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DIAGNÓSTICO DA REDE DE PROTEÇÃO À MULHER VÍTIMA DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR NO MUNICÍPIO DE RIO BRANCO-ACRE Projeto Circulando pela Rede MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO ACRE 13ª Promotoria de Justiça Criminal de Rio Branco-Acre Especializada no Combate à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher Julho de 2012

Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

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Page 1: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

i

DIAGNÓSTICO DA REDE DE PROTEÇÃO À MULHER VÍTIMA

DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR NO MUNICÍPIO DE

RIO BRANCO-ACRE Projeto Circulando pela Rede

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO ACRE

13ª Promotoria de Justiça Criminal de Rio Branco-Acre Especializada no Combate à

Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher

Julho de 2012

Page 2: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

ii

ESTADO DO ACRE

MINISTÉRIO PÚBLICO

13ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA CRIMINAL DE RIO BRANCO-ACRE

ESPECIALIZADA NO COMBATE À VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR

CONTRA A MULHER

DIAGNÓSTICO DA REDE DE PROTEÇÃO À MULHER VÍTIMA DE

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR NO MUNICÍPIO DE RIO BRANCO-

ACRE

RELATÓRIO FINAL

1ª Versão

Julho de 2012

Page 3: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

iii

Procuradora-Geral de Justiça

Patrícia de Amorim Rêgo

Procuradora-Geral Adjunta para Assuntos Jurídicos, Administrativos e

Institucionais

Kátia Rejane de Araújo Rodrigues

Corregedor-Geral

Ubirajara Braga de Albuquerque

Subcorregedor-Geral

Álvaro Luís Araújo Pereira

Membros do Conselho Superior

Patrícia de Amorim Rêgo

Ubirajara Braga de Albuquerque

Edmar Azevedo Monteiro Filho

Kátia Rejane de Araújo Rodrigues

Gilcely Evangelista de Araújo Souza

Colégio de Procuradores

Patrícia de Amorim Rêgo

Kátia Rejane de Araújo Rodrigues

Ubirajara Braga de Albuquerque

Giselle Mubarac Detoni

Vanda Denir Milani Nogueira

Williams João Silva

Edmar Azevedo Monteiro Filho

Cosmo Lima de Souza

Oswaldo D´Albuquerque Lima Neto

Flávio Augusto Siqueira de Oliveira

Sammy Barbosa Lopes

Carlos Roberto da Silva Maia

Gilcely Evangelista de Araújo Souza

Álvaro Luiz Araújo Pereira

Page 4: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

iv

Coordenação da Pesquisa

Promotora de Justiça

Marcela Cristina Ozório

Equipe Técnica

Luciana de Carvalho Rocha Gadelha

Antonia Francisca de Oliveira

Ângela Maria Fernandes Fontes

Michele Mauri

Ruth Lucimar Gomes

Pesquisadores – Servidores

Agenaira Francielly Mariano

Catherine Lamar de Azevedo

Juliane Guedes Corrêa

Karoliny Rosas de Oliveira

Nair Braga

Nathan Moreira Vidal

Raphael Augusto de Lima Torres

Colaboração

Adelaide Maria Araújo Vieira

Risoleide Martins de Oliveira

Maria Helena Pedroza de Carvalho

Pesquisadores - Alunos de Psicologia da UNINORTE

Elizângela Santana Rodrigues

Gislay Cirino Fernandes

Hanna Izabel Ferreira Marçal

Irene Smangoszevski

Jaqueline Frota Pinheiro

Larissa Moreira Santana

Luzia Litiane Matos Lima

Silene da Silva Lima

Talita Carvalho Pinheiro

Tamires da Costa Honório

Colaboração

Econ. Msc. Orlando Sabino da Costa Filho

Page 5: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

v

AGRADECIMENTOS

O desenvolvimento dessa pesquisa contou com a colaboração da União Educacional do

Norte UNINORTE, através do Curso de Psicologia, por meio da Professora Kariny

Costa Gonçalves que considerou como parte de sua disciplina a atividade prática dos

alunos como pesquisadores. O número de questionários aplicados só foi possível graças

à dedicação dos alunos voluntários, que o fizeram com motivação e profissionalismo.

Aos servidores do Ministério Público que foram designados e cedidos pelos seus chefes

imediatos a participar como pesquisadores.

Ao Professor do Departamento de Economia da Universidade Federal do Acre MS

Orlando Sabino que colaborou com a definição da metodologia da pesquisa e revisou os

instrumentos de coleta de dados.

A Secretaria de Estado de Políticas para as Mulheres, por meio da técnica Amanda

Schoenmaker, que revisou os questionários e fez sugestões qualificadas quanto ao

conteúdo e a forma de apresentação.

A todos os gestores da Rede REVIVA que participaram da validação dos instrumentos

da pesquisa e colaboraram com a indicação dos profissionais a serem pesquisados nas

suas instituições.

As mulheres que gentilmente responderam as perguntas após serem vitimadas e estarem

emocionalmente frágeis.

Page 6: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

vi

Sumário

LISTA DE TABELAS .................................................................................................. VII

APRESENTAÇÃO ......................................................................................................... 12

1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 13

2. METODOLOGIA ................................................................................................... 15

3. RESULTADOS ....................................................................................................... 20

3.1 Informações Gerais dos Profissionais ....................................................................................... 20

3.2 Informações Gerais das Vítimas ........................................................................................................... 77

4. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES ............................................................. 119

ANEXOS ...................................................................................................................... 121

Page 7: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

vii

LISTA DE TABELAS

3.1 INFORMAÇÕES GERAIS DOS PROFISSIONAIS

22

3.1.1 Característica do profissional segundo sexo e grupos de idade em valores absolutos e

relativos da Rede e por Órgão 22

3.1.2 Característica do profissional segundo a escolaridade em valores absolutos e relativos da Rede

e por Órgão. 24

3.1.3 Características do profissional segundo religião e estado civil valores absolutos em relativos da

Rede e por Órgão. 26

3.1.4 Características do profissional segundo o seu vínculo empregatício e o tempo de atuação no

órgão em valores absolutos e relativos da Rede e por Órgão. 28

3.1.5 Outra atividade remunerada fora o seu órgão de origem 29

3.1.6 Carga horária de trabalho e faixa de salário do profissional em valores absolutos e relativos

da Rede e por Órgão 30

3.1 MOTIVAÇÃO DOS SERVIDORES 31

3.1.7 Motivação dos profissionais em valores absolutos e relativos por órgão da Rede 31

3.1 QUALIFICAÇÃO DOS PROFISSIONAIS 33

3.1.8 Qualificação dos profissionais da Rede, por órgão 33

3.1.9 Grupo de anos em que o profissional realizou a sua última capacitação sobre o tema Violência

Doméstica e Familiar contra a mulher, em valores absolutos e relativos da Rede e por Órgão 34

3.1 CONHECIMENTO DA LEI MARIA DA PENHA 36

3.1.10 Avaliação do profissional sobre o seu conhecimento da Lei Maria da Penha, tipos de

violência e medidas protetivas 36

3.1 ATUAÇÃO PROFISSIONAL 38

3.1.11 Percepção do profissional sobre sua capacitação voltada para administrar um diálogo e

orientar uma mulher vítima de violência doméstica e familiar 38

3.1 ATUAÇÃO PROFISSIONAL 40

3.1.12 Conhecimento do profissional sobre o documento "Enfrentamento à violência contra a

mulher orientação para profissionais e voluntários (as) de autoria de Bárbara Soares”. Pacto de

Page 8: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

viii

enfrentamento à Violência contra a mulher da Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres e

necessidade em aprender mais sobre o tema 40

3.1.13 Conhecimento do profissional sobre a Rede, quais são os serviços e onde estão localizados os

serviços de atendimento à mulher vítima de violência doméstica e familiar. 42

3.1 ATUAÇÃO PROFISSIONAL 44

3.1.14 Conhecimento do profissional sobre os procedimentos a serem adotados em cada caso de

violência contra a mulher 44

3.1 CONHECIMENTO DA REDE 47

3.1.15 Órgãos da Rede de atendimento à mulher vítima de violência doméstica e familiar que o

profissional conhece 47

3.1.16 Esclarecimento feito pelo profissional a mulher vítima de violência a respeito da rede de

atendimento e seus serviços às mulheres vítimas de violência doméstica e familiar 49

3.1 CONHECIMENTO DA VÍTIMA SOBRE A LEI MARIA DA PENHA NA

PERCEPÇÃO DOS PROFISSIONAIS 51

3.1.17 Percepção dos profissionais sobre o conhecimento das mulheres que procuram atendimento

nos seus Órgãos sobre a Lei Maria da Penha e suas medidas protetivas 51

3.1.18 Explicação do profissional sobre as medidas protetivas e uso dessas medidas pelas mulheres

vítimas de violência doméstica e familiar que são atendidas 53

3.1 INSTRUMENTOS DE GESTÃO 55

3.1.19 Existência de documento orientativo a seus profissionais sobre a forma adequada de

atendimento às mulheres vítimas de violência doméstica e familiar 55

3.1 INSTRUMENTOS DE GESTÃO 57

3.1.20 Existência no órgão de instrumento de controle a avaliação do atendimento e instrumento de

registro e cadastro de atendimento de mulheres vítimas de violência doméstica e familiar 57

3.1.21 Locais mais frequentes que os profissionais encaminham as mulheres vítimas de violência

doméstica e familiar 59

3.1 ARTICULAÇÃO DA REDE 61

3.1.22 Acompanhamento pelo profissional das mulheres vítimas de violência doméstica e familiar

que foram encaminhadas a outros órgãos 61

3.1 CONDIÇÕES DE TRABALHO 63

3.1.23 Condições das instalações físicas dos órgãos da Rede 63

Page 9: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

ix

3.1.24 Disponibilidade de equipamentos de trabalho, por órgão 64

3.1.25 Disponibilidade colaboradores por órgão 65

3.1 FINANCIAMENTO DO ÓRGÃO 66

3.1.26 Financiamento dos serviços do Órgão 66

3.1 INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO 67

3.1.27 Participação do Profissional na elaboração do Planejamento do Órgão 67

3.1 PROGRAMA DE QUALIFICAÇÃO PARA SERVIDORES 68

3.1.28 Existência de Programa de Capacitação de Profissionais no Órgão 68

3.1 CLIMA ORGANIZACIONAL 70

3.1.29 Relação pessoal da equipe no setor de trabalho do órgão da Rede 70

3.1 INTEGRAÇÃO DA REDE 71

3.1.30 Integração dos serviços de atendimento do Órgão 71

3.1.31 Integração dos serviços de atendimento do Órgão com os demais Órgãos da Rede 72

3.1 QUALIDADE DO ATENDIMENTO 73

3.1.32 Qualidade do atendimento às mulheres vítimas no setor de trabalho na percepção do

profissional 73

3.2 Informações Gerais das Vítimas 77

3.2 INFORMAÇÕES GERAIS 78

3.2.1 Informantes segundo grupo de idade, cor/raça, estado civil e religião, valores absolutos e

relativos em Rio Branco por Regional. 78

3.2.2 Informantes segundo a escolaridade, valores absolutos e relativos por Regional 80

3.2.3 Informantes segundo grupo ocupação, vínculo empregatício, faixa de renda familiar,

beneficiária de programas de transferência de renda ou outros benefícios, em valores absolutos e

relativos em Rio Branco por Regional. 82

3.2.4 Informantes segundo existência de filhos, quantidade de filhos, faixa de idade dos filhos e

quantidade de filhos do atual companheiro em valores absolutos e relativos em Rio Branco por

Regional. 84

Page 10: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

x

3.2.5 Informantes segundo consumo e frequência de substância psicoativa, em valores absolutos e

relativos em Rio Branco por Regional 86

3.2 VÍNCULO ENTRE VÍTIMA E O AUTOR DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

E FAMILIAR CONTRA A MULHER 88

3.2.6 Informantes segundo grau de proximidade com o autor de violência, tempo de relacionamento

e sexo do autor de violência em valores absolutos e relativos em Rio Branco por Regional. 88

3.2.7 Informante segundo a dependência financeira da vítima com o autor da violência em valores

absolutos e relativos, por Regional e Rio Branco 89

3.2 CARACTERIZAÇÃO DA VIOLÊNCIA SOFRIDA E VITIMIZAÇÃO 90

3.2.8 Informantes segundo o tipo e gravidade da violência sofrida, em valores absolutos e relativos

em Rio Branco por Regional. 90

3.2.9 Informantes segundo o local de ocorrência, em valores absolutos e relativos em Rio Branco

por Regional 92

3.2.10 Informantes segundo quantidade de vezes que foi vítima de violência e tempo em que sofreu

a primeira violência em dias/anos e em relação ao tempo de relacionamento com o autor da

violência em valores absolutos e relativos Em Rio Branco por Regional 94

3.2 CARACTERIZAÇÃO DO AUTOR DA VIOLÊNCIA E SITUAÇÃO DA

DENÚNCIA 97

3.2.11Informantes segundo o estado em que se encontrava o autor e sua condição de sanidade

mental, em valores absolutos e relativos em Rio Branco por Regional 97

3.2.12 Informantes segundo a quantidade de denúncias e procedimentos adotados em relação ao

autor referente a última violência praticada, em valores absolutos e relativos em Rio Branco por

Regional 99

3.2.13 Informantes segundo a situação do autor em relação à prática de outras violências, em

valores absolutos e relativos em Rio Branco por Regional 101

3.2.14 Informantes segundo medo de ser assassinada pelo autor que praticou a violência por

Regional 102

3.2.15 Informantes segundo a procura de ajuda para solucionar a situação de violência doméstica e

familiar em valores absolutos e relativos, por Regional e Rio Branco. 103

3.2.16 Informantes segundo o estímulo à vítima a não realização da denúncia/desistência ou

retirada da denúncia por profissionais dos órgãos da Rede no momento em que houve a procura

por ajuda 106

3.2 CONHECIMENTO DA LEI MARIA DA PENHA 108

Page 11: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

xi

3.2.17 Informantes segundo o conhecimento sobre a Lei Maria da Penha valores absolutos e

relativos por Regional e Rio Branco 108

3.2 CONHECIMENTO DA REDE DE ATENÇÃO À MULHER VÍTIMA DE

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR 109

3.2.18 Informantes segundo a forma com que souberam dos serviços de atendimento à mulher

vítima de violência 109

3.2.19 Informantes segundo a busca pelos serviços e encaminhamento de instituição e profissional à

mulher vítima de violência doméstica e familiar 110

3.2 QUALIDADE DOS SERVIÇOS PRESTADOS PELOS ÓRGÃOS DA REDE

DE ATENDIMENTO À MULHER VÍTIMA DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E

FAMILIAR 112

3.2.20 Informantes segundo os profissionais da Rede que atenderam a vítima, o interesse e o

preparo desses profissionais para a realização do atendimento em valores absolutos e relativos por

Regional e Rio Branco. 112

3.2.21 Informantes segundo a solução do problema relacionado a ocorrência atual e Instituições que

a vítima recorreu mais de uma vez para solucionar o mesmo problema 115

3.2.22 Informantes segundo a qualidade do atendimento nas instituições da Rede 116

3.2.23 Informantes segundo a satisfação do atendimento realizado pelos profissionais da rede que

prestaram o atendimento 117

3.2.24 Sugestões para melhorar na rede de atendimento à mulher vítima de violência na percepção

das mulheres vítimas. 117

Page 12: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

12

APRESENTAÇÃO

O Ministério Público do Acre, por meio da 13ª Promotoria de Justiça Criminal de Rio

Branco Especializada no combate à Violência Doméstica e Familiar contra a mulher

tomou a iniciativa de verificar o funcionamento dos órgãos que compõem a rede de

atendimento à mulher vítima de violência doméstica e familiar, em função de inúmeras

reclamações relacionadas à ineficácia, mau atendimento e muitas vezes revitimização

dessas mulheres.

A Rede de Cuidados no Enfrentamento à Violência contra a Mulher de Rio Branco

REVIVA começa a se formar no ano de 2002 e em 2009 define o seu fluxo de

atendimento para as mulheres, sob a orientação da Política Nacional de Enfrentamento à

Violência contra as Mulheres: atuação articulada entre instituições/serviços

governamentais, não governamentais e comunidade, visando à ampliação e a melhoria

da qualidade do atendimento; à identificação e encaminhamento adequado das

mulheres em situação de violência; e o desenvolvimento de estratégias efetivas de

prevenção. A constituição da rede de atendimento busca dar conta da complexidade da

violência contra as mulheres e do caráter multidimensional do problema, que perpassa

nas áreas, tais como: saúde, educação, segurança pública, justiça, assistência social,

cultura, entre outras1.

Esta pesquisa é dedicada a identificar os nós críticos na articulação dos órgãos públicos

executores das políticas públicas de atendimento às mulheres vítimas de violência

doméstica e familiar a partir da perspectiva dos profissionais e das vítimas, bem como o

grau de satisfação das mulheres que procuram os serviços públicos nos órgãos que formam

a Rede.

As análises dos dados servirão como arcabouço pragmático para aperfeiçoar a eficácia e

a eficiência dos investimentos públicos diante dos serviços direcionados a estes fins, sob

dois aspectos. O primeiro diz respeito à estruturação dos órgãos da Rede REVIVA e o

segundo como forma da sociedade civil entender o que de fato se configura como de

interesse comum entre os órgãos da Rede e quais os fatores mais requisitados ao Estado.

1 Política Nacional de Enfrentamento à Violência Contra Mulheres.

Page 13: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

13

1. INTRODUÇÃO

A violência contra as mulheres é um fenômeno que atinge indiscriminadamente pessoas

de todas as classes sociais, cor, idade e etnia. Pela ausência de dados e informações que

atestem essa afirmativa, historicamente é discutida sob a ótica da discriminação, da

desigualdade na posição social e de poder entre homens e mulheres.

A sutileza e a barbárie com que são praticados os crimes contra a mulher caminham

juntas. O conceito de violência adotado no âmbito das políticas públicas para as

mulheres foi construído na Convenção de Belém do Pará no ano de 1994. Classifica

como qualquer ação ou conduta baseada no gênero, que cause morte, dano ou

sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher, tanto no âmbito público como no

privado.

Em 2002 a Secretaria de Estado de Assistência Social, Secretaria Extraordinária de

Políticas para as Mulheres e Ministério Público, em parceria com Centro de Direitos

Humanos e Educação Popular - CDDHEP iniciam a formação da Rede de Cuidados no

Enfrentamento à Violência contra a Mulher de Rio Branco REVIVA. Em 2004 foi

assinado um termo de compromisso entre esses órgãos. No ano de 2009, a Rede define

o fluxo de atendimento e compõe o Comitê Gestor da Rede, coordenado pela Assessoria

da Mulher, do Gabinete do Governador. Nesse mesmo ano, o Governo do Estado assina

Decreto nº 4.148 de 20 de maio de 2009, instituindo O Pacto de Enfrentamento à

Violência contra a Mulher, cria a Câmara Técnica de Gestão Estadual e formaliza a

Rede.

Embora os órgãos da Rede de Atendimento às mulheres em situação de violência

estejam estruturados no município de Rio Branco, a articulação entre os serviços

prestados ainda não funcionam enquanto fluxo contínuo; os atendimentos são

fragmentados, fazendo com que as mulheres percorram o mesmo circulo várias vezes

sem uma resposta efetiva ao seu problema.

A pesquisa tem como objetivo identificar os nós críticos da rede, os problemas

relacionados à efetivação dos serviços e conhecer o nível de satisfação das mulheres

atendidas pelos órgãos que compõem a Rede.

Os entrevistados foram servidores dos órgãos públicos que fazem parte da Rede, que

responderam a quatro séries de perguntas. A primeira série diz respeito ao seu perfil

profissional, seu local de atuação, tipo de vínculo de trabalho, tempo de serviço, valor

de remuneração e carga horária de trabalho semanal. A segunda série trata da sua

capacitação para atuar no atendimento às mulheres vítimas de violência, onde o

profissional respondeu se conhece os principais instrumentos de defesa da mulher

vítima de violência e se o mesmo se sente capacitado para atuar na área. A terceira série

de perguntas está relacionada ao atendimento prestado à mulher vítima e quais os

procedimentos adotados. Por fim, o profissional discorre sobre a caracterização da

Page 14: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

14

instituição que atua, onde responderam questões relacionadas à integração da rede,

trabalho em equipe, condições de trabalho e financiamento dos serviços.

Do lado da vítima, que foram entrevistadas após serem atendidas na Delegacia

Especializada de Atendimento à Mulher DEAM, na Vara de Violência Doméstica e

Familiar contra a Mulher e na Casa Abrigo Mãe da Mata, as respostas foram

estruturadas em cinco séries. A primeira série tratou da identificação da vítima, onde

informaram sua idade, opção religiosa, estado civil, escolaridade, ocupação profissional,

faixa de renda familiar e quantidade de filhos. A segunda série de respostas foi

relacionada à caracterização da violência sofrida, destacando o perfil do autor, local da

violência, tempo de vitimização, procedimentos em relação ao autor e tipo e frequência

de violência sofrida. A terceira série de respostas foi sobre a busca pelo serviço e

amparo do Estado. As mulheres expressaram nessa série a qualidade do atendimento e

satisfação pelos serviços. Na quarta série da pesquisa as vítimas informaram sobre o

interesse dos profissionais em resolverem o problema e expressaram sobre o preparo do

profissional no ato do atendimento. Por fim, as mulheres informaram sobre o seu

conhecimento em relação aos seus direitos expressados na Lei Maria da Penha.

A identificação do tamanho da amostra dos profissionais foi feita com base em

informações prestadas pelos gestores dos órgãos da Rede sobre a quantidade de

servidores nos setores de atendimento à mulher vítima de violência. Para o grupo de

profissionais foram excluídos os estagiários, excetuando a Defensoria Pública, onde o

atendimento às vítimas é realizado preferencialmente por estagiários. Quanto às vítimas,

a pesquisa foi realizada no período de 18 de junho a 18 de julho, no horário das 08:00

horas às 18:00 horas durante a semana e em alguns horários dos finais de semana na

DEAM, nos dias e horários de audiência na Vara da Violência Doméstica e com 100%

das mulheres que estavam em regime de proteção temporária na Casa Abrigo Mãe da

Mata.

ÓRGÃOS DA REDE

PROFISSIONAIS QUE

ATENDEM

DIRETAMENTE A

VÍTIMA

AMOSTRA

(erro de 5%)

ABS %

Delegacia Especializada em Atendimento à

Mulher 28 5% 26

Centro Integrado de Operações de Segurança

Pública CIOSP - 190 50 9% 44

Instituto Médico Legal IML 6 1% 6

Maternidade Barbara Heliodora 21 4% 20

Hospital de Urgência e Emergência de Rio

Branco - HUERB 11 2% 11

Casa Rosa Mulher 4 1% 4

Casa Abrigo Mãe da Mata 13 2% 13

Centro de Referência Especializado em

Assistência Social - CREAS 3 1% 3

Centro de Referência da Assistência Social -

CRAS 28 5% 26

Page 15: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

15

Secretaria de Estado de Justiça e Direitos

Humanos 2 0% 2

Defensoria Pública do Estado 6 1% 6

Vara da Violência Doméstica 10 2% 10

Secretaria de Estado de Políticas para as

Mulheres 2 0% 2

Ministério Público do Estado do Acre 6 1% 6

UPAs 10 2% 10

Polícia Militar 386 66% 196

TOTAL 586 100% 385

Foram realizadas 381 entrevistas com os profissionais. Contudo, em órgãos de

fundamental importância para atendimento pleno das mulheres houve recusa de

servidores, com destaque para a Maternidade Bárbara Heliodora e a Polícia Militar.

Alguns profissionais não foram encontrados e outros informaram que não prestavam

atendimento a mulheres vítimas de violência. Destacamos que no decorrer da pesquisa,

as UPAS foram incluídas, por serem as unidades de primeiro atendimento da Rede de

Atenção Básica de Saúde. No caso da Polícia Militar, os questionários foram

respondidos pelos policiais, com o acompanhamento de seus respectivos Comandantes

em horários de troca de plantão.

No processo de análise dos resultados dos profissionais ter-se-á atenção quanto aos

desvios que porventura a Policia Militar possa ocasionar em função da elevada

quantidade de profissionais pesquisados. Faz-se necessário mencionar que a Polícia

Militar é o órgão que dispõe do maior número de profissionais que atendem diretamente

a mulher em situação de violência doméstica e familiar. Nos 5 (cinco) Batalhões

Regionais da PM estão lotados 770 policiais, inclusive exercendo funções

administrativas. A presente pesquisa considerou somente os profissionais que estão

atuando no atendimento de ocorrências, preferencialmente aqueles (as) que realizam

visitas solidárias às vítimas de crimes violentos contra a vida e reincidentes de violência

doméstica e familiar, sobretudo aquelas que estão sob medidas protetivas.

2. METODOLOGIA

Técnica Amostral

A técnica amostral utilizada para os profissionais foi à amostra estratificada. Foram

entrevistados somente profissionais que atendem diretamente à vítima seja no primeiro

atendimento ou recepção, na realização do serviço finalístico do órgão, voltado para o

atendimento à mulher vítima de violência doméstica e familiar ou encaminhamento da

vítima a outro órgão da Rede.

2.1 Recusas e Desvio dos questionários aplicados aos Profissionais em relação ao

tamanho da amostra

Page 16: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

16

ÓRGÃOS DA REDE AMOSTRA

(erro de 5%) REALIZADO DESVIO

Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher 26 33 7

Centro Integrado de Operações de Segurança Pública

CIOSP - 190 44 43 -1

Instituto Médico Legal IML 6 6 0

Maternidade Barbara Heliodora 20 9 -11

Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco -

HUERB 11 11 0

Casa Rosa Mulher 4 3 -1

Casa Abrigo Mãe da Mata 13 12 -1

Centro de Referência Especializado em Assistência

Social - CREAS 3 3 0

Centro de Referência da Assistência Social - CRAS 26 30 4

Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos 2 3 1

Defensoria Pública do Estado 6 6 0

Vara da Violência Doméstica 10 10 0

Secretaria de Estado de Políticas para as Mulheres 2 1 -1

Ministério Público do Estado do Acre 6 6 0

UPAS 10 10 0

Polícia Militar 196 195 -1

TOTAL 384 381 -3

No caso das vítimas adotou-se a técnica amostral intencional não probabilística,

escolhidas intencionalmente as mulheres a serem entrevistadas. A amostra corresponde

àquelas mulheres que foram vítimas de violência doméstica e familiar no período de 18

de junho a 18 de julho de 2012, que registraram boletim de ocorrência na Delegacia

Especializada de Atendimento à Mulher DEAM; as que foram ouvidas em audiência na

Vara da Violência Doméstica e aquelas que estavam em proteção temporária na Casa

Abrigo Mãe da Mata. Excetuando mulheres que não estavam dispostas a responder as

perguntas, todas foram entrevistadas.

No total foram entrevistadas 123 vítimas na DEAM, 48 mulheres na Vara da Violência

Doméstica e 5 mulheres da Casa Abrigo Mãe da Mata, totalizando 176 mulheres

vítimas de violência doméstica e familiar no período.

O Horário das entrevistas na DEAM foi das 8h às 18h durante os dias da semana, de

forma que os horários de maior frequência de registro, que foi a partir das 18h às 24h

ficou descoberto. Nos finais de semana não foi possível fazer a cobertura total dos 4

finais de semana. Foram registradas 270 ocorrências de violência doméstica e familiar

contra a mulher na DEAM no período da pesquisa, totalizando 46% (123 vítimas) das

mulheres entrevistadas na DEAM. Destaque-se que na Regional II, 34% das mulheres

residem na área rural, sendo 12 vítimas do Belo Jardim I e II e 2 do Assentamento

Benfica. Cabe destacar que a DEAM não é uma unidade que atende exclusivamente os

Page 17: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

17

casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, mas todas as naturezas de

ocorrências, sendo esta uma porta de entrada da policia judiciária.

Regionais Número de Mulheres Pesquisadas

na DEAM

Regional I 4

Regional II 41

Regional III 15

Regional IV 29

Regional V 32

Outras Localidades 2

Margem de erro

A técnica de amostragem estratificada (para profissionais) consistiu em dimensionar o

tamanho da amostra, de modo a garantir um nível de confiança de 95%, com margem de

erro por cada órgão de 5%.

Órgãos Pesquisados

Centros de Referência – Casa Rosa Mulher: é um espaço de

acolhimento/atendimento psicológico e social, orientação e encaminhamento

Jurídico. A casa Rosa Mulher desenvolve ainda cursos profissionalizantes.

9 9 8

11 11

5

13

16

6 5

8 7

10 9

8

6

10 10

8

10

14

11

8 8 7

8

5

13

5 5

7

5 4

2 3 3

0 0

3 3

1

3

6

0

11

4

7

10

1

3 3

10 9 9

4 3

4 5

2 3

2

0 0

4

8

12

16

18

/ju

n

19

/ju

n

20

/ju

n

21

/ju

n

22

/ju

n

23

/ju

n

24

/ju

n

25

/ju

n

26

/ju

n

27

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n

28

/ju

n

29

/ju

n

30

/ju

n

01

/ju

l

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/ju

l

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l

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/ju

l

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/ju

l

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l

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l

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/ju

l

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/ju

l

10

/ju

l

11

/ju

l

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l

13

/ju

l

14

/ju

l

15

/ju

l

16

/ju

l

17

/ju

l

18

/ju

l

QU

AN

TID

AD

E

DATA

QUESTIONÁRIOS APLICADOS E QUANTIDADE DE OCORRÊNCIAS POR DIA DE 18/6 A 18/7

OCORRÊNCIAS QUESTIONÁRIOS APLICADOS

Page 18: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

18

Casa Abrigo Mãe da Mata: é um local seguro que oferece moradia protegida

transitória e atendimento integral às mulheres em situação de risco eminente em

razão da violência doméstica.

Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher – DEAM: unidade

especializada de Polícia Civil. Tem caráter preventivo e repressivo.

Defensoria Pública: tem a finalidade de dar assistência jurídica, orientar e

encaminhar as mulheres em situação de violência.

Vara de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher: são órgãos de justiça

Ordinária com competência cível e criminal.

Central de Atendimento à Mulher – CIOSP 190: é um serviço do Governo

Federal que auxilia e orienta as mulheres em situação de violência, através de

discagem telefônica direta.

Centros de Referência da Assistência Social – CRAS: em Rio Branco são 7

unidades, sendo um em cada regional urbana do município. Fazem parte do

Programa de Atenção Integral à Família e desenvolvem serviços básicos

continuados e ações de caráter preventivo para famílias em situação de

vulnerabilidade social (proteção básica).

Centro de Referência Especializado de Assistência Social –CREAS: localizado

no centro da cidade de Rio Branco, a instituição oferece serviços de proteção

social especial de média complexidade, especializados e continuados a famílias

e indivíduos em situação de ameaça ou violação de direitos como violência

física e psicológica. Os serviços ofertados no CREAS devem ser desenvolvidos

de modo articulado com a rede de serviços da assistência social, órgãos de

defesa de direitos e das demais políticas públicas.

Centro de Reabilitação do Agressor: será implantado na Secretaria de Estado de

Direitos Humanos, por meio do Projeto Ser Homem. Será um espaço de

atendimento e acompanhamento de homens autores de violência contra a

mulher, que deverão ser encaminhados dos Juizados Especiais de Violência

Doméstica e Familiar e demais juizados e varas.

Polícia Militar: é responsável pelo registro de qualquer ocorrência de violência e

por ações de prevenção e repressão à violência. Geralmente é o policial militar

que realiza o primeiro atendimento, na maioria das vezes na residência da vítima

em situação de flagrante.

Instituto Médico Legal: atende as mulheres que sofrem violência física, seja ela

sexual ou não. Coleta de provas que serão necessárias ao processo judicial e

condenação do agressor.

Page 19: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

19

Serviços de Saúde em casos de violência sexual - Maternidade Barbara

Heliodora: responsável pelo acolhimento, prevenção e tratamento de agravos

resultantes de violência sexual. Presta serviços de assistência médica,

enfermagem, psicológica e social, inclusive a interrupção de gravidez prevista

em Lei em caso de estupro.

Serviço de Saúde em caso de violência física – Serviço de Urgência e

Emergência Pronto Socorro HUERB e Unidade de Pronto Atendimento 24 horas

- UPA Tucumã e UPA Segundo Distrito: responsáveis pelo atendimento médico

e ambulatorial às mulheres vítimas de qualquer violência física. É obrigatório o

preenchimento da ficha de notificação do Sistema de Informação de Agravos de

Notificação para os casos de violência doméstica, sexual e/ou outras violências,

do Ministério da Saúde.

Secretaria de Estado de Política para as Mulheres – responsável pela articulação

e execução de políticas para as mulheres.

Acesso ao Entrevistado

As entrevistas foram realizadas com pessoas físicas no seu local de trabalho para o caso

dos profissionais. Já as vítimas foram entrevistadas na saída do atendimento na DEAM

e Vara de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher e as mulheres em situação de

proteção provisória, as entrevistas foram realizadas na Casa Abrigo Mãe da Mata.

Instrumentos de Coleta

As informações foram colhidas a partir de dados primários, por meio de dois

questionários, sendo um para profissionais, composto por 66 questões e uma para

vítimas, composto por 72 questões. As perguntas em relação a vitimização das mulheres

foram referentes à última ocorrência, a que as motivou a registrar o fato.

Tratamento dos Dados Coletados

Coletados os dados, foi dado um tratamento de tabulação na ferramenta Google Doc ,

on line, para a construção do banco de dados. Essa ferramenta permite a importação de

dados e a formação em tabelas Access e Excel para a saída de resultados, que balizam o

presente relatório.

Page 20: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

20

3. RESULTADOS

3.1 Informações Gerais dos Profissionais

Foram entrevistados 382 profissionais que atuam na Rede de Atendimento à mulher

vítima de violência doméstica e família. Desse total dos profissionais, 71,20% está na

área da segurança pública, o que é possível supor que esse tema, no “jargão policial”, é

caso de polícia. A Polícia Militar responde expressivamente por 51,05% do total dos

profissionais; o Centro de Operações Integradas de Segurança Pública CIOSP,

responsável pela gestão das chamadas e encaminhamento de emergência policial 190,

possuem 11,52% dos profissionais da Rede, entre policiais civis, militares e bombeiros

militares; já a DEAM possui em seus quadros 8,64% dos profissionais da Rede.

Quanto às políticas de assistência social promovidas no âmbito da Rede pelos CREAS,

CRAS e Casa Abrigo Mãe da Mata, a participação dos profissionais correspondeu a

11,78%, sendo o CRAS com 7,85% do total dos profissionais proporcionalmente em

seus quadros; a Casa Abrigo Mãe da Mata com 3,14% proporcionalmente dos

profissionais da Rede e o CREAS, com a menor participação na Rede, respondendo por

0,79% dos profissionais entrevistados.

Já a área de justiça, formada pela Defensoria Pública do Estado, Ministério Público do

Estado do Acre e Vara da Violência Doméstica possuem 5,76% proporcionalmente dos

profissionais da Rede que atendem diretamente a mulher vítima de violência doméstica

e familiar, nas funções de recepção, atendimento específico na sua área de atuação e/ou

encaminhamento a outros órgãos da Rede. A Vara de Violência Doméstica possui

proporcionalmente o maior quadro entre os órgãos dessa área, com 10 profissionais,

respondendo por 2,62% dos profissionais da Rede. Já na Defensoria Pública e a

Promotoria Especializada de Violência Doméstica do Ministério Público do Ministério

Público foram entrevistados igualmente 6 (1,57%) profissionais, sendo que esse total

corresponde, no caso da Promotoria MP ao total de seus servidores.

Já na área da saúde foram entrevistados 36 profissionais, considerados insuficiente

tendo em vista o universo deles nos quatro órgãos de atendimento à mulher – HUERB,

Maternidade, UPAs Tucumã e Segundo Distrito e IML. Particularmente nessa área as

profissionais do MP que circularam pela rede fazendo o levantamento quantitativo e

qualitativos dos profissionais para a definição do tamanho da amostra tiveram

dificuldade em identifica-los, por dois motivos: (1) os profissionais não se identificaram

como sujeitos integrantes da Rede, por isso rejeitaram ser entrevistados; (2) a rede de

atendimento de saúde não possui um protocolo ou rotinas que permitam identificar os

caminhos que a paciente deve percorrer, nem tampouco conhecem os protocolos

obrigatórios do Ministério da Saúde- SINAN, como é o caso do preenchimento da ficha

de notificação/investigação individual de violência doméstica, sexual e/ou outras

violências, por essa razão não foi possível identificar pontualmente os profissionais.

Nesse caso específico, com o auxílio do setor de Vigilância Epidemiológica do HUERB

e da Maternidade, que faz busca ativa dos pacientes e conhece os profissionais com

Page 21: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

21

maior sensibilidade para conversar sobre o tema, foi possível identificar nesses locais os

profissionais, entre médicos, assistentes sociais, enfermeiros e auxiliar de enfermagem

que se dispuserem a responder o questionário. Os 36 profissionais correspondem a 9,4%

do total dos profissionais da Rede entrevistados, sendo 2,62% das duas UPA; 2,88%

correspondem aos profissionais do HUERB, 2,36% dos profissionais do Maternidade e

1,57 do IML.

Com relação aos profissionais dos órgãos executores de políticas públicas, como a Casa

Rosa Mulher, vinculada a Coordenadoria Municipal da Mulher, Secretaria de Estado de

Polícias para as Mulheres e Secretaria de Estado de Direitos Humanos, o total de

profissionais entrevistados que realiza o atendimento direto a mulher vítima de

violência doméstica representa 1,83%, são coordenadores de projetos e equipes

executoras.

Os profissionais do sexo masculino são maioria na Rede, com 53,66% do total. Há que

se destacar que 80% deles estão concentrados na Polícia Militar, o restante (20%) está

distribuído entre os demais órgãos da Rede. Excetuando os órgãos de segurança pública,

o CREAS é o órgão que possui o maior percentual de homens (2,44%) entre os demais

serviços da Rede.

Ainda em relação ao sexo do profissional, a Casa Abrigo Mãe da Mata, Casa Rosa

Mulher e SepMulheres não possuem nenhum profissional de atendimento do sexo

masculino. Nas instituições de saúde, os profissionais do sexo masculino,

principalmente os médios, não se sentiram habilitados a responder ao questionário.

Os profissionais do sexo feminino representam 46,07% do total das 381 pessoas

entrevistadas. Pelo tamanho da amostra, a Polícia Militar responde pela maior parcela,

com 17,61% dos profissionais, seguida pelo CIOSP, com 17,05% do total de mulheres

da Rede; o CRAS, aparece com 14,20% do total de mulheres da Rede.

A faixa etária predominante dos profissionais da Rede é de 25 a 34 anos de idade,

totalizando 42,93% do total dos profissionais entrevistados. A faixa etária entre 35 e 44

anos de idade também é expressiva, correspondendo a 24,61%. A equipe que é

responsável pelo atendimento, de uma maneira geral, é jovem, sobretudo os

profissionais da Policia Militar, que apresentou um percentual significativo, talvez

sejam os policiais contratados no último concurso da instituição.

Chama a atenção ainda na Tabela abaixo da faixa etária, os profissionais com idade

igual ou superior a 55 anos de idade. A DEAM apresentou 50% dos seus profissionais

nesse extrato. Por ser a porta de entrada das mulheres em condição de violência

doméstica e familiar, há que se repensar a sobre uma renovação dessa equipe.

Page 22: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

22

3.1 Informações Gerais dos Profissionais

3.1.1 Característica do profissional segundo sexo e grupos de idade em valores absolutos e relativos da Rede e por Órgão

Rede e Órgãos Total

sexo Faixa Etária

Masculino Feminino 18 a 24 anos de

idade

25 a 34 anos de

idade

35 a 44 anos de

idade

45 a 54 anos de

idade

55 ou mais

anos de idade

NÃO

INFORMOU

Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. %

REDE 382 - 205 53,66% 176 46,07% 35 9,16% 164 42,93% 94 24,61% 46 12,04% 12 3,14% 30 7,85%

CASA MÃE DA

MATA 12 3,14% 0 0,00%

12 6,82%

1 2,86%

2 1,22%

0 0,00%

8 17,39%

1 8,33%

0 0,00%

Casa Rosa

Mulher 3 0,79% 0 0,00%

3 1,70%

0 0,00%

0 0,00%

2 2,13%

1 2,17%

0 0,00%

0 0,00%

CIOSP 44 11,52% 13 6,34% 30 17,05% 13 37,14% 21 12,80% 3 3,19% 3 6,52% 0 0,00% 3 10,00%

CRAS 30 7,85% 5 2,44% 25 14,20% 1 2,86% 12 7,32% 10 10,64% 6 13,04% 1 8,33% 0 0,00%

CREAS 3 0,79% 1 0,49% 2 1,14% 0 0,00% 2 1,22% 0 0,00% 1 2,17% 0 0,00% 0 0,00%

DEAM 33 8,64% 12 5,85% 21 11,93% 3 8,57% 16 9,76% 4 4,26% 2 4,35% 6 50,00% 2 6,67%

Defensoria

Pública do Estado

do Acre

6 1,57% 2 0,98%

4

2,27%

3

8,57%

2

1,22%

1

1,06%

0

0,00%

0

0,00%

0

0,00%

HUERB 11 2,88% 2 0,98% 9 5,11% 0 0,00% 6 3,66% 4 4,26% 0 0,00% 0 0,00% 1 3,33%

IML 6 1,57% 1 0,49% 5 2,84% 1 2,86% 1 0,61% 1 1,06% 1 2,17% 1 8,33% 1 3,33%

Maternidade 9 2,36% 1 0,49% 8 4,55% 0 0,00% 3 1,83% 3 3,19% 1 2,17% 0 0,00% 2 6,67%

Polícia Militar 195 51,05% 164 80,00% 31 17,61% 10 28,57% 84 51,22% 58 61,70% 21 45,65% 2 16,67% 20 66,67%

Promotoria de

Violência

Doméstica

6 1,57% 1 0,49%

5

2,84%

0

0,00%

5

3,05%

1

1,06%

0

0,00%

0

0,00%

0

0,00%

SEJUDH 3 0,79% 1 0,49% 2 1,14% 1 2,86% 1 0,61% 1 1,06% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00%

SEPMulheres 1 0,26% 0 0,00% 1 0,57% 0 0,00% 1 0,61% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00%

UPA 10 2,62% 0 0,00% 10 5,68% 0 0,00% 5 3,05% 4 4,26% 1 2,17% 0 0,00% 0 0,00%

Vara de

Violência

Doméstica

10 2,62% 2 0,98%

8

4,55%

2

5,71%

3

1,83%

2

2,13%

1

2,17%

1

8,33%

1

3,33%

Page 23: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

23

Quanto à escolaridade dos profissionais, 50,79% dos entrevistados possuem curso

superior completo; 24,08% possuem curso superior incompleto. Do total dos servidores

por órgão entrevistado, a Promotoria de Violência Doméstica e o HUERB possuem o

maior percentual dos profissionais do seu quadro com graduação completa, 83% e 82%

respectivamente.

Dos 6 profissionais com ensino fundamental incompleto, 50% deles estão na PM e os

demais estão na Casa Abrigo Mãe da Mata (2 profissionais) e Casa Rosa Mulher (1

profissional da recepção).Os profissionais com ensino fundamental completo é quase

inexistente, constando somente 2 policiais da PM.

Já os profissionais com ensino médio incompleto foram entrevistados 1 policial na

DEAM e 7 policiais na PM.

Os profissionais com ensino médio completo possui participação levemente expressiva,

pois responde por 20,68% dos profissionais entrevistados. Os órgãos que inexistem

profissionais nesse extrato são a Casa Rosa Mulher, a Defensoria Pública do Estado, o

Instituto Médico Legal IML, a SEJUD e a SEPMulheres.

Page 24: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

24

3.1 Informações Gerais dos Profissionais

3.1.2 Característica do profissional segundo a escolaridade em valores absolutos e relativos da Rede e por Órgão.

Rede e Órgãos Total

Ensino

Fundamental

Incompleto

Ensino Fundamental

Completo

Ensino Médio

Incompleto

Ensino Médio

Completo

Ensino Superior

Incompleto

Ensino Superior

Completo

Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. %

REDE 382 - 6 1,57% 2 0,52% 8 2,09% 79 20,68% 92 24,08% 194 50,79%

CASA MÃE DA MATA 12 3,14% 2 33,33% 0 0,00% 0 0,00% 2 2,53% 4 4,35% 4 2,06%

Casa Rosa Mulher 3 0,79% 1 16,67% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 2 1,03%

CIOSP 44 11,52% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 8 10,13% 16 17,39% 19 9,79%

CRAS 30 7,85% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 3 3,80% 4 4,35% 23 11,86%

CREAS 3 0,79% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 1 1,27% 1 1,09% 1 0,52%

DEAM 33 8,64% 0 0,00% 0 0,00% 1 12,50% 6 7,59% 8 8,70% 18 9,28%

Defensoria Pública do Estado do Acre 6 1,57% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 4 4,35% 2 1,03%

HUERB 11 2,88% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 2 2,53% 0 0,00% 9 4,64%

IML 6 1,57% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 3 3,26% 3 1,55%

Maternidade 9 2,36% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 1 1,27% 1 1,09% 7 3,61%

Polícia Militar 195 51,05% 3 50,00% 2 100,00% 7 87,50% 52 65,82% 48 52,17% 83 42,78%

Promotoria de Violência doméstica 6 1,57% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 1 1,27% 0 0,00% 5 2,58%

SEJUDH 3 0,79% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 1 1,09% 2 1,03%

SEPMulheres 1 0,26% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 1 0,52%

UPA 10 2,62% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 2 2,53% 0 0,00% 8 4,12%

Vara de Violência Doméstica 10 2,62% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 1 1,27% 2 2,17% 7 3,61%

Page 25: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

25

Em relação opção religiosa dos profissionais predominou a religião evangélica,

representando 48,43% dos profissionais entrevistados. A Polícia Militar possui a maior

representação entre os órgãos da Rede, com 54,59% do total. Os católicos

representaram 35,86% dos profissionais da Rede, outras religiões representaram 5,73%

dos informantes e os que se declararam sem religião foram 9,69% dos profissionais da

Rede.

A maior representação de servidores evangélicos no âmbito de suas instituições,

considerando o total de profissionais entrevistados foi a Casa Rosa Mulher (67% dos

profissionais do órgão entrevistado); seguida do HUERB (64% dos profissionais do

órgão entrevistado). Quanto aos católicos, entre os servidores entrevistados em cada

instituição, o CREAS é o órgão que mais apresentou profissionais dessa religião.

Quanto ao estado civil dos servidores entrevistados, 57,33% se declararam casados ou

vivendo em união estável com seus (as) companheiros (as).

Page 26: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

26

3.1 Informações Gerais dos Profissionais

3.1.3 Características do profissional segundo religião e estado civil valores absolutos em relativos da Rede e por Órgão.

Rede e Órgãos Total

Religião Estado Civil

Católico Evangélico Outras religiões Não tem religião Solteiro Casado + União

Estável

Separado +

Divorciado Viúvo

Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. %

REDE 382 - 137 35,86% 185 48,43% 22 5,76% 37 9,69% 125 32,72% 219 57,33% 35 9,16% 3 0,79%

CASA MÃE DA MATA 12 3,14% 5 3,65% 5 2,70% 1 4,55% 1 2,70% 3 2,40% 6 2,74% 2 5,71% 1 33,33%

Casa Rosa Mulher 3 0,79% 1 0,73% 2 1,08% 0 0,00% 0 0,00% 1 0,80% 2 0,91% 0 0,00% 0 0,00%

CIOSP 44 11,52% 14 10,22% 27 14,59% 0 0,00% 2 5,41% 16 12,80% 26 11,87% 2 5,71% 0 0,00%

CRAS 30 7,85% 12 8,76% 14 7,57% 3 13,64% 1 2,70% 10 8,00% 15 6,85% 5 14,29% 0 0,00%

CREAS 3 0,79% 2 1,46% 0 0,00% 1 4,55% 0 0,00% 2 1,60% 1 0,46% 0 0,00% 0 0,00%

DEAM 33 8,64% 10 7,30% 12 6,49% 3 13,64% 8 21,62% 12 9,60% 16 7,31% 5 14,29% 0 0,00%

Defensoria Pública do

Estado do Acre 6 1,57% 3 2,19%

1 0,54%

1 4,55%

1 2,70%

4 3,20%

2 0,91%

0 0,00%

0 0,00%

HUERB 11 2,88% 4 2,92% 7 3,78% 0 0,00% 0 0,00% 2 1,60% 6 2,74% 3 8,57% 0 0,00%

IML 6 1,57% 3 2,19% 2 1,08% 1 4,55% 0 0,00% 3 2,40% 3 1,37% 0 0,00% 0 0,00%

Maternidade 9 2,36% 2 1,46% 3 1,62% 3 13,64% 1 2,70% 2 1,60% 7 3,20% 0 0,00% 0 0,00%

Polícia Militar 195 51,05% 65 47,45% 101 54,59% 7 31,82% 22 59,46% 61 48,80% 115 52,51% 17 48,57% 2 66,67%

Promotoria de violência

doméstica 6 1,57% 3 2,19%

3 1,62%

0 0,00%

0 0,00%

1 0,80%

5 2,28%

0 0,00%

0 0,00%

SEJUDH 3 0,79% 2 1,46% 0 0,00% 1 4,55% 0 0,00% 0 0,00% 3 1,37% 0 0,00% 0 0,00%

SEPMulheres 1 0,26% 1 0,73% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 1 0,46% 0 0,00% 0 0,00%

UPA 10 2,62% 5 3,65% 5 2,70% 0 0,00% 0 0,00% 3 2,40% 7 3,20% 0 0,00% 0 0,00%

Vara de Violência

Doméstica 10 2,62%

5 3,65%

3 1,62%

1 4,55%

1 2,70%

5 4,00%

4 1,83%

1 2,86%

0 0,00%

Page 27: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

27

Quanto ao vínculo empregatício dos profissionais entrevistados, 80,63% são servidores

concursados. As instituições que apresentaram 100% dos seus profissionais concursados

entre os entrevistados no órgão são o CREAS, A Polícia Militar e as UPAs Tucumã e

Segundo Distrito. Não foram entrevistados profissionais concursados na SEJUDH e

SEPMulheres. Nos CRAS, a pesquisa revelou que 80% do total dos profissionais

pesquisados no órgão são efetivos, contratados por meio de concursos; 13% dos

profissionais são contratados em regime provisório e 7% são terceirizados.

Os profissionais contratados provisoriamente responderam 8,90% do total dos

profissionais entrevistados. Dos entrevistados, não houve declaração de profissional

provisório no CREAS, Polícia Militar e UPAs.

Nos quadros funcionais dos órgãos, os que se destacaram por possuir a maior

quantidade de contratos provisórios entre os servidores entrevistados foram:

SEPMulheres (100% provisório); Promotoria de Violência Doméstica (83% provisório);

Vara da Violência Doméstica (80% provisório), Casa Rosa Mulher (67% provisório);

SEJUDH (67% provisório), Defensoria Pública do Estado (33% provisório) e IML

(33% provisório).

Quanto aos profissionais terceirizados, a pesquisa revelou que 9,16% dos profissionais

atuantes na Rede estão contratados nesse regime. O CIOSP praticamente funciona sob

essas condições, com 59% do total dos profissionais entrevistados no órgão; seguido da

SEJUDH, com 33% do total dos profissionais do órgão entrevistados; e DEAM com

18% do total dos profissionais entrevistados vinculados por meio de contratos

terceirizados.

Como é possível perceber, excetuando a Polícia Militar e a área de Saúde, os demais

órgãos da Rede são instáveis, quando observa o seu quadro funcional: ou funcionam

enquanto projeto ou os profissionais que atendem diretamente as mulheres vítimas de

violência atuam rotativamente, sob algum tipo de supervisão, pontualmente.

Quanto ao tempo de serviço, e considerando as formas de contratação dos profissionais,

o tempo de serviço mais expressivo foi entre 1 e 5 anos, respondendo por 46,34% entre

os extratos.

Dos profissionais entrevistados, 26,98% prestam serviço há mais de 10 anos na

instituição.

Em relação aos profissionais com menos de 1 ano de atuação no órgão, do total dos

informantes, 10,73% estão nesse extrato e 15,71% estão na casa dos 6 e 10 anos de

atuação no órgão.

Page 28: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

28

3.1 Vínculo, tempo de serviço e remuneração dos servidores

3.1.4 Características do profissional segundo o seu vínculo empregatício e o tempo de atuação no órgão em valores absolutos e relativos

da Rede e por Órgão.

Rede e Órgãos Total

Vínculo Empregatício Tempo de Atuação no Órgão

Concursado Provisório Terceirizado

+Projeto Outros Menos de 1 ano Entre 1 e 5 anos Entre 6 e 10 anos

Acima de 10

anos

Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. %

REDE 382 - 308 80,63% 34 8,90% 35 9,16% 5 1,31% 41 10,73% 177 46,34% 60 15,71% 103 26,96%

CASA MÃE DA

MATA 12 3,14%

9 2,92%

2 5,88%

0 0,00%

1 20,00%

3 7,32%

8 4,52%

0 0,00%

1 0,97%

Casa Rosa Mulher 3 0,79% 1 0,32% 2 5,88% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 2 1,13% 0 0,00% 1 0,97%

CIOSP 44 11,52% 18 5,84% 0 0,00% 26 74,29% 0 0,00% 9 21,95% 21 11,86% 7 11,67% 6 5,83%

CRAS 30 7,85% 24 7,79% 4 11,76% 2 5,71% 0 0,00% 5 12,20% 23 12,99% 2 3,33% 0 0,00%

CREAS 3 0,79% 3 0,97% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 1 2,44% 2 1,13% 0 0,00% 0 0,00%

DEAM 33 8,64% 23 7,47% 4 11,76% 6 17,14% 0 0,00% 3 7,32% 19 10,73% 5 8,33% 6 5,83%

Defensoria Pública do

Estado do Acre 6 1,57%

2 0,65%

2 5,88%

0 0,00%

2 40,00%

3 7,32%

1 0,56%

1 1,67%

1 0,97%

HUERB 11 2,88% 10 3,25% 1 2,94% 0 0,00% 0 0,00% 1 2,44% 6 3,39% 3 5,00% 1 0,97%

IML 6 1,57% 2 0,65% 2 5,88% 0 0,00% 2 40,00% 3 7,32% 2 1,13% 0 0,00% 1 0,97%

Maternidade 9 2,36% 8 2,60% 1 2,94% 0 0,00% 0 0,00% 3 7,32% 5 2,82% 1 1,67% 0 0,00%

Polícia Militar 195 51,05% 195 63,31% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 73 41,24% 39 65,00% 83 80,58%

Promotoria de

violência doméstica 6 1,57%

1 0,32%

5 14,71%

0 0,00%

0 0,00%

2 4,88%

3 1,69%

1 1,67%

0 0,00%

SEJUDH 3 0,79% 0 0,00% 2 5,88% 1 2,86% 0 0,00% 2 4,88% 1 0,56% 0 0,00% 0 0,00%

SEPMulheres 1 0,26% 0 0,00% 1 2,94% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 1 0,56% 0 0,00% 0 0,00%

UPA 10 2,62% 10 3,25% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 2 4,88% 5 2,82% 1 1,67% 2 1,94%

Vara de Violência

Doméstica 10 2,62%

2 0,65%

8 23,53%

0 0,00%

0 0,00%

4 9,76%

5 2,82%

0 0,00%

1 0,97%

Page 29: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

29

Com relação a carga horária de trabalho, a predominância é 40 horas semanais, com

45,55% dos profissionais da Rede; a carga horária de trabalho acima de 40 horas

semanais representou 29,84% e a carga horária inferior a 40 horas semanais foi de

24,61% dos profissionais da Rede entrevistados (TABELA 3.1.6).

Do total dos informantes, quando perguntados se possui outra atividade profissional

remunerada, 15,97% revelou possuir uma “segunda” atividade remunerada extra ao seu

órgão de origem (TABELA 3.1.5).

A faixa de remuneração mais expressiva está entre 3 e 4 salários mínimos (valor

monetário atual), respondendo por 32,46% dos salários percebidos pelos servidores

entrevistados. As remunerações entre 4 e 5 salários mínimos representou 19,9% da

renda dos profissionais entrevistados; os vencimentos acima de 5 salários mínimo, ou

seja, superior a R$3.110,00 (três mil cento e dez reais) representou 15,97% dos

profissionais entrevistados da Rede (TABELA 3.1.6).

Destaca-se que, pouco expressivo mas não menos importante, foi declarado pelos

informantes da Casa Mãe da Mata, CREAS, DEAM, Defensoria Pública do Estado,

IML e Vara da Violência Doméstica receber até 1 salário mínimo (TABELA 3.1.6).

3.1 Vínculo, tempo de serviço e remuneração dos servidores

3.1.5 Outra atividade remunerada fora o seu órgão de origem

Rede e Órgãos Total

Possui outra atividade

Remunerada

Abs. % Abs. %

REDE 382 - 61 15,97%

CASA MÃE DA MATA 12 3,14% 5 41,67%

Casa Rosa Mulher 3 0,79% 0 0,00%

CIOSP 44 11,52% 6 13,64%

CRAS 30 7,85% 12 40,00%

CREAS 3 0,79% 1 33,33%

DEAM 33 8,64% 5 15,15%

Defensoria Pública do Estado do Acre 6 1,57% 1 16,67%

HUERB 11 2,88% 3 27,27%

IML 6 1,57% 2 33,33%

Maternidade 9 2,36% 4 44,44%

Polícia Militar 195 51,05% 12 6,15%

Promotoria de violência doméstica 6 1,57% 1 16,67%

SEJUDH 3 0,79% 1 33,33%

SEPMulheres 1 0,26% 1 100,00%

UPA 10 2,62% 3 30,00%

Vara de Violência Doméstica 10 2,62% 4 40,00%

Page 30: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

30

3.1 Vínculo, tempo de serviço e remuneração dos servidores

3.1.6 Carga horária de trabalho e faixa de salário do profissional em valores absolutos e relativos da Rede e por Órgão

Rede e Órgãos Total

Carga Horária de Trabalho Semanal Faixa de Salário

entre 20 e 35

horas 40 horas

Acima de 40

horas 1 Salário

Mínimo

Entre 1 e 2

Salários

Mínimos

Acima de 2 e

até 3 Salários

Mínimos

Entre acima de

3 e até 4

Salários

Mínimos

Acima de 4 e

até 5 Salários

Mínimos

Acima de 5 Salários

Mínimos

Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. %

REDE 382 - 94 24,61% 174 45,55% 114 29,84% 10 2,62% 57 14,92% 50 13,09% 124 32,46% 76 19,90% 64 16,75%

CASA MÃE DA

MATA 12 3,14%

6 6,38%

4 2,30%

2 1,75%

2 20,00%

6 10,53%

0 0,00%

2 1,61%

2 2,63%

0 0,00%

Casa Rosa Mulher 3 0,79% 0 0,00% 3 1,72% 0 0,00% 0 0,00% 1 1,75% 0 0,00% 0 0,00% 1 1,32% 1 1,56%

CIOSP 44 11,52% 26 27,66% 17 9,77% 1 0,88% 0 0,00% 25 43,86% 3 6,00% 3 2,42% 7 9,21% 5 7,81%

CRAS 30 7,85% 17 18,09% 12 6,90% 1 0,88% 1 10,00% 7 12,28% 13 26,00% 7 5,65% 0 0,00% 2 3,13%

CREAS 3 0,79% 2 2,13% 1 0,57% 0 0,00% 0 0,00% 2 3,51% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 1 1,56%

DEAM 33 8,64% 4 4,26% 15 8,62% 14 12,28% 1 10,00% 6 10,53% 2 4,00% 7 5,65% 10 13,16% 7 10,94%

Defensoria Pública do Estado do Acre

6 1,57% 4

4,26% 0

0,00% 2

1,75% 4

40,00% 0

0,00% 0

0,00% 0

0,00% 0

0,00% 2

3,13%

HUERB 11 2,88% 3 3,19% 7 4,02% 1 0,88% 0 0,00% 1 1,75% 2 4,00% 0 0,00% 5 6,58% 3 4,69%

IML 6 1,57% 4 4,26% 2 1,15% 0 0,00% 1 10,00% 3 5,26% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 2 3,13%

Maternidade 9 2,36% 3 3,19% 6 3,45% 0 0,00% 0 0,00% 1 1,75% 3 6,00% 0 0,00% 1 1,32% 4 6,25%

Polícia Militar 195 51,05% 14 14,89% 90 51,72% 91 79,82% 0 0,00% 1 1,75% 24 48,00% 102 82,26% 46 60,53% 22 34,38%

Promotoria de violência

doméstica 6 1,57%

0 0,00%

5 2,87%

1 0,88%

0 0,00%

2 3,51%

0 0,00%

0 0,00%

0 0,00%

4 6,25%

SEJUDH 3 0,79% 1 1,06% 2 1,15% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 1 1,32% 2 3,13%

SEPMulheres 1 0,26% 0 0,00% 1 0,57% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 1 2,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00%

UPA 10 2,62% 2 2,13% 8 4,60% 0 0,00% 0 0,00% 1 1,75% 1 2,00% 1 0,81% 1 1,32% 6 9,38%

Vara de Violência

Doméstica 10 2,62%

8 8,51%

1 0,57%

1 0,88%

1 10,00%

1 1,75%

1 2,00%

2 1,61%

2 2,63%

3 4,69%

Page 31: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

31

De acordo com a tabela 3.1.7 dos profissionais entrevistados 87,96% sentem-se

motivados para o trabalho, sendo que desse percentual, 30,37% sentem-se muito

motivado. Destaca-se que do total dos profissionais entrevistados na Promotoria de

Violência Doméstica, 100% dos entrevistados sentem-se muito motivados e 83% dos

policiais entrevistados declararam o mesmo sentimento.

Os profissionais que declararam desmotivação ou pouca motivação representaram

12,04% dos entrevistados, sendo que 5,24% estão no extrato desmotivado e 6,61% no

extrato pouco motivado.

Entre os profissionais dos órgãos que declararam estarem desmotivados destacam-se o

CREAS, com 33% dos profissionais em relação ao total dos entrevistados do órgão;

17% do total dos profissionais do IML sentem-se desmotivados; 8% do total dos

policiais militares igualmente se sentem desmotivados e 10% do total dos profissionais

entrevistados nas UPAs.

3.1 Motivação dos Servidores

3.1.7 Motivação dos profissionais em valores absolutos e relativos por órgão da

Rede

Rede e Órgãos Total

Motivação do Profissional

Desmotivado Pouco Motivado Motivado Muito Motivado

(5)

Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. %

REDE 382 - 20 5,24% 26 6,81% 220 57,59% 116 30,37%

CASA MÃE DA MATA 12 3,14% 0 0,00% 0 0,00% 7 3,18% 5 4,31%

Casa Rosa Mulher 3 0,79% 0 0,00% 0 0,00% 2 0,91% 1 0,86%

CIOSP 44 11,52% 0 0,00% 2 7,69% 31 14,09% 11 9,48%

CRAS 30 7,85% 1 5,00% 2 7,69% 21 9,55% 6 5,17%

CREAS 3 0,79% 1 5,00% 0 0,00% 1 0,45% 1 0,86%

DEAM 33 8,64% 1 5,00% 1 3,85% 20 9,09% 11 9,48%

Defensoria Pública do

Estado do Acre 6 1,57%

0 0,00% 0 0,00% 3 1,36% 3 2,59%

HUERB 11 2,88% 0 0,00% 0 0,00% 6 2,73% 5 4,31%

IML 6 1,57% 1 5,00% 0 0,00% 2 0,91% 3 2,59%

Maternidade 9 2,36% 0 0,00% 0 0,00% 6 2,73% 3 2,59%

Polícia Militar 195 51,05% 15 75,00% 20 76,92% 110 50,00% 50 43,10%

Promotoria de violência

doméstica 6 1,57%

0 0,00% 0 0,00% 1 0,45% 5 4,31%

SEJUDH 3 0,79% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 3 2,59%

SEPMulheres 1 0,26% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 1 0,86%

UPA 10 2,62% 1 5,00% 1 3,85% 5 2,27% 3 2,59%

Vara de Violência

Doméstica 10 2,62%

0 0,00% 0 0,00% 5 2,27% 5 4,31%

Page 32: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

32

Os profissionais ainda declararam-se qualificados para atuar na área. Do total dos

entrevistados, 87% afirmou considerar-se qualificado e muito qualificado, sendo

63,61% as declarações sobre sentir-se qualificado e 23,82% do total dos profissionais

declararam sentir-se muito qualificado.

Do total dos profissionais entrevistados em cada órgão merecem destaque os

profissionais da Vara da Violência Doméstica, onde 70% se declararam muito

qualificados; 63,67% dos profissionais da Casa Rosa Mulher declararam essa mesma

conceituação; e na DEAM, do total de profissionais entrevistados 51,52 afirmaram ser

muito qualificados.

No outro extremo, entre os que se declararam desqualificados ou pouco qualificado o

percentual referente ao total dos entrevistados da Rede foi de 12,57%. Nessa condição,

do total dos profissionais entrevistados no CREAS 66,67% de declararam

desqualificados para atuar com mulheres vítimas de violência doméstica e familiar ,

nessa mesma condição, 10% do total dos profissionais entrevistados nas UPAs.

Quando perguntados sobre a participação em cursos com a temática violência

doméstica, somente 40% dos entrevistados da Rede informaram ter participado de

algum curso. Chama a atenção nessa Tabela 3.1.8 os profissionais da Defensoria

Pública, onde nenhum dos entrevistados participou de qualquer curso na área.

Do total dos servidores que foram entrevistados na Casa Rosa Mulher, SEJUDH e

SEPMulheres, 100% foram capacitados.

Na Polícia Militar, do total dos policiais entrevistados, somente 37,44% participaram de

cursos específicos na área e da DEAM o percentual foi de 57,58%.

Chama ainda a atenção os profissionais de saúde, que em princípio informaram não

fazer parte da rede, um parcela considerável dos profissionais entrevistados já

participaram de cursos específicos na área de violência doméstica e familiar contra a

mulher.

Quanto ao tempo em que o profissional realizou sua capacitação, 46,15% do total dos

entrevistados declarou ter realizado os cursos entre os anos de 2005 e 2010 e, entre 2011

e 2012, 44,87% declarou ter realizado alguma capacitação sobre violência doméstica e

familiar contra a mulher (TABELA 3.1.9)

Page 33: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

33

3.1 Qualificação dos Profissionais

3.1.8 Qualificação dos profissionais da Rede, por órgão

Rede e Órgãos Total

Como avalia a sua qualificação para atuar com mulheres vítimas de violência

doméstica e familiar Participação em

Cursos Desqualificado Pouco Qualificado Qualificado Muito Qualificado

Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. %

REDE 382 - 17 4,45% 31 8,12% 243 63,61% 91 23,82% 155 41%

CASA MÃE DA MATA 12 3,14% 1 8,33% 1 8,33% 10 83,33% 0 0,00% 10 83,33%

Casa Rosa Mulher 3 0,79% 0 0,00% 0 0,00% 1 33,33% 2 66,67% 3 100,00%

CIOSP 44 11,52% 0 0,00% 3 6,82% 36 81,82% 5 11,36% 12 27,27%

CRAS 30 7,85% 4 13,33% 5 16,67% 19 63,33% 2 6,67% 15 50,00%

CREAS 3 0,79% 2 66,67% 1 33,33% 0 0,00% 0 0,00% 1 33,33%

DEAM 33 8,64% 0 0,00% 2 6,06% 14 42,42% 17 51,52% 19 57,58%

Defensoria Pública do Estado do

Acre 6 1,57% 0 0,00% 1 16,67% 3 50,00% 2 33,33% 0 0,00%

HUERB 11 2,88% 0 0,00% 1 9,09% 8 72,73% 2 18,18% 4 36,36%

IML 6 1,57% 0 0,00% 0 0,00% 4 66,67% 2 33,33% 1 16,67%

Maternidade 9 2,36% 0 0,00% 1 11,11% 4 44,44% 4 44,44% 4 44,44%

Polícia Militar 195 51,05% 9 4,62% 13 6,67% 128 65,64% 45 23,08% 73 37,44%

Promotoria de violência doméstica 6 1,57% 0 0,00% 0 0,00% 3 50,00% 3 50,00% 1 16,67%

SEJUDH 3 0,79% 0 0,00% 0 0,00% 3 100,00% 0 0,00% 3 100,00%

SepMulheres 1 0,26% 0 0,00% 0 0,00% 1 100,00% 0 0,00% 1 100,00%

UPA 10 2,62% 1 10,00% 3 30,00% 6 60,00% 0 0,00% 3 30,00%

Vara de Violência Doméstica 10 2,62% 0 0,00% 0 0,00% 3 30,00% 7 70,00% 5 50,00%

Page 34: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

34

3.1 Qualificação Profissional

3.1.9 Grupo de anos em que o profissional realizou a sua última capacitação sobre o tema Violência Doméstica e Familiar contra a

mulher, em valores absolutos e relativos da Rede e por Órgão

Rede e Órgãos Total Antes do ano de 2005

Posterior ao ano de

2005 até o ano de 2010 2011 e 2012 Não lembra

Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. %

REDE 156 - 7 4,49% 72 46,15% 70 44,87% 7 4,49%

CASA MÃE DA MATA 10 2,62% 1 14,29% 1 1,39% 8 11,43% 0 0,00%

Casa Rosa Mulher 3 0,79% 0 0,00% 0 0,00% 2 2,86% 1 14,29%

CIOSP 13 3,40% 1 14,29% 6 8,33% 5 7,14% 1 14,29%

CRAS 15 3,93% 1 14,29% 4 5,56% 10 14,29% 0 0,00%

CREAS 1 0,26% 0 0,00% 1 1,39% 0 0,00% 0 0,00%

DEAM 19 4,97% 2 28,57% 5 6,94% 9 12,86% 3 42,86%

Defensoria Pública do Estado do Acre 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00%

HUERB 4 1,05% 1 14,29% 1 1,39% 1 1,43% 1 14,29%

IML 1 0,26% 0 0,00% 1 1,39% 0 0,00% 0 0,00%

Maternidade 4 1,05% 0 0,00% 1 1,39% 3 4,29% 0 0,00%

Polícia Militar 73 19,11% 1 14,29% 49 68,06% 22 31,43% 1 14,29%

Promotoria de violência doméstica 1 0,26% 0 0,00% 0 0,00% 1 1,43% 0 0,00%

SEJUDH 3 0,79% 0 0,00% 0 0,00% 3 4,29% 0 0,00%

SepMulheres 1 0,26% 0 0,00% 0 0,00% 1 1,43% 0 0,00%

UPA 3 0,79% 0 0,00% 2 2,78% 1 1,43% 0 0,00%

Vara de Violência Doméstica 5 1,31% 0 0,00% 1 1,39% 4 5,71% 0 0,00%

Page 35: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

35

Quando abordados sobre os seus conhecimentos em relação a Lei Maria da Penha, do

total dos profissionais da Rede, 81,15% declararam conhecer, sendo que 10,99%

declararam conhecer muito a Lei.

Do total dos profissionais entrevistados nos órgãos da Rede, 33,33% dos profissionais

do CREAS declararam não conhecer a Lei; no outro extremo, 66,67% dos profissionais

da Casa Rosa Mulher declararam conhecer muito a Lei.

Quanto ao conhecimento sobre os tipos de violência que a Lei Maria da Penha

estabelece, 72,51% do total dos entrevistados da Rede afirmaram conhecer, onde a

Defensoria Publica do Estado, SEJUD e SEPMulheres 100% são conhecedores.

Em relação as medidas protetivas asseguradas pela lei Maria da Penha, 75,39% dos

entrevistados da Rede informaram conhecer e 24,35% desconhecem esse direito

assegurado às mulheres vítimas de violência doméstica e familiar.

Page 36: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

36

3.1 Conhecimento da Lei Maria da Penha

3.1.10 Avaliação do profissional sobre o seu conhecimento da Lei Maria da Penha, tipos de violência e medidas protetivas

Rede e Órgãos Total Como avalia o seu conhecimento sobre a Lei Maria da Penha

Conhecimento sobre os tipos de

Violência que a Lei Maria da Penha

estabelece

Conhecimento sobre as medidas

protetivas que a Lei Maria da

Penha estabelece

Desconhece Conhece Pouco Conhece Conhece Muito Conhece Desconhece Conhece Desconhece

Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. %

REDE 382 - 13 3,40% 58 15,18% 268 70,16% 42 10,99% 277 72,51% 105 27,49% 288 75,39% 93 24,35%

CASA MÃE DA MATA 12 3,14% 0 0,00% 1 8,33% 11 91,67% 0 0,00% 8 66,67% 4 33,33% 7 58,33% 5 41,67%

Casa Rosa Mulher 3 0,79% 0 0,00% 0 0,00% 1 33,33% 2 66,67% 2 66,67% 1 33,33% 2 66,67% 1 33,33%

CIOSP 44 11,52% 0 0,00% 10 22,73% 29 65,91% 4 9,09% 29 65,91% 15 34,09% 26 59,09% 17 38,64%

CRAS 30 7,85% 0 0,00% 7 23,33% 19 63,33% 4 13,33% 26 86,67% 4 13,33% 20 66,67% 10 33,33%

CREAS 3 0,79% 1 33,33% 1 33,33% 1 33,33% 0 0,00% 1 33,33% 2 66,67% 2 66,67% 1 33,33%

DEAM 33 8,64% 0 0,00% 1 3,03% 25 75,76% 7 21,21% 27 81,82% 6 18,18% 30 90,91% 3 9,09%

Defensoria Pública do Estado

do Acre 6 1,57%

0 0,00% 0 0,00% 4 66,67% 2 33,33% 6 100,00% 0

0,00% 6 100,00% 0 0,00%

HUERB 11 2,88% 0 0,00% 1 9,09% 9 81,82% 1 9,09% 9 81,82% 2 18,18% 6 54,55% 5 45,45%

IML 6 1,57% 0 0,00% 1 16,67% 5 83,33% 0 0,00% 5 83,33% 1 16,67% 2 33,33% 4 66,67%

Maternidade 9 2,36% 0 0,00% 2 22,22% 7 77,78% 0 0,00% 6 66,67% 3 33,33% 2 22,22% 7 77,78%

Polícia Militar 195 51,05% 12 6,15% 27 13,85% 139 71,28% 17 8,72% 138 70,77% 57 29,23% 166 85,13% 29 14,87%

Promotoria de Violência

Doméstica 6 1,57%

0 0,00% 0 0,00% 4 66,67% 2 33,33% 5 83,33% 1

16,67% 5 83,33% 1 16,67%

SEJUDH 3 0,79% 0 0,00% 1 33,33% 2 66,67% 0 0,00% 3 100,00% 0 0,00% 2 66,67% 1 33,33%

SEPMulheres 1 0,26% 0 0,00% 0 0,00% 1 100,00% 0 0,00% 1 100,00% 0 0,00% 1 100,00% 0 0,00%

UPA 10 2,62% 0 0,00% 5 50,00% 5 50,00% 0 0,00% 2 20,00% 8 80,00% 2 20,00% 8 80,00%

Vara de Violência Doméstica 10 2,62% 0 0,00% 1 10,00% 6 60,00% 3 30,00% 9 90,00% 1 10,00% 9 90,00% 1 10,00%

Page 37: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

37

A pesquisa abordou o profissional sobre a sua capacidade em administrar um diálogo

com a vítima, fazendo com que ela se sentisse segura e protegida. Do total dos

informantes, 88,48% declararam sentir-se qualificado, sendo que 29,06% dos

profissionais afirmaram se sentir muito qualificado. Excetuando a SEPMulheres, os

profissionais da Vara de Violência Doméstica teve o maior percentual de respostas

positivas, considerando o total de profissionais do órgão que foram entrevistados (80%).

De outro lado, 11,52% dos entrevistados da Rede informaram não sentirem-se

preparados. Do total dos profissionais entrevistados por órgão, declararam não estarem

preparados o CREAS (33%); a Defensoria Pública (16%); CRAS (13,335); UPAs

(10%); Policia Militar (4,62%).

Quando abordados sobre a sua capacidade em orientar uma vítima após elas terem

sofrido violência, adotando os procedimentos corretos e mais adequados para cada caso,

os profissionais da Rede declararam ser qualificados, representando 86,39% entre os

que se sentem qualificados e muito qualificados. Na categoria muito qualificado, 100%

dos profissionais da Promotoria de Violência Doméstica declararam sentir-se muito

qualificados.

Os profissionais da Rede que não se sentem qualificados para atender e adotar os

corretos procedimentos junto às vítimas representam 13,35% do total. O CREAS,

UPAs, Vara de Violência Doméstica, Polícia Militar, Maternidade e Casa Abrigo Mãe

da Mata apresentaram informantes declarando-se desqualificados para tal atendimento.

Page 38: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

38

3.1 Atuação Profissional

3.1.11 Percepção do profissional sobre sua capacitação voltada para administrar um diálogo e orientar uma mulher vítima de violência

doméstica e familiar

Rede e Órgãos Total

Capacitado (a) para administrar um diálogo com a vítima fazendo com

que ela se sinta compreendida e respeitada

Capacitado (a) para orientar uma mulher vítima sobre os procedimentos

a serem adotados após sofrer a violência

Desqualificado Pouco

Qualificado Qualificado Muito Qualificado Desqualificado

Pouco

Qualificado Qualificado

Muito

Qualificado

Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. %

REDE 382 - 16 4,19% 28 7,33% 227 59,42% 111 29,06% 18 4,71% 33 8,64% 223 58,38% 107 28,01%

Casa Mãe da Mata 12 3,14% 0 0,00% 3 25,00% 5 41,67% 4 33,33% 1 8,33% 0 0,00% 9 75,00% 2 16,67%

Casa Rosa Mulher 3 0,79% 0 0,00% 0 0,00% 1 33,33% 2 66,67% 0 0,00% 1 33,33% 0 0,00% 2 66,67%

CIOSP 44 11,52% 0 0,00% 1 2,27% 34 77,27% 9 20,45% 0 0,00% 0 0,00% 37 84,09% 6 13,64%

CRAS 30 7,85% 4 13,33% 2 6,67% 15 50,00% 9 30,00% 2 6,67% 6 20,00% 17 56,67% 5 16,67%

CREAS 3 0,79% 1 33,33% 1 33,33% 1 33,33% 0 0,00% 1 33,33% 0 0,00% 2 66,67% 0 0,00%

DEAM 33 8,64% 0 0,00% 1 3,03% 15 45,45% 17 51,52% 0 0,00% 1 3,03% 12 36,36% 20 60,61%

Defensoria Pública do

Estado do Acre 6 1,57%

1 16,67% 0 0,00% 1 16,67% 4 66,67% 0 0,00% 0 0,00% 3 50,00% 3 50,00%

HUERB 11 2,88% 0 0,00% 0 0,00% 9 81,82% 2 18,18% 0 0,00% 2 18,18% 7 63,64% 2 18,18%

IML 6 1,57% 0 0,00% 0 0,00% 5 83,33% 1 16,67% 0 0,00% 1 16,67% 4 66,67% 1 16,67%

Maternidade 9 2,36% 0 0,00% 1 11,11% 5 55,56% 3 33,33% 1 11,11% 0 0,00% 4 44,44% 4 44,44%

Polícia Militar 195 51,05% 9 4,62% 17 8,72% 123 63,08% 46 23,59% 10 5,13% 17 8,72% 120 61,54% 48 24,62%

Promotoria de Violência

Doméstica 6 1,57%

0 0,00% 0 0,00% 4 66,67% 2 33,33% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 6 100,00%

SEJUDH 3 0,79% 0 0,00% 0 0,00% 2 66,67% 1 33,33% 0 0,00% 0 0,00% 1 33,33% 2 66,67%

SEPMulheres 1 0,26% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 1 100,00% 0 0,00% 0 0,00% 1 100,00% 0 0,00%

UPA 10 2,62% 1 10,00% 1 10,00% 6 60,00% 2 20,00% 2 20,00% 5 50,00% 3 30,00% 0 0,00%

Vara de Violência

Doméstica 10 2,62%

0 0,00% 1 10,00% 1 10,00% 8 80,00% 1 10,00% 0 0,00% 3 30,00% 6 60,00%

Page 39: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

39

Num nível maior de detalhe, a pesquisa abordou pontualmente se os informantes

conheciam o documento intitulado "Enfrentamento à violência contra a mulher -

orientação para profissionais e voluntários (as) de autoria de Bárbara Soares. Do total de

profissionais da Rede 86,91% afirmou desconhecer o documento. Essa informação, de

certa forma contraria o percentual positivo de profissionais declararam se sentir

qualificados para atuar no atendimento das mulheres vítimas de violência. Já do ponto

de vista do total dos profissionais dos órgãos que compõem a Rede, um percentual

expressivo de profissionais que não conhecem o documento aparecem no CREAS

(100%); CIOSP (97,73%); Defensoria Pública (100%); HUERB (100%); IML (100%);

Polícia Militar (95,90%); UPAs (90%).

Quando se perguntou sobre o conhecimento que o profissional da Rede possui em

relação ao documento intitulado Pacto de Enfrentamento à Violência contra a Mulher da

Secretaria Nacional de Política para as Mulheres, o percentual de desconhecimento

reduziu para 73,04%, contudo ainda elevado, pois se trata de um documento que orienta

as políticas públicas nessa área, inclusive com metas estabelecidas. Dos profissionais

das instituições que desconhecem o documento o CREAS aparece com 100% de

desconhecimento, assim como o IML e as UPAs.

Ao serem abordados sobre a necessidade de conhecer mais sobre o tema para melhor

atuar, a resposta foi afirmativa, onde quase 80% sente necessidade de aprender mais

sobre violência doméstica e familiar contra as mulheres.

Page 40: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

40

3.1 Atuação Profissional

3.1.12 Conhecimento do profissional sobre o documento "Enfrentamento à violência contra a mulher orientação para profissionais e

voluntários (as) de autoria de Bárbara Soares”. Pacto de enfrentamento à Violência contra a mulher da Secretaria Nacional de Políticas

para as Mulheres e necessidade em aprender mais sobre o tema

Rede e Órgãos Total

Conhecimento sobre o documento

"Enfrentamento à violência contra a

mulher orientação para profissionais e

voluntários (as) de autoria de Bárbara

Soares

Conhecimento sobre o documento

Pacto de enfrentamento à

Violência contra a mulher da

Secretaria Nacional de Pol. Para

as Mulheres

Necessidade de aprender mais sobre o

tema

Conhece Desconhece Conhece Desconhece Sim Não

Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. %

REDE 382 - 50 13,09% 332 86,91% 102 26,70% 279 73,04% 304 79,58% 77 20,16%

CASA MÃE DA MATA 12 3,14% 4 33,33% 8 66,67% 6 50,00% 6 50,00% 10 83,33% 2 16,67%

Casa Rosa Mulher 3 0,79% 2 66,67% 1 33,33% 2 66,67% 1 33,33% 3 100,00% 0 0,00%

CIOSP 44 11,52% 1 2,27% 43 97,73% 11 25,00% 32 72,73% 37 84,09% 6 13,64%

CRAS 30 7,85% 10 33,33% 20 66,67% 12 40,00% 18 60,00% 29 96,67% 1 3,33%

CREAS 3 0,79% 0 0,00% 3 100,00% 0 0,00% 3 100,00% 3 100,00% 0 0,00%

DEAM 33 8,64% 11 33,33% 22 66,67% 13 39,39% 20 60,61% 28 84,85% 5 15,15%

Defensoria Pública do Estado

do Acre 6 1,57%

0 0,00% 6 100,00% 2 33,33% 4 66,67% 6

100,00% 0

0,00%

HUERB 11 2,88% 0 0,00% 11 100,00% 4 36,36% 7 63,64% 11 100,00% 0 0,00%

IML 6 1,57% 0 0,00% 6 100,00% 0 0,00% 6 100,00% 5 83,33% 1 16,67%

Maternidade 9 2,36% 2 22,22% 7 77,78% 3 33,33% 6 66,67% 9 100,00% 0 0,00%

Polícia Militar 195 51,05% 8 4,10% 187 95,90% 37 18,97% 158 81,03% 137 70,26% 58 29,74%

Promotoria de violência

doméstica 6 1,57%

2 33,33% 4 66,67% 1 16,67% 5 83,33% 5

83,33% 1

16,67%

SEJUDH 3 0,79% 2 66,67% 1 33,33% 2 66,67% 1 33,33% 3 100,00% 0 0,00%

SepMulheres 1 0,26% 0 0,00% 1 100,00% 1 100,00% 0 0,00% 1 100,00% 0 0,00%

UPA 10 2,62% 1 10,00% 9 90,00% 0 0,00% 10 100,00% 10 100,00% 0 0,00%

Vara de Violência Doméstica 10 2,62% 7 70,00% 3 30,00% 8 80,00% 2 20,00% 7 70,00% 3 30,00%

Page 41: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

41

Em relação ao conhecimento que o profissional possui sobre a Rede, do total dos

entrevistados 76,44% já haviam ouvido falar na Rede. O maior número de profissionais

que desconhece a Rede está nas UPAs (50%) e CIOSP (62,79%).

Quando abordados sobre o conhecimento que os profissionais possuem sobre quais são

e onde estão localizados os órgãos que compõem a Rede, 9,16% do total dos

profissionais da Rede entrevistados desconhecem. Quem menos conhece são os

profissionais das UPAs (20%), IML (16,67%), CRAS (33,33%) e Policia Militar

(13,33%).

Os profissionais que conhecem quais são e onde estão localizados os órgãos da Rede

correspondem a 70,16% do total dos informantes pesquisados.

Page 42: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

42

3.1 Atuação Profissional

3.1.13 Conhecimento do profissional sobre a Rede, quais são os serviços e onde estão localizados os serviços de atendimento à mulher

vítima de violência doméstica e familiar.

Rede e Órgãos Total

Ouviu falar da

Rede

Grau de conhecimento sobre quais e onde estão os serviços da Rede

Desconhece Conhece Pouco Conhece Conhece Muito

Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. %

REDE 382 - 292 76,44% 35 9,16% 79 20,68% 213 55,76% 55 14,40%

Casa Mãe da Mata 12 3,14% 12 100,00% 0 0,00% 1 8,33% 9 75,00% 2 16,67%

Casa Rosa Mulher 3 0,79% 3 100,00% 0 0,00% 0 0,00% 1 33,33% 2 66,67%

CIOSP 43 11,26% 27 62,79% 3 6,98% 4 9,30% 32 74,42% 4 9,30%

CRAS 30 7,85% 27 90,00% 0 0,00% 6 20,00% 19 63,33% 5 16,67%

CREAS 3 0,79% 2 66,67% 1 33,33% 0 0,00% 2 66,67% 0 0,00%

DEAM 33 8,64% 30 90,91% 0 0,00% 5 15,15% 21 63,64% 7 21,21%

Defensoria Pública do Estado do Acre 6 1,57% 6 100,00% 0 0,00% 1 16,67% 2 33,33% 3 50,00%

HUERB 11 2,88% 10 90,91% 1 9,09% 0 0,00% 10 90,91% 0 0,00%

IML 6 1,57% 6 100,00% 1 16,67% 2 33,33% 3 50,00% 0 0,00%

Maternidade 9 2,36% 7 77,78% 1 11,11% 2 22,22% 3 33,33% 3 33,33%

Polícia Civil 1 0,26% 1 100,00% 0 0,00% 0 0,00% 1 100,00% 0 0,00%

Polícia Militar 195 51,05% 139 71,28% 26 13,33% 53 27,18% 95 48,72% 21 10,77%

Promotoria de violência doméstica 6 1,57% 5 83,33% 0 0,00% 0 0,00% 5 83,33% 1 16,67%

SEJUDH 3 0,79% 3 100,00% 0 0,00% 0 0,00% 1 33,33% 2 66,67%

SepMulheres 1 0,26% 1 100,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 1 100,00%

UPA 10 2,62% 5 50,00% 2 20,00% 4 40,00% 4 40,00% 0 0,00%

Vara de Violência Doméstica 10 2,62% 8 80,00% 0 0,00% 1 10,00% 5 50,00% 4 40,00%

Page 43: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

43

Quando os profissionais foram abordados sobre os procedimentos a serem adotados nos

casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, 48,43% dos entrevistados

declaram conhecer e saber fazer os procedimentos, um percentual pouco significativo,

considerando todas as informações referentes a sua qualificação e ação, demonstradas

nas tabelas anteriores. Ademais, esse percentual representa menos da metade do total

dos profissionais que foram entrevistados. Aqui, aparece uma lacuna entre a reflexão e a

ação.

Os que conhecem parcialmente e às vezes tem dúvidas representou 44,24% do total dos

entrevistados, também se apresenta relativamente expressivo, indicando um

comprometimento na qualidade do atendimento.

Os que dizem não conhecer e não saber proceder diante de uma vítima à procura de

atendimento representam 7,33%, destacando-se os profissionais das UPAs, CREAS e

Vara de Violência Doméstica.

Page 44: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

44

3.1 Atuação Profissional

3.1.14 Conhecimento do profissional sobre os procedimentos a serem adotados em cada caso de violência contra a mulher

Rede e Órgãos Total

Conhece e sabe

fazer os

procedimentos

Conhece parcialmente,

ás vezes tem dúvidas

Não conhece/não

sabe

Abs. % Abs. % Abs. % Abs. %

REDE 382 - 185 48,43% 169 44,24% 28 7,33%

CASA MÃE DA MATA 12 3,14% 6 50,00% 5 41,67% 1 8,33%

Casa Rosa Mulher 3 0,79% 2 66,67% 1 33,33% 0 0,00%

CIOSP 43 11,26% 24 55,81% 15 34,88% 4 9,30%

CRAS 30 7,85% 8 26,67% 19 63,33% 3 10,00%

CREAS 3 0,79% 0 0,00% 2 66,67% 1 33,33%

DEAM 33 8,64% 25 75,76% 8 24,24% 0 0,00%

Defensoria Pública do Estado do Acre 6 1,57% 6 100,00% 0 0,00% 0 0,00%

HUERB 11 2,88% 1 9,09% 8 72,73% 2 18,18%

IML 6 1,57% 3 50,00% 2 33,33% 1 16,67%

Maternidade 9 2,36% 7 77,78% 1 11,11% 1 11,11%

Polícia Civil 1 0,26% 0 0,00% 1 100,00% 0 0,00%

Polícia Militar 195 51,05% 89 45,64% 99 50,77% 7 3,59%

Promotoria de violência doméstica 6 1,57% 4 66,67% 1 16,67% 1 16,67%

SEJUDH 3 0,79% 2 66,67% 1 33,33% 0 0,00%

SEPMulheres 1 0,26% 1 100,00% 0 0,00% 0 0,00%

UPA 10 2,62% 3 30,00% 2 20,00% 5 50,00%

Vara de Violência Doméstica 10 2,62% 4 40,00% 4 40,00% 2 20,00%

Page 45: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

45

Os órgãos da Rede mais conhecidos pelos profissionais

Em relação aos órgãos da Rede que o profissional conhece 95,81% do total dos

entrevistados afirmaram conhecer a DEAM; 42,15% afirmaram conhecer o IML;

47,12% informou conhecer a Maternidade como órgão que compõe a Rede; 41,36% dos

profissionais da Rede indicou ter conhecimento do Hospital de Urgência HUERB como

órgão da estrutura da Rede; 70,16% afirmou conhecer a Casa Rosa Mulher; 51,83%

afirmou conhecer a Casa abrigo Mãe da Mata; 14% declarou conhecer o CREAS como

órgão que faz parte da Rede; 23,82% tem conhecimento do CRAS como órgão da Rede;

15,71% dos profissionais entrevistados declararam conhecer a SEJUDH no âmbito da

Rede; a Defensoria Pública é conhecida como órgão da Rede por 48,17% dos

profissionais; a Vara de Violência Doméstica é conhecida por 55,76% dos total dos

profissionais entrevistados da Rede; já a SEPMulheres foi mencionada por 16,23% dos

entrevistados como órgão o qual conhecem no âmbito da rede; O Ministério Público,

através da Promotoria de Violência Doméstica é conhecida por 16,23% dos

profissionais da Rede e a Policia Militar é conhecida por 48,69 dos profissionais da

Rede.

Portanto os órgãos mais conhecidos pelos Profissionais da Rede são a DEAM e a Casa

Rosa Mulher e os menos conhecidos são o CREAS e a SEJUDH.

Declaração de conhecimento dos profissionais dos órgãos

O Órgão da Rede que os profissionais mais conhecem é a DEAM (100%); A Casa Rosa

Mulher conhece mais a DEAM (100%) e o CRAS (100%); o CIOSP tem mais

conhecimento da DEAM como órgão da estrutura da Rede e parte de seus profissionais

desconhecem a Polícia Militar como um órgão integrante da Rede (somente 56,82%

reconheceu a PM como órgão da Rede); O CREAS reconheceu mais a DEAM

(66,67%); o CRAS igualmente reconheceu a DEAM (90%); Já a DEAM se reconheceu

como órgão da Rede, por 90,91% de seus profissionais e também a Casa Abrigo Mãe da

Mata (81,82%); a Defensoria reconheceu a Casa Rosa Mulher (100%), a própria

Defensoria como parte integrante da Rede (100%) e a Vara de Violência Doméstica

(100%); os profissionais do HUERB afirmaram reconhecer a DEAM (81,82%); o IML

reconheceu a DEAM (100%); a Maternidade reconheceu a si como órgão da Rede

(88,89%) e a DEAM (77,78%); a Polícia Militar reconheceu a DEAM (100%); a

Promotoria de Violência Doméstica reconheceu a DEAM (100%), a Casa Rosa Mulher

Page 46: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

46

(100%), a Casa Abrigo Mãe da Mata (100%); a SEJUDH reconheceu a DEAM (100%),

a Maternidade (100%), Casa Rosa Mulher (100%), Casa Abrigo Mãe da Mata (100%),

CREAS (100%), CRAS (100%), Vara da Violência Doméstica (100%); a SEPMulheres

reconheceu todos os órgãos que compõe da Rede; as UPAs reconheceram a DEAM

(60%); a Vara de Violência Doméstica reconheceu a si (100%) e a DEAM (100%).

O que é possível perceber nesse cenário é que os profissionais da Rede conhecem

parcialmente os órgãos que integram essa Rede e suas inter-relações, confirmando uma

das hipóteses levantadas, de que a Rede está desarticulada e não possui um fluxo

contínuo de atendimento.

Page 47: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

47

3.1 Conhecimento da Rede

3.1.15 Órgãos da Rede de atendimento à mulher vítima de violência doméstica e familiar que o profissional conhece

Rede e

Órgãos

Total DEAM

IML

Maternidade

Barbara

Heliodora HUERB

Casa Rosa

Mulher

Casa Abrigo

Mãe da Mata CREAS CRAS SEJUDH

Defensoria

Pública do

Estado

Vara da

Violência

Doméstica SepMulheres MP

Polícia Militar

Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. %

REDE 382 - 366 95,81% 161 42,15% 180 47,12% 158 41,36% 268 70,16% 198 51,83% 55 14,40% 91 23,82% 60 15,71% 184 48,17% 213 55,76% 62 16,23% 144 37,70% 186 48,69%

CASA MÃE

DA MATA 12 3,14%

12 100,00%

5 41,67%

7 58,33%

6 50,00%

10 83,33%

10 83,33%

4 33,33%

6 50,00%

2 16,67%

7 58,33%

8 66,67%

6 50,00%

9 75,00%

5 41,67%

Casa Rosa

Mulher 3 0,79%

3 100,00%

2 66,67%

2 66,67%

2 66,67%

2 66,67%

3 100,00%

1 33,33%

3 100,00%

1 33,33%

1 33,33%

2 66,67%

2 66,67%

2 66,67%

0 0,00%

CIOSP 44 11,52% 44

100,00% 26

59,09% 22

50,00% 20

45,45% 38

86,36% 23

52,27% 5

11,36% 11

25,00% 7

15,91% 24

54,55% 25

56,82% 8

18,18% 15

34,09% 25

56,82%

CRAS 30 7,85% 27

90,00% 4

13,33% 6

20,00% 5

16,67% 23

76,67% 15

50,00% 6

20,00% 8

26,67% 5

16,67% 4

13,33% 12

40,00% 0

0,00% 9

30,00% 1

3,33%

CREAS 3 0,79% 2

66,67% 0

0,00% 0

0,00% 0

0,00% 1

33,33% 2

66,67% 1

33,33% 0

0,00% 0

0,00% 0

0,00% 0

0,00% 0

0,00% 0

0,00% 0

0,00%

DEAM 33 8,64% 30

90,91% 15

45,45% 16

48,48% 8

24,24% 22

66,67% 27

81,82% 5

15,15% 4

12,12% 6

18,18% 19

57,58% 25

75,76% 11

33,33% 16

48,48% 9

27,27%

Defensoria

Pública do

Estado do

Acre

6 1,57%

5

83,33%

1

16,67%

2

33,33%

2

33,33%

6

100,00%

4

66,67%

0

0,00%

1

16,67%

0

0,00%

6

100,00%

6

100,00%

1

16,67%

2

33,33%

1

16,67%

HUERB 11 2,88% 9

81,82% 2

18,18% 4

36,36% 5

45,45% 7

63,64% 7

63,64% 2

18,18% 1

9,09% 0

0,00% 2

18,18% 3

27,27% 1

9,09% 4

36,36% 1

9,09%

IML 6 1,57% 6

100,00% 5

83,33% 2

33,33% 0

0,00% 2

33,33% 2

33,33% 1

16,67% 2

33,33% 1

16,67% 0

0,00% 0

0,00% 0

0,00% 0

0,00% 0

0,00%

Maternidade 9 2,36% 7

77,78% 5

55,56% 8

88,89% 4

44,44% 6

66,67% 5

55,56% 1

11,11% 2

22,22% 0

0,00% 0

0,00% 0

0,00% 0

0,00% 4

44,44% 2

22,22%

Polícia Militar 195 51,05% 195

100,00% 84

43,08% 97

49,74% 94

48,21% 134

68,72% 81

41,54% 20

10,26% 42

21,54% 31

15,90% 110

56,41% 111

56,92% 21

10,77% 69

35,38% 135

69,23%

Promotoria de

Violência

Doméstica

6 1,57%

6

100,00%

2

33,33%

2

33,33%

2

33,33%

6

100,00%

6

100,00%

0

0,00%

0

0,00%

1

16,67%

2

33,33%

5

83,33%

4

66,67%

5

83,33%

1

16,67%

SEJUDH 3 0,79% 3

100,00% 2

66,67% 3

100,00% 2

66,67% 3

100,00% 3

100,00% 3

100,00% 3

100,00% 2

66,67% 1

33,33% 3

100,00% 1

33,33% 2

66,67% 1

33,33%

SEPMulheres 1 0,26% 1

100,00% 1

100,00% 1

100,00% 1

100,00% 1

100,00% 1

100,00% 1

100,00% 1

100,00% 1

100,00% 1

100,00% 1

100,00% 1

100,00% 1

100,00% 1

100,00%

UPA 10 2,62% 6

60,00% 1

10,00% 2

20,00% 2

20,00% 0

0,00% 1

10,00% 0

0,00% 1

10,00% 0

0,00% 0

0,00% 2

20,00% 0

0,00% 0

0,00% 0

0,00%

Vara de

Violência

Doméstica

10 2,62%

10

100,00%

6

60,00%

6

60,00%

5

50,00%

7

70,00%

8

80,00%

5

50,00%

6

60,00%

3

30,00%

7

70,00%

10

100,00%

6

60,00%

6

60,00%

4

40,00%

Page 48: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

48

Em relação aos esclarecimentos que o profissionais prestam à vítima sobre a Rede de

atendimento à mulher vítima de violência doméstica e familiar, 38,74% declararam

informar e esclarecer sempre; 19,37% do total dos informantes declarou que

frequentemente presta informações sobre os serviços e órgãos da Rede; 19,11% afirmou

que às vezes informa à vitima sobre a Rede; 13,09% declarou que raramente presta esse

tipo de informação ou esclarecimento e 9,69% declarou que nunca prestou esse tipo de

informação ou esclarecimento. Talvez esses que nunca prestam esses esclarecimentos

sejam os mesmo que desconhecem a Rede e também não conhecem e não sabem

realizar os procedimentos necessários à mulher agredida.

Page 49: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

49

3.1 Conhecimento da Rede

3.1.16 Esclarecimento feito pelo profissional a mulher vítima de violência a respeito da rede de atendimento e seus serviços às mulheres

vítimas de violência doméstica e familiar

Rede e Órgãos Rede Sempre Frequentemente às vezes Raramente Nunca

Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. %

REDE 382 100,00% 148 38,74% 74 19,37% 73 19,11% 50 13,09% 37 9,69%

CASA MÃE DA MATA 12 3,14% 9 75,00% 0 0,00% 0 0,00% 1 8,33% 2 16,67%

Casa Rosa Mulher 3 0,79% 3 100,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00%

CIOSP 43 11,26% 5 11,63% 13 30,23% 9 20,93% 7 16,28% 9 20,93%

CRAS 30 7,85% 18 60,00% 3 10,00% 3 10,00% 6 20,00% 0 0,00%

CREAS 3 0,79% 2 66,67% 0 0,00% 0 0,00% 1 33,33% 0 0,00%

DEAM 33 8,64% 21 63,64% 4 12,12% 2 6,06% 4 12,12% 2 6,06%

Defensoria Pública do Estado do Acre 6 1,57% 3 50,00% 1 16,67% 2 33,33% 0 0,00% 0 0,00%

HUERB 11 2,88% 7 63,64% 0 0,00% 2 18,18% 0 0,00% 2 18,18%

IML 6 1,57% 3 50,00% 1 16,67% 1 16,67% 1 16,67% 0 0,00%

Maternidade 9 2,36% 6 66,67% 0 0,00% 1 11,11% 0 0,00% 2 22,22%

Polícia Civil 1 0,26% 0 0,00% 0 0,00% 1 100,00% 0 0,00% 0 0,00%

Polícia Militar 195 51,05% 58 29,74% 48 24,62% 46 23,59% 30 15,38% 13 6,67%

Promotoria de violência doméstica 6 1,57% 2 33,33% 2 33,33% 1 16,67% 0 0,00% 1 16,67%

SEJUDH 3 0,79% 2 66,67% 0 0,00% 1 33,33% 0 0,00% 0 0,00%

SEPMulheres 1 0,26% 1 100,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00%

UPA 10 2,62% 2 20,00% 0 0,00% 2 20,00% 0 0,00% 6 60,00%

Vara de Violência Doméstica 10 2,62% 6 60,00% 2 20,00% 2 20,00% 0 0,00% 0 0,00%

Page 50: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

50

Quanto à percepção que os profissionais da Rede têm em relação ao conhecimento que

as mulheres vítimas de violência possuem sobre a Lei Maria da Penha, 39,95% dos

profissionais entrevistados afirmaram que a maioria das mulheres conhece a Lei, contra

25,39% que na visão dos profissionais desconhecem a Lei. A maioria dos profissionais

(51,57%) afirmou que as mulheres as quais atenderam desconhecem as medidas

protetivas asseguradas pela Lei Maria da Penha.

Page 51: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

51

3.1 Conhecimento da vítima sobre a Lei Maria da Penha na percepção dos profissionais

3.1.17 Percepção dos profissionais sobre o conhecimento das mulheres que procuram atendimento nos seus Órgãos sobre a Lei Maria da

Penha e suas medidas protetivas

Rede e Órgãos Total

Conhecimento das mulheres sobre Lei Maria da Penha na

visão dos profissionais

Conhecimento das mulheres que procuram os serviços

pela 1ª vez sobre medidas protetivas

A maioria conhece Poucas conhecem

A maioria

desconhece

Conhecem e já

usaram

Conhecem mas

nunca usaram Desconhecem

Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. %

REDE 382 - 152 39,79% 133 34,82% 97 25,39% 83 21,73% 102 26,70% 197 51,57%

CASA MÃE DA MATA 12 3,14% 3 25,00% 5 41,67% 4 33,33% 5 41,67% 0 0,00% 7 58,33%

Casa Rosa Mulher 3 0,79% 0 0,00% 2 66,67% 1 33,33% 0 0,00% 0 0,00% 3 100,00%

CIOSP 44 11,52% 16 36,36% 21 47,73% 7 15,91% 20 45,45% 13 29,55% 11 25,00%

CRAS 30 7,85% 18 60,00% 5 16,67% 7 23,33% 9 30,00% 8 26,67% 13 43,33%

CREAS 3 0,79% 1 33,33% 0 0,00% 2 66,67% 0 0,00% 0 0,00% 3 100,00%

DEAM 33 8,64% 7 21,21% 11 33,33% 15 45,45% 7 21,21% 4 12,12% 22 66,67%

Defensoria Pública do Estado do

Acre 6 1,57%

4 66,67% 2 33,33% 0 0,00% 4 66,67% 0 0,00% 2 33,33%

HUERB 11 2,88% 5 45,45% 3 27,27% 3 27,27% 0 0,00% 5 45,45% 6 54,55%

IML 6 1,57% 4 66,67% 1 16,67% 1 16,67% 1 16,67% 3 50,00% 2 33,33%

Maternidade 9 2,36% 4 44,44% 3 33,33% 2 22,22% 1 11,11% 3 33,33% 5 55,56%

Polícia Militar 195 51,05% 84 43,08% 66 33,85% 45 23,08% 27 13,85% 60 30,77% 108 55,38%

Promotoria de violência

doméstica 6 1,57%

0 0,00% 3 50,00% 3 50,00% 2 33,33% 3 50,00% 1 16,67%

SEJUDH 3 0,79% 1 33,33% 2 66,67% 0 0,00% 1 33,33% 0 0,00% 2 66,67%

SEPMulheres 1 0,26% 1 100,00% 0 0,00% 0 0,00% 1 100,00% 0 0,00% 0 0,00%

UPA 10 2,62% 2 20,00% 3 30,00% 5 50,00% 0 0,00% 2 20,00% 8 80,00%

Vara de Violência Doméstica 10 2,62% 2 20,00% 6 60,00% 2 20,00% 5 50,00% 1 10,00% 4 40,00%

Page 52: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

52

Quando os profissionais foram abordados sobre o atendimento que fazem às mulheres

vítimas de violência doméstica e familiar, em relação aos esclarecimento sobre as

medidas protetivas, onde a mulher pode utilizar, quando for o caso, 56,28% dos

profissionais afirmaram que sempre prestam esses esclarecimentos; os órgãos onde os

profissionais declararam nunca prestar esse esclarecimento foram: IML (50%), UPAs

(30%), Casa Rosa Mulher (33,33%), CREAS (33,33%), CIOSP (18,60%), Casa Mãe da

Mata (16,67%), HUERB (9,09%), Maternidade (11%), CRAS (3%), DEAM (3%) e

Polícia Militar (3,08%).

Em relação a percepção dos profissionais sobre o uso pelas mulheres vítimas de

violência doméstica e familiar das medidas protetivas, 14,40% do total dos profissionais

entrevistado acreditam que as vítimas fazem uso desse direito e 4,45% do total dos

profissionais entrevistados afirmaram que as mulheres nunca fazem uso das medidas

protetivas.

Page 53: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

53

3.1 Conhecimento da vítima sobre o uso da Lei Maria da Penha na percepção dos profissionais

3.1.18 Explicação do profissional sobre as medidas protetivas e uso dessas medidas pelas mulheres vítimas de violência doméstica e

familiar que são atendidas

Rede e Órgãos Total

Quando realiza um atendimento o profissional explica que a mulher pode, se precisar, solicitar

medidas protetivas Uso das medidas protetivas pelas mulheres que procuram atendimento no seu órgão

Sempre Frequentemente Às vezes Raramente Nunca Sempre Frequentemente Às vezes Raramente Nunca

Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. %

REDE 382 - 215 56,28% 60 15,71% 53 13,87% 26 6,81% 28 7,33% 55 14,40% 36 9,42% 180 47,12% 94 24,61% 18 4,71%

CASA MÃE DA

MATA 12 3,14%

7 58,33% 1 8,33% 0 0,00% 2 16,67% 2 16,67% 4 33,33% 0 0,00% 4 33,33% 3 25,00% 1 8,33%

Casa Rosa Mulher 3 0,79% 2 66,67% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 1 33,33% 1 33,33% 0 0,00% 0 0,00% 2 66,67% 0 0,00%

CIOSP 44 11,52% 9 20,45% 10 22,73% 11 25,00% 6 13,64% 8 18,18% 3 6,82% 3 6,82% 27 61,36% 11 25,00% 1 2,27%

CRAS 30 7,85% 19 63,33% 4 13,33% 3 10,00% 3 10,00% 1 3,33% 3 10,00% 1 3,33% 12 40,00% 13 43,33% 1 3,33%

CREAS 3 0,79% 1 33,33% 0 0,00% 1 33,33% 0 0,00% 1 33,33% 0 0,00% 0 0,00% 1 33,33% 1 33,33% 1 33,33%

DEAM 33 8,64% 28 84,85% 3 9,09% 1 3,03% 0 0,00% 1 3,03% 14 42,42% 6 18,18% 11 33,33% 2 6,06% 0 0,00% Defensoria Pública do

Estado do Acre 6 1,57%

5 83,33% 1 16,67% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 2 33,33% 4 66,67% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00%

HUERB 11 2,88% 7 63,64% 1 9,09% 1 9,09% 1 9,09% 1 9,09% 1 9,09% 0 0,00% 6 54,55% 3 27,27% 1 9,09%

IML 6 1,57% 2 33,33% 0 0,00% 1 16,67% 0 0,00% 3 50,00% 0 0,00% 3 50,00% 1 16,67% 2 33,33% 0 0,00%

Maternidade 9 2,36% 6 66,67% 0 0,00% 1 11,11% 1 11,11% 1 11,11% 2 22,22% 0 0,00% 5 55,56% 1 11,11% 1 11,11%

Polícia Militar 195 51,05% 110 56,41% 37 18,97% 30 15,38% 12 6,15% 6 3,08% 18 9,23% 10 5,13% 105 53,85% 54 27,69% 8 4,10%

Promotoria de Violência Doméstica

6 1,57% 6 100,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 2 33,33% 3 50,00% 1 16,67% 0 0,00% 0 0,00%

SEJUDH 3 0,79% 2 66,67% 0 0,00% 1 33,33% 0 0,00% 0 0,00% 1 33,33% 0 0,00% 1 33,33% 1 33,33% 0 0,00%

SepMulheres 1 0,26% 1 100,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 1 100,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00%

UPA 10 2,62% 2 20,00% 2 20,00% 2 20,00% 1 10,00% 3 30,00% 0 0,00% 1 10,00% 4 40,00% 1 10,00% 4 40,00%

Vara de Violência

Doméstica 10 2,62%

8 80,00% 1 10,00% 1 10,00% 0 0,00% 0 0,00% 4 40,00% 4 40,00% 2 20,00% 0 0,00% 0 0,00%

Page 54: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

54

A pesquisa também abordou questões relacionadas à gestão do órgão componente da

Rede. Foi levantado se os órgãos possuem algum documento orientativo para o

atendimento às vítimas de violência doméstica e familiar. Do total dos profissionais

entrevistados, 24,84% afirmou que seu órgão possui algum tipo de documento para

subsidiar o profissional na forma mais qualificada de prestar o seu atendimento.

A Casa Mãe da Mata possui o Regimento Interno, a ficha de acolhimento,

panfletos e livros;

A Casa Rosa Mulher possui uma Norma Técnica;

O CIOSP possui uma mensagem explicativa, adota a lei Maria da Penha,

Regimento e protocolos interno e o Código Civil;

DEAM possui folheto explicativo, Normativo do Delegado, Lei Maria da Penha,

Portaria da Juíza da Vara, outras portarias.

HUERB possui o fluxo de atendimento;

Maternidade possui portarias e protocolos, fluxo de atendimento;

Polícia Militar adota a Lei Maria da Penha, Caderneta do Policial, diretrizes do

projeto Policia Comunitária; Livro de Procedimentos; Instruções Normativas da Visita

Solidária e Ficha de Atendimento da Visita Solidária;

SEJUDH possui protocolos internos;

UPAS utilizam a ficha de notificação do Ministério da Saúde;

Vara de Violência Doméstica adota a ficha de atendimento e a cartilha da Vara.

Page 55: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

55

3.1 Instrumentos de Gestão

3.1.19 Existência de documento orientativo a seus profissionais sobre a forma

adequada de atendimento às mulheres vítimas de violência doméstica e familiar

Rede e Órgãos Total Existência de documento

orientativa

Abs. % Abs. %

REDE 382 - 95 24,87% Casa Mãe da Mata 12 3,14% 6 50,00% Casa Rosa Mulher 3 0,79% 1 33,33%

CIOSP 43 11,26% 11 25,58%

CRAS 30 7,85% 1 3,33%

CREAS 3 0,79% 0 0,00% DEAM 33 8,64% 14 42,42%

Defensoria Pública do Estado do Acre 6 1,57% 1 16,67% HUERB 11 2,88% 1 9,09%

IML 6 1,57% 0 0,00% Maternidade 9 2,36% 5 55,56%

Polícia Civil 1 0,26% 0 0,00% Polícia Militar 195 51,05% 44 22,56%

Promotoria de violência doméstica 6 1,57% 0 0,00% SEJUDH 3 0,79% 3 100,00%

SepMulheres 1 0,26% 0 0,00% UPA 10 2,62% 4 40,00%

Vara de Violência Doméstica 10 2,62% 4 40,00%

Page 56: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

56

Quanto a existência de instrumento e rotinas para controle a avaliação do atendimento,

bem como a existência de instrumentos de registro e cadastro de atendimento de

mulheres vítimas de violência doméstica e familiar, 40% dos entrevistados informaram

que em seus órgãos de atuação há instrumentos de controle do atendimento, onde

recorrem regularmente para avaliar a eficácia do atendimento.

Quanto a existência de instrumentos para o registro do atendimento, 59,16%

informaram existir em seus órgãos de trabalho e 28,27% informaram não ter

conhecimento.

Talvez por esse motivo, a maioria da população de Rio Branco desconheça informações

mais detalhadas e confiáveis sobre violência doméstica e familiar.

Page 57: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

57

3.1 Instrumentos de Gestão

3.1.20 Existência no órgão de instrumento de controle a avaliação do atendimento e instrumento de registro e cadastro de atendimento

de mulheres vítimas de violência doméstica e familiar

Rede e Órgãos

Total

Existência de instrumento de controle e avaliação

do atendimento

Existência de instrumento de registro e

cadastro de atendimento

Abs. % Existe Não tem conhecimento Existe

Não tem

conhecimento

Abs. % Abs. % Abs. % Abs. %

REDE 382 - 153 40,05% 135 35,34% 226 59,16% 108 28,27%

CASA MÃE DA MATA 12 3,14% 11 91,67% 1 8,33% 12 100,00% 0 0,00%

Casa Rosa Mulher 3 0,79% 2 66,67% 0 0,00% 2 66,67% 0 0,00%

CIOSP 43 11,26% 17 39,53% 15 34,88% 25 58,14% 13 30,23%

CRAS 30 7,85% 17 56,67% 2 6,67% 24 80,00% 1 3,33%

CREAS 3 0,79% 0 0,00% 1 33,33% 0 0,00% 1 33,33%

DEAM 33 8,64% 13 39,39% 16 48,48% 28 84,85% 4 12,12%

Defensoria Pública do Estado do Acre 6 1,57% 4 66,67% 0 0,00% 6 100,00% 0 0,00%

HUERB 11 2,88% 5 45,45% 1 9,09% 9 81,82% 0 0,00%

IML 6 1,57% 3 50,00% 0 0,00% 4 66,67% 0 0,00%

Maternidade 9 2,36% 5 55,56% 1 11,11% 9 100,00% 0 0,00%

Polícia Civil 1 0,26% 0 0,00% 1 100,00% 1 100,00% 0 0,00%

Polícia Militar 195 51,05% 67 34,36% 94 48,21% 84 43,08% 89 45,64%

Promotoria de violência doméstica 6 1,57% 0 0,00% 0 0,00% 6 100,00% 0 0,00%

SEJUDH 3 0,79% 2 66,67% 0 0,00% 3 100,00% 0 0,00%

SEPMulheres 1 0,26% 1 100,00% 0 0,00% 1 100,00% 0 0,00%

UPA 10 2,62% 2 20,00% 0 0,00% 4 40,00% 0 0,00%

Vara de Violência Doméstica 10 2,62% 4 40,00% 3 30,00% 8 80,00% 0 0,00%

Page 58: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

58

Quando os profissionais foram abordados sobre os locais que eles frequentemente

encaminham uma mulher vítima de violência, 76,89% afirmaram encaminhar para a

DEAM; 11,97% declararam encaminhar para o IML; 11,19% afirmaram encaminhar

tanto para a Maternidade quanto para o HUERB; os encaminhamentos para a Casa Rosa

Mulher responderam por 17,27% dos encaminhamentos; 17,52% dos profissionais

encaminham as mulheres para a Defensoria Pública e 16,30% afirmaram encaminhar as

mulheres vítimas para a Vara de Violência Doméstica.

O órgão que mais afirmaram encaminhar as mulheres vítimas de violência doméstica

para a DEAM foram o CREAS; HUERB; Promotoria de Violência Doméstica;

SEPMulheres e Promotoria de Violência Doméstica.

Page 59: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

59

3.1 Atuação Profissional X Conhecimento da Rede

3.1.21 Locais mais frequentes que os profissionais encaminham as mulheres vítimas de violência doméstica e familiar

Rede e Órgãos Total DEAM

IML

Maternidade

Barbara Heliodora HUERB Casa Rosa Mulher

Casa Abrigo Mãe da

Mata

Defensoria Pública

do Estado

Vara da Violência

Doméstica MP

Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. %

REDE 411 - 316 76,89% 49 11,92% 46 11,19% 46 11,19% 71 17,27% 60 14,60% 72 17,52% 67 16,30% 24 5,84%

CASA MÃE DA MATA 10 2,62% 3 30,00% 3 30,00% 4 40,00% 4 40,00% 3 30,00% 2 20,00% 3 30,00% 3 30,00% 2 20,00%

Casa Rosa Mulher 3 0,79% 2 66,67% 0 0,00% 1 33,33% 0 0,00% 1 33,33% 1 33,33% 1 33,33% 0 0,00% 0 0,00%

CIOSP 52 13,61% 44 84,62% 5 9,62% 3 5,77% 3 5,77% 13 25,00% 9 17,31% 10 19,23% 8 15,38% 2 3,85%

CRAS 27 7,07% 26 96,30% 1 3,70% 0 0,00% 1 3,70% 13 48,15% 1 3,70% 1 3,70% 5 18,52% 0 0,00%

CREAS 2 0,52% 2 100,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 1 50,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00%

DEAM 25 6,54% 3 12,00% 13 52,00% 9 36,00% 3 12,00% 6 24,00% 23 92,00% 17 68,00% 9 36,00% 1 4,00%

Defensoria Pública do Estado

do Acre 5 1,31%

4 80,00% 1

20,00% 0

0,00% 0

0,00% 2 40,00% 0 0,00% 0 0,00% 4 80,00% 1 20,00%

HUERB 10 2,62% 10 100,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 3 30,00% 2 20,00% 0 0,00% 2 20,00% 2 20,00%

IML 6 1,57% 3 50,00% 0 0,00% 3 50,00% 0 0,00% 1 16,67% 1 16,67% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00%

Maternidade 14 3,66% 8 57,14% 6 42,86% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 2 14,29% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00%

Polícia Militar 238 62,30% 194 81,51% 19 7,98% 25 10,50% 35 14,71% 17 7,14% 16 6,72% 28 11,76% 32 13,45% 14 5,88%

Promotoria de Violência Doméstica

2 0,52% 2 100,00%

0 0,00%

0 0,00%

0 0,00% 1 50,00% 0 0,00% 5 250,00% 1 50,00% 0 0,00%

SEJUDH 4 1,05% 3 75,00% 1 25,00% 0 0,00% 0 0,00% 3 75,00% 1 25,00% 2 50,00% 1 25,00% 0 0,00%

SEPMulheres 1 0,26% 1 100,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 1 100,00% 0 0,00% 1 100,00% 0 0,00% 0 0,00%

UPA 6 1,57% 5 83,33% 0 0,00% 1 16,67% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 1 16,67% 0 0,00%

Vara de Violência Doméstica 6 1,57% 6 100,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 6 100,00% 2 33,33% 4 66,67% 1 16,67% 2 33,33%

Page 60: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

60

A pesquisa abordou a questão da integração dos órgãos por meio do acompanhamento

das vítimas. Do total dos profissionais entrevistados da Rede, 12,30% afirmam que ao

encaminhar uma mulher vítimas de violência doméstica e familiar a outro órgão da

Rede sempre realiza o acompanhamento para certificar-se de que o problema da vítima

foi resolvido. Em contraposição, 42,67% declararam não realizar esse

acompanhamento, o que atesta falta de articulação entre os profissionais da Rede.

Ainda informaram (60%) que nunca receberam um retorno do órgão ao qual a mulher

foi encaminhada para informar sobre a situação da vítima recebida pelo órgão parceiro.

Somente 5,5% do total dos entrevistados informou que sempre dá feedback ao órgão

que procedeu o encaminhamento.

Page 61: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

61

3.1 Articulação da Rede

3.1.22 Acompanhamento pelo profissional das mulheres vítimas de violência doméstica e familiar que foram encaminhadas a outros

órgãos

Rede e Órgãos

Total

Acompanhamento do atendimento realizado junto ao órgão que a mulher foi encaminhada Feedback do órgão o qual a mulher foi encaminhada

Abs. % sempre frequentemente às vezes raramente nunca sempre frequentemente às vezes raramente nunca

Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. %

REDE 382 - 47 12,30% 34 8,90% 63 16,49% 75 19,63% 163 42,67% 21 5,50% 16 4,19% 45 11,78% 69 18,06% 231 60,47%

CASA MÃE DA MATA 12 3,14% 4 33,33% 0 0,00% 3 25,00% 0 0,00% 5 41,67% 2 16,67% 0 0,00% 5 41,67% 0 0,00% 5 41,67%

Casa Rosa Mulher 3 0,79% 0 0,00% 1 33,33% 1 33,33% 0 0,00% 1 33,33% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 1 33,33% 2 66,67%

CIOSP 44 11,52% 6 13,64% 1 2,27% 4 9,09% 4 9,09% 29 65,91% 2 4,55% 1 2,27% 2 4,55% 6 13,64% 33 75,00%

CRAS 30 7,85% 11 36,67% 2 6,67% 7 23,33% 4 13,33% 6 20,00% 4 13,33% 1 3,33% 5 16,67% 9 30,00% 11 36,67%

CREAS 3 0,79% 1 33,33% 1 33,33% 0 0,00% 0 0,00% 1 33,33% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 1 33,33% 2 66,67%

DEAM 33 8,64% 2 6,06% 3 9,09% 6 18,18% 3 9,09% 19 57,58% 2 6,06% 4 12,12% 10 30,30% 5 15,15% 12 36,36% Defensoria Pública do

Estado do Acre 6 1,57%

2 33,33% 2 33,33% 0 0,00% 1 16,67% 1 16,67% 1 16,67% 0 0,00% 0 0,00% 2 33,33% 3 50,00%

HUERB 11 2,88% 0 0,00% 1 9,09% 2 18,18% 0 0,00% 8 72,73% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 11 100,00%

IML 6 1,57% 0 0,00% 1 16,67% 0 0,00% 0 0,00% 5 83,33% 0 0,00% 1 16,67% 0 0,00% 0 0,00% 5 83,33%

Maternidade 9 2,36% 4 44,44% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 5 55,56% 3 33,33% 0 0,00% 1 11,11% 1 11,11% 4 44,44%

Polícia Militar 195 51,05% 14 7,18% 19 9,74% 34 17,44% 60 30,77% 68 34,87% 4 2,05% 8 4,10% 19 9,74% 39 20,00% 125 64,10%

Promotoria de violência doméstica

6 1,57% 0 0,00% 1 16,67% 2 33,33% 1 16,67% 2 33,33% 1 16,67% 0 0,00% 0 0,00% 1 16,67% 4 66,67%

SEJUDH 3 0,79% 1 33,33% 1 33,33% 0 0,00% 1 33,33% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 1 33,33% 2 66,67% 0 0,00%

SEPMulheres 1 0,26% 1 100,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 1 100,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00%

UPA 10 2,62% 0 0,00% 0 0,00% 2 20,00% 0 0,00% 8 80,00% 1 10,00% 0 0,00% 1 10,00% 0 0,00% 8 80,00%

Vara de Violência

Doméstica 10 2,62%

1 10,00% 1 10,00% 2 20,00% 1 10,00% 5 50,00% 1 10,00% 0 0,00% 1 10,00% 2 20,00% 6 60,00%

Page 62: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

62

Com relação às condições físicas dos órgãos da Rede, 31% do total dos profissionais

declararam que aos prédios estão adequados ao trabalho realizando pelos profissionais;

34,29% dos profissionais informaram que as instalações físicas estão parcialmente

adequadas e quase na mesma proporção do quesito anterior, os informantes declararam

que as instalações físicas estão inadequadas. Os órgãos que mais estão inadequados, na

opinião dos informantes são o IML (66,67% do total dos profissionais); CREAS

(66,67% do total dos profissionais); Casa Mãe da Mata (58,33% do total dos

profissionais) e Maternidade (55,56% do total dos profissionais) (TABELA 2.1.22)

Quanto a disponibilidade de equipamentos de trabalho em quantidade e qualidade, do

total dos profissionais entrevistados, 34,29% informou que o que o órgão dispõe atende

as necessidades; 41,62% declarou que atende parcialmente e 24,08% informou que não

atende a necessidade dos trabalho.

Os que estão mais prejudicados quanto a disponibilidade de equipamentos é o IML,

onde 66,66% dos profissionais entrevistados declararam que os equipamentos que o

órgão possui atualmente não atende a necessidade de trabalho, bem como o HUERB,

onde 54,55% dos profissionais entrevistaram afirmaram que os equipamentos são

insuficientes para a atender a demanda.

Quanto a satisfação dos servidores em relação aos equipamentos de trabalho do órgão,

estão plenamente satisfeitos a Promotoria de Violência Doméstica (100%); a SEJUDH

(100%); a SEPMulheres (100%) e a Vara de Violência Doméstica (90%) (TABELA

3.1.23).

Em relação ao número de colaboradores, 43,98% dos profissionais declararam que a

quantidade de profissionais são insuficientes. O órgão que mais foi enfático em afirmar

a sua insuficiência foi a SEPMulheres (TABELA 3.1.24).

Page 63: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

63

3.1 Condições de Trabalho

3.1.23 Condições das instalações físicas dos órgãos da Rede

Rede e Órgãos

Total Instalações físicas

Abs. % Adequada

Parcialmente

Adequada Inadequada

Abs. % Abs. % Abs. %

REDE 382 - 121 31,68% 131 34,29% 130 34,03%

CASA MÃE DA MATA 12 3,14% 2 16,67% 3 25,00% 7 58,33%

Casa Rosa Mulher 3 0,79% 2 66,67% 1 33,33% 0 0,00%

CIOSP 44 11,52% 10 22,73% 23 52,27% 11 25,00%

CRAS 30 7,85% 13 43,33% 9 30,00% 8 26,67%

CREAS 3 0,79% 0 0,00% 1 33,33% 2 66,67%

DEAM 33 8,64% 22 66,67% 11 33,33% 0 0,00%

Defensoria Pública do Estado do

Acre 6 1,57%

1 16,67% 2 33,33% 3 50,00%

HUERB 11 2,88% 2 18,18% 4 36,36% 5 45,45%

IML 6 1,57% 0 0,00% 2 33,33% 4 66,67%

Maternidade 9 2,36% 1 11,11% 3 33,33% 5 55,56%

Polícia Militar 195 51,05% 49 25,13% 68 34,87% 78 40,00%

Promotoria de Violência

doméstica 6 1,57%

5 83,33% 1 16,67% 0 0,00%

SEJUDH 3 0,79% 2 66,67% 0 0,00% 1 33,33%

SEPMulheres 1 0,26% 0 0,00% 1 100,00% 0 0,00%

UPA 10 2,62% 6 60,00% 1 10,00% 3 30,00%

Vara de Violência Doméstica 10 2,62% 6 60,00% 1 10,00% 3 30,00%

Page 64: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

64

3.1 Condições de Trabalho

3.1.24 Disponibilidade de equipamentos de trabalho, por órgão

Rede e Órgãos

Total Equipamentos

Abs. % Atende Atende parcialmente Não atende

Abs. % Abs. % Abs. %

REDE 382 - 131 34,29% 159 41,62% 92 24,08%

CASA MÃE DA MATA 12 3,14% 3 25,00% 5 41,67% 4 33,33%

Casa Rosa Mulher 3 0,79% 2 66,67% 1 33,33% 0 0,00%

CIOSP 44 11,52% 21 47,73% 18 40,91% 5 11,36%

CRAS 30 7,85% 10 33,33% 5 16,67% 15 50,00%

CREAS 3 0,79% 1 33,33% 1 33,33% 1 33,33%

DEAM 33 8,64% 17 51,52% 14 42,42% 2 6,06%

Defensoria Pública do Estado

do Acre 6 1,57% 5 83,33% 1 16,67% 0 0,00%

HUERB 11 2,88% 2 18,18% 3 27,27% 6 54,55%

IML 6 1,57% 2 33,33% 0 0,00% 4 66,67%

Maternidade 9 2,36% 3 33,33% 4 44,44% 2 22,22%

Polícia Militar 195 51,05% 43 22,05% 103 52,82% 49 25,13%

Promotoria de Violência

doméstica 6 1,57% 6 100,00% 0 0,00% 0 0,00%

SEJUDH 3 0,79% 3 100,00% 0 0,00% 0 0,00%

SEPMulheres 1 0,26% 1 100,00% 0 0,00% 0 0,00%

UPA 10 2,62% 9 90,00% 1 10,00% 0 0,00%

Vara de Violência Doméstica 10 2,62% 3 30,00% 3 30,00% 4 40,00%

Page 65: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

65

3.1 Condições de Trabalho

3.1.25 Disponibilidade colaboradores por órgão

Rede e Órgãos

Total Colaboradores

Abs. % Suficiente Insuficiente Não sabe

Abs. % Abs. % Abs. %

REDE 382 - 113 29,58% 168 43,98% 101 26,44%

CASA MÃE DA MATA 12 3,14% 8 66,67% 3 25,00% 1 8,33%

Casa Rosa Mulher 3 0,79% 2 66,67% 1 33,33% 0 0,00%

CIOSP 44 11,52% 25 56,82% 8 18,18% 11 25,00%

CRAS 30 7,85% 9 30,00% 21 70,00% 0 0,00%

CREAS 3 0,79% 2 66,67% 1 33,33% 0 0,00%

DEAM 33 8,64% 5 15,15% 28 84,85% 0 0,00%

Defensoria Pública do Estado

do Acre 6 1,57% 3 50,00% 3 50,00% 0 0,00%

HUERB 11 2,88% 4 36,36% 7 63,64% 0 0,00%

IML 6 1,57% 3 50,00% 3 50,00% 0 0,00%

Maternidade 9 2,36% 4 44,44% 5 55,56% 0 0,00%

Polícia Militar 195 51,05% 34 17,44% 74 37,95% 87 44,62%

Promotoria de Violência

doméstica 6 1,57% 4 66,67% 2 33,33% 0 0,00%

SEJUDH 3 0,79% 2 66,67% 0 0,00% 1 33,33%

SEPMulheres 1 0,26% 0 0,00% 1 100,00% 0 0,00%

UPA 10 2,62% 4 40,00% 6 60,00% 0 0,00%

Vara de Violência Doméstica 10 2,62% 4 40,00% 5 50,00% 1 10,00%

Page 66: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

66

Em relação aos recursos que financiam o órgão, do total dos profissionais, 64,92%

declarou que os recursos são de origem do tesouro do Estado (Estado e Prefeitura) e

1,83% declarou que o órgão também recebe aporte de recursos externos.

3.1 Financiamento do órgão

3.1.26 Financiamento dos serviços do Órgão

Rede e Órgãos

Total Recursos Próprios Recursos Externos

Não sabe

informar Outros

Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. %

REDE 382 - 247 64,66% 7 1,83% 126 32,98% 2 0,52%

CASA MÃE DA

MATA 12 3,14%

11 91,67% 0 0,00% 1 8,33% 0 0,00%

Casa Rosa Mulher 3 0,79% 3 100,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00%

CIOSP 44 11,26% 25 56,82% 0 0,00% 19 43,18% 0 0,00%

CRAS 30 7,85% 29 96,67% 1 3,33% 0 0,00% 0 0,00%

CREAS 3 0,79% 3 100,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00%

DEAM 33 8,64% 21 63,64% 1 3,03% 10 30,30% 1 3,03%

Defensoria Pública do

Estado do Acre 6 1,57%

5 83,33% 0 0,00% 1 16,67% 0 0,00%

HUERB 11 2,88% 8 72,73% 1 9,09% 2 18,18% 0 0,00%

IML 6 1,57% 5 83,33% 0 0,00% 1 16,67% 0 0,00%

Maternidade 9 2,36% 9 100,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00%

Polícia Militar 195 51,05% 101 51,79% 3 1,54% 91 46,67% 0 0,00%

Promotoria de

violência doméstica 6 1,57%

5 83,33% 1 16,67% 0 0,00% 0 0,00%

SEJUDH 3 0,79% 2 66,67% 0 0,00% 0 0,00% 1 33,33%

SepMulheres 1 0,26% 1 100,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00%

UPA 10 2,62% 10 100,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00%

Vara de Violência

Doméstica 10 2,62%

9 90,00% 0 0,00% 1 10,00% 0 0,00%

Page 67: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

67

Em relação a gestão participativa do órgão, quando abordados sobre a sua participação

em alguma atividade de planejamento, apenas 28% dos profissionais entrevistados

afirmou já ter participado da elaboração da proposta de atuação do órgão aonde atua.

3.1 Instrumentos de Planejamento

3.1.27 Participação do Profissional na elaboração do Planejamento do Órgão

Rede e Órgãos

Total Participa

Abs. % Abs. %

REDE 382 - 107 28,01%

Casa Mãe da Mata 12 3,14% 10 83,33%

Casa Rosa Mulher 3 0,79% 2 66,67%

CIOSP 44 11,52% 9 20,45%

CRAS 30 7,85% 27 90,00%

CREAS 3 0,79% 2 66,67%

DEAM 33 8,64% 7 21,21%

Defensoria Pública do Estado do Acre 6 1,57% 0 0,00%

HUERB 11 2,88% 4 36,36%

IML 6 1,57% 1 16,67%

Maternidade 9 2,36% 1 11,11%

Polícia Militar 195 51,05% 32 16,41%

Promotoria de violência doméstica 6 1,57% 2 33,33%

SEJUDH 3 0,79% 3 100,00%

SepMulheres 1 0,26% 1 100,00%

UPA 10 2,62% 2 20,00%

Vara de Violência Doméstica 10 2,62% 4 40,00%

Page 68: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

68

Os informantes responderam sobre a existência de programa de capacitação em seu

órgão e 11,78% dos profissionais afirmaram que o órgão dispõe de programa de

capacitação de seus servidores e 32,98% não souberam informar. É possível perceber

que os órgãos da Rede não preparam seus servidores para atuarem de forma qualificada.

3.1 Programa de Qualificação para Servidores

3.1.28 Existência de Programa de Capacitação de Profissionais no Órgão

Rede e Órgãos Abs. %

Existe Não sabe informar

Abs. % Abs. %

REDE 382 - 45 11,78% 126 32,98%

Casa Mãe da Mata 12 3,14% 7 58,33% 2 16,67%

Casa Rosa Mulher 3 0,79% 2 66,67% 0 0,00%

CIOSP 44 11,52% 3 6,82% 11 25,00%

CRAS 30 7,85% 2 6,67% 4 13,33%

CREAS 3 0,79% 0 0,00% 0 0,00%

DEAM 33 8,64% 3 9,09% 9 27,27%

Defensoria Pública do Estado do Acre 6 1,57% 0 0,00% 1 16,67%

HUERB 11 2,88% 1 9,09% 0 0,00%

IML 6 1,57% 1 16,67% 1 16,67%

Maternidade 9 2,36% 1 11,11% 1 11,11%

Polícia Militar 195 51,05% 22 11,28% 97 49,74%

Promotoria de violência doméstica 6 1,57% 0 0,00% 0 0,00%

SEJUDH 3 0,79% 2 66,67% 0 0,00%

SepMulheres 1 0,26% 0 0,00% 0 0,00%

UPA 10 2,62% 0 0,00% 0 0,00%

Vara de Violência Doméstica 10 2,62% 1 10,00% 0 0,00%

Page 69: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

69

Os entrevistados também responderam sobre o clima organizacional no local em que

atuam. Quando perguntados sobre a relação pessoal da equipe de trabalho no setor de

atuação, 24,87% informaram ser excelente; 63,87% responderam que o relacionamento

entre os colegas do setor é bom e somente 1,57 dos entrevistados estavam insatisfeitos

com o clima entre a equipe do setor (TABELA 3.1.29).

Em relação a integração dos serviço no âmbito do órgão aonde atuam, 9,69 dos

profissionais responderam ser excelente; 50,50% considera bom; 32,98% considera

razoável e somente 6,54% considera ruim (TABELA 3.1.30).

Quanto a integração dos serviços de atendimento do seu órgão com os demais órgãos da

Rede, 4,45% consideraram excelente; 39% consideraram bom; 41,10% dos

profissionais responderam que a integração é razoável; e 14,4% consideraram ruim, um

percentual expressivo (tabela 3.1.31).

Já quando foram abordados sobre a sua percepção em relação a qualidade do

atendimento à mulher vítima de violência pelo seu setor de atuação, 16,23% dos

profissionais consideraram excelente; 62% consideraram bom e somente 2,8%

consideraram ruim (TABELA 3.1.32).

Page 70: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

70

3.1 Clima Organizacional

3.1.29 Relação pessoal da equipe no setor de trabalho do órgão da Rede

Rede e Órgãos Total

Relação Pessoal da equipe de Trabalho no setor de atuação

Excelente Bom Razoável Ruim Não sabe

Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. %

REDE 382 - 95 24,87% 244 63,87% 35 9,16% 6 1,57% 2 0,52%

CASA MÃE DA MATA 12 3,14% 4 33,33% 8 66,67% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00%

Casa Rosa Mulher 3 0,79% 1 33,33% 2 66,67% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00%

CIOSP 44 11,52% 13 29,55% 30 68,18% 1 2,27% 0 0,00% 0 0,00%

CRAS 30 7,85% 13 43,33% 17 56,67% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00%

CREAS 3 0,79% 0 0,00% 3 100,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00%

DEAM 33 8,64% 15 45,45% 15 45,45% 3 9,09% 0 0,00% 0 0,00%

Defensoria Pública do Estado do Acre 6 1,57% 2 33,33% 4 66,67% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00%

HUERB 11 2,88% 2 18,18% 6 54,55% 1 9,09% 0 0,00% 2 18,18%

IML 6 1,57% 5 83,33% 1 16,67% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00%

Maternidade 9 2,36% 3 33,33% 6 66,67% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00%

Polícia Militar 195 51,05% 25 12,82% 135 69,23% 29 14,87% 6 3,08% 0 0,00%

Promotoria de violência doméstica 6 1,57% 3 50,00% 3 50,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00%

SEJUDH 3 0,79% 3 100,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00%

SEPMulheres 1 0,26% 1 100,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00%

UPA 10 2,62% 3 30,00% 6 60,00% 1 10,00% 0 0,00% 0 0,00%

Vara de Violência Doméstica 10 2,62% 2 20,00% 8 80,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00%

Page 71: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

71

3.1 Integração da Rede

3.1.30 Integração dos serviços de atendimento do Órgão

Rede e Órgãos Total

Integração dos serviços de atendimento no Órgão

Excelente Bom Razoável Ruim Não sabe

Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. %

REDE 382 - 37 9,69% 193 50,52% 127 33,25% 25 6,54% 1 0,26%

CASA MÃE DA MATA 12 3,14% 3 25,00% 7 58,33% 1 8,33% 1 8,33% 0 0,00%

Casa Rosa Mulher 3 0,79% 1 33,33% 1 33,33% 0 0,00% 0 0,00% 1 33,33%

CIOSP 44 11,52% 7 15,91% 27 61,36% 11 25,00% 0 0,00% 0 0,00%

CRAS 30 7,85% 3 10,00% 18 60,00% 6 20,00% 3 10,00% 0 0,00%

CREAS 3 0,79% 0 0,00% 0 0,00% 2 66,67% 1 33,33% 0 0,00%

DEAM 33 8,64% 3 9,09% 18 54,55% 12 36,36% 0 0,00% 0 0,00%

Defensoria Pública do Estado do Acre 6 1,57% 0 0,00% 6 100,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00%

HUERB 11 2,88% 1 9,09% 3 27,27% 4 36,36% 3 27,27% 0 0,00%

IML 6 1,57% 0 0,00% 6 100,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00%

Maternidade 9 2,36% 2 22,22% 4 44,44% 3 33,33% 0 0,00% 0 0,00%

Polícia Militar 195 51,05% 8 4,10% 92 47,18% 81 41,54% 14 7,18% 0 0,00%

Promotoria de violência doméstica 6 1,57% 4 66,67% 2 33,33% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00%

SEJUDH 3 0,79% 1 33,33% 1 33,33% 1 33,33% 0 0,00% 0 0,00%

SepMulheres 1 0,26% 1 100,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00%

UPA 10 2,62% 2 20,00% 2 20,00% 3 30,00% 3 30,00% 0 0,00%

Vara de Violência Doméstica 10 2,62% 1 10,00% 6 60,00% 3 30,00% 0 0,00% 0 0,00%

Page 72: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

72

3.1 Integração da Rede

3.1.31 Integração dos serviços de atendimento do Órgão com os demais Órgãos da Rede

Rede e Órgãos Total Integração dos serviços de atendimento do Órgão com os demais Órgãos da Rede

Excelente Bom Razoável Ruim Não sabe

Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. %

REDE 382 - 17 4,45% 149 39,01% 157 41,10% 55 14,40% 4 1,05%

CASA MÃE DA MATA 12 3,14% 2 16,67% 6 50,00% 4 33,33% 0 0,00% 0 0,00%

Casa Rosa Mulher 3 0,79% 0 0,00% 1 33,33% 2 66,67% 0 0,00% 0 0,00%

CIOSP 44 11,52% 4 9,09% 23 52,27% 12 27,27% 3 6,82% 2 4,55%

CRAS 30 7,85% 2 6,67% 15 50,00% 10 33,33% 3 10,00% 0 0,00%

CREAS 3 0,79% 0 0,00% 1 33,33% 1 33,33% 1 33,33% 0 0,00%

DEAM 33 8,64% 2 6,06% 15 45,45% 13 39,39% 3 9,09% 0 0,00%

Defensoria Pública do Estado do Acre 6 1,57% 0 0,00% 2 33,33% 4 66,67% 0 0,00% 0 0,00%

HUERB 11 2,88% 0 0,00% 1 9,09% 6 54,55% 4 36,36% 0 0,00%

IML 6 1,57% 0 0,00% 2 33,33% 3 50,00% 1 16,67% 0 0,00%

Maternidade 9 2,36% 0 0,00% 5 55,56% 4 44,44% 0 0,00% 0 0,00%

Polícia Militar 195 51,05% 5 2,56% 70 35,90% 92 47,18% 27 13,85% 1 0,51%

Promotoria de violência doméstica 6 1,57% 1 16,67% 2 33,33% 0 0,00% 3 50,00% 0 0,00%

SEJUDH 3 0,79% 1 33,33% 1 33,33% 1 33,33% 0 0,00% 0 0,00%

SepMulheres 1 0,26% 0 0,00% 1 100,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00%

UPA 10 2,62% 0 0,00% 1 10,00% 2 20,00% 7 70,00% 0 0,00%

Vara de Violência Doméstica 10 2,62% 0 0,00% 3 30,00% 3 30,00% 3 30,00% 1 10,00%

Page 73: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

73

3.1 Qualidade do Atendimento

3.1.32 Qualidade do atendimento às mulheres vítimas no setor de trabalho na percepção do profissional

Rede e Órgãos Total

Qualidade do atendimento às mulheres vítimas no setor de trabalho

Excelente Bom Razoável Ruim Não sabe

Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. %

REDE 382 - 62 16,23% 237 62,04% 68 17,80% 11 2,88% 4 1,05%

CASA MÃE DA MATA 12 3,14% 4 33,33% 7 58,33% 1 8,33% 0 0,00% 0 0,00%

Casa Rosa Mulher 3 0,79% 1 33,33% 2 66,67% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00%

CIOSP 44 11,52% 7 15,91% 27 61,36% 8 18,18% 0 0,00% 2 4,55%

CRAS 30 7,85% 5 16,67% 17 56,67% 5 16,67% 1 3,33% 2 6,67%

CREAS 3 0,79% 0 0,00% 2 66,67% 1 33,33% 0 0,00% 0 0,00%

DEAM 33 8,64% 8 24,24% 20 60,61% 5 15,15% 0 0,00% 0 0,00%

Defensoria Pública do Estado do Acre 6 1,57% 1 16,67% 5 83,33% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00%

HUERB 11 2,88% 0 0,00% 10 90,91% 1 9,09% 0 0,00% 0 0,00%

IML 6 1,57% 1 16,67% 3 50,00% 1 16,67% 1 16,67% 0 0,00%

Maternidade 9 2,36% 2 22,22% 7 77,78% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00%

Polícia Militar 195 51,05% 22 11,28% 122 62,56% 43 22,05% 8 4,10% 0 0,00%

Promotoria de violência doméstica 6 1,57% 3 50,00% 3 50,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00%

SEJUDH 3 0,79% 1 33,33% 2 66,67% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00%

SEPMulheres 1 0,26% 0 0,00% 1 100,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00%

UPA 10 2,62% 4 40,00% 3 30,00% 2 20,00% 1 10,00% 0 0,00%

Vara de Violência Doméstica 10 2,62% 3 30,00% 6 60,00% 1 10,00% 0 0,00% 0 0,00%

Page 74: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

74

3.1 Condições de Trabalho

3.1.33 Problemas identificados

Espaço físico inadequado (pequeno); materiais insuficientes

Falta de privacidade e segurança no atendimento no HUERB;

Falta de segurança no atendimento a vítimas nas UPA’S

Falta de segurança nos CRAS;

Insuficiência de computadores, falta de

telefone nos CRAS;

Falta de Médicos e outros servidores com perfil no IML;

Estrutura física inadequada para o atendimento a vítimas de violência sexual no

IML;

Estrutura física comprometida com rachaduras na Casa Mãe da Mata, bem como

necessitando de reparos e pinturas;

Alojamentos da Casa Mãe da Mata inadequado, pois não existe climatização

e/ou ventilação;

Espaço físico dos Batalhões da Polícia Militar estão deteriorados;

Espaços insuficientes para realizar os cursos profissionalizantes na Casa Rosa

Mulher;

Cadeiras desconfortáveis no CIOSP;

Insuficiência de material educativo para distribuir para as mulheres;

Poucos computadores na Vara de Violência Doméstica;

Insuficiência de mobiliários

Insuficiência de rádios comunicação nas policias;

Poucos veículos/viaturas e armamentos na DEAM;

Insuficiência de servidores com perfil adequado para atuar na DEAM;

Insuficiência de material de informática na Maternidade (falta tonner);

Poucos policiais na DEAM;

3.1.34 Sugestões de melhorias

Adicionar outra sala para atendimento com as crianças do IML;

Criar um espaço adequado na maternidade para atendimento de crianças vítimas

de violência sexual;

Page 75: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

75

Melhorar as instalações físicas dos Batalhões da Policia Militar e dos CRAS;

Contratar policiais para a DEAM;

Melhorar a estrutura de veículos para os órgãos da Rede;

Disponibilizar em quantidade suficiente materiais e equipamentos médicos para

as UPAs e HUERB;

Adequar os leitos do HUERB;

Construir alojamento nos Batalhões e adquirir armamentos não letais para a PM.

Preparar os profissionais da Segurança Pública para compreender a dimensão

psicológica e social da vítima e do autor de violência doméstica e familiar;

Capacitar os profissionais da Rede para conhecer a Lei Maria da Penha;

Articular a Rede de atendimento às mulheres vítimas de violência doméstica e

familiar;

Capacitar os profissionais em qualidade no atendimento à vitima e autor de

crimes contra a mulher;

Criar um programa unificado para ter acesso ao histórico da mulher – Prontuário

eletrônico com banco de dados informatizados;

Ampliar os programas de prevenção à violência doméstica e familiar contra a

mulher;

Capacitar e sensibilizar os médicos e enfermeiros para a causa, bem como de

todos os profissionais de saúde;

Divulgar e veicular os serviços da rede;

Reduzir a demora nos processos;

Realizar concurso público para servidores efetivos, no sentido de ter

continuidade nos serviços;

Acompanhamento dos procedimentos realizados nos órgãos da rede as mulheres

vítimas;

Reduzir a violência;

Redesenhar o fluxo de todas as instituições que compõe a rede;

Necessidade de humanização e respeito no atendimento às mulheres;

Melhorar o atendimento na Delegacia, prestando informações dos

procedimentos adotados para resolutividade do problema, além de reduzir o

tempo de espera da vítima;

Criar grupo de estudo;

Page 76: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

76

Criar um sistema de comunicação eficaz da Rede.

Page 77: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

77

3.2 Informações Gerais das Vítimas

As mulheres vítimas de violência doméstica e familiar são eminentemente jovens. Das

176 informantes, 51,7% encontram-se na faixa etária entre 25 e 39 anos de idade. A

Regional que possui o maior número de mulheres nessa faixa etária é a Regional II, com

32,97%. Destacam-se ainda as mulheres na faixa etária de 15 a 24 anos, com 27,27%,

parcialmente distribuídas na Regional V, com 33,33%, seguida da Regional II, com

29,17% das vítimas e a Regional I, com 27,27% das mulheres vítimas de violência

doméstica e familiar. Somando-se essas duas faixas etárias, o percentual salta para

78,98%. As faixas etárias extremas também chamam a atenção: houve um registro de

uma menor de 15 anos de idade, residente na Regional V e as mulheres acima de 60

anos representaram 1,7% do total de informantes, sendo essas moradoras da Regional V

(66,67%) e da Regional I (33,33%).

Com relação à cor/raça, 78,98% das informantes se declararam pardas, concentradas na

Regional II, com 33,09%, seguido da Regional V, com 23,74% das mulheres residentes.

As mulheres brancas representaram 10,80% e concentram-se na Regional IV. A

Regional IV tem uma característica particular, pois concentra o maior numero de

conjuntos habitacionais. As mulheres pretas responderam por 9,09% do total das

informantes, concentrando-se nas Regionais II e V, ambas com 31,25% das mulheres.

As mulheres indígenas representaram 1,14%, igualmente residentes nas regionais das

mulheres pretas, Regionais II e V.

Quanto ao estado civil, predominantemente as informantes se declararam solteiras,

totalizando 47,73% das mulheres. Talvez esse número elevado seja em função da

ausência do registro formal de casamento e pela relação instável com os parceiros. Foi

possível perceber durante as entrevistas um sentimento de “insegurança” quando se

referiam ao relacionamento conjugal, sobretudo por ser uma relação conflituosa e pela

mulher se considerar, a partir do momento da denúncia uma pessoa “livre”. A Regional

com o maior número de mulheres que se declararam solteiras foi a II, com 26,19% das

vítimas. As mulheres que se declararam com união estável responderam por 29,55% do

total, sendo que 42,3% delas residem na Regional II e as casadas somaram 13,65%,

concentradas na Regional IV, totalizando 29,17%. As mulheres que se declararam

separadas e viúvas foram à minoria, com 5,58% e 3,41% respectivamente, sendo que as

separadas estão concentradas na Regional II, com 40% delas e as viúvas igualmente

distribuídas nas Regionais IV e V, respondendo por 33,33 ambas, conforme tabela 3.2.1

abaixo.

Quase a metade das informantes se declararam adeptas da religião evangélica,

totalizando 47,16% das 176 mulheres, onde 32,53% estão na Regional II. As católicas

respondem por 35,8% do total. As mulheres que não possuem religião totalizaram

14,77% e estão concentradas na Regional V, com 38,45%. Uma mulher de outra

localidade se declarou budista e os de religião espírita representaram 1,70% do total das

informantes. Nenhuma mulher se declarou de religião de matriz africana, como

candomblé (tabela3.2.1).

Page 78: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

78

3.2 Informações Gerais

3.2.1 Informantes segundo grupo de idade, cor/raça, estado civil e religião, valores absolutos e relativos em Rio Branco por Regional.

Grupo de Idades, Cor/Raça,

Estado Civil e Religião

Rio Branco Regional I Regional II Regional III Regional IV Regional V Outras

Localidades

Abs % Abs % Abs % Abs % Abs % Abs % Abs %

Grupo de Idades 176 - 12 6,82% 54 30,68% 25 14,20% 40 22,73% 41 23,30% 4 2,27%

Menor de 15 anos 1 0,57% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 1 100,00% 0 0,00%

De 15 até 24 anos 48 27,27% 3 6,25% 14 29,17% 3 6,25% 10 20,83% 16 33,33% 2 4,17%

De 25 até 39 anos 91 51,70% 5 5,49% 30 32,97% 16 17,58% 23 25,27% 16 17,58% 1 1,10%

De 40 até 59 anos 33 18,75% 3 9,09% 10 30,30% 6 18,18% 7 21,21% 6 18,18% 1 3,03%

Maior de 60 anos 3 1,70% 1 33,33% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 2 66,67% 0 0,00%

Cor/Raça 176 - 12 6,82% 54 30,68% 25 14,20% 40 22,73% 41 23,30% 4 2,27%

Branca 19 10,80% 2 10,53% 2 10,53% 4 21,05% 7 36,84% 2 10,53% 2 10,53%

Indígena 2 1,14% 0 0,00% 1 50,00% 0 0,00% 0 0,00% 1 50,00% 0 0,00%

Parda 139 78,98% 9 6,47% 46 33,09% 19 13,67% 30 21,58% 33 23,74% 2 1,44%

Preta 16 9,09% 1 6,25% 5 31,25% 2 12,50% 3 18,75% 5 31,25% 0 0,00%

Estado Civil 176 - 12 6,82% 54 30,68% 25 14,20% 40 22,73% 41 23,30% 4 2,27%

Casada 24 13,64% 2 8,33% 5 20,83% 3 12,50% 7 29,17% 6 25,00% 1 4,17%

Separada 10 5,68% 1 10,00% 4 40,00% 1 10,00% 1 10,00% 3 30,00% 0 0,00%

Solteira 84 47,73% 5 5,95% 22 26,19% 14 16,67% 21 25,00% 19 22,62% 3 3,57%

União Estável 52 29,55% 3 5,77% 22 42,31% 7 13,46% 9 17,31% 11 21,15% 0 0,00%

Viúva 6 3,41% 1 16,67% 1 16,67% 0 0,00% 2 33,33% 2 33,33% 0 0,00%

Religião 176 - 12 6,82% 54 30,68% 25 14,20% 40 22,73% 41 23,30% 4 2,27%

Budista 1 0,57% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 1 100,00%

Católico 63 35,80% 6 9,52% 19 30,16% 12 19,05% 13 20,63% 11 17,46% 2 3,17%

Espírita 3 1,70% 0 0,00% 1 33,33% 0 0,00% 1 33,33% 1 33,33% 0 0,00%

Evangélico 83 47,16% 4 4,82% 27 32,53% 12 14,46% 20 24,10% 19 22,89% 1 1,20%

Não tem religião 26 14,77% 2 7,69% 7 26,92% 1 3,85% 6 23,08% 10 38,46% 0 0,00%

Page 79: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

79

A tabela abaixo (3.2.2) apresenta a situação das mulheres vítimas de violência

doméstica e familiar quanto à escolaridade. Do total, 33,39% se declararam ter ensino

fundamental incompleto. Nesse nível de escolaridade, a Regional V apresentou a maior

participação percentual, com 31,58% das mulheres, seguida da Regional II nesse mesmo

nível de escolaridade, com 29,82% das informantes. A segunda posição em relação a

escolaridade estão as informantes que se declararam com ensino médio completo,

respondendo por 23,30% do total. Nesse nível de escolaridade, o maior percentual de

mulheres está na Regional II, com 39,02% delas, seguida da Regional IV, com 29,27%

e, posteriormente a Regional V, com 14,63% das mulheres com ensino médio completo.

Ainda em relação a escolaridade, as que se declararam não alfabetizadas e alfabetizadas

juntas respondem por 5,68% do total das informantes. A minoria correspondem as

mulheres com ensino superior completo, igualmente distribuídas nas Regionais I, II e

IV. Das 25 mulheres entrevistadas da Regional III, nenhuma se declarou com curso

superior completo, a predominância nessa Regional são mulheres com ensino

fundamental incompleto (44%).

Page 80: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

80

3.2 Informações Gerais

3.2.2 Informantes segundo a escolaridade, valores absolutos e relativos por Regional

Regionais Rio Branco

Não

alfabetizada Alfabetizada

Ensino

Fundamental

Incompleto

Ensino

Fundamental

Completo

Ensino Médio

Incompleto

Ensino Médio

Completo

Ensino

Superior

Incompleto

Ensino Superior

Completo

Abs % Abs % Abs % Abs % Abs % Abs % Abs % Abs % Abs %

Rio Branco 176 - 6 3,41% 4 2,27% 57 32,39% 20 11,36% 29 16,48% 41 23,30% 12 6,82% 7 3,98%

Regional I 12 6,82% 0 0,00% 1 25,00% 2 3,51% 3 15,00% 1 3,45% 1 2,44% 2 16,67% 2 28,57%

Regional II 54 30,68% 2 33,33% 0 0,00% 17 29,82% 8 40,00% 7 24,14% 16 39,02% 2 16,67% 2 28,57%

Regional III 25 14,20% 2 33,33% 1 25,00% 11 19,30% 0 0,00% 4 13,79% 5 12,20% 2 16,67% 0 0,00%

Regional IV 40 22,73% 1 16,67% 1 25,00% 8 14,04% 5 25,00% 9 31,03% 12 29,27% 2 16,67% 2 28,57%

Regional V 41 23,30% 0 0,00% 1 25,00% 18 31,58% 4 20,00% 8 27,59% 6 14,63% 3 25,00% 1 14,29%

Outras

Localidades 4 2,27% 1 16,67% 0 0,00% 1 1,75% 0 0,00% 0 0,00% 1 2,44% 1 8,33% 0 0,00%

Page 81: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

81

Com relação a ocupação, 41,48% das mulheres se declararam donas de casa, onde

38,35% desse percentual reside na Regional II; 14,48% das entrevistadas são

trabalhadoras autônomas, sendo que a maior representação está na Regional V, com

37,93% das delas. As vendedoras se destacaram entre as ocupações, com 6,25% das

informantes, concentrando-se também na Regional V, assim como as empregadas

domésticas, que representam 7,95% do total das mulheres ocupadas, distribuídas nas

Regionais IV, com 28,57% e Regionais I e V, igualmente responderam por 21,43% das

empregadas domésticas.

Um destaque para as ocupações é que somente 15,34% das mulheres ocupadas possuem

carteira assinada.

A maioria das mulheres possuem renda de até 1 salário mínimo, totalizando 53,41%,

cuja concentração estão nas Regionais II e V, respectivamente respondem por 28,72% e

27,66% nessa faixa de renda. Já a faixa de renda entre 1 e 2 salários mínimos

corresponde a 30,11% do total das informantes. Nessa faixa de renda, a concentração de

mulheres está na Regional II, com 37,74% e na Regional IV, com 28,30% das mulheres.

Somando as faixas de renda entre menor de 1 e 2 salários mínimos, o percentual de

mulheres é superiormente significativo, respondendo por 83,52% do total das

informantes. As mulheres com renda acima de 5 salários mínimos respondeu por 1,70%

igualmente residentes nas Regionais III e V e em outras localidades fora de Rio Branco.

Com relação ao recebimento de algum benefício, 27,93% das informantes declararam

ser beneficiária do Programa Bolsa Família. A Regional III possui o maior percentual

de mulheres com esse benefício, respondendo por 28% das mulheres, seguida da

Regional II, com 26% e da Regional V, com 24% das mulheres que recebem esse

beneficio de transferência de renda. Destaca-se que mais da metade das mulheres

informantes (53,07%) não possuem nenhum beneficio financeiro.

As mulheres que possuem pensão alimentícia correspondem a 8,38% do total, sendo

que a grande maioria (60%) delas está na Regional II.

Ainda que não apareça na pesquisa, as mulheres que declararam renda, não beneficiárias

de programas de transferência de renda ou outros benefícios previdenciários e se

enquadraram na categoria de dona de casa, na maioria das vezes se diziam ser

dependentes financeiramente de algum membro da família.

Page 82: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

82

3.2 Informações Gerais

3.2.3 Informantes segundo grupo ocupação, vínculo empregatício, faixa de renda familiar, beneficiária de programas de transferência de

renda ou outros benefícios, em valores absolutos e relativos em Rio Branco por Regional.

Ocupação, vínculo empregatício e faixa de

renda familiar, beneficiária de programas de

transferência de renda ou outros benefícios.

Rio Branco Regional I Regional II Regional III Regional IV Regional V Outras Localidades

Abs % Abs % Abs % Abs % Abs % Abs % Abs %

Ocupação 176 - 12 6,82% 54 30,68% 25 14,20% 40 22,73% 41 23,30% 4 2,27%

Funcionária Pública 12 6,82% 1 8,33% 4 33,33% 1 8,33% 5 41,67% 1 8,33% 0 0,00%

Autônoma 29 16,48% 1 3,45% 8 27,59% 3 10,34% 5 17,24% 11 37,93% 1 3,45%

Empregada Doméstica 14 7,95% 3 21,43% 2 14,29% 2 14,29% 4 28,57% 3 21,43% 0 0,00%

Vendedora 11 6,25% 0 0,00% 3 27,27% 1 9,09% 3 27,27% 4 36,36% 0 0,00%

Dona de Casa 73 41,48% 2 2,74% 28 38,36% 13 17,81% 16 21,92% 13 17,81% 1 1,37%

Outras 37 21,02% 5 13,51% 9 24,32% 5 13,51% 7 18,92% 9 24,32% 2 5,41%

Vinculo Empregatício 176 - 12 6,82% 54 30,68% 25 14,20% 40 22,73% 41 23,30% 4 2,27%

Carteira assinada 27 15,34% 2 7,41% 12 44,44% 4 14,81% 6 22,22% 3 11,11% 0 0,00%

Faixa de renda familiar 176 - 12 6,82% 54 30,68% 25 14,20% 40 22,73% 41 23,30% 4 2,27%

Até 1 salário mínimo 94 53,41% 7 7,45% 27 28,72% 16 17,02% 16 17,02% 26 27,66% 2 2,13%

Entre 1 e 2 salários Mínimos 53 30,11% 2 3,77% 20 37,74% 4 7,55% 15 28,30% 12 22,64% 0 0,00%

Entre 2 e 3 salários Mínimos 14 7,95% 1 7,14% 4 28,57% 3 21,43% 5 35,71% 0 0,00% 1 7,14%

Entre 3 e 4 salários Mínimos 8 4,55% 2 25,00% 2 25,00% 0 0,00% 2 25,00% 2 25,00% 0 0,00%

Entre 4 e 5 salários Mínimos 4 2,27% 0 0,00% 1 25,00% 1 25,00% 2 50,00% 0 0,00% 0 0,00%

Acima de 5 salários Mínimos 3 1,70% 0 0,00% 0 0,00% 1 33,33% 0 0,00% 1 33,33% 1 33,33%

Programas de transferências de renda e/ou

outros benefícios* 179 12 6,70% 54 30,17% 27 15,08% 41 22,91% 41 22,91% 4 2,23%

Aposentadoria 9 5,03% 2 22,22% 1 11,11% 2 22,22% 2 22,22% 2 22,22% 0 0,00%

Auxilio Doença 10 5,59% 0 0,00% 3 30,00% 2 20,00% 2 20,00% 3 30,00% 0 0,00%

Bolsa Família 50 27,93% 2 4,00% 13 26,00% 14 28,00% 9 18,00% 12 24,00% 0 0,00%

Pensão Alimentícia 15 8,38% 1 6,67% 9 60,00% 1 6,67% 2 13,33% 2 13,33% 0 0,00%

Não possui benefício 95 53,07% 7 7,37% 28 29,47% 8 8,42% 26 27,37% 22 23,16% 4 4,21%

Page 83: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

83

Do total das mulheres informantes, 87,5% possuem filhos. A concentração das mães

está na Regional II, com 38,2% das mulheres. As Regionais V e IV respondem por

24,03% e 22,73% respectivamente. A Regional que apresenta o menor percentual de

mulheres com filhos é a Regional I, do centro da cidade. A média de filhos por mulher é

de 2,5 e a maior representação está no extrato de 2 filhos, com 27,92%. A Regional V

possui a maior concentração de mulheres com 2 filhos, respondendo por 30,23% das

informantes.

Com relação à idade dos filhos, uma parcela significativa está na faixa etária entre 5 e

14 anos de idade, correspondendo a 46,32%, sendo 24,94% na faixa de 5 a 9 anos de

idade e 21,38% na faixa etária de 10 a 14 anos. Somente 9,98% possuem idade acima de

25 anos, estando uma parcela significativa na Regional IV, com 40,48% dos filhos

nessa faixa etária.

Do total das mulheres que declararam ter filhos, 59% possuem filhos com o atual

companheiro e as demais os filhos são de relacionamentos anteriores. As informantes

estão igualmente concentradas nas Regionais III, IV e V, com 21,98% do total das que

possuem filhos do atual relacionamento em cada uma das Regionais.

Page 84: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

84

3.2 Informações Gerais

3.2.4 Informantes segundo existência de filhos, quantidade de filhos, faixa de idade dos filhos e quantidade de filhos do atual companheiro em valores absolutos e

relativos em Rio Branco por Regional.

Existência de filhos,

quantidade de filhos, faixa de

idade dos filhos e quantidade

de filhos do atual companheiro

Rio Branco Regional I Regional II Regional III Regional IV Regional V Outras

Localidades

Abs % Abs % Abs % Abs % Abs % Abs % Abs %

Existência de filhos 176 - 12 6,82% 54 30,68% 25 14,20% 40 22,73% 41 23,30% 4 2,27%

Possui filhos 154 87,50% 8 5,19% 49 31,82% 22 14,29% 35 22,73% 37 24,03% 3 1,95%

Quantidade de Filhos 154 - 8 5,19% 49 31,82% 22 14,29% 35 22,73% 37 24,03% 3 1,95%

1 filho 34 22,08% 3 8,82% 13 38,24% 2 5,88% 6 17,65% 9 26,47% 1 2,94%

2 filhos 43 27,92% 2 4,65% 11 25,58% 6 13,95% 11 25,58% 13 30,23% 0 0,00%

3 filhos 35 22,73% 0 0,00% 13 37,14% 5 14,29% 10 28,57% 7 20,00% 0 0,00%

4 filhos 21 13,64% 2 9,52% 4 19,05% 4 19,05% 6 28,57% 4 19,05% 1 4,76%

5 filhos 14 9,09% 1 7,14% 7 50,00% 2 14,29% 1 7,14% 2 14,29% 1 7,14%

Acima de 5 filhos 7 4,55% 0 0,00% 1 14,29% 3 42,86% 1 14,29% 2 28,57% 0 0,00%

Faixa de idade dos filhos 421 - 19 4,51% 127 30,17% 73 17,34% 94 22,33% 98 23,28% 10 2,38%

Até 1 ano 17 4,04% 0 0,00% 8 47,06% 1 5,88% 4 23,53% 4 23,53% 0 0,00%

1 – 4 anos de idade 65 15,44% 1 1,54% 18 27,69% 8 12,31% 16 24,62% 19 29,23% 3 4,62%

5 – 9 anos de idade 105 24,94% 4 3,81% 32 30,48% 13 12,38% 27 25,71% 27 25,71% 2 1,90%

10 14 anos de idade 90 21,38% 4 4,44% 34 37,78% 16 17,78% 15 16,67% 21 23,33% 0 0,00%

15 – 19 anos de idade 54 12,83% 5 9,26% 15 27,78% 17 31,48% 6 11,11% 9 16,67% 2 3,70%

20 – 24 anos de idade 48 11,40% 1 2,08% 18 37,50% 10 20,83% 9 18,75% 8 16,67% 2 4,17%

25 anos de idade ou mais 42 9,98% 4 9,52% 2 4,76% 8 19,05% 17 40,48% 10 23,81% 1 2,38%

Quantidade de Filhos com o

atual companheiro 91 59% 7 7,69% 14 15,38% 20 21,98% 20 21,98% 20 21,98% 2 2,20%

1 filho 42 46,15% 4 9,52% 11 26,19% 6 14,29% 11 26,19% 9 21,43% 1 2,38%

2 filhos 30 32,97% 3 10,00% 10 33,33% 1 3,33% 8 26,67% 8 26,67% 0 0,00%

3 filhos 11 12,09% 0 0,00% 5 45,45% 2 18,18% 1 9,09% 2 18,18% 1 9,09%

4 filhos 4 4,40% 0 0,00% 0 0,00% 3 75,00% 1 25,00% 0 0,00% 0 0,00%

5 filhos 3 3,30% 0 0,00% 1 33,33% 1 33,33% 0 0,00% 1 33,33% 0 0,00%

Acima de 5 filhos 1 1,10% 0 0,00% 0 0,00% 1 100,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00%

Page 85: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

85

É comum ouvir que a violência doméstica e familiar possui um fator de risco iminente,

que é o uso de alguma substância psicoativa, tal como álcool e outras drogas. A

particularidade desse tipo de violência é possuir qualquer tipo vínculo afetivo, mesmo

que se trate de algo momentâneo e passageiro, envolvendo as duas partes. Diante da

hipótese de que o uso de qualquer substância psicoativa potencializa a violência,

22,73% das informantes se declararam consumidoras de bebida alcoólica,

concentrando-se na Regional II, com 42,50% das consumidoras. As que fazem uso de

remédio controlado somam 17,05% das mulheres e 57,39% declararam que não fazem

uso de nenhuma substância psicoativa. Com relação à regularidade desse consumo,

41,67% das informantes dizem fazer uso diário, que provavelmente trata-se do uso de

remédios controlados e as que consomem bebida alcoólica socialmente, que

representam 27,78%. A grande maioria reside na Regional II e as que consomem

regularmente bebida alcoólica nos finais de semana concentram-se na Regional IV.

Page 86: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

86

3.2 Informações Gerais

3.2.5 Informantes segundo consumo e frequência de substância psicoativa, em valores absolutos e relativos em Rio Branco por Regional

Consumo e frequência de substância psicoativa

da vítima de violência doméstica e familiar

Rio Branco Regional I Regional II Regional III Regional IV Regional V Outras

Localidades

Abs % Abs % Abs % Abs % Abs % Abs % Abs %

Consumo de substância psicoativa 176 - 12 6,82% 54 30,68% 25 14,20% 40 22,73% 41 23,30% 4 2,27%

Bebida Alcoólica 40 22,73% 1 2,50% 17 42,50% 6 15,00% 7 17,50% 6 15,00% 3 7,50%

Cigarro 5 2,84% 0 0,00% 1 20,00% 1 20,00% 0 0,00% 3 60,00% 0 0,00%

Remédio Controlado 30 17,05% 2 6,67% 9 30,00% 7 23,33% 6 20,00% 6 20,00% 0 0,00%

Não consome 101 57,39% 9 8,91% 27 26,73% 11 10,89% 27 26,73% 26 25,74% 1 0,99%

Frequência do Consumo de substância

psicoativa 72 - 3 4,17% 26 36,11% 14 19,44% 12 16,67% 15 20,83% 2 2,78%

Diariamente 30 41,67% 2 6,67% 8 26,67% 7 23,33% 5 16,67% 8 26,67% 0 0,00%

Final de Semana 16 22,22% 1 6,25% 3 18,75% 3 18,75% 5 31,25% 3 18,75% 1 6,25%

Socialmente 20 27,78% 0 0,00% 11 55,00% 3 15,00% 2 10,00% 3 15,00% 1 5,00%

Outras 6 8,33% 0 0,00% 4 66,67% 1 16,67% 0 0,00% 1 16,67% 0 0,00%

Page 87: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

87

A singularidade da violência doméstica e familiar é a relação de vínculo entre a vítima e

o autor da violência. Quando perguntada à vítima qual a relação de proximidade com o

autor da violência, 75% dos agressores são companheiros (38,07%) ou ex-companheiros

(36,93%). Os parentes foram responsáveis por 9,96% das agressões registradas no

período; ainda 7,95% são amigos das vítimas e 6,82% são namorados das vítimas.

Foram considerados na pesquisa a categoria amigo e desconhecido pela particularidade

da ocorrência da violência.

Outra variável que chama a atenção é com relação ao tempo de relacionamento entre a

vítima e o agressor. A maioria das mulheres vitimadas ultrapassam o tempo de 5 anos

de relacionamento, totalizando 52.32%. Os relacionamentos mais duradouros, acima de

10 anos de convivência, estão na Regional II, com 41,19%. Já os relacionamento entre 5

e 10 anos se concentram na regional V, com 31,11%,s seguida da Regional IV, com

28,89%. Já os relacionamento com menos de 1 ano de duração representam o menor

percentual, respondem por 5,30% do total e a metade desse percentual está na Regional

V. Igualmente importante são os relacionamento com duração entre 1 e 2 anos, que

totalizam 14,57%, onde a Regional II responde pela metade dos casos.

Com relação ao sexo do autor da violência, 95,45% são do sexo masculino e 4,45% são

do sexo feminino. Dos 8 autores de violência do sexo feminino, 2 deles são

relacionamentos homoafetivos.

Page 88: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

88

3.2 Vínculo entre vítima e o autor da violência doméstica e familiar contra a mulher

3.2.6 Informantes segundo grau de proximidade com o autor de violência, tempo de relacionamento e sexo do autor de violência em

valores absolutos e relativos em Rio Branco por Regional.

Proximidade da vítima com o autor, tempo de

relacionamento e sexo do autor da violência

Rio Branco Regional I Regional II Regional III Regional IV Regional V Outras

Localidades

Abs % Abs % Abs % Abs % Abs % Abs % Abs %

Proximidade da vítima com o autor da violência

sofrida 176 - 12 6,82% 54 30,68% 25 14,20% 40 22,73% 41 23,30% 4 2,27%

Companheiro 67 38,07% 6 8,96% 22 32,84% 7 10,45% 18 26,87% 13 19,40% 1 1,49%

Ex-companheiro 65 36,93% 4 6,15% 17 26,15% 12 18,46% 16 24,62% 16 24,62% 0 0,00%

Namorado 12 6,82% 0 0,00% 6 50,00% 1 8,33% 2 16,67% 2 16,67% 1 8,33%

Amigo/conhecido 14 7,95% 0 0,00% 3 21,43% 3 21,43% 3 21,43% 4 28,57% 1 7,14%

Parente 17 9,66% 2 11,76% 6 35,29% 2 11,76% 1 5,88% 5 29,41% 1 5,88%

Desconhecido 1 0,57% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 1 100,00% 0 0,00%

Tempo de relacionamento entre a vítima e o

autor, para o caso de relacionamento afetivo 151 - 10 6,62% 46 30,46% 20 13,25% 38 25,17% 34 22,52% 3 1,99%

Menos de 1 ano 8 5,30% 0 0,00% 1 12,50% 2 25,00% 1 12,50% 4 50,00% 0 0,00%

1 ano e menos de 2 anos 22 14,57% 0 0,00% 11 50,00% 3 13,64% 6 27,27% 2 9,09% 0 0,00%

2 anos e menos de 3 anos 10 6,62% 2 20,00% 3 30,00%

0,00% 2 20,00% 2 20,00% 1 10,00%

3 anos e menos de 4 anos 20 13,25% 1 5,00% 5 25,00% 2 10,00% 6 30,00% 5 25,00% 1 5,00%

4 anos e menos de 5 anos 12 7,95% 1 8,33% 3 25,00% 3 25,00% 2 16,67% 3 25,00% 0 0,00%

Entre 5 e 10 anos 45 29,80% 4 8,89% 9 20,00% 4 8,89% 13 28,89% 14 31,11% 1 2,22%

Acima de 10 anos 34 22,52% 2 5,88% 14 41,18% 6 17,65% 8 23,53% 4 11,76% 0 0,00%

Sexo do autor da violência 176 - 12 54 25 40 41 4

Feminino 8 4,55% 0 0,00% 4 50,00% 1 12,50% 1 12,50% 2 25,00% 0 0,00%

Masculino 168 95,45% 12 7,14% 50 29,76% 24 14,29% 39 23,21% 39 23,21% 4 2,38%

Page 89: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

89

Outro paradigma associado aos fatores da violência doméstica é de que a vítima é

dependente financeiramente do autor. Quando perguntado sobre o sustento das famílias,

56,25% das mulheres declararam que o autor da violência não contribui com o sustento

da família, sendo 26,29% dessas vítimas residentes na Regional II, 26,26% das

mulheres residem na Regional V e 19,19% das informantes moram na Regional III.

Quanto à garantia integral do sustento da família, 16,48% declararam que a vítima é

único responsável, tendo a Regional II com o maior percentual nessa condição,

reforçando as informações anteriores referentes à renda da família, onde essa Regional

II apresenta o maior número de mulheres com renda inferior a 1 salário mínimo e são

donas de casa. Já os agressores que garantem parte do sustento da família responderam

por 27,27% e a Regional V concentra o maior percentual nessa condição.

3.2 Vínculo entre vítima e o autor da violência doméstica e familiar contra a

mulher

3.2.7 Informante segundo a dependência financeira da vítima com o autor da

violência em valores absolutos e relativos, por Regional e Rio Branco

Regionais Rio Branco

Garante parte do

sustento da família

Garante totalmente

o sustento da

família

Não contribui

com o sustento

da família

Abs % Abs % Abs % Abs %

Total 176 48 27,27% 29 16,48% 99 56,25%

Regional I 12 6,82% 5 10,42% 1 3,45% 6 6,06%

Regional II 54 30,68% 13 27,08% 12 41,38% 29 29,29%

Regional III 25 14,20% 3 6,25% 3 10,34% 19 19,19%

Regional IV 40 22,73% 16 33,33% 9 31,03% 15 15,15%

Regional V 41 23,30% 11 22,92% 4 13,79% 26 26,26%

Outras Localidades 4 2,27% 0 0,00% 0 0,00% 4 4,04%

A Lei Maria da Penha considera cinco tipos de violência contra a mulher, a física,

psicológica, sexual, moral e patrimonial. Quando perguntadas sobre o tipo de violência

sofrida, das 176 mulheres entrevistadas, 30,41% sofreram violência física, 27,62%

sofreram violência psicológica, 5,14% sofreram violência sexual, 22,48% sofreram

violência moral e 14,35% sofreram violência patrimonial. É bom destacar que das

mulheres que sofreram violência sexual, 33,33% residem na Regional IV. Quanto ao

risco de danos à integridade física causada pela agressão às vítimas, 88,1% das

mulheres afirmou ter sofrido riscos, sendo que 29,55% foram considerados riscos

moderados; 28,41% considerados riscos graves; 19,89% foram riscos leves e 15,34%

foram considerados riscos gravíssimos, essa última categoria em particular concentrou-

se na Regional V, e ao que tudo indica, foram classificados como lesão corporal grave

ou homicídio tentado.

Page 90: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

90

3.2 Caracterização da violência sofrida e vitimização

3.2.8 Informantes segundo o tipo e gravidade da violência sofrida, em valores absolutos e relativos em Rio Branco por Regional.

Tipo de violência sofrida e

risco causa à integridade

física da vítima

Rio Branco Regional I Regional II Regional III Regional IV Regional V Outras

Localidades

Abs % Abs % Abs % Abs % Abs % Abs % Abs %

Tipo de violência sofrida* 467 - 34 7,28% 140 29,98% 63 13,49% 115 24,63% 102 21,84% 13 2,78%

Física 142 30,41% 11 7,75% 41 28,87% 19 13,38% 34 23,94% 34 23,94% 3 2,11%

Psicológica 129 27,62% 6 4,65% 40 31,01% 18 13,95% 30 23,26% 31 24,03% 4 3,10%

Sexual 24 5,14% 3 12,50% 6 25,00% 4 16,67% 8 33,33% 2 8,33% 1 4,17%

Moral 105 22,48% 8 7,62% 34 32,38% 12 11,43% 26 24,76% 22 20,95% 3 2,86%

Patrimonial 67 14,35% 6 8,96% 19 28,36% 10 14,93% 17 25,37% 13 19,40% 2 2,99%

Risco a integridade física

A violência causou risco a

integridade física da vítima 144 81,8% 8 5,56% 45 31,25% 17 11,81% 36 25,00% 35 24,31% 3 2,08%

Classificação do risco causado

à vítima 176 - 12 6,82%

54 30,68%

25 14,20%

40 22,73%

41 23,30%

4 2,27%

Não Sabe 12 6,82% 2 16,67% 3 25,00% 3 25,00% 2 16,67% 2 16,67% 0 0,00%

Leve 35 19,89% 1 2,86% 14 40,00% 4 11,43% 6 17,14% 9 25,71% 1 2,86%

Moderado 52 29,55% 3 5,77% 14 26,92% 6 11,54% 13 25,00% 15 28,85% 1 1,92%

Grave 50 28,41% 6 12,00% 16 32,00% 8 16,00% 13 26,00% 5 10,00% 2 4,00%

Gravíssimo 27 15,34% 0 0,00% 7 25,93% 4 14,81% 6 22,22% 10 37,04% 0 0,00%

Page 91: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

91

Quanto ao local de ocorrência da violência, 78,98% do total aconteceram em residência;

14,77% ocorreram em via pública; 1,44% das agressões ocorreram no local de trabalho

da vítima e 0,57% em estabelecimento comercial (bar).

Page 92: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

92

3.2 Caracterização da violência sofrida e vitimização

3.2.9 Informantes segundo o local de ocorrência, em valores absolutos e relativos em Rio Branco por Regional

Local da

ocorrência da

violência

Rio Branco Regional I Regional II Regional III Regional IV Regional V Outras

Localidades

Abs % Abs % Abs % Abs % Abs % Abs % Abs %

Local da

ocorrência da

violência

176 - 12 6,82% 54 30,68% 25 14,20% 40 22,73% 41 23,30% 4 2,27%

Residência 139 78,98% 10 7,19% 42 30,22% 19 13,67% 33 23,74% 31 22,30% 4 2,88%

Trabalho 2 1,44% 0 0,00% 1 50,00% 1 50,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00%

Via Pública 26 14,77% 2 7,69% 9 34,62% 3 11,54% 5 19,23% 7 26,92% 0 0,00%

Estabeleciment

os Comerciais 1 0,57% 0 0,00%

0 0,00%

0 0,00%

0 0,00%

1 100,00%

0 0,00%

Outros 8 4,55% 0 0,00% 2 25,00% 2 25,00% 2 25,00% 2 25,00% 0 0,00%

Page 93: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

93

A quantidade de vezes que a vítima sofreu violência é um indicativo da gravidade dessa

natureza de crime. Do total de mulheres informantes, 47,16% declararam ter sofrido

violência mais de 10 vezes; 20,45% afirmaram ter sido a primeira vez que sofreram

violência, predominantemente nas Regionais IV e V, com 27,78 em ambas as

Regionais. Em contraposição a quantidade de agressões sofridas, o tempo em que as

mulheres sofreram essas agressões indicam a intensidade e regularidade da violência.

As mulheres que declararam ter sofrido violência há menos de 1 ano representou

28,41% do total, seguido do percentual de 25,57% para os casos em que as vítimas

sofreram violência há mais de 1 ano e até de 2 anos. Já as mulheres que declararam

sofrer violência há mais de 5 anos totalizam 17,05% das entrevistadas. Para

dimensionar melhor, esse tipo de violência teve início logo após um tempo de

relacionamento, totalizando 55,68% das mulheres. Essa informação evidencia o que foi

dito anteriormente, onde predominam relacionamentos acima de 5 anos, destarte, é

possível supor que o tempo médio de tolerância na convivência conjugal é de 2,5 anos,

o que representa o tempo histórico suposto pelas mulheres quando declaram sofrer

violência “depois de algum tempo de relacionamento”.

Page 94: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

94

3.2 Caracterização da violência sofrida e vitimização

3.2.10 Informantes segundo quantidade de vezes que foi vítima de violência e tempo em que sofreu a primeira violência em dias/anos e

em relação ao tempo de relacionamento com o autor da violência em valores absolutos e relativos Em Rio Branco por Regional

Tipo de violência sofrida,

quantidade de vezes que foi

vitimada e o tempo e tempo em

que sofre violência.

Rio Branco Regional I Regional II Regional III Regional IV Regional V Outras

Localidades

Abs % Abs % Abs % Abs % Abs % Abs % Abs %

Quantidade de vezes que foi

vítima de violência doméstica e

familiar

176 - 12 6,82% 54 30,68% 25 14,20% 40 22,73% 41 23,30% 4 2,27%

1 vez 36 20,45% 3 8,33% 9 25,00% 4 11,11% 10 27,78% 10 27,78% 0 0,00%

2 vezes 24 13,64% 1 4,17% 8 33,33% 4 16,67% 5 20,83% 6 25,00% 0 0,00%

3 vezes 16 9,09% 2 12,50% 7 43,75% 1 6,25% 2 12,50% 4 25,00% 0 0,00%

4 vezes 6 3,41% 0 0,00% 1 16,67% 2 33,33% 0 0,00% 2 33,33% 1 16,67%

5 vezes 4 2,27% 1 25,00% 0 0,00% 0 0,00% 3 75,00% 0 0,00% 0 0,00%

Entre 6 e 10 vezes 7 3,98% 0 0,00% 2 28,57% 2 28,57% 1 14,29% 2 28,57% 0 0,00%

Acima de 10 vezes 83 47,16% 5 6,02% 27 32,53% 12 14,46% 19 22,89% 17 20,48% 3 3,61%

Faixa de tempo em que foi vítima

de violência 176 - 12 6,82% 54 30,68% 25 14,20% 40 22,73% 41 23,30% 4 2,27%

Menos de 1 ano 50 28,41% 2 4,00% 16 32,00% 6 12,00% 14 28,00% 10 20,00% 2 4,00%

1 ano e menos de 2 anos 45 25,57% 3 6,67% 12 26,67% 10 22,22% 7 15,56% 13 28,89% 0 0,00%

2 anos e menos de 3 anos 15 8,52% 1 6,67% 4 26,67% 2 13,33% 5 33,33% 3 20,00% 0 0,00%

3 anos e menos de 4 anos 11 6,25% 1 9,09% 1 9,09% 2 18,18% 5 45,45% 1 9,09% 1 9,09%

4 anos e menos de 5 anos 9 5,11% 1 11,11% 1 11,11% 1 11,11% 2 22,22% 4 44,44% 0 0,00%

Entre 5 anos e 10 anos 23 13,07% 1 4,35% 12 52,17% 1 4,35% 4 17,39% 4 17,39% 1 4,35%

Acima de 10 anos 7 3,98% 1 14,29% 2 28,57% 1 14,29% 3 42,86% 0 0,00% 0 0,00%

Não lembra 16 9,09% 2 12,50% 6 37,50% 2 12,50% 0 0,00% 6 37,50% 0 0,00%

Page 95: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

95

Tempo da violência sofrida em

relação ao período de

relacionamento entre a vítima e

autor 176 - 12 6,82% 54 30,68% 25 14,20% 40 22,73% 41 23,30% 4 2,27%

No início do relacionamento 48 27,27% 4 8,33% 13 27,08% 5 10,42% 16 33,33% 9 18,75% 1 2,08%

Depois de algum tempo de

relacionamento 98 55,68% 6 6,12% 33 33,67% 17 17,35% 21 21,43% 20 20,41% 1 1,02%

Não sabe informar 30 17,05% 2 6,67% 8 26,67% 3 10,00% 3 10,00% 12 40,00% 2 6,67%

Page 96: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

96

Do lado do autor de violência, outra afirmativa recorrente a respeito dos fatores que

explicam a prática da violência contra a mulher são os potenciais fatores de risco pelo

uso de álcool e outras drogas. Sempre que a violência é praticada, o infrator está sob o

efeito de alguma substância psicoativa. A pesquisa confirma essa afirmativa, quando

predomina com 66,16% dos agressores em estado de embriaguez, sob efeito de remédio

controlado ou outras drogas. Destaca-se entre esses o consumo de outras drogas, que

representa 32,23% do estado em que se encontrava o autor quando praticou a violência.

Outra informação importante refere-se ao comportamento agressivo do infrator. Foi

declarado pelas informantes que 13,64% dos agressores possuem transtornos mentais e

48,86% deles costumam ser agressivos com outras pessoas.

Page 97: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

97

3.2 Caracterização do autor da violência e situação da denúncia

3.2.11Informantes segundo o estado em que se encontrava o autor e sua condição de sanidade mental, em valores absolutos e relativos

em Rio Branco por Regional

Estado em que se encontrava o

autor e sua condição de sanidade

mental

Rio Branco Regional I Regional II Regional III Regional IV Regional V Outras

Localidades

Abs % Abs % Abs % Abs % Abs % Abs % Abs %

Estado em que se encontrava o

autor quando praticou a violência* 242 - 19 7,85% 73 30,17% 31 12,81% 57 23,55% 58 23,97% 4 1,65%

Lúcido 89 36,78% 3 3,37% 30 33,71% 15 16,85% 22 24,72% 18 20,22% 1 1,12%

Embriagado 65 26,86% 7 10,77% 19 29,23% 6 9,23% 16 24,62% 17 26,15% 0 0,00%

Sob efeito de remédio controlado 5 2,07% 0 0,00% 3 60,00% 0 0,00% 1 20,00% 0 0,00% 1 20,00%

Sob efeito de outras drogas 78 32,23% 9 11,54% 21 26,92% 8 10,26% 17 21,79% 22 28,21% 1 1,28%

Não sabe 5 2,07% 0 0,00% 0 0,00% 2 40,00% 1 20,00% 1 20,00% 1 20,00%

Condição de sanidade mental do

autor da violência 176 - 12 54 25 40 41 4

Possui transtorno mental 24 13,64% 3 25,00% 8 14,81% 2 8,00% 5 12,50% 4 9,76% 2 50,00%

Costuma ser agressivo com outras

pessoas 86 48,86% 7 58,33% 24 44,44% 13 52,00% 20 50,00% 19 46,34% 3 75,00%

Page 98: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

98

Das mulheres que sofreram violência doméstica e familiar, 52,84% fizerem denúncia

pela primeira vez, sendo a Regional V a com a maior representação de mulheres nessa

condição, respondendo por 31,18% do total das denúncias.

O procedimento mais adotado pelas DEAM foi a aplicação das medidas protetivas,

respondendo por 30,68% dos procedimentos adotados. Os agressores que foram presos

responderam por 16,48% dos casos. Os acordos entre as partes foram firmados por

13,07% das mulheres que registraram boletim de ocorrência. 14,20% declararam que os

procedimentos relacionados a solução do problema estão em andamento. Ressalta-se

que 9,66% das mulheres declararam que nada foi feito em relação ao problema que,

embora sendo a minoria dos casos, é suficiente para determinar a sensação de descaso

do Estado e sentimento de insegurança da vítima.

Page 99: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

99

3.2 Caracterização do autor da violência e situação da denúncia

3.2.12 Informantes segundo a quantidade de denúncias e procedimentos adotados em relação ao autor referente a última violência

praticada, em valores absolutos e relativos em Rio Branco por Regional

Quantidade de denúncias e

procedimentos adotados em

relação ao autor referente a

última violência praticada

Rio Branco Regional I Regional II Regional III Regional IV Regional V Outras

Localidades

Abs % Abs % Abs % Abs % Abs % Abs % Abs %

Quantidade de denúncias 176 - 12 6,82% 54 30,68% 25 14,20% 40 22,73% 41 23,30% 4 2,27%

1 vez 93 52,84% 5 5,38% 25 26,88% 11 11,83% 21 22,58% 29 31,18% 2 2,15%

2 vezes 40 22,73% 3 7,50% 12 30,00% 7 17,50% 11 27,50% 6 15,00% 1 2,50%

3 vezes 19 10,80% 1 5,26% 7 36,84% 4 21,05% 4 21,05% 3 15,79% 0 0,00%

4 vezes 1 0,57% 0 0,00% 1 100,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00%

5 vezes 11 6,25% 2 18,18% 4 36,36% 1 9,09% 1 9,09% 2 18,18% 1 9,09%

Entre 6 e 10 vezes 9 5,11% 1 11,11% 4 44,44% 2 22,22% 2 22,22% 0 0,00% 0 0,00%

Acima de 10 vezes 3 1,70% 0 0,00% 1 33,33% 0 0,00% 1 33,33% 1 33,33% 0 0,00%

Procedimentos adotados em

relação ao autor da violência 176 - 12 6,82% 54 30,68% 25 14,20% 40 22,73% 41 23,30% 4 2,27%

Agressor foi preso 29 16,48% 1 3,45% 13 44,83% 4 13,79% 5 17,24% 5 17,24% 1 3,45%

Houve acordo entre as partes 23 13,07% 1 4,35% 8 34,78% 3 13,04% 4 17,39% 7 30,43% 0 0,00%

Foi aplicada medidas

protetivas 54 30,68% 5 9,26% 18 33,33% 9 16,67% 12 22,22% 10 18,52% 0 0,00%

Nada foi feito no momento 17 9,66% 2 11,76% 5 29,41% 0 0,00% 5 29,41% 3 17,65% 2 11,76%

Em andamento 25 14,20% 1 4,00% 4 16,00% 2 8,00% 7 28,00% 10 40,00% 1 4,00%

Outros 28 15,91% 2 7,14% 6 21,43% 7 25,00% 7 25,00% 6 21,43% 0 0,00%

Page 100: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

100

Em relação à reincidência, 79,55% dos autores praticaram novamente o mesmo ato, ou

seja, são reincidentes naquele mesmo tipo de crime. O maior número de autores

reincidentes está na Regional II. Do total das denúncias, 51,70% dos autores de

violência foram denunciados por agressões anteriores, nesse caso incluem-se outras

naturezas de crime e 23% deles foram presos anteriormente. Essas informações

evidenciam o ciclo da violência doméstica e familiar contra as mulheres.

Page 101: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

101

3.2 Caracterização do autor da violência e situação da denúncia

3.2.13 Informantes segundo a situação do autor em relação à prática de outras violências, em valores absolutos e relativos em Rio Branco

por Regional

Situação do autor em

relação a prática de

outras violências

Rio Branco Regional I Regional II Regional III Regional IV Regional V Outras

Localidades

Abs % Abs % Abs % Abs % Abs % Abs % Abs %

176 - 12 - 54 - 25 - 40 - 41 - 4 -

É reincidente na prática de

violência doméstica e

familiar contra a mulher 140 79,55% 10 7,14% 44 31,43% 21 15,00% 29 20,71% 33 23,57% 3 2,14%

Foi denunciado por

agressões anteriores 91 51,70% 9 9,89% 29 31,87% 15 16,48% 22 24,18% 15 16,48% 1 1,10%

Foi preso por agressões

anteriores 41 23,30% 4 9,76% 12 29,27% 5 12,20% 7 17,07% 12 29,27% 1 2,44%

Foi preso pela agressão

atual 23 13,07% 2 8,70% 11 47,83% 3 13,04% 4 17,39% 3 13,04% 0 0,00%

Page 102: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

102

Quanto à percepção de insegurança, 75% das mulheres declararam ter medo de ser

assassinada pela pessoa que praticou a violência. A Regional III apresentou a maior

parcela de mulheres que se sentem inseguras, representando 84% das entrevistadas que

residem na Regional. A Regional apresentou o menor percentual mulheres com medo de

ser assassinada (66,67% das entrevistadas).

3.2 Caracterização do autor da violência e situação da denúncia

3.2.14 Informantes segundo medo de ser assassinada pelo autor que praticou a

violência por Regional

Regionais Aplicados Abs %

Total 176 132 75%

Regional I 12 8 66,67%

Regional II 54 39 72,22%

Regional III 25 21 84,00%

Regional IV 40 31 77,50%

Regional V 41 30 73,17%

Outras Localidades 4 3 75,00%

As informantes foram questionadas se já haviam procurado ajuda para solucionar o

problema de violência. Das 176 entrevistadas 92,61 já haviam buscado algum tipo de

ajuda. As mulheres da regional V foram as que menos procuraram ajuda para resolver o

seu problema, totalizando 87,80% das entrevistadas da Regional.

O principal órgão que as mulheres recorreram à procura de ajuda foi a DEAM, com

64,02% daquelas que procuraram ajuda, seguido da Polícia Militar, diretamente nos

seus Batalhões nas Regionais, que correspondeu a 6,35%; o CIOSP, por meio da ligação

190 também é um órgão onde as mulheres procuram ajuda. Elas ainda recorrem à

família, amigos, outros órgãos públicos e a igrejas a que pertencem.

Ao recorrerem à ajuda, 69,32% delas declararam que tiveram o apoio que procuravam e

esse apoio foi principalmente de familiares, que respondeu por 33,33% das pessoas que

ajudaram seguido da Polícia Militar. Contudo, 32,28% não responderam a pergunta. Ao

que tudo indica, o Batalhão da Polícia Militar da Regional V é o mais receptivo, pois

19,05 das mulheres declararam ter o apoio desses profissionais; o Batalhão da Regional

I não foi mencionado pelas mulheres, talvez por ser a região central da cidade. Do lado

dos familiares, a Regional III foi a que teve a maior representação desse tipo de apoio,

pois 42,50% das informantes declararam ter o apoio desse segmento.

Outro dado importante é que dessas mulheres que procuraram apoio na DEAM, 56,25%

foram acompanhadas, sendo 31,82% acompanhadas por pessoa da família e 13,64% por

policial, onde na maioria das vezes foram em condição de flagrante.

Page 103: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

103

3.2 Caracterização do autor da violência e situação da denúncia

3.2.15 Informantes segundo a procura de ajuda para solucionar a situação de violência doméstica e familiar em valores absolutos e

relativos, por Regional e Rio Branco.

Situação do autor em relação

a prática de outras violências

Rio Branco Regional I Regional II Regional III Regional IV Regional V Outras

Localidades

Abs % Abs % Abs % Abs % Abs % Abs % Abs %

Procura de ajuda para

resolver o problema 176 - 12 - 54 - 25 - 40 - 41 - 4 -

Vítima procurou ajuda 163 92,61% 12 100,00% 51 94,44% 23 92,00% 37 92,50% 36 87,80% 4 100,00%

Locais onde procurou ajuda 189 - 12 6,35% 62 32,80% 25 13,23% 45 23,81% 41 21,69% 4 2,12%

DEAM 121 64,02% 9 7,44% 42 34,71% 14 11,57% 26 21,49% 27 22,31% 3 2,48%

CIOSP 190 10 5,29% 0 0,00% 4 40,00% 1 10,00% 5 50,00% 0 0,00% 0 0,00%

Polícia Militar 12 6,35% 1 8,33% 4 33,33% 3 25,00% 3 25,00% 1 8,33% 0 0,00%

Família 7 3,70% 0 0,00% 3 42,86% 1 14,29% 2 28,57% 1 14,29% 0 0,00%

Vizinho/amigo 2 1,06% 0 0,00% 1 50,00% 1 50,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00%

Outros órgãos públicos 15 7,94% 2 13,33% 5 33,33% 2 13,33% 2 13,33% 4 26,67% 0 0,00%

Igreja 1 0,53% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 1 100,00% 0 0,00% 0 0,00%

Não respondeu 21 11,11% 0 0,00% 3 14,29% 3 14,29% 6 28,57% 8 38,10% 1 4,76%

Apoio da vítima ao procurar

a ajuda 176 - 12 - 54 - 25 - 40 - 41 - 4 -

Vítima teve apoio ao procurar

ajuda 122 69,32% 7 58,33% 42 77,78% 18 72,00% 28 70,00% 27 65,85% 0 0,00%

Quem ajudou a vítima 189 - 12 6,35% 62 32,80% 29 15,34% 40 21,16% 42 22,22% 4 2,12%

Amigo/vizinho 11 5,82% 2 16,67% 6 9,68% 0 0,00% 2 5,00% 1 2,38% 0 0,00%

Familiar 63 33,33% 3 25,00% 20 32,26% 11 37,93% 17 42,50% 12 28,57% 0 0,00%

Outros Funcionários

Públicos 10 5,29% 2 16,67% 4 6,45% 3 10,34% 1 2,50% 0 0,00% 0 0,00%

Policial Civil 16 8,47% 0 0,00% 4 6,45% 3 10,34% 4 10,00% 5 11,90% 0 0,00%

Policial Militar 24 12,70% 0 0,00% 10 16,13% 3 10,34% 3 7,50% 8 19,05% 0 0,00%

Page 104: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

104

Outros 4 2,12% 0 0,00% 2 3,23% 1 3,45% 0 0,00% 1 2,38% 0 0,00%

Não respondeu 61 32,28% 5 41,67% 16 25,81% 8 27,59% 13 32,50% 15 35,71% 4 100,00%

Vítima foi acompanhada ao

local da denúncia 176 - 12 - 54 - 25 - 40 - 41 - 4 -

Mulher foi acompanhada por

alguém até o local da denúncia 99 56,25% 6

50,00% 33

61,11% 11

44,00% 24

60,00% 24

58,54% 1 25,00%

Pessoa que acompanhou até o

local da denúncia 176 -

12 -

54 -

25 -

40 -

41 -

4 -

Pessoa da família 56 31,82% 5 41,67% 21 38,89% 6 24,00% 12 30,00% 11 26,83% 1 25,00%

Policial 24 13,64% 0 0,00% 7 12,96% 3 12,00% 6 15,00% 8 19,51% 0 0,00%

Amigo/vizinho 16 9,09% 1 8,33% 5 9,26% 2 8,00% 5 12,50% 3 7,32% 0 0,00%

Outros Profissionais do

Serviço Público 1 0,57% 0 0,00% 1 1,85% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00%

Sem resposta 79 44,89% 6 50,00% 20 37,04% 14 56,00% 17 42,50% 19 46,34% 3 75,00%

Page 105: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

105

Com relação ao incentivo para desistir da denúncia, a grande maioria (93,18%) das

informantes declararam que em nenhum momento foram incentivadas a desistir quando

procuraram os órgãos da rede de atendimento às mulheres vítimas de violência, porém

são mencionadas declarações de incentivo à desistência da denúncia por parte dos

profissionais da Polícia Civil, onde 5 pessoas afirmam terem sido incentivadas, 2

mulheres declararam ser incentivadas por profissionais da Polícia Militar e 1 mulher

incentivada por profissional de Saúde.

Page 106: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

106

3.2 Caracterização do autor da violência e situação da denúncia

3.2.16 Informantes segundo o estímulo à vítima a não realização da denúncia/desistência ou retirada da denúncia por profissionais dos

órgãos da Rede no momento em que houve a procura por ajuda

Categoria profissional que

estimulou a vítima

Rio Branco Regional I Regional II Regional III Regional IV Regional V Outras

Localidades

Abs % Abs % Abs % Abs % Abs % Abs % Abs %

Profissional que estimulou a

vítima 176 - 12 - 54 - 25 - 40 - 41 - 4 -

Profissional da área social 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00%

Profissional de Saúde 1 0,57% 0 0,00% 1 1,85% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00%

Policial Militar 2 1,14% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 1 2,50% 1 2,44% 0 0,00%

Policial Civil 5 2,84% 1 8,33% 1 1,85% 1 4,00% 2 5,00% 0 0,00% 0 0,00%

Promotor 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00%

Juiz 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00%

Defensor Público 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00%

Conselheiro Tutelar 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00%

Outros 4 2,27% 0 0,00% 2 3,70% 0 0,00% 1 2,50% 0 0,00% 1 25,00%

Não 164 93,18% 11 91,67% 50 92,59% 24 96,00% 36 90,00% 40 97,56% 3 75,00%

Page 107: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

107

Com relação ao conhecimento dessas mulheres sobre a Lei Maria da Penha, 85,80%

delas dizem ser conhecedoras da lei. As que mais conhecem são as mulheres da

Regional I, cujo percentual foi de 91,67% do total. As que menos conhecem são as

mulheres da Regional V, onde 80,49% delas afirma ser conhecedoras da Lei, ou pelo

menos já ouviram falar na Lei (TABELA 3.2.16).

De outro lado, quando perguntadas se já haviam recebido alguma orientação ou

esclarecimento sobre a Lei, 53,41% informaram que nunca receberam nenhuma

orientação ou informação. A Regional III teve o maior percentual de mulheres que

nunca receberam informação ou orientação sobre a Lei, com 64% delas. A Regional que

apresentou o menor percentual relacionado a pergunta anterior foi a Regional I, pois

declararam conhecer a Lei, e destacam ainda conhecer informalmente a Lei, pois 41%

das mulheres informaram ter buscado informações em fontes não oficiais. Com relação

as que declararam ter recebido alguma informação ou orientação sobre a Lei Maria da

Penha, o percentual foi de 29,55%, onde a Regional IV se destaca com o maior

percentual, seguido da Regional I (TABELA 3.2.16).

Page 108: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

108

3.2 Conhecimento da Lei Maria da Penha

3.2.17 Informantes segundo o conhecimento sobre a Lei Maria da Penha valores absolutos e relativos por Regional e Rio Branco

Regionais Aplicados Conhece a Lei

Recebeu orientação ou esclarecimento sobre a Lei Conhece os direitos assegurados

pela Lei Não conhece

Nunca Informalmente Sim Conhece Conhece Pouco

Abs % Abs % Abs % Abs % Abs % Abs % Abs %

Rio Branco 176 151 85,80% 94 53,41% 30 17,05% 52 29,55% 22 12,50% 56 31,82% 98 55,68%

Regional I 12 11 91,67% 2 16,67% 5 41,67% 5 41,67% 3 25,00% 3 25,00% 6 50,00%

Regional II 54 49 90,74% 30 55,56% 10 18,52% 14 25,93% 6 11,11% 23 42,59% 25 46,30%

Regional III 25 22 88,00% 16 64,00% 4 16,00% 5 20,00% 2 8,00% 8 32,00% 15 60,00%

Regional IV 40 34 85,00% 19 47,50% 2 5,00% 19 47,50% 9 22,50% 11 27,50% 20 50,00%

Regional V 41 33 80,49% 24 58,54% 9 21,95% 8 19,51% 2 4,88% 11 26,83% 28 68,29%

Outras Localidades 4 2 50,00% 3 75,00% 0 0,00% 1 25,00% 0 0,00% 0 0,00% 4 100,00%

Page 109: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

109

Quando as informantes foram perguntadas de que forma elas souberam onde procurar

atendimento à mulher vítima, 51,14% delas souberam através dos meios de

comunicação; 36,93% ficaram sabendo através de um amigo ou familiar e o menor

percentual ficou por conta das políticas públicas, excetuando as campanhas

publicitárias. Cabe destacar que na maioria das vezes o atendimento é pontual e o

atendente não explica para as vítimas a plenitude de seu atendimento e raramente as

mulheres são esclarecidas sobre os seus direitos (TABELA 3.2.17).

Quase a totalidade das mulheres buscaram os serviços de forma espontânea (90,91%) e

somente 12,55 delas foram encaminhadas por órgãos públicos da Rede. Os órgãos que

mais contribuíram com o encaminhamento das mulheres à Rede de Atendimento foram

a DEAM, onde 50% dos encaminhamentos, seguida da Polícia Militar, que foi

responsável por 22,73% das vítimas encaminhadas ao atendimento aos órgãos da Rede.

Aparecem ainda atuantes na inserção dessas mulheres ao atendimento integral a Casa

Rosa Mulher (9,09%), Promotoria de Violência Doméstica (4,5%), CIOSP (4,5%), Casa

Abrigo Mãe da Mata (4,5%) e Defensoria Pública (4,5%) (TABELA 3,2,18).

Os profissionais que se destacaram nos encaminhamentos foram os policiais, que

contribuíram com 60,71% dos encaminhamentos das mulheres à rede de atendimento

(TABELA).

3.2 Conhecimento da Rede de Atenção à Mulher Vítima de Violência Doméstica e

Familiar

3.2.18 Informantes segundo a forma com que souberam dos serviços de

atendimento à mulher vítima de violência

Regionais

Meio em que a vítima soube dos serviços de atendimento á vítima de

violência

Aplicados Familiar ou amigo

Meios de

Comunicação

Instituições/

Programas de

Governo

Abs % Abs % Abs %

Rio Branco 176 65 36,93% 90 51,14% 21 11,93%

Regional I 12 7 58,33% 2 16,67% 3 25,00%

Regional II 54 18 33,33% 28 51,85% 8 14,81%

Regional III 25 9 36,00% 15 60,00% 1 4,00%

Regional IV 40 14 35,00% 20 50,00% 6 15,00%

Regional V 41 15 36,59% 25 60,98% 1 2,44%

Outras

Localidades 4

2 50,00% 0 0,00% 2 50,00%

Page 110: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

110

3.2 Conhecimento da Rede de Atenção à Mulher Vítima de Violência Doméstica e Familiar

3.2.19 Informantes segundo a busca pelos serviços e encaminhamento de instituição e profissional à mulher vítima de violência doméstica

e familiar

Busca pelos serviços, instituição

que encaminhou e profissional

que procedeu o encaminhamento

da vítima

Rio Branco Regional I Regional II Regional III Regional IV Regional V Outras

Localidades

Abs % Abs % Abs % Abs % Abs % Abs % Abs %

Busca pelos serviços 176 - 12 - 54 - 25 - 40 - 41 - 4 -

Espontânea 160 90,91% 9 75,00% 49 90,74% 23 92,00% 36 90,00% 40 97,56% 3 75,00%

Instituição que encaminhou 22 12,50% 2 9,09% 5 22,73% 2 9,09% 8 36,36% 3 13,64% 2 9,09%

DEAM 11 50,00% 1 9,09% 2 18,18% 2 18,18% 4 36,36% 1 9,09% 1 9,09%

MP/Promotoria 1 4,55% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 1 100,00% 0 0,00% 0 0,00%

CIOSP 1 4,55% 0 0,00% 1 100,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00%

Polícia Militar 5 22,73% 0 0,00% 1 20,00% 0 0,00% 3 60,00% 1 20,00% 0 0,00%

Casa Rosa Mulher 2 9,09% 1 50,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 1 50,00% 0 0,00%

Casa abrigo Mãe da Mata 1 4,55% 0 0,00% 1 100,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00%

Defensoria Pública 1 4,55% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 1 100,00%

Profissional que procedeu o

encaminhamento 28 - 3 10,71% 8 28,57% 2 7,14% 7 25,00% 6 21,43% 2 7,14%

Assistente Social 1 3,57% 1 33,33% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00%

Advogado 2 7,14% 0 0,00% 0 0,00% 1 50,00% 1 14,29% 0 0,00% 0 0,00%

Psicólogo 2 7,14% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 2 33,33% 0 0,00%

Agente de Saúde Comunitário 1 3,57% 0 0,00% 1 12,50% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00%

Policial 17 60,71% 2 66,67% 5 62,50% 0 0,00% 6 85,71% 3 50,00% 1 50,00%

Juiz 2 7,14% 0 0,00% 0 0,00% 1 50,00% 0 0,00% 1 16,67% 0 0,00%

Defensor Público 1 3,57% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 1 50,00%

Recepcionista 2 7,14% 0 0,00% 2 25,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00%

Page 111: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

111

Dos profissionais que realizam o primeiro atendimento à vítima seja no registro do

boletim de ocorrência, na audiência ou na Casa Abrigo Mãe da Mata, os policiais são os

mais representativos, com 28,69% de participação no total dos atendimentos. A

Regional que mais foi atendida por policial foi a Regional II, com 31,82% dos

atendimentos. A segunda categoria de profissionais que mais atendeu diretamente as

mulheres foram os profissionais de recepção, que responderam por 41,41% do total dos

atendimentos, correspondendo quase proporcionalmente ao percentual de atendimentos

em todas as Regionais. Cabe destacar aqui que alguns dos casos a vítima foi atendida

tão somente por recepcionista do órgão e encaminhado a outro órgão da Rede, o que não

é recomendável, pois a mulher acaba sendo revitimada (TABELA 2.3.19).

As informantes declararam que 70,45% dos profissionais que realizaram o atendimento

no órgão que foi atendida são preparados para tal. A Regional que melhor avaliou o

atendimento foi a Regional I, com 81,43% de respostas positivas e a que pior avaliou foi

a Regional V, com 60,98% de respostas positivas, contrariamente essa mesma Regional

possui o percentual mais elevado de respostas em relação a opinião sobre o pouco

preparo dos profissionais dos órgãos que o atenderam. A avaliação quanto ao

despreparo dos profissionais para atuarem no atendimento à mulher vítima de violência

doméstica e familiar recebeu uma avaliação pouco expressiva, onde somente 5,68%

declararam que esses profissionais são despreparados. A Regional I foi a que teve a

mais expressiva avaliação sobre o despreparo dos profissionais que as atenderam

(TABELA 3.2.19).

Ao serem atendidas, 72,73% das vítimas informaram que os profissionais que as

atenderam demonstraram interesse em resolver o problema da vítima, no âmbito de sua

competência institucional. Informaram ainda que alguns demonstraram interesse, onde

21,02 das mulheres atendidas declararam essa situação e somente 6,25% das

informantes declararam que os profissionais não demonstraram nenhum interesse

(TABELA 3.2.19).

Page 112: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

112

3.2 Qualidade dos serviços prestados pelos órgãos da rede de atendimento à mulher vítima de violência doméstica e familiar

3.2.20 Informantes segundo os profissionais da Rede que atenderam a vítima, o interesse e o preparo desses profissionais para a

realização do atendimento em valores absolutos e relativos por Regional e Rio Branco.

Profissionais da Rede que

atenderam a vítima, o interesse

e o preparo desses profissionais

para a realização do

atendimento

Rio Branco Regional I Regional II Regional III Regional IV Regional V Outras

Localidades

Abs % Abs % Abs % Abs % Abs % Abs % Abs %

Profissional que atenderam a

vítima 495 - 39 7,88% 154 31,11% 74 14,95% 111 22,42% 109 22,02% 8 1,62%

Recepcionista 106 21,41% 8 20,51% 32 20,78% 16 21,62% 28 25,23% 22 20,18% 0 0,00%

Escrivão 52 10,51% 4 10,26% 15 9,74% 9 12,16% 11 9,91% 13 11,93% 0 0,00%

Delegado 51 10,30% 4 10,26% 13 8,44% 8 10,81% 8 7,21% 18 16,51% 0 0,00%

Policial 142 28,69% 9 23,08% 49 31,82% 19 25,68% 31 27,93% 30 27,52% 4 50,00%

Advogado 13 2,63% 0 0,00% 5 3,25% 4 5,41% 1 0,90% 3 2,75% 0 0,00%

Defensor Público 8 1,62% 2 5,13% 3 1,95% 1 1,35% 1 0,90% 1 0,92% 0 0,00%

Psicólogo 25 5,05% 2 5,13% 8 5,19% 2 2,70% 8 7,21% 4 3,67% 1 12,50%

Médico 14 2,83% 1 2,56% 5 3,25% 2 2,70% 3 2,70% 2 1,83% 1 12,50%

Conselheiro Tutelar 10 2,02% 1 2,56% 4 2,60% 2 2,70% 1 0,90% 2 1,83% 0 0,00%

Juiz 31 6,26% 4 10,26% 8 5,19% 5 6,76% 8 7,21% 6 5,50% 0 0,00%

Promotor 12 2,42% 1 2,56% 3 1,95% 3 4,05% 3 2,70% 2 1,83% 0 0,00%

Assistente Social 24 4,85% 3 7,69% 6 3,90% 3 4,05% 7 6,31% 4 3,67% 1 12,50%

Plantonista 7 1,41% 0 0,00% 3 1,95% 0 0,00% 1 0,90% 2 1,83% 1 12,50%

Preparo dos Profissionais para

realizar o atendimento

176 - 12 - 54 - 25 - 40 - 41 - 4 -

Preparado 124 70,45% 10 83,33% 44 81,48% 17 68,00% 25 62,50% 25 60,98% 3 75,00%

Page 113: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

113

Pouco preparado 42 23,86% 1 8,33% 7 12,96% 7 28,00% 13 32,50% 14 34,15% 0 0,00%

Despreparado 10 5,68% 1 8,33% 3 5,56% 1 4,00% 2 5,00% 2 4,88% 1 25,00%

Profissionais demonstraram

interesse em resolver o

problema da vítima

176 - 12 - 54 - 25 - 40 - 41 - 4 -

Todos demonstraram interesse 128 72,73% 9 75,00% 43 79,63% 16 64,00% 30 75,00% 28 68,29% 2 50,00%

Alguns demonstraram interesse 37 21,02% 1 8,33% 8 14,81% 9 36,00% 9 22,50% 9 21,95% 1 25,00%

Não demonstraram interesse 11 6,25% 2 16,67% 3 5,56% 0 0,00% 1 2,50% 4 9,76% 1 25,00%

Page 114: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

114

A efetividade dos serviços é sentida quando o problema ao qual o cidadão buscou foi

solucionado e ele ficou satisfeito com o processo de atendimento. Quando as

informantes foram perguntadas sobre a solução do seu problema efetivada pelo órgão

que a atendeu, 49,43% informou que teve o seu problema solucionado. Dos casos

solucionados a Regional I foi a mais efetiva, na opinião das mulheres, onde 66,67%

afirmaram que o seu problema teve solução. As que afirmaram que seu problema foi

parcialmente resolvido correspondeu a 34,66% das respostas e as que não tiveram seu

problema solucionado no órgão que foi atendido correspondeu a 15,91%. A Regional

que apresentou o maior percentual de casos não solucionados foi a Regional III, com

24%daquelas atendidas com problemas sem solução.

A instituição em que a vítima que recorreu mais de uma vez para solucionar o mesmo

problema e que deu origem a uma nova procura pelos serviços foi expressivamente a

DEAM, com 68,10% das mulheres retornando a procura do mesmo serviço. Essa

situação é patente quando analisado o índice de reincidência de violência doméstica,

onde a vítimas recorrem à Delegacia Especializada quantas vezes o ciclo de violência

ocorra. A Vara de Violência Doméstica corresponde à segunda instituição onde as

mulheres retornam mais de uma vez para resolver o mesmo problema, seguida da

Defensoria Pública, ambos os órgãos ligados à justiça e defesa dos direitos. O IML

aparece com relativa importância no rol dos órgãos da rede de atendimento, o que

chama a atenção por ser um órgão de apoio à DEAM sem o qual o processo fica frágil

pela ausência da prova pericial.

Page 115: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

115

3.2 Qualidade dos serviços prestados pelos órgãos da rede de atendimento à mulher vítima de violência doméstica e familiar

3.2.21 Informantes segundo a solução do problema relacionado a ocorrência atual e Instituições que a vítima recorreu mais de uma vez para

solucionar o mesmo problema

Solução do problema e órgão

que a vítima recorreu mais de

uma vez

Rio Branco Regional I Regional II Regional III Regional IV Regional V Outras

Localidades

Abs % Abs % Abs % Abs % Abs % Abs % Abs %

Solução para o problema do

atual registro da ocorrência 176 - 12 - 54 - 25 - 40 - 41 - 4 -

Solucionado 87 49,43% 8 66,67% 31 57,41% 11 44,00% 22 55,00% 15 36,59% 0 0,00%

Solucionado parcialmente 61 34,66% 3 25,00% 15 27,78% 8 32,00% 13 32,50% 20 48,78% 2 50,00%

Não solucionado 28 15,91% 1 8,33% 8 14,81% 6 24,00% 5 12,50% 6 14,63% 2 50,00%

Instituições que a vítima

recorreu mais de uma vez para

solucionar o mesmo problema

163 - 14 - 52 - 26 - 39 - 30 - 2 -

DEAM 111 68,10% 10 71,43% 37 71,15% 17 65,38% 26 66,67% 19 63,33% 2 100,00%

Vara de Violência Doméstica e

Familiar contra a Mulher 16 9,82% 1

7,14% 5

9,62% 3

11,54% 3

7,69% 4

13,33% 0

0,00%

Promotoria Especializada de

Combate á Violência Doméstica

e Familiar contra a Mulher 1 0,61%

0

0,00%

1

1,92%

0

0,00%

0

0,00%

0

0,00%

0

0,00%

Casa Rosa Mulher 6 3,68% 1 7,14% 2 3,85% 0 0,00% 2 5,13% 1 3,33% 0 0,00%

Casa Abrigo Mãe da mata 2 1,23% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 2 5,13% 0 0,00% 0 0,00%

Hospital ou Unidades de Saúde 3 1,84% 0 0,00% 1 1,92% 1 3,85% 0 0,00% 1 3,33% 0 0,00%

Maternidade 1 0,61% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 1 2,56% 0 0,00% 0 0,00%

Defensoria Pública 11 6,75% 1 7,14% 3 5,77% 2 7,69% 2 5,13% 3 10,00% 0 0,00%

IML 8 4,91% 1 7,14% 2 3,85% 2 7,69% 2 5,13% 1 3,33% 0 0,00%

CRAS 2 1,23% 0 0,00% 1 1,92% 1 3,85% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00%

Outros 2 1,23% 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00% 1 2,56% 1 3,33% 0 0,00%

Page 116: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

116

Quanto à qualidade do atendimento, das 176 mulheres entrevistadas 98% foram

atendidas pela DEAM, onde 22,67% consideraram o atendimento excelente, 47,67%

avaliaram que o atendimento é bom, portanto com um expressivo índice de aprovação,

mais de 70%, na opinião das mulheres. As que consideraram o atendimento ruim foram

somente 6,4% das informantes. Considerando os conceitos razoável e ruim, a

reprovação em relação a qualidade do atendimento é de quase 30% (TABELA 3.2.21).

O índice de aprovação em relação ao atendimento na Vara é expressivo, entre excelente

e bom, a avaliação fica próximo a 90% (TABELA 3.2.21).

Aos índices mais expressivos quanto à avaliação parcialmente negativa e negativa

quanto à qualidade do atendimento, somando os conceitos razoável e ruim, a

maternidade praticamente atinge 60%; o HUERB, UPAs e o CREAS somam 50%

respectivamente, seguido do CRAS, com 40% de avaliação negativa (TABELA 3.2.21).

Em relação a satisfação dos serviços/atendimento, 67,05% das informantes se

declararam satisfeitas, 25% ficaram parcialmente satisfeitas e 7,95% ficaram

insatisfeitas. Note-se que o grau de satisfação não implica necessariamente na solução

do problema, mas guarda uma forte relação com a qualidade do atendimento, que se

mostrou bastante significante (TABELA 3.2.22).

3.2 Qualidade dos serviços prestados pelos órgãos da rede de atendimento à

mulher vítima de violência doméstica e familiar

3.2.22 Informantes segundo a qualidade do atendimento nas instituições da Rede

Qualidade do

Atendimento nas

Instituições da Rede

Total

Excelente Bom Razoável Ruim

Abs % Abs % Abs % Abs %

DEAM 172 39 22,67% 82 47,67% 40 23,26% 11 6,40%

Vara de Violência

Doméstica e Familiar

contra a Mulher 52 16 30,77% 30 57,69% 5 9,62% 1 1,92%

MP/Promotoria 5 1 20,00% 3 60,00% 1 20,00% 0 0,00%

Casa Rosa Mulher 6 1 16,67% 3 50,00% 2 33,33% 0 0,00%

Casa Abrigo Mãe da

Mata 7 4 57,14% 2 28,57% 1 14,29% 0 0,00%

Hospital ou Unidades de

Saúde 6 0 0,00% 3 50,00% 2 33,33% 1 16,67%

Maternidade 7 1 14,29% 2 28,57% 2 28,57% 2 28,57%

Defensoria Pública 16 5 31,25% 9 56,25% 1 6,25% 1 6,25%

IML 17 6 35,29% 8 47,06% 1 5,88% 2 11,76%

CRAS 5 1 20,00% 2 40,00% 1 20,00% 1 20,00%

CREAS 2 1 50,00% 0 0,00% 1 50,00% 0 0,00%

Page 117: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

117

3.2 Qualidade dos serviços prestados pelos órgãos da rede de atendimento à

mulher vítima de violência doméstica e familiar

3.2.23 Informantes segundo a satisfação do atendimento realizado pelos

profissionais da rede que prestaram o atendimento

Regionais Total

Satisfação

Satisfeito Parcialmente

satisfeito Insatisfeito

Abs. % Abs. % Abs %

176 118 67,05% 44 25,00% 14 7,95%

Regional I 12 10 83,33% 1 8,33% 1 8,33%

Regional II 54 38 70,37% 14 25,93% 2 3,70%

Regional III 25 17 68,00% 3 12,00% 5 20,00%

Regional IV 40 24 60,00% 14 35,00% 2 5,00%

Regional V 41 26 63,41% 12 29,27% 3 7,32%

Outras Localidades 4 3 75,00% 0 0,00% 1 25,00%

As mulheres ainda deram sugestões para melhorar a qualidade do atendimento dos

órgãos da Rede, que estão organizadas na TABELA 3.2.23.

3.2 Qualidade dos serviços prestados pelos órgãos da rede de atendimento à

mulher vítima de violência doméstica e familiar

3.2.24 Sugestões para melhorar na rede de atendimento à mulher vítima de

violência na percepção das mulheres vítimas.

Propostas

Ter um atendimento mais humanizado, principalmente na maternidade e na DEAM.

Melhorar o acolhimento e o atendimento psicológico na DEAM.

Criar uma casa de apoio para que as mulheres vítimas de violência doméstica e

familiar possam se reunir, se ajudarem mutuamente, com o apoio de profissionais de

saúde e assistência social.

Atender plenamente a mulher, até verificar que o problema foi solucionado

totalmente.

Maior agilidade/rapidez no atendimento.

Reduzir o tempo de resposta do atendimento.

Melhorar e adequar as instalações físicas dos órgãos.

Preparar os profissionais para o atendimento e, se possível substituir os homens por

mulheres nas unidades de saúde e IML para prestarem o atendimento à mulher

vítima de violência, principalmente para os casos de violência sexual.

Monitorar os casos de mulheres em situação de risco de morte.

Reduzir o número de processos que estão tramitando - fazer mutirões na DEAM e

Vara de Violência Doméstica

Page 118: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

118

Intensificar e ampliar as ações preventivas de enfrentamento à violência doméstica e

familiar contra a mulher.

Fazer cumprir o rigor da Lei Maria da Penha, pois ainda há muita injustiça e

impunidade.

Divulgar mais os serviços dos órgãos que compõem da Rede.

Promover mais ações estimulando as mulheres a denunciarem.

Ampla divulgação da Lei Maria da Penha.

Capacitação dos profissionais da Rede.

Mais intervenções propondo acordo com os agressores.

Melhorar os serviços da Casa Abrigo Mãe da Mata.

Fazer com que a polícia faça o flagrante do agressor.

Maior rapidez e celeridade nos procedimentos de atendimento à mulher vítima de

violência e maior atuação do MP

Melhorar e qualificar o atendimento nos CRAS - Não fazem as visitas domiciliares.

Celeridade nas instituições para resolver a questão da autonomia econômica das

mulheres, promovendo cursos de capacitação e formação profissional para as

mulheres que não possuem renda.

Criar um Núcleo onde se concentre todos os serviços em um único local. Para evitar

o deslocamento e o processo de revitimização.

Garantia de segurança a mulher vítima de crimes violentos contra a vida.

Mais vigor nas Delegacias.

Atendimento à vítima pelo Ministério Público.

Mais fiscalização por parte do MP.

Fiscalização na DEAM.

Reduzir o tempo de resposta do atendimento.

Page 119: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

119

4. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

Compreender melhor o funcionamento da Rede de atendimento à mulher vítima de

violência doméstica e familiar, enquanto um conjunto de serviços articulados pelos

órgãos de segurança pública, justiça, saúde, assistência social e outros que viabilizam

políticas públicas de autonomia da mulher, e sua efetividade coletiva é um desafio por

dois motivos: primeiro pela complexidade do tema e segundo pela “cultura” mecanicista

e setorial dos órgãos público.

A pesquisa demonstrou que mais de 20% dos servidores nunca ouviram falar da Rede;

30% não conhecem os órgãos da Rede e nem onde eles estão localizados. As referências

institucionais para a mulher vitimada, na opinião dos profissionais é a DEAM, com 96%

de reconhecimento e a Casa Rosa Mulher com 70,16%. O que chamou a atenção

também é que alguns órgãos não se reconhecem como parte integrante da Rede.

Para além do conhecimento dos órgãos, 87,7% dos profissionais informaram que nunca

fizeram nenhum encaminhamento de uma mulher vítima a outro órgão da Rede e dos

que fizeram algum encaminhamento, quase 60% afirmam que nunca procuraram saber

junto ao órgão ao qual a vítima foi encaminhada, quais foram os desdobramentos para

solucionar o problema da vítima. Fato ainda mais comprometedor para a funcionamento

enquanto Rede é o fato de apenas 5% dos entrevistados praticarem feedback tanto nas

suas instituições quanto com os demais órgãos da Rede. Desta forma, quando foi

avaliada a qualidade da integração, 55% dos entrevistados afirma que a integração da

rede é ruim.

O que atesta a efetividade do atendimento e, nesse caso em particular afeta diretamente

a vítima é que mais de 10% dos profissionais da rede declararam não conhecer o

principal instrumento de proteção da mulher vítima de violência doméstica e familiar,

que é a Lei Maria da Penha. Essa mesma proporção resultou na declaração dos que se

sentem despreparados para atuar na área e, até mesmo para administrar um diálogo com

a vitima. Uma parcela expressiva (27%) declarou não conhecer os tipos de violência e

(24%) desconhecem as medidas protetivas.

Outro ponto importante é o despreparo das instituições em proporcionar o mínimo

subsídio aos seus colaboradores. Quase 90% desconhecem qualquer documento do

órgão que oriente-os quanto aos procedimentos que devem ser adotados para realizar

um atendimento à mulher vítima de violência, isso traduz a total incapacidade de ofertar

o mínimo de conhecimento a respeito da própria razão de existir de alguns órgãos da

Rede. Ao que tudo indica, a gestão ainda é a moldada no modelo tradicional e

autoritário, pois 70% dos informantes nunca participaram de qualquer atividade de

planejamento do seu órgão para tomar decisão juntos.

Page 120: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

120

A pesquisa evidencia que as vítimas conhecem muito mais a Rede do que os

profissionais. Quase 90% das informantes afirmaram que conhecem a Rede e mais de

50% tiveram conhecimento pelos meios de comunicação.

Dos órgãos que compõem a Rede, a maior proporção dos profissionais que atendem

diretamente as mulheres vítimas de violência são os policiais. Das entrevistadas quase

30% afirmou ter sido atendidas por esses profissionais. Contudo, nessa mesma

proporção, as vítimas afirma que os profissionais que as atenderam não estão

preparados para lidar com o problema e demonstraram pouco interesse em solucionar o

problema.

A DEAM é confirmada como a principal porta de entrada e 68% das entrevistadas já

recorreram mais de uma vez à esse órgão em busca de solução para o seu problema.

Destarte, a avaliação é bastante positiva em relação ao acolhimento dessas mulheres

pelos órgãos da Rede, excetuando a rede de saúde. A aprovação pela realização dos

serviços foi de aproximadamente 70% e dessas 32% ficaram satisfeitas com o resultado,

mesmo que 50% delas o problema não foi solucionado ou ainda aguardam solução.

O presente relatório é apenas uma pequena reflexão frente a imensidão de informações

que ainda podem ser exploradas. Vários indicadores mostram graves limitações e

deficiências no sistema de atendimento, o que deve ser discutido e encaminhadas

algumas soluções, dentre elas, destacamos: um novo redesenho da Rede e a repactuação

de um fluxo mais operacional; a capacitação dos profissionais, pois foi unânime a

necessidade de conhecer a Lei Maria da Penha e os instrumentos de gestão; mudanças

nos processos internos de cada órgão e buscar a sensibilização dos servidores para

melhorar o atendimento; pactuar metas de redução da violência, sobretudo evitar a

reincidência que é alta; promover ações de repressão qualificada e reforçar a sensação

de justiça, pois quase a totalidade das vítimas informaram ter medo de ser assassinadas

pelos seus agressores; atuar fortemente na prevenção e criar um efetivo banco de

informações integradas.

Page 121: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

121

ANEXOS

1. Relatório dos pesquisadores sobre as suas percepções dos órgãos da Rede

que foram visitados

2. Mapa das Regionais

3. Ralação de Bairros por Regional

4. Questionários

Page 122: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

122

RELATÓRIO SÍNTESE DAS IMPRESSÕES E OBSERVAÇÕES FEITAS

PELOS PESQUISADORES DE CAMPO

A execução deste Projeto contou com a participação de 17 pesquisadores, 7 (sete) servidores do

Ministério Público e 10 (dez) alunos do Curso de Psicologia da UNINORTE, que dedicaram

tempo e esforço para alcançar a meta de entrevistas com profissionais e com vítimas.

Durante os trinta dias de realização da pesquisa de campo esses pesquisadores circularam pela

rede e, além da aplicação dos questionários, puderam também observar e perceber as

características de funcionamento desses órgãos.

A partir dessas percepções, produziram relatos que trazem informações importantes para

contextualizar os resultados apontados pela pesquisa. Alguns pontos desses relatos foram

separados por área de atenção e estão destacados a seguir:

I - SAÚDE

Resistência dos entrevistados: houve resistência por parte de alguns servidores da

saúde em se dispor a responder o questionário da pesquisa, com a justificativa de que

não fazem parte da rede de atendimento à mulher vítima de violência doméstica.

Abordagem do paciente: percebemos que os profissionais da saúde não possuem uma

abordagem biopsicossocial do paciente, utilizando-se ainda de um modelo médico

ultrapassado, onde consideram apenas o sintoma e não o paciente como um todo.

Segundo relato de um Médico entrevistado: “não é papel do Médico parar seu trabalho

para investigar as causas da violência sofrida pela vítima, bem como orientá-la sobre as

medidas necessárias para resolução do problema”.

Fichas de notificação: de uma forma geral os profissionais não estão sensibilizados

quanto à obrigatoriedade do preenchimento da ficha de notificação que faz parte do

protocolo estipulado pelo Ministério da Saúde. As fichas são preenchidas pelo setor de

vigilância epidemiológica, o qual faz busca ativa dentro das unidades de saúde para

preencher e identificar os casos de violência doméstica contra a mulher.

Integração setorial: Percebeu-se que não há um plano eficiente de comunicação entre

os setores, pois os casos de violência doméstica só são registrados se o setor de

epidemiologia fizer a busca ativa, ou as Assistentes Sociais descobrirem através das

visitas aos leitos, ou se o caso for muito grave e tenha repercussão dentro da unidade de

saúde. Desta forma, os Médicos, Enfermeiros e Auxiliares não tem a preocupação e

Page 123: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

123

nem estão sensibilizados a perguntar e/ou investigar a causa e o porquê, ficando a

maioria dos casos fora dos registros oficiais e das estatísticas.

Integração interinstitucional: não há uma integração das instituições de saúde com

outras instituições que compõem a rede. Nos poucos casos em que é constatada

violência doméstica, os profissionais de saúde que realizam o atendimento orientam

e/ou encaminham a paciente a procurar a Delegacia de Atendimento a Mulher para

fazer a denúncia contra o agressor (a), algumas vezes essas mulheres são conduzidas

para DEAM pela Policia Militar.

Entendimento da problemática da violência doméstica: vale ressaltar que a partir

dos relatos dos pesquisadores, verificou-se que na Saúde não existe ainda um

atendimento humanizado para com as mulheres vítimas de violência doméstica. Houve

um relato de uma servidora que em muito nos chamou a atenção e que nos deixa

preocupados com o tipo de atendimento hora existente dentro do sistema de saúde de

nossa cidade: “se for preciso disponibilizar um leito para internação e atendimento, caso

exista no banco de espera uma mulher vítima de violência doméstica ou um alcoolista

ou uma pessoa que “realmente precise”, o meu critério de escolha vai ser a terceira

pessoa”. Outro relato de profissional foi que: “existem mulheres que gostam de

apanhar”.

II – SEGURANÇA

Polícia Civil - Delegacia de Atendimento a Mulher – DEAM:

a) Houve um consenso nas observações dos pesquisadores que aplicaram

questionário às vitimas, que o atendimento é demorado e que os

profissionais não conseguem realizar uma abordagem humanizada, que

muitas das vítimas nem sequer são atendidas pelo Delegado(a). A queixa

maior das vítimas foi com relação ao tempo de espera, pois normalmente

essas mulheres saem de suas casas apenas com a roupa do corpo e ficam

horas aguardando a conclusão do atendimento, na maioria das vezes deixam

os filhos em casa e/ou os levam junto para a delegacia, tornando o momento

mais difícil, uma vez que não tem dinheiro nem mesmo para comer;

b) O maior número de vítimas entrevistadas foi nos horários da manhã e tarde

dos finais de semana;

c) A maioria dos servidores que trabalham na DEAM, não foram capacitados

para atuar na área, muitos deles puderam aprender e entender melhor sobre

a Lei Maria da Penha na prática de trabalho;

Page 124: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

124

d) Constatou-se que existe um percentual considerado de servidores que estão

em fim de carreira, ou seja, estão atuando na polícia há muitos anos e não

estão motivados em entender e/ou compreender sobre essa temática da

violência doméstica, muitas vezes banalizam os casos que chegam à

Delegacia.

Polícia Militar

a) Segundo relatos das vítimas entrevistadas, a polícia militar é sempre a

primeira instituição a ser chamada através do CIOSP – 190 para prestar

socorro e proteger a vítima. Entretanto, muitas vezes a chamada é feita,

mas há um tempo de espera em que o agressor foge e/ou pode acontecer

uma violência ainda mais grave.

Instituto Médico Legal – IML

Observou-se que a estrutura física é inadequada para a realização dos atendimentos a

mulheres vítimas de violência sexual, e os profissionais Médicos não dispensam um

tratamento humanizado para as vitimas que chegam fragilizadas em função da

crueldade do crime sofrido.

III – ASSISTENCIA SOCIAL

O Centro de Referência de Assistência Social – CRAS: Como a principal porta de

entrada do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) e responsável pela organização

e oferta de serviços da Proteção Social Básica nas áreas de vulnerabilidade e risco

social. Observou-se que a maioria dos profissionais que atuam nos CRAS não conhece a

rede e nem a lei Maria da Penha. Foi unanime as reclamações com relação à quantidade

de técnicos atuando, pois para dar conta de parte das demandas, a quantidade existente é

insuficiente, que o ideal seria dois profissionais de cada área trabalhando de forma

integral. Falta de equipamentos para a efetivação dos trabalhos, como internet, telefone

e transporte, bem como capacitação sobre a violência doméstica e familiar contra

mulher para melhor atender e identificar as vítimas.

Centro de Referência Especializado de Assistência Social - CREAS: O número de

recusas de profissionais do CREAS foi significativo, pois o mesmo, apesar de possuir

em seu plano de ação o atendimento a mulheres vítimas de violência, ainda não o faz,

somente atendem crianças e adolescentes.

Page 125: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

125

IV - JUSTIÇA

Vara Especializada de Violência Doméstica:

a) Quanto ao ambiente: considerou-se a sala de recepção da Vara inadequada,

pois a vítima e o agressor ficam no mesmo espaço/ambiente aguardando a

audiência e atendimento, uma situação constrangedora e desagradável para

ambas às partes;

b) Quanto às recusas: foi possível perceber que as recusas das vítimas em

serem entrevistadas, na maioria das vezes, estavam associadas à

reconciliação do casal.

Defensoria Pública:

a) Os atendimentos as mulheres vítimas de violência e aos agressores são

realizados por estagiários de Direito, de segunda a quinta feira, pois as

Defensoras estão na Defensoria apenas na sexta pela manhã para corrigir

os atendimentos realizados pelos estagiários, nos outros dias da semana

estão em audiência na Vara de Violência Doméstica;

b) Observou-se uma placa na porta da sala de atendimento a violência

doméstica, indicando um núcleo de atendimento psicossocial, com

Psicólogo e Assistente Social, o que não se comprova na prática. O que

existe há pouco tempo, é uma Assistente Social que está cedida pela

SEDSS, a disposição do órgão, e que ainda estava organizando o setor para

realizar atendimento da demanda de toda a Defensoria.

13ª Promotoria de Justiça Criminal Especializa no Combate a Violência Doméstica

e Familiar Contra a Mulher:

a) Observou-se que os servidores entrevistados não passaram por uma

capacitação sobre o tema violência doméstica, que a demanda de

atendimento a vítimas é exclusivamente para orientação jurídica e que o

trabalho é efetivamente processual.

Page 126: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

126

MAPA DAS REGIONAIS

BAIRROS POR REGIONAL

Regional I

Adalberto Aragão Cj: Guiomard Santos

Aviário Conj: Eletra

Baixa da Cadeia Velha Conjunto Jardim Tropical

Baixa da Colina Dom Giocondo

Baixa da Habitasa Habitasa

Baixo São Francisco Ipase

Base José Augusto

Bosque Lot. São José

Cadeia Velha Morada do Sol

Capoeira Papoco

Casa Nova São Francisco

Centro V. Waldemar Maciel

Cerâmica Vila Ivonete/Conj: Procon/Solar

Page 127: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

127

Regional II

06 de Agosto M.Mendonça Lima

10 de Junho Mauri Sérgio

Albert Sampaio Quinze

Amapá Resid. Rosa Linda

Areial Residencial Vilacre

Belo Jardim I Santa Cecília

Belo Jardim II Santa Inês

Cidade Nova Santa Maria

Comara Santa Terezinha

Corrente Taquari

Dom Moacir Triangulo Novo

Lot. Alzira Cruz Triangulo Velho

Lot. e Res. Bom Jesus Vila Acre

Lot. Praia do Amapá Vila Benfica

Lot. Saad Vila da Amizade

Lot. Santa Helena VILA DNER

Lot. Santo Afonso

Regional III

Aeroporto Velho João Eduardo II

Ayrton Sena João Paulo II

Bahia Nova Lot. São Sebastião

Bahia Velha Palheiral

Glória Pista

Boa União Plácido de Castro

Boa Vista Preventório

Floresta Sul Sobral

Invasão Sanacre Volta Seca

João Eduardo I

Page 128: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

128

Regional IV

Abraão Alab Ivete Vargas

7o BEC Jardim América

Barro Vermelho Jardim Europa

Boa Esperança Jardim Nazle

Chácara Ipê Jardim Primavera

Conj: Bela Vista Jardim Brasil

Conj: Castelo Branco Conj. Jardim Universitário

Conj: Esperança I e II Jardim Manoel Julião

Conj: Esperança III Lot. dos Engenheiros

Conj: Laelia Alcântara Lot. Flora

Conj: Mariana Lot. Isaura Parente

Mascarenhas de Moraes Lot. Joafra

Mauro Bitar/LBA/Vola Betel Portal da Amazônia

Nova Esperança Lot. Vila Maria

Novo Horizonte Conjunto Manoel Julião

Campus da Universidade Federal do

Acre Mocinha Magalhães

Conj: P. César Oliveira Monte Alto

Conj: Rui Lino Nova Estação

Conj. Universitário Nova Esperança - Fragmento

Jardim de Alah Novo Calafate

Village Tiradentes Novo Horizonte

Conjunto Habitar Brasil Parque das Palmeiras

Conquista Paz

Custódio Freire Resid. Iolanda

Distrito Industrial Resid. José Furtado

Doca Furtado Resid. Maria Iris

Estação Experimental Resid. Petrópolis

Flor de Maio Santa Quitéria

Floresta Norte Santa Terezinha

Geraldo Fleming Conjunto Tangará

Conjunto Habitar Brasil Conj. Tucumã

Hélio Melo Calafate

Horto Florestal Pedro Roseno

Ilson Alves Ribeiro Vila São Miguel

Isaura Parente Waldemar Maciel

Page 129: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

129

Regional V

Conj. Adalberto Sena Lot. Santo Antonio

Alto Alegre Lot. Vila Mariana

Apolônio Sales Loteamento Medeiros & Elshaday

Chacaras Murilo Ramalho Loteamento Santa Luzia

Chico Mendes Loteamento Jardim São Francisco

Conj. Ouricuri Montanhês

Defesa Civil Conjunto Oscar Passos

Edson Cadaxo Parque dos Sabiás

Invasão das Placas Placas

Irineu Serra Raimundo Melo

Jarbas Passarinho Res. Santa Cruz

Eldorado São Francisco

Jorge Lavocat Tancredo Neves

Juarez Távora Vila Nova

Lot. Jaguar Vitória

Lot. Novo Horizonte Wanderlei Dantas

Lot. Popular Conj. Xavier Maia

Page 130: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

130

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE

Pesquisa Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

Doméstica e Familiar no Município de Rio Branco – AC

Coordenadora Geral: Promotora de Justiça Marcela Cristina Ozório

Pesquisador (a):_________________________________________________________

Participante:____________________________________________________________

Confirmo a minha livre participação nesta pesquisa e que me foi

garantido que meu nome não será utilizado em qualquer fase e/ou em qualquer outro

lugar, preservando meu anonimato.

Li e compreendi o conteúdo deste termo e dou meu consentimento para

participar desta pesquisa.

Rio Branco ______ de _______________ de 2012

______________________________________________

Assinatura do Participante

Page 131: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

131

QUESTIONÁRIO DE PESQUISA DOS PROFISSIONAIS

Page 132: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

132

Page 133: Diagnóstico da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência

133

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136

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137

QUESTIONÁRIO DE PESQUISA DAS VÍTIMAS

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138

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139

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