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1 OPERAÇÕES UNITÁRIAS III - ACS1009 Destilação Curso: Engenharia Química Prof. Humberto Neves Maia de Oliveira– ([email protected]) Semestre: 2014.2 Horário: 246M34 (08:55-10:35) Departamento de Engenharia Química - DEQ Calendário proposto Semestre: 2014.1 45 Horas: 2 unidades 1 unidade: extração líquido-líquido. e extração sólido-líquido. 24 h/aula – 12 encontros – 17/03 a 14/04 2 h/aula – prova 16/04 total: 26 horas 2 unidade: destilação, absorção, adsorção e troca Iônica 26 h/aula – 13 encontros - 23/04 a 21/05 2 h/aula – prova 23/05 total: 28 horas

Destilação_Partes 1, 2 e 3

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  • 1OPERAES UNITRIAS III - ACS1009

    Destilao

    Curso: Engenharia Qumica

    Prof. Humberto Neves Maia de Oliveira ([email protected])

    Semestre: 2014.2

    Horrio: 246M34 (08:55-10:35)

    Departamento de Engenharia Qumica - DEQ

    Calendrio proposto

    Semestre: 2014.1

    45 Horas: 2 unidades

    1 unidade: extrao lquido-lquido. e extrao slido-lquido. 24 h/aula 12 encontros 17/03 a 14/04 2 h/aula prova 16/04 total: 26 horas

    2 unidade: destilao, absoro, adsoro e troca Inica 26 h/aula 13 encontros - 23/04 a 21/05 2 h/aula prova 23/05 total: 28 horas

  • 2Bibliografia

    Foust, W. Princpios das OperaesUnitrias. Editora Livro Tcnico Cientfico.Rio de Janeiro, 1982.

    Caldas, J. N. Lacerda, A. I., Veloso, E.Internos de Torres - Pratos & Recheios - 2Ed. 2007. Editora Intercincia. Rio deJaneiro

    Ocon, J.; Tojo, G. Problemas de IngenheriaQuimica. Editora Ciencia y Tecnica . 1974.

    Bibliografia

    J. M. Colson e J. F. Richardson, E.Tecnologia Qumica - Operaes Unitria-2Ed. 1968. Editora Fundao CalousteGolbenkian. Lisboa, Vol. I e II

    Warren L. McCabe e Julian C. Smith.Operaciones Bsicas de Ingenieria Qumica.Editora Revert S.A., Vol. 1 e 2, Barcelona,1975.

    George G. Brawn. Operciones bsicas de laIngenheria Quimica. Editora Marn, S.A.,1965.

  • 3Destilao

    Destilao uma Operao Unitria em EngenhariaQumica em que um ou mais constituintes de uma soluo vaporizada atravs de calor e o vapor obtido condensadoatravs de resfriamento.

    # A separao dos constituintes est baseada na diferena devolatilidade.

    # As fraes obtidas so em geral submetidas s vriasvaporizaes e condensaes parciais ate a obteno dos produtosnas composies desejadas.

    Destilao

    Equilbrio lquido-Vapor

    A separao dos constituintes de uma mistura lquidapor destilao s poder ser efetuada quando:

    # O vapor produzido na ebulio tiver composio diferente dolquido original.

    # E quanto maior for essa diferena, melhor ser a destilao.

  • 4Destilao: Misturas BinriasDiagramas de Presso de vapor ( T = Cte)

    Fig 1 Diagramas presso x composio

    Destilao: Diagramas de Equilbrio

  • 5Destilao

    Destilao: Clculos dos dados de Equilbrio

    Em geral os dados de equilbrio so determinados atravs dos seguintes mecanismos:

    # Construo de diagramas, a partir dos dados de presso de vapor dos componentes da mistura, cujo comportamento se aproxime do ideal.

    # Atravs de clculos aproximados a partir de dados incompletos relativos a curva de ebulio.

    # Experimentalmente em equipamentos que, para cada temperatura, possam ser isolados amostras do vapor e do lquido nas condies de equilbrio.

  • 6Destilao

    Lei de Raoult (solues ideais)

    o

    AAA . Pxp = ( ) oBAoBBB P.x . Pxp == 1

    BA p pP += ( ) oBAoAA P.xP.xP += 1

    Presso parcial de APresso de vapor de A

    Frao molar de A na fase lquida

    Ppy AA = P

    py BB =

    Frao molar de A na fase vapor Frao molar de B na fase vapor

    Destilao

    Volatilidades Absoluta e Relativa

    Volatilidade Absoluta de um componente a relao entre sua presso parcial na fase vapor e sua frao molar na fase lquida.

    A

    AA

    x

    p =

    B

    BB

    x

    p =

    o

    B

    o

    A

    A

    A

    B

    B

    B

    B

    A

    A

    B

    A

    PP

    x

    y.

    yx

    x

    px

    p

    =

    =

    ==

    =

    B

    A

    B

    A

    x

    x

    yy

  • 7Destilao

    Como: eAB yy =1 AB xx =1

    =

    A

    A

    A

    A

    x-1x

    .y-1

    y

    ( ) AA

    Ax1)-1

    x.y+

    =

    DestilaoLei de Henry (Desvio da Idealidade)

    Para solues muito diludas em um dos componentes, a Lei de Henry expressa a relao direta entre as composies do vapor e do lquido em equilbrio.

    axy =

    Onde: a = constante de equilbrio;y = frao molar da fase vapor;x = frao molar da fase vapor.

  • 8Destilao

    Os desvios do comportamento ideal podem ser resolvidos com a introduo de um coeficiente de correlao, de modo que:

    P.P.x

    PP

    yo

    AAAAAA =

    =

    P.P.x

    PP

    yo

    BBBBBB =

    =

    onde: A = Coeficiente de atividade do componente A.B = Coeficiente de atividade do componente B.

    Destilao Configurao do equipamento.

  • 9Destilao

    Classificao da destilao simples# Destilao de equilbrio ou fechada, flash.# Destilao diferencial ou aberta.

    Destilao simples: consiste na vaporizao parcial dolquido com produo de uma quantidade de vapor mais ricaem componentes volteis que o lquido inicial e um resduolquido mais concentrados em componentes menos volteis.

    Mtodos de Destilao # para misturas de dois componentes.

    Destilao de equilbrio

    Princpio: uma mistura liquida aquecida a uma temperatura intermediria entre o incio e o fim da ebulio at alcanar o equilbrio.

    Diagrama de ebulio para a destilao de equilbrio

    T

    x,yx y

    L V

    x0

    L0

    TB

    TA

    As fraes do lquido e do vapor resultantes possuem composies definidas: x(L), y(V) e xo.(L+V).

    Curva de ponto de orvalho

    O Ponto de Orvalho a temperatura na qual o vapor saturado comea a condensar.

    O Ponto de Bolha a temperatura na qual o lquido comea a entrar em ebulio.

    Curva de ponto de bolha

  • 10

    Destilao de equilbrio

    VLLo

    +=

    L.LV.L

    VL

    o

    o=

    Lo: quantidade em moles do lquido inicialL : quantidade em moles do lquido finalV : quantidade em moles do vapor final

    xx

    xy

    =

    0

    0

    VL

    00

    VL

    xVL

    xy +=

    Inclinao da reta0x

    );( 00 xx

    y

    x

    VL

    );( yx

    Regra da alavanca:

    Balano de Massa em relao ao constituinte mais voltil:

    Destilao flash Caractersticas:

    Existir o equilbrio termodinmico entre as fases

    Demister(retentor de gotas)

    vapor

    lquido

    Alimentao

    T1P1

    T2P2

    T2 < T1P2 < P1

    # O equipamento esta constantemente sendo alimentado.

    # As correntes so constantemente retiradas do equipamento.

    # Promove o contato ntimo do vapor com o lquido.

  • 11

    Destilao flashGs combustvel

    gua

    G.L.P.

    Refluxo

    Tambor de topo

    Sistema de topo de uma estabilizadora de gasolina

    # Normalmente usada como uma operao auxiliar.

    # Efetua somente uma pequena separao entre os componentes.

    # No se condensa totalmente o produto.

    Destilao diferencial ou abertaPrincpio: Esta operao realizada quando uma misturaliquida original aquecida at a sua temperatura de ebulio,e os vapores produzidos so retirados continuamente dosistema, sendo levados a um condensador separado.

    Utilizao: Destilao em laboratrios para separar misturas de compostos cujas volatilidades so muito diferentes.

    Obs: No h refluxo.

    Balano de massa em forma diferencial

    L = quantidade em moles do lquido em um dado momento;X = concentrao do lquido em frao molar;dL = quantidade de lquido transformado em vapor;(L-dL) = quantidade residual de lquido;(x-dx) = concentrao residual do lquido.

    Seja:

  • 12

    Destilao diferencial ou abertaO balano de massa entre ambos estados, aplicado em relao ao componente mais voltil ser escrito:

    ( )( ) ydLdxxdLLLx += .ydLdLdxdLxLdxLxLx ++=

    dLxLdxydL +=LdxxydL = )(

    xydx

    LdL

    =

    =

    oO X

    X

    L

    L xydx

    LdL

    =

    oX

    X

    o

    xydx

    LLln

    Destilao diferencial ou abertaResoluo Analtica da Integral

    a) quando no intervalo de operao a volatilidade relativa permanecer constante as equao da volatilidade e a equao anterior nos conduz a expresso:

    +

    =

    o

    oo

    x

    x

    x

    x

    LL

    11ln

    1ln.

    11ln

    111

    =

    o

    oo

    x

    x

    x

    x

    LL

    Quando for conhecida uma relao de equilbrio entre x e y

  • 13

    Destilao diferencial ou abertaResoluo Analtica da Integral

    b) quando no intervalo de operao a relao analtica entre as composies de equilbrio obedece a Lei de Henry, y = ax, a equao diferencial se transforma em:

    =

    x

    x

    aLL oo ln.

    11ln

    c) quando no intervalo de operao a relao analtica entre as composies de equilbrio for dada pela equao da reta do tipo y = ax + b, a equao diferencial se transforma em:

    ( )( )

    +

    +

    =

    bxabxa

    aLL oo

    11ln.

    11ln

    Destilao fracionada ou de retificao

    Enriquecimento do Vapor:

    Empobrecimento do Lquido:

    iW yyyy

  • 14

    Determinao do nmero de Pratos Tericos:

    Definio: um prato chamado de prato terico ou idealquando o contato entre o lquido e o vapor que chegam aomesmo for perfeito e o tempo suficiente para que na sada ovapor e o lquido estejam em equilbrio.

    Mtodo de Lewis e Sorel

    Princpio: este mtodo calcula o enriquecimento do vapor deum prato para outro atravs do balano de massa e energia,admitindo que o equilbrio atingido em todos os pratos.

    Destilao de retificao

    Fig. Balano de massa na parte superior e inferior da coluna

    Mtodo de Lewis e Sorel

    Destilao de retificao

  • 15

    Balano de Massa: Seo superior da coluna: n

    DLV nn += 1

    Dnnnn xDxLyV += 11

    Dx

    VD

    xVLy

    n

    n

    n

    nn +=

    11

    Reta de operao

    Destilao de retificao

    Destilao de retificao Seo inferior da coluna: m

    WLV mm = 1

    Wmmmm xWxLyV = 11

    Wx

    VW

    xVLy

    m

    m

    m

    mm =

    11

    Reta de operao

  • 16

    Destilao de retificao Balano de Energia

    misturannnnnnnn HperdashLHVhLHV +++=+ ++ 1111

    misturammmmmmmm HperdashLHVhLHV +++=+ ++ 1111

    # Consideraes:- no h perdas de calor para o exterior;- o calor de vaporizao constante e independente da composio;- o calor de mistura nulo.

    # Seo inferior da coluna: m

    # Seo superior da coluna: n

    Destilao de retificao

    Estas simplificaes estabelecem as seguintes igualdades:

    VVVV n ==== ........21LLLL n ==== ........21

    ==== VVVV m........21

    ==== LLLL m........21

    # Seo de esgotamento:

    # Seo de retificao:

  • 17

    Destilao de retificao Mtodo de McCabe-Thiele:

    DLV nn +=+1

    Dx

    VD

    xVLy nn +=+1

    DLR /=

    # Seo superior da coluna

    # Balano de Massa:

    Princpio: este mtodo grfico est baseado nas equaes das Retas de O.P. de Lewis e Sorel e no diagrama de equilbrio do sistema binrio.

    Destilao de retificao

  • 18

    Destilao de retificao

    xo= xd

    y1

    XD/(R+1)

    x1

    y2

    Linha 45o

    Reta Operao Superior

    Curva de Equilbrio

    Frao molar do componente leve no lquido, xi

    Coeficiente AngularR /(R+1)

    1

    2

    3

    Coeficiente Linear

    y4

    Fra

    o

    m

    ola

    r do

    co

    mpo

    nen

    te le

    ve n

    o va

    por,

    y i

    Linha de Operao para a Seco Superior Seo de Retificao da Coluna de Destilao

    Destilao de retificao

    1///

    +=

    +=

    +=

    RR

    DDDLDL

    DLL

    VL

    11+

    =

    +=

    RDLD

    VD

    Dx

    Rx

    RRy nn

    ++

    +=+ 1

    111

    Wx

    Vx

    VVy

    WW

    W

    +=

    11Reta de operao

    Reta de operao

    # Seo inferior da coluna

  • 19

    Destilao de retificao

    Destilao de retificaoLinha de Operao para a Seco Inferior Seo de Esgotamento da

    Coluna de Destilao

    xw

    yB

    Linha 45o

    Reta Operao Inferior

    Curva de Equilbrio

    Fra

    o

    m

    ola

    r do

    co

    mpo

    nen

    te le

    ve n

    o va

    por,

    y i

    Coeficiente Angular

    N

    Coeficiente Linear

    ym+1

    yN

    ym

    xN xm

    N-1

    Frao molar do componente leve no lquido, xi

  • 20

    Destilao de retificao

    xF

    Linha 45o

    Curva de Equilbrio

    xo= xdxw

    yw

    Frao molar do componente leve no lquido, xi

    Fra

    o

    m

    ola

    r do

    co

    mpo

    nen

    te le

    ve n

    o va

    por,

    y i

    yD

    11

    12

    3

    4

    5

    6

    7

    8

    9

    10

    Destilao de retificaoPropriedades:a) Os pontos que representam a composio do vapor em um prato terico em relao a do lquido no mesmo prato, esto sobre a curva de equilbrio. Neste caso para um determinado prato terico supe-se que o equilbrio lquido-vapor alcanado;

  • 21

    Destilao de retificaob) Os pontos que representam a composio do vapor que sobe de um prato, yn , em relao a do lquido que desce para ele, xn-1 , esto em uma reta. Existem duas dessas retas, chamadas de retas de operao, que correspondem as duas sees da coluna de retificao;

    Destilao de retificaoc) A reta superior de operao passa pelos pontos (xD , xD) da diagonal;

    d) A reta inferior de operao passa pelos pontos (xW , xW) da diagonal;e) A inclinao de cada reta igual a relao de refluxo da seo correspondente para a seo de retificao e para aseo de esgotamento;

    VL / VL /

  • 22

    Destilao de retificaof) A horizontal que une a reta de operao a curva de equilbrio indica a composio do vapor yn ou ym ;

    g) A vertical que une a reta de operao curva de equilbrio indica a composio do lquido xn ou xm ;

    Destilao de retificaoClculo Grfico do Nmero de Estgios Tericos.

    Partindo das consideraes anteriores o clculo grfico do nmero de estgios tericos feito da seguinte maneira:

    1 Traa-se curva de equilbrio CE;

    2 Partindo do Ponto xD sobre a diagonal, traa-se a reta superior de operao com o coeficiente angular L/V;

    3 Partindo do Ponto xW sobre a diagonal, traa-se a reta inferior de operao com o coeficiente angular ;V/L

    4 O cruzamento das retas de operao superior e inferior determina as condies de alimentao. Esta comea em xF da diagonal e tem coeficiente angular /(-1);5 Partindo de qualquer extremidade da coluna (xD ou xW), so traadas retas horizontais e verticais at atingir a outra extremidade. O nmero de pratos tericos igual ao nmero de degraus compreendido entre as concentraes do destilado e resduo.

  • 23

    Destilao de retificaoCondies Trmicas da Alimentao

    Prato de alimentao

    Balano de Massa: ( ) ( )VVLLFVLVLF +=+=++Esta igualdade traduz o aumento atravs da alimentao nas vazes das duas correntes que escoam pela coluna.

    Aumento da vazo do lquido: LL Frao de alimentao que se incorpora a L:

    Destilao de retificaoEnto temos: FLL .=

    ( ) ( ) FVVFVV .1.1 ==Clculo de Balano de energia no prato f em condies adiabticas:

    ffffF HVhLHVhLhF ..... 11 +=++ +

    Fazendo: hf-1 = hf+1 = hf e Hf+1 = Hf

    ( ) ( ) ffF HVVhLLhF ... +=( ) ffF HFhFhF ..1... +=

    ff

    Ff

    hHhH

    =

  • 24

    Destilao de retificaoRelao entre as condies de alimentao e os valores de ;

    Alimentao Condies Valor de Relao entre as vazes(a) Lquido frio hF < hf > 1(b) Lquido saturado hF = hf = 1(c) Parcialmente vapor hf < hF < Hf 0 < < 1(d) Vapor saturado hF = Hf = 0(e) Vapor superaquecido hF > hf < 1

    FLL +> VV

    Destilao de retificaoDeterminao da Reta de Alimentao: interseo das duas retas de operao.

    Balano Global :

    Retas operao: e

    Subtraindo temos :

    (-1)

    WDF xWxDxF ... +=

    DxDxLyV ... += WxWxLyV ... =

    ( ) ( ) ( )WD xWxDxLLyVV .... ++=( ) FxFxFyF .....1 +=

    1.

    1

    = Fxxy

  • 25

    Destilao de retificao

    Posio das retas de alimentao pelo efeito do coeficiente angular da linha-

    Destilao de retificao

    Possveis condies de alimentao: (a) Alimentao lquido

    frio: (b) Alimentao lquido no ponto de bolha; (c) Alimentao parcialmente vapor;(d) Alimentao vapor saturado; (e) Alimentao vapor superaquecido.

  • 26

    Destilao de retificaoEfeito da alimentao sobre a interseo das linhas operatrias para uma dada relao de refluxo.

    Destilao de retificaoRelao de Refluxo: R

    DRLDLR .==

    ( ) DRVDDRVDLV .1. +=+=+= (b)(a)

    Dividindo (a) por (b), tem-se:1+

    =

    RR

    VL

    Substituindo na equao da reta superior, temos:

    +

    +

    +

    =

    1.

    1 Rx

    xR

    Ry D

    Reta Superior de Operao: o eficiente angular da reta aumenta quando R aumenta.

    RR

    RVL

    11

    11 +

    =

    +=

  • 27

    Destilao de retificaoReta Inferior de Operao: o coeficiente angular da reta diminui quandoR aumenta.

    LWWL

    LVL

    =

    =

    1

    1

    FDRFLL ... +=+=Como:

    FDRWV

    L

    ..

    1

    1

    +=

    Destilao de retificaoRefluxo Mnimo: calculado pelo coeficiente angular da reta de operao que passa pelo ponto (xD, xD) e sua interseo com a reta de alimentao (Linha-q) e a curva de equilbrio.

    fD

    fD

    m

    m

    xx

    yxR

    R

    =

    +1

    ff

    fDm

    xyyx

    R

    =

    Influncia da relao de refluxo sobre o nmero de pratos necessrios para uma dada operao.

  • 28

    Destilao de retificaoSe a linha-q for horizontal, a linha de enriquecimento para refluxo mnimo dada por AC, em que C tem coordenada (xC, yC).

    CD

    CD

    m

    m

    xx

    yxR

    R

    =

    +1

    Cf

    fD

    CC

    CDm

    xx

    xx

    xyyxR

    =

    =

    Ento:

    fC xy =Visto que

    Influncia de relao de refluxo mnima no caso de alimentao em vapor saturado.

    Destilao de retificaoEscolha econmica da razo de refluxo

  • 29

    Destilao de retificao

    Construo de prato com campnula de borbulhamento, mostrando pormenores tecnolgicos de pratos de borbulhamento Glitsch Truss-type.

    Destilao de retificao

    (a) Prato de campnulas de borbulhamento tpico. (b) Vista ampliada de campnulas de borbulhamento.

  • 30

    Destilao de retificao

    Mtodo de Ponchon-Savarit

    Princpio: este mtodo grfico consiste em calcular o nmero de pratostericos para um sistema no ideal, onde o calor latente e o calor demistura variam ao percorrer a coluna.

    Para misturas binrias, o modelo grfico baseado no uso do diagrama de entalpia composio.

    Destilao de retificao

    Diagrama entalpia-composio

    Propriedades do diagrama:

    - A curva superior (vapor saturado) representa as entalpias H em funo de y;

    - A curva inferior (lquido saturado) representa as entalpias h em funo de x;

    - As retas do tipo AB (LV), so retas de equilbrio ou conjugao;

    - Todo o ponto situado ao longo da reta AB (LV) corresponde a uma mistura de lquido L e vapor V, cujas composies so respectivamente x e y e as entalpias so h e H;- A quantidade de mistura em qualquer estado fsico designa-se por fase e representada por massa, composio e entalpia.

  • 31

    Destilao de retificaoBalano de Massa e Energia utilizando a Regra da Alavanca

    Composio e separao de misturas no diagrama entalpia-composio.

    CACB

    BA

    =

    CBA =+ CBA xCxBxA ... =+

    CBA HCHBHA ... =+

    A adio de uma quantidade de calor Q a massa da fase A produz o aumento de entalpia de HA para HC de acordo com a equao.

    AQHH AC +=

    Destilao de retificaoSeo Superior da Coluna:

    DLVDLV nnnn =+= 11

    DnnnnDnnnn xDxLyVxDxLyV ...... 1111 =+=

    CDnnnnCDnnnn QhDhLHVQhDhLHV +=++= ...... 1111

    Fazendo:D

    QhH CDD +=

    DnnnnDnnnn hDhLHVhDhLHV ...... 1111 =+=

    Partindo das equaes (A) e (B) temos:

    (A)(B)

    =

    1

    1

    nn

    nDn

    xyyx

    DL

    (C)

  • 32

    Destilao de retificaoE das equaes (A) e (C):

    1

    1

    =

    nn

    nDn

    hHHh

    DL

    11

    =

    nn

    nD

    nn

    nD

    xyyx

    hHHh

    DnD

    nnn

    nD

    nDn xhh

    hHx

    hhHhy ..

    1

    11

    1

    ++

    =

    A Eq.(D) a eq. operatria de um prato qualquer da seo de retificao.

    (D)

    Destilao de retificaoPartindo da equao (D) observa-se que as linhas operacionais passam por um plo comum N de coordenadas xD e hD.

    Diagrama entalpia-composio

  • 33

    Destilao de retificaoSeo inferior da coluna:

    mmmm VLWWVL =+= 11

    mmmmWWmmmm yVxLxWxWyVxL ...... 1111 =+=

    mmmmBWWmmBmm HVhLQhWhWHVQhL ...... 1111 =+=+ Fazendo:

    WQhh nWW +='

    Temos: Wmmmm WhHVhL '.. 11 +

    1

    1

    +=

    mm

    mWm

    xyyx

    WL

    Partindo das equaes (A) e (B) temos:

    (A)

    (B)

    (C)

    E das equaes (A) e (C):

    1

    1 '

    +=

    mm

    mWm

    hHHh

    WL

    11

    '

    +=

    +

    mm

    mW

    mm

    mW

    xyyx

    hHHh

    (D)

    Destilao de retificao

    Construo do Plo M:

    A equao (D) representa qualquer linha operatria na seo inferior da coluna que passa pelo ponto comum M de coordenadas xW e hW.

    Esta corrente M de massa Lm-1 Vmpossui composio xw e entalpia hw.

    Determinao do nmero de pratos tericos usando o diagrama entalpia-composio

  • 34

    Destilao de retificao

    NMF +=

    Balano de Massa

    DWF xNxMxF ... +=

    Alimentao F: (F, xF)

    Plo N: (xD, HD)

    Plo M: prolongamento de NF at a vertical que passa por xW.

    Destilao de retificaoSeo Superior da Coluna:

    Ex: N xD V1 (na curva de vapor saturado)V1 L1 linha de equilbrioL1 V2 reta de operao V2 L2 linha de equilbrioL2 V3 reta de operao V3 L3 linha de equilbrio

    Seo Inferior da Coluna:

    Ex: MF V6 (na curva de vapor saturado)V6 L6 linha de equilbrioL6 V7 reta de operao V7 L7 linha de equilbrio

  • 35

    Destilao de retificaoRelao de Refluxo Mnimo

    Coordenadas do plo N:

    +

    DQh,x CDD

    Onde: QC / D o calor retirado pelo condensador por unidade de massa do produto lquido na temperatura de ebulio.

    Quando: N N qC diminui e o nmero de pratos aumenta

    Quando: N Mm qC o mnimo e o nmero de pratos torna-se infinito(a linha de equilbrio passa por F)

    Destilao de retificaoDas equaes (74) e (82), fazendo , temos:

    CC q

    DQ

    =

    11

    =

    +

    nn

    nD

    nn

    nCD

    xyyx

    hHHqh

    ( ) DnDn

    nDnnC hH

    xyyxhHq +

    =

    11

    ( ) DFFF

    FDFFC hH

    xyyxhHq +

    =

    11min

  • 36

    Destilao de retificao

    Mtodo de Fenske

    Princpio: este mtodo analtico calcula o nmero mnimo de pratos tericos para colunas operando com refluxo total:

    Utilizao: estimativa rpida do nmero de pratos tericos para efetuar uma separao especfica quando a volatilidade relativa da mistura varia pouco.

    1ln1

    1ln

    =

    W

    W

    D

    D

    x

    x

    x

    x

    n

    Destilao MulticomponentePrincpio: este tipo de destilao visa separao de mais de dois componentes contidos numa mistura, podendo ser realizadas pelos mesmos mtodos e com os mesmos equipamentos descritos para a separao de misturas binrias.

    Constituintes chaves Leve e Pesado

    Mistura de quatro constituintes A-B-C-D

    Onde: A constituinte mais voltil; B constituinte chave mais leve no resduo. D constituinte menos voltil C constituinte chave mais pesado no destilado.

    Alimentao Produto de topo Resduo

    A A -

    B B B

    C C C

    D - D

  • 37

    Destilao MulticomponenteClculo do Nmero de pratos Necessrios

    Princpio: este mtodo corresponde ao aprimoramento do mtodo de Lewis eSorel, para misturas binrias, onde atravs da composio do lquido em umprato, calcula-se a composio do vapor em equilbrio pelo conhecimento daspresses parciais ou das volatilidades relativas dos constituintesindividualmente.

    # A composio do lquido do prato superior determinada pela equaoda reta operatria, tal como para misturas binrias, porm neste casohaver uma equao distinta para cada componente.

    Destilao MulticomponenteRelaes de equilbrio:

    Seja F uma mistura de quatro componente A, B, C e D.

    Fraes Molares na Fase Lquida: xA, xB, xC e xD.

    Fraes Molares na Fase Vapor: yA, yB, yC e yD.

    Ento: BDCBA yyyyy =+++ 1

    BB

    D

    B

    C

    B

    B

    B

    A

    yyy

    yy

    yy

    yy 1

    =+++BB

    D

    B

    C

    B

    B

    B

    A

    yxx

    x

    x

    x

    x

    x

    x 1 . . . . DBCBBBAB =+++

  • 38

    Destilao Multicomponente

    ( )B

    BAAB y

    xx = .

    ( )= AABB

    Bx

    xy.( )= AAB

    ABAA

    x

    xy

    .

    .

    ( )= AABCBC

    Cx

    xy

    .

    .

    ( )= AABDBD

    Dx

    xy

    .

    .

    Destilao MulticomponenteClculo simplificado de uma coluna de destilao multicomponentes

    Princpio: este mtodo baseia-se nas hipteses e equaes seguintes:

    Hipteses:a) A alimentao nica e feita no estgio apropriado;b) As composies da alimentao, do destilado e do produto de fundo so conhecidas;c) As vazes molares do lquido e do vapor so constantes em cada seo da coluna;d) S existe um componente chave pesado;e) A presso de operao especificada.

    Equaes:

    Underwood: calcula o refluxo mnimo.Fenske: calcula o nmero mnimo de pratos.Gilliland: calcula o nmero de pratos reais

  • 39

    Destilao Multicomponente

    Mtodo de Clculo:

    1 Calcular as condies terminais, isto , os valores de F, D e W;2 Determinar a frao da alimentao que se incorpora a corrente lquida que desce pela coluna;3 Obter as temperaturas de alimentao, destilado e resduo;4 Calcular as volatilidades relativas de todos os componentes em relao ao componente chave pesado. Estes valores de podem ser obtidos na temperatura de alimentao, porm as volatilidades mdias obtidas a partir dos valores correspondentes nas temperaturas de alimentao, destilado e produto de fundo so mais precisas.

    3.. WDF =

    Destilao Multicomponente5 Calcular a relao de refluxo mnimo utilizando as equaes de Underwood.

    1.1

    min

    = K

    i

    Dii xR

    Onde: K nmero de componentes varivel da correlao que se determina por tentativa da

    seguinte equao:

    = K

    i

    Dii x

    11

    6 calcular o nmero mnimo de pratos tericos, utilizando a equao de Fenske;

    onde : L referente ao componente chave leve;P referente ao componente chave pesado;L volatilidade entre o componente chave leve relativa ao componente

    chave pesado.

    =

    LXLDP

    WPDL

    xx

    xxNlog

    1.

    .

    min

  • 40

    Destilao Multicomponente7 Escolher a relao de refluxo desejada baseada no valor de Rmin calculada anteriormente;

    8 Calcular o nmero de pratos tericos utilizando a correlao de Gilliland.

    5668,0min

    175,075,0

    1

    +

    =

    +

    RRR

    NNN mim

    Onde: Rmin refluxo mnimo.

    Clculo do Nmero de Pratos Reais.

    EficinciaNN tericoreais

    1=

    Destilao ExtrativaPrincpio: este mtodo de destilao consiste em adicionar um outrocomponente ao sistema, chamado solvente, que tem como objetivoaumentar a volatilidade relativa dos componentes a serem separados.

    Esta operao requer a utilizao de uma segunda coluna pararecuperar o solvente utilizado.

    Destilao extrativa

  • 41

    Destilao ExtrativaUtilizao: a destilao extrativa muito empregada para separarcomponentes com volatilidades muito prximas, o que pelos mtodosconvencionais requer estgios e razes de refluxos elevadas.

    Escolha do Solvente:

    B

    ABAS

    =

    ,

    onde:A = coeficiente de atividade do componente A na soluo, a diluio estrema no solvente. B = coeficiente de atividade do componente B na soluo, a diluio estrema no solvente.

    1 Seletividade mede o efeito do solvente sobre a volatilidade relativa, e consequentemente sobre a facilidade de separao.

    Destilao Extrativa

    2 Ter semelhana estrutural com o componente mais pesado;

    8 O solvente deve ser ainda estvel e de baixo custo.

    7 O solvente no deve reagir com qualquer dos componentes que esto sendo separados;

    6 O solvente no deve ser txico, inflamvel ou corrosivo;

    5 O solvente deve ser completamente miscvel com ambos componentes, na faixa de concentrao envolvida;

    4 Satisfazendo as condies de volatilidade, o ponto de ebulio do solvente deve ser o menor possvel, de modo a reduzir a temperatura de operao;

    3 Ser menos voltil do que qualquer componente do sistema o que facilita sua recuperao por stripping;

  • 42

    Destilao AzeotrpicaPrincpio: este mtodo de destilao consiste na separao de um azetropode mnimo, ou de componentes de ponto de ebulio muito prximos quepodem formar um azetropo de mximo, por adio de outro componente namistura, de modo que, o novo sistema formado e suas novas misturasazeotrpicas seja mais fcil de separar que o sistema original.

    Destilao Azeotrpica

    Destilao AzeotrpicaUtilizao: as possibilidades de uso da destilao azeotrpica so classificadas de acordo com os objetivos seguintes:

    1 Separao de uma mistura binria com pontos de ebulio prximos:

    a) A nova mistura forma um azetropo binrio de mnimo com um s dos componentes constituintes.

    c) A nova mistura forma um azetropo ternrio de mnimo de ponto de ebulio mais baixo que o binrio original, e com uma nova composio, onde a proporo relativa dos componentes a serem separados seja diferente da mistura inicial.

    b) A nova mistura forma um azetropo binrio de mnimo com os dois constituintes e seus pontos de ebulio esto suficientes separados.

  • 43

    Destilao Azeotrpica2 Separao de um azetropo de mnimo

    a) A nova mistura forma um azetropo binrio de mnimo com um dos componentes e seu ponto de ebulio mais baixo que o azetropooriginal.

    b) A nova mistura forma um azetropo ternrio de mnimo de ponto de ebulio mais baixo que o binrio original, e com uma nova composio, onde a proporo relativa dos componentes a serem separados seja diferente da mistura original.

    Destilao Azeotrpica

    Colunas de processamento de lcool anidro.