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Estado do Paraná – Secretaria Estadual da Educação – SEED COLÉGIO ESTADUAL HELENA VIANA SUNDIN
Ensino Fundamental E Médio Paranaguá – Paraná
Avenida Coronel José Lobo, nº 466 – Costeira – Paranaguá – Pr. CEP: 83203-340 Fones: 3423 – 2029 – 3423-0900 – e-mail: [email protected]
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1. IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO
Município: Paranaguá Código: 1840
NRE: Paranaguá – Paraná Código: 21
Instituição: Colégio Estadual “Helena Viana Sundin” Código: 00113
E-mail: [email protected]
Endereço: Avenida Coronel José Lobo, 466 – Costeira – CEP: 83206-310
Telefone: (41) 3423-2029
(41) 3423-0900 (FAX)
Nome Diretor: Joarês Maurício da Rocha
E-mail: [email protected]
Vice Diretor: Ozaide Pinheiro Mattar Cecy
Secretária Geral: Diva Marcondes Paolli
Equipe Pedagógica: Márcia Elizandra da Cruz Xavier
Maria Elice Winnikes
Dependência Administrativa: Estadual Código: 02008
Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná
Ato de Autorização: RES-3156/2013
Ensino Médio: RES – 2860/2014
Ensino Fundamental: RES -4392/2009
Ato administrativo de aprovação do Regimento Escolar nº 366/08
Distância da instituição ao NRE: 2 km
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2. NÍVEIS DE MODALIDADE
Ensino Fundamental de 9 anos – séries finais
Diurno (tarde)
Ensino Médio Regular
Diurno (manhã)
3. INTRODUÇÃO
O Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Helena Viana
Sundin com base nas Diretrizes Curriculares da SEED e a Lei 9394/96 que
contempla a articulação, integração e conscientização de todos os envolvidos no
processo de ensino da rede Estadual de Educação, vem confirmar a concepção
democrática da escola como direito de todos.
Este Projeto apresenta a forma de Organização do Colégio, sua
estrutura física, os projetos desenvolvidos, a forma de avaliação, analisam o
desenvolvimento escolar, pois entendemos que...
...a escola para nós deverá sempre representar “(...) um espaço democrático e emancipatório por excelência, constituindo-se, juntamente com a família, em extraordinária agência de socialização do ser humano, destinadas aos propósitos de formação, valorização e respeito ao semelhante. (...) Sabemos que um dos principais objetivos da escola é o de assegurar o direito à cidadania. (...) É sobretudo na escola que a criança e o adolescente encontram condições de enriquecimento no campo das relações interpessoais, de desenvolvimento do senso crítico, de consciência de responsabilidade social, do sentimento de solidariedade e de participação, do exercício da criatividade, da manifestação franca e livre do pensamento de desenvolvimento, enfim de suas potencialidades e talentos, em necessário preparo ao pleno exercício da cidadania. ( SOTTO MAIOR Neto – 2004 ).
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Diante deste quadro, o Colégio Estadual Helena Viana Sundin, em
seu Projeto Político Pedagógico, pretende valorizar as experiências individuais por
meio de seus projetos e atividades realizadas em sala de aula, assegurando uma
educação comprometida com o método da prática social, a convivência social,
respeitando as diferenças com a construção de um mundo mais humano e justo,
independente de raça, cor, credo ou opção de vida.
O papel fundamental da educação no desenvolvimento das pessoas e das sociedades,... aponta para a necessidade de se construir uma escola voltada para a formação de cidadãos. (SOUZA, Paulo Renato )
E pensando nesta escola, citada por SOUZA, é que o Colégio
Estadual Helena Viana Sundin vem assegurar o acesso dos alunos de diferentes
realidades sócio-econômicas; com ou sem necessidades especiais, a uma educação
pública de qualidade, que lhes dê respaldo para um futuro mais digno. Com este
pensamento, a escola trabalhará com projetos direcionados ao combate à evasão. É
necessário que a escola tome as iniciativas para garantir a permanência do aluno no
sistema educacional, conscientizando - o da importância da educação em sua vida e
para seu futuro, mantendo contato freqüente e direto com os pais ou responsáveis,
enfatizando a sua responsabilidade na educação e formação dos filhos.
É importante que haja o compromisso de cada cidadão na
descoberta das causas do problema, para que, mediante instrumentos e
mecanismos que possibilitem a análise dos motivos, desencadear no âmbito escolar
e comunitário um processo de reflexão de cada caso, buscando soluções para os
problemas constatados.
Com isso, podemos afirmar que este Projeto Político Pedagógico
está comprometido com tal perspectiva e, por meio de ações, criará estratégias e
possibilidades que proporcionem ao educando o desenvolvimento de valores éticos
e morais para o pleno exercício de sua cidadania.
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4. JUSTIFICATIVA
O Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Helena Viana
Sundin baseia-se no que diz a LDB 9394/96 em seu Art. 12 e 14:
Art. 12 – Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas
comuns e as do sistema de ensino, terão a incumbência de:
I – elaborar e executar sua proposta pedagógica.
Art. 14 – Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão
democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas
peculiaridades e conforme os seguintes princípios:
I – participação dos profissionais da educação na elaboração do
projeto pedagógico da escola;
II – participação da comunidade escolar e local em conselhos
escolares ou equivalentes.
Este Projeto justifica-se principalmente pela necessidade de se ter
uma escola democrática levando-se em conta a experiência dos professores, a
participação da comunidade e a troca de experiências educacionais. A sociedade
exige novas formas de organização do trabalho pedagógico nos diferentes níveis, na
procura de uma escola democrática e cidadã.
Para tanto buscou - se os fundamentos filosóficos, os objetivos, os
valores e as prioridades que contribuirão para o estudo e a reflexão contínua com a
qualidade sobre a educação que se pretende alcançar.
O Projeto Político Pedagógico se baseia na clareza de função da
escola e do homem que se quer formar.
Portanto, é de responsabilidade de todos os profissionais ligados
direta ou indiretamente à educação preocupar-se com a inclusão escolar. Nem
sempre isso acontece e, as ações de enfrentamento a esta forma de exclusão,
acabam ficando restritas à escola.
De acordo com o Manual de Atividade 1999 – 2001 Missão Criança,
“estudos têm demonstrado que a evasão escolar pode ocorrer por diversos motivos
e, dentre eles, estão as repetências constantes, a necessidade do trabalho infantil
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para compor a renda familiar, a pobreza e a falta de comida em casa, a longa
distância entre a escola e a casa, a falta de transporte, a falta de uniforme, a falta de
material escolar, que dificultam a ida à escola todos os dias, além de motivos de
ordem mais social”.
Pretende-se, portanto, através deste, promover reflexões sobre a
prática pedagógica e por conseguinte melhorar a qualidade de ensino, por meio de
ações coletivas e democráticas, em que todos os envolvidos estejam comprometidos
com o processo ensino aprendizagem e assim, contribuir para desenvolver o
exercício pleno da cidadania e possibilitar o acesso, a permanência com êxito do
aluno na escola, para que este cada vez mais assuma seu papel na sociedade com
responsabilidade.
5. DIAGNÓSTICO
5.1 HISTÓRICO
O Colégio Estadual “Helena Viana Sundin” – Ensino Fundamental e
Médio, com CNPJ / MF: 076.416.965/001–21, situa-se na área central de Paranaguá
a 2 km do Núcleo Regional de Educação de Paranaguá, na Avenida Coronel José
Lobo, 466, no bairro da Costeira, CEP 83203-340. O código do Colégio é 00113.
Tem como Entidade Mantenedora o Governo do Estado do Paraná. O Colégio está
situado no Município de Paranaguá, código 1840, a 100 km da Capital - Curitiba.
Pertence ao Núcleo Regional de Educação de Paranaguá, código 21 e foi
inaugurado em 23 de maio de 1953 como casa escolar até 24 de abril de 1964, onde
passou a funcionar como Grupo Escolar da Costeira. Em 05 de maio de 1965 foi
acrescentado o período noturno com a denominação de Grupo Escolar Noturno da
Costeira. Em 28 de novembro de 1966 passou a chamar-se Grupo Escolar Helena
Viana Sundin a pedido da Câmara Municipal de Paranaguá, em homenagem à
grande Mestre parnanguara falecida em 1966. Em 1976, foi regulamentado o
funcionamento das 5ªs e 6ªs séries do Ensino de 1º Grau.
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Pelo Decreto nº 1642/1976 de 24/02/76 o Grupo Escolar Helena
Viana Sundin e o Grupo Escolar Noturno da Costeira passaram-se a constituir-se em
um estabelecimento de ensino sob a denominação de Escola Estadual Helena Viana
Sundin Ensino Regular e Supletivo de 1ª Grau.
Posteriormente, com a implantação de Ensino Médio, de acordo com
a Resolução nº 293/1982 de 17/02/1982 passou definitivamente a chamar-se
Colégio Estadual Helena Viana Sundin,
Atualmente o Colégio conta com o Ensino Fundamental. O Ato
Administrativo de Aprovação do Regimento Escolar do Colégio está sob o nº 039/95
de 11/04/2001
O Colégio sempre foi destaque na educação pública seja visto as
premiações conquistadas como: Valorização Patrimônio Escolar e Prêmio Nacional
de referência em Gestão Escolar e Nível Estadual em 1988.
5.2 CARACTERÍSTICAS DO BAIRRO
O Colégio Estadual Helena Viana Sundin está inserido no Bairro da
Costeira, situado na Avenida Coronel José Lobo, 466, próximo à Regional de Saúde.
O bairro onde a escola está inserida é um bairro voltado à empresas, indústrias e
próximo ao Porto. Possui um alunado de nível social médio e baixo. Há nas
proximidades deste bairro Faculdades, padarias, mercados, médicos, terminais de
ônibus e outras escolas. Este bairro fica próximo ao centro da cidade. Temos favelas
nas proximidades, trazendo muitos alunos de risco para dentro da escola. Nas
redondezas, nossos alunos sofrem com assaltos, pois o que falta são módulos
policiais. Quando precisamos da polícia, temos que ter paciência, pois demora a
aparecer.
Em seguida segue um gráfico de amostragem sobre o bairro e as
famílias de nossa escola.
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ÁREA COMERCIAL/INDUSTRIAL
83%
17%
SIM
NÃO
Gráfico 1
De acordo com o gráfico acima, podemos verificar que o nosso
bairro é industrial, devido a isto podemos supor que os pais de nossos alunos
trabalham nestas indústrias.
TEMPO QUE RESIDE NO BAIRRO
18%
29%34%
14%
5% MENOS DE 1
ANO
DE 1 A 10 ANOS
DE 11 A 20 ANOS
MAIS DE 20
ANOS
NÃO
RESPONDEU
Gráfico 2
Os nossos alunos moram há muito tempo neste bairro, mostrando
que nossos alunos provavelmente têm residência fixa.
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IGREJAS
90%
10%
SIM
NÃO
Gráfico 3
POSTO DE SAÚDE
40%
60%
SIM
NÃO
Gráfico 4
Nossos alunos moram em locais onde têm muitas igrejas e poucos
postos de saúde, mostrando a precariedade do bairro em caso de necessidade
médica.
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5.3 COMUNIDADES
Nossos alunos são na maioria oriundos de outros bairros mais
distantes, sendo a minoria da comunidade local. Alguns alunos estão desmotivados,
outros não estão comprometidos com o estudo, deixando muitas vezes de lado os
afazeres escolares. Esta desmotivação e descomprometimento, muitas vezes se
dão porque o aluno está com problemas em casa ou é usuário de algum tipo de
droga, o que consequentemente vem afetar o ambiente escolar. Nosso Colégio
recebe alunos tanto vindos através do Conselho Tutelar, como também da
Sentinela. Tentamos atendê-los sem distinção dos demais, mas quando o aluno foge
do nosso controle, pedimos auxílio à Patrulha Escolar.
Em pesquisa realizada para a Agenda 21, levantamos dados
referentes aos familiares de nossos alunos. A maioria são famílias com no máximo
cinco pessoas morando na mesma residência, não possuem crianças menores de
seis anos; temos a maioria casados ou com união estável. São famílias com um
nível de instrução média, tendo Ensino Fundamental e/ou Médio. Também temos
famílias com nível universitário.
Abaixo segue alguns gráficos que representam a comunidade onde
eles estão inseridos.
TOTAL DE RESIDENTES
60%16%
1%
23%
0 A 5
6 A 10
MAIS DE 10
NÃO INFORMOU
Gráfico 5
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NÚMERO DE FILHOS DE 0 A 6 ANOS
67%
24%
9%
NENHUM
1 FILHO
2 FILHOS
Gráfico 6
ESTADO CIVIL
44%
14%3%
10%
3%
23%
3%
CASADO
SOLTEIRO
VIÚVO
SEPARADO
DIVORCIADO
UNIÃO ESTÁVEL
OUTROS
Gráfico 7
GRAU DE ESCOLARIDADE
39%
39%
16%
2%
4%
ENS.
FUNDAMENTAL
ENS. MÉDIO
ENS. SUPERIOR
SEM INSTRUÇÃO
NÃO
RESPONDEU
Gráfico 8
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De acordo com o gráfico 09, temos alunos que residem próximo a
residência, mas um número também significativo apresentado é de alunos que
moram próximos a outra escola estadual, mas preferem ou encontraram vagas
somente aqui em nossa escola. Isto dificulta o contato com a família e também
causa muita evasão, pois a dificuldade de se locomover até a escola acarreta em
vale transporte, assalto, ou outras distrações que o aluno pode encontrar pelo
caminho. Acreditamos que as famílias que não responderam são residentes de
outros bairros, pois esta é só uma amostragem, mas sabemos que há muitos alunos
oriundos de bairros distantes, principalmente no Ensino Médio. Os alunos são de
classe média baixa conforme o gráfico 10, portanto dificulta ainda mais a questão do
vale transporte e ou locomoção dos familiares até a escola. Mas em compensação o
índice de empregabilidade é muito bom e isto pode ser observado no gráfico11. O
nosso aluno na sua maioria não participa de programas sociais, como pode ser
observado no gráfico12.
ESCOLA PRÓXIMA RESIDÊNCIA
37%
23%
13%
2%
25%
HELENA SUNDIN
OUTRA
ESTADUAL
OUTRA
MUNICIPAL
OUTRA
PARTICULAR
NÃO
RESPONDEU
Gráfico 9
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RENDA FAMILIAR
14%
29%
22%
16%
16%
3%
ATÉ 1 SALÁRIO
MÍNIMO
ATÉ 2 SALÁRIO
MÍNIMO
ATÉ 3 SALÁRIO
MÍNIMO
ATÉ 4 SALÁRIO
MÍNIMO
ACIMA DE 4 SALÁRIO
MÍNIMO
NÃO RESPONDEU
Gráfico 10
EMPREGABILIDADE
77%
23%
QUANTAS PESSOAS
TRABALHAM
QUANTOS
DESEMPREGADOS
Gráfico 11
PROGRAMA SOCIAL
19%
56%
25%INSCRITO EM
PROGRAMA SOCIAL
NÃO PARTICIPA
NÃO RESPONDEU
Gráfico 12
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5.4 ORGANIZAÇÃO ESCOLAR
Para entendermos a Organização escolar, primeiramente se faz
necessário a apresentação de conceitos sobre esta organização.
A organização da escola, os conteúdos a serem ministrados e as
formas de gestão dependem muito da participação tanto dos profissionais da
educação, quanto da própria comunidade em que o colégio está inserido.
É preciso que o professor domine os conteúdos e as metodologias
nas suas áreas de conhecimento, bem como toda equipe pedagógica, sendo
pesquisadores e inovadores, para que surjam novas práticas pedagógicas
contextualizadas e que tenham significados para os alunos.
A sociedade vem exigindo cada vez mais uma escola que trabalhe
com as diferenças, que possibilite o acesso de todos sem distinção. Uma escola de
qualidade, em que todos os alunos que entram na escola, saiam com o mesmo grau
elevado de conhecimentos. Uma escola que mostre competência coletiva nas ações
educacionais.
Segundo Veiga 2004; o tempo é um dos elementos constitutivos do
trabalho pedagógico. (...) A organização do tempo do conhecimento escolar é
marcada pela segmentação do dia letivo, e o currículo é, conseqüentemente,
organizado em períodos fixos de tempos para disciplinas supostamente separadas.
(...) Para alterar a qualidade do trabalho pedagógico torna-se necessário que a
escola reformule seu tempo, estabelecendo períodos de estudo e reflexão de
equipes de educadores, fortalecendo a escola como instância de educação
continuada.
É preciso tempo para que os educadores aprofundem seu
conhecimento sobre os alunos e sobre o que estão aprendendo. É preciso tempo
para acompanhar e avaliar o P.P.P. em ação. É preciso tempo, para os estudantes
se organizarem e criarem seus espaços para além da sala de aula.
Desta forma, o Colégio Estadual Helena Viana Sundin, com base
na LDB 9394/96, Art. 23, tem como modalidades de ensino , o Ensino Fundamental
(6º ao 9º ano), e o Ensino Médio ( 1ª a 3ª série). O Colégio segue o calendário
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escolar da SEED com algumas adaptações que são inerentes á nossa realidade. De
acordo com o Regimento Escolar, Seção III, Art. 51, o estabelecimento de ensino
oferta:
I. Ensino Fundamental 6º ao 9º ano;
II. Ensino Médio
No período matutino, das 7h e 30 min às 11h50 min, com intervalo
das 10h às 10h 20 min; funciona o Ensino Médio com 6 turmas: 2 turmas de 1ª
série; 2 turmas de 2ª série e 2 turmas de 3ª série. Totalizando 380 alunos. Neste
período os alunos têm um intervalo de 20 minutos: das 10h às 10h e 20min. No
período vespertino, das 13h e 30 min às 17h e 50min, funciona o Ensino
Fundamental com 6 turmas: 1 turma de 6º ano; 1 turma de 7º ano, 2 turma de 8º ano
e 2 turmas de 9º ano. Totalizando: 208 alunos Neste período os alunos têm um
intervalo de 20 minutos: das 16h às 16h e 20min. A escola conta atualmente com
398 alunos. Os cursos do Ensino Fundamental e Médio são organizados por
bimestre.
Os alunos diagnosticados com dificuldades na aprendizagem, serão
encaminhados para a Sala de Apoio a Aprendizagem, prevista para atendimento em
nosso Colégio. Os alunos com deficiência intelectual serão encaminhados após
análise inicial, realizadas pela Pedagoga e pelo Professor, ao NRE para os
procedimentos cabíveis. O mesmo procedimento será usado aos alunos que
possuírem um laudo médico e necessitarem de Sala de Recurso. Como atualmente
o colégio não possui Sala de Recurso, os alunos que necessitarem são
encaminhados para uma escola próxima a sua residência.
A Equipe Pedagógica procura sempre manter contato com os pais
com objetivo de mantê-los informados sobre a vida escolar de seus filhos, seja na
entrega de boletins, ou quando necessário através de telefonemas e comunicados,
solicitando a presença dos mesmos no Colégio. Quando a presença do responsável
é solicitada e o mesmo não comparece, a equipe pedagógica insiste através de
telefonemas. Nota-se que os pais, muitas vezes não se interessam pelos filhos,
alegando falta de tempo. Claro que existem pais comprometidos com a educação de
seus filhos, são estes que fazem com que o Colégio busque novas alternativas tanto
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de ensino quanto disciplinar, pois nada melhor que a família para ajudar no
enfrentamento das dificuldades e atitudes apresentadas pelos alunos.
O Art. 59 da LDB 9394/96 diz que os sistemas de ensino
assegurarão aos educandos com necessidades especiais:
III – professores com especialização adequada em nível médio ou
superior, para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular,
capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns.
O corpo docente deste Estabelecimento tem 100% de licenciatura
plena. A equipe diretiva e secretaria são formadas por professores QPM. Quanto
aos professores, temos mais de 50% PSS. Isto ocorre devido a licenças e a
programas como PDE, Mais Educação.
A seguir temos representado no quadro 1 a relação de cargos e
funções dos funcionários e professores deste estabelecimento.
Ano de referência 2014
Cargo/ Função
Quant. Ensino Fundamental Ensino Médio Vínculo Ensino Superior
Com Licenciatura Sem Licenciatura
Completo Incompleto Completo Incompleto PSS QPM QFFB PEAD Completa Incompleta
Diretor 1 1 1
Diretor-auxiliar 1 - - - - - 1 1 - -
Secretário 1 1 1
Equipe Pedagógica 2 2 2
Agentes Educacionais I
6 4 2 4 2
Agentes Educacionais II
5 5 3 2
Professores
E.F. 6º à 9º
12 3 9 12
Ens. Médio
18 10 8 17
Outros 1 1
Total 47 4 2 17 10 2 38 2
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O Colégio possui nove (08) salas de aula, com armários para os
professores, cortinas escuras nas janelas, ventiladores, uma mesa para o professor,
em média 45 carteiras em cada sala; uma Biblioteca, com espaço para estudo e
pesquisa em 4 mesas com 4 cadeiras em cada, estantes para os livros, um espaço
para a biblioteca do professor, uma mesa e um armário para o responsável da
biblioteca; possui também uma sala para os professores com uma mesa grande,
uma mesa para trabalhos, vários sofás, armários para os professores e um banheiro;
uma sala para guardar o material de Educação Física, que serve também como
almoxarifado e fica ao lado da sala dos professores. Uma sala para a equipe
pedagógica com computador, telefone com ligação para fixo, duas mesas, armários,
um ventilador, uma janela com persiana e um banheiro (este banheiro é de acesso
de todos os professores e secretárias da escola, por ser próximo às salas de aula e
à secretaria); Na sala da Equipe pedagógica também ficam penduradas as chaves
do colégio. Tem uma sala para a Direção com: uma mesa para o diretor, telefone
com ligação para celular, fixo e fax; uma sala ampla para a secretaria; esta conta
com dois telefones, sete computadores e duas impressoras, além de arquivos,
mesas e armários, que possibilitam maior organização no desempenho do trabalho
administrativo. Os Livros de Registro de Classe ficam armazenados na secretaria e
na primeira aula o professor se dirige à secretaria para pegar os livros de Registro
de Classe. Na última aula, os professores devem devolver à secretaria para que os
mesmos sejam guardados para possíveis consultas. O acesso dos alunos à
Secretaria é possível pelo pátio interno, enquanto que o atendimento ao público, em
geral, é feito na entrada do colégio. A sala de Informática é usada pelos professores
na sua hora atividade. Esta sala também é usada para os alunos fazerem pesquisa
em contra – turno. O laboratório de Biologia também é bem equipado com armários,
mesas próprias para experiências, kit laboratoriais de Química e Biologia. Temos
uma sala multimídia com retroprojetor, caixas de som e tela multimídia; armários
com materiais para uso dos professores e carteiras. Esta sala é usada sempre que o
professor precisar dar uma aula diferenciada. Para isso, basta agendar com a
equipe pedagógica. Esta sala também é usada para reuniões e Conselhos de
Classe.
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Para a prática de esportes e aulas de Educação Física, o Colégio
possui uma quadra coberta, onde é possível praticar diferentes modalidades
esportivas e um espaço interno, utilizado para apresentações de danças, teatro e
músicas. O Colégio conta com alguns materiais para a prática dos mesmos. Ao lado
da quadra há uma área verde, onde os alunos também costumam jogar vôlei, tanto
nas aulas de Educação Física, quanto no intervalo.
Temos uma horta, que faz parte do projeto PDE Escola, visando a
participação do aluno e a sua permanência na escola.
O espaço físico da escola é amplo e bem arejado, recentemente a
escola passou por reforma na pintura do prédio e alguns pequenos reparos, mas
precisa algumas coberturas para dia de chuva e jardinagem. Possui algumas
rampas de acesso às salas de aula. No espaço destinado à Direção e Equipe
Pedagógica, os alunos têm amplo acesso, seja para uma conversa informal, seja
para tratar de assuntos mais relevantes. Na Secretaria e Sala dos Professores é
permitida a circulação dos alunos somente quando autorizados. À comunidade é
permitida a circulação pelas dependências do colégio sempre que se fizer
necessário como: reuniões, eventos promovidos pela escola ou mesmo para uma
simples visita para acompanhar a vida escolar do filho. Há espaço para circulação
dos alunos, com corredores semi - cobertos, escadas e rampas de acesso às salas.
Conta com dois (02) banheiros, um (01) masculino e um (01)
feminino, equipados com dois chuveiros, três vasos sanitários e cinco pias em cada
um e um banheiro para alunos cadeirantes, com acesso próximo ao refeitório. Os
banheiros são sempre bem higienizados. As secretárias usam o banheiro da sala da
equipe pedagógica, pela proximidade desta. Na sala dos professores também possui
um banheiro. O pessoal dos serviços gerais tem seu espaço próximo ao refeitório.
O refeitório é amplo com mesas, bancos e cadeiras, tornando-se um
espaço de convivência agradável. Todos os alunos devem entrar em sala de aula
desde que cheguem no horário. Os alunos que chegarem após 15 min. do início da
primeira aula, deverão dirigir-se à equipe pedagógica para as devidas justificativas,
podendo assim entrar em sala de aula. Quando ultrapassa muito do horário, os
alunos aguardam a próxima aula, no pátio.
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Durante o intervalo, a Equipe Pedagógica dirige-se à sala dos
professores para uma conversa informal, tornando o Colégio um ambiente mais
familiar e democrático, onde todos têm o direito de expressar-se. Os recados e as
informações aos professores são passados verbalmente ou colocados em edital na
sala dos professores.
A vida de um grupo tem vários sabores... ”no processo de construção de um grupo o educador conta com vários instrumentos... a comida é um deles. É comendo junto que os afetos são simbolizados, espremedor, representador, socializador. A comida é uma atividade altamente socializadora num grupo, porque permite a vivência de um ritual de ofertas. Exercício de generosidade. Espaço onde cada um recebe e oferece ao outro o seu gosto, seu cheiro, sua textura, seu sabor“. (Freire 1992, pp. 65-66)
5.5 RESULTADOS EDUCACIONAIS Ano De Referência: 2014
5.5.1 Avaliação Interna
5.5.1.1 Ensino Fundamental
A) 6º ano
MATRICULADOS TRANSFERIDOS ABANDONO EFETIVOS
100% 13% 12% 75,4%
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De acordo com o gráfico o índice de transferidos e de abandono foi
bem abaixo, mostrando que no 6º ano os alunos estão interessados na escola. A
causa da evasão no 6º ano é devido às matrículas serem realizadas longe do local
de residência. Os pais fazem para não perder e depois não conseguem manter
devido ao ônibus. Outro problema é a repetência. Alunos fora da faixa etária
encontram na sala alunos mais novos e acabam desmotivados. Isto pode ser
observado pelos gráficos das disciplinas a seguir.
B) 7º Ano
Os alunos deste ano tiveram o índice de abandono inferior ao
índice da série anterior, pois nesta série a causa do abandono foi devido à distorção
idade/série, que ainda é um problema nesta escola. Conforme os gráficos a seguir
as disciplinas com maior índice de aprovação por conselho são: Língua Portuguesa
e Geografia. Quanto à reprovação é muito alto o índice constatando a dificuldade de
aprendizagem dos alunos com distorção idade/série.
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MATRICULADOS TRANSFERIDOS ABANDONO EFETIVOS
100% 10,70% 11,00% 78,70%
C) 8º Ano
Em relação aos anos anteriores, o 8º ano apresenta um índice de
abandono muito baixo, mas em compensação o índice de reprovação é gravíssimo –
acima de 40% confirmando o problema desta escola que é o fator distorção
idade/série. Alunos que muitas vezes passam por conselho sem ter capacidade ou
alunos que vêm de outras escolas com notas baixíssimas, sem conteúdo algum,
acabam reprovando e aumentando o índice de reprovação de nossa escola. Aqui o
aluno encontra as portas abertas para a matrícula no momento que necessitar, pois
as vagas não são camufladas para que se escolha o aluno bom de notas para
matricular. O único requisito é que haja existência de vaga na escola.
MATRICULADOS TRANSFERIDOS ABANDONO EFETIVOS
100% 14,30% 9% 76,70%
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D) 9º Ano
Os alunos do 9º ano são alunos mais assíduos, o índice de
abandono é baixo. As disciplinas que mais encontraram dificuldades e que mais
reprovaram foram História, Matemática e Língua Portuguesa.
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5.5.1.2 Ensino Médio
A) 1ª Série
No ensino Médio diurno a taxa de abandono é baixa em relação ao
Ensino Médio noturno. As disciplinas com maior índice de reprovação são: Física e
Educação Física. Os alunos têm dificuldade em praticar Educação Física e participar
das aulas teóricas. Quando encontraram um professor que exige que realmente dá
aula e cobra dos alunos, acabaram encontrando dificuldade.
MATRICULADOS TRANSFERIDOS ABANDONO EFETIVOS
100% 10,90% 8,80% 80,30%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
1ª SÉRIE
MATRICULADOS
TRANSFERIDOS
ABANDONO
EFETIVOS
B) 2ª Série
Os alunos da 2ª série do período diurno têm taxa de abandono maior
que os alunos da 1ª série e isto se dá devido a gravidez precoce, maioridade,
trabalho. Os alunos são orientados em caso de gravidez, trabalhos, mas não se
importam.
MATRICULADOS TRANSFERIDOS ABANDONO EFETIVOS
100% 11,50% 10% 78,50%
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0%
20%
40%
60%
80%
100%
2ª série
MATRICULADOS
TRANSFERIDOS
ABANDONO
EFETIVOS
C) 3ª Série
De acordo com o gráfico, os alunos da 3ª série estão mais
preocupados em estudar, pois o índice de abandono é zero. São alunos
participativos. As disciplinas com maiores índices de reprovação são: Educação
Física, História e Língua Portuguesa. O caso de Educação Física se repetiu no
índice alto de reprovação devido a cobrança do professor tanto nas aulas teóricas
como prática.
MATRICULADOS TRANSFERIDOS ABANDONO EFETIVOS
100% 8,80% 0% 91,20%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
3ª SÉRIE
MATRICULADOS
TRANSFERIDOS
ABANDONO
EFETIVOS
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5.5.2 Desempenho Acadêmico dos Alunos
Os históricos acadêmicos recentes mostram melhora em relação às
médias nacionais/estadual/ regional, mas ainda são insuficientes para os parâmetros
necessários. Os dados de desempenho demonstram elevação na taxa de aprovação
em todas as séries e disciplinas em relação aos anos anteriores e a média de
aprovação dos alunos tem aumentado a cada ano.
Quanto à taxa de abandono é mais acentuada no Ensino Fundamental;
a conseqüência disto é um aumento muito significativo da distorção idade-série.
Ano
E.F
Matrícula
inicial
Admitidos
após maio
Afastados por
abandono
Afastados
por
transferência
Matrícula
final Aprovados Reprovados
Taxa de
Aprovação (%)
Taxa de
Reprovação (%)
Taxa de
Abandono (%)
6º ano 47 11 8 11 36 18 10 52,78% 25% 22,22%
7º ano 42 9 8 9 33 18 7 57,58% 18,18% 24,24%
8º ano 79 11 8 11 68 40 20 57,57% 28,99% 13,04%
9º ano 86 15 18 15 71 41 12 57,75% 16,90% 25,35%
Ano/ E.M Matrícula
inicial
Admitidos
após maio
Afastados por
abandono
Afastados
por
transferência
Matrícula
final Aprovados Reprovados
Taxa de
Aprovação (%)
Taxa de
Reprovação (%)
Taxa de
Abandono (%)
1 ª série 133 39 23 39 94 42 29 44,68% 30,85% 24,47%
2 ª série 134 45 19 45 89 49 21 55,06% 23,60% 21,35%
3 ª série 122 33 17 33 89 48 24 53,93% 23,97% 19,10%
TOTAL
GERAL
Matricula
final 480 Afastados= 101 256 123 53,33% 25,62% 21,04%
Fonte:
http://www.consultaescolas.pr.gov.br/consultaescolas/f/fcls/escola/consultasIndicadorEducacional.xhtml?cid=3
De acordo com o quadro acima, pode-se observar que os 9º anos do
Ensino Fundamental apresentaram maior índice de abandono em 2014 e os 8º anos
obtiveram o maior índice de reprovação no Ensino Fundamental. De acordo com o
observado, e relatos das pedagogas, ficou claro que a distorção ano/idade colaborou
tanto para a reprovação como para o abandono, pois os alunos que abandonaram
as séries estavam fora da faixa etária. Conclui-se que há a necessidade de dar mais
atenção a essas turmas, principalmente no que diz respeito à distorção ano/idade,
onde o aluno completa maioridade e abandona a escola para trabalhar. No Ensino
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Médio, as primeiras séries, apresentaram o maior índice de reprovação e abandono
e acreditamos que isso ocorreu principalmente pela falta de comprometimento e
envolvimento dos alunos e família, uma vez que os portões ficavam abertos no
período em que funcionava o Ensino Médio, outro motivo é a gravidez precoce.
Teremos que estar alertas em 2015, para estas questões.
5.5.3 Avaliação Externa
Escala de 0 a 10.
Fonte: Prova Brasil e Censo Escolar. http://ideb.inep.gov.br/Site
Para 2015, mediante ao baixo IDEB apresentado no ano de 2013,
onde tivemos a nota 2,2, os profissionais que atuam no Colégio Estadual Helena
Viana Sundin juntamente com membros da comunidade escolar e representantes
dos órgãos colegiados, Professores, Equipe Diretiva, Pedagogos e funcionários,
preocupados com os resultados, pensaram em ações efetivas para o aprimoramento
do processo pedagógico e consequentemente, melhoria na qualidade da educação.
Essas ações foram implantadas no Plano de Ação da Escola
5.5.4 Quanto a Aprovação
a) Problemas detectados
Condições particulares dos alunos com dificuldades de aprendizagem.
Conscientizar todos os segmentos escolares sobre a importância do
envolvimento dos membros do Conselho na discussão dos problemas
Helen Viana
Sundin
IDEB OBSERVADO IDEB PROJETADO
2005 2007 2009 2011 2013 2007 2009 2011 2013 2015
Ensino
Fundamental
2,9
3,3
3,8
2,9
2,2
2,9
3,1
3,4
3,8
4,1
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de aprendizagem existentes e na busca de soluções dos mesmos.
Reestruturar o Conselho de Classe Participativo a partir das três
dimensões: Pré-Conselho, Conselho e Pós-Conselho.
b) Ações já realizadas
Propor momentos de discussão a partir dos instrumentos teóricos
metodológicos que regulamentam o funcionamento da escola PPP, PPC,
Regimento Escolar, atas, PTD´s, dados da escola fundamentados em textos
selecionados pela equipe pedagógica...
Proporcionar momentos para troca de experiências entre os professores para
facilitar o trabalho de interdisciplinaridade.
c) Ações planejadas
Realizar o pré-Conselho, o Conselho de Classe e o Pós-Conselho, refletindo
sobre nossas interferências para que o processo ensino/aprendizagem
aconteça de forma a garantir o sucesso e a efetivação da aprendizagem.
Implementar ações coletivas na área pedagógica (encontros, rodas de
discussões), com a participação efetiva de todas as instâncias colegiadas.
Reunir a cada semestre as instâncias colegiadas para avaliar as ações da
escola.
Desenvolver um trabalho de sensibilização junto aos alunos em todas as
disciplinas.
Realizar a cada bimestre o Conselho de Classe Participativo, com
representantes de turmas e pais convidados.
Reforma tecnológica de computadores, TV pen drive e demais equipamentos
necessários ao cotidiano escolar, para diversificar estratégias de ensino com
a finalidade de motivar os alunos e assim, atingirmos êxito no
ensino/aprendizagem.
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5.5.5 Quanto a Reprovação
a) Problemas detectados
Excesso de faltas, de comprometimento, desinteresse de forma geral dos alunos e
familiares; distorção idade/ano
b) Ações já realizadas
Já foram realizadas reuniões esclarecedoras para os pais e familiares e em sala de
aula; frequentemente a Direção, Professores e Pedagogos conscientizam os alunos
a respeito desta situação.
c) Ações planejadas
Melhores salários para que os Professores possam se dedicar
exclusivamente a uma Instituição de Ensino;
Hora atividade de 33,3%;
Mais recursos para a escola;
Investimento na Educação.
5.5.6 Quanto ao Abandono/ Evasão Escolar
a) Problemas detectados
Falta de participação dos pais na vida escolar dos filhos.
Maior evasão no período noturno.
Falta de perspectivas dos alunos.
b) Ações já realizadas
Ministrar aulas e avaliações diferenciadas, trabalhando com atividades que
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vão ao encontro às necessidades dos alunos, valorizando a sua realidade.
Elevar a auto-estima dos alunos por meio de palestras, filmes educativos,
atividades e visitas culturais e ambientais.
Trabalhar com atividades lúdicas que contemplam o raciocínio e o contexto
dos alunos.
Discutir com os professores os problemas comuns em todas as disciplinas.
Conhecer a história de vida dos alunos trabalhadores.
A escola entra em contato com os pais ou responsáveis, comunica a situação
e quando necessita, encaminha os casos para Conselho Tutelar, Patrulha
Escolar (dependendo do caso).
c) Ações planejadas
Palestras, conscientizações e debates sobre as problemáticas mais decorrentes.
5.5.7 Quanto a Violência
Problemas detectados
A desestruturação da sociedade invade os muros da escola.
Ações já realizadas
Palestras interativas com a Patrulha Escolar.
Reuniões com os alunos, pais e Professores.
Ações planejadas
Palestras e reuniões com órgãos públicos e comunidade escolar.
5.5.8 Quanto a Drogadição
Problemas detectados
Circulação de drogas dentro e nas redondezas da escola;
Alunos usuários de drogas apresentam baixo rendimento escolar, violência e
evasão.
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Ações já realizadas
Realização campanhas de combate ao uso de drogas, distribuir panfletos
informativos aos pais, alunos e à comunidade.
Reuniões, palestras, etc...
Ações planejadas
Integração e participação efetiva das entidades:
Ministério Público, Patrulha Escolar Comunitária, Conselho Tutelar e Sec. Mun.
Saúde:
Fazer convite formal às entidades para participarem dos eventos a serem
desenvolvidos pela escola.
Solicitar a presença do Ministério Público e da Patrulha Escolar Comunitária
para ministrar palestras aos alunos e pais a cada bimestre.
Propiciar maior relacionamento entre a escola e as entidades sociais do
município.
Estabelecer parceria com a Secretaria Municipal de Saúde para desenvolver
na escola um programa de saúde preventiva.
Convidar o Ministério Público, Polícia Militar, Patrulha Escolar, Conselho
Tutelar para ministrar palestras sobre o perigo das drogas e as medidas de
prevenção.
Desenvolver atividades inter-disciplinares em parceria com os acadêmicos e
professores de Faculdades.
Realizar em sala de aula grupos de reflexão sobre o que é a droga e o que
ela causa.
Orientar os educadores quanto às observações efetivas sobre as atitudes dos
alunos em sala de aula e em todos os ambientes da escola.
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5.6 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NO CONTRA TURNO
5.6.1 Programa Mais Educação
O Programa Mais Educação (Portaria Interministerial nº17/2007) é
uma iniciativa do Governo Federal que tem como prioridade contribuir para a
formação integral de crianças, adolescentes e jovens, articulando, a partir do projeto
escolar, diferentes ações, projetos e programas nos Estados, Distrito Federal e
Municípios. Trata-se de um programa Interministerial, do qual fazem parte os
Ministérios da Educação, do desenvolvimento Social e Combate a Fome, Ciência e
Tecnologia, Esporte, Meio Ambiente, Cultura e a Secretaria Nacional da Juventude.
Tem como objetivo a conquista efetiva da escolaridade dos
estudantes, através da ampliação de experiências educadoras. As práticas
realizadas além do horário escolar precisam estar sintonizadas com o currículo e os
desafios acadêmicos. Espera-se, assim, colaborar para a elaboração de um
paradigma de educação integral que reúna diversas áreas, experiências e saberes.
As atividades desenvolvidas no colégio Estadual Helena Viana
Sundin estão organizadas em macro campos com suas respectivas atividades, a
saber:
MACROCAMPO ATIVIDADES
Acompanhamento Pedagógico Letramento
Esporte e Lazer Futsal
Esporte e Lazer Basquete
Direitos Humanos em Educação Direitos Humanos e Ambiente Escolar
Cultura e Artes Canto Coral
Cultura e Artes Cine Clube
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5.6.2 Sala de Apoio
A Sala de Apoio não foi aberta em 2011 devido à falta de espaço
físico (sala). Para o ano de 2012, atenderemos duas turmas, sendo uma de
Português e uma de Matemática. Os alunos com dificuldades de aprendizagem
serão atendidos na Sala de Apoio. A Sala de Apoio funciona com as disciplinas de
Língua Portuguesa e Matemática para os anos de 6º ano e 9º ano.
5.7 INCLUSÃO
De acordo com o Programa de Mobilização para a Inclusão Escolar
e a Valorização da Vida, foi implantado um documento denominado FICA. Com este
documento pretende-se criar uma rede de enfrentamento à evasão, promovendo a
inserção, no sistema educacional, das crianças e dos adolescentes que tenham sido
excluídos.
O documento FICA, mostra que o Ministério da Educação, com
base nos dados do IBGE de 2000, concluiu em 2003 o Mapa de Exclusão
Educacional no Brasil. No Estado do Paraná, o número alarmante é de 64.606
crianças, de 7 a 14 anos, fora da escola.
Tais indicativos evidenciam a necessidade premente da inclusão
escolar dessas crianças e adolescentes mediante a criação e implementação de
programas e projetos que beneficiem a infância e juventude, de modo a garantir
plena cidadania a milhares de jovens, meninos e meninas, atualmente em completo
estado de exclusão.
Precisam ser incluídas todas as crianças e adolescentes de ambos
os sexos que se encontram fora do sistema educacional (independente dos motivos
que os levaram à exclusão), devendo-se observar que muitos deles se encontram
apenas matriculados na escola, mas sem frequência regular.
O Colégio Estadual Helena Viana Sundin, através dos professores,
faz um levantamento dos alunos com cinco faltas consecutivas ou sete alternadas e
imediatamente entra em contato com o responsável e não havendo retorno ou o
responsável encontrado, faz o preenchimento e encaminhamento da FICA. O
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Colégio Estadual Helena Viana Sundin, possui alunos tanto provenientes do
Programa Sentinela, como também da Casa do Adolescente. Periodicamente seus
representantes vêm até as dependências do Colégio buscar informações sobre a
vida escolar dos alunos. Esse trabalho contribui muito para a inclusão e formação
destes adolescentes, pois estão tendo a oportunidade de estarem socialmente
inseridos no ambiente escolar, convivendo com outros adolescentes, trocando
ideias, buscando seu espaço na sociedade.
Afirmamos, entretanto, que a inclusão educacional é um projeto
gradativo dinâmico e em transformação, que exige o respeito às diferenças
individuais dos alunos e a responsabilidade, quanto a oferta e manutenção dos
serviços apropriados ao seu atendimento, necessitando de um trabalho conjunto e
interligado que se realize interdisciplinarmente, na aprendizagem da criança.
Quando falamos em inclusão, temos que ter bem claro que ela só
acontecerá se houver a aceitação das diferenças não só físicas, mas também social,
de sexo, cor, raça e credo.
De acordo com o Regimento Escolar Seção III, Art. 64 Parágrafo
Único – As necessidades educacionais especiais são definidas pelos distúrbios de
aprendizagem apresentados pelo aluno, em caráter temporário ou permanente, e
pelos recursos e apoios proporcionados, objetivando a remoção de barreiras para a
aprendizagem e participação e o enriquecimento curricular para alunos com super-
dotação ou altas habilidades.
No Colégio, essas diferenças individuais estão sempre presentes e,
a atenção à diversidade é o eixo norteador da educação inclusiva, isto é, uma
educação de qualidade para todos, onde a convivência com as diferenças, torna
alunos e professores cidadãos solidários. Entender a inclusão, não é apenas cumprir
a lei, significa atender na escola, crianças, jovens e adultos isolados de um mundo
que só tem a ganhar com a sua presença.
A inclusão requer adaptações curriculares; portanto o professor deve
promover modificações no currículo, de forma a permitir a participação produtiva dos
alunos que apresentam necessidades especiais no processo de ensino e
aprendizagem, no ensino regular. São adaptações de pequeno porte, porque sua
implementação encontra-se no âmbito de responsabilidade e de ação exclusivas do
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professor não exigindo autorização, nem dependendo de ação de qualquer outra
instância superior, nas áreas políticas, administrativa, e ou técnica.
6.FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
6.1 CONCEPÇÕES
6.1.1 Concepção de Sociedade, Homem, Escola.
“Estamos na sociedade de aprendizagem, já que, em maior ou menor escala, estamos todos envolvidos em aprender algumas coisas, pois há demanda por diferentes e contínuas aprendizagens da nossa sociedade”. “A Escola pode preparar-se para o novo século, revisando seu milenar conceito de aprendizagem. Os alunos agradecem” (Pozo, 2002).
Educação e Sociedade estão interligadas, uma vez que, uma não
sobrevive sem a outra. É com o futuro das gerações que temos que nos preocupar.
É importante compreender que a sociedade atual traz resquícios de uma sociedade
em que outrora foi oprimida e injustiçada. Uma sociedade em que havia uma elite
economicamente dominante, rica e detentora do poder político contra a população
menos favorecida, sedenta de poder econômico e participação política. Uma
sociedade marcada pela exclusão social em que idosos, mulheres, deficientes,
pessoas de cor ou estrangeiros eram marginalizados. Esta sociedade do passado
deixou cicatrizes. Por outro lado alertou-nos para o que estávamos fazendo. Se hoje
temos uma sociedade excludente, em que o dinheiro fala mais alto, isto se deve à
herança social. Sabemos que, atualmente, fala-se muito em responsabilidade social,
em inclusão social e, é com este pensamento, que a escola de hoje, sendo um
espaço dinâmico, educativo, pretende formar cidadãos responsáveis e
comprometidos com a construção de uma sociedade melhor, mais humana e justa
em que os valores como respeito, ética e outros, estejam explícitos nas atitudes de
cada um. Só assim podemos acreditar na transformação dessa geração, que hoje
mostra - se perdida, mas “pedindo socorro” por um mundo melhor, menos violento.
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Somente através da educação é que poderemos formar cidadãos mais dignos,
conscientes de seus direitos e deveres.
6.1.2 Concepção Educacional
A escola surgiu na sociedade brasileira de maneira opressiva,
catequizadora, dominante. Uma escola elitista em que a educação seguia o que a
Igreja Católica ditava. Com o passar do tempo, a Escola deixou seu caráter eletista,
passando então a ser função do Estado, tornando-se pública e gratuita para todos.
De acordo com a LDB Art. 4º. O dever do Estado com a educação
escolar pública será efetivado mediante garantia de:
I – ensino fundamental obrigatório e gratuito, inclusive para os que a
ele não tiverem acesso na idéia própria;
II – progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino
médio;
III – atendimento educacional especializado aos educandos com
necessidades especiais, preferencialmente na rede regular de ensino;
É essa escola que temos hoje, uma escola mais democrática,
tentando superar as diferenças, buscando a inclusão social, em que cada parcela
das camadas populares ingressem e permaneçam. Sabemos que a escola ainda
não está preparada para receber essas diferenças, pois os conteúdos propostos na
maioria das vezes são descontextualizados, sem significado para os alunos.
Entendemos que a questão da democratização da escola, neste sentido, está ligada
ao acesso e à permanência na escola. Isso só será possível se os professores como
diz Paulo Freire, usarem, na sua prática, o bom senso.
Saber que ensinar não é transferir conhecimento, mas criar possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção. Quando entro em uma sala de aula devo estar sendo um ser aberto a indagações, à curiosidade, às perguntas dos alunos, a suas inibições; um ser crítico e inquiridor, inquieto em face da tarefa que tenho – a de ensinar e não a de transferir conhecimentos. (Paulo Freire, 2000)
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E o que a escola pública tem ensinado aos alunos das classes
trabalhadoras? A escola pública não tem sido capaz de fazer com que esses alunos
ultrapassem o senso comum para, como diz SAVIANI, se apropriar dos saberes
mais elaborados e sistematizados, do saber metódico científico, necessários, de um
lado, para a sua sobrevivência e, de outro, para se colocarem na condição de
empreendedores. A escola necessita organizar processos, descobrir formas
adequadas a essa finalidade.
Para VEIGA (2004) ... a organização do trabalho pedagógico da
escola tem a ver com a organização da sociedade. A escola nessa perspectiva é
vista como uma instituição social, inserida na sociedade capitalista, que reflete no
seu interior as determinações e contradições desta sociedade.
É preciso que a escola procure formas atrativas de ensinar,
trabalhando com projetos e conteúdos mais concretos, que venham resgatar os
alunos para a sala de aula. Sabemos do quanto o professor trabalha, mas será que
está trabalhando na direção certa? Será que não está na hora de mudarmos nosso
conceito de ensinagem? Como diz Paulo Freire, “não existe docência sem
discência”. Isso nos remete às reprovações, à exclusão de nossos alunos momento,
em que paramos para pensar no que estamos fazendo. Qual é o nosso papel senão
o de promover a aprendizagem? Como concebemos educação, se tiramos o direito
do aluno de permanecer na sala, porque não corresponde aos nossos “padrões de
comportamento”? E nós, correspondemos ao padrão deles de professor, do mestre
que ensina e que aprende? Precisamos pensar certo, saber que ensinar é tentar
descobrir qual a melhor maneira de nosso aluno aprender.
Segundo LIBÂNEO (1984), é fundamental que se entenda que a
atuação da escola consiste na preparação do aluno para o mundo adulto e suas
contradições, fornecendo-lhe um instrumental, por meio da aquisição de conteúdos e
da socialização para uma participação organizada e ativa na democratização da
sociedade.
Somente assim, o aluno poderá entusiasmar-se pelos objetivos da
escola, sentir as alegrias desta e, ao mesmo tempo, apropriar-se dos
conhecimentos.
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Entendemos que a participação de todos (alunos, pais, mães,
funcionários, pedagogos e Direção) na escola não é uma concessão, mas uma
prática que expressa princípios, que influencia na qualidade da educação e está
vinculada a um projeto coletivo por uma sociedade não excludente. Urge a parceria
entre a escola e a família, no resgate de valores e na educação de nossos alunos,
pois acreditamos que, à escola foi delegada a função que antes caberia à família.
Se hoje temos professores fazendo da escola um “bico”, brigando
por salários menos imorais, na busca de seus direitos e de sua dignidade, então
podemos entender como funciona a sala de aula.
Precisamos de professores mais comprometidos com a educação,
que possam criar vínculo com a Escola, para que seu trabalho tenha continuidade e
desenvolva projetos, também, a longo prazo. O professor precisa ser valorizado. Se
quisermos que a educação tenha mais qualidade, temos que rever nossas políticas
educacionais. Valorização do professor tanto financeira quanto de capacitação. Que
ele tenha tempo e dinheiro para ser um pesquisador, aperfeiçoando assim a sua
prática, buscando novas dinâmicas, que venham despertar em nossos alunos a
vontade de vir para a escola e, principalmente, a vontade de assistir às aulas, pois
muitas vezes eles até vêm para a escola, mas não assistem às aulas de alguns
professores. Há também de se pensar na socialização entre professores, que muitas
vezes apenas tomam o café no intervalo, mas não sabemos nada sobre eles, seus
anseios, medos ou sonhos. A equipe pedagógica e a direção até tentam criar este
elo, mas nem sempre todos são acessíveis.
Segundo Paulo Freire, ensinar exige segurança, competência
profissional e generosidade. O professor que não leve a sério sua formação, que
não estude, que não se esforce para estar à altura de sua tarefa não tem força moral
para coordenar as atividades de sua classe. ... Há professores e professoras
cientificamente preparados, mas autoritários a toda prova... e com isto acaba-se
observando, que a incompetência profissional acaba desqualificando a autoridade
do professor. ... Ainda, segundo Paulo Freire, o clima de respeito que nasce de
relações justas, sérias, humildes, generosas, em que a autoridade docente e as
liberdades dos alunos se assumem eticamente, autentica o caráter formador do
espaço pedagógico.
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Portanto, a escola neste novo contexto de impregnação do
conhecimento precisa ser um espaço organizador dos múltiplos espaços de
formação, exercendo uma função mais formativa e menos informativa, muito mais
gestora do conhecimento social.
O fundamental é que professor e alunos saibam que a postura deles, do professor e dos alunos, é dialógica, aberta, curiosa, indagadora e não apassivada, enquanto fala ou enquanto ouve. O que importa é que o professor e alunos se assumam epistemologicamente curiosos. ... o bom professor é o que consegue, enquanto fala, trazer o aluno até a intimidade do movimento de seu pensamento. Sua aula é assim um desafio e não uma “cantiga de ninar” (Paulo Freire,2000).
Para um bom ensino, não bastam novos conhecimentos, mas é
imprescindível que os alunos sejam mais inquiridores, curiosos mesmo e saibam,
principalmente, se expressar fazendo uso correto, tanto da linguagem oral quanto da
escrita.
A inserção do estágio não obrigatório no Projeto Político pedagógico
da escola não pode contrapor-se à própria concepção de escola pública, ainda que o
estágio seja uma atividade que vise a preparação para o trabalho produtivo,
conforme Lei nº. 11788/2008. A função social da escola vai para além do
aprendizado de competências próprias da atividade profissional e nesta perspectiva,
vai para além da formação articulada às necessidades do mercado de trabalho.
Conceber trabalho como princípio educativo pressupões oferecer
subsídios, a partir das diferentes disciplinas, para se analisar as relações e
contradições sociais as quais se explicam a partir das relações de trabalho. Isto
implica em oferecer instrumentos conceituais aos alunos para analisar as relações
de produção, de dominação, bem como as possibilidades de emancipação do sujeito
a partir do trabalho.
Formar para o mundo do trabalho, portanto, requer o acesso aos
conhecimentos produzidos historicamente pelo conjunto da humanidade, a fim de
possibilitar ao futuro trabalhador se apropriar das etapas do processo de forma
conceitual e operacional, isto implica em ir para além de uma formação técnica que
secundariza o conhecimento necessário para se compreender o processo de
produção em sua totalidade.
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Os conhecimentos escolares, portanto, são a via para se analisar
esta dimensão contraditória do trabalho, permitindo ao estudante e futuro trabalhador
atuar no mundo do trabalho de forma mais autônoma, consciente e crítica.
Para tanto, o acesso aos conhecimentos universais possibilita ao
aluno estagiário, não somente sua integração nas atividades produtivas, mas a sua
participação nela, de forma plena, integrando as práticas aos conhecimentos teóricos
que as sustentam.
Nesta perspectiva, o estágio pode e deve permitir ao estagiário que
as ações desenvolvidas no ambiente de trabalho sejam trazidas para a escola e vice-
versa, relacionando-as aos conhecimentos universais necessários para compreendê-
las a partir das relações de trabalho.
6.1.3 Concepção Filosófica E Pedagógica
De acordo com Saviani a Pedagogia Histórico - Crítica articula um
tipo de orientação pedagógica que seja crítica sem ser reprodutivista.
A visão crítico – reprodutivista surgiu a partir das consequências do
movimento de maio de 68 – a chamada tentativa de revolução cultural dos jovens.
Esta visão desempenhou um papel importante em nosso país, porque de alguma
forma impulsionou a crítica ao regime autoritário e à pedagogia tecnicista. Ela fazia a
crítica, mas não tinha proposta de intervenção prática.
Os educadores se deparavam com a questão de como atuar de
modo crítico no campo pedagógico, como ser um professor que, ao agir, desenvolve
uma prática de caráter crítico. A teoria crítico – reprodutivista não pode oferecer
respostas, porque, segundo ela, é impossível que o professor desenvolva uma
prática crática – a prática pedagógica. Situa-se sempre no âmbito da violência
simbólica, da inculcação ideológica, da reprodução das relações de produção.
Saviani costuma situar o ano de 1979 como um marco da configuração mais clara
da concepção histórico – crítica, pois a educação começou a ser discutida mais
ampla e coletivamente, tanto pelos movimentos de professores e especialistas em
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educação, como pelos mestrandos e orientadores de mestrado. Começava-se a
tentar descobrir formas de analisar a educação, mantendo presente a necessidade
de criar alternativas e não apenas fazer a crítica do existente.
Para Saviani (1988), uma pedagogia articulada com os interesse
populares valorizará, pois, a escola; não será indiferente ao que ocorre em seu
interior; estará empenhada em que a escola funcione bem; portanto, estará
interessada em métodos de ensino eficazes. Tais métodos se situarão para além
dos métodos tradicionais e novos, superando por incorporação as contribuições de
uns e de outros. Serão métodos que estimularão a atividade e a iniciativa dos
alunos sem abrir mão, porém, da iniciativa do professor; favorecerão o diálogo com
a cultura acumulada historicamente; levarão em conta os interesses dos alunos, os
ritmos de aprendizagem e o desenvolvimento psicológico, mas sem perder de vista
a sistematização lógica dos conhecimentos, sua ordenação e gradação para efeitos
do processo de transmissão-assimilação dos conteúdos cognitivos. Deve-se levar
em conta os interesses, a visão de mundo e a posição que o indivíduo ocupa no
quadro social.
Para Paulo Freire (1994), a desocultação da verdade é uma das
tarefas fundamentais da educação progressista que não deve esconder a verdade.
Deve deixá-la transparente. Neste intuito deve-se trabalhar com certa ideologia onde
a “postura certa” diante da certeza é não estar demasiado certo da certeza. (***) Ela
minimiza a exclusão, já que ninguém está livre de uma certa exclusão, porém elas
são diferentes, já que certas exclusões nós nos impomos. É importante
compreender a exclusão como auto – limitação.
O conteúdo não se transfere, deve ser compreendido, o que significa
partir da realidade para a formação deste. Desta forma, a relação do ensinar com a
relação dos conteúdos, possibilita democratizar o ensino, já que a educação que
interessa é a educação que permite uma análise da realidade sócio-econômica.
É incompatível considerar o professor como aplicador de decisões.
O professor não é o único decisor do que vale a pena, já que a decisão deve ser
obtida de forma coletiva, principalmente através de diálogos e, aí, chega - se ao que
realmente vale a pena. É o diálogo que está relacionado com a realidade e isto não
é fixo, já que o discurso se faz e refaz sempre numa relação solidária, não solitária.
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A idéia central para se trabalhar a partir da realidade é a reflexão
sobre para que e por que da educação, considerando que o ser humano vive em
uma realidade e é conhecendo-a que ele se torna capaz de tomar decisões. A
direção tomada pela proposta de Paulo Freire é para uma sociedade mais justa,
portanto, a educação deve permitir uma análise da justiça social, política e
econômica que está vivendo e isto vai além da motivação apenas, que não pode ser
a única razão. É preciso que professor e aluno tenham um avanço no conhecimento
da realidade, que não pode ficar só num conhecimento mecanicista, ou seja, deve ir
além da descrição da história e da geografia.
Conhecendo, deve se refletir como podemos avançar, ou seja, só no
primeiro momento ela fixa-se na realidade local. Não é possível pensar uma
pedagogia sem conteúdos, já que estes são os instrumentos de conhecimentos. A
partir da realidade local, deve - se desenvolver os conteúdos que não podem ficar só
na descrição.
A questão central: para que a educação? Para se ter um educando
crítico que arquiteta formas, que ligadas ao mundo conseguem transformá-lo em
mais justo e humano.
Como o professor faz isto? Não é se isolando e nem se achando o
dono da verdade.
Paulo Freire comenta sobre a importância da relação dialógica entre
educadores e educandos como forma de permitir ao indivíduo pronunciar sua
palavra, fazendo com que o educador conheça seus conhecimentos prévios,
valorizando-os e, realizando uma educação que traga verdadeiros significados, já
que o conhecimento em construção se dará a partir do processo envolvendo teoria e
prática simultaneamente. Assim, ambos atuam como sujeitos desse processo.
Apoiando-nos na teoria de Paulo Freire, que visa a comunicação
como uma necessidade essencial ao ser humano, encontramos o diálogo como um
meio, ou melhor, ação integrante de um método para uma educação libertadora.
A educação intermediada pela ação dialógica tem como principal
objetivo devolver ao indivíduo a liberdade de pronunciar sua palavra. Sendo assim,
busca extinguir a ação narrativa do docente, que durante suas aulas estará
“roubando” a palavra do educando. Esta é, portanto, a ação anti-dialógica
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caracterizada por Paulo Freire, em Pedagogia do Oprimido, como uma invasão
cultural. Assim como no colonialismo abordado por Albert Memmi, onde o colonizado
vai absorvendo características do colonizador e perdendo sua própria identidade. E,
mesmo tendo conquistado certa independência, mantém ainda dentro de si
características do colonizador, como forma de pensar, agir e até sentir. Este
colonialismo de que fala Memmi não é um fato histórico passado, mas sim um
fenômeno sócio global que faz parte de nossa realidade e está muito presente na
educação de nosso país. Apenas com a introdução revolucionária feita por Paulo
Freire das palavras opressor (colonizador) e oprimido (colonizado), iniciou-se nas
últimas décadas, dentre avanços e pausas, um processo de discussão sobre esta
problemática voltando-se para a educação.
“Todo ato de conquista implica em um sujeito de conquista e um ato
conquistado” (p. 135) como afirma Freire, também faz parte da ação anti-dialógica
como um “roubo” da palavra, ou não o permite expressá-la, estará impedindo-o que
pronuncie o seu mundo, sua história, sua cultura e muito mais. Enquanto que na
ação dialógica ocorre uma colaboração entre os sujeitos (educador/educando) que
possuem confiança em si, ou seja, falam porque acreditam no que falam e no que
escutam e, assim tendem a apresentar coerência entre sua fala e seus atos.
Consequentemente, em vez de ocorrer uma invasão cultural, o educador conhece e
se aproxima do educando através de sua cultura. Se durante as aulas o educador
permite ao educando pronunciar sua palavra, ele estará aprendendo e permitindo
que os demais também aprendam. Essa troca de conhecimento também permite ao
educando a construção de uma visão crítica. Um fala, todos escutam, refletem e
discutem. E a educação se faz em comunhão como afirma Paulo Freire.
Assim também nos apresenta Jacinta Correia em seu artigo “De
Paulo Freire a Clodomir Santos de Moraes. Da consciência crítica à consciência
organizativa”.
Quando o diálogo permite a transformação de informação em
conhecimento, o educando é quem o está fazendo e o educador atua somente como
orientador desse processo. Portanto, ambos atuam como sujeitos e se educam.
Sendo o homem um ser de relações, não somente do homem com o homem, mas
também do homem com o mundo, o conhecimento é utilizado pelo homem para
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encontrar soluções ao reconhecer uma situação problema. Ele faz uma análise,
busca alternativas e soluciona o problema, o que não impede o surgimento de
outros. É para isso que se faz educação, para que o homem seja sempre sujeito de
sua história.
Por isso, durante todo o processo de ensino aprendizagem, é
importante que o educador esteja sempre buscando alternativas para que esse
método se concretize como também faça uso dos temas e recursos condizentes a
realidade do educando.
Percebemos, mais uma vez, como o diálogo é fundamental
enquanto permite ao educador estar continuamente conhecendo o mundo do
educando. Podendo assim, trabalhar conteúdos que despertem maior interesse por
parte do educando, ou fazendo com que este se interesse por demais conteúdos e
com certeza, resultando em um melhor aprendizado. O diálogo permite ao educador
diagnosticar o conhecimento prévio do educando, ajudando-o a aprender mais sobre
o que já sabe e ensinar-lhe o que ainda não sabe.
O aluno é o sujeito no seu processo de aprendizado, portanto, deve
participar de forma ativa nas aulas, havendo espaço para se expressar, trazendo
sugestões ou críticas. Este diálogo deve acontecer de forma natural, ocorrendo
apenas a mediação por parte do professor. O diálogo se apresenta no processo de
ensino aprendizagem como uma condição indispensável, levando a uma visão
crítica educacional.
O diálogo deve ocorrer de forma sistemática para obter os objetivos
propostos, pois uma postura tradicional na realização de aulas expositivas faz com
que a educação esteja voltada ao educador e não ao educando, e quando falam
sobre a aula narrativa, nos questionamos se os mesmos ao menos fazem uso de
alguma tecnologia para despertar o interesse do educando sobre as informações a
serem recebidas e posteriormente, permitem que eles se utilizem dessa teoria ao
refletirem sua futura prática docente. E, principalmente, refletimos sobre como se dá
a escolha dos temas em discussão, se estes fazem parte da realidade do discente,
ou seja, se eles tiveram a oportunidade de dialogar durante a escolha do tema ou só
é permitido ao educando falar quando o tema já fora imposto pelo docente.
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Segundo Guiomar, a função política da educação cumpre-se pela
mediação da competência técnica. É necessário possuir a competência pedagógica,
dominar os processos internos ao trabalho pedagógico. Para a escola cumprir sua
função política é preciso que ela exerça bem sua contribuição específica. O papel
político da educação cumpre-se na perspectiva dos interesses dos dominados,
quando se garante aos trabalhadores o acesso ao saber sistematizado.
Há uma contradição sobre o que os professores afirmam em relação
a participação dos alunos na construção do conhecimento e o que nos apresenta
Paulo Freire sobre o diálogo.
A educação deve ser vista como um ponto de encontro entre
diferentes e iguais na busca do melhor. E é o diálogo que permite esse encontro e,
as circunstâncias que determinam o nível ou o teor do que será discutido. Portanto,
o professor deve ser flexível na sua prática docente. Trabalhando atividades
variadas das quais os alunos têm a oportunidade de expressar seu contexto cultural
e fazendo uso também das novas tecnologias.
Encontramos, por fim, nossa realidade tão necessária do uso das
novas tecnologias já disponíveis, já que nos defrontamos diariamente com este
mundo tão desenvolvido tecnologicamente. Melhorando a qualidade da educação e
particularmente o caso dos docentes, que talvez estejam tão distanciados do uso de
tecnologias já tão acessíveis, possibilitando uma formação mais completa e
atualizada tendo em vista que este serão os futuros responsáveis pela educação de
tantos outros.
O Colégio Estadual Helena Viana Sundin, sabe da importância em
trabalhar na busca de uma prática contra discursiva, subsidiando-se no diálogo entre
educadores e educandos e no uso freqüente das novas tecnologias para que possa
obter verdadeiros resultados de transformação nos campos educacional e social.
Portanto, norteará sua prática pedagógica nos pressupostos teóricos da Pedagogia
Progressista, onde a escola tem o papel de promover a (re) construção do
conhecimento através do diálogo, pois podemos sempre considerar precioso todo o
conhecimento prévio pertencente aos educandos, a fim de ser (re) construído
continuamente. Não esquecendo de que o homem é um ser inacabado, que possui
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como maior significado de vida a busca pelo conhecimento, pela transformação em
busca de melhorias.
Pretendemos promover cidadãos formadores de opinião,
responsáveis pelos seus atos, pesquisadores, sempre em busca do novo para no
futuro tornarem-se empreendedores, mais reflexivos e questionadores na busca de
uma sociedade melhor e mais justa.
6.1.4 Concepção De Conhecimento
Sendo o conhecimento um processo humano, histórico, incessante,
de busca de compreensão, de organização, de transformação do mundo vivido e
sempre provisório, tem origem na prática do homem e nos processos de
transformação da natureza. E, também, uma ação humana atrelada ao desejo de
saber. Só o homem, por ser pensante, pode ser sujeito: somente ele pode
desejar a mudança, porque só a ele lhe falta a plenitude.
O que possibilita a construção do conhecimento, nesse momento de aventura em
busca do novo, é sem duvida o reconhecimento de que somos seres falantes. E
nesse movimento que se instaura o desejo de aprender.
Nesse processo serão envolvidos simultaneamente um sujeito que conhece, um
objeto a ser conhecido, um modo particular de abordagem do sujeito em relação ao
objeto e uma transformação , tanto do sujeito, quanto do objeto. É necessário, aqui,
entender o objeto como realidade socialmente construída e compartilhada.
A teoria dialética do conhecimento, por nós entendida, pressupõe a
construção recíproca, entre o sujeito e o objeto, já que é pela práxis do homem
sobre o mundo, que tanto o homem se modifica e se movimenta.
Baseados na teoria dialética do conhecimento, nossa ação educativa deverá levar
em conta que:
" a prática social é a fonte do conhecimento;
" a teoria deve estar a serviço de e para uma ação transformadora;
" a prática social é o critério de verdade e o fim último do processo de conhecimento.
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Respeitar a caminhada de cada sujeito de um determinado grupo é
uma aprendizagem necessária e fundamental numa vivência dentro de uma
perspectiva interdisciplinar, sendo necessário eliminar as barreiras que se criam
entre as pessoas para o estabelecimento de uma relação dialógica.
A opção de organização curricular, a partir de uma concepção de
conhecimento interdisciplinar possibilita uma relação significativa entre
conhecimento e realidade; desmantela uma abordagem curricular burocraticamente
pré-estabelecida; envolve o educador na prática de construir o currículo; determina
uma relação dialética entre a realidade local e o contexto mais amplo.
Uma atitude interdisciplinar estabelece uma nova relação entre currículo, conteúdos
e realidade. Os conteúdos serão selecionados e desenvolvidos numa concepção
onde se pressupõe que currículo e realidade interagem, influenciando-se
mutuamente; os conteúdos escolares passam a ter significação uma vez que estes
têm a ver com os sujeitos envolvidos, e passam a ser selecionados e desenvolvidos
pelo professor com maior apropriação.
O que se pretende em uma atitude interdisciplinar não é anular a
contribuição de cada ciência, em detrimento de outras igualmente importantes.
Convém ressaltar que as contribuições e trocas de vão além de integração dos
conteúdos das diferentes áreas de conhecimento, o que implica em reorganização
curricular.
Na interdisciplinaridade ter-se-á uma relação de reciprocidade, de
mutualidade que possibilitará o diálogo entre os interessados, proporcionando trocas
generalizadas de informações e de criticas contribuindo para uma reorganização do
meio científico e institucional a serviço da sociedade e do homem.
A qualificação, a formação e ampliação dos conhecimentos
envolvidos nesse processo, ao tratar do conhecimento de uma maneira unificada,
criam a possibilidade de um entendimento melhor da realidade, contribuindo para a
desalienação dos envolvidos, provocando, desta forma, a interação entre os sujeitos
e, ao mesmo tempo, sendo condição necessária para sua própria efetivação.
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6.1.5 Concepção De Avaliação
Quando a escola foi criada, há mais de quatro milênios, a avaliação
foi incorporada ao conjunto das práticas que passaram a constituir a espinha dorsal
da instituição escolar. Por se tratar de um espaço para a realização de
aprendizagens específicas, diferentes das que ocorriam na vida cotidiana, formas de
avaliar foram criadas para atender a objetivos de escolarização. A avaliação, na
instituição escolar tem mantido, ao longo dos séculos, um certo caráter punitivo.
A história da avaliação na escola revela-nos que, com o
desenvolvimento da escola pública e o aumento considerável da população
atendida, os procedimentos de avaliação sofreram um processo contínuo de
burocratização. Isto se deu com a realização de provas cada vez mais voltadas a
verificar a aprendizagem dos conteúdos apresentados, principalmente, pelos livros
didáticos. Pouco a pouco o aluno passou a ser identificado com um número e
agrupado em classes organizadas segundo o nível de aprendizagem: na turma A
encontravam-se os melhores alunos, já os repetentes e os ditos “problemas de
aprendizagem” eram colocados na última turma.
No decorrer do século XX, foi-se enfatizando a prova como
instrumento básico (que acabou se tornando o único instrumento) de avaliação e,
com isto, foi-se tirando, pouco a pouco, a ideia de processo de aprendizagem para
privilegiar o produto da aprendizagem. A prova em si não precisa ser descartada
como instrumento, mas ela precisa ser entendida em seu significado próprio e
despida dos equívocos que a acompanham, equívocos estes, sim, que provocam as
rupturas no processo de aprendizagem.
A avaliação é, geralmente, entendida como uma medida das
aprendizagens realizadas. Aprendizagens, no entanto, encontram seu significado no
processo de desenvolvimento de cada pessoa.
Quando a criança vai à escola, ela tem, teoricamente, a
possibilidade de realizar aprendizagens específicas da escolarização. Toda
experiência na escola, seja ela de sucesso ou de fracasso, fará parte do processo
de desenvolvimento do aluno.
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Segundo Lima (2003), vamos encontrar nos relatos sobre escolas,
alunos e professores, referências constantes ao desinteresse dos alunos, aos
problemas de comportamento e a problemas de aprendizagem.
O educando é avaliado, direta ou indiretamente, por seu
comportamento como pessoa e, é avaliado diretamente em suas aprendizagens. O
sistema de avaliação nem sempre é transparente sobre o que avalia e quais são os
critérios.
Para Lima (2003), a indisciplina na sala de aula tem como
consequência à ameaça de se “fazer uma avaliação de conhecimento”, considerar a
“matéria dada”; como castigo por estes comportamentos não desejados. Também
pode ocorrer a exclusão do aluno da situação de aprendizagem se ele não estiver “
comportado ”. O aluno é retirado do espaço de ensino, podendo ficar recluso em
outro ambiente da escola (diretoria, outra sala) ou ser enviado para casa. Cria-se,
aqui, um impasse, porque o processo de aprendizagem é usado como parte da
negociação nas questões comportamentais, o que influi na relação do indivíduo com
o conhecimento.
É comum o professor insatisfeito com o comportamento do aluno,
dar uma prova surpresa, fazer uma argüição oral, “pegando os alunos de surpresa”,
ou tirando pontos da nota.
Tal situação é muito grave, porque a avaliação, na escola, assume
um sentido totalmente não pedagógico: ela surge como uma situação em que
conhecimento formal é avaliado como consequência de comportamentos que não
estão ligados a ele, diretamente. Quando o castigo envolve o conhecimento desta
forma, o que realmente se está fazendo é uma desvalorização do mesmo e,
equivocadamente, construindo, no aluno, a idéia de que a avaliação existe para
controle de comportamento, ou seja, a avaliação é vista como punição.
Identificar o erro tornou-se o elemento principal do processo
avaliativo com o desenvolvimento da escola pública obrigatória, no século XX.
Sabemos que a avaliação é o momento mais importante do
processo ensino – aprendizagem. É ela quem subsidia o professor, que refletindo
sobre o que o aluno aprendeu e o que não aprendeu, faz uma auto – avaliação do
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seu próprio desempenho e nesse instante busca novas alternativas, recicla, re-
elabora e viabiliza o saber como movimento.
Segundo Veiga (2004), acompanhar as atividades e avaliá-las, leva-
-nos à reflexão, com base em dados concretos. O erro faz parte do processo e deve
ser encarado como um termômetro, neste seguimento. Através da análise do erro, é
possível detectar como o conhecimento chega até o aluno e o que ele faz com as
informações, quais são as relações que ele estabelece entre elas, que processos de
pensamentos estão em evidência.
A identificação do erro deve trazer em contrapartida, a identificação
dos acertos. Portanto, o erro deve ser ressignificado no seu papel no processo
educativo. A avaliação exerce forte influência sobre o que os professores ensinam,
sobre o que os alunos estudam, e, consequentemente, sobre o que aprendem.
Lima (2003), nos alerta quanto ao comportamento do professor, que
tem sempre um impacto na formação do aluno, assim como a relação do professor
com o conhecimento tem um papel fundamental na formação do educando. Um
professor que mantém uma atitude de curiosidade em relação ao conhecimento
transmite, em suas ações, o desejo de aprender, a atitude de pesquisar, de buscar
novas perguntas e respostas para elas. Da mesma forma, um professor que se
sente pouco à vontade, apenas repassando conteúdo, olhando para o relógio a cada
minuto na esperança que a aula termine, transmite ao aluno toda a sua
incapacidade e insegurança. É aí que podemos perceber a causa da indisciplina em
sala de aula.
A proposta de mudança no rumo da avaliação se complica, pois
implica numa mudança de postura educacional do professor, que perde “o poder”
outorgado pela avaliação rígida, e a prática avaliativa ainda não teve avanços
expressivos, identificando-se o processo de registro classificatório e seletivo.
Com tudo isso ainda trabalha para a verificação através das provas
e testes e não com o erro construtivo. Desta forma o aluno não demonstra
resultados positivos na avaliação, como se não tivesse capacidade suficiente para
reverte o quadro.
Outro aspecto é a rigidez do professor, de professores ditos
competentes que se negam a reverter ou discutir a sua prática avaliativa. Vemos
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assim, a extensão do quanto a avaliação que é feita do aluno pode estar refletindo a
prática pedagógica do professor. A qualidade da mediação oferecida por este é fator
determinante no processo de desenvolvimento dos alunos. Portanto, avaliação do
aluno e ação do professor está profundamente relacionada no processo de
escolarização. A avaliação do aluno é, também, a avaliação da prática pedagógica
do próprio professor. Assim, podemos pensar que, se há problemas de
aprendizagem, também, acontecem os problemas de ensino. Se a aprendizagem
não ocorre, ou está sendo problemática, é necessário analisar criticamente o
trabalho que está sendo realizado como prática pedagógica. Desta maneira, os
alunos que são avaliados de forma consciente por seus professores, obtêm
melhores resultados.
A interação professor/aluno e aluno/aluno é muito relevante pelo
desencadeamento de acontecimentos que permeiam as atividades educacionais. A
avaliação como instrumento didático – pedagógico é fato elementar no processo
ensino aprendizagem. É por meio dela que se sustenta a qualidade de ensino,
carregando as condições para o real exercício da cidadania, pois a noção de
qualidade em educação não se separa da noção de cidadania.
A controvérsia entre a avaliação classificatória e a avaliação
mediadora reflete-se em qualquer nível de ensino. A postura mediadora exige uma
ação mais dedicada por parte do professor, para que consiga transformar ações de
aferição de resultados em decisões que realmente agreguem aproveitamento
significativo para o aluno. Desta forma, o ato de avaliar não serve como pauta para
pensar a prática, para retornar a ela. Serve como meio de julgar a prática, avaliar o
caminho que foi trilhado para poder retornar a caminhada com novo percurso, senão
deixa de proporcionar avanço no processo ensino-aprendizagem.
As teorias sobre desenvolvimento e aprendizagem, identificam
caminhos a percorrer por professores e alunos. Desta forma, uma prática avaliativa
coerente exige do professor o aprofundamento em teorias do conhecimento. Exige
também visão ampla e detalhada de sua disciplina e dos fundamentos teóricos que
permitam conectar as hipóteses formuladas pelos alunos e a base científica do
conhecimento.
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Trata-se da continuidade de informações aos alunos e não da
continuidade de provas. O processo de avaliação se coloca como elemento
integrador e motivador e não como uma situação de ameaças, pressão ou terror. A
avaliação abrange o desempenho do aluno, do professor e a adequação do
programa.
Há necessidade de registro das informações relativas com o
desempenho do aluno, permitindo, assim, um diálogo mais objetivo com seus
colegas e com o professor. Portanto, é necessário que o professor tenha um
trabalho de ensaio elaborado para nortear o seu trabalho. Desta forma, toda tarefa
realizada pelos alunos deveria ter, por intencionalidade básica, a investigação como
ponto de reflexão sobre a prática dos envolvidos, professores e alunos.
6.1.6 Concepção De Cidadão
O conceito de cidadão vem mudando através das diversas fases da
história do mundo ocidental. A despeito de se considerar que competências,
conhecimentos, habilidades e valores são básicos para a vida do cidadão em
qualquer lugar do mundo, é também reconhecida, hoje, a necessidade da
preservação e do desenvolvimento de aspectos que constituem a especificidade das
diversas culturas. Isso significa dizer que o espaço da escola é o da formação de
cidadãos capazes de enfrentar os novos desafios do mundo contemporâneo, mas
que tenham consciência de suas raízes históricas, conhecimento da produção
cultural de seu povo, de forma a afirmar a sua identidade. É o espaço do ensino
competente que, sem negar as tradições e, até mesmo, tomando-as como base,
prepare seus alunos para a plena participação na vida econômica, sociopolítica e
cultural do país.
Para que isso se torne possível, recomenda-se:
Que o coletivo da escola tome essas questões como foco de discussão,
passando a entender, com maior clareza, tanto a concepção de cidadão
posta nos documentos oficiais que definem e orientam a educação brasileira,
quanto à dimensão do papel que a escola tem na sua formação.
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Que a escola desenvolva mecanismos de conhecimento de quem são seus
alunos, quais as suas condições de vida, as suas aspirações, as expectativas
da família e da comunidade.
Que sejam realizados levantamentos e estudos das manifestações culturais
locais (religiosas, folclóricas, esportivas, artísticas) que, incorporadas ao
currículo, estabeleçam elos significativos com o conhecimento escolar formal,
fazendo emergir a identidade de cada grupo ou comunidade que participa da
escola.
Que, a partir das questões anteriores, sejam levantadas aquelas
características e competências, além das propriamente escolares,
necessárias ao exercício da cidadania na área de atuação da escola.
6.1.7 Concepção De Cidadania
"A cidadania é o direito a ter direitos, pois a igualdade em dignidade
e direitos dos seres humanos não é um dado. É um construído da convivência
coletiva, que requer o acesso ao espaço público. É este acesso ao espaço público
que permite a construção de um mundo comum através do processo de asserção
dos direitos humanos." (Hannah Arendt)
A cidadania é um processo em constante construção, que teve
origem, historicamente, com o surgimento dos direitos civis, no decorrer do século
XVIII – chamado Século das Luzes –, sob a forma de direitos de liberdade, mais
precisamente, a liberdade de ir e vir, de pensamento, de religião, de reunião,
pessoal e econômica, rompendo-se com o feudalismo medieval na busca da
participação na sociedade. A concepção moderna de cidadania surge, então,
quando ocorre a ruptura com o Ancien Régime, em virtude de ser ela incompatível
com os privilégios mantidos pelas classes dominantes, passando o ser humano a
deter o status de "cidadão".
O conceito de cidadania, entretanto, tem sido freqüentemente
apresentado de uma forma vaga e imprecisa. Uns identificam-na com a perda ou
aquisição da nacionalidade; outros, com os direitos políticos de votar e ser votado.
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No Direito Constitucional, aparece o conceito, comumente, relacionado à
nacionalidade e aos direitos políticos. Já na Teoria Geral do Estado, aparece ligado
ao elemento povo como integrante do conceito de Estado. Dessa forma, fácil
perceber que no discurso jurídico dominante, a cidadania não apresenta um estatuto
próprio, pois na medida em que se relaciona a estes três elementos (nacionalidade,
direitos políticos e povo), apresenta-se como algo ainda indefinido.
A famosa Déclaration des Droits de l’Homme et du Citoyen, de
1789, sob a influência do discurso burguês, cindiu os direitos do "Homem" e do
"Cidadão", passando a expressão Direitos do Homem a significar o conjunto dos
direitos individuais, levando-se em conta a sua visão extremamente individualista,
cuja finalidade da sociedade era a de servir aos indivíduos, ao passo que a
expressão Direitos do Cidadão significaria o conjunto dos direitos políticos de votar e
ser votado, como institutos essenciais à democracia representativa.
Com o triunfo do liberalismo, sufocou-se, então, a idéia de
democracia, que só ocorre quando todas as camadas da sociedade têm as mesmas
oportunidades de participação no processo econômico. Não era esta a preocupação
da burguesia do Estado Liberal, no século XVIII.
A Constituição brasileira de 1988, consagra, desde o seu Título I
(intitulado Dos Princípios Fundamentais), esta nova concepção de cidadania,
iniciada com o processo de internacionalização dos direitos humanos. Deste modo,
ao contrario do que ocorria no constitucionalismo do Império, hoje, em face da
Constituição vigente, aquela doutrina da cidadania ativa e passiva, não tem mais
nenhuma procedência.
6.1.8 Concepção De Gestão Democrática
De acordo com Dourado (1998, p.79), a gestão democrática é um
processo de aprendizado e de luta que vislumbra nas especificidades da prática
social e em sua relativa autonomia, a possibilidade de criação de meios de efetiva
participação de toda a comunidade escolar na gestão da escola .
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Destacamos que uma gestão verdadeiramente democrática tem
como base a participação efetiva de todos os segmentos da comunidade escolar no
cotidiano da escola e, especialmente, nos momentos de tomadas de decisões.
Entendemos que o processo democrático requer a participação ativa de seus
sujeitos, participação essa que deve ser conquistada pouco a pouco, mas de
maneira sólida.
Segundo Demo (1988), a participação não é algo natural e, sim, um
processo de conquista, aprendizado e, sobretudo, de disputa com o poder
dominante. Á medida que nos organizamos para participar, estabelecemos uma
disputa com o poder dominante e, com isso, criamos uma outra forma de poder.
6.1. 9 Concepção De Currículo
O currículo escolar é o resultado de escolhas intencionais que
fazemos dentro do imenso conjunto de conhecimentos produzidos pela humanidade.
As dificuldades residem em saber o que escolher, isso implica em
conhecer, em primeiro lugar, o que norteia nossas escolhas. Queremos que o
currículo resulte numa seleção de conteúdos essenciais na formação da consciência
social para a construção de uma nova hegemonia, tendo como objetivo a luta contra
uma reprodução ideológica em favor do resgate dos valores de uma sociedade
democrática.
De acordo com Veiga (2004), o currículo é um importante elemento
constitutivo de organização escolar. Ele é uma construção social do conhecimento,
pressupondo a sistematização dos meios para que esta construção se efetive; a
transmissão dos conhecimentos historicamente produzidos e as formas de assimilá-
los, portanto, a produção, transmissão e assimilação são processos que compõem
uma metodologia de construção coletiva do conhecimento escolar, ou seja, o
currículo propriamente dito.
O conhecimento escolar é dinâmico e não uma mera simplificação
do conhecimento científico, que se adequaria à faixa etária e aos interesses dos
alunos. Daí a necessidade de se promover, na escola, uma reflexão aprofundada
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sobre o processo de produção do conhecimento escolar, uma vez que ele é ao
mesmo tempo, processo e produto. A análise e a compreensão do processo de
produção do conhecimento escolar ampliam a compreensão sobre as questões
curriculares.
O conceito de Currículo tem se modificado ao longo do tempo. O
sentido mais usual para a palavra relaciona-se ao conteúdo, à matriz curricular, à
organização dos conteúdos distribuídos pelas disciplinas e sua carga horária. Outra
definição aponta para o planejamento, para planos de aula: um ato técnico, onde se
procura escrever com exatidão os objetivos, usando verbos adequados para que
qualquer pessoa identifique as metas propostas.
Outra definição liga o currículo ao conjunto de exigências vividas
pelos alunos, numa concepção mais próxima da ação do aluno, que deve viver uma
série de experiências educativas sob a orientação da escola. Nos dias atuais fala-se
que as avaliações determinam os currículos:
Todas essas definições estão presentes nas nossas práticas.
Pensamos que uma boa definição de currículo o relacionaria a um conjunto de
experiências organizadas pela escola e, pelas quais, a escola se responsabilizaria e
disponibilizaria aos alunos, com o objetivo de que os alunos aprendam algo. O eixo
do currículo, em torno do qual ele gira, é o conhecimento, pois a escola deve ensinar
– este é um pressuposto dos quais todos partilhamos.
O currículo não é um instrumento neutro, pois passa ideologia, e a
escola precisa identificar e desvelar os componentes ideológicos do conhecimento
escolar que a classe dominante utiliza para a manutenção de privilégios.
O conhecimento corporificado no currículo carrega as marcas indeléveis
das relações sociais de poder. O currículo é capitalista. O currículo
reproduz – culturalmente – as estruturas sociais. O currículo tem um papel
decisivo na reprodução de estruturas de classes da sociedade capitalista.
O currículo é um aparelho ideológico do Estado capitalista. O currículo
transmite a ideologia dominante. O currículo é em suma, um território
político.
(SILVA, 2001)
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A determinação do conhecimento escolar, portanto, implica uma
análise interpretativa e crítica, tanto da cultura dominante, quanto da cultura popular,
pois o currículo expressa uma cultura e não pode ser separada do contexto social. E
é aí que entra o “currículo oculto”, entendido este, como as “mensagens transmitidas
na sala de aula e no ambiente escolar”. Assim, toda gama de visões do mundo, as
normas e os valores dominantes são passados aos alunos no ambiente escolar, na
relação pedagógica, nas rotinas escolares, no material didático e mais
especificamente por intermédio dos livros didáticos.
Segundo Silva (2001), o currículo oculto é constituído por aqueles
aspectos do ambiente escolar que, sem fazer parte do currículo oficial, explícito,
contribuem de forma implícita, para a aprendizagem social relevante. ... São
atitudes, comportamentos, valores e orientações que permitem que crianças e
jovens se ajustem da forma mais conveniente às estruturas e as formas de
funcionamento.
Para Veiga (2004), a organização curricular para fins emancipatórios
implica, inicialmente desvelar as visões simplificadas de sociedade, concebida como
alguém que tende a aceitar papéis necessários à sua adaptação ao contexto em que
vive. Controle social, na visão crítica é uma contribuição e uma ajuda para a
contestação e a resistência à ideologia veiculada por intermédio dos currículos
escolares.
Podemos dizer que o currículo apresenta quatro características:
1- Ele é o instrumento sistematizador, organizador do processo
educativo escolar. É através dele que se materializa a ação
educativa.
2- Envolve ao mesmo tempo intenções (é um projeto político-
cultural para a geração jovem) e Prática, colocadas em ação para
caracterizar as intenções.
3- Ele tem o caráter de um futuro imaginado e os ideais políticos se
expressam em cada decisão tomada.
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4- As escolhas devem ser feitas de maneira coletiva; nenhum
professor pode abdicar do direito e do dever de discutir o
currículo com o qual vai trabalhar.
Construir um currículo não é um trabalho técnico, que uma pessoa
faz para outros seguirem. O planejamento, a implementação e a avaliação de um
currículo deve ser uma tarefa de cada um e a preocupação constante deve ser a
insatisfação com o existente e a busca do novo.
Por isso, coletivamente devemos ter condições de decidir o que se
considera significativo que os alunos aprendam, como fazer, para que ele
compreenda o mundo em que vive e tente mudá-lo. Esta é a questão principal que
requer grande responsabilidade em relação ao futuro dos alunos.
Além dos conteúdos, existe também a forma de organizá-los:
tradicionalmente, por disciplinas, por projetos interdisciplinares, por temas
geradores? Quantas horas para cada disciplina, quanto tempo de trabalhos extra-
escolares, etc.?
É preciso enfrentar as questões curriculares dentro de cada área do
conhecimento. Para isso, é preciso estabelecer duas discussões, que se
complementam: uma de ordem social e política (as funções da educação) e outra de
ordem epistemológica (do âmbito de cada ciência), compreendendo as suas
relações. A ciência não é neutra: ela é produzida em torno de discordância e
disputas. A incorporação dos avanços da ciência e de tecnologia aos programas
escolares deve passar por este estudo, do caráter histórico da produção do
conhecimento. Sem negar a importância dos avanços científicos e tecnológicos para
a Sociedade, devemos em primeiro lugar pensar nos objetivos da escola. Este deve
ser o principal critério de seleção curricular. Além disso, alguns princípios podem
embasar nossa reflexão na construção curricular:
1- Propiciar ferramentas teóricas e práticas, através dos conteúdos
das diversas áreas do conhecimento, que capacitem não apenas
os alunos, como também os demais sujeitos escolares (docentes,
funcionários, comunidade) a ler a realidade, interpretar, se
posicionar e influenciar sobre ela.
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2- Respeitar e incentivar a liberdade de pensamento, a discussão,
a capacidade argumentativa, o gesto e o reconhecimento da
importância do debate no interior da escola.
3- Organizar os programas através de conteúdos socialmente
significativos, permitindo compreender a dinâmica e as relações
existentes entre os diversos aspectos da realidade, numa
interpretação dialética, tendo em vista a construção de uma
sociedade democrática e participativa.
4- Colocar, os sujeitos escolares em movimento, mostrando a
necessidade de participar dos movimentos sociais e políticos,
para além dos muros da escola.
5- Criar o entendimento sobre a necessidade do estudo
permanente e de formação contínua e atualizada. O gosto e o
hábito de pesquisar e de aprender para desenvolver a autonomia
intelectual e supera a dependência das informações e das
elaborações da dominação cultural burguesa.
6- Permitir aos sujeitos escolares o domínio do conhecimento, o
acesso e a fruição das conquistas da humanidade no campo das
artes, das ciências, das letras e da tecnologia.
7- Permitir aos alunos conhecerem, valorizarem e vivenciarem as
manifestações populares, compreendendo as relações de
interdependência entre as culturas sem qualificar uma delas
como superior.
8- Trazer para a sala de aula os conhecimentos e as experiências
vividas pelas populações do campo, das ilhas, das comunidades
indígenas, das populações ribeirinhas e outras, rompendo com a
falsa dicotomia entre o popular e o erudito.
Possibilitar a prática da solidariedade respeitando e incentivando a
diversidade cultural, para lutar contra a discriminação de raça, gênero, geração,
orientação sexual, contra portadores de necessidades especiais, entre outros.
A organização curricular do Colégio Estadual Helena Viana Sundin
obedecerá as determinações da L.D.B. nº 9394/96, instituída pela Resolução CEB nº
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02/98 e das Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio, instituídas pela
Resolução CEB nº 15/98, e do Parecer 1000 de 7/11/03 do CEE nº14/98, Art. 26 da
LDB, referente a Base Nacional Comum e Parte Diversificada; e de necessidade de
se adequar a matriz curricular de Educação da rede pública para a educação básica
no Estado do Paraná, a partir de 2006.
De acordo com o Regimento Escolar, Seção III, Art. 57:
O regime de oferta da Educação Básica é de forma presencial, com
a seguinte organização:
I. por séries, nos anos finais do Ensino Fundamental;
II. por série, no Ensino Médio
Ainda na mesma Seção III, Art. 58:
Os conteúdos curriculares na Educação Básica observam:
I. Difusão de valores fundamentais ao interesse social, aos direitos e
deveres dos cidadãos, de respeito ao bem comum e à ordem democrática;
II. Respeito à diversidade;
III. Orientação para o trabalho
Os conteúdos curriculares estão organizados por disciplinas para os
anos finais do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio. O currículo será
trabalhado conforme as matrizes curriculares em anexo.
6.1.10 Concepção De Infância
Cohn (2005) alerta para o perigo de uma leitura rápida e ingênua da
infância. Para ela, as idéias de “tabula rasa”, “filhas do pecado”, “habitantes do
paraíso”, dentre tantas outras representações da criança, apresentadas por muitos
estudiosos, deixam transparecer uma “imagem em negativo da criança” (p. 8). Ou
seja, o que se fala, na verdade, é do contraponto entre a criança e a vida em
sociedade ou as responsabilidades da vida adulta. Alerta, portanto, para a
necessidade de se entender a criança e a seu mundo a partir do seu próprio ponto
de vista.
A infância, nessa perspectiva, deve ser compreendida como um
modo particular de se pensar a criança, e não um estado universal, vivida por todos
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do mesmo modo. Mais uma vez, nos deparamos com a multiplicidade e a urgência
de, uma ver por todas, desvincularmos a concepção de criança e de infância de uma
idéia pré-concebida, seja ela qual for. Até chegarmos a um vislumbre de uma
concepção pós-moderna de criança e infância.
Os dicionários da língua portuguesa registram a palavra infância
como o período de crescimento que vai do nascimento até o ingresso na puberdade,
por volta dos doze anos de idade. Segundo a Convenção sobre os Direitos da
Criança, aprovada pela Assembléia Geral das Nações Unidas, em novembro de
1989, "criança são todas as pessoas menores de dezoito anos de idade". Já para o
Estatuto da Criança e do Adolescente (1990), criança é considerada a pessoa até os
doze anos incompletos, enquanto entre os doze e dezoito anos, idade da maioridade
civil, encontra-se a adolescência.
Etimologicamente, a palavra infância vem do latim, infantia, e refere-
se ao indivíduo que ainda não é capaz de falar. Essa incapacidade, atribuída à
primeira infância, estende-se até os sete anos, que representaria a idade da razão.
Percebe-se, no entanto, que a idade cronológica não é suficiente para caracterizar a
infância. É o que Khulmann Jr. (1998, p. 16) afirma categoricamente: Infância tem
um significado genérico e, como qualquer outra fase da vida, esse significado é
função das transformações sociais: toda sociedade tem seus sistemas de classes de
idade e a cada uma delas é associado um sistema de status e de papel.
Philippe Ariès (1978), famoso historiador francês, afirmou que a
infância foi uma invenção da modernidade, constituindo-se numa categoria social
construída recentemente na história da humanidade. Para ele, a emergência do
sentimento de infância, como uma consciência da particularidade infantil, é
decorrente de um longo processo histórico, não sendo uma herança natural. Essa
sua afirmação trouxe grandes mudanças na compreensão da infância, já que ela era
pensada como uma fase da vida, como qualquer outra, mas que revelada pelas
“delícias de ser criança e de habitar no país da infância”, de um modo idêntico a si
mesmo. Os séculos XVI e XVII, como bem demonstra Áriès, esboçam uma
concepção de infância centrada na inocência e na fragilidade infantil. O século XVIII
inaugurou a construção da infância moderna, assumindo o signo de liberdade,
autonomia e independência.
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Na verdade, o que Ariès quis dizer com a sua afirmação de que a
infância foi uma invenção da modernidade, é que a infância que conhecemos hoje
foi uma criação de um tempo histórico e de condições socioculturais determinadas,
sendo um erro querer analisar todas as infâncias e todas as crianças com o mesmo
referencial. A partir disso, podemos considerar que a infância muda com o tempo e
com os diferentes contextos sociais, econômicos, geográficos, e até mesmo com as
peculiaridades individuais. Portanto, as crianças de hoje não são exatamente iguais
às do século passado, nem serão idênticas às que virão nos próximos séculos.
Para Ariès, o sentimento de infância data do século XIX. Até então,
as crianças eram tratadas como adultos em miniatura ou pequenos adultos. Os
cuidados especiais que elas recebiam, quando os recebiam, eram reservados
apenas aos primeiros anos de vida, e aos que eram mais bem localizados social e
financeiramente. A partir dos três ou quatro anos, as crianças já participavam das
mesmas atividades dos adultos, inclusive orgias, enforcamentos públicos, trabalhos
forçados nos campos ou em locais insalubres, além de serem alvos de todos os
tipos de atrocidades praticados pelos adultos, não parecendo existir nenhuma
diferenciação maior entre elas e os mais velhos.
Ariès defende duas teses principais: na primeira, afirma que a
sociedade tradicional da Idade Média não via a criança como ser distinto do adulto.
Na segunda, indica a transformação pela qual a criança e a família passam,
ocupando um lugar central na dinâmica social. Com essa transformação, a família
tornou-se o lugar de uma afeição necessária entre os cônjuges e entre pais e filhos,
o que não existia antes. A criança passou de um lugar sem importância a ser o
centro da família. Cohn (2005) ressalta o trabalho de Ariès, já que, na opinião desta
antropóloga, é importante partirmos da compreensão histórica da infância, uma vez
que contemporaneamente, “os direitos da criança e a própria idéia de menoridade,
não podem ser entendidos senão a partir dessa formação de um sentimento e de
uma concepção de infância” (p. 22). Mas nem todos defendem plenamente o
trabalho de Ariès, apesar da clareza da sua importância. Heywood (2004), por
exemplo, faz uma crítica severa aos estudos de Ariès. Para ele, o estudioso foi
ingênuo no trato com suas fontes históricas, extremamente centradas na Idade
Média, e muito exageradas ao afirmar a inexistência de infância na civilização
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medieval. Suas teses correm o risco de serem tomadas de modo simplista, é para o
que alerta o historiador, risco que considero muito possível de ser corrido por leitores
menos críticos. Heywood (2004) mostra, no seu trabalho, que havia uma infância
presente na Idade Média, mesmo que a sociedade não tivesse tempo para a
criança. Ao mesmo tempo apresenta a tese de que a Igreja já se preocupava com a
educação de crianças, colocadas ao serviço do monastério.
Já no século XII, assegura o estudioso, é possível encontramos
indícios de um investimento social e psicológico nas crianças. Nos séculos XVI e
XVII já existia “uma consciência de que as percepções de uma criança eram
diferentes das dos adultos” (p. 36-7). Continuando na sua discussão, Heywood
ressalta a emergência social da criança já no século XVIII, fato marcado pelas obras
de Locke, Rousseau e dos primeiros românticos. John Locke difundiu a idéia de
tabula rasa para o desenvolvimento infantil, afirmando que a criança nascia apenas
como uma folha em branco, na qual se poderia inscrever o que se quisesse.
O século XIX inaugurou uma criança sem valor econômico, mas de
valor emocional inquestionável, criando uma concepção de infância plenamente
aceita no século XX. Na verdade, como é possível percebermos, “a história cultural
da infância tem seus marcos, mas também se move por linhas sinuosas com o
passar dos séculos: a criança poderia ser considerada impura no início do século XX
tanto quanto na alta Idade Média” (HEYWOOD, 2004, p. 45). Contudo, o que
observamos no ocidente, foi que o movimento de particularização da infância ganha
força a partir do século XVIII. A família sofre grandes transformações e criam-se
novas necessidades sociais nas quais a criança será valorizada enormemente,
passando a ocupar um lugar central na dinâmica familiar. A partir de então, o
conceito de infância se evidencia pelo valor do amor familiar: as crianças passam
dos cuidados das amas para o controle dos pais e, posteriormente, da escola,
passando pelo acompanhamento dos diversos especialistas e das diferentes
ciências (Psicologia, Antropologia, Sociologia, Medicina, Fonoaudiologia, Pedagogia,
dentre outras tantas).
No Brasil, o cuidado com a infância parece ter realmente começado
no século XIX, intensificando - se nos séculos seguintes.
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Para Fontes (2005), é importante ressaltar que a história da infância
no Brasil se confunde com a história do preconceito, da exploração e do abandono,
pois, desde o início, houve diferenciação entre as crianças, segundo sua classe
social, com direitos e lugares diversos no tecido social (p. 88).
Concorda com esta leitura Pinheiro (2001). Para ela, a história de
crianças e adolescentes no Brasil tem sua vida social marcada pela desigualdade,
exclusão e dominação. Tais marcas acompanham a história do Brasil, atravessando
a Colônia, Império e Republica, conservando ainda hoje a visão da diferença pela
desigualdade. Assim, afirma a pesquisadora, “a desigualdade social assume, entre
nós, múltiplas expressões, quer se refiram à distribuição de terra, de renda, do
conhecimento, do saber e, mesmo, ao exercício da própria cidadania” (p. 30).
A história da criança no Brasil é brilhantemente apresentada por
Priore (2000), seja quando se discutem condições de vida das crianças européias
trazidas para cá no século XVI (RAMOS, 2000), seja quando aborda o cotidiano das
crianças livres ou escravas no Brasil Colônia e Império (PRIORE, 2000). A entrada
na Modernidade não trouxe muita diferença para todos os pequenos brasileiros. O
sonho de infância feliz não parece ter sido vivido pelas crianças operárias da cidade
de São Paulo recém-industrializada (MOURA, 2000) ou das crianças trabalhadoras
do nosso país (RIZZINI, 2000; ABREU, 2000).
No Brasil moderno surgiu um termo que conceitua bem a criança
desvalida: menor. Este termo foi inicialmente utilizado para designar uma faixa etária
associada, pelo Código de Menores de 1927, às crianças pobres, passando a ter,
posteriormente, uma conotação valorativa negativa. Metaforicamente, menores
passaram a ser todos aqueles ao quais a sociedade atribuía um significado social
negativo. Menores eram aquelas crianças e adolescentes pobres, pertencentes às
famílias com uma estrutura diferente da convencional (patriarcal, com pai e mãe
presentes, com pais trabalhadores, com uma boa estrutura financeira e emocional,
dentre outros). Aquelas crianças caracterizaram-se como "menores" em situação de
risco social, passíveis de tornarem-se marginais e, como marginais, colocarem em
risco a si mesmas e à sociedade. Deste modo, tornou-se uma norma social atender
à infância abandonada, pobre e desvalida, mas a partir de um olhar de
superioridade, na tentativa de salvamento ou de "adestramento". O "menor" foi
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entregue à alçada do Estado, que tratou de cuidar dele, institucionalizando-o,
submetendo-o a tratamentos e cuidados massificantes, cruéis, e preconceituosos.
Por entender o "menor" como uma situação de perigo social e
individual, o primeiro código de menores, datado de 1927, acabou por construir uma
categoria de crianças menos humanas, menos crianças do que as outras crianças,
quase uma ameaça à sociedade.
Com a aprovação do Estatuto da Criança e do Adolescente, em
1990, o termo "menor" foi abolido, passando a definir todas as crianças como
sujeitas de direitos, com necessidades específicas, decorrentes de seu
desenvolvimento peculiar, e que, por conta disso, deveriam receber uma política de
atenção integral a seus direitos construídos social e historicamente.
A mudança é radical, vai à raiz: o menor deixa de ser visto como
menor e retoma seu lugar de criança. O menor passa a ser visto como cidadão de
direitos e não como um expectador das tentativas de sabê-lo vítima ou responsável
pelos descalabros sociais. A criança volta a ocupar o seu lugar de um ser humano,
de um sujeito construído historicamente, com direitos e deveres que devem ser
exercidos hoje, com uma vida concreta que pode ser muito dura e distante do sonho
dourado da infância mítica da classe média. Contudo, uma criança.
6.2 PRINCÍPIOS NORTEADORES
De acordo com Veiga (2004), a abordagem do Projeto Político
Pedagógico, como organização do trabalho da escola como um todo, está fundada
nos princípios que deverão nortear a escola democrática, pública e gratuita:
a) Igualdade de condição para acesso e permanência na escola.
Em sua fala Saviani alerta-nos para o fato de que há uma grande
desigualdade no ponto de partida, pois nem todos têm acesso à escola na sua idade
escolar. Sabemos que diferentes fatores propiciam este fato. O que cabe à escola é
garantir a igualdade no ponto de chegada. Que haja igualdade de oportunidades e
que o aluno encontre vaga na escola mais próxima a sua residência. Que haja
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ampliação na oferta sem perder a qualidade do ensino. Com salas superlotadas
dificilmente se faz um trabalho de qualidade.
b) Qualidade que não pode ser privilégio de minorias econômicas e sociais.
Esse é o nosso desafio: propiciar qualidade de ensino para todos os
nossos alunos. Essa qualidade deve estar explícita nos métodos, na postura do
professor em sala de aula, na transmissão de valores e conhecimentos, nos desafios
que se apresentam em sala de aula ou mesmo fora, na consciência crítica e na
capacidade de agir, ser pesquisador, estar aberto para mudanças e mudar.
Demo (1994) afirma que a qualidade formal significa a habilidade de
manejar meios, instrumentos, formas, técnicas, procedimentos diante dos desafios
do desenvolvimento. A qualidade política é condição imprescindível da participação.
Está voltada para os fins, valores e conteúdos, ou seja: a competência humana do
sujeito em termos de se fazer e de fazer história, diante dos fins históricos da
sociedade humana. Portanto, a qualidade formal está relacionada com a qualidade
política e esta depende da competência dos meios.
A escola tem obrigação de evitar com todas as maneiras possíveis a
evasão e a repetência. Para Demo, a escola tem que garantir a meta qualitativa do
desempenho satisfatório de todos. Qualidade para todos. Não só que as crianças
em idade escolar entrem na escola. É preciso garantir a permanência dos que nela
ingressarem. Qualidade implica em consciência crítica e capacidade de ação, saber
e mudar. (Demo 1994, p.14)
c) Gestão democrática
De acordo com Veiga (2004), esta gestão democrática exige uma
ruptura administrativa da escola, com o enfrentamento das questões de exclusão e
reprovação e da não – permanência do aluno na sala de aula, o que vem
provocando a marginalização das classes populares. Ela visa romper com a
separação entre concepção e execução, entre o pensar e o fazer, entre teoria e
prática. A gestão democrática implica principalmente o repensar da estrutura de
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poder da escola, tendo em vista a sua socialização. A socialização do poder propicia
a prática da participação coletiva, que atenua o individualismo; da reciprocidade, que
elimina a exploração; da solidariedade, que supera a opressão; da autonomia, que
anula a dependência de órgãos intermediários que elaboram políticas educacionais
das quais a escola é mera executora. A gestão democrática inclui a ampla
participação dos representantes dos diferentes segmentos da escola nas
decisões/ações administrativo-pedagógicas ali desenvolvidas.
d) Liberdade
O princípio de liberdade está sempre associado à ideia de
autonomia. A autonomia e a liberdade fazem parte da própria natureza do ato
pedagógico. A autonomia remete-nos a regras e orientações criadas pelos próprios
sujeitos da ação educativa, sem imposições externas.
Para Rios (1982), a escola tem uma autonomia relativa e a liberdade
é uma experiência de educadores e constrói-se na vivência coletiva, interpessoal.
Portanto, “somos livres com os outros, não, apesar dos outros”
Se pensarmos na liberdade da escola, devemos pensá-la na relação
entre administradores, professores, funcionários e alunos. Na relação destes com o
contexto social mais amplo.
Helller (1982), afirma que a liberdade é sempre liberdade para algo e
não apenas liberdade de algo. ... A liberdade é uma relação. Ninguém pode ser livre
se, em volta dele, há outros que não o são.
Por isso Veiga (2004) comenta que a liberdade deve ser
considerada, também, como liberdade para aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a
arte e o saber direcionados para uma intencionalidade definida coletivamente.
e) Valorização do Magistério
Para Veiga (2004), a qualidade do ensino, está estreitamente
relacionada à formação (inicial e continuada), condições de trabalho (recursos
didáticos, recursos físicos e materiais, dedicação integral à escola, redução do
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número de alunos na sala de aula etc.), remuneração, elementos esses
indispensáveis à profissionalização do magistério.
É preciso valorizar a experiência e o conhecimento que os
professores têm a partir de sua prática pedagógica. A formação continuada é um
direito de todos os profissionais que trabalham na escola, uma vez que não só ela
possibilita a progressão funcional baseada na titulação, na qualificação e na
competência dos profissionais, mas também propicia, fundamentalmente, o
desenvolvimento profissional dos professores articulado com a escola e seus
projetos.
A escola não deve limitar-se a conteúdos curriculares, mas a
questões como cidadania, gestão democrática, avaliação, metodologia de pesquisa
e ensino, novas tecnologias de ensino, etc.
6.3 CURRÍCULO
As Diretrizes Curriculares Estaduais são utilizadas pela escola,
sempre que se fizer necessário, principalmente nas formações continuadas
(Semana Pedagógica, DEB Itinerante); na elaboração da Proposta Pedagógica
Curricular, na elaboração do Plano de Trabalho Docente e durante as aulas dos
professores.
O Projeto Político Pedagógico serve como orientador do processo de
ensino e aprendizagem. Ele é consultado, frequentemente, pelas pedagogas,
professores e funcionários, sempre que se tem alguma dúvida ou se pretende alterar
ou acrescentar alguma nova proposta. Este projeto está disponível para consulta
tanto para a comunidade escolar como para estagiários.
Nossa escola trabalha com objetivos definidos previamente na
Proposta Pedagógica Curricular. Estes objetivos estão elencados de acordo com a
série e a disciplina, de acordo com as Diretrizes Curriculares Estaduais conforme
orientação da SEED.
Quanto à metodologia adotada pelos professores, é realizada
conforme orientações das Diretrizes e reuniões com a equipe pedagógica. Quando
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surgem dúvidas ou a pedagoga sente necessidade de se fazer uma orientação
individual com o professor, ela utiliza a hora atividade do professor e juntos definem
a melhor metodologia a ser adotada conforme o conteúdo e a turma.
Os conteúdos para cada disciplina e para cada série são
organizados pelos professores de forma sequencial, pois já constam na Proposta
Pedagógica Curricular e nos Planos de Trabalho docente de cada disciplina. Todos
os anos, durante a semana pedagógica há um contato entre os professores da
mesma disciplina para discutirem o que já foi ensinado na série anterior. Os
professores que não participam da semana pedagógica devido a contratos
posteriores, são informados pela equipe pedagógica sobre os conteúdos, bem como
têm acesso à Proposta Pedagógica Curricular - PPC e ao Plano de Trabalho
Docente - PPT de sua disciplina. Essas propostas e planos pedagógicos têm
objetivos claramente definidos sobre o que se espera dele em cada disciplina, bem
como a avaliação é realizada conforme o que está proposto neste PPP.
6.4 AVALIAÇÃO
A avaliação tem seus critérios claros estabelecidos no P.P.P. e estes
critérios são informados aos alunos no início do ano. Cabe ao professor da disciplina
informar aos alunos sobre os conteúdos a serem estudados.
Tanto no Ensino Fundamental como no Ensino Médio, nas primeiras
semanas de aula, os professores procuram fazer um diagnóstico de suas turmas
para elaborarem os planejamentos e estes venham contribuir para a aprendizagem
efetiva de cada série. Sempre há a avaliação contínua, mas poucos os que se
comunicam para conhecer melhor seus alunos. A maioria só vem conhecer melhor
seus alunos diante dos Conselhos de Classe. A equipe pedagógica, sempre que
possível verifica os Livros de Registro de cada disciplina e série para acompanhar a
evolução dos alunos e fazer um levantamento para posteriormente discutir com os
professores a evolução dos alunos. Também através das Atas dos Conselhos de
Classe, dos relatórios de notas, dos gráficos de desempenho dos alunos é possível
fazer este acompanhamento. Apesar de localizar os problemas de aprendizagem,
que muitas vezes são devido às freqüências dos alunos, devido à falta de
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comprometimento na realização das tarefas, a equipe pedagógica comunica-se com
a família, e muitas vezes não há o devido retorno, pois o problema continua. Quando
o problema é em relação à aprendizagem, é feito uma reavaliação do planejamento
do professor, novos questionamentos são levantados e realiza-se a recuperação de
estudos. Infelizmente não são todos os professores que mudam a metodologia e
utilizam diferentes instrumentos de avaliação, proporcionando várias situações de
aprendizagem para possibilitar aos alunos a integração dos conteúdos curriculares
contrastando os mesmos em contextos diferentes.
Nos pré-conselhos, é possível os alunos e os professores se auto-
avaliarem, mas a maior dificuldade é o reconhecimento dos erros e a mudança de
postura, principalmente em relação aos professores.
Quanto à verificação do rendimento escolar, baseado na LDB
z9394/96, Art. 24 inciso V, diz que a verificação do rendimento escolar observará os
seguintes critérios:
a) avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com
prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e
dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas
finais;
b) obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência
paralelos ao período letivo, para os casos de baixo rendimento
escolar, a serem disciplinados pelas instituições de ensino em
seus regimentos.
6.5 CLASSIFICAÇÃO
Com base na LDB 9394/96, o Colégio Estadual Helena Viana Sundin
faz propostas de recuperação de estudos por Classificação.
Art. 24 – A educação básica, nos níveis Fundamental e Médio, será
organizada de acordo com as seguintes regras comuns:
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II – a classificação em qualquer série ou etapa, exceto a primeira do
ensino fundamental pode ser feita:
a) por promoção, para alunos que cursaram, com aproveitamento,
a série ou fase anterior, na própria escola;
b) por transferência, para candidatos procedentes de outras
escolas;
c) independentemente de escolarização anterior, mediante
avaliação feita pela escola, que defina o grau de
desenvolvimento e experiência do candidato e permita sua
inscrição na série ou etapa adequada, conforme
regulamentação do respectivo sistema de ensino;
Ato Administrativo 231/03
Capítulo I
Art. 01 Classificação é o procedimento que o Estabelecimento adota,
segundo critérios próprios para posicionar o aluno na etapa de estudos compatível
com a idade, experiência e desempenho, adquiridos por meios formais ou informais.
Art. 02 Classificar, significa matricular o aluno na série adequada ao
seu grau de desenvolvimento e de conhecimento, levando em conta a faixa etária.
Art.05 A Classificação tem caráter pedagógico centrado na
aprendizagem, e exige as seguintes medidas administrativas para resguardar os
direitos dos alunos, das escolas e dos profissionais:
a) proceder avaliação diagnóstica documentada pelo professor ou
equipe pedagógica;
b) comunicar ao aluno ou responsável a respeito do processo a ser
iniciado para obter deste o respectivo consentimento,
ressalvando:
A compatibilidade que deve existir entre idade e série;
Os conhecimentos que serão verificados;
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A data, local e hora da avaliação;
O dia em que sairá o resultado.
c) Organizar comissão formada por docentes, pedagogos
presididos pela direção da escola para efetivar o processo que
será composto de:
Cronograma;
Instrumentos de avaliação;
Correção;
Expedição do resultado final informando a série em que o
aluno estará apto a cursar.
d) Arquivar atas, provas, trabalhos ou outros instrumentos utilizados
na pasta individual do aluno;
e) Registrar os resultados do processo de Classificação no relatório
final e no histórico escolar do aluno.
7. PROPOSIÇÃO DE AÇÕES
7.1 INSTÂNCIAS COLEGIADAS
7.1.1 Associação de Pais , Mestres e Funcionários – APMF
De acordo com o Regimento Escolar Capítulo I, Seção III sobre a
APMF diz:Art. 21, a Associação de Pais, Mestres e Funcionários – APMF ou similar,
pessoa jurídica de direito privado, é um órgão de representação dos Pais, Mestres e
Funcionários do estabelecimento de ensino, sem caráter político partidário, religioso,
racial e nem fins lucrativos, não sendo remunerados os seus dirigentes e
conselheiros, sendo constituída por prazo indeterminado.
Parágrafo Único – a APMF é regida por Estatuto próprio, aprovado e
homologado em Assembléia Geral, convocada especificamente para este fim.
A Associação de Pais , Mestres e Funcionários do Colégio Estadual
“Helena Viana Sundin” é instituição auxiliar do estabelecimento sem fins lucrativos
e sem remuneração para os Dirigentes e Conselheiros. O Colégio conta com APMF
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desde 10 de fevereiro de 1987, data em que foi criada, tendo como nº. de inscrição
no Cadastro Geral de Pessoa Jurídica: 80.293.616/0001-37. O Código de Atividade
Econômica é 9199-5-00 e o Código de Natureza Jurídica (Associações) é 302-6.
Seu principal objeto é colaborar na assistência ao Educando, no
aprimoramento do Ensino e na integração família – escola – comunidade,
Todos os recursos arrecadados pela APMF revertem em benefício
dos alunos e do colégio e seus membros são regidos pelo Estatuto da APMF e de
acordo com as determinações da SEED.
7.1.2 Grêmio Estudantil
De acordo com o Regimento Escolar Capítulo I, Seção III sobre o
Grêmio Estudantil diz:
Art. 22, O Grêmio estudantil é o órgão máximo de representação dos
estudantes do estabelecimento de ensino, com objetivo de defender os interesses
individuais e coletivos dos alunos, incentivando a cultura literária, artística e
desportiva de seus membros.
Parágrafo Único – O Grêmio Estudantil é regido por Estatuto próprio,
aprovado e homologado em Assembléia Geral, convocada especificamente para
este fim.
O Grêmio é a organização dos estudantes no Colégio.
Formado apenas por alunos, de forma independente, desenvolvem
atividades culturais e esportivas, organização debates sobre assuntos de interesse
dos estudantes, que não fazem parte do currículo da escola, como também
organizam reivindicações. A organização, o funcionamento e as atividades do
Grêmio, estão estabelecidas com seu estatuto e obedecem a legislação vigente.
O Grêmio Estudantil do Colégio Estadual “Helena Viana Sundin” foi
fundado em 4 de novembro de 2002 e leva o nome de Grêmio Estudantil “Professora
Ivone Elias Marques” – G.E.I.E.M. É o mais alto órgão do corpo discente. Tem sede
e foro no prédio, onde funciona o Colégio. Os alunos são escolhidos através de
eleição com voto secreto por todos os alunos da escola. No dia da votação, sempre
vem representante do CEFA para organizar a eleição. Os alunos eleitos para o
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Grêmio deste ano estão promovendo um espaço de socialização na hora do
intervalo. Colocam som e fazem funcionar a “Rádio Helena”, em forma de pedidos
de música, recados do coração, solicitação ou avisos vindos da coordenação e
direção. Neste espaço de descontração há respeito e organização por parte dos
alunos, tornando assim a hora do intervalo mais “saborosa”. O Grêmio é responsável
pelo evento “Garota e Garoto Helena”, bem como tem espaço para colaborar nos
eventos e nas Campanhas realizadas na escola.
7.1.3 Conselho Escolar
De acordo com o Regimento Escolar Capítulo I, Seção III
Art. 09 - O Conselho Escolar é um órgão colegiado de natureza
deliberativa, avaliativa e fiscalizadora sobre a organização e a realização do trabalho
pedagógico e administrativo do estabelecimento de ensino, com conformidade com
a legislação educacional vigente e orientações da SEED.
Art. 10 – O Conselho Escolar é composto por representantes da
comunidade escolar e representantes de movimentos sociais organizados e
comprometidos com a educação pública, presentes na comunidade, sendo presidido
por seu membro nato, o diretor escolar.
Art. 12 – O Conselho Escolar tem como principal atribuição, aprovar
e acompanhar a efetivação do Projeto Político Pedagógico do estabelecimento de
ensino.
Art. 15 – O Conselho Escolar é regido por Estatuto próprio, aprovado
por 2/3 ( dois terços ) de seus integrantes.
Concebido, enquanto um instrumento de gestão colegiada e de participação da
comunidade escolar, numa perspectiva de democratização da escola e, constituindo-
se como órgão máximo de direção do Colégio, deverá ser atuante para assegurar o
cumprimento da função da escola que é ensinar, garantindo o cumprimento de
função social e de especificidade do trabalho pedagógico da escola, de modo que a
organização das atividades educativas escolares estejam pautadas nos princípios
da gestão democrática. Assim sendo, deverá reunir-se periodicamente a fim de
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propor, renovar, acompanhar e avaliar, permanentemente, as ações implementadas
na escola e estabelecidas no Projeto Político Pedagógico.
O Conselho Escolar, órgão representativo da Comunidade Escolar,
foi formado no dia 11 de novembro de 1992. Sempre que se precisa da sua
interferência, os membros se reúnem nas dependências do Colégio através de
convocação ou em reuniões mensais com calendário previamente elaborado pelos
conselheiros.
7.1.4 Conselho de Classe
De acordo com o Regimento Escolar Capítulo I, Seção III sobre o
Conselho de Classe diz:
Art. 23 – O Conselho de Classe é um órgão colegiado de natureza
consultiva e deliberativa em assuntos didático – pedagógicos, fundamentado no
Projeto Político Pedagógico da escola e no Regimento Escolar, com a
responsabilidade de analisar as ações educacionais, indicando alternativas que
busquem garantir a efetivação do processo ensino e aprendizagem.
Art. 24 – A finalidade da reunião do Conselho de Classe, após
analisar as informações e dados apresentados, é a de intervir em tempo hábil,no
processo ensino e aprendizagem, oportunizando ao aluno formas diferenciadas de
apropriar-se dos conteúdos curriculares estabelecidos.
Parágrafo Único – É da responsabilidade da Equipe Pedagógica
organizar informações e dados coletados a serem analisados no Conselho de
Classe.
O Conselho de Classe do Colégio Helena Viana Sundin, ocorre
sempre no final de cada bimestre, em datas pré-estabelecidas em calendário
escolar. Os professores, equipe pedagógica, direção e alunos representantes de
cada turma se reúnem e coloca-se em discussão o aproveitamento, o interesse de
cada turma em todas as disciplinas; bem como as metodologias que deram certo e
as que não deram devido ao baixo rendimento da turma. Cada professor expõe seu
ponto de vista em relação à aprendizagem, metodologias e aproveitamento de cada
turma e o que espera das mesmas. Os alunos representantes de turma, apresentam
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as expectativas e problemas da turma em relação a aprendizagem, para juntos
buscarem soluções. Normalmente são feitos gráficos de cada turma e disciplina e
apresentados no conselho. Quando o gráfico em determinada disciplina aponta para
um grande número de alunos com baixo rendimento, o professor é questionado e a
equipe pedagógica sugere que outros professores que tenham encontrado êxito na
turma apresentem suas metodologias e forma de avaliações.
No Conselho de Classe, realizado no final do ano, se põe em
discussão a aprovação ou não de alunos que ficaram abaixo da média. Todos os
alunos que ficaram abaixo da média, deverão passar pelo Conselho. Os alunos que
forem para Conselho, serão analisados caso a caso, sobre o rendimento durante o
ano, utilizando critérios qualitativos referentes a aprendizagem, ou seja: se houve
progresso e se há possibilidade de acompanhar os conteúdos da próxima série.
Todos os alunos têm direito de ir para Conselho e os que forem submetidos ao
Conselho de Classe deverá ser feito registro com o parecer de cada professor sobre
sua decisão de optar pela reprovação ou não do aluno, havendo assim clareza e
transparência no parecer do Conselho de Classe. Pretende desta forma, garantir aos
alunos um ensino diversificado que lhes permita serem capazes de enfrentar, com
competência, as transformações da sociedade.
7.2 AVALIAÇÃO E RECUPERAÇÃO
No Colégio Estadual “Helena Viana Sundin”, a avaliação que se
propõe é a contínua, somatória e processual, pautada, na ação-reflexão dos
envolvidos no processo educacional. Nessa perspectiva a avaliação somativa, tem
caráter de essência ao elaborar uma nota sobre o desenvolvimento do aluno, ao
final do processo.
Assim, é necessário o apoio proporcionado pelos registros
sistemáticos para subsidiar essa nota.
A avaliação somativa é uma decisão que leva a somar um ou mais
resultados: mesmo não sendo contínua. O que se acumula, são as notas que
permitirão ao professor tomar uma decisão permeada por uma visão global, tendo
em vista consequências, implicações e resultados para o aluno.
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Assim a avaliação considera os progressos e as limitações de cada
aluno e sua capacidade de lidar com os desafios decorrentes da aprendizagem.
Nesse aspecto, também avalia se a compreensão, a transferência de aprendizagem
e os objetivos foram alcançados. É analisada a capacidade do aluno, integrar esses
conhecimentos, e não apenas acumulá-los de forma estanque.
Portanto, deve ser executada durante o processo para fomentar a
decisão para se atingir os objetivos por parte do aluno e do professor.
Assim sendo os instrumentos de avaliação devem ser diversificados
para permitir uma análise mais objetiva do desenvolvimento do aluno e da prática
pedagógica. Alunos com dificuldades na aprendizagem ou algum tipo de deficiência
física ou intelectual e que precisam de adaptações curriculares, também caberá ao
professor fazer uma adaptação do processo de avaliação, seja por meio da
modificação da técnica, como dos instrumentos utilizados, adaptando-os aos
diferentes estilos e possibilidades de expressão dos alunos
A recuperação ocorrerá no decorrer do bimestre, paralelamente as
avaliações, de 100% do conteúdo para 100 % dos alunos, prevalecendo a nota
maior pela menor em forma substitutiva.
Os alunos que tiverem suas faltas justificadas por doença, ou, por
participação em eventos autorizados pelo colégio nos períodos de avaliação,
poderão fazê-la, quando retornarem para a escola.
O registro da avaliação é bimestral, em forma de notas. As
avaliações têm peso 10,0 e média 6,0 para aprovação totalizando um mínimo de
24,0 pontos no ano. Os alunos deverão ser avaliados durante o bimestre,
processualmente, por vários instrumentos diferentes de avaliação.
A Recuperação também é contínua e paralela, obedecendo à
mesma regra que para a avaliação. O Professor deve fazer a recuperação de cada
atividade no decorrer do período, diversificando os instrumentos e utilizando os
mesmos critérios avaliativos.
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7.3 CLASSIFICAÇÃO
A classificação no Colégio Helena Viana Sundin será feita com as
disciplinas de núcleo comum sempre no primeiro Bimestre, para que realmente o
aluno acompanhe a turma em que será classificado. A Classificação segue o que diz
a Lei 9394/96 no Artigo 24 e o Ato Administrativo 231/03
Art. 24 – A educação básica, no nível Fundamental e Médio, será
organizada de acordo com as seguintes regras comuns:
II – a classificação em qualquer série ou etapa, exceto a primeira do
ensino fundamental pode ser feita:
d) por promoção, para alunos que cursaram, com aproveitamento,
a série ou fase anterior, na própria escola;
e) por transferência, para candidatos procedentes de outras
escolas;
f) Independentemente de escolarização anterior, mediante
avaliação feita pela escola, que defina o grau de
desenvolvimento e experiência do candidato e permita sua
inscrição na série ou etapa adequada, conforme
regulamentação do respectivo sistema de ensino;
III – nos estabelecimentos que adotam a progressão regular por
série, o regimento escolar pode admitir formas de progressão
parcial, desde que preservada a sequência do currículo, observada
as normas do respectivo sistema de ensino.
V – a verificação do rendimento escolar observará os seguintes
critérios:
a)
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b) possibilidade de aceleração de estudos para alunos com atraso
escolar;
c) possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante
verificação do aprendizado;
d) aproveitamento dos estudos concluídos com êxito;
e) obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência
paralelos ao período letivo, para casos de baixo rendimento escolar,
a serem disciplinados pelas instituições de ensino em seus
regimentos;
Ato Administrativo 231/03 em seu Art. 01 diz que Classificação é o
procedimento que o Estabelecimento adota segundo critérios próprios para
posicionar o aluno na etapa de estudos compatível com a idade, ex experiência e
desempenho, adquiridos por meios formais ou informais.
Art. 02 Classificar significa matricular o aluno na série adequada ao
seu grau de desenvolvimento e de conhecimento, levando em conta a faixa etária.
Art.05 A Classificação tem caráter pedagógico centrado na
aprendizagem, e exige as seguintes medidas administrativas para resguardar os
direitos dos alunos, das escolas e dos profissionais:
f) Proceder à avaliação diagnóstica documentada pelo professor ou
equipe pedagógica;
g) Comunicar ao aluno ou responsável a respeito do processo a ser
iniciado para obter deste o respectivo consentimento,
ressalvando:
A compatibilidade que deve existir entre idade e série;
Os conhecimentos que serão verificados;
A data, local e hora da avaliação;
O dia em que sairá o resultado.
h) Organizar comissão formada por docentes, pedagogos
presididos pela direção da escola para efetivar o processo que
será composto de:
Cronograma;
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Instrumentos de avaliação;
Correção;
Expedição do resultado final informando a série em que o
aluno estará apto a cursar.
i) Arquivar atas, provas, trabalhos ou outros instrumentos utilizados
na pasta individual do aluno;
j) Registrar os resultados do processo de Classificação no relatório
final e no histórico escolar do aluno.
A classificação no Colégio Helena Viana Sundin será feita com as
disciplinas de núcleo comum
7.4 INTERVENÇÕES PEDAGÓGICAS
O Colégio Estadual Helena Viana Sundin não difere dos outros que
também apresentam alunos de variados níveis sócio-econômicos ( pais
desempregados, separados, desinteressados...), problemas com drogas, frequência,
evasão...
Como primeira medida, sugerimos aos professores representantes
uma sondagem através de questionários, sem identificação, com objetivo de traçar o
perfil de cada turma, levando os resultados aos conhecimentos de todos os
professores para que possam saber lidar com as diferentes situações que venham
ocorrer em sala de aula.
Observando, ainda, que desta forma podemos ajudar a construir um
aluno cidadão consciente, mudando comportamentos preconceituosos, trazendo-o
mais para perto do ser verdadeiramente humano. Este questionário nos permite
ajudar os alunos a crescerem como indivíduo; e, criando vínculo de amizade com a
turma a produtividade será maior.
Quando a turma apresenta baixo rendimento os professores são
questionados e, junto com a equipe pedagógica, são levantadas as questões,
buscando soluções de maneira democrática, visando sempre o aluno e a qualidade
da educação. Temos as Salas de Apoio que atendem atualmente os alunos de 6º
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ano e 9º ano e o Projeto Mais Educação. São realizadas reuniões com os pais para
conscientizar da importância dos Projetos e a necessidade de freqüência, pois só
assim poderemos ter uma escola de qualidade e que atenda as necessidades do
nosso alunado.
O Colégio também desenvolve projetos que proporcionam aos
alunos experiências, para que possam construir seu próprio conhecimento, com o
entendimento da realidade e sua vinculação em relação a ela, tornando-se
empreendedores. Os projetos têm também como objetivo tornar o dia-a-dia escolar
mais prazeroso, evitando a evasão e também criando um clima de entretenimento e
participação.
7.5 PROJETOS
7.5.1 Agenda 21
A escola, ao educar os alunos como seres sociais inseridos numa
comunidade promovem sua aceitação simultaneamente na compreensão e no
compromisso de preservarem o meio ambiente e o desenvolvimento do ambiente
escolar e social de modo saudável e produtivo.
7.5.1.1 Educação Ambiental
Em pleno século XXI, as questões ambientais se apresentam como
um dos problemas urgentes a serem resolvidos, a fim de que a vida do homem na
Terra seja preservada e que suas interferências, muitas vezes impensadas, sobre a
natureza, sejam revistas. Após a Revolução Industrial, no séc. XVIII, os recursos
naturais têm sido utilizados de forma desordenada e a natureza vem sendo
degradada de forma acelerada pelo ser humano. A contaminação dos recursos
hídricos, a poluição do ar e dos solos, o consumo desenfreado dos recursos
naturais, o aumento da produção dos resíduos sólidos, entre outros agravantes, têm
contribuído e muito para a redução da qualidade de vida da comunidade. A
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aceleração industrial e a mecanização da agricultura nas décadas de 1960 e 1970,
dentre outros fatores, impulsionaram a concentração populacional nas cidades e a
exploração dos recursos naturais passou a ser intensa. O cidadão não se preocupa
com os efeitos prejudiciais de suas ações em relação à natureza e acaba por utilizar
de maneira errada ou impensada os recursos naturais.
São inúmeras as causas da degradação ambiental, mas a principal
reside, sem dúvida, no uso indevido da natureza e dos recursos naturais, dentro de
uma visão consumista e individualista de apropriação, de lucro e de acumulação
cada vez maiores. Vivemos num mundo de profundas e complexas dificuldades. Na
caminhada, geração após geração tem provocado transformações no planeta e nem
sempre essas transformações são feitas com inteligência ou respeito ao meio
ambiente e à vida. O que se presencia, ao longo dos tempos, é um ser humano cada
vez mais predatório e ambicioso, capaz de poluir e destruir o ambiente na busca
exacerbada de poder e lucro.
Tendo em vista essa ação destruidora do homem em virtude da
ocupação desordenada do espaço geográfico, levando à perca de habitat e
consequentemente da biodiversidade no nosso planeta começaram a surgir
movimentos ambientais em todo o mundo e as discussões sobre o meio ambiente
foram tomando força até que em 1972, a Organização das Nações Unidas (ONU),
tentando alertar a população mundial e principalmente os países desenvolvidos,
promoveu uma conferência sobre Ambiente Humano, realizada em Estocolmo, na
Suécia .Ao final dessa conferência, que reuniu representantes de 113 países,
inclusive do Brasil, recomendou-se a criação de um programa para o combate à
crise ambiental no nosso planeta e decidiu-se utilizar a educação como ferramenta
para conscientização popular, criando, então, o Programa Internacional de
Educação Ambiental (PIEA) (Unesco, 1985).
Após a Conferência de Estocolmo – como ficou conhecida –, foram
realizados vários outros encontros (e.g. Conferência de Belgrado em 1975,
Conferência de Tbilisi em 1977, Congresso de Moscou 1987, Rio-92 em 1992)
reunindo especialistas de todo o mundo para discutir e definir os rumos da Educação
Ambiental, enfatizando as técnicas, objetivos, características e recomendações
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frente às mudanças ocorridas no cenário mundial. Portanto, o conceito de Educação
Ambiental passou por várias etapas durante o aprimoramento das ideias que
surgiam a partir das discussões a cada reunião e com a realidade sócio-econômica
mundial, estabelecendo-se, após a Conferência da ONU sobre Meio Ambiente e
Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro em 1992 (conhecida como Rio-92),
que: A Educação Ambiental se caracteriza por incorporar as dimensões
socioeconômicas, política, cultural e histórica, não podendo se basear em pautas
rígidas e de aplicação universal, devendo considerar as condições e estágio de cada
país, região e comunidade, sob uma perspectiva histórica. Assim sendo, a Educação
Ambiental deve permitir a compreensão da natureza complexa do meio ambiente e
interpretar a interdependência entre os diversos elementos que conformam o
ambiente, com vista a utilizar racionalmente os recursos no presente e no futuro
(Brasil, 1996).
Tendo em vista que a Educação Ambiental estava sendo proposta
como uma ferramenta para a formação de sociedades ambientalmente
responsáveis, Kloetzel (1998) define Meio Ambiente como sendo o “conjunto de
soluções, leis, influências e infraestruturas de ordem física, química, biológica e
psíquica, que permite, abriga e rege a vida (e ainda, a qualidade de vida e o bem-
estar do cidadão) em todas as suas formas”.
Na Conferência da ONU realizada no Rio de Janeiro (Rio-92), foi
discutido a importância da Educação Ambiental para o início da implantação de um
novo modelo de desenvolvimento que visa tanto o crescimento econômico quanto a
preservação do meio ambiente, denominado Desenvolvimento Sustentável. O
termo Analfabetismo Ambiental foi criado neste encontro para designar a situação da
população mundial em relação aos problemas ambientais, tendo como meta a
implementação de um modelo de sustentabilidade, objetivando-se a formação e
desenvolvimento de uma sociedade responsável comprometida com o meio
ambiente e consequentemente, com a qualidade de vida e bem-estar das gerações
futuras
Através da Educação Ambiental podemos perceber que existem
formas mais inteligentes de se lidar com o ambiente, integrando-se com ele através
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do desenvolvimento sustentável e que a atual crise ambiental mostra apenas
sintomas de uma crise mais profunda: a falta de ética e do respeito aos valores.
Podemos também, através da Educação Ambiental, apreciar mais cuidadosamente
a fascinante diversidade do mundo vivo, que a natureza preparou durante milhões
de anos e a fascinante experiência de sermos parte dela.
Inicialmente, os problemas ambientais e em consequência os
programas de Educação Ambiental foram consistentemente confundidos com
Ecologia.
Como vimos, a Educação ambiental se caracteriza por incorporar as
dimensões sociais, políticas, econômicas, culturais, ecológicas e éticas. Não é
possível tratar de um dado problema ambiental sem considerar todas aquelas
dimensões. A maior parte dos problemas ambientais tem suas raízes na miséria,
que, por sua vez, “é gerada por políticas e modelos econômicos concentradores de
riqueza e geradores de desemprego e degradação ambiental. Tais modelos são
adotados nos países pobres, como o nosso, por imposição dos países ricos,
interessados na exploração dos nossos recursos naturais “ (Chossudovsky, 1999).
Por essa razão, não podemos nos preocupar apenas com o aspecto ecológico de
uma dada questão ambiental, pois assim estaríamos desconsiderando os demais
aspectos (políticos, sociais, etc), todos eles muito importantes. Para se entender a
Educação ambiental, primeiramente é preciso saber a diferença entre Ecologia e
Educação Ambiental:
A Ecologia é uma ciência com seus princípios, conceitos, teorias, etc
(Ricklefs, 1996).
A Educação Ambiental é um processo, uma dimensão dada ao conteúdo e à
prática da educação que utiliza os vários conhecimentos, inclusive os da
Ecologia, para promover a compreensão dos mecanismos da inter-relação
natureza-homem, em suas diversas dimensões (Dias, 1994).
Segundo Cooper (1993), os objetivos da Educação Ambiental fazem parte de
um sistema holístico (integral, total) onde não existe o início e o fim, onde
todos participam e têm sucesso.
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No Brasil, a Educação Ambiental foi respaldada pelo governo a partir da
promulgação da Constituição da República Federativa em 1988, onde foi
inserido um adendo especial sobre Meio Ambiente (cap. VI) e um item
específico sobre a Educação Ambiental (Art. 225, item VI) que diz: “Cabe ao
Poder Público promover a Educação ambiental em todos os níveis de ensino
e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente” (Brasil,
1988). Porém, na prática, pouco se fez.
O conceito de Educação Ambiental varia de interpretações, de acordo com
cada contexto, conforme a influência e vivência de cada um.
Para muitos, a Educação Ambiental restringe-se em trabalhar assuntos
relacionados à natureza: lixo, preservação, paisagens naturais, animais, etc.
Dentro deste enfoque, a Educação Ambiental assume um caráter
basicamente naturalista.
Atualmente, a Educação Ambiental assume um caráter mais realista,
embasado na busca de um equilíbrio entre o homem e o ambiente, com vista
à construção de um futuro pensado e vivido numa lógica de desenvolvimento
e progresso (pensamento positivista). Neste contexto, a Educação Ambiental
é ferramenta de educação para o desenvolvimento sustentável (apesar de
polêmico o conceito de desenvolvimento sustentável, tendo em vista ser o
próprio "desenvolvimento" o causador de tantos danos sócio-ambientais).
Ampliando a maneira de perceber a Educação Ambiental podemos dizer que
se trata de uma prática de educação para a sustentabilidade. Para muitos
especialistas, uma Educação Ambiental para o Desenvolvimento Sustentável
é severamente criticada pela dicotomia existente entre "desenvolvimento e
sustentabilidade".
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7.5.1.2 Diagnóstico
A) Ano 2010
Para formalizar este diagnóstico, os professores buscaram ouvir os
alunos e a comunidade, sobre quais seriam os problemas que, no âmbito político, de
gestão, socioambiental, a escola apresenta.
Participaram os alunos do Ensino Fundamental e Médio do Colégio
Estadual ”Helena Viana Sundin”, na busca desses objetivos, para o qual foram
entrevistados através de um questionário, onde se buscou identificar a realidade dos
mesmos.
Da amostragem de 300 alunos de nosso Colégio, percebeu-se que
104, ou 34% de nossos alunos são provenientes do bairro da Costeira e adjacências
(Centro Histórico e Oceania) e outros 196, ou 66% de outros bairros.
Gráfico 13 – Em que bairro você reside?
Costeira
Outros Bairros
Aos alunos provenientes da Costeira, perguntamos se conheciam
o Porto de Paranaguá. Dos 104 alunos moradores da comunidade, 80 alunos, ou
77% disseram conhecer o porto, enquanto 24 alunos, ou 23% disseram não
conhecer.
Gráfico 14 – Você conhece o Porto de Paranaguá?
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Sim
Não
Ora, sabemos que a proximidade do porto de Paranaguá com essa
comunidade, gera uma gama de problemas, sendo estes ambientais, e sócio-
culturais, que afetam direta ou indiretamente o andamento do trabalho escolar.
Na sequência do questionário, perguntamos aos alunos, se havia
algum membro da família que trabalhava no Porto de Paranaguá. Dos 104 alunos
pesquisados, 61 deles, ou 59% disseram ter parentes trabalhando na faixa
portuária,e inclusive, a maioria desses disse haver mais de um membro da família
trabalhando nessa atividade, enquanto 43 alunos, ou 41% do total disseram que
seus familiares trabalham em outra atividade.
Gráfico 15 – Há alguém de sua família trabalhando no Porto de Paranaguá?
Sim
Não
Para dar prosseguimento ao diagnóstico, perguntamos aos alunos,
qual era a relação entre o porto e o Bairro da Costeira, visto que, como comentamos
acima, a faixa portuária de nossa cidade está, de certa forma, tomando o lugar das
residências do entorno da escola, e com isso causando um temor à população.
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Devido a esse problema, fizemos o questionamento, deixando livre ao aluno a
percepção da realidade.
Dos 104 alunos pesquisados, 36, ou 35% disseram “não saber”,
enquanto, 14 alunos, ou 14% disseram que o porto está “indenizando os moradores
para a sua expansão ”, 9 alunos, ou 9% deles, disseram que o porto “traz riquezas
ao bairro”, outros 22 alunos, ou 21% afirmaram que “o porto gera empregos”, mais
15 alunos, ou 14% disseram que “gera muita poluição ao bairro” , 8 alunos, ou 7%
disseram que, “por sua posição geográfica, facilita o acesso à Baia de Paranaguá”.
Gráfico 16 – O que o Porto tem a ver com o Bairro da Costeira?
Não Sabem
Indenização
Traz riquezas
Gera empregos
Gera poluição
Facilita o acesso
Alguns depoimentos foram destacados para se conhecer melhor a
realidade de nossa comunidade:
“O porto de Paranaguá, necessita de áreas localizadas no bairro Costeira. O porto
está indenizando muitas pessoas dessa região” (Anônimo)
“O porto já está ocupando a maior parte da Costeira, daqui a pouco não haverá mais
nada do bairro, a não ser a faixa portuária”(Anônimo)
“Acho que um dia, a Costeira vai ser porto!” (Konstantinos – Ens. Fund.)
“O porto acaba com a natureza, apesar de trazer empregos e benefícios!” (Carolina
Cabral – Ens. Fund.)
“A maioria dos armazéns está no bairro da Costeira, mas eles deixam um mau
cheiro no bairro...” (Anônimo)
“Atrapalha, porque, quando vêm aqueles caminhões do porto [com uma velocidade
considerável] e quem não toma cuidado, pode sofrer um acidente” (Willian Alef –
Ens. Fund.)
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Na continuidade de nossa pesquisa, perguntamos aos nossos
alunos, se o que acontece no porto de Paranaguá, afeta, de alguma maneira o
nosso Colégio. Dos 104 pesquisados, 26 alunos, ou 25% disseram que não, não
afeta, enquanto 78 alunos, ou 75%, disseram haver relação do colégio com o porto.
Gráfico 17. – Você Considera que o que acontece com o Porto de Paranaguá, afeta, de alguma
maneira, o colégio?
Sim
Não
Novamente, alguns relatos foram destacados para conhecermos
melhor a nossa realidade.
“ Quando o navio com Nafta (2004) vazou no porto de Paranaguá, houve uma queda
no salário dos pais pescadores, o que fez com que os alunos não pudessem ir à
escola, por ter que ajudar os pais em pequenos serviços” (anônimo)
“ Podemos considerar que por compartilharmos o mesmo bairro, a qualquer
momento, um incidente de grandes proporções, poderá gerar pânico nos
estudantes, apesar de termos o suporte técnico do corpo de bombeiros, uma vez
que o Porto de Paranaguá também conta com um terminal de inflamáveis...”
(Anônimo)
“ Sei que quando há sujeira no Porto, significa que meu pai terá dinheiro pra me
comprar presentes...” (anônimo)
B) Ano 2011
O Colégio Estadual Helena Viana Sundin, colheu informações de 93 famílias
de alunos matriculados nesta escola em 2011. Estas informações servirão como
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amostragem da clientela deste Estabelecimento de Ensino. As informações foram
colhidas sob orientação da professora de Ciências Lydiani Maria dos Santos Pezzini
e os gráficos computados pela Pedagoga Maria Elice Winnikes.
PROPRIETÁRIO DO IMÓVEL
71%
29%
SIM
NÃO
Gráfico 18
TOTAL DE RESIDENTES
60%16%
1%
23%
0 A 5
6 A 10
MAIS DE 10
NÃO INFORMOU
Gráfico 19
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NÚMERO DE FILHOS DE 0 A 6 ANOS
67%
24%
9%
NENHUM
1 FILHO
2 FILHOS
Gráfico 20
ESTADO CIVIL
44%
14%3%
10%
3%
23%
3%
CASADO
SOLTEIRO
VIÚVO
SEPARADO
DIVORCIADO
UNIÃO ESTÁVEL
OUTROS
Gráfico 21
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TEMPO QUE RESIDE NO BAIRRO
18%
29%34%
14%
5% MENOS DE 1
ANO
DE 1 A 10 ANOS
DE 11 A 20 ANOS
MAIS DE 20
ANOS
NÃO
RESPONDEU
Gráfico 22
GRAU DE ESCOLARIDADE
39%
39%
16%
2%
4%
ENS.
FUNDAMENTAL
ENS. MÉDIO
ENS. SUPERIOR
SEM INSTRUÇÃO
NÃO
RESPONDEU
Gráfico 23
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96
ESCOLA PRÓXIMA RESIDÊNCIA
37%
23%
13%
2%
25%
HELENA SUNDIN
OUTRA
ESTADUAL
OUTRA
MUNICIPAL
OUTRA
PARTICULAR
NÃO
RESPONDEU
Gráfico 25
RENDA FAMILIAR
14%
29%
22%
16%
16%
3%
ATÉ 1 SALÁRIO
MÍNIMO
ATÉ 2 SALÁRIO
MÍNIMO
ATÉ 3 SALÁRIO
MÍNIMO
ATÉ 4 SALÁRIO
MÍNIMO
ACIMA DE 4 SALÁRIO
MÍNIMO
NÃO RESPONDEU
Gráfico 26
EMPREGABILIDADE
77%
23%
QUANTAS PESSOAS
TRABALHAM
QUANTOS
DESEMPREGADOS
Gráfico 27
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97
PROGRAMA SOCIAL
19%
56%
25%INSCRITO EM
PROGRAMA SOCIAL
NÃO PARTICIPA
NÃO RESPONDEU
Gráfico 28
SANEAMENTO BÁSICO
ÁREA DE LAZER
72%
28%
SIM
NÃO
Gráfico 29
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98
IGREJAS
90%
10%
SIM
NÃO
Gráfico 30
ÁREA COMERCIAL/INDUSTRIAL
83%
17%
SIM
NÃO
POSTO DE SAÚDE
40%
60%
SIM
NÃO
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99
COOPERATIVA
31%
69%
SIM
NÃO
DESTINO DO LIXO
71
2
3
2
25
0 10 20 30 40 50 60 70 80
COLETA PREF.
TERRENO BALDIO
CAÇAMBA
QUEIMADA (PAPEL, PLÁSTICO)
VALETA
COLETA SEMANAL
COLETA MENSAL
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100
LIXO
52%
24%
24%
SEPARA O LIXO
NÃO SEPARA O LIXO
NÃO RESPONDEU
DESTINO DO ESGOTO
10%
8%
1%
16%
65%
FOSSA
GALERIA
DIRETO NO TERRENO
RIO
REDE COLETORA
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101
DOENÇAS DA ÁGUA
14%
3%
1%
0%
1%
9%
0%
72%
DIARRÉIA
INFECÇÕES (IVAS)
VERMINOSE
HEPATITE
ESQUISTOSSOMOSE
FEBRE
CISTICERCOSE
NÃO RESPONDEU
INSTALAÇÕES SANITÁRIAS
56%
8%
6%
29%
1%
BANHEIRO
PRIVADA
CAIXA DE INSPEÇÃO
CAIXA DE GORDURA
NÃO RESPONDEU
ORIGEM DA ÁGUA
89%
8%
3%
0%
0%
0%
ENCANADA
POÇO DOMÉSTICO
POÇO ARTESIANO
TORNEIRA COLETIVA
BALDES
GALÕES
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102
CONHECE O CURSO NATURAL QUE PASSA
PERTO DE SUA CASA?
38%
43%
19%
SIM
NÃO
NÃO RESPONDEU
VOCÊ SABE PARA ONDE VAI O RIO E AS
NASCENTES?
35%
65%
SIM
NÃO
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103
SABE EM QUAL BACIA HIDROGRÁFICA MORA?
16%
62%
22%
SIM
NÃO
NÃO RESPONDEU ÀS
PERGUNTAS
7.5.2 Equipe Multidisciplinar
A Equipe Multidisciplinar do colégio Estadual Helena Viana Sundin é
constituída por representantes de todas as instâncias: Equipe Pedagógica – um
representante; quatro professores das diferentes áreas: um da área de exatas; dois
humanas; um biológicas. Cabe a Equipe Multidisciplinar organizar através de um
cronograma todas as atividades que serão desenvolvidas, agendando-as e
buscando subsídios para que as mesmas sejam realizadas de maneira positiva e
que contribuam para o fortalecimento da educação das Relações Étnico-raciais.
O Colégio abrirá espaço para que ocorra o “diálogo intercultural” em
sala de aula. O “diálogo intercultural” é o contato que se estabelece com o outro
através da compreensão da cultura, seu jeito de ser, seu modo de viver, sua visão
de mundo, seu proceder. Compreender o outro, valorizando e respeitando a sua
diferença sem preconceitos, pois ele traz toda uma “bagagem” de conhecimentos.
É partindo da convivência com os alunos que podemos identificar
essas diferenças culturais, na maneira como se comportam, falam e se expressam.
Sabemos que no cotidiano social e escolar, muitos preconceitos revelam-se, em
geral, através da linguagem, do discurso, do comportamento, dos gestos como:
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piadinhas, apelidos, brincadeiras, agressões físicas e verbais, criação de
“panelinhas”, “gangues”, rejeição a trabalhos em sala de aula, formação de grupos...
Portanto, para compreender o sujeito nas suas diferentes formas
culturais, os profissionais da educação devem estar preparados para trabalhar com
essa diversidade no dia-a-dia, no momento em que a situação se apresentar,
proporcionando um ambiente de respeito, sem preconceitos, mas com a valorização
do ser humano, das diferenças culturais e étnicas, construindo assim, uma imagem
mais positiva de nossa condição de cidadãos brasileiros, independentemente da cor
da pele que temos e como agentes da nossa história.
Este projeto visa abordar a História e Cultura da África, dos
africanos, afros descendentes e indígenas no Brasil, na perspectiva de contribuir
para que o aluno negro e indígena mire-se positivamente, pela valorização da
história de seu povo, da cultura, da contribuição para o país e para a humanidade.
Os integrantes da equipe multidisciplinar receberão certificação
pelos estudos e discuções realizadas.
Como o dia 20 de novembro é uma data destinada à comemoração
da cultura afro, nosso colégio fará uma amostragem dos trabalhos desenvolvido com
todos os alunos o ano todo em todas as disciplinas. Como incentivo pelo
envolvimento, os alunos serão avaliados de forma interdisciplinar e suas notas serão
somadas às notas do 4º bimestre.
7.5.3 Feira de Ciências
Projeto desenvolvido com todas as turmas do Ensino Fundamental e
Médio com tema pré – estabelecido. Cabe aos alunos escolherem o que desejam
apresentar dentro do tema: maquetes, vídeos, cartazes, experiências, etc. O
professor é orientado para ceder espaço nas suas aulas para a produção dos
trabalhos sob sua supervisão, Os alunos podem participar individualmente ou em
grupo. Fazem a inscrição com a equipe pedagógica, que posteriormente passará
aos professores a lista dos participantes na feira.
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105
7.5.4 Mostra de Talentos
Este projeto é desenvolvido com todas as turmas do Ensino
Fundamental e Médio. A Mostra de Talentos visa encontrar novos talentos em
diversas áreas artísticas. O aluno ou o grupo pode:
Dançar;
Cantar ( coral, dupla, individual ...)
Dublar;
Representar;
Declamar;
Tocar instrumento musical ( individual, banda, dupla....)
Os alunos são orientados para ensaiar no contra-turno e nos
intervalos, ficando a equipe pedagógica responsável para organizar espaços e
horários de ensaio. Os alunos podem participar individualmente ou em grupo. Fazem
a inscrição com a equipe pedagógica, que posteriormente passará aos professores a
lista dos participantes na mostra.
7.5.5 Festa Junina
Este projeto é desenvolvido com todas as turmas do Ensino
Fundamental e Médio. Todos os professores contribuem de alguma forma para que
este evento aconteça. Esta nota é computada dentro das atividades para o 2º
bimestre. Aos alunos formandos do 9º ano e 3ª série podem receber parte do lucro
da festa desde que colaborem com o evento. Cada aluno pode participar com:
Doação de alimentos não perecíveis, para usar na festa junina
Doação de brindes
Confecção de bandeirinhas coloridas
Participação na quadrilha
Participação no casamento caipira
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106
7.5.6 Olimpíada de Matemática - OBMEP
Todos os alunos participam deste projeto. Reserva-se um dia pré-
estabelecido em calendário para a realização da olimpíada. Esta OBMEP tem
regulamento próprio, que são repassados para o professor ou pedagoga
responsável tanto na inscrição da escola, como na organização do evento. Este
evento abrange todo o colégio, nos três períodos e todos os professores com aula
neste dia trabalham na aplicação das provas e na correção das mesmas. Os alunos
que participam e têm um mínimo de acerto ( 5 a 9) recebem 0,5 pontos na disciplina
de Matemática. Os alunos que se saem melhor ( 10 ou mais acertos) recebem 1,0
ponto na disciplina de Matemática, que será adicionada às notas do 3º Bimestre ou
conforme a data no Calendário.
7.5.7 Garoto e Garota Helena
Este projeto é um evento de natureza social, realizado no final do
ano, propiciando interação e convívio social entre os alunos. Cada turma elege um
candidato e uma candidata para concorrer ao Garoto e Garota Helena. O Grêmio é
responsável pela organização, tendo como apoio a Direção e Equipe Pedagógica.
Os alunos que concorrem são ensaiados e no dia do Evento são convidados
professores para julgar os mais bonitos. Os alunos que vencerem participam do
Garota e Garota estudante de Paranaguá, promovido pelo CEFA ( Centro de
Estudantes Fernando Amaro ).
7.5.8 Festa do Dia das Mães – Evento para os familiares
Este projeto é um evento de natureza social, realizado na sexta –
feira, que antecede o dia das Mães. Os alunos do Ensino Fundamental apresentam
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números de canto, dança, declamação, coral, exposição dos trabalhos. Este
momento é muito importante, pois traz as mães e seus familiares para a escola num
dia de festa e descontração, sem cobranças e reclamações.
7.5.9 Falando sobre Drogas
O projeto visa abrir espaço para que os alunos debatam temas
relacionados ao uso de drogas e reflitam sobre os malefícios que elas causam ao
organismo, à família. O desconhecimento sobre o assunto pode ser ainda mais
prejudicial se não dermos espaço para o diálogo. Com isto, o Colégio abre espaço
para um evento que abrange o Ensino Médio período da manhã e Ensino Médio e
Ensino Fundamental período noturno.
Neste evento são trazidos palestrantes e psicólogos, bem como os
alunos são organizados em grupos para a elaboração de material (sobre as
diferentes drogas) que são confeccionados sob orientação dos professores de arte e
língua portuguesa. Este Evento ocorre sempre no 1º Bimestre e estende-se até o
término do 4º bimestre. Os alunos são incentivados a montarem vídeos e cartazes.
7.6 A FAMÍLIA E A COMUNIDADE
“A permanência e o crescimento dos alunos não dependem somente da escola, mas envolvem ações da família e da comunidade onde vivem esses alunos”. (FICA, 2005) De acordo com a LDB 9394/96:
§ 5º. Para garantir o cumprimento da obrigatoriedade de ensino, o
Poder Público criará formas alternativas de acesso aos diferentes níveis de ensino,
independente da escolarização anterior.
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108
Hoje o conceito de família já não é mais o mesmo, pois a estrutura
familiar mudou: temos filhos que moram só com a mãe, só com o pai, só com os
avós... Bem como neste meio, eles acabam por conviver com terceiros, que muitas
vezes não são seus afetos, criando um clima de desconforto, de insegurança e até
mesmo de abandono.
Isto pode ser observado na falta de comprometimento da família em
se tratando da vida escolar da criança e, principalmente dos adolescentes. Estamos
vivendo uma época em que a família está delegando para a escola funções que
seriam delas. Fica difícil para a escola fazer com que o aluno freqüente as aulas
regularmente, se não receber o apoio da família.
O Colégio Estadual Helena Viana Sundin, através de reuniões,
conversas individuais, telefonemas, promoção de eventos e palestras; tenta
amenizar essa distância entre escola e família. É quase impossível atingir 100% de
presença, mas entende-se que a insistência, ou até mesmo o baixo rendimento dos
filhos, faz com que os responsáveis “apareçam e façam parte da escola
efetivamente”.
7.7 FORMAÇÃO CONTINUADA
Cada um dos profissionais tem um papel fundamental no processo
educativo, cujo resultado não depende apenas da sala de aula, mas também da
vivência e da observação, da análise da pesquisa. Tanta responsabilidade exige
boas condições de trabalho, preparo e equilíbrio. Para tanto, é importante que se
garanta formação continuada aos profissionais que trabalham na escola onde terão
a oportunidade de se atualizar e participar de cursos e ações de formação
correspondentes à expectativa do professor. A formação continuada de professores
deve estar voltada para a realidade escolar e o contexto em que ela está inserida.
Com classes heterogêneas, o professor tem quer ser, antes de mais nada, o
protagonista de suas aulas, buscando a atenção dos alunos com criatividade,
competência e responsabilidade.
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109
De acordo com BOZZETTO (1998), as competências necessárias
aos professores relacionam-se a educar, educar os alunos para o aprender a
aprender constante, reconstruindo o conhecimento no confronto com situações
novas e desafiadoras. A educação não pode apenas ser desenvolvida pelos meios
de comunicação, pois requer relacionamento intersubjetivo, vinculação a valores e
atenção à sensibilidade.
Portanto, a formação continuada de professores não deve limitar-se
a currículos, livros didáticos, mas a questões mais relevantes como a inclusão nos
diferentes aspectos. Só assim podemos afirmar que temos uma escola pública para
todos e com qualidade.
O Colégio Estadual Helena Viana Sundin entende e valoriza a
formação continuada, mas sabe da escassez de vagas para cursos fora da região.
Então, adota de forma democrática que participem de cursos:
1. professores que estão desenvolvendo algum projeto referente ao tema do
curso que realizará;
2. professores que não frequentaram nenhum curso no último mês;
3. professores que precisam de cursos para elevação de nível;
4. professores assíduos;
Quanto aos cursos de formação na região, cabe ao professor fazer
de acordo com seu interesse. Temos vários professores fazendo grupo de estudos,
professores e profissionais da educação participando de cursos à distância e
palestras. A equipe pedagógica sempre comunica os professores sobre cursos, bem
como já é de costume acessar o site do governo para a busca de cursos.
Também são realizadas reuniões pedagógicas para discutir temas
relevantes ao cotidiano da escola e acompanhamento individual ou por disciplina na
hora atividade do Professor. Entende-se que ela deve acontecer sempre que se fizer
necessário.
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110
7.8 ESTÁGIO
Cabe ao Pedagogo acompanhar efetivamente as práticas de estágio
desenvolvidas pelo aluno, ainda que em via não presencial, exigindo relatório
periódico do estagiário e avaliando suas atividades, para que assim possa
mediar a natureza do estágio e as contribuições do aluno estagiário com o plano
de trabalho docente, de forma que os conhecimentos transmitidos sejam
instrumentos para se compreender de que forma tais relações se estabelecem
histórica, econômica, política, cultural e socialmente. Cabe ao pedagogo zelar
pelo cumprimento do termo de compromisso firmado entre as instituições,
também, manter os professores das turmas, cujos alunos desenvolvem
atividades de estágio, informados sobre as atividades desenvolvidas, de modo
que estes possam contribuir para esta relação prática.
8 . REGIME DE FUNCIONAMENTO
O Colégio Estadual Helena Viana Sundin funciona nos três períodos:
manhã, tarde. No período da manhã, temos o Ensino Médio Regular e no período da
tarde o Ensino Fundamental séries finais.
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111
8.1 MATRIZ CURRICULAR
MATRIZ CURRICULAR ENSINO FUNDAMENTAL Curso: Ensino Fund 6 9 Ano-Serie - Turno: Tarde - Ano de Implantação: 2013 - Simultanea
Disciplina
Composição Curricular
Carga Horária Semanal Por Série
1o.
2o.
3o.
4o.
5o.
6o.
7o.
8o.
9o.
Arte Base Nacional Comum 2 2 2 2
Ciencias Base Nacional Comum 3 3 3 3
Educacao Fisica Base Nacional Comum 2 2 2 2
Geografia Base Nacional Comum 2 3 3 3
Historia Base Nacional Comum 3 2 3 3
Lingua Portuguesa Base Nacional Comum 5 5 5 5
Matematica Base Nacional Comum 5 5 5 5
Ensino Religioso * Base Nacional Comum 1 1
L e M-Ingles Parte Diversificada 2 2 2 2
Carga Horária Total 25 25 25 25
Fonte: SERE
MATRIZ CURRICULAR ENSINO MÉDIO Curso: Ensino Medio - Turno: Manhã - Ano de Implantação: 2011 - Simultanea
Disciplina
Composição Curricular
Carga Horária Semanal Por Série
1o.
2o.
3o.
4o.
5o.
6o.
7o.
8o.
9o.
Arte Base Nacional Comum 2 2
Biologia Base Nacional Comum 2 2 2
Educacao Fisica Base Nacional Comum 2 2 2
Filosofia Base Nacional Comum 2 2 2
Fisica Base Nacional Comum 2 2 2
Geografia Base Nacional Comum 2 2 2
Historia Base Nacional Comum 2 2 2
Lingua Portuguesa Base Nacional Comum 2 3 4
Matematica Base Nacional Comum 3 2 3
Quimica Base Nacional Comum 2 2 2
Sociologia Base Nacional Comum 2 2 2
L e M-Ingles Parte Diversificada 2 2 2
L e M-Espanhol Parte Diversificada 4 4 4
Carga Horária Total 29 29 29
Fonte: SERE
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112
8.2 CALENDÁRIO 2014
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113
9 AVALIAÇÃO DO PPP E PPC
Tanto o PPP como o PPC serão avaliados continuamente,
possibilitando assim os ajustes necessários, seja para atender a comunidade com
novas ações, seja para adequar aos dispositivos legais.
10. REFERÊNCIAS
ABREU, M. Meninas Perdidas. In: PRIORE, M. (Org.). História das Crianças no Brasil. São Paulo: Contexto, 2000. p. 289-316. ARIÈS, P. A História social da criança e da família. Rio de Janeiro: Guanabara, 1978. BRASIL.
BOZZETO, Ingrid M. A Formação de Professores para as Séries Iniciais do
Ensino Fundamental – Dissertação de Mestrado. Ed. UNIJUÍ / RS. , 1998
COHN, C. Antropologia da criança. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2005. CHOSSUDOVSKY, Michel. A globalização da pobreza: impactos das reformas do FMI e do Banco Mundial. São Paulo: Moderna, 1999. COOPER, G. Making links. Annual Review of EE, (5): 47-49. 1993.
DEMO, Pedro – Educação e qualidade. Campinas, Papirus, 1994.
DIAS, G.F. Atividades interdisciplinares de educação ambiental. São Paulo: Global, 1994. 112p.
ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente. Brasília: CBIA, 1990.
FICA Comigo / Paraná. Secretaria de Estado da Educação e Superintendência de
Educação. Assessoria de Relações Externas e Interinstitucionais – Curitiba; SEED.
PR, 2005.
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114
FONTES, R. Criança. Revista Presença Pedagógica, v.11, n.61, p. 03-05, jan./fev. 2005.
FREIRE, Madalena- Grupo, indivíduo, saber e parceria: malhas do conhecimen-
to, pp. 65-66, 1992.
FREIRE, Paulo – Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. 15ª. Edição, São Paulo: Paz e Terra, –– Coleção Leitura, 2000. disponível em www.pucsp.br/paulofreire, acessado em 14/03/2014.
HELLER, Agnes - Para mudar a vida. São Paulo, Brasiliense, 1982.
HEYWOOD, Colin. Uma História da infância. Porto Alegre: Artmed, 2004. KHULMANN Jr., M. Infância e educação infantil – uma abordagem histórica. Porto Alegre: Mediação, p.16,1998. KLOETZEL, K. O. O que é meio ambiente. 2. ed. São Paulo: Brasiliense, 1998.
LDB 9394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
LIBÂNEO, José Carlos – Democratização da Escola Pública – a pedagogia
crítico – social dos conteúdos. São Paulo, Loyola, 1984.
LIMA, Gilda de – O indivíduo e a sociedade nas perspectivas de J.J. Rosseau e
de J. Dewey
LUCKESI, Cipriano Carlos - Avaliação da Aprendizagem Escolar: estudos e
proposições. 14ª. Edição – São Paulo, Cortez, 2002.
MISSÃO CRIANÇA – Relatório de Atividades 1999 – 2001: Mania de Educação:
Brasília, 2001.
MOURA, E. Crianças operárias na recém-industrializada São Paulo. In: PRIORE, M. (Org.). História das crianças no Brasil. São Paulo: Contexto, 2000. p. 259-286 PINHEIRO, Â. A criança e o adolescente no cenário da redemocratização: representações sociais em disputa. 2001. 438 f. Tese (Doutorado em Educação) – Programa de Pós-Graduação em Sociologia, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza.
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115
POZO, Juan Ignácio – Aprendizes e Mestres: a nova cultura da aprendizagem.
Porto Alegre, Artmed, 2002.
PRIORE, M. História das crianças no Brasil (Org.). São Paulo: Contexto, 2000. RAMOS, F. P. A história trágico-marítima das crianças nas embarcações portuguesas do século XVI. In: PRIORE, M. (Org.). História das Crianças no Brasil. São Paulo: Contexto, 2000. p. 19- 54. RICKLEFS, R.E. A Economia da Natureza. 3ª ed., Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1996, 470 p.
RIOS, Terezinha – Significado e Pressupostos do projeto pedagógico. In: Série
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