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diálogo JORNAL JORNAL SEMANAL DO SINDICATO DOS PETROLEIROS DA BAHIA anos Resgatando o passado para construir o futuro NÃO ESTAMOS A VENDA! 13 de Outubro 2015 | nº 178 ATO DESUMANO Direita incita ódio e intolerância ao arremessar panfletos com frase criminosa, no sepultamento de José Eduardo Dutra RLAM Abusos da gerência geral revoltam trabalhadores Pág. 2 Pág. 3 Em carta aberta aos trabalhadores, FUP prova que quem não quer negociar é a Petrobrás, que segue inflexível CAMPANHA REIVINDICATÓRIA Intransigência e silêncio Apesar de todas as tentativas de negociação já feitas até agora, a Petrobrás persiste no silêncio e se nega a discutir o regramento da greve, o que constitui uma afronta à categoria. A FUP considera vital para os trabalhadores negociar a Pauta pelo Brasil, porque o atual PNG implica desemprego, perda de direitos e precarização das condições de trabalho, o que aumenta os riscos de acidentes e mortes. A direção da FUP divulgou uma carta aberta aos trabalhadores próprios e terceirizados da Petrobrás, subsidiárias e FAFEN-Araucária, denunciando a intransigência da empresa. Leia a carta na página 4

diá JORNAL logo NÃO ESTAMOS A VENDA! · na greve de maio de 1995 ... eleitos, descumprindo a NR 5. ... empresa integrada, característico da indústria mundial do petróleo? e)

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diálogoJ O R N A L

JORNAL SEMANAL DO SINDICATO DOS PETROLEIROS DA BAHIA

anos

Resgatando o passado para construir o futuro NÃOESTAMOSA VENDA!

13 de Outubro 2015 | nº 178

ATO DESUMANODireita incita ódio e intolerância ao arremessar panfletos com frase criminosa, no sepultamento de José Eduardo Dutra

RLAMAbusos da gerência geral revoltam trabalhadores

Pág. 2 Pág. 3

Em carta aberta aos trabalhadores, FUP prova que quem não quer negociar é a Petrobrás, que segue inflexível

CAMPANHA REIVINDICATÓRIA

Intransigência e silêncio

Apesar de todas as tentativas de negociação já feitas até agora, a Petrobrás persiste no silêncio e se nega a discutir o regramento da greve, o que constitui uma afronta

à categoria. A FUP considera vital para os trabalhadores negociar a Pauta pelo Brasil, porque o atual PNG implica desemprego, perda de direitos e precarização

das condições de trabalho, o que aumenta os riscos de acidentes e mortes. A direção da FUP divulgou uma carta aberta aos trabalhadores próprios

e terceirizados da Petrobrás, subsidiárias e FAFEN-Araucária, denunciando a intransigência da empresa.

Leia a carta na página 4

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13 de Outubro 2015 | nº 178 anos

diálogoJ O R N A L 2

CONSELHO DELIBERATIVO

PAULO CÉSAR MARTIN (PC)T I T U L A R

NORTON CARDOSO ALMEIDA (NORTON)S U P L E N T E

Vote

74 CONSELHO FISCAL

DANIEL SAMARATE (DANIEL)T I T U L A R

SÉRGIO LYRAS U P L E N T E

Vote

81ELEIÇÕES PETROS

14 A 28OUTUBRO

GARANTIANO PRESENTEE SEGURANÇANO FUTURO

C H A P A Esses são os candidatos apoiadospela FUP e seus sindicatos filiados

Resgatando o passado para construir o futuro

anos

CENTRAL ÚNICA DOS TRABALHADORES

A morte precoce de José Eduardo Dutra, aos 58 anos, após uma árdua luta contra o câncer, foi sentida pela esquerda brasileira e pelos movimentos sindical e social do país. Para os petroleiros, sua perda reforça ainda mais a importância da luta contra o atual Plano de Negócio e Gestão da Petrobrás. Quando assumiu a presidência da empresa, no primeiro governo Lula, Dutra estancou o processo de privatização que estava em curso na estatal e iniciou mudanças estruturantes que impactaram o desenvolvimento nacional.

Uma das primeiras medidas dele foi nacionalizar as encomendas de navios e plataformas, que

passaram a ser construídos no Brasil, reativando a indústria naval do país. Foi também na sua gestão, que a Petrobrás voltou a valorizar a pesquisa e o setor de engenharia, que estavam completamente desmantelados, e iniciou investimentos estratégicos no E&P, tornando possível mais tarde a descoberta do pré- sal.

Os panfletos arremessados em seu sepultamento, com a criminosa frase “petista bom é petista morto” é condenável não só pelo ataque desumano aos seus familiares, como pela incitação ao ódio e à intolerância, que toma proporções cada vez mais perigosas em nosso país. O mais absurdo é que esse tipo de

atitude encontra eco dentro da própria Petrobrás, onde o legado de conquistas das gestões petistas é violentamente atacado. Por que tanto ódio? É condenável, por exemplo, a recomposição dos efetivos próprios da empresa, que haviam sido reduzidos a 32 mil trabalhadores nos anos 90?

Os que atacam o PT se esquecem que foi durante a gestão de Dutra que acabamos com as diferenciações de direitos entre trabalhadores novos e antigos? Que trouxemos de volta os petroleiros demitidos na greve de maio de 1995 e corrigimos uma série de arbitrariedades cometidas por FHC? Ou é justamente por

terem possibilitado todas essas mudanças que os petistas são desqualificados por grande parte do corpo gerencial da Petrobrás? Muitos dos gerentes que pregam ódio ao PT são os mesmos que fizeram de tudo para impedir as mudanças ocorridas na estatal e agora, novamente, agem contra os trabalhadores, apoiando a venda de ativos e os cortes impostos pelo PNG.

A maior homenagem que os petroleiros podem fazer a Dutra, portanto, é defender o legado de conquistas iniciado por ele. Na luta, derrotaremos de novo os entreguistas. A greve está a caminho.

(Fonte- Imprensa FUP)

A partir de 01/11 a estação de Imbé passa a operar com um trabalhador direto e outro terceirizado- do contrato da Perbrás. A ordem foi dada pelo gerente local em total desrespeito à lei que proíbe a terceirização da atividade fim. O outro operador direto será colocado em regime de sobreaviso e posteriormente como está faltando operadores

na Petrobrás ele irá “tapar buraco” em outra unidade da empresa.O Sindipetro Bahia vem há tempos denunciando a intenção da Petrobrás de terceirizar as atividades fins nos campos terrestres, através de contrato realizado com a Perbrás. A assessoria jurídica do sindicato já orientou aos trabalhadores

diretos que não passem o seu conhecimento para a Perbrás.Um documento de Direito de Recusa está disponível no site da entidade (www.sindipetroba.org.br) e deve ser usado pelos trabalhadores em caso de pressão da chefia para que o conhecimento seja repassado.O diretor do Sindipetro, Radiovaldo Costa, é enfático ao dizer que a

entidade sindical não aceitará de nenhuma forma a terceirização da atividade fim e que já está procurando o gerente geral para tratar sobre o assunto. Além de tomar as providências legais.Caso a Petrobrás insista no erro e na irregularidade, os trabalhadores e sindicato vão usar a sua mais importante arma: a mobilização.

José Eduardo Dutra, presente!

Sindipetro protesta contra terceirização de atividade fim

ATO DESUMANO

CAMPO DE IMBÉ

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nº 178 | 13 de Outubro 2015anos

diálogoJ O R N A L

3

CONSELHO DELIBERATIVO

PAULO CÉSAR MARTIN (PC)T I T U L A R

NORTON CARDOSO ALMEIDA (NORTON)S U P L E N T E

Vote

74 CONSELHO FISCAL

DANIEL SAMARATE (DANIEL)T I T U L A R

SÉRGIO LYRAS U P L E N T E

Vote

81ELEIÇÕES PETROS

14 A 28OUTUBRO

GARANTIANO PRESENTEE SEGURANÇANO FUTURO

C H A P A Esses são os candidatos apoiadospela FUP e seus sindicatos filiados

Resgatando o passado para construir o futuro

anos

CENTRAL ÚNICA DOS TRABALHADORES

Trabalhadores da RLAM denunciaram à direção do Sindipetro Bahia o péssimo clima no local de trabalho depois que a base decidiu pela greve por tempo indeterminado, com data a ser divulgada pela FUP.

No relato feito ao sindicato, os operadores denunciam que na Refinaria muitas unidades de processo estão descumprindo a legislação do efetivo mínimo das turmas, colocando operadores (as) para trabalhar com uma pessoa a menos. Com isso, expõem os trabalhadores a riscos

de acidente, principalmente na possibilidade de uma emergência.

Além desse agravante, tem outras situações que violam o ACT, revelam irresponsabilidade das gerências e revoltam os trabalhadores. Um exemplo foram os dias cortados de três dirigentes sindicais, apesar das Cláusulas do acordo terem sido renovadas até 31/10 pelo RH Corporativo. O fato constitui ilegalidade e assim será tratado pela direção do Sindipetro Bahia.Apesar dos trabalhadores

elegerem a CIPA e seus membros receberem treinamento, até hoje a gerência não deu posse aos eleitos, descumprindo a NR 5.

Para fazer média com a hierarquia da empresa – o famoso bajulador - os gerentes da Elétrica e Instrumentação cortaram os dias das paralisações nacionais promovidas pelas centrais sindicais, apesar do DIP do RH Corporativo orientar que não fosse descontado o dia com o código de falta não justificada. No período em que choveu bastante em toda a Região Metropolitana,

com registro de mortes, os trabalhadores que ficaram presos nos engarrafamentos das rodovias tiveram o dia cortado. Um acinte à sensibilidade humana.

Um detalhe para avivar a memória: o gerente da Elétrica foi gestor da CAFOR e os trabalhadores fizeram festa com a sua saída. A direção do Sindipetro Bahia adotará as providências necessárias, políticas e jurídicas, para evitar qualquer tipo de assédio aos trabalhadores. Leia+ em www.sindipetroba.org.br

Gerência geral viola ACTRLAM

A história que narraremos a seguir é uma mistura de irregularidade, desumanidade, assédio e perseguição, mas que, infelizmente, está acontecendo e tem como protagonistas um médico e gestores da Petrobrás. O fato é que um torrista, com mais de 20 anos de serviços prestados à empresa, lotado na CTP, em Taquipe, vem há anos lutando contra uma hérnia de disco, doença ocupacional, causada pelo esforço repetitivo e o carregamento de peso de forma ininterrupta.

O resultado foi uma cirurgia na coluna cervical, com o implante de seis parafusos, duas placas e um disco de titânio, no ano de 2002. Desde então, apesar das dores recorrentes, o trabalhador vem exercendo suas funções. Mas recentemente, ao retornar ao trabalho, após atestado médico para afastamento de três dias, o torrista se apresentou à médica do Compartilhados, que diante dos resultados dos exames, entendeu que ele ainda não estava apto ao trabalho, emitindo atestado para

mais cinco dias de descanso. Mas na quarta-feira, 07/10, o companheiro foi chamado para uma reunião com as presenças de supervisores, gerência e o médico do CPT, que questionou o atestado dado pela outra médica da empresa, alegando que não concordava com os argumentos da colega, apesar do histórico de saúde do trabalhador e do diagnóstico comprovado por diversos exames.Além da falta de ética, o médico deixou claro com esta atitude

que tem algum problema pessoal com o trabalhador. O diretor de SMS do Sindipetro Bahia, Jorge Mota informa que o sindicato está tomando todas as providências em defesa do companheiro, que está sofrendo também com o assédio moral. “Nós vamos denunciar este médico junto ao CREMEB, dar ciência do caso à gerência, em Natal, e não descartamos a possibilidade de uma ação judicial contra a Petrobrás e este profissional de saúde”, afirma.

Médico tem postura antiética e persegue trabalhador

CPT/TAQUIPE

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13 de Outubro 2015 | nº 178 anos

diálogoJ O R N A L 4

Desde junho deste ano, a FUP vem apresentando propostas alternativas ao Plano de Negócios e Gestão da Petrobrás para o período 2015-2019. Nossas reivindicações foram apresentadas ao Conselho de Administração em 23 de junho de 2015 pelo representante dos trabalhadores, Deyvid Bacelar.

Posteriormente, por deliberação da Plenária Nacional da FUP, e das assembleias de trabalhadores, nossas reivindicações foram consolidadas na Pauta pelo Brasil e formalmente apresentada à empresa em 7 de julho de 2015. Em mais de uma ocasião, desde então, prestamos esclarecimentos sobre as nossas reivindicações, sem que a Petrobrás manifestasse a mais tênue vontade de negociar.

A Pauta pelo Brasil é vital para os trabalhadores porque o atual PNG implica em desemprego, em perda de direitos e em precarização das condições de trabalho, aumentando significativamente os riscos de acidentes, adoecimentos, mutilações e mortes. São nossas vidas, portanto, que estão em jogo.

Ainda assim, a Petrobrás age como se nada acontecesse e recusa-nos o Direito Humano Fundamental da Negociação Coletiva de Trabalho. Recusa parcial, além de descabida, pois com os bancos a empresa negociou e modificou o PNG. Para pior!

Enquanto assim procede, a Petrobrás ainda tenta forçar os trabalhadores a negociar o Acordo Coletivo de Trabalho, como se fosse possível ignorarmos as restrições de direitos, mudanças de regime punitivas e demais autoritarismos realizados pela empresa para impor seu Plano.

Rio de Janeiro, 07 de outubro de 2015

Direção Colegiada da Federação Única dos Petroleiros

Leiam criteriosamente e respondam, por favor:

a) Qual dos lados alega querer negociar, mas se recusa a discutir a pauta de reivindicações apresentada pelos trabalhadores, aprovada em Plenária Nacional e em assembleias?

b) Quem configurou uma “mesa de negociações” com gerentes de terceira linha, destituídos de poderes para decidir, caracterizando assim a inutilidade dos entendimentos?

c) Qual dos lados pretende falsamente “negociar” e convida o outro para uma sala de 2m x 2m?

d) Qual dos lados quer negociar segregando as demais empresas do Sistema Petrobrás, coisa nunca antes feita, numa clara demonstração de ruptura com o modelo de empresa integrada, característico da indústria mundial do petróleo?

e) Qual dos lados “quer negociar” rebaixando direitos?

Enfim, que cada trabalhador, próprio e terceirizado,da Petrobrás, das subsidiárias e da Fafen-PR responda: quem é o intransigente, afinal?

Boletim Informativodos Trabalhadores

do Sistema Petrobrás

E X P E D I E N T E Rua Boulevard América 55, Jardim Baiano, SSA/BA,CEP 40050-320 – Tel.: 71 3034-9313E-mail: [email protected] Site: www.sindipetroba.org.br

Diretores de Imprensa: Leonardo Urpia e Paulo César MartinTextos e Edição: Alberto Sobral e Carol de AthaydeEditoração: Márcio Klaudat Tiragem: 6.000 exemplares – Gráfica: Contraste

CARTA ABERTAAOS TRABALHADORES PRÓPRIOS E TERCEIRIZADOS DA PETROBRÁS, SUBSIDIÁRIAS E FAFEN-ARAUCÁRIA