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Projeto executado pelo Consórcio liderado pela empresa Assistência Técnica ao Projeto de Apoio ao Diálogos Setoriais UE-Brasil EuropeAid/126232/C/SER/BR

diálogos setoriais - relatório final da ação_anexo 1 - relatorio perito 1

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Assistência Técnica ao Projeto de Apoio ao Diálogos Setoriais UE-Brasil Projeto executado pelo Consórcio liderado pela empresa Consultor Helio Jorge da Cunha Ação Intercâmbio Brasil – UE sobre Monitoramento da Biodiversidade Relatório 1 Projeto executado pelo Consórcio liderado pela empresa

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Projeto executado pelo Consórcio liderado pela empresa

Assistência Técnica ao Projeto de Apoio ao Diálogos Setoriais UE-Brasil

EuropeAid/126232/C/SER/BR

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Projeto executado pelo Consórcio liderado pela empresa

Para Ministério do Planejamento

Ministério do Meio Ambiente Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

Ação Intercâmbio Brasil – UE sobre Monitoramento da Biodiversidade Missão Consultoria de Curto-Prazo: estudo de levantamento e consolidação de informações com vistas a subsidiar ações do governo brasileiro na elaboração da Estratégia Nacional para o Monitoramento da Biodiversidade. Consultor Helio Jorge da Cunha

Relatório 1

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Projeto executado pelo Consórcio liderado pela empresa

Objetivos da missão

Objetivo global Promover o intercâmbio de experiências e conhecimentos entre o Brasil e a União Européia, contribuindo na definição da Estratégia Brasileira para o Monitoramento da Biodiversidade. Objetivo específico deste relatório Levantamento de informações sobre as políticas e iniciativas de monitoramento da biodiversidade na União Européia, apoiando a preparação da missão técnica.

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SUMÁRIO

Introdução 1 Conclusões 4 Referências Utilizadas 8 Anexos 9

1. CDB COP 6_Decisão VI/9 - Estratégia Global para Conservação de Plantas - GSPS 10

2. CDB COP 7_Decisão VII/30 - Metas Globais para 2010 11

3. CDB_SBSTTA 10 e 11 - Indicadores para o atingimento das Metas Globais para 2010 13

4. CONABIO_RES 03 - Metas Nacionais de Biodiversidade para 2010 14

5. Rede Natura 2000 17

6. Streamlining European 2010 Biodiversity Indicators - SEBI 2010 19

7. European Information and Observation Network - Eionet 20

8. EUNIS - European Nature Information System 22

9. Shared Environmental Information System - SEIS 23

10. DG Environment 25

11. European Environment Agency - EEA 26

12. European Topic Centre on Biological Diversity - ETC BD 27

13. World Conservation Monitoring Centre - WCMC 28

14. Joint Nature Conservation Committee - JNCC 29

15. Group on Earth Oberservartion - GEO 30

16. Calendário e Programa da Missão Técnica 32

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Introdução

A Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) estabelece que as Partes Contratantes devam monitorar, por meio de levantamento de amostras e outras técnicas, os componentes da diversidade biológica, prestando especial atenção aos que requeiram medidas urgentes de conservação e aos que ofereçam maior potencial para sua utilização sustentável, bem como mantendo e organizando sistemas de dados derivados de atividades de identificação e monitoramento (art. 7 da CDB). A 6a Conferência das Partes da CDB em sua decisão VI/9 cria a Estratégia Global para Conservação de Plantas - GSPS, uma estrutura para harmonizar as iniciativas existentes voltadas para a conservação de plantas, identificar lacunas onde são requeridas novas iniciativas e promover a mobilização dos recursos necessários. O objetivo em longo prazo da GSPS é deter a atual e contínua perda de diversidade de plantas por meio de um conjunto de dezesseis metas globais (anexo 1). Posteriormente, em fevereiro de 2004, a 7a Conferência das Partes da CDB aprovou na Decisão VII/30 (Plano estratégico: avaliação futura de progresso) uma estrutura de metas e indicadores globais para orientar e monitorar a implementação das Metas da CDB para 2010. Essa decisão aprovou um conjunto de 21 metas globais (anexo 2). A Decisão VIII/15 adotada na 8a Conferência das Partes da CDB, em março de 2006, atualizou e complementou a estrutura de metas e indicadores (anexo 3). O Ministério do Meio Ambiente - MMA, órgão do Governo Federal Brasileiro, tem como área de competência os seguintes assuntos: a política nacional do meio ambiente e dos recursos hídricos; a política de preservação, conservação e utilização sustentável de ecossistemas, biodiversidade e florestas; a proposição de estratégias, mecanismos e instrumentos econômicos e sociais para a melhoria da qualidade ambiental e o uso sustentável dos recursos naturais. A Secretaria de Biodiversidade e Florestas - SBF é responsável na estrutura do MMA, entre outras competências, por: propor, coordenar, implementar, acompanhar e avaliar tecnicamente a execução de programas e projetos na área de biodiversidade e florestas; promover a cooperação técnica e científica com entidades nacionais e internacionais na área de biodiversidade e florestas; coordenar e executar as políticas públicas decorrentes dos acordos e convenções internacionais ratificadas pelo Brasil em biodiversidade e florestas. Compete ainda à SBF, por meio do Departamento de Conservação da Biodiversidade - DCBio, subsidiar a formulação de políticas e normas e definição de estratégias para a implementação de programas e projetos, entre outros temas, relacionados com:

- a promoção do conhecimento, da conservação, da valorização e da utilização sustentável da biodiversidade; - a proteção e a recuperação de espécies da flora, da fauna e de microorganismos ameaçados de extinção; - o monitoramento e a avaliação do impacto das mudanças climáticas sobre a biodiversidade, prevendo e fomentando medidas preventivas e mitigadoras; - a prevenção da introdução, erradicação e controle das espécies exóticas invasoras que ameacem os ecossistemas, habitats ou espécies.

O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - ICMBio, autarquia vinculada ao MMA, é responsável pelas ações de conservação e manejo da biodiversidade nos níveis de espécies e ecossistemas. Ao ICMBio é atribuída a conservação dos ecossistemas brasileiros representados nas 300 Unidades de Conservação federais que abrangem cerca de 70 milhões de hectares. O instituto tem, dentre outras finalidades, a de executar ações da Política Nacional de Unidades de Conservação da Natureza, referentes ao monitoramento das unidades de conservação instituídas pela União, e a de fomentar e executar programas de pesquisa, proteção, preservação e conservação da diversidade biológica e de educação ambiental. No cumprimento das suas finalidades voltadas ao monitoramento, o ICMBio tem como objetivo geral a avaliação da efetividade da Unidades de Conservação federais na conservação da diversidade biológica e das ações de conservação, manejo e uso sustentável de espécies.

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Assim sendo, MMA e ICMBio pretendem elaborar conjuntamente a Estratégia Nacional para o Monitoramento da Biodiversidade. Esta será constituída pela Rede Nacional de Monitoramento da Biodiversidade (coordenada pelo MMA) e por Centros de Monitoramento (sob coordenação executiva do ICMBio e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA) tendo como principais objetivos desenvolver mecanismos e metodologias para:

- Avaliação do estado de conservação da diversidade biológica nos diferentes biomas; - Registro de tendências e previsões para a conservação das espécies e ambientes monitorados; - Identificação dos efeitos da alteração e perda de diversidade biológica — visando a adoção de medidas de prevenção e mitigação de impactos negativos; e - Geração de conhecimento que influencie o processo decisório, a ação governamental e promova a integração de políticas nacionais.

Esta Estratégia será executada por meio de uma rede de parceiros constituída pelas unidades de conservação, centros especializados, estações científicas, instituições de ensino e pesquisa, organizações governamentais e não governamentais, que constituirão seus pontos focais. A Estratégia se alinha assim: à Política Nacional do Meio Ambiente (Lei nº 6.938/1981); ao Sistema Nacional de Unidades de Conservação - SNUC (Lei nº 9.985/2000); à Política Nacional de Biodiversidade - PNB (Decreto nº 4.339/2002) e respectivo plano de ação para sua implementação - PAN-Bio (Deliberação CONABIO no 40/06); e mais especificamente às Metas Nacionais de Biodiversidade para 2010 (Resolução CONABIO nº 03/2006) (anexo 4) que prevêem a “Criação e consolidação de uma rede de monitoramento sistemático e padronizado da biodiversidade em escala nacional” (meta 4.3), bem como a implementação de “Iniciativas que promovam a transferência para o Brasil de tecnologias ambientalmente sustentáveis geradas em outros países...” (meta 7.2). São ações a serem elaboradas, coordenadas e desenvolvidas pelo MMA/ICMBio e que integram a Estratégia Nacional para o Monitoramento da Biodiversidade:

- Compilar informações sobre a diversidade biológica do Brasil e torná-las disponíveis à sociedade e aos demais órgãos envolvidos na conservação e uso dos recursos naturais; - Coordenar, promover e difundir práticas e procedimentos de monitoramento adaptadas às especificidades de cada ecossistema brasileiro; - Desenvolver e incorporar protocolos, padrões estatísticos e amostrais sobre monitoramento nos níveis regional e nacional; - Criar e implementar mecanismos de apoio técnico e financeiro para as atividades de monitoramento; - Capacitar técnicos da sede do ICMBio, das unidades de conservação e dos centros especializados para a realização de monitoramento, inclusive com a participação de comunidades locais; - Implementar a infra-estrutura para a realização de monitoramento da diversidade biológica nas unidades de conservação; - Estabelecer rede de monitoramento por meio de parcerias com os setores governamental e não governamental e da promoção da cooperação interinstitucional e internacional; e - Promover a disponibilização e o intercâmbio de informações sobre monitoramento.

É nesse contexto que se insere o presente projeto, a fim de buscar subsídios para o desenvolvimento da Estratégia Nacional para o Monitoramento da Biodiversidade. Com esse objetivo MMA e ICMBio prevêem realizar três ações no âmbito do “Projeto Diálogos Setoriais Brasil – União Européia”, a saber:

1. Estudo técnico sobre o monitoramento da biodiversidade na Europa e no Brasil; 2. Uma visita de técnicos brasileiros para avaliar experiências exitosas em monitoramento

da biodiversidade em países da União Européia pré-selecionados;

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3. Uma Oficina de Trabalho para definir estratégias, diretrizes e ações para o Monitoramento da Biodiversidade, potencializando os conhecimentos adquiridos pela experiência européia, bem como pelas iniciativas nacionais.

O estudo técnico em questão dividide-se em três produtos: 1. Levantamento de informações sobre as políticas e iniciativas de monitoramento da

biodiversidade na União Européia, apoiando a preparação da missão técnica; 2. Levantamento de informações sobre as políticas e iniciativas de monitoramento da

biodiversidade no Brasil, integrando estas às do primeiro produto em um documento base, subsídio para os debates na oficina de trabalho;

3. Consolidação das discussões, conclusões e encaminhamentos da oficina de trabalho; Este primeiro relatório, referente ao Levantamento das políticas e iniciativas de monitoramento da biodiversidade na União Européia, pretende apresentar em linhas gerais a estratégia da UE e seus mecanismos; bem como auxiliar a missão técnica identificando e descrevendo as instituições que serão visitadas, e programando o roteiro de reuniões com os técnicos europeus.

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Conclusões

O presente projeto parte da premissa de que guardadas as devidas proporções, e observadas as diferenças ambientais e de ocupação do espaço, pode-se estabelecer um paralelo interessante entre os desafios encontrados para o estabelecimento de iniciativas e políticas de monitoramento da biodiversidade no Brasil e na Europa. Em ambos os casos há de se tratar de extensões territoriais continentais fragmentadas políticamente em unidades menores com autonomia e interesses diversos. Ambas as situações requerem medidas de consensuação e pactuação de objetivos comuns, harmonização das iniciativas locais visando o atendimento ao planejamento mais abrangente, definição de metas, prazos e indicadores de monitoramento, identificação de atores e distribuição de tarefas. A atividade humana causou entre 50 e 1000 vezes mais extinções nos últimos 100 anos que ocorreria devido a processos naturais. Prevê-se que essa taxa de perda seja 10 vezes maior em 2050. O relatório da Avaliação Ecossistêmica do Milênio (2006) confirma que muitas populações animais e vegetais têm declinado em números, distribuição geográfica, ou ambos. As principais causas de perda de biodiversidade são: alteração em ambientes naturais devido a sistemas de produção agrícola intensiva; indústrias extrativas e de construção; sobreexplotação de florestas, oceanos, rios, lagos e solos; espécies exóticas invasoras; poluição; e mudanças climáticas globais. Em escala global o tema biodiversidade demanda ação internacional pactuada, sendo o principal mecanismo para tal a Convenção sobre Diversidade Biológica - CDB, assinada em 1992 e ratificada pela União Européia em 1993.

Políticas de Biodiversidade na Europa

A UE vem legislando sobre biodiversidade desde a década de 70, entretanto apesar de diversas iniciativas terem sido levadas a cabo para conservar o patrimônio natural europeu - a despeito dos esforços dos governos, organizações não governamentais e indivíduos - a diversidade biológica e paisagística européia continuava a declinar rapidamente. Uma análise das lacunas de iniciativas e mecanismos demonstrou que estes seriam melhor utilizados se:

- uma ferramenta que mobilizasse e harmonizasse as iniciativas existentes no sentido de uma meta comum de conservação da diversidade biológica e paisagística em toda Europa; - os fatores chave que contribuem para deterioração da diversidade fossem reconhecidos e atacados.

Essas considerações levaram, em 1995, ao desenvolvimento da “Pan-European Biological and Landscape Diversity Strategy - PEBLDS”, como resposta à implementação da CDB e provê a única plataforma a lidar com o processo de perda de biodiversidade no âmbito pan-Europeu1. Liderado pela ECNC - European Centre for Nature Conservation, o desenvolvimento da estratégia introduziu uma ferramenta de coordenação e unificação para o fortalecimento das iniciativas existentes, procurando integrar mais efetivamente considerações ecológicas em todos os setores sócio-econômicos relevantes, incrementando a participação e conscientização pública relativa aos interesses da conservação da biodiversidade. No âmbito da União Européia em 1998 a Comunidade Européia adotou uma Estratégia de Biodiversidade (ECBS) destinada a “antecipar, prevenir e atacar as causas de redução ou perda da biodiversidade, contribuindo para inverter a tendência de declínio observada, e para conservar as espécies e ecossistemas (incluindo agro-ecossistemas) dentro e fora da UE. A Estratégia integrou as questões de biodiversidade nas políticas de setores relevantes, desenvolvendo-se em torno de quatro temas: 1) Conservação e utilização sustentável da

1 As políticas de biodiversidade européias apresentam diversos níveis de abrangência geográfica além do nacional e biogeográfico:

- políticas pan-européias (aproximadamente 50 países) - políticas na área de abrangência da Agência Ambiental Européia - EEA (27 países da UE e 6 países associados) - políticas da União Européia (27 países)

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diversidade biológica; 2) Repartição dos benefícios resultantes da utilização de recursos genéticos; 3) Investigação, identificação, acompanhamento e troca de informações; 4) Educação, formação e sensibilização. O passo seguinte, para o atendimento aos objetivos da CDB, foi o desenvolvimento e execução, a partir de 2001, de Planos de Ação setoriais em Biodiversidade (PABs), definindo ações e medidas concretas, fixando metas mensuráveis, e identificando os indicadores adequados para acompanhamento e avaliação do desempenho na execução e eficácia das ações e medidas previstas. São quatro os Planos de Ação de biodiversidade que integram a Estratégia:

- Conservação dos recursos naturais; - Agricultura; - Pesca; e - Cooperação econômica e para o desenvolvimento.

O desenvolvimento destes Planos foi liderado pela Diretoria Geral de Meio Ambiente da Comissão Européia (DG Environment - anexo 10) em estreita coordenação com a Agência Ambiental Europeia (EEA - anexo 11) e especialistas dos Estados-Membros. Tanto a Estratégia como os PABs se inserem em um contexto mais amplo nos compromissos de desenvolvimento sustentável e integração das preocupações ambientais noutros setores e políticas. O 6º Programa de Ação em meio ambiente da UE (2002 - 2012) tem como um de seus temas prioritários Natureza e Biodiversidade sendo sua base a promoção tanto da ECBS como dos PABs. O PAB para a Conservação dos Recursos Naturais destina-se a garantir a plena utilização da legislação e dos instrumentos ambientais disponíveis. Nesse sentido a preservação de algumas espécies e habitats é motivo de especial preocupação, exigindo medidas específicas, como a proteção legal da flora e da fauna e/ou dos locais onde ocorrem. Em consequência, o Plano destina-se a garantir instrumentos legais de conservação para habitats e espécies de interesse, através da aplicação plena das Diretivas "Aves" e "Habitats" (os dois documentos legislativos fundamentais da política de conservação da Natureza da UE) e de apoio técnico-financeiro adequado para a conservação e utilização sustentável das áreas designadas nessa legislação. Ambas Diretivas servem de base para a Rede Natura 2000 (anexo 5), uma rede de reservas naturais que se estende por toda UE. Ainda em 2001, os chefes de estado e de governo da UE acordaram em deter o declínio da biodiversidade em seu território. Em 2002, a CDB adotou seu Plano Estratégico com a meta de reduzir significativamente a perda de biodiversidade até 2010. Essa meta foi endossada na Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável (WSSD), também em 2002 em Johannesburgo, onde a CDB foi identificada como o organismo internacional chave para o alcance da Meta de 2010. Em 2004 foi iniciada uma revisão da implementação da ECBS que resultou, em 2006, na adoção pela Comissão Européia da Comunicação em Biodiversidade intitulada "Halting Biodiversity Loss by 2010 – and Beyond: Sustaining ecosystem services for human well-being", destacando a importância da proteção da biodiversidade como pré-requisito para o desenvolvimento sustentável, bem como estabelecendo um Plano de Ação detalhado para seu alcance onde foram propostos 10 objetivos prioritários:

- Proteção dos habitats e espécies mais importantes; - Conservação e recuperação da biodiversidade e seus serviços em zonas rurais; - Conservação e recuperação da biodiversidade e seus serviços em ambientes marinhos; - Compatibilização do desenvolvimento regional e territorial com a biodiversidade; - Redução substancial do impacto na biodiversidade por espécies exóticas invasoras; - Eficácia na governança internacional para biodiversidade; - Suporte substancial à biodiversidade no desenvolvimento internacional; - Redução substancial dos impactos negativos do comércio internacional; - Suporte à adaptação da biodiversidade às mudanças climáticas; e

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- Fortalecimento da base de conhecimento para conservação e uso sustentável da biodiversidade.

A Comunicação em Biodiversidade reconhece também a necessidade de quatro medidas de apoio relacionadas a: financiamento adequado; fortalecimento do processo de tomada de decisão na UE; estabelecimento de parcerias; e promoção da educação, concientização e participação. O acordo político envolvendo a Meta de 2010 foi acompanhado por um crescente consenso quanto à necessidade de uma coordenação estruturada, de longo prazo, global e européia, quanto ao monitoramento da biodiversidade, indicadores, avaliações e relatoria de esforços. Uma vez estabelecida a Meta de deter a perda de biodiversidade até 2010, se tornou essencial avaliar e informar o progresso nesse sentido. A fim de tornar esse processo acessível para uma série de públicos, um conjunto de indicadores era necessário, proporcionando referências quanto ao progresso, disponíveis e inteligíveis, tanto para técnicos como para leigos. Para tanto, os indicadores deveriam se apoiar em conhecimentos e análises científicas sólidas. Em 2004 a UE recepcionou um conjunto de indicadores baseados nos indicadores adotados globalmente pela CDB (COP 7 Decisions). O mesmo conjunto de indicadores foi adotado pelo conselho da PEBLDS (Estratégia pan-Européia) em 2005. Finalmente, também em 2005 foi lançado o projeto “SEBI 2010 - Streamlinig European 2010 Biodiversity Indicators” (anexo 6) tendo como objetivo supervisionar a implementação dos indicadores adotados no âmbito de ambas as estratégias (ECBS e PEBLDS), assegurando a racionalização entre os indicadores nacionais, regionais e mundiais. Em 2007 a Agência Ambiental Européia - EEA (anexo 11) lançou relatório técnico propondo um primeiro conjunto de 26 indicadores para monitoramento do progresso no alcance da Meta européia para 2010. Esses indicadores de biodiversidade foram anexados à Comunicação em Biodiversidade descrita acima a fim de aferir também a implementação de seus Planos de Ação. A Comissão Européia comprometeu-se, na Comunicação de 2006, em elaborar relatórios anuais avaliando o progresso no atendimento da ações previstas pelos Planos de Ação para o alcance da Meta de 2010. A primeira avaliação, em 2007, ressaltou os principais avanços para cada um dos 10 objetivos prioritários definidos. Esse primeiro relatório contou com o apoio dos trabalhos, em curso na época, de desenvolvimento dos Indicadores Europeus de Biodiversidade. O relatório de meio-termo do Plano de Ação em Biodiversidade, em 2008, forneceu a primeira avaliação abrangente dos progressos no âmbito da Comunidade Européia e dos Estados-Membros. Quatro domínios principais foram contemplados: biodiversidade na UE, biodiversidade global e na UE, biodiversidade e mudanças climáticas, e base de conhecimentos. Um conjunto de 22 indicadores quantitativos para aferir o progresso para o alcance da Meta de biodiversidade européia para 2010 (entre os 26 elaborados) foi disponibilizado pela primeira vez. O terceiro relatório de implementação do Plano de Ação (período 2008-2009), lançado em 2009, representou a primeira avaliação do progresso quanto à Meta de 2010, baseada nos 26 indicadores pan-europeus do projeto SEBI 2010, e atendeu a dois propósitos:

- Avaliar o status da biodiversidade européia e sua perda com base nos dados mais recentes disponíveis; - Servir como ponte para uma avaliação abrangente do alcance da Meta a ser realizado pelo quarto relatório em 2010.

Desta forma, os indicadores neste relatório não só apresentam o que é conhecido atualmente, como também mostram as lacunas de informação e o que mais deve ser medido para uma avaliação abrangente em 2010. A meta de deter a perda de biodiversidade na Europa em 2010 não será alcançada, o relatório mostra que a biodiversidade européia continua sob forte pressão e que as políticas estabelecidas, ainda que positivas em algumas áreas, ainda não são adequadas para deter o declínio.

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O quarto e último relatório de implementação do Plano de Ação (previsto para o final de 2010) avaliará a extensão do alcance dos compromissos da UE para 2010. Isso envolverá avaliações qualitativas da medida em que os Planos de Ação foram implementados e tiveram seus alvos atingidos. A avaliação contará também com dados quantitativos relacionados ao conjunto dos principais indicadores de biodiversidade. Adicionalmente explorará os seguintes assuntos em maior detalhe:

- Status da biodiversidade; - Ambiente marinho; - Quantificação das metas e linha de base para cada indicador; e - Impacto global das políticas de biodiversidade européias.

Principais Iniciativas e Instituições relacionadas ao Monitoramento da Biodiversidade na Europa Rede Natura 2000 ANEXO 5 Streamlining European 2010 Biodiversity Indicators - SEBI 2010 ANEXO 6 European Information and Observation Network - Eionet ANEXO 7 EUNIS - European Nature Information System ANEXO 8 Shared Environmental Information System - SEIS ANEXO 9 DG Environment ANEXO 10 European Environment Agency - EEA ANEXO 11 European Topic Centre on Biological Diversity - ETC BD ANEXO 12 World Conservation Monitoring Centre - WCMC ANEXO 13 Joint Nature Conservation Committee - JNCC ANEXO 14 Group on Earth Oberservartion - GEO ANEXO 15

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Referências Utilizadas

Estratégia Global para Conservação de Plantas - GSPS http://www.cbd.int/decision/cop/?id=7183

Metas Globais para 2010 http://www.cbd.int/decision/cop/?id=7767

Metas Nacionais de Biodiversidade para 2010 http://www.mma.gov.br/estruturas/sbf_chm_rbbio/_arquivos/Metas%202010.pdf

Rede Natura 2000 http://ec.europa.eu/environment/nature/natura2000/index_en.htm

Streamlining European 2010 Biodiversity Indicators - SEBI 2010 http://ec.europa.eu/environment/nature/knowledge/eu2010_indicators/index_en.htm http://ec.europa.eu/environment/nature/biodiversity/comm2006/pdf/sebi_full.pdf http://www.eea.europa.eu/publications/technical_report_2007_11

European Information and Observation Network - Eionet http://www.eionet.europa.eu/

EUNIS - European Nature Information System http://eunis.eea.europa.eu/

Shared Environmental Information System - SEIS http://ec.europa.eu/environment/seis/index.htm

DG Environment http://ec.europa.eu/dgs/environment/index_en.htm

European Environment Agency - EEA http://www.eea.europa.eu/themes/biodiversity

European Topic Centre on Biological Diversity - ETC BD http://biodiversity.eionet.europa.eu/

World Conservation Monitoring Centre - WCMC http://www.unep-wcmc.org/

Joint Nature Conservation Committee - JNCC http://www.jncc.gov.uk/page-0

Group on Earth Oberservartion - GEO http://www.earthobservations.org/

http://www.earthobservations.org/geoss_bi.shtml

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Anexos

1. CDB COP 6_Decisão VI/9 - Estratégia Global para Conservação de Plantas - GSPS

2. CDB COP 7_Decisão VII/30 - Metas Globais para 2010

3. CDB_SBSTTA 10 e 11 - Indicadores para monitorar o alcance das Metas Globais 2010

4. CONABIO_RES 03 - Metas Nacionais de Biodiversidade para 2010

5. Rede Natura 2000

6. Streamlining European 2010 Biodiversity Indicators - SEBI 2010

7. European Information and Observation Network - Eionet

8. EUNIS - European Nature Information System

9. Shared Environmental Information System - SEIS

10. DG Environment

11. European Environment Agency - EEA

12. European Topic Centre on Biological Diversity - ETC BD

13. World Conservation Monitoring Centre - WCMC

14. Joint Nature Conservation Committee - JNCC

15. Group on Earth Oberservartion - GEO

16. Calendário e Programa da Missão Técnica

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ANEXO 1 CDB COP 6_Decisão VI/9 - Estratégia Global para Conservação de Plantas - GSP Objetivos A. Entender e documentar a diversidade de plantas

Objetivo 1: Uma lista de espécies de plantas conhecidas é considerada como exigência fundamental para conservação de plantas Objetivo 2: Uma avaliação preliminar do estado de conservação de todas as espécies de plantas conhecidas, a nível nacional, regional e internacional Objetivo 3: Desenvolvimento de protocolos para conservação e uso sustentável de plantas, baseado em pesquisa e experiência prática

B. Conservação da diversidade de plantas

Objetivo 4: Pelo menos 10% de cada uma das regiões ecológicas do mundo efetivamente conservadas Objetivo 5: Proteção de 50% das áreas mais importantes para diversidade de plantas assegurada Objetivo 6: Pelo menos 30% de terras de produção manejadas de forma consistente com a conservação da diversidade de plantas Objetivo 7: 60% das espécies ameaçadas do mundo conservadas in situ Objetivo 8: 60% das espécies de plantas ameaçadas, em coleções ex situ acessíveis, preferivelmente no país de origem, e 10% delas incluídas em programas de recuperação e restauração Objetivo 9: 70% da diversidade genética de colheitas, e outras espécies de plantas de maior valor sócio-econômico, conservadas e associadas à manutenção de conhecimento tradicional Objetivo 10: Plano de Manejo estabelecido para, pelo menos, as 100 principais espécies exóticas que ameaçam plantas, comunidades de plantas, hábitats associados e ecossistemas

C Uso sustentável da diversidade de plantas

Objetivo 11: Nenhuma espécie de flora sislvestre ameaçada por comércio internacional Objetivo 12: 30% de produtos derivados de plantas oriundos de fontes manejadas sustentavelmente Objetivo 13: Detenção do declínio dos recursos vegetais, bem como dos conhcimentos tradicionais associados, que garantem meios de vida sustentáveis, segurança alimentar local e cuidados com a saúde

D Promover educação e conscientização sobre diversidade de plantas

Objetivo 14: A importância da diversidade de plantas e a necessidade para sua conservação, incorporada em programas de comunicação, educação e conscientização pública

E Promover capacitação para a conservação de diversidade de plantas

Objetivo 15: Aumentar o número de pessoas treinadas, trabalhando com meios adequados, em conservação de plantas, de acordo com necessidades nacionais, visando alcançar os ojetivos desta Estratégia Objetivo 16: Redes para atividades de conservação de plantas estabelecidas e fortalecidas a níveis nacional, regionais e internacionais

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ANEXO 2 CDB COP 7_Decisão VII/30 - Metas Globais para 2010 Área focal 1. Proteger os componentes da biodiversidade Meta 1. Promover a conservação da diversidade biológica de ecossistemas, habitats e biomas

Alvo 1.1. Pelo menos 10% de cada região ecológica do mundo efetivamente conservado. Alvo 1.2. Áreas de importância particular para a biodiversidade protegidas.

Meta 2. Promover a conservação da diversidade de espécies Alvo 2.1. Restaurar, manter ou reduzir o declínio das populações de espécies de grupos taxonômicos selecionados. Alvo 2.2. Situação de espécies ameaçadas melhorada.

Meta 3. Promover a conservação da diversidade genética Alvo 3.1. Diversidade genética de cultivos, animais domesticados, e de espécies utilizadas de árvores, peixes e fauna silvestre, e outras espécies valiosas conservada, e o conhecimento indígena e local associado mantido.

Área focal 2. Promover o uso sustentável Meta 4. Promover o uso e o consumo sustentáveis

Alvo 4.1. Produtos baseados em biodiversidade derivados de fontes manejadas de forma sustentável, e áreas de produção manejadas de forma consistente com a conservação da biodiversidade. Alvo 4.2. Consumo não sustentável de recursos biológicos, ou que impacta a biodiversidade, reduzido. Alvo 4.3. Nenhuma espécie da flora e fauna silvestre ameaçada pelo tráfico internacional.

Área focal 3. Enfrentar as ameaças à biodiversidade Meta 5. Reduzir as pressões da perda de habitats, mudança do uso e degradação de terras, e uso não sustentável da água

Alvo 5.1. Taxa de perda e degradação de habitats naturais reduzida. Meta 6. Controlar as ameaças de espécies exóticas invasoras

Alvo 6.1. Rotas para as principais espécies exóticas invasoras controladas. Alvo 6. 2. Planos de manejo estabelecidos para as principais espécies exóticas que ameaçam ecossistemas, habitats ou espécies.

Meta 7. Enfrentar as ameaças das mudanças climáticas e poluição à biodiversidade Alvo 7.1. Manter e melhorar a resiliência dos componentes da biodiversidade para adaptarem-se às mudanças climáticas. Alvo 7.2. Reduzir a poluição e seus impactos sobre a biodiversidade.

Área focal 4. Manter os bens e serviços da biodiversidade para sustentar o bem-estar humano Meta 8. Manter a capacidade dos ecossistemas de fornecer bens e serviços e sustentar modos de vida

Alvo 8.1. Capacidade dos ecossistemas de fornecer bens e serviços mantida. Alvo 8.2. Recursos biológicos que sustentam modos de vida, segurança alimentar local e saúde, especialmente para pessoas pobres, mantidos.

Área focal 5. Proteger o conhecimento, inovações e práticas tradicionais

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Meta 9. Manter a diversidade sócio-cultural de comunidades indígenas e locais Alvo 9.1. Proteger os conhecimentos, inovações e práticas tradicionais. Alvo 9.2. Proteger os direitos das comunidades indígenas e locais sobre seus conhecimentos, inovações e práticas tradicionais, incluindo seus direitos à repartição de benefícios.

Área focal 6. Assegurar a repartição justa e eqüitativa dos benefícios derivados do uso de recursos genéticos Meta 10. Assegurar a repartição justa e eqüitativa dos benefícios derivados do uso de recursos genéticos

Alvo 10.1. Todo acesso a recursos genéticos feito de acordo com a Convenção sobre Diversidade Biológica e seus dispositivos relevantes. Alvo 10.2. Benefícios provenientes da comercialização e outros usos de recursos genéticos repartidos de forma justa e eqüitativa com os países que fornecem tais recursos, conforme a Convenção sobre Diversidade Biológica e seus dispositivos relevantes.

Área focal 7. Assegurar o fornecimento dos recursos adequados Meta 11. As Partes dispõem de maior capacidade financeira, humana, científica, técnica e tecnológica para implementar a Convenção

Alvo 11.1. Recursos financeiros novos e adicionais transferidos para Partes que são países em desenvolvimento, para possibilitar a implementação efetiva de seus compromissos com a Convenção, conforme o Artigo 20. Alvo 11.2. Tecnologia transferida para Partes que são países em desenvolvimento, para possibilitar a implementação efetiva de seus compromissos com a Convenção, conforme seu Artigo 20, parágrafo 4.

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ANEXO 3 CDB_SBSTTA 10 e 11 - Indicadores para monitorar o alcance das Metas Globais para 2010 Documentos SBSTTA 10 http://www.biodiv.org/doc/meeting.aspx?mtg=sbstta-10&tab=1 UNEP/CBD/SBSTTA/10/INF/7 Relatório do Grupo de Especialistas em Indicadores UNEP/CBD/SBSTTA/10/INF/10 Tendências dos biomas e ecossistemas UNEP/CBD/SBSTTA/10/INF/11 Tendências na abundância de espécies UNEP/CBD/SBSTTA/10/INF/12 Cobertura das Áreas Protegidas UNEP/CBD/SBSTTA/10/INF/13 Mudanças no status das espécies ameaçadas UNEP/CBD/SBSTTA/10/INF/14 Tendências na diversidade genética UNEP/CBD/SBSTTA/10/INF/15 Área sob manejo sustentável UNEP/CBD/SBSTTA/10/INF/16 Deposição de Nitrogênio UNEP/CBD/SBSTTA/10/INF/17 Número/Extensão de invasões de espécies exóticas UNEP/CBD/SBSTTA/10/INF/18 Índice Trófico Marinho UNEP/CBD/SBSTTA/10/INF/19 Qualidade da Água UNEP/CBD/SBSTTA/10/INF/20 Conectividade/Fragmentação UNEP/CBD/SBSTTA/10/INF/21 Status da diversidade lingüística UNEP/CBD/SBSTTA/10/INF/22 Assistência Oficial para o Desenvolvimento Documentos SBSTTA 11 http://www.biodiv.org/doc/meeting.aspx?mtg=sbstta-11&tab=1 UNEP/CBD/SBSTTA/11/INF/16 Indicadores para Relatórios Nacionais UNEP/CBD/SBSTTA/11/INF/17 Impactos da Mudança do Clima UNEP/CBD/SBSTTA/11/INF/18 Biodiversidade para Alimentação e Medicina UNEP/CBD/SBSTTA/11/INF/20 Pegada Ecológica

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ANEXO 4 CONABIO_RES 03 - Metas Nacionais de Biodiversidade para 2010 Componente 1 da PNB– Conhecimento da biodiversidade Meta 1.1. Uma lista amplamente acessível das espécies brasileiras formalmente descritas de plantas, animais vertebrados, animais invertebrados e microorganismos, mesmo que seletivamente elaborada na forma de bancos de dados permanentes Meta 1.2. Programa Nacional de Taxonomia formalizado com vistas a um aumento de 50% do acervo científico com ênfase na descrição de espécies novas Meta 1.3. Instituto Virtual da Biodiversidade Brasileira criado e expandir o PPBio para os demais biomas, além da Amazônia e Caatinga, para aumentar a disponibilidade de informação sobre biodiversidade Componente 2 da PNB –- Conservação da biodiversidade Meta 2.1. Pelo menos 30% do Bioma Amazônia e 10% dos demais biomas e da Zona Costeira e Marinha efetivamente conservados por Unidades de Conservação do Sistema Nacional de Unidades de Conservação Meta 2.2. Proteção da biodiversidade assegurada em pelo menos 2/3 das Áreas Prioritárias para Biodiversidade por meio de Unidades do SNUC, Terras Indígenas e Territórios Quilombolas Meta 2.3. 10% da Zona Marinha com áreas de exclusão de pesca, temporárias ou permanentes, integradas às Unidades de Conservação, criadas para proteção dos estoques pesqueiros Meta 2.4. Todas as espécies reconhecidas oficialmente como ameaçadas de extinção no país contempladas com Planos de Ação e Grupos Assessores ativos Meta 2.5. 100% das espécies ameaçadas efetivamente conservadas em Áreas Protegidas Meta 2.6. Redução de 25% na taxa anual de incremento de espécies da fauna ameaçadas na Lista Nacional e Retirada de 25% de espécies atualmente na Lista Nacional Meta 2.7. Uma avaliação preliminar do status de conservação de todas as espécies conhecidas de plantas, e animais vertebrados e seletivamente dos animais invertebrados, no nível nacional Meta 2.8. 60 % das espécies de plantas ameaçadas conservadas em coleções ex situ e 10% das espécies de plantas ameaçadas incluídas em programas de recuperação e restauração Meta 2.9. 60% das espécies migratórias contempladas com planos de ação e 30% das espécies com programas de conservação implementados Meta 2.10. 70 por cento da diversidade genética de plantas cultivadas e extrativas de valor sócio-econômico conservadas, e o conhecimento indígena e local associado mantido Meta 2.11. 50% das espécies priorizadas no Projeto Plantas para o Futuro conservadas na condição ex situ e on farm Meta 2.12. 60% da diversidade genética dos parentes silvestres brasileiros de plantas cultivadas de 10 gêneros prioritários efetivamente conservados in situ e/ou ex situ Meta 2.13. Capacidade de ecossistemas de fornecer bens e serviços mantida ou melhorada nas Áreas Prioritárias para Biodiversidade Meta 2.14. Aumento significativo das ações de apoio à conservação on farm dos componentes da Agrobiodiversidade que garantam a manutenção dos modos de vida sustentáveis, segurança alimentar local e saúde, especialmente para comunidades locais e povos indígenas. Componente 3 da PNB – Utilização sustentável dos componentes da biodiversidade Meta 3.1. 30 por cento de produtos vegetais não-madeireiros provenientes de fontes manejadas de forma sustentável. Meta 3.2. Recuperação de no mínimo 30% dos principais estoques pesqueiros com gestão participativa e controle de capturas. Meta 3.3. 40% da área com Plano de Manejo Florestal na Amazônia certificada.

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Meta 3.4. 80% das Reservas Extrativistas e Reservas de Desenvolvimento Sustentável com manejo sustentável de espécies da fauna e da flora de interesse alimentar ou econômico assegurados e com seus planos de manejo elaborados e implementados. Meta 3.5. 80% de redução no consumo não sustentável de recursos faunísticos e florísticos em unidades de conservação de uso sustentável. Meta 3.6. Nenhuma espécie da fauna ou flora silvestre ameaçada pelo comércio internacional, em cumprimento ao disposto pela CITES. Meta 3.7. Redução significativa do comércio ilegal de espécies da fauna e flora no país Meta 3.8. 80% de incremento na inovação e agregação de valor de novos produtos beneficiados a partir da biodiversidade Meta 3.9. 80% de incremento em novos usos sustentáveis da biodiversidade na medicina e alimentação resultando em produtos disponíveis no mercado Meta 3.10. Aumento significativo das ações de detecção, controle e repressão dos casos de biopirataria Meta 3.11. Incremento significativo nos investimentos em estudos, projetos e pesquisas para o uso sustentável da biodiversidade Meta 3.12. 80% de incremento no número de patentes geradas a partir de componentes da biodiversidade Meta 3.13. Apoio da CCZEE para a elaboração e conclusão de ZEEs em pelo menos 50% dos Estados Componente 4 da PNB –Monitoramento, avaliação, prevenção e mitigação de impactos sobre a biodiversidade Meta 4.1. Redução na taxa de desmatamento de 100% no Bioma Mata Atlântica, de 75% no Bioma Amazônia e de 50% nos demais biomas Meta 4.2. Redução média de 25% no número de focos de calor em cada bioma Meta 4.3. Criação e consolidação de uma rede de monitoramento sistemático e padronizado da biodiversidade em escala nacional Meta 4.4. Todas as espécies no Diagnóstico Nacional de Espécies Exóticas Invasoras com Plano de Ação de Prevenção e Controle elaborado Meta 4.5. Planos de manejo implementados para controlar pelo menos 25 das principais espécies exóticas invasoras que mais ameaçam os ecossistemas, habitats ou espécies no país Meta 4.6. 50% das fontes de poluição das águas e dos solos e seus impactos sobre a biodiversidade controladas Meta 4.7. Estímulo a estudos biogeográficos que incluam predições de ocorrência de espécies em associação à mudanças climáticas potenciais, pelo uso de Sistemas de Informação Geográfica Componente 5 da PNB –Acesso aos recursos genéticos, conhecimentos tradicionais associados, e repartição de benefícios Meta 5.1. Todas as políticas públicas relevantes para os conhecimentos tradicionais implementadas em atendimento as disposições do Artigo 8j da CDB Meta 5.2. Conhecimentos, inovações e práticas dos povos indígenas e comunidades tradicionais protegidos Meta 5.3. 100% das publicações científicas ou de divulgação decorrentes de acesso a conhecimento tradicional com identificação de sua origem Meta 5.4. 100% das atividades de acesso a conhecimentos tradicionais com consentimento prévio fundamentado, obrigatoriedade de retorno do conhecimento gerado e repartição de benefícios Meta 5.5. Lei de acesso e repartição de benefícios, nos termos da CDB, aprovada pelo Congresso Nacional e implementada e 100% das atividades de acesso e remessa de acordo com a legislação nacional Meta 5.6. Benefícios resultantes do uso comercial dos recursos genéticos efetivamente repartidos de forma justa e eqüitativa em prol da conservação da biodiversidade

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Meta 5.7. 100% das solicitações de patentes de invenção de produtos e processos derivados de acesso ao patrimônio genético e ao conhecimento tradicional associado com identificação de origem e autorização de acesso Meta 5.8. Repartição de benefícios no âmbito do Tratado sobre Recursos Fitogenéticos para a Alimentação e Agricultura implementado no país Componente 6 da PNB - Educação, sensibilização pública, informação e divulgação sobre biodiversidade Meta 6.1. Incorporação da importância da diversidade biológica e da necessidade de sua conservação, uso sustentável e repartição de benefícios nos programas de comunicação, educação e conscientização pública Meta 6.2. Ampliação do acesso a informação de qualidade sobre conservação, uso sustentável e repartição de benefícios da diversidade biológica Meta 6.3. Estabelecimento e fortalecimento de redes de ações para conservação, uso sustentável e repartição de benefícios da diversidade biológica Componente 7 da PNB –Fortalecimento jurídico e institucional para a gestão da biodiversidade Meta 7.1. Recursos financeiros novos e adicionais; de fontes públicas e privadas, nacionais e/ou internacionais; captados e disponibilizados para uso no país possibilitando a implementação efetiva de seus compromissos com os programas de trabalho da CDB, conforme seu Artigo 20 Meta 7.2. Iniciativas que promovam a transferência para o Brasil de tecnologias ambientalmente sustentáveis geradas em outros países, implementadas para possibilitar a efetividade dos programas de trabalho da CDB, conforme seu Artigo 20, parágrafo 4, e Artigo 16 Meta 7.3. Intercâmbio e transferência de tecnologias ambientalmente sustentáveis, entre países em desenvolvimento, promovidos para possibilitar a implementação efetiva dos programas de trabalho da Convenção, conforme seu Artigo 20, parágrafo 4, e Artigo 16

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ANEXO 5 REDE NATURA 2000 Natura 2000 é a principal política de meio ambiente e biodiversidade da UE. Trata-se de uma ampla rede de áreas protegidas estabelecida em 1992. O objetivo da rede é garantir a conservação em longo prazo das espécies e habitats europeus mais valiosos e ameaçados. É composta por Áreas de Proteção Especial (SPAs) designadas pelos Estados-membros no âmbito da Diretiva Aves, e por Áreas Especiais de Conservação (SACs), estas designadas no âmbito da Diretiva Habitats. A Diretiva Aves do Parlamento Europeu é a legislação ambiental mais antiga da UE e uma das mais importantes, cria um esquema abrangente de proteção para todas as espécies de aves silvestres com ocorrência na UE. Foi adotada unanimemente pelos Estados-membros, em 1979, como uma resposta à crescente preocupação quanto ao declínio nas populações de aves silvestres na Europa devido a: poluição, perda de habitats, e utilização não sustentável. Foi também um reconhecimento de que as aves silvestres, muitas das quais migratórias, são um patrimônio comum dos Estados-membros e que sua efetiva conservação requer cooperação internacional. A Diretiva reconhece que a perda e degradação de habitats são a ameaça mais séria à conservação de aves silvestres. Desta forma, confere grande ênfase na proteção de habitats de espécies migratórias e ameaçadas, em especial através do estabelecimento de uma rede abrangente de Áreas de Proteção Especial (SPAs) compreendendo todos os territórios mais adequados para estas espécies. Desde 1994 todas SPAs passaram a compor integralmente a rede ecológica Natura 2000. A identificação e delimitação das SPAs devem ser inteiramente baseadas em critérios científicos, tais como ‘1% da população de espécies vulneráveis listadas’, ou ‘áreas úmidas com importância internacional para aves aquáticas migratórias’. Os Estados-membros têm uma margem de discrição para determinar os critérios mais apropriados. Entretanto, tais critérios devem ser aplicados de forma a garantir que todos os ‘territórios mais adequados’, em número e em área sejam designados. Com base nas informações fornecidas pelos Estados-membros a Comissão Européia determina se as áreas designadas são suficientes para formar uma rede abrangente para a proteção das espécies migratórias e ameaçadas. A Diretiva Habitats prevê três estágios na seleção das Áreas Especiais de Conservação (SACs) para a rede Natura 2000:

1. A responsabilidade para propositura de áreas no âmbito da Diretiva é dos Estados-membros. Estes devem realizar levantamentos abrangentes de cada um dos tipos de habitats e das espécies presentes em seu território. A escolha das áreas segue um processo de escolha científico, baseado em critérios de seleção padronizados na Diretiva. 2. Com base nas listas nacionais propostas a Comissão, em acordo com os Estados-membros, deve adotar uma lista de ‘Áreas de Importância Comunitária’. Seminários científicos são realizados em cada região biogeográfica a fim de analisar as propostas apresentadas, podendo participar os Estados-membros em questão e também especialistas representando as partes interessadas (proprietários, usuários, ONGs). Esses Seminários, coordenados pelo European Topic Centre on Biodiversity - ETC/BD (anexo 12), têm como objetivo estabelecer se as área propostas são suficientes e adequadas para garantir a conservação do status de espécies e tipos de habitats ao longo da UE. O objetivo é estabelecer uma lista de ‘Áreas de Importância Comunitária’ para cada região determinada pela Diretiva. 3. Uma vez adotada a lista de ‘Áreas de Importância’ cada Estado-membro deverá designar, dentro da maior brevidade possível (e no máximo em seis anos), todas essas áreas como SACs. Deverá ser dada prioridade àquelas áreas sob maior ameaça, ou com maior importância de conservação. Durante este período as medidas de manejo e recuperação necessárias deverão ser levadas a cabo garantindo seu status de conservação.

As duas Diretivas associadas formam a base da política de conservação ambiental européia, constituída por dois eixos principais: a rede Natura 2000 de áreas protegidas, e o sistema de proteção de espécies. Somadas, as Diretivas protegem mais de 1000 espécies animais e vegetais, e mais de 200 distintos habitats, considerados de importância européia. A rede Natura 2000 não é um sistema de reservas naturais restritiva, onde todas atividades humanas são excluídas. Apesar de incluir areas restritivas, a maioria das terras continuam sendo privadas e a ênfase é garantir o manejo sustentável ecologica e economicamente. A composição da rede, e também das duas Diretivas, leva em consideração a divisão da UE em nove regiões biogeográficas (incluindo o ambiente marinho) que são levadas em consideração quanto à

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representatividade das areas protegidas em seus domínios. Para cada região a Comissão adota listas de ‘Áreas de Importância Comunitária’ que passam também a integrar a rede. Trabalhando em nível biogeográfico torna-se mais fácil conservar espécies e tipos de hábitats sob condições semelhantes em um conjunto de países, independentemente de fronteiras político-administrativas. O progresso no estabelecimento da rede e de ambas Diretivas é publicado semestralmente baseando-se nas informações quanto ao número e cobertura de áreas, indicado pelos Estados-membros, processo coordenado pelo ETC/BD.

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ANEXO 6 STREAMLINING EUROPEAN 2010 BIODIVERSITY INDICATORS - SEBI 2010 Definida a Meta de 2010 da CDB tornou-se necessário aferir o progresso em seu alcance. Era necessário saber se as políticas nacionais e internacionais de manejo e uso da terra respondiam corretamente ao declínio da biodiversidade, questões quanto ao status da biodiversidade e as pressões chave agindo sobre esta no presente e no futuro. Muitos esforços foram realizados no sentido de desenvolver um conjunto de indicadores que respondesse com simplicidade e confiança essas perguntas. Para tanto, em 2004, as partes da CDB adotaram uma ferramenta global de avaliação de progresso, incluindo um primeiro conjunto de indicadores agrupados em areas focais. Estes foram recepcionados pela UE e posteriormente (2005) adotados em âmbito pan-Europeu. O Projeto SEBI 2010, uma iniciativa pan-Européia, também lançada em 2004, tinha o objetivo de desenvolver um conjunto de indicadores, tomando como base os indicadores da CDB, para avaliar e informar o progresso no alcance das Metas Européias para 2010. O trabalho foi realizado pela coolaboração entre a Agência Ambiental Européia - EEA (anexo 11), a Diretoria Geral de Ambiente da CE - DG Environment (anexo 10), o Centro Europeu para Conservação da Natureza - ECNC, a Secretaria da Estratégia pan-Européia para Biodiversidade e Diversidade Paisagística - PEBLDS e o Centro de Monitoramento da Conservação Mundial - WCMC (anexo 13). Em 2005 a equipe de Coordenação do projeto e um grupo de mais de 100 especialistas designados pelos países europeus e por ONGs, começou o trabalho de compilação de um primeiro conjunto de Indicadores de Biodiversidade para aferir o alcance da Meta de 2010. A Comunicação de Biodiversidade da CE (2006) e o Plano de Ação de Biodiversidade forneceram uma resposta estratégica para acelerar o progresso no sentido das Metas de 2010 em âmbito Comunitário e Nacional. Aproveitando o quadro conceitual fornecido pela CDB, a UE acordou um conjunto de indicadores de acordo com as áreas focais da Convenção. Indicadores chave foram agrupados em cada área focal e para cada indicador chave um ou mais indicadores específicos foram selecionados com base em rigorosos critérios. A iniciativa SEBI 2010 e o conjunto de indicadores desenvolvido garantem a melhor resposta possível com as informações e recursos disponíveis na Europa, entretanto a cobertura de dados precisa ser melhorada. Os indicadores podem ser usados tanto individualmente como combinado, a fim de fornecer um quadro de avaliação consistente e coerente. Podem também ser usados em associação com indicadores sócio-econômicos para criar uma imagem mais abrangente da medida em que o desenvolvimento sustentável está sendo alcançado. Vários indicadores do projeto SEBI 2010 são também utilizados em outros conjuntos de indicadores políticos europeus (EEA core indicators, Sustainable Development Indicators), ou mesmo para avaliar o progresso no estabelecimento de outros processos (implementação do Plano de Ação de Biodiversidade da CE). Finalmente, esta iniciativa coopera com o esforço da parceria BIP 2010 (Biodiversity Indicators Partnership) para aferir o alcance das Metas Globais de 2010 para redução da perda de biodiversidade.

Os 26 indicadores propostos pela iniciativa SEBI 2010

- Abundância e distribuição de espécies; - Red List Index para espécies européias; - Espécies de interesse europeu; - Cobertura de ecossistemas; - Habitats de interesse europeu; - Diversidade genética de rebanhos; - Áreas protegidas designadas nacionalmente; - Áreas no âmbito das Diretivas Habitats e Aves; - Excedente à carga crítica de Nitrogênio; - Espécies exóticas invasoras; - Ocorrência de espécies termo-sensíveis; - Índice trófico marinho; - Fragmentação de áreas naturais;

- Fragmentação de sistemas fluviais; - Nutrientes em águas de transição; - Qualidade de água doce; - Variação no estoque florestal; - Florestas: matéria em decomposição; - Agricultura: balanço de nitrogênio; - Agricultura: áreas sob práticas sustentáveis; - Pesca: estoques comerciais; - Aquicultura: qualidade de efluentes; - Pegada ecológica dos países; - Patentes baseadas em recursos genéticos; - Financiamento para manejo de biodiversidade; - Conscientização pública;

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ANEXO 7 EUROPEAN INFORMATION AND OBSERVATION NETWORK - EIONET A ‘Rede de Informação e Observação Ambiental Européia - EIONET’ tem como objetivo, fornecer dados oportunos e de qualidade, informações e conhecimento para avaliar o estado do ambiente na Europa e as pressões agindo sobre ele. Permite que decisores políticos tomem as medidas apropriadas para proteger o meio ambiente em nível nacional e Europeu, bem como monitorem a efetividade das medidas e políticas adotadas. Trata-se de uma rede de parcerias entre a Agência Ambiental Européia - EEA (anexo 11), seus membros e países associados. É composta pela EEA, cinco Centros Temáticos Europeus - ETCs, e uma rede de aproximadamente 900 especialistas de 38 países, em mais de 200 agências ambientais nacionais e outras instituições ligadas a informações ambientais. Estes são os Pontos Focais Nacionais (NFPs) e Centros de Referência Nacionais (NRCs). ETCs são centros temáticos especializados contratados pela EEA para realizar tarefas específicas da Estratégia da Agência e dos planos de gestão anual. São designadas pelo Comitê de Gestão da Agência, após processo de seleção competitiva em toda Europa, e trabalham como uma extensão da Agência em áreas temáticas específicas. Cada Centro consiste em uma organização líder e organizações parceiras especializadas em investigação ambiental que combinam seus recursos em áreas de atuação específicas. Os ETCs auxiliam na provisão de dados e informações pelos países e fornecem relatórios e outros serviços para a Agência e para a EIONET. Atualmente existem cinco Centros Temáticos trabalhando junto à EEA e parceiros da Rede: Clima e AR; Biodiversidade (ETC BD, anexo 12); Uso da terra e Informação espacial; Consumo Sustentável e Produção; e Água. NFPs são os principais pontos de contato da EEA nos países membros e associados, trabalham em cooperação com a EEA e ETCs promovendo a coordenação nacional das atividades relacionadas à Estratégia da EEA (programa de 5 anos). Os métodos de trabalho variam refletindo a diversidade dos sistemas ambientais dos países em que estão baseados. Alguns NFPs, por exemplo, estão localizados em agências ambientais, outros em ministérios, alguns são centralizados nas administrações nacionais, enquanto outros operam em sistemas descentralizados. Os pontos focais desenvolvem e mantêm redes nacionais, facilitando e coordenando os contatos, demandas e disponibilização em nível nacional e internacional. Alguns também atuam como membros no Conselho de Gestão da EEA desenvolvendo contato com outras redes relevantes. Os NRCs são desiginados pelos países membros e associados, são especialistas ou grupos de especialistas nacionais baseados em organizações que coletam ou fornecem informação ambiental no âmbito nacional, ou que possuam relevante conhecimento em temas ambientais específicos, monitoramento e modelagem. Os Centros operam em áreas de atividade ambiental específicas (qualidade do ar, mudanças climáticas, qualidade de rios, produção de efluentes, biodiversidade, energia e outras) e desempenham a coordenação técnica nestas áreas trabalhando junto à EEA e relebantes ETCs. A parceria é crucial para a EEA, dando suporte à coleta e organização de dados, e ao desenvolvimento e disseminação de informação. As organizações e indivíduos na Rede contam com o apoio de uma abrangente infra-estrutura tecnológica, a e-EIONET. Através da Rede, a EEA coordena a disponibilização de dados ambientais, validados e de alta qualidade, pelos países membros, formando a base de avaliações e conhecimento ambientais integrados disseminados e acessíveis através do site EEA. Essa informação serve de apoio ao manejo ambiental, elaboração e avaliação de políticas ambientais, e participação pública em nível nacional, europeu e global. As reuniões de NFPs estão entre os principais fóruns para os participantes da rede, enfocando aspectos operacionais da EIONET. Os resultados destas reuniões são disponibilizados em reuniões do Conselho de Gestão da EEA oferecendo suporte ao processo de decisão política. Ocorrem três vezes ao ano, normalmente em Copenhagen, e o NFPs são os participantes chave. Entre outros os principais temas discutidos:

- Relatórios de informações e status quanto ao progresso em várias áreas chave para o desenvolvimento; - Temas relativos aos comitês gestores e políticos de decisão;

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- Formas de melhorar o apoio, impacto e visibilidade da EEA entre os países membros (ferramentas, orientações, publicações/divulgação eletrônica, traduções, lançamentos, eventos conjuntos, etc); e - Ações necessárias para reforçar o papel e a contribuição da Rede em relação às principais iniciativas européias, e formas de melhorar a cooperação com outras redes relevantes;

A Rede conta ainda com uma ferramenta interativa de planejamento (EIONET Planner) que auxilia os membros a acompanhar as atividades e serviços da EEA que requerem sua participação. A ferramenta contém um plano de trabalho resumido que informa os parceiros nacionais quanto aos prazos em que devem ser disponibilizadas informações e recursos para os projetos da Agência. Assim os países são informados com antecedência das atividades, permitindo que os NRCs e outros especialistas estejam disponíveis para atender às reuniões, revisar produtos da Agência, ou responder a solicitações de dados.

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ANEXO 8 EUNIS - EUROPEAN NATURE INFORMATION SYSTEM O Sistema de Informação Ambiental Europeu - EUNIS foi desenvolvido e é gerenciado pelo ETC BD (anexo 12) para atender á EEA (anexo 11) e à EIONET (anexo 7). A rede de base de dados EUNIS fornece acesso público a informações consolidadas sobre:

- Dados de espécies, habitats e áreas compilados pela Rede NATURA 2000 (anexo 5); - Dados coletados de ferramentas, fontes de dados ou materiais publicados pela ETC BD; - Informações sobre espéces, habitats e áreas considerados relevantes por convenções internacionais ou por Listas Vermelhas internacionais; - Dados específicos coletados nos relatórios da EEA que constituem o principal conjunto de dados atualizados periodicamente;

A base de dados contém informações sobre mais de 275.000 taxons com ocorrência na Europa. Entretanto, o volume de informações coletadas para cada espécie varia de acordo com o potencial de uso dos dados:

- Dados de referência estão disponíveis online para quase todas espécies EUNIS, exceto quanto aos habitats de preferência (só disponibilizados sob requisição); - Informação espaço-temporal (incluindo tamanhos e tendências populacionais de espécies) estão disponíveis para aves (brevemente também para borboletas), outros grupos possuem somente distribuição geográfica (grades de distribuição para mamíferos, anfíbios e répteis), e em alguns casos somente os dados disponíveis sobre taxonomia básica; - Dados relativos ao status de conservação de espécies, coletados de todos os Livros Vermelhos nacionais e disponibilizados pelo ETC BD (o status legal e de conservação internacional são apresentados).

A classificação de tipos de habitats da base EUNIS é um abrangente sistema pan-europeu para facilita e harmonizar a descrição e coleta de dados em toda Europa, utilizando critérios para identificação que contemplam todos os tipos de habitats: naturais e artificiais; terrestres, de água doce, e marinhos. Os tipos de habitat são definidos, para os propósitos da classificação EUNIS da seguinte forma: comunidades vegetais e animais como os elementos de caracterização do ambiente biótico, associados a fatores abióticos operando em uma escala particular. Todos os fatores incluídos na definição são endereçados na ferramenta de descrição da classificação de habitat. O âmbito da classificação EUNIS se limita a uma hierarquia de 3 níveis, sendo o quarto e quinto níveis (habitats marinhos) desenhados a partir de outros sistemas de classificação combinados em uma ferramenta comum. Uma chave foi desenvolvida para todas as unidades até o nível 3 e adicionalmente para áreas marinhas pantanosas no nível 4. A chave tem a forma de uma sequência de perguntas com notas explicativas adicionais detalhadas, conforme a resposta escolhida o usuário é direcionado para a próxima questão da série ou para o tipo de habitat identificado por seus parâmetros. Os usuários podem seguir a chave, questão por questão, ou examinar os critérios para cada nível de habitat em uma série de diagramas estáticos. Os parâmetros utilizdos para construir a ferramenta de classificação podem ser usados também na pesquisa de opções no sítio web. A base EUNIS inclui os Habitats EUNIS e os habitats constantes do Anexo I da Diretiva Habitats da UE (anexo 5). Os dados na base EUNIS são coletados e mantidos para serem usados como referência para:

- Atender ao processo NATURA 2000; - Desenvolvimento de indicadores; e - Produção de relatórios conexos às atividades de relatoria da EEA.

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ANEXO 9 SHARED ENVIRONMENTAL INFORMATION SYSTEM - SEIS Um grande desafio na Europa e em todo o mundo é a organização da vasta gama de informações e dados ambientais já coletados e integrá-los, quando conveniente, com dados sociais e econômicos. Esses dados devem ser disponibilizados juntamente com ferramentas que permitam sua análise por especialistas e a comunicação de seus resultados de forma que decisores políticos e o público em geral possam facilmente entendê-los e utilizá-los como base para suas ações. Ao mesmo tempo, os Estados-membros e as instituições da UE necessitam sistemas de relatoria eficientes e modernos para atendes suas obrigações legais junto às políticas ambientais internacionais e da própria UE, evitando assim esforços duplicados, sobrepostos e redundante. O Sistema de Informação Ambiental Compartilhada - SEIS tem como principal objetivo enfrentar este desafio. Estabelecer uma abordagem para modernização e simplificação da coleta, intercâmbio e utilização dos dados e informações necessários para a elaboração e implementação da política ambiental, em função da qual os atuais sistemas de comunicação de informações, em grande parte centralizados, serão progressivamente substituídos por sistemas baseados no acesso, na troca e na interoperabilidade. O objetivo geral é manter e melhorar a qualidade e disponibilidade das informações necessárias para a política ambiental, mantendo ao mesmo tempo a um nível mínimo os encargos administrativos associados. Em primeiro lugar, é proposto um conjunto de princípios que deverá constituir a base da organização futura da coleta, intercâmbio e utilização de dados e informações ambientais. Uma etapa essencial na implementação desta abordagem será modernizar a forma como são disponibilizadas as informações exigidas em várias normas legais ambientais. Permitindo assim simplificação e modernização nos seguintes termos:

- Contribui para incentivar uma maior racionalização dos requisitos de informação na legislação ambiental temática ao proporcionar um quadro geral coerente e actualizado; - Promove desenvolvimentos similares em convenções internacionais, as quais, segundo as estimativas, são responsáveis por cerca de 70% dos requisitos de comunicação de informações ambientais a que estão sujeitos os Estados-Membros da UE; - Incentiva melhorias no modo de organização da coleta e intercâmbio dos dados nos Estados-Membros.

Os princípios em que se baseará o SEIS são os seguintes: - A informação deve ser gerida tão próximo quanto possível da sua fonte; - A informação deve ser coletada uma vez e partilhada com outros para muitos fins; - A informação deve estar disponível às autoridades públicas e permitir-lhes cumprir facilmente as suas obrigações legais de comunicação de informações; - A informação deve estar disponível aos utilizadores finais, primariamente as autoridades públicas nos diversos níveis, local ao europeu, a fim de permitir avaliar antecipadamente o estado do ambiente e a eficácia das políticas, bem como auxiliar a elaboração de novas políticas; - A informação deve igualmente estar acessível permitindo aos utilizadores finais, tanto autoridades públicas como cidadãos, efetuar comparações em escala geográfica adequadas (local, nacional, bacias hidrográficas) e participar no desenvolvimento e implementação da política ambiental; - A informação deve estar disponível ao grande público, em nível adequado de agregação dos dados e sob confidencialidade adequada, bem como disponível nas línguas nacionais relevantes, e - A troca e tratamento da informação deve ser apoiada por ferramentas informáticas comuns abertas e gratuitas.

O Sexto Programa de Ação Ambiental da UE confirmou que são essenciais informações rigorosas sobre o estado do ambiente e sobre as principais tendências, pressões e determinantes da mudança ambiental com vista ao desenvolvimento de uma política eficaz e sua implementação, bem como à capacitação dos cidadãos em termos mais gerais. Como o ambiente é um bem público que a todos pertence, é igualmente essencial que essa informação seja amplamente partilhada e disponibilizada. A Europa tem uma longa história de troca de informação ambiental. Os sistemas de informação ambiental têm sido utilizados com bons resultados para apoiar a apresentação de relatórios pelos Estados-Membros sobre a aplicação da legislação ambiental da CE e, mais recentemente, para apoiar vários sistemas de indicadores centrados nas políticas, criados pela UE e pelos Estados-Membros. No entanto, novos desafios

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relacionados a adaptação às mudanças climáticas, o combate à perda de biodiversidade e a gestão dos recursos naturais exigirem uma utilização ainda mais eficaz da informação ambiental existente. Desde que sejam cumpridos determinados requisitos técnicos — relacionados, por exemplo, com a harmonização de formatos e a interoperabilidade de sistemas de dados — os dados podem cada vez mais ser combinados a fim de executar o tipo de análises integradas das quais depende uma boa política. Uma melhoria significativa na disponibilidade de informação e na relação custo/benfício dos investimentos necessários para produzir essa informação só será possível caso se proceda a uma maior harmonização dos sistemas de monitoramento existentes e a uma coordenação multitemática do seu planeamento e implementação nos Estados-Membros.

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ANEXO 10 DG ENVIRONMENT A Diretoria Geral de Meio Ambiente - DG Environment é uma das mais de 40 DGs que compõem a Comissão Européia, tendo como missão:

- Manter e melhorar a qualidade de vida por meio de alto nível de proteção dos recursos naturais, efetiva avaliação, gestão de riscos, e implementação da legislação da CE; - Promover eficiência na utilização de recursos para produção, consumo e eliminação de resíduos; - Integrar a preocupação ambiental em outros setores políticos da UE; - Promover o desenvolvimento na UE levando em consideração as necessidades econômicas, sociais e ambientais para a geração presente e as futuras; - Enfrentar os desafios globais de combate as mudanças climáticas e conservação da biodiversidade; - Garantir que todas as políticas e medidas sob sua responsabilidade tenham uma abordagem multi-setorial e participativa.

Para tanto, a Diretoria propõe políticas que garantam alto nível de proteção ambiental e que preserve a vida dos cidadãos na UE. As quatro prioridades da DG, estabelecidas pelo 6º Programa de Ação Ambiental da UE para os anos 2002-2012, são: mudanças climáticas; natureza e biodiversidade; meio ambiente, saúde e qualidade de vida; e recursos naturais e resíduos. A Diretoria procura garantir que os Estados- membros apliquem corretamente a legislação ambiental, investigando as denúncias de cidadãos e organizações não-governamentais. Quando necessário, ações são tomadas contra aqueles que no setor público ou privado descumpram suas obrigações legais. Procedimentos legais podem ser insturados contra Estados-membros ou empresas que não estejam em conformidade com a legislação ambiental européia e, como último recurso, as causas podem ser apresentadas ao Tribunal de Justiça Europeu. Atua também operando o Centro de Monitoramento e Informação - MIC, centro operacional do Mecanismo de Proteção Civil da CE, a fim de facilitar as intervenções de assistência para proteção civil em casos de eventos emergenciais na UE e em países do terceiro mundo. Outro importante papel da Diretoria é representar a UE em nível internacional, promovendo ações para enfrentar os problemas ambientais transfronteiriços. Vale citar o papel desenpenhado pela DG Environment em reuniões internacionais como da Convenção Quadro das Nações Unidas para Mudanças Climáticas, do Protocolo de Kyoto e da Convenção sobre Diversidade Biológica - CDB. A Diretoria trabalha no sentido de integrar a preocupação e as políticas da UE em meio ambiente, aos demais setores políticos, em especial provendo a sociedade com informações ambientais oportunas e atualizadas. Por fim, a DG também financia projetos que contribuam para proteção ambiental na UE. Desde 1992 projetos recebem auxílio financeiro do fundo LIFE, instrumento da UE criado para atender às prioridades do Programa de Ação Ambiental. Anualmente a Diretoria torna pública suas prioridades, bem como apresenta relatório detalhado quanto ao alcance das prioridades do ano anterior.

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ANEXO 11 EUROPEAN ENVIRONMENT AGENCY - EEA A Agência Ambiental Européia - EEA tem por objetivo apoiar o desenvolvimento sustentável e ajudar a alcançar melhorias ambientais significativas e mensuráveis na Europa, mediante a prestação de informação oportuna, bem orientada, pertinente, e confiável aos tomadores de decisão política e ao público em geral. É constituída pelos Estados-membros da UE, estando também aberta a países que desejem associar-se. Conta atualmente, com os 27 países membros e mais seis associados totalizando 32 países. As principais partes interessadas na EEA são a Comissão Européia, o Parlamento Europeu, o Conselho da União Européia e os países membros da EEA. Fora do âmbito da União Européia, a comunidade empresarial, as universidades, as organizações não governamentais e outros setores da sociedade civil também são grupos-alvo importantes. A Agência procura manter um diálogo produtivo com os seus clientes e grupos-alvo, a fim de identificar corretamente as suas necessidades de informação e garantir que eles possam entender e utilizar as informações fornecidas pela Agência. A Comunidade Européia adotou o regulamento que instituiu a Agência Ambiental Européia e a sua Rede Européia de Informação e Observação Ambiental - Eionet (veja anexo 7) em 1990, tendo a EEA iniciado plenamente o seu trabalho em 1994. Oriundo dos 32 países membros da organização, o pessoal da Agência trabalha principalmente na sede de Copenhagen. Entre os seus membros, figuram especialistas nas áreas de meio ambiente e desenvolvimento sustentável, gestão da informação e comunicação. Em conjunto, recolhem, analisam e interpretam as informações provenientes dos países membros, divulgando-as junto às partes interessadas e aos cidadãos atendidos pela rede da UE e além desta. A fim de apoiar a coleta, gestão e análise de dados, a EEA criou e gerencia os Centros Temáticos Europeus (ETC) que abrangem as principais áreas ambientais e operacionais do programa de trabalho da Agência. Os centros temáticos estão distribuídos pelos países membros (anexo 12). A EEA tem os seguintes objetivos:

- suprir as necessidades de informação da legislação ambiental da UE e em nível internacional; - realizar avaliações do ambiente europeu e da eficácia das políticas ambientais; - melhorar a coordenação e a divulgação de dados e informações ambientais relativos à Europa.

As informações fornecidas pela EEA provêm de uma grande variedade de fontes. Para tanto, foi criada a Eionet, uma rede de organismos ambientais nacionais para trabalhar com a Agência. Esta conta com a participação de mais de 300 instituições de toda a Europa, sendo a EEA responsável por seu desenvolvimento e coordenação de atividades. A EEA funciona como Centro Europeu de Dados para a Biodiversidade com funções de armazenamento e manutenção das bases de dados, estabelecimento de ligações a bases de dados complementares de terceiros, desenvolvimento de conjuntos de indicadores sobre biodiversidade e disponibilização de acesso a dados mais gerais sobre a biodiversidade na Europa. Coordena o projeto "Streamlining European 2010 Biodiversity Indicators - SEBI 2010” (anexo 6) que visa o monitoramento dos progressos na consecução dos objetivos europeus e globais para 2010. O SEBI 2010 harmoniza os indicadores nacionais, regionais e mundiais e assegura a implementação dos fluxos de dados para seu acompanhamento. A base de dados EUNIS (anexo 8) fornece acesso público a dados sobre espécies, tipos de habitat e sítios web na Europa. Com a implementação de fluxos de dados de qualidade, será dada maior ênfase à realização de avaliações integradas sobre o êxito das políticas de biodiversidade, o impacto de outras políticas na biodiversidade e as mudanças a implementar na política. O grupo de trabalho da EEA para a Biodiversidade e Ecossistemas lidera o trabalho da Agência neste tema, trabalhando em estreita colaboração com o Centro Temático Europeu sobre Biodiversidade - ETC/BD (anexo 12) e com a rede Eionet.

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ANEXO 12 EUROPEAN TOPIC CENTRE ON BIOLOGICAL DIVERSITY - ETC/BD ETCs são centros temáticos especializados contratados pela EEA para realizar tarefas específicas da Estratégia da Agência e dos planos de gestão anual. São designadas pelo Comitê de Gestão da Agência, após processo de seleção competitiva em toda Europa, e trabalham como uma extensão da Agência em áreas temáticas específicas. Cada Centro consiste em uma organização líder e organizações parceiras especializadas em investigação ambiental que combinam seus recursos em áreas de atuação específicas. Os ETCs auxiliam na provisão de dados e informações pelos países e fornecem relatórios e outros serviços para a Agência e para a EIONET. Atualmente existem cinco Centros Temáticos trabalhando junto à EEA e parceiros da Rede: Clima e AR; Biodiversidade (ETC BD, anexo 12); Uso da terra e Informação espacial; Consumo Sustentável e Produção; e Água. O Centro Temático Europeu de Biodiversidade - ETC/BD é um consórcio internacional, trabalhando com a EEA sob um acordo de parceria. As principais atribuições do Centro são:

- Auxiliar a EEA em suas tarefas de produzir relatórios sobre o status e as tendências em biodiversidade na Europa; - Fornecer informação relevante para apoiar a implementação das políticas ambientais e de desenvolvimento sustentável na Europa, em particular as prioridades de Biodiversidade e Natureza do Programa de Ação Ambiental da UE; - Reunir e produzir informação para elaboração de relatórios em biodiversidade, em especial por meio da EIONET (anexo 7).

Algumas atividades chave são: - Apoiar às Diretivas da UE (rede NATURA 2000 - anexo 5); - Desenvolver de indicadores em biodiversidade (SEBI 2010 - anexo 6); - Coordenar a base de dados EUNIS (anexo 8) - Elaborar relatórios e documentos e contribuir para os relatórios da EEA.

De acordo com o termo de referência da EEA, o Centro deverá: - Utilizar conhecimento científico e os dados gerados para manutenção de bases de dados de referência (contemplando informações sobre espécies, habitats e áreas naturais européias) e sistemas de informação para alimentar os indicadores e avaliações da EEA; - Estabelecer rotinas de fluxo de dados com os países, intituições da UE, e organizações internacionais a fim de maximizar o uso de dados disponíveis nos indicadores e avaliações da EEA, e avaliar a qualidade dos dados, monitorando e informando procedimentos; - Processar informações de base para as avaliações ambientais a fim de comunicar a diversos públicos-alvo. Isso inclui produzir figuras que apresentem os conjuntos de dados, participar na elaboração de esquemas que informem as especificações técnicas de indicadores e conjuntos de dados, bem como realizar revisões de literatura para avaliar as relações causais e possíveis cenários de desenvolvimento futuro; - Fornecer informações relevantes sobre biodiversidade para projetos específicos da EEA, incluindo estudos setoriais (ex. agricultura, transporte), e integar avaliações espaciais (ex. uso da terra, biodiversidade e recursos hídricos) em cooperação como os demais ETCs.

Com a ascensão do tema biodiversidade na agenda política, EEA e ETC/BD enfrentam necessidade premente de lidar com várias perspectivas: dos genes aos ecossistemas, dos impactos das mudanças climáticas aos impactos dos biocombustíveis (e outras energias renováveis), da saúde dos ecossistemas à ecologia e economia; as quais exigem atualização continua com as mais recentes descobertas científicas em diferentes áreas do conhecimento. Ao mesmo tempo exite a necessidade de facilitar a organização de fluxos de dados provenientes dos diferentes países. Isso sugere que ainda são necessários enormes esforços para compilação de dados, harmonização de metodologias, padrões e ferramentas de relatoria, bem como no desenvolvimento de procedimentos de controle e garantia de qualidade. Um grande desafio será equalizar os recursos disponíveis com o trabalho requerido. A construção do Sistema de Informação Ambiental Compartilhada - SEIS (anexo 9) exigirá o estabelecimento de parcerias de longo prazo com as principais organizações relevantes (não governamentais, científicas e agências nacionais). O consórcio ETC/BD ocupa posição diferenciada a Europa aliando conhecimeno e dados em biodiversidade - fontes, relevância e limitações - para contribuir na implementação futura do Centro Europeu de Dados em Biodiversidade.

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ANEXO 13 WORLD CONSERVATION MONITORING CENTRE - WCMC O Centro de Monitoramento da Conservação Mundial (UNEP-WCMC) sintetiza, analisa e dissemina o conhecimento sobre a biodiversidade, oferecendo informações confiáveis, estratégicas e oportunas para a UNEP, para convenções e para outros órgãos não-governamentais e privados, a serem usadas no desenvolvimento e na implementação de políticas e decisões. Tem como mandato, fornecer uma série de serviços afetos à biodiversidade para o UNEP, para as convenções relacionadas ao tema e seus países membros, além de outros órgãos do setor não governamental e privado. O Plano Estratégico estabelecido em 2006 identifica seis Objetivos Estratégicos que devem ser alcançados para atingir a missão do Centro. Esses objetivos formam um filtro para grandes áreas de ação, a cada ano um conjunto de atividades é elaborado por meio de ferramentas de planejamento participativo; são eles:

- Apoio a decisões: apoiar o desenvolvimento e adoção de políticas e práticas que contribuam para a conservação e o uso sustentável da biodiversidade; - Criação de conhecimento: criar conhecimento confiável quanto ao status e valor da biodiversidade global, a partir de sínteses, análises, avaliaçãoes e relatórios; - Troca de informações: incentivar e facilitar o compartilhamento, interoperabilidade e padronização de dados, disponibilizando informações sobre biodiversidade e áreas relevantes para a conservação; - Gestão de conjuntos de dados chave: a fim de se tornar um repositório global confiável e um parceiro central na distribuição de bases de dados, particularmente aquelas que lidam com áreas de especial significado para a conservação; - Validação de dados e informações: para facilitar e apoiar a criação de critérios, padrões e certificação para aumentar a confiança em produtos e informações relacionados à biodiversidade; - Êxito a partir de parcerias: alcançar sucesso em todas as áreas de atividade, por meio da construção de apoio e colaboração, aumentando a capacidade dos parceiros conforme a necessidade;

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ANEXO 14 JOINT NATURE CONSERVATION COMMITTEE - JNCC O Comitê para Conservação da Natureza - JNCC tem a missão legal de aconselhar o Governo do Reino Unido, quanto à conservação da natureza nacional e internacionalmente. Seu trabalho contribui para a manutenção e enriquecimento da diversidade biológica, conservação de perfis geológicos e manutenção de sistemas naturais. Atende às responsabilidades dos órgãos de conservação dos quatro países, bem como àquelas junto a organismos internacionais. As funções decorrentes destas responsabilidades são principalmente:

- Aconselhar os governos sobre o desenvolvimento e a implementação de políticas de conservação da natureza; - Difundir conhecimentos sobre conservaç - Estabelecer padrões comuns, entre todo Reino Unido, para conservação da natureza, incluindo monitoramento, pesquisa e análise de resultados; - Financia e dar apoio a pesquisa relevante para o cumprimento destas competências.

Em 2009 foi desenvolvida uma nova estratégia para o Comitê, descrevendo mais especificamente seu papel, levando em conta suas atribuições no Reino unido, e enfatizando a contribuição que a instituição faz para a conservação em âmbito nacional e internacional. Essa iniciativa reconhece o JNCC como uma fonte confiável de informação e recomendações relacionadas à conservação da natureza (terrestre e marinha, nacional e internacional) para os órgãos competentes nos países. A missão do Comitê também é melhor detalhada no documento, abrangendo o fornecimento de evidências e recomendações para auxiliar o governo do Reino Unido, e administrações descentralizadas, no desenvolvimento e implementação de políticas de proteção aos recursos naturais. As evidências e recomendações tratam dos temas biodiversidade e geodiversidade que surgem nos países e que afetem os interesses do Reino Unido como um todo, nos ambientes ultramarinos e dependências da coroa e, eventualmente, internacionalmente. Dissemina conhecimento para promover a compreensão destes temas. Apresenta ainda como pontos fortes:

- Operar no âmbito do Reino Ùnido e de sua descentralização política; - Forte cultura de trabalhos em parceria e promoçõa de colaboração; - Trabalhar em múltiplas escalas geográficas; - Ter desenvolvido uma diversidade de aptidões e conhecimentos referentes à conservação da natureza (terrestre, marinha e de água doce).

Pretende assim: - Contribuir para o desenvolvimento de bancos de dados, no âmbito do Reino Unido, da UE, e global; bem como para a identificação dos desafios futuros para a biodiversidade e geodiversiade; - Fornecer aconselhamento e busca de soluções para as ameaças à biodiversidade, além de financiar e desenvolver iniciativas para enfrentar esses desafios (além das águas territoriais, nos territórios marinhos e dependências da coroa, e globalmente) - Atuar como ponte entre órgãos de tomada de decisão e órgãos implementadores em âmbito nacional, europeu e global, auxiliando nas três escalas o estabelecimento e implementação de políticas e boas práticas.

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ANEXO 15 GROUP ON EARTH OBSERVATION - GEO O Brasil participa do Grupo de Observação da Terra (GEO) desde o lançamento dessa parceria intergovernamental, na Cúpula de Observação da Terra, em Washington, em junho de 2003. O GEO funcionou como grupo ad hoc até seu estabelecimento formal durante a III Cúpula de Observação da Terra, realizada em Bruxelas, em 2005. O GEO é uma parceria intergovernamental que busca garantir observações sustentadas e abrangentes da Terra, através do aprimoramento e da valorização dos sistemas de observação existentes, para que, por meio da coordenação de esforços, procure-se preencher lacunas críticas, dar suporte à interoperabilidade, compartilhar informações, alcançar um entendimento comum das necessidades dos usuários e aprimorar o fornecimento de dados aos mesmos, implementando-se para esse fim o Sistema Global de Sistemas de Observação da Terra (GEOSS). O GEOSS irá compor um abrangente catálogo de dados, organizando todas informações de forma unificada e acessível. Será uma espécie de “esperanto dos dados ambientais”, onde os vocabulários das diferentes comunidades serão traduzidos para um dicionário único. Para ter uma visão do GEOSS, imagine-se um portal que se comunique com muitos outros sítios e bancos de dados no mundo e faça uma seleção das respostas que melhor atendem ao pedido do usuário. Um pedido sobre “dados de queimadas na Amazônia” poderia gerar múltiplas respostas, indicando os sítios do INPE, IBAMA, NASA, LBA e outros, descrevendo com detalhe os dados disponíveis em cada local, sua qualidade, disponibilidade e política de acesso. O GEOSS será um sistema singular, um portal de informação qualificada sobre o nosso planeta. Se olharmos apenas sob o prisma da ciência, esse será um enorme avanço e abrirá amplas possibilidades de produção de novos conhecimentos. O potencial de incentivo do GEOSS à cooperação científica e tecnológica entre países poderá trazer benefícios para o Brasil, desde que nossas instituições estejam adequadamente preparadas para dela se beneficiarem. Por essas razões, o Brasil tem buscado ter ampla participação na implementação do GEOSS, engajando-se nos debates, no processo de constituição e sua governança, tendo sido eleito como Membro do Conselho Executivo, pela América do Sul. Os especialistas de observação da Terra consideram que entender o sistema terrestre é crucial para melhorar a saúde humana, para o bem-estar e a segurança das populações, além de aliviar o sofrimento humano, inclusive a pobreza, protegendo o meio ambiente, reduzindo perdas causadas por desastres e alcançando o desenvolvimento sustentável. Observações do planeta Terra, esse considerado como um sistema formado por água, terra, e vida que estão sempre interagindo e causando impacto uns sobre os outros, são críticas para avançar este entendimento. Tal compreensão ocorre em nível internacional, nacional, regional e local, origina temas de pesquisa e fornece subsídios para a tomada de decisão em setores como gestão de recursos naturais, saúde pública, agricultura, transporte e respostas a emergências causadas por catástrofes naturais e as provocadas pela ação do homem sobre a natureza. O Geoss foi concebido para integrar e sustentar observações da Terra incluindo pesquisa e instrumentação operacional, redes de observação com sensores sobre plataformas fixas e móveis, “links” de comunicação entre plataformas que fazem as medidas; laboratórios de modelagem e centros de desenvolvimento e aplicações; competência computacional e o desenvolvimento e provisão de instrumentos de decisão, sistemas de gestão de dados e produtos de informação. Além dessas, mais uma função para o Geoss é a de servir como meio legítimo de verificação do cumprimento dos acordos internacionais de meio ambiente e recursos naturais. De acordo com sua concepção, o projeto de amplo espectro visa cobrir nove áreas que correspondem a necessidades da sociedade, usando dados de observação da Terra. São elas: biodiversidade; agricultura, ecossistemas, tempo, gestão das águas, mudança climática, gestão energética, saúde humana, redução e prevenção de desastres. Como a maior fonte de alimentação do Geoss é obtida por meio de coleta de dados espaciais usando sensoriamento remoto, a fim de que se construa uma estratégia de participação é importante entender-se em qual contexto o Geoss está inserido, na medida em que esse super-sistema vai se utilizar de sistemas já existentes nos países membros e de novos. O Geoss focalizará prioritariamente os processos do sistema Terra que operam em escala global ou que tenham impactos globais agregados. Dos 192 países que compõem as Nações Unidas, apenas 65 são membros do sistema global dos sistemas de observação da Terra. Se por um lado, muitos países não participam do super-sistema, por outro lado, a cooperação entre tantos parceiros é uma tarefa sem precedentes, e conseqüentemente, um grande desafio para a comunidade internacional.

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O Geoss tem a capacidade técnica e científica de suprir a enorme demanda em monitoramento do tempo e clima, em escala global e de prevenção de desastres naturais com conseqüências sobre as sociedades e economias, tanto as do Hemisfério Norte onde ocorrem muitos eventos extremos, quanto às de países do Terceiro Mundo que sofrem cada dia mais com a fúria da natureza. Essa competência se dará com a soma dos diversos sistemas em funcionamento nos países membros do GEO, além dos sistemas já muito bem organizados dos Estados Unidos. Contudo, a operação de um super sistema como o Geoss exige, necessariamente, decisões políticas consensuais que representam um avanço extraordinário em termos de cooperação internacional, e que precisa ser comprovado.

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ANEXO 16 CALENDÁRIO E PROGRAMA DA MISSÃO TÉCNICA

Março/Abril de 2010 Domingo Segunda-feira Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira Sábado

14 15 16 17 18 19 20

21 22 14:00 - 17:00

EEA COPENHAGEN

23 9:00 - 13:00

EEA COPENHAGEN

24 25 9:30 - 17:00

DG BRUXELAS

26 10:00 - 16:00

GEO GENEBRA

27

28 29 10:30 - 16:00

JNCC PETERBOROUGH

30 10:00 - 16:00

WCMC CAMBRIDGE

31 1 9:30 - 16:45

ETC BD PARIS

2 3

4 5 6 7 8

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PROGRAMA DA MISSÃO TÉCNICA

20/03/2010 Brasília, DF → Copenhagen, Dinamarca

22/03/2010 reunião de trabalho - European Environment Agency – EEA

23/03/2010 prosseguimento das discussões com técnicos da EEA

24/03/2010 Copenhagen, Dinamarca → Bruxelas, Bélgica

25/03/2010 reunião de trabalho - DG Environment

25/03/2010 Bruxelas, Bélgica → Genebra, Suíça

26/03/2010 reunião de trabalho - Group on Earth Observation - GEO

27/03/2010 Genebra, Suíça → Londres, Inglaterra

29/03/2010 Londres, Inglaterra → Peterborough, Inglaterra

29/03/2010 reunião de trabalho - Joint Nature Conservation Comitee – JNNC

29/03/2010 Peterborough, Inglaterra → Cambridge, Inglaterra

30/03/2010 reunião de trabalho - World Conservation Monitoring Centre - WCMC

31/03/2010 Cambridge, Inglaterra → Paris, França

01/04/2010 reunião de trabalho - European Topic Center on Biodiversity - ETC/BD

02/04/2010 Paris, França → Brasília, DF

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ROTEIRO DE DISCUSSÕES 22 03 2010 EEA - European Environment Agency CONTATO Ivone Pereira Martins Head of Group, Biodiversity, Agriculture and Forests Phone: +45 33 367169, +45 33 367200 Email: [email protected] Assistant: [email protected] Phone: +45 33 367233 ENDEREÇO Kongens Nytorv 6 - Fontana Room 1050 Copenhagen K Dinamarca 14:00 – Welcome address and short presentation of participants - Ivone Pereira Martins, Head of Group, Biodiversity, Agriculture and Forests - Desk Officer for Portugal 14:15 – Presentation of the EEA and Eionet - Ivone Pereira Martins, Head of Group, Biodiversity, Agriculture and Forests - Desk Officer for Portugal 14:30 – Presentation of the Brazilian biodiversity policy and legislation (Mr Braulio Dias, MMA) 15 – Biodiversity work at EEA in a post 2010 context – Carlos Romão, Project Manager - Biodiversity & Ecosystems 15:15 – Streamlining European 2010 Biodiversity Indicators - Frederik Schutyser, Project Manager - Biodiversity Analysis and Indicators 16:10 – Biodiversity Information System for Europe and the Biodiversity Data Centre - Rania Spyropoulou, Project Manager - Nature Protection and Biodiversity 16:45 – Questions and answers 17:00 – End of the meeting 23 03 2010 EEA 9:00 - Stéphane Isoard, Project manager - Climate Change Adaptation and Outlooks 10:00 – Gulcin Karadeniz, Press Officer - Media and public relations 11:00 – Josef Herkendell, Project Manager - Forest Developments 12:00 (followed by lunch) - Jean Louis Weber, Project Manager, Senior Adviser - Economic Environmental Accounting – Cooperation with Brazil on Ecosystems Accounts

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25 03 2010 DG Environment MANHÃ CONTATO Cornelia E. Nauen, Principal Policy Officer Tel +32-2-299.25.73 E-mail: [email protected] ENDEREÇO Champs de Mars, 21 - office of Mr. Pierre Mathy CDMA 3/167 - phone +32-2-2958160 9h30 - Martin Sharman e Astrid Kaemena, Política e Projetos de Pesquisa da Comissão Européia TARDE CONTATO Giulio Volpi, Latin America Desk Phone: +32 2 2990534 Email: giulio.volpi @ec.europa.eu Secretary: +32 2 2992758 ENDEREÇO BU-9 05/160, Avenue de Beaulieu 9 (Metro Beaulieu) - room BU5 3/30 B-1160 Brussels 13:00 - Arrival of Brazilian delegation to DG ENV 13:30 - Welcome by Ladislav Miko, Director for Nature, DG ENV 13:35 - EU policy framework on biodiversity, Natalie Pawels, DG ENV 13:50 - Brazil biodiversity policy and legislation, Braulio Dias, Ministry of the Environment, Brazil 14:05 - Q & A and discussion 15:00 - Coffee break 15:15 - Introduction to EU nature conservation legislation, Micheal O'Brian, DG ENV 15:30 - Q & A and discussion 15:45 - Assessment of conservation status of EU-protected species and habitats, Agelika Rubin 16:00 - Q & A and discussion 16:15 - Data-flows under the EU-nature legislation, especially protected sites, habitats and species

(tools/viewers), Danny Charbonneau DG ENV 16:30 - Q & A and discussion 16:45 - Sum-up of the meeting and future outlook, Nick Hanley, DG ENV

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26 03 2010 GEO - Group on Earth Observation CONTATO Michael Williams External Relations Manager Phone: +41 22 7308293 Email: [email protected] ENDEREÇO 7 bis, avenue de la Paix, Sixth floor CH-1211 Geneva 2, Switzerland 10:00 - Brazil's biodiversity policy and legislation

- Introduction to GEO and GEOSS - The GEO Biodiversity Observation Network - The GEO Forest Carbon Tracking "Task" - Other relevant GEO "Tasks"

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29 03 2010 JNCC - Joint Nature Conservation Committee CONTATO Chris Cheffings Evidence Manager Phone: +01733 866805 Email: [email protected] ENDEREÇO Monkstone House City Road Peterborough PE1 1JY 10:30 - Welcome and coffee 10:45 - Short introduction to the work of JNCC 11:15 - Data issues (interoperability, access agreements, applications)

• Tools/applications • Establishing local, regional, national access • Sharing between government/public bodies, science and NGOs • Benefits of sharing between countries (e.g. through GBIF) • Marine data – pressures and biodiversity - access and sharing

12:30 – Lunch 13:15 Terrestrial and Freshwater Monitoring/Surveillance strategy

• Examples of existing monitoring activities and how they are used • Strategy issues - requirements, sampling, risk base, institutions • Use of modelling, satellite data • Designing surveillance schemes -representative sampling vs. risk based, use of volunteers,

camera trapping 14:15 Marine Monitoring/ surveillance strategy

• Context – fit of biodiversity in wider marine policy e.g. MSFD • Overcoming the high monitoring costs – collaboration, use of pressures information

14:45 Developing Indicators

• Existing indicator sets and their role (country, biodiversity, environmental , regional EC) • Marine indicators and quality objectives • Processes for selecting, criteria • Relationship to monitoring and use in reporting • Harmonisation (aligning international reporting around common ways of measuring

outcome that can be assessed with an indicator set that is relevant at the national level)

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29 03 2010 WCMC - World Conservation Monitoring Centre (ainda aguardando) CONTATO Jon Hutton Phone: + 44 (0) 1223 814600 Email: [email protected] Assistant: [email protected] Phone: + 44 (0) 1223 814601 ENDEREÇO 219 Huntingdon Road, Cambridge, CB3 0DL. 29 03 2010 1900 – Dinner at La Galleria (Bridge Street) with Jon Hutton (Director), Tim Johnson and Maxwell Gomera (Deputy Directors) and Brazilian staff of UNEP-WCMC. 30 03 2010 10:00 - Meeting with Jon Hutton, Tim Johnson and Maxwell Gomera. 10:30 – Meeting with Barney Dickson, Head of the Biodiversity and Climate Change Programme (with Alison Rosser, Head of new Programme on Biodiversity, Biomass and Food Security). [Key issues – REDD+ and Carbon Mapping, Biofuel Assessments] 11:30 – Meeting with Charles Besancon, Head of Protected Areas Programme (with Monica Barcellos, Head of Business, Biodiversity and Ecosystem Service Programme).

[Key issues – UN List of Protected Areas; regional cooperation; Extractive industry impacts on biodiversity and ecosystem services]

12:15 – Lunch with all Heads of Programme in the Staff Room. 13:00 – Presentation to staff and invited guests by Dr Bráulio Dias - “Biodiversity Monitoring in Brazil: Accomplishments and Challenges”. 14:00 – Meeting with Claire Brown Acting Head of the Ecosystem Assessment Programme (with Jorn Scharlemann, Senior Scientist).

[Key issues: National Ecosystem Assessments; Biodiversity Indicators; Ecosystem Service mapping and tools; biodiversity modelling]

14:30 – Meeting with Louisa Wood, Head of Marine and Coastal Assessment and Decision-support Programme (with Corinna Ravilious of the Informatics Programme).

[Key issues: Coastal biodiversity and ecosystem mapping and monitoring] 15:00 – Meeting with Harriett Gillett, Acting Head of the Species Programme (with Andrew Cottam and Jennifer Phillips-Campbell of the Informatics Programme).

[Key issues: CITES data management; New visualisation tools for data] 16:00 – Wrap Up Meeting with Senior Management.

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01 04 2010 ETC BD - European Topic Centre - Biodiversity (ainda aguardando) CONTATO Dominique Richard Directrice/ Manager Phone: +00 33 1 40 79 38 70 / Mobile: +00 33 6 75 02 39 59 Email: [email protected] Assistant: [email protected] Phone: + 00 33 1 40 79 38 70 ENDEREÇO Muséum National d'Histoire Naturelle, Salle Claude Hélène (Baleine 4) 57 rue Cuvier, 75231 Paris cédex 05 9:30 - Welcoming address and introduction to the meeting (Dominique Richard) 9:35 - Tour de table presentation 9:40 - Introduction to Brazilian biodiversity policy and legislation (Mr. Braulio Dias) 10:00 - The European Topic Centre on Biological Diversity within the MNHN (Dominique Richard) 10:20 - The MNHN as the French National Reference Centre on Biodiversity (to be decided) 10:45 - Coffee break 11:00 - The French national biodiversity information system: INPN (Jean-Philippe Siblet or representative) 11 - 20 - Monitoring biodiversity changes at national level (Denis Couvet) 11:40 - Discussion 12:30 - Lunch 14:00 - Institutional and other networks interacting with ETC/BD for reporting on biodiversity at European level (Dominique Richard) 14:15 - Reporting under the EC Habitats Directive (Doug Evans) 14:35 - Development of a common biodiversity assessment framework based on indicators: SEBI and Biodiversity baseline projects (Sophie Condé) 14:55 - Discussion 15:15 - Coffee break 15:30 - Biodiversity data centre and Biodiversity Information System for Europe (Sabine Roscher) 15:50 - Discussion 16:30 - Closure of the meeting 16:45 - Departure to airport