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Publicação do Deputado Federal Antonio Bulhões Informativo Parlamentar n o 73 (Março/2015) 08 de Março, Dia Internacional da Mulher Discurso proferido em 12/03/2015 pelo deputado Antonio Bulhões O Dia Internacional da Mulher, que comemoramos em 8 de março, tornou-se uma das efemérides mais concorridas aqui na Câmara dos Deputados. Esse fato não causa surpresa, porque, sem sombra de dúvidas, as mudanças em torno do papel da mulher na sociedade estão tendo impacto enorme na vida das nações. Todos nós nascemos de um ventre feminino. Nossas mães nos alimentam, nos ensinam a andar, a falar e a desenvolver os mecanismos básicos de interpretação da realidade. Estudos comprovam que o grande diferencial dos humanos no reino animal, a linguagem, desenvolve-se inicialmente na conversa que os bebês travam com aquelas que os carregam no colo. A amamentação, esse gesto sagrado de doação e amor incondicional, é o momento em que se estabelecem os mais fortes laços amorosos entre duas pessoas, uma das quais, a criança, depende inteiramente da proteção dos adultos para sobreviver. É surpreendente ver filhotes de alguns animais correrem pelos campos horas após o parto. Nós não somos assim; precisamos que cuidem de nós para que possamos crescer e desenvolver. As mães são o principio de tudo, e é a elas que eu dedico, em primeiro lugar, minha homenagem no Dia da Mulher. Não nos surpreende, portanto, que as mulheres estejam obtendo tantas conquistas no mundo social. Para onde quer que dirijam sua energia e criatividade, nas escolas, nas empresas, nas artes e nos esportes, elas avançam com firmeza e determinação. Grande parte de tudo que já se produziu no universo das artes esteve direcionado ao fascínio despertado pelo sexo feminino. A força da criatividade humana produziu belíssimos poemas e músicas destinados a mulheres desejadas, conquistadas ou inalcançáveis. “Teremos a sabedoria necessária para encontrar um ponto de equilíbrio que consolide a igualdade entre todas as pessoas e preserve as habilidades e virtudes que tornam as mulheres imprescindíveis na vida de todos os seres humanos.” Nesse contexto, preocupa-nos, por outro lado, as distorções sociais que se refletem em menos oportunidades de trabalho e discriminações de todo tipo em relação às mulheres. Até mesmo na recente premiação do Oscar, ouvimos protestos contra as diferenças salariais que estariam ocorrendo entre atores e atrizes na nação mais poderosa do planeta. Nos países menos desenvolvidos, essas diferenças são maiores e mais cruéis. Mas mesmo no Brasil, onde, infelizmente, são conhecidos os casos de preconceito e violência contra as mulheres, acredito que as coisas estão melhorando e, com certeza, vão melhorar cada vez mais. Acredito que teremos a sabedoria necessária para encontrar um ponto de equilíbrio que consolide a igualdade entre todas as pessoas e preserve as habilidades e virtudes que tornam as mulheres imprescindíveis na vida de todos os seres humanos. Antonio Bulhões Deputado Federal / PRB-SP Neste Número: Cidadania Consciente ................................ Pg. 02 Educação e Instrução ............................... Pg. 03 Malefícios do álcool ................................... Pg. 04

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Publicação do Deputado Federal Antonio Bulhões Informativo Parlamentar no 73 (Março/2015)

08 de Março, Dia Internacional da Mulher

Discurso proferido em 12/03/2015 pelo deputado Antonio Bulhões

O Dia Internacional da Mulher, que comemoramos em 8 de março, tornou-se uma das efemérides mais concorridas aqui na Câmara dos Deputados.

Esse fato não causa surpresa, porque, sem sombra de dúvidas, as mudanças em torno do papel da mulher na sociedade estão tendo impacto enorme na vida das nações.

Todos nós nascemos de um ventre feminino. Nossas mães nos alimentam, nos ensinam a andar, a falar e a desenvolver os mecanismos básicos de interpretação da realidade.

Estudos comprovam que o grande diferencial dos humanos no reino animal, a linguagem, desenvolve-se inicialmente na conversa que os bebês travam com aquelas que os carregam no colo. A amamentação, esse gesto sagrado de doação e amor incondicional, é o momento em que se estabelecem os mais fortes laços amorosos entre duas pessoas, uma das quais, a criança, depende inteiramente da proteção dos adultos para sobreviver.

É surpreendente ver filhotes de alguns animais correrem pelos campos horas após o parto. Nós não somos assim; precisamos que cuidem de nós para que possamos crescer e desenvolver.

As mães são o principio de tudo, e é a elas que eu dedico, em primeiro lugar, minha homenagem no Dia da Mulher. Não nos surpreende, portanto, que as mulheres estejam obtendo tantas conquistas no mundo social. Para onde quer que dirijam sua energia e criatividade, nas escolas, nas empresas, nas artes e nos esportes, elas avançam com firmeza e determinação.

Grande parte de tudo que já se produziu no universo das artes esteve direcionado ao fascínio despertado pelo sexo feminino. A força da criatividade humana produziu belíssimos poemas e músicas destinados a mulheres desejadas, conquistadas ou inalcançáveis.

“Teremos a sabedoria necessária para encontrar um ponto de equilíbrio que consolide a igualdade entre todas as pessoas e preserve as habilidades e virtudes que tornam as mulheres imprescindíveis

na vida de todos os seres humanos.”

Nesse contexto, preocupa-nos, por outro lado, as distorções sociais que se refletem em menos oportunidades de trabalho e discriminações de todo tipo em relação às mulheres. Até mesmo na recente premiação do Oscar, ouvimos protestos contra as diferenças salariais que estariam ocorrendo entre atores e atrizes na nação mais poderosa do planeta. Nos países menos desenvolvidos, essas diferenças são maiores e mais cruéis.

Mas mesmo no Brasil, onde, infelizmente, são conhecidos os casos de preconceito e violência contra as mulheres, acredito que as coisas estão melhorando e, com certeza, vão melhorar cada vez mais.

Acredito que teremos a sabedoria necessária para encontrar um ponto de equilíbrio que consolide a igualdade entre todas as pessoas e preserve as habilidades e virtudes que tornam as mulheres imprescindíveis na vida de todos os seres humanos.

Antonio Bulhões Deputado Federal / PRB-SP

Neste Número:

Cidadania Consciente ................................ Pg. 02 Educação e Instrução ............................... Pg. 03 Malefícios do álcool ................................... Pg. 04

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Informativo Parlamentar 02

O FORTALECIMENTO DA CONSCIÊNCIA CIDADÃ.

Discurso proferido em 17/03/2015 pelo deputado Antonio Bulhões

Venho tratar de temática que permeia muitos debates realizados no Parlamento. Refiro-me ao fortalecimento crescente da consciência cidadã, essencial para alicerçar o desenvolvimento do País. A defesa do consumidor, a proteção do meio ambiente, a melhoria na qualidade de vida de segmentos da sociedade sujeitos a maior vulnerabilidade e o próprio fortalecimento da democracia são temas que ilustram, com extrema precisão, a relevância da consciência cidadã como elemento estrutural das grandes transformações vivenciadas pela sociedade brasileira nas últimas décadas.

Encontramos inúmeros exemplos dessa realidade no Código de Defesa do Consumidor, compreendido, em toda sua extensão normativa, dentro da previsão constitucional, que incorporou a proteção do consumidor entre os direitos fundamentais; na série de avanços de nossa legislação referente ao desenvolvimento sustentável; ou ainda no Estatuto do Idoso, que estabelece como dever da família, da sociedade e do poder público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, uma ampla relação de direitos.

Da mesma forma, a maior participação das mulheres nos espaços de poder - resultado direto de uma consciência cidadã cada vez mais pujante e transformadora - felizmente é evidenciada no dia a dia da vida política nacional. Atuantes nos movimentos sociais, nas representações político-

partidárias e nos diferentes cargos dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, elas comprovam, minuto a minuto, que a lógica social da inclusão deve ser defendida com veemência, sobretudo na forte interface estabelecida com a igualdade de gênero e com a garantia dos direitos das mulheres.

“A carga cultural que a sociedade traz contra as mulheres está sendo modificada. Temos a certeza de que o ponto central dessa grande mudança reside no

engrandecimento da consciência cidadã.”

Faço especial destaque à atuação de aguerridas Parlamentares no aprimoramento do processo legislativo e no fortalecimento de nossa ordem democrática. Felizmente, hoje contamos com duas Parlamentares na Mesa Diretora, realidade fortemente simbólica e reveladora da força da bancada feminina na Câmara dos Deputados. Bancada que seguramente ampliará, ainda mais, seu valioso campo de ação política, potencializado pela dedicação e competência de cada Deputada Federal no cotidiano do Poder Legislativo.

Parabenizo, portanto, a Deputada Mara Gabrilli e a Deputada Luiza Erundina por marcarem, nos cargos ocupados na Mesa Diretora, a história desta Casa de Leis.

A carga cultural que a sociedade traz contra as mulheres deve ser modificada. Sabemos que esse processo, apesar de longo e complexo, é uma realidade da qual não nos afastaremos. E não nos afastaremos, pois temos a certeza de que o ponto central dessa grande mudança reside no engrandecimento da consciência cidadã.

A mesma consciência cidadã tão bem defendida pelo saudoso educador Paulo Freire, que, com sua elevada sabedoria e experiência, ensinou: "Ao fazer-se opressora, a realidade implica na existência dos que oprimem e dos que são oprimidos. Estes, a quem cabe realmente lutar por sua libertação juntamente com os que com eles em verdade se solidarizam, precisam ganhar a consciência crítica da opressão, na práxis desta busca."

Antonio Bulhões Deputado Federal / PRB-SP

ACOMPANHE OS PROJETOS DO DEPUTADO.

Acesse PROJETOS em:

www.deputadoantoniobulhoes.com.br

Aprovação do feminicídio como crime hediondo (Março/2015)

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Informativo Parlamentar 03

EDUCAÇÃO E INSTRUÇÃO

Discurso proferido em 03/03/2015 pelo deputado Antonio Bulhões

Famílias e jovens de todo o Brasil e, em especial, cidadãos do Estado de São Paulo, a quem tenho imenso orgulho de representar aqui nesta Casa, quero falar hoje sobre três assuntos: trote estudantil, educação e instrução.

O trote estudantil é uma prática funesta que fomenta apavorantes notícias de lesão corporal ou até de morte de estudantes, vítimas desse tipo de violência gratuita. Muitas pessoas não sabem, mas um simples trote pode se tornar algo grave para quem o pratica e aterrorizante para quem dele é vítima. As consequências jurídicas desse ato podem levar seu autor a praticar, por dolo ou culpa, diversos crimes previstos no Código Penal, tais como, homicídio, lesão corporal, injúria grave, constrangimento ilegal, ameaça etc.

No início deste mês, como sói acontecer a cada começo de semestre, os noticiários registraram a prática de mais trotes violentos, desta vez ocorridos no Município de Adamantina, distante cerca de 500 quilômetros da cidade de São Paulo.

Um estudante de 18 anos corre o risco de perder a visão do olho esquerdo e outra aluna, de 17 anos, teve as pernas queimadas por causa dos trotes violentos ocorridos no interior paulista.

Segundo consta nos noticiários, um grupo de alunos veteranos obrigou os novatos a organizarem-se em filas e jogou neles um líquido ácido, provocando-lhes diversas queimaduras.

“A escola jamais vai desempenhar o papel dos pais. Educação se aprende em casa e é

indelegável.”

Como pai de família, antes mesmo de falar como Parlamentar, registro aqui meu total repúdio a esta prática atroz que remonta à Idade Média. Trata-se de um ritual de passagem às avessas que se vale de atos de zombaria e de imposição de tarefas a que veteranos sujeitam os novatos nas universidades.

Não há razão para a prática de tais atos, senão a perpetração da violência gratuita e o desrespeito às leis. O indivíduo em multidão parece se comportar de modo

covarde o suficiente para fazer coisas inimagináveis de serem feitas caso estivesse sozinho.

Ao analisar essa situação, é possível deduzir que fatos como esses ocorrem porque a sociedade está cometendo erros por não perceber a diferença entre instrução e educação.

Muitos pais encaminham seus filhos para a escola, acreditando que essa instituição os educará. E é aí que eles se enganam gravemente, pois a missão da escola não é a de educar, mas, sim, a de instruir.

Aprendemos em casa e não podemos delegá-la à escola pela simples razão de que o aluno é transitório, mas o filho é para sempre. A educação de um indivíduo ocupa todo o tempo de sua vida e é resultado de um trabalho árduo, em conjunto com a família, a escola e a sociedade.

Não há razão, portanto, para ficar a cargo somente da escola a tarefa de educar a criança. Essa incumbência pertence à família, cuja obrigação é semear nos filhos os princípios da verdade, do respeito e do caráter.

É essa educação, que lança as boas sementes ao solo, que faz crescer a árvore sã, a qual dará, a seu tempo, os bons frutos. E são desses bons frutos de que a sociedade precisa.

O verbo instruir, por seu turno, parece-me parente do verbo construir. Quando se constrói, colocam-se, um a um, os tijolos necessários para a formação do edifício. Assim é que se faz com a instrução de uma criança, colocando-se, um por vez, cada tijolo do conhecimento, dos princípios da ciência, da informação e do saber. Esta, sim, é a tarefa da escola.

Por isso, uma vez entendidas as importantes diferenças entre educar e instruir e, bem assim, a quem incumbe cada uma dessas obrigações, fica claro que a sociedade precisa repensar a forma como cuida de nossas crianças.

E, repensando, é preciso que as famílias tomem para si, verdadeiramente, a tarefa de dar às crianças a educação que constrói o caráter e faz inexistirem atos de barbárie como esses trotes insanos que machucaram gravemente os jovens estudantes de São Paulo.

Para encerrar, deixo aqui registrada uma reflexão, inspirada na Bíblia Sagrada, que diz que, se ensinarmos a criança no caminho por onde deve andar, até quando for idosa, não se desviará dele.

Antonio Bulhões Deputado Federal / PRB-SP

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Informativo Parlamentar 04

OS MALEFÍCIOS DO ÁLCOOL

Discurso proferido em 19/03/2015 pelo Deputado Antonio Bulhões

Cenas preocupantes foram divulgadas em recentes matérias jornalísticas, com jovens expostos aos malefícios decorrentes do uso abusivo do álcool. Foi o ocorrido no chocante caso do jovem estudante que, após consumir elevada quantidade de bebida durante uma festa universitária, acabou falecendo na cidade de Bauru, no Estado de São Paulo. O caso, com a repercussão alcançada, deixou evidente a situação de extrema vulnerabilidade de tantos jovens. E o que é ainda mais grave: situações semelhantes ocorrem de norte a sul do País, onde alunos transformam o espaço escolar em lugar para festas marcadas pelo inadequado consumo de substâncias entorpecentes.

Especificamente em relação ao álcool, estudos médicos revelam o quanto ele pode ser nocivo à saúde. Ingerido em excesso, ele impacta o organismo de diferentes formas. Além de danificar a memória e gerar dependência química, o álcool pode afetar o ritmo cardíaco e a pressão sanguínea, com consequências muitas vezes irreparáveis.

“Além de danificar a memória e gerar dependência química, o álcool pode afetar o ritmo cardíaco e a pressão sanguínea, com consequências muitas

vezes irreparáveis.”

E se na esfera individual encontramos essa série de efeitos danosos, no plano social a situação também demanda atenção. O problema, além de favorecer a desagregação familiar, com frequência aparece nas estatísticas de acidentes automobilísticos, comprovando o perigo existente quando o álcool é associado à direção.

Nesse sentido, recente levantamento do Ministério da Saúde aponta o índice aproximado de 20% de vítimas de trânsito atendidas em hospitais públicos que ingeriram bebida alcoólica. O levantamento, integrante do estudo feito pelo Sistema Vigilância de Acidentes e Violências, revela que, entre os atendimentos por acidentes, a faixa etária mais comum foi de 20 a 39 anos - 39,3%.

Índices preocupantes, pois, além dos acidentes fatais, não podemos esquecer o elevado número de acidentados com algum tipo de lesão. Essa realidade é comprovada em dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, nos quais podemos verificar a elevadíssima quantidade de lesões corporais culposas decorrentes de acidentes de trânsito. Tais dados, além de reforçar a necessidade de intensificação de campanhas educativas, revelam a urgência no aperfeiçoamento dos órgãos de fiscalização, tudo para que a denominada Lei Seca adquira o grau de efetividade esperado.

Sabemos o profundo impacto que o álcool causa em toda a sociedade. E quando verificamos com maior atenção os números referentes aos jovens afetados pelo problema, a situação ganha contornos ainda mais dramáticos.

Reitero, portanto, meu compromisso em continuar a luta em prol da qualidade de vida de nossa juventude.

Deputado Federal / PRB-SP

“Ao fazer-se opressora, a realidade implica na existência dos que oprimem e dos que são oprimidos. Estes, a quem cabe lutar por sua libertação junto com os que com eles se solidarizam, precisam ganhar a consciência crítica da opressão, na práxis desta busca.”

(Paulo Freire)

BRASÍLIA: Praça dos Três Poderes, Anexo IV – Gabinete 327 – Brasília (DF) – CEP: 70160-900 – Tel: (61) 3215-5327 SÃO PAULO: Rua Vergueiro, 981 – Conjunto 25 – Liberdade – São Paulo (SP) – CEP: 01504-001 – Tel: (11) 2872-9323

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