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>EXPERIÊNCIA Ano 1 | Nº 19 | Quinzenal | 4 a 17 de novembro de 2015 | Diretor: José Luís Elias publicidade 1€ P.V.P. (CONT.) SERRA DA ESTRELA FAMÍLIA FELIZ TÂNGER ÀS PORTAS DE ÁFRICA MANCHESTER VISITA AO IMPERIAL WAR MUSEUM NORTH MERGULHE NA NEVE MACAU: MUNDO DE CULTURAS, ATRAÇÕES E FESTIVIDADES >LÁ FORA BEJA BELA E TRADICIONAL MADEIRA HINO ÀS FESTIVIDADES NATALÍCIAS publicidade NORWEGIAN ESCAPE EMBARQUE NO CONCEITO "FREESTYLE CRUISING" VÁ COM O DESTINOS E A ALTO ASTRAL AO FIM DE ANO NA BAHIA PASSATEMPO VÁ COM O DESTINOS E A ALTO ASTRAL AO FIM DE ANO NA BAHIA >POR CÁ

destinos - jornal de viagens

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edição de 04 Nov. 2015

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>EXPERIÊNCIA

>EXPERIÊNCIA

Ano 1 | Nº 19 | Quinzenal | 4 a 17 de novembro de 2015 | Diretor : José Luís Elias

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1€P.V.P.(CONT.)

SERRA DA ESTRELAFAMÍLIA FELIZ

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MACAU: MUNDO DE CULTURAS, ATRAÇÕES E FESTIVIDADES

>LÁ FORA

BEJABELA E TRADICIONAL

MADEIRAHINO ÀS FESTIVIDADES NATALÍCIAS

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NORWEGIAN ESCAPEEMBARQUE NO CONCEITO "FREESTYLE CRUISING"

VÁ COM O DESTINOS E A ALTO ASTRAL AO FIM DE ANO NA BAHIA

PASSATEMPO VÁ COM O DESTINOS E A ALTO ASTRAL AO FIM DE ANO NA BAHIA

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>POR CÁ

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2 4 a 17 de novembro de 2015

Administrador: Gracinda AlvesDiretor: José Luís EliasProprietário e editor: SOGAE Editora, Lda.NIPC: 504 651 757Sede (administração, redação e publicidade): Rua da Cova da Moura, nº 2 – 2º esq. 1350 – 117 Lisboa

Telefone: +351 213 929 640Email geral: [email protected] Email redação: [email protected] Inscrição na E.R.C.: 126614Depósito legal: 386 719 / 15Tiragem: 12.000 exemplaresPeriodicidade: quinzenal (à quarta-feira)

Distribuição: VASPImpressão: MX3 Artes Gráficas - Parque Industrial Alto da Bela Vista, Pavilhão 50 Sulim Park 2735-340 CacémTel: 219 171 088/89/90 Fax: 219 171 004Departamento Comercial: [email protected]

Colaboradores: Fernanda Ramos, Fernando Borges, Luís Canto, Maria Morgado, Sara Cunha Ferreira, Sofia Soares Carraca, Vasco Ricardo (design)

ficha técnica

Não resisto a começar esta coluna sem transmitir o que me vai na alma nesta manhã soalheira, em Lisboa. Ao passar pela baixa pombalina senti o cheiro de castanhas assadas e isso fez-me despertar os sentidos. A manhã ainda ía no seu início e os meus pensamentos vaguearam até às lareiras das nossas aldeias, até ao frio que o inverno traz consigo. Pareceu-me até estar perto do lume, petiscando um chouricinho assado, mais alguns enchidos e um belos pedaços de queijo da serra.

Entrado na redação do jornal, “caí na real” como dizem os brasileiros, estamos em fecho de edição, há que aprovar as páginas do próximo destinos, exatamente aquele que está nas suas mãos. E que páginas! Sugestões para a neve em algumas das estâncias mais procuradas pelos portugueses e um roteiro para usufruir de uma vasta região da Serra da Estrela. Então pensei: está justificado o efeito do aroma das castanhas pela manhã, estou a precisar de umas mini férias.

Por cá, nesta edição do destinos, sugerimos a quadra festiva na Madeira. Se a Ilha é de visita obrigatória em qualquer época, neste período ganha um charme especial pelas luzes natalícias e pela integração das gentes madeirenses nas festividades. Outra sugestão que lhe deixamos é um “pulinho” até Beja, capital do Baixo Alentejo, cidade que o vai surpreender.

Fora de “portas” Serra Nevada, Andorra e Pirenéus, onde se situam várias estâncias de neve, são tema para a nossa reportagem de capa, mas passámos também por Tanger, em Marrocos. Daixámos no entanto três sugestões um pouco "fora da caixa”. Uma delas é que passe o Natal na Lapónia, terra do “pai” do dito, ou seja, do Pai Natal. Outra, mais vocacionada para os amantes da cultura, é visitar o Imperial War Museu North, em Manchester, que nos transporta para a devastação causada pela guerra. Por último, desafiamo-lo a navegar nos mares do Caribe a bordo do novíssimo navio de cruzeiros Norwegian Escape que apresentamos nestas páginas, depois de o termos conhecido na sua apresentação europeia, em Hamburgo.

Pois é, o verão até parece que já foi há muito tempo, mas se ainda tem um resto de férias, aproveite para viajar. Se com a leitura desta edição do destinos o ajudámos de alguma forma a fazer uma opção, sentimo-nos satisfeitos.

José Luís Elias

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e nota de abertura

Cheiro de castanhas assadas

www.facebook.com/jornalDestinos

Viajar na fotografia

HÁ IMAGENS QUE VALEM mais que mil palavras e esta vista panorâmica do Dubai é, sem dúvida, uma delas. Muitas são as razões

SÃO RARAS AS PESSOAS no mundo que não se deixam seduzir pelos encantos da praia e as praias de Menorca são de uma beleza

ITÁLIA É COMO UM BAÚ recheado de pérolas e diamantes, em forma de cada uma das suas cidades. Ainda assim Veneza tem uma

pelas quais nos sentimos atraídos por esta selva de betão plantada em pleno deserto à beira mar. É povoada por impressionantes arranha-céus, entre largas avenidas. Em destaque na imagem está o Burj Khalifa, o maior arranha-céus já alguma vez construído, com 828 metros de altura divididos entre 163 andares e uma antena.O Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, é a exaltação do poder do homem, conquistou o mar e nele construiu ilhas habitáveis e uma marina artificial, ultrapassou a escassez do deserto e sobre as areias ergue uma vida premente e aliciante que nos fascina pela sua beleza e riqueza. É uma cidade surreal no melhor sentido da palavra e de visita obrigatória, ao menos uma vez na vida.

tão intricada que me levaria o espaço de um livro para lhes fazer jus por palavras. As calas (enseadas em português) aparecem à volta de toda a ilha espanhola com particularidades diferentes.A Cala Turqueta é das favoritas pelos menorquinos mas, devido ao seu acesso restrito em que mais fácil é mesmo ir de barco, é de uma paz sem igual. O que se ouve é o suave rolar das ondas, o chilrear dos pássaros e das agulhas dos pinheiros a dançarem com a leve brisa marítima. O sol aquece e a água refresca, sem no entanto ser fria. Ao invés de grandes ondas o mar embala-nos com ternura enquanto caminhamos largos metros por ele dentro. Uma ida à praia que resulta numa passagem por um retiro espiritual, é assim a Cala Turqueta.

formosura tão sui generis que não deixa ninguém indiferente. Cidade que em vez de ruas tem canais e a substituir carros tem barcos. Local mágico que parece ter saído de contos de fadas e de um romantismo tal que quase nos obriga a nos apaixonarmos, mais que não seja pela própria Veneza.Na fotografia vemos a Basílica de Santa Maria della Salute, um dos inúmeros e pujantes templos religiosos que a cidade apresenta, na margem do Grande Canal, que serpenteia pelo centro da cidade. Uma experiência incomparável é deambular por este veio central de gôndola, com o gondoleiro atrás de camisa às riscas e chapéu de palha a entoar melodias enquanto nos guia. Veneza conquista com um só olhar!

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> A viagem terá partida de Lisboa a 26 ou 28 de dezembro de 2015.

> A escolha do melhor conjunto de texto e fotos é da responsabilidade da equipa do jornal destinos e dos patrocinadores do passatempo.

> Os textos e fotos deverão ser enviados por email para o endereço [email protected] até dia 30 de novembro e o vencedor será conhecido até dia 11 de dezembro.

> O jornal destinos fica autorizado a publicar os textos e fotos que lhe sejam enviados para este passatempo.

> O regulamento do passatempo estará acessível a partir de dia 27 de agosto (quinta-feira) na página de Facebook do jornal destinos, em www.facebook.com/jornalDestinos.

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As águas azuis são apelativas no verão mas em época de frio o chamamento é outro, os mares de neve que pelos pontos altos da Europa se encontram. Uma ida à neve é bem mais que ski ou snowboard, são vistas arrebatadoras em ambientes quase mais quentes do que frios de tão acolhedores que são. Se está a planear a próxima ida à neve ou pensa aventurar-se numa nova experiência de ski as linhas que se seguem são para si.

Diversão na neve

Diz-se que no que diz respeito à neve não há meio-termo, ou se adora ou se odeia. Verdade seja dita que não são muitas as pessoas que conheço que odeiem e eu confesso-

me uma apaixonada. Quem experimentou regressa, geralmente, deslumbrado e promete voltar já com planos semi delineados para o ano que se segue.Felizmente, a poucas horas de distância, encontram-se inúmeras estâncias que com a base comum do manto branco divergem umas das outras em paisagem e níveis de dificuldade. Em cada estância há, logicamente, diferentes pistas adequadas aos diversos tipos de praticantes das modalidades de ski e snowboard. Mas, ainda assim, há estâncias que em si são mais acessíveis que outras a iniciantes. Se é a sua primeira vez a deslizar pela neve tenha estes fatores em atenção, se o seu hotel tiver saída direta para uma pista não será conveniente que esta seja, por exemplo, azul mas sim verde.

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DESLIZAR PELO MANTO BRANCO

O ponto de partida para uma ida à neve é perceber que este não é um desporto perigoso, é sim um tipo de exercício francamente recompensante, daquele que nos deixa ao mesmo tempo cansados e satisfeitos no final do dia. Contudo é preciso perceber como é que tudo isto funciona, o que começa com a leitura do mapa de pistas. Todas as estâncias têm o seu mapa de pistas composto por diferentes trajetos demarcados, aos quais temos acesso através de meios mecânicos como tapetes transportadores, teleski, telecadeiras e teleférico.As pistas são distribuídas por quatro grupos diferentes, consoante a dificuldade. As verdes são as mais fáceis, as azuis as que se seguem, as vermelhas são mais trabalhosas e as pretas as mais difíceis, indicadas para esquiadores experientes. A dificuldade é atribuída não somente pela inclinação da pista mas também pelas condições da mesma, referentes ao tipo de piso (se tem

bossas ou neve menos tratada).As estâncias são frequentemente extensas e aconselha-se sempre, mesmo aos repetentes, o acompanhamento por instrutores. São eles que conhecem os trajetos melhor que a palma da própria mão e têm a habilidade de nos transportar até zonas fora de pista com envolventes únicas de neve fofa e de outro modo inacessíveis, ou no mínimo não recomendadas.Não se esqueça de reservar um dia na neve, ou pelo menos umas horas, para tratar de burocracia. É necessário adquirir o forfait à chegada (ou levantá-lo caso já tenha sido previamente comprado), o passe que nos dá acesso aos meios mecânicos que nos levam às pistas. É também necessário alugar o material, caso ainda não tenha o seu. Se é das suas primeiras vezes na neve, ou mesmo a primeira, a compra de skis não é sensata. Os skis adequam-se ao tipo de pessoa (estrutura física) bem como ao tipo de esquiador variando em largura, os mais

Texto: Sofia Soares Carraca

largos para os iniciantes e mais estreitos para os mais experientes. Por esta razão, e por outras que dizem respeito ao transporte do mesmo, o mais prático é alugar todo o material no local.Para esquiar precisa de skis, botas, batons e capacete e para snowboard de uma prancha, botas e capacete. Tenha em atenção que toda a fatiota é sua, pode comprar nas dezenas de lojas que se encontram em cada estância mas sair-lhe-á mais barato se tal investimento for feito a priori, em qualquer armazém desportivo em Portugal. Para estar preparado para o frio das pistas é necessário um fato de neve, meias para a neve (mais quentes e até ao joelho para proteger do cano das botas), umas luvas de neve (e por vezes umas luvas de lã para utilizar por baixo destas quando o frio aperta) e a máscara, que lhe concede visibilidade quando chove e neva sem embaciar. Leve também sweet shirts para vestir por baixo do fato, cachecol e gorro.

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Diversão na neve

Catalães, a Serra Nevada em Andaluzia, Vallnord e Grandvalira em Andorra e os Alpes com um sem fim de estâncias em França, Suíça e Itália. Aqui fazemos um pequeno apanhado de estâncias nestes locais, com todas a informações relevantes para que melhor se possa orientar e escolher o que mais se adequa ao seu perfil de desportista de neve.

FORMIGAL-PANTICOSA: ENTRE ESPANHA E FRANÇAVamos começar pela impressionante cordilheira que separa a Península Ibérica do restante continente europeu. É a fronteira natural entre Espanha e França e é também aqui que se localiza o pequeno país de Andorra, mas já lá vamos.É à beira do Río Gallégo, nos Pirenéus Aragoneses, que se encontra a estância Panticosa a oeste e a Formigal a este. Escusado será dizer que a envolvente é idílica, com o rio no Valle de Tena e diversas pistas que se erguem pelas montanhas. Contudo, se é o seu primeiro ano na neve, esta zona não é a mais aconselhável. É composta por uma maioria de pistas pretas e vermelhas.O complexo Formigal-Panticosa engloba 176Km de pistas bem apetrechadas com meios mecânicos. Tem uma cota máxima de mais 2200 metros e seis vales por entre os quais se localizam as fantásticas pistas. Há diversos restaurantes nesta zona entre os

As temperaturas negativas fazem-se sentir nestes locais cobertos de branco, mas quando o sol brilha aquece o corpo e a alma. Os raios solares refletem na neve pelo que é importantíssima uma boa dose de protetor solar nas zonas expostas e também protetor labial. Leve sempre consigo o forfait, uma garrafa de água pequena e um pacote de bolachas com açúcar, para uma qualquer “roeza” entre pistas.

A MAGIA DA NEVE

Agora que já sabe tudo o que é valioso saber antes de chegar a estes paraísos em altitude, vamos ao que realmente interessa e possivelmente o aliciará. Tal como já anteriormente referido, a neve é muito mais que ski e snowboard, é uma viagem ao puro da natureza. Ver nevar foi e continua a ser das experiências mais mágicas que vivi. Apanhar os flocos nas luvas e constatar que são efetivamente todos diferentes, como que bordados por uma entidade divina é fantástico. O chão reveste-se do mais genuíno branco e estende-se até para lá de onde a vista alcança. Branco que é pintalgado aqui e ali por pinheiros e restaurantes e bares tradicionais, ideais para uma “pit stop” com chocolate quente, por exemplo.Sem me querer alongar e sem falar do que se passa por esse mundo fora, na Europa há mais que muitos locais por onde escolher, sendo que os mais queridos pelos portugueses serão Espanha, Andorra e os Alpes. Há os Pirenéus, os Aragoneses e os

em cada um dos percursos, há sempre alternativas, pistas vermelhas e pretas para os mais experiente e verdes e azuis para os que se iniciam nesta aventura.É uma estância sensacional com três percursos fora de pista que não são de passar ao lado. Dando a devida atenção a estas “pistas” de neve não tratada elas são verdadeiramente imperdíveis. A confusão de gentes é menor e a paisagem virgem ainda mais impressionante.Para saltos, corridas e aventuras existem dois snowparks, bem como parques infantis e 24 escolas de ski. Fora a vertente desportiva, pode aproveitar o Val d’Aran e Valls d’Àneu, partes de Baqueira-Beret, com as suas

quais o El Iglú, um literal iglu especializado em pratos frios como o sushi esquimó e o presunto de pato, e o Poblado Indio, tipis cobertos de peles apaches onde se serve o melhor Quemadillo de Ron Aragonês, uma bebida que nos aquece as entranhas feita com rum, grãos de café, leite e canela.Nesta estância as pistas abrem entre as 09h00 e as 17h00 e acredite quando lhe digo que vai querer passar o dia todo em viagens de cadeiras e deslizes pista abaixo, pelo que a multitude de restaurantes que aqui encontra é de valor. Existe ainda o Jardim de Neve para os mais pequenos, um autocarro que faz o transporte entre Formigal e Panticosa, pista de treinos e escola de ski.Para os mais aventureiros tem o Terrain Park, destinado à prática de ski freestyle, o Boarder Cross repleto de saltos e adrenalina, o Slalom Paralelo para corridas de ski e o Ski Ratrack, um espetacular percurso exclusivamente acessível através do “arrastamento” por uma máquina ratrack. E quando quiser fazer uma pausa no ski ou snowboard pode experimentar parapente, tubing, em que desliza em cima de uma boia, passeios de trenó puxado por cães, snowbike e ice karting.

BAQUEIRA-BERET: DESPORTO E GASTRONOMIAUm pouco mais a este de Formigal encontra-se Baqueira-Beret, nos Pirenéus Catalães. Esta é uma estância para toda a família. Os hotéis ficam a 1500 metros de altitude, as cadeiras levam-nos até aos 2656m (o ponto mais alto) e para voltar até lá abaixo,

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<vertentes culturais. As povoações apresentam diversos museus que ilustram as vivências da região, a sua história e as suas tradições, bem como toda a cultura ligada à neve.Este é também local para pôr de lado as crenças de que na neve não se come bem. Por toda a zona existem 18 restaurantes e cada um melhor que o anterior, quase dando vontade de percorrer as pistas somente para nos depararmos com os mesmos. O La Borda Lobató é uma referência incontornável da gastronomia local, aberto em 1976, o El Refugi de San Miguel é uma cervejaria especializada em tapas, liderada pelas mãos do chef Dani Garcia e Paco Roncero, e a Moët e Winter Lounge é um bonito terraço onde pode desfrutar de uma taça de Moët & Chandon e aproveitar o sol de inverno.

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GRANDVALIRA: PAÍS DOS PIRENÉUSO Principado de Andorra é um pequeno (pequenino) país que se encontra precisamente nos Pirenéus, entre a França e a Espanha. É neste país entre montanhas, o sexto mais pequeno da Europa, que surgem algumas das estâncias eleitas pelos portugueses para as suas férias na neve, nomeadamente Grandvalira.É na extensão de Grandvalira que fica Pas de la Casa, um nome bem familiar para os amantes da neve. Grandvalira engloba sete setores, incluindo Pas de la Casa, cada um deles com sua escola de ski. Cada sector é único e especial pelo que tem muito por

onde escolher com o forfait a dar acesso a todos eles.Esta é a maior estância de ski dos Pirenéus, com 210Km de pistas e outras ‘n’ lojas e restaurantes. Em Andorra fala-se catalão e castelhano, e ainda francês, e a moeda corrente é o Euro, pelo que se vai sentir em casa. É local onde se come a sobremesa Crema Catalana e a entrada Pan amb Tomàquet, pão barrado com azeite, alho e tomate.Com o seu status de duty free, esta zona é um paraíso de compras e a vida noturna em Pas de la Casa é quase mais movimentada que as pistas durante o dia. Todas as

segundas-feiras à noite o que se faz é “correr capelinhas”, andar de bar em bar a conhecer os espaços da zona e outros viajantes. São noites repletas de jogos e muita diversão. E no dia seguinte, pista abaixo!

SERRA NEVADA: PICO MAIS ALTO DE ESPANHAContudo, o pico mais alto da Península Ibérica não se localiza na cordilheira do Pirenéus mas sim na Serra Nevada, o Mulhacén com 3480m de altitude. É uma estância relativamente pequena, mas ainda assim com muito para oferecer. Tem 15 escolas

FORMIGAL-PANTICOSA14 pistas verdes34 pistas azuis52 pistas vermelhas42 pistas pretas176Km de pistasCota mínima de 1145mCota máxima de 2250mForfait 7 dias (média): 273€

BAQUEIRA-BERET5 pistas verdes32 pistas azuis30 pistas vermelhas8 pistas pretas155Km de pistasCota mínima de 1500mCota máxima de 2656mForfait 7 dias: 255€

GRANDVALIRA18 pistas verdes38 pistas azuis32 pistas vermelhas22 pistas pretas210Km de pistasCota mínima de 1710mCota máxima de 2640mForfait 7 dias: 285€

SERRA NEVADA19 pistas verdes41 pistas azuis50 pistas vermelhas7 pistas pretas106Km de pistasCota máxima de 2100mCota mínima de 3300mForfait 7 dias: desde 246€

CHAMONIX-MONT-BLANC5 pistas verdes36 pistas azuis32 pistas vermelhas15 pistas pretas157Km de pistasCota mínima de 950mCota máxima de 3300mForfait 7 dias: 326€

RESERVAS ANTECIPADASAs férias na neve são algo dispendiosas. Porém esta é a altura ideal para pensar neste assunto, é altura de reservas antecipadas em que os preços são mais amigos e as oportunidades de aproveitar. A maior parte das estâncias abre em finais de novembro e permanecem abertas até a altura da Páscoa, por vezes até depois. Marque as suas férias o quanto antes e tire partido destes descontos vantajosos.

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de ski, zonas especiais para crianças, o Superparque Sulayr para freestyle e snowboard e é dona do maior desnível esquiável de Espanha, de 1200 metros.Um dos maiores atrativos da Serra Nevada é a oportunidade que apresenta de praticar ski noturno, às quintas-feiras e sábado as pistas reabrem entre as 19h00 e as 21h00 (geralmente o horário é das 09h00 às 16h45). Aos domingos há também hipótese de realizar uma última “esquiadela” matinal com as pistas a abrirem às 07h30.Os hotéis e zona comercial encontram-se no sopé da montanha, de costas para as pistas que por ela descem. É nesta zona que, não estivéssemos nós em Espanha, decorre toda a animação noite dentro, também muito procurada neste local.A Serra Nevada é ideal para famílias, com pistas para todos os gostos e feitios. Há pistas de iniciação para os mais pequenos, pistas mais radicais para os jovens e todo a estância se encontra no Parque Nacional declarado Reserva da Biosfera pela UNESCO, devido ao seu valor paisagístico e natural, o que fará as delícias dos menos novos. E quando estiver cansado de calçar as botas de ski pode passear pela bonita floresta com rios de água natural das neves.

CHAMONIX: A BELEZA DOS ALPESMesmo quem nunca foi à neve nem tenha feito tenções de ir com certeza já ouviu o nome Chamonix e isto tem uma simples razão de

ser, Chamonix é perfeita. Encontra-se na zona francesa dos Alpes e tem o Monte Branco ali mesmo ao lado. Aliás, o nome oficial desta localidade é Chamonix-Mont-Blanc. O Monte Branco é a montanha mais alta dos Alpes e de toda a União Europeia, ergue-se a mais de 4800 metros de altitude o que faz dele um glaciar, constantemente coberto de gelo e neve. A sua beleza é indescritível!Em Chamonix existem seis áreas esquiáveis, com um total de 157Km de pistas. Porém, não se coíba de esquiar “off piste”, a zona não demarcada é praticamente infindável, tal como a sua beleza natural. Logicamente não se deverá aventurar sozinho por estes caminhos não marcados, mas com um instrutor de uma das várias escolas de ski de Chamonix terá um sem fim de novos caminhos a percorrer.Mas Chamonix não se faz só de ski, a cidade é viva com diversas festas, concertos e espetáculos. Há também museus, exposições e mercados. E naquelas montanhas existe uma longa história ligada ao alpinismo, por lá passou Horace-Bénédict Sausurre considerado o pai do alpinismo. Hoje em dia há uma panóplia de trilhos a percorrer e escalar e caminhadas pelos seus numerosos lagos em altitude.Cham (como é carinhosamente apelidada) é um recanto celestial coberto de ouro branco, recheado de pistas lindíssimas e uma cidade acolhedora onde será recebido de braços abertos. É realmente uma estância que engloba tudo o que possamos procurar numas férias de inverno, da aventura ao relaxamento, passando pela cultura e vida social. >

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A neve não se vive só de dia! Mesmo com os músculos cansados do exercício pelas pistas à noite aparece toda uma nova lista de atividades. O àpres-ski é um verdadeiro chamariz das férias de inverno, com cada estância a ter seu aglomerado de bares e pubs. Prepare-se para dias frios e noites quentes!

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Lisboa tem um novo “terraço de charme”Lisboa ganhou um novo hotel boutique de charme, mais propriamente em Belém. O “Palácio do Governador” resulta da recuperação de um edifício quinhentista que outrora serviu de morada ao Governador da Torre de Belém. À beleza do edifício, de estilo barroco, junta-se uma decoração com base no traço da Companhia das Índias, e uma fabulosa panorâmica sobre a Torre de Belém e do Tejo.

O hotel vai oferecer 60 quartos de 11 tipologias, entre eles as suites do governador, da princesa e do infante. A primeira é o ex libris do hotel, com os seus 130 m2 e cama King Size com dossel “plantada” a meio do quarto.Outro ex libris será o restaurante Ânfora, a cargo do chef André Lança Cordeiro, e um Spa de 1.200m2 que tem como paredes os muros romanos dos séculos I a V encontrados durante a construção do edifício.

Melgaço vai festejar pela primeira vez o espumante Alvarinho. A festa acontece de 20 a 22 de novembro, com a presença de 13 produtores de espumantes, três expositores de fumeiro e outros produtores regionais típicos do concelho, bem como dois restaurantes que vão apresentar propostas gastronómicas, harmonizadas com os vinhos.Além da degustação, a Festa do Espumante de Melgaço, que se realiza no Largo Hermenegildo Soalheiro, no centro histórico do concelho, incluirá ainda sessões de 'showcooking', provas comentadas por especialistas e música.

Agora, reservar as suas férias e escapadas propostas pela Bestravel é mais fácil. O grupo de agências Bestravel abriu um novo balcão, desta feita em Valença do Minho. Fica situada no Edifício São Gião Loja 13 R/C, em São Gião, e está aberta de segunda-feira a sábado com o seguinte horário de funcionamento: de segunda a sexta entre as 09h00 e as 12h00 e das 14h00 às 19h00 e ao sábado das 09h00 às 13h00.

Melgaço festeja espumante Alvarinho

Valença do Minho já tem agência Bestravel

Para quem gosta de petiscar e conviver à mesa, tudo regado a bons vinhos, o hotel Vila Galé Estoril sugere-lhe o seu restaurante “Inevitável Vinhos e Petiscos”, que como o próprio nome indica, baseia-se na tradicional forma de conviver dos portugueses. Pelas mãos do Chef Executivo Francisco Ferreira, chegam-nos pratos como salada de polvo, mexilhões com coentros ou ainda

petiscos com bacalhau, salmão ou feijoada de búzios, com outros mais internacionais, como o rosbife com molho de rábano. Mas também sobremesas como encharcada, farófias, pão-de-ló torrado com doce de abóbora e bolo de chocolate com creme fraîche. Os preços oscilam entre os 5€ e 9€ por petisco e o restaurante está aberto ao público todos os dias das 12h30 às 14h30 e das 19h30 às 23 horas.

Aeroportos espanhóis com wi-fi gratuito

Hertz com aluguer de motos em Lisboa

Há vinhos e petiscos no Estoril

Os aeroportos espanhóis de Madrid-Barajas, Barcelona-El Prat, Palma de Mallorca, Málaga, Vigo, Santiago de Compostela, A Coruña, Tenerife Norte, Tenerife Sul, Lanzarote e Fuertenventura oferecem agora Internet gratuita e ilimitada via wi-fi. Até agora, os aeroportos espanhóis ofereciam 30 minutos de conexão wi-fi gratuita, um serviço ao qual se ligaram oito milhões de passageiros em 2014.O novo serviço dos 12 aeroportos da rede Aena já está disponível e terá a duração de dois anos, oferecendo uma cobertura a cerca de 200 milhões de passageiros por ano.

A Hertz Portugal acaba de abrir em Lisboa uma nova estação de aluguer de motos, em parceria com a Touratech, marca de referência no mercado do motociclismo.A nova loja de Lisboa, Longitude 009, onde também funciona a Touratech, está localizada na Avenida Infante D Henrique, Edifício Beira-rio, fração T, com a Hertz Ride a

disponibilizar um serviço premium de aluguer de motos, com uma frota que se carateriza por modelos recentes com uma idade máxima em frota de sete meses – e pelo conforto – todos os modelos estão equipados com três malas. O serviço Hertz Ride oferece ainda proteção e segurança das bagagens em locais específicos.

Rib Beef & Wine apresenta-se aos apreciadores de carneJá abriu um novo restaurante para os verdadeiros apreciadores de carne. O Rib Beef & Wine sugere a melhor seleção de carnes nacionais DOP e internacionais em plena Praça da Ribeira, da cidade Invicta.Este novo restaurante fica no Pestana Vintage Porto Hotel & World Heritage Site, e apresenta uma carta assinada pelo chef Rui Martins, com destaque para o Tomahawk Black Angus irlandês, um bife de corte ímpar, o Chateaubriand que apresenta um secionamento premium do lombo, ou o RIB Eye com um marmoreado abundante e suculento, para além das “Cool Alternatives”, ou seja pratos principais como o RIB for Veggies, a Salada RIB com frango crocante, o Risotto de Cogumelos, o RIB Burguer, ou o Steak Tartare, entre outros.

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“Selo de Garantia” é uma rubrica de conselhos da redação que versa sobre os mais diversos produtos. De pacotes de viagens a unidades hoteleiras, de vinhos a espetáculos, de parques temáticos a museus e exposições, as nossas sugestões têm sempre em atenção a boa relação entre o preço e a qualidade do que é oferecido. Ou seja, se figura no “Selo de Garantia” é porque vale a pena ir e experimentar.

AS MELHORES SUGESTÕES AO MELHOR PREÇO/QUALIDADE

“No dia de S. Martinho come-se castanhas e bebe-se vinho”, diz o povo na sua infinita sabedoria. Provérbios de S. Martinho há muitos, praticamente todos vão dar às castanhas e ao vinho e nós, ao longo dos tempos, temos ido atrás.

S MARTINHO NO PALACE MONTE REAL

É uma forma diferente e mesmo um pouco mais exótica de deixar para trás o velho 2015 e entrar com o pé direito em 2016 – e vale mesmo a pena. Para ter acesso a este exotismo nem sequer necessita ir para muito longe basta cruzar os céus até Marrocos, mais precisamente até Marraquexe, a sua bela cidade ocre.O programa que propomos é da Soltrópico, tem a duração de quatro dias com partida marcada de Lisboa a 31 de dezembro em voo especial direto e inclui três noites de alojamento em regime de meia pensão no Hotel Atlas Asni, 4H, onde está incluído também o jantar de fim de ano. O preço é desde 629€ por pessoa em quarto duplo e inclui transferes, taxas hoteleiras, de turismo e aéreas, e seguro de viagem Soltrópico Gloobal Extra Marrocos.

FIM DE ANO EM MARRAQUEXE

APRENDER A COZINHAR COM UM CHEFEste é o programa que propõe a Estalagem do Vale, unidade de turismo rural de 4 estrelas na Madeira, situada em plena Floresta Laurissilva, declarada pela UNESCO como Património Natural Mundial. O Chef Roberto abre as portas do restaurante Caramujo a todos que quiserem aprender segredos gastronómicos, mesmo que esses pertençam à cozinha vegetariana. As aulas podem ser individuais ou em grupo – porque não levar os amigos ou a família para a diversão ser maior? Além disso podem sempre trocar impressões

CONCERTO DE NATALPara quem gosta de músicas relacionadas com o Natal, recomendamos o concerto “Temas de Natal”, onde a Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música, sob a direção musical de Andrew Gourlay, interpreta temas da época. Como indica o nome da orquestra, o espetáculo tem lugar na Casa da Música, no Porto, pelas 21h00 do dia 18 de dezembro, na sala Suggia.Prelúdio de Hänsel e Gretel de Engelbert Humperdinck , Men of Goodwill - Variações sobre um Cântico de Natal de Benjamin Britten, Excertos do bailado Cinderela de Sergei Prokofieff e Sinfonia nº 1, Sonhos de Inverno do compositor Piotr Ilyich Tchaikovsky, são os temas que irão fazer-se ouvir neste concerto aberto a públicos de todas as idades (a partir dos 6 anos). O preço do bilhete normal é de 15€ mas pode também incluir o jantar na Casa da Música. Jantar mais concerto têm o preço total de 31€.

Este ano, a “santinho” celebra-se a meio da semana, mas há programas válidos até 15 de novembro, ao invés do costumeiro dia 11. Por isso, se for apegado a esta tradição e quiser, ao mesmo tempo, relaxar um pouco, ainda está a tempo de o fazer.No Palace Monte Real Hotel, na região centro do país e a escassos 15 Km do centro de Leiria, o programa junta o vinho novo e as castanhas ao relax do corpo, incluindo uma noite de alojamento com pequeno-almoço, um jantar no Restaurante Paços da Rainha, castanha e jeropiga no final, circuito Spa Monte Real e Duche massagem Aroma Romã.O programa é válido até 15 de novembro, pelo que se não poder ir mesmo no dia de São Martinho, aproveite o fim de semana.

DESDE

629€4 DIAS/3 NOITES

MEIA PENSÃO

após a aula… As individuais abrangem a elaboração de três ou receitas originais e os cursos realizam-se com um mínimo de 2 pessoas e um máximo de 10. No final há lugar à degustação do menu preparado, que o Chef harmonizará com alguns vinhos.

PREÇO:

40€P/ PESSOA

AULA + REFEIÇÃO COM BEBIDAS

PREÇO:

157€QUARTO TWIN (2 PESSOAS)

PREÇO:

15€18 DEZ. 21H00

CASA DA MÚSICA, PORTO

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10 4 a 17 de novembro de 2015

De labirintos e ruas estreitas se faz a cidade de Beja. Talvez aquela que transporta o Alentejo mais cerrado, belo e tradicional de séculos de história. Cidade onde em cada porta, azulejo e ferraria se sente o valor histórico e patrimonial do ser português. É terra do cante, do castelo, da religiosidade e das artes que abre os seus braços para uma imensa natureza num horizonte sem fim.

Beja

Por vezes descuramos certas cidades convictos que pouco nos podem oferecer ou apresentar de diferente das demais. Beja até poderia ser uma dessas cidades, mas felizmente tem

uma vida pulsante como poucas no Alentejo, e vive dessa mesma energia para nos atrair pelas suas ruas esguias, que escondem inimagináveis encantos.Não é pelo seu castelo que Beja se afigura diferente de outras cidades de salvaguarda da soberania portuguesa, mas é nele que se pode desenrolar toda a sua vivência histórica. Também não será pelos museus, como o de Rainha D. Leonor, instalado no belíssimo Convento Nossa Sra. da Conceição onde se encontra uma coleção de ourivesaria e secção de Arqueologia do período romano.Nem da sua gastronomia, outrora pobre, de sobrevivência, e agora uma verdadeira iguaria que nos preenche os dias.Afinal, o que faz de Beja digna de visita e encanto?

MULTIPLICIDADE DE DETALHES

Num morro alto, a dominar toda uma planície de verde e amarelo, Beja tem um sabor puro que se vê a cada nova rua que se cruza. Do castelo, reinante sobre a cidade, chama-nos um dos primeiros detalhes:

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AO SABOR DA ANCESTRALIDADE

o Arco Romano, mais conhecido por “Portas de Évora”. Por aqui se testemunha o trabalho romano, numa edificação do remoto século III d.C., num monumento para nos surpreender como um portal para uma dimensão inimaginável. Outro arco importante é o dos Prazeres, na rua com o mesmo nome. Já mais recente que o anterior, porém datado do princípio do século XVII. Terminando a rota dos arcos, não poderia faltar o Arco de Aviz, na rua que também carrega o seu nome. Este arco tem a si agregada uma história sui generis. Uma vez

demolido, ainda no século XIX, foi possível ser reconstruído depois dos seus blocos graníticos terem sido descobertas como bancadas de peixe no Mercado de Santa Maria… “Ele há coisas!”. Beja é apaixonante e de paixão vivem as alcoviteiras nas suas janelas, que nesta cidade são indubitavelmente diferentes. É o caso da janela Manuelina, na Rua Afonso Costa, que foi retirada do Convento do Carmo para se instalar no prédio da porta 38. Ou a Janela de Mariana Alcoforado, onde na mesma era suspirada a sua paixão pelo cavaleiro Marquês de Chamilly. Pode visitá-la, à janela, no Museu Regional de Beja, no Largo da Conceição (Convento de Nossa Senhora da Conceição).

MÃOS FADADAS

Encanto incontornável desta terra não poderia deixar de ser o engenho de homens e mulheres que durante anos se dedicaram à mais nobre arte do trabalho que nasce das mãos. Por aqui o artesanato é um baú de surpresas em latoaria, olaria, cestaria, azulejaria, calçado, taleigos, rendas e bonecas de pano, além de trabalhos em chifre e cortiça, buinho, estanho e cobre.Mas há outro incontornável artesanato, desta feita gastronómico. Em Beja não poderá escapar a verdadeiras instituições

Texto: Sara Cunha Ferreira

COMO IRDe Lisboa, são cerca de 180 Km, partindo pela A2 rumo a Setúbal convergindo com a saída do IP8 até Beja.Do Porto deverá seguir pela A1 até á saída para Santarém para posteriormente apanhar a A2 até esta convergir com o IP8 com indicação de saída para Beja.

ONDE COMERA Pipa – Rua da Moeda, 8 12h-15h | 19h-22hEncerramento semanal: domingoEspecialidades: Bacalhau à Braz; Polvo à Lagareiro; Sopa de Cação; Sopas de Tomate com Peixe; Migas com Entrecosto; Migas de Poejos; Ensopado de Borrego; Carne de Porco à Alentejana; Pudim de Requeijão e Mel; Sericaia; EncharcadaAdega Típica 25 de Abril – Rua da Moeda, 23Encerra ao domingo à tarde e 2ª feiraEspecialidades: Borrego Assado no Forno a Lenha; Grelhados de Porco Preto com Migas; Sopas de Cação; Açorda de Bacalhau; Sopas de TomatePulo do Lobo – Praceta Rainha D. Leonor, 6Encerra aos domingosEspecialidades: Cataplana de Tamboril; Arroz de Marisco; Espetada de Camarão; Naco de Vitela Frito com Amêijoas; Espetada de Porco Preto; Terra e Mar (Porco Preto e Camarão Grelhado); Mel e Noz; SericaiaVovó Joaquina – Rua do Sembrano, 57Encerra aos domingosEspecialidades: almoços tradicionais e petiscos, adega de cidade, mercearia

ONDE FICARHotel Melius HHH (49€ p/noite)Av. Fialho de Almeida, s/nBejaParque Hotel HHHH(65€ p/noite)Rua Francisco Miguel Duarte, nº 1 Hotel Rural Vila Galé Clube de Campo HHHH (100€ p/noite)Herdade da Figueirinha, Santa Vitória(Encerra em Janeiro)Herdade dos Grous – Agroturismo (100€ p/noite)Albernoa

D E S D E

65€P/ NOITE

QUARTO DUPLO /TWIN

BEJA PARQUE HOTEL 4H

INCLUI:PEQUENO-ALMOÇO

DE PAX JULIA A ATIVA JULIA Se a “Júlia se sentia em paz” no tempo dos romanos, agora vive de uma surpreendente agitação, muito graças às empresas de animação turística que por aqui se instalaram. Beja vive afortunadamente enclausurada entre a natureza, daí a sua clara vocação para este tipo de turismo. Por entre passeios pedestres, com rotas demarcadas, a cavalo, de balão, de barco, birdwatching, btt, canoagem, paintball, moto4, tiro com arco, tiro com besta ou kartcross, por terra, água ou céu, não lhe será difícil encontrar quem ajude a aproveitar a calmaria da planície alentejana para agitar as hostes. E falando de Alentejo é incontornável falar de vinhos. Aqui o enoturismo está enraizado, seja em oferta de alojamento, ou através também das empresas de animação turística, que proporcionam visitas a herdades produtoras, provas de vinhos e gastronomia.

VILLA ROMANA DE PISÕESDescoberta acidentalmente no final dos anos 60, esta villa é um exemplo das estruturas agrárias romanas, designadas por villae. Pela cidade existem outras, ainda por escavar, o que demonstra a importância agrícola que teve Pax Julia, como era chamada, para os romanos.

da doçaria conventual alentejana, com os famosos porquinhos de doce, as queijadas de requeijão, as trouxas-de-ovos, os doces de amêndoa ou as irresistíveis empadas de galinha. Daqui vai bem servido. Daqui, de Beja, entenda-se! Irá de olhos, malas e estômago bem satisfeitos e não passará muito até sentir umas saudades infindas. >

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114 a 17 de novembro de 2015

Muita gente lamenta “Nunca fui a África”, outras dizem “Já fui a África – Tânger”. Pois os que já foram a Tânger já estiveram, efetivamente, em África, e os que nunca foram a África porque não começar por Tânger, cidade às portas de África. É aqui ao lado, por isso vai-se num instante, e até tem voos diretos.

Tânger

Tânger é uma movimentada cidade localizada no extremo Norte de Marrocos, que cresce diariamente a um ritmo frenético, conservando um carácter cosmopolita. Uma cidade

pequena que pode ser vista num ou dois dias. Quem fica por lá mais uns dias pode dar um salto a Arzila, localizada cerca de 46 Km ao sul de Tânger, e ainda descobrir a charmosa Tetouan, a 70 Km.É uma cidade povoada por histórias, mitos e lendas. E se essas não podemos provar, outras têm testemunhos vivos. Foi o centro de inspiração para uma geração de artistas e políticos, durante o seu período de cidade colonial.As suas ruas, hotéis e cafés podem-se vangloriar de ter assistido à passagem de Tennessee Williams, Samuel Beckett, Jean Genet, os palácios viveram as festas loucas de Barbara Hutton ou Malcolm Forbes, a sua luz inspirou Matisse e o seu mistério cativou Paul Bowles. A Cidade Branca sempre soube apaixonar e encantar génios e artistas.Disposto como um anfiteatro sobre o Estreito de Gibraltar, com vista para o Atlântico e o Mediterrâneo, a sua localização, história, excelentes restaurantes e hotéis, fazem de Tânger um destino privilegiado para quem busca memórias românticas, misturando de forma fascinante, nas ruas ou na medina, a cultura africana, árabe e europeia. A primeira e única vez que visitei Tânger, fiquei

ÀS PORTAS DE ÁFRICA

surpreendida e foi amor à primeira vista.

CIDADE VIBRANTE

A medina murada de Tânger, como em qualquer cidade marroquina, é formada por inúmeras ruas repletas de bazares e lojas que vendem produtos locais. Essas ruas labirínticas estão cheias de vida, graças aos muitos cafés, lojas, riads e pequenos hotéis que invadem a parte antiga da cidade. Outro lugar a visitar em Tânger é o Grande Souk ou Praça 9 de Abril. Esta grande praça, recentemente remodelada, é um ótimo lugar para observar a vida vibrante da cidade. É ali que se eleva a mesquita Sidi Bou Abid, datada de 1917, com um belo minarete de azulejos policromados. Muito perto da praça encontramos a Igreja Anglicana de St Andrew construída em 1905, quando o Rei de Marrocos, Hassan I, doou um terreno para a antiga comunidade britânica de Tânger. O seu interior é composto por uma fusão de estilos entre os quais o andaluz.Perto está o Parque de La Mendubia que, embora à primeira vista possa parecer um simples quadrado, é um lugar agradável para relaxar e desfrutar deste paraíso de paz após a agitação da medina e dos souks, pois aí encontramos plantas e árvores exóticas, entre as quais uma figueira com 800 anos. Andando pela Rue des Siaghins, muito

animada por suas lojas de artesanato (Siaghins significa ourives e refere-se à atividade que antigamente se dedicavam os seus comerciantes) encontramos a Igreja da Imaculada Conceição (com fachada de clara influência oriental) datada de 1880. Logo veremos o antigo palácio renascentista Dar Niaba, que acolheu a missão francesa e serviu de escritório do representante do Sultão. É um edifício de estilo espanhol, com varandas de ferro forjado. A pouca distância, o edifício que albergou a embaixada dos EUA desde 1821. Hoje é um espaço de visita com móveis antigos, documentos, fotografias, mapas e todo o tipo de objetos que recordam a idade de ouro da cidade.Outro monumento importante de Tânger é a Grande Mesquita Moulay Ismail fundada por 1684, que foi ocupada por muitas civilizações, incluindo os romanos, e que dentro foram encontrados restos do Capitólio. Com a ocupação dos portugueses transformou-se na Catedral do Espírito Santo. Em frente, a Madrasa no século XVIII, juntando-se uma agradável varanda com vista para o porto, onde a vida da cidade se desenrola e onde está a ser construído um moderníssimo terminal de cruzeiros.Passando a Puerta del Mar, encontramos o lendário Continental Hotel, o mais

Texto: Maria Morgado

COMO IRVoos diretos da TAP

ONDE FICARLa Maison de Tanger78 € /noiteHotel Farah Tanger HHHHH

82€/noiteHôtel Palais du Calife Riad & Spa76€/noite

ONDE COMERComida marroquinaHammadi, rua Kasbah Médina Layali Hôtel Mövenpick, Malabata Mamounia Plaza, Semarine, MedinaSaveur de Poison, junto ao grande souk – peixeJawara, em frente à Praça de Touros – muito popular, comida variada e baixo preço

antigo de Marrocos, cujos quartos recordam ainda a passagem de personalidades como Churchill ou Ava Gardner, entre outros. Percorrer o Zankat Salaheddine e o Zankat el Oualili os mercados de alimentos repletos de cores e aromas, visitar o Musée d’Art Contemporain de la Ville de Tanger que está instalado no antigo Consulado Britânico, no palácio de Dar el-Makhzen que foi construído no século XVII, ou ir ao Petit Socco que ostenta joalharias e cafés com terraços, são apenas algumas sugestões que deixo.Mas Tânger tem mais. Convido-o a visitar a Place de la Kasbah que oferece uma bela vista das costas marroquinas e espanholas, sentar-se no famoso Café Hafa que tem vista para o mar, apreciar o porto de Tânger e porque não dar um mergulho na Praia Robinson onde o Atlântico e o Mediterrâneo se encontram.Ninguém deixa Tânger sem conhecer a Gruta de Hércules (formações rochosas cuja cavidade com vista para o mar tem a figura do continente africano), o Cabo Malabata, para contemplar o pôr do sol ou apreciar o Cabo Espartel, onde mais uma vez se junta o Oceano Atlântico azul-turquesa e o azul profundo do Mar Mediterrâneo, com o seu famoso farol construído em 1865. >

Guia de ViagemINFORMAÇÕES ÚTEISMoeda: A moeda marroquina é o dirham.1€ =10.95DHPassaporte: Não é necessário visto de entradaHorário: Mesmo que em PortugalIdioma: Francês

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Uma das mais verdejantes regiões de Portugal deixa o seu manto acolhedor de primavera e verão para dar lugar à mais alva cor. O calor cede o lugar ao frio e a paisagem serrana ganha outro encanto, outro fulgor. É a Serra da Estrela em toda a sua magnitude que começa agora a despontar.

Serra da Estrela

O ciclo da Natureza é deslumbrante em toda a sua amplitude. Se na primavera e verão revela o despertar para uma nova temporada,

o outono e inverno não deixam de ser igualmente mágicos, encerrando em si particularidades igualmente fascinantes. Toda esta realidade ganha plenos contornos no Parque Natural da Serra da Estrela, região que decidi visitar assim que o calor cedeu espaço ao frio e a todo o seu romantismo. É sabido que esta deslumbrante região encerra o ponto mais alto do continente, que até ao século XIX era relativamente desconhecido para os demais, fazendo-se os seus caminhos por terra batida apenas por caçadores e pastores. É indubitavelmente outro encanto que traz o inverno. Com os ventos a assobiar por entre arbustos de verde cerrado e a magia de ter o sol a brilhar num céu limpo, mas gélido, onde me é possível ver montanhas rochosas

> po

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O FRIO E A NATUREZA DE MÃOS DADAS

intermináveis muito além do permitido ao olhar destreinado. Há uma certa tranquilidade por estas terras no outono e inverno. Somos nós e o silêncio da Natureza, quebrado por lebres, javalis e outra fauna autóctone. Somos nós, a terra e as nuvens, com tudo o que eventualmente se passa à nossa volta a ficar retido noutra esfera, noutras latitudes. É também nesta altura do ano que as vilas e aldeias da Serra da Estrela ganham outras características, outras virtudes e consequentemente outros encantos. Os seus contornos gravíticos atingem proporções mais vincadas pelos dias menos solarengos e todo o semblante serrano parece encaixar-se na perfeição por estes lugares. Agora ganham uma magia incontornável nas suas gentes, que deixam as soleiras das portas para se quedarem pelos parapeitos das janelas, enquanto a humidade goteja vidro abaixo. O vento e os fumos das chaminés, resultado de lareiras vivas, fazem danças únicas,

com encantos que apenas por estas bandas se vislumbram pelo inverno, e o eterno casamento entre o chão molhado e o cheiro a caruma.

CAMINHO PELA COVILHÃ

Viajar em família acarreta uma logística especial, principalmente quando o destino serve vários interesses. Se aos pais é toda uma região que importa, aos mais pequenos é a neve que ansiosamente se espera. Assim sendo, decidimos passar pela Covilhã para umas panorâmicas da cidade. Apesar de ter origens romana, pouco de história desta época nos oferece a Covilhã, mantendo apenas o Templo Romano da Senhora das Cabeças ou a calçada romana que ainda se conserva junto à sua estação de comboios. Sendo talvez a mais industrializada cidade da região, acaba entanto por ser bastante atraente, muito graças à sua envolvente serrana e que se

Texto: Sara Cunha Ferreira

apresenta como um excelente acesso ao maciço central. Aproveitámos para visitar o Museu de Lanifícios, onde no seu espólio podemos encontrar as técnicas de produção local e as vidas de quem vivia da lã.Chegava a hora de rumar à Torre, o ponto mais alto da Serra da Estrela, e redescobrir todos os desígnios serranos que nos propúnhamos conhecer. Para os mais novos, a Torre é sempre feiticeira, com o seu manto de algodão por vezes fofo, outras traiçoeiro, a atrair como ninguém os miúdos (e até os adultos, aqui me confesso!). Para os mais aventureiros, em que um tobogã improvisado não é suficiente, a Torre tem todas as infraestruturas para os amantes do ski, como a estação Vodafone Serra da Estrela, com nove pistas de neve garantida entre novembro a abril. Já entre o Sabugueiro e Manteigas, o Skiparque é outra alternativa, com uma pista sintética de aprendizagem, uma de descida e um half-pipe.

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>Serra da Estrela

sentimentos quase obsessivos em relação a estas paisagens. A vontade é sair do carro e ficar horas a descobrir os detalhes destas maravilhas. Há espaços que dão para isso mesmo: parar o carro e contemplar. Mas as estradas sinuosas e de recorte são também outro dos encantos que nos fazem percorrer estes caminhos. Depois de uma noite bem passada na Serra, decidimos usufruir de algum tempo em Manteigas, cidade aninhada no vale glaciar alongado e estreito por entre a cordilheira. Aqui fica a famosa produção do mel e dos queijos, mas também onde encontramos chapéus artesanais de couro, casacos e

Se não é propriamente dado a desportos de inverno em particular, outro encanto superlativo da Serra da Estrela é a oportunidade que dá em todo o seu Parque Natural de enveredar pelos passeios pedestres, já criados e delimitados e outras tantas atividades outdoor, como escalada, passeios de BTT, canoagem ou até parapente.

CORAÇÃO SERRANO

As cores do outono dão efetivamente uma tonalidade superlativa a estas montanhas e a viagem até Manteigas proporciona

se tornou quando encontrei o Centro Interpretativo da Serra da Estrela e o Museu do Brinquedo. Já conhecia Seia, mas não tinha ainda visitado estas duas infraestruturas que, de facto, conferem-lhe uma atração extra, ao acrescentar conhecimento à sua fabulosa envolvente natural.Aqui, o almoço estava definido para o Museu do Pão, cujo restaurante nos aconchega o estômago depois de chegar o voraz apetite ao aprendermos "O Ciclo do Pão", "O Pão Político, Social e Religioso", "A Arte do Pão" e a "Ala Temática e Pedagógica – O Mundo Fantástico do Pão" – mais um excelente chamariz para a pequenada.

chinelos típicos da região. Acabámos por comprar um par bem quentinho para cada um dos quatro, bem como queijo e alguns licores. Chegava a vez de conhecer Seia. Sermos portugueses não nos dá automaticamente certificado de habilitações sobre o nosso país. E nos desenhos de trajeto de viagem apercebemo-nos que há tanto para ver e conhecer nesta região, uma das mais ricas em beleza, história, gastronomia e tradição. Seia era daquelas localidades que não estava inicialmente programada, mas o ímpeto não nos deixou passar-lhe ao lado. Que cidade maravilhosa, que mais bela

A infinidade de características que a Serra da Estrela nos oferece é impossível de compreender em apenas um olhar. Para aproximar esta região e seu conhecimento a todos os seus apaixonados, em Seia encontramos o Centro de Interpretação da Serra da Estrela – CISE, onde de forma organizada e através das novas tecnologias e realidade virtual se conta a origem e travessia da região durante milénios, principalmente a nível ambiental, mas também das suas gentes. Neste Centro, por entre exposições e experiências, faz-se uma autêntica viagem de

CISE - EM PROL DO CONHECIMENTO

descoberta e conhecimento no âmbito da interpretação da natureza, da educação ambiental e no turismo de natureza. Aqui aprendemos a compreender o mundo natural e a importância da sua conservação, numa dinâmica tão peculiar como a Serra da Estrela, em clima, geologia, vegetação, fauna e flora, bem como a mostra das Lagoas da Estrela e os geossítios desta serra.O espaço divide-se por salas. A Sala

Espaço e Território alberga a exposição permanente, mas há outras que acolhem exposições sobre o Património e Natureza ou Gentes e Lugares, para que o entendimento seja completo. Atualmente, e até 28 de fevereiro de 2017 está patente a exposição Lagoas da Estrela – água, energia e biodiversidade, bem como outras atividades: VII Curso de Iniciação à Identificação de Macrofungos (dias 14 e 15 de Novembro), um Passeio Fotográfico e cultural, uma outra forma de descobrir a montanha (dia 21 de Novembro), e uma ação de plantação na Mata do Desterro (Dia 22 de Novembro)Além das mostras, o CISE é palco também de oficinas, para miúdos e graúdos, como a Oficina Ambiental ou do Herbário, mas também de um banco de sementes e laboratório de Natureza, onde estão guardadas as diversidades florísticas da Serra da Estrela, que servem igualmente de apoio para a investigação, interpretação e educação ambientais.

CISE – Centro de Interpretação da Serra da EstrelaRua Visconde de Molelos, SeiaTerça a domingo, das 10h às 18 horas (última entrada às 17h30).Adultos – 4€Entre os 4 e 17 anos e > 65 – 2,5€

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Entre passeios pelas suas ruas em sobe e desce, com direito a fotografia à belíssima Igreja Matriz e sua escadaria, decidimos partir rumo a Gouveia, antes de o dia terminar, para na manhã seguinte chegar à Guarda e ao nosso último reduto: Belmonte.

DO PÔR AO NASCER DO SOL

Deixámos para trás a cidade que separa o centro do norte do país, para embrenhar por outra pitoresca metrópole do Parque Natural da Serra da Estrela. Bastaram 30 minutos, pelo caminho que atravessa São Martinho, para chegarmos então a Gouveia. Aparecemos com as luzes da Igreja Matriz acesas, num laranja que contrastava com os azulejos azuis e brancos que cobrem a fachada do templo. Terra de Vergílio Ferreira, Gouveia oferece a quem a visita uma experiência autêntica de turismo alternativo, graças à sua envolvente serrana que mais que oferta única se afigura como complemento das restantes cidades que compõem o maciço glaciar. Gouveia é muito simples de se conhecer a pé, em contacto direto com as suas gentes. Partindo da Avenida Bombeiros Voluntários, virando à esquerda vai encontrar a Igreja de S. Pedro (Matriz), os Paços do Concelho, a Casa da Torre, a Biblioteca Vergílio Ferreira ou o Museu Abel Manta. Já ao virar para a direita, após o Posto de Turismo, espera-lhe o Mirante Botto Machado e a sua fabulosa panorâmica sobre a natureza que envolve esta cidade. Com o dia longo já escrito, Guarda e Belmonte esperavam-nos ao nascer do sol, partindo minutos antes para conseguir observar este dom da natureza em plena serra.Com o céu limpo, o raiar do sol em tempo

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r cá

frio é das experiências mais aconchegantes que podemos vivenciar. Aquece-nos literalmente o corpo e alma, numa sensação a que nem os mais pequenos são alheios.A Guarda é a cidade mais alta de Portugal e por isso é conhecida como “escudo da Estrela” ou cidade dos quatro “efes”: forte, feia, fria e farta. Assim o é por se tratar de uma conglomeração sombria de edifícios

QUEIJO DA SERRASABOR DE UMA REGIÃOUm dos mais procurados produtos da Serra da Estrela é um testemunho vital das origens da região e da sobrevivência das suas gentes. Um dos maiores ex libris da Serra da Estrela, o seu queijo é uma iguaria única no mundo e por isso um verdadeiro chamariz turístico. Um dos mais antigos queijos de que se conhece, esteve presente em mesas reais e nos mais antigos livros, sendo hoje considerado uma das 7 Maravilhas da Gastronomia de Portugal. A sua importância é tal que em 1996 a União Europeia atribui-lhe a Denominação de Origem Protegida, sendo Celorico da Beira quem carrega o título de “Capital do Queijo da Serra da Estrela”. Trata-se de um queijo feito a partir de leite das ovelhas que pastam livres e cujo êxito, dizem, depende da temperatura das mãos das mulheres que o fabricam, ainda de forma artesanal. É um queijo curado, amanteigado de cor branca e amarelada, bastante apetitoso, tendo como “Região Demarcada de Produção de Queijo Serra da Estrela” os concelhos de Carregal do Sal, Celorico da Beira, Fornos de Algodres, Gouveia, Mangualde, Manteigas, Nelas, Oliveira do Hospital, Penalva do Castelo e Seia bem como algumas freguesias dos concelhos de Aguiar da Beira, Arganil, Covilhã, Guarda, Tábua, Tondela, Trancoso e Viseu.

É incontornável falar do Cão Serra da Estrela. Delícia dos mais pequenos e também dos crescidos, esta raça de origem portuguesa é das mais antigas da Península Ibérica, que se fixou nesta região para guiar e proteger os rebanhos durante as pastagens. Graças a estas qualidades de fiel guardador, a sua fama saltou fronteiras e é hoje uma das mais procuradas raças de canídeos. Agressivo para estranhos, dócil para os conhecidos, este cão de porte grande é um excelente guarda de família e muito inteligente, tendo uma esperança de vida média entre os 10 e os 12 anos. De forte e abundante pelo, ligeiramente semelhante ao pelo de cabra, este cão é um sucesso entre os mais pequenos, desde cachorros, por adorarem o convívio com os donos e pelo seu aspeto dócil e ternurento. São aceites como puros em pelo comprido ou curto, nas cores amarelo, fulvo e cinza; lobeiro fulvo, amarelo e cinza, ou raiados também eles fulvo, amarelo e cinza, por vezes com malhas brancas apenas nas patas e de pequena extensão na face ventral do pescoço e peito, sendo o focinho de cor preto. Os machos podem atingir os 73 cm e 60 kg e as fêmeas 69 cm e 45 kg. Poderá visitar ninhadas e seus reprodutores, muitos deles campeões, nos canis adjudicados para o efeito, nomeadamente a Quinta da Líria, Quinta do Ganhão, Cabeço do Seixo, do Espinhal, Casa de Lôas e Quinta de S. Fernando, nas zonas de Manteigas, Sabugueiro ou Penalva do Castelo.

AMISTOSAS BOLINHAS DE PELO

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EXPOSIÇÕES

OBSERVAÇÃO

DA NATUREZA

PERCURSOS

PEDESTRES

www.cise.ptCISE - Seia

CENTRO DE INTERPRETAÇÃO

DA SERRA DA ESTRELA

CENTRO INTERPRETAÇÃODE

SERRA ESTRELA DA DA

COMO IRLisboa – Covilhã: A1 saindo em Torres Novas na convergência com a A23 até à Covilhã.Covilhã – Torre: N339 (23km – 25 mn)Torre – Manteigas: N339 até convergir com a N338 até Manteigas (22km – 30mn)Manteigas – Seia: N232 (30km – 40mn)Seia – Gouveia: N231 até convergir com EM522 (17 km - 25min)Gouveia – Guarda: N17 até convergir com a A25 em direção a Guarda (50km – 50 mn)Guarda – Belmonte: N18 (24km – 30mn)Porto – Guarda: A1 até á convergência com a A26 para Viseu/Guarda

ONDE COMERMuseu do Pão (Seia)Quinta Fonte do Marrão, Rua de Sant’AnaA Colmeia (Guarda)Estrada dos Galegos

O Camelo (Seia)Eurosol Seia Camelo, Avenida 1º de Maio, 16Vallecula (Manteigas)Praça Dr. José de Castro 1, ValhelhasBebiana (Belmonte)Bairro St. António 2, Caria

ONDE FICARHotel Serra da Estrela HHHH

(Desde 62€/ noite)Estrada Nacional 339 - Penhas da SaúdeMadre De Água Hotel Rural HHHH (Desde 114€/noite)Quinta Madre de Água, S/ N - GouveiaSolar de Alarcão (Desde 55€/noite)Rua D. Miguel De Alarcão, 25 - GuardaHotel Eurosol Seia Camelo (Desde 49€/noite)Av. 1º De Maio, 16 - SeiaHotel Belsol HHH (Desde 55€/noite)Ginjal - Belmonte

austeros de granito, que nos parecem hostis e intransigentes. Guarda não é por isso uma cidade encantadora, já que servia de escudo protetor contra eventuais invasões espanholas, mas é de todas as que visitámos até então, a de maior interesse histórico.A cidade encerra nas suas muralhas mais de 800 anos de História, tendo no seu ponto mais alto a Torre de Menagem, símbolo máximo de toda a estrutura defensiva do reino. Outro ponto de incontornável interesse é a sua Sé Catedral, templo gótico com traços estéticos que testemunham o tempo, tendo no seu exterior magníficos trabalhos em granito, onde os pináculos e as gárgulas se impõem.Da sua herança restam as ruas estreitas e seus pormenores que revelam a dualidade cultural e religiosa entre Católicos e Judeus, cujo culminar, para mim, encerra Belmonte.

POR TERRAS DOS CABRAIS

Do poderoso complexo de fortificações e habitações de que outrora se fez o Castelo de Belmonte, apenas a torre e ameias permanecem. Tudo por entre estas paredes é de detalhe que nos remete para a sua importância na época dos Descobrimentos, nomeadamente do Brasil, tendo em conta que por aqui o brasão da família de Pedro Álvares Cabral é por si uma atração. Adjacente ao Castelo de Belmonte encontra-se um aglomerado de casas antigas que compõem a Judiaria ou Bairro Judeu. Belmonte tinha (e, de facto, ainda tem) uma das maiores comunidades judaicas de Portugal. Muitos moradores de hoje são descendentes dos marranos: judeus forçados a converterem-se ao cristianismo durante a Inquisição.

Durante séculos, muitos mantiveram a sua fé, fingindo ser cristãos enquanto praticavam a sua verdadeira religião atrás portas fechadas. Tal era o medo da repressão que esta comunidade só se abriu para o mundo (dizem-me) no final da década de 1970. Há inclusive um museu situado dentro de uma antiga igreja católica do século XVIII, que inclui uma exposição permanente sobre o período judaico, sendo igualmente considerado um importante centro de estudos judaicos no nosso país.De outros encantos e também lendas se faz mais uma das curiosidades de Belmonte: a Torre de Centum Cellas, um estranho achado arqueológico em ruínas, prostrado num punhado de terra, que mantém estudiosos ocupados com teorias sobre a sua existência. E no que aos museus diz respeito, Belmonte ainda não esgotou os seus encantos, havendo por isso o Museu do Azeite, onde ficamos a conhecer as suas técnicas de produção e a importância que este teve na economia local, bem como o Eco-Museu do Zêzere, uma estrutura museológica sobre a história do Rio Zêzere, afluente do Tejo, e que se encontra na antiga Tulha dos Cabrais.Com uma bagagem muito mais cheia de coisa boas, experiências novas e conhecimento, depressa percebemos que percorrer a região da Serra da Estrela é uma das mais gratificantes escapadas para fins de semana mais ou menos compridos. Há tanto para descobrir, fazer e conhecer, que a região encerra em si várias maravilhas que no outono e inverno se descobrem no seu mais puro estado. Uma excelente forma de fugir à rotina, a dois ou com a família completa, já que em qualquer dos pontos deste vale glaciar, atrações não faltam para prender todos à magia do inverno. >

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16 4 a 17 de novembro de 2015

Entre edifícios de traça lusitana e templos budistas, entre heranças culturais, históricas e patrimoniais que testemunham os mais de 450 anos da presença portuguesa no território e tradições milenares da vizinha China continental, Macau fascina. Também porque, de uma forma muito singular, abraça harmoniosamente, e como nenhum outro lugar, esse passado a um presente igualmente fascinante e surpreendente. E porque é terra de festividades…

Macau

É fácil a quem chega pela primeira vez a esta região, na longínqua Ásia, perceber porque é que Macau faz parte da lista de Património Mundial da UNESCO. Assim como é fácil

perceber por que o futuro em Macau acontece hoje, a cada instante, num crescimento extraordinário, mas mantendo o glamour entre o “ontem”, o “hoje” e o “amanhã”.Mas Macau não aposta apenas no seu passado histórico e cultural, nas suas tradições e no seu presente e futuro para se tornar no mais importante destino de lazer e entretenimento da Ásia. Macau aposta igualmente nos grandes eventos e festividades, oferecendo um calendário ímpar. Uns com um sentir mais regional e tradicional, outros de “sabor” mais internacional.E por falar em sabores, e antes que o Ano da Cabra termine para dar as boas vindas ao Ano do Macaco, que acontecerá a 8 de fevereiro de 2016 e se prolongará até 27 de

> lá

fora

MUNDO DE CULTURAS, ATRAÇÕES E FESTIVIDADES

janeiro de 2017, poderíamos começar pelo 15º Festival de Gastronomia de Macau.Um festival de sabores que atrai muitos residentes e visitantes seduzidos pelas deliciosas iguarias asiáticas, europeias, chinesas e locais, uma festa gastronómica que se realiza anualmente e que já se tornou num popular acontecimento caraterizado por uma atmosfera descontraída.Durante 16 dias, a Praça dos Lagos Sai Van, frente à Torre de Macau, enche-se de bancas de rua, de espetáculos de música ao vivo, jogos, concursos de cervejas e muitas outras atividades, oferecendo aos visitantes e residentes uma forma bem animada de degustar e sentir a diversidade da cultura gastronómica de Macau.E podemos mesmo dizer que novembro é um mês muito especial quando se fala em eventos. É o mês do Grande Prémio de Macau, sem dúvida uma das maiores

atrações internacionais oferecidas pelo território.Grande Prémio de Macau que em 2015 celebra a 62ª edição de uma das mais emblemáticas provas motorizadas do mundo e que tem como palco o Circuito da Guia, o maior e mais antigo circuito urbano no planeta, palco regular e ininterrupto de um encontro anual de corridas, o único evento do género com provas de carros e motas no mesmo programa.Um Grande Prémio com um historial que começou em 1954, e o único a ter como sigla GP sem pertencer ao circuito da F1, que se tornou no mais importante evento desportivo de Macau e de toda a Ásia a partir da década de 70.Grande Prémio de Macau que tem na Fórmula 3 o principal atrativo, bem como por ser o palco para o fecho do mundial de WTCC, circuito que se tornou num viveiro de grandes pilotos e obrigatório no portefólio de qualquer

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174 a 17 de novembro de 2015

Schumacher, Sebastian Vettel e Lewis Hamilton. Hamilton que numa entrevista recente dizia mesmo que “se pudesse incluir dois circuitos à sua escolha no calendário do Mundial de F1, um deles seria o Circuito da Guia… um Mónaco, mas com esteroides.”Nomes que levaram Macau aos quatro cantos do mundo, que a mostraram como um destino turístico de eleição, nomes o que se juntam os de Pedro Lamy, André Couto, António Félix da Costa e Tiago Monteiro. Este último, uma presença assídua nos últimos anos no Circuito da Guia, não para correr na Fórmula 3, mas sim no Campeonato Mundial de WTCC.

LATINIDADE EM MACAU

Mas o cartaz de grandes eventos regionais e internacionais de Macau, ainda durante o Ano da Cabra, não fica apenas pelo 15º Festival de Gastronomia e pelo 62º GP de Macau.Em dezembro, Macau será igualmente palco do “Desfile por Macau, Cidade Latina”, um desfile que tem início nas Ruínas de São Paulo, o principal postal do turismo macaense, e que termina na praça do Tap Seac, um percurso feito de música, cor e alegria proporcionado por mais de 2000 artistas oriundos de países de língua portuguesa e de países latinos, numa organização do Instituto Cultural e do

Instituto dos Assuntos Cívicos e Municipais.“Parada Latina”, como também é denominado este desfile que junta milhares de turistas e residentes nas ruas para assistir às performances dos participantes, que é uma forma de vincar à cidade o seu papel de ponte entre culturas e uma das atividades de destaque das comemorações da transferência da administração de Macau para a China.Um desfile onde sentimentos de igualdade, tolerância e união invadem as ruas, praças e ruelas, fomentando a concretização da integração cultural e que termina com uma grande atuação conjunta na Praça do Tap Seac, na qual os grupos se juntam em palco para demonstrar as suas habilidades, levando a atmosfera alegre do

desfile ao rubro numa verdadeira ponte cultural.Um encontro harmonioso de culturas que ganha uma especial visibilidade e significado quando chega o Natal e o Ano Novo por ser tão diferente das festividades natalícias e das passagens de ano no resto da Ásia, sendo mesmo uma experiência única, podendo ouvir-se a missa do galo na Sé celebrada

jovem piloto com aspirações a Campeão do Mundo de F1. Basta dizer que por aqui passaram jovens como Ayrton Senna, o vencedor em 1983, transformando o GP de Macau num ex libris da F3.Depois de Senna, quase todos os pilotos que inscreveram o seu nome no “palmarés” da prova do circuito da Guia chegaram à F1. Os mais significativos foram Michael Schumacher, Mika Häkkinen, David Coulthard, Ralf

Cabra e a entrada do Ano do Macaco, com diversas atividades comemorativas que terão as Ruínas de São Paulo como cenário principal, atividades e ações que se repetirão durante vários dias segundo manda a tradição, não faltando a distribuição pelos visitantes de "lai-sis", um envelope com uma moeda simbólica de boa-sorte, em celebração do Festival da Primavera.É o Novo Ano Chinês que abraça Macau, com os residentes e visitantes a encontrar diversas atividades comemorativas ao ar livre, que incluiem um desfile de carros alegóricos, fogo de artifício e diversos espetáculos de palco na Praça do Lago Sai Van e na Praça do Tap Seac, propiciando a que residentes e visitantes se cruzem e festejem em conjunto a entrada no Novo Ano.E assim é Macau. Uma região que como poucas tão bem sabe dar as boas vindas a quem a visita, como tão bem sabe unir culturas e sentires.E qualquer que seja a altura do ano em que viaje a Macau, fica a promessa de “Momentos memoráveis – Sentir Macau”!”>

CALENDÁRIO DE FESTIVIDADES

13 a 29 de novembro 15º Festival de Gastronomia de Macau

19 a 22 de novembro62º Grande Prémio de Macau

6 de dezembroMaratona Internacional de Macau 2015

6 de dezembro2015 Desfile por Macau, Cidade Latina

8 de dezembroImaculada Conceição

20 de dezembroDia Comemorativo do Estabelecimento da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM)

22 de dezembroSolstício de inverno

25 de dezembroNatal

31 de dezembro / 1 de janeiroPassagem de Ano

20168 de fevereiroInício das festividades do Ano Novo Chinês/Festa da Primavera

simultaneamente em português e em chinês.Passagem de Ano que em Macau também é muito convidativa com uma oferta variadíssima de animação, para todos os gostos. A gastronomia reina nesta noite, na qual os luxuosos hotéis competem entre eles na preparação de um jantar requintado com sabores natalícios de todo o mundo. Ao “countdown” até à meia-noite segue-se um fogo de artifício que fica na memória.

ANO NOVO CHINÊS

Mas há um outro momento que marca o cartaz de eventos de Macau, sendo mesmo o mais ancestral e importante de todos, as comemorações do Ano Novo Chinês, também conhecido como Ano Novo Lunar.Uma festividade com vários milénios e uma das mais importantes e coloridas do calendário chinês que em Macau percorre vários pontos do centro da cidade num ambiente festivo e como mostra da cultura tradicional chinesa.E em 2016 será a despedida do Ano da

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18 4 a 17 de novembro de 2015

Não sou do Minho, mas temporadas houve em que Ponte de Lima me viu crescer. Desses tempos guardo memórias das gentes, das

ruas e de uma gastronomia de que tenho saudades infindas, pelo conforto ao corpo e alma no decorrer das várias estações do ano. De regresso às memórias, o almoço de família serviu para juntar três gerações e três prazeres: o convívio, a gastronomia

e nobre arte equestre, no moderno Centro Vale do Lima. Aqui fica o Restaurante Picadeiro que me dizem ter uma nova gerência, nova equipa, nova ementa e espaço renovado. Aposta certeira. Logo a entrada do Centro convida a uns trotes nos belíssimos animais que por aqui se passeiam. Subindo em direção ao repasto, a luta aqui centra-se nas mesas que junto às suas enormes janelas panorâmicas para o picadeiro coberto, onde a presença de cavalos e cavaleiros

é uma constante, têm forte concorrência, pelo que a reserva antecipada revelou-se “golpe de mestre”.A sua imensa luminosidade, decoração sóbria com denotações em tons dourados e azeitona, para fugir à monotonia, e umas quantas ferraduras de “boa fortuna” pelas paredes, resultam numa perfeita mescla entre o que realmente aqui importa: a boa cozinha e uma janela virada para as tradições lusitanas.Todo o Restaurante Picadeiro respira

Há espaços que nos convidam a uma refeição de deleite, em tertúlias prazerosas de olhos postos nas nossas tradições. O Restaurante Picadeiro, em Ponte de Lima, é exatamente esse espaço, caloroso e intimista, com uma original e graciosa panorâmica sobre cavalos e cavaleiros, e uma gastronomia que arranca sorrisos ao recordar a típica cozinha minhota.

Repasto com vista para arte equestre

RESTAURANTE PICADEIRO

o Minho e isso vê-se perfeitamente na ementa. Aqui fala-se de cozinha tradicional minhota num feliz casamento com cozinha ‘moderna’ e internacional, porque a tradição não pode parar de apelar aos sentidos. Perguntei o que me recomendariam e naquele dia o Chef Rui Sousa privilegiou um miminho em forma de Bacalhau com Broa. Apesar de no menu constarem iguarias como Vitela à Picadeiro, Polvo à Lagareiro ou o fabuloso Arroz de

Texto: Sara Cunha Ferreira

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194 a 17 de novembro de 2015

Restaurante PicadeiroCentro Equestre do Vale do LimaRua do Senhor de Pias, 1336Sernados, Feitosa — Ponte de Lima Tel. 258 943 834/ 966 291 [email protected]

De terça a sábado:12h00 - 15h0019h00 - 22h00Domingo:12h00 - 15h00

CENTRO EQUESTRE DO VALE DO LIMAO Centro Equestre Vale do Lima foi constituído em 2001 e fica a poucos minutos do centro de Ponte de Lima. Além do Restaurante Picadeiro, possui diversas casas de Turismo de Habitação e de Turismo de Montanha.Numa área com 10ha, 45 boxes, um picadeiro coberto, um picadeiro descoberto e uma pista de ensino, este Centro Equestre possui ainda um conjunto de atividades e funcionalidades diversas, como escola de equitação, desbaste e ensino de cavalos, alojamento, estágios, hipoterapia e organização de eventos.

Sarrabulho (experimentei do prato ao lado), na mesa atrás, um casal de galegos experimentava o mesmo e pelas suas caras, o bacalhau estava no caminho certeiro para o coração.

EXPERIÊNCIA SENSORIAL

Comer é um gosto, saborear é uma arte e a cozinha do Chef Rui Sousa faz arte. Para entrada escolhi um folhado de alheira com molho de mostarda e mel. Uma delicada

peça da melhor gastronomia que se derretia a cada garfada, quase temendo que acabasse. O Minho estava realmente ali, naquele prato onde a explosão de sabores fazia jus à beleza do empratamento. A equipa diz-me entretanto que os produtos são criteriosamente escolhidos pelo Chef e que inclusivamente os legumes são de produção biológica, as carnes são de Raça Minhota certificada e até os gelados são artesanais, também eles criados no Minho. A acompanhar, na vasta garrafeira em que predominam os vinhos portugueses, escolhi naturalmente os excelentes vinhos verdes da região, das castas loureiro e alvarinho.Entre conversas para escrutinar a elaboração da entrada, chega o prato principal e a estrela do meu repasto. Delicadamente depositada sobre uma cama de grelos com azeite e alho, sal e pimenta preta, estava uma generosa fatia de bacalhau com crosta de broa, fazendo-se acompanhar por batatas a murro. O casal de galegos não me enganara e ali à minha frente estava um perfeito exemplar da nossa pura cozinha, numa verdadeira experiência sensorial, a começar pelos olhos, passando pelo nariz para terminar num verdadeiro festim de papilas gustativas. Para terminar, não poderia esquecer-me dos gelados artesanais, também eles minhotos, ainda mais agora que o frio aperta e o sabor dos gelados enaltece. Aqui a tendência é para degustar calmamente as iguarias, enquanto se observa os cavalos em ação e a conversa flui. Depois, é usufruir do Centro ou das mais belas e seculares ofertas da cidade de Ponte de Lima. >

ENTRADASCouvert simples / completo – 2€ / 3,50€Ovos mexidos com espargos verdes e gambas – 7,50€Gambas ao alho – 6,80€Folhado de alheira com molho de mostarda e mel – 5,60€Salada de Pescada com batata cozida, alface, maionese, ovo cozido e pickles – 6,70€Salada Primavera com laranja, abacaxi, amêndoa, tomate cherry e molho de iogurte – 3,50€

SOPASSopa do mercado – 2,50€Sopa fria de melão com presunto – 2,80€VEGETARIANOTagliatelle com salmão fumado, espargos e funcho (opção de massa s/ glutén) – 13€Risotto de espargos e cogumelos – 13,50€PEIXESMassada de peixe – 14,50€Polvo à lagareiro com grelos salteados e batata a murro – 13,70€Bacalhau com broa, grelos salteados e batata a murro – 17,60€Robalo Grelhado com legumes e batata cozida – 17€CARNESBife à Portuguesa – 17€Posta de vitela Minhota com batata a murro e grelos – 18,30€Miminhos de vitela com milhos e legumes salteados – 16€Lombelo de Porco com puré de batata-doce, espargos verdes e legumes salteados – 12€

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20 4 a 17 de novembro de 2015

É um verdadeiro despertar da mente para os efeitos das guerras. Um corredor de memórias onde se recordam os conflitos em que o Império Britânico esteve envolvido e os seus consequentes efeitos devastadores sobre a população. É uma recordação para jamais esquecer a crueldade possessiva do ser humano, fenomenalmente ilustrada na divisão de Manchester do Imperial War Museum.

Imperial War Museum North

Chama-se Imperial War Museum North e é a última extensão do afamado IWM de Londres, erguido em 1917. Depois de chegar a cidades como Duxford

ou Belfast, nos anos 70, a zona de The Quays, em Manchester, ganhou uma nova vida paradoxalmente a partir da guerra, em 2002.Trata-se do maior museu do mundo sobre a temática do conflito, um museu em memória de todos os que combateram pelo Império Britânico, em todas as suas batalhas, e um assombroso passeio pela crua realidade da guerra.A receber o IWM North está uma zona de Manchester revitalizada, outrora porto da cidade e suas docas, servidas pelo Ship

IWM North A entrada no Museu é gratuita, mas para se subir ao AirShard, a parte mais alta do edifício (56 metros), tem o custo de 1,20£ (1,60€). Vale a pena, porque oferece uma panorâmica soberba de Manchester.Todos os dias, das 10h00 às 17h00Última admissão às 16h30

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tura

EM MEMÓRIA DA DEVASTAÇÃO DOS CONFLITOS

Canal. Aqui, em The Quays (O Cais), nasceu uma nova cidade, também conhecida como Media City UK por albergar meios de comunicação social como a base nacional da BBC, televisão estatal britânica, empresas tecnológicas, de restauração e áreas de lazer que convidam a longos passeios, tanto pelas praças que recortam os edifícios, como pelas pontes que atravessam o canal.E é por uma destas pontes (repare no cimo dos cabos que a suportam – parecem aviões a descolar e a cortar o horizonte) que se chega a este magnífico e imponente edifício, praticamente impossível passar despercebido. Revestido de alumínio e formado por ângulos salientes, é a primeira obra desenhada pelo internacionalmente aclamado arquiteto Daniel Libeskind no Reino Unido, e que rapidamente

ocupou o lugar de um dos mais icónicos monumentos no horizonte de Manchester.Sem dúvida um lindíssimo edifício, mas que para alguém como eu, que nada de arquitetura percebe, pouco associa o espaço ao seu conteúdo. Talvez por não ser a única a ficar maravilhada com as suas linhas, mas sem perceber a sua razão, fui prontamente informada por um transeunte que tudo se explica, e que a resposta é simples e está, efetivamente, no seu conteúdo. [Ver caixa sobre as curiosidades do edifício]

DA CALMA À INTRANQUILIDADE

Não sei se existe outra entrada para este Museu, mas a que fica imediatamente em frente ao canal, com o The Lowry por

Texto: Sara Cunha Ferreira

COMO IRPor elétrico – Em qualquer ponto da cidade até à saída de MediaCityUK ou Harbour CityDe autocarro – O 250 para Village Circle, X50 para IWM North ou o 50 para MediaCityUK

ONDE COMERWaterShard Café & Kitchen – Café e restaurante do museu. Cozinha contemporânea acompanhada de uma fabulosa panorâmica sobre a zona do cais. Damson Restaurant – Primeiro restaurante independente. Cozinha internacional sofisticada. Fica em MediaCity UK, no Orange Building.

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214 a 17 de novembro de 2015

conheceram como glamourosos, em filmes de Hollywood. Depois de um “banho de loja” – que funciona como bálsamo, tanto à entrada, como saída – passo para a exposição temporária, patente até abril de 2016: a “Horrible Histories: Blitzed Brits”. Protagonizada por um rato em desenho animado, na exposição são contadas aos mais pequenos as dificuldades vividas durante o bombardeamento alemão em Manchester durante a II Guerra Mundial – episódio conhecido por Manchester

Blitz –, como por exemplo o racionamento alimentar, tudo em tiras de banda desenhada, tal e qual livro gigante aos “quadradinhos”. A partir daqui, quanto mais embrenhados no espaço, mais desconfortáveis nos sentimos. Imponentes, contra uma das paredes do edifício, mostram-se barras de ferro distorcido, enormes, a requisitar esforço para lhes encontrar o fim. Barras que são restos das Torres Gémeas de Nova Iorque, tortas pelo fogo do vil ataque a inocentes. Ainda a abrir o espaço, há ogivas nucleares, tanques de guerra, jeeps bombardeados… tudo exemplares verídicos, para uma aproximação “quanto mais realista e cruel, melhor”, do que para muitos só em museu se testemunha.

SENTIDOS EM DESCONFORTO

Em passeio pelo espaço damos conta de toda a vivência conflituosa desde a I Grande Guerra Mundial até aos nossos dias, de era aeroespacial. Há fardamento, equipamento, cartas de amor, cartas de pesar, comunicados e muita desolação, transversal a todas as guerras.

oposição, leva-nos diretamente para a loja de recordações do IWM North. Eu sabia exatamente para onde ia. Não entrava naquele museu na mais pura inocência. Mas a verdade é que todo o merchandising faz-nos esquecer o que nos espera pelos corredores. Desde réplicas das malas das enfermeiras da II Grande Guerra, a utensílios de cozinha, ao famoso batom vermelho dos anos 40, miniaturas da frota aérea e marítima, a livros e posters de combate, há de tudo que gerações como a minha só

Há vídeos de época sobre como sobreviver a um ataque nuclear, cheiros de pólvora e até dos sapatos dos soldados (cheiro horrível que me acompanhou psicologicamente durante o resto da visita), há sons de alarme, há gritos, há discursos políticos, incluindo o de Winston Churchill onde dizia “Jamais

Reparou como no texto relato por diversas vezes o desconforto que se sente? E será que percebe a ideia que originou a forma do edifício? O arquiteto Daniel Libeskind depositou tantos detalhes neste IWM North que os próprios são uma verdadeira atração. Ora veja:> Foi construído sobre a zona bombardeadaOnde está hoje o IWM North era a zona de Trafford Park, com as suas fábricas de munições para a I e II Guerras Mundiais. Foi este o local mais destruído (estrategicamente) pelo Manchester Blitz.> O edifício representa um globo terrestre partidoLibeskind queria que o edifício fosse um símbolo dos efeitos da guerra. Tendo à mão um bule de chá, também ele redondo como a Terra, deixou-o cair e dos seus estilhaços se inspirou para a sua construção. > É propositadamente desorientadorLibeskind queria que os visitantes sentissem a natureza perturbadora da guerra. Por isso, a rota para o museu é em si confusa, com as curvas que compõem o contorno do edifício a continuarem também no interior, afetando a forma como o visitante se move em redor do museu.> Piso desniveladoHá uma clara falta de ângulos retos no espaço da exposição principal, sem luz natural, e até mesmo a temperatura oscila em diferentes pontos. Por outro lado, o piso tem desníveis que ajudam a experiência de desorientação.

CURIOSIDADES SOBRE A OBRA DE LIBESKIND

nos sentirmos vivos, mas de aprendermos com os erros. Penso que seja este o verdadeiro objetivo de todos os Imperial War Museum britânicos e saio deste convicta de que todos, mas todos nós deveríamos, em algum momento das nossas vidas, visitá-los. >

ceder!” perante o exército alemão… Todos expostos num ambiente totalmente estéril, desprovido de qualquer distração arquitetónica. E há enclaves, tão ou mais importantes que todo o espaço aberto, onde se vislumbram brutais detalhes, como a limpeza étnica nazi, onde em gigantescos móveis de arquivo se descobre, ao abrir das gavetas, particularidades das vidas de judeus que na altura perderam a vida, em forma de diários, telegramas... Há enclaves sobre o papel das mulheres em todas as batalhas e das crianças que por elas passaram. Demonstra-se a evolução das armas e o apuramento da crueldade dos intervenientes. Aqui, solo e paredes, cores, luzes, sons e cheiros são efetivamente pensados para deixar o visitante desconfortável. A forma como está distribuído o espólio, serve também de desorientação: sentimo-nos perdidos, sem saber por onde seguir, porque o assunto não é “leve” e a memória deve prevalecer. No entanto, paradoxalmente, este desconforto atrai e estamos sempre à espera de ver mais, testemunhar mais e até sofrer um pouco mais, não numa triste e sórdida forma de

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22 4 a 17 de novembro de 2015

Fazer o que quiser à hora que quiser. Jantar em qualquer restaurante, à hora que quiser, com quem desejar e vestindo o que lhe aprouver. Estas são as regras de um cruzeiro sem regras. Ou onde as regras são suas. Tudo isto a bordo do Norwegian Escape, onde nada falta: requinte e charme, sobriedade e sofisticação, animação, entretenimento, relax e muita, mesmo muita, adrenalina.

Norwegian Escape

Fazer um cruzeiro sem normas estritas de horários ou vestuário, é o sonho de muitos dos que já fizeram um ou outro cruzeiro e já tiveram que jantar a horas que não queriam, sentar-

se numa mesa com desconhecidos, vestir fato e gravata. Regras que não existem na Norwegian Cruise Line, onde o conceito é o “Freestyle Cruising”. Um conceito que assenta como “uma luva” ao recém-inaugurado Norwegian Escape.Embarque no Escape e ponha de lado ideias preestabelecidas, mesmo em termos da decoração que aqui é sóbria pela abundância de madeiras e cabedais, requintada pelas peças artísticas, aconchegante pelas cores quentes, pelos espaços aprazíveis. Depois há o mar: um cruzeiro tem sempre a ver com o mar, mas este aqui ganha outra dimensão. Visível de muitos espaços, mesmo de restaurantes e bares, o mar parece mais próximo, proporcionando todo um ambiente de relax.

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EMBARQUE NO CONCEITO “FREESTYLE CRUISING”

O Escape é um hino para os que gostam de comer bem, com o requinte das estrelas, mas também para os que preferem tapas ou hambúrgueres. É um espaço privilegiado

para quem não dispensa a adrenalina, o local ideal para “tomar um copo” cada noite num lugar diferente, assistir a grandes espetáculos, em suma, divertir-se.

Texto: Fernanda Ramos

Experimentar um pouco de tudo isto leva tempo e há que levantar cedo, começar pelo deck 16, onde espera o buffet do pequeno-almoço, que se toma contemplando o mar. Agarre depois fato de banho, touca e chinelos e rume ao deck 17, onde moram Spa e ginásio. Relaxe na piscina de hidroterapia e hidromassagem, entre na sauna e na sala de sal, tente a sala de neve, a primeira em alto mar, onde a temperatura ronda os 0º a -6ºC e pequenos flocos de neve caem do topo que parece a céu aberto. Experimente o ginásio mirando o oceano, corra pela pista ao ar livre, no mesmo deck, aventure-se no arborismo, nas pranchas que se estendem para fora do navio a muitos metros de altura e nas quedas rápidas em tobogan. Demasiada adrenalina? Pois dê um passeio pelos decks exteriores, tome um aperitivo no Waterfront, de cabelos à brisa marítima e mirando o mar. Pecado dos pecados, se for fumador aproveite para um cigarrinho ao ar livre, ali na “promenade marítima” do deck 8, e não se furte a um delicioso gelado.Ao almoço começa a grande complicação num navio que aposta tudo na gastronomia saída do engenho e arte de Chefs afamados. Buffet? Hambúrguer? Nacho? Tapas? Asinhas de frango? Na escolha

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234 a 17 de novembro de 2015

está a dificuldade e esta estende-se ao café. Há tantos por ali que parece estar num Starbucks.Dedique-se a conhecer o interior do navio onde há recantos que não acabam, uma dezena de bares, um deles com mais de 70 tipos de cerveja, outro de margaritas, outro de mojitos, outro ainda recheado de grandes vinhos… Percorra a galeria de pintura, atreva-se no Casino, perca-se nas muitas lojas e tente estar no exterior à hora

no momento em que haja vaga. Não se esqueça do Teatro onde correm espetáculos tipicamente da Broadway, nem do Spice H20, espaço para maiores de 18 anos, onde de dia pode “lagartar” ao sol entre cascatas e paredes que emitam rocha, e à noite a batida musical

THE HAVEN

DICAFalámos nas muitas novidades em termos de restaurantes e o melhor é experimentar algum deles, mas temos que deixar um alerta: à exceção dos restaurantes Taste e Manhaten Room (jantar), Garden Café (buffet do pequeno almoço), Jimmy Buffett’s Margaritaville at Sea e O’Sheehan’s Neighborhood Bar & Grill (aberto 24 horas), todos os outros implicam pagamento complementar, em torno dos 20€ por pessoa, sem bebidas.

EXCLUSIVO: SALA DA NEVE Nesta sala do deck 16, situada no Mandara Spa que se expande por dois decks sempre com total vista panorâmica do mar, há flocos de neve suaves a caírem durante todo o dia. Com temperaturas que variam entre 0ºC e -6ºC, a sala deve ser usada como parte final do percurso que inclui sala de vapor, sauna seca, sanarium e sala de sal, numa grande área onde é possível também desfrutar de 17 espreguiçadeiras aquecidas, piscina de hidroterapia e hidromassagem.

FICHA TÉCNICANorwegian EscapeComprimento: 326m Largura: 41mDecks: 19 Capacidade: 4.200 passageiros (+1.742 tripulantes)• Camarotes: 2.174• 33 villas e suites e 22 Courtyard

Penthouses no The Haven, de “6 estrelas”• 14 suites, 20 mini suites e 38 camarotes

Spa com varanda• 26 Penthouses• 288 mini suites• 1.130 camarotes com varanda • 114 camarotes exteriores,• 407 camarotes interiores • 82 estúdios “single”.• 17 restaurantes• 10 bares• Parque aquático com 5 tobogans,

incluindo o Whip (tobogans paralelos) e o Free Fall (o mais rápido sobre o mar), 2 piscinas 4 jacuzzis

• Complexo desportivo – decks 18 e 19• Parque aquático infantil• Atividades desportivas: o Circuito de

Aventura, no deck 17, tem percursos de arborismo e uma prancha que se estende mais de 2m para fora do navio. Ao todo são três andares de arborismo, cinco tirolesas e duas pranchas. Junta-se um desafiante mini-golfe e campo de basquete integral.

ITINERÁRIO 7 noites pelo Caribe Oriental (partida e chegada a Miami), escalando St. Thomas, Ilhas Virgens (Estados Unidos) Tortola (Ilhas Virgens Britânicas), Nassau (Bahamas)

NOVIDADESRestaurantes e bares• Bayamo by Jose Garces: no The

Waterfront, este é o primeiro restaurante em alto mar deste Chef e oferece uma variada seleção de frutos do mar e sabores cubanos

• PinchoTapas Bar by Jose Garces: pequenos pratos compartilháveis em que o Chef reinventa as “tapas” espanholas

• Food Republic: num espaço privilegiado, com o mar à vista, aqui se fundem comidas de todo o mundo

• Jimmy Buffett’s Margaritaville: uma novidade em alto mar onde se juntam hambúrgueres, margaritas e música.

• Jimmy Buffett’s the 5 O’Clock Somewhere Bar: exclusivo do Escape, aqui se saboreiam margaritas ao som de músicas dos trópicos. Situado no The Waterfront, onde a festa começa quando o sol se põe.

• The Cellars: Wine Bar da Família Michael Mondavi onde beber vinho é uma arte.

• The District Brew House: o bar de cerveja mais exclusivo em alto mar. Ao todo são mais de 50 rótulos de cerveja em garrafa e 24 à pressão, incluindo cerveja artesanal de Miami vinda da Wynwood Brewing Company. A norma é “o que acontece no The District, fica no The District”.

• Tobacco Road: o mais antigo bar de Miami está no Escape para servir cocktails exclusivamente criados por Leo Holtzman da Cocktail Collection

• Animação: Novidade são os musicais de sucesso da Broadway como After Midnight (combina o jazz de Duke Ellington com a dança mais quente da Broadway) e Million Dollar Quartet (anos 50).

do pôr do sol.Relaxe porque ao jantar, que no Escape se prolonga das 17h30 às 00h30 terá de novo a complicação da escolha. Sem ter preocupações com o vestuário, há apenas que decidir o que comer (churrasco brasileiro, comida francesa ou italiana, sushi…???), escolher o restaurante e ver num dos muitos ecrãs espalhados pelo navio se há mesa disponível – se não houver pode receber um aviso eletrónico

é apelativa. E se pela noite dentro quiser “aconchegar o estômago”, há um restaurante 24 horas. Estas são apenas algumas das possibilidades a bordo do Escape, mas há mais. Para as conhecer é só subir a bordo. Boa viagem! >

Literalmente significa refúgio e é disso que trata este recanto de seis estrelas. Quem aqui se hospeda tem os serviços mais exclusivos e personalizados, total privacidade, restaurante, bar de cocktails, receção e até piscina interior privativa de teto retráctil no Courtyard. Soma-se check-in prioritário, zona especial em cada restaurante e mesmo no Spa, prioridade no embarque e desembarque, pacotes especiais de bebidas e muitos outros serviços.

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24 4 a 17 de novembro de 2015

O tempo frio não é sinónimo de fins de semana em casa, em frente ao televisor, principalmente quando há crianças na família. Se não sabe para onde ir, o que ver e fazer, deixamos-lhe três sugestões em diferentes zonas do país, para que a distância não seja desculpa.

Escapadas com os miúdos

O sofá e televisão são duas parcelas tentadoras na equação do fim de semana. Mas o que se aplica aos adultos, dificilmente acontece

com as crianças. Aqui, há que ver por outro prisma: sair numa escapada com os miúdos é uma fuga à rotina, uma porta aberta para o conhecimento e uma oportunidade de

> su

gest

ões

PORTUGAL PARA TODA A FAMÍLIA

TORNE-SE PERSONAGEM DA HISTÓRIASe tem miúdos em idade escolar, certamente já ouviram contar a estória de uma tal padeira que fez parte de uma batalha pela nacionalidade portuguesa contra os castelhanos. Apesar de lenda, de certeza que esta padeira fica no imaginário de todos e por isso nada melhor que conhecer os meandros deste episódio da História de Portugal, no Centro Interpretativo da Batalha de Aljubarrota. Fica nos arredores da Batalha e pretende contar, por exposições e atividades interativas como se passou, de forma

DESCOBRIR OS DESCOBRIMENTOSWorld of Discoveries é a mais recente atracão da capital do norte, um museu e parque temático que pretende recrear o período das conquistas portuguesas pelo mundo, conhecida por Época dos Descobrimentos. O espaço tem uma exposição permanente interativa que nos leva numa viagem ao século XVI. O percurso faz-se com recurso a áudio guias que nos ajudam a compreender o que vemos durante uma hora que se desdobra por naus, batalhas, conquistas e os territórios pelos portugueses descobertos. Como exposição temporária há a conquista de Ceuta num espaço sobre "Ceuta Ontem. Ceuta Hoje. 600 anos de encontro de culturas entre Atlântico e

Texto: Sara Cunha Ferreira

rigorosa e instrutiva, esta época tão importante para a nossa nacionalidade.Com recurso a novas tecnologias, a área de exposição do centro contém uma mostra dos achados arqueológicos em pleno campo de batalha, mas também um auditório onde é projetado um filme e em paralelo um espetáculo multimédia onde é reconstituída a Batalha e os eventos que a originaram. Durante o fim de semana, há atividades especiais em família como o Exploratorium "dentro e fora", uma oficina criativa com visitas orientadas ao campo de batalha, a Prova de Orientação, onde de forma divertida se pretende que as famílias descubram como estava o campo em

Mediterrâneo", patente até 29 de maio de 2016. >

> WORLD OF DISCOVERIESRua de Miragaia, 106

HoráriosDias úteis: 10H00 às 18H00(última entrada às 17H30)Fins de semana e feriados: 10H00 às 19H00 (última entrada às 18H30)

PreçarioAdulto: 14€Sénior (+65 anos): 11€Crianças (4-12 anos): 8€Crianças (0-3): GratuitoExposição Ceuta (acresce ao bilhete de todos os pagantes): 2€

RAÍZES ANIMADASPartindo rumo ao Alentejo, vamos até Arraiolos conhecer a Aldeia da Terra, um jardim de esculturas caricatas que transformam uma aldeia numa verdadeira banda desenhada. Prédios e casas em barro, prontas para serem apreciadas, e onde se descobrem os mais deliciosos e engraçados detalhes do artesão que as constrói há quase 20 anos: o artista plástico Tiago Cabeça. Há sempre um pormenor que faz a diferença, que arranca um sorriso e que ilustra “em bonecos” a sociedade portuguesa, desde o presidente da junta ao rei da roulotte das bifanas, a sereia na praia ou a merceeira, que vende tudo para todos,

testemunhar o divertimento dos mais novos. Nesse sentido, as propostas centram-se em Arraiolos, no Alentejo, Calvaria de Cima, na Batalha, e em plena cidade do Porto. São elas autênticas viagens às origens portuguesas que de forma ligeira e divertida relembram aos grandes pedaços na nossa história e ensinam aos pequenos o valor de ser português.

numa vivência espalhada por uma área ao ar livre equivalente a meio campo de futebol e que está sempre em crescimento, valendo a vontade e imaginação do artista. Para além da visita, os mais pequenos podem construir a sua própria versão da aldeia, ao criar uma peça em barro, com a ajuda dos pais, que podem levar para casa ou deixá-la a cozer nos fornos cerâmicos da Aldeia. >

> ALDEIA DA TERRA A 1 Km do centro da vila de ArraiolosAberto todo o anoCrianças: 3€ Adultos: 5€

1385, e o Parque dos Engenhos Medievais, um espaço de acesso livre, a partir dos 8 anos, com jogos e engenhos em madeira prontos para serem usados, como jogo do burro, tronco dos castigos, xadrez gigante e peso do arnês.>

> CENTRO DE INTERPRETAÇÃO DA BATALHA DE ALJUBARROTAAv. D. Nuno Álvares Pereira, nº 120, São Jorge - Calvaria de Cima

Horário10h00 às 17h30Encerra à segunda-feira

PreçarioAdulto: 7€Jovem (13-17 anos) e >65 anos: 5€Criança (6-12 anos): 3,50€Criança (0-5 anos ): GratuitoExploratorium "dentro e fora": 1€ + Bilhete CIBAProva de Orientação: 3€ + Bilhete CIBA

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254 a 17 de novembro de 2015

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Texto: Sara Cunha Ferreira

Quando pensamos em choque cultural, o sentimento remete-nos para países longínquos, em pontos cardeais

inimagináveis, mas a verdade é que até uma viagem até ao país vizinho pode representar um choque cultural. Estes desequilíbrios emocionais acontecem essencialmente quando temos determinadas presunções em relação ao destino que escolhemos para visita: ora porque o Pedro e a Raquel já lá estiveram e adoraram as diferenças; porque a reportagem que se leu falava de uma gastronomia fabulosamente deliciosa; ora porque estamos convictos de que é preciso agitar as hostes e visitar algo completamente diferente. Os exemplos são simples: os portugueses estão habituados a pedintes, mas de forma quase imperceptível. Há países, não tão longe quanto se pensa, em que pedir equivale a assédio cerrado logo no aeroporto: “Quer que leve as malas?”, “Vou buscar-lhe um trolley”, “Precisa de um táxi”… Ou de crianças que lhe gabam o casaco, colar ou relógio… Ou pessoas que comem nas ruas com as mãos, que cospem à nossa frente, que têm um cheiro particular…Depois, há outro tipo de choques culturais, desta feita gastronómicos, onde não se consegue identificar sabores, onde são demasiado intensos para o nosso paladar, onde o aspeto é proibitivo ou simplesmente o restaurante nos suscita dúvidas. Quando estas assunções não correspondem à realidade, quando somos confrontados com o facto de a nossa opinião divergir dos demais, quando percebemos que o aquilo que é para nós um dado adquirido não o é para outros, a nossa mente entra numa profunda agitação e o desconforto toma

O choque cultural é um complexo processo de stress emocional que surge quando deixamos o nosso ambiente familiar, para visitar outro cultural ou socialmente diferente. Está associado a mudanças extremas, ou seja, quando saímos do país natal para outro absolutamente diferente, mas a verdade é que mesmo a mente mais aberta e viajada não está imune ao choque cultural.

COMO LIDAR COM O CHOQUE CULTURAL

conta de nós. Começam então episódios de ansiedade, sentimentos de solidão, depressivos e até de aprisionamento, tendo por única e exclusiva vontade o regresso a casa sem mais demoras. Nesse sentido, o melhor será desenvolver estratégias para enfrentar eventuais problemas, lembrando-se que não é preciso mudar de destino, basta encarar de frente a mudança. Seguem alguns conselhos que ajudam a lidar com choques culturais.

– Tente obter o máximo de informação sobre o seu destino. E o máximo inclui o bom, o mau e o simplesmente diferente, desde fusos horários a clima, horário de abertura de lojas, alimentos mais consumidos, cultura, costumes e religião;

– Conserve o sentido de humor;

– Não dê excessiva importância ao seu espaço pessoal. Há destinos tão sobrelotados em termos populacionais que

Neste Outono, Não se esqueça do seu seguro de viagem

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não faltarão encontros e empurrões nas ruas mais movimentadas. Não se trata de agressão, é demasiada gente para tão pouco espaço;

– Está de férias, o seu relógio não passa de adereço. Por isso, lembre-se que a noção de tempo e de quanto demora um café, por exemplo, é relativa e varia de país para país;

– Se houver diferença de idioma, tente aprender previamente algumas palavras básicas, e frases simples, como “Olá”, “bom dia”, “obrigado”, “Onde posso comer hambúrgueres?”;

– Lembre-se que haverá pessoas que se encaixam na imagem que criou como “típica do país X” e outras que não encaixam. Cingir-se a estereótipos não vai ajudá-lo a aprender mais sobre um país e seu povo;

– Mantenha a mente predisposta a novas experiências e não rejeite à partida algo que desconhece;

– Encontre alternativas positivas para pensamentos negativos. Por cada vez que se deparar com uma situação desconfortável, procure não se imiscuir e arranje um substituto positivo para a mesma (por exemplo, detesto o aspeto das ruas, mas há um templo lindíssimo);

– Lembre-se que o controlo é seu. Se não gosta de determinado prato ou ingrediente, escolha um mais familiar;

– Na viagem, leve sempre consigo recordações familiares, os seus snacks favoritos e um mp4 com multimédia de que goste. Em momentos mais complicados, utilize-os para se concentrar e lembrar-se que voltará em breve à sua zona de conforto. >

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26 4 a 17 de novembro de 2015

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cas

por FERNANDA RAMOS

Dormir num solar à beira serra

Agora que o friozinho está para chegar, que tal passar uns dias a ser tratado com um rei num solar integrado no Parque Nacional da Serra da Estrela? A minha “dica” vai para a Casa das Tílias, em São Romão, Seia, um solar beirão com quase 200 anos convertido

em unidade de Turismo de Habitação. Rodeado de um amplo jardim, onde não falta uma fonte, uma pérgula e uma piscina, a Casa das Tílias tem os seus espaços interiores decorados com peças antigas. Destaque para a Suite Mercúrio, com teto figurado e pintado com motivos mitológicos, bem como para a sala de estar onde no teto, adornado por elementos em estuque, figura uma pintura da Rainha Santa Isabel. Já na sala de refeições o que se destaca são as porcelanas expostas em móveis elegantes.Passeie nos jardins, “mandrie” à beira da lareira, relaxe com uma massagem e petisque especialidades da região como o tradicional queijo da serra.

Cinderela no gelo

Se encontrar um patim esquecido no gelo não será “pura coincidência”! Provavelmente foi deixado pela Cinderela que este Natal vai contar a sua história num musical “gelado”. Vai haver príncipes e princesas, uma madrasta, irmãs más,

um baile real, mas o sapatinho será um patim de gelo.Nesta história, baseada no conto dos Irmãos Grimm, o espaço e o tempo adquirem nova dimensão mas no final, como em todas as histórias de encantar, o amor será mais forte e triunfará sobre o mal.Liliana Santos (Cinderela), José Fidalgo (Príncipe) e Helena Laureano (Madrasta) protagonizam esta Cinderela portuguesa e vão cantar e dançar, patinando no gelo. Com antestreia marcada para 26 de novembro, “A Cinderela no Gelo” vai poder ser vista até 10 de janeiro no Mar Shopping, em Matosinhos, numa tenda que será montada no parque de estacionamento exterior. Os bilhetes custam 12€ para crianças até aos 10 anos e 14€ por adulto. Pack família (3 pessoas) a 33€.

Passar a noite num iglu

Se está a pensar num hotel em forma de iglu, esqueça, porque se trata de iglus, daqueles dos esquimós, feitos de gelo que funcionam como hotel. E está aqui bem perto, em Andorra, mais precisamente na estância de neve de Grandvalira, muito

procurada pelos portugueses. Se quer passar uma noite diferente, daquelas que não vai esquecer, tente-se. A 2.350m de altura, os iglus estão totalmente equipados, têm capacidade até seis pessoas e há serviços complementares como bar, restaurante, terraço, jacuzzi e WC público.A temperatura no interior do hotel ronda os 0ºC pelo que deve levar calçado e roupas quentes e confortáveis, luvas, óculos de sol, gorro de lã, lanterna, escova de dentes e dinheiro vivo, além de toalha, fato de banho e chinelas para o jacuzzi.Para dormir, o hotel entrega-lhe um saco de dormir. Um aviso: o hotel não aceita malas de viagem, pelo que deverá levar apenas uma mochila.

Encontro com o futuro

Agora que se comemoram os 30 anos da saga “Regresso ao Futuro” proponho-lhe um encontro com o futuro num parque temático, o Futuroscope, em França, a 10 Km de Poitiers, hora e meia de Paris em TGV.

Simuladores, projeções em 3D, escorregas que parecem não ter fim, aventuras alucinantes proporcionadas por mais de 25 atrações, a que se somam espetáculos ao vivo, shows noturnos, um centro de entretenimento completamente louco, o Arena fun Xperiences, onde todos deliram ao primeiro jogo, e um bar aéreo. Atrações a não perder há várias, como a máquina de viajar no tempo que nos leva ao passado, a “Mission Hubble” - aventura que inspirou o filme “Gravidade”-, o espetáculo “Os mistérios de Kube”, e muito mais. Pode dançar com robots, entrar no simulador do incrível mundo de Artur, onde tudo acontece a 4D, tomar uma bebida num bar que é um ovni a 35m do solo.Aberto todo o ano, no inverno os espetáculos noturnos apenas acontecem em época de férias e são às 18h30 ou às 21h00, consoante os dias. A tarifa clássica é de 42€ por adulto e 34€ por criança (+de 5 anos) mas há bilhetes familiares e passes mais baratos.

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274 a 17 de novembro de 2015

Desenvolvemos soluções de Software para Restauração, Retalho e Hotelaria desde 1985

Madeira Story Centre implementado pela ICG Software

Contactos:Departamento comercial [email protected]:226 075 530 Telemóvel: 917999976

O MADEIRA STORY CENTRE reabre no final do mês de novembro, com nova gerência.O edifício beneficiou de obras de melhoramento, tendo como grande novidade um novo espaço de restaurante/esplanada no topo, onde pode desfrutar de um ambiente agrádavel, sossegado e de uma vista simplesmente magnífica. De salientar ainda que o museu, onde pode conhecer a história da Madeira, continuará em funcionamento.

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28 4 a 17 de novembro de 2015

EVENTOS E ESPETÁCULOS26 e 27 de novembro e 3 de dezembroCONCURSOS GASTRONÓMICOSSANTARÉMO CNEMA – Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas vai organizar três concursos gastronómicos que pretendem valorizar os produtos nacionais. Dia 26 de novembro é o 4º Concurso Nacional de Doces de Fruta Portugueses, dia 27 de frutos secos e dia 3 de dezembro de bolo rei. É ir e participar e/ou comer!

8 a 15 de novembroFESTIVAL INTERNACIONAL RUBIS GÁS BALÕES DE AR QUENTEALTER DO CHÃO E FRONTEIRAÉ já a 19ª edição deste festival de balões de ar quente, que este ano reúne 35

equipas de diversos países no Alto Alentejo. É a bordo de um destes balões que

poderá experienciar um voo totalmente diferente. São 11 voos distribuídos ao longo dos dias de festival que serão antecedidos por briefings.

Até 11 de janeiroTERRACOTTA ARMY – GUERREIROS DE XIANPORTOÉ na Alfândega do Porto que se encontram em exposição 150 reproduções em tamanho original do Exército de Terracota

da China. A mostra é complementada por uma projeção de um documentário e diversos ateliers para os mais novos, com o intuito de dar a conhecer a riqueza cultural da China.

7 e 8 de novembroFESTA DA CASTANHA E DO MELSÃO PEDRO DO SULA Casa Recreativa Macieirense recebe a 17ª edição da festa que honra os produtos regionais, em particular a castanha e o mel. O certame é de entrada livre e conta com artesanato, animação musical, ranchos folclóricos, gastronomia, magusto típico, show cookings, uma caminhada para apanha da castanha e muita tradição.

Desde 31 de outubroREAL BODIES – DESCUBRA O CORPO HUMANOLISBOATodos os dias, incluindo feriados, das 10h00 às 20h00 encontra-se aberta uma exposição didática e científica sobre o corpo humano, na Cordoaria Nacional.

A Real Bodies é a maior e mais completa exposição de órgãos e corpos humanos reais

em tour pelo mundo. Passa agora por Portugal para nos mostrar tudo aquilo que se passa por baixo da nossa pele.

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enda 16 e dezembro a 5 de janeiro

As ruas iluminam-se e as paróquias fazem a contagem decrescente para o nascimento do menino. As Festas de Natal e Ano Novo da Madeira são uma tradição que atrai cada vez mais os entusiastas desta época, de dentro e de fora de Portugal. Duas semanas que culminam com o maior espetáculo de fogo de artifício do mundo.

As luzes acendem-se pelas ruas de toda a Ilha, em decorações que atingem o seu auge na baixa citadina do Funchal. Com o primeiro dia de dezembro,

os madeirenses começam a azáfama de transformar a ilha num digno recetor do menino Jesus e do novo ano, num rico e extenso programa de manifestações culturais, religiosas, etnográficas e artísticas que termina oficialmente com a celebração do Dia de Reis, na noite de 5 para 6 do novo ano. O cartaz, já com as luzes acesas e as ruas adornadas com os enfeites de Natal, começa com as célebres “Missas do Parto”, a 16 de dezembro. Durante nove dias, a simbolizar os nove meses de gestação, e até à noite de Natal, logo pelo nascer do sol as igrejas das várias paróquias madeirenses celebram uma missa onde os populares levam licores e chocolate quente, broas e bolos de mel que partilham ao som dos cânticos que ecoam pelas igrejas. São várias as que celebram estas Missas, mas sugiro a Igreja do Curral das Freiras, onde pela sua envolvência natural temos o privilégio de assistir a esta tradição religiosa com o despontar do sol no horizonte. Já em freguesias como Câmara de Lobos e Camacha há a tradição de bater de porta em porta, ao som de bandas filarmónicas, para despertar os habitantes para a Missa. Entretanto chega a vez do Jardim Municipal do Funchal receber o Pai Natal gigante, uma figura destacada para a tradicional fotografia com as crianças, tendo como cenário o comboio de Natal e os bonecos de neve. Já na Avenida Arriaga ergue-se o presépio,

oficialmente chamado de Lapinha, na praça por trás do Palácio de S. Lourenço, onde se recria um vilarejo madeirense, em socalcos, com toda a comunidade representada, animais vivos e, claro, o menino na manjedoura, protegido pelos três Reis Magos. Outro dos pontos altos destas festividades tem lugar a 23 de dezembro. A Noite do Mercado absorve os visitantes depois das compras de Natal, com o Mercado dos Lavradores a transformar-se num verdadeiro arraial com barraquinhas de comes e bebes, aromas que se misturam com o maravilhoso perfume das orquídeas sapatinhos, que só se encontram nesta época do ano. Por aqui, enquanto o mercado fervilha na sua vida habitual, a partir das 11 da noite, na lota do Mercado cantam-se as tradicionais músicas de Natal, em várias línguas, numa performance onde todos participam, já que são distribuídas as letras do repertório escolhido para aquela noite,

e a que se juntam bandas de música e ranchos folclóricos, que ajudam a manter o ambiente de festa e de muita animação até ao amanhecer.É uma celebração que se estende pelas ruas da baixa funchalense, encerradas ao trânsito, com barraquinhas de produtos típicos de natal, artesanato, flores, pinheiros e as tradicionais ofertas da boa gastronomia madeirense.

FIM DE ANO À VISTA

Passada a azáfama do Natal, chega a de Fim de Ano, que arranca oficialmente a 28 de dezembro com a corrida Volta à Cidade do Funchal, uma das mais antigas provas desportivas do género no nosso país e uma excelente forma de queimar as calorias ingeridas nos dias anteriores. A iniciativa começa com os mais pequenos, ao final da tarde, para às 19 horas se dar o tiro de partida para a corrida oficial, seguindo-se uma hora depois a entrega dos prémios. Chega então a vez de dizer adeus ao ano velho e olá ao novo ano. O corolário acontece com o maior espetáculo de fogo de artifício do mundo, registado no Livro de Recordes do Guiness em 2006. Durante oito minutos, diversos postos de queima cortam a escuridão da noite com diversas cores, pela baixa do Funchal, na orla marítima, no mar e na Ilha do Porto Santo.Para os madeirenses, as Festas da Madeira terminam na noite de 5 para 6 de janeiro, com o cantar dos Reis, de porta em porta e o espetáculo musical no Jardim Municipal do Funchal. >

Texto: Sara Cunha Ferreira

O almoço de 25 de dezembro é a refeição mais esperada destas festividades. Por aqui come-se tradicionalmente a Carne em Vinho e Alhos, carne de porco aos quadrados preparada com cerca de dois dias de antecedência, numa marinada de vinagre, alho, pimenta e ervas aromáticas, fritando-se posteriormente. A acompanhar, batatas cozidas e fatias de pão frito na banha da carne, pickles em mostarda e vinagre. Bebe-se vinho da Madeira e comem-se as broas de mel e o bolo de mel, tradicionais nesta altura.

GASTRONOMIA DE NATAL

Natal e Fim de Ano em Festa na Madeira

Festas de Natal e Fim de AnoIniciativas gratuitas

16 de dezembro – Começam as “Missas do Parto”23 de Dezembro – Noite do Mercado31 de Dezembro – Espetáculo de Fogo de Artifício5 de janeiro – “Cantar dos Reis”

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294 a 17 de novembro de 2015

21 de novembro a 9 de janeiro EVENTOS E ESPETÁCULOS5 a 8 de dezembroFÊTE DES LUMIÈRESLYONÉ altura de Natal e, em conjunto com as decorações que enfeitam Lyon, toda a cidade, ao longo de quatro dias, é iluminada por milhares de velas e por mais de 70 projetos de iluminação. As ruas, praças e parques da cidade ganham vida à noite e são envoltas numa atmosfera mágica que atrai milhões de pessoas todos os anos.

30 de novembroST ANDREW’S DAYEDIMBURGOÉ a 30 de novembro que a Escócia celebra o seu dia, associado a St Andrew. Toda a nação celebra em força este dia mas o centro da festa está na capital Edimburgo. Durante este dia os museus abrem as suas portas para visitas gratuitas (por vezes até à noite), dança-se nas ruas que estão iluminadas com decorações, porque este dia marca também a chegada do Natal.

15 de novembroCHEGADA DO SINTERKLAAS’AMESTERDÃOA história do Pai Natal e a história do São Nicolau são histórias que se entrecruzam em vários pontos, sendo que o Sinterklaas é uma personagem muito querida pelos holandeses, com a sua chegada a Amesterdão a ser um dos pontos altos desta época festiva. A chegada é feita em jeito de desfile com dezenas de barcos a descer pelos canais e depois pelas ruas com o São Nicolau montado no seu cavalo branco. Há ainda animação musical e muitas bolachas e doces.

1 a 6 de dezembroART MIAMIMIAMIToda a primeira semana de dezembro é dedicada às artes, em Miami, e por isto mesmo decorre, neste estado, uma das maiores feiras de arte contemporânea a nível mundial. O certame reúne colecionadores, artistas, expositores, museólogos e apreciadores de arte no geral. É a oportunidade perfeita para comprar uma prenda de Natal única.

2 e 3 de dezembroCHICHIBU YOMATSURICHICHIBUÉ em Chichibu, a curta distância de Tóquio, que se realiza um dos mais impressionantes festivais noturnos do Japão. Há grupos de homens mascarados que fazem mover enormes carros alegóricos totalmente iluminados, a passar por entre ruas estreitas, enquanto crianças cantam e dançam e grupos de teatro representam. Há tambores, flautas, fogo de artifício e saqué!

Natal na LapóniaA Lapónia, na Finlândia, é oficialmente a Terra do Pai Natal. Com o final de novembro e até o início do novo ano, a cidade de Rovaniemi, capital da Lapónia, enche-se de neve, das cores do Natal e de atrações que deliciam miúdos e graúdos.

Rovaniemi é a casa do mais famoso residente do mundo: o Pai Natal. Uma cidade no norte da Finlândia, a cerca de 800 Km de Helsínquia, que um mês antes do Natal, tem os olhares

do mundo virados para si, altura em que o Pai Natal declara oficialmente aberta a sua época. A cidade em si ganha outro encanto, com inúmeros amantes destas festividades a quererem experimentar o verdadeiro espírito e magia natalícios na cidade oficial do Natal. Por entre o espetáculo que a neve por si proporciona, é nesta altura que se passeiam pela cidade as renas e os huskys, que se constroem bonecos de neve, que se passeia em motas de neve, que se faz a travessia à moda lapã do Círculo Polar Ártico e, se houver oportunidade, assiste-se a espetaculares auroras boreais. Afinal a Finlândia é onde as mesmas nos privilegiam com o seu show de cores. Mas isso pode ficar para outras alturas, outras viagens a esta região do norte da Europa, já que no Natal há muito para ver e fazer na Lapónia. É também por esta altura que as quintas de criadores de renas e de huskys, a tradicional raça de cães que puxam os trenós que com as festividades abrem as suas portas aos visitantes. Com eles fazem-se verdadeiros safaris em trenó que misturam a natureza, cultura e espírito natalício lapão.Para os mais irrequietos, há um sem número

de atividades que tradicionalmente fazem parte da vida dos lapões e que nesta altura do ano ganham outra dimensão no gelo: é o caso do golfe, raquetes de neve, ski, hóquei e até pesca, que depois são compensados do cansaço com bebidas quentes e até braseiros para grelhar salsichas. Já fora da cidade, a 16 Km de Rovaniemi, encontramos a Floresta de Joulukka, onde vivem os Elfos, esses seres encantados que ajudam o Pai Natal nas suas tarefas. Por aqui ficamos a conhecer as casinhas típicas destes pequenos e orelhudos seres e onde podemos ajudá-los nas suas tarefas diárias, como procurar o pinheiro de Natal perfeito, ou a treinar as renas para a Véspera de Natal. Na Lapónia é fácil entrar no espírito e no modo de vida dos lapões. Toda a cidade de Rovaniemi se engalana para

ajudar o seu ilustre residente na tarefa mais importante do ano que na sua casa, que fica na Vila do Pai Natal (Santa Claus Village), entra num verdadeiro corrupio.

VILA DO PAI NATAL

É a escassos minutos do centro da cidade que tudo acontece. Na Vila do Pai Natal e no Santa Park, há aproximadamente 50 atrações. É por aqui que fica o escritório onde o Pai Natal recebe as cartas de meninos de todo o mundo, os correios, a escola e a oficina dos Elfos, a padaria da Mrs. Gingerbread, a escola de caligrafia, uma galeria e bar de gelo, lojas, restaurantes, cafés… Considerado o maior parque de Natal do mundo, o Santa Park insere-se numa rede subterrânea de cavernas por baixo do Círculo Polar Ártico, onde no final de um longo túnel se pode ver uma luz quente que convida os visitantes a todas as atividades emocionantes que a caverna tem para oferecer: como atravessar o Círculo Ártico a 50 metros de profundidade, ou atrações e atividades para os mais pequenos, dedicadas aos Angry Birds.Para nos recompormos de tanta azáfama, há o SantaPark Café, que oferece almoço no inverno e iguarias deliciosas em todos os momentos, enquanto os Elfos de SantaPark apresentam o seu show de dança no palco principal! >

Texto: Sara Cunha Ferreira

SANTA CLAUS VILLAGESANTA PARKAdmissão de 27 de dezembro a 9 de janeiroBilhete válido para dois dias consecutivosAdultos: 33€Crianças 3-12 anos: 27,50€Crianças 0-3: Gratuito

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30 4 a 17 de novembro de 2015

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Passe o réveillon na NazaréOs hotéis Miramar Sul e Miramar Hotel & Spa, na Nazaré, têm programas de uma e três noites para a passagem de ano. Para o programa de uma noite, com entrada a 31 de dezembro, estas unidades hoteleiras oferecem estadia em quarto duplo/twin standard, pequeno-almoço buffet, jantar de Fim de Ano e brinde ao ano novo, animação com música ao vivo e check-out até às 16h00 sujeito a disponibilidade. Já o programa de três noites, a partir de 29 de dezembro, inclui estadia em quarto duplo, em que duas noites são em regime de alojamento e pequeno-almoço, e a noite de réveillon inclui jantar, e um circuito de Thalasso.Programa 1 noiteDesde 199€ p/pessoaPrograma 3 noitesDesde 284€ p/pessoaCrianças dos 6 – 11 anosDesde 70€

Sea Life Porto apresenta Semanas do TubarãoSe tem medo dos tubarões, esta é a altura ideal para encarar estes bichos com outros olhos! Os tubarões sofrem de má reputação, a qual o Sea Life Porto quer desmistificar nas Semanas do Turbarão, onde haverá workshops, palestras e muita animação dedicadas a estes imponentes animais marinhos. De 12 a 29 de novembro haverá palestras especiais sobre os tubarões, todos os dias em que os elementos da equipa de biologia do Sea Life Porto irão explicar as diferenças entre as várias espécies, as espécies mais frequentes na nossa costa, as principais ameaças à sua sobrevivência, bem como desvendar alguns mitos falsos.

S. VICENTE NO NOVO ANO A Ilha de São Vicente é a terceira mais populosa do arquipélago africano de Cabo Verde. Tem na cidade do Mindelo o seu principal centro urbano. Embora seja de origem vulcânica, a ilha é relativamente plana, tendo o seu ponto mais alto o Monte Verde. É uma ilha que tem na pesca e no turismo as suas principais fontes de receita, pelo que pode esperar um acolhimento de excelência e peixe e marisco fresco, sendo o mais comum os percebes, e nos pratos a famosa cachupa. A não perder as praias da Baía das Gatas, na zona norte da ilha. Enquanto se aquece ao sol, não deixe de ouvir as mornas da mais conhecida cantora cabo-verdiana: Cesária Évora.

RÉVEILLON AO SOLEsta proposta leva-o à parte mais oriental da República Dominicana, para receber o novo ano ao bom sabor do sol e das temperaturas “calientes” das Caraíbas. Conhecida pelas suas palmeiras, que dão nome ao destino, a proposta da Orbita Viagens supõe dias completamente relaxados, sem preocupações nem gastos extra, pelo regime de Tudo Incluído com que o programa desta viagem se apresenta. A poucos metros da praia, o hotel está rodeado de uma paisagem verdejante e exótica, onde se inclui uma piscina, um terraço-solário, ginásio e spa.Para as refeições, o hotel oferece uma ampla variedade de sabores e aromas internacionais, não esquecendo as frutas e legumes do Caribe.

D E S D E

1840€P/PESSOA

QUARTO DUPLO 8 DIAS / 7 NOITES

PARTIDAS DE LISBOA A 28 DE DEZEMBRO

HOTEL RIU NAIBOA 4H

INCLUI:VOOS, TRANSFERES E

ALOJAMENTO EM REGIME TUDO INCLUÍDO

AGÊNCIA DE VIAGENS:ORBITA VIAGENS

D E S D E

869€P/PESSOA

QUARTO DUPLO STANDARD

8 DIAS/7 NOITES

VOOS TAP

PARTIDAS DE LISBOA A 26, 27,

29 E 30 DE DEZEMBRO

OASIS PORTO GRANDE 4H

INCLUI:

VOOS, TRANSFERES,

ALOJAMENTO E PEQUENO-

ALMOÇO, VISITA AO

MINDELO E BATISMO

DE MERGULHO.

AGÊNCIA DE VIAGENS:

BESTRAVEL

RÉVEILLON À ESPANHOLACidade da Galiza, a Corunha é um dos mais requisitados destinos em Espanha, já que alia História, cultura e religião a uma orla costeira muito emblemática, graças á Torre de Hércules, o mais antigo farol em funcionamento do mundo, que fica no passeio marítimo da cidade. A proposta das Viagens El Corte Inglés é que visite esta cidade numa das mais animadas noites do ano, tendo em conta a ampla oferta de diversão noturna que se encontra no centro histórico e em zonas como a enseada e Porto, um dos principais da Europa e um dos "corações" financeiros da cidade.

D E S D E

200€P/PESSOA

QUARTO DUPLO SUPERIOR

2 DIAS/1 NOITE

HOTEL ATTICA 21 CORUÑA

INCLUI:1 NOITE DE ESTADIA, ESTACIONAMENTO,

JANTAR DE RÉVEILLON, CEIA, PEQUENO-

ALMOÇO E BRUNCH

AGÊNCIA DE VIAGENS:VIAGENS EL CORTE

INGLÉS

TESOUROS DA TURQUIAA proposta da Q’Viagem”! é uma verdadeira imersão pelos Tesouros da Turquia num circuito que inclui a passagem de ano. Neste programa estão definidas duas noites de estadia em Istambul, outras duas noites na Capadócia, uma noite em Pamukkale e, por fim, uma noite de alojamento na zona de Kusadasi. A proposta inclui guia local em espanhol, quatro almoços e três jantares, visitas em bus ou minivan com ar condicionado e seguro Standard de Viagens. Uma excelente proposta para receber o novo ano neste lindíssimo país, com imensa história e monumentos edificados tanto pelo homem como pela Natureza.

D E S D E1030€P/PESSOA QUARTO DUPLO7 DIAS/6 NOITES

VOOS TURKISH AIRLINES CIRCUITO TESOUROS DA TURQUIAINCLUI:

VOOS PARTIDA DE LISBOA E PORTO, TRANSFERES, PEQUENO-ALMOÇOAGÊNCIA DE VIAGENS:Q’VIAGEM!

Para os mais pequenos, haverá workshops temáticos aos fins de semana, das 11h00 às 18h00, bem como a visualização de um filme de animação infantil, ligado à temática dos tubarões.

Adultos: 13€Crianças dos 4-12 anos: 9€Crianças até aos 3 anos: GratuitoSeniores (>65): 9€

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O Luso, Évora e Manta Rota são as nossas sugestões para umas escapadas de inverno pelo nosso país. Para quebrar a rotina que

nos meses frios se instala, sugerimos-lhe uma visita por três regiões portuguesas tão diferentes entre si, mas igualmente encantadoras. O Luso, conhecido pelas suas termas e zona verdejante que as envolve, como a Mata do Buçaco, é um excelente refúgio para quem procura por um destino que privilegie o descanso em Natureza. Com estadia na unidade de 4 estrelas, Grande Hotel do Luso, a escapada promete ser retemperadora. Mais a sul, em pleno Alentejo, o Ecorkhotel Évora Suites & SPA é uma nova proposta hoteleira de 4 estrelas superior. Trata-se de um eco-hotel, rodeado por sobreiros, azinheiras e oliveiras centenárias que lhe conferem uma estada tranquila e repousante e tão perto da História do nosso país, como é o caso de Évora, Património da Humanidade. Já no Algarve, a nossa proposta centra-se na vila de Manta Rota e neste hotel de três estrelas, que apresenta uma proposta irrecusável para um fim de semana longe da azáfama das

D E S D E79€P/PESSOAQUARTO STANDARDECORK HOTEL SUITES 4H

INCLUI:PEQUENO-ALMOÇO, BEBIDA DE BOAS VINDAS, 1 JANTAR PARA DOIS, LATE CHECK-

OUT 15H (MEDIANTE DISPONIBILIDADE)AGÊNCIA DE VIAGENS:HALCON VIAGENS

D E S D E

29€P/ APARTAMENTO T1

REAL

MANTA ROTA 3H

INCLUI:

SÓ ALOJAMENTO

AGÊNCIA DE VIAGENS:

Q’VIAGEM!

Escapadinhas cá dentro

PalmelaFórum Turismo Cultural

Qualificação, Inovação e Desenvolvimento12 novembro 2015

Cine-Teatro S. João,Palmela

Organização:Informações e Inscrições

(+351) 212 336 668 | [email protected]

http://turismo.cm-palmela.pt

http://facebook.com/turismopalmela

Apoio:

D E S D E48€P/ QUARTOQUARTO STANDARD

TWIN GRANDE HOTEL DE LUSO 4HINCLUI:

ALOJAMENTO E

PEQUENO-ALMOÇOOPERADOR:

E-DESTINOS

(CONSULTE O SEU

AGENTE DE VIAGENS)

grandes cidades. Agora que o Sul voltou à sua calmaria de inverno, o Algarve apresenta-se como um dos melhores destinos entre portas para relaxar e usufruir das suas belezas naturais. Manta Rota é exemplo disso

mesmo. Vilarejo do Concelho de Vila Real de Santo António, ficou conhecido pela sua praia, de grande extensão, que aliada a um clima mediterrânico, consegue proporcionar temperaturas agradáveis todo o ano. >

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P A S S A T E M P O

Fique atento às próximas edições.

50 fins de semana em Portugal

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