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» SÁBADO, 13 DE ABRIL DE 2013 | ANO 1 | NÚMERO 4 | ALPHA PRIME: 59 ANOS DE JORNALISMO Trem do Corcovado: novos trens e investimentos para atender demanda NOSSOS COLUNISTAS Aeroportos sofrem com ações civis públicas DIáLOGO METROPOLITANO RIO DE JANEIRO Entrevista exclusiva com o Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo PAG 8 HAMILTON VASCONCELLOS PAG 3 Estreia dia 26 de abril a nova temporada do “Som Brasil” Novo filme traz triângulo amoroso entre ETs THELL DE CASTRO PAG 5 HAMILTON ROSA JÚNIOR PAG 5 Estreia coluna sobre cultura: a necessidade de um plano A atuação do deputado federal Armando José RENATA PALMIER PAG 4 REINALDO COSTA PAG 8 Usain Bolt espera voltar ao Brasil muito em breve O fantasma que aflige o coração das mulheres JOSÉ CARLOS CICARELLI PAG 6 DRA. LÍVIA GENNARI PAG 7 Principal cartão de visita da Cidade Maravilhosa e um dos principais pontos turísticos brasileiros, o Cristo Reden- tor recebe um número maior de visitantes a cada ano. Em 2011, o monumento – que em 2007 foi eleito uma das sete novas maravilhas do mundo - atingiu um marco histórico recebendo a visita de dois milhões de pessoas. Localizado no alto do Morro do Corcovado, o Cristo Re- dentor foi inaugurado em 1931, e é destino certo para fiéis em peregrinação e milhares de turistas que passam pelo Rio de Janeiro todos os anos. A 710 metros de altitude e com acessibilidade completa – elevadores panorâmicos e escadas rolantes - o monumento proporciona aos visitan- tes uma experiência única. Há duas formas de acessar a estátua do Cristo Redentor: subir o morro do Corcovado de automóvel ou percorrer o trajeto de trem. Cerca de 60% dos turistas optam pela via rodoviária e os outros 40% escolhem o Trem do Corcovado. “O crescimento tem sido muito grande, mais de 10% a cada ano”, afirma Sávio Ne- ves Filho, Presidente do Trem do Corcovado. Devido à movimentação cultural do Rio de Janeiro nos próximos anos, o Trem do Corcovado irá passar por trans- formações para atender melhor ao público. “Nós estamos ampliando o horário de funcionamento e criando mais um turno de trabalho para aumentar a ofer- ta de espaço nos trens”, afirma Sávio. “Também estamos comprando seis novos trens, o que vai dobrar a capacida- de de carga, que atualmente é de 300 pessoas por hora”, completa. PAG 2 Trabalho doméstico: uma relação complicada Consciência e respeito à dignidade das mulheres DÉBORAH FONSECA PAG 2 JOSÉ CARLOS BLAT PAG 3 » ESTA EDIÇÃO 8 PÁGINAS | CONFIRA A EDIÇÃO DIGITAL NO SITE www.dialogometropolitano.com.br OU NOS NOSSOS APLICATIVOS ESPORTES Cobertura do Maracanã foi instalada com sucesso Foi concluída a instalação das 120 membranas de teflon e fibra de vidro da nova cobertura do Maracanã. A etapa seguinte é completar o sistema de vedação, feito com a soldagem das cintas que unem as membranas. Com as fendas completamente fechadas, o público ficará total- mente protegido do sol e da chuva. PAG 6 ECONOMIA Empregados domésticos obtêm garantias trabalhistas previstas na CLT; confira repercussão e impacto da emenda Entrou em vigor no último dia 3 de abril a Emenda Constitucional nº 72, que estende alguns dos direitos dos trabalhadores que constam na Consolida- ção das Leis do Trabalho (CLT) aos empregados domésticos. A chamada “PEC das Domésticas”, Proposta de Emenda à Constituição 66/2102, que deu origem à Emenda, foi promulgada no dia 2 de abril pelo presidente do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros (PMDB-AL). PAG 3 Liliane Ventura entrevista a atriz Suzy Rêgo PAG 4 A situação dos times da Série B do Carioca PAG 6 Campanha de vacinação contra a gripe PAG 7 BRASIL E MUNDO As famosas férias de julho ou o recesso escolar de janeiro não são as únicas opções para viajar com a família. Quem puder reservar uma data entre o mês de março e a pri- meira semana de julho ou agosto e a primeira semana de dezembro – a chamada baixa temporada – tem à disposição pacotes com desconto. PAG 4 Hora certa para viajar CULTURA Rir é o melhor remédio: público consagra comédias nacionais O cinema nacional vem crescendo ano após ano, e o que marca essa retomada é um gênero muito conhecido do público: a comédia. Produções com atores que estamos acostumados a ver na TV são as que mais fazem sucesso. Um dos exemplos disso é o longa “De Pernas pro Ar 2”, com Ingrid Guimarães, entre outros filmes. PAG 5

Diálogo Metropolitano – Edição 4 – 15/04/2013

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Edição 04 do jornal Diálogo Metropolitano – Rio de Janeiro

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Page 1: Diálogo Metropolitano – Edição 4 – 15/04/2013

» SÁBADO, 13 DE ABRIL DE 2013 | ANO 1 | NÚMERO 4 | ALPHA PRIME: 59 ANOS DE JORNALISMO

Trem do Corcovado: novos trens e investimentos para atender demanda

NOSSOS COLUNISTAS

Aeroportos sofrem com ações civis públicas

DiálogoMetropolitanoRio DE JANEiRo

Entrevista exclusiva com o Ministro da Justiça, José Eduardo CardozoPAG 8

HAMILTON VASCONCELLOSPAg 3

Estreia dia 26 de abril a nova temporada do “Som Brasil”

Novo filme traz triângulo amoroso entre ETs

THELL DE CASTROPAg 5

HAMILTON ROSA JÚNIORPAg 5

Estreia coluna sobre cultura: a necessidade de um plano

A atuação do deputado federal Armando José

RENATA PALMIERPAg 4

REINALDO COSTAPAg 8

Usain Bolt espera voltar ao Brasil muito em breve

O fantasma que aflige o coração das mulheres

JOSÉ CARLOS CICARELLIPAg 6

DRA. LÍVIA GENNARIPAg 7

Principal cartão de visita da Cidade Maravilhosa e um dos principais pontos turísticos brasileiros, o Cristo Reden-tor recebe um número maior de visitantes a cada ano. Em 2011, o monumento – que em 2007 foi eleito uma das sete novas maravilhas do mundo - atingiu um marco histórico recebendo a visita de dois milhões de pessoas.

Localizado no alto do Morro do Corcovado, o Cristo Re-dentor foi inaugurado em 1931, e é destino certo para fiéis em peregrinação e milhares de turistas que passam pelo Rio de Janeiro todos os anos. A 710 metros de altitude e com acessibilidade completa – elevadores panorâmicos e escadas rolantes - o monumento proporciona aos visitan-tes uma experiência única. Há duas formas de acessar a estátua do Cristo Redentor: subir o morro do Corcovado de automóvel ou percorrer o trajeto de trem. Cerca de 60% dos turistas optam pela via rodoviária e os outros 40% escolhem o Trem do Corcovado. “O crescimento tem sido muito grande, mais de 10% a cada ano”, afirma Sávio Ne-ves Filho, Presidente do Trem do Corcovado.

Devido à movimentação cultural do Rio de Janeiro nos próximos anos, o Trem do Corcovado irá passar por trans-formações para atender melhor ao público.

“Nós estamos ampliando o horário de funcionamento e criando mais um turno de trabalho para aumentar a ofer-ta de espaço nos trens”, afirma Sávio. “Também estamos comprando seis novos trens, o que vai dobrar a capacida-de de carga, que atualmente é de 300 pessoas por hora”, completa. PAg 2

Trabalho doméstico: uma relação complicada

Consciência e respeito à dignidade das mulheres

DÉBORAH FONSECAPAg 2

JOSÉ CARLOS BLATPAg 3

» ESTA EDIÇÃO 8 PÁGINAS | CONFIRA A EDIÇÃO DIGITAL NO SITE www.dialogometropolitano.com.br OU NOS NOSSOS APLICATIVOS

ESPORTES

Cobertura do Maracanã foi instalada com sucesso

Foi concluída a instalação das 120 membranas de teflon e fibra de vidro da nova cobertura do Maracanã. A etapa seguinte é completar o sistema de vedação, feito com a soldagem das cintas que unem as membranas. Com as fendas completamente fechadas, o público ficará total-mente protegido do sol e da chuva. PAg 6

ECONOMIA

Empregados domésticos obtêm garantias trabalhistas previstas na ClT; confira repercussão e impacto da emenda

Entrou em vigor no último dia 3 de abril a Emenda Constitucional nº 72, que estende alguns dos direitos dos trabalhadores que constam na Consolida-ção das Leis do Trabalho (CLT) aos empregados domésticos. A chamada “PEC das Domésticas”, Proposta de Emenda à Constituição 66/2102, que deu origem à Emenda, foi promulgada no dia 2 de abril pelo presidente do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros (PMDB-AL). PAg 3

Liliane Ventura entrevista a atriz Suzy Rêgo PAG 4

A situação dos times da Série B do Carioca PAG 6

Campanha de vacinação contra a gripe PAG 7

BRASIL E MUNDO

As famosas férias de julho ou o recesso escolar de janeiro não são as únicas opções para viajar com a família. Quem puder reservar uma data entre o mês de março e a pri-meira semana de julho ou agosto e a primeira semana de dezembro – a chamada baixa temporada – tem à disposição pacotes com desconto. PAg 4

Hora certa para viajar

CULTURA

Rir é o melhor remédio: público consagra comédias nacionais

O cinema nacional vem crescendo ano após ano, e o que marca essa retomada é um gênero muito conhecido do público: a comédia. Produções com atores que estamos acostumados a ver na TV são as que mais fazem sucesso. Um dos exemplos disso é o longa “De Pernas pro Ar 2”, com Ingrid Guimarães, entre outros filmes. PAg 5

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CIDADES

2 DiálogoMetropolitanoRio DE JANEiRo

» SÁBADO, 13 DE ABRIL DE 2013

REFlEXÕESDéborah Fonseca | Jornalista

Trabalho doméstico: uma relação complicada

Trem do Corcovado terá melhorias para atender grande demanda

DiREToRAMônika Santos Ferreira

DiREToRA DE REDAçãoDéborah FonsecaJornalista Responsável

EDiToR CHEFEJônatas Mesquita | MTb [email protected]

REDAçãoJonas GonçalvesRaul RamosPâmela [email protected]

REviSãoBianca Montagnana

DiAgRAMAçãoRoberta Furukawa Bartholomeu

ColuNiSTASDanielle Denny, Déborah Fonseca, Hamilton Rosa Jr., Hamilton Vasconcellos, José Carlos Blat, José Carlos Cicarelli, Liliane Ventura, Lívia Gennari, Reinaldo Costa, Renata Palmier e Thell de Castro.

Projeto gráfico e editorialNews Prime Comunicação & [email protected]

redaçãoAvenida das Américas, 3.500Bloco 05 | Sala 313 | Rio de Janeiro | RJ imPressãoGráfica Lance

os artigos assinados são de responsabili-dade de seus autores, não refletindo, ne-cessariamente, a opinião do jornal

DIÁLOGO MetropolitanoPubliCADo PElA AlPHA PRiME EDiToRA E JoRNAliSMo lTDA.ALPHA PRIME: 59 ANOS DE JORNALISMO

Principal cartão de visi-ta da Cidade Maravilhosa e um dos principais pon-tos turísticos brasileiros, o Cristo Redentor recebe um número maior de visitantes a cada ano. Em 2011, o mo-numento – que em 2007 foi eleito uma das sete no-vas maravilhas do mundo - atingiu um marco histórico recebendo a visita de dois milhões de pessoas.

Localizado no alto do Morro do Corcovado, o Cristo Redentor foi inaugu-rado em 1931, e é destino certo para fiéis em peregri-nação e milhares de turistas que passam pelo Rio de Ja-

neiro todos os anos. A 710 metros de altitude e com acessibilidade completa – elevadores panorâmicos e escadas rolantes - o mo-numento proporciona aos visitantes uma experiência única.

Há duas formas de aces-sar a estátua do Cristo Re-dentor: subir o morro do Corcovado de automóvel ou percorrer o trajeto de trem. Cerca de 60% dos tu-ristas optam pela via rodo-viária e os outros 40% esco-lhem o Trem do Corcovado. “O crescimento tem sido muito grande, mais de 10% a cada ano”, afirma Sávio

JONAS GONÇALVES

Neves Filho, Presidente do Trem do Corcovado.

Inaugurado pelo Impe-rador D. Pedro II em 1884, o Trem do Corcovado é a principal ferrovia turísti-ca do Brasil e uma das 32 operações remanescentes de transporte de passagei-ros sobre trilhos do país. O trem parte do bairro do Cosme Velho e passa pela centenária Estrada de Ferro do Corcovado, a primeira ferrovia eletrificada do Bra-sil.

Operando há 129 anos, o Trem já contou com a pre-sença de passageiros ilus-tres em seus vagões como

reis, príncipes, papas, pre-sidentes da república, artis-tas e cientistas. Em 1980, o Papa João Paulo II utilizou o Trem do Corcovado para chegar ao Cristo Redentor, prática que será adotada no próximo mês de junho pelo Papa Francisco, recém-elei-to ao cargo papal, que visi-tará o Rio de Janeiro para participar da Jornada Mun-dial da Juventude.

Durante cerca de 20 mi-nutos de passeio, os visitan-tes do Trem do Corcovado desfrutam de vistas maravi-lhosas do Rio e atravessam a maior floresta urbana do mundo, o Parque Nacio-nal da Tijuca. Com 3.200 hectares, a Floresta é um pedaço da Mata Atlântica, considerada exemplo de preservação da natureza.

Devido à movimentação cultural do Rio de Janeiro nos próximos anos, o Trem do Corcovado irá passar por transformações para atender melhor ao público. “Nós estamos ampliando o horário de funcionamento e criando mais um turno de trabalho para aumentar a oferta de serviços”, afir-ma Sávio. “Também esta-mos comprando seis novos trens, o que vai dobrar a ca-pacidade de carga, que atu-almente é de 300 pessoas por hora”, completa.

De acordo com Sávio, que também é vice-presi-dente da Associação Co-mercial do Rio de Janeiro, o transporte de passageiros

sobre trilhos não é apenas um atrativo turístico, mas a solução para o caos do transporte nas grandes ci-dades. “A gente luta para devolver ao país esse gran-de patrimônio, esse legado. O Brasil tenta engatinhar uma revitalização do modal ferroviário com o projeto emblemático do trem de alta velocidade, vulgo trem-bala”, diz.

associação comercial

Presidida pelo Dr. Ante-nor Barros Leal, a Associa-ção Comercial do Rio de Janeiro conta com diversos conselhos que represen-tam segmentos específicos. Esses conselhos são res-ponsáveis por desenvolve-rem projetos para a melho-ria de cada área da cidade.

Na área de turismo, uma das bandeiras defendidas por Sávio Neves é a mu-dança da TAG (abrevia-ção do nome do aeropor-to) Galeão. “Hoje a TAG é composta por aquelas três letrinhas – GIG -, mas que-remos transformá-la em RIO”, diz Sávio. “A gente tem que usar o privilégio de uma cidade que tem seu nome com três letras”.

Outros projetos estão sendo apresentados pelo Conselho de Turismo da Associação Comercial e al-guns já foram implantados com sucesso. É o caso do projeto das placas de sinali-zação, que visa auxiliar a lo-

comoção de turistas e mo-radores do Rio de Janeiro pela cidade. “Esse projeto melhorou demais a sinaliza-ção da cidade e hoje é pos-sível, mesmo sem conhecer bem o Rio, ter mobilidade”, diz Sávio.

De acordo com Sávio, os projetos na área de turismo vão transformar o Rio em uma cidade vitrine. “Aquela cidade chamada cosmopo-lita, que todas as pessoas querem visitar”, diz. “Assim, o patamar de visitação, que hoje é em torno de dois mi-lhões, a gente espera que dobre a partir de 2020”, completa.

Sávio Neves

Trem do Corcovado

A lista de obrigações dos patrões é extensa. Mas e os limites dos empregados?A já famosa “Lei dos Empregados Domésti-cos” desde que entrou em vigor é manchete recorrente. Muito se fala sobre a lista de deveres dos patrões, mas até agora pouco ouvi sobre as obriga-ções dos emprega-dos. Destaco aqui que reconheço o direito desses profissionais e que sempre procurei respeitá-los, com car-teira assinada, férias, décimo terceiro, fundo de garantia etc. Minha

trajetória de esposa, mãe e profissional teria sido muito mais árdua sem essa preciosa ajuda. Mas também não posso deixar de pensar nos problemas que já enfrentei. Toda vez que se levan-ta um brinde em minha casa, me lembro dos meus cristais que foram, vagarosamente, subtra-ídos por uma de minhas ajudantes, junto com roupas (incluindo peças íntimas!), mantimentos, brinquedos, dinheiro. Só acreditei na autoria dos “desaparecimentos” quando consegui dar um flagra. Recentemen-te, um amigo filmou uma

ajudante, com anos de casa, pegando dinheiro de dentro de uma cai-xa em seu closet. Ou-tro, em menos de uma hora, flagrou seu caçu-la sendo covardemente agredido!Nessas circunstâncias, ficamos chocados, de-vastados por um misto de tristeza, raiva e cul-pa. Nos sentimos ex-plorados e enganados. Afinal, essas pessoas foram recrutadas por nós, inseridas em nos-so cotidiano, conviven-do com nossos filhos, sendo remuneradas e respeitadas, não ape-nas como profissionais, mas como pessoas. O empregado que atua dentro de nossa casa compartilha de nossa intimidade, tem acesso a informações privile-giadas sobre nossa ro-tina, sobre nossa vida particular e profissio-nal. Por isso, reitero: os deveres valem para os dois lados e os limites precisam estar clara-mente estabelecidos e compreendidos pelas duas partes.

obSERvAçÕES iMPoRTANTESÉ possível adquirir seu bilhete pela internet, no site www.corcovado.com.br.

Os bilhetes são válidos somente para uma (01) visita no dia da compra.

ATENção: a aquisição de ingressos com preços diferenciados (campanhas, descontos, promoções) limitam-se somente às compras realizadas na bilheteria do Cosme velho.

FoRMAS DE PAgAMENTo: CARTõES DE CRÉDITO E DÉBITO. Não ACEiTA CHEquES.

vAloR Adultos – r$ 46,00* Crianças (6 a 12 anos) – r$ 23,00

* Inclui transporte de ida e volta e acesso ao monumento do Cristo Redentor.

HoRáRio DE FuNCioNAMENTo:DE SEguNDA A DoMiNgo, DAS 8H àS 19H CoM SAíDA A CADA MEiA HoRA*.

* Horários sujeitos a alteração sem aviso prévio em função de problemas técnicos e/ou climáticos.

SERviço

Page 3: Diálogo Metropolitano – Edição 4 – 15/04/2013

ECONOMIA

3DiálogoMetropolitanoRio DE JANEiRo

» SÁBADO, 13 DE ABRIL DE 2013

Empregados domésticos obtêm garantias previstas na ClTJONAS GONÇALVES

Entrou em vigor no últi-mo dia 3 de abril a Emenda Constitucional nº 72, que estende alguns dos direitos dos trabalhadores que cons-tam na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) aos empregados domésticos. A chamada “PEC das Domés-ticas”, Proposta de Emenda à Constituição 66/2102, que deu origem à Emenda, foi promulgada no dia 2 de abril pelo presidente do Congres-so Nacional, senador Renan Calheiros (PMDB-AL).

Embora os trabalhadores domésticos, como faxineiras, jardineiros e babás, já tives-sem alguns benefícios garan-tidos, como salário mínimo, 13º salário, repouso semanal remunerado, férias e licença-maternidade, somente com a inclusão realizada no Arti-go 7º da Constituição Fede-ral eles passam a ter também direito à jornada semanal de 44 horas, além de horas extras remuneradas, Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), seguro-de-semprego e indenização em caso de demissão sem justa causa. Também deverão ser criadas normas específicas para a redução dos riscos de trabalho e reconhecimento de convenções e acordos coletivos.

Contudo, várias questões ainda deverão gerar deba-tes e discordâncias, como é o caso dos contratos que já estavam em vigor antes da Emenda. A conquista de direitos por parte dos traba-

lhadores gera uma série de encargos aos patrões, que já realizaram diversas manifes-tações de insatisfação, espe-cialmente nas redes sociais.

Em entrevista à Agência Brasil, o presidente da Co-missão Nacional de Estudos Constitucionais da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Valmir Pontes Filho, aponta incertezas sobre as mudanças. “A validade da Emenda para os contratos já firmados entre empregados e empregadores é questio-nável”, ressalta. Advogados trabalhistas já orientam pa-trões e empregados no sen-tido de formalizarem contra-tos com todas as cláusulas necessárias ao cumprimento das novas determinações.

RepercussãoEm meio a diversas dúvi-

das sobre as consequências provenientes das mudanças, empregadores preveem ele-vação dos custos e das difi-culdades de fiscalizar o cum-primento das obrigações por parte dos trabalhadores. A definição da jornada de tra-balho de 44 horas semanais (com limite de oito horas diá-rias) e o pagamento de horas extras estão entre os princi-pais quest ionamentos manifestados em redes sociais.

Para controlar a frequência dos funcionários e o cum-primento do horário, alguns cogitam a adoção de um ponto eletrônico digital, que custa aproximadamente R$

500. No entanto, outros de-fendem que a solução será demitir e colocar os filhos em creches ou em horário integral na escola. Nesses casos, o trabalho doméstico seria feito por diaristas.

Muitos empregadores ar-gumentam que as novas regras exigem estrutura e capacidade de pagamento de encargos trabalhistas se-melhantes às de empresas, o que sobrecarregaria o or-çamento doméstico.

A aposentada Luci Dias, 57 anos, contratou uma empregada doméstica há pouco menos de um ano. Na ocasião, ficou acertada a jornada de oito horas diárias de segunda a sexta-feira. Com a PEC, o horário de tra-balho ficou definido em 44 horas semanais – oito horas diárias durante a semana e quatro horas no sábado.

“Agora não sei o que fazer, porque, pela lei, não posso aumentar a carga horária dela durante a semana e ela não pode trabalhar aos sábados porque também tem família e quer ficar com eles em seu descanso”, dis-se. “Vamos conversar e ver como vamos solucionar este impasse. Do jeito que está agora fica bom para as duas partes, mas com as novas regras as coisas vão ter que mudar”, acrescentou.

impactosDos mais de 7 milhões de

trabalhadores domésticos no Brasil, mais de 90% são

mulheres. Atualmente, ape-nas um em cada sete tem carteira assinada no país, cerca de 1 milhão, de acordo com dados do Ministério do Trabalho e Emprego. Segun-do o ministro do Trabalho, Manoel Dias, a regulamenta-ção de regras que ainda não estão em vigor, como o pa-gamento de seguro-desem-prego, deverá sair em até 90 dias depois da promulgação.

Dias informou à Agência Brasil que desonerações para diminuir o impacto dos encargos para os patrões podem estar em pauta. “Há notícias, não tenho conhe-cimento oficial, que setores do governo estão discutindo essa possibilidade”, adian-tou. De acordo com o minis-tro, não deve haver demis-sões no setor em virtude da nova lei. “Não acreditamos em dispensa, porque grande parte já recebe salários com-patíveis à nova lei. As pesso-as vão procurar se adequar e a nova lei não implicará em aumento excessivo de cus-tos”.

Também à Agência Brasil, a presidenta da Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas, Creuza Maria Oliveira, disse não acreditar em aumento do desempre-go ou da informalidade. “Não acredito no desemprego, ele ocorre quando o salário au-menta. Vai haver uma aco-modação do mercado”, dis-se. Para ela, isso compensa porque se trata de “uma con-quista de quase 80 anos”.

Para a secretária de Auto-nomia Econômica das Mu-lheres, Tatau Godinho, da Secretaria Especial de Po-líticas para a Mulher (SPM), a ampliação de direito não pode ser vista como um “problema” e a PEC não vai significar um aumento impor-tante dos custos para quem já paga os direitos trabalhis-tas das domésticas. “O que aumenta efetivamente é a obrigatoriedade do FGTS. Aqueles empregadores que cumprem a legislação já pa-gam décimo terceiro salário, férias, INSS e já cumprem com a jornada de 44 horas semanais. São direitos que já existiam. Então para esses, o aumento é muito pouco”, disse.

SoluçãoA formalização das rela-

ções entre empregado e empregador por meio de um contrato pode ser uma alternativa para estabelecer as condições adequadas para ambas as partes. Esta é a opinião do advogado tra-balhista Ricardo Pereira de Freitas Guimarães, professor de pós-graduação na Pontifí-cia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).

“O ideal é que emprega-dores e trabalhadores for-malizem a relação trabalhista em um novo contrato de tra-balho. Muitos temas dessa relação podem, na prática, resultar em uma série de pro-blemas e, por isso, precisam ser bem regulamentados.

Mas não há dúvida de que se trata de um avanço necessá-rio para que o empregado doméstico tenha definitiva-mente amplos direitos e de-veres”, explicou o professor.

Segundo ele, é comum que trabalhadores durmam na casa do empregador por conveniência, para evitar trânsito, por exemplo, sem que estejam, de fato, traba-lhando. Diferentemente da situação de uma babá ou de uma cuidadora de ido-sos, que dorme no local para estar a postos ao longo da noite.

Esse tipo de situação pode gerar ações trabalhis-tas, informou Guimarães. Os processos referentes a empregados domésticos no âmbito da Justiça do Traba-lho, de acordo com o profes-sor, são problemáticos pela ausência de provas. “As fa-mílias estão acostumadas a ter uma relação pessoal com o empregado. De agora em diante, essa relação tem de ser profissional. Quando se discute esse tipo de deman-da, é muito difícil comprovar os fatos pela escassez de provas”, disse.

O advogado orienta que o administrador da casa, além de elaborar um contra-to, detalhando as atividades exercidas, mantenha regis-tros escritos de tudo o que é pago ao trabalhador, dis-criminando valores e datas. Outra sugestão é usar um livro de ponto para controlar os horários do funcionário.

TuRiSMo EM AçãoHamilton Vasconcellos | Advogado

E na Copa?

Os aeroportos sofrem com ações civis públicas.A Infraero, empresa que administra os aeroportos do Brasil, pode ser conde-nada a indenizar os con-sumidores lesados pelos problemas decorrentes da falta de energia e pane no ar-condicionado nos Aero-portos do Galeão e Santos Dumont, em dezembro de 2012.Um instituto de defesa do consumidor solicitou inde-nização por danos morais no valor de R$ 481,40, (o equivalente a dez vezes o valor da tarifa média paga) a cada um que sofreu transtornos em função da falta de energia elétrica no Galeão, e 215,70 (equiva-lente a dez vezes o valor da tarifa paga pelos usuá-

rios), para quem foi vítima do caos no aeroporto Santos Dumont devido ao problema no ar-condicionado.Na ação, é pedida indeniza-ção não só aos passageiros que embarcaram nestes ae-roportos, mas a todos aque-les que lá desembarcaram, bem como aos que traba-lham em suas dependên-cias, também afetados pelos transtornos.Num período em que o País, e especialmente o Rio de Ja-neiro, se prepara para rece-ber eventos internacionais de grande vulto (Copa das Confederações, Copa do Mundo e Olimpíadas) a ação possui grande aspecto puni-tivo-pedagógico.O cliente do transporte aé-reo brasileiro precisa ser res-peitado, pois a percepção

deste serviço será um dos pontos que influenciam a imagem que os turistas le-varão do Brasil. A organi-zação, segurança e infra-estrutura serão avaliados por competentes fiscais: os próprios consumidores.Porém, há luz no fim do túnel.No dia 1 de abril (e não foi mentira), o Santos Dumont sofreu com o seu fecha-mento por mais de 4 ho-ras. Os saguões lotados do aeroporto em um dia em que somente 13 dos 55 voos decolaram até às 14 horas, demonstravam que algo está evoluindo, pois, apesar da superlota-ção do saguão, este não tinha mais o calor infer-nal de outras épocas. Se o clima ainda não estava como o dos consultórios médicos e dos shoppings, podemos dizer que estava bem mais ameno e com-patível com um serviço de qualidade.Quem sabe até a Copa nós passemos frio no ae-roporto! O ideal, mesmo, é que não tenhamos que ficar esperando no aero-porto, seja no frio ou no calor.

Aeroporto do Galeão

PAPo SÉRioJosé Carlos Blat | Promotor de Justiça

Consciência e respeito às mulheres

Nesta semana, li uma no-tícia no mínimo inusitada e preocupante. Na Índia, um grupo de estudantes criou uma lingerie anties-tupro, um equipamento de segurança íntima do-tado de GPS, que possui um circuito que emite choques e ainda encami-nha mensagens de alerta para a família ou para a polícia.O invento, denomina-do Society Harnessing Equipment (SHE), foi um dos vencedores de um prêmio de tecnologia na Índia. Os estudantes que criaram referido invento justificaram que na Índia “os legisladores demo-ram muito para desenvol-ver leis justas e, mesmo depois disso, as mulheres estão inseguras. Por isso, tivemos a ideia de auto-defesa”.A crescente onda de es-tupros naquele País levou esse grupo de jovens a dar uma resposta diante do machismo e da inér-cia das autoridades em coibir essas violências sexuais. Esse episódio se revela como sendo algo que traduz uma preocu-

pação crescente diante da violência epidêmica que se alastra por todo o mundo, pois as leis e os Estados se mostram impotentes para prevenir, coibir e punir os cri-minosos, e as pessoas aca-bam buscando mecanismos de autodefesa.No Brasil, ao contrário da Índia, os crimes de natu-reza sexual, em regra, são imprevisíveis e de difícil pre-venção, como no episódio recente ocorrido no Rio de Janeiro, em que três indiví-duos circulando com uma van clandestina de trans-porte coletivo estupravam mulheres, dentre elas uma

turista estrangeira. A po-lícia agiu rapidamente e prendeu os maníacos.Na sequência, a imprensa começou a buscar cul-pados na Administração Pública, como, por exem-plo, pela ineficiência de fiscalização no transporte público, etc. Ocorre que esse tipo de crime se-xual não tem hora nem local marcados para sua ocorrência. Mais do que leis ou dispositivos de autodefesa, precisamos de mais consciência e respeito aos direitos e à dignidade das mulheres no Brasil e no Mundo.

Premiação do projeto na Índia

Page 4: Diálogo Metropolitano – Edição 4 – 15/04/2013

4 DiálogoMetropolitanoRio DE JANEiRo

» SÁBADO, 13 DE ABRIL DE 2013

BRASIL E MUNDO

liliANE vENTuRA ENTREviSTA

NoSSA CulTuRA

Liliane Ventura | JornalistaRenata Palmier | Relações Públicas

um plano para a nossa cultura

A riqueza da cultura do Rio de Janeiro é reconhe-cida em todo o mundo – e vai muito além da capital.Em diferentes regiões do estado estão vivas as culturas africana, caiça-ra, indígena e de outros povos que para cá mi-graram. São muitas as manifestações populares, como as “Pastorinhas”, de Santo Antônio de Pádua; “Cavalhadas”, de Cam-pos, “Boi Pintadinho”, de Italva, o Mineiro Pau de Miracema, “Ciranda”, “Maracatu”, “Capoeira”, “Folia de Reis”, bandas centenárias. O artesanato mantém muitas famílias e comunidades que se

expressam através de cerâ-mica, renda, madeira, couro e trançados. Nossas festas religiosas e pagãs, músicas, corais, grupos de samba, choro, rock, hip-hop, funk e muito mais.Cabe ao poder público pro-piciar melhores condições para que o processo social de criação de nossa cultu-ra seja o mais rico e diver-so possível. No entanto, na maioria dos municípios do estado, constata-se um quadro ainda de carências na gestão pública da cul-tura, com poucos recursos financeiros, humanos e ma-teriais. Poucos municípios têm secretaria exclusiva de cultura, o planejamento é

inexistente, os servido-res não têm formação e há falta de equipamentos culturais.Aos poucos esse qua-dro está mudando. Políti-cas de cultura ganharam força no país. Em 2010, o Congresso Nacional aprovou o Plano Nacional de Cultura, promulgando a Emenda Constitucio-nal 71/2012, que instituiu o Sistema Nacional de Cultura. Em nosso esta-do, muitos dos prefeitos recém-eleitos assumiram compromissos com o fortalecimento da cultura nos seus municípios.Aqui, no nosso estado, políticas de Cultura, tais como o Plano Estadual de Cultura, idealizado pela Secretaria Estadual de Cultura, pode fazer a diferença, pois tem como objetivo primordial plane-jar o desenvolvimento da cultura fluminense para os próximos anos. A so-ciedade civil, que produz nossa cultura, está, desde já, convidada a participar.

Acesse: www.cultura.rj.gov.br/projeto/plano-estadual-de-cultura.

A melhor oportunidade para fazer aquela viagem dos sonhos

As famosas férias de ju-lho ou o recesso escolar de janeiro não são as únicas opções para viajar com a fa-mília. Quem puder reservar uma data entre o mês de março e a primeira semana de julho ou agosto e a pri-meira semana de dezembro – a chamada baixa tempo-rada – tem à disposição pa-cotes com descontos para diversos trechos do país.

Pesquisa realizada pelo Ministério do Turismo reve-la que cerca de 25,7% da população pretende viajar nos seis meses seguintes a janeiro de 2013. Deste total, 68,7% pretende valorizar as belezas naturais do Brasil. Quase metade dos brasi-

leiros que irão viajar (49,1%) tem como destino a região nordeste do país.

De acordo com Adriano Gomes, Gerente de Plane-jamento e Produtos da Nas-cimento Turismo, os paco-tes para a região nordeste ficam mais baratos nesse período. “Os valores caem de 30 a 50% na região, de-pendendo da cidade e do mês”, afirma Adriano.

O maior atrativo da região são as belas praias repletas de paisagens inesquecíveis, a gastronomia e a cultura nordestina, mas nos últimos anos outros eventos tam-bém passaram a atrair os turistas. Os carnavais fora de época como o Carnatal,

Fortal e Pré-Caju são even-tos de destaque na região. “Também há festas folclóri-cas populares, ecoturismo e um grande números de resorts”, diz Adriano.

Os Resorts são bastante disputados na região, prin-cipalmente os que disponi-bilizam o sistema All inclu-sive (com tudo incluído). A comodidade de ter tudo ao alcance das mãos e o con-forto encontrado fazem da viagem com a família um momento único, relaxante e inesquecível. Pagando a partir de R$ 2.380 (va-lor que pode passar de R$ 4.000 durante a alta tempo-rada), a pessoa pode des-frutar das maravilhas nor-

destinas, com hospedagem, passagem aérea, traslados e seguro viagem incluídos no valor.

De acordo com Adriano, a expectativa para a baixa temporada de 2013 é de re-ceber 20% a mais de turis-tas do que no ano anterior. “Lançamos vários eventos de baixa temporada como São João, em São Luís do Maranhão, em Campina Grande e em Sergipe, feria-do de Corpus Christi no Nor-deste, Stock Car em Salva-dor e campanha de vendas”, diz Adriano. “Lançamos vá-rios pacotes promocionais para o período de baixa, com descontos que variam de 20 a 60%”, completa.

Susy RêgoEla é carioca!Susy Rêgo nasceu no bairro da Tijuca e, como filha de militar, conside-ra-se nômade. Ela morou em diversos estados do Brasil até se mudar para Recife, onde residiu por anos.Na carreira não é diferen-te, abriu vários caminhos. Começou como mode-lo, foi Miss Pernambuco, eleita em segundo lugar Miss Brasil em 1984, e atriz. Agora, Susy está em cartaz em São Paulo com a peça “Divórcio”, no tea-tro Raul Cortez.Entre o seu primeiro tra-balho na Rede Globo, na novela “O Salvador da Pátria”, e o mais recente, “Amor Eterno Amor”, fo-ram muitos sucessos na TV, no teatro e em comer-ciais.Susy, você passou parte de sua infância no Rio, certo?É verdade. São muitas lembranças. Tive uma in-fância dinâmica, vigorosa e saudável. A liberdade de brincar na rua, co-nhecer os moradores vi-zinhos e ser cuidada por

eles é algo que os nossos filhos não conhecem. Sem falar que no quintal de casa papai plantava cana de açú-car (risos).Hoje você mora em São Paulo. vai ao Rio com que frequência?

O meu QG é no Rio. As novelas da Globo são realizadas lá. Sou garo-ta propaganda dos Vigi-lantes do Peso, também com escritório na cidade, sem falar em outros com-promissos profissionais e pessoais que me ligam ao Rio. É fácil me encon-trar na ponte aérea.E o que dizer do Rio?Somos para muitos a ci-dade maravilhosa e, até por isso, chamamos a atenção do mundo! Fico triste com a inseguran-ça. A trabalho ou a lazer o Rio é lindo pelas bele-zas naturais, porém pode ser ofuscado pela carên-cia de profissionais no atendimento ao público. Muitos falam que chega a ser cultural o tratamento do carioca aos visitantes, mas tenho minhas dú-vidas. Teremos grandes eventos na cidade e tor-ço para que tenhamos estrutura e preparo para receber os muitos turis-tas que virão.E as políticas públicas?Muita corrupção. Creio que esse seja o proble-ma não só do Rio como de todo o Brasil.

Cana Brava Resort

Vila Galé Eco Resort

Suzy Rêgo

Pastorinhas

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5DiálogoMetropolitanoRio DE JANEiRo

» SÁBADO, 13 DE ABRIL DE 2013

CULTURA

THEll vÊ Tv Thell de Castro | Jornalista

NA TEloNA

Hollywood não perde tempo com best-sellers. Stephanie Meyer, a auto-ra da série Crepúsculo, mal pôs o ponto final em “A Hospedeira” e a equi-pe de filmagem já estava montada. A receita não difere muito. Saem vam-piros e lobisomens terre-nos e entram em cena as criaturas siderais. Sim, o planeta é alvo de uma invasão alienígena silen-ciosa. Os ETs usam o cor-po dos humanos como hospedeiros e parece não haver nada a fazer. A mocinha Melanie Stry-der (a bela atriz de nome quase impronunciável, Saoirse Ronan) pertence a um grupo de resisten-tes que lutam contra os invasores, mas cai numa armadilha e jura que podem até entrar em seu corpinho, mas nin-guém vai tirar dela sua essência. Dito e feito: ela não perde a consci-ência humana, sua alma e a do ET invasor ficam brigando dentro do mes-mo corpo. E indo mais além: brigam até pelo amor. Melanie namorava um dos garotos da re-

sistência, mas aí a invaso-ra gosta de outro, e assim se forma o triângulo doido, bem ao gosto da fórmula que Meyer criou em Cre-púsculo. Aliás, a situação tinha tudo para resvalar no ridículo, não fosse o di-retor do filme, o talentoso Andrew Nicoll (de Gattaca e O Senhor das Armas). Ni-coll lida com essa confusão de sentimentos sempre de maneira delicada, nunca resvalando para o clichê. Brinca maravilhosamente bem com as nuances do que revelar e o que escon-der. Define em três pince-ladas um ambiente, dirige um bom elenco, de forma

que mesmo os papéis mais ínfimos têm resso-nância e espessura, fil-ma as cenas de ação de modo nervoso e legível.Para arrematar, vai na contramão da ficção científica, que, na maio-ria das vezes, opta pelo excesso de efeitos especiais. A produção do longa utiliza-se de locações para construir seus cenários, o que deixa uma imersão mais realista dos ambientes. E, no saldo, faz um filme melhor e menos mela-do do que qualquer um dos exemplares da série Crepúsculo.

Hamilton Rosa Júnior | Jornalista e Crítico de Cinema

Em “A Hospedeira” sai o triângulo amoroso com vampiros e entra o dos ETs

lho de fazer um progra-ma que fala da nossa história na música, sem esquecer as novidades. É uma festa com uma pluralidade de ritmos”.

» O primeiro programa do ano será dedicado ao estilo samba malan-dro e tem a participação de Sergio Lorosa, Diogo Nogueira, Aline Calixto e Flávia Menezes.

» O segundo programa, que será exibido em maio, terá como tema o axé. Os baianos consa-grados Netinho, Tatau (ex-vocalista do Araketu) e Sarajane falaram so-bre a honra de ter suas músicas como sucesso eterno na voz do povo. “Hoje, há tantas músicas novas e rapidamente esquecidas. Conforme acompanhamos a grava-ção deste repertório, fo-mos percebendo como essas canções são eter-nas. Começamos a can-tar e nos emocionamos, pois todos cantam com a gente”, disse Tatau, com o apoio dos demais colegas.

Rir é o melhor remédio: público consagra comédias nacionais

O cinema nacional vem crescendo ano após ano, e o que marca essa retomada é um gênero muito conhe-cido do público: a comédia. Produções com atores que estamos acostumados a ver na TV são as que mais fazem sucesso. Um dos exemplos disso é o longa “De Pernas pro Ar 2”, com Ingrid Guima-rães, lançado na última se-mana de 2012, com mais de 1 milhão de pessoas lotando as salas de cinema.

Segundo a Ancine (Agên-cia Nacional de Cinema), dos 83 lançamentos nacionais em 2012, cinco superaram a marca de 1 milhão de espec-tadores. Os cinemas também parecem acompanhar essa tendência. Os filmes brasi-leiros aproveitaram o cresci-mento no número de salas e foram exibidos em mais

espaços, a média foi de 63 salas, contra 48 em 2011.

O recordista foi “Até Que a Sorte nos Separe”, o lon-ga que conta com Leandro Hassum como protagonista. A história do filme se baseia em um casal que vê sua vida se transformar com um prê-mio milionário da Mega Sena. “Estou muito feliz. O boca a boca tem sido essencial para esse sucesso, porque o tema está muito presente na sociedade. Todo mundo tem um parente, amigo ou conhecido que tinha algum dinheiro, meteu os pés pe-las mãos e se endividou. As pessoas me param na rua e agradecem pela mensagem que o filme passa. Eu me sur-preendi em conseguir passar essa credibilidade, apesar de toda a piada”, declara Hassum.

Alexandre Carlomagno, crítico de cinema, acredita que o cinema nacional vem crescendo desde os anos

RAUL RAMOSPÂMELA MENDES

Vai que dá certo

90 e que o público ainda compara o brasileiro com o americano. “Antes mesmo do final da década de 90 o cinema nacional já vinha demonstrando muita força. Agora, o ponto de virada de-finitivo reside em Cidade de Deus, de 2002. No entanto, por outro lado, muito dessa atenção que o público deu ao filme vem da ideia de que eles enxergaram que brasi-leiro finalmente podia fazer cinema como os norte-ame-ricanos. Uma injustiça sem tamanho”.

No entanto, Alexandre ain-da acha que o espectador e as produtoras precisam des-vincular o cinema da televi-são. “As comédias, hoje, em enorme parte, são produtos da Globo Filmes e, por serem de lá, os diretores escolhidos não sabem a diferença entre cinema e televisão. Parece que o filme já é concebido para depois ser exibido na casa dos brasileiros“, conclui.

ToP 5

Dos 5 maiores sucessos de bilheteria de 2012, 4 são comédias. Confira quais foram os mais assistidos, pre-pare a pipoca e corra para a locadora:

1 – Até que a Sorte nos Separe3.322.561 espectadores

2 – E Aí, Comeu?2.576.213 espectadores

3 – os Penetras2.228.318 espectadores

4 – gonzaga – De Pai Pra Filho1.457.988 espectadores

5 – De Pernas Pro Ar 21.058.421 espectadores

Até que a Sorte nos Separe

» A Rede Globo estreia no próximo dia 26 de abril a nova temporada do “Som Brasil”. Patrícia Pillar reto-ma o posto que já ocupou algumas vezes, sendo in-clusive a primeira apresen-tadora da atração, há sete anos.

» Na apresentação do pro-grama aos jornalistas, o diretor Luiz Gleiser e Pa-trícia Pillar contaram aos jornalistas a alegria e dedi-cação que destinam à pro-dução da atração. “A ideia inicial, e que se mantém viva até hoje, é a de que o programa celebra a música nacional e aproveita esta plataforma para lançar gru-pos novos e trazer grandes nomes ao palco. Estamos no sétimo ano, e este é um caso exemplar de qualida-de que a TV Globo dedica à nossa música brasileira e que nós fazemos com um esmero técnico inacreditá-vel”, disse Gleiser.

» A atriz comemora esta re-estreia e não esconde a fe-licidade que sente por ser parte do projeto: “É uma delícia voltar a apresentar o ‘Som Brasil’. Tenho orgu-

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PASSA A bolA...

6 DiálogoMetropolitanoRio DE JANEiRo

» SÁBADO, 13 DE ABRIL DE 2013

ESPORTES

José Carlos Cicarelli | Cronista esportivo

» O homem mais rápido do mundo, o jamaicano Usain Bolt, que partici-pou recentemente do desafio de 150 metros na praia de Copacabana, disse que espera voltar ao Brasil antes dos jo-gos de 2016. O astro do atletismo mundial decla-rou que deseja assistir à Copa do Mundo no ano que vem e quer apro-veitar para conhecer Neymar.

» É no mínimo incoerente essa briga das cerveja-rias que querem associar suas marcas ao futebol. O Estatuto do Torcedor veta a venda de bebida alcoólica nas praças es-portivas de todo o País. Por outro lado, a Lei Ge-ral da Copa, sancionada em Junho do ano passa-do pela presidente Dilma Rousseff, liberou a co-mercialização da cerveja no Mundial e na Copa das Confederações. Nesses eventos, quem manda é a Fifa.

» O atacante Adriano, pelos menos para nós, já se aposentou dos gra-

mados. Tem gente garantin-do que ele não volta a jogar profissionalmente. Alguns órgãos de imprensa chega-ram a divulgar que o Palmei-ras estaria interessado em conversar com ele e saber dos seus planos para o fu-turo. Entretanto, José Carlos Brunoro, dirigente alviverde, apressou-se em desmentir a informação. Disse que era especulação pura. Depois, o presidente do América, Viní-cius Cordeiro, declarou ter feito proposta para o Impe-rador, mas este teria afirma-do que não haverá retorno. Aliás, pelo que Adriano vem fazendo de mal para si mes-mo, ninguém acredita que ele retome sua carreira.

» Será que o Flamengo vai conseguir mostrar uma equipe de bom ní-vel para disputar o Bra-sileirão? Tem dirigente rubro-negro garantindo que isso vai acontecer. Esse otimismo tem muito a ver com a entrada da Adidas, fornecedora de material esportivo a par-tir do próximo mês. Isso poderá ajudar na contra-tação de alguns jogado-res, mas ninguém garan-te que resolverá todos os problemas do clube. E esses não são poucos.

» Artigo publicado dias atrás no jornal O Esta-do de S. Paulo, de au-toria de Paula Cesarino Costa, discutia quem pagaria a conta dos pre-juízos com a construção do Engenhão. A articu-lista aponta para o fato de uma tragédia poder ser evitada com a inter-dição daquele comple-xo esportivo e finaliza com a famosa pergunta: “Quem vai ressarcir os cofres públicos? As res-postas estão mais soltas do que a cobertura do Engenhão”.

Sem apoio: o drama dos times da Série b do Campeonato CariocaRAUL RAMOS

O futebol carioca, acostu-mado a grandes clássicos, jogadores de nível interna-cional e equipes disputan-do as maiores competições continentais, pode estar pas-sando por um de seus mo-mentos mais delicados jus-tamente onde não há todo esse glamour. Esse ano, a série B do Cariocão viu três times desistirem da disputa: Rio Branco, Imperial e Juven-tus. O motivo alegado pelas equipes é o mesmo: dificul-dades financeiras.

Um dos clubes que dispu-tam a segunda divisão é o Tigres. Wagner Andrade, ge-rente administrativo do time, acredita que essa fase do futebol carioca se deve em parte à falta de profissiona-lismo das próprias equipes. “Todo o futebol brasileiro passa por essa crise, na sé-rie B do Carioca não é dife-rente. O problema é que os times ficam esperando a fe-deração ajudar com dinhei-ro e se esquecem de correr atrás de investidores. No Rio de Janeiro, alguns clubes de nossa divisão não possuem estádio ou CT, o que dificul-ta o nível da competição e a presença de torcedores. Tudo isso influencia na ren-da, é um ciclo”, finalizou o dirigente.

Fausto Ferro, jornalista de um site especializado em futebol carioca, enxerga os times e campeonatos do Rio de Janeiro sem credibi-lidade no cenário nacional. “Muitas equipes não con-

seguem atrair empresários e investidores porque falta credibilidade ao nosso fu-tebol, e não é somente nas divisões inferiores. O maior exemplo disso é o Flamen-go, que está até hoje sem patrocínio, mesmo disputan-do os maiores campeonatos nacionais, a primeira divisão do estadual e tendo uma das maiores torcidas do mundo”, explica Fausto, que também compara o futebol carioca ao paulista. “No interior de São Paulo temos outro nível de campeonato na segun-da divisão. Os empresários apoiam, os times têm uma melhor estrutura e vários outros pontos. Aqui, apesar da federação ajudar, as equi-pes sofrem com taxas muito altas e sempre fecham o or-çamento com uma margem muito apertada”, conclui.

Astro

Carente de jogadores de renome, pelo menos um as-tro irá jogar pelos gramados da segunda divisão carioca. Dodô, de 38 anos, assinou pelo Barra da Tijuca até o final da competição. O joga-dor é amigo do presidente do time, Adilson Coutinho Filho, e confessou que foi motivado pelo convite de Adilson para se tornar vice-presidente quando o con-trato como jogador chegar ao fim.

Com uma carreira vitorio-sa, Dodô passou por times como Fluminense, São Pau-lo, Santos, Palmeiras, Vasco e Botafogo, time pelo qual marcou 90 gols. Pela Sele-ção Brasileira, o atacante marcou dois gols, em cinco convocações.

Clubes participantes da Série b em 2013

América – Rio de JaneiroAmérica de Três Rios – Três RiosAmericano – Campo dos GoytacazesAngra dos Reis – Angra dos ReisArtsul – Nova Iguaçubarra da Tijuca – Rio de Janeirobarra Mansa – Barra Mansabonsucesso – Rio de JaneiroCabofriense – Cabo Frio

Ceres – Rio de Janeirogoytacaz – Campo dos GoytacazesMesquita – MesquitaPortuguesa – Rio de JaneiroPaduano – Santo Antônio de PáduaSampaio Corrêa – SaquaremaSão João da barra – São João da BarraSerra Macaense – MacaéTigres do brasil – Duque de Caxias

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Copa das Conferações: Maracanã já está com nova cobertura

Foi concluída na última terça (9/4) a instalação das 120 membranas de teflon e fibra de vidro da nova cobertura do Maracanã. A etapa seguinte é completar o sistema de vedação, feito com a soldagem das cintas que unem as membranas. Com as fendas completa-mente fechadas, o público ficará totalmente protegido do sol e da chuva.

Projetada por uma em-presa alemã, a cobertura é uma experiência inédita em estádios brasileiros por sua grandiosidade e com-plexidade, transferindo

acréscimo de equipamen-tos anexados à passarela, como 396 refletores e 78 alto-falantes.

Também começou a co-locação das duas traves, que medem 2,40 metros de largura por 7 metros de comprimento. Além disso, os quatro supertelões con-tinuam a receber as placas de imagem de alta defini-ção, e os sistemas de ilumi-nação, composto por 396 refletores, cada um com dois mil watts de potência, e de som, com 78 alto-fa-lantes, iniciaram o período de testes.

uma nova tecnologia para o país. A cobertura pos-sui 68,4 metros de com-primento e um total de 47 mil metros quadrados de extensão e foi esticada so-bre uma estrutura metálica, cobrindo mais de 95% dos lugares do novo estádio. A antiga, de concreto e com 30 metros de comprimen-to, cobria apenas 40% do público.

A estrutura metálica, feita de cabos de aço tensiona-dos e anéis de compres-são e tração, além de um catwalk, pesa mais de qua-tro mil toneladas, com o

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Partida entre Imperial e Sampaio Corrêa

Dodô no Barra da Tijuca

Usain Bolt

Maracanã com a nova cobertura

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7DiálogoMetropolitanoRio DE JANEiRo

» SÁBADO, 13 DE ABRIL DE 2013

SAÚDE

A viDA É FRágil. vivA CoM SAÚDEDra. Lívia Maria Gennari | Médica

o fantasma que aflige o coração das mulhe-resUma sensação difusa de aperto no peito, um incômodo na região do pescoço, uma dor nas costas. Inacredita-velmente eu acabo de descrever os eventos iniciais de um infarto ful-minante em uma mulher na pós-menopausa.Até dez anos atrás acre-ditávamos que nossos hormônios nos prote-giam do fantasma tipi-camente masculino do infarto, porém, essa pro-teção, além de limitada, só dura até o período da menopausa, quando nos igualamos aos ho-mens nos riscos de uma doença cardíaca.De acordo com o Minis-tério da Saúde, na déca-da de 70, de cada dez pessoas que sofriam do problema, apenas uma era mulher. Hoje, esse número subiu para qua-tro em cada dez infartos. A doença já supera até mesmo os índices de câncer de mama, uma das patologias que mais

assustam as mulheres.Esse aumento pode ser atribuído, em grande par-te, ao novo perfil assumido pelas mulheres. Hoje, além da atenção à carreira pro-fissional, as mulheres tam-bém acumulam as funções de mãe, esposa e dona de casa. Apesar das conquis-tas no mundo corporativo, as relações maritais per-manecem as mesmas, ou seja, cuidar dos afazeres domésticos, preparar o jantar para a família e bus-car as crianças na escola, por exemplo, continuam sendo, culturalmente, atri-buições da mulher.Lutamos por anos pela

igualdade de direitos e são exatamente estas conquistas que estão nos matando. Qual a sa-ída?Antes de qualquer coi-sa, a mulher precisa avaliar o que realmen-te quer para sua vida e aonde espera chegar. Evitar o infarto é, basi-camente, evitar os fato-res de risco. A adoção de hábitos saudáveis, como alimentação ba-lanceada, exercícios físicos regulares e ativi-dades de lazer é sem-pre indicada para quem quer chegar à terceira idade com saúde.

vacinação contra a gripe será realizada de 15 a 26 de abril

Começa no próximo dia 15 a Campanha Nacional de Vacinação contra a gri-pe. Prevista para terminar no dia 26 do mesmo mês, a campanha tem por ob-jetivo vacinar 31,3 milhões de brasileiros. Para incen-tivar ações de mobilização e preparação das equipes de saúde, o Ministério da Saúde disponibilizou R$ 24 milhões aos estados e municípios.

A Campanha visa atingir 80% das pessoas dos cha-mados grupos prioritários, compostos por gestantes, idosos com mais de 60 anos, crianças entre seis meses e dois anos, pro-fissionais de saúde, índios, população carcerária e do-entes crônicos. Em 2013, uma das novidades nos grupos prioritários é a va-cinação de mulheres em puerpério – período de até 45 dias após a vacinação.

Outra novidade da Cam-panha deste ano possi-bilita que pessoas com doenças crônicas tenham acesso ampliado à vacina através dos postos de saú-de, não apenas nos cen-tros de referência. Basta que o paciente apresente uma prescrição médica e poderá ser imunizado.

Dia 20 de abril (sábado), os 65 mil postos de saú-de do Brasil irão funcionar para um dia de mobilização e devem contar com a par-ticipação de 240 mil pro-fissionais de saúde. A data

também irá contar com 27 mil veículos terrestres, ma-rítimos e fluviais. Ao todo, cerca de 43 milhões de doses serão distribuídas e irão imunizar a população contra os subtipos de in-fluenza A (H1N1) – ou gripe suína-, A (H2N2) e B.

Em entrevista à Agência Brasil, o secretário de Vi-gilância em Saúde, Jarbas Barbosa, destacou que a vacina é segura e só é con-traindicada para pessoas com alergia severa a ovo. O secretário alertou tam-bém sobre a necessidade de os profissionais de saú-de terem conhecimento de quem pode receber a vacina. Em 2012, a taxa de vacinação entre gestan-tes, por exemplo, foi baixa. “Muitas vezes, o obstetra não está familiarizado e não recomenda”, disse.

A Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janei-ro pretende imunizar pelo

Secretaria de Saúde usa tecnologia no combate à dengue

O serviço de envio de SMS está mais uma vez sendo usado pela Secre-taria de Saúde em benefí-cio da população. A partir de agora, pacientes que derem entrada nas Unida-des de Pronto Atendimen-to (UPAs) com suspeita de dengue passarão a rece-ber mensagens de texto em seus celulares com orientações sobre sinais e sintomas, reforçando os pontos mais importantes sobre o curso clínico da doença.

Atualmente, 28 UPAs participam do projeto, e a previsão é de que até o fim do primeiro semestre des-te ano todas as 52 UPAs do

estado estejam enviando as mensagens. Até agora, mais de 5 mil pacientes já receberam as mensagens, totalizando cerca de 31 mil torpedos enviados.

Durante seis dias conse-cutivos, os pacientes com suspeita de dengue rece-berão diariamente textos diferentes que estão re-lacionados à evolução da doença. O objetivo da ini-ciativa é relacionar o con-teúdo das mensagens com o possível desenvolvimen-to da dengue.

“A ideia é manter o pa-ciente informado sobre sintomas, a evolução do quadro clínico da dengue e a importância de cuidados

menos 80% do público alvo (1.334.371), vacinando 1.067 pessoas. Em 2012, cerca de 973 mil pessoas foram imunizadas no município, o equivalente a 80,4% do pú-blico alvo na ocasião.

A vacinação, que é a melhor forma para impedir doenças graves, interna-ções e óbitos por doenças graves associadas à gripe, estará disponível em pos-tos de saúde e nas Clínicas da Família. As unidades funcionarão de segunda a sexta-feira, das 08 às 17h. No dia 20, Dia de Mobiliza-ção Nacional contra a Gri-pe, serão montados postos de vacinação em igrejas, centros comunitários, cre-ches e outros locais.

os endereços dos pos-tos de vacinação podem ser consultados pela Central 1746 ou pelo site http://www.rio.rj.gov.br/web/smsdc.

como não se automedicar e aumentar a hidratação”, explicou o superintenden-te de Vigilância Epide-miológica e Ambiental da Secretaria de Saúde, Ale-xandre Chieppe.

As UPAs que estão par-ticipando do projeto são Maré, Irajá, Santa Cruz, Bangu, Campo Grande I e II, Belford Roxo, Tijuca, Duque de Caxias, Ricardo de Albuquerque, Botafo-go, Cabuçu, Marechal Her-mes, Sarapuí, Ilha do Go-vernador, Taquara, Penha, Realengo, Engenho Novo, São Gonçalo I e II, Fonseca, Itaguaí, São João de Meriti, Nova Iguaçu II, Nilópolis, Copacabana e Mesquita.

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Serviço de envio de SMS

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8 DiálogoMetropolitanoRio DE JANEiRo

» SÁBADO, 13 DE ABRIL DE 2013

DIÁLOGOS

Atendendo ao pedido da redação, estou escreven-do esta coluna a respeito da atuação dos políticos do Estado do Rio de Ja-neiro, especialmente os deputados e vereadores, às vezes tão criticados e outras vezes até mesmo elogiados por determi-nadas atitudes tomadas pela classe política.Geralmente, fala-se que vereadores e deputados passam boa parte do mandato distribuindo tí-tulos de cidadania, meda-lhas de mérito ou criando projetos para dar nome a ruas e praças.Resolvi, então, entrevis-tar o deputado estadual Armando José - PSB (Par-tido Socialista Brasileiro) - e tive uma grata surpresa: o deputado falou-me de sua atuação política e sua trajetória parlamentar. O deputado Armando José, psicólogo de formação e evangélico na fé, é mem-bro da Igreja Mundial do Poder de Deus, dirigida pelo Apóstolo Waldomiro. O deputado tem um tra-balho voltado para as áreas sociais e tem prio-

rizado este trabalho na bai-xada fl uminense, onde teve a maior parte dos quase 40 mil votos que o elegeram. Mais uma vez, surpreendi-me quando ele começou a falar de seus projetos. É impressionante o número de projetos de lei que o deputado Armando José aprovou. Quase todos têm um grande apelo social. Ele fez questão de citar número a número todas as leis que foram aprovadas: Lei Esta-dual nº 5661, Lei Estadual nº 5851, Lei Estadual nº 5546, Lei Estadual nº 4265, Lei Estadual, nº 5377, Lei Esta-dual nº 4240, Lei Est0adu-al nº 5834, Lei Estadual nº 3436, Lei Estadual nº 5717, Lei Estadual nº 4449, Lei Es-tadual nº 5668, Lei Estadu-al nº 4823, Lei Estadual nº 5444, Lei Estadual nº 5529, Lei Estadual nº 5093, Lei Estadual nº 5442, Lei Esta-dual nº 5907 e Lei Estadual nº 5636.Dentre as leis aprovadas, o Deputado cita duas que mais lhe deram prazer pes-soal em ter elaborado: a Lei Estadual nº 4265, que dispõe sobre a “obrigato-riedade de se criar, nas ins-

tituições bancárias, caixas eletrônicos apropriados ao uso de pessoas porta-doras de defi ciência, no estado do Rio de Janeiro” e a lei estadual nº 4240, que “institui, em todo o território do estado do Rio de Janeiro, a meia-entra-da para os defi cientes físi-cos em estabelecimentos culturais e de lazer, e dá outras providências”.Segundo o Deputado, ele criou recentemente um projeto político chamado “Cidadania Mundial”, que conta com o “Gabinete Itinerante”, onde ele, jun-to com seus assessores, realiza trabalho de ação social em várias regiões do Estado, atendendo à população mais carente.“Apesar de todas as difi -culdades, o trabalho é ex-tremamente gratifi cante”, conclui o deputado.

PoR DENTRo DA NoTíCiA Reinaldo Costa | Jornalista

“Não adianta termos a lei e, na prática, isso ser ignorado”LILIANE VENTURA E RICARDO CASTILHO | ENFOQUE JURÍDICO

No dia 15 de março foi celebrado o Dia Mundial do Consumidor, criado em 1962 pelo então presi-dente dos Estados Unidos John Kennedy. O objetivo da data é proteger os in-teresses das pessoas que adquirem produtos ou con-tratam serviços. Em diver-sos estados brasileiros, os Procons (órgãos de Defesa do Consumidor) realizam palestras e atividades du-rante a data.

Com o objetivo de me-lhorar o atendimento e a qualidade dos produtos e serviços disponibilizados ao consumidor, o Governo Federal lançou no dia da celebração o Plano Nacio-nal de Consumo e Cidada-nia (Plandec). O conjunto de normas que compõem o Plano será destinado a diversos ramos de ativida-de como telefonia, banco, plano de saúde, entre ou-tros, e também tem como meta estimular o desenvol-vimento das relações de consumo.

Como parte das ações que contemplam o Plano será criada uma Câmara Nacional de Relações de Consumo, composta pelos Ministérios da Justiça, Fa-zenda, Desenvolvimento, Planejamento e Casa Ci-vil. Em entrevista exclusiva concedida ao Diálogo Me-tropolitano, o Ministro José Eduardo Cardozo explicou como irá funcionar o Plan-dec.

Aos 53 anos de idade, José Eduardo Cardozo já fi gurou à frente de impor-tantes cargos políticos na capital paulista. Foi Secre-tário Municipal de Governo de São Paulo entre 1989 e 1992 e o vereador mais vo-tado da história da cidade em 2000, quando obteve mais de 500 mil votos. Em 2002, licenciou-se para se candidatar a deputado fe-deral e ingressou na Câma-ra dos Deputados com uma das maiores votações de seu partido.

Bacharel em Direito pela PUC – São Paulo, Cardozo é mestre e doutorando da Universidade e professor da Faculdade de Direito da

PUC-SP. Atualmente, é Mi-nistro da Justiça do Brasil, tendo sido anunciado pela presidenta Dilma Rousseff em dezembro de 2010.

qual é o cenário do con-sumidor no brasil hoje?

Nós tivemos uma mudan-ça muito grande no País nos últimos dez anos. Mi-lhões de brasileiros foram para a classe média. E isso implicou no maior consumo por parte dessas pessoas, o universo de consumo foi ampliado. Nessa perspec-tiva, só se pode pensar numa economia sustentá-vel do ponto de vista do consumidor e daqueles que produzem ou prestam serviços se o sistema fun-cionar bem, o que signifi ca atender ao consumidor, fazer com que confl itos se-jam reduzidos, fazer com que a situação de mercado seja operada de maneira que todos fi quem felizes e possam consumir mais. É essa a preocupação que nós temos hoje.

qual é a novidade do Plano Nacional de Con-sumo e Cidadania? Já não existem órgãos compe-tentes para auxiliarem os consumidores como os Procons?

Nós entendemos que essa mudança de patamar da população brasileira faz com que nós tenhamos que agir de forma diferen-te, ou seja, hoje nós temos uma situação em que ain-da há muita carência de órgãos como o Procon, já que em algumas regiões do país nós não temos es-ses órgãos. Nós temos uma situação em que é melhor fortalecer o Procon pra evi-tar demanda do judiciário. Nossos números mostram que os confl itos vêm numa situação crescente e essa situação decorre, claro, da ampliação do universo de consumidores, mas é pre-ciso garantir um sistema efi ciente.

E garantir um sistema efi ciente envolve três as-suntos: primeiro, a causa do confl ito, ou seja, saber por que existem certas si-

tuações que se repetem e que implicam em violação do direito do consumidor. Segundo, ter uma forma de solução de confl ito sa-tisfatória, ou seja, rápida e efi ciente. E terceiro aplicar sanções para os infratores. Então, combate à causa, solução do confl ito e san-ção formam o tripé deste Plano, e nós lançamos as medidas para tentar aten-der a essas três expecta-tivas.

o Plano tem por objeti-vo ampliar os direitos dos consumidores. E os direi-tos que já existem?

É preciso dar efi cácia aos direitos que hoje já existem e são desrespeita-dos. Não adianta termos a lei afi rmando direitos e, na prática, isso ser ignorado. Temos que fazer com que o direito seja respeitado, temos que dar mais efeti-vidade, por isso o tripé do Plano: combate à causa, boa equação do confl ito e sanção ao infrator.

Como serão implanta-das as medidas do Plano Nacional de Consumo e Cidadania?

Nós estamos implantan-do medidas estruturais. Esse plano foi concebido e será implementado pelo governo da Presidenta Dil-ma Rousseff , mas ele não é um plano de governo, é um plano de ações do estado brasileiro. A ideia é que esta política fi que como uma ação permanente do nosso estado, por isso as medidas estruturais.

Primeiro, criou-se um conselho de ministros, ou seja, ministros que têm uma atuação de políticas que podem se relacionar nessa área, coordenados pelo Ministério da Justiça, que integrarão uma ação conjunta interministerial onde nós formaremos po-líticas integradas para toda essa questão.

Também criamos aquilo que nós chamamos de Ob-servatório do Consumidor. A ideia é um órgão que observe as relações, que tenha grupos temáticos de

discussão sobre áreas im-portantes. Por exemplo, um dos grupos temáticos que nós criamos é um grupo de pós-venda. Por que pós-venda? Hoje nós temos um gravíssimo problema de atendimento ao consu-midor após a venda. Em algumas regiões do país você não tem assistência técnica para os produtos. Por exemplo, você compra um aparelho X em uma ci-dade no norte do país. Se quebrar este aparelho é possível que nesta cidade não exista assistência téc-nica e, para que se conser-te, é necessário mandar para outro centro, muitas vezes até São Paulo, e a pessoa fi ca privada do apa-relho durante meses. Isso não é possível, então nós temos que discutir uma política que permita a cria-ção de assistência técnica, que viabilize que pessoas que moram em todas as regiões do país possam ser atendidas.

Essa é a fi nalidade do observatório, criar clubes temáticos e observar as re-lações de consumo. Além disso, nós temos medidas pontuais, por exemplo, a questão do comércio ele-trônico. Hoje todos nós compramos através do co-mércio eletrônico, porém muitas vezes você compra, há uma promessa de en-trega e não se cumpre no prazo. O prazo é de cinco dias e o produto demora

60 dias pra chegar, não há informações precisas na hora da compra, o consu-midor não tem o acesso para reclamar se as coisas não vão bem. Foi por isso que a Presidenta já baixou um decreto nesse Plano que regula o comércio ele-trônico e que dá garantias informativas, garantias de retorno, ou seja, o Plano tem uma função estruturan-te e um conjunto de políti-cas específi cas, justamente para atacar os problemas que geram as demandas.

Tudo isso partiu de um diagnóstico que a Secre-taria Nacional de Defesa do Consumidor - através da secretária Juliana Pe-reira do Ministério da Jus-tiça – fez, uma análise do universo de demandas do Procon, com os setores mais demandados, onde estão os maiores proble-mas, como nós vamos ata-car as causas, equacionar confl itos e aplicar sanções da melhor forma. É nessa dimensão que as medidas do Plano foram e serão adotadas.

o Plano contempla as relações de consumo fei-tas pela internet, ou seja, o e-commerce?

De fato, o setor de tele-comunicações e o setor bancário são os que lide-ram exatamente esse con-junto de queixas. Também temos que verifi car que são setores que atuam

com um vastíssimo núme-ro de consumidores, por isso o universo de deman-das também cresce. Mas, independentemente disso, o que preocupa muito é a baixa resolutividade dos confl itos, muitas vezes se vai ao Procon e não se con-segue resolver o problema.

Como esse Plano vai chegar para o consumidor fi nal? É mais uma lei? É uma lei que pega, que não pega, é uma mudança de hábito?

Esse plano é composto por um conjunto de me-didas que vão chegar ao consumidor em tempos diferenciados. Por exem-plo, o comércio eletrônico já tem um decreto regula-mentando. Nós demos um prazo de 60 dias para as empresas se adaptarem. Dentro de 60 dias, se não tiver adaptado, vai sofrer sanções. Então imagina-se que dentro de 60 dias o consumidor vai perceber uma melhora nas informa-ções do comércio eletrôni-co, o prazo da entrega vai ter que ser realista senão o fornecedor vai ser punido, vai ser sancionado.

Ninguém tem uma vari-nha de condão para dizer “mude” e fazer com que tudo esteja mudado, é um processo que será constru-ído, é uma política traçada que vai melhorar para o consumidor brasileiro, gra-dativamente.

JOSÉ EDUARDO CARDOZO, MINISTRO DA JUSTIÇA

Ministro José Eduardo Cardozo

Armando José