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Demanda apresentada no Ministério Público Federal pela ABRAF, em conjunto com a Dra. Jaquelina Ota e Dr. Carlos Ofício 6658 expedido pelo MPE ao Ministério da Saúde, questionando: a) o histórico da elaboração do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Hipertensão Arterial Pulmonar aprovado pela Portaria no 35, de 16 de abril de 2014, do Secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde; b) as vantagens do(s) tratamento(s) disciplinado(s) pelo aludido Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Hipertensão Arterial Pulmonar em relação àquele(s) então previsto(s) no Protocolo para Tratamento dos portadores de Hipertensão Arterial Pulmonar, atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), no Estado de São Paulo, aprovado pela Resolução SS – 321, de 30 de outubro de 2007, do Secretário de Saúde do Estado de São Paulo; c) a revisão do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Hipertensão Arterial Pulmonar para alinhamento com diretrizes internacionais (“2015 ESC/RS Guidelines for the diagnosis and treatment of pulmonary hipertension”) na linha temática destacada pela ABRAF. Ministério da Saúde responde informando que não nenhum pedido forma da Abraf junto ao órgão solicitando a revisão. Ministério Público encaminha despacho informando a sugestão de a ABRAF formalizar um pedido junto à Conitec de revisão do PCDT. Ofício 8436 expedido à Secretária de Saúde do Estado de São Paulo, questionando: a) Houve revogação do Protocolo Estadual para Tratamento da Hipertensão Arterial Pulmonar? Em caso positivo, quando se deu essa revogação? Será adotado, em substituição, o PCDT editado pelo Ministério da Saúde, por meio da Portaria no 35 de 16/01/14? b) Havendo substituição do protocolo estadual pelo PCDT Nacional, qual a razão para essa substituição, uma vez que a própria Câmara Técnica de Hipertensão Pulmonar da Secretaria do Estado de São Paulo contestou pontos cruciais do PCDT – HAP do Ministério da Saúde? O PCDT Nacional se mostra vantajoso em quais aspectos? c) É possível afirmar que o protocolo clínico para o tratamento da Hipertensão Arterial Pulmonar do Estado de São Paulo é superior ao protocolo nacional? O protocolo clínico estadual se coaduna com as diretrizes internacionais para tratamento da doença? Dez/15 Maio/16 Junho/16 Junho/16 Junho/16

Dez/15’ !Demanda! apresentada! no! Ministério! Público ... · Reunião! da! ABRAF! com parlamentares! em Brasília! solicitandoaoprojeto!!doTeamPHenomenal!Hope!Brasil.! Comissão!Mixta!de!Doenças!Raras!encaminha!ofício!ao!MS!

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 Demanda   apresentada   no   Ministério   Público   Federal   pela  ABRAF,  em  conjunto  com  a  Dra.  Jaquelina  Ota  e  Dr.  Carlos      Ofício   6658   expedido   pelo   MPE   ao   Ministério   da   Saúde,  questionando:    

a)  o  histórico  da  elaboração  do  Protocolo  Clínico  e  Diretrizes  Terapêuticas   da   Hipertensão   Arterial   Pulmonar   aprovado  pela  Portaria  no  35,  de  16  de  abril  de  2014,  do  Secretário  de  Atenção  à  Saúde  do  Ministério  da  Saúde;    

b)   as   vantagens   do(s)   tratamento(s)   disciplinado(s)   pelo  aludido   Protocolo   Clínico   e   Diretrizes   Terapêuticas   da  Hipertensão   Arterial   Pulmonar   em   relação   àquele(s)   então  previsto(s)  no  Protocolo  para  Tratamento  dos  portadores  de  Hipertensão   Arterial   Pulmonar,   atendidos   pelo   Sistema  Único   de   Saúde   (SUS),   no   Estado   de   São   Paulo,   aprovado  pela   Resolução   SS   –   321,   de   30   de   outubro   de   2007,   do  Secretário  de  Saúde  do  Estado  de  São  Paulo;    

c)   a   revisão   do   Protocolo   Clínico   e   Diretrizes   Terapêuticas  da   Hipertensão   Arterial   Pulmonar   para   alinhamento   com  diretrizes   internacionais   (“2015   ESC/RS   Guidelines   for   the  diagnosis   and   treatment   of   pulmonary   hipertension”)   na  linha  temática  destacada  pela  ABRAF.  

Ministério   da   Saúde   responde   informando   que   não   há  nenhum  pedido  forma  da  Abraf  junto  ao  órgão  solicitando  a  revisão.  

Ministério   Público   encaminha   despacho   informando   a  sugestão  de  a  ABRAF  formalizar  um  pedido  junto  à  Conitec  de  revisão  do  PCDT.  

Ofício  8436  expedido  à  Secretária  de  Saúde  do  Estado  de  São  Paulo,  questionando:  

a)  Houve  revogação  do  Protocolo  Estadual  para  Tratamento  da   Hipertensão   Arterial   Pulmonar?   Em   caso   positivo,  quando   se   deu   essa   revogação?   Será   adotado,   em  substituição,  o  PCDT  editado  pelo  Ministério  da  Saúde,  por  meio  da  Portaria  no  35  de  16/01/14?    

b)   Havendo   substituição   do   protocolo   estadual   pelo   PCDT  Nacional,  qual  a  razão  para  essa  substituição,  uma  vez  que  a  própria   Câmara   Técnica   de   Hipertensão   Pulmonar   da  Secretaria  do  Estado  de  São  Paulo  contestou  pontos  cruciais  do  PCDT  –  HAP  do  Ministério  da  Saúde?  O  PCDT  Nacional  se  mostra  vantajoso  em  quais  aspectos?    

c)   É   possível   afirmar   que   o   protocolo   clínico   para   o  tratamento  da  Hipertensão  Arterial  Pulmonar  do  Estado  de  São   Paulo   é   superior   ao   protocolo   nacional?   O   protocolo  clínico  estadual  se  coaduna  com  as  diretrizes  internacionais  para  tratamento  da  doença?    

Dez/15  

Maio/16  

Junho/16  

Junho/16  

Junho/16  

           

Reunião   da   ABRAF   com   parlamentares   em   Brasília  solicitando  ao  projeto    doTeam  PHenomenal  Hope  Brasil.  

Comissão  Mixta   de  Doenças   Raras   encaminha   ofício   ao  MS  reiterando   a   nossa   demanda   e   parlamentares   divulgam  nosso  projeto  em  suas  redes  sociais.  

ABRAF  protocola  pedido  de  revisão  do  PCDT  junto  à  Conitec,  anexando   mais   de   30   mil   assinaturas   de   apoio   coletadas  através  do  Team  PHenomenal  Hope  Brasil.  

ABRAF  encaminha  ao  MPF  o  protocolo  realizado  na  Conitec,  para   que   o   órgão   tenha   ciência   e   possa   prosseguir   com   a  demanda.  

MPF  encaminha  à  Secretaria  de  Estado  de  SP  o  nosso  pedido  de  revisão  realizado  junto  à  Conitec  e  solicita  providências.  

ABRAF  esclarece  ao  MPF  que  não  se  trata  de  demanda  junto  à  Secretária  de  Estado  de  SP,  mas,   sim,   junto  ao  Ministério  da  Saúde,  e  pede  correção  do  ofício.  

MPF  encaminha  ofício  ao  MS,  questionando:  

a)   se   o   protocolo,   diante   do   cumprimento   de   exigência  (pedido  formal  da  ABRAF),  está  sendo  revisado;  

b)qual  a  data  de  início  da  revisão;  

c)  em  qual  fase  se  encontra  o  processo  administrativo.  

Reunião  da  ABRAF  com  parlamentares  em  Brasília.    

Resultados  

Deputada  Federal  Zenaide  Maia  Audiência   Pública   na   Câmara   convidando   a   Conitec   e  especialistas  na  área  

Deputado  Federal  Diego  Garcia  Solicitação  de  participação  da  Abraf  no  processo  de  revisão  do  PCDT;  

Solicitação   de   participação   da   Sociedade   Médica  (especializada)  no  processo  de  revisão  do  PCDT;  

Caso   não   sejamos   atendidos,   propositura   de   audiência  pública.  

Deputada  Federal  Leandre  Dal  Ponte  Ratificação  do  nosso  pedido  de  revisão  junto  à  Conitec  

Out/16  

Nov/16  

Dez/16  

Jan/17  

Fev/17  

Março/17  

Março/17  

Março/17  

           

 

Senadora  Ana  Amélia  Audiência   Pública   no   Senado   convidando   a   Conitec   e  especialistas  na  área  

Deputada  Conceição  Maia  Levar  direto  ao  Ministro  da  Saúde  a  nossa  demanda  

MS   responde   que   o   início   da   revisão   do   PCDT  ocorrerá   no  começo   de   2018.   Ainda,   reitera   que   o   PCDT   foi   elaborado  após  análises  de  estudos  e  publicações   internacionais,  bem  como  através  de  colaboração  dos  consultores.  Informa  que  o  PCDT  está  de  acordo  com  as  diretrizes  internacionais.  

MPF   informa   que   não   tem   como   afirmar   qual   posição  (ABRAF   ou   MS)   possui   razão   e   pede   seguimento   ao  inquérito.  

ABRAF  realiza  pesquisa  comparativa  entre  os  currículos  dos  consultores   ad   hoc   que   elaboraram   o   PCDT   objeto   de  discussão  e  os  currículos  dos  médicos  que  compõem  o  grupo  de   Circulação   Pulmonar   da   Sociedade   Brasileira   de  Pneumologia  e  Tisiologia.  

Referida   comparação   traz   à   baila   a   ignorância   dos  consultores  quanto  ao  tema  "hipertensão  pulmonar",  já  que  nenhum   deles   possui   nenhuma   formação,   estudo   ou  experiência   no   tema,   comprovando,   portanto,   que   a  argumentação   da   ABRAF,   orientada   pelo   grupo   de  Circulação   Pulmonar   (especialista   no   assunto)   tem  fundamento.  

No  mesmo  ofício,  a  ABRAF  solicita  que  o  MPF  encaminhe  ao  MS  os  seguintes  questionamentos:  

a)   ao   cumprirmos   a   exigência   de   protocolizar   um   pedido  formal  de  revisão  do  PCDT,  qual  o  embasamento  legal  para  atendê-­‐lo  somente  em  2018?  

b)  há  possibilidade  de  se  antecipar  a  revisão  do  PCDT  por  se  tratar  de  doença  fatal?  

c)   em   não   sendo   possível   antecipar   o   início   da   revisão,  permanecendo   esta   para   2018,   qual   o   prazo   para   sua  finalização?  

d)   durante   o   processo   de   revisão   do   PCDT,   é   possível  consultar   o   grupo   de   Circulação   Pulmonar   para   orientar  quanto  às  diretrizes,  ao  invés  de  delegar  esse  trabalho  a  um  grupo  de  não  expertos,  como  o  foi  em  2014.  

Ofício  8557  enviado  ao  MS  questionando  os  pontos  acima.  

Abril/17  

Maio/17  

Junho/17  

Junho/17  

           

 

Diante  da  inércia  do  MS,  o  MPF  reitera  o  pedido  do  ofício.  

MPF   decide   prorrogar   inquérito,   uma   vez   que,   apesar   do  prazo  de  apuração  da  demanda  ter  expirado,  não  havia  uma  solução  clara  encaminhada.  

Realizada  Audiência  Pública  na  Câmara  dos  Deputados  para  debater   o   tema,   através   de   pedido   da   Deputada   Zenaide  Maia,  em  decorrência  da  visita  realizada  ao  seu  gabinete  em  março/2017.  

Ao   final   da   audiência,   foi   elaborada   uma   requisição   de  atenção  à  demanda.  

MPF  reitera  o  ofício  8557,  apontando  para  eventual  sanção  em  caso  de  não  esclarecimento.  

O   Ministério   da   Saúde   publica   enquete   sobre   o   protocolo,  levando   à   debate   todos   os   pontos   de   questionamento  apresentados  na  demanda  inicial.    Ministério  da  Saúde  responde  que:  a)  não   foi   instaurado  procedimento  administrativo  a  partir  do   protocolo   da   Abraf   em   dezembro/2016,   por  descumprimento  dos  requisitos  legais;    b)   apesar   disso,   informa   que   encaminhou   ao   Instituto  Nacional   de   Cardiologia   proceder   à   análise   de   estudo   das  evidências  científicas  e  que,  somente  após  esse  estudo,  será  iniciado  o  procedimento  administrativo;    c)   a   contribuição   dos   médicos   especialistas   poderá   ser  realizada   em   consulta   pública   após   a   revisão   inicial   do  PCDT.    A  ABRAF  irá  se  manifestar,  questionando:    a)  se,  há  1  ano  atrás,  no  momento  do  Protocolo  do  pedido  de  revisão,   referido   documento   não   atendia   aos   requisitos  legais,  por  que  não  lhe  foi  encaminhado  ofício  solicitando  a  devida  correção?    b)   qual   o   prazo   para   o   Instituto   Nacional   de   Cardiologia  finalizar  os  estudos?    c)   quais   os   nomes   e   currículos   dos   responsáveis   pelos  estudos?   O   objetivo   dessa   informação   é   analisar   se   eles  possuem   competência   técnica   para   discorrer   sobre   o   tema  "hipertensão  pulmonar".    d)   por   que   as   considerações   feitas   em   consulta   pública   do  protocolo   de   2014   não   foram   levadas   a   cabo   e   ,   por   isso,  resultaram  nesse  inquérito?  

Ago/17  

Ago/17  

Ago/17  

Set/17  

Set/17  

Set/17  

Dez/17