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Detecção Automática do Complexo QRS e Reconhecimento de Contração Ventricular
Prematura (CVP) em ECG
Autores: João Paulo do Vale Madeiro Paulo César Cortez Francisco Ivan de Oliveira Robson da Silva Siqueira
UFC - UFC - Universidade Federal do CearáUniversidade Federal do Ceará DETI - DETI - Departamento de Engenharia de TeleinformáticaDepartamento de Engenharia de Teleinformática
As Arritmias Cardíacas
– Constituem um dos tipos mais perturbadores de disfunção cardíaca;
– Resultam do ritmo cardíaco anormal;
– Ritmicidade anormal do marca-passo;
– Deslocamento do marca-passo do nodo sinusal para outras áreas do coração;
– Vias anormais para transmissão do impulso elétrico.
Contração Ventricular Prematura
• Foco situado em região ventricular dispara impulso precocemente assumindo função de marca-passo;
• Próximo impulso que se segue, originado no nodo sinusal, ocorre após pausa compensadora.
Contração Ventricular Prematura
• No ECG, as características da CVP são:
– Complexo QRS prolongado e com alta amplitude;
– Onda T, com potencial elétrico de polaridade oposta à do complexo QRS;
– Pausa compensadora entre a contração prematura e a contração seguinte.
O Sinal Eletrocardiograma
1a Fase: Diástole;2a Fase: Sístole Auricular;3a Fase: Sístole Ventricular.
Algoritmo Proposto
• Combinação das técnicas do limiar adaptativo e da transformada Wavelet;
• Não há pré-processamento;
• Detector R-R (localização dos picos R e determinação do Ritmo Cardíaco) e detector Q-S (localização dos picos Q e S e determinação da energia do QRS).
ECG(n)Detector R-R
Detector Q-S
Transformada Wavelet
• Decomposição de um sinal como um conjunto de funções base, através de parâmetros de dilatação e translação
• Wavelet-Mãe: “Chapéu de Mexicano”:
dta
bttx
abxWa
)(1
)(
2
2 21
( ) (1 )2
t
t t e
Translaçãob
Escalaa
(1)
(2)
O Detector - RR
ECG(n) Varredura e comparação
Testa pico
Filtragem de Intervalo
Armazena pico R
Validação de Pico
Atualização do parâmetro
limiar
Th(k)
A técnica do limiar adaptativo
• Re[k] – Amplitude estimada do batimento k ;
• R[k-1] – Amplitude real do batimento k-1;
• X, Y - Baseados em discrepâncias R[k-2] R[k-1];
• Th[k] - Parâmetro limiar para detecção do batimento k;• a - Fator de Amplitude;
*Re[ ] * [ 1][ ] *
X k Y R kth k
X Y
(3)
(4).]1[
]Re[
kth
k
Validação de Pico e Falha de Limiar
,)(
)(][
RR
RRmkI
•I[k] – Último intervalo;
•Detecção Falso-Positivo –
•Detecção Falso-Negativo -
•Indicação de Detecção Correta -
1
2
21
Detecção Falso-Positiva
• Um intervalo em torno do pico em teste é selecionado e a transformada Wavelet é aplicada de modo a validar o pico em análise.
Detecção Falso-Negativa
• O algoritmo aplica a transformada de Wavelet sobre o intervalo onde nenhum pico foi detectado. Um limiar temporário é calculado.
R[k-1] > 1.25*R[k-2] R[k-1] < 1.25*R[k-2]
I[k] > 2*I[k-1] =0.50th[k]= *R[k-2]
=0.30th[k]= *R[k-1]
I[k] < 2*I[k-1] =0.70th[k]= *R[k-2]
=0.50th[k]= *R[k-1]
Detecção Falso-Negativa
• Ilustração do processo de correção da detecção falso-negativa.
O Detector QS
• Estágio de estimação: Teste de um range de resoluções ou escalas da transformada Wavelet (detecção de pontos críticos).
a = 6 a = 7 a = 9
O Detector QS
• W[n] – Wavelet-filha correspondente a uma dada escala;• QRSk[n] – Intervalo QRS segmentado, pela detecção dos pontos críticos;• Cada resolução terá um parâmetro característico e como indicador de
eficiência; • A resolução que obtiver um menor valor médio de e, ao longo do treinamento,
é selecionada para uso;• Este valor mínimo é armazenado como referência.
2
2
])[(
])[][(
nW
nQRSnWe k
O Detector QS
• Ao longo do processamento, o parâmetro e continua sendo monitorado;
• Se para uma dada detecção, o valor de e exceder o erro mínimo de referência, obtido no treinamento, procede-se a mudança de escala.
• Abaixo, ilustração do processo de segmentação do QRS
Reconhecimento da Contração Ventricular Prematura
São testadas 3 condições para o reconhecimento. • Pausa Compensatória:
– I[k] > (1+X)I[k-1];
• Energia do QRS central:– EQRS
C > EQRSD e EQRS
C > EQRSE;
• Relação de sinal entre Pico T e complexo QRS:– ECG[T(i)]*ECG[R(i)] < 0.
A verificação das 3 condições acima implica no reconhecimento do batimento central como uma CVP.
Análise dos Resultados
• Experimentos de testes com a base de dados Arrhythmia Database do MIT-BIH;
• Detecção do Complexo QRS:– Se(%) = 99.06%, +P(%) = 99.7%, DER = 1.27%
Se - Sensitividade
+P - Preditividade Positiva
DER - Taxa de Erro de Detecção
TP – Detecções corretas;
FN – Falso Negativos;
FP – Falso Positivos;
NQRS – Total de complexos QRS em um exame.QRSN
FNFPDER
FPTP
TPP
FNTP
TPSe
%,(%)
%,(%)
Análise dos Resultados
• Reconhecimento de CVP’s (taxa de detecção de 63.7%):
Exame Total CVP CVP’s detectadas
100 1 1
102 4 3
104 2 0
106 520 222
116 109 38
118 96 43
119 444 442
Conclusão
• Eficiência na detecção de complexos QRS, inclusive em exames com forte contaminação de ruído, como 105, e com expressiva variação da morfologia do complexo QRS, como o 106.
• Taxa de detecção de CVP’s de 63.7%. Levando em consideração que o método não utiliza pré-procesamento, mas apenas as informações obtidas pelo detector do QRS, que são os intervalos R-R e os limites de cada complexo QRS, consideram-se que estes resultados são satisfatórios.
• Mais simulações serão realizadas e novos resultados serão documentados para o método proposto.
Grupo de Trabalho
• Prof. Dr. Paulo César Cortez (DETI – UFC)E-mail: [email protected]
• João Paulo do Vale Madeiro – PET – ElétricaE-mail: [email protected]
• Francisco Ivan Oliveira – mestrando UFCE-mail: [email protected]
• Robson Siqueira – mestrando UFC / Instituto AtlânticoE-mail: [email protected]