurowski, Terry O’Brien*, Otaviano Canuto, Paulo F. Gomes, Nuno Mota Pinto*, PierreDuquesne, Thorsteinn Ingolfsson, Tanwir Ali Agha, Tom Scholar, Gino Pierre Alzetta*, Eckhard Karl Deutscher, Alexey G. Kvasov,Louis A. Kasekende, Abdulrahman M. Almofadhi*, Rapee AsumpinpongSentados, da esquerda para a direita: Guangyao Zhu, Pietro Veglio, Carole Brookins, Mahdy Ismail Aljazzaf, Gobind Nauth Ganga*,Tamara Solyanyk*, Alieto A. GuadagniAusentes: Chander Mohan Vasudev, Masakazu Ichikawa** Suplente

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Mensagem daVice-Presidente Executiva

É para mim uma honra ter sido nomeada Vice-Presidente Executiva da MIGA em maio deste ano e tra-balhar em uma organização que apóia a missão doGrupo do Banco Mundial de reduzir a pobreza, catali-sando o investimento estrangeiro direto para o mundoem desenvolvimento.

Como o Presidente Wolfensohn costuma enfatizar, a esca-lada do desafio do desenvolvimento é realmente desalen-tadora — mas não tão difícil quanto o preço do fracasso.Cerca de 1,2 bilhão de pessoas ainda vivem com menosde US$1 por dia, de 2 a 2,5 bilhões de pessoas não têmacesso ao saneamento, 1,5 bilhão de pessoas não têmacesso à água potável e outras tantas não têm acesso àeletricidade. O êxito só pode ser alcançado por meio deum compromisso conjunto e ampliado por parte de orga-nizações multilaterais e dos governos dos países desen-volvidos e em desenvolvimento.

Mesmo sendo uma agência pequena, a MIGA tem umamplo mandato: fomentar fluxos produtivos do investi-mento estrangeiro direto (FDI) para os países em desen-volvimento. Como presenciamos em vários desses paí-ses, o crescimento econômico por meio do desenvolvi-

mento de um setor privado próspero é um dos meiosmais importantes para sair da pobreza. O investimentoestrangeiro direto desempenha um papel importante parapropiciar capital privado, criar empregos, trazer conheci-mentos técnicos e know-how administrativo, bem comopara vincular os países em desenvolvimento aos merca-dos globais.

Nos últimos anos, o investimento estrangeiro direto nospaíses em desenvolvimento tem diminuído acentuada-mente. De uma cifra recorde de US$180 bilhões em1999, os fluxos desses investimentos nos países emdesenvolvimento tiveram uma queda superior a 25%. Eisso está acontecendo exatamente ao aumentarem asnecessidades de investimento dos países em desenvolvi-mento — principalmente na infra-estrutura básica. Oproblema é mais grave do que essas estatísticas abran-gentes indicam, porque mais de 60% do investimentoestrangeiro direto em países em desenvolvimento sãocanalizados para apenas cinco países. Enquanto os paí-ses do Leste Asiático, os países candidatos à adesão àUE e alguns países da América Latina atraíram a maiorparte do investimento, a maioria dos países — principal-mente na África e nas áreas de conflito — não conseguiuatrair nem reter montantes expressivos desse investi-mento.

Esse ambiente operacional hostil gerou resultados opos-tos para a Agência no exercício financeiro de 2004.Embora o volume total de garantias emitidas tenha dimi-nuído um pouco, a US$1,1 bilhão, uma parcela maior dosprojetos apoiados ocorreu nos países mais pobres, elegí-veis ao financiamento proporcionado pela AssociaçãoInternacional de Desenvolvimento (AID). Na realidade, aeficácia da MIGA como agência de desenvolvimento resi-de no fato de desempenhar um papel ao financiar investi-mentos privados seguros em ambientes que, de outraforma, seriam considerados muito arriscados pelos inves-tidores. Em tais situações, a MIGA pode gerenciar os ris-cos com mais eficiência, principalmente no tocante aosetor de seguros privados e com isso oferecer coberturaonde os outros não podem. Esse papel é particularmenterelevante quando há declínio ou marasmo dos fluxos deinvestimento estrangeiro direto.

A MIGA também pode proporcionar valor adicional emtransações complexas, principalmente na infra-estrutura.Notamos muito interesse e preocupação por parte dosinvestidores em relação a projetos de recursos hídricos emparticular. A capacidade da MIGA de cobrir o risco subso-berano pode reduzir as inquietações políticas e estimularo investimento neste subsetor. Estamos formando nossabase de experiência, fazendo seguro de três projetos de

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recursos hídricos no ano passado, dois na China e um naRússia. Também vislumbramos oportunidades de traba-lhar com investidores em pequenos projetos de infra-estrutura. Mais especificamente, temos trabalhado com oBanco Mundial, Agence Française de Développement eBanque Ouest-Africaine de Développement (BOAD) noestabelecimento de um mecanismo de garantia conjuntana África Ocidental para financiar pequenos projetos deinfra-estrutura na sub-região.

MIGA ampliou seu apoio ao setor de pequenas e médiasempresas, patrocinando 14 novos projetos no exercíciofinanceiro de 2004. Embora este setor seja responsávelpela maioria das atividades do setor privado nas econo-mias em desenvolvimento, as pequenas empresas estran-geiras enfrentam problemas específicos ao identificaremriscos e oportunidades internacionais e ao buscarem osinstrumentos adequados para a redução dos riscos. Asatividades da MIGA no exercício financeiro de 2004 refle-tem os esforços incessantes que tem envidado e conti-nuará a envidar no sentido de amparar este setor poucoassistido.

MIGA também desempenha um papel importante ao esti-mular o investimento estrangeiro direto em países afeta-dos por conflitos — é justamente aí que somos maisnecessários, uma vez que a percepção do risco políticogeralmente é muito alta e a capacidade de redução dorisco é bastante limitada. Atualmente, a Bósnia eHerzegovina e Sérvia e Montenegro estão entre nossos 10primeiros países beneficiários. No exercício financeiro de2004, a MIGA patrocinou 16 novos projetos em paísesafetados por conflitos.

Além disso, tenho o compromisso de melhorar nossa dis-tribuição regional, principalmente na África Subsaariana eno Oriente Médio e África do Norte, as duas regiões quereceberam o menor investimento estrangeiro direto eonde o desempenho da Agência tem ficado aquém dasexpectativas, apesar dos amplos esforços de atingir essasregiões.

Estamos trabalhando em um ambiente em mudança,onde aumentam as demandas tanto dos países anfitriõescomo do setor privado. Para continuar a desempenharum papel de liderança na promoção e catalisação doinvestimento estrangeiro direto, a MIGA deverá adaptar-se a essas mudanças e garantir que os projetos por elapatrocinados contribuam para o desenvolvimento susten-tável com muito mais eficiência. Para isso, introduzi algu-mas mudanças na organização, estrutura e prioridades daMIGA, que permitirão à Agência ser mais dinâmica, efi-ciente e inovadora.

A fusão das unidades de Assistência Técnica e Garantiasda MIGA em um único departamento operacional, comsede em Washington, D.C., permitirá uma relação maispró-ativa para nossos clientes diversificados mas inter-relacionados — países anfitriões e investidores estrangei-ros. Agora, com as duas atividades reunidas em umaúnica unidade, a MIGA poderá atender melhor aos paísesmembros por meio de uma perspectiva incomparável doque os investidores buscam ao considerarem um investi-mento e quem poderiam ser esses investidores. Aomesmo tempo, a MIGA poderá oferecer aos possíveisinvestidores uma conveniência adicional no sentido deque sua equipe está trabalhando em coordenação contí-nua e estreita com o país anfitrião relevante, a fim degarantir a presença das condições adequadas não somen-te para atrair como também para reter o investimentoestrangeiro.

Além disso, uma estrutura abrangente de gerenciamentode riscos apoiará as atividades de subscrição da MIGA,avaliando de modo holístico os riscos dos projetos,gerenciando ativamente a exposição de sua carteira a ris-cos e trabalhando proativamente para solucionar possí-veis reivindicações antes de surgirem. Também trabalha-remos ainda mais estreitamente com nossos parceiros dedesenvolvimento, dentro e fora do Grupo do BancoMundial.

O trabalho da assistência técnica da MIGA é um recursoinestimável, capaz de beneficiar as atividades de garan-tias da Agência. Isso é importante principalmente paraos mercados difíceis ou da linha de fronteira, onde aAgência tem atuado de modo especial. No exercíciofinanceiro de 2004, a MIGA empreendeu 35 atividades deassistência técnica em países elegíveis à AID. A Agênciatambém lançou o Programa para Incluir InvestidoresEuropeus, com sede em Viena, com o objetivo deaumentar a visibilidade dos investidores dos BálcãsOcidentais, região cuja imagem padece com os conflitospassados. As atividades on-line da MIGA apóiam as ope-rações da Agência ao vincular investidores a países anfi-triões, propiciando um único ponto de referência paraoportunidades de investimento. Além disso, o lança-mento do Centro de Promoção de InvestimentosEstrangeiros Diretos, um portal on-line baseado nofamoso Conjunto de Ferramentas de Promoção deInvestimentos da MIGA, amplia o âmbito das capacida-des de treinamento e do intercâmbio de conhecimentosda Agência.

A melhor maneira de atender a nossos acionistas éfocalizar de forma ainda mais direta nossos clientes eparceiros. Nossos objetivos devem ser alavancar os

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pontos fortes exclusivos da MIGA ao desbravar os mer-cados difíceis ou da linha de fronteira; assegurar que aMIGA apóie projetos que contribuam para o desenvol-vimento sustentável; e garantir que os produtos ofereci-dos a nossos países anfitriões e clientes investidores

sejam relevantes para o ambiente de mercados cam-biantes.

Yukiko Omura30 de junho de 2004

Equipe da Diretoria da MIGA

(Esquerda para a direita)

Luis DoderoConsultor Jurídico e Vice-Presidente,Questões Jurídicas e Reivindicações

Frank LysyEconomista-Chefe e Diretor,Economia e Política

Moina VarkieChefe, Relações e ParceirosInternacionais

Yukiko OmuraVice-Presidente Executiva

Tessie San MartinDiretor, Operações

Amédée ProuvostDiretor Executivo Financeiro e Diretor,Administração Financeira e de Riscos

Marcus WilliamsAssistente Especial daVice-Presidente Executiva

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Na maioria dos países em desenvolvimento, a assistência oficial ao desenvolvimentoe os recursos privados locais não são suficientes para estimular o crescimento econô-mico e propiciar as oportunidades necessárias para melhorar a qualidade de vida. Como adequado ambiente normativo e de procedimentos, o investimento estrangeiro évital para dar acesso aos recursos necessários — capital, tecnologia e melhores práti-cas administrativas e ambientais — para impulsionar o desenvolvimento.

A missão da MIGA é permitir que os países em desenvolvimento fortaleçam suas eco-nomias locais, reduzam a pobreza e melhorem a qualidade de vida das pessoasmediante a promoção do investimento estrangeiro direto. A MIGA faz isso de duasmaneiras: seu seguro contra riscos políticos faz a diferença entre o avanço ou não deum investimento estrangeiro produtivo; e suas atividades de assistência técnica aju-dam a equipar os países com as ferramentas necessárias para atrair e reter os investi-mentos estrangeiros.

Os projetos patrocinados pela MIGA abrangem diversos setores que proporcionamvários benefícios diretos aos países anfitriões, inclusive a criação local de empregos,transferência de conhecimentos e um impacto positivo geral sobre a economia pormeio de arrecadações fiscais e receitas provenientes da exportação.

Uma parte importante da carteira da Agência destina-se a apoiar serviços financeirose de infra-estrutura, componentes fundamentais do desenvolvimento econômico. Nosetor da infra-estrutura, a demanda por projetos de recursos hídricos tem aumentadocada vez mais na MIGA, uma vez que a Agência pode oferecer garantias no nível sub-soberano — nível em que é tratada a maioria das concessões para recursos hídricos.No exercício financeiro de 2004, MIGA patrocinou dois projetos de recursos hídricosna China e um na Rússia. Esses projetos asseguram o abastecimento de água potávelconfiável e segura — uma das Metas de Desenvolvimento do Milênio — ajudando areduzir a mortalidade infantil e o risco de doenças. Sem esse serviço básico, a ativida-de econômica não pode prosperar.

Os esforços crescentes da MIGA no sentido de integrar suas atividades às Estratégiasde Assistência aos Países (CAS) do Grupo do Banco Mundial otimizarão ainda mais oimpacto da Agência sobre o desenvolvimento. Com a preparação de cada CAS apósprévia consulta a autoridades governamentais, organizações da sociedade civil, par-ceiros do desenvolvimento e outros grupos interessados, a MIGA está em melhorescondições de assegurar que suas atividades de assistência técnica e projetos de garan-tias sejam coerentes com as prioridades dos países e apóiem as iniciativas dos par-ceiros. No exercício financeiro de 2004, a MIGA colaborou com as equipes dos paísesdo Grupo do Banco Mundial na formulação de propostas inovadoras destinadas a faci-litar o investimento estrangeiro direto na Indonésia, Quênia, Moçambique e Tanzânia.

Os temas sobre desenvolvimento discutidos no relatório anual deste ano destacamduas áreas importantes onde a MIGA tem atuado na promoção de investimentoestrangeiro direto. A primeira descreve o apoio da MIGA às pequenas e médias empre-sas. As empresas menores constituem a maior parte do setor empresarial privado nospaíses em desenvolvimento e um setor de pequenas e médias empresas próspero é,por conseguinte, crítico para criar empregos no longo prazo e reduzir a pobreza. Osegundo tema destaca os esforços da MIGA no sentido de auxiliar os países a avalia-rem sua competitividade e a desenvolverem estratégias aprimoradas para atrair e retero investimento estrangeiro direto adequado.

FAZENDOA

DIFERENÇA

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Atingindo as pequenas e médias empresas

As pequenas e médias empresas (PMEs) podem disparar o crescimento econômico até mesmo nos países mais pobres.Na realidade, elas oferecem o que geralmente é a única esperança de vida melhor para milhões de empresários e tra-balhadores nos países em desenvolvimento. Na África, de acordo com a Organização do Desenvolvimento Industrial dasNações Unidas, as PMEs representam 90% de todas as empresas comerciais privadas atualmente em funcionamento.Entretanto, as PMEs enfrentam enormes obstáculos, principalmente nos países em desenvolvimento onde a falta deacesso ao financiamento, recursos internos e capacidades de gerenciamento insuficientes, bem como barreiras legais eregulatórias impõem desafios consideráveis.

O investimento estrangeiro direto pode desempenharuma função importante no desenvolvimento das PMEs,quer por meio de joint ventures com parceria local, quermediante o estabelecimento de empresas de capital 100%estrangeiro. O investimento estrangeiro direto abre aces-so ao crédito, novas tecnologias, práticas empresariaismodernas e associações do mercado para as empresasmenores. Até o momento, a maior parte do apoio daMIGA às PMEs — mais de 70% — tem ocorrido por meioda provisão de garantias a instituições financeiras queconcedem empréstimos a essas empresas. O investimen-to estrangeiro direto no setor financeiro dos países emdesenvolvimento tem não somente ajudado a ampliar oacesso ao capital para as PMEs, como também introduzi-do novas tecnologias, serviços mais eficientes e novosprodutos nos sistemas bancários desses países.

O Raiffeisen Bank S.A. Romania (RBRO), cujos sistemasoperacionais de empréstimos são apoiados por emprésti-mos de longo prazo de sua matriz austríaca, RaiffeisenZentralbank Österreich AG (RZB), tem sido um beneficiá-rio do enfoque da MIGA sobre as PMEs. No conjunto, aMIGA tem oferecido garantias em torno de 80 milhões deeuros contra os riscos das restrições de transferência demoedas e expropriação de fundos para os empréstimosda RZB e amortizações de juros para sua subsidiária daRomênia. Uma visita in loco e um exame das operaçõesdo RBRO no exercício financeiro de 2004 confirmaramque o banco está surtindo um impacto positivo sobre odesenvolvimento. Suas operações têm ajudado a aumen-tar o acesso do setor de PMEs da Romênia ao financia-mento de longo prazo e tem oferecido uma grande varie-dade de produtos e serviços financeiros aos clientes dopaís inteiro por meio de uma grande rede de agências. Obanco também tem lançado novos produtos — como o

leasing — além de métodos modernos de controle decaixa para o setor financeiro da Romênia. Atualmente, asPMEs representam mais de 70% da carteira total deempréstimos do RBRO.

Uma PME cliente do RBRO é a Altipo Construction Ltd.(Altipo), uma empresa com atividades de importação,montagem e instalação de janelas. A Altipo iniciou suasoperações em 1997 com três empregados. Hoje em dia,emprega cerca de 80 trabalhadores e, em 2003, teve ummovimento financeiro anual de 1,6 milhão de euros. Aempresa necessitava de acesso rápido ao crédito paramanter seu crescimento e procurou o RBRO para solicitarum empréstimo em 2003. “Encontramos no RBRO a fle-xibilidade e vontade de oferecer soluções que ajudariamnossa empresa a crescer”, afirma Sorin Boureanu,Gerente-Geral da Altipo.

Altipo Construction Ltd., Romênia

Quadro 1Apoio a pequenas e médiasempresas em países afetados porconflitos

O investimento em PMEs reveste desafios peculiares nos países afe-tados por conflitos e a experiência da MIGA revela que o seguro podedesempenhar um papel crítico para reduzir as inquietações dos inves-tidores quanto à ameaça de novos focos de violência, ausência dedivisas e a possibilidade de que as leis não sejam impostas.

Até esta data, a MIGA promoveu o investimento direto do estrangei-ro em diversos países afetados por conflitos, inclusive o Azerbaijão,Bósnia e Herzegovina, Nigéria e Sérvia e Montenegro. No exercíciofinanceiro de 2004, a Agência apoiou 16 novos projetos em países afe-tados por conflitos. Um desses projetos está associado a uma garan-tia de US$1,3 milhão para o International Dialysis Centers B.V. (IDC)dos Países Baixos para investimento em uma nova instalação de diá-lise renal no território da República Srpska da Bósnia e Herzegovina.Esta foi a terceira garantia concedida ao IDC. As duas anteriores, tota-lizando US$1,3 milhão, foram concedidas no exercício financeiro de2001 para a criação e administração de uma instalação de diáliserenal na cidade de Banja Luka.

A nova instalação prestará serviços de diálise de alta qualidade para25% de todos os pacientes de diálise que vivem no território daRepública Srpska. Com equipamentos médicos modernos, a insta-lação ajudará a aumentar a expectativa e melhorar a qualidade de vidados pacientes. O hospital que abriga o novo centro de tratamentodeverá também beneficiar-se com os reparos associados à nova ins-talação. Além disso, o projeto implantará uma unidade de descarte dolixo médico e tratamento da água e já está proporcionando amplotreinamento técnico, médico e administrativo à equipe da instalação.

A experiência do IDC na Bósnia e Herzegovina é convincente — tantopelo impacto do projeto causado a um país devastado pela guerra epobreza quanto pelo poder de um pequeno investidor de fazer dife-rença significativa para uma comunidade. A nova clínica substituiuuma instalação existente destruída, onde os serviços eram deficitáriose arriscados para os pacientes. Atualmente, a qualidade do tratamen-to foi submetida a uma mudança completa.

Como primeiro investidor privado no setor de saúde nos Bálcãs, oIDC está abrindo horizontes para outros, desenvolvendo modelosbem-sucedidos que podem ser replicados em outro lugar. “Esta é ahistória de mudança”, diz o Dr. Vlastimir Vlatkovic, diretor-médico daclínica. “Aqui estamos empenhados não somente em curar os pacien-tes como também em educá-los e mudar sua maneira de pensar. Issoé muito importante em um país pós-guerra, onde muitas pessoas têma impressão de que ninguém se importa com elas”.

Banja Luka Dialysis Center, Bósnia e

Herzegovina

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Até hoje, a MIGA apoiou 117 projetos que beneficiamdiretamente as PMEs — 14 projetos só no exercício finan-ceiro de 2004. Um desses projetos é realizado emUganda, onde o setor de PMEs tem desempenhado umpapel fundamental na notável virada do país. No exercíciofinanceiro de 1999, a MIGA emitiu duas garantias novalor de US$6,5 milhões em cobertura, para um investi-mento realizado pela Afriproduce Ltd. (uma empresacom sede no Reino Unido) na Ugacof Ltd., uma insta-lação ugandense de processamento de café. O segurocobre a empresa contra os riscos de restrição de trans-ferência, expropriação e prejuízos civis e bélicos. Esseapoio foi crítico em um momento em que Uganda aindaenfrentava dificuldades financeiras. Uma visita in loco aopaís no exercício financeiro de 2004 demonstrou o impac-to significativo do projeto sobre a economia local. Aempresa introduziu técnicas de processamento de baixocusto para produzir café para exportação e compra amaior parte de seus grãos de café de pequenos agriculto-res, pagando à vista contra-entrega. A empresa tem con-tribuído regularmente nas escolas locais e construiu umainstalação para propiciar à comunidade local melhoracesso à água. Com mais de 200 empregados na folha depagamento, o empreendimento foi bem-sucedido ao esti-mular a transferência de conhecimentos, o treinamento eum sistema de empregos baseado em méritos. Umnúmero significativo de cargos administrativos e desupervisão é exercido por mulheres.

O desenvolvimento das PMEs exige mais do que o inves-timento estrangeiro direto ou apoio financeiro local. Aassistência técnica é uma necessidade crítica, não somen-te para as pequenas empresas, como também para osintermediários prestadores de serviços e autoridadesgovernamentais que têm o poder de eliminar as barreirasburocráticas e decretar leis para criar ambientes amisto-sos às pequenas empresas.

As atividades de reforço institucional da MIGA ajudam afortalecer as funções de simplificação, atendimento edefesa das políticas dos intermediários dos investimen-tos. Conseqüentemente, as pequenas e médias empre-sas se beneficiam de serviços mais relevantes e eficazese das melhorias no clima de investimento. Além disso,os serviços de divulgação de informações on-line daMIGA, como o FDI Xchange e o IPAnet, dispõem de ummecanismo de baixo custo para canalizar informaçõesatualizadas para as PMEs e receber delas as mesmasinformações.

Expandindo para apoiar os pequenos e médiosinvestidores (PMIs)

Experiências recentes demonstram que as empresasmenores voltadas para a expansão internacional podem

acionar o desenvolvimento econômico de uma região pormeio do apoio prestado às PMEs. O sucesso financeirodas províncias do sul da China deve-se em grande parteàs parcerias internacionais de PMIs altamente eficientese a joint ventures abrangendo empresas da ChinaContinental e PMIs com sede em Hong Kong. NaEuropa, surgiu um grande número de parcerias interna-cionais englobando PMIs alemães e austríacos que ter-ceirizam para as PMEs de países do Leste europeu comoa República Tcheca, Hungria e Polônia. E na África,empresas menores da África do Sul estão começando ainvestir em oportunidades atraentes de PMEs situadasnos países vizinhos. Entretanto, há comprovações de quediversos PMIs não podem investir em países em desen-volvimento porque não conseguem ter acesso aos tiposadequados de produtos financeiros e são tratados comindiferença pelas seguradoras. Muitos deles sequer co-nhecem a existência de produtos de garantia de riscospolíticos.

Para apoiar uma fonte de investimentos estrangeiros dire-tos em crescimento potencial, MIGA desenvolveu umPrograma de Pequenos Investimentos (SIP) no exercíciofinanceiro de 2004. O SIP oferece um produto de garan-tias simplificadas que engloba um pacote padronizado decoberturas contra riscos e um processo de subscriçãomais dinâmico e mais eficiente. O Programa trata dediversos problemas relacionados a processos de subs-crição e solicitações de informações enfrentados pelosPMIs ao trabalharem anteriormente com a MIGA. O pro-grama piloto será implementado com a cooperação deinstituições de parceiros externos, como bancos comer-ciais e agências de crédito para exportação. O objetivo doprograma é estimular mais investimentos Sul-Sul, assimcomo aumentar os investimentos dos PMIs em países eregiões que ainda não se beneficiaram significativamentecom os fluxos de investimentos estrangeiros diretos.

Ugacof Ltd., Uganda

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IMPA

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Parâmetros da competitividadedos países

À medida que as empresas deixam as prácticas de austeridade viven-ciadas nos últimos anos, os novos investimentos nos países emdesenvolvimento serão cuidadosamente examinados. Uma empresaprocurará reduzir os riscos, reunindo ao máximo possível de infor-mações de qualidade sobre o ambiente empresarial e as políticas degoverno de um país, fatores industriais específicos, serviços de pro-moção de investimentos, infra-estrutura e mão-de-obra.

Geralmente, as equipes de seleção locais examinam cen-tenas de fatores como parte de um processo de diligênciacada vez mais rigoroso, desenvolvido para proteger asnovas alocações que propiciam a mescla perfeita do customais baixo e melhor valor. À medida que avaliam e com-param as opções de investimento, alguns fatores sãofacilmente quantificáveis, como as despesas atreladasdiretamente ao resultado final, incluindo os custos demão-de-obra, impostos e custos de reforma para locaçãoou arrendamento. Outras exigem um julgamento maisqualitativo, como uma avaliação da condição das estradase da eficiência dos serviços públicos.

Com a concorrência cada vezmais acirrada por investimentosestrangeiros diretos, as entida-des de promoção de investi-mentos nos países em desen-volvimento devem ter conheci-mento sólido dos investidoresprocurados. Devem esforçar-semuito para conhecer as dife-renças entre esses investidores,o que podem oferecer e o queos tornaria preferidos para as empresas avaliando diver-sas opções de investimento.

MIGA lançou uma série de análises regionais para benefi-ciar tanto investidores como países anfitriões, fazendo obenchmark dos fatores críticos avaliados pelos investido-res estrangeiros ao examinarem locações para seus proje-tos internacionais.

Os estudos comparativos proporcionam aos investidoresum “instantâneo” do ambiente operacional das empresasque teriam dificuldade de encontrar em outro lugar. Osestudos os ajudarão a tomar decisões mais abalizadassobre seus investimentos e sobre como reduzir os riscosassociados. MIGA desenvolveu uma nova metodologiapara os estudos, incorporando os fatores que as empre-sas levam em consideração ao fazerem as próprias análi-ses comparativas de localizações. Foram estabelecidosbenchmarks em relação àquelas comparações quantitati-vas que podem ser feitas por meio de diversos fatores crí-ticos, como a estabilidade político-social, custos e dispo-

nibilidade de mão-de-obra eambiente de controle. Foramelaboradas análises para com-plementar o enorme trabalhode diagnóstico já empreendidopelo Grupo do Banco Mundiale para examinar as prioridadesdos investidores, como quaismelhorias e reformas da infra-estrutura são as mais impor-tantes.

Uma empresa que conta com sua interface com os clien-tes em outro país, por exemplo, valorizará as informaçõesrelacionadas à disponibilidade de um grande grupo degerentes locais treinados, eletricidade confiável para ossistemas de telefonia e de computação, fornecimento demão-de-obra com conhecimento sólido de idiomas etransporte seguro para os trabalhadores do turno danoite.

O estudo da MIGA habilitaprogramas de marketing

ajustados e direcionados queposicionam as vantagens

estratégicas de um país sob oprisma do investidor.

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Os estudos trazem benefícios para as autoridades gover-namentais dos países anfitriões, assim como uma análi-se do posicionamento de seus países na concorrênciapor investimentos estrangeiros e ajudarão a criar cam-panhas de marketing nacionais com direcionamentomais eficiente.

O Parâmetro da Competitividade de InvestimentosEstrangeiros Diretos na Ásia, o primeiro da série, exami-na os setores de serviços eletrônicos e compartilhadosem seis países asiáticos — China, Indonésia, Malásia,Filipinas, Tailândia e Vietnã — e faz recomendações paraajudar esses países a atrairmais investimentos estrangei-ros nesses setores.

Para realizar o estudo, os pes-quisadores partiram de diver-sas fontes de dados, inclusiveas fontes públicas de infor-mações sobre custos de mão-de-obra e de bens imobiliários,serviços de utilidade pública,acesso aos mercados, impostos, infra-estrutura de trans-portes e remessas, além das condições habitacionais ecomerciais. Também entrevistaram 64 empresas que ope-ram nos países participantes e solicitaram aos entrevista-dos que classificassem os vários aspectos desses fatorescom base na experiência de cada um.

O estudo revela uma perspectiva competitiva em que osseis países podem diferenciar suas localizações como“produtos” distintos para os possíveis investidores.Nenhum país foi apontado como o líder natural em todosos fatores e em ambos os setores, assim como nenhumpaís demonstrou estar em uma posição incapaz de com-petir pelo investimento estrangeiro direto. Entretanto, oestudo sugere a existência de uma grande oportunidadepara os países individuais se concentrarem em seus pon-tos fortes comparativos em ambos os setores e desenvol-verem mercados de nichos. De modo geral, os pontos for-tes identificados foram grandes grupos de trabalhadoresdisponíveis especializados ou não, custos de mão-de-obra relativamente baixos e domínio do idioma inglês —todos os fatores importantes para transações “adminis-

trativas”. Os pontos fracos incluíam os desafios relacio-nados à infra-estrutura de energia e transportes, trans-parência e procedimentos do governo, falta de conheci-mentos do idioma ou técnicos e redes de fornecedoressubdesenvolvidas.

A China, por exemplo, gaba-se por ser a melhor base deabastecimento desenvolvida entre os países pesquisados,oferecendo mão-de-obra de baixo custo e baixos custosde bens imóveis e de construção civil. Entretanto, hádesafios que abrangem regulamentações onerosas sobrea mão-de-obra que sobrecarregam os empregadores com

custos pesados, incluindo dife-renças na cultura empresarial.Por outro lado, a força de tra-balho relativamente bem treina-da do Vietnã e muita mão-de-obra não-especializada e debaixo custo ajudaram a atrairuma base dos grandes fabrican-tes de componentes eletrônicosdo Japão e da Coréia. Contudo,a infra-estrutura subdesenvolvi-

da, a falta de empregados no nível gerencial e uma baseinadequada de setores de apoio foram identificadascomo desafios.

O programa Benchmarking da Competitividade deInvestimentos Estrangeiros Diretos na Ásia foi financiadopela Iniciativa Miyazawa, um programa especial sob osauspícios do programa japonês de assistência estrangeiraorientado para a promoção da recuperação financeira nospaíses mais afetados pela crise financeira asiática do finalda década de 1990. O estudo funciona como piloto de umprograma mais abrangente de benchmark competitivoque incluirá análises dos setores industriais na África,Sudeste europeu e Oriente Médio. Desde já, é considerá-vel a demanda. A pedido de autoridades municipais daProvíncia de Sichuan da China, MIGA realizará um estudocomparativo de 12 municípios usando a metodologia debenchmark. O trabalho englobará a colaboração com aCorporação Financeira Internacional (IFC) e suaInstalação para Desenvolvimento de Projetos da China,que capacita as pequenas empresas locais por meio deassistência técnica e treinamento.

Análise comparativa capta adinâmica do ambiente compe-

titivo e examina a decisãocomplexa dos investidores ao

escolherem localizações

Custos e Condições do Investimento EstrangeiroDireto nos Setores de Serviços Eletrônicos eCompartilhados em Seis Países

Este estudo de custos e condições do investimentoestrangeiro direto na China, Indonésia, Malásia,Filipinas, Tailândia e Vietnã foi criado na IniciativaMiyazawa, um componente especial do programajaponês de assistência internacional orientado paraa promoção da recuperação econômica nos paísesmais afetados pela crise financeira asiática de 1997.Os esforços da Agência Multilateral de Garantia deInvestimentos (MIGA) nessa iniciativa tambémapoiaram a criação de capacidades nos intermediá-rios nacionais de promoção de investimentos daCoréia, Tailândia e Filipinas, bem como aumentarama conscientização a respeito da importância do segu-ro contra riscos não-comerciais ao fomentar o fluxode investimentos estrangeiros diretos.

No site www.ipanet.net/snapshotasia há uma cópiadesta publicação.

Metodologia doBenchmarking

O processo de benchmarking da MIGA é formadopor três fases: pesquisa no nível de desktop, entre-vistas externas e interpretação de resultados.

Pesquisa no Nível de Desktop — Fase ICalcular os custos

Especificar as condiçõesIdentificar recursos

Normalizar os dadosInserir os dados no Modelo

Entrevista externa – Fase IIEntrevistas com investidores estrangeiros

Ajustar os custos e as condiçõesNormalizar os resultados

Inserir os dados no Modelo

Interpretação de Resultados - AchadosNormalizar os dados

Análises de benchmarkingAnálise competitiva

Reclassificar os resultados