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Ano XIX - Número 252 - Viçosa, MG - Março de 2010 JORNAL DA PRODUÇÃO DE LEITE Programa de Desenvolvimento da Pecuária Leiteira da Região de Viçosa Nesta edição Pág. 2 Pág. 4 Momento do Produtor: Raul Cardoso da Silva Filho e Luiz da Silva Cardoso Fazenda Floresta Pág. 3 Utilização de Ionóforos na Alimentação de Bovinos Leiteiros Vale acreditar na assistência Pág. 2 Pré-dipping: Qual produto devo usar? Curso teórico e prático de GPS Pág. 4 No dia 1º de fevereiro de 2010 foi realizada uma visita técnica na Fazenda Nô da Silva de propriedade do Sr. Antônio Maria da Silva Araújo, onde o estagiário Paulo Vitor Ferreira de Almeida, acompanhado pelo Engenheiro Agrônomo e Técni- co do PDPL-RV Thiago Camacho Rodrigues abordaram o tema aspectos práticos e tecnologi- as na cultura do milho que fo- ram implantados na fazenda na safra 2009/2010. A Fazenda Nô da Silva hoje tem próximo de 90 hectares plantados com milho para grão e silagem onde obteve uma pro- dutividade de 9.000 kg/ha de grão e 60 toneladas/ha de ma- Paulo Vitor F. Almeida Estudante de Agronomia Juliana Januzi Estudante de Med. Veterinária Dia de Campo - Dia de Campo - Dia de Campo - Silagem de cana com soja Silagem de cana com soja Silagem de cana com soja Realizamos mais um dia de campo no dia 20 de março, na Fazenda Recreio, do produtor José Geraldo Lisboa (GERE) no município de Paula Cândido- MG, dessa vez com o foco em produção de silagem de cana com a biomassa da parte aé- rea da soja, com o objetivo de ratificar, e inovar alguns con- ceitos inerentes a esse volu- moso. A soja foi implantada em uma área de 0,9 há no sistema de plantio convencional (ara- ção e gradagem) e foi distri- buído no solo 250 kg do adu- bo 08-28-16, além de três pul- verizações com adubo foliar e aplicações preventivas com fungicida e inseticida especí- ficos. Contamos com a presença de 140 participantes entre es- tagiários, técnicos e produto- res da região, além de cober- tura com a TV local. A programação deu início com as inscrições, seguida da abertura do evento pelo Zoo- tecnista e técnico do PDPL- RV Christiano Nascif, e em se- guida os participantes foram divididos em quatro estações com seus respectivos assun- tos: Primeira estação: os esta- giários da fazenda, Rodrigo Moraes e Bernardo Procópio apresentaram o histórico, o manejo, a evolução e as me- tas da propriedade. Segunda estação: o enge- nheiro agrônomo e consultor técnico da Pioneer/Biogene sementes, Dimas A. Del Bosco Cardoso, ministrou sobre as- pectos práticos da cultura da Aspectos Práticos e Tecnologia aplicados na Cultura do Milho soja para alimentação do re- banho, além de retratar sobre recentes tecnologias, como a soja resistente a glifosato. Terceira: apresentada pelo Prof. Mauro Wagner de Oliveira, da Universidade Federal de Ala- goas-UFAL e pela estagiária Isa- bela Arantes, estudante de Zoo- tecnia, sobre a ensilagem de cana com soja para alimentação de bovinos leiteiros, com resul- tados de experimentos, e ex- periências em outras regiões do Brasil, dizendo ainda sobre o grande potencial de aumento da produtividade da cana de açúcar em nossa região, de acor- do com as características de cli- ma, temperatura e variedades melhoradas geneticamente. téria natural e fez uso de tec- nologias como espaçamento re- duzido com 70 cm entre linhas, pulverização com fungicida, milho híbrido (simples) transgê- nico, adubação verde com nabo forrageiro e sorgo para palha- da, adubação foliar com micro- nutrientes, adubação orgânica e colheita realizada por uma en- siladeira de 2 linhas. Os estagi- ários da 3ª fase então puderam ter o esclarecimento do produ- tor, ver de perto os resultados e acompanharam o processo de ensilagem. Foi mais uma oportunidade para estagiários atualizarem os conhecimentos na cultura do milho e aprender a fazer uso de novas tecnologias na busca do aumento de produtividade e consequentemente redução dos custos. Quarta e última estação: a empresa JF Máquinas agrí- colas, representada por Clóvis E. Aguiar e Lucas A. Gallo em parceria com a Agropecuária Ubá, demonstrou com suas máquinas, a colheita mecâni- ca da cana e da soja, e enfati- zou de que apesar da topo- grafia não ser favorável, é pos- sível a mecanização da colhei- ta dessas duas culturas. Dessa forma, a equipe do PDPL-RV e parceiros não me- diram esforços para proporci- onar á todos, um dia de cam- po onde o conhecimento e a tecnologia puderam servir de exemplo, inspiração e estímu- lo para cada propriedade as- sistida pelo programa. Professor Mauro Wagner ministrando palestra Apresentação prática de colheita de soja

Dia de Campo - Dia de Campo - Silagem de cana com soja · Cardoso, ministrou sobre as- ... da cidade de Viçosa isto é uma ... que ninguém é obrigado a saber tudo. Sempre quero

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Ano XIX - Número 252 - Viçosa, MG - Março de 2010JORNAL DA PRODUÇÃO DE LEITE

Programa de Desenvolvimento da Pecuária Leiteira da Região de Viçosa

Nesta edição○

Pág. 2 Pág. 4Momento do Produtor:Raul Cardoso da Silva Filho eLuiz da Silva CardosoFazenda Floresta

Pág. 3

Utilização de Ionóforos naAlimentação de Bovinos Leiteiros

Vale acreditarna assistência Pág. 2

Pré-dipping:Qual produto devo usar?

Curso teórico eprático de GPS Pág. 4

No dia 1º de fevereiro de2010 foi realizada uma visitatécnica na Fazenda Nô da Silvade propriedade do Sr. AntônioMaria da Silva Araújo, onde oestagiário Paulo Vitor Ferreirade Almeida, acompanhado peloEngenheiro Agrônomo e Técni-co do PDPL-RV Thiago CamachoRodrigues abordaram o tema

aspectos práticos e tecnologi-as na cultura do milho que fo-ram implantados na fazenda nasafra 2009/2010.

A Fazenda Nô da Silva hojetem próximo de 90 hectaresplantados com milho para grãoe silagem onde obteve uma pro-dutividade de 9.000 kg/ha degrão e 60 toneladas/ha de ma-

Paulo Vitor F. AlmeidaEstudante de Agronomia

Juliana JanuziEstudante de Med. Veterinária

Dia de Campo - Dia de Campo -Dia de Campo - Silagem de cana com sojaSilagem de cana com sojaSilagem de cana com soja

Realizamos mais um dia decampo no dia 20 de março, naFazenda Recreio, do produtorJosé Geraldo Lisboa (GERE) nomunicípio de Paula Cândido-MG, dessa vez com o foco emprodução de silagem de canacom a biomassa da parte aé-rea da soja, com o objetivo deratificar, e inovar alguns con-ceitos inerentes a esse volu-moso.

A soja foi implantada emuma área de 0,9 há no sistemade plantio convencional (ara-ção e gradagem) e foi distri-

buído no solo 250 kg do adu-bo 08-28-16, além de três pul-verizações com adubo foliar eaplicações preventivas comfungicida e inseticida especí-ficos.

Contamos com a presençade 140 participantes entre es-tagiários, técnicos e produto-res da região, além de cober-tura com a TV local.

A programação deu iníciocom as inscrições, seguida daabertura do evento pelo Zoo-tecnista e técnico do PDPL-RV Christiano Nascif, e em se-

guida os participantes foramdivididos em quatro estaçõescom seus respectivos assun-tos:

Primeira estação: os esta-giários da fazenda, RodrigoMoraes e Bernardo Procópioapresentaram o histórico, omanejo, a evolução e as me-tas da propriedade.

Segunda estação: o enge-nheiro agrônomo e consultortécnico da Pioneer/Biogenesementes, Dimas A. Del BoscoCardoso, ministrou sobre as-pectos práticos da cultura da

Aspectos Práticos e Tecnologia aplicados na Cultura do Milho

soja para alimentação do re-banho, além de retratar sobrerecentes tecnologias, como asoja resistente a glifosato.

Terceira: apresentada peloProf. Mauro Wagner de Oliveira,da Universidade Federal de Ala-goas-UFAL e pela estagiária Isa-bela Arantes, estudante de Zoo-tecnia, sobre a ensilagem decana com soja para alimentaçãode bovinos leiteiros, com resul-tados de experimentos, e ex-periências em outras regiões doBrasil, dizendo ainda sobre ogrande potencial de aumentoda produtividade da cana deaçúcar em nossa região, de acor-do com as características de cli-ma, temperatura e variedadesmelhoradas geneticamente.

téria natural e fez uso de tec-nologias como espaçamento re-duzido com 70 cm entre linhas,pulverização com fungicida,milho híbrido (simples) transgê-nico, adubação verde com naboforrageiro e sorgo para palha-da, adubação foliar com micro-nutrientes, adubação orgânica ecolheita realizada por uma en-

siladeira de 2 linhas. Os estagi-ários da 3ª fase então puderamter o esclarecimento do produ-tor, ver de perto os resultados eacompanharam o processo deensilagem.

Foi mais uma oportunidadepara estagiários atualizarem osconhecimentos na cultura domilho e aprender a fazer uso de

novas tecnologias na busca doaumento de produtividade econsequentemente redução doscustos.

Quarta e última estação:a empresa JF Máquinas agrí-colas, representada por ClóvisE. Aguiar e Lucas A. Gallo emparceria com a AgropecuáriaUbá, demonstrou com suasmáquinas, a colheita mecâni-ca da cana e da soja, e enfati-zou de que apesar da topo-grafia não ser favorável, é pos-sível a mecanização da colhei-ta dessas duas culturas.

Dessa forma, a equipe doPDPL-RV e parceiros não me-diram esforços para proporci-onar á todos, um dia de cam-po onde o conhecimento e atecnologia puderam servir deexemplo, inspiração e estímu-lo para cada propriedade as-sistida pelo programa.

Professor Mauro Wagner ministrando palestra

Apresentação prática de colheita de soja

2 JORNAL DA PRODUÇÃO DE LEITE Ano XIX - Número 252 - Viçosa, MG - Março de 2010

Convênio DPA/FUNARBE/UFV

Publicação editada sob a

responsabilidade do Coordenador

do PDPL-RV:

Prof. Sebastião Teixeira Gomes

Jornalista Responsável:

Mateus Lima

(MTB 12.801/MG)

Redação:

Christiano Nascif

Zootecnista

Marcus Vinicius C. Moreira

Med. Veterinário

Reginaldo Campos de Oliveira

Med. Veterinário

Thiago Camacho Rodrigues

Engenheiro Agrônomo

Saionara Nunes Missuti

Secretária

Diagramação:

Gustavo Alberto

Coordenadora gráfica:

Mara Regina G. A. de Freitas

Impressão:

Gráfica Tribuna

(31) 3891 6110

Endereço do PDPL-RV: Subsolo

do Edifício Arthur da Silva

Bernardes, Campus da UFV, Cep:

36570-000,

Viçosa - MG

Telefax: (31) 3899 5250

E-mail: [email protected]

www.ufv.br/pdpl

JORNAL DA PRODUÇÃO DE LEITE DICAS DO AGRÔNOMO

Adubação verde uma alternativa sustentável

Paulo Vitor Ferreira de AlmeidaEstudante de Agronomia

Vale acreditar na assistênciaTer uma assistência técnica

e gerencial especializada paraajudar na gestão da proprieda-de leiteira é algo cada vez maisnecessário. Para os municípiossituados em um raio de 50 kmda cidade de Viçosa isto é umarealidade constante, pois hámais de 20 anos existe um Pro-grama de assistência técnica,gerencial e de treinamentos, oPDPL-RV, que acumula ótimosresultados. Conhecido tambémcomo convênio Nestlé, atua emmais de 40 propriedades da re-gião, capacitando jovens estu-dantes oriundos dos cursos deAgronomia, Zootecnia e Medici-na Veterinária, da UniversidadeFederal de Viçosa. Todos os es-tagiários do Programa passampor várias etapas de treinamen-to e seleção até chegarem àspropriedades, e por isso estãocapacitados para coordenar eexecutar projetos de melhoriasem todas as áreas da atividadeleiteira.

Portanto para que ocorra êxi-to das atividades desenvolvidasna propriedade, é de suma im-portância a integração produ-tor/estagiários, com canais aber-tos de comunicação e compre-ensão. O diálogo entre as partesauxilia na gestão da propriedadeleiteira, minimiza erros e aumen-ta os lucros. Essa interação é

benéfica para ambos, uma vez quehá uma troca de informações eexperiências, cujos resultadospositivos são percebidos pelosucesso das propriedades assis-tidas pelo Programa.

A disponibilização da propri-edade pelo produtor é de ex-trema importância, bem como oenvolvimento do mesmo com otrabalho dos estagiários (estu-dantes da UFV, em final dos cur-sos e bem capacitados peloPDPL-RV). Dessa forma o produ-tor poderá passar para o estagi-ário toda sua experiência vividaao longo de anos, sobre o coti-diano da atividade. Com grandeexperiência prática na ativida-de, o produtor colabora com osestagiários no aprendizado diá-rio, dessa maneira aumentandoa bagagem profissional dos mes-mos, proporcionando um apren-dizado sem igual para todos.Por outro lado, os estagiários po-derão transmitir seus conheci-mentos teóricos, levar novas in-formações e tecnologias aos pro-dutores, sempre na busca doequilíbrio entre o ótimo econô-mico e o ótimo produtivo do ne-gócio leite.

Na propriedade Sítio da Onçado produtor Célio Coelho, esta re-lação é muito bem observada, ondeos estagiários são consideradosPARCEIROS. Segundo o produtor, os

estagiários são os administradoresde fato, passando do gerencial eco-nômico, ao manejo geral da ativida-de leiteira. “A organização comple-

ta dos custos com a atividade é

algo que considero impossível de

ser feito por mim, pois sou infor-

mado sobre tudo que está aconte-

cendo aqui em tempo real, me sen-

tindo à vontade para levar a dian-

te meu sítio. Também espero o es-

clarecimento de dúvidas, e sei que

mesmo quando não tiradas no mo-

mento, terei a resposta mais tar-

de numa outra oportunidade, por-

que ninguém é obrigado a saber

tudo. Sempre quero me atualizar

com novas formas de gerenciamen-

to, até mesmo de manejo e com

os estudantes tenho alcançado

isto”, comenta Célio Coelho.O envolvimento de ambas as

partes proporciona maior qualida-de em qualquer atividade a ser re-alizada, dependendo sempre docomprometimento de todos, assimo resultado da assistência técnicadepende de um grande interessedo produtor em crescer, se espe-cializar e tornar a atividade susten-tável no que tange ao econômico,social, cultural e ambiental.

UTILIZAÇÃO DE IONÓFOROS NAALIMENTAÇÃO DE BOVINOS LEITEIROS

Com o intuito de maximizaro desempenho produtivo, cadavez mais são utilizados algunstipos de aditivos, na alimenta-ção animal. Um destes aditivosutilizados na alimentação devacas leiteiras são os ionófo-ros (uma espécie de antibióti-co, que age inibindo ou depri-mindo o crescimento de algunsmicrorganismos indesejáveis norúmen). São exemplos de ionó-foros a monensina, a lasaloci-da e a salinomicina.

Os ionóforos interferem noprocesso de fermentação dosalimentos no rúmen, reduzin-do a perda de energia e, as-sim, promovendo melhor de-sempenho animal. Além disto,eles diminuem a velocidade depassagem dos alimentos pelotrato digestivo do animal, au-mentando a digestibilidade dafibra e diminuindo a degrada-ção da proteína pelas bacté-rias do rúmen (aumentando aquantidade de proteína de ori-gem alimentar que chega aointestino para ser absorvida).Os ionóforos inibem algumasbactérias que são responsá-veis por reduzirem o pH, dei-xando o ambiente rumenalmenos ácido, desta forma osionóforos ajudam na preven-

ção de uma afecção comum emvacas leiteiras que é a acidose,a qual leva a conseqüências ne-gativas na reprodução e tambémproblemas de casco (como la-minite).

Na Fazenda Ipiranga, de pro-priedade do Sr. Paulo Martinia-no Cupertino, utiliza-se o ionó-foro monensina acrescido de bi-otina (vitamina B, que auxiliana formação de um casco maisresistente) presente num núcleomineral utilizado para formula-ção do concentrado das vacasem lactação (5% de inclusão namistura total do concentrado) etem-se observado redução dasafecções de casco, como lami-nite, hematomas e úlceras.

Como mais um recurso a fa-vor do produtor de leite, os io-nóforos podem ser utilizadoscomo ferramenta de melhora nodesempenho produtivo dos ani-mais e redução de enfermidadescomuns em vacas leiteiras. Tudoisto contribuindo para tornar aatividade leiteira mais rentável.

Ítalo Stoupa VieiraEstudante de Med. Veterinária

Rafael Brimana C. SilvaEstudante de Agronomia

Os seus benefícios vão além do simples fato de melhorar ascaracterísticas químicas do solo

• Possibilidade de mecani-zação desde a semeaduraaté a colheita de sementes;• Ausência de sementesdormentes;• Sistema radicular vigoro-so e profundo;• Capacidade de se associ-ar as bactérias fixadoras donitrogênio;• Crescimento rápido paracontrolar plantas daninhas;• Possuir mecanismos, ousintetizar compostos, que

auxiliem no controle de pra-gas, por exemplo, nematói-des e doenças.Diversas leguminosas possu-em estas características,mas de modo geral há pre-ferência pela Crotalaria jun-

cea na região Centro-Sul doBrasil. A Crotalária juncea

possui as seguintes vanta-gens:• Crescimento inicial muitorápido, o que lhe conferegrande competitividade com

as plantas daninhas;• Apresenta efeito alelopá-tico sobre as plantas dani-nhas;• Chega a fixar 300 kg/hade nitrogênio.

A Crotalária juncea

deve ser semeada no co-meço de outubro com umgasto de 40 kg de semen-tes/ha, sendo muito sensí-vel à acidez e compacta-ção do solo.

Adubação verde é o cultivo de plantas com o intuito de incorporá-la ao solo, trazendo com issobenefícios como cobertura do solo, controle de plantas daninhas, fixação de nitrogênio e

reciclagem de nutrientes. Na cultura da cana-de-açúcar adota-se a prática de adubação verde,principalmente com leguminosas, por ocasião da reforma do canavial, após quinto e sexto corte e

antes do plantio em fevereiro-março.Dentre as características desejáveis de uma planta a ser utilizada como adubo verde pode-se citar:

A adubação verde é umaalternativa sustentável nabusca pelo menor gasto emfertilizantes solúveis e na re-cuperação de áreas. Masassim como as outras cul-turas, cada etapa tem queser realizada com um má-ximo de cuidado para queos resultados atinjam os ob-jetivos propostos.

Filipe de Oliveira CotaEstudante de Agronomia

Isabela G. Arantes de OliveiraEstudante de Zootecnia

Ano XIX - Número 252 - Viçosa, MG - Março de 2010

M O M E N T O D O P R O D U T O R

Raul Cardoso da Silva Filho e

Luiz da Silva Cardoso

Fazenda Floresta

JORNAL DA PRODUÇÃO DE LEITE 3

Formado em Agrono-mia pela UniversidadeFederal de Viçosa, RaulCardoso e seu irmão LuizCardoso bancário na re-gião de Visconde do RioBranco-MG, são sócios naFazenda Floresta. A pro-priedade é formada emparte pela herança dei-xada pelo pai, juntamen-te com outra parte ad-quirida posteriormente.

A propriedade inicioua atividade leiteira noano de 2003 quando osirmãos adquiriram algunsanimais e passou a rece-ber assistência técnica egerencial do PDPL-RV emfevereiro de 2009. Assimo Programa juntamentecom os produtores se de-dicou em desenvolver opotencial de produçãoda fazenda para os pró-ximos anos, trabalhandopara que sejam atingidastodas as metas traçadas.

Antes da assistênciado PDPL-RV a proprieda-de apresentava alguns ín-dices não desejáveis, oprincipal deles era o ele-vado número de vacassecas e com reproduti-vo atrasado, o que tevecomo conseqüência umcomprometimento dosindicadores técnicos e Bruno Gonçalves Caixeta - Estudante de Medicina Veterinária

Thiago M. R. Rocha - Estudante de Zootecnia

Produtor Raul Cardoso junto a sala de ordenha

econômicos da fazenda.Hoje os índices da pro-priedade já responderampositivamente e cami-nham em direção às me-tas traçadas para os pró-ximos 5 anos, proporci-onando uma melhor ex-ploração do potencialprodutivo da proprieda-de (ver quadro abaixo).

Atualmente a FazendaFloresta possui 116 hadestinados à pecuárialeiteira, sendo que des-tes 3 há são para o culti-vo de cana-de-açúcar, 1ha para milho grão e os112 ha restantes de pas-tagens nativas e cultiva-das, que estão sendo gra-dativamente substituídase reformadas por Brachi-

aria brizanta cv Maran-du, Piatã e Brachiaria

decumbens os quais sãodivididos em piquetes. Apropriedade fica locali-zada em uma região declima quente, com bomíndice pluviométrico,isso favorece uma boaprodução das pastagens,permitindo a implanta-ção de um sistema semi-extensivo com um reba-nho de grau de sanguevariando de 1/2 HZ até7/8 HZ, por ser um ani-mal mais adaptado às

condições climáticas daregião. Buscando o me-lhoramento genético uti-liza-se a inseminação ar-tificial com acasalamen-to dirigido usando sêmenda raça Holandesa e umtouro Gir registradopara repasse.

Explorando o potenci-al produtivo das pasta-gens da propriedade, aalimentação volumosadas vacas em lactação éfeita a base de pasto naépoca das águas e naépoca da seca recebemcana corrigida com uréiae sulfato de amônio,sendo que o concentra-do produzido na propri-edade é fornecido du-rante todo o ano, e pra-tica-se suplementaçãomineral forçada e inges-tão voluntária. No alei-tamento as bezerras sãocriadas em abrigos indi-viduais e suplementadascom concentrado peleti-zado, sendo que o desa-leitamento ocorre próxi-mo aos 90 dias de ida-de. Na fase de transiçãoos animais são alimenta-dos a pasto com suple-mentação de concentra-do e sal mineral. Na re-cria as novilhas são le-vadas a pasto com sal

Bezerros em abrigos individuais

Novilhas em fase reprodutiva

mineral à vontade e naépoca da seca elas rece-bem sal proteínado. Asvacas secas e novilhasgestantes são alimenta-das a pasto com sal mi-neral à vontade, sendoque 30 dias antes do par-to são levadas para o pi-quete de pré-parto pró-ximo ao curral paraacompanhamento e pas-sam a receber concen-trado e cana corrigida.

A propriedade vem ob-tendo grandes avançoscom as práticas de mane-jo adotadas, com objeti-vo de continuarem cres-cendo na atividade, osprodutores continuam in-vestindo em tecnologias,

em março de 2010 foiinaugurada a ordenha me-cânica de fosso com 4conjuntos e através do ca-pacitação da mão-de-obra a mesma será otimi-zada permitindo uma ex-ploração mais eficientedo potencial produtivo dapropriedade e a implan-tação de novas tecnolo-gias.

Portanto, com a dedi-cação dos irmãos junta-mente com a assistênciatécnica e gerencial doPDPL-RV, as metas traça-das para a Fazenda Flo-resta serão atingidas, ga-rantindo uma maior lucra-tividade para a proprie-dade.

4 JORNAL DA PRODUÇÃO DE LEITE Ano XIX - Número 252 - Viçosa, MG - Março de 2010

Pré-dipping: Qual

produto devo usar?

Uma prática indispensá-vel para obtenção de um lei-te de qualidade é a desin-fecção dos tetos antes daordenha (pré-dipping) queproporciona uma significa-tiva diminuição do risco demastite, principalmente acausada por patógenos am-bientais, e também reduçãoem até 80% da contagembacteriana total.

Entretanto, é essencialque o tipo de solução, tipodo aplicador, a forma deaplicação, o tempo de atu-ação e principalmente aconcentração do produtosejam controlados rigorosa-mente. O erro em qualquerum destes itens pode levara uma ineficiência da téc-nica de desinfecção e con-seqüentes prejuízos para osistema de produção. O idealé fazer uma imersão de 75-90% do teto com o desinfe-tante, e este deve perma-necer no teto por no míni-mo 20-30 segundos.

Os produtos mais utiliza-dos na desinfecção são abase iodo 0,3%, clorexidina0,3% e cloro 0,8 a 1,2%. Aampla utilização de iodo0,3% no pré-dipping é jus-tificada por suas caracterís-ticas desejáveis, como rá-pida ação, amplo espectro,excelente estabilidade, bai-xa toxicidade à pele da mãodo ordenhador e do teto doanimal, ausência de resídu-os no leite, alta eficáciagermicida e estável na ma-téria orgânica. Por isso, tor-

na-se o de melhor escolha.Outra opção são os produ-tos a base clorexidina 0,3%que possuem característicassemelhantes ao iodo 0,3%,porém têm sua ação leve-mente diminuída na presen-ça de matéria orgânica. Ocloro 0,8 a 1,2% tambémapresenta larga utilização,devido principalmente à suaeficácia e baixo custo. Noentanto, possui como des-vantagens irritação dasmãos do ordenhador, e, so-bretudo, a grande perda deeficiência na presença dematéria orgânica.

Desta forma, cabe aoprodutor e ao técnico ana-lisarem e definirem qual omelhor produto a ser utili-zado em sua propriedadelevando em consideração asvantagens, desvantagens eo custo benefício de cadaum, escolhendo aquele quemelhor se adapte a sua re-alidade.

Sendo uma medida prá-tica e de baixo custo a uti-lização do pré-dipping tor-na-se indispensável no dia adia da atividade leiteira.Assim, além de ajudar naprevenção das infecções daglândula mamária essa sim-ples prática contribui paraa produção com um eleva-do padrão de qualidade.

Bento Soares F. de SousaErnesto Barbosa Brandão

Estudantes de Med. VeterináriaFaculdade Pio Décimo

123456

8910

CajuriCoimbra

UbáArapongaCoimbra

Porto FirmeSão Geraldo

PirangaCoimbra

Porto FirmeErvália

Produtividade porVacas em Lactação

Produtividadepor Vaca Total

CajuriCoimbra

Visc. do Rio BrancoArapongaCoimbraErváliaPirangaPiranga

OratóriosCoimbra

ProduçãoTotal no mês

79.78556.14044.32139.22028.09427.98724.01023.28822.10221.076

10 MAIORES PRODUTIVIDADES MÊS DE FEVEREIRO/2010

10 MAIORES PRODUÇÕES MÊS DE FEVEREIRO/2010

PRODUTOR

12345678910

PRODUTOR

Antônio Maria da Silva AraújoJosé Afonso FredericoOzanan Luiz MoreiraPaulo FredericoSérgio H. V. MacielAntônio SaraivaMarcos Geraldo dos SantosJosé Renato AraújoPaulo Martiniano CupertinoJoão Bosco DiogoDanilo de Castro

23,1319,2919,1318,6818,0114,2715,0913,5614,8616,2118,29

17,6116,2715,1812,9412,7712,2311,6011,6011,4211,4011,11

Antônio Maria da Silva AraújoJosé Afonso FredericoHermann MullerPaulo FredericoPaulo Martiniano CupertinoDanilo de CastroJosé Renato AraújoCristiano José da Silva LanaMarco Túlio AraújoSérgio H. V. Maciel

Município

Município

7

Atendendo as novastendências do mer-cado, a pecuária

leiteira está se tor-nando uma atividadede alta tecnificaçãocujo cenário exige

produções maiores emelhores. Desta for-ma é necessário fa-

zer uso de práticas que contribuam paramelhorar a qualidade do leite produzido.

R E C E I T A

MODO DE PREPARO

Junte o fubá, o açúcar e o leite.O bicarbonato é colocado por últi-mo. É ele que faz a massa crescer.Bata o bolo à mão. Para untar a for-ma que, na verdade, é uma panelade ferro, use um pedaço de folhade bananeira. É ele que protege amassa levada à brasa. A panela écolocada na taipa do fogão à lenhae coberta com uma chapa de aço,também com brasa. Assim, o bolofica pronto em 20 minutos. O se-gredo não está só na receita. Estátambém no fogo. Tanto a brasa debaixo, como a de cima, têm de es-tar na temperatura certa. Se pas-sar do ponto, o bolo queima. A tem-peratura ideal para assar o bolo éde 180 graus.

Fonte: http://globoruraltv.globo.com

Bolo na brasa

INGREDIENTES

3 xícaras (chá) de fubá mimoso

2 xícaras (chá) de açúcar

2 xícaras (chá) de leite

1 pitada de bicarbonato de sódio

Curso teórico e prático de GPSO PDPL-RV com intuito

de melhorar a capacitaçãode seus estagiários que in-gressaram neste período,promoveu um treinamen-to prático de manuseiodo GPS com o técnico doPrograma, e um curso te-órico e prático do progra-

ma Data Geosis ministra-do pelo com o Prof. Antô-nio Santana Ferraz do DECda UFV, os estudantes pu-deram aprender comotransferir dados do GPSpara o computador, fazermapas, calcular áreas,ressaltando o agradeci-

Paulo Frederico FilhoEstudante de Agronomia

mento pela boa vontade ededicação do professorem repassar seus conhe-cimentos.