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DIABETES MELLITUS Profa. Ms. Priscilla Sete de Carvalho Onofre

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DIABETES MELLITUS

Profa. Ms. Priscilla Sete de Carvalho Onofre

DIABETES

O Diabetes Mellitus (DM) é uma doença crônicas não transmissíveis (DCNT), de alta prevalência cujos fatores de risco e complicações representam hoje a maior carga de doenças em todo o mundo.

O DM é importante problema de saúde pública uma vez que é freqüente, está associado a complicações que comprometem a produtividade, qualidade de vida e sobrevida dos indivíduos

Ao lado da Hipertensão arterial é responsáveis pelas maiores taxas de morbimortalidade da população brasileira e de todo o mundo, gerando sofrimento pessoal e familiar, com alto custo financeiro e social.

DIABETES

O aumento da mortalidade cardiovascular dos

pacientes diabéticos está relacionada à agregação

de vários fatores de risco cardiovasculares, como

obesidade, hipertensão arterial (HA) e dislipidemia.

O esquema terapêutico do DM deve também levar

em consideração a presença destes fatores de

risco.

A HAS é cerca de duas vezes mais freqüente entre

os indivíduos diabéticos quando comparados à

população geral

DIABETES

O Diabetes melittus (DM) é uma alteração na

produção, ou ação da insulina, que é o principal

hormônio produzido pelo pâncreas.

A principal função da insulina é: manutenção

adequada da quantidade de glicose no sangue.

Dois tipos principais de DM

DIABETES

Dois tipos principais de DM:

Tipo 1 ou insulino-dependente:

destruição da célula beta pancreáticas,

geralmente ocasionando deficiência absoluta de

insulina.

Ocorre na maior parte na infância e adultos jovens e é

caracterizado pelo baixo nível de insulina.

Os motivos são ainda incertos acredita-se estar ligado

com a hereditariedade.

Necessita de insulina

Maiores chances de complicações crônicas.

DIABETES

Dois tipos principais de DM:

Tipo 2 ou não insulino-dependetes

Antes classificado como diabetes do adulto, porém hoje

muitos adultos jovens já desenvolvem a doença.

Maior prevalência em adultos acima dos 40 anos e obeso

Relacionado a dieta e atividade física

Há destruição de algumas células produtoras de insulinas,

graus variados de dependência.

O DM gestacional é a diminuição da tolerância à glicose, de

magnitude variável, diagnosticada pela primeira vez na

gestação, podendo ou não persistir após o parto. Abrange

os casos de DM e de tolerância à glicose diminuída

detectados na gravidez

DIAGNÓSTICO DA DM

Os procedimentos diagnósticos empregados são a

medida da glicose no soro ou plasma após jejum

de 8 a 12 horas e o teste padronizado de tolerância

à glicose (TTG) após administração de 75 gramas

de glicose anidra (ou dose equivalente, por

exemplo, 82,5 g de Dextrosol) por via oral, com

medidas de glicose no soro ou plasma nos tempos

0 e 120 minutos após a ingestão.

DIAGNÓSTICO DA DM

Categorias Jejum* 2 h após 75g glicose Casual**

Glicemia de jejum

alterada

> 110 e < 126 < 140 (se realizada)

Tolerância à glicose

diminuída

< 126 e ³ 140 e < 200

Diabetes mellitus ³ 126 ou > 200 ou ³ 200 (com sintomas

clássicos)***

Valores de glicose plasmática (em mg/dl) para diagnóstico de diabetes

mellitus e seus estágios pré-clínicos

* O jejum é definido como a falta de ingestão calórica de no mínimo 8 horas.

** Glicemia plasmática casual é definida como aquela realizada a qualquer hora do dia, sem

observar o intervalo da última refeição.

*** Os sintomas clássicos de DM incluem poliúria, polidipsia e perda inexplicada de peso.

Nota: O diagnóstico de DM deve sempre ser confirmado pela repetição do teste em

outro dia, a menos que haja hiperglicemia inequívoca com descompensação

metabólica aguda ou sintomas óbvios de DM.

DIAGNÓSTICO PRECOCE E RASTREAMENTO

Rastreamento seletivo é recomendado para:

Indivíduos com 45 anos de idade ou mais a cada três a cinco anos,

utilizando a glicose plasmática de jejum.

Sugere-se rastreamento mais freqüente (um a três anos) ou mais

precoce (antes dos 45 anos), quando:

Além da idade 45 anos, há presença adicional de dois ou mais fatores de risco

; (excesso de peso, HDL-c baixo, triglicérides elevados, HA e doença

cardiovascular);

DM gestacional prévio.

Sugere-se rastreamento anual ou mais freqüente nas seguintes

condições:

Glicemia de jejum alterada ou tolerância à glicose diminuída (anual na

suspeita de DM tipo 2 e mais freqüentemente na suspeita do DM tipo 1);

Presença de complicações compatíveis com DM;

Hipertensão arterial;

Doença coronariana

DIABETES

O tratamento em ambos os casos necessita de uma abordagem complexa e seu sucesso depende da motivação do paciente.

Os pacientes necessitam de acompanhamento multiprofissonal.

O tratamento do DM inclui as seguintes estratégias: educação, modificações do estilo de vida que incluem a suspensão do fumo, aumento da atividade física e reorganização dos hábitos alimentares e, se necessário, uso de medicamentos

E a educação em saúde é o pilar de sustentação de todo e qualquer programa no controle da diabetes.

DIABETES

Tratamento não- medicamentoso

Estimular realização de exercício físico de forma gradual

Redução do peso corporal

Educação Alimentar

Evitar gorduras

Fracionar dietas

EVITAR doces, quando consumidos, o limite é de 20 a 30g por dia de

açúcar de forma fracionada e substituindo outro carboidrato para evitar

o aumento calórico

Alimentação rica em fibras e vitaminas

Alimentos integrais

Evitar álcool (pois pode causar hipoglicemia)

Diferenciar Diet do Light - Os refrigerantes e as gelatinas dietéticas têm

valor calórico próximo de zero e podem ser consumidos. Por outro lado,

chocolate, sorvete, alimentos com glúten (pão, macarrão, biscoitos),

mesmo quando diet, são calóricos e seu uso não deve ser encorajado.

DIABETES

Tratamento medicamentoso

Quando somente o controle da dieta e atividade

física não conseguem controlar os níveis

glicêmicos, opta-se pela terapia medicamentosa.

Medicamentos orais com hipoglicemiantes orais:

sulfoniluréia, Biguanina, Glitazona, Arcabose, Metiglinida.

Alguns destes medicamentos podem ser encontrados em

forma combinada

DIABETES

Tratamento medicamentoso

Medicamento injetáveis = INSULINA

Existem diversos tipos de insulina que podem

ser utilizados, dependo da necessidade.

Os principais são:

Insulina ultra-rápida: redução de glicemias após as

refeições. Coloração transparente

Insulina regular (R): redução de glicemias após as

refeições. Coloração transparente

Insulina lenta (L) ou (NPH): tem como função imitar a

produção basal de insulina do nosso organismo.

Coloração leitosa.

DIABETES

Tratamento medicamentoso

Medicamento injetáveis = INSULINA

(subcutânea)

O armazenamento deve ser feito em

temperatura ambiente por até 6 semanas ou na

porta da geladeira (2 a 8°C).

Nunca pode ser congelada.

Retira-se da geladeira 30 minutos antes de

utilizar para diminuir a dor na aplicação.

DIABETES

Complicações agudas do Diabetes:

Hipoglicemia e Hiperglicemia

A hiperglicemia é gradual e se não tratada pode levar o

paciente ao coma

A Cetoacidose Hiperglicemica pode ocorrer

principalmente no DM tipo 1, no tipo2 raramente ocorre

DIABETES

Complicações agudas do Diabetes:

CETOSE E CETOASIDOSE

A cetose acontece quando o organismo usa os depósitos de

gordura como fonte energética (quando não há mais

carboidratos), acontece antes da cetoacidose.

Se não corrigida, na sequência ocorre o aumento dos cetoácidos

que levam a um distúrbio de acidose metabólica e acontece a

cetoacidose.

DIABETES

Complicações agudas do Diabetes:

A Cetoacidose pode ocorrer principalmente no DM tipo 1, no tipo 2

raramente acontece.

Os principais fatores precipitantes são: infecção, omissão da aplicação

de insulina, abuso alimentar, uso de medicações hiperglicemiantes e

outras intercorrências.

DIABETES

Complicações agudas do Diabetes:

A principio o paciente apresenta um quadro clínico semelhante ao

inicio do diabetes com poliúra, polidipsia, polifagia, e desidratação

leve. Com a maio relevação e maior duração da hiperglicemia, a

polifagia é substituída por anorexia, surgem náuseas e vômitos, a

desidratação se acentua, a respiração torna-se rápida e profunda,

aparece o hálito cetônico, o paciente torna-se irritado e pode

ocorrer dor abdominal simulando o abdome agudo.

O estágio mais grave é caracterizado por depressão do nível de

consciência (confusão, torpor, coma), sinais de desidratação

grave ou choque hipovolêmico, arritmia cardíaca e redução dos

movimentos respiratórios.

Garantir insulina próxima ao paciente para evitar que chegue em

cetoacidose

DIABETES

• Complicações crônicas do Diabetes:

– Vasculares e Neuropáticas – Vasculares:

• Microangiopatias – espessamento da membrana dos

capilares sanguíneos podendo ocasionar a perda da visão

(retinopatia diabética) e na sequência a insuficiência renal

(nefropatia diabética).

• Macroangiopatias – acomete circulação cerebral, cardíaca

e membros inferiores, podendo ocasionar doenças

coronarianas, cerebrais os vascular periférica (amputação de

membros, úlceras)

DIABETES

• Complicações crônicas do Diabetes:

– Vasculares e Neuropáticas – Neuropáticas:

• Mais comum das complicações crônicas

• Lesão das fibras nervosas levando a diminuição da

sensibilidade térmica e tátil, principalmente dos membros

inferiores.

Testes neurológicos.

Dolorosa Com pino, agulha ou palito

Táctil Com chumaço de algodão

Térmica Com cabo de diapasão 128 Hz

Motora Com martelo

Limiar percepção cutânea com - Monofilamento

• Complicações crônicas do Diabetes:

– Vasculares e Neuropáticas – Neuropáticas:

Cuidados com os “pés diabéticos”

Examinar os pés diariamente. Se necessário, pedir ajuda a familiar ou

usar espelho.

Avisar o médico se tiver calos, rachaduras, alterações de cor ou úlceras.

Vestir sempre meias limpas, preferencialmente de lã, algodão, sem

elástico.

Calçar sapatos que não apertem, de couro macio ou tecido. Não usar

sapatos sem meias.

Sapatos novos devem ser usados aos poucos. Usar inicialmente, em

casa, por algumas horas por dia.

Nunca andar descalço, mesmo em casa.

Lavar os pés diariamente, com água morna e sabão neutro. Evitar água

quente. Secar bem os pés, especialmente entre os dedos.

Após lavar os pés, usar um creme hidratante á base de lanolina, vaselina

liquida ou glicerina. Não usar entre os dedos

Cortar as unhas de forma reta, horizontalmente.

Não remover calos ou unhas encravadas em casa; procurar equipe de

saúde para orientação.