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APRESENTAÇÃO
Este relatório descreve as atividades realizadas em dezembro de 2015 e janeiro de 2016, no Projeto
Cultura com Inclusão e Educação, apoiadas pelo convênio celebrado entre o Grupo Cultural AfroReggae
e a Secretaria Municipal de Cultura da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro.
Dentre as ações realizadas, destacamos as atividades culturais disponibilizadas às comunidades por
meio de oficinas que trabalham com as mais variadas linguagens artísticas e a ampliação dessas
intervenções por meio de atividades extracurriculares, como por exemplo, as colônias de férias,
organizadas visando a oferta de alternativas de cultura e lazer às crianças e adolescentes no período do
recesso escolar.
Também seguimos com o fortalecimento da rede de serviços educativos e socioassistenciais nos
territórios onde estão localizados os núcleos comunitários, por meio dos Conselho de Participação e
Gestão Social, com reuniões sistemáticas que estimularam o debate e a intersetorialidade.
Outro ponto de destaque no período foi a integração de todos os alunos com a realização do AfroMix,
agenda de eventos culturais onde o resultado do trabalho desenvolvido ao longo do ano nas oficinas
culturais e artísticas foi apresentado nos espaços de referência do AfroReggae.
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OBJETIVO
O projeto tem como objetivo o desenvolvimento de atividades e ações de cultura, inclusão e educação
para 610 crianças, adolescentes e jovens, nos núcleos de cultura e ação comunitária do AfroReggae,
através da criação e fortalecimento de espaços de produção de novas e diversas oportunidades para o
público que transita por estes equipamentos socioculturais.
Nos meses de referência deste relatório desenvolvemos ações sociais, atividades culturais e projetos
artísticos de inclusão e educação, totalizando uma média de 1.032 atendimentos por mês.
Como forma de ampliação das ações culturais, também oferecemos o Afro Cine, sessões semanais de
cinema abertas à comunidade e às escolas municipais das regiões de atuação dos núcleos, que nos
meses de referência deste relatório contaram com a presença de 131 crianças e adolescentes/mês.
A seguir descreveremos as ações apontadas e destacadas, de acordo com a apresentação e objetivos
descritos acima e as demais áreas de atuação deste projeto com as respectivas metas e atividades
relacionadas nos meses de dezembro de 2015 e janeiro de 2016.
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METAS
Área de Modernização e Gestão
META 1: Aperfeiçoar de forma permanente o processo de gestão descentralizada com foco na eficiência
e economicidade, buscando uma diminuição de 10% nos custos da instituição do ano atual comparado
ao ano anterior.
Seguimos com o modelo de gestão descentralizada, que tem garantido maior agilidade na execução
técnica, demonstrando ser o que apresenta melhores resultados. A proposta, conforme já descrito nas
fases anteriores, articula as equipes financeira, administrativa, de recursos humanos, prestação de
contas e gestão de relacionamento.
Apresentamos a seguir o comparativo que permite a avaliação dos custos com base nos exercícios de
2014 e 2015 que apresenta uma redução de 47,9% , indicando a economicidade alcançada por meio
dessa estratégia de gestão.
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META 2: Garantir total transparência de todas as compras, despesas e informações de Gestão, através
do site da instituição, envolvendo a comunidade atendida e com ela debatendo suas prioridades.
Através do portal AfroReggae (www.afroreggae.org), na aba “Transparência”, temos disponibilizado
todos os Convênios e Contratos, Certidões, Folha de Salários, Notas Fiscais, Projetos, Processos de
Compras, Relatórios Técnicos, Cadastro de Fornecedores e Prestações de Contas.
Site do AfroReggae – Aba Transparência.
META 3: Manter ativos os Conselhos de Participação e Gestão Social nos Núcleos de Cultura e Ação
Comunitária do AfroReggae com reuniões bimestrais e lista de presença divulgada no site.
Os Núcleos de Cultura e Ação Comunitária do AfroReggae, além das atividades sistemáticas e
cotidianas, seguem com o acolhimento de demandas socioassistenciais, tanto de familiares dos
participantes das oficinas culturais, como dos demais moradores das comunidades onde atuam, que têm
nos equipamentos uma importante referência decorrente do trabalho desenvolvido. Esse acolhimento se
dá, principalmente, por meio de um processo de escuta, articulação e encaminhamentos para a rede
socioassistencial municipal, como Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), Centros de
Referência Especializados de Assistência Social (CREAS) e demais equipamentos de referência da
Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro responsáveis pelo atendimento à população.
Esta articulação permite o estreitamento das relações institucionais com a diversidade de instituições
públicas, privadas e do terceiro setor, bem como a constante troca de informações relevantes ao
atendimento à população, partindo sempre do princípio de que o público atendido deve ser
compreendido como diverso e multidimensional, fazendo-se necessária a ativação e manutenção de
uma rede parceira de serviços locais cada vez mais ampla e dinâmica.
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Nessa perspectiva e a partir do princípio de que os Conselhos de Participação são importantes espaços
de troca de informações, os Núcleos de Cultura e Ação Comunitária do AfroReggae seguem debatendo,
avaliando o cenário em que estão inseridos, construindo estratégias coletivas de enfrentamento dos
problemas vivenciados nestes espaços e articulando ações conjuntas visando a integração do trabalho
desenvolvido pelas instituições.
No dia 09/12/15 o Conselho de Participação e Gestão Social da área de abrangência da Arena
Benjamim de Oliveira contou com a participação do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS)
que abrange o território do Morro do Cantagalo e Pavão-Pavõzinho e da ONG Harmonicanto. Na ocasião
foi discutido o fluxo de atendimento realizado pelo CRAS das demandas socioassistenciais identificadas
pela equipe do AfroReggae e da ONG, bem como os procedimentos para absorção dos
encaminhamentos da rede municipal nas oficinas culturais e artísticas apoiadas pelo convênio.
No dia 07/01/16 o Conselho de Participação e Gestão Social da área de abrangência do Núcleo
Comunitário do Caju contou com a participação de representantes da Associação de Moradores do
Parque Boa Esperança e da Associação de Moradores do Parque São Sebastião. Na ocasião foi
avaliado o processo de articulação no ano de 2015 e discutidas as estratégias de divulgação e
mobilização da comunidade para duas ações organizadas pelo Núcleo. A primeira relativa a uma ação
de empregabilidade organizada pela Agência Segunda Chance do AfroReggae, e a segunda relativa à
Colônia de Férias, onde foram organizadas atividades artísticas e culturais abertas à comunidade no
período do recesso escolar.
No dia 26/01/16 o Conselho de Participação e Gestão Social da área de abrangência da Arena
Benjamim de Oliveira contou com a participação do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS).
Na ocasião foi discutida a realização de uma atividade cultural com foco no carnaval, visando a
integração do público atendido pelo Núcleo do AfroReggae e o grupo de convivência do CRAS.
Área de Ação Comunitária, Educação e Cultura
META 1: Reorganizar as atividades socioculturais nas comunidades socialmente vulneráveis da região
metropolitana do Rio de Janeiro com base na avaliação dos alunos que participam das oficinas. A
avaliação será realizada por pelo menos 75% dos alunos.
Dando continuidade ao que foi descrito nos relatórios anteriores, nos meses de dezembro e janeiro
foram concretizadas as ações decorrentes das avaliações feitas pelos alunos e pelo “Grupo de
Educadores”, sobre as oficinas que participam e sobre o trabalho que desenvolvem, respectivamente. O
“Grupo de Educadores” é formado pela equipe de instrutores e monitores, e tem o objetivo de reunir-se
periodicamente para a avaliação e planejamento continuado do trabalho desenvolvido.
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Na avaliação, os alunos das oficinas apontaram alguns problemas relativos às relações interpessoais,
dado que resultou no planejamento, por parte do Grupo de Educadores, de atividades extracurriculares
sistemáticas e pontuais, com um perfil mais lúdico, com a participação de crianças e adolescentes não
inscritos nas oficinas e como forma de promover a integração por meio de atividades paralelas às
oficinas. Nessa perspectiva destacamos duas principais ações, a Colônia de Férias, como atividade
pontual, e o Afrocine, que pelo sucesso e aceitação dos participantes, acabou por tornar-se uma
atividade sistemática nos Núcleos Comunitários do AfroReggae.
As Colônias de Férias visaram o oferecimento de atividades lúdicas onde algumas habilidades das
oficinas foram trabalhadas por meio de brincadeiras, jogos, gincanas, concursos, etc, como forma de
oferecer recreação aos alunos e demais crianças e adolescentes das comunidades de abrangência dos
Núcleos no período do recesso escolar. Outro objetivo da Colônia de Férias foi trabalhar e fortalecer os
vínculos de amizade, cooperação e solidariedade entre os participantes tendo em vista os problemas
interpessoais identificados e já citados acima, o que desde então vem sendo foco de atenção dos
profissionais dos três Núcleos de referência deste relatório.
No Núcleo Comunitário do Caju a Colônia de Férias aconteceu de 11 a 22 de janeiro. O primeiro dia
focou na formação das equipes participantes da gincana proposta. Dois grupos foram formados, cujos
nomes escolhidos pelos participantes foram “Guerreiros do Sol” e “Trovão”. Também foi o momento de
pactuar as regras de convivência, regras dos jogos, pontuações e penalidades. Nos dias seguintes foram
organizadas competições entre as equipes, como batalha do passinho, batalha de torcidas, de
recolhimento de garrafas pet, corrida do saco, corrida com ovo na colher, elástico, bambolê, amarelinha,
cabo-de-guerra, tênis de mesa, bem como oficinas de canto, dança, música, teatro, de confecção de
pufes com garrafas pet e máscaras de carnaval, sempre com o objetivo de promover entretenimento e
trabalhar a unidade do grupo.
No Centro de Inteligência Coletiva Lorenzo Zanetti (Núcleo de Parada de Lucas) a Colônia de Férias
aconteceu do dia 11 de janeiro a 4 de fevereiro e contou com atividades que não fazem parte da rotina
do Núcleo, como as oficinas de bateria e dança, além de atividades recreativas. Atividades semelhantes
aconteceram na Arena Benjamim de Oliveira (Núcleo do Cantagalo Pavão-Pavãozinho), porém, neste
caso, em parceria com o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) da Prefeitura do Rio de
Janeiro, quando foram reunidas as crianças inscritas na oficina de circo e as crianças participantes do
Grupo de Convivência do CRAS. As atividades aconteceram do dia 4 de janeiro ao dia 29 de janeiro, às
segundas, quartas e sextas, sendo que em duas semanas as atividades aconteceram na Praia de
Ipanema e nas semanas seguintes na sede do Núcleo.
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Outra atividade sociocultural realizada nos núcleos do AfroReggae é o Afrocine, pensado para o público
infantil com o objetivo de estimular a criatividade, sensibilidade, olhar crítico, o prazer, conhecimento,
além, é claro, de proporcionar um espaço de sociabilidade e diversão para as crianças participantes. A
concentração, o exercício de expressão e escuta, bem como de participação política e comunitária
também são trabalhados, já que os participantes, na maioria das vezes, elegem os filmes que desejam
assistir e são exibidos.
Com o tempo o Afrocine foi se solidificando enquanto referência para as crianças, que chegam cedo e se
organizam nas portas dos núcleos para retirar suas entradas, dando um verdadeiro show de organização
e respeito.
Afrocine do Núcleo do Cantagalo/Pavão-Pavãozinho – Exibição do Filme Creche do Papai.
Foto: Arquivo AfroReggae.
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Colônia de Férias do Núcleo do Caju. Foto: Arquivo AfroReggae.
Colônia de Férias do Núcleo do Cantagalo na Praia de Ipanema. Foto: Arquivo AfroReggae
Meta 2: Realizar acompanhamento familiar utilizando o índice de pobreza multidimensional, e
direcionando as famílias às políticas públicas a fim de sanar as privações classificadas no risco social
familiar, tendo como meta a diminuição do risco social familiar de 100% das famílias.
Mantivemos a aplicação do instrumento para medir o“Índice de Pobreza Multidimensional” e o “Risco
Social Familiar” como estratégia de acompanhamento familiar em todas as famílias dos alunos novos e
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antigos. O acompanhamento seguiu no sentido de realizar visitas domiciliares de acompanhamento e
encaminhamento para serviços de referência de acordo com cada caso, tais como: CRAS – Centro de
Referência de Assistência Social; Agência Segunda Chance, nos casos de inserção no Mercado de
trabalho e CRE – Corregedoria Regional de Educação, nos casos de criança/adolescentes fora da
escola.
A seguir apresentamos os dados consolidados do “Risco Social Familiar” comparando a classificação de
risco encontrada no início do projeto e os resultados encontrados ao final, após o acompanhamento
familiar. Percebemos, então, a predominância do Risco 3, o que significa, tendo como base a Tabela de
Classificação de Risco já detalhada nos relatórios anteriores, que nas famílias acompanhadas são
identificadas as seguintes situações de vulnerabilidade: moradores com mais de 16 anos que não
terminaram o ensino fundamental; jovens que abandonaram o ensino médio; adultos desempregados;
situação de habitação precária; mulher chefe de família com escolaridade mas desempregada.
Esse resultado é encontrado em razão de muitas famílias que estavam em Risco 5 terem migrado para
os Riscos 2 ou 3, em decorrência do acompanhamento familiar realizado, além da inscrição de novos
alunos no decorrer do projeto.
Como estratégia para disponibilizar referências de empregabilidade aos componentes das famílias
atendidas nos núcleos, foram organizados com a Agência Segunda Chance de empregos do
AfroReggae seis ações de emprego em parceria com empresas especializadas em soluções dedicadas
ao desenvolvimento do mercado de trabalho com forte destaque nas atividades de recrutamento e
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seleção, administração de temporários, projetos de terceirização (Outsourcing), marketing de campo,
treinamento e consultoria empresarial em desenvolvimento organizacional. As ações visaram o
cadastramento para vagas de trabalho durante as Olimpíadas de 2016 na cidade do Rio de Janeiro.
A seguir apresentamos a tabela com os dados consolidados dessas ações.
AÇÕES DE EMPREGO
Local Candidatos
registrados
Encaminhamentos para
empresas
Pessoas
contratadas
Cantagalo 40 40 3
Parada de
Lucas 60 60 20
Caju 60 60 32
Total 160 160 55
Ação de Empregabilidade no Núcleo de Parada de Lucas. Foto: Arquivo AfroReggae.
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Ação de Empregabilidade no Núcleo do Cantagalo. Foto: Arquivo AfroReggae.
Ação de empregabilidade no Núcleo de Caju. Foto: Arquivo AfroReggae.
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META 3: Organização e realização de 4 ações anuais integradas em todos os núcleos a fim de promover
a participação das famílias, das comunidades e dos alunos de maneira a fortalecer a rede de cooperação
do projeto. Serão realizadas 4 feiras culturais integradas com os núcleos de Parada de Lucas, Cantagalo
e Caju.
Como atividades de encerramento de 2015 foram realizadas nos Núcleos de Parada de Lucas,
Cantagalo/Pavão-Pavãozinho e Caju, o AfroMix, conjunto de apresentações de todas as oficinas
desenvolvidas nos Núcleos, como forma de exibição do trabalho desenvolvido ao longo do ano e
integração entre as equipes e alunos do AfroReggae por meio de mostras com apresentações
coreográficas, performáticas e musicais.
A proposta desta última ação integrada foi apresentar o resultado de todas as oficinas dos núcleos aos
demais equipamentos e promover a aproximação das pessoas atendidas nos diversos espaços de
atuação do AfroReggae. Nessa perspectiva, cada núcleo realizou apresentações nos demais e todos
participaram de um dia de apresentações na Arena Benjamim de Oliveira (Núcleo Pavão-Pavãozinho),
atividade que configurou-se como a grande culminância artística e cultural de 2015.
O AfroMix também funcionou como estratégia de divulgação dos resultados das oficinas às
comunidades, despertando o interesse de outras pessoas em participar das atividades no ano seguinte,
além de aproximar as famílias ao processo de formação artístico e cultural dos filhos e
consequentemente ao AfroReggae, que avança em seu processo de consolidação como referência
comunitária. A seguir apresentamos o registro fotográfico do AfroMix.
Vale destacar que, com essa ação de integração, os alunos puderam se apresentar em núcleos
diferentes daqueles em que estão inscritos, com o intuito de estimular a troca e a interação entre oficinas
e equipamentos.
Todo o registro fotográfico e de vídeo do AfroMix Oficinas encontram-se no site e na FanPage da
instituição.
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AfroMix Oficinas na praça em frente ao Núcleo Comunitário do Caju. Foto: André Santos.
AfroMix Oficinas em frente ao Centro de Inteligência Coletiva Lorenzo Zanetti de Parada de Lucas.
Foto: André Santos.
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AfroMix Oficinas na Arena de Circo Benjamim de Oliveira no Morro do Cantagalo.
Foto: Carlos Fofinho.
Meta 4: Ativar processo de articulação das Oficinas Culturais com a escola da criança ou adolescente
para estimular a presença na escola. Realizaremos uma oficina/workshop por mês em cada escola do
entorno dos núcleos do Cantagalo, Parada de Lucas e Caju.
No período de referência deste relatório, uma atividade que demonstrou o resultado da proposta de
articulação e estreitamento das relações entre AfroReggae e a rede municipal de educação foi o convite
feito ao Núcleo de Parada de Lucas, por parte da E.M. Jorge Gouveia, para uma apresentação dos
componentes da oficina de percussão na festa de final de ano da escola. Esta apresentação macou o
encerramento do que foi proposto nesta meta do convênio, ou seja, das atividades de workshop/oficinas
nas escolas, que, de acordo com a avaliação da equipe técnica da instituição, funcionou como uma
estratégia fundamental no processo de fortalecimento das redes locais.
Ao longo de 2015 foram 20 oficinas/workshops de capoeira, dança, circo e percussão nas escolas do
entorno dos núcleos, nomeadamente: CIEP Henfil, CIE Presidente João Goulart, CIEP Mestre Cartola,
E.M. Cruzada São Sebastião, E.M. Jorge Gouveia, E.M Marechal Mascarenhas de Moraes, E.M.
República do Líbano, E.M. Prof. Emmanuel Pereira Filho, Creche Municipal da Ladeira dos Funcionários
e Creche Municipal Sempre Viva.
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Apresentação Oficina de Percussão na Escola Municipal Jorge Gouvêa. Foto: Rosemary Santos.
Alunos da Escola Municipal Jorge Gouvêa. Foto: Rosemary Santos.
Meta 5: Formar Monitores para Grupos Artísticos e Oficinas Culturais garantindo que 10% dos alunos
das oficinas se capacitem para serem monitores.
Mantivemos os encontros de Grupo de Multiplicadores, investindo na qualificação e capacitação de
jovens para formação de monitores. O Grupo de Multiplicadores é uma atividade realizada em paralelo à
formação técnica e artística das oficinas e funciona de forma a potencializar as ações que esses
monitores realizam no dia-a-dia das oficinas, inserindo-os também nas demais atividades realizadas no
projeto.
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No período descrito neste relatório o Grupo de Multiplicadores contou com a presença dos monitores,
como de costume, mas também da direção artística, produção, coordenação de núcleos e instrutores
das oficinas, para iniciar o processo de construção da ação cultural que será realizada ao final do
projeto.
META 6: Acompanhar o trabalho da Bolsa Treinamento através de reuniões mensais com a comissão de
avaliação e desempenho.
Neste período mantivemos os encontros periódicos da Comissão de Avaliação e Desempenho, visando
o acompanhamento dos bolsistas. Nos meses de dezembro todos apresentaram declaração escolar e
mantiveram presença regular no PAE – Programa AfroReggae de Educação. Mantivemos contato direto
com as escolas dos bolsistas, para avaliação do desempenho na educação formal dos mesmos.
Em anexo enviamos as ATAs das reuniões.
Reunião Comissão Acompanhamento de Bolsistas. Janeiro/2016. Foto: Arquivo AfroReggae.
Área de Articulação Institucional e Relacionamentos com Parceiros
META 1: Multiplicar o conhecimento a partir da Editora AfroReggae com publicações semanais e
mensais dirigidas às Escolas da cidade para que a experiência do AfroReggae possa ser multiplicada.
Cabe aqui ressaltar que todos os CRAS e CREAS da SMDS e escolas da 1ª CRE, 2ªCRE e da 4ªCRE
receberão o material.
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Nos meses de vigência desse relatório as publicações mantiveram-se como Infográficos, utilizando uma
representação gráfica e estética de fácil compreensão do conteúdo, com textos simples, esquemas e
representações figurativas. A seguir listamos o material produzido no período de referência deste
relatório:
InfoReggae 100: Sistema
Penitenciário Brasileiro
InfoReggae 101: As Mulheres
no Sistema Penitenciário
InfoReggae 102: Mapa cultural
brasileiro
InfoReggae 103: Mapa cultural
brasileiro II
InfoReggae 104: Além do
Arco-Íris
InfoReggae 105: Bullying
InfoReggae 106: Olimpíadas
InfoReggae 107: Oficinas
InfoReggae 108: Grupos
Artísticos
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META 2: Gerir e monitorar os projetos institucionais de forma contínua, garantindo a qualidade dos
serviços prestados e a plena execução com resultados para os parceiros.
O Núcleo de Acompanhamento de Metas e Impacto manteve seu esforço de acompanhamento e gestão
das metas visando a qualidade e a excelência dos serviços ofertados. A boa execução das ações
depende de estratégias contínuas de monitoramento e avaliação.
Todo esse processo se mostrou importante à gestão, no sentido de retomar os objetivos, identificar
possíveis pontos de atenção, restruturação de decisões, mensuração de impacto, melhoria na aplicação
de recursos, redirecionamento e aprimoraramento das atividades.
META 3: Alimentar e aperfeiçoar o site www.juventudeedados.com.br como instrumento de diálogo com
jovens e com trabalhadores que atuam com jovens, garantindo que a entrada de jovens e trabalhadores
seja progressiva ao longo de 12 meses.
Nos meses de dezembro e janeiro mantivemos nossas ações no site e na FanPage, potencializando a
rede social por acreditar nesse instrumento de comunicação direta com a juventude.
Durante o período a FanPage do Juventude e Dados atingiu semanalmente mais de duas mil pessoas. O
público atingido segue majoritariamente feminino, constituindo 57% dos atingidos, e neste grupo de
mulheres 38% tem idade entre 13 e 24 anos, o que demonstra o bom direcionamento das informações.
Entre os homens a maioria do público que acessa também tem idade entre 13 e 24 anos.
Além das publicações diárias no site e na Fan Page, mantivemos mensalmente a produção de editoriais.
Produzimos conteúdo, através de artigos, sobre os mais diversos assultos ligados a juventude. Os temas
trabalhados foram:
Dezembro – Juventude e Empreendedorismo.
Janeiro – Engajamento juvenil com a sustentabilidade ambiental.
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Fan Page – Juventude e Dados.
META 4: Criar os Tutores do AfroReggae para estimular e apoiar as Escolas da Cidade na reaplicação
dos projetos do AfroReggae. A meta é formar 10 tutores.
A meta foi executada no mês de novembro, através da capacitação de professores realizada na Escola
Municipal Emmanuel Pereira Filho, onde apresentamos a tecnologia social do AfroReggae, que propõe
um processo educativo que envolve elementos de arte e cultura. Ressaltamos que atividade ocorreu a
partir da parceria estabelecida entre a escola a o Núcleo de Inteligência Coletiva Lorenzo Zanetti de
Parada de Lucas.
META 1: Desenvolvimento e Gestão do Projeto Além do Arco-Íris voltado para comunidade LGBT
garantindo vagas para 50 travestis e transexuais.
Nos meses de dezembro de 2015 e janeiro de 2016 o projeto Além do Arco-íris seguiu com sua proposta
de mobilização e atendimento de travestis e transexuais visando seu empoderamento e fortalecimento
em uma sociedade que insiste em não reconhecer suas identidades de gênero, que acaba por
materializar-se num contínuo processo de violência, colocando o Brasil como um dos países líderes em
crimes por motivação transfóbica.
Entre as atividades propostas e desenvolvidas no período destacamos a rotina de encontros semanais,
oficinas culturais, encaminhamento à programas de aumento de escolaridade, entrevistas de trabalho
por meio da articulação com Agência Segunda Chance, discussões de interesse sobre direitos humanos,
civis, legislação, entre outras demandadas pelo grupo acompanhado, bem como um acompanhamento
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socioassistencial sistemático para o levantamento de eventuais problemas que possam agravar o
processo de vulnerabilidade das participantes.
A seguir listaremos os dias de encontro do Projeto Além do Arco-Íris no período de referência deste
relatório, com número de participantes e atividades desenvolvidas.
DATA Nº PART. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
01/12/15 30 Roda de conversas sobre regularização de documentos e
empregabilidade.
08/12/15 19 Roda de conversas sobre uso e abuso de drogas e redução de
danos com a Psicóloga Mariana Marza do Centro de Atenção
Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS-AD) da Prefeitura da Cidade
do Rio de Janeiro.
15/12/15 25 Encontro de confraternização e encerramento das atividades de
2015.
05/01/16 31 Encontro de abertura das atividades de 2016 com roda de
conversas sobre regularização de documentação e avaliação das
atividades de 2015.
12/01/16 31 Roda de conversas sobre expectativas em relação ao projeto com
a psicóloga Mariana Uchôa do AfroReggae.
19/01/16 26 Encontro de elaboração de estratégias socioassistenciais
decorrentes de demandas individuais.
26/01/16 24 Palestra com equipe da Fiocruz sobre doenças infecto
contagiosas.
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Roda de Conversas sobre dependência química com a Psicóloga Mariana Marza. Foto: Arquivo AfroReggae.
Palestra com equipe da Fiocruz. Foto: Arquivo AfroReggae.
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Participação no evento em comemoração ao Dia da Visibilidade Trans na Fiocruz. Foto: Arquivo AfroReggae.
META 2: Desenvolvimento e Gestão do Projeto de Conversas com jovens em Situação de Risco Social e
Educacional em parcerias com todos os CREAS que realizam medidas sócioeducativas para
adolescentes.
Conforme descrito nos relatórios anteriores, buscamos parceria com os CREAS por meio da
Subsecretaria de Proteção Social Especial de Média Complexidade, para apresentação da proposta de
ação com os jovens. Na impossibilidade da parceria com os Centros de Referência Especializados de
Assistência Social (CREAS), estabelecemos relação com o Centro de Referência de Assistência Social
(CRAS) do Cantagalo, que também acompanha famílias com jovens em medidas socioeducativas.
Através desse relacionamento realizamos encontro com dez jovens, no Projeto Luta Cidadã, mais um
parceiro do território. A conversa contou com a presença do técnico do CRAS, um educador social, a
assistente social do AfroReggae e o representante da Agência Segunda Chance, que falaram sobre
violência e segurança pública, usando como disparador do debate a trajetória pessoal dos profissionais
da agência e dos próprios jovens presentes no grupo.
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Projeto Conversas no Luta Cidadã. Foto: Arquivo AfroReggae.
META 3: Desenvolver e estruturar Ações Culturais e Criativas através de Empreendedores Individuais
tendo como meta 15 iniciativas em 12 meses.
Durante todo o período de vigência desse projeto foram realizadas vinte Ações Culturais e Criativias
através dos empreendedores individuais, sendo seis delas realizadas no período de referência deste
relatório.
No mês de dezembro a Banda Párvati do AfroReggae se apresentou no Instituto Nacional do Câncer –
INCA, em uma atividade para proporcionar atividades artísticas e culturais à pacientes e familiares em
tratamento, que pela condição de saúde, comumente têm o acesso a esse tipo de ação dificultado.
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Apresentação da Banda Párvati no INCA. Foto: Arquivo AfroReggae.
No período o Bloco AfroReggae realizou 4 (quatro) apresentação na casa de espetáculos Beer King, que
têm sido fundamentais para a evolução do grupo. O público das apresentações tem aumentado ao longo
do tempo, demonstrando o processo de fortalecimento da relação entre bloco e público.
Bloco AfroReggae no Beer King. Foto: Arquivo Beer King.
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No mês de Janeiro a Orquestra de Sopros AfroReggae participou do evento Arte na Praça, abrindo o
show do pianista Vitor Araújo.
Orquestra AfroReggae – Evento Arte na Praça. Foto: Arquivo AfroReggae.