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______________________________________________________ Av. Carlos Drummond de Andrade, n°1460 Conjunto Atílio Andreazza Bairro Japiim II CEP: 69077-730-Manaus- AM Fone:3616-9800 Fax: 3615-2258 WHINA SILVA DE GODOY DIAGNÓSTICO DE UM INVENTÁRIO DE RESÍDUOS SÓLIDOS EM UMA EMPRESA DO PÓLO INDUSTRIAL DE MANAUS, NA VISÃO DO ENGENHEIRO AMBIENTAL Manaus- AM 2016

DIAGNÓSTICO DE UM INVENTÁRIO DE RESÍDUOS SÓLIDOS … · AGRADECIMENTOS À DEUS, dedico o meu agradecimento maior, porque têm sido tudo em minha vida, pelo que conquistei ate

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______________________________________________________ Av. Carlos Drummond de Andrade, n°1460 Conjunto Atílio Andreazza Bairro Japiim II CEP: 69077-730-Manaus- AM

Fone:3616-9800 Fax: 3615-2258

WHINA SILVA DE GODOY

DIAGNÓSTICO DE UM INVENTÁRIO DE RESÍDUOS SÓLIDOS EM UMA

EMPRESA DO PÓLO INDUSTRIAL DE MANAUS, NA VISÃO DO ENGENHEIRO

AMBIENTAL

Manaus- AM

2016

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______________________________________________________ Av. Carlos Drummond de Andrade, n°1460 Conjunto Atílio Andreazza Bairro Japiim II CEP: 69077-730-Manaus- AM

Fone:3616-9800 Fax: 3615-2258

WHINA SILVA DE GODOY

DIAGNÓSTICO DE UM INVENTÁRIO DE RESÍDUOS SÓLIDOS EM UMA

EMPRESA DO PÓLO INDUSTRIAL DE MANAUS, NA VISÃO DO ENGENHEIRO

AMBIENTAL

Trabalho de Conclusão de Curso II – TCC II, apresentado à Coordenação do Curso de Graduação em Engenharia Ambiental do Centro Universitário Luterano de Manaus – CEULM – ULBRA, para obtenção do título de Bacharel em Engenharia Ambiental. Orientador: Profº. MSc. Alan dos Santos Ferreira.

Manaus – AM 2016

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______________________________________________________ Av. Carlos Drummond de Andrade, n°1460 Conjunto Atílio Andreazza Bairro Japiim II CEP: 69077-730-Manaus- AM

Fone:3616-9800 Fax: 3615-2258

WHINA SILVA DE GODOY

DIAGNÓSTICO DE UM INVENTÁRIO DE RESÍDUOS SÓLIDOS EM UMA

EMPRESA DO PÓLO INDUSTRIAL DE MANAUS, NA VISÃO DO ENGENHEIRO

AMBIENTAL

Monografia Submetida à avaliação da Banca Examinadora para obtenção do título

de Bacharel em Engenharia Ambiental no Centro Universitário Luterano de Manaus

CEULM/ULBRA.

Orientador: Profº. MSc. Alan dos Santos Ferreira.

Aprovado em ______/______/_______

BANCA EXAMINADORA

ALAN DOS SANTOS FERREIRA Centro Universitário Luterano de Manaus – CEULM/ULBRA

MARYANA ANTÔNIA BRAGA BATALHA SOUZA Centro Universitário Luterano de Manaus – CEULM/ULBRA

JOSÉ OLAVO NOGUEIRA BRAGA Centro Universitário Luterano de Manaus – CEULM/ULBRA

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a Deus acima

de tudo, por ter me dado saúde e

discernimento para a realização deste

trabalho e pela vida.

Aos meus pais e irmã que me

apoiaram nesta jornada da minha vida.

Ao meu esposo MARCIO SARUBI,

por estar sempre ao meu lado, pelo

companheirismo e incentivo, pela

paciência e sabedoria para transmitir seu

conhecimento e experiências, com amor e

carinho, Dedico-lhe este trabalho.

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AGRADECIMENTOS

À DEUS, dedico o meu agradecimento maior, porque têm sido tudo em minha vida,

pelo que conquistei ate agora, iluminando as minhas tomadas de decisões,

fortalecendo e orientando durante toda essa jornada.

Aos meus pais, em especial a minha querida mãe EVA SILVA RODRIGUES DE

GODOY e PAULO RODRIGUES DE GODOY, pelos ensinamentos, pela minha vida,

pelo amor e formação.

À minha irmã PAMELA WYLLA SILVA DE GODOY e ao meu sobrinho amado

NOAH GABRIEL DE GODOY.

Ao meu melhor amigo e companheiro, meu esposo MARCIO SARUBI, por se

mostrar presente me apoiando em todos os momentos da vida, pelo carinho,

compreensão, amor e solidariedade.

Agradeço aos meus sogros ANTÔNIO MILTON FERNANDES SARUBI e MARIA

NILDA GATO DOS SANTOS SARUBI, Que sempre me apoiaram para concluir este

curso.

Ao Mestre ALAN DOS SANTOS FERREIRA, pela orientação e apoio na realização

deste trabalho.

A todos os Professores do curso de Engenharia Ambiental pelos ensinamentos e

pela parceria obtida durante todos esses anos.

Enfim, a todos que, direta ou indiretamente, contribuíram para a obtenção deste

título.

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RESUMO

O presente trabalho tem por finalidade, propor diretriz para a elaboração de

uma proposta de práticas de gerenciamento de resíduos sólidos com base na Lei

12.305/2010 – POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS (PNRS). A pesquisa

foi realizada em uma empresa localizada no município de Manaus-AM, do

seguimento alimentício, que neste trabalho denominada apenas como Indústria,

para manter o sigilo das informações fornecidas. O marco referencial que orientou

para a concretização da proposta, foi o diagnostico do gerenciamento de resíduos

sólidos da referida empresa, utilizando a análise quantitativa e qualitativa dos

Resíduos Sólidos, bem como uma metodologia de pesquisa, onde são expostos os

pontos mais importantes com base em teóricos e legislações.

Através dos dados obtidos foi realizada uma proposta para um destino final

ambientalmente adequada dos resíduos de vidro e madeira, conforme prevê a Lei nº

12.305/10 – PNRS, onde “[...] deve viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos

sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros

ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada”.

(MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, 2012). Atendendo a este requisito, foi

apresentadas propostas e/ou soluções disponíveis no mercado para o destino dos

resíduos em questão, através de ações que sejam viáveis a empresa e também que

possam contribuir efetivamente para a qualidade ambiental e que não seja

necessário um grande investimento econômico. Com os resultados houve a

destinação ambientalmente adequada aos resíduos de madeira e vidro, redução de

despesas para a disposição dos resíduos e economia financeira, bem como uma

melhor utilização de recursos naturais.

Palavras-chave: Resíduos sólidos. Gerenciamento. Geração de Resíduos

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ABSTRACT

This study aims to propose guidelines for the preparation of a proposed solid

waste management practices based on Law 12.305 / 2010 - NATIONAL POLICY OF

SOLID WASTE (PNRS). The survey was conducted in a company located in the city

of Manaus-AM, the food tracking, which in this work named only as Company to

maintain the confidentiality of information provided. The framework that guided to the

realization of the proposal was the diagnosis of solid waste management of this

company, using quantitative and qualitative analysis of solid waste, as well as a

research methodology, which are exposed the most important points based on

theoretical and laws.

Through the data was carried out a proposal for a final destination of

environmentally sound waste glass and wood, pursuant to Law No. 12,305 / 10 -

PNRS where "[...] should enable the collection and recovery of solid waste to

business sector, for reuse in its cycle or other productive cycles, or other disposal

environmentally sound. " (MINISTRY OF ENVIRONMENT, 2012). Given this

requirement, proposals and / or solutions on the market for the disposal of waste in

question was presented, through actions that are viable the company and also to

effectively contribute to environmental quality and a great economic investment is not

necessary . With the results was the environmentally sound disposal of waste wood

and glass, reducing costs for the disposal of waste and financial savings as well as

better use of natural resources.

Keywords: Solid waste. Management. Waste generation.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Recipientes com cores diferenciadas para a coleta de materiais recicláveis. .................................................................................................................................. 23

Figura 2: Metodologia Desenvolvida ......................................................................... 35

Figura 3: Fluxo Processo Produtivo Linha 5 .............................................................. 37

Figura 4: Acondicionamento inadequado dos resíduos gerados na linha 5. ............. 39

Figura 5: Fluxograma de Resíduos Classe II-B (Inertes). ......................................... 41

Figura 6: Fluxograma de Resíduos Classe II-A (Não Inertes). .................................. 42

Figura 7: Fluxograma de Resíduos Classe I (Perigoso). ........................................... 43

Figura 8: Despaletizador ........................................................................................... 45

Figura 9: Acondicionamento de Paletes Não-Conforme. .......................................... 46

Figura 10: Desencaixotadora de Garrafas ................................................................ 47

Figura 11: Virador de Caixas ..................................................................................... 48

Figura 12: Lavadora de Garrafas .............................................................................. 49

Figura 13: Inspetor Eletrônico – ASEBI ..................................................................... 50

Figura 14: Resíduos de Vidro Acondicionados em Caçambas na Central de Resíduos. .................................................................................................................. 51

Figura 15: Resíduos de Vidro Acondicionados na Central de Resíduos. .................. 51

Figura 16: Encaixotadora .......................................................................................... 52

Figura 17: Paletizadora ............................................................................................. 53

Figura 18: Resíduos de madeira usada como combustível para a fabricação de produtos de cerâmica em geral. ................................................................................ 57

Figura 19: Moinho triturador de vidro. ....................................................................... 58

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Percentual de Reciclagem de jan à jun. .................................................... 55

Tabela 2: Percentual de Reciclagem de jul à dez. .................................................... 60

Tabela 3: Despesas com Destinação de Resíduos ao Aterro Municipal de Manaus. 62

Tabela 4: Despesas com Destinação de Resíduos a Reciclagem. ........................... 63

Tabela 5: Pareto de Despesas/Ganhos do ano de 2015. .......................................... 64

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1: Geração e Reciclagem de Resíduos do 1º semestre de 2015. ................. 54

Gráfico 2: Geração por Tipo de Resíduo do 1º semestre de 2015. ........................... 56

Gráfico 3: Geração e Reciclagem de Resíduos do 2º semestre de 2015. ................. 59

Gráfico 4: Geração por Tipo de Resíduo do 2º semestre de 2015. ........................... 60

Gráfico 5: Comparativo do Ano de 2015 do Total Reciclado (%). ............................. 61

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LISTA DE SIGLAS

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas

ABS Acrilonitrila Butadieno Estireno

ACPO Associação de Consciência à Prevenção Ocupacional

ASEBI All Surface Empty Bottle Inspection (Inspeção de Garrafa Vazia)

CEMPRE Compromisso Empresarial para Reciclagem

CONAMA Conselho Nacional de Meio Ambiente

FRP Plástico Reforçado com Fibra de Vidro

IPAAM Instituto Ambiental do Amazonas

ISO International Organization for Standardization (Organização

Internacional para Padronização).

NBR Norma Brasileira

OHSAS Occupational Health and Safety Assessment Service (Serviços

de Avaliação de Segurança e Saúde Ocupacional).

PET Politereftalato de Etileno

PEV Posto de Entrega Voluntaria

PIM Pólo Indústrial de Manaus

PNRS Política Nacional de Resíduos Sólidos

REFPET Garrafa em Politereftalato de Etileno Retornável

RRS Resíduos de Serviço da Saúde

RSU Resíduos Sólidos Urbanos

SGA Sistema de Gestão Ambiental

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................ 11 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ........................................................................... 13

2.1. Políticas de Desenvolvimento Sustentável ...................................................... 13 2.2. Desenvolvimento Sustentável nas Indústrias no Brasil ................................... 13 2.3. Políticas Ambientais ........................................................................................ 14 2.4. Política Nacional de Resíduos Sólidos ............................................................ 15 2.4.1. Histórico da Concepção da Política Nacional dos Resíduos Sólidos ........... 15

2.4.2. Da Geração de Resíduos Sólidos ................................................................ 17 2.5. Certificação ambiental nas indústrias .............................................................. 17

2.5.1. Norma ISO14001 ......................................................................................... 17 2.5.2. Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT .................................... 18 2.5.3. Norma NBR no. 10.004 - Classificação ........................................................ 18 2.6. Tratamento e Destinação Final........................................................................ 20

2.7. Reciclagem ...................................................................................................... 21 2.8. Coleta Seletiva ................................................................................................ 22

2.9. Compostagem ................................................................................................. 24 2.10. Aterro Sanitário ............................................................................................ 26 2.11. Incineração ................................................................................................... 27

2.12. Importância do Gerenciamento dos Resíduos Sólidos................................. 30 2.13. Plano Nacional de Resíduos Sólidos ........................................................... 31

3. MATERIAIS E MÉTODOS .............................................................................. 32

3.1. Caracterização da Empresa e dos Resíduos Gerados .................................... 32

3.2. Delineamento da Pesquisa .............................................................................. 33 3.3. Primeira Etapa ................................................................................................. 35 3.4. Segunda Etapa ................................................................................................ 35

3.5. Terceira Etapa ................................................................................................. 36

3.6. Quarta Etapa ................................................................................................... 38 3.7. Quinta Etapa.................................................................................................... 38 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ...................................................................... 39 4.1. Linha 5: Processo de Envase de Garrafas de Vidro e Acondicionamento de Resíduos. .................................................................................................................. 45

4.2. Proposta para o Gerenciamento de Resíduos de Madeira e Vidro ................. 57 CONCLUSÃO ........................................................................................................... 65 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 66

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1. INTRODUÇÃO

O crescimento acelerado da população quando associado às mudanças de

hábitos incrementa um aumento na produção de materiais e atividades. Estes, por

sua vez, à medida que são produzidos e consumidos, acarretam um surgimento

cada vez maior de resíduos, os quais, coletados ou postos de forma inadequada,

trazem significativas transformações ambientais que têm se tornado um dos maiores

desafios do planeta. A produção exagerada desses resíduos é baseada em uma

questão que vem se agravando de forma gradativa, a partir do aumento da

população e das mudanças nos hábitos de vida.

Com efeito, os resíduos sólidos quando destinados adequadamente

apresentam extrema importância no que se refere à qualidade de vida dos

indivíduos na sociedade e redução aos riscos a saúde pública. O tratamento nunca

constitui um sistema de destinação final completo ou definitivo, pois sempre há um

remanescente inaproveitável. Entretanto, as vantagens decorrentes dessas ações,

tornam-se mais claras após o equacionamento dos sistemas de manejo e de

destinação final dos resíduos (SCHALCH et al., 2002).

O presente projeto de monografia apresenta o inventário de resíduos do ano

de 2015, em uma empresa do pólo industrial de Manaus, do segmento alimentício,

mais especificadamente envase de refrigerantes, neste trabalho será denominada

como Indústria X, para manter o sigilo das informações fornecidas.

Este trabalho foi conduzido por meio da pesquisa bibliográfica, quantitativa,

qualitativa e estudo de campo. Primeiramente houve o conhecimento da indústria,

onde realizaram-se visitas in loco, obtendo conhecimento prévio de todo o processo

produtivo e o gerenciamento dos resíduos internos e externos, na segunda etapa

focou-se no desenvolvimento do método de pesquisa, com a intenção de conceituar

e desenvolver uma lógica para o estudo, em seguida desenvolveu-se o fluxograma

do setor que gera o maior índice de resíduos, a quantificação dos resíduos gerados

e as despesas com a destinação final dos resíduos sólidos. Na última etapa realizou-

se uma proposta de práticas de Gerenciamento de Resíduos Sólidos para o 2º

semestre de 2015, com base nos conhecimentos obtidos na revisão bibliográfica, na

visita e nas informações disponibilizadas pela empresa.

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O objetivo geral desta pesquisa é propor diretriz para a elaboração de uma

proposta de práticas de gerenciamento de resíduos sólidos, com base na Política

Nacional de Resíduos Sólidos, em uma empresa do Pólo Industrial de Manaus, do

segmento alimentício.

Para os resultados alcançados ao final da pesquisa, apresentemos em forma

de gráficos e respectivamente as discussões baseadas em autores e/ou

pesquisadores que já realizaram uma pesquisa semelhante.

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2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1. Políticas de Desenvolvimento Sustentável

O primeiro conceito de sustentabilidade conhecido e documentado foi emitido

por Carlowitz no seu livro “Sylvicultura Oeconomica”, em 1713, conforme abaixo:

Na visão de Carlowitz em relação à citação de sustentabilidade, em termos

gerais, pode-se entender "gestão ambiental" como a administração dos recursos

ambientais com o objetivo de conservá-los e garantir que as gerações futuras

encontrem um ambiente compatível com as suas necessidades. (Floriano, Eduardo

Pagel, 2007.)

2.2. Desenvolvimento Sustentável nas Indústrias no Brasil

O desenvolvimento tecnológico nas indústrias vem crescendo conforme as

políticas ambientais estabelecidas no país. Do mesmo modo, o Desenvolvimento

Sustentável como um novo modelo de desenvolvimento, que busca compatibilizar o

atendimento das necessidades sociais e econômicas do ser humano com as

necessidades de prevenção do ambiente, de modo que assegure a sustentabilidade

da vida na Terra para as gerações presentes e futuras (Dias, 2004).

Atendendo as novas demandas da sociedade, conceitos como ética,

responsabilidade social e desenvolvimento sustentável, assumem um papel cada

vez mais importante nas estratégias das organizações. Neste sentido, Demajorovic,

(2003) diz que o papel do setor privado não mais se restringe só a gerações de

riquezas, mas também, as dimensões sociais e ambientais e salienta que os

problemas ambientais gerados pelas indústrias representam grandes desafios a

“A natureza deve ser obrigatoriamente utilizada com base nas suas características naturais para o bem estar da população, manejada e conservada com cuidado e com a responsabilidade de deixar um bom legado para as futuras gerações” (CARLOWITZ, 1713, apud Grober, 2002).

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serem solucionados. Assim, é necessário mais do que determinadas tecnologias de

auxílio. É imperativo uma visão estratégica que busque um desenvolvimento

positivo, por meio de investimentos em tecnologias limpas, controle de redução de

resíduo e a preocupação com insumos tóxicos, para que se receba um resultado

ambiental, social e econômico (Demajorovic, 2003).

2.3. Políticas Ambientais

No contexto de políticas ambientais, pode-se entender que são aquelas

políticas que apresentam uma preocupação explicita quanto à proteção,

conservação e uso dos recursos naturais e do meio ambiente. Almeida et al., (2004).

Conforme Brasil (2010), recentemente foi lançado a Lei de Política Nacional

de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010), com o objetivo de regular as atividades

relacionadas. A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) apresenta uma

relação de normas relacionadas aos resíduos sólidos:

NBR 7.500:1987 – Símbolos de risco e manuseio para o transporte e

armazenagem de materiais – Simbologia;

NBR 7.502:1983 – Transporte de cargas perigosas – classificação;

NBR 8.418 – Projetos de aterros de resíduos industriais perigosos;

NBR 8.419 – Projetos de aterros sanitários de resíduos sólidos urbanos;

NBR 9.190:1985 – Sacos plásticos para acondicionamento de lixo –

classificação;

NBR 10.004:2004 – Resíduos Sólidos – classificação;

NBR 10.005:2004 – Lixiviação de Resíduos;

NBR 10.006:2004 – Solubilização de resíduos;

NBR 10.007:2004 – Amostragem de resíduos – procedimentos.

NBR 10.157:1987 – Aterros de resíduos perigosos – critérios para projetos,

construção e operação;

NBR 11.174:1989 – Armazenamento de resíduos de classes II A (não-inertes)

e II B (inertes);

NBR 11.175:1990 – Incineração de resíduos sólidos perigosos – Padrões de

desempenho;

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NBR 12.235:1987 - Armazenamento de resíduos sólidos perigosos.

Ainda, algumas resoluções do CONAMA regulamentam aspectos relacionados a

resíduos sólidos:

RESOLUÇÃO CONAMA nº 06/88: Dispõe sobre a geração de resíduos nas

atividades industriais;

RESOLUÇÃO CONAMA nº 09/93: Dispõe sobre uso, reciclagem, destinação

refino de óleos lubrificantes;

RESOLUÇÃO CONAMA nº 313/02: Dispõe sobre o Inventário Nacional de

Resíduos Sólidos Industriais.

RESOLUÇÃO CONAMA nº 275/01: Simbologia dos Resíduos;

2.4. Política Nacional de Resíduos Sólidos

2.4.1. Histórico da Concepção da Política Nacional dos Resíduos Sólidos

Baseado em VALADARES (2009), a primeira lei brasileira que trata dos

resíduos sólidos foi a Lei Federal de n.º 2.312, noticiada em 1954, cujo Artigo 12 diz:

Ainda com estudos e pesquisas realizada por VALADARES (2009), a Lei

Federal n.º 6.938 de 1981, estabeleceu que a Política Nacional do Meio Ambiente

tem por objetivo a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental

propícia à vida, visando assegurar, no País, condições ao desenvolvimento sócio-

econômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida

humana, em seu artigo 2.º, inciso I estabelece que:

“a coleta, o transporte, e o destino final do lixo, deverão processar-se em condições que não tragam inconvenientes à saúde e ao bem estar público”.

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Com efeito, um novo marco na gestão dos resíduos sólidos no Brasil é a

Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), Lei 12.305/10 (BRASIL, 2010), que

estabelece obrigatoriedades fundamentais para que o Brasil deixe de ser um país

onde prevalecem os lixões, o desperdício e a falta de dignidade aos cidadãos que

trabalham com os materiais recicláveis. A Política determina a proibição da abertura

de novos lixões e a obrigação dos municípios em estruturar a coleta seletiva, com

participação das cooperativas de catadores para viabilizar a separação e correta

destinação dos recicláveis. Faz distinção entre rejeito (o que não é passível de

reaproveitamento) e resíduo (lixo que pode ser reaproveitado ou reciclado),

referenciando todo tipo de resíduo (doméstico, industrial, da construção civil,

eletroeletrônico, da área de saúde, etc.). Os objetivos são: a não geração, redução,

reutilização e tratamento de resíduos sólidos, bem como destinação final

ambientalmente adequada dos rejeitos; redução do uso dos recursos naturais (água

e energia, por exemplo) no processo de produção de novos produtos; intensificar

ações de educação ambiental; aumentar a reciclagem no país; promover a inclusão

social, a geração de emprego e renda de catadores de materiais recicláveis. Institui

o princípio de responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos,

abrangendo fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, titulares dos

serviços públicos de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, mas também os

consumidores.

A PNRS estabelece metas e ações para serem adotadas pelo governo

federal, em regime com Estados, Distrito Federal, Municípios e particulares, com

vistas ao gerenciamento ambientalmente adequado dos resíduos sólidos. Porém, o

grande marco histórico da gestão ambiental no Brasil foi à lei que estabeleceu a

Política Nacional de Resíduos Sólidos que lança uma visão moderna na luta contra

um dos maiores problemas do Planeta: o lixo urbano. Tendo como princípio a

responsabilidade compartilhada entre governo, empresas e população, a nova

legislação impulsiona o retorno dos produtos às indústrias após o consumo e obriga

o poder público a realizar planos para o gerenciamento do lixo. Entre as novidades,

“é responsabilidade do Poder Público a manutenção do equilíbrio ecológico, considerando o meio ambiente como patrimônio público a ser necessariamente assegurado e protegido, tendo em vista o uso coletivo” (VALADARES, 2009).

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a lei consagra o viés social da reciclagem, com participação formal dos catadores

organizados em cooperativas. Promulgada no dia 2 de agosto de 2010, após amplo

debate entre o governo, universidades, setor produtivo e entidades civis, a Política

Nacional promoverá mudanças no cenário dos resíduos (CEMPRE, 2010).

2.4.2. Da Geração de Resíduos Sólidos

Baseado em ZANETI (2003), que enfatiza bastante em seus conceitos de

aplicabilidade, diz que nos últimos tempos, em decorrência dos hábitos da

sociedade capitalista na qual habitamos, a natureza tem sido agredida pelo consumo

exagerado de produtos industrializados e tóxicos que, ao serem descartados,

acumulam-se no ambiente como resíduos, causando danos ao planeta e à própria

existência humana.

Os progressos da humanidade aumentaram a qualidade e a expectativa de

vida. A contrapartida é um padrão de consumo que demanda matérias-primas, o que

de certa forma pode comprometer a qualidade de vida das gerações futuras. Esse

compromisso com as gerações futuras é o princípio do que se denomina

crescimento sustentável. Assim, espera-se que esta geração e as futuras usem a

capacidade que o homem possui de transformar as matérias, porém de forma

sustentável (TENÓRIO; ESPINOSA, 2004).

No tocante à definição conceitual, a literatura técnica se serve dos termos

resíduos sólidos para designar o produto de descarte gerado pela atividade

industrial, comercial e de serviços da sociedade em geral, seja urbana, rural, privada

ou pública (KRELING, 2006).

2.5. Certificação ambiental nas indústrias

2.5.1. Norma ISO14001

De acordo com o texto da NBR ISO 14001:2004, “As normas de gestão

ambiental têm por objetivo prover as organizações de elementos de um sistema da

gestão ambiental (SGA) eficaz que possam ser integrados a outros requisitos da

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gestão, e auxiliá-las a alcançar seus objetivos ambientais e econômicos” (ABNT,

2004).

Em interpretação realizada na NBR, a obtenção da certificação ISO14001

propicia alguns benefícios tais como: atendimento à legislação vigente; maior

controle de custos; melhoria da imagem da organização; entre outros. Embora a

certificação ISO14001 seja perseguida por muitas organizações, ela não implica

necessariamente em bom desempenho (FERNANDES et al., 2001).

2.5.2. Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT, 2004), define resíduos

sólidos:

No que consta nesta ABNT Resíduos sólidos são resíduos nos estados

sólidos e semi-sólidos, que resultam de atividades da comunidade, de origem:

industrial, doméstica, de serviços de saúde, comercial, agrícola, de serviços e de

varrição. Consideram-se também resíduos sólidos os lodos provenientes de

sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações

de controle de poluição, bem como determinados líquidos, cujas particularidades

tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpo d'água, ou

exijam para isso soluções técnicas e economicamente inviáveis em face à melhor

tecnologia disponível.

Uma das principais preocupações relacionada à produção de resíduos em

todo o mundo está voltada para as causas que esses resíduos podem ter sobre a

saúde humana e sobre a qualidade do meio ambiente (solo, água, ar e paisagens).

Os resíduos, tanto em termos de composição como de volume, variam em função do

consumo e dos métodos de produção (SANTOS, 2011).

2.5.3. Norma NBR no. 10.004 - Classificação

No Brasil, os resíduos sólidos são classificados pela Norma NBR no. 10.004

da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT, 2004) da seguinte forma:

Resíduos Classe I (perigosos) - são os resíduos sólidos ou misturas de

resíduos que tem “características de inflamabilidade, corrosividade,

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reatividade, toxicidade e patogenicidade, podem apresentar riscos à saúde

pública”;

Resíduos Classe II (não inertes) – são os resíduos sólidos ou mistura de

resíduos sólidos que não se enquadram na Classe I (perigosos) ou na Classe

III (inertes). Estes resíduos podem ter características como combustibilidade,

biodegradabilidade ou solubilidade em água;

Resíduos Classe III (inertes) – contemplam os resíduos sólidos ou mistura de

resíduos sólidos que, submetidos ao teste de solubilização (Norma NBR no.

10.006 – Solubilização de Resíduos – Procedimento) não tenham nenhum de

seus constituintes solubilizados, em concentrações superiores aos padrões

definidos na Listagem 8 – Padrões para os testes de solubilização. Como

exemplo destes materiais, citam-se rochas, tijolos, vidros e certos tipos de

borrachas e plásticos que não são facilmente decompostos.

Analisando ainda NBR n.º 10004, os resíduos são classificados também em

seu estado físico e divididos em:

Resíduos Sólidos: correspondem aos resíduos apresentados nos estados

sólido e semi-sólido, são aqueles originados de atividades industriais,

doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição, e ainda

nessa divisão tem-se os lodos oriundos de sistemas de tratamento de água,

resíduos produzidos em equipamentos e instalações de controle de poluição,

líquidos que por suas características não podem ser lançados na rede pública

de esgoto ou corpos de água de forma viável.

Resíduos Gasosos: correspondem aos resíduos resultantes das reações de

fermentações aeróbias e anaeróbia, no caso dos aterros sanitários a

fermentação anaeróbia ocorre produzindo o gás carbônico e ao metano, que

são aproveitados na produção de biogás;

Resíduos Líquidos: os resíduos líquidos também podem ser considerados

como lixiviados, possuem uma grande concentração de material orgânico,

como azoto e material tóxicos, e por apresentar um alto potencial de

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contaminação é necessário fazer o seu tratamento com a finalidade de

impedir a sua infiltração no solo e a poluição das águas.

Quanto à origem, os resíduos sólidos podem ser classificados em:

Resíduos Urbanos – consistem nos resíduos domiciliares ou domésticos, ou

seja são aqueles originados das residências e compostos por restos de

alimentos, embalagens plásticas, de metal, de vidro, de papel e de papelão,

jornais, revistas, nos resíduos comerciais, que por sua vez introduzem os

resíduos gerados de atividades realizadas em escritórios, hotéis, lojas,

cinemas, teatros, mercados, terminais, e são compostos essencialmente por

papel, papelão e embalagens em geral, nos resíduos públicos, que são

aqueles que incluem os resíduos resultantes da limpeza de vias públicas,

praças e jardins, e são compostos principalmente por papéis, embalagens,

restos de cigarros, folhagens e sedimentos diversos.

Resíduos Industriais – são aqueles procedentes das atividades industriais,

que apresentam um grande número de materiais e substâncias que não se

decompõem ou podem permanecer muito tempo estáveis, representando

sérios perigos para a saúde pública, e exigindo acondicionamento, transporte

e destinação especiais.

Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) - esses resíduos são produzidos em

hospitais, clínicas médicas e veterinárias, laboratórios de análises clínicas,

farmácias, centros de saúde, consultórios odontológicos e outros

estabelecimentos afins, e podem ser incluídos em dois níveis diferentes, os

resíduos comuns, que são aqueles que compreendem os restos de alimentos,

papéis, invólucros, e os resíduos sépticos, que correspondem aos

constituídos de restos de salas de cirurgia, áreas de isolamento, centros de

hemodiálise, etc. Enquanto ao manuseio esses resíduos exigem atenção

especial.

2.6. Tratamento e Destinação Final

O arcabouço de leis, regulamentos e procedimentos para tratar os resíduos é

definido nas três esferas federal, estadual e municipal. Porém, a grande

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responsabilidade é do município que responde pela coleta, transporte, tratamento e

disposição final dos resíduos sólidos urbanos, ficando sob responsabilidade do

Estado o licenciamento e/ou fiscalização ambiental e cabendo à União, a definição

das normas gerais (DIAS et al., 1999).

Conforme Schalch et al. (2002), o tratamento abrange um conjunto de

atividades e processos com o objetivo de promover a reciclagem de alguns de seus

elementos, como o plástico, o papelão, os metais e os vidros, além da modificação

da matéria orgânica em composto, para ser utilizado como adubo nas plantações e

condicionador do solo, ou em polpa para a utilização como combustível.

Os autores supracitados ainda consideram que o tratamento jamais vai

constituir um sistema de destinação final completo ou definitivo, pois sempre há um

restante inaproveitável. As vantagens decorrentes dessas ações tornam-se mais

claras após o equacionamento dos sistemas de manejo e de destinação final dos

resíduos.

2.7. Reciclagem

A reciclagem é uma atividade econômica, que deve ser vista como um

elemento dentro do conjunto de atividades integradas no gerenciamento dos

resíduos, não se traduzindo, portanto, como a principal "solução" para os resíduos,

já que nem todos os materiais são técnica ou economicamente recicláveis

(SCHALCH et al., 2002).

Para tanto, de acordo com TONANI (2011), a reciclagem é o

reaproveitamento de determinados materiais, mediante reprocessamento e

recuperação de detritos para posterior uso doméstico ou na indústria.

Fernandes e Leite (2007), determinam que os materiais recicláveis têm ampla

utilização nas indústrias, onde são beneficiados como matéria-prima pré-

processada. Evitando-se, assim, a extração de novos recursos da natureza e, na

maioria das vezes, eliminando-se etapas onde há grande consumo de energia e

utilização de produtos químicos poluidores.

Os resíduos sólidos que se encontram misturado no lixo domiciliar devem ser

separados em uma usina de reciclagem de forma eletromecânica ou manuais

conseguindo-se em geral uma eficiência de apenas 3 a 6% em peso, dependendo

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do tamanho e do grau de sofisticação tecnológica da usina (MONTEIRO et al.,

2001).

A atividade de reciclagem existe desde a época em que compradores de

papel, papelão, garrafa de vidro e outros objetos eram recolhidos nas ruas de

grandes cidades para ser reciclados (NEPOMUCENO SOBRINHO, 2009).

No Brasil, este tratamento dos resíduos sólidos domésticos teve início nos

anos 80, com uma intensa divulgação junto às administrações municipais e muitas

cidades experimentaram a técnica como solução definitiva para os problemas

ambientais e sanitários pela crescente produção de RSU (PRADO FILHO;

SOBREIRA, 2007).

Para Prado Filho e Sobreira (2007) a triagem e a reciclagem servem para

separação dos materiais recicláveis presentes nos RSU. Esses materiais do tipo

(papéis, metais, plásticos, vidros etc.), a segunda etapa, é o processo industrial,

permitindo a reciclagem e/ou transformação em novos produtos.

2.8. Coleta Seletiva

A coleta seletiva é uma forma de recolhimento de materiais recicláveis (Figura

1): papéis, plásticos, vidros, metais e orgânicos, previamente separados na fonte

geradora e que podem ser reutilizados ou reciclados. Esse processo pode ser

implantado em bairros, escolas, centros comerciais ou outros locais que trabalhe

junto com o sistema da coleta de materiais recicláveis, servindo também como

método educativo na medida em que sensibiliza a comunidade sobre os

questionamentos do desperdício de recursos naturais e da poluição causada pelo

lixo (COELHO et al., 2010).

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Figura 1: Recipientes com cores diferenciadas para a coleta de materiais recicláveis.

Fonte: Novo Tempo, 2016.

Existem basicamente três técnicas ou estratégias de separação e coleta seletiva que

visam à reciclagem (TENÓRIO; ESPINOSA, 2004):

Separação na Fonte Pelo Gerador - ocorre a separação dos materiais

recicláveis de forma individuais. Que deve ser feita pelo gerador ou pelo o

coletor. No caso dos pequenos municípios, não ocorre nenhum tipo de

tratamento antes da comercialização. Uma das opções desse tipo de coleta

seletiva é a separação, pelo gerador, dos materiais recicláveis e dos não

recicláveis. Cabe à administração do município definir quais os materiais a

serem segregados;

Pontos de Entrega Voluntária (PEVs), Seguidos de Processamento em

Usinas de Reciclagem – os PEVs são locais estratégicos nas cidades e

municípios, aonde os materiais segregados pelo gerador devem ser

entregues, cabendo a seus administradores definir quais os tipos e como eles

devem ser coletados e dispostos e tem como principal vantagem o menor

custo de operacional em relação à separação de fonte pelo gerador;

Usinas de Separações e Reciclagem do Resíduo Sólido Misturador - nessa

estratégia não existe a segregação dos resíduos recicláveis para os outros, o

resíduo misturado é transportado para uma central de processamentos onde

por métodos automatizados, é separado e pode ser reciclado.

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Para COELHO et al., (2010), a coleta seletiva é eficaz e possui grandes

vantagens que colaboram para a melhoria do meio ambiente, na medida em que

suaviza a exploração de recursos naturais, diminui a poluição do solo, da água e do

ar, adia a vida útil dos aterros sanitários, permite a reciclagem de materiais que iriam

para o lixo, diminui os gastos com a limpeza urbana, cria oportunidade de fortalecer

organizações comunitárias, gera emprego e renda pela comercialização dos

recicláveis. A criação de um programa de coleta seletiva não é tarefa difícil de

realizar, porém é trabalhosa, requer muita dedicação e empenho. Engloba três

etapas: planejamento, implantação e manutenção, todas com muitos detalhes

importantes.

E as desvantagens, por sua vez, da coleta seletiva são mencionadas por

Schalch et al. (2002), como elevado custo da coleta e transporte, pois necessita de

veículos especiais, que passam em dias diferentes dos da coleta convencional; e

necessidade de um centro de triagem, onde os recicláveis são separados por tipo,

mesmo após a segregação na fonte.

2.9. Compostagem

Com base nos conceitos de Tenório e Espinosa (2004), a compostagem é,

sem dúvida, um dos assuntos mais controversos em termos de tratamento de

resíduos orgânicos, porque uns defendem seu favorecimento e outros, rejeitam.

Fernandes e Silva (1999) citam que a mesma é praticada desde a História

antiga, até os dias atuais, sendo baseada na experiência. Gregos, romanos, e povos

orientais já sabiam que resíduos orgânicos podiam ser retornados ao solo,

contribuindo para suas produtividades. No entanto, só a partir de 1920, com Albert

Howard, é que o processo passou a ser pesquisado cientificamente e realizado de

forma coerente. Nas décadas seguintes, muitos trabalhos científicos lançaram as

bases para o desenvolvimento desta técnica, que hoje pode ser utilizada em escala

industrial.

A compostagem é vista como uma prática usual em propriedades rurais e

nem tanto em centrais de reciclagem de resíduos. É uma estratégia do agricultor

para transformar os resíduos agrícolas em adubos essenciais para a prática da

agricultura, orgânica ou não. Pode ser também uma necessidade administrativa, que

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tem a intenção de diminuir o volume do material a ser gerenciado além de estabilizar

um material poluente (PITSCH, 2011).

Sendo considerado por Pereira Neto (2007) um processo nobre, visto que é

comprometido com a proteção do meio ambiente (pelo o tratamento dos resíduos

contaminados), com a saúde pública (pela quebra dos ciclos evolutivos de vários

tipos de doenças), e com o resgate da cidadania (por cria oportunidade de emprego

etc), é a forma mais eficiente de se obter a biodegradação controlada dos resíduos

orgânicos. Os resíduos tem que passar por uma boa mistura, para formar a massa

de compostagem, que é arrumada em montes de forma cônica ou de forma

prismática (leira de compostagem) em pátio, onde o material é submetido a

tratamento e humificação. Esse processo dura em média 110 dias. Durante este

período, observam-se duas fases principais: degradação ativa e maturação. A

primeira dura em média 70 dias, a temperatura fica na faixa de 50°C a 60°C,

diminuindo para menos de 40°C no final; e na segunda, o material sofre o processo

de humificação em média de 30 a 50 dias.

O método de compostagem dos resíduos sólidos domiciliares pode ser

dividido em duas etapas diferentes: a primeira ocorre o tratamento mecânico,

visando retirar da massa de resíduos os produtos recicláveis, indesejáveis e

homogeneizar a massa de resíduos e reduzir a dimensão de seus constituintes; a

segunda, é que o material é fermentado em leiras, completando o processo

(SCHALCH et al., 2002).

Nascimento et al. (2005) reportaram que, dentre as principais vantagens do

adubo orgânicos (húmus) nas atividades agrícolas, incluem-se a "melhora da saúde

do solo”, onde a matéria orgânica composta se liga às partículas (areia e argila),

ajudando na retenção e drenagem do solo melhorando sua aeração; aumenta a

capacidade de infiltração de água, reduzindo a erosão; dificulta ou impede a

germinação de sementes de plantas invasoras; aumenta o número de minhocas,

insetos e microorganismos desejáveis, devido a presença de matéria orgânica,

reduzindo a incidência de doenças de plantas; mantêm a temperatura e os níveis de

acidez do solo; ativa a vida do solo, favorecendo a reprodução de microorganismos

benéficos às culturas agrícolas; aproveitamento agrícola da matéria orgânica;

eliminação de patógenos; redução do odor.

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2.10. Aterro Sanitário

Conforme a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT, 2004):

Aterro sanitário de resíduos sólidos urbanos consiste na técnica de disposição

de resíduos sólidos urbanos no solo, sem causar danos ou riscos à saúde pública e

à segurança, minimizando os impactos ambientais, método este que utiliza princípios

de engenharia para confinar os resíduos sólidos à menor área possível e reduzi-los

ao menor volume permissível, cobrindo-os com uma camada de terra na conclusão

de cada jornada de trabalho ou a intervalos menores se for necessário.

Na realidade o aterramento sanitário é considerado por Brentano (2006) como

o método de disposição final dos resíduos sólidos que, com as técnicas da

engenharia, minimiza os impactos causados pela disposição dos resíduos sólidos,

sendo adequado para tal fim. Na execução de um aterro sanitário, princípios básicos

são executados. Dentre eles, destaca-se a implantação de dispositivo de drenagem

e tratamento de gases, drenagem e tratamento de lixiviados, afastamento das águas

pluviais, canalização de eventuais córregos e nascentes do local, recobrimento diário

e sistemático com argila, isolamento e impermeabilização mínima das células após o

alcance da altura limite e urbanização do parque.

A construção de um aterro sanitário requer a participação de uma equipe de

pessoas que devem estar bem treinadas e bem orientadas de exercer suas funções

específicas. As tarefas e funções de cada um dos componentes das equipes

encarregadas da construção, operação e manutenção do aterro são de fundamental

importância, tendo em vista a preservação ambiental da área onde o aterro será

implantado. A condução técnica deverá estar sob a orientação de um profissional da

área da Engenharia Civil, Sanitária ou Ambiental, com experiência neste tipo de

obra. Dependendo do corte do aterro, auxiliares técnicos: topógrafo, desenhista,

projetista, cadista e laboratorista para estudo de solos, deverão dar suporte técnico

ao Engenheiro responsável. Supervisores, capatazes, operadores de equipamento e

pessoal devidamente capacitado deverão compor a equipe (OBLADEN, 2009).

Os procedimentos para a construção de um aterro sanitário devem ter um

prévio estudo sobre sua viabilidade técnica, com observações relacionadas às

condições de acesso ao aterro, aos distanciamentos em relação a área residenciais,

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à disponibilidade de água e energia, à proteção dos recursos hídricos e aos

benefícios sociais e ambientais (PEREIRA NETO, 2007).

Como vantagens, citam-se os baixos custos de implantação e de operação,

adequado para países em desenvolvimento; mão de obra não qualificada;

recuperação de áreas inundáveis para a formação de locais de recreação; aceitação

de qualquer tipo de resíduos, até industriais, desde que projetados e construídos

para tal e, não há necessidade de equipamentos especiais que não sejam unidades

componentes de qualquer administração municipal; e há controle de vetores

(FARIAS, 2002).

E, de acordo com Novaes Júnior et. al. (1997), o investimento é bem menor

que o requerido por outras formas de tratamento de resíduos sólidos; o custo de

operação é bem menor que outros tipos de tratamentos de resíduos sólidos; método

não apresenta rejeitos ou refugos a serem tratados em outras instalações;

simplicidade operacional, flexibilidade operacional, sendo capaz de operar bem

mesmo ocorrendo flutuações nas quantidades de resíduos a serem aterradas.

Como desvantagens cita-se que poderá ser necessário o transporte de

resíduos a longa distância, desvalorização das áreas destinadas ao aterro, caso elas

não necessitem de recuperação topográfica, probabilidade de poluição do lençol

freático quando planejado ou operado de forma inadequada, período longo para a

estabilização do solo do aterro, ruídos e poeiras durante a fase de execução e

operação (SCHALCH et al., 2002).

Ainda como desvantagens, pode-se citar:

Os resíduos não são tratados, consistindo numa forma de armazenamento no

solo, a necessidade de grandes áreas cada vez maiores, a operação sofre ação das

condições climáticas, e apresentam risco de contaminação do solo e da água

subterrânea (FARIAS, 2002).

2.11. Incineração

Para Santos (2011) o conceito de incineração é como um método “para o

tratamento dos resíduos que envolve a combustão das substâncias orgânicas

presentes na matéria que compõe os resíduos”. O autor continua mencionando:

Durante o processo de incineração, o resíduo apresenta uma diminuição do seu

volume, do seu peso, e das suas características periculosas iniciais, através de uma

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combustão controlada. Considerando os usos atuais dado para o processo de

incineração podemos melhorar ainda mais esta conceituação afirmando que a

incineração é considerada também, como um processo de reciclagem energética,

onde a energia contida nos resíduos, liberada na queima, é um bem que é

reaproveitado para outros processos, ou seja, é reciclada. (SANTOS, 2011).

Libânio (2002) considera a “incineração como a queima controlada de

resíduos sólidos”, e continua reportando:

Os incineradores modernos são produzidos em outros países, e esta

abordagem é a mais dispendiosa para a gestão de resíduos, só os custos da

construção podem ser centenas de milhões de dólares. Os custos de construção e

de funcionamento normal dos incineradores são inevitavelmente suportados pelos

investidores. As companhias de incineradores têm inventado vários esquemas de

financiamento complicados, para conseguirem o apoio do governo em pagamentos

em longo prazo, o que várias vezes provou ser desastroso para os governos locais.

Os incineradores criam de longe menos empregos por toneladas de resíduos do que

as tecnologias alternativas e práticas, tais como a reciclagem. Geralmente, também

substituem o trabalho em rede de reciclagem informal, já existente, causando

dificuldade adicional ao mais pobre dos pobres (ACPO, 2011).

No Brasil, Morgado e Ferreira (2006) informaram que, a incineração é

utilizada somente para a “questão da disposição final de resíduos sólidos perigosos

e parte dos resíduos hospitalares. No entanto, essa tecnologia utilizada no país não

faz o uso do aproveitamento energético”. Para tal, precisa aprimorar a tecnologia

“para permitir esse aproveitamento de forma economicamente viável e

ambientalmente correta.

“É mais utilizada em países desenvolvidos, nos quais a indisponibilidade de área, o elevado custo com mão de obra qualificada e a possibilidade de grandes investimentos iniciais, justificam a automação de processos e a adoção de operações de controle da poluição. Esta não é, ainda, a realidade dos países em desenvolvimento, onde a incineração tem sua aplicabilidade restrita há alguns casos, notadamente resíduos de unidades de saúde, perigosos e outros [...]. É mais empregada no tratamento dos resíduos sólidos industriais” Libânio (2002).

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Sobre os resíduos que podem ser incinerados, a Empresa LUFTECH -

Soluções Ambientais informa (INCINERADORES..., [2008]):

Podemos dividir os resíduos conforme sua geração em:

Hospitalar

Industrial

Agrícola

Urbano

Estes resíduos podem ter componentes de papel, madeira, polietileno,

polipropileno, poliestireno, isopor, plástico, poliester, acrílico, epóxi, FRP, ABS,

nylon, eponite, borracha natural e borracha sintética, pneu, filme, couro sintético,

óleo usado, solvente usado, tintas, resíduos de couro, wet blue, e outros.

A incineração de resíduos para Santos (2011) é transformar os resíduos

basicamente em três produtos: cinzas, gases da combustão e calor. As cinzas são

[...] formadas por constituintes inorgânicos que estavam presentes nos resíduos.

Elas podem se aglomerar em nódulos sólidos (bottom ash), ou serem carreadas

diretamente pelos gases da combustão (fly ash). Os gases da combustão

necessitam de um tratamento adequado para reduzir a concentração de alguns

poluentes gasosos presentes e para reduzir a quantidade de material particulado

antes de serem despejados na atmosfera.

Para COSTA (2012) as vantagens da incineração são:

Redução drástica do volume a ser descartado – A incineração deixa como

produto apenas as cinzas, que geralmente são inertes. Desta forma, reduz a

necessidade de espaço para aterro.

“os resíduos preferenciais para incineração são resíduos não-recicláveis, orgânicos, e que precisem de algum tratamento para reduzir seu risco à saúde pública e ao meio ambiente. Então, a priori qualquer tipo de resíduo que queima pode ser processado, no entanto, para cada tipo de resíduo há variações no dimensionamento dos equipamentos, e alguns tipos de resíduos não podem ser incinerados devido à sua composição”. [...]

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Redução do impacto ambiental – Comparativamente com o aterro sanitário, a

incineração minimiza a preocupação a longo prazo com monitorização do

lençol freático já que o resíduo tóxico é destruído e não “guardado”. [...]

Diminuição no consumo de combustíveis fósseis – Com a utilização dos

resíduos como combustível existe uma diminuição no consumo de

combustíveis fósseis. Esta substituição situar-se-á entre os 25 a 40% no

consumo de combustível primário.

Reciclagem das escórias e outros inertes – que podem servir como material

de enchimento para a produção de asfalto, betão e também no fabrico de

tijolos.

Para COSTA (2012) as desvantagens da incineração são:

Custo elevado – A incineração é um dos tratamentos de resíduos que

apresenta custos elevados tanto no investimento inicial como no custo

operacional. [...]

Exige mão-de-obra qualificada – É difícil encontrar e manter pessoal bem

qualificado para a supervisão e a operação de incineradoras.

Problemas operacionais – A variabilidade da composição dos resíduos pode

resultar em problemas de manuseio de resíduo e operação do incinerador e

também exigir manutenção mais intensa. [...]

Composição química das emissões gasosas – não se conhece ao certo a

composição química dos gases produzidos pela incineração de resíduos

perigosos.

Incerteza dos efeitos das emissões – Desconhecem-se as áreas de influência

das emissões e da sua deposição nos solos. [...]

2.12. Importância do Gerenciamento dos Resíduos Sólidos

O manejo dos resíduos sólidos, no comando interno dos estabelecimentos,

deve atender a critérios técnicos que conduzam à minimização do risco à saúde

pública e à qualidade do meio ambiente (FARIAS et al., 2010).

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Para Farias et al., (2010), um plano de gerenciamento de resíduos sólidos

não pode deixar de apresentar algumas etapas de gerenciamento como o

tratamento que é definido como conjunto de unidades, processos e procedimentos

que mudam as características físicas, físico-químicas, químicas ou biológicas dos

resíduos.

2.13. Plano Nacional de Resíduos Sólidos

Para Lopes e Calixto (2012), “o Brasil aprovou após duas décadas de

discussões a PNRS. Essa política procura organizar a forma como o país trata o lixo,

incentivando a reciclagem e a sustentabilidade”.

De acordo com a lei 12.305 PNRS (BRASIL, 2010), os lixões a céu aberto e

aterros controlados ficam proibidos. A Lei, determina que todas as administrações

públicas municipais devem construir aterros sanitários e eliminar as atividades dos

lixões no prazo de 4 (quatro) anos, onde só poderão ser armazenados resíduos sem

qualquer possibilidade de reciclagem e reaproveitamento, forçando também fazer a

compostagem dos resíduos orgânicos. A mudança também para os fabricantes,

distribuidores e comerciantes, eles ficam obrigados a recolher e destinar para a

reciclagem as embalagens de plástico, papel, papelão, de vidro e as metálicas

usadas e etc.

Para Lopes e Calixto (2012), a lei dá ênfase a três pontos:

Todos os lixões a céu no Brasil devem ser ratificados até 2014. No local que

esses lixões estão implantados, devem ser concebidos aterros controlados ou

aterros sanitários. Na construção desses aterros têm que ter um preparo no

solo para evitar a contaminação de lençol freático, capta o chorume que

resulta da degradação do lixo e contam com a queima do metano para gerar

energia.

Só os resíduos que não são reciclados poderão ser encaminhados aos

aterros sanitários, esses rejeitos são os resíduos que não tem como ser

reciclado. 10% dos resíduos sólidos são resíduos que não são reciclados. A

maioria dos resíduos é de origem orgânica, que em compostagem pode ser

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reaproveitada e transformada em adubo, e reciclável, que deve ser

devidamente separada para a coleta seletiva.

Todos os municípios tem que ter um plano de resíduos sólidos, os planos

municipais serão criados para ajudar os prefeitos e cidadãos a descartar de

forma correta o lixo.

Uma das grandes importâncias do avanço da política é a "logística reversa".

Diz que uma vez descartadas as embalagens são de responsabilidade dos

fabricantes, que devem criar um sistema para reciclar o produto (Lopes; Calixto,

2012). Os produtos dos tipos: agrotóxicos, seus resíduos e embalagens assim como

outros produtos, após o uso dos resíduos devem ser destinados conforme as regras

de gerenciamento de resíduos perigosos previstas em lei ou regulamento; como

pilhas e baterias; pneus; óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens; lâmpadas

fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista; produtos

eletroeletrônicos e seus componentes.

A lei 12.305/10 (BRASIL, 2010), também menciona que as empresas e

demais instituições públicas e privadas devem desenvolver um “Plano de

Gerenciamento de Resíduos”, integrado ao Plano Municipal. Caso descumpram

essa obrigação ficam proibidas de receber recursos de fontes federais.

3. MATERIAIS E MÉTODOS

3.1. Caracterização da Empresa e dos Resíduos Gerados

A Indústria utilizada nesta pesquisa foi fundada em 1970, atua no ramo

alimentício e está localizada na cidade de Manaus - AM, região Norte do Brasil. É

uma empresa que está inserida no PIM, especializada na produção de envase de

refrigerantes, com um pouco mais de 1.500 colaboradores, opera 24h/dia em três

turnos de segunda a sábado. Neste trabalho a empresa será denominada como

Indústria, para manter o sigilo das informações fornecidas.

Está devidamente licenciada juntamente ao Instituto de Proteção Ambiental

do Amazonas (IPAAM) e possui certificações na ISO9001, ISO14001, OHSAS18001

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e NBR ISO22000. O sistema de gestão é mantido e atualizado por meio de

auditorias periodicas.

A empresa possui um setor exclusivo para tratar de assuntos ambientais, com

um Coordenador de Qualidade/Meio Ambiente e Supervisor de Meio Ambiente.

Quanto ao gerenciamento de resíduos sólidos, a empresa possui o Plano de

Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS) e Inventario de Resíduos Sólidos, a

empresa mantem registros de destinação final de todos os resíduos gerados.

3.2. Delineamento da Pesquisa

Para o melhor entendimento dos fatores que envolvem este tema, foi

elaborada uma metodologia de pesquisa onde são expostos os pontos mais

importantes com base em teóricos e legislações que apontam as formas de

descarte, reciclagem, reutilização e eliminação ambientalmente adequada do

resíduo sólido.

Este trabalho foi conduzido por meio da pesquisa bibliográfica, quantitativa,

qualitativa e estudo de campo. Para Rea e Parker (2002) “a análise de documentos

ou análise de conteúdos consiste no exame sistemático de informes ou documentos

como fontes de dados”. Constitui em levantamentos bibliográficos utilizados como

fonte de estudo para realização do trabalho, sem a interferência do autor no

resultado. Vários livros foram consultados e procurou-se encontrar uma maneira de

sintetizá-los numa obra que tivesse o caráter de objetividade e riqueza de dados.

Desta forma, a pesquisa bibliográfica é aquela em que documentos primários e

secundários são utilizados para a produção da pesquisa.

A coleta de dados foi realizada a partir de pesquisa bibliográfica através de

livros, artigos científicos e periódicos eletrônicos, segundo Gil (2002) “Os periódicos

constituem o meio mais importante para a comunicação científica”. Graças a eles é

que vem se tornando possível a comunicação formal dos resultados de pesquisas

originais.

Nascimento (2008) salienta que “no estudo de campo, o pesquisador realiza a

maior parte do trabalho pessoalmente, pois é enfatizada importância de o

pesquisador ter tido ele mesmo uma experiência direta com a situação de estudo”.

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Segundo Diehl (2004), “discorre sobre quantitativa pelo uso da quantificação,

tanto na coleta quanto no tratamento das informações, utilizando-se técnicas

estatísticas, objetivando resultados que evitem possíveis distorções de análise e

interpretação, possibilitando uma maior margem de segurança.

Nascimento (2008) acentua que a pesquisa qualitativa não procura enumerar

e/ou medir os eventos estudados, nem emprega instrumental estatístico na análise

dos dados, envolve a obtenção de dados descritivos sobre pessoas, lugares e

processos interativos pelo contato direto do pesquisador com a situação estudada,

procurando compreender os fenômenos segundo a perspectiva dos sujeitos, ou seja,

dos participantes da situação em estudo.

Segundo Laville e Dionne (1999), existem três grandes grupos de categorias de

pesquisa que levam em consideração seus objetivos, sendo as exploratórias, as

descritivas e as explicativas. A presente pesquisa caracteriza-se como uma pesquisa

descritiva, que normalmente assume a forma de pesquisa bibliográfica ou estudo de

caso. A pesquisa objetiva conhecer e analisar detalhadamente o processo produtivo,

realizando um levantamento direto de dados, analisando e interpretando-os, e

verificando oportunidade para proposta de práticas de gerenciamento de resíduos

sólidos conforme a Lei 12.305/2010.

A Figura 2 a seguir representa o delineamento da pesquisa com o propósito

de explicar de forma detalhada a maneira como a metodologia foi desenvolvida.

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Figura 2: Metodologia Desenvolvida

Fonte: A autora, 2016.

3.3. Primeira Etapa

A primeira etapa concentrou-se no conhecimento da empresa, onde

realizaram-se visitas in loco, obtendo conhecimento prévio de todo processo

produtivo analisando os dados dos tipos, formas de acondicionamento e a

quantidade de resíduos gerados a fim de analisar criticamente em relação da

situação atual e quanto à gestão dos resíduos sólidos gerados, para posteriormente

haver um prognostico.

3.4. Segunda Etapa

A segunda etapa focou-se no desenvolvimento da revisão bibliográfica, com a

intenção de conceituar e desenvolver uma lógica para o estudo, assim buscando

conhecimento sobre a metodologia para destinação ambientalmente adequado dos

resíduos e metodologias para a elaboração de um Plano de Gerenciamento de

Resíduos Sólidos Industriais.

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3.5. Terceira Etapa

Na terceira etapa desenvolveu-se o Fluxograma (Figura 3) do setor que gera

o maior índice de resíduos provenientes do processo produtivo. Para a elaboração

foi preciso da ajuda de um funcionário, pois o conhecimento do processo produtivo

da empresa seria de suma importância.

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Figura 3: Fluxo Processo Produtivo Linha 5

Fonte: a autora, 2016.

DESPALETIZAD

ORA

DESENCAIXOTADO

RA

LAVADORA DE

GARRAFAS

INSPEÇÃO

ELETRÔNICA - ASEBI

ENCHEDORA

INSPEÇÃO MANUAL

- VISORISTA

ENCAIXOTADORA

PALETIZADORA

TRIAGEM DE

PALETES

VIRADOR DE CAIXA GARRAFAS NA

ESTEIRA

GARRAFAS

CONFORME GARRAFAS NÃO

CONFORME

RETIRADA DAS

GARRAFAS NÃO

CONFORME

GERAÇÃO DE

RESÍDUOS DE VIDRO

GERAÇÃO DE

RESÍDUOS DE MADEIRA

GERAÇÃO DE

RESÍDUOS NÃO

RECICLÁVEIS

GERAÇÃO DE

RESÍDUOS DE VIDRO CAIXA

ENCAMINHADA PARA

ENCAIXOTADORA

GERAÇÃO DE RESÍDUOS PROCESSO PRODUTIVO L5

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3.6. Quarta Etapa

Na quarta etapa foi realizada a quantificação dos resíduos do 1º semestre de

2015 gerados pela indústria, com o objetivo de analisar a geração dos mesmos, bem

como o acondicionamento e a destinação final.

3.7. Quinta Etapa

Na quinta etapa realizou-se uma proposta de práticas de Gerenciamento de

Resíduos Sólidos para o 2º semestre de 2015, com base nos conhecimentos obtidos

na revisão bibliográfica, na visita e nas informações passadas pela empresa.

Sugeriu-se nesta etapa, a destinação final ambientalmente adequada dos resíduos

que representaram o maior índice de geração.

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4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

A indústria dispõe de cinco linhas de produção, sendo uma de envase de

latas, uma de envase de REFPET (garrafa PET retornável), duas linhas de envase

de PET (politereftalato de etileno) e uma de envase de bebidas em garrafas de vidro

(retornável), onde há geração de resíduos de vidro.

Quanto à forma de acondicionamento dos resíduos na empresa, está sendo

acondicionado em tambores de ferro e plástico com tampa relativamente adequada,

por se tratar de materiais de difícil acondicionamento e manuseio. A Figura 4 abaixo,

mostra a segregação dos resíduos na linha 5, percebe-se que não é devidamente

adequada, pois existem alguns tipos de resíduos misturados no mesmo tambor, por

exemplo, plásticos, trapos usados, madeiras misturados com vidro.

Figura 4: Acondicionamento inadequado dos resíduos gerados na linha 5.

Fonte: A autora, 2016.

Nesse caso poderia ser feito apenas alguns programas de educação

ambiental junto aos trabalhadores, para adequá-los quanto à importância da

segregação e conseqüentemente quanto ao gerenciamento interno dos resíduos

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sólidos. A empresa possui um plano de gerenciamento de resíduos sólido industrial

e revisado anualmente, onde o mesmo se encontra atualizado no controle de

documentos da empresa.

Em relação à destinação final dos resíduos dada pela empresa, os mesmos

ocorrem de forma adequada, pois os resíduos de papel, plástico, sucata e perigoso

são reciclados e/ou reaproveitados pelas empresas responsáveis pela aquisição dos

resíduos, porém os resíduos de madeira e vidro se dão pela disposição no aterro

Municipal de Manaus, não sendo a tecnologia mais adequada devido ao elevado

volume de vidro e madeira gerado na empresa.

Segue abaixo fluxograma dos resíduos gerados na indústria.

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Figura 5: Fluxograma de Resíduos Classe II-B (Inertes).

Fonte: Empresa, 2015.

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Figura 6: Fluxograma de Resíduos Classe II-A (Não Inertes).

Fonte: Empresa, 2015.

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Figura 7: Fluxograma de Resíduos Classe I (Perigoso).

Fonte: Empresa, 2015

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Todas as empresas que destinam os resíduos estão devidamente licenciadas

junto ao órgão ambiental responsável.

Conforme informações obtidas, verificou-se que a indústria dispõe de uma

única linha de envase de garrafas de vidro, onde é gerado o maior índice de

resíduos de vidro e madeira, com base nessas condições, será proposto práticas de

gerenciamento de resíduos na linha 5.

As fotografias foram obtidas no dia da vistoria na empresa, selecionaram-se

as imagens referentes ao processo produtivo de envase de garrafas de vidro

(retornável) bem como ao acondicionamento e geração dos resíduos sólidos

industriais.

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4.1. Linha 5: Processo de Envase de Garrafas de Vidro e

Acondicionamento de Resíduos.

Dando inicio ao processo produtivo da linha 5, conforme Figura 8, o

empilhador faz o abastecimento de paletes com engradados no despaletizador, este

equipamento faz a retirada dos engradados por camadas e os depositas nas

esteiras de plataforma de transporte, onde são encaminhados para o equipamento

desencaixotadora.

Figura 8: Despaletizador

Fonte: A autora, 2016.

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Nesta etapa há um processo de triagem dos paletes conforme e não

conforme, que como resíduos gerados, identificam-se os resíduos Classe II B

(Inertes) como: paletes que são usados para o armazenamento de engradados.

A Figura 9, a seguir, demonstra os paletes não conforme armazenados na

linha 5.

Figura 9: Acondicionamento de Paletes Não-Conforme.

Fonte: A autora, 2016.

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A Figura 10 mostra o processo de desencaixotamento das garrafas de vidro

que são retornadas do mercado. Este equipamento retira as garrafas de dentro dos

engradados e as coloca nas esteiras transportadoras que seguirão para o processo

de lavagem e as caixas são encaminhadas para o virador de caixas.

Figura 10: Desencaixotadora de Garrafas

Fonte: A autora, 2016.

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A Figura 11 mostra o equipamento virador de caixas, onde é realizada a

retirada de resíduos provenientes do mercado, tais como: garrafas quebradas,

canudos, guardanapos, copos descartáveis, entre outros. Esses resíduos são

acondicionados em tambores de ferro pintados de cinza e denominados como

resíduos não recicláveis, por serem de difícil manuseio, os mesmos são destinados

ao aterro Municipal de Manaus.

Figura 11: Virador de Caixas

Fonte: A autora, 2016.

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A Figura 12 apresenta o equipamento Lavadora de Garrafas, onde é realizada

a lavagem de garrafas retornáveis em três estágios, o primeiro estágio é a lavagem

da garrafa no tanque de solução caustica a 5%, o segundo estágio é a lavagem da

garrafa no tanque de solução caustica a 2% e o terceiro estágio é a lavagem no

tanque de água fresca para a retirada do residual caustico. Observou-se que há

geração de resíduos de vidro provenientes da quebra das garrafas no processo de

lavagem, esses resíduos são acondicionados em tambores de ferro pintados de

verde e identificados como resíduos de vidro, os mesmos são destinados ao aterro

Municipal de Manaus.

Figura 12: Lavadora de Garrafas

Fonte: A autora, 2016.

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A Figura 13 mostra o equipamento ASEBI (All Surface Empty Bottle

Inspection), que realiza a inspeção de todas as superfícies de cada garrafa antes do

processo de envase, dispensando o serviço de verificação humana.

Figura 13: Inspetor Eletrônico – ASEBI

Fonte: A autora, 2016.

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Neste processo de inspeção há geração de resíduos de vidro provenientes da

rejeição das garrafas não conformes, onde as mesmas são encaminhadas para uma

esteira de retorno e são acondicionados em caixas e transportados para a central de

resíduos e depositados em caçamba de 7m³, conforme Figura 14 e 15, e destinados

ao aterro Municipal de Manaus. Observou-se que nesta etapa do processo é onde

ocorre o maior índice de geração de resíduos de vidro.

Figura 14: Resíduos de Vidro Acondicionados em Caçambas na Central de Resíduos.

Fonte: A autora, 2016.

Figura 15: Resíduos de Vidro Acondicionados na Central de Resíduos.

Fonte: A autora, 2016.

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A Figura 16 mostra o equipamento encaixotadora que realiza o

encaixotamento das garrafas após o envase do produto. Observou-se que nesta

etapa do processo não ocorre geração de resíduos.

Figura 16: Encaixotadora

Fonte: A autora, 2016.

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O processo finaliza após o encaixotamento das garrafas nos engradados,

conforme Figura 17, as caixas entram de forma ordenada e seqüencial no

paletizador, este faz o empilhamento dos engradados em camadas no palete e são

encaminhados para o estoque. Neste processo não ocorre geração de resíduos.

Figura 17: Paletizadora

Fonte: A autora, 2016.

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Após o levantamento do fluxograma do processo produtivo da empresa, foi

realizado o levantamento dos dados quantitativos de geração de resíduos. O Índice

de geração e destinação de Resíduos Sólidos Industriais desenvolvido foi simulado

a partir de dados reais disponibilizados pela empresa, bem como através da

realização de pesquisas em relatórios ambientais e documentos auditáveis e visitas

técnicas in loco.

A partir dessas informações será apresentado um pareto para uma melhor

visualização dos dados levantados do ano de 2015, na primeira parte comparando o

1º semestre e o 2º semestre após a proposta de práticas de gerenciamentos de

resíduos.

Os dados apresentados foram calculados a partir da reciclagem total dos

resíduos em função da geração aparente.

O Gráfico 1: Apresenta o resultado da geração de resíduos industriais do 1º

semestre de 2015, de janeiro à junho, no total de 1.632.288,00 kg e o total reciclado

é 424.247,00 kg em relação ao total gerado.

Gráfico 1: Geração e Reciclagem de Resíduos do 1º semestre de 2015.

Fonte: Relatórios auditáveis disponibilizados pela empresa, 2015.

68.142,71 67.417,04 64.961,31 76.262,35 71.254,31 76.209,45

267.126

262.777

261.812 292.720

268.733

279.120

0

50000

100000

150000

200000

250000

300000

350000

400000

jan fev mar abr mai jun

RECICLADO (KG) GERAÇÃO (KG)

GERAÇÃO E RECICLAGEM DE RESÍDUOS MENSAL - 2015

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Tabela 1: Corresponde em percentual reciclado de janeiro a junho de 2015,

observou-se que a média do percentual de reciclagem de resíduos industriais é 26%

em relação ao total gerado.

Tabela 1: Percentual de Reciclagem de jan à jun.

MÊS (%) RECICLADO

JANEIRO 26%

FEVEREIRO 26%

MARÇO 25%

ABRIL 26%

MAIO 27%

JUNHO 27%

Fonte: A autora, 2016.

Gráfico 2: Permite visualizar os dados de geração de resíduos por tipo de

resíduos gerados no 1º semestre de 2015. Após a análise é possível identificar os

resíduos de maior geração, os resíduos de madeira com 329.000,00 kg e os

resíduos de vidro com 698.733,00 kg. Os resíduos de madeira e vidro corresponde

em percentual de 59% dos resíduos industriais gerados.

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Gráfico 2: Geração por Tipo de Resíduo do 1º semestre de 2015.

Fonte: Relatórios Auditáveis disponibilizados pela empresa, 2015.

Através dos dados obtidos é possível realizar uma proposta para um destino

final ambientalmente adequada dos resíduos de vidro e madeira, conforme prevê a

Lei nº 12.305/10 – PNRS, onde “[...] deve viabilizar a coleta e a restituição dos

resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em

outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada”.

(BRASIL, 2010). Atendendo a este requisito, são apresentadas propostas e/ou

soluções disponíveis no mercado para o destino dos resíduos em questão, através

de ações que sejam viáveis a empresa e também que possam contribuir

efetivamente para a qualidade ambiental e que não seja necessário um grande

investimento econômico.

131.512

236.475

44.755 4.504

187.308

329.000

698.733

0

100000

200000

300000

400000

500000

600000

700000P

AP

EL

PLÁ

STIC

O

SUC

ATA

PER

IGO

SO

INSE

RV

ÍVEL

MA

DEI

RA

VID

RO

Total Gerado (KG)

GERAÇÃO POR TIPO DE RESÍDUO 1º SEMESTRE - 2015

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4.2. Proposta para o Gerenciamento de Resíduos de Madeira e Vidro

Os paletes de madeira não conforme utilizada para o armazenamento de

engradados será destinado a uma empresa que atua no ramo de produtos de

cerâmica em geral, localizada no estado do Amazonas no município de Iranduba,

está legalmente licenciada para os serviços de coleta e destinação de resíduos. Os

resíduos de madeira estão sendo reaproveitado no ciclo produtivo da terceirizada,

conforme Figura 18. A empresa deverá se responsabilizar com o transporte externo

atendendo o regulamento nacional de transporte, bem como as condicionantes do

contrato entre as partes e condicionantes das licenças expedidas pelo órgão

ambiental do estado do Amazonas.

Figura 18: Resíduos de madeira usada como combustível para a fabricação de produtos de cerâmica em geral.

Fonte: A autora, 2016.

O resíduo de vidro proveniente do processo de envase de refrigerantes de

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garrafas retornáveis será destinado a uma empresa que atua no ramo de

construção civil, localizada na cidade de Manaus-AM, está legalmente licenciada aos

órgãos ambientais competentes para exercer as atividades de transporte, coleta e

destinação final de resíduos de Classe II-B (inertes). Os resíduos de vidro serão

reciclados e reaproveitados em seu ciclo produtivo. Na Figura 5 mostra o

equipamento usado para moer o vidro.

Figura 19: Moinho triturador de vidro.

Fonte: A autora, 2016.

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Após as práticas realizadas para a destinação dos resíduos em questão, foi

realizado o monitoramento dos resultados de julho a dezembro de 2015.

O Gráfico 3: Demonstra os resultado da geração de resíduos industriais do 2º

semestre de 2015, de julho à dezembro, no total de 1.517.787,00 kg e o total reciclado é

1.336.756,00 kg em relação ao total gerado.

Gráfico 3: Geração e Reciclagem de Resíduos do 2º semestre de 2015.

Fonte: Relatórios Auditáveis disponibilizados pela empresa, 2015.

249.524,70 238.251,11

204.532,69 226.165,38 227.854,19

220.428,27

274.462 276.141

231.623 251.680 250.974

232.907

0

50000

100000

150000

200000

250000

300000

350000

400000

jul ago set out nov dez

RECICLADO (KG) GERAÇÃO (KG)

GERAÇÃO E RECICLAGEM DE RESÍDUOS 2º SEMESTRE - 2015

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Tabela 2: Corresponde em percentual reciclado de julho a agosto de 2015,

observou-se que a média do percentual de reciclagem de resíduos industriais é 90%

em relação ao total gerado.

Tabela 2: Percentual de Reciclagem de jul à dez.

MÊS (%) RECICLADO

JULHO 91%

AGOSTO 86%

SETEMBRO 88%

OUTUBRO 90%

NOVEMBRO 91%

DEZEMBRO 95%

Fonte: A autora, 2016.

Gráfico 4: Permite visualizar os dados de geração de resíduos por tipo de

resíduos gerados no 2º semestre de 2015. Após a análise é possível identificar os

resíduos de maior geração, os resíduos de madeira com 384.699,00 kg e os

resíduos de vidro com 598.695,00 kg. Analisando os resultados, pode-se constatar

que os resíduos de madeira e vidro corresponde à 54% dos resíduos gerados na

indústria.

Gráfico 4: Geração por Tipo de Resíduo do 2º semestre de 2015.

Fonte: Relatórios Auditáveis disponibilizados pela empresa, 2015.

193.724

148.904

37.013 3.721

151.031

384.699

598.695

0

100000

200000

300000

400000

500000

600000

700000

PA

PEL

PLÁ

STIC

O

SUC

ATA

PER

IGO

SO

INSE

RV

ÍVEL

MA

DEI

RA

VID

RO

Total Gerado (KG)

GERAÇÃO POR TIPO DE RESÍDUO 2º SEMESTRE - 2015

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Gráfico 5: Apresenta em percentual, o total de resíduos reciclados no ano de

2015, de janeiro a dezembro, com relação à coleta seletiva de materiais recicláveis,

a partir do 2º semestre de 2015, houve um aumento considerável no percentual

reciclado em relação ao gerado. Esse marco importante se dá ao destino final dos

resíduos de madeira e de vidro, ou seja, os resíduos de maior geração.

De fato isso vem demonstrar a importância da destinação final

ambientalmente adequado que impacta positivamente nos indicadores de

reciclagem.

Gráfico 5: Comparativo do Ano de 2015 do Total Reciclado (%).

Fonte: Relatórios Auditáveis disponibilizados pela empresa, 2015.

26% 26% 25% 26% 25% 26%

91% 86%

88% 90% 91% 95%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

jan

fev

mar

abr

mai

jun

jul

ago set

ou

t

no

v

dez

TOTAL RECICLADO (%)

TOTAL RECICLADO ANO 2015

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Quando se fala em meio ambiente, o empresário imediatamente pensa em despesas, dessa maneira, passam

despercebidas as oportunidades de uma redução de despesas através da preservação ambiental e utilização sustentável dos

recursos naturais. Desta forma houve também uma redução de despesas para a disposição dos resíduos, a empresa nos

informou os valores das despesas com os resíduos de vidro e madeira, conforme tabela abaixo.

Tabela 3: Conforme tabela abaixo está demonstrando as despesas com a destinação final dos resíduos de madeira e vidro

ao aterro Municipal de Manaus, onde a média de geração de resíduos de vidro corresponde a 108 T (cento e oito toneladas) por

mês em uma média de 11 coletas, onde o valor da destinação por tonelada é R$250,00 (duzentos e cinquenta reais) mais o valor

de cada coleta de R$ 300,00 (trezentos reais) em caminhões com capacidade de 28m³ (vinte e oito metros cúbicos), o valor total

de despesas com destinação e coleta de vidro são R$30.100,00 (trinta mil e cem reais). A média de geração de resíduos de

madeira é 60 T (sessenta toneladas) e o valor para a destinação é R$100,00 (cem reais) por tonelada mais o valor da coleta de

R$ 300,00 (trezentos reais) em caminhões com capacidade de 28m³ (vinte e oito metros cúbicos), o valor total de despesas com

destinação e coleta de madeira são R$7.800,00 (sete mil e oitocentos reais), o custo total com coleta e destinação dos resíduos

de vidro e madeira são R$38.100,00 (trinta e oito mil e cem reais) por mês. Durante o primeiro semestre de 2015, de janeiro a

junho, essa foi a média mensal de custo com coleta e destinação de resíduos.

Tabela 3: Despesas com Destinação de Resíduos ao Aterro Municipal de Manaus.

DESPESAS DE DESTINAÇÃO DE RESÍDUOS AO ATERRO MUNICIPAL DE MANAUS (MADEIRA E VIDRO)

TIPO DE RESÍDUO

MÉDIA GERAÇÃO/

MÊS (T)

MÉDIA COLETA/M

ÊS

VALOR DESTINAÇÃO EM TONELADA (R$)

VALOR TRANSPORTE UNITÁRIO DE

28M3 (R$)

VALOR TOTAL DA

DESTINAÇÃO EM TONELADA

(R$)

VALOR TOTAL DO

TRANSPORTE (R$)

VALOR TOTAL (TRANSPORTE+DESTINAÇÃO)/MÊS

(R$)

TOTAL DESPESA (R$)

VIDRO 108 11 R$ 250,00 R$ 300,00 R$ 27.000,00 R$ 3.300,00 R$ 30.300,00 R$ 38.100,00

MADEIRA 60 6 R$ 100,00 R$ 300,00 R$ 6.000,00 R$ 1.800,00 R$ 7.800,00

Fonte: A autora, 2016.

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Tabela 4: Conforme tabela abaixo está demonstrando as despesas com a destinação final ambientalmente adequada dos

resíduos de madeira e vidro, a média de geração de resíduos de vidro corresponde a 108 T (cento e oito toneladas) por mês em

uma média de 11 coletas, onde o valor da destinação por tonelada são R$200,00 (duzentos reais), onde não haverá despesa com

coleta, o valor total de despesas com destinação de resíduos de vidro são R$21.100,00 (vinte e um mil e cem reais). A média de

geração de resíduos de madeira são 60 T (sessenta toneladas), onde não haverá despesas com coleta e destinação, com isso a

indústria deixará de ter o custo de R$7.800,00 (sete mil e oitocentos reais) por mês, despesas total com coleta e destinação dos

resíduos de vidro e madeira são de R$21.600,00 (vinte e um mil e seiscentos reais) por mês. Essas despesas correspondem à

média mensal entre os meses de julho a dezembro de 2015.

Tabela 4: Despesas com Destinação de Resíduos a Reciclagem.

PROPOSTA TERCEIRIZADA DESTINO A RECICLAGEM (VIDRO)

TIPO DE RESÍDUO

MÉDIA GERAÇÃO/

MÊS (T)

MÉDIA COLETA/M

ÊS

VALOR DESTINAÇÃO EM TONELADA (R$)

VALOR TRANSPORTE UNITÁRIO DE

28M3 (R$)

VALOR TOTAL DA

DESTINAÇÃO EM TONELADA

(R$)

VALOR TOTAL DO

TRANSPORTE (R$)

VALOR TOTAL (TRANSPORTE+DESTINAÇÃO)/MÊS

(R$)

TOTAL DESPESA (R$)

VIDRO 108 11 R$ 200,00 R$ - R$ 21.600,00 - R$ 21.600,00 R$ 21.600,00

PROPOSTA TERCEIRIZADA DESTINO A RECICLAGEM (MADEIRA)

TIPO DE RESÍDUO

MÉDIA GERAÇÃO/

MÊS (T)

MÉDIA COLETA/M

ÊS

VALOR DESTINAÇÃO EM TONELADA (R$)

VALOR TRANSPORTE UNITÁRIO DE

28M3 (R$)

VALOR TOTAL DA

DESTINAÇÃO EM TONELADA

(R$)

VALOR TOTAL DO

TRANSPORTE (R$)

VALOR TOTAL (TRANSPORTE+DESTINAÇÃO)/MÊS

(R$)

TOTAL DESPESA (R$)

MADEIRA 60 6 - - - - - - Fonte: A autora, 2016.

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Tabela 5: Abaixo mostra-se de forma detalhada os ganhos com a destinação

final ambientalmente adequada, o total de despesas dos meses de janeiro a junho

de 2015 são de R$ 38.100,00 e o total de despesas dos meses de julho a dezembro

são de R$ 21.600,00, onde houve R$ 16.500,00 de redução de custo no 2º semestre

em relação ao 1º semestre de 2015, o que corresponde em percentual de 43%.

Tabela 5: Pareto de Despesas/Ganhos do ano de 2015.

TOTAL DE DESPESAS 1º SEMESTRE/2015

R$ 38.100,00

TOTAL DE DESPESAS 2º SEMESTRE/2015

R$ 21.600,00

(R$) GANHO R$ 16.500,00

(%) GANHO 43%

Fonte: A autora, 2016.

Houve um aumento considerável no percentual reciclado no 2º semestre de

90% em relação ao 1º semestre em 26%. Esse marco importante se dá ao destino

final ambientalmente adequada dos resíduos de madeira e de vidro, ou seja, os

resíduos de maior geração, atendendo ao requisito da Lei 12.305/2010. Com isso

houve uma redução nas despesas de R$ 16.500,00 por mês, percentualmente de

43% para a disposição final dos resíduos de madeira e vidro e consequentemente

uma melhor utilização dos recursos naturais.

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CONCLUSÃO

A metodologia de Gerenciamento de Resíduos é basicamente uma ação

econômica e lucrativa, sem a necessidade de grandes investimentos em estruturas,

equipamentos e consultorias. Além de contribuir para a melhoria do meio ambiente,

a redução de perdas de matéria prima e insumos, melhoria na qualidade dos

produtos e mudanças no clima organizacional devido às melhores condições de

trabalho e o envolvimento dos colaboradores com o processo produtivo.

Por meio desta pesquisa, foram levantados dados reais para a aplicação da

metodologia de gerenciamento e destinação final ambientalmente adequado dos

resíduos na visão do Engenheiro Ambiental, a empresa deve monitorar os resultados

obtidos após a implantação das práticas de gerenciamentos de Resíduos Sólidos na

empresa, a fim de ajustar medidas de controle de melhorias visando sempre à

sustentabilidade do sistema como um todo.

Para atingir o objetivo geral deste trabalho se deu através de uma série de

etapas, na primeira etapa foi realizada as visitas in loco para obter o conhecimento

prévio do processo e tipos de resíduos, bem como as pesquisas bibliográficas

referente ao que engloba a questão dos resíduos sólidos industriais, buscando

apresentar os temas mais relevantes, na terceira etapa da pesquisa houve a

quantificação, levantamento dos resíduos gerados e a forma de acondicionamento e

destinação final, analisando a situação real, em seguida foi elaborado o fluxo dos

resíduos e do processo produtivo L5, onde gerava o maior índice de resíduos de

vidro e madeira e por fim, foi apresentada uma proposta de práticas de

gerenciamento de resíduos, conforme prevê a Lei 12.305/2010.

Com todas as etapas cumpridas o presente trabalho atendeu os objetivos

propostos, houve um aumento considerável no percentual reciclado em relação ao

gerado. Com isso houve uma redução nas despesas para a disposição final

ambientalmente adequado dos resíduos de madeira e vidro.

De fato isso vem demonstrar a importância da destinação final

ambientalmente adequado que impacta positivamente nos indicadores de

reciclagem.

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