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NOTA TÉCNICA GRT Nº 10/2019 Detalhamento do Cálculo da Revisão Tarifária Periódica do Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Itabira – Saae de Itabira (VERSÃO PRÉ-AUDIÊNCIA PÚBLICA) Gerência de Regulação Tarifária (GRT) Coordenadoria Técnica de Regulação e Fiscalização Econômico-Financeira 02 de setembro de 2019

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NOTA TÉCNICA GRT Nº 10/2019

Detalhamento do Cálculo da Revisão Tarifária Periódica do

Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Itabira – Saae de

Itabira

(VERSÃO PRÉ-AUDIÊNCIA PÚBLICA)

Gerência de Regulação Tarifária (GRT)

Coordenadoria Técnica de Regulação e Fiscalização Econômico-Financeira

02 de setembro de 2019

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Diretoria Colegiada:

Antônio Claret de Oliveira Júnior Gustavo Cunha Gibson Gustavo Gastão Corgosinho Cardoso

Coordenadoria Técnica de Regulação e Fiscalização Econômico-Financeira (CRE):

Raphael Castanheira Brandão – Coordenador Vanessa Miranda Barbosa – Assessora

Gerência de Regulação Tarifária:

Isabel Akemi Bueno Sado – Gerente de Regulação Tarifária

Equipe Técnica:

Antônio César da Matta de Jesus – GRT/CRE – Analista de Regulação Tarifária Gustavo Vasconcelos Ribeiro – GRT/CRE – Analista de Regulação Tarifária Ivana Villefort de Bessa Porto – GRT/CRE – Analista de Regulação Tarifária

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SUMÁRIO

SUMÁRIO .................................................................................................................................................................... 2

GLOSSÁRIO ................................................................................................................................................................. 4

1 OBJETIVO ........................................................................................................................................................... 5

2 MODELO REGULATÓRIO TARIFÁRIO ................................................................................................................... 5

2.1 DEFINIÇÃO DOS MOMENTOS 0 E 1 (M0 E M1) E DO PERÍODO DE REFERÊNCIA (PR0) ........................................................... 6

2.2 DEFINIÇÃO DO MERCADO DE REFERÊNCIA (MR) E RECEITA TARIFÁRIA NO MOMENTO 0 (RT0) ............................................. 6

2.3 CÁLCULO DA RECEITA TARIFÁRIA BASE E RECEITA TARIFÁRIA DE APLICAÇÃO ...................................................................... 6

3 RECEITA TARIFÁRIA BASE DE REFERÊNCIA .........................................................................................................10

3.1 CUSTOS OPERACIONAIS ......................................................................................................................................... 10

3.1.1 Classificação Regulatória ............................................................................................................................ 10

3.1.2 Realização de Restos a pagar não processados .......................................................................................... 11

3.1.3 Composição dos Custos Operacionais ......................................................................................................... 12

3.2 TRIBUTOS E OUTRAS OBRIGAÇÕES ........................................................................................................................... 13

3.3 CUSTOS DE CAPITAL .............................................................................................................................................. 14

3.3.1 Plano de Investimentos ............................................................................................................................... 14

3.3.2 Capital de Giro ............................................................................................................................................ 17

3.4 DESTINAÇÕES ESPECÍFICAS ..................................................................................................................................... 18

3.4.1 Programa de Controle de Perdas ................................................................................................................ 18

3.4.2 Programa de Desenvolvimento e Gestão .................................................................................................... 19

3.5 RECEITAS IRRECUPERÁVEIS ..................................................................................................................................... 20

3.6 OUTRAS RECEITAS ................................................................................................................................................ 20

4 ADIÇÕES ............................................................................................................................................................22

5 COMPONENTES FINANCEIROS ...........................................................................................................................22

6 METODOLOGIA DE REAJUSTE DE PREÇOS..........................................................................................................25

6.1 ATUALIZAÇÃO DE PREÇOS ...................................................................................................................................... 25

6.2 REAJUSTES TARIFÁRIOS ANUAIS .............................................................................................................................. 26

7 FATORES DE INCENTIVO (FATOR X) ...................................................................................................................26

7.1 FATOR DE PRODUTIVIDADE .................................................................................................................................... 27

7.2 FATOR DE PERDAS ................................................................................................................................................ 28

7.3 FATOR DE QUALIDADE ........................................................................................................................................... 28

8 ESTRUTURA TARIFÁRIA .....................................................................................................................................29

8.1 TRAJETÓRIA DE MODIFICAÇÃO DA PROGRESSIVIDADE DAS TARIFAS .................................................................................. 29

8.2 CAPACIDADE DE PAGAMENTO ................................................................................................................................. 29

9 RESULTADOS .....................................................................................................................................................31

9.1 ÍNDICE DE REPOSICIONAMENTO TARIFÁRIO (IRT) ....................................................................................................... 31

9.1.1 Receita Base 0 ............................................................................................................................................. 31

9.1.2 Receita Base 1 ............................................................................................................................................. 32 9.1.2.1 Restos a pagar não processados ..........................................................................................................................32 9.1.2.2 Composição da Receita Tarifária de Referência Base ..........................................................................................32 9.1.2.3 Índices Inflacionários ...........................................................................................................................................33 9.1.2.4 Componentes Financeiros ...................................................................................................................................35

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9.1.2.5 Adições ................................................................................................................................................................39 9.1.2.6 Composição da Receita Base para o próximo PR .................................................................................................39

9.1.3 IRT ............................................................................................................................................................... 40

9.2 EFEITO TARIFÁRIO MÉDIO (ETM) ........................................................................................................................... 41

9.2.1 Receita Aplicação 0 ..................................................................................................................................... 41

9.2.2 Receita Aplicação 1 ..................................................................................................................................... 41

9.3 TARIFAS BASE ...................................................................................................................................................... 42

9.4 TARIFAS DE APLICAÇÃO ......................................................................................................................................... 43

9.5 IMPACTOS TARIFÁRIOS .......................................................................................................................................... 44

9.6 CAPACIDADE DE PAGAMENTO ................................................................................................................................. 45

10 CONSIDERAÇÕES ...............................................................................................................................................46

11 CONCLUSÃO ......................................................................................................................................................47

ANEXO I - CLASSIFICAÇÃO REGULATÓRIA DAS CONTAS CONTÁBEIS DO SAAE ...........................................................48

ANEXO II - JUSTIFICATIVA PARA ESCOLHA DE ÍNDICES INFLACIONÁRIOS ...................................................................64

ITENS QUE VARIAM COM A RECEITA .................................................................................................................65

DEMAIS ITENS ...................................................................................................................................................65

ANEXO III – METODOLOGIA DE COMPENSAÇÃO DE ITENS NÃO ADMINISTRÁVEIS ....................................................67

ANEXO IV– DESTINAÇÕES ESPECÍFICAS ......................................................................................................................73

PROGRAMA DE REDUÇÃO DE PERDAS...............................................................................................................73

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO E GESTÃO ................................................................................................74

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GLOSSÁRIO

Reajuste Tarifário: atualização das tarifas em relação aos efeitos da inflação sobre os custos do prestador.

Revisão Tarifária: atualização das tarifas com a reavaliação das condições da prestação dos serviços e de mercado,

com o estabelecimento de mecanismos tarifários de indução à eficiência, à expansão e à melhoria da qualidade

dos serviços.

Economias (ou unidades usuárias) de água e esgoto: imóvel ou parte de um imóvel que é objeto de ocupação

independente que utiliza os serviços públicos de abastecimento de água ou de esgotamento sanitário, mesmo que

por meio de ligação única.

Ligações de água e esgoto: conexão do ramal predial ou residencial à rede pública de distribuição de água ou de

coleta de esgoto. Uma ligação pode atender uma única economia ou várias, no caso de prédios.

Volume medido de água: volume medido no hidrômetro, mensurado em metros cúbicos (1 m³ = 1.000 litros).

Volume faturado de água: volume de água considerado para cálculo da conta. Esse volume pode ser diferente do

medido em casos de erro de medição ou impossibilidade de hidrometração que exijam o cálculo da fatura por

meio de uso presumido, por exemplo.

Período de Referência (PR0 e PR1): período de vigência das tarifas. O PR0 compreende os meses em que a tarifa a

ser reajustada/revisada vigorou, enquanto o PR1 refere-se aos meses em que vigorarão as novas tarifas. No caso

deste reajuste, o PR0 é dez/2018 a nov/2019 e o PR1 dez/2019 a nov/2020.

Receita Tarifária: receita operacional de água e esgoto do prestador.

Receita Requerida (RR): receita total necessária para cobrir os custos do prestador, de acordo com as

considerações regulatórias. A Receita Tarifária é construída de forma que, somada ao valor de outras receitas não

advindas das tarifas, totalize o valor da Receita Requerida.

Receita Tarifária base (RT0 base e RT1 base): receitas tarifárias que servirão de base para os cálculos tarifários

futuros, sendo a RT0 faturada com as tarifas vigentes e a RT1 com as novas tarifas. A RT0 base é calculada através

da aplicação das tarifas base sobre o número de economias e o volume medido durante o período de referência.

As receitas “base” diferenciam-se das receitas de “aplicação” pelo fato de não terem interferência de

Componentes Financeiros (CF).

Componentes Financeiros: ajustes ou compensações relativas, geralmente, ao período anterior, que afetarão as

tarifas do período tarifário seguinte. Compreendem principalmente ressarcimentos ao usuário (e vice-versa) por

diferenças entre valores previstos e realizados e ressarcimento ao prestador por custos regulatórios, além de

outros componentes sem caráter permanente na composição das tarifas.

Receita Tarifária de aplicação (RT0 aplicação e RT1 aplicação): receitas tarifárias após consideração dos

Componentes Financeiros (positivos ou negativos), que afetarão apenas as tarifas do próximo período tarifário,

não incorporando à tarifa de modo permanente. (RT0 aplicação = RT0 base ± CF e RT1 aplicação = RT1 base ± CF).

Índice de Reajuste Tarifário (IRT): relação entre as novas tarifas e as tarifas em vigor, sem considerar possíveis

compensações financeiras referentes ao período anterior que sejam efetuadas através de aumento ou redução

do índice final, mas que não compõem as tarifas base.

Efeito Tarifário Médio (ETM): índice de aplicação sobre as tarifas, que efetivamente é percebido pelos usuários e

pelo prestador, após a consideração de acréscimos ou reduções de compensações referentes ao período anterior.

Estrutura Tarifária: forma em que as tarifas são praticadas, com determinada distribuição entre categorias de

usuários (residencial, residencial tarifa social, comercial, industrial e pública), faixas de consumo (em m³, ou 1.000

litros) e serviços (água, esgotamento dinâmico e esgotamento estático).

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1 Objetivo

Esta nota técnica detalha os cálculos da Revisão Tarifária Periódica (RTP) de 2019 para o Serviço

Autônomo de Água e Esgoto de Itabira (Saae Itabira), de modo a subsidiar e dar embasamento técnico às

decisões da Diretoria Colegiada da Arsae-MG, que serão formalizadas em resolução específica.

O processo pode ser consultado no Sistema Eletrônico de Informações (SEI), no endereço

www.sei.mg.gov.br, sob o número 2440.01.0000353/2019-19.

2 Modelo Regulatório Tarifário

A Arsae mantém nesta RTP um modelo de regulação híbrido, com viés para a regulação pelo custo

do serviço. Vinculando parcialmente os preços aos custos do prestador, busca-se atenuar a possibilidade de

desequilíbrio econômico-financeiro. Apesar disso, para não perder de vista a modicidade tarifária, é

calculado um fator de produtividade a partir de análise da eficiência operacional do Saae, como é detalhado

na Seção 7.

Na regulação pelo custo, as tarifas são definidas de forma a acompanhar os custos operacionais e de

capital incorridos pelo prestador, o que motiva revisões frequentes da tarifa. A próxima revisão para o Saae

de Itabira acontecerá depois de dois anos, em 2020. Esse prazo mais curto de duração do ciclo tarifário (em

vez dos 4 ou 5 comumente aplicados) facilita também o planejamento do prestador, em especial no que diz

respeito a seu plano de investimentos.

Durante esse intervalo, aplica-se a regulação por preço teto (Price Cap), não havendo reequilíbrio

entre receita e custo no reajuste tarifário anual realizado no meio do ciclo. Esse reajuste observará o seguinte

mecanismo: i) um fator de atualização baseado na evolução de um conjunto de índices de preços para manter

a neutralidade dos custos frente a efeitos inflacionários sentidos pelo Saae; ii) um fator de eficiência (Fator

X) que transfira parte dos ganhos de produtividade para os usuários através de tarifas mais baixas em termos

reais e iii) ajustes relativos a componentes financeiros do exercício anterior.

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2.1 Definição dos momentos 0 e 1 (M0 e M1) e do Período de Referência (PR0)

A cada momento do cálculo tarifário, seja reajuste ou revisão, define-se o Momento 0 (M0) como o

mês em que as tarifas vigentes começaram a ser aplicadas e o Momento 1 (M1) como o mês para quando

serão autorizadas as novas tarifas que estão sendo calculadas. Analogamente, o Período de Referência 0

(PR0) compreende os meses em que a tarifa a ser reajustada/revisada vigorou enquanto o Período de

Referência 1 (PR1) refere-se aos meses em que vigorarão as novas tarifas.

As tarifas atuais do Saae de Itabira começaram a vigorar no dia 13 de novembro de 2018 (Resolução

115/2018). Já o momento 1 (M1) se iniciará em dezembro1 de 2019, para quando serão autorizadas as novas

tarifas definidas nesta nota técnica.

O Período de Referência 0 (PR0) compreende os doze meses que vão do M0 até antes do M1, isto é,

dezembro de 2018 a novembro de 2019.

As datas de referência da RTP 2019 do Saae Itabira estão indicadas no Quadro 1.

Quadro 1– Datas e Períodos de Referência do ciclo tarifário da RTP 2019

Item Referência - RTP 2019

Publicação da Resolução Nov/2019 Início vigência das tarifas publicadas Dez/2019

Momento 0 13/Nov/2018 Momento 1 01/Dez/2019

Período de Referência 0 (PR0) Dez/2018 a Nov/2019 Período de Referência 1 (PR1) Dez/2019 a Nov/2020

Fonte: elaboração própria

2.2 Definição do Mercado de Referência (MR) e Receita Tarifária no momento 0 (RT0)

O Mercado de Referência se refere ao mercado incorrido durante o PR0, ou seja, volumes faturados

e número de economias no período em análise.

A Receita Tarifária base inicial (RT0 Base) é definida com base nos resultados tarifários do ano

anterior. O cálculo é dado pela incidência das Tarifas Base vigentes sobre o MR. No entanto, em virtude da

meta de cadastramento na categoria Residencial Social, realiza-se um ajuste nos mercados incorridos das

categorias Residencial e Residencial Social com relação às metas percentuais estabelecidas no período

anterior. Para as categorias não-residenciais, utiliza-se o mercado incorrido sem ajustes.

2.3 Cálculo da Receita Tarifária Base e Receita Tarifária de Aplicação

Sendo a Revisão Tarifária o momento adequado para considerar o cálculo da composição de custos

a “reavaliação das condições de mercado”, a metodologia projeta a receita tarifária de equilíbrio para o PR1

tendo como referência os custos operacionais, recuperação dos investimentos e demais custos, considerados

como fundamentais à prestação de um serviço eficiente, conforme fórmula abaixo:

𝑅𝑇1 𝐵𝑎𝑠𝑒 = Custos Oper. +Tributos + Custos Capital + Dest. Esp. +Rec. Irrecup. −Outras Receitas

1 A alteração da data de 13/11 para 01/12 motivou a compensação exposta no capítulo 5.

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Assim, o reposicionamento tarifário é calculado pela variação da receita tarifária projetada para o

PR1 em relação a receita tarifária verificada no PR0. O Índice de Reposicionamento Tarifário (IRT) é aplicado

sobre a Tabela Tarifária base vigente para o cálculo das novas tarifas para o próximo período de referência,

e é obtido pela seguinte fórmula:

∆𝐼𝑅𝑇 =𝑅𝑇1 𝑏𝑎𝑠𝑒

𝑅𝑇0 𝑏𝑎𝑠𝑒− 1

Em que:

IRT = Índice de Reposicionamento Tarifário; RT1 base = Receita Tarifária base no momento 1;

RT0 base = Receita Tarifária base no momento 0. Com relação à receita tarifária, é importante ressaltar que a Arsae adota um modelo de regulação

que garante a neutralidade no caso de ocorrência de custos regulatórios e de efeitos de variações de custos unitários (preços) de alguns itens. Tais ajustes relativos ao exercício anterior, bem como outros itens sem caráter permanente na composição das tarifas, são chamados de Componentes financeiros.

Uma vez que os valores de componentes financeiros devem ser liquidados apenas no exercício

subsequente, a soma não deve se incorporar à base tarifária de forma permanente. Assim, denomina-se

Receita Tarifária de Aplicação (RT1 Aplicação) a receita que incorpora as compensações financeiras,

calculada conforme fórmula abaixo:

𝑅𝑇1 𝐴𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎çã𝑜 = 𝑅𝑇1 𝐵𝑎𝑠𝑒 + 𝐶𝐹

Em que:

RT1 Aplicação = Receita Tarifária de Aplicação; RT1 Base = Receita Tarifária Base; CF = Componentes financeiros.

Por sua vez, a variação da Receita tarifária de Aplicação projetada para o PR1 em relação à receita

tarifária de aplicação verificada no PR0 resulta no Efeito Tarifário Médio (ETM):

𝐸𝑇𝑀: 𝑅𝑇1 𝐴𝑙𝑖𝑐𝑎çã𝑜

𝑅𝑇0 𝐴𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎çã𝑜− 1

Em que:

ETM: Efeito Tarifário Médio;

RT0 Aplicação = Receita Tarifária de Aplicação;

RT1 Aplicação = Receita Tarifária de Aplicação após aplicação dos índices inflacionários.

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Os quadros abaixo resumem a diferença entre os conceitos de receita e tarifas abordados:

Quadro 2– Diferenças conceituais entre as receitas regulatórias aplicadas na Revisão Tarifária

RECEITA BASE RECEITA DE APLICAÇÃO

CONCEITO Receita tarifária de equilíbrio de um ano do ciclo tarifário tendo como referência os custos operacionais, recuperação dos investimentos e demais custos considerados como fundamentais à prestação de um serviço eficiente

Receita de equilíbrio que considera os Componentes financeiros e que determinará as tarifas aplicadas no faturamento de usuários no próximo período tarifário.

TARIFA DE REFERÊNCIA

Tarifas Base: sem interferência de Componentes financeiros e que servirão de base para os cálculos tarifários futuros

Tarifas de Aplicação: com consideração de Componentes financeiros (positivos ou negativos), que serão usadas no faturamento de usuários no próximo período tarifário

RT0 RT0 Base: A Receita Tarifária base inicial (RT0 Base) para este ciclo tarifário é definida com base nos resultados tarifários do ano anterior. O cálculo é dado pela incidência das Tarifas Base vigentes sobre o mercado do período de referência (volume faturado e total de economias). O mercado utilizado para RT0 é equivalente ao incorrido pelo prestador ajustado pelos percentuais de cadastramento na Tarifa Social previstos no reajuste anterior.

RT0 Aplicação: A Receita Tarifária de aplicação inicial é dada pela incidência das Tarifas de Aplicação vigentes sobre o mercado do período de referência (volume faturado e total de economias). O mercado utilizado para RT0 é equivalente ao incorrido pelo prestador ajustado pelos percentuais de cadastramento na Tarifa Social previstos no reajuste anterior.

RT1 RT1 Base: Em revisões tarifárias a receita base final é calculada a partir da composição de custos, considerando uma reavaliação das condições e em reajustes tarifários a receita base final é calculada pela aplicação de índices de preço e fatores de incentivo.

RT1 Aplicação: Soma dos Componentes financeiros à RT1 Base

PERCENTUAIS DE

VARIAÇÃO

IRT: Índice de Reposicionamento Tarifário ETM: Efeito Tarifário Médio

∆𝐼𝑅𝑇 =𝑅𝑇1 𝑏𝑎𝑠𝑒

𝑅𝑇0 𝑏𝑎𝑠𝑒− 1 𝐸𝑇𝑀:

𝑅𝑇1 𝐴𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎çã𝑜

𝑅𝑇0 𝐴𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎çã𝑜− 1

Fonte: elaboração própria

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Quadro 3- Etapas de Cálculo da Receita Tarifária Base (RT1 base)

Etapas de Cálculo Unidade Descrição

(A) Receita Tarifária Base de Referência

Valores a preços do PR0

A Arsae utiliza as informações da contabilidade do prestador como fonte primária para a definição de valores de referência para a maioria dos itens de custos. Para tanto, as rubricas do plano de contas do prestador são analisadas e agrupadas de acordo com seu caráter e com o tratamento regulatório que receberiam, originando uma nova classificação regulatória. Tal classificação regulatória definiu os valores para todos os custos operacionais, assim como os valores para Recursos Hídricos e Outros Tributos, Outras Receitas e o percentual gasto com Pasep. Demais itens considerados na construção da receita (investimentos, destinações específicas, inadimplência, TFAS e proteção de mananciais) não têm seu cálculo baseado diretamente nos registros contábeis.

(B) Atualização inflacionária

Valores a preços do PR1 Atualização monetária da receita prevista de acordo com os custos considerados, trazendo os valores dos gastos incorridos pelo prestador a valores do PR1.

(C) Fator X

Apuração e aplicação dos incentivos tarifários definidos nesta revisão. O Fator X é geralmente composto pelos seguintes incentivos: (D.1) Fator de Produtividade, (D.2) Fator de Incentivo a Redução de Perdas e (D.3) Fator de Qualidade. Entretanto, conforme será explicitado nas próximas seções, apenas o Fator de Produtividade será aplicado para Itabira.

(D) Adições Valores a preços do PR1

Nesta revisão, foi adicionado um valor para o custo

previsto com o Concurso Público e os componentes

financeiros referentes ao período anterior foram

também incorporados à receita base,

excepcionalmente.

(E) Receita Tarifária Base Valores a preços do PR1 Valores após as adições.

Fonte: elaboração própria

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3 Receita Tarifária Base de referência

Para iniciar o processo de Revisão das Tarifas do Saae de Itabira, será definido um novo patamar de

receita capaz de cobrir os custos em regime de eficiência. Para definir esse novo patamar, observa-se a

composição apresentada no quadro abaixo.

Quadro 4 - Composição da Receita Tarifária Base de Referência

Grupo

(1) + Custos Operacionais

(2) + Impostos e Taxas

(3) + Custos de Capital

(4) + Destinações Específicas

(5) + Receitas Irrecuperáveis

(6) - Outras Receitas

(7) = Receita Tarifária Base Fonte: elaboração própria

3.1 Custos Operacionais

As expectativas de uso de recursos pela autarquia foram definidas a partir da análise dos dados

contábeis dos períodos de referência dos últimos anos. Os montantes foram comparados a preços presentes,

buscando-se verificar se houve comportamento atípico nos gastos, o que poderia distorcer os resultados. Os

custos operacionais totais do Saae de Itabira foram definidos após os devidos ajustes nos valores históricos

do prestador e retirados os itens que não devem ser incluídos nas tarifas, como multas, juros, sentenças

judiciais e gastos com publicidade e propaganda.

3.1.1 Classificação Regulatória

O cálculo dos Custos Operacionais é resultado direto do valor observado nas informações da

contabilidade pública do prestador. Dessa forma, para subsidiar os cálculos, foi analisada cada conta contábil

de resultado da companhia e desenvolvida uma classificação regulatória de forma a agrupar as contas com

características e tratamento regulatório semelhantes. Dentro da Classificação Regulatória, os Custos

Operacionais podem ser divididos em onze categorias. Essas categorias, também chamadas de subgrupos,

foram listadas no quadro abaixo:

Quadro 5 - Classificação Regulatória dos Custos Operacionais

Grupo Subgrupo (classificação regulatória)

Custos Operacionais

Aluguel

Combustíveis e Lubrificantes

Energia Elétrica

Material de Tratamento

Outros Materiais

Pessoal

Serviços de Terceiros

Telecomunicação

Outros Custos Operacionais

Treinamento

Manutenção Fonte: elaboração própria

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Na Revisão de 2017, a ARSAE incluiu na tarifa o valor anual de R$497.755 para despesas com

saneamento rural (energia elétrica, tratamento de água e manutenção das fossas), calculado a partir de uma

projeção da agência. Na Revisão de 2019, os gastos foram analisados a partir dos lançamentos registrados

pelo Saae em rubricas específicas.

Em 2017, foi incluído o montante de R$ 1.027.953 para recomposição de vias públicas em despesas

com serviços de terceiros. Para a Revisão de 2019, o prestador informou ter executado ações de duas

maneiras distintas: diretamente, por meio da Empresa de Desenvolvimento de Itabira Ltda (Itaurb) e via

Convênio com a Prefeitura, em que o Saae transfere recursos para a prefeitura, que os executa. Na Resolução

111/2017, a Arsae estabeleceu a necessidade de segregação contábil específica para as despesas

relacionadas à Recomposição Asfáltica, determinação que não vem sendo cumprida pelo prestador. Por essa

razão, não foi possível rastrear exatamente os dispêndios com recomposição asfáltica, de modo que os gastos

realizados com o serviço foram considerados de maneira difusa, nas rubricas nas quais foram lançados. Com

relação aos gastos realizados através do convênio, os valores foram apresentados Balanço Financeiro do Saae

e comprovados por notas fiscais e comprovantes de transferência à prefeitura. Nesse caso específico, por se

tratar de uma transferência à prefeitura, não se trata exatamente de uma despesa do Saae (mas sim da

prefeitura), de forma que os valores, por natureza, não transitam pelo Balancete Analítico de Despesa

Orçamentária. Foi alegado pelo Saae que, a pedido da própria prefeitura, o prestador não fizesse os

lançamentos contábeis como despesas, pois no momento da consolidação contábil entre Saae e Prefeitura,

haveria duplicidade dos valores. Assim sendo, a agência incorporou à tarifa junto às despesas de manutenção

o montante de R$ 1.247.645, referente aos valores incorridos de dezembro/18 a maio/19 e previstos de

junho/19 a novembro/19.

Além disso, algumas das contas contábeis que anteriormente eram tratadas pela ARSAE-MG como

despesas operacionais, foram apontadas pelo Saae como parte do plano de investimentos executado. Assim,

tais contas foram suprimidas desse grupo sendo classificadas como Investimentos.

Todos os grupos e subgrupos da nova Classificação Regulatória estão localizados no ANEXO I desta

nota técnica.

3.1.2 Realização de Restos a pagar não processados

Consideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas2, mas não pagas, até o dia 31 de dezembro

de cada ano fiscal. Desse modo, a despesa orçamentária empenhada que não for paga até o final do exercício

financeiro será considerada como Restos a Pagar, para fins de encerramento do correspondente exercício

financeiro. Uma vez empenhada, a despesa pertence ao exercício financeiro em que o empenho ocorreu,

onerando a dotação orçamentária daquele exercício.

Os Restos a Pagar podem ser classificados de duas formas: Processados e Não Processados. Os Restos

a Pagar Processados consistem em obrigações do prestador que foram empenhadas e liquidadas, ou seja,

houve efetivamente a prestação do serviço ou a entrega do produto acordada entre o fornecedor e o Saae.

Contudo, ainda não efetivado o respectivo pagamento.

Por outro lado, os Restos a Pagar Não Processados (RPNP) são compostos pelas despesas do Saae

que tiveram o empenho emitido, porém ainda não foram liquidadas (a prestação do serviço ou compra de

material ainda não ocorreu, não ocorrendo o fato gerador da despesa) e, dessa forma, podem não se tornar

uma despesa efetiva e não gerar dispêndio de recursos.

2 O empenho representa o primeiro estágio da despesa orçamentária. É registrado no momento da contratação do serviço, aquisição do material ou bem, obra e amortização da dívida.

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12

Entretanto, como pode ser observado na seção de resultados, após análise ficou clara a necessidade

de se considerar os valores referentes à realização de RPNP na definição das tarifas.

3.1.3 Composição dos Custos Operacionais

O cálculo do valor dos custos operacionais de referência é realizado a partir dos saldos contábeis constantes

nos balancetes de despesa orçamentária do Saae de Itabira, o tratamento dos dados é detalhado no quadro

a seguir:

Quadro 6 - Composição dos Custos Operacionais

Grupo (1): Custos Operacionais

Abertura Métrica de Cálculo

Aluguel

Os valores contábeis provenientes do demonstrativo de despesa passam pelo tratamento:

1. Classificação regulatória das contas contábeis 2. Estimativa das contas do período de referência (Dez/2018 a Nov/2019):

Como o último balancete disponível foi referente ao mês de Jun/2019, as despesas dos demais meses de referência foram calculadas atualizando o gasto obtido no mesmo mês do ano anterior pela inflação acumulada no período.

3. Ajustes inflacionários a valor do PR0. Adição dos valores relativos à realização de restos a pagar não processados (RPNP) até Mai/2019, uma vez que o Saae não enviou o demonstrativo de execução de restos a pagar do mês de junho em formato adequado.

Combustíveis e Lubrificantes

Energia Elétrica

Material de Tratamento

Outros Materiais

Telecomunicação

Pessoal

Serviços de Terceiros

Manutenção

Treinamento

Outros Custos Op. Fonte: elaboração própria

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13

3.2 Tributos e Outras obrigações

As despesas com tributos e outras obrigações representam um componente considerado na receita

base do Saae de Itabira, referentes a Pasep, Taxa de Fiscalização (TFAS), despesas com proteção de

mananciais em função da Lei Piau. Os tributos sobre o lucro são tratados dentro do grupo “Custos de Capital”,

já que são incidentes sobre parte da remuneração definida.

Quadro 7 - Composição de Tributos e Outras Obrigações

Grupo (2): Tributos e Outras obrigações

Abertura Descrição Métrica de Cálculo

Pasep Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público

O Pasep é arrecadado com incidência sobre a receita do prestador, à alíquota de 1%.

O custo efetivo com o tributo foi estimado com base no percentual líquido observado nos últimos doze meses de informações disponíveis.

TFAS: Taxa de Fiscalização sobre Serviços Públicos de Abastecimento de Água e Saneamento

Despesa com taxa de fiscalização, calculada conforme Resolução Arsae-MG 89, de 26 de janeiro de 2017.

TFAS para o PR0: Calculado com base nos valores da TFAS anual Itabira 2018 (Resolução Arsae 103/2018) e da TFAS anual Itabira 2019 (Resolução Arsae 119/2019). TFAS para o PR1: Calculada com base na a TFAS anual Itabira 2019 e uma estimativa da TFAS anual Itabira 2020. A estimativa da TFAS 2020 supõe que a Ufemg 2020 varie segundo o índice IGP-DI e que as economias de água e esgoto variarão de mar/2019 a dez/ 2019 na mesma intensidade apresentada no ano anterior

Lei Piau: Lei 12.503/1997

A Lei estabelece a obrigatoriedade de investimento em proteção e preservação ambiental por parte dos prestadores de serviços de abastecimento de água e geração de energia

0,5% do valor total da receita operacional apurada no exercício anterior. Valores eventualmente não gastos pelo prestador serão devolvidos aos usuários mediante Componente Financeiro.

Recursos Hídricos e Outros

Assim como os custos operacionais, partindo da classificação regulatória, os gastos com Recursos Hídricos são calculados através da apuração do histórico de saldos contábeis constantes nos balancetes de despesa orçamentária.

Fonte: elaboração própria

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3.3 Custos de Capital

Para a atual Revisão Tarifária, foram analisados dois componentes relacionados aos custos de capital

do Saae de Itabira, a saber:

Quadro 8- Composição dos Custos de Capital

Grupo (3): Custos de Capital

Abertura Cálculo Regulatório

Plano de Investimentos

O Saae de Itabira propôs um Plano de Investimentos com um valor total significativamente acima de sua capacidade de investimento média. Assim, a Arsae-MG enviou uma proposta para o Saae Itabira limitada a essa capacidade de investimento, pautando-se na priorização realizada pelo próprio prestador. O Saae analisou essa proposta, propondo pequenas alterações, as quais foram aceitas pela Agência, sendo possível, então, consolidar, o Plano de Investimentos preliminar.

Capital de Giro

Geralmente, parte dos recursos do prestador precisa ficar reservada como capital de giro, em forma de disponibilidades e estoques, para que ele não apresente insuficiência de caixa diante do descasamento entre prazos de pagamentos e recebimentos. Para calcular a Necessidade de Capital de Giro (NCG) com base nos dados disponíveis do exercício de 2018, aferiu-se o prazo médio de pagamento; o prazo médio de recebimento de clientes e o prazo médio de estocagem: 1° Passo 1) CE = (Estoques/Despesas Materiais)*360

Onde: CE = Ciclo Médio dos Estoques (dias)

2) CR = ∑ (CRi ∗ pi)ni=1

∑ ( pi)ni=1 =1

Onde: CR = Ciclo Médio das Receitas Diretas de Água e Esgoto (dias) pi = participação do faturamento do ciclo de leitura i no faturamento total (%) n = número de ciclos de leitura das faturas (unidades)

3) CD = ∑ (CDi ∗ pi)ni=1

∑ ( pi)ni=1 = 1

Onde: CD = Ciclo Médio das Despesas Operacionais (dias)

pi = participação da despesa operacional i nas despesas operacionais totais (%) n = número de itens classificados como despesa operacional (unidades)

2° Passo Estoques = (Despesas Materiais*CE)/360 Clientes = (Receita Bruta de Água e Esgoto*CR)/360 Passivo Operacional = (Despesas Operacionais*CD) /360

3º Passo Necessidade de Capital de Giro = (Estoques + Clientes - Passivo Operacional) Ciclo Financeiro = (Necessidade de Capital de Giro/Receita Bruta de Água e Esgoto)*360

Fonte: elaboração própria

As análises e os montantes inseridos na tarifa referentes a esses atributos encontram-se detalhados

nos tópicos a seguir.

3.3.1 Plano de Investimentos

Durante o processo de acompanhamento do Plano de Investimentos definido para o ciclo passado,

de novembro de 2017 até outubro de 2019, a Gerência de Ativos Regulatórios (GAR) relatou grande

dificuldade por parte do prestador em divulgar de maneira adequada as informações solicitadas pela agência

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reguladora. Segundo o Relatório Técnico GAR 019/2019, em virtude de o prestador não ter conseguido

preencher adequadamente a planilha de acompanhamento do Plano de Investimentos desde o início do ciclo,

a GAR ficou impossibilitada de realizar suas análises e acompanhamentos até março de 2019. Mesmo com a

adoção do modelo mais simplificado, o prestador vem apresentando grandes dificuldades para realizar o

preenchimento da planilha de maneira adequada. Apenas no mês de maio de 2019, o prestador encaminhou

quatro versões da planilha contendo erros básicos de preenchimento, como, por exemplo, ações com valores

de pagamento e liquidação maiores que o valor de empenho.

O Plano de Investimentos incialmente proposto pelo Saae de Itabira previa a realização de 21 ações

– dentre elas destaca-se “Ampliar o Sistema Produtor de Água, através da PPP Rio Tanque”, com valor de R$

31.119.000. Considerando todas as ações, o valor total do Plano de Investimentos seria de R$ 58.122.012,61.

Entretanto, como foi verificado pela GAR em seu relatório, essa proposta é significativamente superior à

capacidade real apresentada pelo Saae de executar seus investimentos. De 2012 a 2017, o Saae conseguiu

investir de fato, em média, R$ 1.625.142 ao ano. No ciclo atual, a capacidade de investimento do prestador

melhorou, passando à média anual de R$ 3.250.000, porém esse valor é ainda bem inferior ao que seria

necessário para realizar todas as ações originalmente propostas.

Sendo assim, a GAR, em acordo com o prestador, procurou definir um novo Plano de Investimentos

selecionando as ações definidas como mais prioritárias pelo prestador e que estavam de acordo com a

expectativa de realização financeira do Plano de Investimentos do ciclo tarifário atual. O Plano de

Investimentos final é composto por dez ações, totalizando quase R$ 10,5 milhões, que foram destrinchadas

na tabela a seguir.

Tabela 1 – Ações que compõem o Plano de Investimento para o novo ciclo

Código Descrição Escala priorid

ade

Recurso Próprio

Recurso Oneroso

Recurso Não

Oneroso

TOTAL

3 Ampliar o Sistema Produtor de Água, através da reforma da ETA Pureza

3 450.000 - - 450.000

7 Substituição de rede de cimento amianto, e ineficiente hidraulicamente, interligações complementares com anel hidráulico

1 1.500.000 - - 1.500.000

10 Ampliação da Rede de Distribuição e Ligações Prediais de Água

3 200.000 - - 200.000

12 Programa de Implantação de Esgotamento Sanitário e Abastecimento de Água na Área Rural

1 1.400.000 - - 1.400.000

13 Ampliação do Sistema de Coleta e Afastamento de esgotos, bem como, execução de obras de estrutura para preservação do sistema de coleta

2 2.400.000 - - 2.400.000

14 Ampliar a capacidade da ETE Laboreaux. (DUPLICAÇÃO)

2 2.010.473,11 - 5.000.000 7.010.473,11

16 ETE Senhora do Carmo 4 70.000 - - 70.000

17 ETE Pedreira 1 948.328,77 - 3.500.000 4.448.328,77

19 Implantar Sistemas de Geração Fotovoltaico 1 971.881 - - 971.881

22 Recuperação de estruturas e equipamentos (aumento da vida útil)

3 500.000 - - -

10.450.682,88 0 8.500.000 18.450.682,88

Fonte: elaboração da Gerência de Ativos Regulatórios

Ressalta-se que o valor de R$ 8.500.000,00 antes considerado como recurso oneroso pelo prestador,

foi alterado para recurso não oneroso, visto que o prestador informou que é um recurso via PAC 2 e que não

possui custos para o Saae. Das dez ações aqui consideradas, 3 são ações classificadas como abastecimento

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de água com valor de R$ 2.150.000,00, 4 ações de esgotamento sanitário com valor de R$ 5.428.801,88, 1

ação de água/esgoto no valor de R$ 1.400.000,00 (saneamento rural) e 1 ação classificada como outros, valor

de R$ 971.881,00 (sistemas de geração fotovoltaico).

Segundo Relatório Técnico GAR 019/2019, seguem as avaliações que levaram à permanência das

ações acima no Plano de Investimentos:

A “Ação 03 - Ampliar o Sistema Produtor de Água, através da reforma da ETA Pureza” sofreu

diminuição no valor de R$ 1.000.000 para R$ 450.000. O prestador informou que a redução foi em

prol da modicidade tarifária. O novo orçamento será empregado na substituição de dois leitos

filtrantes de fluxo ascendente, compostos por seixos rolados e areia de diversas granulometrias, bem

como na construção de um decantador de alta taxa.

Foi acatada a sugestão do prestador para que a “Ação 07 - Substituição de rede de cimento amianto,

e ineficiente hidraulicamente, interligações complementares com anel hidráulico” seja considerado

no PI e não no Programa de Perdas.

A “Ação 10 - Ampliação da Rede de Distribuição e Ligações Prediais de Água” foi incluída no PI pelo

fato de ser uma ação contínua que é necessária em qualquer ciclo tarifário.

O valor da “Ação 12 - Programa de Implantação de Esgotamento Sanitário e Abastecimento de Água

na Área Rural” sofreu acréscimo de R$ 1.400.000 para R$ 1.750.000 em virtude dessa ação ter

incorporado a “Ação 18 - Implantação de sistema de esgotamento sanitário no Barro Branco”.

A “Ação 14 - Ampliar a capacidade da ETE Laboreaux (DUPLICAÇÃO)” sofreu diminuição no valor de

R$ 2.200.000 para R$ 2.010.473,11, em virtude da informação de que essa ação em novembro/19

terá R$ 189.526,89 em caixa.

A “Ação 16 - ETE Senhora do Carmo” apesar de ter sido definida como prioridade 4, foi considerada

no PI preliminar em detrimento à “Ação 03 - Ampliar o Sistema Produtor de Água, através da reforma

da ETA Pureza” de prioridade 3 porque a Agência entende que, neste momento, o Saae pode

executar apenas o projeto, que tem um valor consideravelmente menor que o valor da Ação 03. Para

a consideração do valor de R$ 70.000, a Arsae-MG utilizou a premissa de que o projeto custa 5% do

valor da obra, ou seja, a ação completa custaria R$ 1.400.000, então só o projeto custaria R$ 70.000.

A “Ação 17 - ETE Pedreira” sofreu diminuição no valor de R$ 1.348.328,77 para R$ 948.328,77, em

virtude da informação de que o Saae possui o valor de R$ 400.000,00, referente à revisão tarifária de

2017.

A “Ação 22 - Recuperação de estruturas e equipamentos (aumento da vida útil)” foi incluída pela

Arsae-MG e foi considerado o valor de R$ 500.000 pela informação fornecida pelo Saae. Essa ação

incorporou a “Ação 20 - Reforma elétrica das instalações”.

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Quanto às ações que não foram consideradas para este Plano de Investimentos, segue uma tabela

com as justificativas da Arsae para a não inclusão de cada ação:

Tabela 2 - Ações que não foram consideradas no Plano de Investimentos

Código Descrição Justificativa

1 Atualização do Plano Municipal de Saneamento Básico de Itabira Não é investimento

2 Ampliar o Sistema Produtor de Água, através da PPP Rio Tanque Essa ação não será custeada pelo Plano de Investimentos

4 Implantar Sistemas de Tratamento do Lodo e de Recirculação das Águas de Lavagem dos Filtros na ETA Ipoema

Ação não é prioritária segundo a definição do prestador

5 PROGRAMA DE PERDAS - Análise estrutural do Sistema de Reservação

Esse item será considerado na Destinação Específica

6 Atualização do Cadastro Técnico do Sistema de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário.

Não é investimento

8 PROGRAMA DE PERDAS - Substituição de hidrômetros Esse item será considerado na Destinação Específica

9 PROGRAMA DE PERDAS - Substituição de redes e instrumentação Esse item será considerado na Destinação Específica

11 Atualização e Ampliação do Sistema de Controle e Automação do Sistema de Abastecimento de Água

Ação não é prioritária segundo a definição do prestador

15 Ampliar a capacidade da ETE Laboreaux (REFORMA) Não é investimento

18 Implantação de sistema de esgotamento sanitário no Barro Branco

Ação não é prioritária segundo a definição do prestador

20 Reforma elétrica das instalações Esse item foi contemplado na “Ação 22 - Recuperação de estruturas e equipamentos

(aumento da vida útil)”

21 Construção de Procedimentos Operacionais Padrões (POP) na Estrutura Operacional, Produção e Tratamento Água/Esgoto

Não é investimento

Fonte: elaboração da Gerência de Ativos Regulatórios

Com relação à Ação 2 - Ampliar o Sistema Produtor de Água, através da PPP Rio Tanque, vale

ressaltar que a Câmara Municipal de Itabira autorizou, por meio da Lei Nº 5.123 de 9 de maio de 2019, o

poder executivo municipal a celebrar parcerias com entes do setor privado, atuantes no ramo de

abastecimento de água para estabelecer medidas de melhoria no sistema. Contudo, o processo licitatório

249/2018, concorrência pública PMI SMA/SUCON Nº 005/2018, referente a eventual e futura Parceria

Público Privada (PPP) do Rio Tanque no município de Itabira, foi suspenso. Estima-se assim que a

contraprestação ocorrerá, tão somente, a partir da conclusão das obras do Rio Tanque e, portanto, a PPP Rio

Tanque não terá impacto na revisão tarifária do ciclo 2019/2021.

3.3.2 Capital de Giro

Na Revisão Tarifária de 2017, a Arsae-MG estimou o capital de giro eficiente do Saae de Itabira

concluindo que o valor dos recursos alocados pelo prestador como capital de giro era significativamente

superior à necessidade estimada naquele período. Com base nos dados disponíveis do exercício de 2018,

calculou-se o prazo médio de pagamento (23,91 dias) e o prazo médio de recebimento de clientes (30 dias).

Nesta revisão, os valores de estoque informados no balanço patrimonial do Saae se mostraram novamente

muito elevados, com um o prazo médio de estocagem (PME) muito acima do necessário (2186,56 dias). Essa

discrepância em relação aos outros prestadores demonstra uma baixa confiabilidade dos dados. A partir

desses resultados e das informações de despesas operacionais e receita bruta de água e esgoto, calculou-se

NCG para o Saae de Itabira no valor de R$ 6.709.386. No entanto, quase 90% desse valor é referente ao

montante de estoques, o que parece demonstrar uma gestão ineficiente do Saae quanto a esses recursos.

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Entretanto independentemente deste resultado para o PME, devido ao fato do Saae ser um

prestador público, entende-se que o prestador já teve os recursos para estoque garantidos através da tarifa3

- a frequência de compra de materiais é refletida nos custos extraídos dos balancetes de despesa; estoques

para obras são adquiridos com os recursos antecipados para os investimentos, etc. Sendo assim, nesse caso,

não seriam necessários recursos para compra de estoques adicionais. Conforme os itens estocados forem

sendo utilizados, o Saae disporá de recursos para substituí-los.

Excluindo os estoques da análise, a necessidade de capital de giro seria de R$ 957.178, o que

representa 3,19% da receita bruta de água e esgoto do Saae. No entanto, a análise dos valores disponíveis

em caixa pelo Saae indicou que havia um montante no fluxo de caixa bancário referente ao mês de

maio/2019 de cerca de R$ 6.606.023, ou seja, quase sete vezes mais do que a necessidade estimada para

capital de giro. Sendo assim, a Arsae-MG não incluiu uma quantia relativa ao capital de giro na tarifa.

3.4 Destinações Específicas

Para o Saae de Itabira, nesta Revisão, apenas o Programa de Controle de Perdas fará parte do grupo

Destinação Específica de acordo com a classificação abaixo:

Quadro 9 - Composição de Destinações Específicas

Grupo (2): Destinação Específicas

Abertura Descrição Cálculo Regulatório

Perdas Perdas: programa de combate e controle de perdas de água, tanto reais como aparentes, que deve contribuir para uma utilização mais eficiente dos recursos hídricos e a otimização dos custos associados aos serviços de fornecimento de água tratada

Manutenção do percentual da RTP anterior no patamar de 2,00%

Fonte: elaboração própria

3.4.1 Programa de Controle de Perdas

O severo cenário de crise hídrica e a importância dos recursos hídricos para manutenção da qualidade

de vida da população e conservação do meio ambiente indicam a importância da manutenção do projeto de

controle e redução de perdas no SAAE-Itabira. Como é sabido, infelizmente essa temática não tem sido

prioridade dos prestadores de serviços, fazendo com que a regulação se torne ente significativo para pautar

instrumentos regulatórios nessa vertente. A aplicação de medidas de racionamento tem assolado de maneira

recorrente o município nos últimos anos, o que corrobora a importância de prover sistemas de

abastecimento de água cada vez mais eficientes e sustentáveis. Assim, ao se pensar na eficiência do sistema

de abastecimento torna-se intuitivo e primordial combater as perdas de água.

Está em vigor desde 2015 o percentual de 2,00% da tarifa com destinação específica para projetos

de controle e redução de perdas no sistema de abastecimento de água do SAAE-Itabira. Durante esse período

foram apresentadas algumas ações, as quais passaram pelo crivo da Equipe de Perdas para Assuntos

Regulatórios (EquiPAR), pertencente à Coordenadoria de Regulação Operacional, e posterior homologação

pela Diretoria Colegiada.

3 A necessidade de calcular o prazo médio de estocagem (PME) para a análise da NCG parte do princípio de que o prestador em questão é uma empresa que visa lucro. Nesse caso, a análise deve levar em consideração o PME uma vez que a tarifa deve cobrir a amortização e remuneração adequada do capital alocado em estoques.

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Segundo Relatório Técnico da Equipar 01/2019, no ciclo da RTP de 2017, foram homologadas ações

de melhorias no sistema operado pelo prestador de serviços, como:

Controle da pressão de abastecimento na rede de distribuição;

Substituição de redes;

Troca eficiente de hidrômetros;

Impermeabilização de reservatórios;

Instalação de macromedidores;

Treinamento dos funcionários; e

Adequação do sistema supervisório.

A fim de ratificar a execução das ações homologadas, a EquiPAR realizou visitas técnicas semestrais

ao SAAE-Itabira. Essas visitas resultaram na confecção de relatórios, enviados ao prestador de serviços e aos

setores envolvidos da agência. Dentre os relatórios emitidos, destaca-se o RT EquiPAR n° 03/2018, o qual

ressaltou que a construção de duas caixas para abrigar válvula reguladora de pressão (VPR) não estão

relacionadas à redução ou ao controle de perdas de água para o sistema, tendo em vista que, conforme

exposto pelo responsável do SAAE, as obras tiveram como único objetivo melhorar a ergonomia dos

operadores. Essa ação indica inconformidade do dispêndio apresentado pelo prestador neste ciclo por não

ser correspondente com as ações homologadas pela EquiPAR. Ressalta-se que esse tipo de inconformidade

diminui a confiabilidade das informações.

Além das ações para a manutenção do programa, entende-se que, idealmente, o recurso tarifário

destinado ao controle e redução de perdas seja ajustado de acordo com o desempenho alcançado pelo Saae.

No entanto, o estabelecimento de um incentivo tarifário com base em metas requer uma melhor

confiabilidade das informações do que a demonstrada pelo prestador no ciclo anterior.

Nesse contexto, a EquiPAR aponta as seguintes inconformidades que inviabilizam o

acompanhamento de indicadores de desempenho neste ciclo:

Oscilação atípica dos índices de perdas apurados mensalmente, desde 2015;

Dificuldade do prestador de serviços em consolidar projetos de controle e redução de perdas;

Visão restrita quando a multidisciplinaridade dos problemas existentes no sistema;

Morosidade do envio de informações; e

Fragilidade na gestão, inviabilizando um diagnóstico preciso do sistema.

3.4.2 Programa de Desenvolvimento e Gestão

Na Revisão de 2017, foi incluído na tarifa o valor de R$ 350 mil ao ano para a contratação de

consultoria especializada em gestão, definido como Programa de Desenvolvimento e Gestão. Apesar dos

recursos tarifários concedidos para tal fim, nenhuma contratação foi realizada. Todavia, o prestador espera

que a contratação de uma empresa de consultoria seja realizada até agosto de 2019, concomitante com a

homologação do Concurso Público 01/2019.

A Arsae-MG reforça a necessidade do prestador em realizar a contratação de consultoria, uma vez

que o Saae apresenta grande dificuldade em organizar e apresentar as informações solicitadas pela agência.

Assim, o estoque acumulado pela DE contemplada nas tarifas da revisão de 2017 deverá ser utilizado pelo

Saae com essa finalidade durante este ciclo. Ressalta-se que nenhum novo valor será adicionado às tarifas

desta revisão referente ao Programa de Desenvolvimento e Gestão.

Caso o prestador não realize a contratação da consultoria até a Reajuste de 2020, o valor em estoque

deverá ser devolvido aos usuários por meio de compensação financeira. A utilização dos recursos para

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contratação de consultoria estará sujeita a controles contábeis e extra contábeis a serem apresentados a

agência reguladora. Sendo assim, o Saae deve registrar todos os possíveis dispêndios em sua contabilidade

em um centro de custos específico criado para esse fim. Aqueles gastos que não forem registrados ou que

tenham seu registro realizado de forma errônea não serão aceitos no cálculo tarifário.

3.5 Receitas Irrecuperáveis

A receita tarifária deve proporcionar recursos suficientes para cobrir as receitas irrecuperáveis, que

são as perdas de faturamento devido a parte da inadimplência dos usuários. Para o cálculo, será aplicada a

metodologia da curva de aging, que tem como base a definição de um mês específico onde é observado o

faturamento realizado nos meses anteriores e ainda não recebido no mês em análise. A curva formada pelos

percentuais de faturamento de meses anteriores não pagos num mês específico é conhecida como Curva de

Envelhecimento da Fatura e o ponto onde se estabiliza esta curva é o aging.

Quadro 10 - Composição de Receitas Irrecuperáveis

Grupo (5): Receitas Irrecuperáveis

Abertura Descrição Cálculo Regulatório

Receitas Irrecuperáveis Perdas de faturamento devido a parte da inadimplência dos usuários

O custo referente às receitas irrecuperáveis será incluído nas tarifas por meio de um percentual na receita, obtido através do patamar de estabilidade histórica da curva de aging.

Fonte: elaboração própria

O levantamento feito pela Arsae em março de 2019 indicou que as contas em aberto das faturas não

pagas antes de 2016 não continham valores, mesmo antes de se observar uma estabilidade do patamar.

Assim, foi escolhida a média das contas em aberto nos últimos 12 meses disponíveis da curva, que resultou

num percentual de 0,38% sobre a receita.

3.6 Outras Receitas

A receita a ser gerada pela aplicação das tarifas deve proporcionar recursos suficientes ao prestador

para fazer frente aos cinco grupos citados anteriormente. A Receita Requerida (RR), obtida pela soma destes

itens, deve ser deduzida pelo valor das Outras Receitas (OR), que englobam os ganhos auferidos na prestação

de serviços não tarifados, rendimentos de aplicações financeiras, aluguel, venda de ativo imobilizado, dentre

outros. Como os custos atrelados a essas receitas já estão cobertos nas tarifas, essa parcela é revertida para

a modicidade tarifária, reduzindo a receita tarifária necessária.

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Quadro 11 - Composição de Outras Receitas

Grupo (6): Outras Receitas

Abertura Descrição Métrica de Cálculo

Operacionais

1600.41.00.02.00 - Ligações SAAE 1610.01.11.04.00 - Ligações- SAAE

1600.41.00.03.00 - Desligações SAAE 1610.01.11.05.00 - Desligações - SAAE

1600.41.00.07.00 - Outras Receitas 1610.01.11.07.00 - Outras Receitas – SAAE

1600.41.00.07.00DR - Outras Receita – SAAE 1600.41.00.07.00D - Outras Receitas – SAAE 1600.41.00.07.00OD - Outras Receitas – SAAE 1610.01.11.07.00OD - Outras Receitas - SAAE 1600.48.00.01.00 - Religação de Água – SAAE

1610.01.11.01.00 - Serviço de Religamento de Água – SAAE

Receita estimada com base no nos últimos doze meses contábeis. Valor 100% revertido

Diversas

1600.13.99.01.00 - Tarifas de Expediente - SAAE 1610.01.11.02.00 - Tarifas de Expediente – SAAE

1600.13.99.01.00D - Tarifas de Expediente – SAAE 1921.99.00.01.00 - Outras Indenizações – SAAE 1921.99.11.01.00 - Outras Indenizações - SAAE

1922.99.52.99.90 - Outras Restituições 1922.99.00.02.00 - Outras Restituições – SAAE

1922.99.00.02.00OD - Outras Restituições – SAAE 1922.99.00.02.00DR - Outras Restituições - SAAE

Receita estimada com base no nos últimos doze meses contábeis. Valor 100% revertido

Financeiras (Rendimento)

1321.00.11.31.00 - Remuneração de Depósitos Bancários –

SAAE 1325.01.99.03.00 - Rec. Rem. Dep. Bancários Vinc. – SAAE

1919.99.00.01.00 - Multas de Outras Origens – SAAE 1919.99.00.01.00D - Multas e Outras Origens – SAAE

1990.99.12.05.00 - Outras Receitas - Multa e Juros - SAAE

Receita estimada com base no nos últimos doze meses contábeis. Multas de Outras Origens e Outras Receitas - Multa e Juros - SAAE: 50% revertido Rec. Rem. Dep. Bancários Vinc. E Remuneração de Depósitos Bancários – SAAE: 100% revertido

Sem movimentação

1600.41.00.06.00 – Análise de Água SAAE 1610.01.11.06.00 - Análise de Água

1600.41.00.05.00 - Aferição de Hidrômetro 2210.00.00.01.00 - Alienação de Bens Móveis SAAE

1600.41.00.04.00 - Conservação de Hidrômetro SAAE 1990.99.11.05.00 - Outras Receitas Diversas - SAAE

1932.99.00.02.00 - Rec. Da Div. Ativa Não Tributaria - S 9219.19.99.00.00 - Restituição MULTAS OUTRAS ORIGENS*

1721.99.00.02.00 - Transf. Recursos Ana - PRODES - SAAE

Contas sem movimentação há mais de 3 anos

Fonte: elaboração própria

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22

4 Adições

A Arsae adicionou à Receita Tarifária os custos com pessoal que serão admitidos ao Saae de Itabira

através do Concurso Público 01/2019. No momento do cálculo desta Revisão, os novos funcionários ainda

não foram admitidos e os gastos com eles ainda não fazem parte das despesas presentes na contabilidade

do prestador. Sendo assim, para que o patamar tarifário do próximo ciclo seja definido corretamente, é

necessário incorporar uma projeção desses custos na Receita Tarifária Base.

É importante notar que o impacto do concurso público na folha de pagamentos do Saae é suavizado

pelo número de aposentadorias que vão ocorrer no período. Sendo assim, a projeção dos custos adicionais

com pessoal leva também em consideração o número de funcionários do Saae que devem se aposentar

durante este ciclo tarifário.

5 Componentes financeiros

As compensações relativas ao exercício anterior, bem como outros componentes sem caráter

permanente nas tarifas, são chamadas de Componentes Financeiros. Assim, para este cálculo tarifário, os

Componentes Financeiros são calculados conforme previsto na RTP 2017. Em todos os casos, os valores são

atualizados considerando a taxa Selic acumulada no período.

A tabela abaixo contém os componentes calculados nesta Revisão:

Quadro 12 – Cálculo dos Componentes financeiros

COMPONENTES FINANCEIROS

Item de compensação

Descrição Métrica de Cálculo

Valor Estimado Valor Auferido

Itens não administráveis

Compensação das diferenças mês a mês entre as variações de preços

estimadas e incorridas para os itens não administráveis

Variação de preços estimada

para os itens não administráveis a partir de

índices inflacionários previstos para o Período de

Referência

Variação de preços observada para os itens não

administráveis a partir de índices inflacionários

incorridos no Período de Referência.

Mais detalhes apresentados no ANEXO III – Metodologia

de compensação de itens não administráveis

Tarifa Social Compensação da diferença entre a

receita prevista e incorrida pelo faturamento da categoria Social

Receita estimada a partir da

meta de cadastramento determinada pela Arsae na

categoria Social

Receita auferida pelo

prestador após cadastrar e faturar os usuários com

direito ao benefício da Tarifa Social

Proteção de Mananciais

Compensação da diferença entre o valor alocado na tarifa para proteção de mananciais e aquele despendido

pelo prestador.

0,5% da receita operacional

do ano fiscal anterior ao Reajuste/Revisão tarifário(a)

Valor despendido pelo prestador com ações de proteção de mananciais

durante o ano fiscal

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23

COMPONENTES FINANCEIROS

Item de compensação

Descrição Métrica de Cálculo

Conta Vinculada de

D.E.

Compensação da diferença entre o valor alocado na tarifa para ações

referentes aos programas de Controle de Perdas e

Desenvolvimento e Gestão, e o valor despendido pelo prestador.

Valores alocados na tarifa com destinação específica para ações referentes aos programas de Controle de

Perdas e Desenvolvimento e Gestão

Valores despendidos pelo prestador em ações

referentes ao programa de Desenvolvimento e Gestão e aquelas homologadas pela

agência referentes ao programa de Controle de

Perdas

ETA Gatos

Compensação da diferença entre o valor alocado na tarifa para custear o aumento de gastos com energia

elétrica decorrente da ampliação da ETA Gatos, e o valor despendido

pelo prestador

Valor alocado na tarifa para custear o aumento de gastos

com energia elétrica decorrente da ampliação da

ETA Gatos

Valor despendido pelo prestador com energia elétrica decorrente da

ampliação da ETA Gatos

Reposição asfáltica

Compensação da diferença entre o valor incorporado à tarifa para recomposição de vias públicas

danificadas em atividades inerentes à prestação dos serviços de

saneamento, e o valor despendido pelo Saae

Valor alocado na tarifa para recomposição de vias públicas do município

danificadas em atividades inerentes à prestação dos

serviços do Saae

Valor despendido pelo prestador para recomposição de vias públicas do município

danificadas em atividades inerentes à prestação dos

serviços do Saae

Restos a pagar não

processados (RPNP)

Os RPNP são despesas que tiveram o empenho emitido, porém ainda não foram liquidadas, podendo não se

tornar uma despesa efetiva. A Arsae incluiu como componente financeiro

os RPNP realizados, que deveriam fazer parte da base de custos do

prestador. A partir desta Revisão, os RPNP

realizados passarão a compor a base tarifária.

N/A

RPNP realizados no período em análise, referentes a

empenho anterior ao período da Revisão Tarifária

Outras

Receitas: Serviços não

Tarifados

Compensação referente a receitas obtidas com itens da Tabela de

Serviços Não Tarifados, que sofreram modificações de preços por

parte da Arsae durante o ciclo tarifário.

Receita estimada para o Saae

com itens da Tabela de Serviços Não Tarifados

Receitas obtidas pelo Saae com itens da Tabela de

Serviços Não Tarifados, que sofreram modificações de preços por parte da Arsae durante o ciclo tarifário.

Saneamento Rural

Compensação da diferença entre recursos recebidos pelo prestador para custos e investimentos com Saneamento Rural, e os valores despendidos. A compensação

também engloba a devolução de receita faturada pelo prestador com a prestação do serviço, visto que o

Custos e investimentos: Valores alocados na tarifa do

prestador para gastos com Saneamento Rural.

Receita: Dado que não havia mercado para essas

economias, não foi estimado nenhum valor

Custos e investimentos: Valores despendidos pelo

prestador com Saneamento Rural

Receita: Receita obtida pelo prestador a partir da

prestação de serviços de Saneamento Rural

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COMPONENTES FINANCEIROS

Item de compensação

Descrição Métrica de Cálculo

mercado projetado pela Agência não incorporou as unidades rurais.

Custos Regulatórios

São considerados custos regulatórios aqueles provocados pela atuação do

regulador ou por nova legislação, oriundos de práticas não previstas

na base normativa vigente até a atuação da Arsae e não

contemplados ainda na base tarifária do prestador.

N/A

Valores despendidos pelo

prestador por conta da atuação do regulador,

oriundos de práticas não previstas em base normativa, que envolvem recursos não

contemplados na base tarifária

Mudança na

data de aplicação das

tarifas

Compensação pela inflação sentida pelo prestador nos dias em que a tarifa deveria ter sido reajustada

N/A

Correção inflacionária que o prestador deixou de auferir pelo adiamento na data de

aplicação das tarifas

Variação de

mercado sobre

Componentes financeiros do

período anterior

Compensação da diferença entre os

Componentes financeiros projetados no reajuste anterior e aqueles efetivamente incorridos pelo

prestador

Valor alocado na tarifa no reajuste anterior como componente financeiro

Componentes financeiros

incorridos pelo prestador em decorrência de variação do

mercado

Compensação por correção

na tabela tarifária de

2018

Compensação por erro na tabela tarifária de 2018, que aplicou índice

de reajuste menor do que aquele que deveria ter sido aplicado

N/A

Receita que o prestador deixou de auferir devido ao erro na tabela tarifária de

2018.

Fonte: elaboração própria

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6 Metodologia de Reajuste de Preços

6.1 Atualização de Preços

A Lei Estadual 18.309/2009, atualizada pela Lei Estadual 20.822/2013, dispõe que:

“Art. 8º O reajuste e a revisão das tarifas cobradas pelos prestadores

sujeitos à regulação e à fiscalização da Arsae serão autorizados mediante

resolução da Arsae e objetivarão assegurar o equilíbrio econômico-financeiro

do ajuste e a modicidade e o controle social das tarifas, observada, em todos

os casos, a publicidade dos novos valores.

(...)

§ 7º A recuperação dos custos decorrentes da prestação dos serviços

de abastecimento de água e de esgotamento sanitário se dará com base na

inflação mensurada, prioritariamente, pelo Índice Geral de Preços - IGP-M,

devendo a Arsae divulgar os motivos que justifiquem a escolha do IGP-M ou

de outro índice. ” (grifo nosso)

O IGP-M, índice híbrido elaborado pela FGV, é composto de 60% do IPA (Índice de Preços ao Produtor

Amplo), 30% do IPC (Índice de Preços ao Consumidor) e 10% do INCC (Índice Nacional de Custo da

Construção). Por captar flutuações no nível de preços de bens que não estão relacionados a todos os itens

que compõem a receita tarifária do Saae, optou-se pela adoção de índices ou métodos de atualização mais

adequados para cada componente.

Os índices utilizados são extraídos das b ases de dados do Banco Central (Bacen), do Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas

(Ibre/FGV) e outras fontes. Para os meses em que ainda não havia divulgação dos índices, foram utilizadas as

previsões fornecidas pelo Bacen ou previsões calculadas pela própria Arsae. No caso dos custos de energia

elétrica, a agência reguladora calcula seu próprio índice (ver Anexo II para mais explicações do cálculo.

A Arsae considera, a cada reajuste ou revisão tarifária, o acréscimo necessário para cobrir o impacto

da inflação projetada para o período seguinte. Essa projeção é feita com base na inflação observada nos

últimos 12 meses. As justificativas para a escolha de cada método ou índice inflacionário assim como o

detalhamento dos cálculos são apresentados ao longo do Anexo II.

Os valores obtidos para cada elemento serão reajustados pelo índice de inflação mais apropriado.

Dessa forma, a inflação sentida pelo prestador será a média dos índices inflacionários selecionados,

ponderados pelo peso de cada custo na receita.

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Quadro 13 – Índices Inflacionários

Grupo Classificação Regulatória Índice Utilizado

Custos Operacionais (1)

Aluguel IGP-M

Combustíveis e Lubrificantes IPCA-BH Combustíveis

Energia Elétrica IA Energia Elétrica

Material de Tratamento IGP-M

Outros Materiais IGP-M

Pessoal INPC

Serviços de Terceiros IPCA

Telecomunicação IPCA-BH Telecomunicações

Outros Custos Operacionais IPCA

Treinamento IPCA

Manutenção INCC MS

Pasep %PASEP x RA1 Aplicação

TFAS Var TFAS

Lei Piau Var Rec. Operacional

Recursos Hídricos e Outros Tributos IPCA

Custos de Capital (3) Juros e Amortização de Empréstimos IPCA

Investimentos INCC

Destinações Específicas (4) Perdas %PERDAS % x RA1 Aplicação

Receitas Irrecuperáveis (5) Receitas Irrecuperáveis %AGING % x RA1 Base

Outras Receitas (6) Outras Receitas (-) IPCA

Fonte: Informações do prestador, cálculos da Arsae, Aneel, IBGE/Sidra, FGV/Ibre e Banco Central do Brasil.

6.2 Reajustes Tarifários Anuais

No caso do reajuste tarifário anual a ocorrer em 2020, a Receita Tarifária Base inicial (RT0) será dada

pela incidência das Tarifas Base vigentes sobre o mercado do período de referência (volume faturado e total

de economias). A RT0 é então distribuída entre os itens considerados no ciclo tarifário, de acordo com os

percentuais da Receita Base definidos nesta revisão. Os valores obtidos para cada elemento serão

reajustados pelo índice de inflação mais apropriado, conforme Quadro 13. Dessa forma, o impacto da inflação

sentido pelo prestador será mensurado pela Arsae pela média dos índices inflacionários selecionados,

ponderados pelo peso de cada custo na receita.

7 Fatores de Incentivo (Fator X)

O processo revisional envolve não só a reavaliação das condições de prestação de serviço, como

também uma visão de longo prazo para a atividade regulatória e planejamento do setor. Os incentivos

tarifários têm como principal objetivo simular comportamentos observados em setores competitivos nas

firmas atuantes em um mercado em monopólio natural, marcado pela assimetria de informações.

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7.1 Fator de Produtividade

Em consonância com o art. 22 da Lei Federal 11.445/2007, os custos necessários à operação dos

serviços devem ser avaliados em regime de eficiência, compartilhando os ganhos de produtividade

esperados com os usuários. Assim, para esta RTP, define-se o patamar de custos operacionais eficientes por

meio de uma abordagem de benchmarking empírico, com a comparação do desempenho do prestador

através de técnicas estatísticas e econômicas.

Para tanto, foi construída uma representação da tecnologia produtiva a partir de um método de

estimação da fronteira de distância denominado Fronteiras Estocásticas (SFA). A fronteira foi calculada

utilizando os dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (Snis)4 e, no caso das informações

sobre salário médio de municípios, foram utilizados dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais)5.

Ainda, para delimitar a análise somente aos prestadores comparáveis ao Saae de Itabira, foi realizado o

corte amostral conforme a tabela abaixo:

Quadro 14- Corte amostral da Análise de Eficiência

Item Corte amostral

Fonte de Dados SNIS

Janela Temporal 2014 a 20176

Tipo de Prestação Local

Corte Populacional 50 mil e 300 mil habitantes

Região Centro-Sul brasileiro

Serviços Água e Esgoto Fonte: elaboração própria

A equação da função de distância estimada considerou a relação do custo de exploração com

variáveis consideradas como as principais direcionadoras de custos dos prestadores do setor de saneamento,

indicadas na sequência:

1. Ligações Ativas de Água (lig)

2. Ligações Ativas de Esgoto (lig)

3. Salário Médio do Município (R$/ano)

4. Verticalização (m3/econ/ano):

5. Índice de Tratamento de Esgoto (%)

6. Volume consumido de água por economia

7. Tendência

Por fim, os escores encontrados pelo SFA foram normalizadas para o percentil 75, considerando

como meta a eficiência atingida pelos 25% de prestadores mais eficientes da amostra. Os resultados da

eficiência para o Saae de Itabira e as metas estabelecidas são indicadas na tabela abaixo.

4 http://www.snis.gov.br/ 5 http://bi.mte.gov.br/bgcaged. Foram excluídas as remunerações: i) de empregados sem segundo grau completo; ii)

inferiores ao salário mínimo e iii) carga horária inferior a 30 horas semanais. 6 Foram utilizados dados até 2017, uma vez que os dados referentes ao exercício de 2018 enviados pelo Saae não estão consistentes.

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Quadro 15– Resultados do Fator de Produtividade

Item Resultado

Critério de meta de Eficiência 25% mais eficientes da amostra

Escore de eficiência do Saae 0,64

Meta de Escore de Eficiência do Saae – Percentil 75% 0,69

Fator de Produtividade no ciclo - 3,8%

Fator de Produtividade anual (FP) - 1,9% Fonte: elaboração própria

7.2 Fator de Perdas

Assim como acordado na Revisão de 2015, o Programa de Controle de Perdas deve ter suas ações

pautadas na obtenção de informações confiáveis, uma vez que “o prestador deve saber com segurança a

quantidade de água que está distribuindo. A ideia é controlar para perder menos, uma vez que é impossível

atingir o nível de “perdas zero”. (NT GRT 11, 2015)

Entretanto, assim como já foi apresentado no tópico 3.4, apesar do Saae de Itabira ter se disposto a

realizar ações que visam diminuir suas Perdas, ele ainda tem demonstrado dificuldade em coletar e

disponibilizar à Arsae informações consistentes não só dos seus gastos com o programa, mas também quanto

ao seu percentual de perdas na distribuição de água. De abril/2019 a maio/2019, o percentual apresentado

pelo Saae aumentou quase cinco pontos percentuais, demonstrando uma baixa confiabilidade dos dados

fornecidos pelo prestador. Isso atrelado aos outros problemas anteriormente mencionados inviabilizam a

determinação de um Fator de Incentivo a Redução de Perdas neste ciclo. Sendo assim, faz-se necessário que

o Saae atue prioritariamente na confiabilidade das informações relativas à macro e micromedição,

possibilitando nova ponderação por parte da Agência no que se refere à adoção de incentivo tarifário a partir

do próximo ciclo.

Ainda assim, seria desejável que o Saae atingisse uma redução do índice de perdas atual para 32%

até 20237, o que demonstra um longo caminho a ser percorrido pelo prestador no sentido de reduzir suas

perdas, uma vez que, em abril de 2019, o SAAE de Itabira apresentou um índice de 40,24%.

7.3 Fator de Qualidade

Visando incentivar a expansão, com qualidade, do serviço de tratamento de esgoto em Itabira, a

Arsae criaria um Fator de Qualidade a ser aplicado nesta revisão. Porém, as informações enviadas pelo Saae

à agência concernente à eficiência de remoção de demanda bioquímica de oxigênio (DBO) não foram

consideradas confiáveis. A partir da Resolução Arsae-MG 114/2018, que estabelece diretrizes para o envio

de informações pelos prestadores de serviços regulados, o Saae é obrigado a enviar à Arsae-MG informações

operacionais que garantem a confiabilidade do indicador de eficiência das Estações de Tratamento de Esgoto.

7 No Projeto Sunshine aplicou-se a meta de 33% prevista no Plansab para 2018 para os municípios com elevada população e declividade.

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8 Estrutura Tarifária

Na Revisão de 2017, a Arsae-MG realizou modificações nas classes de consumo das tarifas do

prestador. O objetivo foi de padronizá-las com as dos demais prestadores, em busca de aperfeiçoar as

relações de progressividade e de prover incentivo ao consumo consciente dos recursos hídricos. Além disso,

foi criada a tarifa de esgoto estático, em decorrência das ações propostas pelo prestador para Saneamento

Rural. No mesmo ano, foi definida uma trajetória de evolução das tarifas até aquela considerada ideal, de

modo que na atual Revisão Tarifária, a Arsae apenas dará prosseguimento à trajetória imposta em 2017.

8.1 Trajetória de modificação da progressividade das tarifas

Optou-se por adotar tarifas maiores para as categorias comercial e industrial de forma a subsidiar a

categoria residencial e permitir valores mais módicos. O objeto principal dos serviços públicos de

abastecimento de água e esgotamento sanitário é o atendimento à categoria residencial (consumo humano),

já que as demais categorias dispõem de meios para repassar custos a seus clientes, além de terem

relativamente maior capacidade de pagamento e, em alguns casos, possibilidade de realizarem obras para

captação própria de água.

Para a categoria residencial, as faixas de baixo consumo possuem tarifas subsidiadas por se tratarem

de volumes destinados a necessidades básicas de consumo, higiene e saúde. As faixas intermediárias

referem-se a uso misto, agrupando famílias maiores que possuem consumo consciente e famílias com poucos

integrantes, mas que consomem acima do necessário. Estas faixas devem possuir tarifas intermediárias, sem

subsídios e próximas do custo médio. Já faixas de consumos maiores caracterizam-se por agrupar unidades

com consumo supérfluo, variando em grande medida devido ao nível de renda do usuário e à baixa

preocupação com um uso consciente do recurso. Neste caso espera-se que haja uma tarifação elevada, que

busque inibir excessos dos usuários e que permita, em parte, o financiamento de subsídios.

Embora possuam uma tarifa média maior, a progressividade das tarifas das categorias não

residenciais deve ser menor do que a das categoriais residenciais, no entendimento da Agência. Uma alta

progressividade produz uma distorção ao prejudicar usuários de maior porte que não necessariamente

desperdiçam recursos, apenas possuem escala na demanda (por exemplo, não é considerado razoável que

escolas com tamanhos diferentes tenham custos médios por metro cúbico diferentes).

8.2 Capacidade de Pagamento

Seguindo a metodologia da Nota Técnica CRFEF 63/2017, a Arsae elaborou uma metodologia para

avaliar a capacidade de pagamento dos usuários residenciais dos prestadores regulados. A metodologia

consiste, basicamente, em observar a representatividade das despesas com serviços de água e esgotamento

dinâmico na renda média mensal familiar. Desse modo, a Agência construiu um indicador que depende de 4

variáveis: a) renda familiar de referência; b) consumo per capita de referência; c) número de indivíduos por

domicílio; e d) tarifas praticadas.

Para se avaliar a capacidade de pagamento dos usuários, foi feita uma análise a partir dos microdados

obtidos no Censo 2010 do IBGE referentes ao município de Itabira. As classes de salários referentes ao ano

de 2010 foram proporcionalizadas para o ano da revisão a partir do salário mínimo atual. A análise se voltou

especificamente às classes de rendimento nominal mensal domiciliar per capita (em termos de salários

mínimos).

No que diz respeito ao consumo médio de água, a Arsae utilizou como referência o mesmo volume

considerado na Revisão de 2017 para as duas categorias, 10m³. Este volume se aproxima do consumo médio

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das categorias residenciais do prestador e do volume recomendando pela ONU como necessário para

subsistência básica.

Avaliado o consumo médio, realiza-se o faturamento de acordo com as tarifas que serão aplicadas a

partir dos resultados do reajuste. Finalmente, analisa-se a proporção que a fatura ajustada absorve do

orçamento das famílias. É importante ressaltar que o indicador em questão leva em conta o pagamento não

apenas dos serviços de abastecimento de água, mas também o do serviço de esgotamento. Ademais,

destaca-se que, como as tarifas e o número médio de habitantes por domicílio é diferente para famílias que

se enquadram nas categorias Social e Residencial, dois indicadores serão gerados, os quais estão descritos a

seguir.

Cálculo do Indicador de Capacidade de Pagamento para Categoria Social

Para calcular a renda representativa das famílias que se enquadram nessa categoria, optou-se por

calcular a mediana das rendas familiares que auferiam até meio salário mínimo per capita, levando

em consideração a distribuição dos domicílios permanentes em cada uma das classes de rendimento

em 2010. Aplicando o salário mínimo de 2019, a renda per capita encontrada foi de R$332,67.

No cálculo do número representativo de indivíduos por domicílio, foi utilizado seu valor médio até o

percentil 50% referente à amostra observada. A média observada foi de 3,95 habitantes por

domicílio.

Assim, para a Categoria Social, a fórmula para cálculo do Indicador de Capacidade de Pagamento é:

𝐼𝑛𝑑𝑖𝑐𝑎𝑑𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝐶𝑎𝑝𝑎𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑃𝑎𝑔𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 (𝑆𝑜𝑐𝑖𝑎𝑙) = 𝐹𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒 10 𝑚³ 𝑑𝑒 á𝑔𝑢𝑎 𝑒 𝑒𝑠𝑔𝑜𝑡𝑜

𝑅𝑒𝑛𝑑𝑎 𝑑𝑜𝑚𝑖𝑐𝑖𝑙𝑖𝑎𝑟 (𝑚𝑒𝑑𝑖𝑎𝑛𝑎)

Cálculo do Indicador de Capacidade de Pagamento para Categoria Residencial

Após discussões com diversos atores do setor de saneamento sobre como definir o indicador de

Capacidade de Pagamento para a Categoria Residencial, foi definido que um corte de renda

adequado para ser analisado seria o primeiro quartil de renda. Assim, seria analisada a capacidade

de pagamento justamente das famílias que possuem menos renda disponível para arcar com as

despesas de saneamento, mas que não se enquadram na Categoria Social.

Como ressaltado anteriormente, as tarifas da Arsae são diferenciadas para famílias que possuem

direito à Tarifa Social. Assim, para definir o primeiro quartil de renda para famílias que se enquadram

na categoria Residencial, os dados referentes às famílias que possuíam rendimento per capita de até

meio salário mínimo foram retiradas da análise.

Dessa forma, foi identificado que o primeiro quartil de renda das famílias que se encontravam entre

meio salário mínimo e um salário mínimo per capita, precisamente em R$833,62 per capita, levando

em consideração o salário mínimo de 2019. Este valor foi multiplicado por 4,1 – número médio de

indivíduos por domicílio até o primeiro quartil após ½ salário mínimo.

Dessa forma, a fórmula para cálculo do indicador de Capacidade de Pagamento para a Categoria

Residencial é:

𝐼𝑛𝑑𝑖𝑐𝑎𝑑𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝐶𝑎𝑝𝑎𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑃𝑎𝑔𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 (𝑅𝑒𝑠𝑖𝑑𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎𝑙) = 𝐹𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒 10 𝑚³ 𝑑𝑒 á𝑔𝑢𝑎 𝑒 𝑒𝑠𝑔𝑜𝑡𝑜

𝑅𝑒𝑛𝑑𝑎 𝑑𝑜𝑚𝑖𝑐𝑖𝑙𝑖𝑎𝑟 (1º 𝑞𝑢𝑎𝑟𝑡𝑖𝑙)

Como parâmetro de referência, foi selecionado o valor definido pelo Programa das Nações Unidas

para o Desenvolvimento (PNUD), órgão da ONU que objetiva promover o desenvolvimento e eliminar a

pobreza no mundo. De acordo com o Human Development Report (Relatório de Desenvolvimento Humano

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- 2006), o comprometimento da renda domiciliar familiar não deveria ultrapassar mais do que 3% com

serviços de abastecimento de água e tratamento de esgoto.

9 Resultados

9.1 Índice de Reposicionamento Tarifário (IRT)

9.1.1 Receita Base 0

Os gráficos abaixo mostram a evolução do número de economias e de volumes faturados nos meses

deste PR em relação aos mesmos meses do período anterior. No mês de abril de 20198, o Saae de Itabira

atendeu a 42.220 economias de água, faturando um volume de 503.321 m³. Percebe-se aumento no número

de economias de 3,26% em média, sem considerar os meses com dados previstos.

Gráfico 1 – Comparativo do número de economias de água do Saae de Itabira

Fonte: dados do prestador

Com relação ao volume faturado, houve queda de 2,62%, também sem considerar os meses com

previsão. O volume faturado por economia reduziu de 12,67 m³/economia para 11,95 m³/economia,

comparando-se dezembro de 2017 a abril de 2018 e dezembro de 2018 a abril de 2019, uma queda de

aproximadamente 5,69%.

Gráfico 2 – Comparativo de volume faturado de água (em m³) do Saae de Itabira

Fonte: dados do prestador

No Reajuste de 2018, a receita projetada foi de R$ 31.574.235. Essa era a receita resultante da

aplicação das tarifas “base” da revisão de 2017 sobre o mercado (volume faturado e nº de usuários de cada

8 Último mês com dados disponíveis

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32

categoria e faixa de consumo) previsto. Porém, como o mercado observado foi menor que o esperado, a

receita base observada, que é a RT0 base desta revisão, foi 2,30% menor: R$30.846.612.

9.1.2 Receita Base 1

9.1.2.1 Restos a pagar não processados

Ao observar o histórico da execução de despesas do Saae de Itabira, entre os anos de 2013 a 2018,

constata-se que os empenhos inscritos como RPNP e que foram posteriormente liquidados e pagos

representam em média 90,38% do saldo inscrito, conforme pode ser observado na Tabela 1. Isso significa

que apenas um pequeno percentual do RPNP é cancelado, ou seja, não se torna efetivamente uma despesa.

Os RPNP inscritos em 2018, com previsão de execução em 2019, totalizam aproximadamente R$ 3,31

milhões. Sua composição apresenta concentração em despesas relacionadas a custos de capital, sendo que

investimentos representavam, até maio de 2019, mais de 63% dos valores liquidados. Em segundo lugar,

tem-se os custos operacionais totalizando quase 35% dos valores liquidados.

Tabela 3- Histórico RPNP (2012 - 2018)

Fonte: cálculos da Arsae a partir dos dados do prestador

Obs: *RPNP liquidados em 2019, até o mês de maio, menos os custos não considerados (itens glosados)

Dessa forma, é necessário considerar os valores referentes à realização de RPNP na definição das

tarifas. Caso contrário, o prestador utilizará os recursos destinados para investimentos ou custeio para

cumprir esses compromissos financeiros.

Tomou-se como base para a consideração dos valores no cálculo da Revisão Tarifária os valores de

RPNP realizados nos meses do PR0, com previsão para os meses ainda não disponíveis. Os valores foram

somados às despesas do demonstrativo de despesas conforme classificação regulatória das contas

contábeis, e tiveram o mesmo tratamento, de modo que não foram considerados na composição dos custos

os RPNP realizados referentes a atividades que não estão contempladas no escopo desta Revisão ou cujo

cálculo do valor de referência não foi feito a partir de informações contábeis. Com isso, o montante de RPNP

considerado na construção da tarifa alcançou a quantia de R$ 844.656.

9.1.2.2 Composição da Receita Tarifária de Referência Base

Para calcular a RT1 base para a revisão de 2019, reconstruiu-se o patamar tarifário do prestador a

partir da construção de uma Receita Tarifária de Referência Base calculada a partir da nova classificação

regulatória. A Tabela 4 mostra a distribuição da Receita de Referência (A) entre os grupos e subgrupos

definidos na revisão tarifária.

Período

Saldo inscrito

RPNP

Saldo

Cancelado

Liquidação

2013

Liquidação

2014

Liquidação

2015

Liquidação

2016

Liquidação

2017

Liquidação

2018

Liquidação

2019*

% RPNP

Liquidados

2012 676.473 - 659.780 - - - - - - 97,53%

2013 500.678 16.693 - 492.872 - - - - - 98,44%

2014 2.501.346 7.807 - - 2.087.159 - - - - 83,44%

2015 1.573.461 414.187 - - - 1.426.661 - - - 90,67%

2016 751.534 146.800 - - - - 658.430 - - 87,61%

2017 1.040.193 93.105 - - - - - 954.035 - 91,72%

2018 3.395.369 86.159 - - - - - - 2.309.006

Total 10.439.055 585.486 659.780 492.872 2.087.159 1.426.661 658.430 954.035 2.309.006 -

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33

Tabela 4– Composição da Receita de Referência Base

Fonte: cálculos da Arsae a partir de informações do prestador

9.1.2.3 Índices Inflacionários

Conforme apresentado na tabela 10, a inflação média projetada para o próximo período foi de 5,14%.

Para o cálculo do IEE, considera-se o resultado do reajuste tarifário da Cemig que passou a vigorar

em junho/2019, e a previsão das bandeiras tarifárias que vigorarão até novembro de 2020. Os seis últimos

meses do PR1 (junho a novembro de 2020) sofrerão efeito também do reajuste tarifário da Cemig de 2020,

Aluguel 0,4% 107.879R$

Combustíveis e Lubrificantes 1,3% 391.906R$

Energia Elétrica 18,2% 5.559.990R$

Material de Tratamento 1,8% 546.621R$

Outros Materiais 1,3% 391.398R$

Pessoal 43,8% 13.384.591R$

Serviços de Terceiros 2,5% 755.802R$

Telecomunicação 0,2% 46.725R$

Outros Custos Operacionais 2,2% 664.283R$

Subtotal 21.849.195R$

Treinamento 0,2% 54.110R$

Manutenção 8,9% 2.714.819R$

Subtotal 2.768.929R$

Total de Custos Operacionais 80,48% 24.618.125R$

PIS/Pasep 1,1% 328.162R$

TFAS 1,1% 343.815R$

Proteção de Mananciais 0,4% 133.269R$

Recursos Hídricos e Outros Tributos 1,0% 293.899R$

Total de Tributos e Outras Obrigações 3,59% 1.099.146R$

Amortização e Encargos de Empréstimos 0,00% -R$

Investimentos 17,08% 5.225.341R$

Componentes Financeiros 0,00% -R$

Total de Custos de Capital 17,08% 5.225.341R$

Perdas 2,00% 611.792R$

Total de Destinações Específicas 2,00% 611.792R$

RI (5) Receitas Irrecuperáveis 0,38% 114.883R$

RR Receita Requerida = (1) + (2) + (3) + (4) + (5) 103,53% 31.669.287R$

OR Outras Receitas 3,53% 1.079.676R$

RT base Receita Tarifária base = RR - OR 100,00% 30.589.611R$

Grupo Subgrupo (classificação regulatória) (A) Valores de referência

para a revisão 2019

Custos

Operacionais

(1)

Cu

sto

s im

pac

tad

os

pel

o F

ato

r d

e

Destinações

Específicas

(4)

Tributos e

Outras

Obrigações

(2)

Custos de

Capital

(3)

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34

para o qual considerou-se um índice estimado de 4,76%9. Como os preços de energia elétrica são

considerados não administráveis, as diferenças entre tarifas previstas e incorridas ao longo do PR1 serão

compensadas no reajuste tarifário subsequente.

Para cálculo do faturamento, os valores mensais faturados são obtidos multiplicando-se a tarifa de

energia elétrica pelo valor consumido pelo prestador naquele mês, aplicando também o desconto tarifário

subsidiado pela Conta de Desenvolvimento Energético (CDE)10. Entretanto, devido ao Decreto nº 9.642, de

27/12/2018, ficou homologada a seguinte alteração no Art. 1º, §4º do Decreto nº 7.891, de 23/01/2013:

§ 4º A partir de 1º de janeiro de 2019, nos respectivos reajustes ou

procedimentos ordinários de revisão tarifária, os descontos de que trata o §

2º serão reduzidos à razão de vinte por cento ao ano sobre o valor inicial, até

que a alíquota seja zero." (Grifo nosso)

Ou seja, o desconto referente à CDE será reduzido em 20% ao ano até que alíquota seja zero. Sendo

assim, a partir de junho/201911, a alíquota de desconto que recai sobre os serviços de saneamento passa de

15% para 12%. Para o PR1, parte-se do pressuposto que o Reajuste da Cemig de 2020 vai ocorrer no mesmo

período do anterior, de tal forma que a nova alíquota de desconto passará a vigorar em junho/2020,

passando de 12% para 9,60%.

Levando em consideração esses cálculos, o impacto isolado dos ajustes tarifários da Cemig (sem

considerar bandeiras) é de 9,23%.

Em relação às bandeiras, as cores são divulgadas mensalmente e, até maio de 2019, os valores

adotados eram:

Verde: condições favoráveis de geração de energia, não acrescenta valor à tarifa;

Amarela: condições menos favoráveis, acréscimo de R$ 0,010/kWh;

Vermelha: - Patamar 1: condições críticas, acréscimo de R$ 0,030/kWh;

- Patamar 2: condições mais críticas, acréscimo de R$ 0,050/kWh.

A partir do dia 21 de maio de 2019, a ANEEL atualizou a metodologia de acionamento das bandeiras

tarifárias através da Resolução Homologatória nº 2551. Tal resolução entrou em vigor a partir de 1º de junho

de 2019 alterando os valores definidos para as bandeiras tarifárias que passam a vigorar da seguinte forma:

Verde: condições favoráveis de geração de energia, continua a não acrescentar valor à tarifa;

Amarela: condições menos favoráveis, acréscimo de R$ 0,015/kWh;

Vermelha: - Patamar 1: condições críticas, acréscimo de R$ 0,040/kWh;

- Patamar 2: condições mais críticas, acréscimo de R$ 0,060/kWh.

A Arsae considera bandeiras amarelas para todos os meses com informação ainda não disponível,

conforme tabela a seguir. De forma isolada (sem considerar os ajustes tarifários da Cemig), a variação do

custo incorrido com as bandeiras para o projetado para o próximo PR é de 59,66%12.

9 IGP-M acumulado de jun/19 a mai/20, de acordo com previsões do Bacen. O IGP-M é o índice de correção inflacionária utilizado como referência pela Aneel. 10 Apenas se o gasto em questão for referente ao consumo de energia na realização de serviços de saneamento. Caso o gasto tenha ocorrido em local administrativo, o desconto não é aplicado. 11 Quando o Reajuste da Cemig de 2019 passou a vigorar segundo a Resolução 2.550, de 21 de maio de 2019 da Aneel. 12 Se observássemos o impacto da mudança das bandeiras sobre o total de tarifas + bandeiras do período anterior, o resultado seria 1,35% (impacto da variação de bandeiras no faturamento total, mantidas as mesmas tarifas).

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Tabela 5– Bandeiras tarifárias observadas e previstas

Fonte: informações da Aneel. As bandeiras referentes aos valores em vermelho foram previstas pela Arsae.

Conforme apresentado na tabela abaixo, o IEE resultante foi 10,37% (impacto conjunto da variação

de tarifas e bandeiras).

Tabela 6 -Cálculo do índice de reajuste de energia elétrica – IEE

Fonte: faturas simuladas pela Arsae. Nesse cálculo, não são considerados os tributos (Pasep e ICMS).

Nota: o impacto da variação mensal do PIS/Pasep é considerado posteriormente na compensação de itens não administráveis.

9.1.2.4 Componentes Financeiros

O primeiro item que merece destaque é a Compensação dos Gastos com Energia Elétrica da ETA

Gatos. A Arsae inseriu, na Revisão de 2017, recursos anuais da ordem de R$697 mil para custear os aumentos

de gastos do prestador com energia elétrica decorrentes da ampliação da ETA Gatos. No reajuste de 2018, a

Arsae realizou compensação financeira no valor de R$ 429.061 aos usuários referente a 4,4 meses em que

estava prevista uma operação que não aconteceu (o início da operação estava previsto para julho/18). Nesta

Revisão, a Arsae está compensando o restante do valor (acrescentada a variação do mercado, a correção

pela Selic e o acréscimo de 18 dias, decorrente do adiamento da Revisão), visto que a obra ainda não entrou

em operação. Por essa razão, está sendo retornado à modicidade tarifária o montante de R$1.105.873.

Com relação à Recomposição Asfáltica, foi alocado, no reajuste de 2018, o percentual de 3,52% da

receita do prestador para suas ações, totalizando R$1.017.125. Conforme mencionado no item 3.1.1, o

prestador executou ações de duas maneiras distintas: diretamente, por meio da Empresa de

Desenvolvimento de Itabira Ltda (Itaurb) e via Convênio com a Prefeitura, em que o Saae transfere recursos

Mês Bandeira Valor Mês Bandeira Valor

dez/18 Verde R$ 0,000 dez/19 Amarela R$ 0,015

jan/19 Verde R$ 0,000 jan/20 Amarela R$ 0,015

fev/19 Verde R$ 0,000 fev/20 Amarela R$ 0,015

mar/19 Verde R$ 0,000 mar/20 Amarela R$ 0,015

abr/19 Verde R$ 0,000 abr/20 Amarela R$ 0,015

mai/19 Amarela R$ 0,010 mai/20 Amarela R$ 0,015

jun/19 Verde R$ 0,000 jun/20 Amarela R$ 0,015

jul/19 Amarela R$ 0,015 jul/20 Amarela R$ 0,015

ago/19 Vermelha 1 R$ 0,040 ago/20 Amarela R$ 0,015

set/19 Amarela R$ 0,015 set/20 Amarela R$ 0,015

out/19 Amarela R$ 0,015 out/20 Amarela R$ 0,015

nov/19 Amarela R$ 0,015 nov/20 Amarela R$ 0,015

Sem bandeiras Com bandeiras Sem bandeiras Com bandeiras

dez/18 297.335R$ 297.335R$ dez/19 331.634R$ 343.858R$ 11,54% 15,65%

jan/19 262.032R$ 262.032R$ jan/20 290.520R$ 300.303R$ 10,87% 14,61%

fev/19 326.833R$ 326.833R$ fev/20 363.786R$ 376.526R$ 11,31% 15,20%

mar/19 296.984R$ 296.984R$ mar/20 330.429R$ 342.066R$ 11,26% 15,18%

abr/19 345.858R$ 345.858R$ abr/20 385.307R$ 398.969R$ 11,41% 15,36%

mai/19 339.725R$ 348.582R$ mai/20 378.020R$ 391.306R$ 11,27% 12,26%

jun/19 398.619R$ 398.619R$ jun/20 428.664R$ 442.352R$ 7,54% 10,97%

jul/19 357.780R$ 370.246R$ jul/20 384.686R$ 397.152R$ 7,52% 7,27%

ago/19 368.990R$ 403.426R$ ago/20 396.746R$ 409.659R$ 7,52% 1,55%

set/19 369.857R$ 382.800R$ set/20 397.685R$ 410.627R$ 7,52% 7,27%

out/19 376.429R$ 389.589R$ out/20 404.758R$ 417.918R$ 7,53% 7,27%

nov/19 374.949R$ 388.025R$ nov/20 403.165R$ 416.241R$ 7,53% 7,27%

Total 4.115.391R$ 4.210.328R$ Total 4.495.399R$ 4.646.977R$ 9,23% 10,37%

IEE sem

bandeiras

IEE total

(com

bandeiras)

Faturamento 0, com tarifas e bandeiras

observadas no período dez/18-nov/19

Faturamento 1, com tarifas e bandeiras previstas para o

período dez/19-nov/20

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para a prefeitura, que executa as despesas. Na Resolução 111/2017, a Arsae estabeleceu a necessidade de

segregação contábil específica para as despesas relacionadas à Recomposição Asfáltica, determinação que

não vem sendo cumprida a rigor pelo prestador. No que tange aos valores despendidos diretamente pelo

Saae, embora tenha apresentado à Arsae notas fiscais comprovando os gastos, a agência não os considerou

na compensação financeira, visto que o prestador vem lançando os dispêndios em rubricas diversas, não

havendo, no período analisado, registro contábil em rubricas específicas referentes ao serviço. Com relação

aos gastos realizados através do convênio, há uma particularidade não prevista na resolução que motivou

flexibilização da norma estabelecida, e consequente consideração dos valores despendidos. Embora o Saae,

em tese, tenha descumprido a resolução em sua letra fria, os valores foram apresentados em seu Balanço

Financeiro e comprovados por notas fiscais e comprovantes de transferência à prefeitura. Nesse caso

específico, por se tratar de uma transferência à prefeitura, não se trata exatamente de uma despesa do Saae

(mas sim da prefeitura), de forma que os valores, por natureza, não transitam pelo Balancete Analítico de

Despesa Orçamentária. Foi alegado pelo Saae que, a pedido da própria prefeitura, o prestador não fizesse os

lançamentos contábeis como despesas, pois no momento da consolidação contábil entre Saae e Prefeitura,

haveria duplicidade dos valores. A compensação financeira referente à Recomposição Asfáltica visa retornar

à modicidade tarifária o montante incorporado na tarifa pela agência e não gasto pelo prestador. Por ter

comprovado a realização de transferências à prefeitura superiores ao inserido pela Arsae na tarifa, não houve

compensação referente ao item.

Também merece destaque o item referente aos Custos Regulatórios, que são aqueles custos

incorridos pelo prestador em decorrência de ações da agência reguladora ou nova legislação, sem

correspondente recurso na tarifa. O Saae de Itabira, através do Ofício Saae-IRA 0104/2019, requisitou a

consideração tarifária de alguns custos incorridos. Segundo o prestador, atualmente o único custo

regulatório seria referente à operação do Call-Center, iniciando, a partir de julho/2019 despesas também

com Ouvidoria. Além disso, a partir de 2020, o prestador pretende pleitear um custo de R$130 mil para

Publicidade Legal. Das despesas mencionadas, os custos com a operação do Call-center já fazem parte dos

gastos operacionais considerados no cálculo da receita tarifária base e, por isso, não cabe aqui uma

compensação financeira quanto a esses gastos. Em relação às despesas com a operação da Ouvidoria e com

Publicidade Legal, uma vez que esses gastos tenham sido de fato realizados pelo prestador, a Arsae realizará

uma conferência da validade dessas despesas e, mediante comprovação por notas fiscais, esses valores serão

ressarcidos ao prestador através de uma compensação financeira. Sendo assim, para o período de referência,

não foram considerados valores de custos regulatórios.

Com relação ao Saneamento Rural, ressalta-se que, no reajuste de 2018, a Arsae não calculou

compensação referente aos custos despendidos pelo prestador, de modo que o cálculo realizado nesta

revisão abrangeu dispêndios a partir de novembro de 2017. De um total de mais de R$1 milhão auferidos, o

prestador informou em sua contabilidade gastos de aproximadamente R$21 mil, gerando uma compensação

negativa de R$1.087.780. Salienta-se também que até abril de 2019 o prestador informou apenas 176

economias faturadas como rurais partir dos recursos inseridos na tarifa. De acordo com informações

fornecidas à Arsae na época da Revisão de 2017, ao final de 30 meses, mais de 1500 economias seriam

atendidas, demonstrando que o Saae está muito distante da meta informada. A Arsae também calculou

compensação referente à receita auferida pelo prestador com saneamento rural, visto que, no reajuste de

2018, o mercado projetado pela agência não contemplou economias rurais. Nesta revisão, as economias

rurais estão sendo incluídas no mercado projetado, de forma que no próximo reajuste não haja mais

compensação pela receita auferida, já que os custos inseridos na tarifa correspondem também apenas

àqueles incorridos pelo Saae.

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Cabe destaque também com relação ao último item da tabela, Compensação por correção na tabela

tarifária de 2018. No reajuste de 2018, a Arsae aplicou aos usuários tarifas menores do que aquelas que

deveriam ter sido aplicadas. Por conta disso, nessa Revisão foi calculada uma compensação ao Saae no

montante que o prestador deixou de auferir em decorrência da aplicação errônea. Após correção pela Selic,

o valor somou R$ 432.230.

A metodologia adotada pela agência parte do entendimento de que a Receita Tarifária Base, assim

como as tarifas resultantes dela, não seria influenciada pelos Componentes Financeiros. Entretanto, na

Revisão Tarifária de 2019 resolveu-se, por terem totalizado valor expressivo, incorporar na Receita Base os

componentes financeiros referentes a 2018. Em termos práticos, os valores foram somados na etapa de

cálculo de “Adições”.

Essa alteração implica uma distribuição uniforme dos CF ao longo do ciclo. Dado que o ciclo tarifário

é de dois anos, o montante dos componentes será incluído na RT Base pela metade. Dessa forma, o

pagamento do Saae dos componentes financeiros será considerado nas tarifas base de 2019 e 2020

(R$706.932 em cada ano).

A tabela a seguir sintetiza os resultados dos Componentes Financeiros a serem compensados nos

próximos vinte e quatro meses, que totalizaram -R$ 1.413.865.

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Tabela 7 - Componentes Financeiros

Fonte: Informações do prestador e cálculos da Arsae.

A redução da Receita Tarifária Base devido à contabilização dos componentes financeiros faz com

que variem também os valores de alguns itens que são calculados em percentual da receita: Pasep, receitas

irrecuperáveis e destinação específica para perdas. Esses impactos totalizaram -R$13.293. Assim o impacto

total dos Componentes Financeiros na RT Base foi uma diminuição de -R$706.932, conforme discriminado

na tabela abaixo:

Tabela 8 - Impacto total dos Componentes Financeiros na Receita Base, com efeitos circulares

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Fonte: Informações do prestador e cálculos da Arsae.

9.1.2.5 Adições

Segundo o Saae, com o Concurso 01/2019 o Saae espera admitir 38 novos funcionários que

totalizarão um gasto com vencimento mensal de R$ 24.029,15. Para os PR0 (2019/20) e PR1 (2020/21), o valor

com vencimentos, férias, 13º, encargos sociais, etc será igual a R$1.016.428,65. Nesse mesmo período, o

Saae espera que 28 funcionários se aposentem. Com as aposentadorias estima-se que o Saae vai economizar

R$1.106.434 no PR0 e outros R$304.982 no PR1. Sendo assim, ao ano espera-se em média que o prestador vá

gastar R$310.720,62 a mais com a entrada do novo pessoal. Atualizando esse valor pela Selic acumulada no

período de referência tem-se uma adição de R$328.321,25 aos gastos com Pessoal.

Tabela 9 – Previsão de gastos com concurso versus economia com aposentadorias

Fonte: cálculos da Arsae a partir dos dados do prestador

9.1.2.6 Composição da Receita Base para o próximo PR

Em seguida, para reajustar os valores, é adotado o índice considerado apropriado para cada item,

conforme apresentado na tabela 10. O Anexo II traz a justificativa da adoção de cada índice específico em

substituição ao IGP-M, conforme exige a Lei Estadual 18.309/2007, no § 7º do artigo 8º.

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40

Tabela 10– Composição da Receita Base para o próximo PR

Fonte: informações do prestador, cálculos da Arsae, Aneel, IBGE/Sidra, FGV/Ibre e Banco Central do Brasil.

Notas:

(2) O Fator de Produtividade (FP) de -1,90% é aplicado apenas sobre custos operacionais. No entanto, por impactar a receita total, também são percebidos efeitos em todos os itens cujo cálculo é dado pela aplicação de um percentual sobre a receita: Pasep, Programa de Controle de Perdas e Inadimplência.

(3) Os valores apresentados para cada item de custo se referem ao total faturado com Receita Tarifária + Outras Receitas, sendo estas 3,45% da receita requerida. Por exemplo, do total de R$ 25,76 milhões para Custos Operacionais, espera-se que sejam auferidos R$ 24,87 milhões via receita tarifária e R$887,75 mil via outras receitas.

9.1.3 IRT

O Índice de Reposicionamento Tarifário (IRT) corresponde à variação entre a Receita Tarifária Base

no período anterior (RT0 base) e no próximo período (RT1 base). Assim, as tarifas base vigentes sofrerão um

aumento de 1,52%.

Tabela 11 - Cálculo do Índice de Reposicionamento Tarifário

Fonte: Informações do prestador e cálculos da Arsae.

Valores atualizados

para preços de

dez/19-nov/20

FP Valores

Aluguel 0,4% 107.879R$ IGP-M 5,1% 113.389R$ -1,90% 111.231R$ 111.231R$ 0,36%

Combustíveis e Lubrificantes 1,3% 391.906R$ IPCA BH Comb -4,5% 374.179R$ -1,90% 367.058R$ 367.058R$ 1,17%

Energia Elétrica 18,2% 5.559.990R$ IEE 10,4% 6.136.611R$ -1,90% 6.019.831R$ 6.019.831R$ 19,22%

Material de Tratamento 1,8% 546.621R$ IGP-M 5,1% 574.536R$ -1,90% 563.603R$ 563.603R$ 1,80%

Outros Materiais 1,3% 391.398R$ IGP-M 5,1% 411.386R$ -1,90% 403.558R$ 403.558R$ 1,29%

Pessoal 43,8% 13.384.591R$ INPC 3,6% 13.867.157R$ -1,90% 13.603.266R$ 328.321R$ 13.931.587R$ 44,49%

Serviços de Terceiros 2,5% 755.802R$ IPCA 3,5% 782.353R$ -1,90% 767.465R$ 767.465R$ 2,45%

Telecomunicação 0,2% 46.725R$ IPCA BH Tel 0,7% 47.070R$ -1,90% 46.174R$ 46.174R$ 0,15%

Outros Custos Operacionais 2,2% 664.283R$ IPCA 3,5% 687.619R$ -1,90% 674.533R$ 674.533R$ 2,15%

Subtotal 21.849.195R$ 22.994.300R$ -1,90% 22.556.719R$ 22.885.040R$ 73,08%

Treinamento 0,2% 54.110R$ IPCA 3,5% 56.011R$ 0,00% 56.011R$ 56.011R$ 0,18%

Manutenção 8,9% 2.714.819R$ INCC-DI MS 3,9% 2.821.402R$ 0,00% 2.821.402R$ 2.821.402R$ 9,01%

Subtotal 2.768.929R$ 2.877.413R$ -1,90% 2.877.413R$ 2.877.413R$ 9,19%

Total de Custos Operacionais 80,48% 24.618.125R$ Impacto Inflação 5,09% 25.871.713R$ -1,69% 25.434.132R$ 328.321R$ 25.762.454R$ 82,27%

PIS/Pasep 1,1% 328.162R$ Variação da

Receita 5,1% 345.015R$ -1,41% 340.153R$ 335.946R$ 1,07%

TFAS 1,1% 343.815R$ Variação TFAS 8,2% 372.158R$ 0,00% 372.158R$ 372.158R$ 1,19%

Proteção de Mananciais 0,4% 133.269R$ Variação da

Receita Op. 12,5% 149.914R$ 0,00% 149.914R$ 149.914R$ 0,48%

Recursos Hídricos e Outros Tributos 1,0% 293.899R$ IPCA 3,5% 304.224R$ 0,00% 304.224R$ 304.224R$ 0,97%

Total de Tributos e Outras Obrigações 3,59% 1.099.146R$ Impacto Inflação 6,57% 1.171.311R$ -0,42% 1.166.449R$ 1.162.242R$ 3,71%

Amortização e Encargos de Empréstimos 0,00% -R$ -R$ 0,00% -R$ -R$ 0,00%

Investimentos 17,08% 5.225.341R$ INCC 4,7% 5.471.090R$ 0,00% 5.471.090R$ 5.471.090R$ 17,47%

Componentes Financeiros 0,00% -R$ -R$ 0,00% -R$ 706.932-R$ 706.932-R$ -2,26%

Total de Custos de Capital 17,08% 5.225.341R$ Impacto Inflação 4,70% 5.471.090R$ 0,00% 5.471.090R$ 4.764.158R$ 15,21%

Perdas 2,00% 611.792R$ Variação da

Receita 5,1% 643.210R$ -1,41% 634.146R$ 626.303R$ 2,00%

Total de Destinações Específicas 2,00% 611.792R$ Impacto Inflação 5,14% 643.210R$ -1,41% 634.146R$ 626.303R$ 2,00%

Receitas Irrecuperáveis 0,38% 114.883R$ Variação da

Receita 5,1% 120.782R$ -1,41% 119.080R$ 117.608R$ 0,38%

Receita Requerida = (1) + (2) + (3) + (4) + (5) 103,53% 31.669.287R$ Impacto Inflação 5,08% 33.278.106R$ -1,36% 32.824.897R$ 32.432.764R$ 103,57%

Outras Receitas 3,53% 1.079.676R$ IPCA 3,5% 1.117.605R$ 0,00% 1.117.605R$ 1.117.605R$ 3,57%

Receita Tarifária base = RR - OR 100,00% 30.589.611R$ Total Inflação 5,14% 32.160.501R$ -1,41% 31.707.292R$ 31.315.159R$ 100,00%

Subgrupo (classificação regulatória) (A) Valores de referência

para a revisão 2019

(C) Aplicação do Fator X (Apenas

FP)

Índices adotados p/

correção monetária e

impactos

Peso de

cada

item na

RT base

Adições(D) Valores com

Adições (RT1 Base)

(B) Projeção da inflação para o próximo período

Receitas Tarifárias Valor

RT0 base 30.846.612,50R$

RT1 base 31.315.158,89R$

IRT = Δ% receitas base 1,52%

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Pode-se desagregar esse resultado em quatro aspectos: (i) reconstrução da receita tarifária base

necessária, (ii) correção inflacionária, (iii) incentivos tarifários - fator X, e (iv) adições, conforme apresentado

na tabela abaixo:

Tabela 12 - Impactos sobre a Receita Tarifária base (desagregação do IRT)

Fonte: Informações do prestador e cálculos da Arsae.

O IRT ficou abaixo dos principais índices de inflação geral ou ao consumidor para o mesmo período,

como o IPCA (3,51%), INPC (3,61%), IGP-M (5,11%) e INCC (4,70%) principalmente devido à correção da

defasagem da receita tarifária em relação aos custos operacionais do prestador e ao valor das adições.

9.2 Efeito Tarifário Médio (ETM)

9.2.1 Receita Aplicação 0

A RT0 aplicação é calculada pelo faturamento do mercado de referência com as tarifas do Quadro

Tarifário de Aplicação vigente, ou seja, as do Reajuste de 2018.

9.2.2 Receita Aplicação 1

A RT1 aplicação nesta Revisão Tarifária se igualou à RT1 Base, devido à inserção dos Componentes

financeiros dentro da base tarifária. Sendo assim, as tarifas de aplicação vigentes sofrerão um aumento de

1,50%, conforme apresentado na tabela abaixo:

Tabela 13 – Cálculo do Efeito Tarifário Médio

Fonte: Informações do prestador e cálculos da Arsae.

Aspectos Variação em R$ Impacto individual Impacto acumulado

Construção Patamar Tarifário 1.313.889R$ 4,26% 4,26%

Reconstrução da Receita Tarifária base necessária 257.002-R$ -0,83% -0,83%

Inflação projetada para o próximo período 1.570.891R$ 5,09% 5,14%

Fator X 453.209-R$ -1,47% -1,41%

Fator de Produtividade 453.209-R$ -1,47% -1,41%

Fator de incentivo redução de Perdas -R$ 0,00% 0,00%

Fator de Qualidade -R$ 0,00% 0,00%

Adições 392.133-R$ -1,27% -1,24%

Total 468.546R$ 1,52% 1,52%

Receitas Tarifárias Valor

RT0 aplicação 30.853.048,81R$

RT1 aplicação 31.315.158,89R$

ETM = Δ% receitas de aplicação 1,50%

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9.3 Tarifas Base

As Tarifas Base serão adotadas como referência no próximo ajuste tarifário.

Tabela Tarifária I – Tarifas Base (não aplicáveis aos usuários)

Fonte: Informações do prestador e cálculos da Arsae.

Água Esgoto EE Unidade

Fixa 7,79 4,67 2,34 R$/mês

0 a 5 m³ 0,54 0,33 0,16 R$/m³

> 5 a 10 m³ 0,801 0,481 0,240 R$/m³

> 10 a 15 m³ 1,219 0,731 0,366 R$/m³

> 15 a 20 m³ 1,548 0,929 0,464 R$/m³

> 20 a 40 m³ 2,213 1,328 0,664 R$/m³

> 40 m³ 3,778 2,267 1,133 R$/m³

Fixa 15,58 9,34 4,67 R$/mês

0 a 5 m³ 1,07 0,65 0,32 R$/m³

> 5 a 10 m³ 1,602 0,962 0,481 R$/m³

> 10 a 15 m³ 2,437 1,462 0,731 R$/m³

> 15 a 20 m³ 3,095 1,858 0,929 R$/m³

> 20 a 40 m³ 4,425 2,656 1,328 R$/m³

> 40 m³ 7,555 4,533 2,267 R$/m³

Fixa 19,78 11,86 5,93 R$/mês

0 a 5 m³ 2,31 1,39 0,69 R$/m³

> 5 a 10 m³ 2,708 1,626 0,812 R$/m³

> 10 a 20 m³ 3,201 1,921 0,960 R$/m³

> 20 a 40 m³ 3,644 2,186 1,093 R$/m³

> 40 a 200 m³ 4,808 2,885 1,442 R$/m³

> 200 m³ 5,876 3,526 1,763 R$/m³

Fixa 21,46 12,88 6,44 R$/mês

0 a 5 m³ 2,68 1,61 0,80 R$/m³

> 5 a 10 m³ 3,072 1,844 0,922 R$/m³

> 10 a 20 m³ 3,472 2,083 1,042 R$/m³

> 20 a 40 m³ 4,005 2,403 1,202 R$/m³

> 40 a 200 m³ 4,808 2,885 1,442 R$/m³

> 200 m³ 5,876 3,526 1,763 R$/m³

Fixa 16,21 9,71 4,86 R$/mês

0 a 5 m³ 1,87 1,12 0,56 R$/m³

> 5 a 10 m³ 2,308 1,384 0,692 R$/m³

> 10 a 20 m³ 2,662 1,597 0,799 R$/m³

> 20 a 40 m³ 3,739 2,245 1,122 R$/m³

> 40 a 200 m³ 4,273 2,563 1,282 R$/m³

> 200 m³ 4,808 2,885 1,442 R$/m³

Comercial

Industrial

Pública

Residencial

Categorias FaixasTarifas

Residencial

Tarifa Social

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9.4 Tarifas de Aplicação

A próxima tabela apresenta as tarifas que serão aplicadas aos usuários.

Tabela Tarifária II – Tarifas de Aplicação

Fonte: Informações do prestador e cálculos da Arsae.

Água Esgoto EE Unidade

Fixa 7,80 4,67 2,34 R$/mês

0 a 5 m³ 0,54 0,33 0,16 R$/m³

> 5 a 10 m³ 0,810 0,486 0,243 R$/m³

> 10 a 15 m³ 1,226 0,735 0,368 R$/m³

> 15 a 20 m³ 1,547 0,929 0,464 R$/m³

> 20 a 40 m³ 2,202 1,321 0,661 R$/m³

> 40 m³ 3,764 2,259 1,129 R$/m³

Fixa 15,58 9,33 4,67 R$/mês

0 a 5 m³ 1,07 0,65 0,32 R$/m³

> 5 a 10 m³ 1,602 0,962 0,481 R$/m³

> 10 a 15 m³ 2,437 1,462 0,731 R$/m³

> 15 a 20 m³ 3,096 1,859 0,929 R$/m³

> 20 a 40 m³ 4,426 2,656 1,328 R$/m³

> 40 m³ 7,556 4,534 2,267 R$/m³

Fixa 19,79 11,86 5,94 R$/mês

0 a 5 m³ 2,31 1,39 0,69 R$/m³

> 5 a 10 m³ 2,709 1,625 0,813 R$/m³

> 10 a 20 m³ 3,201 1,922 0,960 R$/m³

> 20 a 40 m³ 3,645 2,187 1,094 R$/m³

> 40 a 200 m³ 4,809 2,886 1,443 R$/m³

> 200 m³ 5,877 3,527 1,763 R$/m³

Fixa 21,47 12,88 6,44 R$/mês

0 a 5 m³ 2,68 1,61 0,80 R$/m³

> 5 a 10 m³ 3,074 1,847 0,922 R$/m³

> 10 a 20 m³ 3,472 2,084 1,042 R$/m³

> 20 a 40 m³ 4,006 2,404 1,202 R$/m³

> 40 a 200 m³ 4,809 2,886 1,443 R$/m³

> 200 m³ 5,877 3,527 1,763 R$/m³

Fixa 16,21 9,71 4,86 R$/mês

0 a 5 m³ 1,87 1,12 0,56 R$/m³

> 5 a 10 m³ 2,308 1,384 0,692 R$/m³

> 10 a 20 m³ 2,662 1,597 0,799 R$/m³

> 20 a 40 m³ 3,740 2,245 1,122 R$/m³

> 40 a 200 m³ 4,274 2,564 1,282 R$/m³

> 200 m³ 4,809 2,886 1,443 R$/m³

Tarifas

Comercial

Industrial

Pública

Residencial

Categorias Faixas

Residencial

Tarifa Social

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9.5 Impactos Tarifários

As tabelas a seguir apresentam os impactos tarifários (em R$ e em termos percentuais) a serem

sentidos pelos usuários de acordo com o nível de consumo (em m³) e a classificação em categorias. Os

impactos consideram a mudança de estrutura tarifária, a aplicação dos índices inflacionários, as adições e

componentes financeiros.

Conforme se pode perceber, os impactos tarifários variam entre as categorias e faixas de consumo.

De maneira geral, usuários residenciais com maior consumo sentirão menores reduções nas tarifas, e aqueles

com menor consumo maiores reduções, por conta da trajetória de progressividade determinada pela agência

na Revisão de 2017. Para as categorias não residenciais, os impactos são diferentes daqueles sentidos pelas

residenciais, visto que a trajetória colocada para essas categorias envolve redução da progressividade, de

forma a não onerar excessivamente usuários que consomem grandes volumes em decorrência de sua escala.

Tabela 14 – Impactos Tarifários por Nível de Consumo (Categorias Residencial e Residencial Social)

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Tabela 15 – Impactos Tarifários por Nível de Consumo (Categorias Residencial e Residencial Social)

9.6 Capacidade de Pagamento

Conforme explicado na seção 8.2, os indicadores de capacidade de pagamento são calculados através

da relação entre as faturas referentes aos consumos de 10m³ das categorias Social e Residencial, e as

respectivas rendas per capita, utilizando como base a mediana das rendas para a primeira e o primeiro quartil

de renda para a segunda.

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Após as adequações nas tarifas e a aplicação do Efeito Tarifário Médio, os indicadores de capacidade

de pagamento resultaram em 1,36% para a categoria Residencial e 1,77% para a categoria Social, ambos,

portanto, de acordo com o princípio da capacidade de pagamento dos usuários.

10 Considerações

Durante todo o ciclo tarifário, o prestador demonstrou grande dificuldade em disponibilizar

informações confiáveis à agência reguladora. Por diversas vezes, valores de despesa que deveriam, por

determinação da agência, ser lançados em rubricas específicas, foram lançados em outros centros de custo,

o que dificultou os trabalhos de acompanhamento e avaliação tanto da Gerência de Regulação Tarifária

quanto da Gerência de Ativos Regulatórios.

Sendo assim, para garantir que a agência possa acompanhar e avaliar os gastos do prestador no

próximo ciclo tarifário, fica determinado que, para fins de compensação tarifária e construção de um novo

patamar tarifário na revisão de 2021, serão considerados apenas os gastos que tenham sido contabilizados

em seus centros de custo específicos do balancete analítico de despesas. Na tabela abaixo, foram listados

os grupos de despesa com seus respectivos centros de custo:

Quadro 16 – Centros de Custos específicos aceitos

Tipo de Despesa

Código Centro de Custos

Perdas 0319.1751200382.349 Manutenção do sistema de produção e distribuição de agua - controle de perdas

Recomposição Asfáltica

0319.1751200382.107 Recomposição de vias publicas

Saneamento Rural

0319.1751100381.331 Ampliação do sistema de distribuição de agua na região rural de Itabira

0319.1751100381.332 Construção do sistema de abastecimento de agua na região rural de Itabira

0319.1751100401.333 Ampliação do sistema de esgotamento sanitário da região rural de Itabira

0319.1751100401.334 Construção de sistema de esgotamento da região rural de Itabira

0319.1751100382.343 Manutenção do sistema de produção e abastecimento de agua na região rural de Itabira

0319.1751100382.344 Operacionalização do sistema de produção e distribuição de agua na região rural de Itabira

0319.1751100402.345 Manutenção do sistema de coleta e tratamento de esgoto sanitário na região rural de Itabira

0319.1751100402.346 Operacionalização do sistema de tratamento de esgoto sanitário na região rural de Itabira

Pró-Mananciais

0319.1754400382.109 Proteção de recursos hídricos - Saae

Fonte: elaboração própria

O valor adicionado nas tarifas para o Programa de Desenvolvimento e Gestão não foi utilizado até o

momento e, por isso, não existe um centro de custo específico para essas despesas na tabela acima.

Entretanto, a partir do momento em que o prestador comece a incorrer nessas despesas, tais valores devem

ser contabilizados em um centro de custo específico, diferente dos demais, a ser informado pelo Saae à

Arsae. Somente serão considerados como despesas válidas aquelas lançadas corretamente no centro de

custos específico informado pelo prestador.

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Além disso, é importante destacar que, a fim de facilitar o acompanhamento e reforçar a

transparência das informações, os valores enviados mensalmente pelo Saae no Relatório do Plano de

Investimentos não devem divergir dos valores divulgados pelo prestador em sua contabilidade.

11 Conclusão

O instrumento regulatório da Revisão Tarifária Periódica (RTP) permite a reavaliação das condições

de equilíbrio econômico-financeiro do prestador e da modicidade tarifária, em consonância com a legislação

federal (Lei 11.445/2007) e estadual (Lei 18.309/2009). A aplicação desse instrumento também propicia a

oportuna avaliação da capacidade de investimentos dos prestadores, da estrutura tarifária e da criação de

mecanismos próprios para atender aos anseios do regulador e da sociedade em relação a um prestador

específico.

Nesse contexto, a RTP de 2019 do Saae de Itabira contemplou uma ampla gama de pautas típicas de

uma Revisão, além de ter englobado novas pautas.

Nesse panorama, a Arsae entende estar atuando em conformidade com suas diretrizes e princípios,

ao possibilitar condições para expansão e melhoria dos serviços de abastecimento de água e esgoto, em

consonância com a capacidade de pagamento dos usuários. Ainda, esta Revisão foi marcada pelo diálogo

com a sociedade, a partir da Audiência Pública e das respostas às contribuições, e com o prestador, por meio

de várias reuniões e ligações para prestação de esclarecimentos.

Antônio César da Matta de Jesus Masp 1.371.302-9

Gustavo Vasconcelos Ribeiro Masp 1.371.495-1

Ivana Villefort de Bessa Porto Masp 1.477.613-2

De acordo:

Isabel Akemi Bueno Sado Masp 1.468.264-5

Gerente de Regulação Tarifária

Raphael Castanheira Brandão Coordenadoria Técnica de Regulação e Fiscalização Econômico-Financeira

Masp 1.288.895-4

Este trabalho contou com a colaboração da Gerência de Informações Econômicas (GIE) no tratamento dos dados contábeis e bancos de faturamento; da Gerência de Fiscalização Econômica (GFE), através do Relatório CRFEF/GFE XX/2019 e de sugestões sobre os controles e acompanhamentos das destinações específicas; e da Gerência de Ativos Regulatórios (GAR) na análise do Plano de Investimentos do Saae, através do Relatório Técnico GAR 019/2019. Além disso, o grupo de trabalho sobre redução e controle de perdas, da Coordenadoria de Regulação Operacional, contribuiu com Anexo IV e sugestões através do Relatório EquiPAR 01/2019.

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48

ANEXO I - Classificação Regulatória das contas contábeis do Saae

Grupo 1 – Receitas

Subgrupo Código Contábil Nome

Receitas Operacionais

1600.41.00.01.00 Tarifa de Água - SAAE

1600.42.00.01.00 Tarifa de Esgoto - SAAE

1600.41.00.01.00D Tarifa de Água - SAAE

1600.42.00.01.00D Tarifa de Esgoto - SAAE

1610.01.11.03.00 Captação, Aducação, Tratamento, Reserva e Distribuição de Água

1610.01.11.08.00 Tarifa de Esgoto - SAAE

9216.00.41.00.00 Restituição TARIFA DE AGUA

9216.00.42.00.00 Restituição TARIFA DE ESGOTO

1600.41.00.01.00DR Tarifa de Água - SAAE

1600.42.00.01.00DR Tarifa de Esgoto - SAAE

Outras Receitas

1321.00.10.00.00 Remuneração de Depósitos Bancários

1321.00.11.00.00 Remuneração de Depósitos Bancários - Principal

1321.00.11.31.00 Remuneração de Depósitos Bancários - SAAE

1600.13.99.01.00 Tarifas de Expediente - SAAE

1600.41.00.02.00 Ligações SAAE

1600.41.00.03.00 Desligações SAAE

1600.41.00.04.00 Conservação de Hidrômetro SAAE

1600.41.00.05.00 Aferição de Hidrômetro

1600.41.00.06.00 Analise de Água SAAE

1600.41.00.07.00 Outras Receitas

1600.48.00.01.00 Religação de Água - SAAE

1610.01.11.01.00 Serviço de Religamento de Água - SAAE

1610.01.11.02.00 Tarifas de Expediente - SAAE

1610.01.11.04.00 Ligações- SAAE

1610.01.11.05.00 Desligações - SAAE

1610.01.11.06.00 Análise de Água

1610.01.11.07.00 Outras Receitas - SAAE

1721.99.00.02.00 Transf. Recursos Ana - PRODES - SAAE

1919.99.00.01.00 Multas de Outras Origens - SAAE

1921.99.00.01.00 Outras Indenizações - SAAE

1922.99.00.02.00 Outras Restituições - SAAE

1921.99.11.01.00 Outras Indenizações - SAAE

1990.99.11.05.00 Outras Receitas Diversas - SAAE

1990.99.12.05.00 Outras Receitas - Multa e Juros - SAAE

1922.99.52.99.90 Outras Restituições

1932.99.00.02.00 Rec. Da Div. Ativa Não Tributaria - S

2210.00.00.01.00 Alienação de Bens Móveis SAAE

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49

Subgrupo Código Contábil Nome

1600.13.99.01.00D Tarifas de Expediente - SAAE

1600.41.00.07.00D Outras Receitas - SAAE

1919.99.00.01.00D Multas e Outras Origens - SAAE

9219.19.99.00.00 Restituição MULTAS OUTRAS ORIGENS

1600.41.00.07.00OD Outras Receitas - SAAE

1610.01.11.07.00OD Outras Receitas - SAAE

1922.99.00.02.00OD Outras Restituições - SAAE

1600.41.00.07.00DR Outras Receita - SAAE

1922.99.00.02.00DR Outras Restituições - SAAE

Outras Receitas - Destinação Específica

1325.01.99.03.00 Rec. Rem. Dep. Bancários Vinc. - SAAE

Grupo 2 – Custos Operacionais13

Subgrupo Código Contábil Nome

Aluguel

0319.1712200032.059_33903912000 Locação de Maquinas e Equipamentos

0319.1712200032.060_33903912000 Locação de Máquinas e Equipamentos

0319.1712200032.104_33903614000 Locação de Imóveis

0319.1712200032.104_33903910000 Locação de Imóveis

0319.1712200032.104_33903911000 Locação de Softwares

0319.1712200032.104_33903912000 Locação de Máquinas e Equipamentos

0319.1712200032.104_33904002000 Locação de Softwares

0319.1751200402.108_33903912000 Locação de Máquinas e Equipamentos

0319.1751200382.324_33903912000 Locação de Máquinas e Eqtos

0319.1751200382.325_33903614000 Locação de Imóveis

0319.1751200382.325_33903912000 Locação de Máquinas e Equipamentos

0319.1751200382.325_33903913000 Locação de Bens Móveis Tangíveis ou Intangíveis, de

0319.1751200382.325_33903973000 Locação de Veículos para Transporte de Cargas

0319.1751200402.326_33903912000 Locação de Maquinas e Equipamentos

0319.1751200402.326_33903913000 Locação de Bens Móveis Tangíveis ou Intangíveis, de

0319.1712200031.124_33903912000 Locação de Máquinas e Equipamentos

0319.1751200382.324_33903910000 Locação de Imóveis

0319.1751200402.327_33903912000 Locação de Máquinas e Equipamentos

0319.1751200402.327_33903913000 Locação de Bens Móveis Tangíveis ou Intangíveis, de

0319.1712200032.323_33903911000 Locação de Softwares

13 O código contábil é formado pelo código do centro de custo, um hífen e o código da rubrica. Ou seja, no caso da conta

0319.1712200032.059_33903912000, O código 0319.1712200032.059 é referente ao centro de custos Manutenção das Atividades de Tecnologia de informação e o código 33903912000 é referente à rubrica Locação de Maquinas e Equipamentos.

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50

Subgrupo Código Contábil Nome

0319.1712200032.323_33904002000 Locação de Softwares

Combustíveis e Lubrificantes

0319.1712200032.060_33903001000 Combustíveis e Lubrificantes Automotivos

0319.1712200032.060_33903003000 Combustíveis e Lubrificantes p/ Outras Finalidades

0319.1751200382.107_33903001000 Combustíveis Automotivos

0319.1751200382.325_33903001000 Combustíveis Automotivos

0319.1751200382.325_33903003000 Combustíveis e Lubrificantes para Outras Finalidades

0319.1751200402.326_33903001000 Combustíveis e Lubrificantes Automotivos

0319.1712200031.124_33903001000 Combustíveis e Lubrificantes Automotivos

0319.1751200382.324_33903001000 Combustíveis e Lubrificantes Automotivos

0319.1751200382.324_33903003000 Combustíveis e Lubrificantes para Outras Finalidades

0319.1751200402.327_33903002000 Lubrificantes Automotivos

0319.1751200402.327_33903003000 Combustíveis e Lubrificantes para Outras Finalidades

Energia Elétrica

0319.1751200382.325_33903929000 Serviços de Energia Elétrica

0319.1751200402.326_33903929000 Serviços de Energia Elétrica

0319.1751200382.324_33903929000 Serviço de Energia Elétrica

0319.1751200402.327_33903929000 Serviços de Energia Elétrica

Indenizações

Manutenção

0319.1712200032.059_33903025000 Mat. p/ Manutenção de Bens Moveis

0319.1712200032.059_33903908000 Manutenção de Software

0319.1712200032.059_33903915000 Manut. e Conserv. de Maq. e Equipamentos

0319.1712200032.059_33903971000 Manut.Cons.Eq. Processamento de Dados

0319.1751200382.107_33903918000 Manut. Conserv. de Estradas ou Outras Vias

0319.1751200382.107_33903914000 Manutenção e Conservação de Bens Imóveis

0319.1712200032.060_33903024000 Material para Manutenção de Bens Imóveis

0319.1712200032.060_33903025000 Material p/ Manutenção de Bens Móveis

0319.1712200032.060_33903037000 Material para Manutenção de Veículos

0319.1712200032.060_33903040000 Ferramentas

0319.1712200032.060_33903046000 Bens Móveis Não Ativáveis

0319.1712200032.060_33903616000 Manut. E Conservação de Eqtos

0319.1712200032.060_33903617000 Manut. E Conservação de Veículos

0319.1712200032.060_33903915000 Manut. e Conserv. de Maq. e Equipamentos

0319.1712200032.060_33903916000 Manutenção e Conservação de Veículos

0319.1712200032.104_33903024000 Mat. p/ Manutenção de Bens Imóveis

0319.1712200032.104_33903025000 Mat. p/ Manutenção de Bens Moveis

0319.1712200032.104_33903908000 Manutenção de Software

0319.1712200032.104_33903915000 Mant. Conserv. De Máq. Eqtos

0319.1712200032.104_33903917000 Manut. Cons. de Bens Moveis de O. Naturezas

0319.1712200032.104_33903971000 Manutenção e Conservação de Equipamentos

0319.1712200032.104_33904004000 Manutenção de Software

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51

Subgrupo Código Contábil Nome

0319.1751200381.101_44905202000 Aparelhos de Medição e Orientação

0319.1751200402.108_33903024000 Material para Manutenção de Bens Imóveis

0319.1751200402.108_33903025000 Material para Manutenção de Bens Móveis

0319.1751200402.108_33903037000 Material para Manutenção de Veículos

0319.1751200402.108_33903040000 Ferramentas

0319.1751200402.108_33903915000 Outros Materiais de Consumo

0319.1751200382.324_33903024000 Mat. p/ Manutenção de Bens Imóveis

0319.1751200382.324_33903025000 Mat. p/ Manutenção de Bens Imóveis

0319.1751200382.324_33903040000 Ferramentas

0319.1751200382.324_33903914000 Manut. E Conserv. De Bens Imóveis

0319.1751200382.325_33903040000 Ferramentas

0319.1751200402.326_33903024000 Mat. p/ Manutenção de Bens Imóveis

0319.1751200402.326_33903040000 Ferramentas

0319.1751200402.326_33903914000 Mant. Conserv. De Bens Imóveis

0319.1751200402.326_33903037000 Material para Manutenção de Veículos

0319.1751200402.326_33903908000 Manutenção de Software

0319.1751200402.326_33903915000 Manut. e Conservação de Máquinas e Eqtos

0319.1751200402.326_33903916000 Manutenção e Conservação de Veículos

0319.1712200031.124_33903908000 Manutenção de Software

0319.1712200031.124_33903915000 Manut. E Conserv. De Maq. E Equipamentos

0319.1712200031.124_33903916000 Manutenção e Conservação de Veículos

0319.1712200031.124_33903971000 Manut. Cons. Eq. Processamento de Dados

0319.1712200031.124_33903024000 Material para Manutenção de Bens Imóveis

0319.1712200031.124_33903037000 Material para Manutenção de Veículos

0319.1712200031.124_33903040000 Ferramentas

0319.1751200382.324_33903037000 Material para Manutenção de Veículos

0319.1751200382.324_33903908000 Manutenção de Software

0319.1751200382.324_33903915000 Manut. E Conserv. De Maq. E Equipamentos

0319.1751200382.324_33903916000 Manutenção e Conservação de Veículos

0319.1751100382.343_33903000000 Material de Consumo

0319.1751100382.344_33903024000 Material para Manutenção de Bens Imóveis

0319.1751100402.346_33903025000 Material para Manutenção de Bens Móveis

0319.1751100402.346_33903914000 Manutenção e Conservação de Bens Imóveis

0319.1751200402.327_33903040000 Ferramentas

0319.1751200402.327_33903616000 Manutenção e Conservação de Equipamentos

0319.1751200402.327_33903914000 Manutenção e Conservação de Bens Imóveis

0319.1751200402.327_33903915000 Manutenção e Conservação de Máquinas e Equipamentos

0319.1751200402.327_33903917000 Manutenção e Conservação de Bens Móveis de Outra

0319.1712200032.323_33903025000 Material para Manutenção de Bens Móveis

0319.1712200032.323_33903908000 Manutenção de Software

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52

Subgrupo Código Contábil Nome

0319.1712200032.323_33903915000 Manutenção e Conservação de Máquinas e Equipamentos

0319.1712200032.323_33903917000 Manutenção e Conservação de Bens Móveis de Outra

0319.1712200032.323_33903952000 Serviço de Conservação e Rebeneficiamento de Merc

0319.1712200032.323_33904004000 Manutenção de Software

Material de Tratamento

0319.1751200382.325_33903011000 Material Químico

0319.1751200382.325_33903034000 Material Laboratorial

0319.1751200402.326_33903011000 Material Químico

0319.1751200402.326_33903034000 Material Laboratorial

0319.1751200382.324_33903011000 Material Químico

0319.1751200382.324_33903034000 Material Laboratorial

0319.1751200402.327_33903011000 Material Químico

0319.1751200402.327_33903034000 Material Laboratorial

Outros Materiais

0319.1712200032.059_30903017000 Material de Processamento de Dados

0319.1712200032.060_33903004000 Gás Engarrafado

0319.1712200032.060_33903022000 Material de Limpeza e Produção de Higienização

0319.1712200032.060_33903026000 Material Elétrico e Eletrônico

0319.1712200032.060_33903028000 Material de Proteção e Segurança

0319.1712200032.060_33903032000 Material Para Produção Industrial

0319.1712200032.060_33903042000 Material de Sinalização Visual e Afins

0319.1712200032.060_33903099000 Outros Materiais de Consumo

0319.1712200032.104_33903004000 Gás Engarrafado

0319.1712200032.104_33903010000 Material Odontológico

0319.1712200032.104_33903016000 Material de Expediente

0319.1712200032.104_33903017000 Material de Processamento de Dados

0319.1712200032.104_33903021000 Material de Copa e Cozinha

0319.1712200032.104_33903022000 Mat. Limpeza e Produção de Higienização

0319.1712200032.104_33903023000 Uniformes, Tecidos e Aviamentos

0319.1712200032.104_33903026000 Material Elétrico e Eletrônico

0319.1712200032.104_33903028000 Material de Proteção e Segurança

0319.1712200032.104_33903029000 Material para Áudio, Vídeo e Foto

0319.1712200032.104_33903042000 Material de Sinalização Visual e Afins

0319.1712200032.104_33903099000 Outros Materiais de Consumo

0319.1733100122.061_33903010000 Material Odontológico

0319.1751200381.049_44903000000 Material de Consumo - CEFEM

0319.1751200402.108_33903099000 Outros Materiais de Consumo

0319.1751200382.324_33903099000 Outros Materiais de Consumo

0319.1751200382.325_33903004000 Gás Engarrafado

0319.1751200382.325_33903022000 Mat. Limpeza e Produção de Higienização

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53

Subgrupo Código Contábil Nome

0319.1751200382.107_33903000000 Material de Consumo

0319.1751200382.107_33903099000 Outros Materiais de Consumo

0319.1751200382.325_33903026000 Material Elétrico e Eletrônico

0319.1751200382.325_33903028000 Material de Proteção e Segurança

0319.1751200382.325_33903099000 Outros Materiais de Consumo

0319.1751200402.326_33903004000 Gás Engarrafado

0319.1751200402.326_33903022000 Mat. Limpeza e Produção de Higienização

0319.1751200402.326_33903026000 Material Elétrico e Eletrônico

0319.1751200402.326_33903028000 Material de Proteção e Segurança

0319.1751100402.346_33903042000 Material de Sinalização Visual e Afins

0319.1751200402.326_33903099000 Outros Materiais de Consumo

0319.1751200382.324_33903004000 Gás Engarrafado

0319.1751200382.324_33903019000 Material de Acondicionamento e Embalagem

0319.1751200382.324_33903022000 Material de Limpeza e Produção de Higiene

0319.1751200382.324_33903026000 Material Elétrico e Eletrônico

0319.1751200402.327_33903026000 Material Elétrico e Eletrônico

0319.1751200402.327_33903099000 Outros Materiais de Consumo

0319.1712200032.323_33903010000 Material Odontológico

0319.1712200032.323_33903032000 Material Para Produção Industrial

0319.1712200032.323_33903099000 Outros Materiais de Consumo

0319.1712200032.323_33903016000 Material de Expediente

0319.1712200032.323_33903028000 Material de Proteção e Segurança

Pessoal

0319.1712200032.060_31901303000 Contribuição Patronal para o INSS (exceto a Incident

0319.1712200032.060_31911302000 Contribuição Patronal para o RPPS (exceto a Incident

0319.1712200032.060_31901103000 Pessoal de Cargo Efetivo (Vinculado ao RPPS), excet

0319.1712200032.060_31901105000 Pessoal de Cargo Comissionado, exceto FUNDEB

0319.1712200032.104_31900400000 Contratação por Tempo Determinado

0319.1712200032.104_31901103000 Pes. Cargo Efet (Vinc. Ao RPPS), Exc. Fundeb

0319.1712200032.104_31901105000 Pes. Cargo Comissionado. Exc. Fundeb

0319.1712200032.104_33901303000 Contribuição Patronal para o INSS

0319.1712200032.104_31901302000 Cont. Patronal p/ INSS (exceto FUNDEB)

0319.1712200032.104_31901303000 Cont. Patronal p/ INSS (exceto FUNDEB)

0319.1712200032.104_31911302000 Cont. Patr. RPPS (exc. Incidente s/ FUNDEB)

0319.1712200032.104_33903200000 Mat. Bem ou Serv. p/ Distr. Gratuita

0319.1712200032.104_33903607000 Estagiários

0319.1751200382.107_31901103000 Pessoal de Cargo Efetivo (Vinculado ao RPPS), excet

0319.1751200382.107_31901105000 Pessoal de Cargo Comissionado, exceto FUNDEB

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54

Subgrupo Código Contábil Nome

0319.1751200382.107_31901303000 Contribuição Patronal para o INSS (exceto a Incident

0319.1751200382.107_31911302000 Contribuição Patronal para o RPPS (exceto a Incident

0319.1751200402.108_31901103000 Pessoal de Cargo Efetivo (Vinculado ao RPPS), excet

0319.1751200402.108_31901300000 Obrigações Patronais

0319.1751200402.108_31901303000 Contribuição Patronal para o INSS (exceto a Incident.)

0319.1751200402.108_31901105000 Pessoal de Cargo Comissionado, exceto FUNDEB

0319.1751200402.108_31911302000 Contribuição Patronal para o RPPS (exceto a Incident

0319.1751100382.343_31901100000 Vencimentos e Vantagens Fixas - Pessoal Civil

0319.1751100382.343_31911300000 Obrigações Patronais

0319.1751100382.344_31901100000 Vencimentos e Vantagens Fixas - Pessoal Civil

0319.1751100382.344_31911300000 Obrigações Patronais

0319.1751100402.345_31901100000 Vencimentos e Vantagens Fixas - Pessoal Civil

0319.1751100402.345_31911300000 Obrigações Patronais

0319.1751100402.346_31901105000 Pessoal de Cargo Comissionado, exceto FUNDEB

0319.1751100402.346_31911300000 Obrigações Patronais

0319.1751100382.344_33504100000 Contribuições

0319.1712200032.104_33903936000 Serviço Médico-hospitalar, Odontológico e Laboratorial

0319.1712200032.104_33903956000 Vale Transporte

0319.1712200032.104_33919700000 Aporte para Cobertura do Déficit Atuarial do RPPS

0319.1712200032.175_33914100000 Contribuições

0319.1733100122.061_33900800000 Outros Benefícios Assistenciais

0319.1733100122.061_33900900000 Salário-Familia

0319.1733100122.061_33903200000 Material Bem Ou Serviço para Distribuição Gratuita

0319.1733100122.061_33903100000 Mat. Bem ou Serv. p/ Distribuição Gratuita

0319.1733100122.061_33903626000 Serviços Médicos e Odontológicos

0319.1733100122.061_33903936000 Serv. Medico-hosp.Odont. E Laboratorial

0319.1733100122.105_33903927000 Fornecimento de Alimentação

0319.1751100382.344_33903927000 Fornecimento de Alimentação

0319.1733100122.061_33903927000 Fornecimento de Alimentação

0319.1712200032.104_33903927000 Fornecimento de Alimentação

0319.1751200402.326_33903927000 Fornecimento de Alimentação

0319.1751200382.324_33903927000 Fornecimento de Alimentação

0319.1751200382.324_31900400000 Contratação por Tempo Determinado

0319.1751200382.324_31901103000 Pes. Cargo Efet (Vinc. Ao RPPS), Exc. Fundeb

0319.1751200382.324_31901105000 Pes. Cargo Comissionado. Exc. FUNDEB

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55

Subgrupo Código Contábil Nome

0319.1751200382.324_31901104000 Pes. Cargo Efet (Vinc. Ao INSS), Exc. Fundeb

0319.1751200382.324_31901302000 Contr. Patronal p/ INSS (exceto FUNDEB)

0319.1751200382.324_31901303000 Contr. Patronal p/ INSS (exceto FUNDEB)

0319.1751200382.324_31911302000 Cont. Patr. RPPS (exc. Incidente s/ FUNDEB)

0319.1751200382.325_31900400000 Contratação por Tempo Determinado

0319.1751200382.325_31901103000 Pes. Cargo Efet (Vinc. Ao RPPS), Exc. Fundeb

0319.1751200382.325_31901105000 Pes. Cargo Comissionado. Exc. FUNDEB

0319.1751200382.325_31901303000 Cont. Patr. P? INSS (Execeto FUNDEB)

0319.1751200382.325_31911302000 Cont. Patr. RPPS (exc. Incidente s/ FUNDEB)

0319.1751200402.326_31900400000 Contratação por Tempo Determinado

0319.1751200402.326_31901100000 Vencto e Vant. Fixs - Pessoal Civil

0319.1751200402.326_31901103000 Pes. Cargo Efet (Vinc. Ao RPPS), Exc. Fundeb

0319.1751200402.326_31901105000 Pes. Cargo Comissionado. Exc. FUNDEB

0319.1751200402.326_31901303000 Cont. Patr. P. INSS (Execeto FUNDEB)

0319.1751200402.326_31911302000 Cont. Patr. RPPS (exc. Incidente s/ FUNDEB)

0319.1751200402.326_31901302000 Cont. Patr. P. RPPS (Exec. Incidente s/ FUNDEB)

0319.1751200402.327_31901103000 Pessoal de Cargo Efetivo (Vinculado ao RPPS), excet

0319.1751200402.327_31901105000 Pessoal de Cargo Comissionado, exceto FUNDEB

0319.1751200402.327_31901303000 Contribuição Patronal para o INSS (exceto a Incident

0319.1751200402.327_31911302000 Contribuição Patronal para o RPPS (exceto a Incident

0319.1712200032.323_33900800000 Outros Benefícios Assistenciais do Servidor ou do Mil

0319.1712200032.323_33903200000 Material, Bem ou Serviço para Distribuição Gratuita

0319.1712200032.323_33903299000 Outros Materiais, Bens ou Serviços para Distribuição

0319.1712200032.323_33903927000 Fornecimento de Alimentação

0319.1712200032.323_33903936000 Serviço Médico

0319.1712200032.323_31901103000 Pessoal de Cargo Efetivo (Vinculado ao RPPS), excet

0319.1712200032.323_31901105000 Pessoal de Cargo Comissionado, exceto FUNDEB

0319.1712200032.323_31901303000 Contribuição Patronal para o INSS (exceto a Incident

0319.1712200032.323_31911302000 Contribuição Patronal para o RPPS (exceto a Incident

Serviços de Terceiros

0319.1712200032.059_33903606000 Serviços Técnicos

0319.1712200032.059_33603905000 Serviços Técnicos Profissionais

0319.1712200032.060_33903606000 Serviços Técnicos

0319.1712200032.060_33903905000 Serviços Técnicos Profissionais

0319.1712200032.060_33903958000 Fretes e Transportes de Encomendas

0319.1712200032.060_33903961000 Limpeza e Conservação

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56

Subgrupo Código Contábil Nome

0319.1712200032.060_33903999000 Outros Serviços de Terceiros -Pessoa Jurídica

0319.1733100122.105_33903905000 Serviços Técnicos Profissionais

0319.1751200382.107_33903900000 Outros Serviços de Terceiros P.J

0319.1751200382.107_33903999000 Outros Serviços de Terceiros P.J

0319.1751200402.108_33903905000 Serviços Técnicos Profissionais

0319.1751200402.108_33903999000 Outros Serviços de Terceiros

0319.1712200032.104_33903606000 Serviços Técnicos

0319.1712200032.104_33903630000 Serviço de Apoio Administrativo, Técnico e Operacional

0319.1712200032.104_33903905000 Serviços Técnicos Profissionais

0319.1712200032.104_33903948000 Serviços Gráficos

0319.1712200032.104_33903958000 Fretes e Transportes de Encomendas

0319.1712200032.104_33903962000 Serv. Apoio Adm/Téc e Operacional

0319.1712200032.104_33903965000 Serv. Copias e Reprod. de Documentos

0319.1712200032.104_33903999000 Outros Serv. Terceiros P.J

0319.1712200032.104_33904008000 Suporte de Infraestrutura de TIC

0319.1712200032.104_33904009000 Serviços Técnicos Profissionais de TIC

0319.1733100122.061_33903905000 Serviços Técnicos Profissionais

0319.1733100122.061_33903999000 Outros Serviços de Terceiros -Pessoa Jurídica

0319.1751200382.324_33903699000 Outros Serviços de Pessoa Física

0319.1751200382.324_33903905000 Serviços Técnicos Profissionais

0319.1751200382.324_33903999000 Outros Serv. Terceiros P.J

0319.1751200382.325_33903039000 Material Gráfico

0319.1751200382.325_33903606000 Serviços Técnicos

0319.1751200382.325_33903630000 Serviço de Apoio Administrativo, Técnico e Operacional

0319.1751200382.325_33903699000 Outros Serviços de Pessoa Física

0319.1751200382.325_33903905000 Serviços Técnicos Profissionais

0319.1751200382.325_33903937000 Serviços de Análises e Pesquisas Científicas

0319.1751200382.325_33903961000 Limpeza e Conservação

0319.1751200382.325_33903962000 Serv. Apoio Adm/Téc e Operacional

0319.1751200382.325_33903999000 Outros Serv. Terceiros P.J

0319.1751200402.326_33903999000 Outros Serv. Terceiros P.J

0319.1751200402.326_33903606000 Serviços Técnicos

0319.1751200402.326_33903905000 Serviços Técnicos Profissionais

0319.1751200402.326_33903945000 Serviços de Manobra e Patrulhamento

0319.1751200402.326_33903958000 Fretes e Transportes de Encomendas

0319.1751200402.326_33903961000 Limpeza e Conservação

0319.1751200402.326_33903962000 Serv. Apoio Adm/Téc e Operacional

0319.1712200031.124_33903905000 Serviços Técnicos Profissionais

0319.1712200031.124_33903961000 Limpeza e Conservação

0319.1733100122.105_33903999000 Outros Serviços de Terceiros -Pessoa Jurídica

Page 58: Detalhamento do Cálculo da Revisão Tarifária Periódica do ...arsae.mg.gov.br/images/documentos/audiencia_publica/19/NT_GRT_… · 4 GLOSSÁRIO Reajuste Tarifário: atualização

57

Subgrupo Código Contábil Nome

0319.1751200382.324_33903945000 Serviço de Manobra e Patrulhamento

0319.1751200382.324_33903961000 Limpeza e Conservação

0319.1751200402.327_33903905000 Serviços Técnicos Profissionais

0319.1751200402.327_33903937000 Serviços de Análises e Pesquisas Científicas

0319.1751200402.327_33903999000 Outros Serviços de Terceiros -Pessoa Jurídica

0319.1712200032.323_33903905000 Serviços Técnicos Profissionais

0319.1712200032.323_33903999000 Outros Serviços de Terceiros -Pessoa Jurídica

Telecomunicação 0319.1712200032.104_33903943000 Serviços de Telecomunicações

Treinamento

0319.1712200032.104_33904011000 Treinamento e Capacitação em TIC

0319.1733100122.061_33903934000 Serviço de Seleção e Treinamento

0319.1733100122.105_33903625000 Serviço de Seleção e Treinamento

0319.1733100122.105_33903934000 Serviços de Seleção e Treinamento

0319.1712200032.323_33903934000 Serviço de Seleção e Treinamento

0319.1751200382.325_33903934000 Serviço de Seleção e Treinamento

Outros Custos Operacionais

0319.1712200032.060_33903953000 Seguros em Geral

0319.1712200032.104_33901400000 Diárias - Civil

0319.1712200032.104_33903300000 Passagens e Despesas c/ Locomoção

0319.1712200032.104_33903950000 Serviços Judiciários

0319.1712200032.104_33903953000 Seguros em Geral

0319.1712200032.104_33903963000 Hospedagens

0319.1712200032.104_33903964000 Serviços Bancários

0319.1733100122.061_33903963000 Hospedagens

0319.1751200402.326_33903950000 Serviços Judiciários

0319.1751200402.326_33903953000 Seguros em Geral

0319.1712200031.124_33903953000 Seguros em Geral

0319.1751200382.324_33903953000 Seguros em Geral

0319.1751200382.324_33903963000 Hospedagens

0319.1733100122.105_33901405000 Diárias de demais servidores

0319.1733100122.105_33903963000 Hospedagens

0319.1712200032.323_33901405000 Diárias de demais servidores

0319.1712200032.323_33903300000 Passagens e Despesas com Locomoção

0319.1712200032.323_33903964000 Serviços Bancários

Grupo 3 – Tributos e Outras Obrigações

Subgrupo Código Contábil Nome

Pasep

0319.1712200032.104_33904700000 Obrigações Tributarias e Contributivas

0319.1751200382.325_33904700000 Obrigações Tributarias e Contributivas

0319.2884300110.008_33904700000 Obrigações Tributárias e Contributivas

TFAS 0319.1712200032.104_33304100000 Taxa Administrativa ARSAE

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58

Subgrupo Código Contábil Nome

Proteção de Mananciais

0319.1754400382.109_33303900000 Outros Serviços de Terceiros P.J

0319.1754400382.109_33903014000 Material Educativo e Esportivo

0319.1754400382.109_33903019000 Material de Acondicionamento e Embalagem

0319.1754400382.109_33903024000 Material para Manutenção de Bens Imóveis

0319.1754400382.109_33903031000 Sementes, Mudas de Plantas e Insumos

0319.1754400382.109_33903040000 Ferramentas

0319.1754400382.109_33903099000 Outros Materiais de Consumo

0319.1754400382.109_33903699000 Outros Serviços de Pessoa Física

0319.1754400382.109_33903908000 Manutenção de Software

0319.1754400382.109_33903912000 Locação de Máquinas e Equipamentos

0319.1754400382.109_33903930000 Serviços de Água e Esgoto

0319.1754400382.109_33903948000 Serviços Gráficos

0319.1754400382.109_33903999000 Outros Serviços de Terceiros P.J

0319.1754400382.109_44905229000 Peças não Incorporáveis a Imóveis

0319.1754400382.109_44905101000 Obras e Instalações de Domínio Público

0319.1754400382.109_44905202000 Aparelhos de Medição e Orientação

0319.1754400382.109_44905206000 Aparelhos e Utensílios Domésticos

0319.1754400382.109_44905219000 Equipamentos de Processamento de Dados

0319.1754400382.109_44905222000 Equipamentos e Utensílios Hidráulicos e Elétricos

Cobrança para o Uso de Rec. Hídricos

0319.1751200382.325_33304100000 Contribuições

0319.1751200382.324_33304100000 Contribuições - IGAM

Outros Tributos

Grupo 4 – Custos de Capital

Subgrupo Código Contábil Nome

Depreciação e Amortização

Amortização e Encargos de Empréstimos

0319.2884300110.006_32902101000 Juros s/ a Dívida por Contrato Interna

0319.2884300110.006_46907101000 Principal da Dívida p/ Contrato Interna

Investimentos

0319.1712200031.033_44905204000 Aparelho, Eqptos, Utens. Med. Odont. Lab. e Hosp.

0319.1712200031.033_44905206000 Aparelhos e Utens. Domésticos

0319.1712200031.033_44905217000 Eqptos p/ Áudio, Vídeo e Foto

0319.1712200031.033_44905219000 Eqptos de Processamento de Dados

0319.1712200031.033_44905224000 Mobiliário em Geral

0319.1712200031.034_44905218000 Máquinas, Utensílios e Eqptos Diversos

0319.1712200031.034_44905221000 Máquinas, Ferramentas e Utensílios de Oficina

0319.1712200031.034_44905230000 Veículos de Tração Mecânica

0319.1712200032.059_33903970000 Aquisição de Software de Aplicação

0319.1712200032.060_44905102000 Obras e Instalações de Domínio Patrimonial

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59

Subgrupo Código Contábil Nome

0319.1712200032.060_44905202000 Aparelhos de Medição e Orientação

0319.1712200032.060_44905203000 Aparelhos e Equipamentos de Comunicação

0319.1712200032.060_44905218000 Máquinas, Utensílios e Equipamentos Diversos

0319.1712200032.060_44905219000 Equipamentos de Processamento de Dados

0319.1712200032.060_44905221000 Máquinas, Ferramentas e Utensílios de Oficina

0319.1712200032.060_44905227000 Veículos Diversos

0319.1712200032.060_44905230000 Veículos de Tração Mecânica

0319.1712200032.060_44905224000 Mobiliário em Geral

0319.1712200032.104_33903970000 Aquisição de Softwares de Aplicação

0319.1712200032.104_44905203000 Aparelhos e Equipamentos de Comunicação

0319.1712200032.104_44905204000 Aparelhos, Equipamentos, Utensílios Médico-odontológicos

0319.1712200032.104_44905206000 Aparelhos e Utensílios Domésticos

0319.1712200032.104_44905218000 Máquinas, Utensílios e Equipamentos Diversos

0319.1712200032.104_44905219000 Equipamentos de Processamento de Dados

0319.1712200032.104_44905220000 Maq. Inst. e Utensílios de Escritório

0319.1712200032.104_44905224000 Mobiliário em Geral

0319.1712200032.104_44906500000 Constituição ou Aumento de Capital de Empresas

0319.1751200382.107_44905200000 Equipamentos e Material Permanente

0319.1751200402.108_44905200000 Equipamentos e Material Permanente

0319.1751200381.046_33903905000 Serviços Técnicos Profissionais

0319.1751200381.046_44905102000 Obras e Instalações Domínio Patrimonial

0319.1751200381.046_44905214000 Máquinas e Equipamentos de Natureza Industrial

0319.1751200381.046_44905218000 Máquinas, Utensílios e Equipamentos Diversos

0319.1751200381.049_33903024000 Material para Manutenção de Bens Imóveis

0319.1751200381.049_33903031000 Sementes, Mudas de Plantas e Insumos

0319.1751200381.049_33903032000 Material Para Produção Industrial

0319.1751200381.049_33903046000 Bens Móveis Não Ativáveis

0319.1751200381.049_33903099000 Outros Materiais de Consumo

0319.1751200381.049_44905102000 Obras e Instalações Domínio Patrimonial

0319.1751200381.049_44905227000 Veículos Diversos

0319.1751200381.049_44905222000 Equipamentos e Utensílios Hidráulicos

0319.1751200381.049_44905214000 Maquinas e Equipamentos de Natureza Industrial

0319.1751200381.139_44905202000 Aparelhos de Medição e Orientação

0319.1751200381.139_44905204000 Apar. Eqto. Utens. Med-Odont., Lab. e Hosp.

0319.1751200381.139_44905206000 Aparelhos e Utensílios Domésticos

0319.1751200381.139_44905218000 Máquinas, Utensílios e Eqto Diversos

0319.1751200381.139_44905222000 Eqto e Utens. Hidráulicos e Elétricos

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60

Subgrupo Código Contábil Nome

0319.1751200381.139_44905224000 Mobiliário em Geral

0319.1751200382.325_33903914000 Manut. e Conserv. de Bens Imóveis

0319.1751200382.325_33903915000 Manut. e Conserv. de Maq. e Equipamentos

0319.1751200382.325_33903024000 Mat. p/ Manutenção de Bens Imóveis

0319.1751200382.325_33903025000 Mat. p/ Manutenção de Bens Móveis

0319.1751200382.325_44905204000 Aparelhos, Equipamentos, Utensílios Médico-odontológicos

0319.1751200382.325_44905206000 Aparelhos e Utensílios Domésticos

0319.1751200382.325_44905218000 Máquinas, Utensílios e Equipamentos Diversos

0319.1751200382.325_44905222000 Equipamentos e Utensílios Hidráulicos e Elétricos

0319.1751200382.325_44905224000 Mobiliário em Geral

0319.1751200382.325_44905299000 Outros Materiais Permanentes

0319.1751200401.051_44905101000 Obras e Instalações Domínio Publico

0319.1751200401.051_44905102000 Obras e Instalações Domínio Patrimonial

0319.1751200401.051_44905222000 Equipamentos e Utensílios Hidráulicos e Elétricos

0319.1751200402.327_33903025000 Material para Manutenção de Bens Móveis

0319.1751200402.327_33903024000 Material para Manutenção de Bens Imóveis

0319.1751200402.327_44905102000 Obras e Instalações Domínio Patrimonial

0319.1751200402.327_44905200000 Equipamentos e Material Permanente

0319.1751200402.327_44905230000 Veículos de Tração Mecânica

0319.1751200401.104_44905200000 Eqtos e Material Permanente

0319.1751200401.104_44905218000 Maquinas, Utensílios e Eqtos Diversos

0319.1751200401.140_44905202000 Aparelhos de Medição e Orientação

0319.1751200401.140_44905206000 Aparelhos e Utensílios Domésticos

0319.1751200401.140_44905212000 Eqtos de Proteção, Segurança e Socorro

0319.1751200401.140_44905218000 Máquinas, Utensílios e Eqtos Diversos

0319.1751200401.140_44905222000 Eqtos e Utensílios Hidráulicos e Elétricos

0319.1751200401.140_44905224000 Mobiliário em Geral

0319.1751200402.326_33903046000 Bens Móveis Não Ativáveis

0319.1751200402.326_33903025000 Mat. p/ Manutenção de Bens Móveis

0319.1751200402.326_44905218000 Máquinas, Utensílios e Eq. Diversos

0319.1751200402.326_44905219000 Equipamentos de Processamento de Dados

0319.1751100381.331_33903000000 Material de Consumo

0319.1751100381.331_44905100000 Obras e Instalações

0319.1751100381.331_44905200000 Equipamentos e Material Permanente

0319.1751100381.332_33903000000 Material de Consumo

0319.1751100381.332_44905101000 Obras e Instalações de Domínio Público

0319.1751100381.332_44905102000 Obras e Instalações de Domínio Patrimonial

0319.1751100381.332_44905200000 Equipamentos e Material Permanente

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61

Subgrupo Código Contábil Nome

0319.1751100382.343_33903914000 Manutenção e Conservação de Bens Imóveis

0319.1751100382.343_44905200000 Equipamentos e Material Permanente

0319.1751100382.344_33903026000 Material Elétrico e Eletrônico

0319.1751100382.344_33903999000 Outros Serviços de Terceiros -Pessoa Jurídica

0319.1751100382.344_44905215000 Máquinas e Equipamentos Energéticos

0319.1751100382.344_44905218000 Maquinas, Utensílios e Equipamentos Di

0319.1751100382.344_44905222000 Equipamentos e Utensílios Hidráulicos e Elétricos

0319.1751100401.333_33903000000 Material de Consumo

0319.1751100401.333_44905102000 Obras e Instalações de Domínio Patrimonial

0319.1751100401.333_44905200000 Equipamentos e Material Permanente

0319.1751100401.334_33903000000 Material de Consumo

0319.1751100401.334_44905100000 Obras e Instalações

0319.1751100401.334_44905200000 Equipamentos e Material Permanente

0319.1751200401.335_44905200000 Equipamentos e Material Permanente

0319.1751100382.344_33903025000 Material para Manutenção de Bens Móveis

0319.1751100382.344_33903912000 Locação de Máquinas e Equipamentos

0319.1751100402.345_33903915000 Manutenção e Conservação de Máquinas e Equipamentos

0319.1751100402.345_33903025000 Material para Manutenção de Bens Móveis

0319.1751100402.345_44905200000 Equipamentos e Material Permanente

0319.1751100402.346_33903024000 Material para Manutenção de Bens Imóveis

0319.1751100402.346_44905200000 Equipamentos e Material Permanente

0319.1751200402.326_44905222000 Eq. e Utensílios Hidráulicos e Elétricos

0319.1751200402.326_44905227000 Veículos Diversos

0319.1751200402.326_44905229000 Peças não Incorporáveis a Imóveis

0319.1751200402.326_44905299000 Outros Materiais Permanentes

0319.1712200031.124_44905102000 Obras e Instalações de Domínio Patrimonial

0319.1712200031.124_44905215000 Máquinas e Equipamentos Energéticos

0319.1712200031.124_44905217000 Equipamento para Áudio, Vídeo e Foto

0319.1712200031.124_44905219000 Equipamentos de Processamento de Dados

0319.1751200382.324_44905218000 Máquinas, Utensílios e Eq. Diversos

0319.1751200382.324_44905219000 Equipamentos de Processamento de Dados

0319.1751200382.324_44905222000 Eq. e Utensílios Hidráulicos e Elétricos

0319.1751200382.324_44905227000 Veículos Diversos

0319.1751200382.324_44905206000 Aparelhos e Utensílios Domésticos

0319.1712200032.323_44905200000 Equipamentos e Material Permanente

0319.1712200031.124_44905100000 Obras e Instalações

0319.1712200031.124_44905200000 Equipamentos e Material Permanente

0319.1751200402.326_33903930000 Serviços de Água e Esgoto

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62

Subgrupo Código Contábil Nome

0319.1751200382.324_33903930000 Serviços de Água e Esgoto

0319.1751200381.386_33903000000 Material de Consumo

0319.1751200381.386_44905100000 Obras e Instalações

0319.1751200381.386_44955200000 Equipamentos e Material Permanente

0319.1751200401.335_44905102000 Obras e Instalações de Domínio Patrimonial

0319.1751200401.336_33903000000 Material de Consumo

0319.1751200401.336_44905100000 Obras e Instalações

0319.1751200401.336_44905200000 Equipamentos e Material Permanente

Grupo 5 – Destinações Específicas

Subgrupo Código Contábil Nome

Perdas

0319.1751200382.349_33903017000 Material de Processamento de Dados

0319.1751200382.349_33903025000 Material para Manutenção de Bens Móveis

0319.1751200382.349_33903042000 Material de Sinalização Visual e Afins

0319.1751200382.349_33903606000 Serviços Técnicos

0319.1751200382.349_33903905000 Serviços Técnicos Profissionais

0319.1751200382.349_33903908000 Manutenção de Software

0319.1751200382.349_33903915000 Manutenção e Conservação de Máquinas e Equipamentos

0319.1751200382.349_33903930000 Serviços de Água e Esgoto

0319.1751200382.349_33903934000 Serviço de Seleção e Treinamento

0319.1751200382.349_33903958000 Fretes e Transportes de Encomendas

0319.1751200382.349_33903999000 Outros Serviços de Terceiros -Pessoa Jurídica

0319.1751200382.349_44905100000 Obras e Instalações

0319.1751200382.349_44905202000 Aparelhos de Medição e Orientação

0319.1751200382.349_44905222000 Equipamentos e Utensílios Hidráulicos e Elétricos

Grupo 6 – Contas não incluídas na composição da Receita Requerida

Subgrupo Código Contábil Nome

Indenizações Glosadas

0319.1751200401.051_44959300000 Indenizações e Restituições

0319.2884300110.009_31909100000 Sentenças Judiciais

0319.2884300110.009_31909101000 Sentenças Judiciais de Pessoal Ativo

0319.2884300110.009_31909102000 Sentenças Judiciais de Inativos e Pensionistas

0319.2884300110.009_33909100000 Sentenças Judiciais

0319.2884300110.009_33909303000 Outras Indenizações e Restituições

0319.2884300110.009_33909300000 Indenizações e Restituições

Multas e Juros 0319.1712200032.060_33903922000 Multas Indedutíveis

0319.1712200032.104_33903636000 Multas Dedutíveis

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Subgrupo Código Contábil Nome

0319.1712200032.104_33903922000 Multas Indedutiveis

0319.1712200032.104_33903923000 Juros

0319.1751200382.325_33903922000 Multas Indedutíveis

Outras Glosas

0319.1712200032.104_33903007000 Gêneros de Alimentação

0319.1712200032.104_33903015000 Material para Festividades e Homenagens

0319.1712200032.104_33903920000 Festividades e Homenagens

0319.1712200032.104_33903901000 Assinaturas de Periódicos e Anuidades

0319.1751200382.325_33903901000 Assinaturas de Periódicos e Anuidades

0319.1712200032.104_33903030000 Material para Comunicações

0319.1712200032.104_33903039000 Material Gráfico

0319.1712200032.104_33903933000 Serviços de Comunicação em Geral

0319.1712200032.104_33903944000 Serviços de Áudio, Vídeo e Foto

0319.1712200032.104_33903968000 Serviços de Publicidade e Propaganda

0319.1712200032.104_33904099000 Outros Serviços de Tecnologia da Informação e Com

0319.1751200382.325_33903007000 Gêneros de Alimentação

0319.1751200402.326_33903007000 Gêneros de Alimentação

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ANEXO II - Justificativa para escolha de índices inflacionários

Aluguel – As despesas com aluguel são atualizadas pelo IGP-M, dado que é o índice de referência

utilizado nos contratos de aluguel.

Combustíveis e Lubrificantes – As despesas com lubrificantes, etanol e GNV não são significativas,

por isso são aplicadas ponderações do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo da região

metropolitana de Belo Horizonte (IPCA-BH) somente para os componentes de gasolina e óleo diesel, com

pesos de 60% e 40%, respectivamente.

Energia Elétrica – A despesa com energia elétrica é a segunda mais representativa entre os custos

operacionais do Saae, sendo importante buscar estimar adequadamente seu percentual de reajuste

inflacionário. Para tanto, a Arsae calcula um índice de reajuste de energia elétrica (IEE), conforme a equação:

𝐼𝐸𝐸 = 𝐹𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 1

𝐹𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 0− 1

O faturamento 0 simula o consumo de energia elétrica do prestador no PR0 com as tarifas e bandeiras

que vigoraram no mesmo período. Ele leva em consideração as tarifas de energia elétrica observadas no PR0,

o desconto tarifário aplicado ao setor de serviço público de água e esgoto com recursos da Conta de

Desenvolvimento Energético (CDE) e o perfil de consumo do prestador no PR014. A esse valor é adicionado o

gasto referente às bandeiras vigentes no PR0.

𝐹𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 0

= ∑(𝑝𝑒𝑟𝑓𝑖𝑙 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜𝑃𝑅0 × 𝑡𝑎𝑟𝑖𝑓𝑎𝑠 𝐸𝐸𝑃𝑅0 × (1 − 𝑑𝑒𝑠𝑐𝑜𝑛𝑡𝑜 𝐶𝐷𝐸𝑃𝑅0))

+ (∑ 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑚ê𝑠𝑃𝑅0 × 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑎𝑠 𝑏𝑎𝑛𝑑𝑒𝑖𝑟𝑎𝑠𝑃𝑅0)

O faturamento 1, por sua vez, consiste no faturamento simulado do mesmo consumo de energia

elétrica apresentado durante o PR0, porém com as tarifas e bandeiras que deverão ocorrer no PR1. Ou seja,

são utilizadas as tarifas de energia elétrica previamente definidas pela Aneel para o PR1, além de se considerar

o desconto tarifário vigente para o setor de água e esgoto durante o período. A esse valor é ainda adicionado

o gasto referente às bandeiras. Via de regra, a Arsae considera bandeiras amarelas para todos os meses com

informação ainda não disponível.

𝐹𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 1

= ∑(𝑝𝑒𝑟𝑓𝑖𝑙 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜𝑃𝑅0 × 𝑡𝑎𝑟𝑖𝑓𝑎𝑠 𝐸𝐸𝑃𝑅1 × (1 − 𝑑𝑒𝑠𝑐𝑜𝑛𝑡𝑜 𝐶𝐷𝐸 𝑃𝑅1))

+ (∑ 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑚ê𝑠𝑃𝑅0 × 𝑝𝑟𝑒𝑣𝑖𝑠ã𝑜 𝑑𝑎𝑠 𝑏𝑎𝑛𝑑𝑒𝑖𝑟𝑎𝑠𝑃𝑅1)

O cálculo observa, portanto, o impacto das variações nas tarifas e bandeiras tarifárias da Cemig sobre

o custo do prestador com energia elétrica, com base no seu perfil de consumo no PR0

Material de Tratamento – Produtos químicos de tratamento de água e de esgoto são considerados

bens comercializáveis (tradables) e, portanto, estão sujeitos à volatilidade do câmbio. Além disso, em geral,

os contratos de aquisição de material de tratamento são reajustados pelo IGP-M. Devido a essas

características, o IGP-M é definido como o índice de preços para este item.

14 As informações do perfil de consumo de energia foram disponibilizadas pelo prestador, com previsão da Arsae para os meses ainda não disponíveis.

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Outros Materiais - O IGP-M foi o índice adotado para reajustar esse item, pois engloba os preços de

serviços diversos ao consumidor amplo, e os materiais abrangem grande diversidade de componentes,

incluindo itens de consumo, laboratoriais e administrativos.

Telecomunicação – Os componentes de telefone fixo, telefone celular e acesso à internet do IPCA-

BH são considerados como proxies mais adequadas para os gastos com telecomunicação. Esses três

componentes recebem pesos iguais na construção do índice de telecomunicação.

Pessoal – Compreende os gastos com pessoal próprio, relativos a salários, benefícios e encargos

sociais. Como os acordos coletivos de trabalho costumam ter como balizador o Índice Nacional de Preços ao

Consumidor (INPC), esse índice foi eleito como mais adequado à avaliação da flutuação do custo de pessoal

próprio.

Treinamento – Compreende os gastos do prestador com Treinamento de Pessoal. As despesas com

treinamento são atualizadas pelo IPCA, pois engloba os preços de serviços diversos ao consumidor amplo.

Serviços de Terceiros – Compreende as despesas relativas a terceiros, tais como conservação e

limpeza, segurança, transporte, serviços postais, consultorias, entre outros. Em função dos serviços

apresentarem um maior grau de diversidade frente aos gastos com pessoal e não incidirem sobre eles

nenhum tipo de acordo coletivo, adotou-se o IPCA, mais abrangente que o INPC.

Manutenção – Incorpora os custos relativos a manutenção e conservação dos sistemas de

abastecimento de água e de esgotamento sanitário. O Índice Nacional de Custo da Construção relativo a

Materiais, Equipamentos e Serviços (INCC-DI MS) foi considerado como a proxy mais adequada para o

reajuste deste item. O INCC geral foi descartado pois contém um componente de mão de obra, item que já

contemplado no subgrupo Pessoal.

Outros custos operacionais – Compreende diversas despesas, como materiais variados, viagens,

seguros, entre outras. A natureza diversa dos bens e serviços em questão induziu à adoção do IPCA, devido

à melhor correspondência com consumo de bens típicos de varejo.

Itens que variam com a receita

Alguns itens de despesas são diretamente relacionados à receita tarifária auferida pelo prestador e,

portanto, seus valores são sempre calculados pela aplicação de um percentual sobre a receita tarifária

resultante de cada etapa do cálculo, nas revisões ou reajustes tarifários. Esse percentual é mantido constante

durante todo o ciclo tarifário. Na prática, nos reajustes, o valor desses itens é atualizado pela variação da

receita a cada etapa do cálculo, sendo a atualização total igual ao Efeito Tarifário Médio (ETM, seção 2.2).

No caso do Saae de Itabira, esses itens são: (i) Pasep (tributo incidente sobre a receita operacional);

(ii) Programa de Controle de Perdas e (iii) Inadimplência (receitas irrecuperáveis).

Demais itens

TFAS – em conformidade com a Lei Estadual 18.309 de 2009, modificada pela Lei Estadual 20.822 de

2013, sua atualização é impactada pela variação do número de economias de água e esgoto do prestador e

pela variação da Ufemg, que por sua vez é atualizada pelo IGP-DI (ver seção 3.2).

Proteção de Mananciais (Lei Piau) – montante definido para cada ano com base na receita

operacional do exercício imediatamente anterior, conforme previsto na Lei Estadual 12.503 - Lei Piau (ver

seção 3.2).

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Recursos hídricos e outros tributos – São atualizados pelo IPCA, que engloba os preços de serviços

diversos ao consumidor amplo.

Custos de capital – O valor para investimentos será reajustado pelo INCC, índice oficial de custo da

construção civil no país.

Outras receitas – São atualizadas pelo IPCA, dada a sua diversidade e em grande parte com caráter

financeiro.

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ANEXO III – Metodologia de compensação de itens não administráveis

No momento da revisão tarifária, são estabelecidos os montantes necessários para custear cada despesa que

será incorrida na prestação dos serviços, considerando o atendimento do mercado existente no período de

referência, nas condições atuais. Em geral, com exceção da aplicação do fator de produtividade, a proporção

de cada item de custos na tarifa não é alterada ao longo do ciclo tarifário em termos reais. Pressupõem-se

que o período de um ciclo tarifário não é suficiente para haver alteração significativa nas condições de

prestação do serviço, a ponto de gerar um desequilíbrio entre receitas e despesas.

Basicamente, os custos podem crescer em termos nominais devido à expansão do atendimento, melhorias

na qualidade da prestação dos serviços ou devido a ineficiências. No primeiro caso, considera-se que o

aumento de faturamento advindo do aumento de usuários atendidos é, no mínimo, suficiente para a

cobertura do custo adicional, dado o custo marginal decrescente. Quanto ao aumento de despesas para

aumento de qualidade, geralmente são alocados recursos na tarifa para despesas como treinamento de

funcionários e desenvolvimento tecnológico, e as melhorias em infraestrutura que exigem investimento são

cobertas antecipadamente no caso de prestadores sem fins lucrativos, ou são remuneradas posteriormente

no caso dos que visam lucro. Quanto ao aumento de custos por ineficiência, a ideia é justamente que seja

desincentivado.

Então, nos reajustes tarifários anuais, os montantes destinados a cobrir cada despesa são corrigidos apenas

pela inflação e, às vezes, são impactados por fatores de incentivo. Em relação à inflação, desde a primeira

revisão tarifária periódica de cada prestador, a Arsae aloca na tarifa antecipadamente uma “projeção”15 da

inflação a ser observada no próximo período. A inflação observada em cada despesa pode ser diferente da

prevista, para mais ou para menos, e isso, em geral, será absorvido pelo prestador, que deve gerenciar os

custos buscando a eficiência na alocação dos recursos.

No entanto, alguns itens de despesa são considerados “não administráveis”, conforme previsão do art. 8°

da Lei 18.309/09, e, mesmo que ainda haja espaço para gerenciá-los, a Arsae garante uma compensação ao

prestador por variações16 diferentes das previstas dentro do ciclo tarifário. Dentro da classificação regulatória

utilizada pela Arsae, enquadram-se como não administráveis os itens alocados nos seguintes subgrupos: (i)

combustíveis e lubrificantes, (ii) telecomunicação, (iii) material de tratamento, (iv) energia elétrica e (v)

tributos e outras obrigações.

Para os quatro primeiros itens, a compensação é referente às diferenças entre inflação prevista e incorrida,

não havendo compensação alguma por variação nas quantidades, apenas nos preços. Ou seja, se o consumo

e a despesa com energia aumentam sem que tenha havido variação nas tarifas (preço), a compensação é

igual a zero. Já para os tributos e outras obrigações, busca-se garantir neutralidade ao prestador, que será

compensado por qualquer diferença entre desembolsos previstos e incorridos, em conformidade com o art.

9º, §3º da Lei de Concessões.

As formas de cálculo são explicadas a seguir. Ao final, é apresentado também o ajuste prospectivo do

patamar dos itens não administráveis, efetuado para não propagar para períodos futuros os erros de

previsão passados.

15 Não se trata exatamente de uma estimativa de quanto será a inflação futura, mas simplesmente de se projetar para frente a inflação que ocorreu no período anterior. 16 Variações referentes à inflação, e não às quantidades, as quais são gerenciáveis. Ressalva-se a exceção para os tributos e outras obrigações, que são compensados integralmente.

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(i) Combustíveis e lubrificantes, telecomunicação e material de tratamento

No momento da revisão tarifária, para se estabelecer um valor de referência para cada uma dessas despesas,

observa-se o custo total incorrido nos últimos 12 meses e, em seguida, atualiza-se esse valor pela inflação

observada nesses mesmos 12 meses, para que o total anual fique a preços do PR1 (período em que a nova

tarifa irá vigorar). Porém, esse procedimento pressupõe que a inflação que será observada nas próximas 12

janelas de 12 meses será a mesma que ocorreu nos últimos 12 meses, o que provavelmente não ocorrerá.

Essa será a diferença a ser compensada. Além disso, mesmo que a inflação dos últimos 12 meses fosse

continuar se repetindo nas próximas 12 janelas de 12 meses, haveria no mínimo o erro de previsão dos

últimos dois meses, que geralmente não estão disponíveis na data dos cálculos tarifários.

Exemplo hipotético supondo apenas um item de despesa, atualizado por um índice único de inflação:

Supondo: PR0: (período utilizado como referência na definição dos custos para o PR1): jan/17 a dez/17;

PR1 (período em que as novas tarifas vigorarão): jan/18 a dez/18.

Supondo uma revisão tarifária sendo calculada em dezembro de 2017 para aplicação das novas tarifas em

janeiro de 2018, e considerando os dados de despesa e inflação apresentados acima, ter-se-ia como

referência o montante anual de R$1.238.438 incorrido no PR0, que seria atualizado pela inflação acumulada

de jan/17 a dez/17 (5,91%), resultando no valor anual de R$1.311.640 a ser contemplado nas tarifas do PR1

(jan/18 a dez/18). Ao proceder a atualização inflacionária dessa forma, o resultado é o mesmo que se fossem

atualizados todos os valores mensais por esse mesmo percentual de 5,91%, e somados em seguida.

Acontece que, na verdade, a inflação será diferente para cada mês, e só será conhecida ao final do PR1. Para

saber corretamente qual seria a despesa em mai/18, por exemplo, seria necessário conhecer a inflação

dez/16 100,00 dez/16 100.000R$

jan/17 100,86 jan/17 100.860R$

fev/17 101,47 fev/17 101.465R$

mar/17 101,94 mar/17 101.942R$

abr/17 102,50 abr/17 102.503R$

mai/17 102,88 mai/17 102.882R$

jun/17 103,15 jun/17 103.149R$ * (1 + 5,91%)

jul/17 103,18 jul/17 103.180R$ = R$ 1.311.640

ago/17 103,43 ago/17 103.428R$

set/17 103,79 set/17 103.790R$

out/17 104,38 out/17 104.382R$

nov/17 104,95 nov/17 104.945R$

dez/17 105,91 jan/17 a dez/17 5,91% dez/17 105.911R$

jan/18 106,49 fev/17 a jan/18 5,59% jan/18 106.493R$

fev/18 107,23 mar/17 a fev/18 5,68% fev/18 107.228R$

mar/18 108,21 abr/17 a mar/18 6,15% mar/18 108.215R$

abr/18 108,94 mai/17 a abr/18 6,28% abr/18 108.940R$

mai/18 109,44 jun/17 a mai/18 6,38% mai/18 109.441R$

jun/18 109,88 jul/17 a jun/18 6,52% jun/18 109.879R$

jul/18 109,89 ago/17 a jul/18 6,50% jul/18 109.890R$

ago/18 110,16 set/17 a ago/18 6,51% ago/18 110.164R$

set/18 110,79 out/17 a set/18 6,75% set/18 110.792R$

out/18 111,26 nov/17 a out/18 6,59% out/18 111.258R$

nov/18 111,82 dez/17 a nov/18 6,56% nov/18 111.825R$

dez/18 112,70 jan/18 a dez/18 6,41% dez/18 112.697R$

1.238.438R$

1.316.821R$

Índice de inflação

observado

Variação acumulada a cada

janela de 12 meses

Evolução da despesa

nominal

Total PR0 (valor de referência)

Referência atualizada para preços do PR1

Valor efetivamente observado no PR1

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acumulada de jun/17 a mai/18, que foi 6,38%, portanto acima dos 5,91% previstos. Ao considerar a inflação

incorrida a cada mês, o total observado no PR1 foi de R$1.316.821, aproximadamente 0,4% acima do

montante previsto. Ressalta-se que, neste exemplo simplificado, estamos supondo que as despesas sofrem

variações apenas em função da oscilação de preços (inflação) e não de quantidades.

Além disso, é necessário considerar o impacto acumulado da inflação com o fator de produtividade e outros

componentes porventura computados após a correção inflacionária.

O cálculo da compensação é efetuado mês a mês. Considerando os dados do exemplo acima, e supondo que

não houvesse fator de produtividade, a compensação referente ao mês de fev/18, por exemplo, poderia ser

descrita pela seguinte equação:

O cálculo exemplificado acima é efetuado para cada mês e os resultados são somados ao final, conforme

equação abaixo:

∑ (𝜋𝑡 − 𝜋𝑡𝑒)𝑛

𝑡=1 ∗ 𝐺𝑒 ∗ 𝑅𝑡

𝑅𝑡𝑒 ∗ 𝑆𝑒𝑙𝑖𝑐𝑡 𝑛 , (1)

onde:

𝜋𝑡 : inflação acumulada de t-11 até t, para cada mês (em %);

𝜋𝑡𝑒 : estimativa de 𝜋𝑡 com base na inflação acumulada nos 12 meses anteriores (PR0). Será igual para todos os meses;

Ge : Gasto mensal (em R$) estimado no reajuste/revisão anterior antes da correção inflacionária (valor anual dividido

por 12). Será igual para todos os meses;

𝑅𝑡

𝑅𝑡𝑒 : ponderador de receita, onde 𝑅𝑡 = faturamento mensal efetivamente observado e 𝑅𝑡

𝑒 = receita mensal estimada

faturando-se o mercado de referência com as tarifas que estavam vigentes;

𝑆𝑒𝑙𝑖𝑐𝑡 𝑛 : Selic acumulada de t até n.

O “ponderador de receita” é utilizado para captar o efeito da variação de preços sobre a variação de

mercado, e é calculado pela razão entre o faturamento do mercado considerado no reajuste/revisão anterior

e o faturamento do mercado efetivamente observado no período em que as tarifas vigoraram, ambas as

receitas calculadas com as mesmas tarifas. Para cada mês do período de referência, o ponderador é dado

pela fórmula: 𝑅𝑡

𝑅𝑡𝑒 , onde: 𝑅𝑡 = faturamento mensal efetivamente observado e 𝑅𝑡

𝑒 = receita mensal estimada

faturando-se o mercado de referência com as tarifas que iriam vigorar. Em outras palavras, o ponderador de

receita mede a diferença entre os volumes17 faturados considerados no último reajuste/revisão e os

efetivamente faturados no período de vigência das tarifas.

17 A utilização da receita em vez do volume de água tem o objetivo de considerar todos os serviços do prestador (água, esgoto coletado e esgoto tratado).

Diferença entre inflação prevista e incorrida (em pontos percentuais)

Selic acumulada de fev/17 a dez/17

Ponderador de Receita, explicado a seguir

Valor mensal alocado na tarifa no último reajuste/revisão,

antes da correção inflacionária

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Conforme já explicado, são compensadas apenas as variações de preços, e não de quantidades, já que a

ineficiência deve ser desincentivada e o aumento de custos por variação de mercado é coberto pelo aumento

do faturamento. Porém, a variação de preços não impacta apenas o montante referente à quantidade

prevista, mas também a parcela referente ao acréscimo nas quantidades devido ao aumento de mercado.

Por exemplo, supondo que houve um aumento no consumo de energia elétrica devido ao crescimento do

mercado atendido que elevou a despesa total de R$100.000 para R$100.500. Ao mesmo tempo, a inflação

observada foi 2 pontos percentuais acima da prevista. O ponderador de receita faz com que a compensação

desses 2% seja feita também sobre os R$500 adicionais e não apenas sobre os R$100.000. Note-se que essa

compensação adicional será igual a R$10,00 (2% de R$500), e não R$510, já que o aumento na quantidade

consumida não é compensado.

Por fim, é necessário considerar o impacto acumulado da inflação com o fator de produtividade e outros

componentes porventura considerados após a correção inflacionária. Então, supondo agora que tenha sido

aplicado um Fator de Produtividade igual a -2%. Assim, o exemplo do cálculo da compensação referente ao

mês de fev/18 seria adaptado para:

{ [(1 + 5,68%) ∗ (1 − 2%) − 1] − [(1 + 5,91%) ∗ (1 − 2%) − 1] } ∗ 𝑅$ 1.238.438

12∗ 𝑃𝑜𝑛𝑑𝑒𝑟𝑎𝑑𝑜𝑟 ∗ 𝑆𝑒𝑙𝑖𝑐

Ou, de forma genérica, a compensação total seria dada por:

∑ { [(1 + 𝜋𝑡) ∗ (1 + 𝐹𝑃) − 1] − [(1 + 𝜋𝑡𝑒) ∗ (1 + 𝐹𝑃) − 1] } ∗ 𝐺𝑒 ∗

𝑅𝑡

𝑅𝑡𝑒 ∗ 𝑆𝑒𝑙𝑖𝑐𝑡 𝑛

𝑛𝑡=1 , (2)

onde:

𝜋𝑡 : inflação acumulada de t-11 até t, para cada mês (em %);

𝜋𝑡𝑒 : estimativa de 𝜋𝑡 com base na inflação acumulada nos 12 meses anteriores (PR0). Será igual para todos os meses;

FP : Percentual do Fator de Produtividade após a correção inflacionária. Será igual para todos os meses;

Ge : Gasto mensal (em R$) estimado no reajuste/revisão anterior antes da correção inflacionária (valor anual dividido

por 12). Será igual para todos os meses; 𝑅𝑡

𝑅𝑡𝑒 : ponderador de receita, onde 𝑅𝑡 = faturamento mensal efetivamente observado e 𝑅𝑡

𝑒 = receita mensal estimada

faturando-se o mercado de referência com as tarifas que iriam vigorar;

𝑆𝑒𝑙𝑖𝑐𝑡 𝑛 : Selic acumulada de t até n.

(ii) Energia elétrica

A compensação referente ao item energia elétrica é calculada de forma similar à descrita para combustíveis

e lubrificantes, telecomunicação e material de tratamento, com duas exceções referentes ao índice de

variação de preços considerado:

O índice não é previsto com base no observado nos últimos 12 meses, pois a variação das tarifas de

energia elétrica em um período pouco se relaciona com a variação observada no período anterior. Isso

também pode ser verdade para outros itens, mas a despesa com energia elétrica é a segunda de maior

peso dentre os custos operacionais, de modo que os erros de previsão têm impacto relevante no fluxo

de caixa.

Para mensurar a inflação, em vez de basear em índices calculados e divulgados por outras instituições,

como IPCA e IGP-M, a Arsae calcula o índice de reajuste de energia elétrica (IEE), que capta o impacto

das variações nas tarifas e bandeiras da Cemig sobre a despesa do prestador com esse item, com base

no seu perfil de consumo no PR0. O cálculo do IEE é dado pela equação abaixo:

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𝐼𝐸𝐸 = 𝐹𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 1

𝐹𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 0− 1 (3)

Onde: Faturamento 0 = faturamento simulado do consumo de energia elétrica do prestador nos meses do PR0 com

as tarifas e bandeiras que vigoraram no mesmo período;

Faturamento 1 = faturamento simulado do consumo de energia elétrica do mesmo período, porém com as

tarifas e bandeiras que ocorrerão (previsão) no PR1.

A Arsae não conhece a priori as bandeiras tarifárias que vigorarão no próximo período, sendo necessário

prevê-las. Geralmente prevê-se bandeira amarela, exceto quando há uma informação diferente com base

em declarações da Aneel, por exemplo. Já no caso das tarifas, na data de publicação de reajustes/revisões

do Saae de Itabira, já foi divulgado o índice de reajuste ou revisão da Cemig pela Aneel daquele ano

(geralmente 28 de maio), que vigorará até maio do ano seguinte. Como o PR do Saae de Itabira é de dezembro

a novembro, é necessária uma previsão para os últimos seis meses. Esta é feita com base nas variações

previstas do IGP-M18 acumulado de junho a maio;

O IEE resultante é utilizado para reajustar as despesas com energia elétrica a cada reajuste ou revisão,

projetando-as para preços do PR1.

Já para o cálculo da compensação referente ao período anterior, são calculadas, de forma análoga à equação

acima, as variações mensais efetivamente observadas19 após transcorrido o período (IEEs mensais

observados). A compensação é calculada então a partir das diferenças entre o IEE previsto (𝝅𝒕𝒆) e as

variações mensais observadas (𝝅𝒕 ) , conforme demonstrado nas Equações (1) e (2).

(iii) Tributos e outras obrigações

Para os itens do grupo “tributos e outras obrigações”, busca-se garantir neutralidade ao prestador, que será

compensado por qualquer diferença entre desembolsos previstos e incorridos, em conformidade com o art.

9º, §3º da Lei de Concessões. Ressalta-se que não se enquadram aqui os tributos sobre o lucro.

Assim, a compensação para cada item (TFAS, Pasep e outros)20 é dada pela diferença entre o montante

auferido na receita tarifária para pagamento desses tributos e o montante efetivamente gasto. O montante

auferido para cada item é calculado aplicando-se, sobre a receita tarifária auferida21 a cada mês, o percentual

(da RT1 aplicação) definido para aquele item no reajuste/revisão anterior. Já o montante incorrido é

informado pelo prestador e consistido com as informações contábeis. Destaca-se que, para o item Pasep, a

alíquota estabelecida na revisão tarifária foi líquida de recuperação de crédito tributário, de modo que o

valor incorrido a ser comparado também deve ser líquido.

Ajuste prospectivo do patamar dos itens não administráveis (exceto tributos e outras obrigações)

As compensações calculadas da forma explicada acima objetivam compensar as diferenças percebidas no

período passado, devido aos erros de previsão. Porém, os valores de cada item que serão considerados para

18 O IGP-M é o índice de inflação considerado pela Aneel nos reajustes/revisões tarifárias. Para períodos em que o índice oficial ainda não foi divulgado, a Arsae utiliza previsões do Banco Central. 19 E considerando, além das tarifas e bandeiras incorridas, as alíquotas de Pasep incorridas pela Cemig a cada mês, para que o prestador seja compensado também pela variação nessas alíquotas. 20 O item Proteção de Mananciais (Lei Piau) também faz parte deste grupo, mas sua compensação observa regras adicionais tratadas separadamente. 21 Receita direta de água e esgoto sem incluir vendas canceladas e descontos.

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o período seguinte (exceto tributos e outras obrigações) também são afetados por esses erros de previsão,

podendo estar em patamar acima ou abaixo do correto.

Por isso, além da compensação retroativa, é feito um ajuste prospectivo sobre os índices de correção

inflacionária a serem aplicados sobre os itens não administráveis (exceto impostos e taxas), de modo a evitar

a propagação, para os períodos futuros, dos erros de estimação dos índices no último reajuste.

Por exemplo, considerando que:

o montante para energia elétrica era R$ 100,00 no ano 1 e foi reajustado em 10%, resultando em

R$ 110,00 para o ano 2;

no outro ano, ao calcular a compensação de itens não administráveis, verifica-se que a inflação

incorrida foi 5% e não 10%, sendo necessário devolver aos usuários R$ 5,00 referentes ao período

anterior. Em termos percentuais, a diferença entre previsto e realizado no período anterior foi igual

a: (1+5%) / (1+10%) – 1 = - 4,55%.

Pode-se observar que essa compensação retroativa não anula a necessidade de se corrigir o valor que será

base para os períodos futuros, o qual deve ser R$ 105,00 e não R$ 110,00. Se for prevista para o ano 3 uma

inflação de 8%, por exemplo, esse percentual deve ser aplicado sobre R$ 105,00, resultando em R$ 113,40,

e não sobre a base de R$ 110, que levaria a um resultado superestimado.

Por isso, é feito o ajuste prospectivo, ajustando-se o valor base de cada item conforme exemplo: R$ 110 *

[1+(-4,55%)] = R$ 105.

Alternativamente, pode-se efetuar um ajuste no percentual de 8%: (1 + 8%) * (1 - 4,55%) - 1 = 3,09%. Assim,

esse percentual de 3,09% pode ser aplicado sobre a base de R$ 110 advinda do cálculo tarifário anterior,

levando ao resultado correto de R$ 113,40.

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ANEXO IV– Destinações Específicas

A Arsae desenvolveu o conceito de Destinação Específica para agrupar itens que devem ter um

tratamento regulatório diferenciado. Os recursos associados a itens de Destinação Específica deverão ser

depositados em contas vinculadas e somente poderão ser acessados pelo prestador para cumprir os

objetivos acordados com o regulador. Esses recursos estarão sujeitos a controles contábeis e extra contábeis,

assim como será garantida a transparência aos usuários, titular dos serviços (município) e demais

interessados. Desta forma, em vez de comporem o recurso em que o prestador tem livre gestão, haverá

garantia de aplicação desses recursos para a realização dos objetivos previstos pelo regulador.

Programa de Redução de Perdas

No que se refere ao Programa de Redução de Perdas, para acesso aos recursos, que estarão

depositados em uma conta vinculada, o Saae deve apresentar à Arsae projetos detalhados de cada ação, os

quais devem conter, pelo menos, os seguintes pontos:

i. Detalhamento da ação;

ii. Resultados esperados;

iii. Valores previstos e cronograma de desembolso; e

iv. Prazo de execução.

Os projetos serão avaliados pela equipe técnica da Agência, sendo passíveis ou não de homologação.

O recurso disponível na conta vinculada apenas poderá ser utilizado após homologação das ações previstas

em projeto. Salienta-se que todas as alterações em ações já homologadas pela Agência deverão ser

justificadas oficialmente pelo prestador de serviços previamente à utilização do fundo de destinação

específica, caso contrário o investimento não será reconhecido como de combate às perdas e o recurso

retirado da conta vinculada deverá ser ressarcido.

Serão homologadas ações no âmbito do Programa de Controle de Perdas do Saae de Itabira, que

estejam relacionadas aos seguintes eixos:

1. Diagnóstico: estudos e consultorias com o objetivo de retratar a situação do sistema de

abastecimento de água para subsidiar o planejamento de ações e a tomada de decisão.

2. Informação: ações voltadas à melhoria da confiabilidade dos dados relacionados ás perdas de água

no sistema, principalmente no que se refere ao volume de água produzido, consumido e a pressão no

sistema. Nesse aspecto também ficam incluídas ações voltadas à calibração dos equipamentos e a utilização

de tecnologia para monitoramento remoto dos dados.

3. Gestão: ações internas voltadas à capacitação de pessoal, melhoria do cadastro de rede e sua

integração com o cadastro comercial.

4. Perdas Aparentes: ações relacionadas à redução de ligações clandestinas, fraudes e submedições.

5. Perdas Reais: ações de combate às perdas físicas de água, bem como setorização dos sistemas de

abastecimento de água.

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No que se refere ao acompanhamento das ações para controle e redução de perdas de água

homologadas para o Saae de Itabira, salienta-se que serão consolidados relatórios semestrais pela EquiPAR

com base nos dados encaminhados pelo prestador de serviços, de acordo com as diretrizes definidas pela

Gerência de Ativos Regulatórios, responsável por acompanhar o Plano de Investimento no município.

Programa de Desenvolvimento e Gestão

Quanto ao Programa de Desenvolvimento e Gestão, através do Ofício SAAE/IRA ADM nº 016/2019,

o prestador informou à Arsae-MG que optou por esperar a conclusão do concurso público e admissão de

novo profissional da área contábil para dar início a contratação da consultoria. Além disso, o Saae havia

garantido a agência envio do termo de referência para contratação da Empresa até 04/07/2019, entretanto

até o momento da publicação desta nota técnica, o Saae/Itabira ainda não havia realizado a contratação da

consultoria e nem ao menos enviado o termo de referência a agência.

Durante o ciclo que se estendeu de novembro/2017 a novembro/2019, foram incluídas na tarifa

R$350 mil no primeiro ano e outros R$365 mil no ano subsequente para o Programa de Desenvolvimento e

Gestão. Como os gastos a que esses valores se destinavam não ocorreram, não serão incluídos recursos

tarifários adicionais nesta Revisão tarifária. Além disso, os recursos acumulados em conta bancária específica,

autorizados pela Resolução 101/2017 e mantidos pela Resolução 115/2018, deverão ser gastos

exclusivamente com ações que se enquadrem no contexto do Programa de Desenvolvimento e Gestão. No

caso específico deste programa, caso o prestador não realize a contratação da consultoria até o Reajuste de

2020, a Arsae-MG aplicará compensação financeira em favor dos usuários no próximo Reajuste Tarifário em

igual montante ao saldo acumulado na conta vinculada. Mesmo após a aplicação da compensação financeira,

o saldo da conta vinculada referente ao Programa de Desenvolvimento e Gestão deverá permanecer

inalterada.

Uma vez contratada a consultoria, permanecem os eixos de atuação do programa formulados na

Revisão de 2017. Sendo assim, as recomendações e resultados esperados da consultoria continuam sendo:

i. Avaliar procedimentos de registros contábeis, com mapeamento de riscos e instituição de

mecanismos de controle;

ii. Sugerir e implementar adequações e padronizações de procedimentos contábeis;

iii. Orientar e apoiar o Saae na implantação do Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor

Público (MCASP) e transição do regime de caixa para o regime por competência;

iv. Apoiar o Saae na adequação do Plano de Contas do Saae à Contabilidade Regulatória a ser

apresentada pela Arsae;

v. Capacitar o pessoal próprio do Saae responsável pela contabilidade;

vi. Verificar consistência e adequação de informações, especialmente contábeis e comerciais;

vii. Avaliação da qualidade das informações essenciais para a gestão do Saae (contabilidade e

comercial), identificando seus responsáveis bem como os critérios para sua apuração;

viii. Avaliar a adequação dos sistemas de informação adotados pelo Saae (em especial contábeis

e comerciais), identificando e especificando (do ponto de vista de negócio) as

implementações eventualmente necessárias;

ix. Apoiar o prestador na interlocução com as empresas responsáveis por esses sistemas de

suporte, visando à parametrização e/ou desenvolvimento das funcionalidades necessárias à

incorporação dos processos e procedimentos de suporte ao negócio que venham a ser

adequados no âmbito da consultoria;

x. Realizar a apuração e análises por centro de custos para acompanhamento gerencial

continuado e propostas de ações;

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xi. Apoiar o Saae a implementar as ações aprovadas e a estrutura-las de forma a assegurar a sua

continuidade;

xii. Instituir indicadores para diagnóstico e para acompanhamento dos resultados das ações;

xiii. Identificar, analisar e propor soluções e metas para os pontos críticos com base nos

indicadores apurados;

xiv. Definir metas para indicadores de gestão e mobilizar Saae para alcance das mesmas;

xv. Analisar e apoiar Saae no atendimento a demandas de informações solicitadas pelo

Regulador, garantindo a qualidade das mesmas, fazendo ressalvas quando necessário, e

assegurando o cumprimento dos prazos acordados;

xvi. Apoiar o Saae no levantamento, registro e consistência de informações para o Sistema

Nacional de Informações Sobre Saneamento (Snis);

xvii. Apoiar o Saae na implementação de consistências adotadas pela Arsae para verificação das

qualidades das informações;

xviii. Apoiar o Saae no entendimento e absorção das normas regulatórias e orientá-lo na

implementação de adequações;

xix. Avaliar a estrutura do Saae, principalmente na área administrativa, e sugerir melhorias e

ações que permitam aumento de eficiência e eficácia, avaliando custos e benefícios;

Por fim, até que o Programa de Desenvolvimento e Gestão esteja concluído, o Saae/Itabira deverá:

manter as contas bancárias exclusivas para acolher os valores destinados à compensação financeira do

Programa de Desenvolvimento e Gestão; providenciar a divulgação trimestral, em seu sítio eletrônico na

internet, dos resultados alcançados do Programa de Desenvolvimento e Gestão – em especial com relação

aos seus objetivos essenciais e viabilização de iniciativas; enviar à Arsae relatórios trimestrais elaborados pela

consultoria, contendo: avaliação dos processos e da qualidade das informações (contábeis e comerciais);

riscos mapeados e controles necessários; estágio de implementação dos controles; resultados alcançados

com relação à qualidade das informações; indicadores de gestão adotados; resultados do diagnóstico do

Saae; ações sugeridas e resultados esperados; resumo das ações de gestão desenvolvidas, com objetivos e

resultados alcançados; desafios enfrentados pelo Saae; e análise da estrutura administrativa do Saae e

sugestão de adequação. Relatórios de atividades mensais deverão ser fornecidos ao prestador, permitindo o

devido acompanhamento dos trabalhos da consultoria externa que venha a ser contratada e o seu

pagamento em função do adequado atendimento ao plano de trabalho estabelecido.