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Medicina 2018.1 – 25/11

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Língua Portuguesa

Imagem 1

(https://goo.gl/eQgGu9) Imagem 2

(https://goo.gl/eQgGu9) 1. A imagem 1 destaca a ilustração da capa do livro Hipertexto

e Cibercultura (imagem 2) da editora Respel. À luz do

conceito e das características do hipertexto, analise os

comentários acerca da imagem que ilustra a capa:

I. Através do hipertexto o leitor entra em contato com uma teia

de conhecimento, tecida com informações diversas, oriundas

de relações estabelecidas entre temas, fatos, imagens, sons.

Na imagem em questão, isso pode ser percebido, pela

conexão que as linhas pontilhadas estabelecem entre as

figuras geométricas.

II. O hipertexto não impõe ao leitor um caminho linear de leitura.

São os interesses do leitor que definem os roteiros. Daí o fato

de, na imagem em análise, o ilustrador ter optado pela

ausência de setas ordenando ou sequenciando as figuras

geométricas.

III. O hipertexto caracteriza-se pela heterogeneidade, visto que

reúne informações de diferentes procedências e formatos, o

que se refere à hipermídia. Na imagem da capa do livro, essa

característica está representada nas diferentes formas

geométricas de tons diversos.

Podemos julgar: a) Corretos os comentários I, II e III.

b) Incorretos os comentários I, II e III.

c) Corretos apenas os comentários II e III.

d) Coretos apenas os comentários I e III

e) Corretos apenas os comentários I e II.

Texto 1

2. Analise os comentários acima acerca do texto 1:

I. O segmento “Assista a esse livro”, isolado do contexto, gera

estranheza no leitor e parece ser incoerente, visto que diverge

dos sentidos nos quais usamos o verbo assistir.

Combine a leitura digital de

grandes obras da literatura

brasileira com cenas de novelas e

séries baseadas nestas obras.

Experimente essa nova maneira

de ler!

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II. O texto tem como objetivo comunicativo oferecer ao leitor uma

experiência multimodal de leitura. O reconhecimento desse

objetivo torna coerente o segmento “Assista a esse livro”.

III. No texto, os verbos assistir, combinar e experimentar estão

flexionados de modo a expressar comandos para o leitor, o

que deixa evidente a função conativa da linguagem.

IV. A experiência proposta diverge completamente daquela que o

leitor tem diante de um hipertexto.

a) Apenas os comentários I e III estão corretos.

b) Apenas os comentários I e II estão corretos.

c) Apenas os comentários II e IV estão corretos.

d) Apenas os comentários I, II e III estão corretos.

e) Apenas os comentários I, III e IV estão corretos.

Texto 2

Filósofa Viviane Mosé fala sobre a educação contemporânea

INSTITUTO PORVIR - A senhora defende a ideia de que nossas escolas poderiam ser melhores se elas fossem mais contemporâneas. Esse é um dos grandes desafios de hoje?

VIVIANE MOSÉ - Sim. Para termos uma educação contemporânea, é preciso saber ler a sociedade atual que nos rodeia. Hoje, no nosso país, temos mais de um celular por habitante. Somos umas das nações que mais utiliza os telefones celulares. E com a revolução tecnológica, é possível ter acesso por meio dele a, praticamente, tudo sobre história, atualidades, ciência, filosofia. Sendo assim, por que os alunos ainda precisam decorar as margens dos afluentes do Amazonas e a tabela periódica? Pelo seu próprio celular ele sabe que a qualquer momento pode conferir essas informações na palma da mão. Os alunos precisam é ser instruídos a selecionarem e filtrarem os conteúdos que já estão disponíveis na internet. As escolas precisam se dar conta desse contexto e trabalhar dentro de uma lógica de atividades que foquem nos interesses dos alunos, mas claro, sempre considerando os parâmetros curriculares.

INSTITUTO PORVIR - O foco, então, seriam os interesses dos alunos?

VIVIANE MOSÉ - Exatamente. Os nossos alunos precisam aprender a aprender. Escolas contemporâneas estão mais preocupadas com a aprendizagem do que com o ensino. Hoje, a educação é centrada na figura do professor e não no aluno. Temos que buscar estimular nas nossas crianças a capacidade de reflexão, de argumentação e criticidade. E oferecê-las, dentro das diversas possibilidades, caminhos para que elas encontrem seus principais interesses. É possível incorporarmos essas ideias dentro das nossas escolas.

INSTITUTO PORVIR - Para tanto, os nossos professores precisariam ter uma nova postura em sala, não?

VIVIANE MOSÉ - O professor precisa deixar de ser aquele que detém o conteúdo. Quem detém é a internet, as redes sociais. Se ele continuar se colocar como o centro irradiador de conteúdo ele vai sofrer muito. Conheço muitos bons professores brasileiros que querem, mas não conseguem acompanhar a quantidade de informações que são produzidas e disseminadas diariamente por meio das tecnologias de informação. Ele não pode se colocar como alguém que sabe tudo. Hoje, é bem frequente termos alunos que sabem mais que os professores. São alunos que tem acesso a outras informações pela internet. Os professores contemporâneos precisam se colocar como gestores de sala de aula. Funcionando como técnicos, guias dos alunos. Orientando de forma multidisciplinar os estudantes. Ele não precisa saber de tudo, mas precisa ser alguém antenado. (https://goo.gl/4NaxiD)

3. De acordo com Viviane Mosé, para se tornar mais contemporânea, a escola deve:

a) Abandonar os currículos, deixando sob a responsabilidade

dos alunos escolherem o que aprender nos ambientes virtuais

disponibilizados pela tecnologia de informação.

b) Preparar os alunos para usarem a tecnologia, no ambiente

escolar com responsabilidade, a fim de buscar informações

além das oferecidas pelos professores

c) Tornar o professor mais atualizado para que possa ser a

principal fonte de conhecimento dos alunos, resgatando assim

o seu papel de gestor da sala de aula.

d) Possibilitar que os alunos se tornem sujeitos de sua

aprendizagem, desenvolvendo a capacidade de buscar o

conhecimento de acordo com as necessidades e interesses,

sob a mediação de professores.

e) Disponibilizar recursos tecnológicos para que professores e

alunos possam buscar juntos novos conhecimentos a fim de

desenvolver a criticidade.

4. Opõe-se às características do trabalho do professor no

contexto da escola contemporânea:

a) Centralização de saberes.

b) Flexibilidade de métodos de aprendizagem.

c) Uso da tecnologia a favor da aprendizagem.

d) Atualização permanente do conhecimento.

e) Estímulo ao desenvolvimento crítico do aprendiz.

5. O texto acima pertence ao gênero textual ENTREVISTA.

Considerando que os gêneros textuais têm características

mais ou menos estáveis, avalie cada comentário como (V)

Verdadeiro ou (F) Falso:

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I. ( ) Apresenta estrutura dialógica na qual os interlocutores, em

um jogo de perguntas e respostas, compartilham informações

e opiniões.

II. ( ) Trata-se de um gênero utilizado em diferentes contextos

sociocomunicativos com variados objetivos.

III. ( ) Caracteriza-se pelo registro linguístico formal por ser um

gênero predominantemente oral.

IV. ( ) É um gênero restrito à esfera jornalista com diferentes

suportes: jornais, telejornais, revistas, rádio.

a) I – V, II – F, III – V, IV – F.

b) I – V, II – V, III – F, IV – V.

c) I – V, II – V, III – F, IV – F.

d) I – F, II – V, III – F, IV – F.

e) I – F, II – F, III – V, IV – V.

6. Os gêneros textuais são dinâmicos, ou seja, podem sofrer

modificações de acordo com a necessidade

sociocomunicativa. Em alguns textos, é possível perceber a

hibridização de características de mais de um gênero. Esse

fenômeno, chamado de INTERGENERICIDADE, não está

presente no texto apresentado na alternativa:

a) “(...) Hoje não dá/ Hoje não dá/ A maldade humana agora não

tem nome/ Hoje não dá/ Pegue duas medidas de estupidez/ Junte trinta e quatro partes de mentira/ Coloque tudo numa forma/ Untada previamente/ Com promessas não cumpridas/ Adicione a seguir o ódio e a inveja/ Dez colheres cheias de burrice/ Mexa tudo e misture bem/ E não se esqueça antes de levar ao forno temperar/ Com essência de espírito de porco/ Duas xícaras de indiferença/ e um tablete e meio de preguiça (...)”. (Os anjos – Legião Urbana)

b) Troco um fusca branco por um cavalo cor de vento um cavalo mais veloz que o pensamento Quero que ele me leve pra bem longe e que galope ao deus-dará que já me cansei deste engarrafamento... (Roseana Murray)

c)

d)

e) Pronominais

Dê-me um cigarro

Diz a gramática

Do professor e do aluno

E do mulato sabido

Mas o bom negro e o bom branco

Da Nação Brasileira

Dizem todos os dias

Deixa disso camarada

Me dá um cigarro.

(Oswald de Andrade)

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Texto 3 Por que a publicidade infantil é antiética

Por Isabella Henriques, advogada e coordenadora do Projeto Criança.

A publicidade infantil, isto é, aquela que fala diretamente com as crianças menores de 12 anos de idade, é intrinsecamente abusiva, pois fere os valores humanos mais relevantes à nossa sociedade. E flagrantemente antiética, porque viola o conceito do que seria uma vida boa para e com outrem em instituições justas. Ela cria anseios, vontades, necessidades que não são reais em crianças, um público cuja capacidade cognitiva está em formação. Direcionar mensagens comerciais a pessoas que não têm condições de interpretá-las criticamente ou mesmo de analisá-las de forma consistente é, sem dúvida, uma forma de manipulação com o único objetivo de obter ganhos pecuniários. Anunciar para crianças é como enriquecer ilicitamente. Dizer para as pequenas que precisam de toda a coleção de bonecas ou para os pequenos que não serão aceitos no grupo se não tiverem o relógio e a sandália que brilha equivale a falar que somente terão amor, felicidade, se consumirem esses produtos. Produtos que na próxima semana já serão trocados por novos lançamentos, em uma corrida consumista sem fim. O que para o mercado alegadamente parece exagero não é. Pode ser difícil para alguns adultos compreenderem os danos advindos do direcionamento das mensagens publicitárias ao público infantil, mas o que se deve ter em mente é que as crianças realmente acreditam no que a publicidade diz a elas. Daí ser imprescindível que haja uma efetiva e rigorosíssima limitação da publicidade voltada aos menores de 12 anos por parte dos Poderes da República, sob pena de se ter um comportamento antiético validado pelas instituições responsáveis justamente por cuidar da proteção e garantia dos direitos das crianças. A alegação dos setores publicitário e anunciante de que qualquer restrição à publicidade, mesmo a que fala diretamente com os pequenos, implicaria censura a uma atividade artística não tem cabimento. Primeiro porque a atividade publicitária, diferentemente da jornalística, não tem guarida do dispositivo constitucional que garante a liberdade de expressão do pensamento. Trata-se de uma atividade com finalidade venal, é ato comercial. E sua garantia constitucional é outra, é a da Ordem Econômica. Segundo, porque ainda que se entenda ter a publicidade um pouco de atividade artística, mesmo assim seria passível de limitação, pois a liberdade de expressão do pensamento, como todas as outras garantias e direitos, não é absoluta e pode ser limitada se ferir a dignidade ou os direitos fundamentais. Não fosse assim, poderíamos ter diariamente em nossos jornais artigos atentatórios à honra das pessoas e obras de arte ofensivas aos direitos humanos. Assim, o direito da criança de crescer e se desenvolver livre e com plenitude de garantias, como o bem-estar físico e psicológico, pode ser limitador da livre expressão. Outro argumento constantemente utilizado pelo mercado é de que a responsabilidade pelo cuidado e pela proteção das crianças no âmbito do consumo e da comunicação mercadológica seria exclusivamente dos pais e responsáveis. Ora, que os pais e responsáveis formam o núcleo familiar das crianças e têm o dever de garantir educação, bem-estar,

alimentação e saúde a seus filhos ninguém questiona. Certamente são eles a principal referência das crianças e, por isso, têm a obrigação de garantir esses direitos. Porém, é igualmente pacífico que o Estado e a sociedade proporcionem a essa família as condições adequadas para que possa cuidar de seus filhos da melhor maneira possível. Por isso, o Estado tem sim o dever – e não só o direito – de atentar para questões que digam respeito às crianças, como é o caso do abuso publicitário e mercadológico constantemente dirigido a elas. (https://goo.gl/rZtz4v)

7. Todo texto é constituído de sequências chamadas de

composicionais, as quais expressam objetivos

sociocomunicativos: relatar, opinar, explicar, comandar,

instruir. No texto acima, as sequências predominantemente:

a) Descrevem os riscos a que a publicidade infantil submete as

crianças.

b) Narram as contestações feitas por publicitários quando

recebem críticas devido à propaganda infantil.

c) Revelam argumentos que confirmam o impacto negativo da

publicidade nas crianças.

d) Relatam como a publicidade infantil pode desenvolver o

comportamento consumista em crianças.

e) Explicam os efeitos que a publicidade infantil provoca na

formação das crianças.

8. No texto, a autora utiliza como estratégia para a defesa da tese

sobre a publicidade infantil:

a) A apresentação de evidências extraídas de fatos cotidianos.

b) A Recorrência a estatísticas oriundas de pesquisas de opinião.

c) A contestação de argumentos opostos à ideia central ou tese

do texto.

d) O apontamento de causas e efeitos do fato relatado.

e) O uso de opiniões de especialistas, conferindo assim um

caráter polifônico ao texto.

9. Em um texto, algumas expressões conectam as sequências

textuais evidenciando a relação de sentido existente entre

elas. No trecho abaixo, foram destacadas e numeradas

algumas expressões. Analise as afirmações estabelecidas

sobre elas e assinale a que não pode ser considerada correta.

“Segundo (1), porque ainda que (2) se entenda ter a publicidade um pouco de atividade artística, mesmo assim seria passível de limitação, pois (3) a liberdade de expressão do pensamento, como (4) todas as outras garantias e direitos, não é absoluta e (5) pode ser limitada se ferir a dignidade ou os direitos fundamentais. ”

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a) O termo 1 estabelece, no parágrafo, relação de conformidade.

b) A expressão 2 pode ser substituída, sem alterar o sentido da

frase, por EMBORA.

c) O conectivo 3 estabelece uma relação explicativa, podendo

ser substituído por VISTO QUE.

d) O conectivo 4 estabelece, no texto, relação semântica

diferente que em “ a pesquisa foi realizada como o cliente

exigiu”.

e) O conectivo 5 anuncia para o leitor o acréscimo de uma nova

informação acerca da liberdade de expressão.

Texto 4

(https://goo.gl/ZWyQyb)

10. A partir da leitura da tira acima, NÃO é correto afirmar que:

a) O humor se estabelece através da ruptura da expectativa

acerca da resposta que o segundo interlocutor dará ao

primeiro.

b) No jogo comunicativo, os interlocutores devem não só

observar as informações explícitas, aquelas que estão na

superfície textual, como também as implícitas. Na tira, um dos

interlocutores não considerou esse princípio.

c) Está subentendida no enunciado “e você?” a seguinte

pergunta: “você teve relações com sua mulher antes do

casamento?”.

d) O que provoca o humor é o fato de o interlocutor sentado não

se lembrar do nome da esposa do colega com quem está

jogando.

e) A expressão facial e a atitude da personagem que joga bilhar

denotam surpresa em relação à fala do interlocutor sentado.

Texto 5

(https://goo.gl/z1EKZ1)

Texto 6

(https://goo.gl/DNzDRq)

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Texto 7

(https://goo.gl/7FaKRg)

11. Os textos se comunicam; estabelecem entre si relação

intertextual. Essa característica se manifesta de diferentes

formas e com objetivos variados. Analise os comentários

acerca dos textos 5, 6 e 7.

I. Os três textos pertencem a diferentes gêneros textuais: cartaz

de filme, capa de revista e meme, e estabelecem diferentes

formas de relações intertextuais.

II. O texto 6 conserva aspectos formais do texto 5, evidenciando

relação intertextual em forma de alusão.

III. Todas as formas de intertextualidade se constroem em torno

da ideia de subversão. Um texto sempre subverte, transgride

aquele que intertextualiza. É o que se percebe no texto 7.

IV. A meme estabelece uma relação intertextual na forma de

paráfrase com o texto 5. Aspectos formais imagéticos do texto

5 são conservados, porém há uma transgressão temática.

Estão corretos: a) Os comentários I e III apenas.

b) Os comentários I e II apenas.

c) Os comentários II e IV apenas.

d) Os comentários III e IV apenas.

e) Os comentários I, II e III apenas.

Texto 8 Machado de Assis: Doodle homenageia o 178º aniversário do escritor brasileiro

(https://goo.gl/snJWj3) 12. “Os doodles são versões divertidas, surpreendentes e, muitas

vezes, espontâneas do logotipo do Google para comemorar

feriados, aniversários e a vida de artistas famosos, pioneiros e

cientistas. ”Ao analisar o doodle em homenagem ao escritor

Machado de Assis, pode-se inferir que o criador:

a) Apresentou, através das imagens, a variedade de gêneros

textuais que compõem a obra literária machadiana: poemas,

novelas, contos e romances.

b) Deu ênfase a elementos que remetem aos romances realistas

que compõem a chamada trilogia machadiana: Memórias

Póstumas de Brás Cubas, Quincas Borba e Dom Casmurro.

c) Faz uma alusão à produção literária infantil ao utilizar os

hipopótamos e ao romance Quincas Borba ao inserir, no

doodle, o saco com batatas.

d) Destacou traços da poesia romântica machadiana, a qual teve

como tema central o amor por sua esposa e seu filho como

mostra a esfera da direita.

e) Procurou destacar duas características machadianas: ênfase

na psicologia das personagens e alheamento das questões

sociais. Daí as várias figuras humanas retratadas no doodle.

Texto 9 O meu guri (Chico Buarque) Quando, seu moço, nasceu meu rebento Não era o momento dele rebentar Já foi nascendo com cara de fome E eu não tinha nem nome pra lhe dar Como fui levando, não sei lhe explicar Fui assim levando ele a me levar E na sua meninice ele um dia me disse Que chegava lá Olha aí Olha aí Olha aí, ai o meu guri, olha aí

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Olha aí, é o meu guri E ele chega Chega suado e veloz do batente E traz sempre um presente pra me encabular Tanta corrente de ouro, seu moço Que haja pescoço pra enfiar Me trouxe uma bolsa já com tudo dentro Chave, caderneta, terço e patuá Um lenço e uma penca de documentos Pra finalmente eu me identificar, olha aí Olha aí, ai o meu guri, olha aí Olha aí, é o meu guri E ele chega Chega no morro com o carregamento Pulseira, cimento, relógio, pneu, gravador Rezo até ele chegar cá no alto Essa onda de assaltos tá um horror Eu consolo ele, ele me consola Boto ele no colo pra ele me ninar De repente acordo, olho pro lado E o danado já foi trabalhar, olha aí Olha aí, ai o meu guri, olha aí Olha aí, é o meu guri E ele chega Chega estampado, manchete, retrato Com venda nos olhos, legenda e as iniciais Eu não entendo essa gente, seu moço Fazendo alvoroço demais O guri no mato, acho que tá rindo Acho que tá lindo de papo pro ar Desde o começo, eu não disse, seu moço Ele disse que chegava lá Olha aí, olha aí Olha aí, ai o meu guri, olha aí Olha aí, é o meu guri (https://goo.gl/8EyfHe) 13. A leitura do texto 9 não admite o seguinte comentário:

a) O eu lírico é uma mãe que fala para um interlocutor (“seu

moço”) sobre o filho. Suas palavras materializam o discurso

amoroso materno, o que elimina a dimensão social do texto.

b) O depoimento do eu lírico acerca do guri vem envolvido em

subjetividade. O leitor passa a ter acesso ao olhar de uma mãe

sobre o filho; olhar este que transfigura a realidade e resulta

em idealização do filho.

c) Mãe e filho não têm nome. Esta estratégia amplia as

referências dos dois: eles podem ser milhares de mães e filhos

que vivem em contexto de criminalidade e abandono social.

d) O processo de negação, consciente ou inconscientemente, da

realidade do filho pelo eu lírico percorre todo o texto, inclusive

diante da morte do guri.

e) No texto, o uso de “chegar lá” (estrofes 1 e 4) ganha dimensão

irônica, pois a notoriedade alcançada pelo guri se opõe ao

sentido em que geralmente se utiliza essa expressão.

Texto 10 “Disseram que um homem foi morto no Lami. O homem só tinha 16 anos. O nome dele é Tallysom Augusto da Costa Barbosa e ele é meu filho.” O depoimento é de Márcia da Costa Barbosa, 46 anos, mãe de outros dois filhos de oito e 12 anos, moradora da Restinga, na Zona Sul de Porto Alegre. Ela é mais uma entre muitas mães que choram a perda dos filhos assassinados brutalmente. Márcia sente-se culpada por não ter conseguido salvar o filho, embora tenha lutado por ele desde que o adotou, aos três meses de vida. Criada por uma família de coração, ela conhece bem a dor do abandono. Por isso, estava disposta a suprir a falta da família biológica oferecendo-lhe um novo lar. “Eu perdi a guerra para o tráfico. Eu perdi o meu filho para as drogas. Ninguém me fala nada, mas eu imagino que ele estivesse devendo, pois quem não deve não morre assim. Eu pergunto: 'Por que cinco tiros?'. São cinco tiros sem respostas. Será que essa pessoa dorme? Porque eu não consigo dormir, fico imaginando quantas horas ele ficou lá, atirado no chão — diz a mãe.” (Diário Gaúcho - https://goo.gl/AkXvTc) 14. Considerando os textos 9 e 10, analise os comentários

seguintes:

I. O texto 9 se caracteriza como literário, pois, se utilizando de

linguagem poética, recria a realidade, apresenta ao leitor uma

nova visão de mundo, uma maneira mais significativa de ver.

II. O texto 10 se propõe a mostrar a realidade concreta,

procurando ser fiel ao registro dos fatos, sem nenhum uso de

linguagem figurada ou metafórica, exclusiva dos textos

literários.

III. No texto 10, assim como nos textos não literários, o autor se

utiliza de recursos linguísticos e textuais que garantam a

unissignificação e a clareza, mesmo quando se vale de

conotação.

IV. O discurso literário, diferentemente do não literário, pode

apresentar diversos recursos estilísticos capazes de oferecer

múltiplas leituras e interpretações. É o que se verifica ao longo

do texto 9.

Estão corretos: a) Os comentários I e III apenas.

b) Os comentários II e III apenas.

c) Os comentários II e IV apenas.

d) Os comentários I, III e IV apenas.

e) Todos os comentários.

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15. Sobre os usos linguísticos do texto 10, não está correto afirmar

que:

a) Em “...um homem foi morto no Lami. O homem só tinha 16

anos”, a substituição do artigo UM por O determina o termo

homem e estabelece referência a Tallysson.

b) Na pergunta “será que essa pessoa dorme?”, o termo

destacado refere-se ao responsável pelo assassinato e revela

o desconhecimento da identidade dele pelo interlocutor.

c) Em ”quantas horas ele ficou lá”, o pronome refere-se a

Tallysson e o advérbio faz referência ao local onde o corpo foi

encontrado.

d) O pronome lhe tem a função de recuperar o termo Márcia em

“oferecendo-lhe um novo lar”.

e) Em “eu perdi a guerra para o tráfico. Eu perdi o meu filho para

as drogas”, os termos tráfico e drogas estabelecem relação

semântica, o que possibilita a compreensão de que a segunda

oração reforça a informação da primeira.

Inglês Vampire bats terrorise Brazilian city as one man dies of

rabies

Blood-sucking bats are bringing terror to the historic city of Salvador in northeastern Brazil, after one man died of rabies after being bitten by a bat in the early hours of the morning.

Residents are being advised to sleep with all windows shut and to seek medical attention urgently if they think they have been bitten.

According to Edson Ribeiro of SESAB, the health department of the state of Bahia, 40 people have so far been treated after waking up to find their sheets covered in blood.

“In just one street in the historic centre, 10 people have been bitten,” Mr Ribeiro said.

All patients are being vaccinated for rabies and are undergoing prophylaxis.

To reduce the risk of the disease spreading, vets are also vaccinating cats and dogs.

Two dead bats found in the city have tested positive for rabies.

In March, a 46-year-old man died of rabies in hospital in Salvador after stepping on a bat whilst milking his cows in the small town of Paramirim in the southwest of the state.

The farmer only sought medical treatment weeks later, when it was too late to stop the onset of the disease, which is nearly always fatal.

It was the first case of rabies reported in Bahia since 2004.

The state is celebrated for its beaches, national parks and Afro-Brazilian heritage and is one of the most visited tourist destinations in the country.

State capital Salvador was the very first capital of Brazil.

But the same historic churches and colonial mansions that attract hundreds of thousands of tourists each year are also ideal habitats for the blood-sucking bat.

State authorities are now preparing multi-lingual leaflets and posters to warn foreign tourists of the dangers posed by the bats.

According to Mr Ribeiro, because bat saliva contain analgesic and anticoagulant properties, victims only find out that they have been bitten when they wake up in the morning in blood-stained bedclothes.

Mr Ribeiro says that heavy rainfall in Salvador, coupled with a public awareness campaign, has led to a sharp fall in the number of reported bites in recent days.

( fonte: http://www.telegraph.co.uk/news/2017/05/30/vampire-bats-terrorise-brazilian-city-one-man-dies-rabies/acesso 29.09.2017 ) 16. According to the text, one can say that

a) death toll rises to 10 in Bahia only.

b) dwellers are asked to take precautionary measures.

c) the farmer was feeding his cows in a small town.

d) the government is taking steps to cull the bat population.

e) vets are being vaccinated against rabies.

17. Which of the following statement is true about the text?

a) The state of Bahia is the most visited tourist destination in the

country.

b) The state authorities are trying to remove the breeding sites in

old buildings in the city.

c) The risk of the illness spreading is virtually nil.

d) The number of reported bites has slumped recently. e) One of the drawbacks of fighting the bats is the lack of foreign

language speakers.

18. The word onset underlined in the text is closest in meaning to

a) retreat

b) inception

c) examination

d) diagnosis

e) conclusion

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19. The relative pronoun underlined in the text could best be

replaced by

a) whose

b) whom

c) which

d) who

e) what

20. The word whilst underlined in the text could best be replaced

by

a) although

b) yet

c) so

d) therefore

e) while

Geografia 21. A questão da regionalização do território brasileiro ganha

destaque a partir da década de 1940, quando o Estado

Brasileiro passa a contar com a sua primeira divisão regional

oficial, definida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística (IBGE). Desde então, outras divisões se seguiram,

tanto no âmbito oficial, como a partir de ideias e proposições

de estudiosos e especialistas das diversidades naturais e das

complexidades socioculturais do Brasil. Um exemplo foi a

divisão proposta na década de 1990, ilustrada no mapa a

seguir:

(Fonte: http://www.geografia.seed.pr.gov.br) O critério de regionalização utilizado pelos autores da divisão regional ilustrada foi baseado:

a) Nas características fisiográficas do território brasileiro.

b) Nas regiões geoeconômicas do Brasil, conforme reflexo do

resultado da concentração industrial recente no Centro-Oeste.

c) No conceito de “regiões naturais”, levando em consideração

as diferenças de clima, vegetação, relevo e hidrografia.

d) Na combinação de aspectos naturais e econômicos, com

predomínio do primeiro elemento sobre o segundo.

e) No meio técnico-científico-informacional.

22. Considere o texto a seguir:

Os continentes são porções de terras emersas cercadas de água por todos os lados e que, diferentemente das ilhas, possuem uma ampla extensão territorial. Por convenção geográfica, costuma-se dizer que um continente é todo conjunto de terras cuja área é maior que (...). Os continentes também podem ser considerados como um agrupamento mais ou menos coeso de diversas terras, incluindo arquipélagos próximos entre si, como é o caso da Oceania. As variações na conceituação de continente também interferem em seu número na Terra. Em algumas definições, só se pode considerar como continente uma área que apresente ambientes propícios para a habitação humana; em outras abordagens, esse critério não é colocado. Por isso, alguns autores afirmam que a Antártida não pode ser considerada como um dos continentes da Terra, enquanto, para outros autores, sim. Em uma definição mais prática e usual, podemos considerar os continentes como uma divisão das diferentes áreas da superfície terrestre. Eles seriam, portanto, uma forma de regionalização do nosso planeta. Nesse sentido, áreas contínuas que, em tese, deveriam formar um único continente (Europa + Ásia = Eurásia) formam dois por divisões puramente políticas (...). (Fonte: Brasil Escola)

Considerando o texto, os critérios geograficamente convencionados de definição e as extensões das terras contínuas, o menor continente do planeta é: a) A Antártida.

b) A América Central.

c) A Oceania.

d) A Austrália.

e) A Europa.

23. Leia:

Roubo de cargas: um problema social (...) Os estados de São Paulo e Rio de Janeiro são os locais onde a situação está fugindo do controle. Para cobrir os elevados custos com segurança e minimizar os prejuízos com o roubo de cargas, transportadoras que atuam no Rio chegam a cobrar uma taxa extra das empresas que contratam os seus serviços, a chamada “taxa de emergência excepcional” (Emex), instituída exclusivamente na cidade do Rio de Janeiro, onde os casos deste tipo de crime

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cresceram mais de 150% nos últimos anos, saindo de 3.534 em 2015 para 9.870 em 2016, segundo a Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC) – o número pode até ser maior, porque muitos transportadores acabam por não registrar o roubo de sua carga. Cálculos da NTC apontam que em 2016 o setor de transportes de cargas no Brasil teve um prejuízo de R$ 2,3 bilhões devido ao roubo das mercadorias transportadas (...). (Fonte: gazetadopovo.com.br. Acessado em 31/08/2017)

Os problemas de insegurança, que se acentuaram nos últimos anos, se somam aos já “velhos” problemas relacionados ao transporte no território brasileiro que, além do momento de instabilidade do país, refletem também um histórico (desde meados do Século XX) de “modelo equivocado” relacionado à malha viária, especialmente no que diz respeito aos deslocamentos de cargas. Considerando os modais utilizados no transporte de cargas, no território brasileiro, na atualidade, e os quantitativos transportados, os maiores percentuais, em ordem decrescente estão relacionados com os segmentos: a) Rodoviário, ferroviário, aquaviário e dutoviário.

b) Rodoviário, ferroviário, aéreo e hidroviário.

c) Ferroviário, rodoviário, hidroviário e dutoviário.

d) Rodoviário, ferroviário, aquaviário e aéreo.

e) Hidroviário, rodoviário, ferroviário e aéreo

24. O solo, do ponto de vista biogeográfico, é um ambiente

complexo e sujeito a transformações, cuja intensidade varia de

acordo com a composição e em função dos condicionantes

naturais e as intervenções antrópicas.

Considere as ilustrações a seguir:

Formação do solo (1) (Fonte: brasilescola.uol.com.br)

Voçoroca (2) Foto: José Reynaldo da Fonseca

Rotação de terras (3) Fonte: www.ahl.com.br

Arenização (4) Fonte: fernandokluwerdasfotos.com.br

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Plantio em curvas de nível (5) Fonte: pensamentoverde.com.br Considere as seguintes afirmações, a partir das ilustrações e dos conhecimentos sobre o tema solos: 1- O processo representado na figura 1 corresponde à

pedogênese, que se inicia a partir da meteorização de uma rocha matriz.

2- Na imagem 2 observa-se um fenômeno de perda de solo determinado principalmente pela erosão laminar.

3- A técnica de manutenção do solo verificada parcialmente na imagem 3 tem por objetivo a regeneração deste por meio de pousio, e pode ser praticada em espaços agrícolas situados em regiões de baixa concentração demográfica.

4- Na imagem 4 é retratado um problema que pode ser associado à pecuária extensiva praticada por prolongados períodos sobre uma mesma área.

5- O objetivo da técnica representada na imagem 5 é facilitar o pastoreio nas encostas de terrenos de topografia colinosa.

São afirmações corretas: a) 1, 2 e 3.

b) 1, 3 e 4.

c) 2 e 4.

d) 2, 3 e 4.

e) 2, 3, 4 e 5.

25. Leia a notícia a seguir:

Harvey toca o solo no Texas; furacão é o mais poderoso a atingir EUA em anos O furacão Harvey chegou ao continente americano e tocou o solo por volta das 22h desta sexta-feira (0h deste sábado em Brasília) em Rockport, cidade de 8 mil habitantes no Texas com ventos de 209 km/h (um furacão de categoria 4 na escala Saffir-Simpson, que vai de 1 a 5). A aterrissagem ocorreu a cerca de 50 km a nordeste de Corpus Christi, cidade onde era esperado que o furacão tocasse o solo, transformando o Harvey no primeiro grande furacão a atingir território americano desde o Wilma (na Flórida, em 2005) e o

primeiro de categoria 4 a atingir o Texas desde o Carla (em 1961), segundo o Serviço Nacional de Meteorologia dos EUA (...). (Fonte: g1.globo.com. Acessado em 26/08/2017.

Considerando as condições atmosféricas para a formação de fenômenos como o descrito na notícia, observe as imagens a seguir:

(Fonte: meteorotica.blogspot.com)

(Fonte: saberes.webnode.pt)

A partir da notícia, dos esquemas e dos conhecimentos acerca da dinâmica atmosférica, entende-se que furacões são: a) Caracterizados por movimentos anticiclônicos que se

manifestam na alta atmosfera.

b) Gerados em áreas onde dominam altas pressões, com ar

convergente e ascendente.

c) Relacionados a sistemas de baixa pressão atmosférica.

d) Típicos de regiões de climas temperados e frios, onde o ar

mais denso contribui para a maior velocidade dos ventos.

e) Característicos do sul dos EUA e região do Caribe, onde o ar,

ao executar movimentos subsidentes e divergentes de grande

intensidade, cria vórtices ciclônicos.

Furacão

Harvey

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História

(fonte:http://russiatrek.org/blog/wp-content/uploads/2011/07/soviet-space-program-propaganda-poster-14.jpg acesso em 18 de setembro de 2017)

26. “Glória à Terra de Heróis!” é a tradução do texto, em russo, do

cartaz acima. A imagem mostra o cosmonauta Yuri Gagarin,

primeiro homem a orbitar o planeta Terra, no ano de 1961. A

partir da imagem e de seus conhecimentos, julgue os itens

abaixo sobre o uso político da arte e propaganda.

I. Imagens em cartazes, músicas e cinema foi exclusivo dos

países socialistas durante a Guerra Fria. Não há similar nos países do bloco capitalista.

II. Cartazes como o de Yuri Gagarin expressam o uso dos meios de comunicação para criação de um sentimento patriótico na população.

III. A viagem de Gagarin se encaixa no contexto da Guerra Fria, iniciada logo após o término da I Guerra Mundial. A disputa ideológica entre o Capitalismo e o Comunismo deu origem às formas de governo conhecidas como Totalitarismos.

Está(ão) correta(s) a) Somente o I item. b) Os Itens I e II. c) Os itens II e III. d) Os itens I e III. e) Somente o item II.

Texto 11

Trabalho escravo atualmente

O que é o trabalho escravo atualmente?

O termo escravidão logo traz à tona a imagem do aprisionamento e da venda de africanos, forçados a trabalhar para seus proprietários nas lavouras ou nas casas. Essa foi a realidade do

Brasil até o final do século 19, quando, por fim, a prática foi considerada ilegal pela Lei Áurea, de 13 de maio de 1888. Mais de um século depois, porém, o Brasil e o mundo não podem dizer que estão livres do trabalho escravo atualmente. A Organização Internacional do Trabalho (OIT) estima que existam pelo menos 12,3 milhões de pessoas submetidas a trabalho forçado em todo o mundo, e no mínimo 1,3 milhão na América Latina. Estudos já identificaram 122 produtos fabricados com o uso de trabalho forçado ou infantil em 58 países diferentes. A OIT calculou em US$ 31,7 bilhões os lucros gerados pelo produto do trabalho escravo a cada ano, sendo que metade disso fica em países ricos, industrializados. A mobilização internacional para denunciar e combater o trabalho escravo começou quatro décadas após a assinatura da Lei Áurea. Com base nas observações sobre as condições de trabalho em diversos países, a OIT aprovou, em 1930, a Convenção 29, que pede a eliminação do trabalho forçado ou obrigatório.

Fonte:https://www.senado.gov.br/noticias/Jornal/emdiscussao/trabalho-escravo/trabalho-escravo-atualmente.aspx acesso em 30 de set. de 17.

27. Sobre o Trabalho Escravo ao longo da História, analise as afirmativas:

I. A escravidão é uma forma de trabalho caracterizada pela exploração do homem pelo homem, que é alienado de sua força produtiva. Não é exclusividade de uma só época ou de uma etnia sobre outras.

II. Assim como na Antiguidade, durante o período colonial brasileiro houve atividades exercidas por homens livres ainda que a base produtiva fosse a escravidão.

III. As práticas escravistas permanecem inalteradas até nossos dias, motivo pelo qual podemos usar o termo ‘escravidão’ sem nenhum tipo de questionamento ou análise mais aprofundada das relações de trabalho atuais.

IV. Uma das diferenças notáveis entre aquela escravidão abolida em 13 de maio de 1888 e a discutida atualmente está no local onde essa se desenvolve: ainda que as denúncias tragam um grande contingente de trabalhadores rurais, são os lucros aferidos a partir da atividade industrial que mais chama atenção.

Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s)

a) I, II e IV.

b) II, III e IV.

c) I, II e III.

d) I, III e IV.

e) Todas.

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Texto 12

“A abertura do processo de tombamento de um bem cultural ou natural pode ser solicitada por qualquer cidadão, pelo proprietário, por uma organização não governamental, por um representante de órgão público ou privado, por um grupo de pessoas por meio de abaixo assinado e por iniciativa da própria Gerência de Preservação Cultural/Fundarpe. De qualquer modo, é fundamental que o solicitante descreva com a máxima exatidão possível a localização, dimensões, características do bem e justificativa do porquê estar sendo solicitado o tombamento. ” Fonte:http://www.cultura.pe.gov.br/pagina/patrimonio-cultural/material/tombamento/ acesso em 28 de setembro de 17

28. É exemplo de Patrimônio que se encaixaria nesse processo:

a) O estilo de vida das comunidades que produzem panelas de barro no Espírito Santo.

b) A produção de viola de cocho no Mato Grosso. c) Cidades como Ouro Preto (MG) e Olinda (PE). d) O Ofício de Baiana e seu tabuleiro. e) Expressões como a Capoeira e o Frevo. Texto 13 É bem conhecida a emblemática frase, atribuída ao príncipe d. Pedro de Alcântara, que diz: “Como é para bem de todos e felicidade geral da nação, estou pronto. Diga ao povo que fico”. Tais palavras do infante de Bragança ficaram na história oficial como o “Dia do Fico”. Dia em que, em 09 de janeiro de 1822, o príncipe regente contrariou as ordens das Cortes Gerais e Extraordinárias da Nação Portuguesa reivindicando seu retorno para Lisboa. Esta permanência de d. Pedro foi marcante para o desenrolar da Independência do Brasil. As tentativas dele para evitar o esfacelamento do território do incipiente Estado nacional marcam a política do início do Primeiro Reinado. Nesse contexto, quem era o “povo” do qual o príncipe regente fez referência? As possíveis respostas para esta pergunta perpassam um cenário de efervescência política e social da formação do Estado e da nação do que hoje temos por Brasil. Na época da Independência e do processo de consolidação da mesma, significativos episódios sociais e políticos eclodiram diante da reorganização conjuntural que estava em curso no Brasil do início dos Oitocentos. Fonte:http://www.revista.ufpe.br/revistaclio/index.php/revista/article/viewFile/547/437

Texto 14 1817 tem ampla significação política e marca profundamente a história do Brasil, em face de diversos motivos: foi, no dizer de Evaldo Cabral de Mello, a primeira independência do Brasil com a introdução de inédita e efetiva experiência de governo republicano;

estabeleceu um regime em que todos seriam iguais, no qual já se acenava para a abolição (“lenta, regular e legal”) da escravidão; gestou a primeira “Constituição” em vigor neste país. Não se trata apenas de mera precedência temporal, mas da intensidade da experiência que marcou tais acontecimentos. Eclodida em 6 de março de 1817, no célebre episódio em que o oficial brasileiro João de Barros Lima (conhecido como “Leão Coroado”) insurgiu-se contra a ordem de prisão de seu superior hierárquico, o brigadeiro português Manoel Joaquim Barbosa, atravessando-lhe o corpo com sua espada, a qual integra o acervo do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano (IAHGP).

Fonte:http://www.conjur.com.br/2017-abr-15/revolucao-pernambucana-1817-dilemas-constitucionais

29. Os textos 13 e 14:

a) Não guardam qualquer relação entre si, o que fica evidente pelos períodos históricos abordados em ambos os textos.

b) Tratam do mesmo tema, sendo o primeiro a causa e o segundo, a consequência. O estopim para o movimento conhecido como Revolução Pernambucana de 1817 é o início do processo de Independência, idealizado por Dom Pedro I.

c) Tratam do mesmo tema e o segundo texto está contido no primeiro texto. A Revolução Pernambucana de 1817 representa o caminhar político para uma independência. Entretanto, seu grupo político antagoniza com aquele efetivado após a outorga da constituição de 1824.

d) Apesar de tratarem do mesmo tema – a política brasileira nas primeiras décadas do século XIX – são antagônicos entre si. O primeiro é generalista e ligado à historiografia oficial enquanto o segundo é mais específico do ponto de vista regional.

e) Não é possível qualquer comparação entre os textos apresentados, uma vez que são baseados em visões particulares de seus respectivos autores e não encontram suporte nas fontes primarias sobre os temas.

30. Há 25 anos o presidente Fernando Collor de Mello passava pelo primeiro processo de impeachment do Brasil e da América Latina. Eleito no primeiro pleito após o fim do Regime Civil Militar brasileiro, faz parte da chamada Redemocratização. Sobre os governos posteriores ao impeachment de Collor, analise

I. Durante o Governo Itamar Franco importantes medidas econômicas foram tomadas, como a implantação de uma nova moeda como Cruzado Novo.

II. O Plano Real, iniciativa do primeiro mandato de Fernando Henrique Cardoso, estabeleceu uma moeda mais forte perante o mercado internacional. No plano interno, seu governo foi marcado pelo Nacional Desenvolvimentismo.

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III. Os programas assistencialistas foram iniciados exclusivamente no governo de Luís Inácio Lula da Silva, não encontrando paralelo em seus antecessores.

Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s):

a) II e III. b) Nenhuma das afirmativas está correta. c) III. d) II. e) I e III.

Filosofia 31.

No estudo da lógica, as falácias são erros de argumentação, ou, num sentido mais estrito, argumentos que dão, enganosamente, a impressão de serem válidos ou mesmo corretos, mas que não são.

Observe os exemplos a seguir:

Exemplo 1 João afirma que meu cliente cometeu o crime. Ora, mas João é um bêbado inveterado, portanto, seu testemunho não tem valor algum.

Exemplo 2 Fantasmas existem, pois ninguém mostrou que não existem.

Assim, os exemplos anteriormente apresentados, correspondem respectivamente as falácias a) Petição de princípio (Petitio principii) e Apelo à galera (popular)

(Argumentum ad populum).

b) Apelo à piedade (Argumentum ad misericordiam) e Petição de

princípio (Petitio principii).

c) Apelo à autoridade (Argumentum ad verecundiam) e Apelo à

galera (popular) (Argumentum ad populum).

d) Generalização Apressada e Apelo à autoridade (Argumentum

ad verecundiam).

e) Argumento contra o homem (Argumentum ad hominem) e

Apelo à ignorância (Argumentum ad ignorantiam).

Texto 15

Na obra Genealogia da Moral, de autoria de Friedrich Wilhelm Nietzsche (1844-1900), o filósofo detecta alguns pontos das origens dos valores morais. O autor ressalta a inversão sofrida por tais valores pelas influências que se prendem com força. Por isso, quase toda a obra girará em torno da questão do valor: o que é o bom? Essa genealogia é uma crítica ao elemento de afirmação pelo qual se move o pensamento de Nietzsche. Apresenta um início diferenciado, que vai além de afirmar a perda de um referencial (Deus), mas que chega até a afirmação de uma diferença que se origina nas forças ativas e nas forças reativas. O conceito de ‘bom’ se dá por aqueles que, através de uma prática, consideraram determinada ação como boa. É contra esse utilitarismo que Nietzsche luta. O utilitarismo não entra em sua moral. 32. Com sua obra, Nietzsche não só demonstra um gênio

perturbado com as relações dos homens, mas também nos

perturba, levando-nos a questionar os laços relacionais que

todos temos. O intuito da obra é o de despertar o leitor para

uma reflexão e uma ação mais consciente da realidade. Os

valores necessitam ser repensados.

Assim, a proposta de Nietzsche, em relação aos valores morais é a) um imperativo categórico em conformidade com a proposta de Immanuel Kant. b) uma ética da convicção de acordo com Max Weber. c) uma ética religiosa com base nos valores cristãos. d) uma ética utilitarista. e) uma transvaloração dos valores que foram recebidos, negados e proibidos. Texto 16 No início da obra "Contrato Social", Jean-Jacques Rousseau afirma que "o homem nasce livre, e por toda a parte encontra-se a ferros". Discutindo esse fato, o filósofo criou uma das obras fundamentais da filosofia política ocidental. Rousseau dedicou-se particularmente

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a desafiar a posição de Thomas Hobbes acerca do estado de natureza. (...) Rousseau preferia a ideia de um estado de natureza como um estado de liberdade verdadeira, em que as pessoas não fossem boas ou más, mas vistas como uma folha em branco, o conflito em estado de natureza não é tão acentuado quanto em sociedade. Defendeu ainda que, a sociedade moderna, e especialmente as posses, destroem o estado de natureza de verdadeira liberdade, gerando conflitos que de outra forma, embora possam existir pontualmente, não seriam severos. Esta posição naturalmente leva a ideia de um homem pacifico, embora solitário, no estado de natureza. O que condiz com a hipótese de Rousseau de que o homem em estado de natureza possuiria uma moral ainda não corrompida, entendendo a moral como inata, o que fica claro quando afirma que o homem possui uma repugnância inata a ver os outros de sua espécie sofrerem, e atribuindo, portanto, a corrupção desta moral à sociedade organizada. (...) Rousseau teoriza ainda que, o estado de "selvagem" seria o terceiro estágio do desenvolvimento humano, um estado intermediário entre, de um lado, o estado de animalidade e um estado semelhante ao de macacos e, de outro lado, a sociedade decadente. O estado de selvagem sendo um estado de melhor otimização das qualidades morais, ainda não corrompido, mas suficientemente organizado. (...) No entanto, Rousseau não chega a aderir ao conceito de "bom selvagem", o que implicaria na ideia de que seria adequado retornar ao estado de natureza. Fonte: http://www.infoescola.com/filosofia/jean-jacques-rousseau/. Último acesso em 10/09/2107

33. O contrato social, na visão de Rousseau,

a) Preserva a vida humana e garante a liberdade, por meio da

submissão à autoridade da vontade geral. Isto garantiria a

liberdade na medida em que a decisão é geral e, portanto, o

indivíduo, fazendo parte da decisão, não está subordinado a

vontade de outros, mas sendo parte da autoria coletiva da lei.

b) Um homem só se impõe a outro homem pela força; a posse

de algum objeto não pode ser dividida ou compartilhada. Num

primeiro momento, quando se dá a disputa, a competição e a

obtenção de algum bem, a força é usada para conquistar.

c) Todo homem é potencialmente uma ameaça a outro homem e

esta é aceita passiva ou ativamente. As paixões são subjetivas

e inumeráveis, mas todas tendem a um fim máximo: a

preservação da vida e a supressão da dor.

d) Garante a vontade de todos os cidadãos reunidos no momento

originário do contrato social, ou seja, a essência egoísta da

natureza humana.

e) Representa a soma das vontades particulares dos cidadãos

numa situação de democracia parlamentarista, ou seja, a

vontade resultante da argumentação retórica.

IMAGEM 1

IMAGEM 2

34. Analisando as imagens apresentadas pode-se compreender

que:

a) A vida democrática brasileira não nega que há ricos e pobres

e que ainda assim, a felicidade é possível é a expressão da

vontade de todos.

b) A vida democrática brasileira encontra-se ainda distante da concepção participativa de fato do povo/cidadãos, externando situações exemplares de exclusão em seus aspectos políticos, sociais e econômicos.

c) A vida democrática é um processo lento e continuo, pois a história da democracia brasileira demostra a necessidade de um poder centralizador para que sejam sanadas as suas contradições.

d) Há um distanciamento dos ideais da democracia representativa no Brasil da realidade, sugerindo que o modelo democrático não serve para instauração da vida social plena.

e) Há um humor em tudo que fazemos no Brasil, tudo é motivo de piada, e a democracia é sempre um dos temas preferidos. Portanto, a democracia é encarada pelo um humor, como algo a ser levada a sério, posto um modelo a ser superado por um regime totalitário sério.

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TEXTO 17 (...) A nossa é uma era, portanto, que se caracteriza não tanto por quebrar as rotinas e subverter as tradições, mas por evitar que padrões de conduta se congelem em rotinas e tradições. Fonte: Entrevista de Zigmunt Bauman a Maria Lúcia P.Burke. Ver tempo Social, vol 16, n.1. São Paulo, junho 2014.

TEXTO 18 (...)_O comportamento humano se tornou completamente enquadrado. Tudo o que estiver fora do que as pessoas convencionam chamar de “normal” é doença. Não se admite mais que alguém vivencie alguns dias de tristeza sem que tome algum antidepressivo, pois vivemos numa sociedade cuja ditadura é a da felicidade. Estar infeliz por algum motivo é uma vergonha, um fracasso inaceitável (...). Fonte: NUNES, Andrea. A corte infiltrada, pág.94. São Paulo: Buzz Editora, 2017.

35. Os textos citados 17 e 18 expressos em diferentes obras, tem

em comum a compreensão de que:

I. Vivemos num tempo marcado pela flexibilidade, a qual,

provoca uma certa fragilidade no que tange nossas relações

sobre as coisas ou pessoas.

II. Há uma mudança de paradigma outrora da vida moderna para

a vida uma vida pós-moderna.

III. A sociedade atual, que, graças a um ritmo incessante das

transformações, vive com angústias e incertezas.

IV. A busca da Felicidade torna-se quase um dever no mundo pós-

moderno e obtê-la é um desejo comum a quase todas as

pessoas.

V. Ao contrário do que ocorreu durante o século XX, não se pensa

mais a longo prazo, não se consegue traduzir os desejos em

um projeto de longa duração e de trabalho duro e intenso para

a humanidade.

Assim estão corretas as afirmativas: a) Somente I, IV e V.

b) Somente II e V.

c) Somente III e IV.

d) Somente II e III.

e) I, II, III, IV e V.

Sociologia Texto 19

Convoque seu Buda - Criolo

(…) Nin-Jitsu, Oxalá, Capoeira, Jiu-Jitsu Shiva, Ganesh, Zé Pilin dai equilíbrio Ao trabalhador que corre atrás do pão

É humilhação demais que não cabe nesse refrão (…)

Texto 20

Quando a maré encher – Nação Zumbi

(…) Barraco

Moradia popular em propagação

Cachorro, gato, galinha, bicho-de-pé E a população real convive em harmonia normal

Faz parte do dia-a-dia

Banheiro, cama, cozinha no chão | Esperança, fé em Deus, ilusão

Quando a maré encher, tomar banho de canal quando a maré

encher (…)

36. Ambos os trechos das canções acima podem ser analisados

a partir da perspectiva religiosa que abordam. Identifique qual

alternativa aponta corretamente a(as) relação(ões) entre

religião e a situação de desigualdade social conforme

apresentado nas canções.

a) Convergência – as letras apresentam o sagrado como ponto

de partida tanto de ações políticas quanto de representações

sociais.

b) Divergência - as composições identificam perspectivas

opostas em relação ao impacto dos discursos religiosos:

serenidade e alienação, textos 19 e 20, respectivamente.

c) Confluência – as músicas expõem aproximações entre o

discurso e a prática estimulada por instituições religiosas.

d) Contingência – nas canções não se afirmam o impacto ou a

importância dos discursos religiosos sobre as situações

sociais.

e) Insurgência – os trechos apresentam certa revolta contra os

efeitos alienantes que discursos religiosos podem produzir.

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Texto 21

A invisibilidade pública (ou social), desaparecimento intersubjetivo de um homem no meio de outros homens, é expressão pontiaguda de dois fenômenos psicossociais que assumem caráter crônico nas sociedades capitalistas: Humilhação social e reificação. (p. 63) (…) a invisibilidade pública pode ser entendida como expressão/produto de dois fenômenos típicos do mundo capitalista: A humilhação social – Subjugar com violência psicológica a subjetividade de um sujeito à de outro sujeito. E o processo da reificação – O homem é aquilo que ele produz, e a forma de tratamento das relações humanas segue um processo mercadológico. Podemos, a partir daí realizar a reflexão diária das cenas em que passamos e nem ao menos nos damos conta: Da forma como ignoramos o transeunte, o mendigo, o gari, motorista de ônibus, e todos os demais que parecem que ‘nada produzem’ para conosco. A invisibilidade pública é uma construção psíquica e social. Nessas circunstâncias, muita violência e verdade amortecidas contam como ingredientes que impedem a compreensão da invisibilidade pública como signo de luta social, uma luta de classes. A invisibilidade pública, dessa maneira, não aparece como sintoma social, cristalização histórica de um desencontro, mas pode apresentar-se à consciência como fato natural. (Costa, 2004, p. 162). Sendo assim, a invisibilidade social é um fenômeno psicossocial pelo qual um sujeito é intersubjetivamente apagado por outro. É um processo onde o ser é tornado invisível por sua suposta "insignificância ou irrelevância social" . DISPONÍVEL EM: http://www.minutopsicologia.com.br/postagens/2014/06/20/invisibilidade-social-um-processo-psicossocial/ (adaptado)

37. A partir da leitura do texto 21, qual alternativa abaixo analisa

corretamente a situação exposta na charge?

a) A charge expõe uma contradição fundamental e inerente à

sociedade contemporânea: damos tanta atenção aos animais

domésticos que não nos constrangemos com o bem estar

vivenciado por moradores de rua.

b) A invisibilidade social é naturalizada. Em uma sociedade

marcada por reality shows muitas pessoas, em busca de

reconhecimento público, se engajam em causas sociais como

as de proteção aos animais em situação de risco.

c) O fenômeno da invisibilidade pública é parte das violências

instituídas contra as pessoas que não são produtivas em

nossa sociedade. Somos o que temos e para termos

reconhecimento social devemos atuar em causas sociais

como as de proteção aos animais em situação de risco.

d) A construção da invisibilidade social está em consonância com

outros fatores intersubjetivos e sua abordagem deve levar em

consideração maneiras coletivas de sentir, pensar e agir que

fundamentam a desigualdade social a ponto de humanos e

animais domésticos não terem lares.

e) Em sociedades estratificadas temos a atribuição de posições

sociais que podem fundamentar processos de invisibilidade

pública. A seletividade da invisibilização cria situações em que

podem ser atribuídos valores maiores e menores à vida

humana em comparação com outros seres.

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Texto 22

(…) qual é o absurdo do projeto Escola Sem Partido? Ignora-se a realidade para dar continuidade ao projeto de educação e sociedade em que vivemos faz tempo. O que esse movimento quer não é transformar a educação brasileira. Eles querem frear alguns avanços pedagógicos e sociais que tivemos nos últimos 15 anos, como as leis 10.639/03 e a 11.645/08. E por que apenas frear? Se analisarmos os conteúdos trabalhados e as atitudes desenvolvidas nas escolas, veremos poucas mudanças em relação à educação tradicional, conservadora e meritocrática. Nas salas de aula, falamos sobre (e muitos cultuam) a cultura eurocêntrica, o consumismo moderno, o agronegócio, a urbanização do mundo, a atuação das empresas multinacionais e suas grandes marcas, a corrida desenvolvimentista, a fábula da sustentabilidade, em pensadores brancos, homens e europeus, entre outros assuntos marcados pela hegemonia do saber. DISPONÍVEL EM: http://www.cartaeducacao.com.br/artigo/a-falacia-da-escola-sem-partido-ou-do-pensamento-unico/

38. Tanto o texto 22 quanto o cartaz acima se relacionam com o

Projeto Escola Sem Partido e revelam sobre a educação

contemporânea brasileira que:

a) Há uma justaposição de valores ideológicos, colocando em

conflito perspectivas diferentes no que se refere à educação

assistemática básica no país.

b) O descaso do Estado em relação à educação básica

possibilitou o estabelecimento de doutrinas que oficializam

práticas epistemológicas neutras.

c) O modelo cultural eurocentrista foi suplantado por

perspectivas pedagógicas embasadas pelo pluralismo

ideológico, político e bolivariano de educação sul-americana.

d) Há uma sobreposição de valores ideológicos vinculados à

radicalismos políticos que impedem o avanço de um projeto

pedagógico que incremente a educação informal no país.

e) Há oposição de ideias no que se refere à prática pedagógica

e projetos político-pedagógicos instituídos e por instituir.

Texto 23

TOM ZÉ É CRITICADO POR FAZER COMERCIAL DA COCA-COLA O cantor e compositor Tom Zé apesar de não aparecer, narrou o comercial da Coca-Cola com foco na Copa do Mundo de 2014. Tom Zé é considerado um tropicalista, artista independente e iconoclasta (pessoa que desmascara "heróis"), por isso recebeu várias críticas após representar a Coca Cola, empresa multinacional e o megaevento da Copa do Mundo. Tom Zé disse que as críticas lhe tiraram o sono e respondeu que os recursos que vieram de sua narração para o comercial, o

ajudariam financiar seu novo projeto sobre instrumentos experimentais. O artista ainda completa "Aí entrou o anúncio da Coca-Cola, que mesmo sem ela saber, patrocinaria boa parte da pesquisa. Será que o uso dos recursos obtidos com o anúncio muda a avaliação de vocês?" E aí, muda? DISPONÍVEL EM: http://www.musicaparamusica.com.br/post/tom-ze-e-criticado-por-fazer-comercial-da-coca-cola/358

Texto 24

PAPA FRANSCISCO PERDOA TOM ZÉ – Tom Zé Papa Francisco vem perdoar O tipo de pecado que acabaram de inventar O povo, querida, com pedras na mão voltadas contra o imperialismo pagão Sou a garotinha ex-tropicalista Agora militando em um movimento Já não penso mais em casamento Mas se tomo Coca-Cola acho que estou me vendendo (…) E na cerimônia do beija-pé Papa Francisco perdoa Tom Zé No Feicebuqui da santa sé Papa Francisco perdoa Tom Zé Pela magnânima força da fé Papa Francisco perdoa Tom Zé Por la sudamericana unidad Fidel Papa Francisco perdoa Tom Zé

39. Tendo como ponto de partida conhecimentos sobre a indústria

cultural e a análise decorrente da reflexão sobre os textos 23

e 24, marque a alternativa correta.

a) A indústria cultural se caracteriza pela mercantilização de bens

culturais e traz como grande consequência a necessidade de

artistas se submeterem ao que o mercado estabelece, mesmo

com apoio do público através das redes sociais, caso do

brasileiro Tom Zé.

b) Através da cultura de massa, da padronização de gostos e da

reiterada exposição do que agrada um maior número de

consumidores, a indústria cultural aproxima mesmo lados

opostos, como a religião e a arte tropicalista.

c) Caracterizada por ambiguidade, a indústria cultural, por sua

possibilidade de atingir grande número de consumidores,

tanto pode ser conscientizadora quanto alienante. Não

escapam dessa ambiguidade artistas historicamente

engajados e criativos como Tom Zé.

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d) Entendida como propagadora de alienação, a indústria

cultural, através de recursos de empresas multinacionais,

vilipendia a cultura nacional e clássica, investindo na

depreciação da imagem de artistas conceituais como o

brasileiro Tom Zé.

e) As causas sociais não têm espaço no trabalho de artistas sob

a vigência da indústria cultural, o que gerou a reação virulenta

contra o artista Tom Zé, que aderiu aos ditames do mercado

com o objetivo de mudar a vida da população lecionando

música experimental.

TEXTO 25

Ideologias podem ser entendidas como representações que explicam o mundo e suas contradições mascarando, porém, estas. Outra faceta das ideologias é que elas não podem ser destruídas, no máximo, alteradas.

40. A partir de conhecimentos sobre ideologia, analise a charge

abaixo e depois marque a alternativa que relaciona

corretamente a característica da ideologia presente na

imagem com uma possível consequência produzida pela

rejeição desse padrão.

a) Prescrição de normas – isolamento social

b) Reificação da realidade – estigmatização

c) Naturalização da desigualdade – acolhimento

d) Generalização da particularidade – heterossexismo

e) Inversão da realidade – degradação moral

Redação Com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo, de 20 a 30 linhas, na modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema abaixo.

(https://goo.gl/4mD79s)

(Carol Rossetti - https://goo.gl/E25WNW) Foram mortas, em 2016, 343 pessoas lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT) no Brasil — um recorde levantado pelo Grupo Gay da Bahia (GGB) nos 37 anos em que compila anualmente o número de vítimas fatais da homofobia. Isto significa que, aproximadamente a cada 25 horas, pelo menos uma pessoa com estas orientações sexuais é assassinada no país. E o GGB alerta: a falta de registros ainda é um grave problema no Brasil, que ainda carece de registros centralizados e oficiais do tipo, portanto

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a realidade possivelmente é muito mais dramática. Em 2000, foram registrados 130 homicídios; e em 2010, 260. (O Globo - https://goo.gl/uVst8Q)

Tema:

Por que o preconceito e a violência contra homossexuais, bissexuais, travestis e

transgêneros estão tão presentes na sociedade brasileira?

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