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DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL ANO LXVI - 132 - SEXTA-FEIRA, 05 DE AGOSTO DE 2011 - BRASÍLIA-DF

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DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS

REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

ANO LXVI - Nº 132 - SEXTA-FEIRA, 05 DE AGOSTO DE 2011 - BRASÍLIA-DF

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MESA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS (Biênio 2011/2012)

PRESIDENTE MARCO MAIA – PT-RS

1ª VICE-PRESIDENTE ROSE DE FREITAS – PMDB-ES

2º VICE-PRESIDENTE EDUARDO DA FONTE – PP-PE

1º SECRETÁRIO EDUARDO GOMES – PSDB-TO

2º SECRETÁRIO JORGE TADEU MUDALEN – DEM-SP

3º SECRETÁRIO INOCÊNCIO OLIVEIRA – PR-PE

4º SECRETÁRIO JÚLIO DELGADO – PSB-MG

1º SUPLENTE GERALDO RESENDE – PMDB-MS

2º SUPLENTE MANATO – PDT-ES

3º SUPLENTE CARLOS EDUARDO CADOCA – PSC-PE

4º SUPLENTE SÉRGIO MORAES – PTB-RS

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CÂMARA DOS DEPUTADOS

SUMÁRIO

SEÇÃO I

1 – ATA DA 192ª SESSÃO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, EXTRAORDINÁRIA, MATUTINA, DA 1ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA, DA 54ª LEGISLATURA, EM 4 DE AGOSTO DE 2011

I – Abertura da sessãoII – Leitura e assinatura da ata da sessão

anteriorIII – Leitura do expediente

AVISOS

N° 1.056-Seses-TCU-Plenário – Do Senhor Ministro Benjamin Zymler, Presidente do Tribu-nal de Contas da União, que encaminha cópia do Acórdão proferido nos autos do processo nº TC 015.625/2011-7 (despacho). ................................. 39449

N° 1.081-Seses-TCU-Plenário/11 – Do Senhor Ministro Benjamin Zymler, Presidente do Tribunal de Contas da União, que encaminha cópia do Acórdão proferido nos autos do processo TC 019.153/2011-2. 39449

OFÍCIOS

N°s 221, 224, 233, 239, 246, 323, 329, de 2011 – Do Supremo Tribunal Federal, que comu-nica das decisões nos Mandados de Injunção que especifica (despacho). ........................................... 39457

Nº 113/11 – Do Senhor Deputado Paulo Tei-xeira, Líder do PT – que solicita a retirada do nome do Deputado Taumaturgo da Comissão Especial da Reforma Política. ................................................... 39458

Nº 114/11 – Do Senhor Deputado Paulo Tei-xeira, Líder do PT – que indica a Deputada Dalva Figueiredo para integrar a Comissão Especial da Reforma Política. ................................................... 39458

Nº 277/11 – Do Senhor Deputado Antonio Carlos Magalhães Neto, Líder do Democratas, que indica o Deputado Rodrigo Maia para integrar a Co-missão de Fiscalização Financeira e Controle. ..... 39458

Nº 278/11 – Do Senhor Deputado Antonio Carlos Magalhães Neto, Líder do Democratas, que comunica o seu desligamento da Comissão de Fis-calização Financeira e Controle. ........................... 39458

Nº 279/11 – Do Senhor Deputado Antonio Carlos Magalhães Neto, Líder do Democratas, que indica o Deputado Rodrigo Maia para integrar a Co-missão de Finanças e Tributação. .......................... 39458

Nº 281/11 – Do Senhor Deputado Antonio Carlos Magalhães Neto, Líder do Democratas, que

indica o Deputado Eli Correa Filho para integrar a Comissão Especial destinada a proferir parecer à PEC nº 443-A/09. .................................................. 39458

Nº 669/11 – Do Senhor Deputado Duarte Nogueira, Líder do PSDB – que indica os Depu-tados Antônio Carlos Mendes Thame e Fernando Francischini para integrarem o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar. ........................................... 39459

Nº 672/11 – Do Senhor Deputado Duarte Nogueira, Líder do PSDB – que indica o Deputado Nilson Leitão para integrar a Comissão de Segu-rança Pública e Combate ao Crime Organizado. .. 39459

Nº 682/11 – Do Senhor Deputado Duarte Nogueira, Líder do PSDB – que indica o Deputado Paulo Abi-Ackel para integrar a Comissão Especial destinada a proferir parecer ao PL nº 8.046/10. .... 39460

Nº 219/11 – Do Senhor Deputado Ratinho Junior, Líder do PSC – que indica os Deputados André Moura e Antonia Lúcia para integrarem a Comissão Especial destinada a analisar as PECs que versem sobre Segurança Pública. .................. 39460

Nº 188/11 – Do Senhor Deputado Carlos Za-rattini, que solicita inclusão de adesões à Frente Parlamentar da Defesa Nacional. ......................... 39460

S/Nº/11 – Do Senhor Deputado Nilson Pinto de Oliveira, que encaminha documentos referentes à exoneração e nomeação em cargo de Secretário no Governo do Estado do Pará (despacho). ......... 39464

PROJETO DE LEI

Nº 1.947/2011 – Da Comissão de Legislação Participativa – Altera a redação dos arts. 16 e 65 do Decreto-lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal. ........................................................ 39466

REQUERIMENTOS DE INFORMAÇÃO

Nº 878/2011 – Da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle – Solicita ao Ministro de Mi-nas e Energia, informações e cópias de todos os contratos, aditivos e respectivos processos licita-tórios, envolvendo o Grupo Mitsui e a Petrobrás e suas Subsidiárias no Brasil e no Exterior. ............. 39466

Nº 880/2011 – Da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle – Solicita informações e cópias ao Sr. Ministro da Defesa a respeito das licitações realizadas desde o ano de 2009 pelo Instituto Militar de Engenharia (IME). ............................................

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39436 Sexta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2011

Nº 881/2011 – Da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle – Solicita informações e có-pias à Sra. Ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão de documentos relativos aos servidores públicos federais e empregados públicos federais que aderiram ao Programa de Demissão Voluntária, no período de 1993 a 2001. .................................. 39467

Nº 883/2011 – Da Comissão da Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regio-nal – Solicita informações à Ministra do Meio Am-biente, Izabella Teixeira, referentes ao uso de pro-dutos químicos por aeronaves pulverizadoras que estariam levando ao desmatamento criminoso da Amazônia. .............................................................. 39467

PRESIDENTE (Manato) – Leitura de Ato da Presidência sobre o indeferimento liminar das Emen-das de nºs 11 e 12, apresentadas à Medida Provi-sória nº 536, de 2011, em face do conteúdo alheio à matéria, tudo em conformidade com a decisão da Presidência sobre a Questão de Ordem nº 478, de 2009. ...................................................................... 39468

IV – Breves ComunicaçõesJANETE CAPIBERIBE (Bloco/PSB – AP) –

Apresentação, à Comissão da Amazônia, Integra-ção Nacional e de Desenvolvimento Regional, de requerimento de realização de audiência pública destinada ao debate de litígio entre a Empresa Bra-sileira de Infraestrutura Aeroportuária – INFRAERO e moradores do Bairro Alvorada 2, em Macapá, Es-tado do Amapá. ..................................................... 39468

DOMINGOS DUTRA (PT – MA) – Realização de seminário sobre os 5 anos da Lei Maria da Pe-nha, nas dependências do Ministério da Justiça. .. 39468

JOSÉ NUNES (DEM – BA) – Imediata regula-mentação da Emenda Constitucional nº 29, de 2000, sobre a destinação de recursos para a saúde. ...... 39468

SIBÁ MACHADO (PT – AC) – Anúncio da construção de linha de transmissão de energia elé-trica entre os Municípios de Rio Branco e Cruzeiro do Sul, no Estado do Acre. .................................... 39469

MAURO BENEVIDES (PMDB – CE) – Fa-lecimento do jornalista Armando Vasconcelos, no Estado do Ceará. ................................................... 39469

GIOVANNI QUEIROZ (PDT – PA – Como Líder) – Convite aos Parlamentares para o ato de pré-lançamento da Frente Parlamentar em Defesa da Criação dos Estados de Carajás e Tapajós. ..... 39469

ARTUR BRUNO (PT – CE) – Anúncio de re-alização, pela Assembleia Legislativa do Estado do Ceará, de audiência pública destinada à discussão do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e ao Emprego – PRONATEC. ................................ 39470

GERALDO SIMÕES (PT – BA) – Apresen-tação de emenda à Medida Provisória nº 539, de 2011, destinada à prorrogação do prazo de rene-gociação de dívidas de cacauicultores. ................. 39470

AMAURI TEIXEIRA (PT – BA) – Apelo ao Go-verno Federal de imediata contração de auditores fiscais do trabalho. ................................................. 39470

MARÇAL FILHO (PMDB – MS) – Solicitação ao Ministério dos Transportes de construção da Ferrovia Norte-Sul, trecho Maracaju-Dourados-Cas-cavel. Revitalização de rodovias federais no País. Visita do Governador André Puccineli ao Ministro Wagner Rossi, da Agricultura, Pecuária e Abaste-cimento, para assinatura de convênio destinado a ações de sanidade animal. .................................... 39471

LUIZ COUTO (PT – PB) – Transcurso do ani-versário de emancipação político-administrativa do Município de João Pessoa, Estado da Paraíba. Ex-celência da gestão do Prefeito Municipal Luciano Agra. Realização da Festa de Nossa Senhora das Neves, Padroeira da capital paraibana. ................. 39471

DR. UBIALI (Bloco/PSB – SP) – Realização, pela Comissão Especial destinada ao exame do novo Plano Nacional de Educação – PNE, de reu-nião na Câmara dos Vereadores de Franca, Estado de São Paulo. ........................................................ 39471

OTAVIO LEITE (PSDB – RJ) – Indignação do orador com a exclusão do setor turístico do Plano Brasil Maior, destinado ao fortalecimento da indús-tria nacional. .......................................................... 39471

EDINHO BEZ (PMDB – SC) – Sanção presi-dencial do projeto de lei, de autoria do orador, so-bre a denominação de Rodovia Abel Dal Pont do trecho Timbé do Sul-São José dos Ausentes, na BR-285. .................................................................. 39472

MAURO BENEVIDES (PMDB – CE – Pela ordem) – Satisfação do PMDB com os esclare-cimentos prestados pelo Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi, acerca de fatos relacionados à sua Pasta. ........................ 39472

MIRIQUINHO BATISTA (PT – PA) – Reali-zação do Festival do Vaqueiro e do Pescador, no Município de Chaves, e do Festival do Tamuatá, no Município de Santa Cruz do Arari, na Ilha do Marajó, Estado do Pará. ..................................................... 39473

MANATO (PDT – ES) – Entrevista concedida pela ex-Senadora Marina Silva ao jornal O Globo. Lançamento do livro Saga Brasileira – a longa luta de um povo por sua moeda, de autoria de Miriam Leitão. .................................................................... 39473

LAERCIO OLIVEIRA (Bloco/PR – SE) – Lan-çamento, pelo Governo Federal, do Plano Brasil Maior, destinado ao desenvolvimento da indústria brasileira. Necessidade de apoio governamental ao setor de serviços.................................................... 39474

JANETE CAPIBERIBE (Bloco/PSB – AP – Pela ordem) – Esclarecimento sobre conteúdo de matéria publicada pelo jornal O Estado de S.Paulo, relativa ao recebimento de salários retroativos pela oradora. Anúncio da adoção das medidas legais cabíveis para a reparação de prejuízos políticos causados à Parlamentar e ao ex-Senador João

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Agosto de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 5 39437

Capiberibe, em decorrência de equívocos em de-cisões da Justiça Eleitoral. .................................... 39475

PRESIDENTE (Manato) – Aviso ao Plenário sobre a realização de sessão solene conjunta em homenagem póstuma ao Senador e ex-Presidente da República Itamar Franco, no dia 10 de agosto de 2011, às 10 horas. ............................................ 39475

DOMINGOS DUTRA (PT – MA) – Relevân-cia dos trabalhos desenvolvidos pela Comissão Pastoral da Terra em prol da reforma agrária e da justiça no campo. Solidariedade ao coordenador do órgão no Estado do Maranhão, Pe. Inaldo Serejo, e ao advogado Diogo Cabral, diante de tentativas de intimidação por parte de fazendeiros. .................... 39475

GIVALDO CARIMBÃO (Bloco/PSB – AL) – Transcurso do Dia do Padre. Saudações aos padres brasileiros, especialmente ao Deputado Luiz Couto. Realização, na Assembleia Legislativa do Estado da Paraíba, de encontro destinado ao debate de políticas públicas para tratamento da dependên-cia química. Ações dos Governos dos Estados de Minas Gerais e de Alagoas para o acolhimento de dependentes químicos. .......................................... 39476

EUDES XAVIER (PT – CE) – Congratulações à Prefeita Luizianne Lins e ao Ministro do Esporte, Orlando Silva, pela inauguração de Praças da Ju-ventude em Fortaleza, Estado do Ceará. .............. 39476

JOSÉ NUNES (DEM – BA – Pela ordem) – Equívoco da proposta de redução do IPI prevista no Plano Brasil Maior, lançado pela Presidenta Dilma Rousseff. ................................................................ 39477

ARTUR BRUNO (PT – CE – Pela ordem) – Apoio à greve dos professores da rede de ensino público do Estado do Ceará. ................................. 39477

DR. UBIALI (Bloco/PSB – SP – Pela ordem) – Agradecimento à Presidenta Dilma Rousseff e ao Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, em nome da Frente Parlamentar em Defesa dos Setores Coureiro-Cal-çadista e Moveleiro, pelo lançamento do Plano Bra-sil Maior, destinado ao fortalecimento da indústria nacional. ................................................................ 39478

AMAURI TEIXEIRA (PT – BA – Pela ordem) – Críticas à conduta dos membros do DEM no processo de votação da medida provisória sobre o repasse de recursos aos Estados e Municípios atingidos por catástrofes naturais. ......................... 39478

RONALDO ZULKE (PT – RS) – Liberação, pelo Governo Federal, de recursos para constru-ção de trecho de trem urbano entre os Municípios de São Leopoldo e Novo Hamburgo, no Estado do Rio Grande do Sul. Presença de comitiva de Pre-feitos Municipais e Vereadores em Brasília, Distrito Federal. .................................................................. 39479

LUIZ COUTO (PT – PB – Pela ordem) – Con-gratulação à Presidenta Dilma Rousseff pela adoção de medidas para combate à corrupção no País. ... 39479

GERALDO RESENDE (PMDB – MS) – Visita do orador aos Municípios de Itaporã, Coronel Sapu-caia, Amambaí, Aral Moreira e Naviraí, no Estado de Mato Grosso do Sul. ......................................... 39480

CHICO LOPES (Bloco/PCdoB – CE) – Con-gratulação ao Deputado Artur Bruno pelo discurso proferido sobre a greve dos professores da rede de ensino público do Estado do Ceará. Acerto das ações da Presidenta Dilma Rousseff relativas às denúncias de irregularidades no Ministério dos Transportes. Maior fiscalização das obras de rodo-vias federais no Estado do Ceará, especialmente da BR-222. ............................................................. 39481

MÁRCIO MACÊDO (PT – SE) – Repúdio à postura do DEM nas votações de medidas provisó-rias acerca da destinação de recursos para regiões atingidas por catástrofes naturais. Apresentação do Projeto de Lei nº 1.941, de 2011, sobre alteração de dispositivo do Estatuto da Criança e do Adoles-cente. ..................................................................... 39481

ROMERO RODRIGUES (PSDB – PB) – Anún-cio da apresentação do Projeto de Lei nº 1.644, de 2011, sobre reserva de vagas para alunos egres-sos de escolas de ensino médio da mesma região geográfica da instituição federal de educação supe-rior participante do Sistema de Seleção Unificada – SISU.................................................................... 39482

ONOFRE SANTO AGOSTINI (DEM – SC) – Contestação aos discursos proferidos contra os Líderes do DEM relativamente às votações das Medidas Provisórias nºs 530 e 531, de 2011. Posi-cionamento do partido favorável à aprovação das matérias. ................................................................ 39482

EDUARDO AZEREDO (PSDB – MG) – Desca-so do Governo Federal com a situação das rodovias brasileiras, especialmente com a BR-381, no trecho entre Belo Horizonte e João Monlevade, Estado de Minas Gerais. Necessidade de investimentos no setor de transportes, em especial na construção de malha metroviária. Realização das Exposições Agropecuárias de Três Corações e Sete Lagoas, em Minas Gerais. ................................................... 39483

ÂNGELO AGNOLIN (PDT – TO) – Participa-ção do orador em reunião da Frente Parlamentar Mista das Ferrovias. Importância da realização de debates sobre tecnologia, capacitação de mão de obra e operacionalização do setor ferroviário no País. Lançamento do Plano Brasil Maior, pela Pre-sidenta Dilma Rousseff. Posicionamento do orador favorável à criação do Estado do Carajás. ............ 39484

ROBERTO DE LUCENA (Bloco/PV – SP) – Participação do orador na visita de membros da Frente Parlamentar Mista de Combate ao Bullying e outras Formas de Violência à Escola Municipal Tasso da Silveira, no Bairro de Realengo, no Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro. Apelo ao Pre-feito Municipal do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, e ao Governador Sérgio Cabral de apoio aos alunos

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39438 Sexta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2011

sobreviventes do massacre ocorrido no estabele-cimento escolar. ..................................................... 39484

JOSUÉ BENGTSON (Bloco/PTB – PA) – Con-veniência de consulta prévia à população, mediante referendo, para realização da reforma política. Po-sicionamento do orador contrário à implantação da lista fechada e do financiamento público de campa-nhas eleitorais. ....................................................... 39485

CESAR COLNAGO (PSDB – ES) – Inefici-ência das medidas contidas no Plano Brasil Maior, destinado ao fortalecimento da indústria nacional. Descaso do Governo Federal para com o Estado do Espírito Santo. .................................................. 39485

ÁTILA LINS (PMDB – AM) – Relato do encontro do Governador do Estado do Amazonas, Omar Aziz, e Senadores com a Presidenta Dilma Rousseff. Lan-çamento de plano destinado à proteção da indústria brasileira, em especial da Zona Franca de Manaus. . 39487

EDSON SILVA (Bloco/PSB – CE) – Contra-riedade a declarações do Ministro da Defesa, Nel-son Jobim, a respeito de integrantes da equipe ministerial da Presidenta Dilma Rousseff. Defesa de exoneração do Ministro. .................................... 39487

ONOFRE SANTO AGOSTINI (DEM – SC – Pela ordem) – Solicitação à Presidência de início da Ordem do Dia. .................................................. 39487

PRESIDENTE (Amauri Teixeira) – Resposta ao Deputado Onofre Santo Agostini. ..................... 39487

MÁRCIO MACÊDO (PT – SE – Pela ordem) – Contestação a discurso proferido pelo Deputado Onofre Santo Agostini na presente sessão. Equívoco do posicionamento do DEM no tocante à votação da Medida Provisória nº 530, de 2011. .................. 39488

NAZARENO FONTELES (PT – PI) – Artigo Subtrair espaços à incerteza, a respeito da segurança alimentar e nutricional, de autoria do Diretor-Geral da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação – FAO, José Graziano da Silva, publi-cado pelo jornal Folha de S.Paulo. Apoio às políticas públicas de incentivo à agricultura familiar. .............. 39489

IVAN VALENTE (PSOL – SP) – Considera-ções críticas sobre o Plano Brasil Maior, lançado pelo Governo Federal. .......................................... 39490

CARLINHOS ALMEIDA (PT – SP) – Trans-curso do 50º aniversário de fundação do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE. Desen-volvimento do Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres – CBERS. ............................................. 39491

FERNANDO FERRO (PT – PE) – Instalação de escolas técnicas em Municípios pernambuca-nos por meio do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego – PRONATEC. Luta do orador em defesa do ensino tecnológico. .............. 39492

JOÃO ANANIAS (Bloco/PCdoB – CE) – Anún-cio da apresentação do Projeto de Lei nº 1.722, de 2011, sobre a proibição de propaganda de bebidas alcoólicas em eventos financiados com recursos

públicos ou beneficiados com qualquer forma de renúncia fiscal por parte do Estado. ...................... 39492

SANDES JÚNIOR (PP – GO) – Transcurso de aniversário da fundação do Município de Formosa, Estado de Goiás. Perfil da municipalidade goiana. 39493

ROGÉRIO CARVALHO (PT – SE) – Metas do Plano Brasil Maior lançado pela Presidenta Dil-ma Rousseff. Preocupação com eventual perda de arrecadação da Previdência Social, diante dos efeitos da desoneração da folha de pagamento do setor industrial brasileiro. Imperiosidade de reforma tributária no País. ................................................... 39494

SOLANGE ALMEIDA (PMDB – RJ) – Trans-curso do 5º aniversário de promulgação da Lei Ma-ria da Penha. Importância dos instrumentos legais de coibição e prevenção de violência doméstica e familiar contra a mulher.......................................... 39496

PASTOR MARCO FELICIANO (PSC – SP) – Transcurso do Dia Nacional da Saúde. Relevância dos trabalhos desenvolvidos pelo médico sanitaris-ta Oswaldo Cruz. Saudações aos profissionais da saúde. .................................................................... 39497

V – Ordem do DiaPRESIDENTE (Miro Teixeira) – Continuação

da votação, em turno único, da Medida Provisória nº 530-A, de 2011, que institui, no âmbito do Ministério da Educação, o Plano Especial de Recuperação da Rede Física Escolar Pública, com a finalidade de prestar assistência financeira para recuperação das redes físicas das escolas públicas estaduais, do Dis-trito Federal e municipais afetadas por desastres. .... 39502

PRESIDENTE (Miro Teixeira) – Votação de requerimento de retirada da medida provisória da pauta. ..................................................................... 39502

Usou da palavra para encaminhamento da votação o Sr. Deputado ANTONIO CARLOS MA-GALHÃES NETO (DEM – BA). .............................. 39502

FERNANDO FERRO (PT – PE – Pela ordem) – Elogio ao Deputado Antonio Carlos Magalhães Neto pelo discurso proferido. ................................. 39502

ODAIR CUNHA (PT – MG – Pela ordem) – Agradecimento ao Líder do DEM – Deputado An-tonio Carlos Magalhães Neto, pela viabilização da votação da matéria. ............................................... 39502

MÁRCIO MACÊDO (PT – SE – Pela ordem) – Congratulações ao Líder do DEM – Deputado Antonio Carlos Magalhães Neto, pela viabilização da votação da matéria. .......................................... 39503

DR. PAULO CÉSAR (Bloco/PR – RJ – Pela ordem) – Agradecimento ao Líder do DEM – De-putado Antonio Carlos Magalhães Neto, pela via-bilização da votação da matéria. ........................... 39503

EDINHO ARAÚJO (PMDB – SP – Pela ordem) – Congratulações ao Líder do DEM – Deputado Antonio Carlos Magalhães Neto, pela viabilização da votação da matéria. .......................................... 39503

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Agosto de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 5 39439

PRESIDENTE (Miro Teixeira) – Requerimento de destaque para votação em separado da expres-são “das escolas atingidas”, constante no art. 2º, inciso III, do Projeto de Lei de Conversão. ............ 39503

ANTONIO CARLOS MAGALHÃES NETO (DEM – BA – Pela ordem) – Retirada do requeri-mento de destaque. ............................................... 39503

Usou da palavra pela ordem o Sr. Deputado AN-TONIO CARLOS MAGALHÃES NETO (DEM – BA). . 39503

PRESIDENTE (Miro Teixeira) – Requerimen-to de destaque para votação em separado da ex-pressão “ou inseguras”, contida no § 3º do art. 3º do Projeto de Lei de Conversão. ........................... 39503

Usou da palavra o Sr. Deputado GLAUBER BRAGA (Bloco/PSB – RJ), Relator da matéria. ..... 39503

Usou da palavra para encaminhamento da votação o Sr. Deputado ONYX LORENZONI (DEM – RS). ..................................................................... 39504

PRESIDENTE (Miro Teixeira) – Supressão da expressão destacada. ....................................... 39504

CARLOS SAMPAIO (PSDB – SP – Pela ordem) – Dificuldades do orador para registro de voto. ....... 39504

PRESIDENTE (Miro Teixeira) – Requerimento de destaque para votação em separado da Emenda nº 11. ..................................................................... 39504

Usou da palavra para encaminhamento da votação o Sr. Deputado ONYX LORENZONI (DEM – RS). ............................................................................. 39504

Usou da palavra o Sr. Deputado GLAUBER BRAGA (Bloco/PSB – RJ), Relator da matéria. ..... 39504

Usaram da palavra para orientação das res-pectivas bancadas os Srs. Deputados MÁRCIO MACÊDO (PT – SE), EDINHO ARAÚJO (PMDB – SP), EDSON SILVA (Bloco/PSB – CE), DR. PAULO CÉSAR (Bloco/PR – RJ), ONYX LORENZONI (DEM – RS), ZÉ SILVA (PDT – MG), CARMEN ZANOTTO (Bloco/PPS – SC), IVAN VALENTE (PSOL – SP), ODAIR CUNHA (PT – MG). ........................................ 39504

ONYX LORENZONI (DEM – RS – Pela or-dem) – Retirada da emenda. ................................. 39505

Usou da palavra o Sr. Deputado GLAUBER BRAGA (Bloco/PSB – RJ), Relator da matéria. ..... 39505

PRESIDENTE (Miro Teixeira) – Retirada da emenda. ................................................................. 39505

Usou da palavra o Sr. Deputado GLAUBER BRAGA (Bloco/PSB – RJ), Relator da matéria. ..... 39505

PRESIDENTE (Miro Teixeira) – Requerimento de destaque para votação em separado da Emenda nº 15. ..................................................................... 39506

Usou da palavra pela ordem o Sr. Deputado ODAIR CUNHA (PT – MG). ................................... 39506

Usaram da palavra para orientação das res-pectivas bancadas os Srs. Deputados MÁRCIO MACÊDO (PT – SE), EDINHO ARAÚJO (PMDB – SP), DR. PAULO CÉSAR (Bloco/PR – RJ), ANTO-NIO CARLOS MAGALHÃES NETO (DEM – BA), EDSON SILVA (Bloco/PSB – CE). ......................... 39506

CARMEN ZANOTTO (Bloco/PPS – SC – Pela ordem) – Retirada da emenda. .............................. 39506

PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Votação e aprovação da redação final.................................... 39506

Encaminhamento da matéria ao Senado Fe-deral, incluindo o processado. ............................... 39506

ODAIR CUNHA (PT – MG – Pela ordem) – Agradecimento aos Líderes partidários pela votação da matéria. Congratulações ao Deputado Glauber Braga, Relator da matéria. ..................................... 39508

Usou da palavra o Sr. Deputado GLAUBER BRAGA (Bloco/PSB – RJ), Relator da matéria. ..... 39508

EDSON SILVA (Bloco/PSB – CE – Pela or-dem) – Elogio ao Deputado Glauber Braga pelo parecer oferecido à medida provisória. ................. 39508

DR. PAULO CÉSAR (Bloco/PR – RJ – Pela ordem) – Congratulações aos partidos oposicionistas pela votação das Medidas Provisórias de nºs 530 e 531, de 2011. Excelência do parecer apresentado pelo Relator Glauber Braga. .................................. 39508

PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Congratu-lações ao Relator Glauber Braga. ......................... 39508

Usou da palavra pela ordem o Sr. Deputado DR. PAULO CÉSAR (Bloco/PR – RJ). ................... 39508

MIRO TEIXEIRA (PDT – RJ – Pela ordem) – Homenagem à memória do cineasta Glauber Rocha, ao ensejo do transcurso do 80º aniversário natalício.................................................................. 39508

AMAURI TEIXEIRA (PT – BA – Pela ordem) – Elogio ao Deputado Glauber Braga pelo parecer oferecido à medida provisória. ............................... 39508

RUI PALMEIRA (PSDB – AL – Pela ordem) – Congratulações ao Relator da medida provisória, Deputado Glauber Braga. ...................................... 39509

ALESSANDRO MOLON (PT – RJ – Pela ordem) – Elogio ao Deputado Glauber Braga pelo parecer oferecido à Medida Provisória nº 530, de 2011. ...................................................................... 39509

EDINHO ARAÚJO (PMDB – SP – Pela ordem) – Congratulações ao Relator Glauber Braga e aos partidos políticos pela aprovação da matéria. ....... 39509

DR. ALUIZIO (Bloco/PV – RJ – Pela ordem) – Congratulações ao Relator Glauber Braga. ........ 39509

PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Aviso ao Plenário sobre a retirada, de ofício, dos demais itens da pauta. Aplausos aos partidos oposicionistas pela votação do mérito da medida provisória. ............... 39509

Usou da palavra pela ordem o Sr. Deputado FERNANDO FERRO (PT – PE). ........................... 39510

EDINHO ARAÚJO (PMDB – SP – Pela ordem) – Indagação à Presidência sobre o encerramento da Ordem do Dia. Transcurso do 74º aniversário de fundação do Município de Votuporanga, Estado de São Paulo. Realização da feira beneficente Expo--FISAV 2011, na municipalidade. Comemoração do 61º aniversário da Associação de Assistência à Criança Deficiente, em São Paulo. ........................ 39510

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39440 Sexta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2011

FERNANDO MARRONI (PT – RS – Pela or-dem) – Possibilidade de erradicação da fome na Amé-rica Latina até o ano de 2025, segundo declarações do Diretor-Geral da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação – FAO, José Graziano da Silva, durante reunião do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional – CONSEA....... 39511

LUCIANA SANTOS (Bloco/PCdoB – PE – Pela ordem) – Assinatura de contrato entre a Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia – HE-MOBRÁS e empresa estatal francesa para forne-cimento de equipamentos e sistemas à fábrica da HEMOBRÁS instalada no Município de Goiana, Estado de Pernambuco. ........................................ 39511

RENAN FILHO (PMDB – AL – Pela ordem) – Congratulações ao Relator Glauber Braga pelo parecer oferecido à medida provisória. ................. 39512

PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Agrade-cimento ao Deputado Miro Teixeira pela condução dos trabalhos da Casa. .......................................... 39512

DR. PAULO CÉSAR (Bloco/PR – RJ – Pela or-dem) – Realização de abaixo-assinado contra a cons-trução de casa de custódia no Município de Cabo Frio, na Região dos Lagos, Estado do Rio de Janeiro. ..... 39512

DARCÍSIO PERONDI (PMDB – RS – Pela or-dem) – Realização de reuniões com a participação de lideranças da área da saúde, coordenadas pelo Pre-sidente da Comissão de Seguridade Social e Família, Deputado Saraiva Felipe. Anúncio da realização de grande encontro entre Parlamentares e representantes de entidades nacionais do setor de saúde. Necessi-dade de regulamentação da Emenda Constitucional nº 29, de 2000, sobre a destinação de recursos para a saúde pública. Elogio à Presidenta Dilma Rousseff pelo lançamento do Plano Brasil Maior, destinado ao fortalecimento da indústria brasileira. ........................ 39513

JANETE ROCHA PIETÁ (PT – SP – Pela ordem) – Aplausos à Presidenta Rose de Freitas pela condução dos trabalhos da Casa. Importância da aprovação pela Casa de matéria em benefício das populações atingidas por enchentes. Realiza-ção de seminário sobre os 5 anos da Lei Maria da Penha, nas dependências do Ministério da Justiça. Convocação das Deputadas para reunião avaliató-ria dos trabalhos realizados pela bancada feminina no primeiro semestre de 2011. .............................. 39513

PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Congratu-lações à Deputada Janete Rocha Pietá pela condu-ção dos trabalhos da bancada feminina na Casa. . 39513

CARMEN ZANOTTO (Bloco/PPS – SC – Pela ordem) – Defesa de regulamentação da Emenda Constitucional nº 29, de 2000, sobre a destinação de recursos para a saúde pública. Importância da apro-vação pela Casa das Medidas Provisórias de nºs 530 e 531, de 2011. Transcurso do Dia Nacional da Saúde. Relevância dos trabalhos desenvolvidos pelo médico sanitarista Oswaldo Cruz. Apoio às reivindicações dos agentes comunitários de saúde e dos enfermei-

ros. Revisão da tabela de procedimentos do Sistema Único de Saúde – SUS. Posicionamento contrário à criação da Contribuição Social da Saúde – CSS. ..... 39514

LILIAM SÁ (Bloco/PR – RJ – Pela ordem) – Aprovação, pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias, de requerimento para realização de reu-nião com a presença das mães de alunos sobrevi-ventes da tragédia ocorrida em escola pública no Bairro de Realengo, no Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro. ....................................................... 39515

ZECA DIRCEU (PT – PR – Pela ordem) – Concessão do título de Doutor Honoris Causa ao ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pela Uni-versidade Sciences Po, da França. Excelência da administração do ex-Presidente da República. ..... 39515

PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Saudações aos visitantes presentes nas galerias do plenário. 39515

JORGINHO MELLO (PSDB – SC – Pela ordem) – Inauguração de fábrica do Grupo Votorantim no Muni-cípio de Imbituba, Estado de Santa Catarina. Instalação de serviços de telefonia celular na municipalidade. ..... 39515

ALEX CANZIANI (Bloco/PTB – PR – Pela ordem) – Contentamento com a conclusão das vo-tações da Medida Provisória nº 530, de 2011. Con-clusão dos pareceres oferecidos ao projeto de lei sobre a criação do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego – PRONATEC. ....... 39516

DR. ALUIZIO (Bloco/PV – RJ – Pela ordem) – Importância de aprovação do Projeto de Lei Com-plementar nº 48, de 2011, de autoria do orador, so-bre a criação da Contribuição Social de Grandes Fortunas para financiamento da saúde pública. .... 39516

DANILO FORTE (PMDB – CE – Pela ordem) – Homenagem póstuma ao Monsenhor André Viana Camurça. ............................................................... 39517

DOMINGOS SÁVIO (PSDB – MG – Pela or-dem) – Realização de encontro de Vereadores, no Auditório Nereu Ramos da Casa. Anúncio de cria-ção da Frente Parlamentar em Defesa das Câmaras Municipais. ............................................................ 39517

JÚNIOR COIMBRA (PMDB – TO – Pela or-dem) – Realização de jogo beneficente pela equipe de futebol da Câmara dos Deputados, em São Luís, Estado do Maranhão. ............................................. 39517

VI – Encerramento2 – ATA DA 193ª SESSÃO DA CÂMARA

DOS DEPUTADOS, ORDINÁRIA, DA 1ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA, DA 54ª LEGISLATU-RA, EM 04 DE AGOSTO DE 2011

I – Abertura da sessãoII – Leitura e assinatura da ata da sessão

anteriorIII – Leitura do expedienteIV – Pequeno ExpedienteCHICO LOPES (Bloco/PCdoB – CE) – Ime-

diata alteração da sistemática de escolha dos Mi-nistros dos Tribunais de Contas dos Estados. ....... 39526

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Agosto de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 5 39441

ELEUSES PAIVA (DEM – SP) – Regulamenta-ção da Emenda Constitucional nº 29, de 2000, sobre a destinação de recursos para a saúde pública. ... 39527

AMAURI TEIXEIRA (PT – BA) – Necrológio do jornalista João da Costa Falcão. Artigo País lamenta a morte de jornalista libertário, publicado pelo Jornal da Metrópole, de Salvador, Estado da Bahia. ......... 39527

JOÃO ANANIAS (Bloco/PCdoB – CE) – Apre-sentação do Projeto de Lei nº 1.826, de 2011, sobre a instituição do Dia Nacional da Planta Medicinal – 21 de maio. ......................................................... 39529

MARLLOS SAMPAIO (PMDB – PI) – Inau-guração de agências do INSS nos Municípios de Pedro II e União, Estado do Piauí. Participação do Ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves, em debate sobre a concessão de empréstimos consig-nados a idosos, em Teresina. ................................ 39539

FERNANDO MARRONI (PT – RS) – Dados da pesquisa sobre o perfil dos estudantes das uni-versidades federais brasileiras realizada pela As-sociação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior – ANDIFES. Maior acesso de alunos de baixa renda à universidade. . 39530

DARCÍSIO PERONDI (PMDB – RS) – Elo-gio à Presidenta Dilma Rousseff pelo lançamento do Plano Brasil Maior, destinado ao fortalecimento da indústria nacional. Sugestão ao Ministro Guido Mantega, da Fazenda, de adoção de um pacote de medidas em benefício do setor de saúde. ............. 39531

DR. UBIALI (Bloco/PSB – SP) – Extensão ao setor de máquinas e implementos da iniciativa governamental de desoneração da folha de paga-mento empresarial. Urgente necessidade de vota-ção pela Casa da proposta de ampliação do teto do Super-SIMPLES. Imediata implementação das medidas preconizadas no Plano Brasil Maior para fortalecimento da indústria brasileira. .................... 39531

JANETE ROCHA PIETÁ (PT – SP) – Aprovação, pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias, de moção de solidariedade ao povo norueguês diante de atentado terrorista ocorrido naquele país. Realização de seminário sobre os 5 anos da Lei Maria da Penha, nas dependências do Ministério da Justiça. .............. 39531

PRESIDENTE (Luiz Couto) – Associação da Presidência ao discurso proferido pela Deputada Janete Rocha Pietá. .............................................. 39531

EDINHO BEZ (PMDB – SC) – Transcurso do Dia do Padre. Homenagem aos sacerdotes brasi-leiros. ..................................................................... 39532

JANETE CAPIBERIBE (Bloco/PSB – AP) – Excelência da gestão do Governador do Estado do Amapá, Camilo Capiberibe. ................................... 39532

PRESIDENTE (Luiz Couto) – Congratulações à Deputada Janete Capiberibe pela reassunção do mandato parlamentar. ........................................... 39533

ZEQUINHA MARINHO (PSC – PA) – Lan-çamento da Frente Parlamentar pela Criação do

Estado do Carajás e da Frente Parlamentar pela Criação do Estado do Tapajós. .............................. 39534

ÍRIS DE ARAÚJO (PMDB – GO – Como Líder) – Necessidade de combate à violência no ambiente escolar. Assassinato do Prof. Kássio Vinícius Cas-tro Gomes nas dependências do Instituto Metodis-ta Izabela Hendrix, em Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais. Trechos do artigo Eu Acuso (tributo a professor morto por aluno), de autoria do professor universitário Igor Pantuzza Wildmann. .................. 39535

ANTHONY GAROTINHO (Bloco/PR – RJ – Como Líder) – Exorbitância da dívida mobiliária fede-ral. Pagamento pelo Governo petista de elevados juros a banqueiros, em detrimento da área social. Equívoco da política econômica brasileira. Necessidade de re-dução das taxas de juros vigentes no País. ................. 39537

ROSANE FERREIRA (Bloco/PV – PR) – Co-memoração do cinquentenário de fundação do Hos-pital de Clínicas da Universidade Federal do Para-ná. Transcurso do Dia Nacional da Saúde e do Dia do Padre. Defesa de regulamentação da Emenda Constitucional nº 29, de 2000, sobre a destinação de recursos para a saúde pública. ........................ 39537

CARLOS MAGNO (PP – RO – Como Líder) – Reexame, pelo Governo do Estado de Rondônia, da proposta de concessão de benefício fiscal aos consórcios responsáveis pela construção da Usi-na Hidrelétrica de Jirau e da Usina Hidrelétrica de Santo Antônio. ....................................................... 39538

CHICO LOPES (Bloco/PCdoB – CE – Pela ordem) – Realização do 24º Congresso Nacional de Técnicos Têxteis, em Fortaleza, Estado do Ceará. Discussão do Plano Brasil Maior durante o evento. Convite à bancada federal cearense para reunião destinada ao debate de assuntos relacionados ao emprego e à indústria. ........................................... 39540

ROSINHA DA ADEFAL (Bloco/PTdoB – AL) – Congratulações aos Deputados Mara Gabrilli e Otavio Leite pelo acolhimento de emenda oferecida à Medida Provisória nº 530, de 2011, acerca da re-cuperação física de escolas públicas atingidas por desastres naturais. Transcurso do 5º aniversário de promulgação da Lei Maria da Penha, coibitiva da violência doméstica contra a mulher. Transcurso do Dia Nacional da Saúde. Relevância dos trabalhos desenvolvidos pelo médico sanitarista Oswaldo Cruz. Tramitação na Casa do Projeto de Lei nº 1.488, de 2011, de autoria da oradora, sobre a inclusão da acessibilidade no bojo da Lei nº 8.080, de 1990. .. 39540

ÁTILA LINS (PMDB – AM) – Apelo à Presi-denta Dilma Rousseff de reexame do Decreto nº 7.507, de 2011, a respeito da transferência de re-cursos federais aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios por meio eletrônico. ...................... 39542

JOSÉ AUGUSTO MAIA (PTB – PE – Como Líder) – Lançamento da Frente Parlamentar Mista de Apoio à Criação de Novos Municípios. Eleição da diretoria do órgão. Realização de seminário sobre

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39442 Sexta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2011

o financiamento da área de segurança pública, em São Luís, Estado do Maranhão. ............................ 39452

SEBASTIÃO BALA ROCHA (PDT – AP – Como Líder) – Apelo à Casa de aprovação do projeto de lei concessivo ao estudante, após à conclusão do segundo ano do ensino médio, do direito à ma-trícula em universidade no caso de aprovação no exame vestibular. ................................................... 39544

PADRE TON (PT – RO) – Saudações aos sa-cerdotes brasileiros. Transcurso do 28º aniversário de criação dos Municípios de Rolim de Moura e Cerejeiras, Estado de Rondônia. ........................... 39544

MARCUS PESTANA (PSDB – MG – Como Líder) – Artigo Faça a coisa certa, de autoria do orador, publicado pelo jornal O Globo. .................. 39546

JOÃO ANANIAS (Bloco/PCdoB – CE – Pela ordem) – Transcurso do Dia Mundial da Saúde. Compromisso de atuação parlamentar em defesa da saúde pública. Imediata regulamentação da Emenda Constitucional nº 29, de 2000, sobre a destinação de recursos à saúde. ............................................. 39546

FERNANDO FERRO (PT – PE) – Instalação de unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – EMBRAPA no Município de Gara-nhuns, localizado na região do agreste meridional do Estado de Pernambuco. ................................... 39548

ZECA DIRCEU (PT – PR) – Aplausos à Pre-sidenta Dilma Rousseff pelo lançamento do Plano Brasil Maior, destinado ao fortalecimento da indús-tria brasileira. ......................................................... 39549

DALVA FIGUEIREDO (PT – AP – Como Lí-der) – Retomada das obras da BR-156, no Estado do Amapá. Defesa da instalação de unidade do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnolo-gia – IFET no Município de Oiapoque. Reestrutu-ração da Universidade Federal do Amapá. Anúncio da inauguração de ponte de ligação do Estado do Amapá à Guiana Francesa. Retomada das obras de ampliação do Aeroporto Internacional de Ma-capá. Remanejamento de famílias residentes nas imediações do Aeroporto. Aquisição de veículos para a área de assistência técnica e extensão rural amapaense. ........................................................... 39550

FERNANDO FRANCISCHINI (PSDB – PR) – Aprovação, pela Comissão de Segurança Públi-ca e Combate ao Crime Organizado, do Projeto de Lei nº 6.578, de 2009, sobre o estabelecimento de medidas de combate ao crime organizado. Crise da área de segurança pública no País. Lançamen-to do Programa Paraná Seguro pelo Governador Beto Richa ao ensejo do transcurso do aniversário de criação da Polícia Militar do Estado. ................. 39552

MAURO BENEVIDES (PMDB – CE) – Inau-guração da nova sede do Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Ceará. ............................ 39553

TERESA SURITA (PMDB – RR) – Transcur-so do 5º aniversário de promulgação da Lei Maria da Penha, coibitiva da violência doméstica contra

a mulher. Escalada da violência contra a mulher no Estado de Roraima. Fortalecimento da rede de proteção à mulher no País. .................................... 39553

V – Grande ExpedienteRUI PALMEIRA (PSDB – AL – Pela ordem) –

Apresentação de requerimento de informações ao Ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, sobre as razões da ocorrência de apagões em municipa-lidades alagoanos. ................................................. 39554

WANDENKOLK GONÇALVES (PSDB – PA) – Atuação do orador na condição de Presidente de Subcomissão Permanente da Comissão de Minas e Energia, destinada ao acompanhamento da implan-tação de grandes projetos minerais e hidrelétricos no Estado do Pará. Agradecimento ao eleitorado paraense pela reeleição do orador, em especial aos habitantes do Município de Altamira. Não cumprimento, pelo Consórcio Norte Energia, de exigências constantes no edital de licitação das obras de construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte. Defesa de instalação de usina siderúrgica no Município de Marabá. Protesto contra a suspensão de obras do Programa de Ace-leração do Crescimento – PAC no Estado do Pará. Insuficiência de políticas públicas destinadas ao de-senvolvimento da região amazônica. Apoio à criação dos Estados de Tapajós e Carajás. ........................... 39554

O SR. PRESIDENTE (Amauri Teixeira) – Apre-sentação de proposições. ...................................... 39559

PROPOSIÇÕES APRESENTADAS:

PROJETOS DE LEI

Nº 1.940/2011 – Do Sr. Valadares Filho – Altera a Lei nº 11.692, de 10 de junho de 2008, para aumen-tar o valor do auxílio financeiro do Programa Nacional de Inclusão de Jovens – Projovem (Projovem). ........ 39559

Nº 1.941/2011 – Do Sr. Márcio Macêdo – Al-tera o Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. .......................... 39560

Nº 1.942/2011 – Do Sr. João Paulo Lima – Altera o § 3º do art. 27 da Lei nº 8.630, de 25 de fevereiro de 1993, que “dispõe sobre o regime jurí-dico da exploração dos portos organizados e das instalações portuárias e dá outras providências”, a fim de excluir a aposentadoria como causa da extinção da inscrição no cadastro e no registro do trabalhador portuário. ............................................ 39561

Nº 1.943/2011 – Do Sr. Jose Stédile – Acres-centa inciso ao art. 19 da Lei nº 7.102, de 20 de junho de 1983, para disciplinar o intervalo intrajornada do vigilante para descanso dos membros inferiores... 39562

Nº 1.944/2011 – Do Sr. Edio Lopes – Altera a Lei nº 9.612, de 19 de fevereiro de 1998, que institui o serviço de radiodifusão comunitária e dá outras provi-dências, para permitir a reprodução, pelas emissoras de radiodifusão comunitária, de conteúdos produzidos por emissoras de radiodifusão públicas dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. ............................. 39563

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Agosto de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 5 39443

Nº 1.945/2011 – Do Sr. Eleuses Paiva – Dispõe sobre a obrigatoriedade de o condutor manter os faróis acesos do veículo utilizando luz baixa durante o dia, e da instalação de dispositivo que permite o acionamento automático dos faróis ao ligar o motor do veículo. ...... 39564

Nº 1.946/2011 – Da Srª. Erika Kokay – Altera inciso II do § 2º do art. 458 da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, para dispor sobre a não inte-gração ao salário das utilidades concedidas pelo empregador relativas à educação do empregado ou de seus dependentes. ...................................... 39565

Nº 1.948/2011 – Do Sr. Onofre Santo Agos-tini – Dispõe sobre a destinação dos recursos de premiação das loterias federais administradas pela Caixa Econômica Federal não procurados pelos contemplados dentro do prazo de prescrição. ....... 39566

Nº 1.949/2011 – Da Srª. Rosinha da Adefal – Altera a Lei nº 6.454, de 24 de outubro de 1977, que “Dispõe sobre a denominação de logradouros, obras serviços e monumentos públicos, e dá outras providências”. ........................................................ 39566

INDICAÇÕES

Nº 1.188/2011 – Do Sr. Roberto de Lucena – Sugere ao Ministro do Trabalho e Emprego a ins-tituição de linha de crédito especial destinada às mulheres interessadas em desenvolver a atividade de artesanato sob a forma de cooperativas ou as-sociações. .............................................................. 39567

Nº 1.189/2011 – Da Srª. Sandra Rosado – Su-gere à Ministra de Estado da Casa Civil a criação de um Ministério do Trânsito. ................................. 39567

Nº 1.190/2011 – Da Srª. Flávia Morais – Suge-re ao Ministro de Estado da Educação a instalação de campus do Instituto Federal Goiano, no Município de Santa Helena de Goiás, no Estado de Goiás. .. 39568

Nº 1.191/2011 – Da Srª. Flávia Morais – Suge-re ao Ministro de Estado da Educação a implantação de um Campus do Instituto Federal de Educação Profissional e Tecnológica para o Município de São Simão – GO. .......................................................... 39568

Nº 1.192/2011 – Da Srª. Flávia Morais – Su-gere ao Ministro de Estado da Educação a implan-tação de um Campus do Instituto Federal de Edu-cação Profissional e Tecnológica para o Município de Porangatu – GO. ............................................... 39568

Nº 1.193/2011 – Da Srª. Flávia Morais – Su-gere ao Ministro de Estado da Educação a implan-tação de um Campus do Instituto Federal de Edu-cação Profissional e Tecnológica para o Município de Doverlândia – GO. ............................................ 39569

PROPOSTA DE FISCALIZAÇÃO E CONTROLE

Nº 39/2011 – Do Sr. Rubens Bueno – Pro-põe que a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle – CFFC realize atos de fiscalização e controle, com o auxílio do Tribunal de Contas da

União – TCU, sobre suposto esquema de desvio de dinheiro público envolvendo a Companhia Nacio-nal de Abastecimento – Conab, empresa pública, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa. ......................................... 39569

REQUERIMENTOS DE INFORMAÇÃO

Nº 879/2011 – Do Sr. Junji Abe – Solicita informações ao Ministro dos Transportes, Senhor Paulo Sérgio Oliveira Passos, acerca da construção de dois viadutos sobre a linha férrea de Mogi das Cruzes (SP), objeto do Edital nº 408/2010-00, do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Trans-porte – DNIT, processo nº 50600.010274/2010-0. 39570

Nº 882/2011 – Do Sr. Rui Palmeira – Solicita ao Ministro de Minas e Energia, senhor Edison Lo-bão, informações sobre o blecaute e sobre a inter-rupção no fornecimento de energia elétrica ocorrido em Alagoas de 3 de agosto de 2011 ..................... 39571

REQUERIMENTOS

Nº 2.628/2011 – Do Sr. Mauro Benevides – Requer o desarquivamento de proposições .......... 39573

Nº 2.629/2011 – Do Sr. Artur Bruno – Requer a inclusão na Ordem do Dia da PEC nº 190/2007, que Determina que a Lei Complementar, de inicia-tiva do Supremo Tribunal Federal – STF – Disporá sobre o Estatuto dos Servidores do Judiciário. Altera a Constituição Federal de 1988. ........................... 39573

Nº 2.630/2011 – Do Sr. Nelson Pellegrino – Requer a inclusão na ordem do dia do Plenário, da PEC nº 153/2003, que regula a carreira de Procu-rador Municipal. ..................................................... 39573

Nº 2.631/2011 – Do Sr. Carlaile Pedrosa – Requer a constituição de Comissão Especial para proferir Parecer à PEC 228/2008, que Dá nova re-dação ao § 3º do art. 46 da Constituição Federal . 39573

Nº 2.632/2011 – Do Sr. Leopoldo Meyer – Re-quer a instalação de Comissão Especial a fim de dar parecer sobre a Proposta de Emenda à Cons-tituição nº 53 de 2007 ............................................ 39574

Nº 2.633/2011 – Do Sr. Roberto de Lucena – Requer retirada do PL 1899 de 2011 que altera a redação de dispositivos da Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989, que “define os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor”. ........................ 39574

Nº 2.634/2011 – Do Sr. José Nunes – Requer a inclusão na Ordem do Dia do Plenário da Câmara dos Deputados do PLP nº 306 de 2008. ............... 39574

Nº 2.635/2011 – Do Sr. Cesar Colnago – Re-quer Inclusão, na Ordem do Dia, da Proposta de Emenda à Constituição – PEC nº 98, de 2007. ..... 39574

Nº 2.636/2011 – Do Sr. Reinaldo Azambuja – Requer inclusão na Ordem do Dia da Proposta de Emenda à Constituição nº 59 de 2007, que “acres-centa dispositivos ao art. 144, criando a Policia Portuária Federal, e dá outras providências”. ........ 39575

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39444 Sexta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2011

Nº 2.637/2011 – Do Sr. Taumaturgo Lima – Requer inclusão na Ordem do Dia da Proposta de Emenda à Constituição nº 153 de 2003. ............... 39575

Nº 2.638/2011 – Do Sr. Taumaturgo Lima – Requer a instalação de Comissão Especial a fim de dar parecer sobre a Proposta de Emenda à Cons-tituição nº 53 de 2007. ........................................... 39575

Nº 2.639/2011 – Do Sr. Dr. Paulo César – Re-quer a realização de Sessão Solene para homena-gear os 396 anos da Cidade de Cabo Frio. ........... 39575

Nº 2.640/2011 – Do Sr. Carlos Eduardo Ca-doca – Requer a instalação de Comissão Especial a fim de dar parecer sobre a Proposta de Emenda à Constituição nº 53 de 2007. ................................ 39576

Nº 2.641/2011 – Do Sr. Cláudio Puty – Re-querimento com pedido de Inclusão na Ordem do Dia da PEC 438/2001. ........................................... 39576

Nº 2.642/2011 – Do Sr. Valdivino de Olivei-ra – Requer a instalação de Comissão Especial a fim de dar parecer sobre a Proposta de Emenda à Constituição nº 53 de 2007. ................................... 39577

Nº 2.643/2011 – Do Sr. João Campos – Re-quer a revisão do despacho de distribuição do PL 6.578/2009, que inclui em sua tramitação a Comis-são de Finanças e Tributação. ............................... 39577

Nº 2.644/2011 – Da Srª. Sandra Rosado – Requer a tramitação conjunta do Projeto de Lei Nº 457/2011 e do Projeto de Lei Nº 1790/2011. ......... 39577

Nº 2.645/2011 – Da Srª. Sandra Rosado – Re-quer a criação de Comissão Especial para analisar a Proposta de Emenda à Constituição Nº 485, de 2005, que cria varas específicas para as causas relativas às mulheres nos juizados especiais cíveis e criminais de minha autoria. ................................. 39578

Nº 2.646/2011 – Do Sr. Anthony Garotinho – Requer a instalação de Comissão Especial a fim de dar parecer sobre a Proposta de Emenda à Cons-tituição nº 53 de 2007. ........................................... 39578

Nº 2.647/2011 – Do Sr. Daniel Almeida – Requer a inclusão em Ordem do Dia da PEC 153/2003. ............................................................... 39578

Nº 2.648/2011 – Do Sr. Romário – Requer a instalação de Comissão Especial a fim de dar pa-recer sobre a Proposta de Emenda à Constituição nº 53 de 2007. ....................................................... 39579

Nº 2.649/2011 – Da Srª. Sandra Rosado – Requer ao Presidente que encaminhe consulta à Comissão de Constituição e Justiça e de Cidada-nia sobre a aplicação da Lei nº 12.345, de 09 de dezembro de 2010, de minha autoria. ................... 39579

Nº 2.650/2011 – Do Sr. Eli Correa Filho – So-licita a tramitação conjunta do Projeto de Lei 1586 de 2011 e Projeto de Lei 3574 de 2008. ................ 39579

Nº 2.651/2011 – Do Sr. Amauri Teixeira – Requer moção de pesar pelo passamento da Sra. Marlene Barbosa, falecida no último dia 28 de julho de 2011.................................................................. 39580

Nº 2.652/2011 – Do Sr. Manoel Junior – Re-quer a instalação de Comissão Especial a fim de dar parecer sobre a Proposta de Emenda à Cons-tituição nº 53 de 2007. ........................................... 39580

Nº 2.653/2011 – Do Sr. Giroto – Requer a ins-talação de Comissão Especial a fim de dar parecer sobre a Proposta de Emenda à Constituição nº 53 de 2007. ................................................................. 39581

Nº 2.654/2011 – Do Sr. Giroto – Solicita in-clusão na pauta de votações da Câmara dos De-putados, do projeto de lei nº 959/2003, que dispõe sobre a regulamentação das profissões de Técnico de Estética e de Terapeuta Esteticista. .................. 39581

Nº 2.655/2011 – Do Sr. Fabio Trad – Requer a instalação de Comissão Especial a fim de dar pa-recer sobre a Proposta de Emenda à Constituição nº 53 de 2007. ....................................................... 39581

Nº 2.656/2011 – Da Srª. Erika Kokay – Requer a inclusão na Ordem do Dia do PL 2295/2000, que dispõe sobre a jornada de trabalho dos Enfermei-ros, Técnicos e Auxiliares de Enfermagem. ........... 39581

Nº 2.657/2011 – Da Srª. Erika Kokay – Requer a criação de Comissão Especial destinada a profe-rir Parecer ao Projeto de Lei nº 4.436 de 2008, que “Modifica o art. 19 da Lei nº 7.102, de 20 de junho de 1983, para garantir ao vigilante o recebimento de adicional de periculosidade”. ........................... 39582

Nº 2.658/2011 – Do Sr. Onofre Santo Agos-tini – Requer a inclusão de proposição na Ordem do Dia do Plenário da Câmara dos Deputados. .... 39582

Nº 2.659/2011 – Do Sr. Lincoln Portela – Re-quer a instalação de Comissão especial a fim de dar parecer sobre a Proposta de Emenda à Cons-tituição nº 53 de 2007. ........................................... 39582

VI – Ordem do Dia(Debates e trabalho de Comissões.)VII – Comunicações ParlamentaresONOFRE SANTO AGOSTINI (DEM – SC)

– Apoio à divisão do Estado do Pará. Defesa da votação em regime de urgência de projeto de lei sobre a criação de novas escolas técnicas no País. Elogio ao Governo Federal pelo lançamen-to de plano de erradicação da miséria. Acerto da iniciativa da Presidenta da República de institui-ção de plano de fortalecimento do setor produtivo. Apresentação do Projeto de Lei nº 1.908, de 2011, sobre tratamento diferenciado, em relação à inci-dência do IPI, a estabelecimentos industriais, ou estabelecimentos equiparados a industriais, com operações resultantes em produtos reciclados com resíduos sólidos. ................................................ 39583

ROBERTO DE LUCENA (Bloco/PV – SP – Pela ordem) – Encontro de membros da Frente Parlamentar Mista de Combate ao Bullyng e Ou-tras Formas de Violência com representantes da Associação dos Familiares e Amigos dos Anjos de Realengo. Apelo à Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro e ao Governo Estadual no sentido de pres-

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Agosto de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 5 39445

tação de apoio aos alunos sobreviventes da tragédia ocorrida na Escola Municipal Tarso da Silveira, no Bairro de Realengo. .............................................. 39584

FERNANDO MARRONI (PT – RS – Pela or-dem) – Medidas socioeconômicas adotadas pelo Governo Dilma Rousseff para continuidade do de-senvolvimento do País e enfrentamento da crise econômica internacional. Constrangimento causado pelo Ministro da Defesa, Nelson Jobim, às Forças Armadas Brasileiras, por críticas à Ministra de Rela-ções Institucionais, Ideli Salvatti, e à Ministra-Chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann. Conveniência de seu afastamento da Pasta da Defesa. ................... 39585

JOSÉ STÉDILE (Bloco/PSB – RS) – Equívoco da concessão, pela Presidenta Dilma Rousseff, de in-centivos fiscais à indústria automobilística por meio do Plano Brasil Maior. Necessidade de concessão de incentivos ao transporte público. Contentamento com a aprovação, pela Comissão de Desenvolvimento Ur-bano, do Projeto de Lei nº 6.474, de 2009, sobre a instituição do Programa Bicicleta Brasil. Solicitação à Casa de destinação de espaço para guarda de bicicle-tas e vestiários de Deputados e funcionários ciclistas. Indignação do orador com a inexistência de ciclovias no Distrito Federal. Realização de movimento em de-fesa da federalização da RSC-470, entre o Porto de Itajaí, no Estado de Santa Catarina, e o Porto do Rio Grande, no Estado do Rio Grande do Sul. Luta pela construção da RS-437, entre os Municípios de Vila Flores e Antônio Prado, e da RS-448, entre os Mu-nicípios de Nova Roma e Antônio Prado, Estado do Rio Grande do Sul. Anúncio de realização da Marcha das Margaridas 2011, em Brasília, Distrito Federal. . 39586

REGUFFE (PDT – DF – Pela ordem) – De-sinteresse do Governo do Distrito Federal na cons-trução de ciclovias. ............................................... 39588

LUIZ COUTO (PT – PB – Pela ordem) – Im-portância do Pacto pelo Desenvolvimento Social da Paraíba, estabelecido entre o Governador Ricardo Coutinho e municipalidades paraibanas. Realiza-ções do Governo Estadual no primeiro semestre de 2011. ................................................................ 39589

REGUFFE (PDT – DF) – Críticas à concessão pelo Governo Federal de isenção tributária à indús-tria automobilística. Defesa da extinção de impostos incidentes na produção e comércio de medicamen-tos. Apresentação de requerimento de informações ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão sobre o número de cargos comissionados na estru-tura do Poder Executivo. Necessidade de redução do custeio da máquina pública e de ampliação dos investimentos nas áreas de saúde, educação e se-gurança pública. Elevada carga tributária vigente no Brasil. Acerto da decisão do Governo Federal con-trária à utilização de recursos públicos no processo de fusão do Grupo Pão de Açúcar com a rede de supermercados Carrefour. .................................... 39590

SARNEY FILHO (Bloco/PV – MA – Como Líder) – Posicionamento contrário à concessão de incentivos fiscais à indústria automobilística pelo Governo Federal. Necessidade da realização de investimentos no transporte coletivo urbano. ...... 39591

VICENTINHO (PT – SP) – Realização por sindicato do evento sob o tema Os Trabalhadores e o Meio Ambiente. Não participação da classe trabalhista na elaboração do Plano Brasil Maior, destinado ao fortalecimento da indústria nacional. Defesa de votação, pela Comissão de Constitui-ção e Justiça e de Cidadania, de projeto de lei proibitivo da utilização de recursos públicos para aquisição de veículos importados. Conveniência de aprovação do projeto de lei sobre a obrigato-riedade de utilização, pela indústria automobilís-tica, de peças automotivas produzidas no País. Apoio à política governamental de fortalecimento do setor industrial brasileiro. .............................. 39592

AMAURI TEIXEIRA (PT – BA – Pela ordem) – Referências elogiosas ao Deputado Vicentinho. Apresentação de moção de pesar pelo falecimen-to da técnica de enfermagem Marlene Barbosa, do Município de Irecê, Estado da Bahia. Realização de roda de debates sob o tema Ser Negro/LGBT, pela Rede Nacional de Negras e Negros Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais – Rede Afro LGBT, em Salvador. Congratulação à atleta Simone Alves da Silva pela vitória alcançada no Troféu Brasil. Artigo Troféu Brasil: Jacobinense que‑bra recorde sul‑americano que já durava 18 anos, veiculado pelo blog Notícia Livre. Desoneração da folha de pagamento da indústria brasileira. Conve-niência de realização de conferência nacional do sistema financeiro. Carta da Confederação Nacio-nal dos Trabalhadores do Ramo Financeiro – CON-TRAF. Defesa de aprovação do Projeto de Decreto Legislativo nº 214, de 2011, sobre a contratação de correspondentes bancários. .................................. 39593

RAIMUNDO GOMES DE MATOS (PSDB – CE – Pela ordem) – Críticas à baixa execução do Programa de Aceleração do Crescimento – PAC. Assinatura de convênio para a realização das obras de terraplanagem de usina siderúrgica no Estado do Ceará .................... 39596

LUCI CHOINACKI (PT – SC – Pela ordem) – Agradecimento ao Governo Federal pela atenção dispensada aos Prefeitos Municipais do Estado de Santa Catarina. Relato da reunião de gestores municipais catarinenses com o Ministro da Pesca e Aquicultura, Luiz Sérgio. Importância da aquicul-tura para o desenvolvimento econômico do País. Congratulações ao ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e à Presidenta Dilma Rousseff. ................ 39598

SARNEY FILHO (Bloco/PV – MA – Pela or-dem) – Natureza falaciosa da matéria sobre a situ-ação de hospitais públicos maranhenses, publicada pela revista ISTOÉ. Nota da Secretaria de Estado da Saúde do Maranhão a respeito do assunto. ..... 39599

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39446 Sexta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2011

HUGO MOTTA (PMDB – PB – Pela ordem) – Apresentação, à Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, de requerimento de re-alização de audiência pública destinada à discussão dos preços e da qualidade dos serviços de telefonia móvel dispensados aos usuários no País. Anúncio da realização de audiência pública no Estado da Paraíba, pela Comissão Especial destinada à elaboração de políticas públicas de combate às drogas. Combate ao tráfico e consumo de drogas no País. ................ 39601

AUGUSTO CARVALHO (Bloco/PPS – DF – Pela ordem) – Apoio à transformação de sessão plenária da Casa em Comissão Geral para debate dos setores econômico e industrial brasileiros. Pon-derações sobre a crise econômica internacional. Críticas ao plano destinado à proteção da indústria brasileira. Conveniência de realização de debate sobre as flutuações cambiais e as taxas de juros vigentes no País. ................................................... 39602

ASSIS CARVALHO (PT – PI – Pela ordem) – Participação do Diretor-Geral da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação – FAO, José Graziano da Silva, no ato de relançamento da Frente Parlamentar da Segurança Alimentar e Nutricional. Artigo Subtrair espaços à incerteza, a respeito da segurança alimentar e nutricional, de autoria do Diretor-Geral da FAO, publicado pelo jornal Folha de S.Paulo. Dificuldades de comuni-dades terapêuticas para credenciamento junto ao Ministério da Saúde. .............................................. 39603

JANETE ROCHA PIETÁ (PT – SP – Pela or-dem. Discurso retirado pela oradora para revisão.) – Artigo Passando dos Limites, de Mônica Berga-mo, publicado pela revista Piauí. Realização, pelo Senado Federal, de sessão solene ao ensejo do transcurso do 5º aniversário da promulgação da Lei Maria da Penha, coibitiva da violência domés-tica contra a mulher. Nota subscrita pela Senadora Ângela Portela e pela oradora de repúdio aos ata-ques de caráter machista e preconceituoso desfe-ridos pelo Ministro da Defesa, Nelson Jobim, contra a Ministra-Chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e à Ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti. Anúncio da realização, por mulheres petistas, de reunião destinada ao debate da reforma política com a participação feminina. ................................. 39605

PAES LANDIM (Bloco/PTB – PI – Pela ordem) – Elogio aos Deputados Amauri Teixeira e Luiz Cou-to pela assiduidade na condução da Presidência em exercício dos trabalhos. Acerto da política de assen-tamento agrícola promovida pelo Ministro do Desen-volvimento Agrário, Afonso Bandeira Florence. Com-petência e probidade do Titular da Pasta. ................. 39605

VIII – Encerramento3 – DESPACHOS DO PRESIDENTE EM

PROPOSIÇÕES RIC 810/2011, RIC 811/2011, RIC 812/2011,

RIC 813/2011, RIC 814/2011, RIC 815/2011,

RIC 816/2011, RIC 817/2011, RIC 818/2011, RIC 819/2011, RIC 820/2011, RIC 821/2011, RIC 822/2011, RIC 823/2011, RIC 824/2011, RIC 825/2011, RIC 826/2011, RIC 827/2011, RIC 828/2011, RIC 829/2011, RIC 830/2011, RIC 831/2011, RIC 832/2011, RIC 833/2011, RIC 834/2011, RIC 835/2011, RIC 836/2011, RIC 837/2011, RIC 838/2011, RIC 839/2011, RIC 840/2011, RIC 841/2011, RIC 842/2011, RIC 843/2011, RIC 844/2011, RIC 845/2011, RIC 846/2011, RIC 847/2011, RIC 848/2011, RIC 849/2011, RIC 851/2011, RIC 852/2011. ...... 39627

4 – DECISÃO DA PRESIDÊNCIA

– Arquivem-se, nos termos do § 4º do artigo 58 do RICD, os PLs que especifica. ...................... 39637

COMISSÃO

5 – ATA

Comissão de Agricultura, Pecuária, Abas-tecimento e Desenvolvimento Rural, 15ª Reunião (Audiência Pública), em 07.06.11, com notas taqui-gráficas. ................................................................. 39637

6 – DESIGNAÇÃO

Comissão de Agricultura, Pecuária, Abaste-cimento e Desenvolvimento Rural, em 4-8-11. ...... 39663

SEÇÃO II

7 – ATOS DO PRESIDENTE

Dispensar: Antonio Valdeci Carneiro. ......... 39663

Designar: Pedro Gomes Monteiro Neto. ..... 39664

Designar (substitutos): Adriana Maria Dias Godoy Carvalheiro, Ailton Jose dos Santos, Andre Fellipe Satas Majdalani, Andrea Satyro Sa Ribeiro Fritzsche, Carlos Alberto Melo Prado, Carolina Van Der Linden de Souza, Celio Faria de Araujo, Daniel Menezes Duarte Filho, Edimara Pasinato Dal Pozzo, Eliane de Souza Cavalcanti Gontijo, Evelin Maciel Bri-solla, Francisco de Assis de Morais, Francisco Formiga Gonzaga, Joao Batista Lima Meneses, Jose Carlos Tavares, Liliane Chaves Murta de Lima, Luiz Fer-nando Pedreti Andrade, Marcus Vinícius de Amorim, Maria Marta Luiz de Oliveira, Maria Ribeiro Barbosa de Oliveira, Martinho Rabelo Paiva, Mizael Borges da Silva Neto, Osires Luis Batista Arantes, Rafaela San-tos Vieira Ferreira, Rosenilda Moura da Silva, Tiago Leônidas Franca de Melo, Valdete Frota Rodrigues Filho, Valerio Augusto Soares de Medeiros. ............. 39664

8 – MESA9 – LÍDERES E VICE-LÍDERES10 – DEPUTADOS EM EXERCÍCIO11– COMISSÕES

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Agosto de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 5 39447

SEÇÃO I

Ata da 192ª Sessão, Extraordinária, Matutina, em 4 de agosto de 2011

Presidência dos Srs.: Rose de Freitas, 1ª Vice‑Presidente. Manato, 2º Suplente de Secretário. Janete Capiberibe, Luiz Couto,

Miro Teixeira, § 2º do artigo 18 do Regimento Interno

ÀS 9 HORAS COMPARECEM À CASA OS SRS.:

Manato

Partido Bloco

RORAIMA

Francisco Araújo PSL PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslJhonatan de Jesus PRB Luciano Castro PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslPaulo Cesar Quartiero DEM Raul Lima PP Total de Roraima: 5

AMAPÁ

Janete Capiberibe PSB PsbPtbPcdobTotal de Amapá: 1

PARÁ

Beto Faro PT Cláudio Puty PT Miriquinho Batista PT Zequinha Marinho PSC Total de Pará: 4

AMAZONAS

Rebecca Garcia PP Total de Amazonas: 1

RONDÔNIA

Moreira Mendes PPS PvPpsTotal de Rondônia: 1

ACRE

Sibá Machado PT Total de Acre: 1

TOCANTINS

Ângelo Agnolin PDT Total de Tocantins: 1

MARANHÃO

Domingos Dutra PT

Gastão Vieira PMDB Lourival Mendes PTdoB PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslTotal de Maranhão: 3

CEARÁ

André Figueiredo PDT João Ananias PCdoB PsbPtbPcdobJosé Guimarães PT Mauro Benevides PMDB Total de Ceará: 4

PIAUÍ

Júlio Cesar DEM Total de Piauí: 1

PARAÍBA

Nilda Gondim PMDB Total de Paraíba: 1

PERNAMBUCO

Fernando Ferro PT Jorge Corte Real PTB PsbPtbPcdobJosé Augusto Maia PTB PsbPtbPcdobMendonça Filho DEM Roberto Teixeira PP Silvio Costa PTB PsbPtbPcdobTotal de Pernambuco: 6

ALAGOAS

Celia Rocha PTB PsbPtbPcdobJoão Lyra PTB PsbPtbPcdobTotal de Alagoas: 2

BAHIA

Antonio Brito PTB PsbPtbPcdobClaudio Cajado DEM Edson Pimenta PCdoB PsbPtbPcdobJosé Carlos Araújo PDT José Nunes DEM Josias Gomes PT Márcio Marinho PRB Nelson Pellegrino PT Total de Bahia: 8

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39448 Sexta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2011

MINAS GERAIS

Ademir Camilo PDT Carlaile Pedrosa PSDB Gabriel Guimarães PT Jairo Ataide DEM Lael Varella DEM Marcos Montes DEM Mauro Lopes PMDB Newton Cardoso PMDB Vitor Penido DEM Zé Silva PDT Total de Minas Gerais: 10

ESPÍRITO SANTO

Dr. Jorge Silva PDT Paulo Foletto PSB PsbPtbPcdobTotal de Espírito Santo: 2

RIO DE JANEIRO

Arolde de Oliveira DEM Dr. Adilson Soares PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslDr. Aluizio PV PvPpsDr. Paulo César PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslFelipe Bornier PHS PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslFernando Jordão PMDB Glauber Braga PSB PsbPtbPcdobSolange Almeida PMDB Vitor Paulo PRB Walney Rocha PTB PsbPtbPcdobWashington Reis PMDB Total de Rio de Janeiro: 11

SÃO PAULO

Arnaldo Faria de Sá PTB PsbPtbPcdobArnaldo Jardim PPS PvPpsCarlos Zarattini PT Dimas Ramalho PPS PvPpsEleuses Paiva DEM Gabriel Chalita PMDB Jefferson Campos PSB PsbPtbPcdobJonas Donizette PSB PsbPtbPcdobJosé Mentor PT Otoniel Lima PRB Roberto de Lucena PV PvPpsVanderlei Macris PSDB Walter Ihoshi DEM Total de São Paulo: 13

MATO GROSSO

Carlos Bezerra PMDB Neri Geller PP Roberto Dorner PP Valtenir Pereira PSB PsbPtbPcdobTotal de Mato Grosso: 4

GOIÁS

João Campos PSDB Marina Santanna PT Pedro Chaves PMDB Ronaldo Caiado DEM Total de Goiás: 4

PARANÁ

Abelardo Lupion DEM Assis do Couto PT Dilceu Sperafico PP Eduardo Sciarra DEM Nelson Padovani PSC Ratinho Junior PSC Rosane Ferreira PV PvPpsRubens Bueno PPS PvPpsTotal de Paraná: 8

SANTA CATARINA

Celso Maldaner PMDB Décio Lima PT Esperidião Amin PP Jorge Boeira PT Onofre Santo Agostini DEM Total de Santa Catarina: 5

RIO GRANDE DO SUL

Alexandre Roso PSB PsbPtbPcdobEnio Bacci PDT Giovani Cherini PDT Luis Carlos Heinze PP Luiz Noé PSB PsbPtbPcdobManuela D`ávila PCdoB PsbPtbPcdobMendes Ribeiro Filho PMDB Ronaldo Nogueira PTB PsbPtbPcdobVieira da Cunha PDT Total de Rio Grande do Sul: 9

I – ABERTURA DA SESSÃOO SR. PRESIDENTE (Manato) – A lista de pre-

sença registra na Casa o comparecimento de 106 Se-nhoras Deputadas e Senhores Deputados.

Está aberta a sessão.Sob a proteção de Deus e em nome do povo

brasileiro iniciamos nossos trabalhos.O Sr. Secretário procederá à leitura da ata da

sessão anterior.

II – LEITURA DA ATAO SR. SIBÁ MACHADO, servindo como 2º Secre-

tário, procede à leitura da ata da sessão antecedente, a qual é, sem observações, aprovada.

O SR. PRESIDENTE (Manato) – Passa-se à lei-tura do expediente.

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Agosto de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 5 39449

O SR. SIBÁ MACHADO, servindo como 1º Se-cretário, procede à leitura do seguinte

III – EXPEDIENTE

Aviso nº 1056-Seses-TCU-Plenário, do Exmo. Sr. Ministro Benjamin Zymler, Presidente do Tribunal de Contas da União. Encaminhamento de cópia do Acórdão proferido nos autos do Processo nº TC-015.625/2011-7. Solicitação de Informações nº 6/11, de autoria do Deputado Pauderney Avelino.

Oficie-se o Sr. Deputado Pauderney Avelino, en-

caminhando cópia do expediente. Publique-se. Ar-

quive-se.

Em 4-8-11. – Deputado Marco Maia,

Presidente.

Aviso nº 1081-Seses-TCU-Plenário

Brasília-DF, 27 de julho de 2011

A Sua Excelência, o Senhor Deputado Federal Marco Maia Presidente da Câmara dos Deputados Praça dos Três Poderes, Câmara dos Deputados Brasília – DF

Senhor Presidente, Encaminho a Vossa Excelência, para conhecimen-

to, cópia do Acórdão proferido nos autos do Processo nº TC 019.153/2011-2, pelo Plenário desta Corte na Sessão Ordinária de 27-7-2011, acompanhado do Re-latório e do Voto que o fundamentam e, ainda, cópia da Decisão Normativa ora aprovada.

Atenciosamente, – Benjamin Zymler, Presidente.

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ANEXO III

ANTEPROJETO

DECISÃO NORMATIVA TCU Nº , DE JULHO DE 2011

Aprova os coeficientes individuais de participação dos Estados e do Distrito Fede-

ral nos recursos previstos no art. 159, inciso II, da Constituição Federal, para aplicação no exercício de 2012.

O Tribunal de Contas da União, no uso da atribui-ção que lhe confere o art. 2º, caput, da Lei Comple-mentar nº 61, de 26 de dezembro de 1989 e os arts. 15, alínea g, e 291 do Regimento Interno, aprovado pela Resolução nº 155, de 4 de dezembro de 2002,

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39454 Sexta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2011

e tendo em vista o disposto no art. 159, inciso II, da Constituição Federal, e nas Leis Complementares nºs 61, de 26 de dezembro de 1989, e 65, de 15 de abril de 1991, bem assim o que consta no Processo TC 019.153/2011-2, resolve:

Art. 1º Ficam aprovados, na forma do Anexo Único desta Decisão Normativa, os coeficientes individuais dos Estados e Distrito Federal destinados ao rateio da

parcela de 10% (dez por cento) do produto da arre-cadação do Imposto sobre Produtos Industrializados, para aplicação no exercício de 2012.

Art. 2º Esta Decisão Normativa entra em vigor na data de sua publicação.

TCU, Sala das Sessões Ministro Luciano Bran-dão Alves de Souza, 27 de julho de 2011. – Benjamin Zymler, Presidente.

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Agosto de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 5 39455

PARECER

Em face das competências constitucionais e le-gais conferidas ao Tribunal de Contas da União, trago à deliberação deste Colegiado o Projeto de Decisão Normativa que fixa, para o exercício de 2012, os coe-ficientes destinados ao cálculo das quotas de partici-pação dos Estados e do Distrito Federal no montante dos recursos provenientes da parcela de 10% (dez por cento) incidente sobre a arrecadação do Imposto sobre Produtos Industrializados, proporcionalmente às exportações, a que alude o inciso II do artigo 159 da Constituição Federal.

2. Nos termos dos artigos 159, II, e 161, II e pa-rágrafo único da Constituição Federal, compete ao Tri-bunal de Contas da União efetuar o cálculo das frações em que se dividirão dez por cento do produto da arre-cadação do imposto sobre produtos industrializados, aos Estados e ao Distrito Federal, proporcionalmente ao valor das respectivas exportações de produtos in-dustrializados.

3. Como visto no relatório precedente, a propos-ta oferecida pela Secretaria de Macroavaliação Go-vernamental (SEMAG) tem por base as informações encaminhadas ao TCU pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior – SECEX/MDIC, em cumprimen-to ao disposto no art. 1º, § 5º da Lei Complementar nº 61/1989.

4. Em síntese, a Secretaria de Macroavaliação Governamental, em observância aos §§ 3º e 4º do art. 1º da Lei Complementar nº 61/89, utilizando-se dos dados apresentados pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, calculou os coeficientes de ra-teio para o exercício 2012 a partir dos valores, em dólares norte-americanos, das exportações ocorri-das nos 12 (doze) meses antecedentes a primeiro de julho de 2011.

5. Tendo em vista que a participação do Estado de São Paulo no produto da arrecadação do Imposto sobre Produtos Industrializados excedeu a 20%, foi efetuada a distribuição do excedente entre as demais unidades federadas, na proporção de suas respectivas

participações relativas, conforme preceitua o § 4º do art. 1º da LC nº 61/89.

6. Observados, portanto, os critérios e procedi-mentos legais para o cálculo dos coeficientes de que tratam os autos, concluo pela aprovação do antepro-jeto de Decisão Normativa na forma proposta pela unidade técnica.

Ante o exposto, meu parecer é pela aprovação do projeto de Decisão Normativa em exame, nos ter-mos do acórdão que ora submeto à consideração deste Tribunal.

TCU, Sala das Sessões Ministro Luciano Bran-dão Alves de Souza, 27 de julho de 2011. – Valmir Campelo, Ministro-Relator.

DECISÃO NORMATIVA TCU Nº 114, DE 27 DE JULHO DE 2011

Aprova os coeficientes individuais de participação dos Estados e do Distrito Fede-ral nos recursos previstos no art. 159, inciso II, da Constituição Federal, para aplicação no exercício de 2012.

O Tribunal de Contas da União, no uso da atribui-ção que lhe confere o art. 2º, caput, da Lei Comple-mentar nº 61, de 26 de dezembro de 1989 e os arts. 15, alínea g, e 291 do Regimento Interno, aprovado pela Resolução nº 155, de 4 de dezembro de 2002, e tendo em vista o disposto no art. 159, inciso II, da Constituição Federal, e nas Leis Complementares nºs 61, de 26 de dezembro de 1989, e 65, de 15 de abril de 1991, bem assim o que consta no Processo TC 019.153/2011-2, resolve:

Art. 1º Ficam aprovados, na forma do Anexo Único desta Decisão Normativa, os coeficientes individuais dos Estados e Distrito Federal destinados ao rateio da parcela de 10% (dez por cento) do produto da arre-cadação do Imposto sobre Produtos Industrializados, para aplicação no exercício de 2012.

Art. 2º Esta Decisão Normativa entra em vigor na data de sua publicação.

TCU, Sala das Sessões Ministro Luciano Bran-dão Alves de Souza, 27 de julho de 2011. – Benjamin Zymler, Presidente.

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39456 Sexta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2011

DECISÃO NORMATIVA

TCU N° 114, DE 27 DE JULHO DE 2011

Aprova os coeficientes individuais de participação dos Estados e do Distrito Fede-ral nos recursos previstos no art. 159, inciso II, da Constituição Federal, para aplicação no exercício de 2012.

O Tribunal de Contas da União, no uso da atribui-ção que lhe confere o art. 2º, caput, da Lei Comple-mentar nº 61, de 26 de dezembro de 1989 e os arts. 15, alínea g, e 291 do Regimento Interno, aprovado pela Resolução nº 155, de 4 de dezembro de 2002, e tendo em vista o disposto no art. 159, inciso II, da Constituição Federal, e nas Leis Complementares nºs 61, de 26 de dezembro de 1989, e 65, de 15 de abril

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Agosto de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 5 39457

de 1991, bem assim o que consta no Processo TC

019.153/2011-2, resolve:

Art. 1º Ficam aprovados, na forma do Anexo Único

desta Decisão Normativa, os coeficientes individuais

dos Estados e Distrito Federal destinados ao rateio da

parcela de 10% (dez por cento) do produto da arre-

cadação do Imposto sobre Produtos Industrializados, para aplicação no exercício de 2012.

Art. 2º Esta Decisão Normativa entra em vigor na data de sua publicação.

TCU, Sala das Sessões Ministro Luciano Bran-dão Alves de Souza, 27 de julho de 2011. – Benjamin Zymler, Presidente.

Encaminhe-se, por cópia, à Comissão de Finanças e Tributação, para conhecimento. Publique-se. Arquive-se.

Em 4-8-11. – Deputado Marco Maia, Presidente.

Ofícios nº 221/P/2011 (MI 3.417/DF), nº 224/P/2011 (MI 3.421/DF), nº 233/P/2011 (MI 3.296/

DF), nº 239/P/2011 (MI 3.288/DF), nº 246/P/2011 (MI 3.676/DF), nº 323/P/2011 (MI 3.828/DF), nº 329/P/2011 (MI 3.261/DF) do Supremo Tribunal Federal. Comunica-ção das decisões nos referidos Mandados de Injunção.

Publique-se.

Em 4-8-11. – Deputado Marco Maia,

Presidente.

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39458 Sexta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2011

Gabinete da LiderançaOF nº 113/GAB

Brasília, 3 de agosto de 2011

Excelentíssimo Senhor Deputado Marco Maia DD. Presidente da Câmara dos Deputados

Senhor Presidente, Tenho a honra de dirigir-me a Vossa Excelência,

para solicitar a retirada do Deputado Taumaturgo (PT/AC) como membro suplente da Comissão Especial da Reforma Política.

Atenciosamente, – Deputado Paulo Teixeira, Líder do PT.

Defiro. Publique-se. Em 4-8-11. – Deputado Marco Maia,

Presidente.

Gabinete da LiderançaOF nº 114/GAB

Brasília, 3 de agosto de 2011

Excelentíssimo SenhorDeputado Marco Maia DD. Presidente da Câmara dos Deputados

Senhor Presidente, Tenho a honra de dirigir-me a Vossa Excelên-

cia, para indicar a Deputada Dalva Figueiredo (PT/AP) como membro suplente da Comissão Especial da Atenciosamente, – Deputado Paulo Teixeira, Lí-der do PT.

Defiro. Publique-se. Em 4-8-11. – Deputado Marco Maia,

Presidente.

Gabinete da Liderança do Democratas Ofício nº 277-L-DEM/2011

Brasília, 3 de agosto de 2011

Excelentíssimo Senhor Deputado Marco Maia Presidente da Câmara dos Deputados

Senhor Presidente, Comunico a Vossa Excelência que o Deputado

Rodrigo Maia deixa de integrar, como membro titular, a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle.

Respeitosamente, – Deputado Antônio Carlos Magalhães Neto, Líder do Democratas.

Defiro. Publique-se.Em 4-8-11. – Deputado Marco Maia,

Presidente.

Gabinete da Liderança do Democratas Ofício nº 278-L-DEM/2011

Brasília, 3 de agosto de 2011

Excelentíssimo Senhor Deputado Marco Maia Presidente da Câmara dos Deputados

Senhor Presidente,

Comunico a Vossa Excelência que, a partir desta data, não mais integrarei, como membro titular, a Co-missão de Fiscalização Financeira e Controle.

Respeitosamente, – Deputado Antônio Carlos Magalhães Neto, Líder do Democratas.

Defiro. Publique-se.Em 4-8-11. – Deputado Marco Maia,

Presidente.

Gabinete da Liderança do Democratas Ofício nº 279-L-DEM/2011

Brasília, 3 de agosto de 2011

Excelentíssimo Senhor Deputado Marco Maia Presidente da Câmara dos Deputados

Senhor Presidente, Indico a Vossa Excelência o Deputado Rodrigo

Maia para integrar, como membro titular, a Comissão de Finanças e Tributação, em vaga existente.

Respeitosamente, – Deputado Antônio Carlos Magalhães Neto, Líder do Democratas.

Defiro. Publique-se.

Em 4-8-11. – Deputado Marco Maia, Presidente.

Gabinete da Liderança do Democratas Ofício nº 281– L-DEM/11

Brasília, 4 de agosto de 2011

Excelentíssimo Senhor Deputado Marco Maia Presidente da Câmara dos Deputados

Senhor Presidente, Indico a Vossa Excelência o Deputado Eli Correa

Filho (DEM/SP) para integrar, como membro titular, a Comissão Especial destinada a proferir parecer à Pro-posta de Emenda à Constituição nº 443-A, de 2009, do Sr. Bonifácio de Andrada, estabelecendo que “o subsídio do grau ou nível máximo das carreiras da Advocacia--Geral da União, das Procuradorias dos Estados e do Distrito Federal corresponderá a noventa inteiros e vin-te e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, fixado para os Ministros do Supremo Tribunal Federal,

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Agosto de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 5 39459

e os subsídios dos demais integrantes das respectivas categorias da estrutura da advocacia pública serão fi-xados em lei e escalonados, não podendo a diferença entre um e outro ser superior a dez por centro ou infe-rior a cinco por cento, nem exceder a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal fixado para os Ministros do Supremo Tribunal Federal, obedecido, em qualquer caso, o disposto nos artigos 37, XI, e 39, § 4º, em vaga existente.

Respeitosamente, – Deputado Antônio Carlos Magalhães Neto, Líder do Democratas.

Publique-se.Em 4-8-11. – Deputado Marco Maia,

Presidente.

Gabinete do Líder do PSDB Of. nº 669/2011/PSDB

Brasília, 3 de agosto de 2011

A Sua Excelência o Senhor Deputado Marco Maia Presidente da Câmara dos Deputados

Assunto: Indicação de Membros para o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar

Senhor Presidente, Comunico a Vossa Excelência, conforme os ofí-

cios anexos de nºs 132/2011-GAB de 3 de agosto e 157/2011 de 2 de agosto de 2011, a renúncia aos cargos de membros Titular e Suplente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar dos Deputados Antonio Carlos Mendes Thame (PSDB/SP) e Fernando Francischi-ni (PSDB-PR) respectivamente. Dessa forma, indico como membro Titular o Deputado Fernando Francis-chini (PSDB/PR) e como membro Suplente o Deputa-do Antonio Carlos Mendes Thame (PSDB/SP), para integrar o referido Conselho a partir da presente data.

Respeitosamente, – Deputado Duarte Nogueira, Líder do PSDB.

OFÍCIO Nº 157-2011/GFF

Brasília, 2 de agosto de 2011

A Sua Excelência o Senhor Duarte Nogueira Líder do Partido da Social Democracia Brasileira – PSDB na Câmara dos DeputadosBrasília – DF

Assunto: Renúncia

Senhor Líder, Cumprimentando-o cordialmente, venho por este

comunicar a V. Exª minha renúncia da vaga de suplente

do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câma-ra dos Deputados.

Sendo o que tinha para o momento, despeço-me mui respeitosamente.

Atenciosamente, – Deputado Fernando Fran-cischini, PSDB/PR.

Ofício nº 132/2011-GAB

Brasília/DF, 3 de agosto de 2011

A Sua Excelência o Senhor Deputado Duarte Nogueira Líder do Partido da Social Democracia Brasileira – PSDB Câmara dos Deputados Edifício Principal, Térreo Brasília/DF

Assunto: Conselho de Ética e Decoro Parlamentar

Senhor Líder, Nos termos do § 1º do art. 7º da Resolução nº

25/2001, modificada pela Resolução nº 02/2011, informo a Vossa Excelência que estou renunciando ao cargo de Membro titular do Conselho de Ética e Decoro Parlamen-tar da Câmara dos Deputados, a partir da presente data.

Atenciosamente, – Deputado Antonio Carlos Mendes Thame, PSDB/SP.

Defiro, em razão das renúncias do Depu-tado Antonio Carlos Mendes Thame ao cargo de titular e Fernando Francischini ao cargo de suplente. Publique-se.

Em 4-8-11. – Deputado Marco Maia, Presidente.

Of. nº 672/2011/PSDB

Brasília, 3 de agosto de 2011

A Sua Excelência o Senhor Deputado Marco Maia Presidente da Câmara dos Deputados

Assunto: Indicação de Membro de Comissão

Senhor Presidente, Indico a Vossa Excelência o Deputado Nilson

Leitão, como membro suplente, para integrar a Co-missão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado.

Respeitosamente, – Deputado Duarte Nogueira, Líder do PSDB.

Defiro. Publique-se. Em 4-8-11. – Deputado Marco Maia,

Presidente.

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39460 Sexta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2011

Of. nº 682/2011/PSDB

Brasília, 4 de agosto de 2011

A Sua Excelência o Senhor Deputado Marco Maia Presidente da Câmara dos Deputados

Assunto: Indicação de Membro de Comissão

Senhor Presidente, Indico a Vossa Excelência o Deputado Paulo

Abi-Ackel, como membro suplente, para integrar a Comissão Especial destinada a proferir parecer ao Projeto de Lei nº 8.046/10, que trata do Código de Processo Civil.

Respeitosamente, – Deputado Duarte Nogueira, Líder do PSDB.

Publique-se. Em 4-8-11. – Deputado Marco Maia,

Presidente.

Ofício Líder nº 219/2011

Brasília-DF, 3 de agosto de 2011

Excelentíssimo Senhor Deputado Marco Maia Presidente da Câmara dos Deputados

Assunto: Indicação para Comissão Especial

Senhor Presidente, Ao cumprimentá-lo cordialmente, indico a Vos-

sa Excelência o Deputado André Moura (PSC/SE)

para integrar, como membro titular em substituição à Deputada Antônia Lúcia (PSC/AC), e esta deputada, para integrar como membro suplente em substituição ao Deputado Nelson Padovani (PSC/PR), a Comissão Especial destinada a analisar as Propostas de Emenda à Constituição que versem sobre Segurança Pública – CESEGUR.

Por oportuno, renovo a Vossa Excelência meus protestos de elevada consideração.

Respeitosamente, – Deputado Ratinho Junior, Líder do PSC.

Defiro. Publique-se. Em 4-8-11. – Deputado Marco Maia,

Presidente.

Ofício nº 188/2011 – Gab/DCZ

Brasília, 1 de agosto de 2011

A Sua Excelência o Senhor Deputado Marco Maia Presidente da Câmara dos Deputados Nesta

Senhor Presidente, Cumprimento cordialmente Vossa Excelência na

oportunidade e, encaminho anexo, Termo de Adesão de Parlamentares para inclusão como membros da Frente Parlamentar da Defesa Nacional.

Sendo o que se apresenta no momento, renovo protestos de consideração e apreço.

Atenciosamente, – Deputado Carlos Zarattini, PT/SP.

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Agosto de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 5 39461

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39462 Sexta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2011

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Agosto de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 5 39463

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39464 Sexta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2011

Ref. Of. s/nº/2011 – Deputado Nilson Pinto de Oli-veira – Encaminha cópia do Diário Oficial do Estado do Pará, de 1º-8-2011, com Decretos de exoneração do cargo de Secretário de Estado de Educação, a partir de 1º-8-2011, e de nomeação para o cargo de Secretário Especial de Promoção Social, a partir da mesma data.

Registre-se. Publique-se. Ao Senhor Diretor-Geral.

Em 4-8-11. – Deputado Marco Maia, Presidente.

PROJETO DE LEI Nº 1.947, DE 2011 (Da Comissão de Legislação Participativa)

Sugestão nº 11/2011

Altera a redação dos arts. 16 e 65 do Decreto-lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal.

O Congresso Nacional decreta:Art. 1º Esta lei altera a redação dos arts. 16 e 65

do Decreto-lei n.º 2.848, de 7 de dezembro de 1940 –

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Agosto de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 5 39465

Código Penal, a fim de modificar condições relativas ao arrependimento posterior e à confissão espontânea.

Art. 2º O art. 16 e a alínea “d” do inciso III do art. 65, ambos do Decreto-lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940, passam a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 16. Nos crimes e contravenções pe-nais cometidos sem violência ou grave amea-ça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa até a data do interrogatório judicial, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços.” (NR)

“Art. 65. ................................................ ..............................................................III – .......................................................d) confessado espontaneamente o delito

durante o interrogatório judicial e assistido por um advogado.

.................................................... ” (NR)

Art. 3º Esta lei entra em vigor na data da sua publicação.

Justificação

Foi encaminhada à Comissão de Legislação Par-ticipativa da Câmara dos Deputados sugestão apresen-tada pelo Conselho de Defesa Social de Estrela do Sul – CONDESESUL, para modificação de determinados dispositivos do Código Penal.

O objetivo é o de apresentar projeto de lei que modifique os arts. 16 e 65 do Código Penal, que tratam do arrependimento posterior e das circunstâncias ate-nuantes, para alterar o termo final do arrependimento posterior (que passa do recebimento da denúncia ou queixa para o interrogatório judicial) e da confissão espontânea quando esta ocorrer até depois de inicia-da a fase processual, no interrogatório perante o juiz.

Concordo com a entidade autora quando susten-ta que tal proposta visa valorizar ainda mais a medida de reparação do dano, bem como o estabelecimento de melhor mecanismo para a confissão.

Por essa razão, voto pela aprovação da Sugestão n.º 11/2011, apresentando esta proposta para debate perante esta Casa.

Sala das Sessões, 4 de agosto de 2011. – De-putado Vitor Paulo, Presidente.

SUGESTÃO No 11, DE 2011 (Do Conselho de Defesa Social

de Estrela do Sul – CONDESESUL)

Sugere Projeto de Lei para alterar a redação dos artigos 16, 65 e 155 do Código Penal Brasileiro.

COMISSÃO DE LEGISLAÇÃO PARTICIPATIVA

I – Relatório

Trata-se de sugestão apresentada pelo Conselho de Defesa Social de Estrela do Sul – CONDESESUL, que tem por objetivo apresentar projeto de lei que al-tere os arts. 16, 65 e 155 do Código Penal, para mo-dificar o termo final do arrependimento posterior (que passaria do recebimento da denúncia ou queixa para o interrogatório judicial) e, ainda, para acrescentar no tipo penal do crime de furto que, quando o objeto furtado for de até 50% do salário mínimo, será ne-cessária representação da vítima para o ajuizamento da ação penal.

Como justificativa sustenta que tal proposta visa valorizar ainda mais a medida de reparação do dano, bem como o estabelecimento de melhor mecanismo para a confissão.

É o relatório.

II – Voto do Relator

Cabe a esta Comissão, nos termos do art. 254, §1.º, do Regimento Interno, pronunciar-se sobre a Su-gestão em exame.

A iniciativa obedece ao disposto no art. 253, I, do Regimento Interno.

Como visto do relatório, a sugestão tem por ob-jetivo modificar o art. 16 do Código Penal, que trata do arrependimento posterior, para determinar que haverá a redução da pena desde que a reparação do dano ou a restituição da coisa seja feita não mais até o recebimento da denúncia, mas até o interroga-tório judicial.

No mesmo sentido, a modificação proposta para o art. 65 do Código Penal passa a considerar circuns-tância atenuante não mais a confissão espontânea perante a autoridade, mas aquela feita durante o inter-rogatório judicial, desde que assistido por advogado.

Creio que tais modificações realmente valorizam, tal como dito na justificativa, a medida de reparação do dano e por isso devem ser aceitas.

Contudo, quanto à inclusão de novo dispositivo no art. 155 do mesmo Código, que se refere ao crime de furto, transformando a ação de pública incondicio-nada para pública condicionada à representação do ofendido, creio não ser adequada, uma vez que a pró-pria Constituição Federal, no inciso IV de seu art. 7º, veda a vinculação do salário mínimo para qualquer fim.

Por essa razão, voto pela aprovação da Sugestão n.º 11/2011, na forma do projeto que ora apresento.

Sala da Comissão, 13 de julho de 2011. – Depu-tado Dr Grilo, Relator.

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39466 Sexta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2011

PROJETO DE LEI Nº , DE 2011 (Da Comissão de Legislação Participativa)

Altera a redação dos arts. 16 e 65 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal.

O Congresso Nacional decreta:Art. 1º Esta lei altera a redação dos arts. 16 e

65 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal, a fim de modificar condições relativas ao arrependimento posterior e à confissão espontânea.

Art. 2º O art. 16 e a alínea d do inciso III do art. 65, ambos do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940, passam a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 16. Nos crimes e contravenções pe-nais cometidos sem violência ou grave amea-ça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa até a data do interrogatório judicial, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços.” (NR)

“Art. 65. ................................................ ..............................................................III – .......................................................d) confessado espontaneamente o delito

durante o interrogatório judicial e assistido por um advogado.

.................................................... ” (NR)

Art. 3º Esta lei entra em vigor na data da sua publicação.

Justificação

Foi encaminhada à Comissão de Legislação Par-ticipativa da Câmara dos Deputados sugestão apresen-tada pelo Conselho de Defesa Social de Estrela do Sul – CONDESESUL, para modificação de determinados dispositivos do Código Penal.

O objetivo é o de apresentar projeto de lei que modifique os arts. 16 e 65 do Código Penal, que tratam do arrependimento posterior e das circuns-tâncias atenuantes, para alterar o termo final do ar-rependimento posterior (que passa do recebimento da denúncia ou queixa para o interrogatório judicial) e da confissão espontânea quando esta ocorrer até depois de iniciada a fase processual, no interroga-tório perante o juiz.

Concordo com a entidade autora quando susten-ta que tal proposta visa valorizar ainda mais a medida de reparação do dano, bem como o estabelecimento de melhor mecanismo para a confissão.

Por essa razão, voto pela aprovação da Sugestão nº 11/2011, apresentando esta proposta para debate perante esta Casa.

Sala da Comissão, 13 de julho de 2011. – Depu-tado Dr Grilo, Relator.

III – Parecer da Comissão

A Comissão de Legislação Participativa, em reu-nião ordinária realizada hoje, aprovou unanimemente a Sugestão nº 11, de 2011, nos termos do Parecer do Relator, Deputado Dr. Grilo.

Estiveram presentes os Senhores Deputados: Vitor Paulo – Presidente, Edivaldo Holanda Junior, Dr. Grilo e Jânio Natal – Vice-Presidentes, Glauber Braga, Luiz Fernando Machado, Luiza Erundina, Paulo Maga-lhães, Roberto Britto, Fátima Bezerra, Paulo Rubem Santiago e Pedro Uczai.

Sala da Comissão, 3 de agosto de 2011. – De-putado Vitor Paulo, Presidente.

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 878, DE 2011

(Da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle)

Solicita ao Ministro de Minas e Ener-gia, informações e cópias de todos os con-tratos, aditivos e respectivos processos licitatórios, envolvendo o Grupo Mitsui e a Petrobrás e suas Subsidiárias no Brasil e no Exterior.

Senhor Presidente,Solicito a Vossa Excelência, com fundamento no

art. 50 da Constituição Federal e na forma dos arts. 115 e 116 do Regimento Interno desta Casa, ouvida a Mesa, seja encaminhado ao Senhor Ministro da Defe-sa requerimento solicitando informações e cópias de todos os contratos, aditivos e respectivos processos licitatórios, envolvendo o Grupo Mitsui e a Petrobrás e suas Subsidiárias no Brasil e no Exterior.

Esclareço que as informações solicitadas decor-rem de aprovação do Requerimento nº 115/2011, de minha autoria e da Deputada Solange Almeida (cópia anexa), no plenário desta Comissão, por ocasião da reunião ordinária do dia 03/08/2011.

Sala das Comissões, 4 de agosto de 2011. – De-putado Sergio Brito, Presidente.

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 880 , DE 2011

(Da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle)

Solicita informações e cópias ao Sr. Ministro da Defesa a respeito das licitações

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Agosto de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 5 39467

realizadas desde o ano de 2009 pelo Insti-tuto Militar de Engenharia (IME).

Senhor Presidente,Solicito a Vossa Excelência, com fundamento no

art. 50 da Constituição Federal e na forma dos arts. 115 e 116 do Regimento Interno desta Casa, ouvida a Mesa, seja encaminhado ao Senhor Ministro da Defe-sa requerimento solicitando informações e cópias dos documentos relativos a todos os procedimentos licita-tórios realizados desde o ano de 2009 pelo Instituto Militar de Engenharia (IME).

Esclareço que as informações solicitadas decor-rem de aprovação do Requerimento nº 121/2011, de autoria do Deputado Áureo (cópia anexa), no plenário desta Comissão, por ocasião da reunião ordinária do dia 03/08/2011.

Sala das Comissões, 4 de agosto de 2011. – De-putado Sergio Brito, Presidente.

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 881, DE 2011

(Da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle)

Solicita informações e cópias à Sra. Ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão de documentos relativos aos ser-vidores públicos federais e empregados públicos federais que aderiram ao Progra-ma de Demissão Voluntária, no período de 1993 a 2001.

Senhor Presidente,Solicito a Vossa Excelência, com fundamento no

art. 50 da Constituição Federal e na forma dos arts. 115 e 116 do Regimento Interno desta Casa, ouvida a Mesa, seja encaminhado à Senhora Ministra do Pla-nejamento, Orçamento e Gestão requerimento solici-tando informações e cópias de documentos em que constem a relação completa dos servidores públicos federais e empregados públicos federais (Empresas Públicas e Sociedade de Economia Mista) que aderiram ao Programa de Demissão Voluntária, no período de 1993 a 2001, bem como órgãos e datas de admissão e demissão respectivos.

Esclareço que as informações solicitadas decor-rem de aprovação do Requerimento nº 124/2011, de autoria do Deputado Áureo (cópia anexa), no plenário desta Comissão, com alterações, por ocasião da reu-nião ordinária do dia 3-8-2011.

Sala das Comissões, 4 de agosto de 2011. – De-putado Sergio Brito, Presidente.

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 883, DE 2011

(Da Comissão da Amazônia,Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional)

Solicita informações à Ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, referen-tes ao uso de produtos químicos por aero-naves pulverizadoras que estariam levando ao desmatamento criminoso da Amazônia.

Senhor Presidente,Requeiro a Vossa Excelência, com base no Art.50

da Constituição Federal e na forma dos arts.115 e 116 do Regimento Interno, que, ouvida a Mesa, sejam so-licitadas informações à Senhora Ministra do Meio Am-biente, Izabella Teixeira, referentes ao uso de produtos químicos por aeronaves pulverizadoras que estariam levando ao desmatamento criminoso da Amazônia, respondendo às seguintes indagações:

1. Que providências foram adotadas por esse Ministério objetivando identificar os res-ponsáveis pela utilização do desmatamento químico da Floresta Amazônica? Solicitamos cópia dos procedimentos administrativos.

2. Que atitudes preventivas foram ado-tadas por esse Ministério objetivando evitar que os herbicidas continuem contaminando as pessoas e o meio ambiente?

3. Que estudos foram feitos para diag-nosticar a situação da área devastada? Solicita cópias desses estudos.

4. Qual a solução ou proposta de solução para evitar novas práticas de desmatamento químico da Floresta, para o caso aprovadas por esse Ministério? Qual o cronograma para a aplicação dos procedimentos com esses objetivos?

5. Quais os produtos utilizados e se estes são liberados para o uso no país e sua origem.

6. Que providências foram adotadas por esse Ministério objetivando identificar os res-ponsáveis pela utilização do desmatamento químico da Floresta Amazônica? Solicitamos cópia dos procedimentos administrativos.

7. Que atitudes preventivas foram ado-tadas por esse Ministério objetivando evitar que os herbicidas continuem contaminando as pessoas e o meio ambiente?

8. Que estudos foram feitos para diag-nosticar a situação da área devastada? Solicita cópias desses estudos.

9. Qual a solução ou proposta de solução para evitar novas práticas de desmatamento

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39468 Sexta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2011

químico da Floresta, para o caso aprovadas por esse Ministério? Qual o cronograma para a aplicação dos procedimentos com esses objetivos?

10. Quais os produtos utilizados e se estes são liberados para o uso no país e sua origem.

Justificação

No inicio deste mês, o “Globo Natureza” veiculou reportagem do jornalista Eduardo Carvalho de que o IBAMA teria apreendido quatro toneladas de herbicida totalmente tóxica em uma estrada do Município de Novo Aripuanã (AM). Pela reportagem, foi constatada uma área de 1,7 km repleta de árvores secas, sem folhas, característica de devastação por produto químico, no Município vizinho de Canutama (AM).

Essa técnica de lançar veneno por aeronaves em regiões de floresta foi empregada no país há duas dé-cadas ( último registro em 1999) e remete a lembranças do uso do “Napalm” na guerra do Vietnâ.

Por ser um método muito caro e de graves conse-quências ao meio ambiente envolvem grandes interes-ses econômicos, necessitando que a Câmara Federal acompanhe os acontecimentos, como uma forma de repressão a essa prática abominável.

Considerando a gravidade da denúncia, indaga-mos se os fatos narrados na notícia são verdadeiros. Caso positivo, solicitamos respostas às indagações constantes deste Requerimento.

Sala das Comissões, 4 de agosto de 2011. – De-putado Gladson Cameli, Presidente.

O SR. PRESIDENTE (Manato) – Antes de dar prosseguimento à sessão, esta Mesa dá conhecimento ao Plenário do seguinte

PRESIDÊNCIA

SECRETARIA-GERAL DA MESA

Emendas apresentadas à Medida Provi-sória nº 536, de 2011. Indeferimento liminar de emendas que versam sobre matéria estranha.

Com fundamento no art. 4º, § 4º, da Reso-lução nº 1/2002-CN, c.c. art. 125 do Regimen-to Interno da Câmara dos Deputados, indefiro liminarmente as Emendas nºs 11 e 12 apre-sentadas à Medida Provisória nº 536, de 2011, por versarem sobre matéria estranha, tudo em conformidade com a decisão desta Presidência proferida à Questão de Ordem nº 478/2009.

Publique-se.Oficie-se. – Deputado Marco Maia, Pre-

sidente.

O SR. PRESIDENTE (Manato) – Passa-se às

IV – BREVES COMUNICAÇÕESDando início ao período destinado às Breves Co-

municações, para dar como lido o seu pronunciamento, pelo tempo de 1 minuto, convido a primeira oradora inscrita, a nobre Deputada Janete Capiberibe.

A SRA. JANETE CAPIBERIBE (Bloco/PSB-AP. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares, apresentei na Comissão da Amazô-nia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regio-nal requerimento para realização de audiência pública destinada ao debate sobre o litígio entre a INFRAERO e moradores do Bairro Alvorada 2, em Macapá.

A estatal alega ser dona da área onde moram 160 famílias, mas a escritura está em nome da Prefeitura de Macapá. Cinquenta e seis famílias devem receber a escritura em breve, mas correm o risco de ver suas casas demolidas antes disso, se a Justiça Federal atender ao pedido do Ministério da Defesa.

Além de não ter a escritura, a INFRAERO quer uma área inservível para as operações do aeroporto, sob qualquer alegação.

Sr. Presidente, peço a divulgação deste pronun-ciamento nos órgãos de comunicação da Casa.

O SR. DOMINGOS DUTRA (PT-MA. Sem revi-são do orador.) – Sr. Presidente, quero parabenizar a Ministra Iriny Lopes e o Ministro José Eduardo Cardo-zo, que estão realizando um seminário desde ontem sobre os 5 anos da Lei Maria da Penha. Esta lei, que este Congresso aprovou, já contribuiu bastante para reduzir a violência contra a mulher, que infelizmente ainda é muito grande no País.

Portanto, comemorar os 5 anos da Lei Maria da Penha é um marco importante dessa luta para erra-dicar a violência contra qualquer tipo de pessoa, mas principalmente a violência doméstica contra a mulher, o que é um dever de todos os brasileiros.

Ontem eu estive na abertura do referido evento e ouvi a manifestação de vários Ministros do Supre-mo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justiça. Portanto, é um seminário importante.

Quero parabenizar a Ministra Iriny, o Ministro José Eduardo Cardozo e este Congresso, que teve a sensi-bilidade de aprovar uma lei importante em favor da paz.

O SR. JOSÉ NUNES (DEM-BA. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Depu-tadas, venho mais uma vez a esta tribuna para falar sobre a Emenda 29.

É realmente um absurdo que, depois de 11 anos da aprovação da Emenda 29, a qual vem, certamente, contribuir bastante para a melhoria do nível de saúde do Brasil, ela ainda não esteja vigorando porque não

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Agosto de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 5 39469

foi aprovado nesta Casa o Projeto de Lei nº 306, de 2008, de origem do Senado.

Já temos aí vários e vários requerimentos, Sr. Presidente, no sentido de colocar em pauta a Emenda 29, que irá contribuir enormemente para a melhoria do nível da saúde no País.

O SR. SIBÁ MACHADO (PT-AC. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, quero registrar que esta semana o Governador Tião Viana, do Estado do Acre, e o Ministério de Minas e Energia firmaram um com-promisso de construir uma linha de interligação de 138 kVA entre Rio Branco e a cidade de Cruzeiro do Sul, que vai interligar praticamente 70% das cidades do nosso Estado na rede de energia do Sistema Nacional.

Haverá redução do consumo de energia, pois a geração à base de diesel, além de altamente poluente, é muito cara, Sr. Presidente.

Então, é um sinal muito positivo para o desen-volvimento do nosso Estado, especialmente neste momento em que se dá passos significativos para a industrialização do Acre.

Quero parabenizar mais uma vez o Governo Federal, a Presidenta Dilma, o Ministério de Minas e Energia e o Governador Tião Viana por mais esse significativo investimento na infraestrutura de desen-volvimento do nosso Estado.

Muito obrigado, Sr. Presidente.O SR. MAURO BENEVIDES (PMDB-CE. Pronun-

cia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, os círculos de comunicação social do Ceará perderam, na tarde de ontem, um de seus mais prestigiosos integrantes, o jornalista Armando Vasconcelos, aos 85 anos de idade, 50 dos quais dedicados ao jornal, rádio e tele-visão, sempre se destacando, em suas apresentações, como profissional dos mais competentes e acatados.

Na antiga Radio Iracema principiou o seu desem-penho profissional, mantendo, igualmente, coluna no jornal O Estado, transferindo, posteriormente, para a TV Cidade, na qual manteve, por mais de um vicênio, espaço de larga repercussão, entrevistando políticos e figuras de expressão nos mais variados setores de nossa coletividade.

Algumas vezes, como Senador e então Presidente do Congresso Nacional, submeti-me às suas interpe-lações no vídeo, ao ensejo de programas dominicais, que alcançavam, à época, extraordinários índices de audiência em todos os segmentos demográficos.

Na vida pública, integrou o antigo Tribunal de Contas do Município de Fortaleza, como Procurador, já que era titulado em Direito, e no cargo se manteve até o memento de implementar o prazo que lhe conferiria o direito à aposentadoria no serviço público.

Na manhã de hoje Armando Vasconcelos será sepultado no Cemitério de São João Batista, quando associações de classe e numerosos amigos deverão prestar-lhe derradeira homenagem.

O extinto foi sempre apontado como profissional dos mais competentes e criteriosos, aplaudido por seus pares e por entidades de classe, como a tradicional Associação Cearense de Imprensa, hoje dirigida, com-petentemente, pela jornalista Ivonete Maia.

Portanto, Sr. Presidente, com este registro eu que-ro homenagear aquele conterrâneo ilustre, cuja vida foi sempre pautada pelo desejo de servir a sua terra.

O SR. PRESIDENTE (Manato) – Muito obrigado, nobre Deputado.

O SR. PRESIDENTE (Manato) – Concedo a pa-lavra ao nobre Deputado Giovanni Queiroz, para uma Comunicação de Liderança, pelo PDT.

O SR. GIOVANNI QUEIROZ (PDT-PA. Como Lí-der. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, venho hoje à tribuna para convidar esta Casa, os nobres Parlamentares e as nobres Par-lamentares para estarem conosco no pré-lançamento da Frente Parlamentar em Defesa da Criação dos Es-tados de Carajás e Tapajós, na sala nº 2 das Comis-sões, onde funciona a Comissão Mista de Orçamento.

Sr. Presidente, é um pré-lançamento porque o Tribunal Superior Eleitoral, ao definir a matéria, já en-caminha no sentido de que poderão participar desta Frente Parlamentar Deputados Federais, Senadores e Deputados Estaduais.

Portanto, hoje estamos recebendo aqui, no Con-gresso Nacional, para esse pré-lançamento, Deputados Estaduais do Pará que são solidários; são companhei-ros dessa luta emancipacionista que nós enfrentamos no Pará para a criação do Estado do Carajás e do Es-tado do Tapajós.

Quero dizer aos nobres pares que a aprovação, nesta Casa, daquele decreto legislativo, Deputado Ma-nato, meu Presidente, que autorizou o plebiscito, deu um novo vigor àquele povo já vigoroso da região sul e sudeste do Pará, do oeste paraense, porque fez re-nascer e fortaleceu ainda mais o sonho e a esperança de transformação daquela região.

Posso dizer aos Srs. Parlamentares que na im-prensa às vezes ouvimos um ou outro economista arriscando dizer que serão dois Estados deficitários. Ao contrário, serão dois Estados vigorosos economi-camente.

Quem não foi vigoroso quando criado foi o Esta-do do Tocantins, que era o corredor da miséria goiana e se transformou – para exemplo neste País – em um Estado pujante, um Estado que serve de modelo para todo o Brasil em termos de crescimento.

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39470 Sexta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2011

Não bastasse o Estado do Tocantins, temos aqui um nobre representante do Estado de Mato Grosso do Sul que pode dar o seu testemunho de quanto foram favorecidos os Estados de Mato Grosso e de Mato Grosso do Sul com a emancipação. Nesse período de 33 anos de emancipação, esses Estados experimen-taram um crescimento três vezes maior, em termos de PIB, do que o crescimento nacional. Vejam que não há nenhum instrumento de transformação econômi-ca mais forte do que este: a criação dessas unidades territoriais, desses novos Estados.

Portanto, fico aqui entusiasmado e agradeço aos meus pares por terem aprovado aquele decreto que autorizou o plebiscito para a criação dos Estados do Carajás e do Tapajós. Convidando a todos para – entre 10 horas e meio-dia, na sala nº 2 – o pré-lançamento da Frente Parlamentar em Defesa da Criação dos Es-tados do Carajás e Tapajós.

Nós vamos, com certeza, contribuir com o Brasil, com o desenvolvimento nacional, Sr. Presidente, ao criarmos esses dois Estados. Ouviremos a Assembleia Legislativa e voltaremos com o projeto para aqui fazer-mos a lei complementar que virá disciplinar e formatar melhor a criação desses novos Estados.

Agradeço a V.Exa. a oportunidade e convido todos que aqui estão presentes e os que estão nos gabine-tes para conosco participarem desse grande encontro.

Muito obrigado, Sr. Presidente.O SR. PRESIDENTE (Manato) – Muito obrigado,

nobre Líder.O SR. PRESIDENTE (Manato) – Concedo a pa-

lavra ao Deputado Artur Bruno por 1 minuto.O SR. ARTUR BRUNO (PT-CE. Sem revisão do

orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, co-munico a V.Exas. e ao povo do Estado do Ceará que na próxima semana, na quinta-feira vindoura, faremos uma audiência pública da Câmara dos Deputados e da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará para deba-ter o PRONATEC, esse grande programa de formação profissional, de educação técnica que o Governo Dilma está lançando em nosso País.

Votaremos esse projeto de lei nas próximas se-manas nesta Casa, mas é preciso que o povo brasileiro conheça os fundamentos do PRONATEC, um progra-ma de educação profissional voltado para aqueles que estão recebendo apoio do Bolsa Família, para aqueles que estão desempregados, e que estão recebendo pelo seguro-desemprego, e para aqueles alunos da escola pública do ensino médio.

O SR. PRESIDENTE (Manato) – Muito obrigado, nobre Deputado.

O SR. PRESIDENTE (Manato) – Concedo a pa-lavra ao Sr. Deputado Geraldo Simões.

O SR. GERALDO SIMÕES (PT-BA. Sem revi-são do orador.) – Sr. Presidente, estou apresentando emenda à Medida Provisória nº 539, estabelecendo novos prazos para a renegociação da dívida dos ca-cauicultores do sul da Bahia, minha região.

É um plano importante do Governo Lula para aquela região tornar os produtores sujeitos de crédito, mas o prazo venceu no último dia 30 de junho. Neces-sário se faz, portanto, novos prazos, para que um bom número de produtores de cacau tenha tempo de pre-parar a documentação, recorrer ao banco, renegociar suas dívidas e pegar dinheiro novo, porque há dinheiro novo disponível aos produtores da região.

Quero dizer, Sr. Presidente, que a região sul da Bahia produz 85% do cacau nacional.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, quero comunicar que estou apresentando emenda à Medi-da Provisória nº 539, estipulando novo prazo para a renegociação das dívidas dos cacauicultores – Lei nº 11.775/2008.

Essa emenda se faz necessária, pois o prazo anterior venceu em 30 de junho de 2011.

Segundo relatório atualizado, já foram regulari-zadas 4.887 operações de crédito, praticamente 50% do total. Vários produtores que estavam em processo de regularização não conseguiram cumprir com os requisitos no prazo determinado, já que alguns docu-mentos levam até 90 dias para ser protocolados no INCRA, e as dívidas que dependem de espólios de-mandam processos judiciais que levam até 120 dias para o atendimento do pleito pelo juiz inventariante, prazo que os cartórios chegam a levar para expedir a certidão de inteiro teor, quando exigida pelos bancos.

Sem entrar no mérito dos motivos que retardam a referida renegociação, considero importante a am-pliação do referido prazo e que se busque incluir o maior número possível de produtores. Penso ser do interesse de todos e do desenvolvimento de nossa região que os créditos agrícolas sejam renovados e dinamizem a economia.

Aproveitando as medidas de incentivo anunciadas pela Presidenta Dilma, considero que regular a situação do crédito dos produtores de cacau é uma contribuição efetiva para dinamizar a economia do sul da Bahia.

Muito obrigado.O SR. AMAURI TEIXEIRA (PT-BA. Sem revisão

do orador.) – Sr. Presidente, queremos fazer um apelo à Ministra do Planejamento, à Ministra da Casa Civil e à Ministra das Relações Institucionais. Estamos juntos

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Agosto de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 5 39471

com os Deputados Domingos Dutra e Valmir Assunção contra o trabalho escravo, pela contratação imediata dos 220 auditores fiscais do trabalho, mais do que ne-cessária para debelar o trabalho escravo neste País.

Recentemente, o jornal A Tarde publicou uma matéria sobre trabalho escravo em diversos estabeleci-mentos no oeste da Bahia. Para combatê-lo, é preciso fortalecer os órgãos do Estado, a Polícia Federal, a Po-lícia Rodoviária Federal, mas sobretudo é necessária a fiscalização do Ministério do Trabalho, a presença dos auditores fiscais do Ministério do Trabalho, que são a ponta de lança no combate ao trabalho escravo.

Muito obrigado, Sr. Presidente.O SR. MARÇAL FILHO (PMDB-MS. Sem revisão

do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares, da tribuna desta Casa, gostaria de divulgar visita que fiz ontem ao Ministro dos Transportes, acompanhado do Governador do meu Estado, André Puccinelli, para reivindicar algumas melhorias para o nosso Estado.

Já havíamos feito essa reivindicação ao Ministro Alfredo Nascimento, que antecedeu o Ministro Passos, no sentido, principalmente, da construção da Ferrovia Norte-Sul, que vai ligar a cidade de Maracaju à minha cidade de Dourados, até a cidade de Cascavel, no Estado do Paraná. É uma importante ferrovia que irá sem dúvida fazer com que a produção chegue mais rápido e mais barata até o consumidor.

Também registro a necessidade de revitalização das rodovias federais, além da visita que fizemos ao Ministro da Agricultura, Wagner Rossi.

PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, nesta oportunidade, gostaria de registrar que estive ontem no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimen-to, onde participei da assinatura de convênios, no va-lor de R$16 milhões, pelo Ministro Wagner Rossi e o Governador André Puccineli, destinados às ações de sanidade animal.

Estive também com o novo Ministro dos Trans-portes, o Ministro Paulo César Oliveira, pedindo a du-plicação da BR-163, além da implantação da Ferrovia Norte-Sul que ligará Mato Grosso do Sul ao Estado do Pará.

Muito obrigado, Sr. Presidente.O SR. LUIZ COUTO (PT-PB. Sem revisão do ora-

dor.) – Sr. Presidente, quero felicitar o povo de João Pessoa, pois amanhã comemora-se o aniversário de emancipação política da nossa cidade.

O Prefeito Luciano Agra está fazendo uma exce-lente administração, dando continuidade ao trabalho

feito pelo ex-Prefeito Ricardo Coutinho, atual Gover-nador do Estado do Paraíba.

Nós consideramos João Pessoa uma cidade boa de se viver, com muito progresso e desenvolvimento.

Felicito a Câmara de Vereadores, os Vereadores, o Prefeito e o povo de João Pessoa pela festa que amanhã celebraremos. Haverá não apenas a festa de aniversário da emancipação política da nossa capital, mas também a festa da nossa padroeira, Nossa Se-nhora das Neves.

Parabéns a todo o povo da Paraíba e ao povo de João Pessoa!

O SR. DR. UBIALI (Bloco/PSB-SP. Sem revisão do orador) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, amanhã, sexta-feira, a Comissão Especial do Plano Nacional de Educação fará uma reunião em Franca, na Câmara dos Vereadores, para discutir com a comu-nidade de Franca e região aspectos desse novo Plano Nacional de Educação para os próximos 10 anos. Que-remos que o Brasil tenha uma educação de qualidade, que permita termos um crescimento sólido, baseado no conhecimento e em melhores empregos. Para isso, a educação tem de passar por grandes mudanças.

Sabemos que o Plano Nacional de Educação que se encerra agora não atingiu seus objetivos. Infelizmen-te, o MEC não fez uma avaliação para saber por que isso não aconteceu, mas estamos trabalhando com a comunidade, com a base, para trazer a esta Casa su-gestões sobre aquilo que tem de ser feito.

Convido a todos para estarem presentes amanhã na Câmara de Vereadores de Franca.

O SR. OTAVIO LEITE (PSDB-RJ. Sem revisão do orador) – Sr. Presidente, o Governo anuncia o Plano Brasil Maior, cujo objetivo é diminuir tributos no cam-po de indústria, com a finalidade de fazer com que o setor prossiga competindo na exportação. O que é lamentável observar é que o Governo, mais uma vez, reincide numa miopia crônica: não identifica o setor do turismo como uma indústria que também precisa de apoio, de desoneração. É uma vergonha! Nós estamos há anos lutando para que esse setor seja desonerado, para que o produto Brasil fique mais barato aos con-sumidores internacionais que aqui chegam, gastam, consomem, geram emprego, geram renda. As contas externas brasileiras vão muito mal, do ponto de vista do turismo. O brasileiro gasta muito mais no exterior do que o estrangeiro aqui. E o Governo nada faz mais em relação a isso.

Nós queremos registrar a nossa profunda indig-nação diante desse Plano, que nada fala sobre o tu-rismo brasileiro.

O SR. PRESIDENTE (Manato) – Muito obrigado, nobre Deputado.

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39472 Sexta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2011

O SR. EDINHO BEZ (PMDB-SC. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, meus colegas Parlamen-tares, lembro a todos que hoje é o Dia do Padre, e eu tenho o privilégio de ser amigo de inúmeros padres por este Brasil afora.

Uso esta tribuna para falar da Lei nº 12.456, de 2011, sancionada pela Presidente Dilma Rousseff, decorrente de projeto de lei de autoria deste Depu-tado, o qual denomina trecho da BR-285 de Rodovia Abel Dal Pont.

É com grande satisfação que trago a esta tribuna esta notícia. Trata-se de um trecho importante. São 36 quilômetros que faltam para interligar a BR-101 com o Município de São José dos Ausentes, no Rio Gran-de do Sul.

Gostaria que fosse dada ampla divulgação ao inteiro teor do meu pronunciamento.

PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, é com grande satisfação que trago a esta tribuna a notícia de que o projeto de lei de minha autoria, que homenageia Abel Dal Pont em trecho da BR-285, foi sancionado na semana passada pela Presidente da República, Dilma Rousseff.

A lei 12.456/2011 denomina Rodovia Abel Dal Pont trecho da BR-285 entre Timbé do Sul, em Santa Catarina, e São José dos Ausentes, no Rio Grande do Sul. Com a chancela do Ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, minha iniciativa foi acatada pelo Congresso Nacional e sancionada pela Presidente da República, como forma de homenagem ao falecido empresário e líder.

Abel Dal Pont nasceu em 1925, na cidade de Timbé do Sul, Santa Catarina. Começou a apresentar, ainda muito jovem, um dom natural para o comércio e a indústria, tendo em vista as grandes potencialidades da região por onde viveu. Começou sua atividade in-dustrial utilizando um pequeno descascador de arroz movido por uma turbina hidráulica, o que o levou, já na década de 1970, ao maior industrial do extremo sul de Santa Catarina, como proprietário de engenho de arroz especializado na compra, processando e ven-dendo o arroz pronto para consumo nos Estados de Santa Catarina, Rio de Janeiro e Paraná.

Com muita visão de futuro Abel Dal Pont foi tam-bém o primeiro empresário da Região Sul que teve a brilhante ideia de reflorestar uma extensa área de ter-ra com eucaliptos, pinos e nogueiras, árvores de fun-damental importância para carvão vegetal, indústria moveleira e construção civil.

Essas grandes qualidades justificam a homena-gem pretendida, dando seu nome ao trecho rodoviário da BR-285, exatamente onde havia a maior parte de seus empreendimentos e onde residia, entre as cida-des de Timbé do Sul, no Estado de Santa Catarina, e São José dos Ausentes, no Rio Grande do Sul.

Encerro levando ao conhecimento dos colegas e da população em geral que a pavimentação deste trecho foi solicitada por este Deputado, com o apoio dos demais Parlamentares, aprovando emendas no Orçamento da União, com o apoio do Ministério dos Transportes e do DNIT.

Na data de ontem falei pessoalmente com o Mi-nistro Paulo Sérgio, que prometeu averiguar a situação do projeto, que já está pronto, dependendo apenas da conclusão do Estudo do EIA/RIMA – Estudo e Relatório de Impacto Ambiental –, definitivamente, objetivando autorizar o edital de licitação.

Parabenizo a família do saudoso Abel Dal Pont, bem como o Município de Timbé do Sul e região. Nos-sos cumprimentos a outro amigo: Eclair Alves Coelho, Prefeito do Município de Timbé do Sul, extensivo a toda população, pois temos a consciência de que prestamos uma justa homenagem.

Era o que tinha a dizer.O SR. PRESIDENTE (Manato) – Com a palavra,

pela ordem, o Deputado Mauro Benevides, por 1 minuto.O SR. MAURO BENEVIDES (PMDB-CE. Pela

ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Srs. Deputados, toda a mídia registra hoje, com destaque, o desempenho de ontem do Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi, prestando esclarecimentos sobre os fatos relacionados à atua-ção de sua Pasta, notadamente da CONAB, órgão que integra a administração direta do Poder Executivo.

Com absoluta clareza, aquele auxiliar direto da Presidenta Dilma Rousseff respondeu a todas as in-dagações formuladas, revelando a exação com que atua naquele importante órgão do primeiro escalão governamental.

O PMDB, pelo seu Líder Henrique Eduardo Alves e inúmeros outros colegas, regozijou-se pela exposi-ção levada a efeito por um homem público que se há revelado competente à frente daquela importante área da vida administrativa do País.

Quando exerceu o mandato nesta Casa, ao tem-po em que presidi o Congresso Nacional, nele sempre vi um legislador correto, atento ao interesse coletivo.

O SR. PRESIDENTE (Manato) – Muito obrigado, nobre Deputado.

O SR. PRESIDENTE (Manato) – Com a palavra o Deputado Miriquinho Batista, por 1 minuto.

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Agosto de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 5 39473

O SR. MIRIQUINHO BATISTA (PT-PA. Sem revi-são do orador.) – Sr. Presidente, Srs. Deputados, que-ro fazer o registro importante de dois grandes festivais que ocorreram na Ilha do Marajó: um no Município de Chaves, em homenagem aos pescadores e vaquei-ros do Marajó; o outro no Município de Santa Cruz do Arari, uma grande manifestação cultural, o Festival do Tamuatá – tamuatá é um peixe da Amazônia.

Quero parabenizar os Prefeitos, os Vereadores e todo o povo de Chaves e de Santa Cruz do Arari, localizados na Ilha de Marajó, pelo grande momento cultural em que a população apresentou sua produção, que é o pescado.

Durante o discurso do Sr. Miriquinho Ba‑tista, o Sr. Manato, 2º Suplente de Secretário, deixa a cadeira da presidência, que é ocupada pela Sra. Janete Capiberibe, § 2º do art. 18 do Regimento Interno.

A SRA. PRESIDENTA (Janete Capiberibe) – Com a palavra o Deputado Manato, por 3 minutos.

O SR. MANATO (PDT-ES. Sem revisão do ora-dor.) – Sra. Presidente, gostaria de destacar um ótimo texto publicado no jornal O Globo, pela jornalista Miriam Leitão, que tem se revelado, há anos, uma profissio-nal que merece palmas, entre outros motivos, por seu discernimento, por sua clara visão da importância da separação entre Igreja e Estado.

A jornalista Miriam Leitão fez uma entrevista com Marina Silva e relata no texto a linha que seguiu para a conversa com a ex-Senadora da República. Miriam Leitão afirma detectar o preconceito de seus colegas que não entendem de criacionismo e querem enquadrar Marina pelo simples fato de ela acreditar que Deus é Criador. Ora, Sra. Presidente, todos sabem da ligação de José Serra com a astrologia, mas nenhum jornalista jamais fez uma pergunta sequer sobre essa subjetivi-dade do ex-Governador de São Paulo.

Aliás, aproveitando o ensejo, quero também des-tacar o excelente livro recentemente lançado pela jor-nalista Miriam Leitão Saga Brasileira – a longa luta de um povo por sua moeda, que reporta às histórias dos planos econômicos brasileiros. A publicação des-ta obra era um sonho que a escritora, economista e jornalista nutria há muito tempo. Também impulsionou a jornalista na publicação deste livro sua vontade de contar a historia dos planos econômicos e a luta dos brasileiros para ter uma moeda estável.

Faço apenas uma ressalva quanto ao ótimo texto de Miriam no jornal O Globo: ensinar evolucionismo não equivale a ensinar ciência, tanto quanto ensinar criacionismo não equivale a ensinar religião. Ambos os modelos têm componentes filosóficos ou metafísicos.

Na minha opinião, Sr. Presidente, o ideal seria que, nas escolas públicas, fosse ensinando um tipo de darwinis‑mo crítico não ufanista, apontando suas insuficiências epistêmicas, deixando claro que o naturalismo filosó-fico não é a única maneira de compreender e tentar explicar a origem do universo e da vida.

Segue, Sr. Presidente, a íntegra do texto da jor-nalista Miriam Leitão, para registro nos Anais da Casa, como parte deste pronunciamento:

“Na entrevista que fiz esta semana com Marina Silva não perguntei de religião. Foi pro‑posital. Ao me preparar para a entrevista, me dei conta de que já entrevistei muitos candida‑tos à Presidência, nas últimas cinco eleições, e nunca perguntei a qualquer dos candidatos se, de alguma forma, suas convicções reli‑giosas seriam parte do programa de governo. E eles tinham religião. As perguntas sobre a religião evangélica de Marina Silva aparecem de várias formas, são recorrentes, todas re‑velam o mesmo temor: o de que ela imponha ao País, caso eleita, suas crenças religiosas através do currículo escolar ou padrões de comportamento. Um temor que mais parece preconceito. Primeiro, ela não tem esse perfil autoritário, aliás é uma pessoa pública que marcou sua vida pelo diálogo. Segundo, e mais importante, nós temos uma democracia forte, vibrante, capaz de reagir a quaisquer tentati‑vas de cerceamento da liberdade individual. Veja‑se a tentativa do governo Lula de impor o controle da imprensa, em 2003, através de uma agência de audiovisual e de um conselho de jornalistas. Não deu certo. Em outros paí‑ses latino‑americanos, os governantes foram bem mais sucedidos.

Ninguém pergunta a um candidato ca‑tólico se ele vai proibir a pílula, exigir que os brasileiros não usem métodos contraceptivos, apesar de isso ser uma orientação do Vatica‑no para as famílias. Não teria cabimento essa pergunta, porque é claro que o candidato, se eleito, nem tentaria uma barbaridade dessas, e se tentasse, as famílias ignorariam. Mas à Marina a pergunta se ela implantaria políticas públicas baseadas na visão da igreja que fre‑quenta aparece insistentemente.

O Brasil é um país laico e assim conti‑nuará. Marina está sendo vítima de erros de alguns políticos evangélicos que têm tentado transformar púlpito em palanque, o que é de‑testável da perspectiva religiosa e uma ame‑aça à qualidade da democracia. Fé e política

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são questões que devem estar separadas. Apesar disso, os candidatos em campanha sempre vão a eventos religiosos, de diversas confissões, num chamado indireto aos fiéis. Se visitar diversos cultos for uma demonstração de tolerância religiosa, é excelente; se for uma tentativa de manipular a escolha do eleitor re‑ligioso, é um retrocesso.

A grande questão é: por que Marina é crivada de perguntas sobre sua fé e não há a mesma ilação sobre o risco de transposição das doutrinas religiosas para as políticas pú‑blicas quando o candidato é da religião domi‑nante no país? Aos outros, basta responder afirmativamente à pergunta clássica se acre‑dita em Deus. E nisso aí, há uma hipocrisia: só se aceita como boa a resposta positiva, como se o Brasil não pudesse ser governado por um agnóstico.

A imprensa brasileira lida de forma mais civilizada com questões da vida pessoal do que a imprensa de outros países. Há na americana uma obsessão puritana por saber quem tem ou teve amante; quem traiu ou não o cônjuge. Isso é tão definitivo que uma infidelidade con‑jugal pode acabar com a candidatura.

A imprensa brasileira só dá atenção a casos pessoais quando eles envolvem ques‑tões públicas. Um exemplo, o caso do senador Renan Calheiros. A pauta não era se o então presidente do Senado tinha uma filha fora do casamento, mas o fato de que as contas da mãe da filha eram pagas no escritório de uma empreiteira.

Temos sabido distinguir entre fatos da vida pessoal que pertencem à privacidade do candidato, daqueles fatos que se transformam em questões públicas. Já a imprensa ame‑ricana tem compulsão por investigar a vida dos candidatos atrás de amantes pretéritas e presentes. Mas não temos passado bem no teste da escolha religiosa, se ela for qualquer uma que não a católica. O que é preciso, de novo, é fazer a distinção entre o que é assun‑to público do que pertence especificamente à pessoa do candidato.

A questão do ensino do criacionismo apareceu como um assunto público. A Veja perguntou a ela, em setembro do ano pas‑sado, se o criacionismo deveria ser ensinado nas escolas. Ela garantiu que jamais defendeu a ideia de criacionismo como matéria obriga‑tória. Explicou que a confusão surgiu porque,

numa palestra num colégio adventista, diante de uma pergunta se o criacionismo poderia ser ensinado na escola, ela respondeu ‘desde que ensinem também o evolucionismo’.

A pergunta continuou sendo feita em cada entrevista. Eu particularmente acho que as religiões têm o direito de ensinar, em seus recintos, as suas crenças sobre a origem da vida e do aparecimento do ser humano no Pla‑neta. Mas isso deve ficar restrito ao ambiente religioso. Nas escolas, o que se ensina é ciên‑cia. As bíblias católica e protestante, a Torá, o Corão, e outros textos religiosos têm a mesma explicação de um força superior criadora da vida. Se é assim geral, por que só à Marina essa pergunta é feita?

Me perguntei tudo isso ao me preparar para entrevistar Marina Silva e decidi que esse tema não estaria entre os que abordaria. Senti que só poderia fazer para ela perguntas sobre o risco de políticas públicas inspiradas em sua fé se tivesse feito as mesmas perguntas aos outros candidatos, de outras denominações religiosas, que tenho entrevistado em todas as eleições. Não tendo feito a eles, não fiz a ela.

(Miriam Leitão, O Globo)”

O SR. LAERCIO OLIVEIRA (Bloco/PR-SE. Sem revisão do orador.) – Sra. Presidenta, Sras. e Srs. Deputadas, esta semana, o Governo lançou o Plano Brasil Maior, em defesa do fortalecimento da indús-tria brasileira. É muito bem-vindo o lançamento desse programa no momento em que a indústria passa por dificuldades, por problemas já conhecidos de todos os colegas aqui e da sociedade brasileira como um todo.

Na condição de Presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa do Setor de Serviços, chamo a aten-ção para a importância desse setor para a sociedade brasileira. O setor de serviços tem preponderância no emprego de mão de obra, pois representa mais de 60% do PIB, mas não ouvimos do Governo nenhum posicionamento sobre o setor.

Então, Sr. Presidente, agradecendo a sua genti-leza, venho aqui, perante os meus colegas, chamar a atenção do Governo exatamente para essa necessi-dade que temos. O Governo precisa dar sinais de que valoriza e prestigia o setor de serviços, e isso nós não encontramos até este momento.

Portanto, por meio da Frente Parlamentar, nós buscaremos esses caminhos, para que haja o devido reconhecimento de uma atividade tão importante para a sociedade brasileira.

Obrigado, Sr. Presidente.

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Agosto de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 5 39475

O SR. PRESIDENTE (Manato) – Muito obrigado nobre Deputado.

Durante o discurso do Sr. Laercio Oli‑veira, a Sra. Janete Capiberibe, § 2º do art. 18 do Regimento Interno, deixa a cadeira da presidência, que é ocupada pelo Sr. Manato, 2º Suplente de Secretário.

O SR. PRESIDENTE (Manato) – Dando início ao período de breves comunicações de 3 minutos, con-cedo a palavra pela ordem à primeira oradora inscrita, nobre Deputada Janete Capiberibe.

A SRA. JANETE CAPIBERIBE (Bloco/PSB-AP. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, quero fazer uma reparação à matéria publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo dia 2 passado, sobre re-cebimento de salários retroativos.

A reportagem foi informada pela minha assesso-ria que eu não ingressei com qualquer requerimento nesse sentido. Possivelmente, a informação foi cortada na edição por não interessar ao propósito do jornal.

Fui eleita como a Deputada mais votada do Ama-pá pela terceira vez consecutiva. Aguardei paciente-mente para que fosse reparada uma injustiça legal e política e pretendo, sim, que sejam reparados os prejuízos políticos que sofri, junto com o meu compa-nheiro João Capiberibe, com a cassação dos nossos mandatos parlamentares pelo Tribunal Superior Elei-toral, em 2004, resultado de um processo forjado pelo PMDB do Amapá.

Também pretendo que haja reparação pelo pre-juízo político que tivemos com as campanhas difama-tórias movidas por nossos adversários, por conta da Lei da Ficha Limpa, aplicada ilegal e indevidamente pelo TSE, com a correção dada pelo Supremo Tribu-nal Federal no dia 23 de março deste ano. Os nossos adversários usaram a incorreção afirmada pelo TSE para atacar a nossa honra e a nossa história política.

Meu companheiro João Capiberibe, eleito Sena-dor pelo Amapá em 3 de outubro, ainda está sofrendo esse prejuízo político e essa injustiça, pois não tomou posse no mandato para o qual foi eleito e aguarda a decisão monocrática do Ministro Luiz Fux.

Essas injustiças e a confusão causada pelo TSE, usada contra nós pelos nossos adversários, precisam ser reparadas, para que o eleitor não seja enganado e para garantir a soberania do voto popular. Precisamos dessa reparação política para fortalecer a segurança jurídica e a democracia.

Peço, Sr. Presidente, a divulgação deste meu pro-nunciamento pelos órgãos de comunicação desta Casa.

Muito obrigada.

O SR. PRESIDENTE (Manato) – V.Exa. será atendida, nobre Deputada.

O SR. PRESIDENTE (Manato) – Antes de dar prosseguimento à sessão, esta Mesa dá conhecimento ao Plenário do seguinte

OFÍCIO

Ofício nº 350, de 2011Do Congresso Nacional

Brasília, em 3 de agosto de 2011

Senhor Presidente,Comunico a V.Exa. e, por seu alto intermédio, à

Câmara dos Deputados, que esta Presidência, em en-tendimento com essa Casa Legislativa, convoca sessão solene conjunta do Congresso Nacional a realizar-se no dia 10 de agosto do corrente, quarta-feira, às 10 horas, no Plenário do Senado Federal, destinada a re-verenciar a memória do Senador e ex-Presidente da República Itamar Franco.

Atenciosamente, – Senador José Sarney, Pre-sidente do Senado Federal.

O SR. PRESIDENTE (Manato) – Concedo a pa-lavra, por 3 minutos, ao nobre colega Domingos Dutra.

O SR. DOMINGOS DUTRA (PT-MA. Sem revi-são do orador.) – Sr. Presidente, Deputado Manato, é um prazer falar da tribuna enquanto V.Exa. preside esta sessão.

Sr. Presidente, a Comissão Pastoral da Terra é uma entidade da Igreja Católica que há mais de 30 anos se dedica à defesa da reforma agrária, à luta em favor dos despossuídos do campo, ao combate à violência e à defesa da justiça no campo. Ela prestou e presta um dos mais relevantes serviços para a de-mocracia brasileira.

No Estado do Maranhão, Deputado Amauri, a Comissão Pastoral da Terra foi e é fundamental para a desconcentração da terra. Todos nós sabemos que este País não terá democracia enquanto o latifúndio imperar, enquanto brasileiros morrerem por falta de um pedaço de terra para morar e produzir. A Comissão Pastoral da Terra no Maranhão, este ano, já promoveu uma série de ações. E, pela primeira vez, os quilom-bolas saíram da mucamba, ocuparam a cidade, ocu-param a sede do INCRA e deram um “sabalanco” no Governo do Estado. Fizeram com que quatro Ministros visitassem o Maranhão.

Coincidência ou não, já ocorreram três tentativas de intimidação da Comissão Pastoral da Terra no Ma-ranhão. Em primeiro lugar, invadiram a sede da CPT em São Luís, reviraram todos os documentos, subtra-íram documentos. Mais recentemente, na cidade de

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Pinheiro, a sede da CPT também foi invadida à noite. E nós imaginamos que são ações intimidatórias. No último final de semana, Padre Inaldo, Coordenador da CPT do Maranhão, e o advogado Diogo foram intimi-dados por fazendeiros, na frente do Fórum da cidade de Cantanhede, no Estado do Maranhão.

Daqui quero manifestar a minha solidariedade à CPT Nacional, à CPT do Maranhão, a Padre Inaldo e aos bispos do Maranhão, que se renovam. Há uma esperança muito grande no Maranhão com a Igreja Católica, com os bispos de Brejo, de Coroatá, de Via-na, de Balsas, de Imperatriz. Portanto, a Igreja Católica maranhense se renova, e isso nos dá muita esperança num Estado comandado por uma família oligárquica, num Estado em que o latifúndio ainda é muito forte, num Estado em que a maioria das comunidades é cam-ponesa. A renovação da Igreja Católica e a posição da CPT do Maranhão nos dão um ânimo muito grande, Deputado Givaldo Carimbão. A Igreja tem grande for-ça. V.Exa. é do Estado de Alagoas e eu sou do Estado do Maranhão. Infelizmente, os nossos Estados ainda padecem de pobreza crônica, de um latifúndio irracio-nal e de uma elite política extremamente excludente.

Portanto, quero daqui manifestar a minha solida-riedade à Comissão Pastoral da Terra, a Pe. Inaldo, aos seus advogados e ao advogado Diogo, diante dessa tentativa de intimidação. Desejo que a CPT continue firme e forte para avançar na causa da cidadania no campo, principalmente dos negros e dos quilombolas, o que é um grande desafio. Se já é difícil para os po-bres quando eles são negros, imaginem para os po-bres que são negros e quilombolas. As dificuldades são muito maiores.

Era o que tinha a dizer.

Durante o discurso do Sr. Domingos Du‑tra, o Sr. Manato, 2º Suplente de Secretário, deixa a cadeira da presidência, que é ocupada pelo Sr. Luiz Couto, § 2º do art. 18 do Regi‑ Luiz Couto, § 2º do art. 18 do Regi‑§ 2º do art. 18 do Regi‑mento Interno.

O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Para uma breve comunicação de 1 minuto, concedo a palavra ao Deputado Givaldo Carimbão. Depois falará o De-putado Eudes Xavier.

O SR. GIVALDO CARIMBÃO (Bloco/PSB-AL. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, não é por acaso que V.Exa. está aí hoje, na presidência dos trabalhos, neste momento direcio-nando o nosso discurso. Hoje é o Dia do Padre.

Luiz Couto, além de Deputado, é padre.João Maria Vianney é o patrono dos padres.Deixo aqui registrado o meu sentimento de solida-

riedade e envio um abraço fraterno a todos os padres

brasileiros e do mundo pelo trabalho que realizam, na evangelização da população mundial. Neste dia, eu quero abraçar os alagoanos e, é claro, os grandes amigos padres que tenho no Brasil e no mundo.

Sr. Presidente, para complementar, gostaria de dizer que na segunda-feira estarei em João Pessoa, para um encontro estadual sobre dependência quími-ca, quando ouviremos propostas de políticas públicas. Convido toda a bancada. O companheiro Luiz Couto será o nosso coordenador, assim como os Deputados Hugo Motta e Wilson Filho.

Convido todos os companheiros dos Estados próximos à Paraíba para, na segunda-feira, às 8 horas, estarem na Assembleia Legislativa paraibana.

Anteontem estive em Minas Gerais, Sr. Presi-dente. Parabenizo o Governador Antonio Anastasia, que, através de um projeto fantástico executado pelo Governo de Minas Gerais, retirou 1% da segurança, 1% da saúde, 1% da ação social e colocou na Subse-cretaria de Políticas Antidrogas, para acolher os de-pendentes químicos.

Ontem, em Alagoas, o Governador Teotônio Vi-lela convocou todos os Secretários para traçar o PPA, no qual há 300 projetos prioritários do Governo. Trinta deles são absolutamente prioritários. Desses 30 pro-jetos, destaco o 15º, de acolhimento de dependentes químicos.

Agradeço aos Governadores e os parabenizo por esta onda nacional de combate às drogas que estão assumindo, porque lamentavelmente o Governo Fe-deral ainda não assumiu o seu papel.

O SR. EUDES XAVIER (PT-CE. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, queremos fazer uma saudação à Prefeita Luizianne Lins, do Município de Fortaleza. Com o nosso mandato, viabilizamos ainda na gestão do Presidente Lula, duas Praças da Juventude, que agora conseguimos foram inauguradas, com equipa-mentos esportivos completos que servem à juventude, principalmente a da periferia.

É uma honra porque foi resultado de uma emen-da parlamentar de nossa autoria.

Nesta semana, iremos inaugurar esse equipa-mento público no Bairro de Bonsucesso e também no Bairro Edson Queiroz, na nossa querida comunidade Dendê, onde residimos.

As Praças da Juventude são equipamentos que, integrados com projetos de esporte e lazer da cidade, dão retorno para as comunidades das periferias de todo o nosso País. Quero saudar o Ministério do Es-porte, por intermédio do nosso Ministro, bem como a Secretaria de Esporte e Lazer de Fortaleza, que com-plementa as atividades de saúde e lazer, o que deve

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acontecer em todas as capitais, visto que se trata de um programa do Governo Federal.

Gostaria que o meu pronunciamento fosse divul-gado em todos os meios de comunicação desta Casa, Sr. Presidente.

Muito obrigado.O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Com certe-

za, Deputado Eudes Xavier.O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Com a pa-

lavra, pela ordem, o Deputado José Nunes, do Demo-cratas da Bahia, que disporá de 3 minutos.

O SR. JOSÉ NUNES (DEM-BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. De-putados, venho a esta tribuna para falar sobre o Plano Brasil Maior, lançado por decreto pela Presidenta Dil-ma Rousseff na terça-feira passada. É realmente muito importante a preocupação do Governo Federal com a preservação e a geração de emprego e renda neste País. É muito importante. Acho que foi de grande valia, porque as economias do Brasil e do mundo passam por um momento de dificuldade. Estranho, porém, o fato de a Presidente Dilma pensar neste momento na redução do IPI incidente sobre alguns produtos. Acho que essa medida é equivocada, uma vez que já sofre-mos desse mesmo mal anos atrás, ainda no Gover-no do Presidente Lula, quando houve a redução dos impostos no setor automobilístico e, naturalmente, a redução do FPE e do FPM – os Estados e Municípios, portanto, sofreram terrivelmente com essa redução.

Na verdade, o Governo deveria pensar em esti-mular a indústria, reduzindo os preços, inclusive, para facilitar a aquisição de produtos pelo consumidor. De-veria mexer no que cabe exclusivamente ao Governo, no PIS e na COFINS, e nunca no Imposto de Renda e no IPI. Estes dois impostos, IPI e Imposto de Renda, formam a base tributária e resultam em recursos a se-rem distribuídos entre Estados e Municípios.

Não se pode, nobres Deputados, fazer cortesia com o chapéu alheio. E isso realmente é fazer corte-sia com o chapéu alheio, na medida em que se pensa em desonerar os impostos mexendo na parte do IPI.

Eu fico muito triste, porque sei perfeitamente que os Estados e Municípios estão vivendo momentos de dificuldade na gestão de suas receitas, e o Governo Federal, que hoje tem a maior parte do bolo tributário, não tem realmente condição de pensar em programas de incentivo que venham a redundar na redução do FPE e do FPM, o que certamente deixaria os Municípios em maior dificuldade.

Muito obrigado, Sr. Presidente, Sras. e Srs. De-putados.

O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Obrigado, Deputado José Nunes.

O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Com a pa-lavra, pela ordem, o Deputado Artur Bruno, do PT do Ceará – está sempre presente.

O SR. ARTUR BRUNO (PT-CE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Obrigado, Sr. Presidente.

Colegas Deputados, Sras. Deputadas, na sexta--feira passada, o sindicato APEOC, do qual o Deputado Chico Lopes, aqui presente e muito atuante, participa, liderou uma assembleia de professores e professoras da rede pública do Estado do Ceará e decidiu que, a partir de amanhã, a categoria entrará em greve.

Tanto eu como o Deputado Chico Lopes sempre apoiamos o movimento dos professores, seja das es-colas públicas, seja das escolas privadas do Estado do Ceará e dos demais Estados.

Creio que a greve está marcada por um motivo justo: os professores da rede pública do Estado do Ce-ará ainda ganham muito mal. É verdade que houve al-guns avanços importantes que eu gostaria de destacar.

Nas últimas reuniões, na Secretaria de Educação do Estado, com a participação da Secretária Izolda Cela e do Governador Cid Gomes, houve um grande avanço em relação à carreira inicial. O professor de nível superior, que ganhava 1.460 reais, pela propos-ta do Governo, ganhará 2 mil reais – um reajuste de aproximadamente 40%.

Foi um avanço. No entanto, para aqueles pro-fessores especialistas, para aqueles professores com mestrado, com doutorado, não houve avanços. Pelo contrário, poderá haver retrocesso, visto que eles ti-nham uma gratificação por sua capacitação, por sua especialização: professor especialista, 40%; com mes-trado, 25%; e com doutorado, 20%. Agora, a proposta do Governo reduz consideravelmente esses ganhos para aqueles professores com nível superior, com es-pecialização, com pós-graduação.

Portanto, nós queremos aqui estimular o Gover-no do Estado do Ceará, por intermédio da Secretária Izolda, do Governador Cid Gomes e do sindicato APE-OC, a chegar o mais breve possível a um acordo, no intuito de que as reivindicações da nossa categoria sejam aceitas.

O Estado do Ceará tem os melhores indicadores no IDEB, em termos de escola pública do Nordeste. Parte considerável desse sucesso deve-se à nossa categoria, aos professores e às professoras do Estado do Ceará, que, neste momento, precisam ser reconhe-cidos pelo Governo.

Nós faremos o possível para que haja um acordo. Talvez seja possível evitar essa greve. Podemos nos antecipar e, quem sabe, evitar que os alunos e alunas das escolas públicas, 90% dos alunos do Estado do Ceará, fiquem sem aula.

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No Ceará, escola particular é exceção. Quase todos os estudantes estão na escola pública. Sabe-mos que a educação pública só terá qualidade quan-do os profissionais da educação forem reconhecidos relativamente a sua remuneração, a sua capacitação, tenham um plano de cargos, carreiras e salários e as-sim possam avançar. É preciso estimular o professor a fazer cursos de especialização, de mestrado ou de doutorado. As gratificações agora oferecidas pelo Go-verno, mudando o plano de cargos anterior, não justi-ficam aquilo que queremos: a melhoria da qualidade da escola pública no Estado do Ceará.

Grandes avanços aconteceram, mas precisamos avançar ainda mais.

O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Em permuta com o Deputado Amauri Teixeira, tem a palavra, pela ordem, o Deputado Dr. Ubiali, do PSB.

O SR. DR. UBIALI (Bloco/PSB-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, esta semana foi muito importante para o crescimento do nosso País, para a sustentabilidade do nosso País. Por quê? Porque foi lançado o Plano Brasil Maior. Isso aconteceu.

O Plano Brasil Maior vai, além disso, com outras medidas, ajudar na exportação dos nossos produtos, proteger nosso mercado interno, fazendo com que as indústrias brasileiras se voltem para o nosso merca-do e para o mercado externo, mantendo empregos e dando qualidade de vida para os brasileiros.

Esse é um trabalho da Frente Parlamentar em Defesa dos Setores Coureiro-Calçadista e Moveleiro, juntamente com a ABICALÇADOS, Milton Cardoso e o Ministro Fernando Pimentel, do Ministério do De-senvolvimento, Indústria e Comércio Exterior – MDIC, que fez um esforço tremendo. Com o trabalho desse Ministro, conseguimos caminhar muito. Quero agra-decer pessoalmente ao Ministro Fernando Pimentel essa conquista.

Nós Deputados da Frente Parlamentar em Defesa dos Setores Coureiro-Calçadista e Moveleiro nos sen-timos felizes, porque agora olhamos para o horizonte e vemos uma luz, vemos a possibilidade de continuar crescendo, trabalhando.

O povo brasileiro, apesar de ser alegre e de bem com a vida, é um povo trabalhador. Na minha cidade de Franca, assim como em Novo Hamburgo – tenho certeza de que a característica é a mesma –, todos nós trabalhamos de dia, estudamos de noite e construímos o nosso futuro. Não há um empresário do setor calça-dista que não tenha saído do chão da fábrica, da base. Com poucos recursos, tem-se capacidade de construir essa indústria e começar a trabalhar. Portanto, é uma indústria que tem de ser preservada.

Por isso, Presidenta Dilma, nosso muito obriga-do. Nós da Frente Parlamentar em Defesa dos Setores Coureiro-Calçadista e Moveleiro queremos lhe agra-decer por ter tido a coragem e a ousadia de começar uma coisa de que há muito se falava, mas nunca se fazia: a desoneração da folha.

A nossa tributação não era inteligente. Agora, sim, nesse caso específico, em 2 anos – esperamos que se resolva isso de maneira definitiva –, haverá menos tributação.

Muito obrigado, Sr. Presidente.O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Com a pala-

vra o Deputado Amauri Teixeira, do PT da Bahia. S.Exa. dispõe de 3 minutos.

O SR. AMAURI TEIXEIRA (PT-BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Bom dia, Sr. Presidente, Padre e Deputado Luiz Couto. Bom dia, amigos te-lespectadores da TV Câmara. Bom dia, Sras. e Srs. Parlamentares.

Ontem realizamos aqui uma sessão que mostrou bem que existem grandes políticos, grandes homens, e há aqueles que pautam sua trajetória pela mesqui-nharia e pela pequenez.

Grande Parlamentar, grande homem, o Deputa-do Sarney Filho recentemente chegou a esta tribuna e declarou apoio, apesar de ser oposição, à Presidenta Dilma no seu combate sem trégua à corrupção. Grande homem, o Deputado Otavio Leite, do PSDB, partido que nos faz oposição, ontem reconheceu que as verbas para as escolas públicas afetadas por catástrofes são mais importantes do que a disputa política. Grandes homens, oposicionistas do PSOL, os Deputados Chico Alencar, Jean Wyllys e Ivan Valente ontem demonstra-ram grandeza também. Fazem corretamente oposição ideológica, quando têm divergências – quanto a nós, em vários aspectos fazem oposição –, mas reconhe-ceram ontem que a questão era extremamente impor-tante para aqueles que estão necessitando de socorro imediato, para os Municípios de Alagoas e Pernambu-co. Também abriram mão de fazer obstrução. Grandes homens aqueles do PPS e de toda a Oposição que também tiveram o mesmo comportamento.

Ontem, Sr. Presidente, só um grupo mostrou mes-quinharia e pequenez: o DEM. O DEM é o Tea Party do Brasil. O Tea Party americano, os republicanos ameri-canos, com o seu comportamento, ameaçaram quebrar o mundo, ameaçaram quebrar a economia americana em uma disputa para derrotar Barack Obama politica-mente. Pequenos, pequenos, mesquinhos.

Aqui se manifestaram os nossos republicanos, os integrantes do nosso Tea Party, os componentes do DEM, que falavam de Regimento, mas o Líder do DEM passou a tarde toda gritando ao microfone sem

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respeitar tempo. O prazo é um aspecto regimental, Sr. Presidente, e V.Exas. viram que eles passaram o tempo todo gritando e tentando impedir a votação da medida provisória. E ontem, meus amigos, não havia nenhuma outra discussão nesta Casa.

Ontem só havia uma discussão: repasse dos re-cursos da União para os Estados e Municípios afetados por catástrofes, os Estados de Pernambuco, Alagoas, Rio de Janeiro. No fim, quando viram o resultado e o caso do Estado do Rio de Janeiro, o mais afetado, eles chegaram aqui e fizeram um discurso hipócrita, dizen-do que eram a favor do mérito e que fizeram aquilo por cumprir o dever cívico. Inclusive citaram um membro do seu partido no Rio, porque ficou muito ruim para o DEM do Rio explicar seu comportamento: não pensar na população que está sofrendo as consequências da catástrofe, só querer fazer disputa política para des-gastar a Presidenta Dilma.

Ninguém, Sr. Presidente, vai me impedir de coi-bir, de tentar barrar esse tipo de posicionamento, que é contrário ao Brasil, contrário ao povo. Ninguém. Eu vou, com firmeza, toda vez, tentar barrar isso.

O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Concedo a palavra ao Deputado Ronaldo Zulke, do PT do Rio Grande do Sul, e convido o Deputado Amauri Teixeira para assumir a presidência dos trabalhos.

O SR. RONALDO ZULKE (PT-RS. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, colegas Deputados e De-putadas, senhores e senhoras que acompanham a nos-sa sessão hoje, subo a esta tribuna para, em primeiro lugar, comemorar a grande conquista que obtivemos nesses últimos dias relativa a obras da TRENSURB nas cidades de São Leopoldo e Novo Hamburgo.

Graças à sensibilidade da Ministra Miriam Bel-chior, da direção da TRENSURB, do seu Diretor-Pre-sidente, Humberto Kasper, e graças ao trabalho de-senvolvido pelos Prefeitos Tarcísio Zimmermann e Ary Vanazzi, foram repassados recursos para as obras complementares à extensão do TRENSURB da cidade de São Leopoldo até Novo Hamburgo.

Desta forma, poderemos, logo, logo, comemo-rar aqui novamente a chegada do TRENSURB, um meio de transporte moderno, à cidade de Novo Ham-burgo. E isso só será possível graças à sensibilidade do Governo Federal e ao trabalho desenvolvido pelos Prefeitos e pelas lideranças políticas locais. Estamos todos de parabéns.

Sr. Presidente, em segundo lugar, gostaria de fazer o registro da visita de vários Srs. Prefeitos que recebemos esta semana em Brasília, que se organizam em um consórcio no Vale do Taquari. São os Prefeitos João Davi Goergen, de Boqueirão do Leão; Edegar Antonio Cerbaro, de Progresso; Cléo Antonio Lemes

da Silva, de Canudos do Vale; Waldemar Richter, de Forquetinha; Rubem Kremer, de Marques de Souza, acompanhado pelos Vereadores Guido Arend e Aline Röhrig; Paulo Cezar Kohlrausch, de Santa Clara do Sul; o Prefeito em exercício Moacyr Eugênio Rodrigues, de Sério; Rudimar Müller, de Cruzeiro do Sul. Todos estiveram em Brasília para, em audiência com vários órgãos, buscar recursos para seus Municípios. Acima de tudo, para firmar a figura de um consórcio público que atua coletivamente entre todos esses Municípios, enfrentando os problemas que lhes são comuns.

Estivemos na FUNASA para buscar o apoio do Governo Federal, a fim de que esses Municípios pos-sam desenvolver seu plano de saneamento, uma im-portante e necessária medida que todos os Municípios brasileiros precisam buscar para enfrentar essa difícil tarefa de viabilizar o saneamento, a água, o atendimen-to universal para todos e o tratamento dos resíduos.

Também estivemos no MDA, tratando da cons-tituição do território rural, e no Ministério da Cultura. Os Municípios buscam também estreitar a sua relação com as políticas desenvolvidas pelo Ministério da Cul-tura, em audiência com o seu Secretário-Executivo, o companheiro Vitor Ortiz.

Portanto, é desta forma, desenvolvendo um tra-balho conjunto com os Municípios, que o Governo Fe-deral vai se afirmando cada vez mais.

Queremos aqui agradecer aos membros do Go-verno Federal por receberem os Srs. Prefeitos, para-benizando-os pela sensibilidade na busca de recursos e viabilização de programas e ações nos seus Municí-pios para, dessa forma, melhorar a qualidade de vida do seu povo.

Durante o discurso do Sr. Ronaldo Zulke, o Sr. Luiz Couto, § 2º do art. 18 do Regimento Interno, deixa a cadeira da presidência, que é ocupada pelo Sr. Amauri Teixeira, § 2º do art. 18 do Regimento Interno.

O SR. PRESIDENTE (Amauri Teixeira) – Antes de convidar o próximo inscrito, o Padre e Deputado Luiz Couto, a ocupar a tribuna, adotarei o seguinte procedimento, Deputado Azeredo: vou estabelecer o prazo de 3 minutos, com prorrogação de 1 minuto, para todos os inscritos. Todos ficam sabendo ante-cipadamente que vão ter 1 minuto de prorrogação. Portanto, peço que concluam nesse prazo, para não termos problema.

O SR. PRESIDENTE (Amauri Teixeira) – Con-cedo a palavra, pela ordem, ao Deputado Luiz Couto.

O SR. LUIZ COUTO (PT-PB. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. De-putados, o processo de corrupção em nosso País é

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histórico, sistemático, e há necessidade de que possa-mos ter uma ação permanente para buscar as raízes e as causas desse processo.

Há uma diferença muito grande entre alguns Governos anteriores e o Governo do nosso Presi-dente Lula e da nossa Presidente Dilma Rousseff. É que os fatos aparecem e as soluções e as medidas são tomadas. Esse é um aspecto importante, não há aquele processo de abafa, que era histórico. Ou seja, meu amigo pode corromper, e eu não vou ter que me indispor com ele por cometer corrupção, até porque eu não posso perder a amizade. Eu não me coloco nessa posição. Acho que, mesmo que seja amigo, se cometeu ato de corrupção, tem que ser denunciado, e aquela corrupção precisa ser enfrentada.

Digo isso porque hoje se fala muito desses atos que acontecem. É claro que essa história da corrup-ção vem desde os primórdios da história. No Livro de Gênesis existe uma passagem em que Deus se arre-pende de ter feito o homem, o mundo, os animais e resolve destruir, acabar com tudo. Noé chega diante de Deus e diz: “Deus, o Senhor construiu tudo o que era bom, como é que o Senhor vai agora destruir?” E Deus responde: “É, mas existe o pecado aí no meio que corrompeu a mente, o coração, as entranhas das pessoas”.

E há uma frase segundo a qual o ser humano, desde a juventude, tem inclinação para a corrupção, para a maldade, para a destruição. Só o processo de educação permanente, só a formação familiar, só a es-piritualidade, que são elementos importantes, podem fazer com que não nos deixemos levar pelo processo da corrupção. Por isso, todos nós devemos trabalhar para esse combate à corrupção.

A nossa Presidente, quando foi eleita e em seu discurso de posse, disse: “Não contem comigo, não passarei a mão na cabeça daqueles que cometerem ato de corrupção ou irregularidades”. Está tomando as providências. Por essa atuação, quero parabenizá-la. Tenho certeza de que terá o apoio não apenas da base aliada, mas de todos os Parlamentares desta Casa, a fim de que possamos dar um basta à corrupção.

Sabemos de antemão que esse processo tem de ser permanente, para que não nos esqueçamos de que a corrupção está incrustada na vida política do nosso País. Precisamos dar um basta a essa situação.

Muito obrigado.O SR. PRESIDENTE (Amauri Teixeira) – Deputado

Márcio Macêdo, depois concederei 1 minuto a V.Exa. Vamos alternando os oradores, como fizemos ontem.

Passo a palavra ao Deputado Geraldo Resende, que disporá de 1 minuto, para uma brevíssima comu-nicação.

O SR. GERALDO RESENDE (PMDB-MS. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, desejo apenas dizer da nossa alegria nesse recesso, em razão da passagem por vários Municípios da nossa região, onde pudemos participar de solenidades e entregar várias obras oriundas da nossa ação como Parlamentar.

Estivemos na semana passada em Aral Moreira, na fronteira com o Paraguai; em Coronel Sapucaia, outra cidade também na fronteira com o Paraguai, vi-sitando obras relacionadas às áreas de saúde e infra-estrutura e pavimentação asfáltica. Depois estivemos em Amambai.

Amanhã, em Itaporã, que é uma das cidades lo-calizadas ao lado de Dourados, vamos entregar uma belíssima praça.

No sábado, vamos participar de um memorável encontro do PMDB de toda a região, em que estare-mos presentes com os 38 Municípios da Grande Dou-rados, da parte de fronteira e da região do Cone Sul, fazendo uma discussão acerca do processo eleitoral que se avizinha, as eleições de 2012.

PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, na se-mana que passou, aproveitei o recesso parlamentar para visitar obras, rever correligionários e lideranças de diversos Municípios da Região da Grande Doura-dos. Aliás, sempre faço isso, como forma de prestar contas de meu trabalho à população.

Foi com muita alegria que, acompanhado pelo Coordenador Regional da FUNASA, meu amigo Flá-vio Brito, percorri os Municípios, visitando obras, con-versando com as pessoas, ouvindo reivindicações e apontando nossa atuação referente ao mandato de Deputado Federal.

A primeira cidade que visitei, na segunda-feira passada, dia 25, foi Itaporã, onde, em companhia do Prefeito Marcos Pacco, visitei as obras de construção da Praça dos Ipês, cuja data de inauguração está mar-cada para a próxima sexta-feira, dia 5. Trata-se de um complexo que vai oferecer uma nova opção de lazer à população, por prever espaços para a prática de es-portes, caminhada e convivência. Ou seja, será o novo ponto de encontro da família itaporanense.

Depois, na terça-feira (26), estive nas cidades de Coronel Sapucaia, Amambai e Aral Moreira. Na primei-ra, fui recebido pelo Prefeito Rudi Paetzold e outras lideranças políticas e comunitárias. Também visitei as obras de drenagem e asfalto na Avenida Abílio Espín-dola Sobrinho e nas Ruas Luiz Soligo, Bento Gomes de Oliveira e Rachid Saldanha Dérzi. Em seguida, fiz uma visita ao Hospital Municipal, recebendo reivindica-

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ção de trabalhar pela construção de uma nova unida-de, cujo projeto encontra-se em análise no Ministério da Saúde. Antes de deixar a cidade, visitei a Escola Estadual Coronel Sapucaia, recebendo reivindicação de lutar pela sua ampliação.

A segunda cidade visitada nesse dia foi Amam-bai, onde tive reunião com agentes políticos no Sindi-cato dos Trabalhadores Rurais, seguida por caminha-da a duas frentes de asfalto. Nessa atividade, estive acompanhado por Vereadores e lideranças de diversos partidos políticos e pelo ex-Prefeito Sérgio Barbosa.

Finalmente, estive em Aral Moreira, onde mantive uma agenda de visitas a frentes de obras viabilizadas com recursos alocados por este Parlamentar. Nessa cidade, recepcionado pelo Prefeito Edson de David, secretários e correligionários políticos, tive a honra de participar, em companhia do Senador Waldemir Moka, da entrega da obra de asfaltamento executada nas Ruas 1º de Maio, Rui Barbosa, Duque de Caxias, Sete de Setembro e 2 de Maio, nos Bairros União, Guarani e Vila Rica. Além disso, visitei as obras da Unidade Bási-ca de Saúde que está em construção, como resultado de meu trabalho aqui em Brasília.

A próxima visita que farei será em Naviraí. Que-ro, nesse Município, realizar uma reunião de trabalho com o Prefeito Zelmo de Brida e seu Vice, Ronaldo Botelho, e visitar as obras da Praça dos Pioneiros, de ampliação do Hospital Municipal e construção do la-boratório de análises clínicas, de construção do Com-plexo Esportivo, as obras da Praça do Jardim Paraíso, a frente de asfalto da Avenida João Rigonatto. Além disso, reunião na Secretaria de Assistência Social, com a presença de representantes do Conselho Municipal dos Direitos dos Idosos.

Essa é nossa missão, que cumpro com muita energia, principalmente quando vejo que nossa atua-ção nesta Casa se reflete na implantação de estruturas que têm como principal objetivo melhorar a qualidade de vida de nosso povo.

Muito obrigado pela atenção.O SR. CHICO LOPES (Bloco/PCdoB-CE. Sem

revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. De-putados, quero agradecer ao Deputado Artur Bruno, professor, como eu, do Estado do Ceará, que ressal-tou a greve dos professores da rede oficial, com a qual quero me congratular.

Além de ser professor do Estado, desde 1968, sou também da diretoria do sindicato APEOC. O nos-so discurso é de conciliação, no sentido de que o Go-verno reveja a sua posição diante da proposta que fez aos professores.

Se o segundo semestre já começar com greve, vamos criar uma dificuldade para os alunos que es-

tão preparando-se para o ENEM e para o vestibular. Agora, não dá para nós professores sermos tratados na mídia como maravilha, e, na hora do pagamento, perdermos espaço.

Em fim de carreira, em vez haver aumento de salário, há diminuição, além da perda de vantagens.

Agradeço, portanto, ao Deputado Bruno nesse sentido.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, eu gosta-ria de elogiar a atitude da Presidente Dilma em relação às estradas e ao Ministério dos Transportes. Foi uma atitude correta. Não há novidade: quem está errando tem de pagar; quem roubou tem de devolver o dinhei-ro e ser julgado como qualquer outra pessoa normal, principalmente nós, políticos, que somos representan-tes do povo e dizemos que vamos trabalhar pelo povo, pela fé que temos na política.

No entanto, não estou satisfeito ainda com a ati-tude do Ministério dos Transportes no que diz respeito às estradas federais do Ceará, onde há três BRs: a BR-222, a BR-116 e a BR-020, que liga o Ceará à Belém--Brasília. O remendo que está sendo feito na BR-222 não é o ideal. Eu gostaria que o Ministério mandasse para lá uma equipe de técnicos para avaliar a qualidade da obra, avaliar se é isso que nós queremos.

Eu vou continuar sendo da base do Governo, mas defendendo de maneira intransigente as estradas, porque é por lá que se escoa a produção para outros Estados e se recebe a produção de outras Unidades da Federação.

Portanto, Sr. Presidente, apoiamos a Presidência, batemos palmas. O novo Ministro promete fazer coi-sa boa, mas a presença de fiscalização, de auditoria, de Ministério público nunca é demais. Pelo contrário, é de menos. É obrigação nossa, dos Deputados, que são eleitos para isso, ajudar os Presidentes a saber quem é quem.

Muito obrigado.O SR. MÁRCIO MACÊDO (PT-SE. Sem revisão

do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, venho à tribuna nesta manhã para tratar de dois assun-tos. Um diz respeito ao que aconteceu ontem e ante-ontem nesta Casa, quando a Câmara dos Deputados aprovou duas medidas provisórias muito importantes para o País, a que disponibiliza R$74 milhões para o Rio de Janeiro recuperar as escolas atingidas pelas tragédias na região serrana e a que foi votada ontem, que estende essa ação para todo o Brasil, onde quer que haja interrupção natural das atividades em decor-rência de uma tragédia ambiental.

Nós vimos ontem o Democratas, o DEM, antigo PFL, tomar uma decisão pouco republicana, que re-vela suas raízes autoritárias lá das cavernas roucas

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da ditadura militar. Vimos ontem o DEM tentar obstruir a ação do Governo Federal para atender brasileiros e brasileiras jovens, brasileirinhos e brasileirinhas, crian-ças e adolescentes que precisam do Estado para ter garantida a sua formação educacional, para poder crescer verticalmente numa sociedade ainda tão desi-gual, em interação com a família. Portanto, queremos repudiar essa ação não republicana, antidemocrática e autoritária do DEM.

O segundo assunto que eu quero abordar, Sr. Presidente, relaciona-se com um projeto a que estou dando entrada neste momento nesta Casa, o Proje-to de Lei nº 1.941, que altera o Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990.

O Estatuto da Criança e do Adolescente, uma con-quista da cidadania brasileira, em seu art. 245 define como infração administrativa o seguinte: “Deixar o mé‑dico, professor ou responsável por estabelecimento de atenção à saúde e de ensino fundamental, pré‑escola ou creche, de comunicar à autoridade competente” – por escrito – “os casos de que tenha conhecimento, envol‑vendo suspeita ou confirmação de maus‑tratos contra a criança e o adolescente: (...)”, e prevê a punição.

Esse é um bom artigo, Sr. Presidente, mas precisa ser reformulado. Estou propondo que no caso de o mé-dico, ou o professor, ou o responsável, não informar em 48 horas às autoridades competentes os maus-tratos à criança e ao adolescente, seja estipulada multa de 10 a 50 salários de referência, aplicando-se o dobro em caso de reincidência. E proponho também um pa-rágrafo único com o seguinte texto: “A pena poderá ser reduzida em até um terço se o infrator fizer a comuni‑cação antes da notificação da autoridade competente, para aplicação da multa de qualquer ato de apuração de infração prevista neste artigo”.

Para concluir, Sr. Presidente, quero dizer que as crianças do Brasil precisam ser cuidadas, e nós que-remos ajudar a aprimorar o Estatuto da Criança e do Adolescente.

Muito obrigado.O SR. ROMERO RODRIGUES (PSDB-PB. Sem

revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Depu-tados, caros telespectadores da TV Câmara, eu gos-taria de registrar projeto de nossa autoria que tramita nesta Casa, apresentado no semestre inicial.

O Projeto de Lei nº 1.644, de 2011, tem como ob-jetivo fixar um percentual mínimo de 50% das vagas nas universidades federais, nas universidades que fizerem adesão ao SISU, que é o Sistema de Seleção Unificada para curso de graduação nas universidades federais.

O SISU valorizou o ENEM, que é o Exame Nacio-nal do Ensino Médio. Nós reconhecemos esses avanços. Porém o SISU provocou desigualdades em algumas

regiões do nosso Brasil. Houve alguns avanços signi-ficativos, como nós dissemos inicialmente, porém em algumas regiões ele deixou de possibilitar acesso aos estudantes egressos das escolas de ensino médio da própria região, polarizada pelas universidades federais.

Alunos de Estados cujo ensino é mais avançado, ou alunos de maior poder aquisitivo, que têm a pos-sibilidade de estudar em escolas cujo ensino é signi-ficativamente superior ao das regiões mais carentes do Brasil, têm acesso mais fácil aos cursos de melhor qualidade das universidades públicas do Brasil, em detrimento de estudantes da própria região.

Por isso nós apresentamos essa proposição, ini-ciativa que visa fixar um percentual mínimo de 50% das vagas das universidades federais que fizerem adesão ao SISU para alunos egressos das escolas do ensino médio da região polarizada pela universidade federal. Isso dará, de certa forma, espaço para alunos de Esta-dos mais carentes, onde se observa alguma desigual-dade no ensino médio em relação a outras regiões do Brasil. E de certa forma a medida não implicará preju-ízo para estudantes de outras regiões.

Vou dar o exemplo do nosso Estado da Paraíba. Nas universidades públicas da Paraíba vai ficar reserva-do um percentual de 50% para os alunos egressos da região; no Ceará, igualmente, 50% serão fixados para os alunos do próprio Estado; em São Paulo, o mesmo percentual. Com isso a universidade não vai perder sua característica regional. Esse é o viés da questão.

(O microfone é desligado.)

O SR. PRESIDENTE (Amauri Teixeira) – Con-cedo a palavra ao Deputado Onofre Santo Agostini, do DEM de Santa Catarina – meu amigo Onofre deve estar muito feliz hoje.

O SR. ONOFRE SANTO AGOSTINI (DEM-SC. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, é lógico que nós catarinenses estamos felizes hoje. Os dois times catarinenses ganharam ontem. E o meu time, o maior time do Brasil, aliás, do mundo, o Vasco da Gama, continua sua trajetória de grandes vitórias.

Mas eu vim aqui hoje, Sr. Presidente, para con-trariar V.Exa. e o Deputado Márcio. As críticas dirigidas aos integrantes do Democratas eu não posso aceitar da forma como foram feitas por V.Exa. e pelo Depu-tado Márcio. Nós não somos o ranço da revolução. A atitude de ontem dos nossos Líderes foi uma cobrança democrática. A Nação brasileira precisa saber disso. É importante que saiba. Porque da forma como V.Exas. apresentaram a questão, o bandido nessa história são os democratas. Não é verdade! O que foi dito aqui é inverdade. Não estou chamando V.Exas. de mentiro-sos, mas é inverdade o que foi dito.

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Agosto de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 5 39483

O art. 62 da Constituição do Brasil é claro, esta-belece que – vou lê-lo não para V.Exas., mas para a Nação –, “em caso de relevância e urgência, o Presi‑dente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei (...)”. Portanto, no momento em que o Presidente da República edita a medida provisória, ela já tem eficácia de lei. Aliás, é bom que a Nação brasileira saiba que os recursos para as medidas pro-visórias votadas ontem, editadas pela Presidenta da Republica, as de nºs 530 e 531, já foram usados.

Não é verdade que criança vai ficar sem escola porque os integrantes do Democratas não votaram on-tem. Não é verdade. A medida provisória tem eficácia de lei na hora em que é editada, e os recursos oriun-dos das Medidas Provisórias nºs 530 e 531 já foram usados, inclusive no meu Estado.

Nós não somos irresponsáveis. Os nossos Líderes não são irresponsáveis de votar contra projeto de lei do Governo que venha em favor da sociedade brasileira.

Portanto, nós, democratas, no direito sagrado da democracia, no direito de contrariar, no direito de dis-cordar, viemos ontem, democrática e respeitosamente, discordar da forma como são conduzidas as votações.

É importante dizer isso, porque se deu a impres-são de que somos contra as crianças brasileiras. Não, nós somos a favor, sim. A eficácia das Medidas Provi-sórias nºs 530 e 531 já se esgotou, e apenas formali-dades foram votadas ontem.

Nós votaremos a favor, sim. Em relação a todos os projetos de lei oriundos do Governo que sejam em favor da sociedade brasileira, eu assumo aqui a respon-sabilidade de votar a favor. Estou aplaudindo a Presi-dente da República no que se refere a vários projetos que ela mandou para cá, entre os quais o do incentivo às indústrias. Acho que é uma atitude corajosa, uma atitude excelente da nossa Presidente da República. Mas colocar da forma como foi colocada aqui...

(O microfone é desligado.)

O SR. PRESIDENTE (Amauri Teixeira) – Esta-mos mantendo o critério de conceder a palavra por 3 minutos mais 1, para todo mundo.

Concedo a palavra ao Deputado Eduardo Aze-redo, do PSDB de Minas Gerais.

O SR. EDUARDO AZEREDO (PSDB-MG. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Srs. Deputados, a corrupção é uma erva daninha que vai destruindo os campos.

Isso acontece também na área pública. Vejam que o fato de haver denúncias no Ministério dos Transpor-tes trouxe como consequência prejuízo na realização de obras muito necessárias ao País. Eu não quero me referir apenas a obras rodoviárias, pois já são sabidas

por todos a situação em que estão e a necessidade de duplicação das estradas. Em Minas Gerais existe um caso típico: na “rodovia da morte”, que liga Belo Horizonte a Vitória, no trecho entre Belo Horizonte e João Monlevade, não há nenhuma atuação há cerca de 8 anos; não se fez nada nesse período.

E não há que se dizer que no período do Gover-no do PSDB também não houve atuação. No período do PSDB, a BR-381 Sul, a Rodovia Fernão Dias, que tem 560 quilômetros, entre Belo Horizonte e São Paulo, foi duplicada. Já a BR-381 Norte, que liga a capital ao Vale do Aço, a João Monlevade e a Vitória, está sem solução. Em determinado momento, o Governo disse que ia fazer uma concessão, mas desistiu e agora vai agir por conta própria.

Hoje, diante de toda essa sequência de problemas no DNIT, o que acontece? Não há mais tempo hábil para fazer a licitação e começar a obra, pois daqui a pouco começam as chuvas. Então, há um prejuízo real para a população. São acidentes e mortes que acontecem ali.

Junto a isso vem outro ponto: o trânsito urbano. O PAC da Mobilidade Urbana também não avança. O que hoje vemos nas cidades brasileiras, grandes e até mesmo médias? O caos no trânsito. Ou seja, nós precisamos de investimentos na área dos transportes.

Quanto à questão do metrô, é inaceitável que no Brasil apenas funcione o Metrô da cidade do Rio de Janeiro. Os outros todos são arremedos de metrô, são tentativas de metrô, como o de Belo Horizonte, que transporta 15 mil pessoas. É ridículo. Nós precisamos também de investimento em metrôs.

Eu não sou propriamente contra o trem-bala, mas desde que se faça o metrô. Vamos fazer os dois projetos, vamos fazer um programa amplo. Agora, se o dinheiro não der para os dois projetos, que se faça então o dos me-trôs: o metrô do Rio, o metrô de Belo Horizonte, o metrô de Fortaleza, o metrô de Salvador, o metrô de Brasília.

Nós precisamos, portanto, pensar um pouco mais nessa população que sofre durante 1 ou 2 horas den-tro de ônibus desconfortáveis. Isso tudo gera inclusive problemas na área de segurança, porque as pessoas ficam irritadas. Os nossos policiais, que já sofrem no dia a dia com o trabalho estafante, ainda têm de en-frentar a situação de crise causada pela superlotação dos ônibus. As pessoas acabam se enervando, acabam se irritando nas longas filas de espera pelos ônibus.

Portanto, esse é o apelo que faço daqui. Não se trata apenas de uma crítica – acho que a nossa função é essa também –, mas também de mostrar que o Governo Federal deve dar atenção redobrada a essa questão das rodovias federais e do trânsito nas grandes cidades, es-pecialmente à necessidade de investimento em metrôs.

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39484 Sexta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2011

Eu aproveito os 30 segundos que me restam, Sr. Presidente, para lembrar que neste fim de semana haverá duas exposições agropecuárias importantes no meu Estado de Minas Gerais: uma em Três Cora-ções, no sul de Minas, na terra do Rei Pelé e do nosso Prefeito Fausto Ximenes, do PSDB; e outra em Sete Lagoas, já na região central do Estado, do Prefeito correligionário Maroca.

Agradeço a oportunidade de deixar aqui essa mensagem.

O SR. PRESIDENTE (Amauri Teixeira) – Obriga-do, Deputado Eduardo Azeredo.

O SR. PRESIDENTE (Amauri Teixeira) – Con-cedo a palavra ao Deputado Ângelo Agnolin, do PDT de Tocantins.

O SR. ÂNGELO AGNOLIN (PDT-TO. Sem re-visão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. Deputadas, colegas Deputados, hoje venho a esta tribuna para abordar três assuntos.

O primeiro deles é a alegria de ter agora pouco participado da reunião da Frente Parlamentar Mista das Ferrovias, liderada pelo eminente Deputado Pedro Uczai. Lá nós pudemos ver a importância dessa Frente e a rele-vância dos temas que estão sendo propostos e debatidos.

Nós do Estado de Tocantins fomos contempla-dos com duas importantes vias ferroviárias: a Ferrovia Norte-Sul, que cruza o Estado de norte a sul; e agora a Ferrovia Oeste-Leste, que sai da Bahia, passa por Mato Grosso e vai para Porto Velho.

É importante essa discussão sobre a parte tec-nológica, a capacitação e a operacionalização, princi-palmente para nós que estamos agora recebendo as ferrovias. São oportunidades de negócios e de desen-volvimento que vêm pelos trilhos ferroviários.

Quero também, Sr. Presidente, parabenizar a Presidenta Dilma pelo Plano Brasil Maior, que vem em boa hora, que chegou na hora certa de enfrentarmos essa concorrência predatória que vem de nações gran-des, importantes e poderosas. Elas estão utilizando a manipulação do câmbio, desvalorizando suas moedas para se apropriarem desse mercado brasileiro constru-ído com os braços dos brasileiros e sob a liderança do Presidente Lula, que incluiu milhões de brasileiros no consumo. Hoje vemos esses grupos querendo tomar para si esse mercado.

Por fim, quero dizer que participarei agora, nos pró-ximos minutos, de reunião da Frente Parlamentar sobre a criação de novos Estados. Aqui eu venho declarar apoio incondicional à iniciativa do meu Líder, Deputado Giovan-ni Queiroz, que lidera a criação do Estado do Carajás.

Digo isso pela experiência de quem viveu não a separação, mas a divisão administrativa entre Goiás e Tocantins. O que de mais importante aconteceu não é

efetivamente o que mostram as estatísticas. A vantagem de terem sido criados os dois Estados está no sorriso estampado nas comunidades: Goiás está muito mais feliz, e Tocantins está radiante com a oportunidade que teve de desenvolver e liderar sua própria gestão.

O SR. ROBERTO DE LUCENA (Bloco/PV-SP. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, ilustre Depu-tado Amauri Teixeira; Deputado Josué; Sras. e Srs. De-putados, no dia 8 de julho estivemos, com uma comitiva de Deputados, representando esta Casa, em especial a Frente Parlamentar de Combate ao Bullying e outras Formas de Violência, em visita a Realengo, no Rio de Janeiro, especialmente à Escola Tasso da Silveira.

Naquela oportunidade, tive o privilégio, a honra de ser recebido por familiares, pelos entes queridos daquelas crianças vítimas do massacre, algo terrível, que ali ocorreu e feriu a alma nacional, os parentes dos sobreviventes. Receberam-me e receberam a nossa comitiva, composta pelos Deputados Chico Alencar, Neilton Mulim, Keiko Ota, Liliam Sá, com a maior ge-nerosidade, gentileza e fidalguia.

Deputado Josué, o sentimento que nos tocou na-quela oportunidade foi o de comoção por ali estarmos, conversarmos com os alunos, com os funcionários, com os professores, com o diretor do colégio, por ou-virmos a população. Naquele momento fizemos um ato simbólico, e centenas de pessoas abraçaram a Escola Tasso da Silveira, inclusive as crianças sobreviventes.

Aquele sentimento de comoção foi, em seguida, substituído pelo sentimento de estupefação diante do abandono pelo Estado das crianças sobreviventes.

Eu quero citar aqui o caso de Luan, de Mateus e de Taiane. Taiane, uma atleta, 13 anos de idade, está numa cadeira de rodas, com possibilidade de não andar; Luan, com a possibilidade e o risco iminente de perder a visão; e Mateus, com o risco de ter que amputar um bracinho.

Após aquele momento do choque, após aquele momento em que o Brasil se comoveu – Sr. Presidente, eu peço a sua compreensão para me conceder mais 1 minuto para que eu possa concluir –, após aquele momento em que o Brasil se chocou, o Brasil se es-tarreceu, parece que aquela tragédia foi esquecida e aquelas crianças foram esquecidas. Deputado Josué, o Mateus, por exemplo, tem uma cirurgia de que ele precisa para não comprometer o seu braço marcada para o final de outubro, e a Prefeitura e o Governo do Rio de Janeiro, que representam o Estado, que não puderam proteger aquelas crianças, que foram inca-pazes de proteger aquelas crianças, também têm sido incapazes de dar a elas o acompanhamento e àquelas famílias a resposta necessária.

Eu estou envergonhado, Sr. Presidente Amauri! Esse sentimento de comoção hoje se tornou um sen-

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Agosto de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 5 39485

timento de indignação. Eu faço um apelo ao Prefeito Eduardo Paes e ao Governador Sérgio Cabral para que se sensibilizem e atentem a essa necessidade das famílias e dos sobreviventes, aquelas crianças que lá estão, cuja dor já é muito grande e, por isso, não me-recem o desprezo e o abandono do Estado.

O SR. JOSUÉ BENGTSON (Bloco/PTB-PA. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente Deputado Amauri Teixeira, Srs. Deputados, aqueles que nos acompa-nham pela TV Câmara e pela Rádio Câmara, quero fazer nesta manhã um comentário sobre um assunto que está envolvendo Câmara e Senado: a chamada reforma política, que não existe, que é apenas um re-mendo de reforma eleitoral.

Acho que uma reforma política teria de ser ana-lisada até com um referendo nacional. Dentro daquilo que estão requentando na chamada reforma, voltam de novo com assuntos já derrotados nesta Casa, como, por exemplo, a lista preordenada, que nada mais é do que a chamada lista fechada, com a qual as oligarquias voltarão a eleger aqueles que querem.

A lista preordenada praticamente tira do eleitor o direito de escolher o candidato em quem quer votar. Ele está escondido lá dentro. Vão apresentar uma lis-ta onde nomes aparecerão, mas o eleitor não saberá como estará a preordenação, Deputado Miro Teixeira. Não saberá! Por exemplo, eu concorri na minha pri-meira eleição, pelo PTB – sempre concorri pelo PTB –, com o presidente do Partido, que também era can-didato a Deputado Federal. Outro Deputado, filho de um ex-Governador, também era candidato a Deputado Federal. Eu era o azarão. E todo o mundo sabia que se elegeria um só naquela chapa. Lá no Norte o número de Deputados é pequeno; cada partido elege um ou dois no máximo. E eu pergunto: eu estaria aqui com lista preordenada? Nunca! Em absoluto!

Então, quero alertar a Nação brasileira, quero alertar os eleitores, porque eu tenho andado pelo in-terior do Pará, pelos 144 Municípios paraenses e pelo Brasil todo, e ninguém concorda com lista preordenada. O Deputado mais votado desta Casa, o artista Tiririca, não estaria aqui. Quando é que o colocariam na cabe-ça da lista lá em São Paulo? Nunca!

Para finalizar, Sr. Presidente, eu quero neste momento ainda dar um passo além: financiamento público de campanha. Meus amigos, povo brasileiro, esta Casa está tendo dificuldade, por forças ocultas, de votar a PEC 300, porque se diz que não há dinhei-ro para melhorar o salário da segurança pública. A PEC 300 está tendo dificuldade para ser aprovada. Estão fazendo tudo quanto é tipo de pressão para ela não ser votada. A regulamentação da Emenda 29, da saúde, sofre o mesmo, porque não há dinheiro. Ago-

ra vão pegar R$700 milhões, que é a previsão inicial, do caixa do Governo, para pagar campanha política? Perguntem ao povo brasileiro se concorda com isso!

Mais uma vez estão tentando fazer uma reforma eleitoral para privilegiar os donos de partido, aqueles que são caciques eleitorais em alguns Estados. E as-sim não vai haver renovação nunca mais! A renovação de 40% a 50% que ocorre aqui a cada eleição, a cada Legislatura, deixará de existir.

Portanto, Sr. Presidente, deixo aqui o meu apelo. Vamos pensar.

(O microfone é desligado.)

O SR. PRESIDENTE (Amauri Teixeira) – Depois do pronunciamento do Deputado Cesar Colnago, va-mos reduzir o tempo, se todos concordarem, para 2 minutos, a fim de garantir que todos possam falar. Já atingimos o quorum e vai começar a Ordem do Dia. Se não fizermos isso, não garantiremos o tempo. Espero que todos compreendam.

Com a palavra o Deputado Cesar Colnago.O SR. CESAR COLNAGO (PSDB-ES. Sem re-

visão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Depu-tados, o Governo Dilma lançou na terça-feira, dia 2, a nova política industrial, batizada de Plano Brasil Maior. A gestão petista oferece remendos a uma situação na qual não cabem iniciativas tímidas, incompletas, pouco ousadas e, principalmente, insuficientes. Todavia, as-sim são as medidas propostas pelo Governo. O Plano nasce com gosto de velhas práticas, as quais correm o risco de não nos levar a lugar algum, enquanto a in-dústria brasileira afunda.

Na contramão do momento pelo qual passa a indústria nacional, mais uma vez, a Presidente passa longe de cumprir uma de suas mais vistosas promes-sas de campanha: a desoneração ampla, geral e irres-trita da folha de pagamentos. Apenas quatro setores, e em caráter temporário, serão contemplados com a redução da alíquota de contribuição à Previdência. Os demais continuarão a ver navios.

O Governo vai zerar a contribuição previdenciária patronal apenas das empresas de confecções, calça-dos, móveis e softwares. Em compensação, criará co-brança sobre o faturamento, de 1,5% nos três primeiros casos e 2,5% no último. O Tesouro ficará encarregado de colocar 1,6 bilhão de reais na Previdência para co-brir possíveis perdas.

O valor total da desoneração também ficou muito aquém do anteriormente insinuado. O Governo vinha prometendo benefícios tributários de R$45 bilhões. Fe-chou o pacote em R$24,5 bilhões, dos quais 3,8 bilhões já concedidos este ano. Tudo somado, as bondades caíram a menos da metade do previsto: R$20,7 bilhões.

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39486 Sexta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2011

Felizmente, há medidas positivas, como a que pre-vê a formação de especialistas em defesa comercial e o aumento da equipe que cuida desse tema dentro do Governo. Hoje o Brasil está aquém da média mundial, que é de três investigadores para um processo; aqui, são três processos para cada investigador.

Por outro lado, algumas medidas, ainda que bem-intencionadas, podem gerar graves problemas. É o caso da preferência a produtos nacionais, que po-derão ser comprados pelo poder público por preços até 25% mais caros do que os concorrentes importados. Os riscos são dois: corrupção e redução do número de competidores, com maiores chances de sobrepre-ço. A ficha corrida, os desacertos e as corrupções a que estamos assistindo nos levam a desconfiar desse tipo de negociação.

Enquanto isso a equipe econômica argumenta que, como precisa perseguir o rigor fiscal, não tem como ajudar a indústria com mais recursos do que o anunciado. É estranho que para projetos mirabolantes e suicidas, como o trem-bala, haja recursos de sobra, mas para suporte ao segmento que gera os milhares de empregos mais qualificados e bem pagos não há.

De maneira geral, o plano do Governo junta me-didas de caráter microeconômico, mas passa longe de atacar os desarranjos macroeconômicos, conhecidos de todos nós: câmbio supervalorizado, juros elevados, alta carga tributária, infraestrutura capenga que impac-ta o custo de produção e um Estado perdulário que sobrecarrega todo o resto da economia. Nada disso mudou, nem parece fadado a mudar tão cedo.

Os dados sobre a produção de junho, divulga-dos pelo IBGE, corroboram a fraqueza da indústria e a necessidade de medidas mais potentes do que as anunciadas pelo Governo Dilma. Os resultados foram os mais baixos do ano e, no acumulado no semestre, os piores desde 2009. Dos 27 setores industriais pes-quisados, 20 apresentaram redução, o que mostra de-saceleração ampla, geral e irrestrita. A exportação de bens industriais brasileiros, por exemplo, segue cami-nho flagrantemente declinante. Estudos da FUNCEX revelam que atualmente o Brasil vende para o exterior o mesmo volume de industrializados que vendia em 2004 e 15% menos do que em 2007.

O desaquecimento vem desde outubro, e o cres-cimento da indústria brasileira acumulado em 12 meses caiu de 11,8% para os atuais 3,7%. Como consequ-ência, a expansão do setor em 2011 deve cair abaixo de 3%, ou menos de um terço dos 10,4% anotados em 2010.

Se a indústria local definha, a importação avança. O jornalista Ancelmo Góis informa em sua coluna no jornal O Globo que, durante o evento de lançamento

do Plano Brasil Maior, a Presidente Dilma soube, por empresários presentes, que chineses venceram uma licitação para fornecer fardas ao Ministério da Defesa. Pasmem. O Governo Dilma faria melhor se promoves-se uma ampla e generalizada melhoria nas condições de produção no País, sem se ater especificamente a esse ou aquele segmento. Toda vez que elege seus beneficiados, o Governo do PT produz distorções, e a sociedade brasileira paga fatura que não lhe pertence.

Muito obrigado.

PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, nos pri-meiros meses do nosso mandato destacamos, inúme-ras vezes, o descaso da União para com meu Estado, o Espírito Santo.

Apesar da localização estratégica, dos resultados na economia e dos avanços nos índices de desenvol-vimento humano nos últimos anos, o Governo Federal insiste em nos oferecer um tratamento diferenciado, porquanto injusto.

Em 2010, a arrecadação de tributos federais no Espírito Santo foi da ordem de R$10,1 bilhões. Esse resultado nos fez o nono maior arrecadador de im-postos para a União. Vale destacar que no período 2007-2010 obtivemos a maior elevação percentual na arrecadação de tributos na Região Sudeste, chegan-do a 33,4%, superando Minas Gerais (21,2%), Rio de Janeiro (21,7%) e São Paulo (19,9%).

Apesar da contrapartida desigual dispensada ao nosso Estado pelo Governo do PT, o povo capixaba tem motivos de sobra para se orgulhar.

Em recente pronunciamento feito desta tribuna, destaquei números da pesquisa Os emergentes dos emergentes , divulgada pela Fundação Getulio Vargas, que aponta a cidade de Vitória, Capital do nosso Esta-do, como a terceira cidade “mais classe A do Brasil”, com 26,9% de sua população apresentando renda domiciliar total superior a R$6.745 mensais, superada apenas por Niterói (30,7%) e Florianópolis (27,7%).

Outro motivo para comemoração são os núme-ros divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, revelando que o Espírito Santo é o Estado que mais atrai novos moradores no Brasil, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Do-micílios – PNAD 2009, a qual aponta que o Espírito Santo recebeu 107.421 novos habitantes oriundos de outros Estados, contra 54.674 que deixaram as terras capixabas.

A relação entre os moradores que chegam e os que deixam o Estado resultam no maior saldo positivo do País – 52.747 habitantes escolhem o Espírito Santo

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Agosto de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 5 39487

para viver. É o maior crescimento da taxa de imigração do Brasil, com 0,33%, contra a taxa negativa de 0,01% apontada na última pesquisa, realizada em 2004.

Imaginemos como ficará o Espírito Santo se vier a receber a devida e merecida atenção do Governo Federal em investimentos na área portuária, rodovias e aeroporto e, finalmente, se livrar do malfadado apagão logístico ao qual somos submetidos. Para superarmos o gargalo de infraestrutura, necessitamos de cerca de R$3 bilhões, segundo estimativas de especialistas. Ou seja, uma bagatela, se comparados aos R$65 bilhões a serem injetados no megalomaníaco projeto do trem--bala, uma obsessão que não traz nenhum ganho na relação custo-benefício, visto que sequer vai diminuir o tempo para se percorrer a distância entre Rio e São Paulo.

O flagrante desrespeito dos Governos petistas para com nosso Estado não vai nos desanimar. Con-tinuaremos lutando para que o Espírito Santo receba do Governo Federal a devida atenção e o respeito de que é merecedor.

Muito obrigado.O SR. ÁTILA LINS (PMDB-AM. Sem revisão

do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, quero registrar a audiência que o Governador do meu Estado do Amazonas, Omar Aziz, teve ontem com a Presidente Dilma.

O Governador, acompanhado de Senadores do nosso Estado, o Senador Eduardo Braga e a Senadora Vanessa Grazziotin, foi tratar de assuntos administrati-vos, uma vez que, todo o mundo sabe, Manaus é uma das subsedes da Copa do Mundo e, como tal, tem pro-curado viabilizar uma série de obras com o apoio do Governo Federal para levar adiante, com muito êxito, sua escolha como subsede da Copa do Mundo.

Foi uma audiência em que a Presidente Dilma deu todo o apoio aos pleitos do Governador Omar Aziz e aproveitou a oportunidade para tratar também do plano industrial lançado anteontem, que, com cer-teza, manteve as vantagens comparativas da Zona Franca de Manaus.

Isso foi muito importante, porque as vantagens comparativas da Zona Franca de Manaus foram asse-guradas. Um dos artigos até elucida algumas dúvidas em relação à Medida Provisória nº 534, que estabelece incentivos para a produção de tablets. E o Amazonas, para não ser prejudicado na política industrial, tem um dispositivo que assegura essa vantagem para a Zona Franca de Manaus.

Eu quero agradecer à Presidente Dilma esses benefícios dirigidos ao Governo e ao Estado do Ama-zonas, nessa audiência que ontem concedeu ao Go-vernador Omar Aziz.

Temos certeza, Sr. Presidente, de que realmen-te, com esses mecanismos todos, será possível que o Amazonas continue a se desenvolver, que a arrecada-ção continue a aumentar e que o programa de governo seja colocado em prática.

Muito obrigado.O SR. EDSON SILVA (Bloco/PSB-CE. Sem revi-

são do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, povo brasileiro, eu começo por reconhecer grandes valores, grandes talentos que já serviram ou servem a este País. O Rio Grande do Sul foi um Estado que já emprestou grandes nomes que serviram ao Brasil: Getúlio Vargas, João Goulart, Leonel Brizola. Nas horas que correm, há o grande gaúcho Nelson Jobim, que já prestou grandes serviços a este País, grande talento jurídico, Parlamentar, homem de muita cultura, zeloso com a vida pública.

Neste momento, contudo, abraça-me uma grande preocupação quanto ao comportamento do Ministro da Defesa, Nelson Jobim. Lá no Nordeste se diz muito que o maior traidor é aquele que cospe no prato que come. Eu vejo com preocupação o comportamento do Ministro Nelson Jobim, que serve ao Governo, ocupa um cargo de confiança, e vem dando declarações tal-vez com a intenção de desestabilizar o Governo, no sentido de que votou no Serra, não votou na Dilma.

Agora declarou à revista Piauí – o jornal Folha de S.Paulo repercutiu a declaração – que a Ministra Ide-li Salvatti, das Relações Institucionais, é uma mulher fraca, inexpressiva. Diz Nelson sobre a Ministra Gleisi Hoffmann que ela não está preparada para o cargo, não conhece Brasília.

Aonde quer chegar o Ministro Nelson Jobim, da Defesa, do PMDB, partido que é aliado do Governo, partido integrado pelo Vice-Presidente da República e que ocupa vários cargos no Governo? E o cargo de Nelson Jobim é importante: Ministro da Defesa do País.

Nelson Jobim, em vez de emprestar seu talento ao País, está prestando um desserviço ao Brasil, ao Governo, com essas declarações descabidas, inacei-táveis. Disse que votou no Serra, que Ideli Salvatti não tem competência, que Gleisi Hoffmann não conhece Brasília. Aonde quer chegar o Sr. Nelson Jobim?

Eu acho, com todo o respeito que tenho ao Minis-tro Nelson Jobim, reconhecendo o seu talento, o seu valor, que está na hora de a Presidente Dilma Rousseff dar-lhe um descanso e mandá-lo embora desse Minis-tério, porque ou serve ao País ou desocupa o cargo.

Muito obrigado, Sr. Presidente.O SR. ONOFRE SANTO AGOSTINI – Sr. Presi-

dente, peço a palavra pela ordem.O SR. PRESIDENTE (Amauri Teixeira) – Tem

V.Exa. a palavra.

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39488 Sexta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2011

O SR. ONOFRE SANTO AGOSTINI (DEM-SC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, há o registro de 274 Deputados. São 10h47min40seg. Ordem do Dia. Há matéria, há quórum. Então, nós re-queremos o cumprimento do Regimento Interno.

Pede -se o seu cumprimento. Mais uma vez, Sr. Presidente, eu vou insistir em que se cumpra o Regi-mento Interno.

O SR. PRESIDENTE (Amauri Teixeira) – Com razão, Deputado. O Dr. Sérgio já está chegando. Nor-malmente, quando ele chega, isso já é uma mensa-gem. Temos informação da retaguarda da Mesa de que, nos próximos minutos, entraremos na Ordem do Dia. O Secretário-Geral da Mesa, Dr. Sérgio, já está aqui. V.Exa. tem razão.

O SR. PRESIDENTE (Amauri Teixeira) – Enquan-to não começa a Ordem do Dia, vamos continuar com a lista de inscritos.

O SR. MÁRCIO MACÊDO – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Amauri Teixeira) – Tem a palavra o Deputado Márcio Macêdo – Deputado, eu prorroguei indevidamente o prazo do Deputado Edson, mas vamos conceder-lhe 2 minutos, sem prorrogação, para permitir que todos falem.

O SR. MÁRCIO MACÊDO (PT-SE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, quero contraditar o pronunciamento do que-rido Deputado Onofre, por quem tenho muito respeito. As crianças do Rio de Janeiro e do Brasil não ficaram, ou não ficarão, se por acaso acontecerem algumas tragédias em outros locais do País, sem assistência porque ontem esta Casa, a Oposição, com exceção do DEM, e a base do Governo Federal votaram a favor da Medida Provisória nº 530.

O SR. ONOFRE SANTO AGOSTINI – Sr. Presi-dente, está faltando com a verdade.

O SR. MÁRCIO MACÊDO – Quero dizer, aliás...O SR. ONOFRE SANTO AGOSTINI – Eu não

vou concordar com que se faça esse tipo de manifes-tação, Sr. Presidente...

O SR. PRESIDENTE (Amauri Teixeira) – Por fa-vor, meu amigo Deputado Onofre...

O SR. ONOFRE SANTO AGOSTINI – Descul-pe-me, mas não é verdadeira a afirmativa do Deputado.

O SR. PRESIDENTE (Amauri Teixeira) – Meu ami-go Deputado Onofre, por favor, o orador está na tribuna. V.Exa. se pronunciou. Nós mantivemos a sua palavra.

O SR. MÁRCIO MACÊDO – Eu o ouvi atenta-mente.

O SR. ONOFRE SANTO AGOSTINI – Eu vou re-querer de novo a inscrição, porque o ilustre Deputado já se inscreveu, já falou.

O SR. PRESIDENTE (Amauri Teixeira) – Deputado Onofre, V.Exa. é um Parlamentar que se tem portado aqui democraticamente. Vamos garantir a palavra...

O SR. ONOFRE SANTO AGOSTINI – Mas eu não aceito esse tipo de insinuação, Deputado, desculpe-me.

O SR. PRESIDENTE (Amauri Teixeira) – Por fa-vor, Deputado Onofre, por favor.

O SR. ONOFRE SANTO AGOSTINI – Então, eu vou requerer a inscrição também. Como o Deputado Márcio já falou...

O SR. PRESIDENTE (Amauri Teixeira) – Se V.Exa. se inscrever... Eu vou inscrever V.Exa.

O SR. ONOFRE SANTO AGOSTINI – Já falou no Pequeno Expediente, e está voltando a falar.

O SR. PRESIDENTE (Amauri Teixeira) – Mas S.Exa. se inscreveu.

O SR. ONOFRE SANTO AGOSTINI – E fala in-verdade.

O SR. PRESIDENTE (Amauri Teixeira) – Por fa-vor, meu amigo Deputado Onofre.

O SR. MÁRCIO MACÊDO – O Deputado Onofre tem todo o direito de se pronunciar. Este é um regime democrático.

O SR. PRESIDENTE (Amauri Teixeira) – Está garantida a sua palavra. Eu vou inscrever V.Exa.

O SR. MÁRCIO MACÊDO – A ditadura militar passou. Eu quero que garanta a minha fala, Sr. Presi-dente, porque a ditadura passou. Ninguém tem auto-ridade para impedir fala de qualquer Deputado.

Quero dizer, para concluir, que inclusive o PSDB, o PSOL, o PPS, o PV deram ontem uma demonstra-ção de republicanismo e votaram a medida provisória.

Eu quero dizer ao Deputado Onofre e ao Demo-cratas que o mais sensato, com todo o respeito, seria o DEM vir aqui, suas lideranças, e dizer ao Brasil: “Nós nos equivocamos ontem. Cometemos um erro”.

O SR. PRESIDENTE (Amauri Teixeira) – V.Exa. tem 30 segundos para concluir, porque foi interrompido.

O SR. MÁRCIO MACÊDO – As suas lideranças deveriam dizer ao Brasil: “Erramos ontem. Nós nos equivocamos”. Deveriam pedir desculpas ao País, por-que queriam impedir que a Nação pudesse atender a crianças, por meio da reforma das escolas que foram atingidas por tragédias ambientais.

Portanto, eu quero reafirmar que, se dependes-se do DEM, a medida provisória ontem não teria sido aprovada. Essa atitude não é republicana, não é boa para a democracia nem para o País.

Era o que eu queria dizer, Sr. Presidente.O SR. PRESIDENTE (Amauri Teixeira) – Com a

palavra o próximo inscrito, o Deputado Nazareno Fon-teles, que disporá de 2 minutos.

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Agosto de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 5 39489

O SR. NAZARENO FONTELES (PT-PI. Sem re-visão do orador.) – Sr. Presidente, peço a V.Exa. seja registrado nos Anais e divulgado nos meios de comu-nicação da Casa artigo publicado no dia 3, na Folha de S.Paulo, sob o título Subtrair espaços à incerteza, de José Graziano da Silva, eleito Diretor-Geral da FAO, que esteve nesta Casa.

Ele mostra neste artigo como nessa incerteza, nessa instabilidade internacional econômica ou finan-ceira, o tema da segurança alimentar e nutricional pode servir de alicerce, de estabilidade, porque se trata do combate à fome.

Ainda agora conversava com o Deputado Fer-nando Ferro sobre a situação da África, no caso da Somália, onde mais de 2 milhões de pessoas se des-locaram por causa da fome.

Imagino que esta temática cria oportunidade de estabilizar a economia, porque uma verdadeira cadeia produtiva, desde a agricultura até o acesso ao alimen-to, às indústrias associadas a isso, com geração de emprego e renda, pode contribuir.

Lembramos, por exemplo, por meio deste artigo do nosso querido José Graziano, que o gasto referente a comida para as famílias mais pobres representa, em média, mais da metade do seu orçamento. Por isso é importante valorizarmos as políticas de agricultura fa-miliar, de modo geral, as políticas de implementação do direito humano à alimentação, à segurança e à so-berania alimentar e nutricional.

Muito obrigado.

ARTIGO A QUE SE REFERE O ORA‑DOR

SUBTRAIR ESPAÇOS À INCERTEZA

“A palavra incerteza comanda a agenda do nos-so tempo, e tão cedo não perderá essa prerrogativa.

Ela reflete a disseminação de um estado de es-pírito trazido da crise financeira para a vida política e dela para o cotidiano, onde a volatilidade passou a ditar a tônica dos nossos dias. Revogá-la pressupõe a sedimentação progressiva de zonas de segurança que permitam convergir expectativas por meio do pla-nejamento democrático de um futuro mais sustentável.

A segurança alimentar é um dos elos desse cin-turão regenerador capaz de devolver à sociedade o comando do seu destino.

Num momento em que a recuperação mundial caminha com as pernas trôpegas, a agenda da segu-rança alimentar contempla a urgência dos famintos e oferece um pedaço de chão firme do qual se ressente a humanidade.

Combater a fome significa investir em produção, gerar renda e emprego e reduzir pressões inflacioná-

rias em escala global, injetando coerência à macroe-conomia da retomada do crescimento.

Seria um despropósito tratá-la como tema lateral à agenda da crise. Coordenar fluxos de oferta e de-manda de alimentos com menor inflação de preços, num horizonte demográfico de 9 bilhões de bocas em 2050, não pode ser obra do improviso nem de auto-matismos cegos de mercados desregulados.

Trata-se de uma delicada operação de engenharia política e de conhecimento técnico que evoca a mobili-zação ecumênica das forças do mercado, do governo e da sociedade. A experiência bem-sucedida de um amplo programa de segurança alimentar implantado no Brasil desde 2003, com mais de 50 ações e iniciativas desdobradas a partir do Fome Zero, justifica o otimismo.

Nas dimensões expandidas da escala global, o desafio convive igualmente com trunfos para alavan-car a sua reversão.

Potencialidades acionáveis pela comunidade in-ternacional de escala modesta perto do socorro à crise do sistema financeiro teriam evitado a emergência ali-mentar no Chifre da África. O alerta foi feito pela FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura) há mais de dois anos. Possibilitariam, ademais, estreitar um hiato de produtividade agrícola que o mercado sozinho não fechará.

A disparada dos preços dos cereais em 2008 elevou a produção dos países ricos em quase 13%; nas economias pobres e em desenvolvimento, o efeito limitou-se a 3,5%. Excluídos Brasil, China e Índia, foi de menos de 0,5%.

O gasto com comida representa em média mais da metade do orçamento familiar das populações mais pobres. É fácil depreender a espiral de turbulência que cada soluço altista acarreta à existência de quem vive à beira do abismo.

Desde março o índice de preços internacionais de alimentos da FAO permanece praticamente estável. Mas quase 40% acima do patamar de 2010.

Tão ou mais grave que o novo degrau dos pre-ços dos alimentos é a volatilidade. Enquanto o mundo busca novos consensos regulatórios, a mitigação das oscilações terá que ser enfrentada com o manejo dos estoques mundiais, associado ao esforço de produção nos polos mais vulneráveis.

Uma dimensão imediatamente resgatável ao do-mínio da incerteza é a transparência sobre as disponi-bilidades físicas de alimentos, hoje administradas em grande parte por corporações privadas.

A exemplo do que ocorre com estoques de vacinas, indispensáveis à sobrevivência humana, a transparência, neste caso, é um direito da sociedade e um dever dos mercados. O Estado deve regulá-la democraticamente.

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39490 Sexta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2011

O SR. IVAN VALENTE (PSOL-SP. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, neste momento, gostaria de deixar uma contribuição para esta Casa sobre o chamado Plano Brasil Maior, que, no nosso texto, en-tendemos como paliativo industrial num país dirigido pelas finanças.

A Presidente Dilma lançou esse plano esta se-mana para responder ao enfraquecimento da indústria nacional. Sabemos que há anos ela vem perdendo seu papel dinamizador da atividade produtiva nacional, com todas as consequências conhecidas sobre o emprego e a organização trabalhista nacional.

Acontece que, como o plano não ataca exata-mente a lógica do sistema econômico que levou ao en-fraquecimento da indústria nacional que é não reduzir os privilégios dos benefícios financeiros vigentes, ou seja, a hegemonia do capital financeiro e os brutais e siderais juros pagos à finança nacional e internacional, forçando a supervalorização do câmbio no nosso País com a entrada maciça de dólares, todo o resto aqui é paliativo. É mais isenção fiscal e, mais do que isso, ameaça aos trabalhadores brasileiros com a desone-ração da folha de pagamento.

Por isso, nós do PSOL entendemos que a política que foi apresentada é apenas uma compensação pe-riférica. Ela não ataca a base real do enfraquecimento do setor industrial brasileiro, que teria de ser na base, Sr. Presidente, da criação de mercado interno e de priorizar atividades geradoras de emprego.

PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, o Governo apresentou, nesta semana, o Plano Brasil Maior, para, em tese, responder ao processo de enfraquecimento da indústria nacional. Considerando a importância dessa atividade para a geração de emprego e renda, cumpre reconhecer que é necessário um esforço de revitali-zação do setor e que o lançamento do Plano Brasil Maior traz o tema para o debate. Mas, indo a fundo no problema, sabemos que não se trata de uma ques-tão localizada ou conjuntural. Há anos a indústria vem perdendo seu papel dinamizador da atividade produti-va nacional, com todas as conhecidas consequências para o emprego e a organização trabalhista nacional.

Assim, discutir a retomada da indústria signifi-ca compreender a lógica que a levou a esse patamar onde se encontra hoje. Isto é, tem-se que passar por uma avaliação do próprio modelo de desenvolvimen-to assumido pelo País. Se quisermos alterar os rumos do desenvolvimento econômico, voltando a priorizar a indústria, não adianta atuar na periferia do sistema; é preciso atacar o centro dinâmico sobre o qual ele se

sustenta. Isso é, precisamente, o que o Plano Brasil Maior, apresentado pelo Governo brasileiro neste últi-mo dia 2 de agosto, não faz.

O Plano é apresentado como uma medida de in-centivo ao crescimento industrial pautado pela máxima da inovação. “Inovação para competir, competir para crescer”. Mas os mecanismos apresentados pelo pla-no são frágeis, tanto do ponto de vista da estruturação de uma verdadeira estratégia de inovação quanto da concepção do espaço privilegiado e das ferramentas necessárias para o incentivo ao crescimento industrial.

Com relação à inovação, as medidas concretas apresentadas pelo Plano foram o direcionamento de uma verba de R$3,5 bilhões do BNDES para uma linha de qualificação, que envolve financiamento a escolas técnicas e programas de capacitação de mão de obra, e o de outros R$2bilhões para a FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos), ligada ao Ministério da Ciência e Tecnologia. Excluídas essas iniciativas, o que existe é uma longa lista de intenções ligadas à modernização do INMETRO e ao aperfeiçoamento do marco regula-tório para as atividades de inovação e tecnologia, sem parâmetros consistentes de avaliação e implementação.

Do ponto de vista do esforço orçamentário, o centro do Plano segue uma lógica bastante diferente. Não se trata de uma mobilização inédita de recursos para a inovação, mas de um conhecido mecanismo de incentivo produtivo por meio de isenção fiscal e crédito subsidiado. O raciocínio econômico é antigo, e nos faz lembrar de velhas receitas da década de 1960. Criam--se mecanismos de redução dos gastos tributários e barateamento do crédito para alguns setores específi-cos, na expectativa de que os menores custos possam ser traduzidos em menores preços para os produtos da indústria nacional, elevando-se, com isso, a capa-cidade de competição dos manufaturados no mercado internacional e, eventualmente, o incentivo aos inves-timentos nesses setores.

O valor estimado da isenção fiscal pretendida com o Plano Brasil Maior, que se realizará principalmente em torno da exoneração da folha de pagamentos e do pagamento de compensações aos exportadores, é de R$24,5 bilhões. Em relação ao crédito subsidiado, a ponta de lança serão os desembolsos do BNDES através de diversos programas, alguns novos e ou-tros já existentes, que, juntos, devem alcançar R$100 bilhões até 2012.

Mas, à diferença da década de 1960, o Plano não prioriza o benefício de indústrias nascentes, que pre-cisam de estímulo para começar a dar seus primeiros passos. Os setores que receberão as isenções fiscais no Plano Brasil Maior não são novos e apresentam uma história recente bastante mais complicada. Eles são

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justamente os setores que hoje estão sendo prejudi-cados pelos problemas da valorização cambial, tanto com a perda de competitividade externa, quanto com o aumento da concorrência de importados no merca-do nacional. Ou seja, é um plano para compensar um problema previamente estabelecido e não para impul-sionar uma dinâmica industrial nova.

Consta, no entanto, que o fator que dá origem ao enfraquecimento industrial também já é um velho conhecido e faz parte, este sim, do centro dinâmico do modelo econômico nacional. Trata-se da política brasileira de manutenção de juros extremamente altos.

O pretenso plano de desenvolvimento industrial sofre, portanto, de um erro de concepção. Ele surge para resolver um problema, mas não ataca a sua verdadeira causa. É claro que os setores diretamente beneficiados pelas isenções e facilitações de crédito poderão respi-rar um pouco mais aliviados. Mas os mecanismos são de curto prazo – a maioria será feita a título de projeto piloto e está prevista para durar apenas até dezembro de 2012 – e os desdobramentos sobre as contas pú-blicas podem acabar levando a resultados de médio prazo ainda piores do que os atuais.

A queda da receita do Estado resultante das isenções fiscais terá que ser compensada de alguma maneira. Pelo Plano, as isenções sobre a folha de pa-gamento referentes ao INSS, que caem de 20% para 0% nos setores de confecções, calçados, móveis e software, terão como contrapartida o pagamento de um imposto que varia de 1,5% a 2,5% sobre o fa-turamento. Caso a receita obtida não compense as perdas, o Tesouro Nacional se responsabilizará pelo pagamento adicional da Previdência. Já as isenções ao setor exportador serão feitas mediante devolução em dinheiro, estimadas em R$4 bilhões anuais. Do ponto de vista das iniciativas vinculadas à expansão do financiamento do BNDES, a intenção é diversificar as carteiras de crédito com juros baixos, inferiores à SELIC, e cobrir a diferença com a emissão de títulos públicos do Tesouro. Ou seja, no limite das principais estratégias do Plano está a equivocada opção pela expansão da dívida pública.

Como é sabido, o aumento da dívida pública é a principal justificativa para a elevação das taxas de juros. Isto é, voltamos ao início do problema. As taxas de juros sobem ainda mais, há entrada massiva de capitais, perpetuam-se as pressões pela valorização cambial e, com elas, o peso negativo sobre a indústria nacional. Não há no Plano nenhuma alteração capaz de romper o círculo vicioso das finanças que estran-gula a economia brasileira.

Como o Governo poderia então evitar essas con-sequências? Apenas duas alternativas parecem constar na agenda do Planalto.

A primeira delas, e provavelmente a que mais agradaria o mercado, seria a opção por uma redução significativa dos gastos públicos, o que, pelo perfil do que está sendo construído, poderia se traduzir numa pressão pela diminuição do gasto previdenciário. Terí-amos como resultado o clássico modelo neoliberal de buscar competitividade por meio de redução de direi-tos trabalhistas. Não é de se espantar que as centrais sindicais não tenham sido chamadas a participar da elaboração do Plano.

A segunda alternativa seria que o crescimento econômico decorrente da aplicação do Plano Brasil Maior permitisse um aumento da arrecadação do Es-tado mais do que proporcional à perda de receita em razão das isenções e dos juros subsidiados. Como parte importante dos incentivos se destinam às vendas exter-nas, teríamos que contar com que o boom chinês não passasse por nenhum percalço e que a situação nos Estados Unidos e na Europa não provocassem uma desaceleração da economia mundial maior do que a que vemos hoje. Cenários pouco prováveis.

A grande questão é que o Plano Brasil Maior quer desenvolver a indústria nacional sem reduzir os privilégios dos benefícios financeiros vigentes no País (leia-se juros altos), sem alterar a prioridade ex-portadora da pauta econômica. Mas essa estrutura é justamente a razão pela qual a indústria tem perdido sua capacidade de crescimento nos últimos anos. É possível compensá-la perifericamente. Mas o efetivo desenvolvimento industrial exige uma mudança de rumos econômico muito mais estrutural, que busque dar centralidade ao desenvolvimento do mercado in-terno e prioridade às atividades geradoras de emprego e renda. Para isso, a alta remuneração das finanças deve sair do centro dinâmico nacional. Mas não é este o caminho do Governo.

Muito obrigado.O SR. PRESIDENTE (Amauri Teixeira) – Conce-

do a palavra ao próximo orador, Deputado Carlinhos Almeida, por 2 minutos, sem prorrogação. Assim, es-tamos conseguindo deixar que todos falem, porque está próximo de começar a Ordem do Dia.

O SR. CARLINHOS ALMEIDA (PT-SP. Sem re-visão do orador.) – Sr. Presidente, Srs. Deputados, eu quero registrar nesta manhã a passagem do aniversário do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE, sediado em São José dos Campos, que completou ontem 50 anos de existência.

A instituição é motivo de orgulho para todos nós, brasileiros. Ela implementa parte do programa espa-

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cial do Brasil, especialmente no desenvolvimento de satélites, e tem prestado concreta contribuição para o País pelo trabalho que faz, desde a formação de quadros, com cursos de pós-graduação, passando pela área de meteorologia, de previsão do tempo. Ademais, tem dado contribuição muito grande para a proteção do nosso meio ambiente, da nossa bio-diversidade, por intermédio da análise de imagens de satélites.

Ressalto ainda a parceria com a China para o desenvolvimento do CBERS, satélite sino-brasileiro de imagens, já em funcionamento. O INPE também tem dado grande contribuição no combate ao desma-tamento, por meio do monitoramento das imagens. É uma instituição realmente motivo de orgulho.

Nas pessoas de Gilberto Câmara, Diretor do Instituto, e Fernando Morais, Presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Federais do Vale do Paraíba, quero cumprimentar toda a comunidade de pesquisa-dores e funcionários do INPE por mais este aniversário e desejar que realmente o Instituto tenha vida longa e continue contribuindo para o Brasil.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Especiais), sediado em São José dos Campos, completou ontem, 3 de agosto, 50 anos de atividade.

O instituto tem 11 unidades distribuídas pelo País, trabalha em parceria com países da Europa, América, África e Ásia, e é o responsável pelo desenvolvimento de satélites para monitoramento do território nacional.

A instituição é motivo de orgulho para todos os brasileiros e desenvolve atividades de pesquisa e de-senvolvimento tecnológico, tornando-se uma referên-cia nacional, especialmente pelos trabalhos nas áreas de meteorologia, geração de imagens e estudos de impacto ambiental e gestão florestal, empregados na fiscalização de desmatamentos e queimadas.

Durante a gestão do Presidente Lula foi amplia-do o orçamento para o programa espacial brasileiro, o que permitiu maior valorização do pessoal e investi-mentos fundamentais, como o Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres – CBERS.

No momento em que completa meio século, o INPE vive um momento de reflexão e redefinição de sua estrutura organizacional. A partir de um diagnós-tico realizado pela Agência Espacial Brasileira, o Mi-nistério da Ciência e Tecnologia realiza um processo de consulta e debate sobre a instituição.

Independente das medidas a serem definidas, é clara a disposição do Ministro Aloizio Mercadante de fortalecer o INPE e, consequentemente, o programa espacial brasileiro.

Quero parabenizar a todos aqueles que deram sua contribuição para a construção dessa história de sucesso, bem como a todos que dirigiram a instituição, na pessoa de seu Diretor, Gilberto Câmara; e a seus pesquisadores e trabalhadores, na pessoa do Presi-dente do Sindicato dos Servidores Públicos Federais do Vale do Paraíba, Fernando Morais.

O SR. FERNANDO FERRO (PT-PE. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, é com satisfação que faço o registro da implantação do PRONATEC no Estado de Pernambuco e da nossa contribuição, com sugestões, para expandir o ensino técnico para os Municípios de Paulista, Cabo, Abreu e Lima, Jaboatão, Olinda, Palmares, Serra Talhada, Igaraçu e Santa Maria da Boa Vista, no Submédio São Francisco.

São importantes cidades-polo. Entendemos que a iniciativa da Presidenta Dilma com o programa de expansão do ensino tecnológico e de oportunidades para a juventude nos dá a certeza de que, no futuro próximo, este País estará em outro patamar. Além do crescimento econômico, do desenvolvimento que ob-servamos nos dias atuais, haverá essas ações coor-denadas pelo Ministério da Educação, com a conso-lidação de todo um processo de formação da nossa juventude e com recursos humanos para sustentar esse desenvolvimento.

É uma alegria muito grande comunicar aos Pre-feitos, Vereadores e comunidades desses Municípios a implantação desse programa de expansão do ensino técnico. Já estão em andamento as escolas técnicas de Caruaru, Floresta, Ouricuri, Afogados da Ingazeira e Salgueiro. Agora podemos ver consolidadas essas iniciativas.

Inclusive, tive a oportunidade de testemunhar, no Município de Paulista, em reunião na Câmara de Ve-readores, o esforço daquela comunidade ao solicitar uma escola técnica.

Foi um prazer para mim ter participado desse processo de expansão das escolas técnicas no meu Estado. Reconheço como prioritário esse trabalho, que é essencial para avançarmos no fortalecimento do en-sino tecnológico e no oferecimento de oportunidades para a nossa juventude.

Muito obrigado, Sr. Presidente.O SR. JOÃO ANANIAS (Bloco/PCdoB-CE. Sem

revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. De-putados, sou membro da Comissão Especial que tra-ta do uso abusivo do álcool, criada pelo Presidente

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Marco Maia, em que estamos buscando desenvolver propostas. Nesse sentido, apresentei dois projetos de lei relacionados à prevenção primária do uso do álco-ol, principalmente no caso da juventude, pois hoje há uma epidemia no País.

Um deles é o Projeto de Lei nº 1.722, de 2011, que proíbe propaganda de bebidas alcoólicas em eventos financiados com recursos públicos ou beneficiados com qualquer forma de renúncia fiscal por parte do Estado.

É um absurdo! A sociedade enfrenta malefícios por causa dos acidentes automobilísticos – são 40 mil mortos por ano –, e 60% a 70% desses acidentes estão associados ao uso de bebida alcoólica. Mas a propaganda corre solta, muitas vezes com financia-mento do próprio Governo, do poder público, embora não diretamente.

Na hora em que se financia um evento no qual também se faz propaganda de bebida alcoólica, essas empresas acabam se beneficiando do investimento público, o que é intolerável, a meu ver. A sociedade, com certeza, repudia essa liberdade excessiva da pro-paganda de álcool.

Como vamos agir para prevenir o uso de bebida alcóolica pela juventude, se a propaganda, sedutora como é, acaba convencendo o jovem, mais do que a família, mais do que a escola, a ingerir esse tipo de bebida?

Peço o apoio dos meus colegas Deputados nessa justa luta em favor da sociedade brasileira.

PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, com muita honra retorno à tribuna desta Casa, após breve afas-tamento devido ao recesso.

Novamente vou insistir num tema que reputo ser de suma importância para a sociedade brasileira, o uso abusivo de álcool. É a causa maior dos 40 mil óbitos por ano em decorrência de acidentes automo-bilísticos em nosso País, e também de assassinatos, agressões que geram incapacitações e outras graves consequências.

É necessário enfrentarmos essa situação tanto pela ótica das políticas públicas quanto pela ótica da sociedade. O poder público busca reduzir esse consumo abusivo no País com políticas de redução de danos, e uma delas passa inevitavelmente por maior controle da propaganda de bebidas, que incentiva imensamente o consumo, principalmente pela juventude.

Apresentei o Projeto de Lei nº 1.722, de 2011, que altera a Lei nº 9.294, de 1996, para proibir a pro-paganda de bebidas alcoólicas em eventos financiados

com recursos públicos ou beneficiados com qualquer forma de renúncia fiscal por parte do Estado.

Não é justo nem ético que o dinheiro público que promova qualquer tipo de evento sirva de palco para que a indústria de bebidas alcoólicas se beneficie ao propagar seus produtos.

Mais uma vez invoco o exemplo do tabaco. En-quanto não houve participação determinada e explí-cita, não houve proibição da propaganda de fumo. O resultado está aí para todo o mundo ver: a redução do consumo de cigarros no Brasil é patente. O Ministério da Saúde mostra números que avalizam o que falo.

É preciso que o Governo, seja da União, seja dos Estados e Municípios, de forma articulada, desenvolva o mais rápido possível propostas nesse sentido, pois sem isso torna-se quase impossível enfrentar a gana da indústria de bebidas, que tem na propaganda se-dutora sua principal e muito eficiente estratégia.

A sociedade também tem que fazer sua parte, para não continuar a assistir seus filhos e suas filhas vitimadas em grandes proporções, como assistimos fartamente hoje.

As mulheres, maiores vítimas historicamente do uso abusivo do álcool, com a sensibilidade que têm, poderiam encetar movimentos nas comunidades volta-dos para a prevenção primária em relação às bebidas, como se faz relativamente às drogas ilícitas.

Nossa Comissão Especial criada pelo Presidente Marco Maia está firme e forte, atuando nesse campo. Nós nos colocamos à disposição desses movimentos.

Era o que eu tinha a dizer, Sr. Presidente.O SR. SANDES JÚNIOR (PP-GO. Pronuncia o

seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. De-putados, esta semana começou com uma data impor-tante para a região nordeste do Estado de Goiás. No dia 1º de agosto o Município de Formosa comemorou mais um ano de existência. Nascido como São José dos Couros, durante décadas foi a principal referência a ligar o Estado de Goiás e a região nordeste goiana e ainda o oeste do Estado da Bahia. Ainda hoje é a principal cidade do nordeste de Goiás, porta de entra-da para esta bela e sofrida região.

A construção de Brasília, na segunda metade da década de 1950 acabou sendo fundamental para alterar a história de Formosa. A cidade passou a ser referência como apoio logístico para a construção da nova capital federal. O Município forneceu mão de obra e insumos variados que foram fundamentais para o sucesso da ideia visionária do Presidente Juscelino Kubitschek.

E as décadas seguintes à inauguração da nova capital do Brasil ajudaram a então pequena Formosa a se desenvolver e a se tornar uma potência regional. A população passou de 20 mil habitantes, na década

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de 1960, para 40 mil habitantes 20 anos depois. Hoje, Formosa já possuiu mais de 100 mil habitantes.

Este crescimento populacional, no entanto, foi acompanhado por mudanças positivas em vários as-pectos. Do início da década de 1980 até nossos dias, o índice de analfabetismo recuou de 20% para menos de 10%. Outro dado bastante promissor foi a mudança do Índice de Desenvolvimento Humano, o IDH, na área da educação: o Município hoje já apresenta índice de países altamente desenvolvidos.

O Município de Formosa, base de apoio para Brasília, também deu um salto na produção agrícola e mineral. Os sucessivos aumentos na área plantada e na tonelagem colhida colocam Formosa como grande produtor de soja, milho, feijão e cana-de-açúcar. Tam-bém viu surgir a exploração de fontes de água mine-ral, que hoje ajudam a suprir a demanda do Distrito Federal por este tipo de produto.

Mas todas essas mudanças não seriam possí-veis sem um trabalho sério feito pelos administrado-res municipais. Devemos destacar, para fazer justiça à história, o grande prefeito que foi nosso querido Tião Caroço. Um homem simples, que tornou seu apelido uma verdadeira lenda na política goiana e que ainda hoje presta grandes serviços ao nosso Estado.

Tião Caroço colocou seu nome da história de Goi-ás e de Formosa como prefeito visionário e que nunca teve medo dos desafios impostos pelas dificuldades dos orçamentos. Hoje, o perfil dele é representado pelo atual Prefeito Pedro Ivo. Também ele mostra que competência e arrojo são marcas de um bom prefeito, e vem ajudando a mudar ainda mais, e para melhor, o cotidiano dos moradores de nossa querida Formosa.

Quero, neste instante, parabenizar o povo dessa verdadeira capital do nordeste goiano por esta data passada no dia 1º de agosto. A eles e aos prefeitos que dignificam sua história, os cumprimentos deste Parlamentar.

Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente. Muito obrigado.

O SR. ROGÉRIO CARVALHO (PT-SE. Pronun-cia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, venho à tribuna tratar da nova política in-dustrial brasileira, o Plano Brasil Maior, lançado nesta semana pela Presidenta Dilma. Como todos sabem, as principais metas do Plano são:

– O Programa Reintegra (Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras), que irá devolver ao exportador de bens industrializados 0,5% da receita da exportação, nos mesmos moldes da restituição do Imposto de Renda. Esse percentual poderá ser elevado a até 4%. O valor em espécie será depositado na conta do exportador,

mas quem desejar também poderá usar os recursos para quitar débitos existentes junto à Receita Federal. O objetivo do regime é desonerar as exportações de bens industrializados de tributos pagos ao longo da cadeia de produção, que hoje não são desonerados pelas sistemáticas vigentes, como ISS, IOF e CIDE, entre outros. O benefício é linear e está de acordo com as normas da Organização Mundial do Comércio.

– As compras governamentais. Para fortalecer a indústria brasileira, o decreto de regulamentação da Lei nº 12.349/2010 (Lei de Compras Governamentais) estipula uma margem de preferência de até 25% nos processos de licitação para produtos manufaturados e serviços nacionais que atendam às normas técnicas brasileiras. Essas margens serão definidas levando em consideração a geração de emprego e renda e o desenvolvimento e a inovação tecnológica realizados no País. O dispositivo será usado também para forta-lecer pequenos e médios negócios e será focado nas áreas de Defesa, Saúde e Tecnologias da Informação e Comunicação.

– A defesa comercial brasileira. A medida au-menta o número de investigadores do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, que passará de 30 para 120. O prazo de investigação para aplicação de medidas antidumping será reduzido de 15 para 10 meses, e, para aplicação de direito provisório, cairá de 240 para 120 dias. Também será negociada no âmbito do MERCOSUL a flexibilização da administra-ção das alíquotas de importação. Será reforçado ainda o combate à circunvenção, por meio da extensão do direito antidumping ou de medidas compensatórias a importações que estejam tentando burlar o mecanis-mo de defesa comercial, à falsa declaração de origem, com o indeferimento da licença de importação quando constatada a prática, e ao subfaturamento de preços.

– A modernização do INMETRO. Para fazer frente à ampliação do número de produtos certificados, o Insti-tuto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO) terá sua estrutura modernizada e ampliada. Passará a se chamar Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO) e atu-ará em aeroportos e portos para atestar a qualidade das mercadorias importadas, que terão de respeitar as mesmas normas impostas aos produtos nacionais. O INMETRO terá livre acesso às alfândegas de portos e aeroportos do País e será chamado a participar da formulação de acordos de livre comércio quando os temas forem “barreiras técnicas” e “harmonização de regulamentos”. O INMETRO também terá a função de autoridade notificadora dos regulamentos técnicos fe-derais ao Comitê do Acordo sobre Barreiras Técnicas da Organização Mundial do Comércio (OMC).

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– O regime automotivo. Os benefícios ainda es-tão em estudo, mas envolverão veículos acabados e autopeças. A ideia é criar como contrapartida várias exigências, como aumento de investimento, agregação de valor, transferência tecnológica, emprego e inovação.

– Inovação e financiamento. Caberá ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BN-DES) relevante papel no financiamento à inovação e ao investimento. Será ofertado crédito de R$2 bilhões à Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), ligada ao Ministério de Ciência e Tecnologia, para ampliação da carteira de inovação da instituição. O Programa de Sustentação do Investimento (PSI), com orçamento de R$75 bilhões, será estendido até dezembro de 2012 e incluirá novos programas para componentes e serviços técnicos especializados; equipamentos de Tecnologias da Informação Comunicação (TICs) produzidos no País; ônibus híbridos, entre outros.

Por fim, Sras. e Srs. Deputados, a questão que tem gerado maior debate diz respeito ao PIS/COFINS e às desonerações. O Plano contempla pedido antigo do setor produtivo ao prever a devolução imediata de créditos de PIS/COFINS sobre bens de capital; o pra-zo já havia sido reduzido de 48 meses para 24 meses e, posteriormente, para os atuais 12 meses. O Plano prevê o processamento automático dos pedidos de res-sarcimento e o pagamento em 60 dias para empresas com escrituração fiscal digital a partir de outubro deste ano. A partir de março de 2012, a escrituração digital será obrigatória. O Plano reduz a zero a alíquota de 20% para o INSS de setores sensíveis ao câmbio e à concorrência internacional e intensivos em mão de obra, como confecções, calçados, móveis e softwa‑res. Em contrapartida, será cobrada uma contribuição sobre o faturamento com alíquota a partir de 1,5% de acordo com o setor.

Sr. Presidente, essas medidas são oportunas e possibilitam o Brasil continuar a enfrentar a crise internacional, que desde 2008 assola os países de-senvolvidos e repercute nas relações internacionais.

Ou melhor, essas medidas possibilitam o Brasil se defender do agravamento da crise financeira inter-nacional; afinal de contas, neste atual momento, tudo indica para o agravamento da crise, inclusive diante da contaminação na esfera política americana.

Assim, as medidas são uma resposta à concor-rência predatória imposta pelos países desenvolvidos frente à crise econômica internacional. E assim o faz mediante fomento a inovação tecnológica. Por isso, não tenho dúvidas, o Plano Brasil Maior representa uma ação concreta do nosso Governo em cuidar das rique-zas brasileiras, significando extraordinária virtude cívica.

Porém, Sras. e Srs. Deputados, tenho uma ligeira preocupação: essas medidas poderiam ter sido tomadas em um contexto maior da imperiosamente necessária reforma tributária, especialmente no que toca a recur-sos da Seguridade Social para a Previdência, como é o caso da desoneração da folha de pagamento.

Todavia, é bem verdade que o Plano garante que o Tesouro Nacional arcará com a diferença para cobrir a eventual perda de arrecadação da Previdência So-cial. A medida funcionará como um projeto piloto até dezembro de 2012 e seu impacto será acompanhado por uma comissão tripartite, formada por Governo, se-tor produtivo e sociedade civil.

De qualquer modo, isso significa que, no pior ce-nário (perda de arrecadação da Previdência), os demais tributos que integram o caixa único do Governo, e que por isso mesmo não têm vinculação, irão ter que arcar com os direitos previdenciários. Isso, de certa forma, é um retrocesso com relação à conquista social e ao preceito constitucional que prevê e busca uma auto-nomia financeira para a Seguridade Social; ou seja, a Seguridade Social perde sua fonte de financiamento e passa a depender de recursos diretos de outras re-ceitas que não as contribuições sociais.

Sras. e Srs. Deputados, em última análise, isso significa que diante da crise do capitalismo e de sua eterna queda em taxa de lucros, novamente são os trabalhadores, por meio dos seus direitos sociais, que irão pagar a conta. Digo isso porque, para garantir a defesa da produção da riqueza nacional, os direitos sociais entraram como garantia. E isso eu não acho justo, apesar de que é ilógico que se tribute o espelho da geração de emprego formal, uma vez que a incidên-cia sobre a folha de pagamento incita a contratação por mecanismos informais.

Ocorre que o argumento utilizado pelas empre-sas é sempre no sentido de que a folha de pagamento onera a produção e, por isso, prejudica as exportações.

Mas precisamos pensar melhor esse contexto. Vejamos o seguinte dado de dois dos maiores expor-tadores do mundo: China e Alemanha. Em 2010, a China exportou US$1,5 trilhão; a Alemanha, US$1,3 trilhão. O Brasil exportou US$0,2 trilhão. O custo/ho-rário com a mão de obra na Alemanha está próximo dos US$40,00; no Brasil, dos US$6,00; e, na China, dos US$2,00. Assim, é possível dizer que a competi-tividade da indústria não está vinculada ao custo da mão de obra horária, mas à qualidade e quantidade produzidas nesta hora.

Sr. Presidente, analisar os efeitos da desone-ração na melhoria das condições de competitividade das empresas exige ponderar, pelo menos, o seguinte: o custo da mão de obra em relação ao conjunto das

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despesas operacionais das empresas, o faturamento e o seu lucro; o custo da tributação previdenciária em relação ao conjunto dos demais tributos e das despe-sas operacionais e o faturamento das empresas; e as razões determinantes para a falta de competitividade das empresas, como custo de capitação de recursos, relação cambial, capacidade de inovação.

É bom lembrar ainda que o custo da contribui-ção previdenciária patronal no Brasil é similar ao da Europa. Na média, na União Europeia a parte patronal representa 38,3% do conjunto das receitas tributárias, enquanto aqui o percentual é de 38,7%.

Portanto, Sras. e Srs. Deputados, estou aqui de-monstrando certa preocupação com o risco de a de-soneração da folha provocar perda de recursos para a Seguridade Social, especialmente para a Previdência Social, nosso principal instrumento de distribuição de renda. E isso porque o foco foi a questão da indústria e do mercado internacional já conquistado pelo Brasil diante da crise econômica mundial. Ora, mas em uma visão global e totalizadora do problema, poderíamos ter enfrentado a questão da crise com a reforma tribu-tária. Assim, além da importantíssima proteção do Bra-sil diante da crise internacional, poderíamos modificar nossa forma de arrecadação para garantir a produção de riqueza no Brasil, agregação de valor, exportações e conquistas de novos mercados, geração de empre-gos e uma justiça fiscal.

Era o que tinha a dizer. Muito obrigado.A SRA. SOLANGE ALMEIDA (PMDB-RJ. Pro-

nuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, neste momento do alto desta tribuna venho enaltecer as mulheres do meu País.

No dia 7 de agosto comemoraremos 5 anos de continuidade da luta à violência contra a mulher. A data marca a história de luta das mulheres por seus direitos, conhecida como Lei Maria da Penha.

A história de vida de Maria da Penha, comum a de tantas mulheres que levam no corpo e na alma as marcas visíveis e invisíveis da violência, tornou-a protagonista de um litígio internacional emblemático para o acesso à justiça, na luta contra a impunidade, com relação à violência doméstica contra as mulheres no Brasil. Ícone dessa causa, sua vida está simboli-camente subscrita e marcada sob o nome de uma lei.

Foram muitos anos lutando para que as mulheres pudessem dispor desse instrumento legal e para que o Estado brasileiro passasse a enxergar a violência doméstica e familiar contra a mulher.

“Quem ama não mata”; “em briga de marido e mulher, vamos meter a colher”; “homem que é homem não bate em mulher”; “toda mulher tem direito a uma vida livre de violência”; “sua vida recomeça quando a

violência termina”; “onde tem violência todo mundo perde”. Foram muitos os slogans utilizados nas campa-nhas que trouxeram para o espaço público aquilo que se teimava em dizer que deveria ser resolvido entre as quatro paredes do lar.

A Lei Maria da Penha representa inegável avan-ço na normativa jurídica nacional: modifica a resposta que o Estado dá à violência doméstica e familiar con-tra as mulheres; rompe com paradigmas tradicionais do Direito; dá maior ênfase à prevenção, assistência e proteção às mulheres e seus dependentes em situação de violência, ao mesmo tempo em que fortalece a ótica repressiva, na medida necessária; e trata a questão na perspectiva da integralidade, multidisciplinaridade, complexidade e especificidade, como se demanda que seja abordado o problema. A Lei reconhece a gravidade dos casos de violência doméstica e retira dos juizados especiais criminais (que julgam crimes de menor po-tencial ofensivo) a competência para julgá-los.

Quantas mulheres carregaram consigo a cul-pa por serem vítimas de violência por anos a fio? A quantos silêncios elas teriam se submetido? Quanta violência não foi justificada nos tribunais pela “defesa da honra” masculina?

Não são poucas as mudanças que a Lei Maria da Penha, vem trazendo para nos brasileiros, tanto na tipi-ficação dos crimes de violência contra a mulher, quanto nos procedimentos judiciais e da autoridade policial. Ela tipifica a violência doméstica como uma das formas de violação dos direitos humanos; altera o Código Penal e possibilita que agressores sejam presos em flagrante, ou tenham sua prisão preventiva decretada, quando ameaçarem a integridade física da mulher.

Em 5 anos de vigência da lei, o processo de sua implementação ainda está só começando, com avan-ços, obstáculos e desafios. A mudança estrutural nas dinâmicas institucionais e em comportamentos cultu-rais que a lei reflete e invoca não se opera em curto prazo. Mas urgem atitudes de comprometimento com a lei, por parte de distintos atores, que fazem e farão a diferença.

Essa Lei, criada com mecanismos para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mu-lher, nos termos da Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Violência contra a Mulher, da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher e de outros tratados internacionais ratificados pela Re-pública Federativa do Brasil, dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; e estabelece medidas de assistência e prote-ção às mulheres em situação de violência doméstica e familiar, como se segue:

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39497 Sexta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2011

“Art. 2º Toda mulher, independentemente de classe, raça, etnia, orientação sexual, ren‑da, cultura, nível educacional, idade e religião, goza dos direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sendo‑lhe asseguradas as oportunidades e facilidades para viver sem vio‑lência, preservar sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual e social.

Art. 3º Serão asseguradas às mulheres as condições para o exercício efetivo dos direitos à vida, à segurança, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, à moradia, ao acesso à justiça, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária.

§ 1º O poder público desenvolverá polí‑ticas que visem garantir os direitos humanos das mulheres no âmbito das relações domés‑ticas e familiares no sentido de resguardá‑las de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.

§ 2º Cabe à família, à sociedade e ao poder público criar as condições necessárias para o efetivo exercício dos direitos enuncia‑dos no caput.

Art. 4º Na interpretação desta Lei, se‑rão considerados os fins sociais a que ela se destina e, especialmente, as condições pecu‑liares das mulheres em situação de violência doméstica e familiar.”

A lei alterou o Código Penal Brasileiro e possibili-tou que agressores de mulheres no âmbito doméstico ou familiar sejam presos em flagrante ou tenham sua prisão preventiva decretada. Esses agressores também não poderão mais ser punidos com penas alternativas. A legislação também aumenta o tempo máximo de de-tenção previsto, 1 a 3 anos. A nova lei ainda prevê me-didas que vão desde a saída do agressor do domicílio à proibição de sua aproximação da mulher agredida.

A violência contra a mulher envolve os atos de violência contra as mulheres que se manifestam por meio das relações assimétricas entre homens e mulhe-res, envolvendo por vezes discriminação e preconceito.

A violência contra mulher pode assumir diversas formas, que vão desde uma agressão sociopática de natureza sexual e perversa, no sentido psicanalítico do termo, até formas mais sutis como assédio sexual discriminação, desvalorização do trabalho doméstico e dos cuidados com a prole e a maternidade.

Saliento que as leis são instrumentos para con-cretizar princípios, garantir direitos, fazer realidade nossa cidadania. Uma lei que abarca a violência do-méstica contra as mulheres em ampla dimensão – e

não a trata de maneira isolada, senão conectada a po-líticas públicas intersetoriais – tem múltiplos desafios. O maior deles, talvez, é a mudança de olhar e atitude da família brasileira.

“Toda mulher tem direito a uma vida livre de vio-lência.”

Este é o nosso desejo e este deve ser o nosso compromisso.

Era o que tinha a dizer.O SR. PASTOR MARCO FELICIANO (PSC-SP.

Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, uso esta tribuna para registrar a passagem amanhã, dia 5 de agosto, do Dia Nacional da Saúde. Essa data foi escolhida por ser a do nasci-mento do médico sanitarista Oswaldo Cruz.

Com especialização em Bacteriologia pelo Ins-tituto Pasteur de Paris, foi reconhecido em sua época como um dos grandes cientistas mundiais. Em 1904, foi nomeado Diretor-Geral da Saúde Pública, cargo equivalente ao atual de Ministro da Saúde. Em sua atuação no combate à febre amarela, deu-se a cha-mada Revolta da Vacina, pois a população foi contra a obrigatoriedade da vacinação antivaríola. Porém, anos mais tarde, devido à recidiva da doença, o povo compareceu em massa aos postos de saúde, e foi re-conhecido o valor do médico.

É muito bom poder homenagear os profissionais da saúde. Quando somos acometidos de algum mal é que podemos constatar o valor desses verdadeiros sacerdotes de branco. Além dos médicos, homena-geamos nesse dia os enfermeiros, farmacêuticos, ra-diologistas, biomédicos, laboratoristas, cientistas que se esmeram para desenvolver e descobrir novos me-dicamentos que tornam nossa vida mais longa e sau-dável, paramédicos, dentistas, protéticos, motoristas de ambulâncias, enfim, todos esses verdadeiros anjos que nos atendem e protegem.

Finalmente, um grande abraço para todos esses profissionais, cujos uniformes ostentam a mesma cor da vestimenta que se atribui aos anjos, o branco. Trata--se de um desígnio de Deus.

Parabéns a todos.Sr. Presidente, solicito a V.Exa. que este pronun-

ciamento seja divulgado pelos órgãos de comunica-ção da Casa.

Muito obrigado.O SR. PRESIDENTE (Amauri Teixeira) – Vamos

dar início à Ordem do Dia.Passo a Presidência ao Deputado Miro Teixeira,

nos termos regimentais, haja vista que, na falta de um membro titular da Mesa, é o Deputado mais velho quem a assume. Aliás – perdoe-me, Deputado Miro Teixeira –, o Regimento estabelece que assume a Presidên-

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39498 Sexta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2011

cia, nessa hipótese, o Deputado com maior número de legislaturas – para não falarmos na questão da idade.

Com muito prazer, passo a Presidência ao Deputa-do Miro Teixeira, e peço desculpas aos demais que não falaram, pois que tentamos garantir a palavra a todos.

O Sr. Amauri Teixeira, § 2º do art. 18 do Regimento Interno, deixa a cadeira da presi‑, deixa a cadeira da presi‑deixa a cadeira da presi‑dência, que é ocupada pelo Sr. Miro Teixeira, § 2º do art. 18 do Regimento Interno.

V – ORDEM DO DIA

PRESENTES OS SEGUINTES SRS. DE‑PUTADOS:

Partido Bloco

RORAIMA

Berinho Bantim PSDB Francisco Araújo PSL PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslJhonatan de Jesus PRB Luciano Castro PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslPaulo Cesar Quartiero DEM Raul Lima PP Total de RORAIMA 6

AMAPÁ

Janete Capiberibe PSB PsbPtbPcdobSebastião Bala Rocha PDT Total de AMAPÁ 2

PARÁ

André Dias PSDB Beto Faro PT Cláudio Puty PT Giovanni Queiroz PDT José Priante PMDB Josué Bengtson PTB PsbPtbPcdobLúcio Vale PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslLuiz Otávio PMDB Miriquinho Batista PT Zequinha Marinho PSC Total de PARÁ 10

AMAZONAS

Átila Lins PMDB Carlos Souza PP Pauderney Avelino DEM Rebecca Garcia PP Sabino Castelo Branco PTB PsbPtbPcdobTotal de AMAZONAS 5

RONDÔNIA

Lindomar Garçon PV PvPpsMarinha Raupp PMDB Mauro Nazif PSB PsbPtbPcdobMoreira Mendes PPS PvPpsNatan Donadon PMDB Padre Ton PT Total de RONDÔNIA 6

ACRE

Flaviano Melo PMDB Henrique Afonso PV PvPpsMarcio Bittar PSDB Sibá Machado PT Taumaturgo Lima PT Total de ACRE 5

TOCANTINS

Ângelo Agnolin PDT Eduardo Gomes PSDB Júnior Coimbra PMDB Lázaro Botelho PP Professora Dorinha Seabra Rezende DEM Total de TOCANTINS 5

MARANHÃO

Alberto Filho PMDB Carlos Brandão PSDB Cleber Verde PRB Davi Alves Silva Júnior PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslDomingos Dutra PT Francisco Escórcio PMDB Gastão Vieira PMDB Hélio Santos PSDB Lourival Mendes PTdoB PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslNice Lobão DEM Ribamar Alves PSB PsbPtbPcdobSarney Filho PV PvPpsWaldir Maranhão PP Total de MARANHÃO 13

CEARÁ

André Figueiredo PDT Artur Bruno PT Chico Lopes PCdoB PsbPtbPcdobEdson Silva PSB PsbPtbPcdobEudes Xavier PT Gorete Pereira PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslJoão Ananias PCdoB PsbPtbPcdobJosé Guimarães PT Manoel Salviano PSDB Mauro Benevides PMDB Total de CEARÁ 10

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Agosto de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 5 39499

PIAUÍ

Assis Carvalho PT Iracema Portella PP Jesus Rodrigues PT Júlio Cesar DEM Nazareno Fonteles PT Total de PIAUÍ 5

RIO GRANDE DO NORTE

João Maia PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslPaulo Wagner PV PvPpsRogério Marinho PSDB Total de RIO GRANDE DO NORTE 3

PARAÍBA

Aguinaldo Ribeiro PP Damião Feliciano PDT Luiz Couto PT Manoel Junior PMDB Romero Rodrigues PSDB Total de PARAÍBA 5

PERNAMBUCO

Ana Arraes PSB PsbPtbPcdobAugusto Coutinho DEM Carlos Eduardo Cadoca PSC Fernando Ferro PT João Paulo Lima PT Jorge Corte Real PTB PsbPtbPcdobJosé Chaves PTB PsbPtbPcdobMendonça Filho DEM Pastor Eurico PSB PsbPtbPcdobRaul Henry PMDB Roberto Teixeira PP Wolney Queiroz PDT Total de PERNAMBUCO 12

ALAGOAS

Arthur Lira PP Givaldo Carimbão PSB PsbPtbPcdobJoão Lyra PTB PsbPtbPcdobRosinha da Adefal PTdoB PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslTotal de ALAGOAS 4

SERGIPE

Almeida Lima PMDB Laercio Oliveira PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslMárcio Macêdo PT Rogério Carvalho PT Valadares Filho PSB PsbPtbPcdobTotal de SERGIPE 5

BAHIA

Amauri Teixeira PT Antonio Brito PTB PsbPtbPcdob

Antonio Carlos Magalhães Neto DEM Antonio Imbassahy PSDB Claudio Cajado DEM Daniel Almeida PCdoB PsbPtbPcdobEdson Pimenta PCdoB PsbPtbPcdobFábio Souto DEM Felix Mendonça Júnior PDT Fernando Torres DEM Geraldo Simões PT Jânio Natal PRP PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslJosé Carlos Araújo PDT José Nunes DEM José Rocha PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslJosias Gomes PT Jutahy Junior PSDB Lucio Vieira Lima PMDB Márcio Marinho PRB Marcos Medrado PDT Nelson Pellegrino PT Paulo Magalhães DEM Roberto Britto PP Sérgio Barradas Carneiro PT Waldenor Pereira PT Total de BAHIA 25

MINAS GERAIS

Ademir Camilo PDT Aelton Freitas PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslAntônio Andrade PMDB Carlaile Pedrosa PSDB Diego Andrade PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslEduardo Azeredo PSDB Eros Biondini PTB PsbPtbPcdobFábio Ramalho PV PvPpsGabriel Guimarães PT Gilmar Machado PT Jairo Ataide DEM João Bittar DEM José Humberto PHS PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslJúlio Delgado PSB PsbPtbPcdobLael Varella DEM Leonardo Monteiro PT Márcio Reinaldo Moreira PP Marcos Montes DEM Marcus Pestana PSDB Mauro Lopes PMDB Newton Cardoso PMDB Odair Cunha PT Renzo Braz PP Toninho Pinheiro PP Vitor Penido DEM Total de MINAS GERAIS 25

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39500 Sexta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2011

ESPÍRITO SANTO

Camilo Cola PMDB Cesar Colnago PSDB Dr. Jorge Silva PDT Manato PDT Paulo Foletto PSB PsbPtbPcdobSueli Vidigal PDT Total de ESPÍRITO SANTO 6

RIO DE JANEIRO

Alessandro Molon PT Alexandre Santos PMDB Andreia Zito PSDB Anthony Garotinho PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslArolde de Oliveira DEM Deley PSC Dr. Adilson Soares PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslDr. Paulo César PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslEdson Ezequiel PMDB Eduardo Cunha PMDB Felipe Bornier PHS PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslFernando Jordão PMDB Francisco Floriano PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslGlauber Braga PSB PsbPtbPcdobHugo Leal PSC Jean Wyllys PSOL Miro Teixeira PDT Neilton Mulim PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslOtavio Leite PSDB Rodrigo Maia DEM Romário PSB PsbPtbPcdobSimão Sessim PP Solange Almeida PMDB Stepan Nercessian PPS PvPpsVitor Paulo PRB Walney Rocha PTB PsbPtbPcdobWashington Reis PMDB Zoinho PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslTotal de RIO DE JANEIRO 28

SÃO PAULO

Antonio Bulhões PRB Antonio Carlos Mendes Thame PSDB Arnaldo Faria de Sá PTB PsbPtbPcdobArnaldo Jardim PPS PvPpsBruna Furlan PSDB Cândido Vaccarezza PT Carlos Zarattini PT Dimas Ramalho PPS PvPpsDr. Ubiali PSB PsbPtbPcdobDra.Elaine Abissamra PSB PsbPtbPcdobDuarte Nogueira PSDB Edinho Araújo PMDB

Eleuses Paiva DEM Gabriel Chalita PMDB Guilherme Campos DEM Ivan Valente PSOL Jefferson Campos PSB PsbPtbPcdobJilmar Tatto PT Jonas Donizette PSB PsbPtbPcdobJosé De Filippi PT José Mentor PT Junji Abe DEM Keiko Ota PSB PsbPtbPcdobLuiz Fernando Machado PSDB Luiza Erundina PSB PsbPtbPcdobMissionário José Olimpio PP Otoniel Lima PRB Pastor Marco Feliciano PSC Paulo Freire PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslPaulo Pereira da Silva PDT Penna PV PvPpsRicardo Izar PV PvPpsRoberto de Lucena PV PvPpsValdemar Costa Neto PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslVanderlei Macris PSDB Vicente Candido PT Vicentinho PT Walter Ihoshi DEM William Dib PSDB Total de SÃO PAULO 39

MATO GROSSO

Carlos Bezerra PMDB Homero Pereira PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslJúlio Campos DEM Neri Geller PP Nilson Leitão PSDB Roberto Dorner PP Valtenir Pereira PSB PsbPtbPcdobTotal de MATO GROSSO 7

DISTRITO FEDERAL

Erika Kokay PT Izalci PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslJaqueline Roriz PMN Ronaldo Fonseca PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslTotal de DISTRITO FEDERAL 4

GOIÁS

Flávia Morais PDT Heuler Cruvinel DEM Íris de Araújo PMDB João Campos PSDB Leandro Vilela PMDB Pedro Chaves PMDB Ronaldo Caiado DEM

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Agosto de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 5 39501

Rubens Otoni PT Sandes Júnior PP Sandro Mabel PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslValdivino de Oliveira PSDB Total de GOIÁS 11

MATO GROSSO DO SUL

Antônio Carlos Biffi PT Fabio Trad PMDB Geraldo Resende PMDB Giroto PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslMandetta DEM Marçal Filho PMDB Reinaldo Azambuja PSDB Total de MATO GROSSO DO SUL 7

PARANÁ

Abelardo Lupion DEM Alex Canziani PTB PsbPtbPcdobAndré Zacharow PMDB Angelo Vanhoni PT Assis do Couto PT Cida Borghetti PP Dilceu Sperafico PP Eduardo Sciarra DEM João Arruda PMDB Leopoldo Meyer PSB PsbPtbPcdobLuiz Carlos Setim DEM Luiz Nishimori PSDB Moacir Micheletto PMDB Nelson Meurer PP Nelson Padovani PSC Ratinho Junior PSC Rosane Ferreira PV PvPpsRubens Bueno PPS PvPpsSandro Alex PPS PvPpsTakayama PSC Total de PARANÁ 20

SANTA CATARINA

Carmen Zanotto PPS PvPpsCelso Maldaner PMDB Décio Lima PT Edinho Bez PMDB Esperidião Amin PP João Pizzolatti PP Jorge Boeira PT Onofre Santo Agostini DEM Pedro Uczai PT Ronaldo Benedet PMDB Total de SANTA CATARINA 10

RIO GRANDE DO SUL

Alexandre Roso PSB PsbPtbPcdobAssis Melo PCdoB PsbPtbPcdob

Enio Bacci PDT Giovani Cherini PDT José Stédile PSB PsbPtbPcdobLuis Carlos Heinze PP Luiz Noé PSB PsbPtbPcdobManuela D`ávila PCdoB PsbPtbPcdobMendes Ribeiro Filho PMDB Paulo Pimenta PT Ronaldo Nogueira PTB PsbPtbPcdobRonaldo Zulke PT Vieira da Cunha PDT Total de RIO GRANDE DO SUL 13

O SR. PRESIDENTE (Miro Teixeira) – A lista de presença registra o comparecimento de 291 Senhoras Deputadas e Senhores Deputados.

O SR. PRESIDENTE (Miro Teixeira) – Item 1.

MEDIDA PROVISÓRIA Nº 530-A, DE 2011 (Do Poder Executivo)

Continuação da votação, em turno úni-co, da Medida Provisória nº 530-A, de 2011, que institui, no âmbito do Ministério da Edu-cação, o plano especial de recuperação da rede física escolar pública, com a finalidade de prestar assistência financeira para recupe-ração das redes físicas das escolas públicas estaduais, do Distrito Federal e municipais afetadas por desastres; tendo parecer do Re-lator da Comissão Mista, proferido em Plená-rio e entregue à Mesa, pelo atendimento dos pressupostos constitucionais de relevância e urgência; pela constitucionalidade, juridi-cidade e técnica legislativa; pela adequação financeira e orçamentária da Medida Provisó-ria e das Emendas apresentadas; e, no mérito, pela aprovação desta Medida Provisória e das Emendas de n.ºs 5, 8, 10, 13 e 20, na forma do Projeto de Lei de Conversão apresenta-do, e pela rejeição das Emendas de n.ºs 7, 9, 11, 14 e 15 (Relator: Dep. Glauber Braga). As Emendas de nºs 1, 2, 3, 4, 6, 12, 16, 17, 18, 19, 21 e 22, foram indeferidas liminarmente por versarem sobre matéria estranha, nos termos do art. 4º, § 4º, da Resolução nº 1/2002-CN, c.c. art. 125 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados (Questão de Ordem nº 478/2009), tendo as Emendas de nºs 6, 16, 17, 18 e 19 sido retiradas pelo autor.

Comissão Mista: 9-5-2011Prazo na Câmara: 23-5-2011Passa a sobrestar a Pauta em: 10-6-

2011 (46º Dia)Perda de eficácia: 5-9-2011

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39502 Sexta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2011

O SR. PRESIDENTE (Miro Teixeira) – Ontem, nós votamos a matéria principal, e ficaram pendentes de votação os três destaques.

Porém, sobre a Mesa há um requerimento, assi-nado pelo Deputado Antonio Carlos Magalhães Neto, Líder do Democratas, com o seguinte teor:

“Sr. Presidente,Requeremos a V.Exa., nos termos do art.

117, VI, do Regimento Interno, a retirada de pauta da Medida Provisória nº 530-A, de 2011, constante do item 1 da presente Ordem do Dia.

Sala das Sessões, 4 de agosto de 2011. – Deputado Onofre Santo Agostini, Vice-Líder do Democratas.”

Assinam o Deputado Antonio Carlos Magalhães Neto e outros Deputados, embora bastasse a assina-tura do Deputado ACM Neto, não só pelo mandato que exerce, como pela tradição familiar agradável neste Congresso Nacional.

O SR. PRESIDENTE (Miro Teixeira) – O Depu-tado pode encaminhar o requerimento.

O SR. ANTONIO CARLOS MAGALHÃES NETO (DEM-BA. Sem revisão do orador.) – Eu encaminharei, Sr. Presidente.

Eu quero, cumprimentando V.Exa., reafirmar aqui aquilo que anunciei no dia de ontem: o Democratas ado-tou uma decisão política de fazer obstrução à pauta de votações das medidas provisórias e de todos os outros itens, desde que o Presidente possa admitir sentar-se conosco para discutir uma pauta do Legislativo.

A pauta do Executivo tem que ser examinada com muita cautela, especialmente neste momento em que o Governo, repito, está tomado por graves denúncias de corrupção, em que o Governo se vê envolto em uma série de problemas de natureza moral e ética.

Portanto, a nossa decisão – política, repito – é a decisão de obstruir, é a decisão de impedir o avanço dessas medidas provisórias até que possamos construir uma pauta do Legislativo, votando a regulamentação da Emenda 29, a PEC 300, votando o Super-SIMPLES, vo-tando projetos que interessam verdadeiramente ao País.

Contudo, Sr. Presidente Miro Teixeira, quero dizer que o Democratas não pode deixar de ser sensível ao mérito desta medida provisória. Assim como fizemos no dia de ontem – e na noite de ontem –, permitindo a votação do texto principal, entendendo a urgência que essa matéria tem, sobretudo para o Estado do Rio de Janeiro, quero aqui confessar que atendo a um apelo político de alguém que é muito importante para o Democratas, que foi Líder da nossa bancada, que foi Presidente Nacional do partido, um membro impor-tante, uma liderança relevante do partido, que me fez

um apelo pessoal e político no sentido de que permi-tíssemos a votação desses destaques, sem que isso represente – repito – o levantamento da obstrução. Nós estamos em obstrução; continuaremos em obstrução.

Agora, vou abrir uma exceção em função do mé-rito da matéria e da importância dela para o Rio de Janeiro e do apelo que me foi feito – e esse é o pon-to mais importante – pelo Deputado Rodrigo Maia, a quem não posso negar esse apelo. Não posso negar esse apelo, pela sua importância no partido, pelo seu peso na bancada e pela sua importância para o Esta-do do Rio de Janeiro.

Em função exatamente do apelo do Deputado Rodrigo Maia, eu vou retirar a obstrução para a vota-ção dos destaques – exclusivamente para a votação dos destaques. Nós vamos aprovar os destaques e, em seguida, a obstrução continua, inclusive nos pro-jetos de acordo internacional.

O SR. PRESIDENTE (Miro Teixeira) – Com a pa-lavra o Deputado Fernando Ferro.

O SR. FERNANDO FERRO (PT-PE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Deputado Miro Teixeira, eu queria saudar o Presidente do DEM, Deputa-do Antonio Carlos Magalhães, por seu pronunciamento.

A coisa mais importante da vida é a pessoa re-conhecer um equívoco e ter a dignidade e a tranquili-dade para fazê-lo como S.Exa. fez agora, atendendo, inclusive, a um parceiro, a um companheiro de sua bancada, que reconhece a justeza dessa ação que aqui faz a Câmara dos Deputados.

Inclusive alguns companheiros do Partido dos Trabalhadores foram muito duros na crítica a esse posicionamento do DEM. Mas eu acho que o gesto de grandeza do Deputado Antonio Carlos Magalhães Neto, ao reconhecer essa importância, tem que ser enfatizado e considerado como uma contribuição aos trabalhos desta Casa.

Então, quero fazer um registro e dizer que uma das coisas boas da vida e das pessoas é saber recu-ar em certos momentos para exatamente garantir es-paços futuros. Acho que foi um gesto positivo e aqui quero exaltá-lo para chegarmos ao final desta votação.

Obrigado, Presidente.O SR. PRESIDENTE (Miro Teixeira) – Como

ensinou V.Exa., há uma frase de autoria de chineses contemporâneos de V.Exa.: “Não se perde quem volta nos próprios passos”. É isso.

Parabéns ao Líder do DEM.O SR. ODAIR CUNHA – Presidente Miro.O SR. PRESIDENTE ( Miro Teixeira) – Deputa-

do Odair.O SR. ODAIR CUNHA (PT-MG. Pela ordem. Sem

revisão do orador.) – Apenas, pela Liderança do Gover-

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Agosto de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 5 39503

no, agradeço a sensibilidade do Líder ACM Neto, que possibilita uma votação importante neste dia.

O SR. PRESIDENTE (Miro Teixeira) – Então, passemos...

O SR. MÁRCIO MACÊDO (PT-SE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, eu queria também, em nome da Liderança do PT – eu fui um dos Deputados que foi duro aqui na manhã de hoje, como Vice-Líder do Partido –, cumprimentar aqui o Deputado ACM e abraçá-lo por esse gesto, reconhe-cimento do processo de ontem, em colocar em pauta uma votação que é importante para o País.

O SR. PRESIDENTE (Miro Teixeira) – Vamos votar.O SR. DR. PAULO CÉSAR (Bloco/PR-RJ. Pela

ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, eu também gostaria de, em nome da Liderança do Partido da República, em nome da bancada do Rio de Janeiro, agradecer aqui a sensibilidade do Líder do DEM, ACM Neto, que deixa de obstruir neste momento, para que possamos votar os destaques, em favor da população do Estado do Rio de Janeiro e, principalmente, das áreas dos Municípios atingidos pelas enchentes em janeiro.

O SR. PRESIDENTE (Miro Teixeira) – O Dr. Paulo César falou por todos nós da bancada do Rio de Ja-neiro. Vamos ao voto.

O SR. DR. PAULO CÉSAR – Isso, Sr. Presidente.O SR. PRESIDENTE (Miro Teixeira) – Obrigado.O SR. EDINHO ARAÚJO – Sr. Presidente, pela

ordem.O SR. PRESIDENTE (Miro Teixeira) – Pois não.O SR. EDINHO ARAÚJO (PMDB-SP. Pela ordem.

Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, pela banca-da do PMDB, nós também queremos nos congratular com a posição tomada pelo Deputado ACM Neto, no sentido de que possamos votar essa matéria, que é relevante para o Rio de Janeiro e, sendo para o Rio de Janeiro, também o é para o País.

Portanto, o PMDB está realmente também feste-jando essa decisão que esta Casa toma nesta manhã.

O SR. PRESIDENTE (Miro Teixeira) – Vamos nos regozijar votando, então.

O SR. PRESIDENTE (Miro Teixeira) – Sobre a Mesa requerimento de destaque – destaque simples:

“Sr. Presidente,Requeiro a V.Exa., nos termos do art. 161

do Regimento Interno, destaque para votação em separado da expressão ‘das escolas atingi-das’, do art. 2º, inciso III, do Projeto de Lei de Conversão apresentado à Medida Provisória nº 530, de 2011.

Sala das Sessões, 3 de agosto de 2011. – Deputado Antonio Carlos Magalhães Neto, Líder do Democratas.”

O SR. PRESIDENTE (Miro Teixeira) – Mantém o destaque, nobre Deputado?

O SR. ANTONIO CARLOS MAGALHÃES NETO (DEM-BA. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, não. Nós vamos retirar esse destaque. É um destaque simples que pode ser retirado.

O SR. PRESIDENTE (Miro Teixeira) – Retirado.O SR. ANTONIO CARLOS MAGALHÃES NETO

– Eu apenas quero fazer um registro: o Democratas ontem cumpriu o seu papel, estendeu o debate. Hoje, aqui reafirma a sua decisão de obstruir. Agora, viabili-za uma votação importante, garantindo definitivamente esse recurso para o Rio de Janeiro sem que isso re-presente nenhum recuo ou modificação da estratégia ou muito menos arrependimento.

Apenas um registro, porque eu sei que, às vezes, algumas colocações podem desvirtuar o que nós esta-mos verdadeiramente procurando fazer aqui.

O SR. PRESIDENTE (Miro Teixeira) – Segura-mente, não foi a intenção, porque todos renderam as homenagens a V.Exa.

O SR. ANTONIO CARLOS MAGALHÃES NETO – É verdade. E agradeço a todos os outros, Presidente.

O SR. PRESIDENTE (Miro Teixeira) – Então, va-mos agora aos destaques de bancada.

O primeiro é o requerimento, nos termos do art. 161, de destaque para votação em separado da ex-pressão “ou inseguras”, do § 3º do art. 3º do PLV à Medida Provisória nº 530, de 2011.

“Senhor(a) Presidente,Requeiro a V.Exa., nos termos do art. 161

do Regimento Interno, destaque para votação em separado da expressão ‘ou inseguras, do art. 3º, § 3º, do Projeto de Lei de Conversão apresentado à Medida Provisória nº 530, de 2011.

Sala das Sessões, 3 de agosto de 2011. – Deputado Antonio Carlos Magalhães Neto, Líder do Democratas.”

O SR. PRESIDENTE (Miro Teixeira) – Para falar a favor, inscrito o Deputado Onyx Lorenzoni.

O SR. GLAUBER BRAGA (Bloco/PSB-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Presidente, como Relator.

O SR. PRESIDENTE (Miro Teixeira) – Como Relator.

O SR. GLAUBER BRAGA (Bloco/PSB-RJ. Sem revisão do orador.) – Tomo a liberdade de me dirigir ao Democratas, até para adiantar o processo de votação. Como a expressão “ou inseguras” foi colocada como si-nônimo de “interditadas”, não há qualquer dificuldade por parte deste Relator em retirar a expressão “ou inseguras”.

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39504 Sexta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2011

O SR. PRESIDENTE (Miro Teixeira) – Todavia, como tem que ser votado, será uma votação simbóli-ca, se todos concordarem. Porém, tem que ser votado.

O SR. ONYX LORENZONI (DEM-RS. Sem revi-são do orador.) – Sr. Presidente, a retirada dessa pa-lavra significa ampliar a possibilidade de as escolas receberem, porque o conceito de “inseguro” é muito subjetivo. Então, por essa razão, dá mais amplitude ainda, e o número maior de escolas, teoricamente, poderia ser atendido.

É esse o objetivo do DEM.O SR. PRESIDENTE (Miro Teixeira) – V.Exa. tem

toda a razão, economizar palavras faz bem a qualquer texto.

O SR. ONYX LORENZONI – Concordamos ple-namente.

O voto tem que ser “não”.O SR. PRESIDENTE (Miro Teixeira) – Então, va-

mos votar “não” à expressão. Não é isso?O SR. ONYX LORENZONI – Isso.O SR. PRESIDENTE (Miro Teixeira) – Eu vou bo-

tar em votação a matéria, porque se trata de destaque de votação em separado e podemos ir direto ao pro-cesso de votação. A admissibilidade já está expressa na ressalva feita aos destaques.

Então, em votação o texto destacado.Os que forem pela permanência do texto perma-

neçam como se acham. Ou seja, quem quiser suprimir levanta a mão. (Pausa.)

ENTÃO, ESTÁ SUPRIMIDO POR UNANIMIDADE.A expressão está suprimida.O SR. CARLOS SAMPAIO (PSDB-SP. Pela or-

dem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, apenas para fazer um registro, Deputado Carlos Sampaio. Não estou conseguindo fazer o meu registro nesta Casa para constar minha presença.

O SR. PRESIDENTE (Miro Teixeira) – Faça o registro, Excelência.

O SR. PRESIDENTE (Miro Teixeira) – Vamos ao segundo destaque de bancada. Também, nos termos do art. 161, § 2º, do Regimento, requer destaque – aí é destaque de votação de emenda – para a Emenda nº 11 à Medida Provisória nº 530, de 2011.

“Senhor Presidente,Requeremos a Vossa Excelência, nos

termos do art. 161, I e § 2º do Regimento In-terno da Câmara dos Deputados, destaque para votação em separado do(a) Emenda nº 11 à MP 530/2011.

Sala das Sessões, 3 de agosto de 2011. – Deputado Antonio Carlos Magalhães Neto, Líder do Democratas”

O SR. PRESIDENTE (Miro Teixeira) – Está inscri-to para falar a favor, como autor, o Deputado Ronaldo Caiado. (Pausa.)

Vou chamar o Deputado Onyx Lorenzoni, autor da emenda.

O SR. ONYX LORENZONI (DEM-RS. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o objetivo da emenda é o seguinte: no programa os recursos que eventualmente sobrem devem permanecer e serem redirecionados para o ano posterior dentro do programa. E a emen-da visa que os recursos que sobrem eventualmente – eu acho muito difícil que sobrem, mas, se sobrarem – voltem ao Fundo Nacional de Educação para uma futura aplicação.

É essa a diferença conceitual com a qual quere-mos contribuir com o texto.

O SR. PRESIDENTE (Miro Teixeira) – O Relator deseja se manifestar?

O SR. GLAUBER BRAGA (Bloco/PSB-RJ. Sem revisão do orador.) – Presidente, Deputado Onyx, demais Deputados, o motivo do não aceitamento dessa emenda que foi apresentada pelo Democra-tas é exatamente porque existe uma demanda repri-mida de um tamanho tão grande por parte desses Municípios para a realização dos atendimentos em reconstrução das escolas que precisam de reparo e de reconstrução, que a devolução dos recursos ao FNDE, para que seja feita uma reprogramação por parte do Ministério da Educação para que esses recursos possam retornar ao Município, causaria dificuldades, quando seria muito mais fácil a repro-gramação por parte do próprio Município, demons-trando ao FNDE e ao Ministério da Educação o que seria feito com os recursos.

Por esse motivo especificamente, nós considera-mos que é importante que o Município continue com a possibilidade de utilizar os recursos que porventura não sejam utilizados em um primeiro momento.

O SR. PRESIDENTE (Miro Teixeira) – Então, vou passar à votação da matéria.

Dê-se aos § 1º do art. 4º da MP nº 530, de 2010, a seguinte redação:

“Art. 4º ..................................................§ 1º Os eventuais saldos de recursos fi-

nanceiros remanescentes na data da prestação de contas deverão ser devolvidos ao FNDE, salvo decisão específica de seu Conselho De-liberativo.” (NR)

O SR. MÁRCIO MACÊDO – Sr. Presidente, orien-tação pelo PT.

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Agosto de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 5 39505

O SR. PRESIDENTE (Miro Teixeira) – Para orien-tar, então, já que alguém solicita, é melhor que cha-memos todos. Vamos abrir o painel para a orientação.

Como orienta o PT?O SR. MÁRCIO MACÊDO (PT-SE. Pela ordem.

Sem revisão do orador.) – O PT compreende, Sr. Pre-sidente, a importância de que esses recursos possam continuar na escola para serem utilizados de forma adequada. Então, o PT vota “não”.

O SR. PRESIDENTE (Miro Teixeira) – PT vota “não”.

PMDB?O SR. EDINHO ARAÚJO (PMDB-SP. Pela or-

dem. Sem revisão do orador.) – O PMDB vota “não”, Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE (Miro Teixeira) – Bloco PSB/PTB/PCdoB?

O SR. EDSON SILVA (Bloco/PSB-CE. Pela or-dem. Sem revisão do orador.) – O Bloco vota “não”, Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE (Miro Teixeira) – PSDB? (Pausa.)

PR?O SR. DR. PAULO CÉSAR (Bloco/PR-RJ. Pela

ordem. Sem revisão do orador.) – O PR... Sr. Presidente, como somos a favor da desburocratização para que os recursos permaneçam lá para utilização subsequente, votamos “não” ao destaque.

O SR. PRESIDENTE (Miro Teixeira) – DEM?O SR. ONYX LORENZONI (DEM-RS. Pela ordem.

Sem revisão do orador.) – “Sim”.O SR. PRESIDENTE (Miro Teixeira) – PP? (Pau‑

sa.)PDT?O SR. ZÉ SILVA (PDT-MG. Pela ordem. Sem re-

visão do orador.) – Sr. Presidente, o PDT vota “não”.O SR. PRESIDENTE (Miro Teixeira) – Muito bem

representado no plenário.PV/PPS?A SRA. CARMEN ZANOTTO (Bloco/PPS-SC.

Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, o Bloco PV/PPS orienta “sim” por entender a importân-importân-cia de o saldo retornar para ser aplicado em outras escolas que tenham a mesma necessidade.

O SR. PRESIDENTE (Miro Teixeira) – PSC? (Pau‑sa.)

PRB? (Pausa.)PMN? (Pausa.)PSOL?O SR. IVAN VALENTE (PSOL-SP. Pela ordem.

Sem revisão do orador.) – O PSOL é “não”, Sr. Pre-sidente.

O SR. PRESIDENTE (Miro Teixeira) – Governo?

O SR. ODAIR CUNHA (PT-MG. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O Governo entende que a impor-tante preocupação do PPS já está contemplada no texto da medida provisória. (Pausa.)

De qualquer forma, nós entendemos que essa preocupação já está contemplada no texto da medida provisória. Por isso, nós encaminhamos “não”.

O SR. ONYX LORENZONI – Presidente...O SR. PRESIDENTE (Miro Teixeira) – Deputado

Onyx Lorenzoni.O SR. ONYX LORENZONI (DEM-RS. Pela ordem.

Sem revisão do orador.) – Eu acho que uma coisa im-portante é a sensibilidade e quero dizer que, na sua alocução, o Relator nos fez ler de uma outra maneira a proposta do projeto.

Eu consultei meu Líder, que também tem o mes-mo entendimento que eu, e vejam como é importante esse diálogo que nós fizemos aqui.

Então, Relator Glauber, até em homenagem a V.Exa., nós queremos retirar a emenda, para dar ce-leridade ao processo. Estamos acatando as pondera-ções de V.Exa.

O SR. PRESIDENTE (Miro Teixeira) – Então, eu recomendo que se mude a orientação, que se coloque “não” em todos... Não se pode retirar o DVS. (Pausa.) É emenda.

O SR. GLAUBER BRAGA (Bloco/PSB-RJ. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, é emenda.

O SR. ONYX LORENZONI – Pode retirar sim, Presidente. É por isso que estou pedindo a V.Exa.

O SR. PRESIDENTE (Miro Teixeira) – É que eu estou gostando tanto deste convívio que gostaria de prolongá-lo. (Risos.)

Então, vamos retirar a emenda.Está retirada a emenda.O SR. PRESIDENTE (Miro Teixeira) – Temos al-

guma outra? (Pausa.) O SR. GLAUBER BRAGA – Sr. Presidente, o Re-

lator pode simplesmente fazer aqui um agradecimento?O SR. PRESIDENTE (Miro Teixeira) – Sr. Relator,

V.Exa. pode tudo. A favor, pode tudo, Relator. (Risos.)O SR. GLAUBER BRAGA (Bloco/PSB-RJ. Sem

revisão do orador.) – Então, está bem.Agradeço ao Deputado Onyx Lorenzoni e ao

Deputado ACM Neto, do Democratas, a sensibilidade para que possamos votar a matéria o mais rapidamente possível. Hoje, estamos tendo a possibilidade de votar uma matéria que é de relevância não só para o Estado do Rio de Janeiro, mas também para o Brasil.

O meu agradecimento público ao Deputado Onyx, ao Deputado ACM e ao Deputado Rodrigo Maia, que teve um papel importante para que possamos apro-var a matéria.

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39506 Sexta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2011

O SR. PRESIDENTE (Miro Teixeira) – Então pas-samos a um destaque de bancada do PPS, para vota-ção em separado da Emenda nº 15.

Cabe o mesmo princípio. Em se tratando de emen-da, quem sabe um esclarecimento do Relator à autora do requerimento de destaque possa resolver.

Neste momento, eu passo a Presidência à nos-sa Deputada Rose de Freitas, Presidente permanente desta Casa. (Pausa.)

“Senhor Presidente:Requeiro a V.Exa., nos termos do art.

161, § 2º do Regimento Interno, destaque para votação em separado da Emenda nº 15 apre-sentada à Medida Provisória nº 530, de 2011.

Sala das Sessões, agosto de 2011. – De-putado Rubens Bueno, Vice-Líder do Bloco Parlamentar PV,PPS.”

O Sr. Miro Teixeira, § 2º do art. 18 do Re‑§ 2º do art. 18 do Re‑gimento Interno, deixa a cadeira da Presidên‑, deixa a cadeira da Presidên‑cia, que é ocupada pela Sra. Rose de Freitas, 1ª Vice‑Presidente.

A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Está inscrito para falar a favor do destaque da bancada o Deputado Rubens Bueno. (Pausa.) Não está presente.

Pergunto, então, se as bancadas gostariam de orientar.

O SR. ODAIR CUNHA (PT-MG. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sra. Presidente, pelo Governo.

A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Vamos começar pelo PT.

Como orienta o PT?O SR. MÁRCIO MACÊDO (PT-SE. Pela ordem.

Sem revisão do orador.) – Sra. Presidente, tendo em vista que haverá transparência – esse processo será divulgado no portal; haverá audiências públicas –, o PT orienta “não”, pela desburocratização.

A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – PMDB.O SR. EDINHO ARAÚJO (PMDB-SP. Pela ordem.

Sem revisão do orador.) – Sra. Presidente, o PMDB orienta a bancada no sentido de votar “não”.

A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Bloco/PSB. (Pausa.) Ausente.

PSDB. (Pausa.)PR.O SR. DR. PAULO CÉSAR (Bloco/PR-RJ. Pela

ordem. Sem revisão do orador.) – O PR orienta o voto “não”, Sra. Presidente.

A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – DEM.O SR. ANTONIO CARLOS MAGALHÃES NETO

(DEM-BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sra. Presidente, a favor do destaque do PPS: “sim”.

A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – PP.

O SR. EDSON SILVA (Bloco/PSB-CE. Pela or-dem. Sem revisão do orador.) – Sra. Presidenta, o Bloco PSB/ PTB/ PCdoB encaminha o voto “não”.

A SRA. CARMEN ZANOTTO (Bloco/PPS-SC. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – Sra. Presi-denta, a emenda é de autoria do nosso Líder, Depu-tado Rubens Bueno, e eu acabei de conversar com o Relator Deputado Glauber.

Primeiro, quero dizer da nossa posição no dia de ontem e na terça-feira, quando votamos as Medi-das Provisórias nºs 530 e 531, por entendermos a im-portância e a magnitude dessas medidas provisórias.

Conversei com o nobre Relator, Deputado Glau-ber, e nós estamos retirando a Emenda nº 15, tendo em vista que ele acabou de nos relatar que haverá audiências públicas nos Municípios para garantir a transparência na aplicação dos recursos.

Eu, que venho do Estado de Santa Catarina, vivi, na condição de Secretária de Estado, as enchentes – mais uma vez, quero agradecer o apoio desta Casa naquele momento – e sei das dificuldades por que passam os Municípios frente a situações de calami-dade pública.

Muito obrigada, Presidente.A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Em

face da retirada dos destaques, vamos passar à vota-ção da redação final.

A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Há sobre a Mesa e vou submeter a votos a seguinte

REDAÇÃO FINAL DA MEDIDA PROVISÓRIA Nº 530-B, DE 2011

PROJETO DE LEI DE CONVERSÃO Nº 20, DE 2011

Institui, no âmbito do Ministério da Educação, o plano especial de recuperação da rede física escolar pública, com a finali-dade de prestar assistência financeira para recuperação das redes físicas das escolas públicas estaduais, do Distrito Federal e municipais afetadas por desastres.

O Congresso Nacional decreta:Art. 1º Fica instituído, no âmbito do Ministério da

Educação, o plano especial de recuperação da rede física escolar pública, com a finalidade de prestar as-sistência financeira para recuperação das redes físicas das escolas públicas estaduais, do Distrito Federal e municipais afetadas por desastres, incluindo as biblio-tecas escolares, na forma desta Lei.

Parágrafo único. O plano especial de recupera-ção da rede física escolar pública atenderá a Estados, Distrito Federal e Municípios que tenham decretado

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Agosto de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 5 39507

situação de emergência ou estado de calamidade pú-blica que comprometam o funcionamento regular dos respectivos sistemas de ensino, na forma da legisla-ção aplicável.

Art. 2º O plano especial de recuperação da rede física escolar pública tem como objetivos:

I – reequipar as escolas municipais, estaduais ou do Distrito Federal que tenham sofrido prejuízos ocasionados por desastres;

II – reconstruir, reformar ou adequar a infraestru-tura física predial das escolas públicas municipais, es-taduais ou do Distrito Federal atingidas por desastres;

III – prover outras ações necessárias para ga-rantir a manutenção do atendimento aos alunos das escolas atingidas.

Parágrafo único. As intervenções realizadas no âmbito do plano constante do caput serão executadas contemplando-se as normas de acessibilidade para pessoas com deficiência.

Art. 3º O plano especial de recuperação da rede física escolar pública será executado pelo Fundo Na-cional de Desenvolvimento da Educação – FNDE por meio de transferência direta de recursos financeiros aos entes previstos no parágrafo único do art. 1º, com base nos impactos causados na rede escolar pública.

§ 1º A transferência prevista no caput será efetiva-da pelo FNDE, sem necessidade de convênio, acordo, contrato, ajuste ou instrumento congênere, mediante depósito em conta corrente específica em parcela única, até o 10º (décimo) dia útil após a aprovação do crédito orçamentário para a finalidade.

§ 2º O Conselho Deliberativo do FNDE disporá, em ato próprio, sobre os demais critérios de distribuição dos recursos e os procedimentos operacionais para execução e prestação de contas do plano especial de recuperação da rede física escolar pública.

§ 3º A transferência de que trata o § 1º depen-derá da apresentação de declaração do beneficiário, informando as escolas a serem atendidas, vedada a inclusão de escolas interditadas, salvo quando a obra de reconstrução se destinar a remover o motivo da interdição ou tornar a escola segura.

Art. 4º A prestação de contas dos recursos re-cebidos à conta do plano especial de recuperação da rede física escolar pública deverá ser apresentada pelos seus beneficiários na forma e nos prazos defi-nidos pelo FNDE.

§ 1º Os eventuais saldos de recursos financeiros remanescentes na data da prestação de contas po-derão ser reprogramados para utilização em período subsequente, com estrita observância ao objeto de sua transferência, nos termos a serem definidos pelo Conselho Deliberativo do FNDE.

§ 2º Os beneficiários disponibilizarão, sempre que solicitados, a documentação do plano especial de recuperação da rede física escolar pública ao Tri-bunal de Contas da União, ao FNDE, aos órgãos de controle interno do Poder Executivo federal e aos con-selhos de que trata o art. 24 da Lei nº 11.494, de 20 de junho de 2007.

§ 3º Os beneficiários deverão ainda realizar au-diências públicas com a comunidade local a fim de prestar contas dos recursos que foram utilizados.

Art. 5º O acompanhamento e o controle social sobre a transferência e aplicação dos recursos repas-sados à conta do plano especial de recuperação da rede física escolar pública serão exercidos em âmbito municipal, estadual e do Distrito Federal pelos conse-lhos previstos no art. 24 da Lei nº 11.494, de 20 de junho de 2007.

§ 1º Os conselhos a que se refere o caput ana-lisarão as prestações de contas dos recursos repas-sados à conta do plano especial de recuperação da rede física escolar pública e encaminharão ao FNDE demonstrativo sintético anual da execução físico-finan-ceira, com parecer conclusivo acerca da aplicação dos recursos transferidos.

§ 2º A fiscalização da aplicação dos recursos financeiros relativos à execução do Plano Especial de Recuperação de Rede Física Escolar Pública é de competência do FNDE, do Tribunal de Contas da União e dos órgãos de controle interno do Poder Executivo federal, sem prejuízo da competência própria dos de-mais órgãos federais, estaduais, distritais e municipais de controle.

Art. 6º As despesas do plano especial de recupe-ração da rede física escolar pública correrão à conta de dotações específicas consignadas ao FNDE, ob-servadas as limitações de movimentação, empenho e pagamento na forma da legislação orçamentária e financeira.

Art. 7º Os valores transferidos à conta do plano especial de recuperação da rede física escolar públi-ca não poderão ser considerados pelos beneficiários para fins de cumprimento do disposto no art. 212 da Constituição Federal.

Art. 8º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Sala das Sessões, 4 de agosto de 2011. – De-putado Glauber Braga, Relator.

A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Os Srs. Deputados que a aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.)

APROVADA.A matéria vai ao Senado Federal, incluindo o

processado.

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39508 Sexta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2011

O SR. ODAIR CUNHA – Presidenta...A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Pois

não, Deputado.O SR. ODAIR CUNHA (PT-MG. Pela ordem. Sem

revisão do orador.) – Sra. Presidenta, pela Liderança do Governo, eu quero agradecer a sensibilidade a to-dos os Líderes da Base e da Oposição, que possibili-taram a votação de matéria tão importante como esta.

Parabenizo também o trabalho realizado pelo ilustre Relator, Deputado Glauber.

Muito obrigado.O SR. GLAUBER BRAGA (Bloco/PSB-RJ. Sem

revisão do orador.) – Presidenta...A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Pois

não, Deputado.O SR. GLAUBER BRAGA (Bloco/PSB-RJ. Pela

ordem. Sem revisão do orador.) – Quero agradecer à Deputada Carmen Zanotto, ao Bloco PPS/PV a retira-da do destaque que foi aqui apresentado.

Agradeço a sensibilidade não só ao Bloco PV/PPS, mas a todos os blocos e a todos os partidos, tanto da Oposição quanto da Base do Governo, e a todos os membros da assessoria desta Casa, que possibilitaram que pudéssemos, no dia de hoje, aprovar um texto que – eu não tenho dúvida – é de alta importância para o que precisamos fazer com relação à redução de ris-cos de desastres e a uma política de desenvolvimento sustentável para o Brasil.

Obrigado a V.Exa., Sra. Presidente, pela condu-ção dos trabalhos, tanto no dia de hoje quanto no dia de ontem.

Obrigado a todos os membros da Câmara dos Deputados, do Congresso Nacional.

O SR. EDSON SILVA (Bloco/PSB-CE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sra. Presidente, em nome do Bloco PSB/PTB/PCdoB, nós queremos, por um dever de ofício, enaltecer o trabalho do nobre Relator, o nosso companheiro de bancada, Deputado Glauber Braga, zeloso, muito sereno e se notabilizando como uma grande figura deste Parlamento pela dedicação à coisa pública e pelo zelo para com esta Casa.

Muito obrigado.O SR. DR. PAULO CÉSAR (Bloco/PR-RJ. Pela

ordem. Sem revisão do orador.) – Sra. Presidente, o Partido da República gostaria de parabenizar todos os partidos da Base e todos os partidos da Oposição pela condução que tiveram nessa terça e quarta-feira e hoje, quando finalizamos a votação das Medidas Pro-visórias nºs 531 e 530, e parabenizar o Relator, Depu-tado Glauber Braga, do PSB do Rio de Janeiro, pelo excelente relatório que fez a essa medida provisória.

Agradeço também a Deus pela sua vida, porque o Deputado foi salvo por um milagre naquela enchente,

em que a parte da frente da sua casa foi carregada. S.Exa. correu, saiu pela porta dos fundos e, assim, teve a sua vida salva. Hoje, brinda o Estado do Rio de Janeiro e a população da sua cidade de Friburgo e outras cidades da região serrana com um excelente relatório, que vem favorecer a toda aquela população.

Finalizo parabenizando, então, o nobre Relator, Deputado Glauber Braga, do Rio de Janeiro.

Muito obrigado, Sra. Presidente.A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Nós

também parabenizamos o Relator, Deputado Glauber Braga, pelo trabalho realizado. Assim, com cordialida-de, conseguimos fazer essa pauta andar.

A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Eu gostaria de pedir a todos aqueles que se postam ao microfone que se identifiquem. Não é o caso dos De-putados Amauri e Edson. Eu tenho a maior dificuldade, eu fico perguntando o nome de pessoas que eu não sei. E aí, se a resposta não vem, V.Exas. falam e não são identificados pela TV Câmara. Por favor, falem o nome antes.

O SR. MIRO TEIXEIRA – Deputado Miro Teixeira, pedindo a palavra... (Risos.)

O SR. DR. PAULO CÉSAR (Bloco/PR-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O último orador foi o Dr. Paulo César, do PR do Rio de Janeiro, Sra. Pre-sidente. (Risos.)

A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Obri-gada, Deputado Dr. Paulo César. É que eu tenho in-sistido muito em ter aqui uma relação ou alguém que me oriente. Eu tenho tido dificuldades. Eu agradeço, se colaborarem.

O SR. MIRO TEIXEIRA (PDT-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Ontem eu ouvi aqui o Deputado Glauber dizer que o nome dele era uma homenagem ao grande cineasta, ao gênio brasileiro chamado Glau-ber Rocha. Eu estava lembrando a S.Exa. agora que, se o Glauber Rocha ainda fosse vivo, estaria fazendo 80 anos neste mês.

Então, vamos associar este momento também a uma homenagem à memória de Glauber Rocha.

O SR. AMAURI TEIXEIRA (PT-BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sra. Presidente, o Deputado Glauber não é de Vitória da Conquista, consequen-temente também não é da Bahia, como era o nosso querido Glauber Rocha, mas quero, como Deputado de primeiro mandato, reconhecer aqui que o Deputa-do Glauber Braga teve um papel fundamental, teve uma postura equilibrada, fez um relatório substancio-so. E a contribuição dele foi fundamental para garantir recursos a todas as populações que foram atingidas por enchentes.

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Agosto de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 5 39509

Então, eu quero parabenizar o Relator pela sua postura, pelo seu relatório, e reconhecer que, mesmo como Deputado de primeiro mandato, teve um papel fundamental na aprovação dessa Medida Provisória, que é uma grande vitória para o povo brasileiro.

Muito obrigado.O SR. RUI PALMEIRA (PSDB-AL. Pela ordem.

Sem revisão do orador.) – Sra. Presidenta, nós gosta-ríamos também de parabenizar o Deputado Glauber pelo trabalho, relatando essa matéria tão importante. Apesar de algumas emendas apresentadas por Depu-tados do PSDB – Deputada Mara, Deputado Otávio e eu – terem sido indeferidas liminarmente pela Mesa Diretora, o Deputado Glauber acatou a ideia, pelo menos parte das ideias que foram colocadas pelos Deputados do PSDB.

Nós esperamos, Sra. Presidenta, que esse recurso chegue efetivamente até as escolas que estão sendo reconstruídas, diferentemente do que aconteceu com as bibliotecas públicas no Estado de Alagoas, onde até hoje o recurso não chegou.

Então, o PSDB ficará na torcida para que esse recurso chegue quanto antes para a reconstrução dessas escolas.

Muito obrigado.O SR. ALESSANDRO MOLON – Sra. Presidenta.A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Pois

não.O SR. ALESSANDRO MOLON (PT-RJ. Pela or-

dem. Sem revisão do orador.) – Eu quero aproveitar para cumprimentar também o Relator, Deputado pelo Estado do Rio de Janeiro, Glauber Braga, que fez um trabalho muito importante. Quero cumprimentá-lo pelo trabalho, pelo equilíbrio e pela firmeza na apresenta-ção e na defesa do relatório.

A Medida Provisória nº 530, que permitiu que as escolas do Estado do Rio de Janeiro fossem so-corridas rapidamente pelo Governo Federal, agora transformada em lei, permitirá que a educação pública nos demais Estados que venham a ser afetados por calamidades como a que acometeu o Estado do Rio de Janeiro possa ser rapidamente socorrida por um programa estruturado. E, a partir de agora, a partir da sanção, evidentemente – a MP ainda será sancionada –, haverá garantia de um programa estruturado para proteger escolas públicas no resto do País.

Portanto, parabéns ao Deputado Glauber Braga e parabéns aos partidos que tiveram maturidade de aprovar esta importante medida provisória.

Obrigado, Sra. Presidenta.O SR. EDINHO ARAÚJO (PMDB-SP. Pela ordem.

Sem revisão do orador.) – Sra. Presidenta, pela ordem.

Em nome do PMDB, nós queremos também cum-primentar o Relator Glauber Braga, todos os partidos que contribuíram e esta Casa como um todo. Acho que está de parabéns a Câmara Federal por ter a sensibilidade de apreciar matéria tão importante para a educação brasileira, especialmente para os Municí-pios atingidos.

Quero, portanto, dizer aqui do prazer que temos de participar deste momento democrático e importante para a educação brasileira.

O SR. DR. ALUIZIO (Bloco/PV-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sra. Presidenta, quero agra-decer esta Casa pela boa prática, pelo bom entendi-mento e por hoje levarmos um grande exemplo da boa política ao Estado do Rio de Janeiro e a todo o País.

Quero parabenizar V.Exa. pela condução dos trabalhos e dar um grande abraço no Deputado Glau-ber Braga, jovem político como eu e como o Deputa-do Amauri Teixeira, neófito nesta Casa, mas que tem orgulhado a todos. Parabéns, Deputado Glauber, não só pela relatoria, mas por toda a sua postura frente aos acidentes da Serra. Que Deus lhe dê sabedoria e serenidade para continuar erguendo a bandeira da dignidade na política brasileira.

Muito obrigado.A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Eu

gostaria de comunicar ao Plenário que temos aqui vá-rios requerimentos para retirar todos os itens da Ordem do Dia. São medidas provisórias, projetos de decretos legislativos, e não há acordo sobre essas matérias.

Então, vou retirar, de ofício, os requerimentos que aqui estão. Considero prejudicada a Ordem do Dia e vou encerrar a presente sessão, porque, não havendo acordo, não posso continuar, respeitando o que esta Casa tem feito prevalecer.

Quero, inclusive, parabenizar a Oposição, que esteve em obstrução ontem, mas na hora de votar o mérito da matéria votou, por considerá-lo importante. Quero fazer este registro, porque é o verdadeiro. Al-guém considerou que tinha sido o contrário. Não foi o contrário. Cada um cumpre o seu papel. Temos que respeitar o papel de obstrução da Oposição; temos que respeitar o esforço que faz a Situação, o Governo, para votar; e, se possível, promovermos o entendimento. Quando não é possível, o debate democrático nunca vai atrapalhar o andamento desta Casa. O que atrapa-lharia é se, por um pouco de displicência, esta Casa não se voltasse aos seus problemas e não quisesse votar. Não foi o que aconteceu. Cada um cumpriu o seu papel. A Oposição o fez com respeito. A Situação, por um deslize de um companheiro, entendeu mal o que estava acontecendo aqui.

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39510 Sexta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2011

Mas parabenizo o Líder ACM pela condução, in-clusive a de agora, e parabenizo o Líder do Governo pela condução dos trabalhos, com um bom entendi-mento e um bom diálogo.

O SR. FERNANDO FERRO – Sra. Presidenta. A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Pois

não.O SR. FERNANDO FERRO (PT-PE. Pela ordem.

Sem revisão do orador.) – Só para fazer um ligeiro re-paro. Não foi a Oposição que obstruiu, foi um partido da Oposição. Na verdade, outros partidos também ajudaram, desde ontem, nesse trabalho. Foi o caso de um partido.

A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Eu só esclareci que votaram o mérito. Obstruíram nos destaques, mas votaram o mérito. O mérito era muito importante.

O SR. EDINHO ARAÚJO (PMDB-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sra. Presidenta, pelo que percebo, V.Exa. encerrou a Ordem do Dia, não é? Está encerrada a Ordem do Dia.

Eu gostaria, portanto, de pedir a V.Exa. que con-sidere como lido pronunciamento em que faço 2 regis-tros importantes.

A cidade de Votuporanga, no noroeste de São Paulo, estará completando 74 anos de fundação no dia 8 de agosto.

Destaco também que a AACD – Associação de Assistência à Criança Deficiente, de São Paulo, com-pletou, no dia 3, 61 anos.

Eu conheço de perto essa entidade, conheço os seus colaboradores, todos voluntários. Tive a oportu-nidade, quando Prefeito de São José do Rio Preto, de participar de um Teleton em que minha cidade foi con-templada com uma unidade regional da associação.

Portanto, eu queria que V.Exa. considerasse como lido este pronunciamento e assegurasse a sua publica-ção nos órgãos oficiais de divulgação da Casa.

Muito obrigado, Sra. Presidenta.A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – As-

sim será feito, e será inserido, inclusive, no programa A Voz do Brasil.

PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR

Sra. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, no dia 8 de agosto, uma das cidades que mais se desenvol-vem na região noroeste de São Paulo completará 74 anos de fundação.

É Votuporanga, fundada em 1937, conhecida como a “cidade das brisas suaves”.

Com mais de 81 mil habitantes, Votuporanga é um importante centro comercial e de prestação de

serviços, além de ser um polo moveleiro e educacio-nal de destaque.

A cidade é administrada pelo jovem Prefeito Jú-nior Marão e fica às margens da rodovia Euclides da Cunha, que está sendo duplicada pelo Governo de São Paulo e certamente trará ainda mais desenvolvimento para o Município.

Para comemorar seus 74 anos, Votuporanga re-aliza, até o dia 8 de agosto, a Expo-FISAV, uma das maiores feiras beneficentes do País.

Toda a renda do evento, que tem shows musicais e rodeio, será revertida para entidades assistenciais da cidade. Trezentos voluntários trabalharão na feira.

A Câmara de Votuporanga realiza nesta quinta--feira, dia 4, a sua tradicional sessão solene em come-moração aos 74 anos de fundação da cidade.

Recentemente, estive em Votuporanga acompa-nhando a entrega da remodelação da Rua Amazonas, na área central, que se transforma no novo cartão de visitas da cidade e da região.

Parabenizamos todos os moradores e autoridades de Votuporanga pela data festiva e nos colocamos à disposição para a defesa das demandas do Município.

Passo a abordar outro assunto, Sra. Presidente.A Associação de Assistência à Criança Defi-

ciente – AACD completou ontem, dia 3, 61 anos. É uma entidade privada, sem fins lucrativos, que traba-lha pelo bem-estar de pessoas com deficiência física desde 1950.

A AACD nasceu do sonho do médico Renato da Costa Bonfim, que queria criar no Brasil um centro de reabilitação com a mesma qualidade dos centros que conhecia no exterior para tratar crianças e adolescen-tes com deficiências físicas e inseri-los na sociedade.

A entidade tem como missão promover a preven-ção, habilitação e reabilitação de pessoas com defici-ência física, especialmente das crianças, adolescentes e jovens, favorecendo sua integração social.

Há mais de uma década, a AACD realiza o Te-leton, com apoio do apresentador Silvio Santos, que todo ano reúne artistas, apresentadores e personalida-des numa maratona televisiva em busca de doações.

Participei de uma dessas edições do Teleton em 21 de outubro de 2007, como Prefeito de São José do Rio Preto, ao lado do superintendente da AACD, Luiz Oberdan Liporoni.

Tivemos a alegria de conquistar naquela ma-drugada uma unidade regional da AACD para nossa cidade. Ela ocupa hoje um prédio amplo e bem loca-lizado, e cuida da reabilitação de crianças da região noroeste de São Paulo, pacientes que só encontravam esse tipo de tratamento em São Paulo, a quase 500 quilômetros de distância.

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Agosto de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 5 39511

A AACD de São Paulo mantém um trabalho va-loroso. Atende mais de 6 mil pessoas por dia e tem outras 32 mil na fila de espera. Apesar de toda essa dedicação e empenho, o trabalho da entidade ainda não tem o reconhecimento que merece.

O presidente voluntário Eduardo Carneiro afirma que o SUS, o Sistema Único de Saúde, não banca nem ressarce os investimentos feitos pela AACD em novas tecnologias para equipamentos como próteses e cadeiras de rodas.

Vamos ao Ministério da Saúde tentar sensibilizar o Ministro Alexandre Padilha para essa questão, pois toda a pesquisa da AACD visa melhorar as condições de vida dos pacientes, e isso deve ser prioridade de Estado.

Muito obrigado.A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Eu

quero dizer que depois da Ordem do Dia não há este expediente aqui. Mas, como é de praxe e justo, os De-putados devem se manifestar.

Deputado Marroni, Deputada Luciana, Deputado Renan. E tenho que encerrar logo em seguida.

O SR. FERNANDO MARRONI (PT-RS. Pela or-dem. Sem revisão do orador.) – Sra. Presidenta, eu só queria fazer um registro sobre o pronunciamento do ex-Ministro José Graziano, hoje Diretor-Geral da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, particularmente no que diz respeito ao compromisso assumido pelos países da América Latina de erradicação da fome até 2025. As Metas do Milê-nio apontam que o mundo precisa, até 2015, erradicar metade da fome no mundo e, até 2025, completar e acabar com essa chaga que vem dizimando e tirando a vida de muitas pessoas no nosso planeta.

Muito obrigado, Sra. Presidenta.

PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR

Sra. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, aqueles que nos assistem, quero destacar hoje nesta Casa o pronunciamento feito pelo ex-Ministro Extraordinário de Segurança Alimentar e Combate à Fome, José Graziano. Eleito recentemente Diretor-Geral da Orga-nização das Nações Unidas para Agricultura e Alimen-tação (FAO), ele afirmou ontem em reunião do Con-selho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEA) que é perfeitamente viável que a América Latina consiga acabar com a fome até o ano de 2025.

Particularmente, não tenho a menor dúvida de que isso é possível. Isto porque vejo que a América Latina está assumindo um papel de protagonismo mundial no enfrentamento da pobreza extrema e das desigualdades sociais. Além disso, confio no trabalho

de Graziano, responsável por coordenar a elaboração do Programa Fome Zero no início do Governo do ex--Presidente Lula. Tanto que, como representante re-gional da FAO para a América Latina e o Caribe, posto que assumiu em 2006, José Graziano conseguiu que os países da América Latina fossem os primeiros a assumir o compromisso de erradicar a fome até 2025.

Esse movimento, espelhado nas ações concre-tas aplicadas pelo Brasil nos últimos anos, tem sido copiado mundo afora e serve como exemplo inclusive para nações mais desenvolvidas e que, mesmo assim, ainda enfrentam dificuldades com a pobreza que per-siste em grande parcela da população.

Sabemos que a América Latina ainda possui mui-tas nações em condições de enorme pobreza. Entre-tanto, o ex-Ministro Graziano deixou claro: as Nações Unidas estão em busca do cumprimento da meta do milênio, que é reduzir pelo menos à metade o número de famintos até 2015. A partir disso, então, será per-seguido esse objetivo de erradicar a fome até 2025.

Para nós, brasileiros, é um orgulho ver que nos-so País é hoje um modelo para o Continente e para o mundo quando o assunto é combate à pobreza e à fome. Contudo, essa posição nos coloca sob respon-sabilidade ainda maior, visto que além do sério com-prometimento que o Brasil possui com os milhões de brasileiros que ainda precisam deixar as condições de miséria, temos que provar ao mundo nossa capacidade de apresentar um novo caminho de desenvolvimento, aliando desenvolvimento econômico e tecnológico e justiça social.

Não há dúvida, Sra. Presidente, de que a escolha de José Graziano, um ex-Ministro responsável direto por lançar junto com o Presidente Lula um programa como o Fome Zero, mostra a confiança que o mundo tem neste modelo brasileiro de combate à pobreza. E é por isso que tenho plena confiança de que o Brasil será fundamental nesta tarefa de acabar com a fome na América Latina até 2025.

Muito obrigado, Sra. Presidente!A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – De-

putada Luciana Santos.A SRA. LUCIANA SANTOS (Bloco/PCdoB-PE.

Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – Sra. Presidenta, Srs. Deputados e Deputadas, venho aqui na manhã de hoje para comemorar, na verdade, uma grande vitória para o Estado de Pernambuco e para o Brasil.

Nesta semana, foi estabelecido um contrato de 150 milhões de euros com uma estatal francesa para fornecer, em até 6 anos, equipamentos e sistemas no sentido de validar o processo de produção e a garantia, a partir de 2014, do funcionamento da fábrica brasileira da HEMOBRÁS, em construção no Município de Goiana.

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39512 Sexta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2011

São 150 milhões de euros e quase 1 bilhão de reais que o Brasil vai economizar com a importação de hemoderivados.

Quando fui Secretária de Ciência e Tecnologia de Pernambuco, participei de muitas reuniões com o Pre-feito Henrique Fenelon exatamente para fechar acordos e convênios que garantissem a capacitação e qualifi-cação dos goianenses para preparar Goiana para isso.

Por fim, parabenizo o Presidente da Hemobrás, meu caro amigo Rômulo Maciel. Todo esse avanço, que é histórico, tem a marca do seu trabalho incansável.

Estamos acompanhando esse processo. A assina-tura desse contrato é certamente um fato a comemorar!

Obrigada.

PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELA ORADORA

Sra. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, na última terça-feira, dia 26 de julho, a Hemobrás e o Laboratório Francês de Biotecnologia firmaram um contrato de 150 milhões de euros para que a estatal francesa forne-ça, em até 6 anos, equipamentos e sistemas, monte e qualifique este maquinário, valide todo o processo de produção e garanta, a partir de 2014, o funcionamento da fábrica brasileira da HEMOBRÁS, em construção no Município de Goiana, em Pernambuco.

Atualmente, o Brasil gasta cerca de 800 milhões de reais por ano com a importação de hemoderivados, 100% do que é consumido no País tem de ser importa-do. Com a assinatura desse contrato, a HEMOBRÁS dá um passo decisivo para tornar o Brasil autossuficien-te no setor de derivados do sangue, com a produção de medicamentos essenciais à vida de pessoas com hemofilia, além de portadores de imunodeficiência ge-nética, cirrose, câncer, AIDS e queimados.

Quando fui Secretária de Ciência e Tecnologia de Pernambuco, fiz muitas reuniões com o Prefeito Henri-que Fenelon para fecharmos acordos e convênios que garantissem capacitar e qualificar os goianenses para o mercado de trabalho e para as possibilidades que se abrem com a chegada da HEMOBRÁS.

Quero aproveitar para saudar o Prefeito Fenelon pelo empenho e pela dedicação em preparar o Muni-cípio de Goiana para esse novo momento.

Por fim, quero parabenizar o Presidente da HE-MOBRÁS, meu caro amigo Rômulo Maciel. Todo esse avanço, que é histórico, tem a marca do seu trabalho incansável.

Estamos acompanhando esse processo, e a assinatura desse contrato é certamente um fato a co-memorar.

A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Com a palavra o Deputado Renan Filho.

O SR. RENAN FILHO (PMDB-AL. Pela ordem. Sem revisão do orador) – Sra. Presidente Rose de Freitas, espero ser breve, mas não poderia, na manhã de hoje, deixar de me manifestar em apoio ao Rela-tor Glauber Braga, que fez um grande trabalho pela aprovação de medida provisória tão importante para as cidades assoladas pelas grandes enchentes acon-tecidas no Brasil no ano passado.

Da mesma forma que a região serrana do Rio... Fui Prefeito de Murici, em Alagoas, uma das cidades mais atingidas em todo o Estado. Sua recuperação pôde ser levada a cabo em virtude das medidas provisórias editadas pelo então Presidente Lula. Isso transformou Murici em um canteiro de obras. Lá observamos a cons-trução de casas populares, a reconstrução da pavimen-tação paralelamente às ruas, a construção de escolas.

Portanto, fico muito feliz por ter participado, no Congresso Nacional, da aprovação dessa medida provisória tão importante para a reconstrução das ci-dades alagoanas atingidas pela grande enchente do ano passado.

Muito obrigado pela oportunidade.Era o que tinha a dizer.A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Antes

de conceder a palavra ao próximo orador, Dr. Paulo Cé-sar, quero fazer um agradecimento ao Deputado Miro Teixeira pela condução dos trabalhos de hoje, por sua presteza, generosidade e companheirismo e por estar presente nas horas mais difíceis. Houve reuniões na 1ª Vice-Presidência às quais não poderia faltar.

S.Exa. deveria ser candidato a Presidente, por-que sabe conduzir muito bem os trabalhos da Casa.

Muito obrigado, Deputado Miro. Acompanho sua história há muito tempo.

A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Con-cedo a palavra ao Deputado Dr. Paulo César.

O SR. DR. PAULO CÉSAR (Bloco/PR-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sra. Presidente, gostaria de registrar que em Cabo Frio e nas demais cidades da Região dos Lagos – Búzios, Arraial do Cabo, São Pedro da Aldeia, Rio das Ostras, Araruama, Saquarema, Iguaba Grande – estamos realizando um abaixo-assinado contra a construção de uma casa de custódia no Município de Cabo Frio. Esse é um projeto do Governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, que quer instalar uma casa de custódia no Município de Cabo Frio, um balneário turístico.

Estamos coletando assinaturas, inclusive eletrô-nicas, através da Internet, para que possamos entregar esse abaixo-assinado ao Governador do Rio de Janeiro.

Casa de custódia em Cabo Frio, não!Muito obrigado, Sra. Presidente.

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Agosto de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 5 39513

A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – De-putado Perondi.

O SR. DARCÍSIO PERONDI (PMDB-RS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sra. Presidenta, em primeiro lugar, é um prazer vê-la na presidência desta sessão. Eu me orgulho de ver uma mulher presidenta.

A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – V.Exa. estava inscrito ontem para falar.

O SR. DARCÍSIO PERONDI – Sra. Presidenta, ontem e hoje, pela manhã, houve quatro reuniões das lideranças da saúde, conduzidas pelo Deputado Sa-raiva Felipe, Presidente da Comissão de Seguridade Social e Família, nas quais ajudei. A última foi agora, pela manhã, com a presença do CONASS e do CONA-SEMS, e a decisão é que no dia 24 faremos um grande encontro de Parlamentares com entidades nacionais da saúde – enfermagem, farmácia, nutrição, agentes de saúde, médicos, Prefeitos, secretários municipais de saúde – para dizer “sim”, o Parlamento quer votar. O Brasil precisa da votação da regulamentação da Emenda Constitucional nº 29.

Então, informo às lideranças do Brasil que estão acompanhando os trabalhos que V.Exa. tão bem conduz: faremos o grande encontro, que está se aproximando.

Quero elogiar a Presidenta Dilma pelo Plano Bra-sil Maior na área industrial. Há economistas criticando, mas o Brasil precisa de um Brasil Maior na área da saúde. Não dá mais.

Os Srs. Deputados sabem: dia 24 será o grande grito pela saúde nesta Casa, liderado pela Comissão de Seguridade e por todas as frentes da saúde e afins aqui.

Muito obrigado, Sra. Presidenta. V.Exa. foi muito gentil comigo.

A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – V.Exa. merece, é um trabalhador incansável.

A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Com a palavra, pela ordem, a Deputada Janete Rocha Pietá.

A SRA. JANETE ROCHA PIETÁ (PT-SP. Pela ordem.) – Sra. Presidenta, bom dia.

Primeiro, quero saudá-la e dizer da sua magnífica condução dos trabalhos ontem. Independentemente da forma como alguns Deputados tentam tratar, no grito, questões que podem ser resolvida com diálogo, V.Exa. teve uma condução magnífica. Além disso, aprovamos matéria de grande importância, porque as cidades atin-gidas por enchentes não merecem obstrução nem a forma imatura com que foram tratadas ontem à noite.

Segundo, Sra. Presidenta, quero assinalar que no dia 7 de agosto completará 5 anos a Lei Maria da Penha. Nós, mulheres, temos que divulgar essa lei tão importante.

Neste momento, está transcorrendo, no Ministério da Justiça, seminário sobre a Lei Maria da Penha. Na

parte da tarde, teremos como tema Desafio e Conclu‑sões do Seminário. Ontem, a bancada feminina esteve presente no seminário com 15 Deputadas.

Para encerrar, eu gostaria de convocar as Sras. Deputadas para, quarta-feira, dia 10, fazermos uma avaliação semestral das atividades da bancada. Ava-liaremos nossos encontros com os Ministros, nossos avanços e desafios. Também estabeleceremos quais as prioridades para este segundo semestre, tanto na esfera da Câmara, quanto na do Senado. Seguindo a orientação de V.Exa., Sra. Presidenta, o encontro será realizado ao meio-dia.

Parabéns a todas as mulheres que ousam vencer o medo e falar da violência doméstica: a cada dois se-gundos, cinco mulheres estão sendo atingidas.

Parabéns e obrigada, Sra. Presidenta.A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Nós

parabenizamos V.Exa., Deputada Janete Rocha Pie-tá, pela condução do trabalho na coordenadoria da bancada feminina, pela persistência de toda vez nos reunir, nos chamar, organizar debates e encontros, e assim vamos caminhando. Somos poucas, mas com uma liderança e coordenação como a sua, tenho cer-teza de que vamos avançar mais.

Parabenizo V.Exa. e espero que continue até o final do ano neste trabalho que tem feito até agora.

A SRA. PRESIDENTE (Rose de Freitas) – Con-cedo a palavra à Deputada Carmen Zanotto.

A SRA. CARMEN ZANOTTO (Bloco/PPS-SC. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – Sra. Presiden-ta, peço que seja dado como lido meu pronunciamento relativo ao Dia da Saúde, a ser comemorado amanhã, em homenagem ao nosso grande médico sanitarista Oswaldo Cruz, nascido em 5 de agosto.

Destaco, a exemplo do Deputado Darcísio Peron-di, o trabalho de todos os Parlamentares desta Casa para que efetivamente consigamos aprovar o destaque ao projeto que regulamenta a Emenda Constitucional nº 29. O nosso Presidente, Deputado Marco Maia, as-sumiu esse compromisso conosco antes do recesso.

Acreditamos que a Comissão Especial será im-plantada e que aprovaremos a regulamentação da Emenda 29 nesta Casa. Tenho dito, Sra. Presidenta, que saúde não tem preço, mas tem custo. Precisamos efetivamente ter segurança no que são gastos com ações e serviços de saúde no nosso País.

Quero também, Sra. Presidenta, mais uma vez, destacar os trabalhos desta semana, em especial a aprovação de duas medida provisórias, a 531 e a 530. Com certeza, o conjunto de Municípios atingidos pelos desastres naturais... Temos na Casa Comissão Especial que trata desse tema e sabe da importân-cia da aprovação dessa medida provisória como uma

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39514 Sexta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2011

forma de amenizarmos a situação, em especial, da rede escolar atingida pelas enchentes e oferecermos estruturas físicas recuperadas para um ensino com qualidade, como precisa o nosso País.

Muito obrigada.

PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELA ORADORA

Sra. Presidenta, Sras. e Srs. Deputados e Líde-res presentes, amanhã, dia 5 de agosto, é celebrado o Dia Nacional da Saúde. Data alusiva ao nascimento de Oswaldo Cruz, médico sanitarista responsável pe-las primeiras campanhas de vacinação em massa e pela erradicação da varíola e da febre amarela no Rio de Janeiro, no início do século passado.

Essa data, Sra. Presidenta, é um chamamento à reflexão para nós, legisladores. Para que olhemos para o setor da saúde pública com o cuidado e a atenção necessários. Precisamos fazer a nossa parte para a melhoria na prestação desse serviço tão fundamental para um país.

Saúde, Sra. Presidenta, não tem preço. No en-tanto, há custos. Em razão disso, precisamos entender que com saúde não há gastos, mas investimentos.

A regulamentação da Emenda 29 é algo cuja maior importância não está em garantir mais recursos para o setor, e sim em estabelecer claramente o que pode ser definido como serviço ou ação de saúde. O conceito de saúde é muito amplo. Em razão disso, Sra. Presidenta, o vazio jurídico quanto à questão permite que o financiamento de obras de saneamento básico ou o pagamento de planos de saúde de servidores públicos seja feito com recursos previstos para a saú-de pública.

Enquanto isso, Sra. Presidenta, acompanhamos a luta dos agentes comunitários de saúde por um piso salarial digno e dos enfermeiros por uma jornada de trabalho menos exaustiva. Questões que envolvem duas das categorias mais importantes no conjunto de profissionais do setor.

Em minha gestão à frente da Secretaria de Estado da Saúde, em Santa Catarina, os agentes comunitá-rios de saúde e de endemias foram fundamentais para nossa política de prevenção e combate à dengue. E se conquistamos, em 2010, o status de Estado livre do vetor da dengue, foi graças ao trabalho e ao empenho desses profissionais, que precisam, sim, de um piso salarial digno e mais justo.

Outra questão que envolve a qualidade dos ser-viços de saúde pública no Brasil, Sra. Presidenta, é a revisão dos valores da tabela do Sistema Único de Saúde, o SUS. Há uma grande defasagem nos valores pagos por alguns serviços. Um problema que atinge

os hospitais filantrópicos e que também faz com que muitos médicos deixem de atender pelo sistema.

São questões para as quais precisamos encon-trar soluções, mas sem a criação de nenhum outro imposto. Digo isso, Sra. Presidenta, pois percebo que um dos entraves que postergam a regulamentação da Emenda 29 é a insistência em criar a Contribuição Social da Saúde, a CSS, que nada mais é do que a reedição da antiga CPMF, o imposto sobre movimen-tações financeiras extinto em 2007.

Não podemos depositar na conta da população o ônus da má gestão no setor. Precisamos, sim, e esta é a nossa função como legisladores, é de regulamen-tar a Emenda 29 sem a CSS e definir com urgência o que pode e o que não pode ser custeado pelo dinheiro legalmente previsto para a Saúde. É o que espero que façamos quanto antes, Sra. Presidenta. É o de que a saúde pública do Brasil precisa.

Muito obrigada.A SRA. LILIAM SÁ – Sra. Presidenta, peço a

palavra pela ordem.A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Tem

V.Exa. a palavra.A SRA. LILIAM SÁ (Bloco/PR-RJ. Pela ordem.

Sem revisão da oradora.) – Sra. Presidenta, quero co-municar que ontem foi aprovado, na Comissão de Di-reitos humanos, em caráter de urgência, requerimento para ouvirmos, na quarta-feira, às 14h, as mães das crianças que sobreviveram à chacina de Realengo.

Até agora essas mães não foram ouvidas. As crianças sobreviventes estão precisando de cirurgias, que, vale dizer, ainda não foram encaminhadas.

O menino Mateus precisa urgentemente de uma cirurgia, porque o sangue não está circulando em sua mão direita. Essa cirurgia está marcada para o final de setembro. A menina Tainá está na cadeira de rodas. O menino Luan está precisando fazer uma cirurgia na vista, está precisando de um especialista.

Essas mães precisam ser ouvidas.A Prefeitura do Rio de Janeiro informou que vai

tirar delas o auxílio que estão recebendo, de 700 reais por mês, para manutenção.

Vamos ouvir essas mães. Vamos ver em que podemos ajudar essas mães e essas crianças, que sofreram tanto com a chacina. Nós ficamos muito so-lidários com elas.

Muito obrigada pela oportunidade, Sra. Presi-denta, e parabéns pela excelente condução da Mesa Diretora.

A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Mui-to obrigada.

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Agosto de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 5 39515

A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Com a palavra o Deputado Alex Canziani. Em seguida, o Deputado Zeca Dirceu.

Seja bem-vindo, Deputado Luiz Pitiman, que re-torna a esta Casa.

Com a palavra o Deputado Zeca Dirceu.O SR. ZECA DIRCEU (PT-PR. Pela ordem. Sem

revisão do orador.) – Sra. Presidenta, Deputados, quero dar como lido discurso em que destaco que o nosso ex-Presidente Lula receberá o título de Doutor Hono-ris Causa pela sexta vez. Neste momento, ele está indo até a universidade francesa Sciences Po. Será a décima sexta personalidade, em toda a história da universidade, a receber essa tão importante honraria e também a primeira personalidade latino-americana a receber honraria dessa magnitude.

Isso destaca tudo aquilo que construímos nes-ses últimos anos – a Presidenta Dilma está dando continuidade – e que fez o Brasil, não só a figura do ex-Presidente Lula, ser tão respeitado e reconhecido pelo mundo afora.

Muito obrigado.

PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR

Sra. Presidenta, Sras. e Srs. Deputados, subo a esta tribuna hoje para exaltar esta figura crucial no processo de desenvolvimento do Brasil que é o ex--Presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em setembro, Lula receberá seu sexto título de Doutor Honoris Cau-sa, desta vez pela universidade francesa Sciences Po. Não foi à toa que o ex-Presidente atingiu níveis históricos de popularidade. No Governo Lula, o País assistiu a uma série de avanços sociais e econômicos nunca antes registrados. Em seus dois mandatos, Lula sempre adotou a prática de ouvir a sociedade para a elaboração de políticas públicas.

No final de 2010, o PIB crescia acima de 7%, a maior alta registrada desde os anos 1970, e a taxa de desemprego das principais regiões metropolitanas praticamente caiu à metade nos últimos 8 anos, sen-do que em 2002 essa taxa beirava os 12%. Nos dois mandatos de Lula, o salário mínimo mais do que do-brou, a compra de carros e imóveis disparou, o número de beneficiários dos programas sociais quadruplicou e cerca de 39 milhões de brasileiros foram incorpora-dos à classe média. O País quitou o que devia ao FMI e tornou-se um credor, criando condições para se so-bressair no cenário internacional.

Após o fim de seu mandato, Lula reabriu o Insti-tuto Cidadania, organização não governamental (ONG) criada antes de sua eleição para Presidente da Repú-blica e que tem como objetivo a busca de soluções para

os problemas estruturais da realidade social brasileira. Agora, o Instituto Cidadania é o núcleo que prepara a criação do Instituto Lula, que irá divulgar projetos de combate à pobreza na América do Sul e na Áfri-ca, inspirados nos programas sociais criados durante seu Governo.

Em reconhecimento à sua atuação nos últimos 8 anos, Lula já recebeu cinco títulos de Doutor Hono-ris Causa, inclusive no exterior, e receberá o sexto no mês que vem pela universidade francesa Sciences Po. Lula será a 16ª personalidade – e a primeira latino--americana – que receberá o título da Sciences Po.

O título costuma ser atribuído a personalidades que se tenham destacado pelo saber ou pela atuação em prol das artes, das ciências, da filosofia, das letras ou do melhor entendimento entre os povos. Hoje, Lula viaja o Brasil e o mundo levando seu legado e mos-trando porque o Brasil deu certo.

A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – De-putado Alex Canziani. (Pausa.) S.Exa. está com o Mi-nistro ao telefone.

Encerrada a lista de oradores, posso encerrar a sessão? (Pausa.)

Quero saudar os visitantes que estão nas galerias e dizer que sejam bem-vindos a esta Casa de debates, a esta Casa de elaboração de leis.

Muito obrigada pela presença a todos vocês.A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Com

a palavra o Deputado Jorginho Mello. Salvo o Depu-tado Alex Canziani.

O SR. JORGINHO MELLO (PSDB-SC. Pela or-dem. Sem revisão do orador.) – Minha Presidenta, não vou substituí-lo, até porque o tamanho dele é muito diferente do meu, não é? Mas vou fazer um registro também, aproveitando a oportunidade.

Estive, no dia 29, no meu Estado de Santa Catari-na, em inauguração do Grupo Votorantim, que investiu 90 milhões de reais para a construção de uma fábrica, transformando Santa Catarina num Estado exportador de cimento. Éramos um Estado importador e passamos a ser um Estado exportador.

Então, quero fazer um registro sobre o empenho do Prefeito Beto Martins e dos Vereadores Dorlin Nu-nes, Luís Dutra e Jaison Cardoso.

O Governador de Santa Catarina também esteve na inauguração.

É mais uma atividade. A empresa contratou, De-putado Alex, 450 pessoas de Imbituba e as treinou para trabalhar na fábrica.

Quero fazer esse registro porque a inauguração da fábrica muito nos alegrou e muito vai contribuir para o crescimento de Santa Catarina.

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39516 Sexta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2011

Aproveitaram para dizer às empresas prestadoras de serviços de celular que passem a atender a região. Isto fica feio: uma empresa desse porte instalar-se e não contar com o serviço de nenhuma operadora. Portanto, fica feito o registro: os nossos Vereadores, junto com o Prefeito, reclamaram a instalação, com urgência, desse serviço.

Muito obrigado, Sra. Presidente.A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Com

a palavra o Deputado Alex Canziani.O SR. ALEX CANZIANI (Bloco/PTB-PR. Pela or-

dem. Sem revisão do orador.) – Muito obrigado, nossa Presidente, Deputada Rose de Freitas.

Rapidamente, quero falar da nossa alegria em ver concluída a votação da Medida Provisória nº 530, que institui uma política para o enfrentamento dos de-sastres naturais que o Brasil lamentavelmente vem so-frendo. Através da educação, do FNDE, vamos poder recuperar as escolas que forem afetadas por algum desastre. É uma política necessária que a Presidente Dilma encaminha. Hoje, aprovamos aqui, na Câmara dos Deputados, os destaques.

Sra. Presidente, quero também falar da nossa alegria em concluirmos um processo da maior impor-tância: os relatórios do PRONATEC, esse grande pro-grama que a Presidente Dilma nos mandou.

Falei com o próprio Ministro Fernando Haddad e ele nos deu alguns detalhes a respeito de emendas que estamos querendo colocar nesse projeto.

Sra. Presidente, nós fizemos uma coisa diferen-ciada: reunimos os quatro Relatores. Estão aqui os Deputados Júnior Coimbra, Jorginho Mello e também o Deputado Biffi. Nós, como Relatores na Comissão de Trabalho, fizemos um trabalho conjunto. Devemos, já nas próximas semanas, aprová-lo em cada uma das nossas Comissões. A nossa expectativa é que ainda neste mês de agosto, havendo a votação das medidas provisórias que trancam a pauta, esse grande programa voltado para a qualificação profissional, que valoriza o trabalho e acima de tudo o emprego, seja aprovado na Câmara dos Deputados.

A matéria é da maior relevância. Ela vai dar a mi-lhões e milhões de trabalhadores a oportunidade de terem a sua qualificação e chegarem a novo emprego ou mesmo, estando desempregados, se requalifica-rem para outra atividade. Por isso, a nossa expectativa quanto a esse grande programa.

Quero parabenizar todos os Relatores, que es-tão empenhados em transformar esse grande sonho em realidade.

Muito obrigado, Sra. Presidente.

A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Com a palavra o Deputado Dr. Aluizio. Em seguida, o Depu-tado Danilo Forte, e vamos encerrar a sessão.

O SR. DR. ALUIZIO (Bloco/PV-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Exma. Sra. Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares, a saúde é a principal preocupa-ção da família brasileira, portanto deve ser a principal preocupação desta Casa.

A Constituição de 1988 caracteriza-se por pro-por garantias sociais básicas, entre as quais o direito à saúde integral.

Entre as dificuldades em promover uma saúde digna cita-se a insuficiência de recursos, assim como a pouca eficiência e eficácia em sua aplicação. O fi-nanciamento é composto de recursos provenientes das três esferas de Governo e das possíveis contri-buições sociais.

Dentre as iniquidades da sociedade brasileira, destaca-se a concentração de renda.

Ainda sobre a Carta Magna de 1988, os Cons-tituintes propuseram a cobrança de Imposto sobre Grandes Fortunas.

Instrumento fundamental no arcabouço do finan-ciamento público de saúde, a PEC 29, pauta urgente desta Casa, não será, por si, suficiente para garantir a saúde sob a ótica do financiamento.

Torna-se, portanto, premente a busca por novas fontes de recursos.

Inspirado nos Constituintes de 1988 e no Imposto da Solidariedade francês, propus a esta Casa e à so-ciedade brasileira a tributação sobre grandes fortunas, conforme o § 1º do art. 145 da Constituição Federal.

Ressalto que a essa tributação foi conferida a qualidade de contribuição social. Desta forma, poderá ser destinada de forma integral ao financiamento da saúde, fato que vai ao encontro dos anseios da socie-dade brasileira.

A contribuição será cobrada de pessoas físicas e jurídicas cujo patrimônio ultrapassar os valores de R$5.520.000,00, com alíquotas progressivas que vão de 0,55% a 1,30%, respeitando os valores da referi-da fortuna.

Desta forma, Exma. Sra. Presidente, este Projeto de Lei Complementar nº 48, que já tramitará na Co-missão de Seguridade Social e Família, é uma nova oportunidade para esta Casa protagonizar tema de tamanha relevância para a cidadania brasileira.

Muito obrigado.A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Com

a palavra o Deputado Danilo Forte. E finalmente, para encerrar, o Deputado Domingos Sávio.

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Agosto de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 5 39517

O SR. DANILO FORTE (PMDB-CE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Muito obrigado, Sra. Presi-dente, Deputada Rose de Freitas.

Quero dar como lido discurso em homenagem a grande vulto do clero cearense, o pároco mais ido-so do sacerdócio da cidade de Fortaleza, Monsenhor André Camurça, que faleceu na manhã do último dia 2 de agosto.

Fazemos uma homenagem a um homem que prestou um grande serviço à educação do Ceará e partiu deixando saudade em toda a família católica do Estado.

Muito obrigado.

PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR

Sra. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, morreu, na manhã do último dia 2 de agosto, aos 98 anos, um grande vulto do clero cearense, o pároco mais idoso do sacerdócio da cidade de Fortaleza, Monsenhor An-dré Viana Camurça.

Com uma vida dedicada a servir à comunidade, André Viana Camurça, cearense de Fortaleza, ingres-sou no Seminário da Prainha, tornando-se padre.

Em 1936, já era Vigário Paroquial de Maranguape. A partir daí, seguiu em uma carreira brilhante de sacer-dote, mas também de servidor público, já que ocupou cargos não eclesiásticos, entre eles o de Secretário de Educação do Estado, de 1968 a 1971.

Além do cargo de Capelão, ocupou por quase 30 anos o cargo de Vigário-Geral da Arquidiocese de Fortaleza, assistindo de perto à construção da Catedral Metropolitana. Foi membro da Campanha Nacional de Escola da Comunidade (CNEC) e integrou a diretoria do Hospital Cura D’Ars.

Em 1997, foi homenageado com o Troféu Sereia de Ouro, promoção do Sistema Verdes Mares, que agracia cearenses de destaque nos cenários nacional e internacional.

Pároco mais idoso em atividade na Capital, atual-mente dedicava-se à Igreja de São Bernardo, no Centro de Fortaleza, onde atuava como Capelão.

É grande o pesar em nossa cidade pelo faleci-mento desse padre, que aos 98 anos parte da nossa convivência para a casa do Pai Eterno, em pleno mês vocacional.

A Arquidiocese de Fortaleza registra em nota o sentimento de todos os cearenses com essa doída per-da, lembrando o exemplo e a dedicação desse irmão ao Povo de Deus, nos variados ministérios e nas mais variadas funções que exerceu na Igreja e na socieda-de. Que a memória sempre viva desse sacerdote seja exemplo para os demais sacerdotes de nossa Igreja

Particular de Fortaleza, bem como motivo de rezar-mos sempre mais pelo surgimento de novas e santas vocações ao ministério ordenado.

Nesta singela homenagem, gostaria de finalizar com um ensinamento do Monsenhor Camurça: “Nin‑guém pode ser um bom padre sem amor à Eucaristia e a Maria Santíssima”.

Solicito, Sra. Presidente, a divulgação deste pro-nunciamento em A Voz do Brasil e nos demais veículos de comunicação desta Casa.

A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Com a palavra o Deputado Domingos Sávio.

O SR. DOMINGOS SÁVIO (PSDB-MG. Pela or-dem. Sem revisão do orador.) – Sra. Presidenta, De-putada Rose de Freitas, demais colegas Deputados, quero registrar que tivemos a alegria de sediar, nesta semana, aqui, no Congresso Nacional, um grande encontro de Vereadores organizado pela ABRACAM, Associação Brasileira de Câmaras Municipais. Isso se deu no Auditório Nereu Ramos, com a presença de mais de 500 Presidentes de Câmara.

Na oportunidade, tive a felicidade, com o apoio de mais de 200 Parlamentares desta Casa, de pelo menos concluir a coleta de assinaturas para instalação da Frente Parlamentar em Defesa das Câmaras Mu-nicipais, para fortalecimento do Legislativo Municipal.

Eu, que fui Vereador, Prefeito, Deputado Estadual, sei que, ao longo dessa trajetória, o Vereador tem um papel fundamental, é o elo mais direto com o cidadão de toda a organização política do nosso País.

Foi um momento histórico. Tivemos ali, ao lado do Senador Aécio Neves, a instalação dessa Frente Parlamentar, com o apoio do Presidente da ABRACAM, o Vereador Rogério Rodrigo. Foi, de fato, um momento histórico, mas vai depender muito do apoio dos colegas para avançarmos em algumas pautas que fortalecem a relação da Câmara Federal, do Congresso Nacio-nal, com as Câmaras Municipais, fazendo com que a República funcione de forma plena, valorizando cada ente federado e cada estrutura da organização políti-ca do nosso País.

Quero também registrar a presença ali do Pre-feito de São Tiago, minha terra natal, o que me deu muita alegria.

Ali, no encontro, pudemos mostrar que, desde uma cidade pequenas às maiores metrópoles do País, a República, a Federação só será plena se cada um for devidamente valorizado. E esse será o espírito dessa Frente Parlamentar de apoio às Câmaras Municipais de todo o nosso Brasil.

Muito obrigado, Sra. Presidenta.A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Com

a palavra o Deputado Júnior Coimbra.

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39518 Sexta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2011

O SR. JÚNIOR COIMBRA (PMDB-TO. Pela or-dem. Sem revisão do orador.) – Sra. Presidente, só para lembrar que neste sábado o time de futebol da Câmara Federal, encampado pelos Deputado Domin-gos Sávio e Izalci, estará numa missão em São Luís do Maranhão, onde será realizada uma partida bene-ficente, articulada pelo Deputado Chiquinho Escórcio e por toda a bancada maranhense.

Lá estarão os Deputados Romário, Tiririca, Popó, Deley, Danrlei, ex-jogadores de futebol que hoje são Deputados Federais e outros Parlamentares que gostam de futebol, como o Deputado Renan Filho. A partida beneficente lá em São Luís do Maranhão será realizada às 16 horas de sábado, no Estádio Nhozinho Santos.

Convidamos a população de São Luís do Mara-nhão para comparecer a esse evento, que vai ajudar e apoiar o Hospital do Câncer e a APAE do Estado do Maranhão.

A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Vão jogar contra quem? Nós queremos saber. Fiquei curiosa.

O SR. JÚNIOR COIMBRA – Contra o time da Assembleia Legislativa. Vai ser um páreo duro. Na As-sembleia Legislativa do Estado do Maranhão, há vários garotos, Deputados Estaduais com a média de 25 anos de idade, enquanto essa turma nossa tem uma idade um pouco mais avançada.

A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Vo-cês estão de parabéns por essa iniciativa com fundo de filantropia, que vem ajudar o Hospital do Câncer do Maranhão.

Desejo-lhes sorte e vitória. O SR. JÚNIOR COIMBRA – Prometo um gol.

Ele será oferecido para a nossa Presidente da Câma-ra dos Deputados.

A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Mui-to obrigada.

VI – ENCERRAMENTOA SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Nada

mais havendo a tratar, vou encerrar a sessão.A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – COM‑

PARECEM MAIS OS SRS.:

Partido Bloco

RORAIMA

Edio Lopes PMDB Teresa Surita PMDB Total de RORAIMA 2

AMAPÁ

Luiz Carlos PSDB Vinicius Gurgel PRTB PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslTotal de AMAPÁ 2

PARÁ

Dudimar Paxiúba PSDB Wandenkolk Gonçalves PSDB Total de PARÁ 2

AMAZONAS

Francisco Praciano PT Henrique Oliveira PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslTotal de AMAZONAS 2

RONDÔNIA

Carlos Magno PP Total de RONDÔNIA 1

ACRE

Gladson Cameli PP Total de ACRE 1

MARANHÃO

Edivaldo Holanda Junior PTC PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslProfessor Setimo PMDB Total de MARANHÃO 2

CEARÁ

Aníbal Gomes PMDB Ariosto Holanda PSB PsbPtbPcdobDanilo Forte PMDB Total de CEARÁ 3

PIAUÍ

Hugo Napoleão DEM Total de PIAUÍ 1

RIO GRANDE DO NORTE

Sandra Rosado PSB PsbPtbPcdobTotal de RIO GRANDE DO NORTE 1

PARAÍBA

Benjamin Maranhão PMDB Ruy Carneiro PSDB Wellington Roberto PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslWilson Filho PMDB Total de PARAÍBA 4

PERNAMBUCO

Bruno Araújo PSDB Eduardo da Fonte PP José Augusto Maia PTB PsbPtbPcdobLuciana Santos PCdoB PsbPtbPcdobPedro Eugênio PT Silvio Costa PTB PsbPtbPcdobVilalba PRB Total de PERNAMBUCO 7

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Agosto de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 5 39519

ALAGOAS

Celia Rocha PTB PsbPtbPcdobRenan Filho PMDB Rui Palmeira PSDB Total de ALAGOAS 3

SERGIPE

Andre Moura PSC Heleno Silva PRB Total de SERGIPE 2

BAHIA

Erivelton Santana PSC João Carlos Bacelar PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslRui Costa PT Total de BAHIA 3

MINAS GERAIS

Aracely de Paula PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslDomingos Sávio PSDB Dr. Grilo PSL PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslGeorge Hilton PRB Jô Moraes PCdoB PsbPtbPcdobLincoln Portela PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslLuis Tibé PTdoB PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslMiguel Corrêa PT Reginaldo Lopes PT Rodrigo de Castro PSDB Weliton Prado PT Zé Silva PDT Total de MINAS GERAIS 12

ESPÍRITO SANTO

Rose de Freitas PMDB Total de ESPÍRITO SANTO 1

RIO DE JANEIRO

Adrian PMDB Aureo PRTB PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslBrizola Neto PDT Chico Alencar PSOL Chico D`Angelo PT Cristiano PTdoB PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslDr. Aluizio PV PvPpsEliane Rolim PT Filipe Pereira PSC Liliam Sá PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslMarcelo Matos PDT Total de RIO DE JANEIRO 11

SÃO PAULO

Alexandre Leite DEM Arlindo Chinaglia PT Beto Mansur PP

Carlinhos Almeida PT Carlos Sampaio PSDB Eli Correa Filho DEM Janete Rocha Pietá PT João Paulo Cunha PT Mara Gabrilli PSDB Nelson Marquezelli PTB PsbPtbPcdobRicardo Berzoini PT Salvador Zimbaldi PDT Tiririca PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslTotal de SÃO PAULO 13

DISTRITO FEDERAL

Augusto Carvalho PPS PvPpsLuiz Pitiman PMDB Policarpo PT Reguffe PDT Total de DISTRITO FEDERAL 4

GOIÁS

Carlos Alberto Leréia PSDB Total de GOIÁS 1

MATO GROSSO DO SUL

Vander Loubet PT Total de MATO GROSSO DO SUL 1

PARANÁ

Osmar Serraglio PMDB Reinhold Stephanes PMDB Zeca Dirceu PT Total de PARANÁ 3

SANTA CATARINA

Jorginho Mello PSDB Total de SANTA CATARINA 1

RIO GRANDE DO SUL

Darcísio Perondi PMDB Fernando Marroni PT Marco Maia PT Nelson Marchezan Junior PSDB Onyx Lorenzoni DEM Total de RIO GRANDE DO SUL 5

DEIXAM DE COMPARECER OS SRS.:

Partido Bloco

AMAPÁ

Dalva Figueiredo PT Davi Alcolumbre DEM Evandro Milhomen PCdoB PsbPtbPcdobFátima Pelaes PMDB Total de AMAPÁ 4

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39520 Sexta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2011

PARÁ

Arnaldo Jordy PPS PvPpsElcione Barbalho PMDB Lira Maia DEM Wladimir Costa PMDB Zé Geraldo PT Total de PARÁ 5

AMAZONAS

Silas Câmara PSC Total de AMAZONAS 1

RONDÔNIA

Nilton Capixaba PTB PsbPtbPcdobTotal de RONDÔNIA 1

ACRE

Antônia Lúcia PSC Perpétua Almeida PCdoB PsbPtbPcdobTotal de ACRE 2

TOCANTINS

César Halum PPS PvPpsIrajá Abreu DEM Laurez Moreira PSB PsbPtbPcdobTotal de TOCANTINS 3

MARANHÃO

Costa Ferreira PSC Pinto Itamaraty PSDB Zé Vieira PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslTotal de MARANHÃO 3

CEARÁ

Antonio Balhmann PSB PsbPtbPcdobArnon Bezerra PTB PsbPtbPcdobDomingos Neto PSB PsbPtbPcdobGenecias Noronha PMDB José Airton PT José Linhares PP Raimundão PMDB Raimundo Gomes de Matos PSDB Vicente Arruda PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslTotal de CEARÁ 9

PIAUÍ

Marcelo Castro PMDB Marllos Sampaio PMDB Osmar Júnior PCdoB PsbPtbPcdobPaes Landim PTB PsbPtbPcdobTotal de PIAUÍ 4

RIO GRANDE DO NORTE

Fábio Faria PMN Fátima Bezerra PT Felipe Maia DEM Henrique Eduardo Alves PMDB Total de RIO GRANDE DO NORTE 4

PARAÍBA

Efraim Filho DEM Hugo Motta PMDB Nilda Gondim PMDB Total de PARAÍBA 3

PERNAMBUCO

Anderson Ferreira PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslFernando Coelho Filho PSB PsbPtbPcdobGonzaga Patriota PSB PsbPtbPcdobInocêncio Oliveira PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslPaulo Rubem Santiago PDT Sergio Guerra PSDB Total de PERNAMBUCO 6

ALAGOAS

Joaquim Beltrão PMDB Maurício Quintella Lessa PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslTotal de ALAGOAS 2

SERGIPE

Mendonça Prado DEM Total de SERGIPE 1

BAHIA

Acelino Popó PRB Alice Portugal PCdoB PsbPtbPcdobArthur Oliveira Maia PMDB Emiliano José PT Joseph Bandeira PT Luiz Alberto PT Luiz Argôlo PP Maurício Trindade PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslOziel Oliveira PDT Sérgio Brito PSC Valmir Assunção PT Total de BAHIA 11

MINAS GERAIS

Antônio Roberto PV PvPpsBernardo Santana de Vasconcellos PR PrPtdobPrtb-PrpPhsPtcPslBonifácio de Andrada PSDB Dimas Fabiano PP

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Agosto de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 5 39521

Eduardo Barbosa PSDB Geraldo Thadeu PPS PvPpsJaime Martins PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslJoão Magalhães PMDB Leonardo Quintão PMDB Luiz Fernando Faria PP Mário de Oliveira PSC Padre João PT Paulo Abi-Ackel PSDB Paulo Piau PMDB Saraiva Felipe PMDB Walter Tosta PMN Total de MINAS GERAIS 16

ESPÍRITO SANTO

Audifax PSB PsbPtbPcdobLauriete PSC Lelo Coimbra PMDB Total de ESPÍRITO SANTO 3

RIO DE JANEIRO

Alfredo Sirkis PV PvPpsBenedita da Silva PT Dr. Carlos Alberto PMN Edson Santos PT Jair Bolsonaro PP Jandira Feghali PCdoB PsbPtbPcdobNelson Bornier PMDB Total de RIO DE JANEIRO 7

SÃO PAULO

Alberto Mourão PSDB Aldo Rebelo PCdoB PsbPtbPcdobAline Corrêa PP Carlos Roberto PSDB Delegado Protógenes PCdoB PsbPtbPcdobDevanir Ribeiro PT Guilherme Mussi PV PvPpsJoão Dado PDT Jorge Tadeu Mudalen DEM Marcelo Aguiar PSC Milton Monti PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslNewton Lima PT Paulo Maluf PP Paulo Teixeira PT Ricardo Tripoli PSDB Roberto Freire PPS PvPpsRoberto Santiago PV PvPpsVaz de Lima PSDB Total de SÃO PAULO 18

MATO GROSSO

Wellington Fagundes PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslTotal de MATO GROSSO 1

GOIÁS

Armando Vergílio PMN Jovair Arantes PTB PsbPtbPcdobMagda Mofatto PTB PsbPtbPcdobMarina Santanna PT Roberto Balestra PP Total de GOIÁS 5

PARANÁ

Alfredo Kaefer PSDB André Vargas PT Dr. Rosinha PT Edmar Arruda PSC Fernando Francischini PSDB Giacobo PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslHermes Parcianello PMDB Total de PARANÁ 7

SANTA CATARINA

Gean Loureiro PMDB Luci Choinacki PT Mauro Mariani PMDB Rogério Peninha Mendonça PMDB Valdir Colatto PMDB Total de SANTA CATARINA 5

RIO GRANDE DO SUL

Afonso Hamm PP Alceu Moreira PMDB Bohn Gass PT Danrlei De Deus Hinterholz PTB PsbPtbPcdobHenrique Fontana PT Jeronimo Goergen PP José Otávio Germano PP Marcon PT Osmar Terra PMDB Pepe Vargas PT Renato Molling PP Sérgio Moraes PTB PsbPtbPcdobVilson Covatti PP Total de RIO GRANDE DO SUL 13

A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) – Encer-ro a sessão, antes convocando para hoje, quinta-feira, dia 4 de agosto, às 14 horas, a seguinte

ORDEM DO DIA

(Debates e trabalho de Comissões)

(Encerra‑se a sessão às 12 horas e 3 minutos)

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39522 Sexta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2011

Ata da 193ª Sessão, em 4 de agosto de 2011Presidência dos Srs. Luiz Couto, Amauri Teixeira,

Luci Choinacki, § 2º do art. 18 do Regimento Interno

ÀS 14 HORAS COMPARECEM À CASA OS SRS.:

Marco MaiaRose de FreitasEduardo da FonteEduardo GomesJúlio DelgadoGeraldo ResendeManatoCarlos Eduardo Cadoca

Partido Bloco

RORAIMA

Berinho Bantim PSDB Edio Lopes PMDB Francisco Araújo PSL PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslJhonatan de Jesus PRB Luciano Castro PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslPaulo Cesar Quartiero DEM Raul Lima PP Teresa Surita PMDB Total de RORAIMA 8

AMAPÁ

Dalva Figueiredo PT Janete Capiberibe PSB PsbPtbPcdobLuiz Carlos PSDB Sebastião Bala Rocha PDT Vinicius Gurgel PRTB PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslTotal de AMAPÁ 5

PARÁ

André Dias PSDB Beto Faro PT Cláudio Puty PT Dudimar Paxiúba PSDB Giovanni Queiroz PDT José Priante PMDB Josué Bengtson PTB PsbPtbPcdobLira Maia DEM Lúcio Vale PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslLuiz Otávio PMDB Miriquinho Batista PT Wandenkolk Gonçalves PSDB Zequinha Marinho PSC Total de PARÁ 13

AMAZONAS

Átila Lins PMDB Carlos Souza PP Francisco Praciano PT Henrique Oliveira PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslPauderney Avelino DEM Rebecca Garcia PP Sabino Castelo Branco PTB PsbPtbPcdobTotal de AMAZONAS 7

RONDÔNIA

Carlos Magno PP Lindomar Garçon PV PvPpsMarinha Raupp PMDB Mauro Nazif PSB PsbPtbPcdobMoreira Mendes PPS PvPpsNatan Donadon PMDB Padre Ton PT Total de RONDÔNIA 7

ACRE

Flaviano Melo PMDB Gladson Cameli PP Henrique Afonso PV PvPpsMarcio Bittar PSDB Sibá Machado PT Taumaturgo Lima PT Total de ACRE 6

TOCANTINS

Ângelo Agnolin PDT Júnior Coimbra PMDB Lázaro Botelho PP Professora Dorinha Seabra Rezende DEM Total de TOCANTINS 4

MARANHÃO

Alberto Filho PMDB Carlos Brandão PSDB Cleber Verde PRB Davi Alves Silva Júnior PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslDomingos Dutra PT Edivaldo Holanda Junior PTC PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslFrancisco Escórcio PMDB Gastão Vieira PMDB Hélio Santos PSDB Lourival Mendes PTdoB PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl

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Agosto de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 5 39523

Nice Lobão DEM Professor Setimo PMDB Ribamar Alves PSB PsbPtbPcdobSarney Filho PV PvPpsWaldir Maranhão PP Total de MARANHÃO 15

CEARÁ

André Figueiredo PDT Aníbal Gomes PMDB Ariosto Holanda PSB PsbPtbPcdobArnon Bezerra PTB PsbPtbPcdobArtur Bruno PT Chico Lopes PCdoB PsbPtbPcdobDanilo Forte PMDB Edson Silva PSB PsbPtbPcdobEudes Xavier PT Gorete Pereira PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslJoão Ananias PCdoB PsbPtbPcdobJosé Guimarães PT Manoel Salviano PSDB Mauro Benevides PMDB Total de CEARÁ 14

PIAUÍ

Assis Carvalho PT Hugo Napoleão DEM Iracema Portella PP Jesus Rodrigues PT Júlio Cesar DEM Marcelo Castro PMDB Nazareno Fonteles PT Total de PIAUÍ 7

RIO GRANDE DO NORTE

João Maia PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslPaulo Wagner PV PvPpsRogério Marinho PSDB Sandra Rosado PSB PsbPtbPcdobTotal de RIO GRANDE DO NORTE 4

PARAÍBA

Aguinaldo Ribeiro PP Benjamin Maranhão PMDB Damião Feliciano PDT Luiz Couto PT Manoel Junior PMDB Nilda Gondim PMDB Romero Rodrigues PSDB Ruy Carneiro PSDB Wellington Roberto PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslWilson Filho PMDB Total de PARAÍBA 10

PERNAMBUCO

Ana Arraes PSB PsbPtbPcdobAugusto Coutinho DEM Bruno Araújo PSDB Fernando Ferro PT João Paulo Lima PT Jorge Corte Real PTB PsbPtbPcdobJosé Augusto Maia PTB PsbPtbPcdobJosé Chaves PTB PsbPtbPcdobLuciana Santos PCdoB PsbPtbPcdobMendonça Filho DEM Pastor Eurico PSB PsbPtbPcdobPaulo Rubem Santiago PDT Pedro Eugênio PT Raul Henry PMDB Roberto Teixeira PP Silvio Costa PTB PsbPtbPcdobVilalba PRB Wolney Queiroz PDT Total de PERNAMBUCO 18

ALAGOAS

Arthur Lira PP Celia Rocha PTB PsbPtbPcdobGivaldo Carimbão PSB PsbPtbPcdobJoão Lyra PTB PsbPtbPcdobRenan Filho PMDB Rosinha da Adefal PTdoB PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslRui Palmeira PSDB Total de ALAGOAS 7

SERGIPE

Almeida Lima PMDB Andre Moura PSC Heleno Silva PRB Laercio Oliveira PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslMárcio Macêdo PT Rogério Carvalho PT Valadares Filho PSB PsbPtbPcdobTotal de SERGIPE 7

BAHIA

Acelino Popó PRB Amauri Teixeira PT Antonio Brito PTB PsbPtbPcdobAntonio Carlos Magalhães Neto DEM Antonio Imbassahy PSDB Claudio Cajado DEM Daniel Almeida PCdoB PsbPtbPcdobEdson Pimenta PCdoB PsbPtbPcdobErivelton Santana PSC Fábio Souto DEM Felix Mendonça Júnior PDT

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39524 Sexta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2011

Fernando Torres DEM Geraldo Simões PT Jânio Natal PRP PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslJoão Carlos Bacelar PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslJosé Carlos Araújo PDT José Nunes DEM José Rocha PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslJosias Gomes PT Jutahy Junior PSDB Lucio Vieira Lima PMDB Márcio Marinho PRB Marcos Medrado PDT Nelson Pellegrino PT Paulo Magalhães DEM Roberto Britto PP Rui Costa PT Sérgio Barradas Carneiro PT Waldenor Pereira PT Total de BAHIA 29

MINAS GERAIS

Ademir Camilo PDT Aelton Freitas PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslAntônio Andrade PMDB Aracely de Paula PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslCarlaile Pedrosa PSDB Diego Andrade PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslDomingos Sávio PSDB Dr. Grilo PSL PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslEduardo Azeredo PSDB Eros Biondini PTB PsbPtbPcdobFábio Ramalho PV PvPpsGabriel Guimarães PT George Hilton PRB Gilmar Machado PT Jairo Ataide DEM Jô Moraes PCdoB PsbPtbPcdobJoão Bittar DEM José Humberto PHS PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslLael Varella DEM Leonardo Monteiro PT Lincoln Portela PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslLuis Tibé PTdoB PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslMárcio Reinaldo Moreira PP Marcos Montes DEM Marcus Pestana PSDB Mauro Lopes PMDB Miguel Corrêa PT Newton Cardoso PMDB Odair Cunha PT Paulo Abi-Ackel PSDB Reginaldo Lopes PT Renzo Braz PP

Rodrigo de Castro PSDB Toninho Pinheiro PP Vitor Penido DEM Weliton Prado PT Zé Silva PDT Total de MINAS GERAIS 37

ESPÍRITO SANTO

Camilo Cola PMDB Cesar Colnago PSDB Dr. Jorge Silva PDT Paulo Foletto PSB PsbPtbPcdobSueli Vidigal PDT Total de ESPÍRITO SANTO 5

RIO DE JANEIRO

Adrian PMDB Alessandro Molon PT Alexandre Santos PMDB Andreia Zito PSDB Anthony Garotinho PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslArolde de Oliveira DEM Aureo PRTB PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslBrizola Neto PDT Chico Alencar PSOL Chico D`Angelo PT Cristiano PTdoB PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslDeley PSC Dr. Adilson Soares PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslDr. Aluizio PV PvPpsDr. Paulo César PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslEdson Ezequiel PMDB Eduardo Cunha PMDB Eliane Rolim PT Felipe Bornier PHS PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslFernando Jordão PMDB Filipe Pereira PSC Francisco Floriano PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslGlauber Braga PSB PsbPtbPcdobHugo Leal PSC Jean Wyllys PSOL Liliam Sá PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslMarcelo Matos PDT Miro Teixeira PDT Neilton Mulim PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslOtavio Leite PSDB Rodrigo Maia DEM Romário PSB PsbPtbPcdobSimão Sessim PP Solange Almeida PMDB Stepan Nercessian PPS PvPpsVitor Paulo PRB Walney Rocha PTB PsbPtbPcdob

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Agosto de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 5 39525

Washington Reis PMDB Zoinho PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslTotal de RIO DE JANEIRO 39

SÃO PAULO

Alexandre Leite DEM Antonio Bulhões PRB Antonio Carlos Mendes Thame PSDB Arlindo Chinaglia PT Arnaldo Faria de Sá PTB PsbPtbPcdobArnaldo Jardim PPS PvPpsBeto Mansur PP Bruna Furlan PSDB Cândido Vaccarezza PT Carlos Roberto PSDB Carlos Sampaio PSDB Carlos Zarattini PT Dimas Ramalho PPS PvPpsDr. Ubiali PSB PsbPtbPcdobDra.Elaine Abissamra PSB PsbPtbPcdobDuarte Nogueira PSDB Edinho Araújo PMDB Eleuses Paiva DEM Eli Correa Filho DEM Gabriel Chalita PMDB Guilherme Campos DEM Ivan Valente PSOL Janete Rocha Pietá PT Jefferson Campos PSB PsbPtbPcdobJilmar Tatto PT João Paulo Cunha PT Jonas Donizette PSB PsbPtbPcdobJosé De Filippi PT José Mentor PT Junji Abe DEM Keiko Ota PSB PsbPtbPcdobLuiz Fernando Machado PSDB Luiza Erundina PSB PsbPtbPcdobMara Gabrilli PSDB Missionário José Olimpio PP Nelson Marquezelli PTB PsbPtbPcdobOtoniel Lima PRB Pastor Marco Feliciano PSC Paulo Freire PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslPaulo Pereira da Silva PDT Penna PV PvPpsRicardo Berzoini PT Ricardo Izar PV PvPpsRoberto de Lucena PV PvPpsSalvador Zimbaldi PDT Tiririca PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslValdemar Costa Neto PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl

Vanderlei Macris PSDB Vicente Candido PT Vicentinho PT Walter Ihoshi DEM William Dib PSDB Total de SÃO PAULO 52

MATO GROSSO

Carlos Bezerra PMDB Homero Pereira PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslJúlio Campos DEM Neri Geller PP Nilson Leitão PSDB Roberto Dorner PP Valtenir Pereira PSB PsbPtbPcdobTotal de MATO GROSSO 7

DISTRITO FEDERAL

Augusto Carvalho PPS PvPpsErika Kokay PT Izalci PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslJaqueline Roriz PMN Luiz Pitiman PMDB Policarpo PT Reguffe PDT Ronaldo Fonseca PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslTotal de DISTRITO FEDERAL 8

GOIÁS

Carlos Alberto Leréia PSDB Flávia Morais PDT Heuler Cruvinel DEM Íris de Araújo PMDB João Campos PSDB Leandro Vilela PMDB Marina Santanna PT Pedro Chaves PMDB Ronaldo Caiado DEM Rubens Otoni PT Sandes Júnior PP Sandro Mabel PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslValdivino de Oliveira PSDB Total de GOIÁS 13

MATO GROSSO DO SUL

Antônio Carlos Biffi PT Fabio Trad PMDB Giroto PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslMandetta DEM Marçal Filho PMDB Reinaldo Azambuja PSDB Vander Loubet PT Total de MATO GROSSO DO SUL 7

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39526 Sexta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2011

PARANÁ

Abelardo Lupion DEM Alex Canziani PTB PsbPtbPcdobAndré Zacharow PMDB Angelo Vanhoni PT Assis do Couto PT Cida Borghetti PP Dilceu Sperafico PP Eduardo Sciarra DEM Fernando Francischini PSDB João Arruda PMDB Leopoldo Meyer PSB PsbPtbPcdobLuiz Carlos Setim DEM Luiz Nishimori PSDB Moacir Micheletto PMDB Nelson Meurer PP Nelson Padovani PSC Osmar Serraglio PMDB Ratinho Junior PSC Reinhold Stephanes PMDB Rosane Ferreira PV PvPpsRubens Bueno PPS PvPpsSandro Alex PPS PvPpsTakayama PSC Zeca Dirceu PT Total de PARANÁ 24

SANTA CATARINA

Carmen Zanotto PPS PvPpsCelso Maldaner PMDB Décio Lima PT Edinho Bez PMDB Esperidião Amin PP João Pizzolatti PP Jorge Boeira PT Jorginho Mello PSDB Onofre Santo Agostini DEM Pedro Uczai PT Ronaldo Benedet PMDB Total de SANTA CATARINA 11

RIO GRANDE DO SUL

Alexandre Roso PSB PsbPtbPcdobAssis Melo PCdoB PsbPtbPcdobDarcísio Perondi PMDB Enio Bacci PDT Fernando Marroni PT Giovani Cherini PDT José Stédile PSB PsbPtbPcdobLuis Carlos Heinze PP Luiz Noé PSB PsbPtbPcdobManuela D`ávila PCdoB PsbPtbPcdob Mendes Ribeiro Filho PMDB

Nelson Marchezan Junior PSDB Onyx Lorenzoni DEM Paulo Pimenta PT Pepe Vargas PT Ronaldo Nogueira PTB PsbPtbPcdobRonaldo Zulke PT Vieira da Cunha PDT Total de RIO GRANDE DO SUL 18

I – ABERTURA DA SESSÃO

O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Havendo número regimental, declaro aberta a sessão.

Sob a proteção de Deus e em nome do povo brasileiro iniciamos nossos trabalhos.

O Sr. Secretário procederá à leitura da ata da sessão anterior.

II – LEITURA DA ATA

O SR. AMAURI TEIXEIRA, servindo como 2º Secretário, procede à leitura da ata da sessão antece-dente, a qual é, sem observações, aprovada.

III – EXPEDIENTE

(Não há expediente a ser lido.)

O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Passa-se ao

IV – PEQUENO EXPEDIENTE

Passamos agora a palavra àqueles Parlamen-tares que querem encaminhar seus pronunciamentos para serem considerados lidos. Vamos conceder-lhes rigorosamente 1 minuto, porque há muitos Parlamen-tares inscritos para falar.

O primeiro é o Deputado Chico Lopes, do PCdoB do Ceará.

O SR. CHICO LOPES (Bloco/PCdoB-CE. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, a forma como se escolhem os integrantes dos Tribunais de Contas nos Estados do Brasil deve sofrer uma reforma imediata-mente.

No Ceará, o Presidente do Tribunal, um ex-De-putado, recebia dinheiro do Governo do Estado para construir banheiros a fim de ajudar a eleger o seu filho também Deputado Estadual.

Nós, nesta Casa, conversamos principalmente com alguns advogados, no sentido de mexer na Cons-tituição para mudar esse comportamento, porque os órgãos de auditoria merecem o nosso respeito, e essa maneira de agir desmoraliza inclusive aqueles que têm respeitabilidade e que acreditam em auditoria como forma de fiscalizar o serviço público.

Sr. Presidente, essa é a nossa preocupação.Muito obrigado.

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Agosto de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 5 39527

O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – O Deputa-do Eleuses Paiva, do Democratas de São Paulo, ins-crito para o Pequeno Expediente, tem de viajar. Peço ao Deputado Amauri que permita que S.Exa. faça um breve registro.

O SR. ELEUSES PAIVA (DEM-SP. Sem revisão do orador.) – Obrigado, Presidente. Gostaria de agrade-cer a gentileza também ao Deputado Amauri Teixeira, um Parlamentar que é motivo de orgulho para todos nós nesta Casa.

Neste breve pronunciamento gostaria de ressal-tar que estamos começando o segundo semestre do ano legislativo de 2011 acreditando que poderemos sensibilizar esta Casa, conjuntamente com o Presi-dente da Frente Parlamentar de Saúde, o Deputado Darcísio Perondi, para vermos votada a regulamen-tação da Emenda Constitucional nº 29/00, de forma suprapartidária.

Eu acredito que a discussão do tema da saúde não deveria pautar-se na pequenez de questões par-tidárias, mas sim na grandeza de acreditarmos que todos nós aqui nesta Casa temos o dever, a obriga-ção de sonhar com um País melhor, principalmente no aspecto social.

Na área de saúde sabemos que há subfinancia-mento. Ao regulamentar a emenda, nós nesta Casa estaremos cumprindo a nossa obrigação de dar um passo importante para melhorar em parte o financia-mento da saúde pública.

Acredito, sim, no Colégio de Líderes. Acredito no compromisso do Presidente Marco Maia. Acredito na visão suprapartidária de todos os integrantes des-te Parlamento para vermos essa emenda aprovada.

É este o pronunciamento que faço, Sr. Presi-dente, e conto com V.Exa., com os Deputados João Ananias, Dr. Ubiali, Amauri Teixeira, enfim, com todos os Parlamentares desta Casa para colocarmos essa regulamentação na pauta de votação ainda este mês.

Muito obrigado.O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Com a pa-

lavra o Deputado Amauri Teixeira, do PT da Bahia.O SR. AMAURI TEIXEIRA (PT-BA. Sem revisão

do orador.) – O Deputado Eleuses Paiva é meu colega na Comissão de Seguridade Social, e é o Deputado mais sério e empenhado desta Casa, no que diz res-peito à área da saúde.

Sr. Presidente, volto a esta tribuna para homenagear todos os jornalistas da Bahia. Apresento as minhas home-nagens ao jornalista João Falcão, falecido recentemente, e as minhas condolências e solidariedade à sua família.

João Falcão fundou o Jornal da Bahia, jornal que travou uma luta histórica contra a ditadura carlis-ta e a ditadura militar na Bahia. João Falcão era um

dos militantes comunistas mais importantes do País. Seu jornal nasceu, Padre Luiz Couto, com jornalistas como Florisvaldo Mattos, Glauber Rocha, João Carlos Teixeira Gomes.

João Falcão morreu, mas deixou uma grande contribuição para o jornalismo independente da Bahia.

É a minha homenagem.

PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, venho a este plenário para registrar a morte do grande jornalis-ta baiano João Falcão, e, em tempo, apresentar meus pêsames aos seus familiares.

Aliás, Sr, Presidente, aproveito esta oportunidade para solicitar que conste nos Anais da Casa artigo so-bre o obituário de João Falcão publicado no Jornal da Metrópole, de Salvador, Bahia, edição de 29 de julho de 2011, que entrego agora à Mesa para que lhe seja dada a devida divulgação nos meios de comunicação mais apropriados.

Na verdade, João Falcão veio a falecer na quarta--feira passada, dia 27 de julho, no Hospital Português, onde estava internado.

O jornalista João Falcão foi o fundador do Jornal da Bahia, veículo fundado em 1958 que revolucionou as técnicas de redação da imprensa baiana ao intro-duzir nas suas matérias o conceito do lead e sublead, ou pirâmide invertida.

O Jornal da Bahia formou uma geração de jor-nalistas baianos que se iniciaram ainda estudantes, entre eles Florisvaldo Mattos, João Carlos Teixeira Gomes, Wilter Santiago, Flávio Costa, Glauber Rocha (cineasta que fundou o Cinema Novo), Hélio Mendes, Gilson Nascimento e também o atual colunista Sa-muel Celestino.

João da Costa Falcão foi Deputado pelo Partido Comunista quando na legalidade, após a Constituição de 1946. Era escritor, e entre seus livros citamos O Partido Comunista que eu Conheci.

Já com 92 anos de idade, mas absolutamente lúcido e atuante, preparava mais um livro, a biografia de Luís Carlos Prestes.

Ingressou no final do ano passado na Academia de Letras da Bahia, e foi fundador do Banco Baiano da Produção.

O Jornal da Bahia sofreu uma asfixia financeira comandada por Antônio Carlos Magalhães no seu pri-meiro Governo, no início dos anos 70, em retaliação às críticas a ele feitas quando era Prefeito de Salvador. Mesmo assim, com a campanha “Não deixe esta chama se apagar”, o jornal, perseguido ainda pela ditadura, conseguiu resistir ao cerco, mas acabou sucumbindo

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39528 Sexta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2011

diante da ampliação da asfixia para atingir também os anunciantes do jornal.

João Falcão, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputa-dos, sofreu uma embolia pulmonar e foi internado no Hospital Português, e de lá não mais saiu.

Perde-se assim um marco importante na história do jornalismo baiano.

Muito obrigado.

ARTIGO A QUE SE REFERE O ORA‑DOR

PAÍS LAMENTA A MORTE DE JORNALISTA LIBERTÁRIO

Aos 92 anos, falece João Falcão, levando con-sigo uma história de luta pela democracia e liberdade de expressão.

Porta-voz da imprensa livre na Bahia, faleceu no dia 27-7 o jornalista e empresário João Falcão, que durante 25 anos marchou à frente do Jornal da Bahia – extinto em 1983, após resistir por anos à pres-são promovida pelo então governador Antonio Carlos Magalhães.

Aos 92 anos, Falcão continuava ativo e lúcido e tinha assumido recentemente a cadeira 35 da Acade-mia de Letras da Bahia. Natural de Feira de Santana, João da Costa Falcão nasceu em 24-11-1919, filho de Adnil e João Marinho Falcão. Por causa dos estudos, acabou vindo para a capital baiana, onde graduou-se na Faculdade Livre de Direito em 1942. As relações do tempo de faculdade abriram as portas para o Partido Comunista do Brasil (PCB), onde militou secretamente contra o Estado Novo.

Foi nesse ambiente que nasceu a revista comu-nista Seiva, primeira publicação brasileira a falar aber-tamente contra o nazifacismo. No ano seguinte, Falcão foi convocado a servir ao Exército, o que, é claro, não se realizou quando se revelaram suas atividades co-munistas. Além de expulso e preso, o então advogado foi condenado a cinco anos de prisão. A caminhada no jornalismo ganhou mais força com a fundação do jornal O Momento, seguida da sua eleição para a Câmara Federal pelo PCB, como suplente do baiano Carlos Marighela.

Com o fechamento do partido, João Falcão se-guiu para a militância clandestina no Rio de Janeiro. Lá, cuidou da segurança de Luiz Carlos Prestes, em cuja biografia vinha trabalhando nos últimos meses antes de falecer.

De volta a Salvador em 1950, ingressa no mer-cado imobiliário e constrói o Edifício Antônio Ferreira, na Rua Chile, com projeto de Oscar Niemeyer.

A volta à vida pública vem em 1954, com a elei-ção para deputado federal pelo PTB. Esse seria seu

último mandato, já que funda o Jornal da Bahia em 1958, do qual esteve à frente até 1983, quando o endi-vidamento causado pela fuga de anunciantes durante o governo ACM venceu a batalha contra o diário. Na sua redação, foram formados ícones do jornalismo baiano, a exemplo de Florisvaldo Mattos, João Carlos Teixeira Gomes, Wilter Santiago, Flávio Costa e Glauber Rocha. Paralelamente, foi proprietário do Banco Baia-no da Produção S.A. e da João Falcão Urbanizadora Ltda., além de ter ocupado a presidência do Banco de Desenvolvimento da Bahia.

João Falcão nunca abandonou as letras e, em 1988, publicou o livro de memórias “O Partido Comu-nista que eu conheci”. Depois disso, escreveu “A vida de João Marinho Falcão – Vitória de uma vida de tra-balho”, onde narra a história do pai, “O Brasil e a 2ª Guerra Mundial”, “Não deixe esta chama se apagar – História do Jornal da Bahia” e, por último, sua auto-biografia, “Valeu a pena”.

O jornalista foi internado no Hospital Português no dia 25-7 e morreu dois dias depois, vítima de fa-lência múltipla dos órgãos. Falcão era casado com Hyldeth Ferreira Falcão e deixou sete filhos, 21 netos e 11 bisnetos.

era (ou e) assim... Na nação tibetana, há vários rituais funerários:

celestial, na água, cremação, enterro no solo ou em estupa – monumento funerário de pedra –, de acordo com o status financeiro e social do morto e de sua fa-mília. A prática celestial é a mais comum. O corpo é envolto em tecido branco e depois colocado num canto por três a cinco dias. Um dia propício é escolhido para que ele seja desnudado e enrolado em um cobertor de lã chamado “phula”, sendo levado depois para uma plataforma de pedra fora da cidade. Uma fogueira de pinho e cipreste é feita para que haja bastante fumaça, que serve de convite aos abutres sagrados.

O corpo é dissecado pelas costas, em vários e pequenos pedaços. Os ossos são esfarelados e mistu-rados com manteiga, formando uma bola, que é jogada aos abutres antes dos pedaços de carne. Este ritual é realizado para que a alma se liberte.

deixaram saudade (ou não)...29-7 – Vincent van Gogh, pintor holandês (1890);

Mussum, músico e humorista brasileiro (1994); Her-bert Marcuse, filósofo alemão (1979)

30-7 – Papa Bento I (579); Luís da Câmara Cascudo, escritor e folclorista brasileiro (1986); Luís Cristóvão dos Santos, escritor, folclorista e jornalista brasileiro (1997)

31-7 – Dom João V, rei de Portugal (1750); Ba-sílio da Gama, poeta luso-brasileiro (1795)

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Agosto de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 5 39529

1º-8 – Murilo Araújo, poeta brasileiro (1980); Norbert Elias, sociólogo alemão (1990)

2-8 – Luiz Gonzaga, músico brasileiro (1989); Paulinho Nogueira, compositor brasileiro (2003)

3-8 – Políbio Gomes dos Santos, poeta portu-guês (1939); Linneu Dias, ator, cineasta, dramaturgo e escritor brasileiro (2002)

4-8 – Anita Garibaldi, companheira do revolu-cionário Giuseppe Garibaldi (1849); Washington Luís, presidente do Brasil (1957)

O SR. JOÃO ANANIAS (Bloco/PCdoB-CE. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente Deputado Luiz Couto, Sras. e Srs. Deputados, quero rapidamente pedir que seja considerado lido meu pronunciamento sobre um projeto que apresentei, o Projeto de Lei nº 1.826, que propõe o Dia Nacional da Planta Medicinal.

Pode ser que para alguns seja, assim, algo muito bobo criar-se o Dia da Planta Medicinal, mas faço a proposta com o intuito de fazer uma homenagem ao Prof. Abreu Matos, da Universidade Federal do Ceará, um dos grandes cientistas do País em pesquisas de plantas medicinais, de fitoterápicos. O dia 21 de maio é o dia do seu nascimento. Então, estou propondo que essa data, 21 de maio, seja o Dia da Planta Medicinal.

O Prof. Abreu Matos foi o criador dos hortos me-dicinais, das farmácias vivas, que implantou no Brasil todo, e eu tenho aqui o prazer e a honra de homena-geá-lo com esse projeto de lei, também para que seja discutido e aproveitado, no sentido de que sirva para trazer à baila a discussão das plantas medicinais. Uti-lizá-las era comum entre nossos ancestrais, mas nós as abandonamos. As multinacionais de medicamen-tos tomaram conta do setor e deixamos de lado esse hábito, um hábito que o próprio Ministério da Saúde recomenda.

E aqui eu parabenizo os dirigentes do Ministério, que, na gestão dos dois últimos Ministros, de Temporão e agora de Padilha, vêm dando todo o apoio à retoma-da da fitoterapia e das plantas medicinais.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, apresentei o Projeto de Lei nº 1.826/2011, que propõe instituir o Dia Nacional da Planta Medicinal, a ser comemorado no dia 21 de maio de cada ano.

Esse dia não foi escolhido ao acaso, e sim por ser a data de nascimento do Prof. Abreu Matos, da Universidade Federal do Ceará, sem dúvida um dos maiores pesquisadores em plantas medicinais do Brasil.

O Prof. Matos, infelizmente, morreu no ano de 2009, deixando grande lacuna nessa área, à qual de-

dicou toda a sua vida, pesquisando e comprovando de forma científica o efeito terapêutico e a segurança de muitas plantas medicinais, sendo reconhecido não só em nosso País mas também no exterior. Ele implantou o Projeto Farmácia Vivas, que foi criado por ele, além de hortos medicinais de ervas tóxicas e aromáticas na Universidade Federal do Ceará.

Nossa intenção, ao apresentar esse projeto de lei, além de prestar uma justa homenagem ao grande mestre Prof. Matos, é também trazer à baila o debate das plantas medicinais, por sua importância, haja visto que seu uso não tem recebido apoio para se expandir mais por este imenso Brasil, apesar de essa ter sido uma prática dos nossos ancestrais e ter custo baixíssi-mo, e, portanto, ser de fácil acesso pela população de baixa renda neste nosso Brasil de tamanha diversidade.

Existem interesses econômicos potentes da in-dústria farmacêutica e de multinacionais da área, que se utilizam de muitas plantas medicinais e outros re-cursos naturais para produzir fármacos que depois são vendidos a preços inacessíveis ao nosso povo. E faço uma referência positiva ao Ministério da Saúde, que a partir de 2006, por meio da Portaria nº 971, que recomendou a implementação de ações e serviços da fitoterapia e plantas medicinais como componentes da política nacional de práticas integrativas e complemen-tares para o SUS. Nesse mesmo ano foi aprovada a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicas por meio do Decreto nº 5.813.

Em 2007, o Ministério da Saúde, com a Portaria nº 3.237, incluiu alguns fitoterápicos no elenco de refe-rência de medicamentos da atenção básica em saúde, e em 2010 foi instituído o Programa Farmácia Viva, no âmbito do SUS, pela Portaria nº 886. Esse programa foi inspirado no projeto desenvolvido pelo Prof. Abreu Matos, que implantou várias farmácias vivas por todo o Estado do Ceará como forma de ampliar o acesso aos medicamentos de baixo custo.

Tenho a absoluta certeza de que o Ministro Pa-dilha, pelo compromisso com o SUS e com o povo brasileiro, não só dará continuidade a essa política já iniciada pelo Ministério como potencializará ainda mais a política das plantas medicinais e fitoterápicas como um dos eixos da assistência farmacêutica aos brasileiros.

Sr. Presidente, peço que meu pronunciamento conste dos Anais desta Casa.

Era só.O SR. MARLLOS SAMPAIO (PMDB-PI. Sem

revisão do orador.) – Sr. Presidente, quero fazer um pronunciamento desta tribuna para que o povo do meu Estado, o Piauí, dele tome conhecimento. Gostaria tam-

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39530 Sexta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2011

bém que fosse divulgado no programa A Voz do Bra-sil e nos demais órgãos de comunicação desta Casa.

Foi confirmada hoje para o dia 29 de agosto, o que muito nos alegra, a visita do Ministro da Previdência Social, Senador Garibaldi Alves, para inaugurar duas agências do INSS, nas cidades de Pedro II e em União.

No final do dia o Sr. Ministro Garibaldi estará com a sua equipe técnica em Teresina, na Capital do Piauí, para debater os empréstimos consignados, tema pelo qual venho lutando nesta Casa em favor dos idosos.

Nós estamos satisfeitos, porque S.Exa. já comu-nicou que vai iniciar uma campanha publicitária, logo que possível, em favor dos aposentados do Piauí, em face desse mal, dessas armadilhas que estão por trás dos empréstimos consignados, que vêm lesando milhares de aposentados em suas rendas com des-contos indevidos.

Então, fica o pedido de que o meu pronuncia-mento seja divulgado para que o povo do Piauí dele tenha conhecimento.

Muito obrigado.O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Obrigado,

Deputado Marllos Sampaio.O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Com a pala-

vra Deputado Fernando Marroni, do PT do Rio Grande do Sul. S.Exa. dispõe de até 1 minuto.

O SR. FERNANDO MARRONI (PT-RS. Sem revi-são do orador.) – Sr. Presidente, queria registrar nesta Casa que eu, como militante que fui do movimento uni-versitário brasileiro em defesa da universidade pública, das universidades federais, vejo com muita satisfação e registro nesta Casa um dado colhido em pesquisa feita pela ANDIFES, a Associação Nacional dos Rei-tores das Universidades Federais: 43% dos jovens que estão nas universidades brasileiras federais são da classe C, D e E.

Isso é muito importante, Deputada Janete Rocha Pietá, Deputado Amauri Teixeira. Foi uma luta histórica a que travamos neste País contra a privatização das universidades, contra o sucateamento das universida-des, e o Presidente Lula, nos 8 anos do seu Governo, deu-lhes um impulso enorme, que vem sendo mantido no Governo da Presidenta Dilma Rousseff.

Nós vamos superar esse indicador tão triste para o Brasil que é o de ter poucos jovens no ensino superior.

O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Obrigado, Deputado Fernando Marroni.

PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, aqueles que nos assistem, a Associação Nacional dos Diri-gentes das Instituições Federais de Ensino Superior

– ANDIFES publica hoje uma abrangente pesquisa so-bre o perfil dos estudantes das universidades federais brasileiras, e a boa notícia é a de que, conforme esse estudo, cerca de 43% dos alunos nas salas de aula das nossas universidades são das classes C, D e E.

Essa é uma notícia importante, uma vez que mostra o resultado do empenho do Governo Federal nos últimos anos para democratizar o acesso ao en-sino, ampliando-o para as camadas da população que possuem menor renda. Esse objetivo, traçado pelo ex--Presidente Lula como uma das formas de promover a justiça social no Brasil e possibilitar a ascensão social de milhões de famílias, vem sendo concretizado gra-dativamente, e agora, sob o mandato da Presidenta Dilma Rousseff, continua evoluindo com firmeza.

Prova de que esse maior acesso das classes C, D e E ao ensino superior público na última década é resultado de uma política planejada de democratização da educação é o fato de que o maior número de alunos de baixa renda nas universidades está nas Regiões Norte e Nordeste do País, justamente aquelas onde sempre houve um abandono histórico de investimentos em popularização dos cursos superiores. Nos Estados do Norte o percentual de estudantes dessas classes é de 69%, enquanto no Nordeste chega a 53%. Além disso, cerca de 15% são alunos pesquisados são be-neficiários de programas que custeiam total ou parcial-mente a alimentação, e um em cada 10 recebe bolsa de permanência.

Os dados da ANDIFES, com base em pesquisa realizada com 22 mil alunos de cursos presenciais de todo o Brasil, mostram uma correção nos rumos das universidades federais brasileiras, que durante décadas serviram a um propósito totalmente contrário àquele para o qual foram criadas. Enquanto milhões de estu-dantes mais pobres deste País sonhavam com a pos-sibilidade de cursar uma faculdade, eram as famílias com maior renda que viam seus filhos matriculados nos cursos superiores das universidades públicas, visto que saíam de escolas particulares e cursinhos mais preparados para vestibulares amplamente excludentes. Isso está mudando graças a projetos governamentais de melhora dos ensinos básico e médio nas escolas públicas e principalmente políticas afirmativas de au-mento de vagas e acesso às universidades, por meio de programas federais como o PROUNI, por exemplo.

Entretanto, apesar dessa boa notícia da popula-rização do ensino superior entre as classes de menor renda, outro dado da pesquisa deve ser alvo de atenção do Governo e de todos nós representantes políticos da sociedade: faculdades mais concorridas como as de medicina, direito e engenharia infelizmente ainda recebem poucos alunos das classes C, D e E. Dessa

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minoria, ainda há cerca de 12% de trancamento das matrículas dos alunos devido a dificuldades financeiras, especialmente para custear questões relacionadas à compra de materiais.

É preciso que se atente para essas dificuldades de acesso de alunos de classes menos favorecidas a essas áreas, porque dentre os desafios mais impor-tantes que o Brasil ainda enfrenta está a necessidade de atendimento qualificado em saúde e também falta de engenheiros qualificados nas mais diversas áreas de tecnologia nas quais o País avança a passos largos.

Portanto, Sr. Presidente, aproveito esta oportu-nidade para divulgar esta grande notícia: as famílias com menor renda estão cada vez mais tendo acesso à universidade. Mesmo assim, sabemos que essa é apenas uma parte do desafio que o Brasil se impôs e está sabendo enfrentar. Precisamos continuar com firmeza no rumo de um ensino mais democrático, ca-paz de fazer com que todos os cidadãos deste País tenham oportunidades iguais de desenvolvimento hu-mano e ascensão social.

Muito obrigado, Sr. Presidente.O SR. DARCÍSIO PERONDI (PMDB-RS. Sem

revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. De-putados, quero aqui fazer um elogio à Presidenta Dil-ma Rousseff, meu caro Deputado Amauri Teixeira. Ela soltou o Plano Brasil Maior, para estimular a indústria, enfrentando alguns gargalos que a nossa indústria tem, e isso é positivo, é elogiável. O setor de software foi um dos setores beneficiados; o setor de calçados foi beneficiado com uma desoneração que vai ser peque-na. Gostei da moderação, que não será para todos, só para quatro setores.

E hoje abriu-se mais o pacote do Plano Brasil Maior. Aí eu fiquei surpreso: de novo, um benefício, um subsídio prolongado para as montadoras, que na maioria são multinacionais. E não há aqui nenhuma xenofobia.

Haverá aumento do imposto do cigarro, o que é bom. E fala-se num outro imposto para enfrentar o custo desse pacote, que vai ser de bilhões de reais.

Ouvi o Ministro Mantega dizer que é para proteger o emprego. Quero ver! Então, quero lembrar o Ministro Mantega: é o setor da saúde que gera emprego forte e rapidamente. Somos quase 10% do PIB, mais de R$300 bilhões – e é um setor em crise. Se se faz esse pacote para a indústria porque ela está em crise, que-ro lembrar que a área da saúde está quase morrendo.

Então, Ministro Mantega, pense, estude, analise bem o impacto do dinheiro na saúde e no emprego e leve para Dilma uma alternativa.

O SR. DR. UBIALI (Bloco/PSB-SP. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. De-

putados, na qualidade de Vice-Presidente da Frente Parlamentar em Defesa do Setor Coureiro-Calçadista, tive a oportunidade de agradecer à Presidenta Dilma Rousseff pelo atendimento aos nossos pedidos de desoneração da folha do setor coureiro-calçadista e pela implantação do REINTEGRA, programa que irá devolver tributos a empresas exportadoras de forma mais ágil e controlada eletronicamente.

Entretanto, cumprindo meu papel parlamentar de defender os interesses de minha região, especial-mente de minha cidade de Franca, onde a economia é baseada no setor calçadista e de serviços, constitu-ído, em sua maioria, por pequenas empresas, quero destacar que a desoneração da folha deve ser esten-dida a outros setores, principalmente ao de máquinas e implementos.

Esse setor, Sr. Presidente, passa por um rápido processo de desindustrialização e nós sabemos que um país somente será forte e soberano se tiver uma industria de máquinas e implementos forte.

Portanto, é urgente que haja também para esse setor a desoneração da folha de pagamento e medi-das que nos ajudem a preservar o mercado interno e a equilibrar o câmbio em valores mais realistas.

Há necessidade urgente de que votemos e apro-vemos a ampliação do teto do SIMPLES Nacional porque sabemos que o projeto está pronto para vir a plenário.

É fundamental que as medidas anunciadas no Plano Brasil Maior para a defesa comercial, que in-cluem combate à pirataria e adoção de medidas anti-dumping, que evitam o subfaturamento, sejam rápida e prontamente implementadas.

Sem isso, Srs. Deputados, não conseguiremos o Brasil que queremos e precisamos para vivermos bem e melhor.

Obrigado.A SRA. JANETE ROCHA PIETÁ (PT-SP.) – Sr.

Presidente, Sras. e Srs. Deputados, principalmente nos-sas queridas Deputadas Janete Capiberibe e Rosane Ferreira, quero dizer que ontem, Presidente Luiz Cou-to, na Comissão de Direitos Humanos, aprovamos, por minha iniciativa, uma moção de solidariedade ao povo da Noruega pelos trágicos acontecimentos ocorridos naquele país, onde a democracia tem sido um exem-plo. Esse fato faz com que recordemos os momentos terríveis do nazismo, do fascismo e da xenofobia.

O que é xenofobia? É não permitir que os es-trangeiros sejam respeitados no país. O Brasil sempre aceitou pessoas de todos os países.

Portanto, nós, da Comissão de Direitos Huma-nos, expressamos a nossa solidariedade por aquele trágico fato ocorrido na Noruega, em que quase uma

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centena de jovens perderam a vida. Nós, da Comissão dos Direitos Humanos, lutamos não só pelos direitos humanos aqui no Brasil, mas em todo o mundo.

Quero convocar todos os que lutam pela soli-dariedade internacional para nos acompanhar nessa moção de solidariedade e repúdio na Embaixada da Noruega. A Presidente Manuela D’Ávila, como V.Exa., aprovaram essa moção. Nós, da Comissão dos Direi-tos Humanos, em solidariedade à Noruega, estamos lutando por um mundo de paz.

À tarde, será concluído no Ministério da Justiça o seminário em comemoração aos 5 anos da Lei Ma-ria da Penha. Espero que todos, inclusive o Deputado Amauri Teixeira, nosso amigo nas lutas das mulheres, estejam conosco em mais essa luta para que a Lei Maria da Penha seja, de fato, cumprida.

Muito obrigada, Sr. Presidente.O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Quero para-

benizá-la, Deputada Janete Rocha Pietá, pela moção que V.Exa. apresentou e que foi aprovada por unanimi-dade. O terrorista age movido por duas coisas: brutalida-de e burrice. Não sabe que não é através da violência, mas através do diálogo que o ser humano consegue fazer com que se construa uma cultura de paz. V.Exa. tem toda razão ao dizer que nós queremos construir essa cultura de paz e não uma cultura de violência.

O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Concedo a palavra ao Deputado Edinho Bez, do PMDB de Santa Catarina. S.Exa. dispõe do tempo regimental.

O SR. EDINHO BEZ (PMDB-SC. Sem revisão do orador.) – Obrigado, caro Presidente, Deputado Luiz Couto.

Aproveito para cumprimentá-lo e parabenizá-lo porque hoje é o Dia do Padre. Tenho muitos amigos religiosos, por minha formação, por minha família e meus princípios. Tenho uma ligação forte com os bis-pos, com os padres, de todas as Igrejas. Sem sombra de dúvida, hoje me sinto no dever de usar a tribuna e fazer este registro, por quem tem tanto colaborado para o equilíbrio da sociedade.

Em todos os anos, o mês de agosto é, para os católicos, o mês das vocações. A cada domingo se reflete sobre a vocação do padre, do pai, sobre a vida religiosa, sobre a vocação do leigo e do catequista.

O primeiro domingo é dedicado ao Dia do Padre por causa da celebração da memória de São João Ma-ria Vianey, celebrada hoje, dia 4 de agosto. Devemos lembrar a importante e decisiva missão do sacerdote na vida da Igreja e na celebração dos sacramentos.

O padre está em todo o tempo e lugar, de maneira verdadeira, a serviço do povo e da comunidade, princi-palmente entre os mais pobres e humildes, anunciando a boa nova do Evangelho, administrando os sacramentos.

Sabe-se que no dia a dia as dificuldades do mi-nistério sacerdotal se avolumam, com a transformação galopante da sociedade moderna. Nas diversas pasto-rais, a comunidade deve atuar em parceria com todos os padres. Eles são fundamentais para que o trabalho evangelizador dos leigos a serviço das comunidades e das famílias se realize plenamente.

Por tudo isso é que não se deve deixar de ma-nifestar a gratidão de todos os católicos, estendendo a toda a população, aos nossos queridíssimos sacer-dotes. Rezemos, no Dia do Padre, para que eles se mantenham fiéis à missão.

Cumprimento todos os padres do Brasil e do mundo, em nome do nosso amigo e companheiro o Deputado Padre Luiz Couto. Cumprimento, ainda, com a aquiescência de todos, o Bispo de Tubarão, cidade onde resido, Santa Catarina, Dom Wilson Tadeu Jönck, e o Bispo Dom Jacinto Inácio Flack, da Diocese de Cri-ciúma, Santa Catarina, que, juntamente com o Padre Eloir Borges, participaram nesta manhã do Encontro das Dioceses de Criciúma/Tubarão, na Lagoa dos Es-teves, celebrando este Dia do Padre com missa e um almoço festivo. Estes cumprimentos são extensivos a todos os padres catarinenses.

Encerro, lembrando que me relaciono com inúme-ros padres, da minha infância até hoje, e muito aprendi com esta convivência, incentivado pelos meus pais. Além da pregação de fé, os padres têm muito ajudado o equilíbrio de nossa sociedade.

Muito obrigado.O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Agradeço

ao Deputado Edinho Bez. O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Passamos,

no Pequeno Expediente, ao período de 5 minutos. A primeira inscrita é a Deputada Janete Capibe-

ribe, do PSB do Amapá. A SRA. JANETE CAPIBERIBE (Bloco/PSB-AP.

Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares, é com enorme alegria que volto à tribuna desta Casa de Leis, escolhida e eleita pelo povo do meu Estado, o Amapá, e faço registros, neste breve discurso, sobre algumas ações do Governo do Amapá, do Governador Camilo Capiberibe e de sua Vice, Dora, iniciado em 1º de janeiro.

Muito já foi feito neste pequeno espaço de tempo. Sabemos que há muito por fazer, para recuperarmos 8 anos de omissão e atingirmos a qualidade nos serviços públicos, para atender com dignidade os cidadãos e cida-dãs do Amapá, que confiam neste Governo de mudança.

Essa disposição de trabalhar com honestidade, transparência e competência se vê no Governador Camilo, na sua Vice, Dora, no Secretariado, e em toda a sua equipe.

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É muito importante, Sr. Presidente, registrar que as parcerias com o Governo da Presidenta Dilma, do qual somos parte da base de apoio, deixarão, com cer-teza, um saldo altamente positivo para a população de nosso Estado, principalmente a que mais precisa ser incluída nas políticas públicas de governo.

O Governo do Amapá mostra seu compromisso com o desenvolvimento e a gestão republicana. Está repassando às Prefeituras os recursos das contrapar-tidas dos convênios com o Governo Federal. Serão investidos mais de 150 milhões de reais em obras no Estado.

Retomou obras paralisadas e iniciou a constru-ção de novas, como o Hospital de Santana, no segun-do maior Município do Estado; a Cidade do Samba; o Estádio Zerão, um dos poucos estádios no mundo, acredito, Deputada Janete Pietá, em que a divisão do campo é feita na latitude zero do Equador. Ele se situa em Macapá, e seu endereço é muito lindo: Linha do Equador, esquina com o Rio Amazonas.

O Governador ainda retomou obras paralisadas e iniciou obras como a Avenida Tancredo Neves, impor-tante obra, porque atravessa a cidade de Macapá de norte a sul – ela foi retomada e, em breve, será inau-gurada; a reforma e ampliação do Instituto Penitenci-ário do Amapá – IAPEN e a construção de um novo presídio. O Governo da Presidenta Dilma, através do Ministério da Justiça, do SENASP, não acenou com essa possibilidade; ela já é uma possibilidade con-creta, e essa parceria entre o Governo do Estado e o Governo Federal vai proporcionar a geração de mui-tos empregos para trabalhadores da construção civil e também uma acomodação cidadã para aqueles que se encontram privados de liberdade.

Iniciou a obra do Hospital do Oiapoque, extremo norte do Amapá, a UTI Neonatal da Maternidade Mãe Luzia, abriu novos leitos hospitalares na Capital e no interior, realizou a reforma e a construção de salas de aula nas escolas antes do início do ano letivo, a cons-trução da sede do Corpo de Bombeiros no Município de Oiapoque, na fronteira, a primeira etapa da Rodo-via Norte-Sul. Retomou as obras de saneamento do PAC, nas quais o Amapá tinha o pior desempenho do País, com menos de 5% de execução, e que estavam emperradas por falta de prestação de contas.

A ação do Governo do Estado e a confiança do setor produtivo fizeram os empregos no Amapá cresce-rem a taxas duas vezes maior do que a média nacional.

A BR-156, fundamental para a integração e o desenvolvimento do Estado, foi retomada. Poderia es-tar concluída, mas se arrastava há anos e agora está efetivamente retomada.

O Governo iniciou a recuperação da Companhia de Eletricidade do Amapá, cuja insolvência ameaça-va a concessão como distribuidora, e pagou à ELE-TRONORTE 22 milhões de reais, em contrapartida ao Programa Luz para Todos, que levará energia para 19 mil Municípios.

Sr. Presidente, eu vou encerrar esta minha fala, mas quero fazer um registro desta tribuna. É o meu primeiro registro sobre a ação do Governo do Estado do Amapá. O tempo que temos nesta Casa é sem-pre curto para falarmos do que está acontecendo no Amapá, com as parcerias entre o Governo Federal, o Governo Estadual e as Prefeituras.

Solicito que este meu discurso seja publicado nos órgãos de comunicação da Casa.

Muito obrigada. O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – V.Exa. será

atendida, nos termos regimentais. Aproveito para parabenizá-la pelo retorno a esta

Casa. V.Exa. teve a aprovação por parte do eleitora-do, que a elegeu Deputada Federal, e tem uma luta incessante contra as violações dos direitos humanos e do meio ambiente.

Parabéns a V.Exa.

PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELA ORADORA

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, registro, num discurso breve, algumas ações do novo Gover-no do Amapá, do Governador Camilo Capiberibe e da Vice-Governadora Dora, iniciado em 1º de janeiro.

Muito já foi feito. Sabemos que há muito por fazer para recuperarmos os 8 anos de omissão e atingirmos a qualidade nos serviços públicos para atender com dignidade os cidadãos e cidadãs do Amapá, que con-fiam neste Governo de mudança.

Esta disposição de trabalhar com honestidade, transparência e competência se vê no Governador Camilo, na sua Vice, Dora, no Secretariado e em toda a equipe.

A ação do Governo do Estado e a confiança do setor produtivo fizeram os empregos no Amapá cresce-rem em taxa duas vezes maior que a média nacional.

A BR-156, fundamental para a integração e o de-senvolvimento, foi retomada. Poderia estar concluída, mas se arrastava há anos.

O Governo iniciou a recuperação da Companhia de Eletricidade do Amapá, cuja insolvência ameaçava a concessão como distribuidora, e pagou à ELETRO-NORTE R$22 milhões de contrapartida ao Programa Luz para Todos, que levará energia para 19 mil domi-cílios. Amanhã o Governador estará fazendo o lança-mento do projeto de 512 moradias, obras do PAC, do Governo Federal.

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Retomou acordos não cumpridos no passado, como os R$2,238 milhões ao Ministério Público Es-tadual, em atraso desde 2009, para o reajuste aos servidores. Outras dívidas, como com a AMPREV, instituto previdenciário dos servidores, e com o INSS, começam a ser saneadas.

Desde quando era Deputado Estadual, o Go-vernador Camilo se empenha para levar Internet com qualidade e baixo preço ao Amapá. No início do ano, conseguiu incluir o Estado no Plano Nacional de Banda Larga. Com recursos e mobilização do Governo, que incentivou a participação da bancada federal, o serviço deverá chegar ao Amapá dois anos antes do previsto.

O Governo retomou o diálogo com as parteiras tradicionais, recebidas no Palácio pelo Governador, pela Primeira-Dama e Secretários. Trouxe-as à Mar-cha Nacional. A Secretaria de Inclusão e Mobilização Social trabalha para resgatar o seu saber e para incluí--las no serviço público.

O Governador Camilo vem se reunindo com a bancada federal, uma aproximação institucional im-portante, construída desde que foi eleito, para somar aliados que queiram promover o desenvolvimento do Amapá, a implantação de políticas públicas eficientes e a cidadania da população amapaense.

O Governo do Estado mostra seu compromisso com o desenvolvimento e com a gestão republicana. Está repassando às Prefeituras os recursos das con-trapartidas aos convênios com o Governo Federal. Serão mais de R$150 milhões para investir em obras no Estado.

Retomou obras paralisadas e iniciou a construção de novas, como o Hospital de Santana, a Cidade do Samba, o Estádio Zerão, a Avenida Tancredo Neves, a reforma e ampliação do IAPEN, a construção de um novo presídio, o Hospital do Oiapoque, a UTI Neona-tal da Maternidade Mãe Luzia, a abertura de novos leitos hospitalares na Capital e no interior, a reforma e a construção de salas de aula nas escolas antes do início do ano letivo, a construção da sede do Corpo de Bombeiros no Oiapoque, a primeira etapa da Rodovia Norte-Sul. Retomou as obras de saneamento do PAC, nas quais o Amapá tinha o pior desempenho do País, com menos de 5% de execução, e que estavam em-perradas por falta de prestação de contas.

Sr. Presidente, voltarei mais vezes para relatar o novo tempo que está sendo construído no Amapá.

Peço a divulgação nos órgãos de comunicação desta Casa.

Muito obrigada.O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Com a palavra

o próximo orador inscrito, Deputado Zequinha Marinho.

O SR. ZEQUINHA MARINHO (PSC-PA. Sem re-visão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Depu-tados, quero cumprimentar os nobres colegas desta Casa pelo retorno neste segundo semestre, desejando a todos um bom trabalho.

Claro que hoje é quinta-feira e muita gente já está na estrada. Mas eu gostaria de repercutir o lançamento de duas frentes parlamentares, nesta Casa, ocorridos hoje pela manhã, no Plenário 2: a Frente Parlamentar pela Criação do Estado do Carajás e a Frente Parla-mentar pela Criação do Estado do Tapajós.

Estiveram presentes Vereadores, Prefeitos, lide-ranças empresariais e gente do povo: a Prefeita Ma-ria Ribeiro, da cidade de Palestina; o Prefeito Geraldo Bila, de Brejo Grande do Araguaia; o Prefeito Danilo Miranda, de Trairão; o Prefeito Aparecido, de Rurópolis; a Prefeita Maria do Carmo e uma grande caravana de Vereadores do Município de Santarém, oeste do Pará; o Prefeito Jeová, da cidade de Santana do Araguaia; a Vice-Prefeita Wanda Aquino e boa parte dos Vere-adores de Conceição do Araguaia; os Vereadores de Parauapebas; o Prefeito Luciano Guedes; o Presidente da AMAT e o Prefeito de Pau D’arco; uma boa caravana de Vereadores de Marabá; o Prefeito Dino, de Jacundá; o Vereador Júnior, de Tucumã; e os Prefeitos de Aveiro, Jacareacanga e Itupiranga.

No primeiro semestre esta Casa, assim como o Senado Federal, aprovaram duas consultas plebisci-tárias no Estado do Pará para a criação do Estado do Tapajós e do Estado do Carajás. Tapajós, nas regiões oeste e sudoeste, e Carajás, nas regiões sul e sudeste.

O maior anseio das populações dessas duas grandes regiões é ter um Governo perto. Ao longo de quase 4 séculos, a população luta para sobreviver.

O Pará é um Estado potencialmente extraordi-nário. Mas o Governo fica à beira do Atlântico, longe, como é comum no Brasil, que foi povoado a partir do litoral. O interior ficou desprovido.

O Estado do Pará tem 1 milhão e 248 mil quilô-metros quadrados. Naturalmente, já são três Estados. A companhia telefônica joga o código regional para um lado e para o outro. Por conta própria, fez essa separação para viabilizar administrativa e tecnologi-camente seu trabalho.

Neste momento, a população, fortalecida pela apro-vação dos dois projetos nesta Casa e no Senado Fede-ral, está se embalando para trabalhar a consulta que vai ocorrer no dia 11 de dezembro deste ano, se Deus quiser!

Muitas coisas estão acontecendo. Há muita de-sinformação, principalmente na Região Norte, onde muitas pessoas acham que a criação desses dois novos Estados vai prejudicar o Estado-mãe, e assim sucessivamente.

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Na verdade, esse é um dos poucos negócios que já vi na vida que é bom para todos os lados, principal-mente para a Região Norte e para o Pará, ou para o novo Pará, porque é uma região de população nume-rosa, que está com a infraestrutura pronta: as univer-sidades estão todas lá, há porto e aeroporto, tudo está asfaltado, há energia e comunicação. Além de tudo, vai concentrar grande arrecadação para o Estado.

Então, as duas frentes parlamentares lançadas hoje, para conhecimento desta Casa, trabalharão de forma amiga, parceira, companheira, mostrando a im-portância e a necessidade de se avaliar hoje toda essa situação, para que a população, no dia 11 de dezembro, possa votar com consciência, tranquilidade, sabendo o que está fazendo.

Trata-se de um processo, primeiro, legal; segundo, muito transparente; e, por fim, extremamente positivo para todas as populações do Estado do Pará.

De forma que trazemos esta boa notícia, dizendo a todo o povo paraense que este é o momento de um bom e grande debate sobre a qualidade de vida, sobre a presença efetiva de governo ou não, sobre o que falta e sobre o aparelho estatal, sua presença ou ausência.

Teremos um debate muito saudável e desapai-xonado, porque temos que trabalhar pela inteligência, pelo raciocínio e pela lógica das coisas.

O desenho geopolítico do Pará tem mais de 400 anos. Naquele tempo havia menos de 100 pessoas na região. Hoje quase 8 milhões de pessoas habitam o Estado, que é muito grande e enfrenta dificuldades, carências, muita coisa que precisa ser avaliada e dis-cutida neste momento.

Portanto, estamos muito felizes por poder propor-cionar à sociedade paraense um debate muito impor-tante, que tem a ver diretamente com sua vida, com o que ela deseja.

Sr. Presidente, muito obrigado pela complacência.O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Nós temos

um problema: há Parlamentares inscritos para Comu-nicação de Liderança que precisam viajar.

Vou conceder a palavra à Deputada Íris de Araújo, primeira inscrita, e, em seguida, ao Parlamentar que precisa viajar.

Com a palavra a Deputada Íris de Araújo, pelo PMDB. S.Exa. dispõe de 9 minutos.

A SRA. ÍRIS DE ARAÚJO (PMDB-GO. Como Lí-der. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, um olhar mais amplo a respeito dos dilemas e dos desafios que fundamentam hoje a socie-dade brasileira vai necessariamente nos colocar frente a frente com a realidade da escola e com os caminhos trilhados pelo sistema educacional.

Abordo o tema em meio à crise ética que persis-te no País para tocar no coração de outro drama de proporções ainda mais gigantescas: aquele que, nes-ta metade do ano de 2011, formata o comportamento das novas gerações e também indica os desvios da formação familiar.

Levantamento a que recentemente o jornal O Es-tado de S.Paulo teve acesso evidencia um pouco da essência dessa realidade que revela ao País os cons-trangimentos e as dores que fazem parte do cotidiano das instituições educacionais.

De acordo com a reportagem publicada na se-gunda-feira, 1º de agosto, cerca de 62% das escolas estaduais de São Paulo registraram, durante o ano passado, situações diversas de violência dentro do ambiente escolar, de acordo com relatos dos próprios diretores. São roubos, depredações, pichações, vio-lência contra alunos, professores e funcionários e até briga entre estudantes.

É lógico que esse é um cenário comum em todo o País, que causa enorme preocupação e que exige das autoridades o máximo de empenho para debelar um perigoso ingrediente que mescla diferentes formas de violência e constrangimentos morais: ofender, hu-milhar, “zoar”, bater e excluir. Infelizmente a escola e a universidade, nos diferentes Estados do País, conjugam todos os dias esses verbos, transformados num tipo de comportamento que faz da vida de muitos alunos um verdadeiro inferno.

O bullying se tornou um fenômeno mundial, mas no Brasil começa a assumir proporções de descontro-le, e seu combate é decisivo para o enfrentamento da violência escolar. Essa violência se dirige, em especial, contra aqueles que ocupam lugar de autoridade, como os professores, e também contra estudantes que se encontram em situação de fragilidade. A incapacidade de muitas crianças e jovens de lidar com a autoridade, as frustrações pessoais e a desestruturação familiar contribui para forjar um ambiente educacional explosivo.

As situações são potencializadas pelo impulso que as drogas costumam dar a uma atitude transgres-sora, ainda mais no momento em que o Brasil enfrenta uma epidemia no que se refere ao consumo de crack, principalmente entre a juventude. E assumem cada vez mais papel de destaque os distúrbios mentais, que podem gerar tragédias de grande dimensão, como foi o massacre de Realengo, o assassinato em massa ocorrido em 7 de abril deste ano na Escola Municipal Tasso da Silveira, no Rio.

Sr. Presidente, outro fato que repercute até hoje e é objeto de inúmeras manifestações na Internet refere--se ao dramático assassinato do Prof. Kássio Vinícius Castro Gomes. Ele foi barbaramente esfaqueado por

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39536 Sexta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2011

um aluno na noite de 7 de dezembro de 2010 dentro de uma faculdade particular de Belo Horizonte.

O professor tinha apenas 39 anos e dava aula no curso de Educação Física no Instituto Metodista Izabela Hendrix, na região centro-sul de Belo Hori-zonte, conforme informou reportagem do Portal G1, de Minas Gerais.

O estudante Amilton Loyola Caires, de 23 anos, confessou que matou o professor, que era casado e deixou dois filhos. O agressor disse em depoimento que entrou com a faca escondida na mochila e que pretendia apenas intimidar o professor.

O fato levou o professor universitário, advogado e doutor em Direito Igor Pantuzza Wildmann a publicar o artigo e manifesto Eu acuso (tributo a professor morto por aluno), hoje uma das peças mais difundidas na Internet.

Gostaria, portanto, de reproduzir algumas das re-flexões feitas por essa autoridade que, creio, sintetiza o pensamento de milhares de brasileiros que batalham contra a violência e essa estranha e maligna cultura que está sendo fabricada em nossas estruturas educacionais.

Segundo ele, “estamos criando gerações em que uma parcela considerável de nossos cidadãos é composta de adultos mimados, despreparados para os problemas, decepções e desafios da vida, incapazes de lidar com conflitos e, pior, dotados de uma delirante certeza de que ‘o mundo lhes deve algo’”.

E continua:

“O professor Kássio Vinícius Castro Go‑mes pagou com sua vida, com seu futuro, com o futuro de sua esposa e filhas, com as lágrimas eternas de sua mãe, pela irrespon‑sabilidade que há muito vem tomando conta dos ambientes escolares.”

A partir dessa constatação, o autor do manifesto acusa “a pedagogia ideologizada, que pretende relativizar tudo e todos, equiparando o certo ao errado e vice‑versa”.

Ele acusa “os burocratas da educação e suas car‑tilhas do politicamente correto, que impedem a escola de constar faltas graves no histórico escolar, mesmo de alunos criminosos, deixando‑os livres para tumultuar e cometer crimes em outras escolas”.

E, mais, acusa “a mercantilização cretina do en‑sino, a venda de diplomas e títulos sem o mínimo de interesse e de responsabilidade com o conteúdo e a formação dos alunos, bem como de suas futuras mis‑sões na sociedade”.

Acusa “a lógica doentia e hipócrita do aluno‑clien‑te, cada vez menos exigido e cada vez mais paparica‑do e enganado, o qual finge que não sabe que, para a escola que lhe paparica, seu boleto hoje vale muito mais do que seu sucesso e sua felicidade amanhã”.

Acusa também a “hipocrisia das escolas que ja‑mais reprovam seus alunos, as quais formam analfa‑betos funcionais só para maquiar estatísticas do IDH e dizer ao mundo que o número de alunos com segundo grau completo cresceu ‘tantos por cento’”.

Ele acusa “os que acham e ensinam que dis‑ciplina é ‘careta’, que respeito às normas é coisa de velho decrépito”.

Acusa também “os alunos que protestam contra a impunidade dos políticos, mas se gabam de colar nas provas”, assim como “os professores que, vendo tais alunos colarem, não têm a coragem de aplicar a devida punição”.

A reflexão mais forte do professor autor do mani-festo: segundo ele, “uma multidão de filhos tiranos que se tornam alunos‑clientes, serão despejados na vida como adultos eternamente infantilizados e totalmente despreparados, tanto tecnicamente para o exercício da profissão, quanto pessoalmente para os conflitos, desafios do dia a dia”.

Para ele, “a infantilização eterna cria a seguinte e horrenda lógica, hoje na cabeça de muitas crianças em corpo de adulto: ‘Se eu tiro nota baixa, a culpa é do professor. Se não tenho dinheiro, a culpa é do pa‑trão. Se me drogo, a culpa é dos meus pais. Se furto, roubo, mato, a culpa é do sistema. Eu, sou apenas uma vítima. Uma eterna vítima. O opressor é você que trabalha, paga suas contas em dia e vive sua vida.’”.

E fica a lição final do Prof. Igor Pantuzza, que é um alerta para as autoridades e para as famílias:

“Qualquer um de nós pode ser o próximo, por qualquer motivo. Em qualquer lugar, dentro ou fora das escolas. A facada ignóbil no pro‑fessor Kássio dói no peito de todos nós. Que a sua morte não seja em vão. É hora de repen‑sarmos a educação brasileira e abrirmos mão dos modismos e invencionices. A melhor ‘nova cultura de paz’ que podemos adotar nas esco‑las e universidades é fazermos as pazes com os bons e velhos conceitos de seriedade, res‑ponsabilidade, disciplina e estudo de verdade.”

Era o que eu tinha a dizer.Muito obrigada, Sr. Presidente.O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Deputada

Íris de Araújo, quero parabenizá-la pelo pronuncia-mento. V.Exa. aborda com toda clareza os problemas da educação, mas de uma educação de qualidade, que efetivamente forme as pessoas para que possam exercer plenamente a cidadania. Cita, ainda, uma série de situações nas quais parece que a educação é um faz-de-conta, em que se tem um diploma, mas não o conhecimento nem a competência.

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Agosto de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 5 39537

Parabéns pelo pronunciamento, feito com muita clareza e profundidade.

O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Para uma Comunicação de Liderança, tem a palavra o Deputado Anthony Garotinho, pelo Bloco Parlamentar PR/PTdoB/PRTB/PRP/PHS/PTC/PSL.

S.Exa. dispõe de até 6 minutos.O SR. ANTHONY GAROTINHO (Bloco/PR-RJ.

Como Líder. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, meus colegas Deputados, estou, desde o início do Go-verno da Presidente Dilma, perplexo com a escalada crescente da taxa de juros no nosso País, que vem fa-zendo com que a dívida mobiliária federal chegue ago-ra, no mês de junho, à casa de 1,729 trilhão de reais. Os senhores ouviram bem? Um trilhão, setecentos e vinte e nove bilhões de reais.

Para se ter uma ideia, o Governo do PT diz que não tem dinheiro para implantar a PEC nº 300, de 2008, para os policiais militares e bombeiros militares de todo o Brasil; o Governo do PT diz que não tem di-nheiro para melhorar a saúde do Brasil, colocando a Emenda Constitucional nº 29, de 2000, para funcionar; mas, queridos brasileiros que nos assistem, o Gover-no do PT pagou de juros aos banqueiros do Brasil, só este ano, a módica quantia de 119 bilhões de reais. Os senhores anotaram? Este é o dinheiro que foi trans-ferido do Governo para o cofre dos bancos: cento e dezenove bilhões de reais.

Alguém poderia perguntar: “Garotinho, isso é pouco ou é muito?” As pessoas não têm noção de orçamento. Para se ter uma ideia, o orçamento do Mi-nistério da Educação para este ano é de 70 bilhões de reais – mais do que tudo o que o Brasil vai investir em educação; o orçamento da saúde, a saúde tão ca-rente do nosso povo, é de 74 bilhões de reais; mas o Governo do PT transferiu aos bancos, até junho deste ano, 119 bilhões de reais.

Esta política econômica está totalmente equivo-cada. Para se ter uma ideia deste equívoco, a menina dos olhos deste e do Governo anterior, o belíssimo programa de transferência de renda Bolsa Família, con-some apenas 1%, e às vezes não chega nem sequer a 1%, do PIB – Produto Interno Bruto. Mas o “Bolsa Banqueiro”, aquilo que o Governo transfere para os bancos, está consumindo 6,12% do PIB. Ou seja, para o Governo dos trabalhadores, os milhões de trabalha-dores do Brasil valem menos do que os banqueiros.

Isso é triste, porque a taxa de juros no Brasil, hoje em 12,5%, representa, meu caro Deputado José Augusto Maia, a maior taxa de juros do planeta. “Mas o senhor está comparando com quem, Garotinho? O senhor está comparando com os países desenvolvidos? Com os países em desenvolvimento?” Qualquer um.

O Brasil pode até ser campeão na Copa do Mun-do, mas já é campeão mundial de juros, com 12,5%. O segundo colocado é a Hungria, com 6,8%; o terceiro é o Chile, com 2,4%; o quarto é a Austrália, com 1,8%; e o quinto é o México, com 1,2%; o Brasil com 12,5% ao ano de juros, corrigindo a dívida do Governo. E o Governo, com essa correção, deve aos bancos e pega todo o Orçamento, tudo o que nós lutamos para arre-cadar, e transfere para os bancos.

A pergunta que eu faço é: quando é que o Governo vai ter coragem de enfrentar os banqueiros neste País? Até quando o Brasil vai ficar refém dos banqueiros? Eu até acreditava que Lula pudesse fazer isso. Não fez. Espero e torço para que a Presidente Dilma deixe de gastar o que está gastando com o “Bolsa Banqueiro” para gastar mais com o povo brasileiro.

Lamentavelmente, Sr. Presidente, ao que nós estamos assistindo... E me perdoem, não é uma ques-tão de generalização, eu não estou falando de todos os petistas...

(O microfone é desligado.)

O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Conclua.O SR. ANTHONY GAROTINHO – Mas surgiu

uma nova modalidade, a dos “petecanos”, que são os petistas com ideia de tucano: são petistas na aparência, mas no coração são tucanos. Como disse Jobim: “Eu votei no Serra, porque tanto faz: votando no Serra ou na Dilma, eles iam fazer a mesma coisa pelo Brasil” – palavras dele. Aliás, já está demitido, assim que voltar da Colômbia, segundo estão informando todos os sites.

É lamentável que, com a biografia, que eu co-nheço, da Presidente Dilma – uma lutadora, foi minha companheira no PDT durante e anos e anos; lutamos juntos ao lado de Brizola pela construção de um país onde o povo fosse o grande beneficiário do Governo –, o que se assiste hoje é a um país onde quem manda são os banqueiros.

Concluindo, os trabalhadores ficam apenas com as migalhas que o Governo lhes oferece.

Muito obrigado.O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Antes de

conceder a palavra ao próximo inscrito para Comuni-cação de Liderança, concedo a palavra à Deputada Rosane Ferreira, do PV do Paraná, para encaminhar seu pronunciamento para ser considerado lido.

A SRA. ROSANE FERREIRA (Bloco/PV-PR. Sem revisão da oradora.) – Exatamente, Sr. Presidente, eu peço que seja considerado lido meu pronunciamento em homenagem ao Hospital de Clínicas da Universi-dade Federal do Paraná, o maior do meu Estado, pelos seus 50 anos, e quero aproveitar os segundos que me restam para dizer que a maior homenagem que po-

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39538 Sexta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2011

demos prestar a ele é regulamentar a Emenda Cons-titucional nº 29, de 2000. É isso que esperam de nós.

Amanhã, Sr. Presidente, é o Dia Nacional da Saúde. A comemoração que nós podemos fazer, no Dia Nacional da Saúde, é aprovarmos a Emenda Constitucional 29.

Parabéns, Deputado Luiz Couto, parabéns, De-putado Padre Ton, pelo Dia do Padre.

Muito obrigada. O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Muito obri-

gado, Deputada Rosane Ferreira.

PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, amanhã, dia 5 de agosto, o Hospital de Clínicas da Universida-de Federal do Paraná – HC, o maior do Estado, com-pleta 50 anos de fundação. Durante este meio século o hospital atendeu cerca de 2 milhões de pessoas e contribuiu para a formação universitária de milhares de médicos, enfermeiros, psicólogos e fisioterapeutas, dentre outros profissionais da área da saúde.

Quinto maior hospital universitário do País, o Hos-pital de Clínicas é uma das 49 instituições federais que se dedicam exclusivamente a atendimentos de média e alta complexidade pelo Sistema Único de Saúde, che-gando a atender mensalmente cerca de 61 mil pacientes.

Ao longo dos anos a instituição tornou-se refe-rência mundial em tratamentos contra o câncer, trans-plante de medula óssea, córneas, ossos e de fígado.

Além disso, conquistou consideráveis avanços em pesquisas na área de endocrinologia, neurologia, pneumologia e nos estudos com células-tronco na área de cardiologia.

Sras. Deputadas e Srs. Deputados, o HC realiza Transplantes de Medula Óssea (TMO) desde 1979, e em 1995 realizou o primeiro TMO na América do Sul entre doadores sem parentesco.

Assim sendo, parabenizo todos os profissionais e estudantes que fizeram e fazem parte da história do Hospital de Clínicas ao longo de seus 50 anos.

Peço que o presente pronunciamento seja regis-trado nos Anais desta Casa e divulgado no programa A Voz do Brasil.

Muito obrigada.O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Concedo a

palavra ao nobre Deputado Carlos Magno, para uma Comunicação de Liderança, pelo PP.

O SR. CARLOS MAGNO (PP-RO. Como Líder. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, venho à tribuna preocupado com a grave situação que está sendo instalada no Estado de Rondô-nia, mais precisamente com a instalação das duas usi-

nas construídas no Rio Madeira – Usinas Jirau e Santo Antônio –, que estão em adiantada fase de construção.

Nós criamos a Subcomissão do Acompanhamen-to das Obras do PAC, na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle, da qual faço parte, para acom-panhar as obras do PAC. Lá pudemos verificar e visitar in loco essas duas obras e outras paralisadas no Es-tado de Rondônia, como as de esgotamento sanitário, dos viadutos e a obra de expansão da rede de água tratada, o que nos levou, em um segundo momento de toda essa situação, e pelo tratamento recebido, principalmente pelo consórcio que está construindo a Usina Jirau, oito Deputados daquela Subcomissão, a fazer uma convocação, para que estivéssemos na Comissão para esclarecer alguns fatos, dentre eles a compensação social e ambiental que fazia parte do compromisso da construção dessas duas usinas. Está aqui o nosso colega Padre Ton, também do Estado de Rondônia, que tem conhecimento desse fato.

Essa compensação gira em torno de 350 milhões. Praticamente 50% desses recursos são destinados à compensação ambiental, recursos esses disponi-bilizados ao IBAMA, para que este possa atender, em âmbito nacional, e não retornando ao Estado de Rondônia para que fizesse a compensação dos danos ambientais causados pela construção dessas duas usinas. Até aí tudo bem.

Quando vêm para as compensações sociais – são mais ou menos 44 mil trabalhadores na constru-ção dessas duas usinas –, 50% desses trabalhadores, mão de obra importada de outros Estados, as questões sociais de segurança e de saúde já são um reflexo no dia a dia da vida do nosso Estado.

Na presença dos representantes do consórcio que constrói a Usina de Jirau, o que nos foi esclareci-do – e eu não quero acreditar que seja verdade – foi que, por indecisão do nosso Governo do Estado e do Prefeito da Capital, dos 100% dos recursos destina-dos ao benefício dessa compensação social, nem 50% desses recursos estavam aplicados em construção de hospitais, compra de equipamentos para segurança. Até compreendemos, mas não acreditamos que seja incompetência do nosso Governo e do Prefeito da Ca-pital. Mas, até então, tudo bem.

Nós nos deparamos com a aprovação de um convênio de isenção de ICMS, de nº 47, aprovado no CONFAZ e proposto pelo Governo do Estado. Aí está o motivo da gravíssima denúncia que vou fazer: o Estado de Rondônia, por meio desse convênio, com autorização legislativa da nossa Assembleia Legisla-tiva, concede um benefício de 800 milhões de reais a essas duas usinas, na importação de máquinas e equipamentos usados na própria usina.

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Agosto de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 5 39539

É uma conta que não dá para entender. Apesar de termos duas usinas que vão gerar energia para todo o País, que não vão gerar ICMS e praticamente nenhum benefício ao nosso Estado, elas deixam um caos social de insegurança, de problema de saúde e até mesmo ambiental, e o Estado de Rondônia vem receber uma compensação de não mais que 200 milhões e conceder 800 milhões de benefícios através do ICMS.

Não acredito que essa seja uma conta feita corre-tamente, que alguém não esteja sendo beneficiado com esse convênio, além das empresas dos consórcios. E eu trago isso como denúncia, providenciando a divulgação nos meios de comunicação, fora a perda dos Municípios de mais de 200 milhões de reais, que estão deixando de ser aplicados na área da saúde, da educação, da infraestrutura desses tão sofridos Municípios.

Espero que o Governo do Estado repense todo esse processo, que o Ministério Público e o Tribunal de Contas da União o chamem para um acordo e seja feita a compensação, também, em cima desse benefí-cio, ajudando os 52 Municípios do Estado de Rondônia.

Era o que tinha a dizer.

PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, venho a esta tribuna, preocupado com a grave situação que está sendo instalada no Estado de Rondônia, que possui duas obras de grande importância para o País, que são as construções das Usinas de Jirau e Santo Antônio, no Rio Madeira.

Os impactos causados pela construção dessas usinas são de grandes proporções, pois hoje o entor-no do complexo, principalmente a Capital Porto Velho, teve um inchaço em sua população, inflacionando mão de obra, aumentando índices de violência e ainda ge-rando grande impacto no meio ambiente.

É indiscutível que com todos esses impactos são necessárias compensações sociais, ambientais, entre outras, compensações estas que nos dois empreendi-mentos chegam a aproximadamente 350 milhões de reais.

Mas, Sr. Presidente e nobres pares, o que me traz a esta tribuna hoje, e é inaceitável, é a isenção fiscal de ICMS que, através de um convênio proposto pelo Governo do Estado de Rondônia e aprovado pelo Conselho Nacional de Política Fazendária – CONFAZ, beneficiará os consórcios construtores das usinas.

O Convênio ICMS 47, aprovado na sessão do CONFAZ de 23 de maio 2011, autoriza o Estado de Rondônia a dispensar o ICMS devido nas importações de máquinas, aparelhos e equipamentos industriais, suas partes e peças, sem similar no País, e o ICMS relativo ao diferencial de alíquotas nas aquisições e transferências interestaduais de bens destinados ao ativo imobilizado das empresas geradoras e concessio-nárias de transmissão de energia elétrica relacionadas às usinas de Santo Antônio e Jirau, no Rio Madeira. Dados preliminares apontam que a isenção proposta poderá ultrapassar a ordem de 800 milhões de reais.

Observem, empreendimentos que gerarão im-pactos de grandes proporções, que para tanto devem promover compensações nas áreas ambientais, so-ciais, e assim o fazem abaixo do que é necessário e, como exposto acima, chegando à cifra de 350 milhões de reais, recebem incentivos fiscais superiores a 800 milhões de reais. Questiono: Haverá compensação?

A matéria foi amplamente divulgada em diversos meios de comunicação, ensejando diversos posicio-namentos divergentes à renúncia fiscal proposta pelo Executivo estadual.

Com a implementação do Convênio, como ficarão os recursos para a saúde e a educação? Consideran-do os limites constitucionais, de 12,5% para a saúde e 25% para a educação, haverá uma perda aproximada em seus orçamentos de 100 e 200 milhões de reais, respectivamente.

Outra grande perda é para os Municípios, que constitucionalmente recebem 25% do ICMS arrecadado pelo Estado. Como ex-Prefeito, conheço a realidade e sei que os Municípios não podem abrir mão dos recur-sos desse imposto. Citando alguns exemplos, conside-rando os índices do Fundo de Participação dos Muni-cípios do Estado, as perdas serão aproximadamente:

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39540 Sexta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2011

Será que haverá recomposição orçamentária para a isenção fiscal proposta pelo Governo do Esta-do, conforme prevê a Lei de Responsabilidade Fiscal? Os Municípios serão recompensados pelas perdas? Isenção fiscal que acarretará prejuízos diretos à po-pulação, investimentos que deixarão de ser aplicados, necessários? São questionamentos que buscarei serem esclarecidos; a população precisa desses recursos.

Sr. Presidente, fui designado pela Comissão de Fiscalização e Controle desta Casa como Relator da Proposta de Fiscalização e Controle nº 03/2011, que tem por objetivo apurar os impactos gerados pelos empreendimentos, os conflitos e outras ações geradas pela construção das usinas.

Realizaremos audiência pública na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle, ainda neste mês, e estaremos convidando o Governo do Estado, o Tri-bunal de Contas do Estado, o Ministério Público, a As-sociação do Municípios e os Consórcios Construtores.

É imprescindível e urgente que os Consórcios informem o quanto está sendo aplicado através das compensações, em quais áreas, o montante de cada projeto, as compensações ambientais. O Governo do Estado que apresente suas alegações sobre a renún-cia fiscal que estará implementando. O Tribunal de Contas do Estado que avalie a aplicabilidade do Con-vênio aprovado pelo CONFAZ e a perda dos recursos pelos Municípios e se haverá ou não a recomposição orçamentária.

Assim, esperamos que as usinas possam trazer benefícios à população, que colaborem para o cresci-mento da economia do Estado, melhorando a qualidade de vida da população, mas não é o que tem ocorrido até agora. O que vimos é um bombardeio da mídia com acontecimentos que têm gerado caos a vários setores, conflitos trabalhistas.

Era o que tinha a dizer.O SR. CHICO LOPES – Sr. Presidente, V.Exa.

poderia conceder-me 1 minuto para uma breve co-municação?

O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Concedo a palavra ao Deputado Chico Lopes.

O SR. CHICO LOPES (Bloco/PCdoB-CE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, se-gunda-feira, dia 8, Fortaleza vai sediar o Congresso Nacional de Técnicos Têxteis, quando será discutido o Plano Brasil Maior e a participação dessa atividade econômica tão prejudicada pelos produtos chineses que estão entrando em nosso País sem muita fiscalização.

Nesse sentido, convido todos os Deputados Es-taduais e Senadores da bancada do Ceará a se faze-rem presentes à reunião que se realizará às 19 horas, antes da abertura do congresso, para fazermos essa

interação na defesa da nossa indústria e do emprego dos trabalhadores dessa área da economia do Brasil.

Obrigado, Sr. Presidente.O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Obrigado.O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Concedo a

palavra à Sra. Deputada Rosinha da Adefal – S.Exa. tem uma consulta marcada –, que disporá de até 5 minutos.

A SRA. ROSINHA DA ADEFAL (Bloco/PTdoB--AL. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, quero nesta tarde de hoje parabenizar a Deputada Mara Gabrilli e o Deputado Otavio Leite, ambos do PSDB, que ontem conseguiram emplacar uma emenda à Medida Provisória nº 530, que trata da recuperação física das escolas públicas atingidas pelos desastres naturais.

Esta emenda representa uma grande conquis-ta para as pessoas com deficiência, porque trata da acessibilidade que será assegurada agora na reforma dessas escolas.

Parabéns, Deputada Mara! Parabéns, Deputado Otávio! Mais uma conquista para as pessoas que têm dificuldades de locomoção.

Quero também parabenizar, se assim posso dizer, ou homenagear, na verdade, a Sra. Maria da Penha. Essa senhora deu o nome a uma lei tão importante para o nosso País, que é a lei contra a violência contra a mulher. Neste mês, essa lei completa 5 anos de sua aprovação. Esta lei, de combate à violência contra a mulher, é considerada uma das melhores do mundo, graças, infelizmente, à história de Maria da Penha e de tantas outras mulheres anônimas do nosso País. Leis de combate à violência contra a mulher têm sido uma constante, para que consigamos diminuir, minimizar os efeitos da violência.

Mas o que me traz a esta tribuna na tarde de hoje é também fazer uma breve comemoração, por-que amanhã, 5 de agosto, celebraremos o Dia Nacio-nal da Saúde.

Esta data foi instituída pela Lei nº 5.352, de 8 de novembro de 1967, e homenageia o nascimento do médico sanitarista Oswaldo Cruz, natural da cidade de São Luiz do Paraitinga, São Paulo.

De forma muito precoce, Oswaldo Cruz ingres-sou na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, com apenas 15 anos de idade, e 4 anos depois alcançou a especialização em Bacteriologia pelo Instituto Pas-teur de Paris.

De volta ao Brasil, viu-se engajado na batalha contra a peste bubônica, que se alastrava, sem con-trole, no Porto de Santos, bem como em outras cida-des portuárias.

No ano de 1903 foi nomeado Diretor-Geral de Saúde Pública, cargo equivalente hoje ao de Ministro da Saúde.

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Sua postura firme no combate às doenças, in-cluindo a obrigatoriedade da vacinação antivariólica no ano de 1904, provocou dura reação popular contrária à medida, que acabou revogada. Contudo, o recrudes-cimento de uma epidemia da enfermidade, 4 anos de-pois, fez com que a própria população acorresse aos postos de vacinação.

Paradoxalmente, a Revolta da Vacina – como fi-cou conhecido o movimento de oposição – desembo-cou no reconhecimento do saber médico de Oswaldo Cruz, que faleceu com 45 anos incompletos na cidade de Petrópolis, em 11 de fevereiro de 1917, em decor-rência de insuficiência renal.

Pioneiro no estudo das moléstias tropicais e da medicina experimental no Brasil, em 1902 assumiu a direção do Instituto Soroterápico Nacional, que passa a se chamar Instituto de Patologia Experimental em 1907.

O grande epidemiologista dirigiu a campanha de erradicação da febre amarela na cidade de Belém do Pará, além de haver elaborado diagnóstico das con-dições sanitárias do Vale do Rio Amazonas e da re-gião onde estava sendo construída a Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, empreendimento tido como maldi-to porque consumia a vida de um trabalhador a cada dormente assentado, tudo em decorrência da malária.

Sras. e Srs. Parlamentares, quase 1 século de-pois de seu falecimento, Oswaldo Cruz segue lembra-do como símbolo do médico e do cientista brasileiro.

E no Dia Nacional da Saúde não poderíamos dei-xar de rememorar sua personalidade e trajetória, uma vez que sua dedicação à saúde pública é exemplo da inegociável busca de melhores condições de vida não apenas individuais, mas, sobretudo, em sociedade.

No dizer da Organização Mundial da Saúde (OMS), “saúde não é apenas a ausência de doenças, mas o bem‑estar físico, mental e social”.

Encerro minhas palavras comunicando a V.Exas. e a todas as senhoras e senhores que me ouvem que nesta Casa tramita projeto de lei, de minha autoria, de número 1.488, que sugere alteração na Lei nº 8.080, de 1990, acrescendo a acessibilidade como fator con-dicionante e determinante da saúde, assim como hoje são considerados a alimentação, a moradia, o sane-amento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o lazer, entre outros.

Os níveis de saúde da população expressam a organização social e econômica do País. E as pessoas com mobilidade reduzida só têm condições de alcan-çarem os demais fatores condicionantes da saúde ten-do à sua disposição, primeiramente, a acessibilidade.

A alteração sugerida é relevante, pois conceitua e promove a associação da saúde atrelada às condi-ções de acessibilidade, num vetor hoje inexistente, o

que influenciaria positivamente os programas governa-mentais, projetos e políticas públicas em geral.

Deixo esses pontos para reflexão e solicito aos Srs. Deputados apoio para a aprovação deste projeto de lei, pela sua relevância.

Muito obrigada.

PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELA ORADORA

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, no dia 5 de agosto celebramos o Dia Nacional da Saúde. A data foi instituída pela Lei nº 5.352, de 8 de novembro de 1967, e homenageia o nascimento do médico sa-nitarista Oswaldo Cruz, natural da cidade de São Luiz do Paraitinga, em São Paulo.

De forma muito precoce, Oswaldo Cruz ingres-sou na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro com apenas 15 anos de idade e, 4 anos depois, alcançou a especialização em Bacteriologia pelo Instituto Pas-teur de Paris.

De volta ao Brasil, viu-se engajado na batalha contra a peste bubônica, que se alastrava sem con-trole no Porto de Santos, bem como em outras cida-des portuárias.

No ano de 1903, foi nomeado Diretor-Geral de Saúde Pública – cargo equivalente à atual pasta de Ministro da Saúde –, tendo permanecido na função até 1907, período em que travou combate vigoroso contra a febre amarela, peste bubônica e varíola.

Sua postura firme no combate às doenças, in-cluindo a obrigatoriedade da vacinação antivariólica no ano de 1904, provocou dura reação popular contrária à medida, que acabou revogada.

Contudo, o recrudescimento de uma epidemia da enfermidade, 4 anos depois, fez com que a própria população acorresse aos postos de vacinação.

Paradoxalmente, a Revolta da Vacina – como fi-cou conhecido o movimento de oposição – desembo-cou no reconhecimento do saber médico de Oswaldo Cruz, que faleceu com 45 anos incompletos na cidade carioca de Petrópolis, em 11 de fevereiro de 1917, em decorrência de insuficiência renal.

Pioneiro no estudo das moléstias tropicais e da medicina experimental no Brasil, em 1902 assumiu a direção do Instituto Soroterápico Nacional, que passa a se chamar Instituto de Patologia Experimental em 1907. No ano seguinte, o Instituto ganha oficialmente o nome de Oswaldo Cruz, que voltara da Alemanha saudado como herói nacional, uma vez que fora, em 1908, o grande vencedor de importante premiação na Exposição de Demografia e Higiene de Berlim.

O grande epidemiologista dirigiu a campanha de erradicação da febre amarela na cidade de Belém do

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39542 Sexta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2011

Pará, além de haver elaborado diagnóstico das con-dições sanitárias do vale do Rio Amazonas e da re-gião onde estava sendo construída a Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, empreendimento tido como maldi-to porque consumia a vida de um trabalhador a cada dormente assentado, tudo em decorrência da malária.

Em 1913, Cruz foi eleito para a Academia Bra-sileira de Letras (ABL). No ano de 1916, auxilia a fun-dação da Academia Brasileira de Ciências e assume a Prefeitura de Petrópolis, mandato que não chegaria a terminar, pois faleceu apenas 1 ano depois.

Sras. e Srs. Parlamentares, quase 1 século de-pois de seu falecimento, Oswaldo Cruz segue lembra-do como símbolo do médico e do cientista brasileiro.

E no Dia Nacional da Saúde não poderíamos dei-xar de rememorar sua personalidade e trajetória, uma vez que sua dedicação à saúde pública é exemplo da inegociável busca de melhores condições de vida não apenas individuais, mas, sobretudo, em sociedade.

Saneamento básico, coleta de lixo, preservação de áreas verdes, acessibilidade, revelam-se aspec-tos tão importantes quanto a alimentação saudável, a prática de atividade física, a higiene pessoal e o lazer indispensáveis ao equilíbrio físico, orgânico e mental do indivíduo. Afinal, no dizer da Organização Mundial de Saúde (OMS), “saúde não é apenas a ausência de doenças, mas o bem‑estar físico, mental e social”.

Encerro minhas palavras comunicando aos se-nhores que nesta Casa tramita projeto de lei, de mi-nha autoria, de número 1.488, que sugere alteração na Lei 8.080, de 19 de setembro de 1990, acrescendo a acessibilidade como um fator condicionante e deter-minante da saúde, assim como hoje são considera-dos: a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o lazer, entre outros.

Os níveis de saúde da população expressam a organização social e econômica do País. E as pessoas com mobilidade reduzida só têm condições de alcan-çarem os demais fatores condicionantes da saúde ten-do à sua disposição, primeiramente, a acessibilidade.

A alteração sugerida é relevante, pois conceitua e promove a associação da saúde atrelada às condi-ções de acessibilidade, num vetor hoje inexistente, o que influenciaria positivamente os programas governa-mentais, projetos e políticas públicas em geral.

Deixo esses pontos para reflexão e solicito o apoio dos senhores para a aprovação deste projeto de lei, pela sua relevância.

O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Para um bre-ve registro, concedo a palavra ao Deputado Átila Lins. S.Exa. dispõe de 1 minuto.

O SR. ÁTILA LINS (PMDB-AM. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, uso a palavra apenas para fazer o relato de que a Presidente Dilma Rousseff as-sinou o Decreto nº 7.507, no dia 27 de junho de 2011, disciplinando a transferência de recursos do Governo Federal para os Estados, o Distrito Federal e os Mu-nicípios, exigindo que toda a movimentação seja feita através de sistema eletrônico, de agência bancária.

Recebi, Sr. Presidente, um abaixo-assinado, um documento da Associação Amazonense de Municípios fazendo um apelo para que a Presidente possa flexibi-lizar este decreto, porque temos muitos Municípios no Amazonas que não têm agências bancárias. Como é que essas administrações vão poder funcionar e fazer pagamentos pelo sistema eletrônico se, de 61 Municí-pios, só 18 dispõem de agências bancárias? Ora, vai ficar uma coisa impraticável.

Daí essa reclamação da Associação Amazonen-se de Municípios e o apelo à Presidente Dilma para corrigir esse decreto.

O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Concedo a palavra ao nobre Deputado José Augusto Maia, para uma Comunicação de Liderança, pelo Bloco PSB/PTB/PCdoB. S.Exa. dispõe de até 8 minutos.

A Presidência solicita aos Srs. Parlamentares que usam do período de Comunicação de Liderança que se atenham ao tempo, porque há diversos companheiros e companheiras que se inscreveram para o Pequeno Expediente e estão sendo prejudicados.

O SR. JOSÉ AUGUSTO MAIA (PTB-PE. Como Líder. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, venho hoje a esta tribuna para co-municar aos nobres pares que aconteceu ontem o lançamento da Frente Parlamentar Mista de Apoio à Criação de Novos Municípios. Por unanimidade dos presentes, fui eleito Presidente da Frente Parlamentar.

A Mesa Diretora da Frente foi composta pelos seguintes Deputados: José Augusto Maia, Presidente; Amauri Teixeira, da Bahia; Osmar Serraglio, do Paraná; Flávia Morais, de Goiás; Oziel Oliveira, da Bahia; Pas-tor Eurico, de Pernambuco; Roberto Dorner, de Mato Grosso; Gonzaga Patriota, de Pernambuco; Giovanni Queiroz, do Pará; Ribamar Alves, do Maranhão; Adrian, do Rio de Janeiro; Zequinha Marinho, do Pará; José Airton, do Ceará; Domingos Neto, do Ceará.

Em seguida, fomos a uma reunião da Frente Par-lamentar com os assessores da Ministra Ideli Salvatti, no Palácio do Planalto, na Subsecretaria de Assuntos Federativos da Presidência da República. O objetivo da reunião foi discutir a proposta que será encaminhada pelo Poder Executivo ao Congresso Nacional.

A Frente Parlamentar vai solicitar uma reunião com os Líderes de todos os partidos, como também

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Agosto de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 5 39543

com a nossa Ministra Ideli Salvatti, para que, o mais rapidamente possível, haja a regulamentação do art. 18, § 4º, da Constituição para a criação dos novos Mu-nicípios. Quando a proposta for encaminhada e chegar aqui, discutiremos com os nosso Deputados.

Quero dizer ao nosso Presidente e aos caros Deputados aqui presentes que já temos nessa frente popular, além da nossa diretoria, mais de 230 Depu-tados que já subscreveram. Ainda não conseguimos contatar por telefone outros Deputados que querem apoiá-la, mas vamos procurá-los em seus gabinetes e na próxima quarta-feira entregaremos a relação à nossa Mesa Diretora.

Sr. Presidente, quando iniciei aqui no Congresso Nacional esta luta para formar a Frente Parlamentar de Apoio à Criação de Novos Municípios, encontrei muita dificuldade. No início, foi difícil conseguir o apoio dos 50 primeiros Deputados. Por quê? Cada um tinha um argumento no sentido de que, no passado, houve uma farra no Brasil inteiro na criação de novos Municípios, muitos com 800 habitantes, com 2 mil habitantes. Re-almente, ainda não tinham condições de serem con-siderados Municípios, mas, naquela época, às vezes um Deputado usava de seu poder para ganhar votos em uma candidatura de Prefeito. E aí, como os Depu-tados me diziam, houve uma farra.

Agora, esta Frente Parlamentar tem o objetivo de discutir, primeiro, com o Governo Federal. Por quê? Agora temos critérios. Uma coisa que nos deixou muito satisfeitos foi que, quando discutimos ontem no Palá-cio do Planalto com os assessores da nossa Ministra Ideli Salvatti que vêm estudando novos critérios des-de o ano passado, essa frente popular comunga com a mesma ideia do Governo Federal de que é preciso ter critérios. Está sendo discutido para o Norte, pelas distâncias que sabemos existirem e pelas dificuldades desta parte do nosso País, um distrito com aproxima-damente 5 mil habitantes. A frente concorda e a Frente Municipalista também.

Ontem, mais de 23 Estados da Federação apoia-ram nossa Frente e também concordam. Para o Nor-deste e Centro-Oeste ficou determinado, de acordo com estudo do Governo e da nossa Frente Parlamen-tar, que seria acima de 7 ou 8 mil habitantes. Estamos discutindo e acho que vamos chegar a um denominador comum. Para o Sul e Sudeste, entre 9 e 10 mil habitan-tes. O distrito que tiver esta quantidade de habitantes poderá pedir sua emancipação.

O objetivo de esta lei chegar aqui para ser vo-tada é poder devolver a autonomia que no passado foi dos Estados e que passou, com a Emenda 15, ao Congresso Nacional. De lá para cá, depois de 15 anos, nenhum Município conseguiu se emancipar.

Sou pernambucano, de Santa Cruz do Capibari-be, do polo de confecções do Agreste. Digo da minha área e tenho conversado com vários Deputados. Cada um tem uma história para contar do seu Estado de que distritos cresceram, se desenvolveram; ou que, depois do Governo Lula, o Norte e o Nordeste, principalmen-te o nosso Nordeste, cresceram e se desenvolveram.

Para os senhores terem ideia, sou de Santa Cruz do Capibaribe, do polo de confecções. O distrito de Pão de Açúcar, que pertence ao Município de Taquaritinga do Norte, tem hoje cerca de 10 mil habitantes, mas já tem 400 indústrias de confecções. Tem supermerca-do, posto de gasolina, casa de material de construção, vida, comércio; e gera emprego e renda.

A mesma coisa, ao nosso lado, no Brejo da Madre de Deus, temos o distrito de São Domingos. Este já deve ter ultrapassado mais de 20 mil habitantes e também sobrevive de confecções. Deve ter aproximadamente 800 fábricas, pequenas e microempresas, supermer-cados, casas de material de construção, farmácia, en-fim, tudo o que uma cidade tem, esse distrito já tem.

Digo aos senhores, para concluir, que lá em Per-nambuco pode haver até umas 50 cidades que não têm a economia que esses dois distritos têm.

Então, o objetivo dessa frente parlamentar é lutar aqui no Congresso Nacional para devolver a autono-mia aos Estados, para que as suas Assembleias, que conhecem de perto os seus distritos, possam decidir sobre a emancipação.

Aproveito para agradecer ao pessoal de Pernam-buco que veio aqui contribuir: os Vereadores de Taqua-ritinga do Norte, Mí Custódio, Beta e Batata; Gilson Carlos; Hilário, de São Domingos; Léo, Presidente da Câmara de Taquaritinga do Norte; o Vice-Prefeito Lero; Gilson Cadu; os Deputados Estaduais Diogo Moraes e Edson Vieira, também de Pernambuco; o Radialista Alberes Xavier, de Pão de Açúcar.

Ontem, depois de tudo isso, tenho uma relação de alguns Deputados que já subscreveram, depois dos 230, aproximadamente. São os Deputados Ricardo Berzoini; Garotinho; Manoel Junior, lá da Paraíba; João Maia; Jovair Arantes; Rose de Freitas; Sérgio Guerra; Fernando Ferro; João Ananias, do Ceará; Domingos Neto, também do Ceará; Jorge Corte Real, de Per-nambuco; Ana Arraes; Roberto Teixeira; Mendoncinha; João Lyra, de Alagoas; Lourival, do Maranhão; Wilson Filho, dentre outros que nos apoiam nessa luta. Já te-mos mais de 250 Deputados.

Quero também comunicar que...

(O microfone é desligado.)

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39544 Sexta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2011

O SR. PRESIDENTE (Amauri Teixeira) – Depu-tado José Augusto Maia, nós estamos com a pauta apertada. Damos como recebido o comunicado.

O SR. JOSÉ AUGUSTO MAIA – Um minutinho, Sr. Presidente, só para dizer que vou hoje para São Luís, onde vamos participar de um seminário. Faço parte da Subcomissão de Segurança. Vamos discutir orçamento e financiamento para a segurança de nos-so País. Vamos discutir, em todos os Estados, com essa Subcomissão para que possamos contribuir com a segurança do País. Na volta, na próxima semana, usarei a tribuna.

Gostaria também de pedir ao Presidente que faça com que este discurso seja veiculado nos órgãos de comunicação desta Casa e no programa A Voz do Brasil.

Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Amauri Teixeira) – Obriga-

do, Deputado José Augusto Maia. Nós tomaremos as providências para que seja divulgado o seu discurso.

Durante o discurso do Sr. José Augusto Maia, o Sr. Luiz Couto, § 2º do art. 18 do Regi‑mento Interno, deixa a cadeira da Presidência, que é ocupada pelo Sr. Amauri Teixeira, § 2º do art. 18 do Regimento Interno.

O SR. PRESIDENTE (Amauri Teixeira) – Há qua-tro Líderes inscritos, com precedência regimental, evidentemente. O Deputado Sebastião Bala Rocha é o primeiro.

Quero só ponderar – se não houver concordân-cia, não vamos perder tempo – se poderíamos alternar entre a Liderança e a lista, já que alguns Deputados vão viajar, como o Padre Ton.

Concedo a palavra ao Deputado Sebastião Bala Rocha, para uma Comunicação de Liderança, pelo PDT. S.Exa. dispõe de 3 minutos.

O SR. SEBASTIÃO BALA ROCHA (PDT-AP. Como Líder. Sem revisão do orador.) – Muito obrigado, Sr. Presidente. Serei breve. Cumprirei à risca o tempo, para não prejudicar nossos colegas inscritos.

Estou na tribuna para defender um projeto de minha autoria, que tramita na Comissão de Educa-ção da Casa, que propõe uma alteração na LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação para que o aluno, Profa. Dalva Figueiredo, minha colega Deputada do Amapá, ao concluir o segundo ano do ensino médio, passando no vestibular, possa ter o direito de se ma-tricular na universidade.

Esse projeto é de fevereiro de 2010. Não pen-sava eu, naquele momento, que esse assunto fosse parar dentro da minha casa. Na segunda-feira, a UnB divulgou o resultado do vestibular, e fui surpreendido quando meu filho de 16 anos, que cursava o segundo

semestre do terceiro ano no Centro Educacional Le-onardo da Vinci, foi aprovado para o curso de Enge-nharia Mecatrônica.

Após uma liminar, uma via-crúcis, consegui ma-tricular meu filho na UnB, depois de um grande sofri-mento e uma grande angústia, não só para ele, mas para vários outros jovens, porque todos, através de liminar, tiveram que ser submetidos a 13 provas de exame de massa em um só dia. Quem obteve êxito, conseguiu a matrícula na terça-feira. O resultado do vestibular saiu na segunda-feira e tiveram que fazer as provas na terça-feira, porque a matrícula se encerrava na terça-feira.

Não quero que as outras famílias que passam por essa situação vivam o sofrimento e a angústia que eu, meu filho e minha esposa vivemos; que isso não se repita nas outras famílias.

Agora venho com mais força à tribuna para pedir a aprovação desse projeto. Faço um apelo ao Depu-tado Artur Bruno, Relator do projeto na Comissão de Educação, no sentido de que mude seu parecer do ponto de vista de haver um consenso para melhorar o projeto, se for o caso, e dar oportunidade a essa juven-tude, que é da era da computação, que vive um novo momento, quando o Brasil, sobretudo, precisa de novos cientistas, novos pesquisadores. Quanto mais cedo o jovem entrar na universidade, mais cedo conseguirá se formar mestre, doutor, cientista e contribuir para o desenvolvimento do País.

O PIB de uma região está diretamente relacio-nado ao número de doutores que existem na região. Por isso temos que incentivar. Não vejo que a educa-ção pública ou o sistema educacional do Brasil tenha sido feito para frear o desenvolvimento intelectual dos jovens, mas sim para incentivar.

Espero o apoio da Casa para aprovar esse pro-jeto importante, para que os jovens possam ingressar mais cedo na universidade.

Muito obrigado.O SR. PRESIDENTE (Amauri Teixeira) – Vamos

alternar. O Deputado Padre Ton tem a palavra por 5 minutos. Depois daremos a palavra para mais um Líder.

O SR. PADRE TON (PT-RO. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares, eu gostaria de iniciar saudando e parabenizando todos os padres do Brasil e também os Padres Ton, João, Luiz Couto e José Linhares pelo seu dia.

É com muito orgulho que ocupo esta tribuna no dia de hoje para registrar nos Anais desta Casa a passagem do aniversário dos Municípios de Rolim de Moura e Cerejeiras, ambos do meu querido Estado de Rondônia

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Agosto de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 5 39545

Rolim de Moura, Sras. e Srs. Parlamentares, foi fundado em 5 de agosto de 1983, originário do Proje-to de Colonização Rolim de Moura, implantado pelo INCRA com a finalidade de assentar os colonos que sobraram do Projeto Ji-Paraná.

O nome do Município foi dado em homenagem ao Visconde de Azambuja, Dom Antônio Rolim de Moura Tavares, segundo Governador da Capitania de Mato Grosso, pelos relevantes serviços prestados à região do Vale do Guaporé.

Hoje, com mais de 50 mil habitantes, Rolim de Moura é conhecida como a capital da Zona da Mata de Rondônia, que abrange a região centro-sul do Estado.

Com um IDH de 0,765, desponta como importante polo industrial do Estado de Rondônia, atraindo em-presas de grande, médio e pequeno portes, voltadas para o beneficiamento e transformação de matérias--primas de base agropecuária.

Só para exemplificar, destaco a instalação no Município de três dos maiores frigoríficos do País, com capacidade de processamento de até 2 mil ani-mais por dia.

Além da pecuária, o Município de apenas 28 anos de existência é referência também na produção de café, leite, peixe e na avicultura.

Na produção de frango, Rolim de Moura já possui 15 unidades criadoras, que, juntas, produzem cerca de 8 mil cabeças de frango por ciclo de 45 dias.

A fruticultura também está presente. Gostaria de citar o nome do produtor Claudemir, morador da Linha 188, que é o maior produtor de laranja do Esta-do, com um pomar de 30 alqueires de laranjeiras em plena produção.

Mas não é somente na agricultura que o Municí-pio de Rolim de Moura se destaca. Avança a passos largos a implantação ali de um importante polo univer-sitário, onde já são disponibilizadas mais de 5 mil va-gas de graduação e pós-graduação, entre instituições privadas e públicas.

O Município, Sras. e Srs. Deputados, está come-morando mais um ano de existência legal como con-vém, lançando vistas sobre o seu futuro.

Nesta semana, sob a liderança do Prefeito Tião Serraia, como é conhecido, foi realizada uma série de inaugurações e entregas de equipamentos públicos à comunidade, entre os quais eu destaco:

– entrega de equipamentos agrícolas aos agricul-tores familiares adquiridos com recursos do Governo Federal alocados no Orçamento por meio de emendas dos ex-Parlamentares Federais do Partido dos Traba-lhadores Senadora Fátima Cleide, Deputado Eduardo Valverde, já falecido, e Deputado Anselmo de Jesus,

no valor de 700 mil reais – hoje ele é Secretário de Agricultura do nosso Estado;

– entrega das obras de ampliação da Policlínica de Saúde;

– inauguração da sede do Conselho Tutelar do Município, construída com recursos da emenda do ex--Deputado Eduardo Valverde, no valor de 200 mil reais;

– entrega à comunidade da reforma e ampliação de quadras poliesportivas das escolas municipais João Batista Dias, Altemir Tavares, Dionísio Quintino Aditi-va, José Veríssimo – aproveito a oportunidade para cumprimentar a Secretária Municipal de Educação, Profa. Cida Pinheiro, pelo brilhante trabalho que vem realizando;

– entrega de três ônibus escolares no valor de 630 mil reais, adquiridos por meio do Programa Ca-minho da Escola, do Fundo Nacional de Desenvolvi-mento da Educação;

– entrega de equipamentos de informática e de veículos para estruturar a Secretaria Municipal de Saúde, que também é uma área de grande relevância;

– entrega de equipamentos para fortalecer a atu-ação da Polícia Militar; e

– inauguração da fábrica municipal de manilhas.Portanto, diante de tantos motivos para comemo-

ração, quero parabenizar, de modo particular, o povo de Rolim de Moura pela bela obra que estão construin-do. Parabenizo também as autoridades, na pessoa do Vereador Márcio Aparecido Atiles Mateus, do Partido dos Trabalhadores, que tão bem está representando a população rolim-mourense.

Outro Município, Sr. Presidente, que também está comemorando seu 28º aniversário amanhã, dia 5, sexta-feira, é Cerejeiras, localizado no extremo sul do Estado de Rondônia.

A história do Município teve início no século XVIII, com o acampamento fundado às margens do Rio Gua-poré pelo Capitão Antônio Rolim de Moura, em 1750, em viagem de Vila Bela, então Capital do Mato Grosso, à Conceição, onde hoje é o Forte Príncipe da Beira.

O vilarejo ficou estagnado durante quase dois séculos. Nesse tempo, o único fato notável ocorrido no lugarejo trazido pelos novos ocupantes foi a coloca-ção de um cruzeiro de bronze ilustrado com chumbo e com a transcrição de um versículo bíblico em alemão, datado de 3 de janeiro de 1907.

Com o fim da Segunda Guerra Mundial e o eleva-do custo da borracha brasileira, sua população foi-se exaurindo até quase sumir por completo.

O Município foi criado no dia 5 de agosto de 1983, pelo Decreto-Lei nº 071, assinado pelo Governador Jorge Teixeira de Oliveira, com área desmembrada do Município de Colorado do Oeste.

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39546 Sexta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2011

Com uma população de pouco mais de 17 mil habitantes e localizado a 730 quilômetros da Capital, Porto Velho, Cerejeiras é hoje um importante polo de desenvolvimento da região sul do Estado.

Sua economia, que já supera os 200 milhões de reais anuais, é baseada na produção de grãos, principalmente soja e milho, e em outras atividades ligadas à terra.

As comemorações serão marcadas por uma programação extensa, que se inicia com a execu-ção da fanfarra municipal Guardiões da Pátria, has-teamento das bandeiras e canto do Hino Nacional, corrida rústica, corte do bolo dos 28 anos, entrega de premiação a projetos exitosos do Município, ho-menagem aos pioneiros e eventos religiosos. Para encerrar, no dia 7 haverá um show de acrobacia de motos no estilo livre.

Portanto, para finalizar esse discurso, dirijo-me ao povo de Cerejeiras para parabenizar cada um e cada uma por esta data tão importante e desejar-lhes que essa caminhada, coroada de sucesso até agora, siga em busca de uma vida digna e justa para todos.

Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares.

Muito obrigado.O SR. PRESIDENTE (Amauri Teixeira) – O próxi-

mo inscrito tem precedência regimental, conforme art. 89 do Regimento Interno.

Concedo a palavra ao nobre Deputado Marcus Pestana, para uma Comunicação de Liderança, pelo PSDB. S.Exa. dispõe de 6 minutos.

O SR. MARCUS PESTANA (PSDB-MG. Como Líder. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, em nome da Liderança do PSDB, gostaria de deixar registrado na Casa artigo publica-do no último dia 27 de julho, quarta-feira, no jornal O Globo, e que trata da situação que vivemos no País com a escalada da corrupção.

O artigo é o seguinte:

“FAÇA A COISA CERTACasos de corrupção não são de hoje,

nem privilégio brasileiro ou exclusividade do setor público. Onde existe intermediação de interesses, regulação, licitações, licenciamen‑tos, máquina fiscalizadora, há potencial para a corrupção. A defesa da ética e o combate à corrupção dependem de uma atitude cole‑tiva, de um ambiente institucional saudável, de mecanismos efetivos de controles inter‑nos, externos e sociais. Não há corrupto sem corruptor. Não há êxito possível dentro de um clima de impunidade.

Assistimos nas últimas décadas aos anões do orçamento, PC Farias, Vampiros, Sanguessugas e mensalão. Nos últimos me‑ses duas crises éticas assolaram o Governo Federal: Palocci e seu súbito enriquecimento e as denúncias envolvendo o Ministério dos Transportes e o DNIT. Há uma semana, im‑portante revista semanal” – a revista Época –, “denunciou o esquema em torno da Agência Nacional do Petróleo.

A presidente Dilma Rousseff anuncia uma faxina. Demitiu ministros, inúmeros dirigentes e técnicos. Encontrará apoio na sociedade e nos setores políticos sérios para radicalizar esta cruzada e não ceder às chantagens que começam a se esboçar. Mas é preciso ir fun‑do; queimar os navios em relação à corrupção. Nós, da oposição, não negaremos apoio para que juntos levemos à frente um combate sem tréguas à corrupção. Mas é preciso que cada um faça a coisa certa e que não esgotemos o esforço em medidas parciais, superficiais ou de alcance limitado.

À sociedade cabe não se render a uma cultura leniente ou alienada diante das denún‑cias, movida por falsas percepções de que ‘todos roubam, todos são iguais’” – isso não é verdade –, “ou que ninguém será punido. É preciso que cada cidadão alimente perma‑nentemente a indignação contra a corrupção: fiscalize, controle, denuncie.

Às instituições” – ao Judiciário, ao Minis‑tério Público, ao Congresso Nacional –, “aos partidos políticos, à imprensa cabe investigar, apurar e punir exemplarmente os malfeitores. E aprimorar os instrumentos de transparência e controle social sobre o orçamento público.

Além disso, é fundamental avançar na re‑forma do Estado, quebrando o patrimonialismo, o aparelhamento partidário e o clientelismo, modernizando a máquina, desburocratizan‑do os processos, profissionalizando a gestão, simplificando normas e processos, sem o que o caldo de cultura propício à corrupção con‑tinuará intacto. É hora de extinguir a Secreta‑ria Nacional dos Portos, abortar a criação da Secretaria Nacional de Aviação Civil e reunir uma equipe forte, competente e honesta num reinventado Ministério dos Transportes que enxergue e planeje a matriz de transporte e logística do Brasil a partir de uma visão mo‑derna, integrada e multimodal.”

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Agosto de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 5 39547

Não faz nenhum sentido essa fragmentação dos órgãos que dirigem e planejam a matriz de transporte e logística do País, elemento fundamental para o de-senvolvimento.

“Por último, vem a necessária reforma política. Nosso original, anacrônico e esgota‑do sistema político, partidário e eleitoral é que não permite a consolidação de maiorias e mi‑norias sólidas, deslocando a sustentação da governabilidade para a lógica do ‘é dando que se recebe’. Obama, para ampliar o limite da dívida dos EUA, não fica liberando emendas, oferecendo cargos em agências reguladoras, ministérios ou estatais. A discussão” – lá, na democracia mais avançada do mundo – “é pú‑blica. Democratas e republicanos se posicio‑nam, e a sociedade acompanha e estabelece seu julgamento.

As crises geram problemas, mas também oportunidades. Façamos a coisa certa”.

Sr. Presidente, solicito à Mesa que este pronun-ciamento seja veiculado nos instrumentos de comu-nicação da Casa, na TV Câmara, no programa A Voz do Brasil, no Jornal da Câmara.

Muito obrigado, Sr. Presidente, Sras. e Srs. De-putados.

O SR. PRESIDENTE (Amauri Teixeira) – Eu que agradeço, Deputado Marcus Pestana, por ter mais que cumprido o tempo e peço à retaguarda da Mesa para tomar as providências para a divulgação do seu discurso.

O SR. PRESIDENTE (Amauri Teixeira) – Tendo em vista que alguns Deputados vão viajar, os Deputa-dos Zeca Dirceu e Roberto de Lucena permitiram que fizéssemos uma permuta.

Portanto, concedo a palavra ao Sr. Deputado João Ananias. O próximo orador será o Deputado Fernando Ferro. Depois, o Deputado Zeca Dirceu.

O SR. JOÃO ANANIAS (Bloco/PCdoB-CE. Pela or-dem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Deputado Amauri Teixeira, em primeiro lugar, quero agradecer ao Deputado Zeca Dirceu a cortesia de cessão do tempo.

Sr. Presidente, aproveitando que amanhã é o Dia Mundial da Saúde, eu não poderia deixar de trazer uma questão, mais uma vez, já que muitos Deputados a vêm apresentando.

Desde que cheguei a esta Casa, assumi o com-promisso de defender intransigentemente, através do mandato de Deputado Federal, a saúde pública como direito do nosso povo e dever do poder público, como reza a Constituição brasileira. Boa parte das ações e pronunciamentos são dedicados a esta justa causa.

Ao retornarmos do recesso, deparamo-nos com muitas afirmações e conversas em relação à Emen-da Constitucional nº 29, símbolo quase mítico da luta por melhoria do financiamento do SUS que, como um zumbi, ronda há 11 anos os espaços do Congresso Nacional sem decisão definitiva, enquanto nas ruas, nas emergências, nos hospitais, nas Unidades Bási-cas de Saúde e nas nossas portas o povo clama por mais acesso à saúde e sua melhoria.

Não podemos admitir que, após esse penoso trâmite, principalmente na Câmara, o compromisso do Presidente Marco Maia, dos Líderes partidários, da Comissão de Seguridade Social e Família, da Frente Parlamentar da Saúde e de tantos Deputados militan-tes, além de muitas entidades comprometidas com a saúde pública, seja desconsiderado. Tampouco é su-portável que essa construção penosa e complicada seja desprezada porque algum “salvador da pátria”, entre aspas, agora queira iniciar tudo novamente, com a promessa de solução miraculosa.

Sras. e Srs. Deputados, em respeito à luta de tantos, que até já se foram, entendo que não há outro caminho para a Emenda Constitucional nº 29 senão o da votação imediata do destaque, última presilha nesta Casa, para que destravemos de vez esse processo e ela possa retornar ao Senado Federal.

O acordo construído até aqui foi de votarmos, aprovando o destaque que retira a proposta da CSS, e assim dar curso ao que já está aprovado, que é a definição do que são gastos com a saúde.

Se alguém, como eu, defende a criação de outra alternativa de financiamento estável para o SUS, temos que esperar. Aí, sim, pode surgir nova proposta – e irá surgir, com certeza –, que será submetida à apreciação do Congresso, sem atrapalhar a tão surrada Emenda Constitucional nº 29 com suas muitas alterações sofri-das ao longo dos seus 11 anos de tramitação.

Na condição de membro titular da Comissão de Seguridade Social e Família, Vice-Presidente da Frente Parlamentar da Saúde, Presidente da Subcomissão que trata da organização, funcionamento, reorganização e financiamento do SUS e de ex-Secretário de Saúde do meu Estado, o Ceará, apelo ao Sr. Presidente Marco Maia e aos Líderes partidários nesta Casa para que definamos de vez essa questão. Com certeza, tere-mos o reconhecimento da nossa gente, que espera angustiada por soluções efetivas e duradouras para a saúde pública, patrimônio inalienável dos cidadãos.

Era só, Sr. Presidente. Peço que meu pronuncia-mento seja divulgado por todos os meios de comuni-cação desta Casa.

Muito obrigado.

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39548 Sexta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2011

O SR. PRESIDENTE (Amauri Teixeira) – Depu-tado Fernando Ferro, como o orador do Grande Ex-pediente está presente, eu solicito que seja cumprido o tempo de 5 minutos, para garantirmos o tempo dos oradores inscritos.

O SR. WANDENKOLK GONÇALVES – Sr. Pre-sidente, para mim, é um prazer todo especial ouvir o Deputado Fernando Ferro.

O SR. PRESIDENTE (Amauri Teixeira) – Depu-tado Wandenkolk Gonçalves, muito obrigado pela ele-gância, como sempre.

O SR. FERNANDO FERRO (PT-PE. Sem revisão do orador.) – Muito obrigado, Sr. Presidente. Muito obri-gado, Deputado Wandenkolk Gonçalves.

Eu quero falar de um sonho que temos. Sou na-tural do agreste de Pernambuco e tenho a satisfação de apresentar a iniciativa que tomamos para levar a EMBRAPA para o agreste meridional.

Por meio de conversas com produtores da região e com pesquisadores da Universidade Federal Rural de Pernambuco, que hoje está também em Garanhuns, salientamos a importância de que naquele espaço seja possível a construção de unidade de uma empresa da envergadura e da importância da EMBRAPA.

Nós sabemos que a EMBRAPA está espalhada pelo Brasil e atualmente se expande pelo mundo, de-senvolvendo tecnologia, pesquisa e inovação. É, sem sombra de dúvida, uma das instituições que muito or-gulha o nosso País.

Estamos pleiteando para o agreste meridional de Pernambuco uma unidade da EMBRAPA. Sabemos das dificuldades orçamentárias, mas tivemos a receptivi-dade do Presidente da EMBRAPA, o Dr. Pedro Arraes, para iniciarmos conversas para a implantação de um núcleo de pesquisas naquela região.

Reunimo-nos aqui em Brasília com o Dr. Pedro Arraes e com outros representantes da EMBRAPA no dia de ontem. No próximo dia 12 de agosto, estare-mos reunidos em Garanhuns com representantes da EMBRAPA e do Instituto Agronômico de Pernambu-co – IPA, com professores da Universidade Federal Rural de Pernambuco, da extensão de Garanhuns, e com produtores agropecuários para iniciar a discussão sobre essa possibilidade.

Garanhuns é uma região privilegiada pelo seu clima, pela sua água mineral, pela sua condição de planalto do semiárido, que tem temperaturas frias neste tempo. Agora atingimos 13 graus, o que para o Nordeste é pouco comum. Trata-se de uma região que outrora foi grande produtora de café com característi-cas próprias, constituindo-se parte de uma grande ba-cia leiteira da região do Estado, oferecendo, portanto, oportunidades para o cultivo de flores.

A cidade, conhecida como Cidade das Flores, tem grande potencial para a produção de flores, o que não é comum para a região do semiárido. Além disso, é hoje um polo universitário que está desenvolvendo--se como área de oportunidades de serviços, de pes-quisa e de intensa atividade cultural, com festivais de música, hoje uma referência para a cultura do Estado de Pernambuco e, por que não dizer, de outras regi-ões do País.

Nossa iniciativa de levar representantes da EM-BRAPA é para promover um debate sobre essa opor-tunidade, o que, tenho certeza, se viabilizará, porque constitui importante elemento para um desenvolvimento diferenciado da região.

Nós apostamos que essa região do Estado tem grande potencial para a área de serviço, de pesquisa, de cultivos agrícolas não tradicionais e para essa im-portante alternativa para a agropecuária.

Está-se desenvolvendo também em Garanhuns um instituto de pesquisa de produtos lácteos, com a participação de pesquisadores franceses que identifi-caram na região a possibilidade de experimentar, pro-duzir e pesquisar a produção de queijos finos, algo ex-tremamente inovador para a região, uma oportunidade para mudar a característica da produção agropecuária dessa porção do nosso Estado.

Sr. Presidente, é com muita satisfação que tra-go esta manifestação e o nosso empenho, juntamen-te com o Governo, que para lá levou a Universidade Federal Rural na iniciativa de expandir nossas univer-sidades no interior. E o empenho do Governo do Es-tado de Pernambuco, que instalou uma faculdade de medicina em Garanhuns, uma iniciativa que tivemos por meio de emenda, participando da vontade política do Governador.

Temos mais uma frente para consolidar a nossa região como polo de pesquisa, desenvolvimento e in-teresse na área da produção agrícola e agrária, com a característica que o agreste meridional possui.

Agradeço a gentileza dos que nos cederam o tempo para fazer esta manifestação sobre a cidade de Garanhuns e o agreste meridional, onde futuramente, se Deus quiser, teremos um polo de pesquisa da nos-sa grande empresa EMBRAPA.

Muito obrigado.

PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, senhoras e senhores presentes a esta sessão, tenho a satisfa-ção de anunciar que a região agreste meridional de Pernambuco, que tem a cidade de Garanhuns como polo, pode em breve receber um núcleo de pesquisa

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Agosto de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 5 39549

da EMBRAPA. A vocação para a agricultura e a agro-pecuária da região pode ser potencializada.

Temos realizado reuniões com o Sr. Presidente da EMBRAPA, Pedro Arraes, assim como com técni-cos da instituição, com o objetivo de iniciar um diálogo entre a EMBRAPA, a Universidade Federal Rural de Pernambuco e o IPA. Nossa intenção é incentivar não apenas o cultivo, mas principalmente a formação de núcleos de pesquisa em agropecuária e agricultura.

A região, que tem um clima diferenciado, abriga, além de uma importante bacia leiteira, o cultivo de flores e de café.

A vocação para a agricultura precisa ter um acom-panhamento de especialistas, para que se possa con-solidar como importante polo de produção. O micro-clima já favorece o cultivo, mas é preciso dar a esses agricultores consistência científica.

Quero agradecer o empenho do Presidente da EMBRAPA, Pedro Arraes, que se mostrou interessado em investir na área e propôs que técnicos da empresa façam uma visita à região a fim de levantar a vocação e as dificuldades. Aliás, a primeira reunião desse gru-po de trabalho acontece na próxima sexta-feira, dia 12 de agosto, no campus da extensão da Universidade Federal Rural em Garanhuns.

Acredito que a pesquisa é peça fundamental para que os nossos agricultores e pecuaristas possam de-senvolver suas atividades, gerando emprego, renda e crescimento não apenas para Garanhuns, mas para o Estado de Pernambuco.

Muito obrigado.O SR. PRESIDENTE (Amauri Teixeira) – Deputa-

do Wandenkolk Gonçalves, há dois oradores para falar antes de V.Exa., se permitir. Assim, encerramos o Pe-queno Expediente perto das 16 horas, como combinado.

O SR. WANDENKOLK GONÇALVES – Sr. Pre-sidente, é um prazer muito grande participar de uma sessão presidida por V.Exa. Estou tranquilo e gosta-ria de aprender mais com esses dois Parlamentares.

O SR. PRESIDENTE (Amauri Teixeira) – Muito obrigado, Deputado. Passaremos ao Grande Expediente imediatamente após o pronunciamento dos Deputados Zeca Dirceu e Dalva Figueiredo.

O SR. PRESIDENTE (Amauri Teixeira) – Conce-do a palavra ao Deputado Zeca Dirceu.

O SR. ZECA DIRCEU (PT-PR. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, to-dos que nos acompanham pela TV Câmara e pela Rádio Câmara, eu não poderia deixar, numa semana tão importante como esta, de vir a esta tribuna para enaltecer a brilhante iniciativa do Governo Federal e da nossa Presidenta Dilma Rousseff, no momento

em que lançou o Plano Brasil Maior. Há muito, o setor produtivo brasileiro esperava medidas dessa natureza.

Não é pouca coisa. No momento em que o mundo atravessa turbulências, com crises em alguns países da Europa, até mesmo os Estados Unidos vivendo uma série de dificuldades na sua economia, a Presidenta Dilma, o Governo Federal e o Brasil, de forma ousada, lançam um plano dessa magnitude. Na verdade, o Bra-sil, com esse plano, acaba protegendo a sua indústria e incentivando o setor produtivo na área do comércio, de serviços, antecipando-se a uma série de proble-mas que poderiam ocorrer ainda neste ano e em 2012.

As medidas não são poucas e estão relaciona-das à área tributária, como a desoneração da folha de pagamento e mudanças importantes como a redução do IPI para alguns setores. Há uma série de medidas de financiamento, com ampliação de prazos para os setores que, de fato, produzem, geram emprego e são importantes para o nosso País. Há mudanças relacio-nadas à pesquisa, à inovação, e uma série de deso-nerações daquilo que é importante para o Brasil cres-cer e se desenvolver, que são as nossas exportações. Elas também receberão novas linhas de financiamento.

Com o Plano Brasil Maior, o País toma medidas em relação ao que preocupava muito as empresas, principalmente de manufaturados, com vistas à nossa defesa comercial. Haverá a ampliação das ações de promoção comercial, e há agora também um esforço muito bem sinalizado no Plano Brasil Maior de privile-giar a indústria nacional no momento em que for ne-cessário fazer as compras governamentais.

Como Vice-Líder, neste Congresso, da Frente Parlamentar da Indústria Têxtil e de Confecção, quero trazer um pouco do sentimento que já percebi nesses primeiros dias nesse setor. Há uma satisfação muito grande, principalmente porque se trata de um setor que gera quase 2 milhões de empregos no nosso País.

A Presidenta Dilma Rousseff acertou quando escolheu, na hora de prestigiar alguns segmentos, os que mais geram emprego no Brasil. O povo brasileiro não tem dúvida nenhuma de que o emprego é o que dignifica a pessoa e o que fez o Brasil distribuir renda, crescer e desenvolver-se nos últimos anos.

Quando segmentos como o da indústria têxtil e o de confecção, mas também os segmentos calçadis-ta e moveleiro, o da indústria de software, são olha-dos de forma diferenciada pelo nosso País, isso nos dá a certeza de que o Plano Brasil Maior terá êxito, sucesso, porque mexe com o conjunto do País. São segmentos econômicos que têm atuação em todos os Estados brasileiros.

No Paraná, meu Estado, o segmento da indústria têxtil e de confecção tem importância relevante na ge-

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39550 Sexta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2011

ração de emprego e na distribuição de renda. Eu não tenho dúvida nenhuma de que, principalmente com a desoneração da folha de pagamento e com as medidas de defesa comercial anunciadas – esse segmento vem passando por dificuldades, muitas vezes por causa de importações absurdas, ilegais, de produtos vindos dos países asiáticos, que ameaçavam tirar empregos da in-dústria nacional –, houve um avanço, o sinal muito claro de que essas preocupações estão sendo contempladas.

É claro que o plano não é perfeito. É claro que as necessidades, todos os problemas do setor industrial brasileiro e dos trabalhadores não estão equacionados. O Congresso pode, à medida que as medidas provi-sórias e as decisões cheguem a esta Casa, fazer um grande debate sobre o tema e ajudar o Brasil.

O Governo planeja, com certeza, até o final do ano, implantar novas medidas. Há um diálogo constante entre o Governo, os trabalhadores e o setor empresarial que vai possibilitar, talvez, avanços ainda maiores dos que já vimos acontecer esta semana no lançamento do Plano Brasil Maior.

Portanto, fica o meu compromisso de defender essas medidas no Congresso, fica a minha saudação à Presidenta Dilma Rousseff, a todos os Ministérios envolvidos, que são muitos, pelo grande trabalho, que marcou uma semana bastante positiva no nosso País.

Muito obrigado, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Amauri Teixeira) – Conce-

do a palavra à Deputada Dalva Figueiredo, para uma Comunicação de Liderança, pelo PT.

A SRA. DALVA FIGUEIREDO (PT-AP. Como Lí-der. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, população que nos acompanha neste momento, antes de entrar em recesso, eu disse que aproveitaria o tempo para visitar alguns Municípios do meu Estado que, no mês de julho, ainda enfrentavam o período das chuvas.

Lá no nosso Estado temos a BR-156, que atra-vessa o Estado. Ela liga o Amapá de norte a sul e nos leva até a travessia para a Guiana Francesa.

Pois bem, nós retomamos os trabalhos da BR-156, o que – eu diria – é um sonho acalentado há muitos anos. Os serviços serão executados em três etapas. A obra compreende os Municípios de Calçoene e Oia-poque e atravessa a reserva indígena. Com recursos federais no valor de 75 milhões de reais, a obra será executada através da Secretaria de Estado de Trans-porte, que tem à frente o Sr. Sérgio La-Rocque.

Quero parabenizar o Secretário e a sua equi-pe. Com a nossa bancada federal e o Governador do Estado, estivemos no Ministério dos Transportes, no DNIT, e conseguimos retomar uma obra que estava há quase 1 ano parada.

Na Amazônia é assim, agora é chuva, e se não trabalharmos de agosto a novembro, não avançamos.

Ontem, depois que saímos daqui da Câmara, de-pois que acabou o jogo do Flamengo, em que o meu time venceu, fiquei muito triste, porque assisti no SBT a um programa, que passou pela segunda vez, sobre o Oiapoque, a terra onde nasci. Falava-se de prostituição infantil; de tráfico de drogas; de entrada de franceses no Brasil para, junto com outros, praticarem a prosti-tuição infantil; dos chamados coiotes, que atravessam brasileiros para a Guiana Francesa; de garimpo ilegal.

Eu tinha preparado um pronunciamento sobre outro tema, mas resolvi falar da retomada dos traba-lhos na BR-156. Serão três trechos: o primeiro, no va-lor de 75 milhões de reais; o segundo, 85 milhões de reais; e o terceiro, que também será executado, de 22 milhões de reais.

Então, quero dizer da importância dessa obra para o Amapá se desenvolver – aliás, ela é determi-nante – e também para o Oiapoque poder combater todos os problemas evidenciados nesse programa de televisão a que assisti.

Juntamente com a bancada, estamos trabalhan-do para que a nossa Presidenta, através do Ministério da Educação, amplie de dois para três Institutos Fede-rais de Educação. Estão previstos dois institutos para o Amapá e queremos mais um. Um será inaugurado em setembro, em Laranjal do Jari, na região sul; o ou-tro, na Capital, Macapá. Conseguimos dois, queremos agora o terceiro, justamente para o Oiapoque, a fim de que as meninas que são vítimas da prostituição infan-til e os meninos e as meninas que se envolvem com o tráfico de drogas possam ter oportunidade de fazer ensino técnico e curso superior.

No Oiapoque, temos a Universidade Federal do Amapá. Precisamos estruturá-la, ampliar o número de vagas, de cursos e de professores.

Tenho certeza de que agora no nosso Governo, no Governo da Presidenta Dilma, vamos conseguir mudar essas situações tão difíceis pelas quais pas-sa a população do Oiapoque, enfrentando problemas que só com educação, geração de emprego, garantia de moradia e melhorias de infraestrutura conseguire-mos superar.

Por isso, quero aqui comemorar as obras nesses três trechos, que são absolutamente importantes para o nosso Estado. As obras vão também gerar empre-gos – estima-se que serão gerados em torno de 400 empregos diretos e 200 empregos indiretos.

Só para corrigir – dados oficiais –, são 75 mi-lhões de reais no primeiro trecho, com 54 quilômetros de extensão; depois teremos o terceiro lote, com 56 quilômetros, num orçamento de quase 86 milhões de

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reais. E, para as compensações para os povos indí-genas, porque a BR irá atravessar a área indígena, conseguimos estabelecer recursos no valor de 22 mi-lhões de reais.

Então, além de contribuir para o desenvolvimento econômico do nosso Estado, vamos promover a inclu-são social e a melhoria de dados sociais tão difíceis para o Oiapoque e o Amapá.

Nós também temos que comemorar a retomada das obras do Aeroporto Internacional de Macapá. Es-tivemos com o Presidente da INFRAERO – a nossa bancada, o Governo do Estado –, para que as obras do aeroporto sejam aceleradas. Eles estão trabalhan-do na licitação do terminal.

Creio que eu virei aqui muito em breve comemorar a inauguração da ponte que vai ligar o Amapá, o Brasil, à Guiana Francesa; a conclusão das obras da BR-156 e o início das obras do trecho sul e do trecho norte.

Nós vamos trabalhar confiando em que vamos conseguir os recursos necessários para superar es-sas dificuldades. Tenho certeza de que em breve ire-mos assistir a outro programa de televisão falando do quanto o Oiapoque e o Amapá conseguiram avançar com os investimentos necessários.

Muito obrigada, Presidente.

PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELA ORADORA

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, o Governo do Amapá retomou, no dia 22, sexta-feira, as obras da BR-156, no trecho compreendido entre os Municípios de Calçoene e Oiapoque. A ação é executada pela Secretaria de Estado do Transporte – SETRAP, em parceria com o Governo Federal.

Os serviços são frutos do esforço do Poder Exe-cutivo e da bancada federal, junto ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes – DNIT, ór-gão do Ministério dos Transportes. A obra gerará 450 empregos diretos e 200 indiretos, além de impostos para o Município de Calçoene.

De acordo com o titular da SETRAP, Sérgio La--Rocque, a obra foi dividida em três etapas. Foram iniciados os serviços do primeiro lote, que vai de Cal-çoene à Vila do Carnot, totalizando um asfaltamento de 56 quilômetros. A execução será realizada pela empresa CR Almeida S/A. O valor inicial dos serviços é de 74,7 milhões de reais.

Em cerca de um mês, será iniciada a segunda etapa da pavimentação asfáltica, que possui 54 quilô-metros de extensão. O lote começa próximo à Vila do Carnot e finda próximo ao Rio Cassiporé. Nesta fase, a executora será a empresa EGESA, a um custo inicial orçado em 105 milhões de reais.

O terceiro lote, com 56 quilômetros de extensão, vai do Rio Cassiporé ao Município de Oiapoque. A empresa executora desse trecho será a JM Terrapla-nagem e Construções Ltda., cujo contrato está orçado inicialmente em 85,7 milhões de reais. A data para o início da última fase ainda será definida pela SETRAP.

A execução da obra dependia do atendimento de condicionantes ambientais e compensações aos povos indígenas que residem na região.

As ações acordadas com o Governo para a exe-cução dos serviços são: conclusão das aldeias Piquiá e Curipí; construção de sete novas aldeias; elaboração do Estudo de Impacto Ambiental na Reserva Uaçá; elaboração do projeto executivo de seis aldeias e cons-trução da Aldeia Anauerá.

O projeto da retomada das obras da BR-156 foi aprovado após ser reformulado e ter diminuição de custos. O custo das demandas envolvidas na ação baixou de 39 milhões de reais para 22 milhões de reais. A redução foi bem aceita pelo Ministério, que aprovou a ação.

A retomada da pavimentação asfáltica da BR-156 fará com que o Amapá se desenvolva, pois a rodovia integrará o Estado com a Guiana Francesa.

Reunião com a AGU e a INFRAERO para discutir a ampliação do Aeroporto de Macapá.

Na terça feira, dia 2, a ampliação do Aeroporto Internacional de Macapá foi discutida com a AGU. A diretoria da INFRAERO reiterou a necessidade de mais estudos para afirmar se haverá, afinal, a necessidade de mais estudos para afirmar se haverá, afinal, a ne-cessidade de expropriação de terras das famílias que moram no entorno da região. Mas se comprometeu com um prazo de 15 dias para liberar respostas acerca do assunto. O diretor da INFRAERO, Gustavo Vale, disse que é preciso ter certeza de que não há risco para a população e se é possível construir uma nova pista e abrir mão da área H (Alvorada).

A Câmara de Conciliação, representada pelo Di-retor Francisco Orlando, alegou não ter interferido na questão da disputa de terras porque a União enten-deu que não havia possibilidade de acordo entre as partes. Esta Deputada pediu celeridade no processo técnico da INFRAERO, mas foi avisada pela Câmara de Conciliação que os pareceres não determinarão o andamento das obras, graças ao teor dos conflitos entre Prefeitura e comunidade.

Em contrapartida, eu me comprometi a atuar jun-to à Prefeitura quanto ao remanejamento pacífico de cerca de 500 famílias que vivem em casas de palafita em região irregular, apesar de a Prefeitura já ter rece-bido recursos do Programa Minha Casa, Minha Vida para realocá-las.

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39552 Sexta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2011

Entrega de dez veículos para assistência técnica e extensão rural dos agricultores amapaenses.

A aquisição desses veículos é a primeira etapa do Projeto Pacto Federativo, através de convênio entre o RURAP e o MDA, no valor de R$2.236.898,00, com R$224.000,00 de contrapartida do GEA. Max Ataliba, diretor-presidente da instituição, destacou que o for-talecimento do órgão depende também dos recursos federais, citando os escritórios do órgão no interior, que serão entregues à comunidade totalmente refor-mados, resultado de outra emenda desta Deputada, no valor de 650 mil reais. “Gostaríamos de pedir apoio aos demais políticos para que destinem recursos para a agricultura”, manifestei.

O SR. PRESIDENTE (Amauri Teixeira) – De novo e gentilmente, mas pela última vez, o Deputado Wan-denkolk Gonçalves permite que outro Parlamentar utilize a palavra antes de S.Exa.

O SR. WANDENKOLK GONÇALVES – Sr. Pre-sidente, eu tinha dois motivos especiais para priorizar o ilustre Deputado Fernando Francischini: além de ser do meu partido, S.Exa. é um emblema nosso na Polícia Federal.

O SR. PRESIDENTE (Amauri Teixeira) – Quando S.Exa. me pediu para usar agora a palavra, eu disse: “Rapaz, eu não tenho mais cara para pedir ao Depu‑tado Wandenkolk, não. Negocie com ele”. E ele disse: “Não, ele é meu amigo”. É realmente.

Mas, mesmo assim, agradeço a gentileza e a tolerância de V.Exa. até agora. Não vamos mais, de-pois do Deputado Fernando Francischini, conceder a palavra a ninguém a não ser a V.Exa.

O SR. PRESIDENTE (Amauri Teixeira) – Com a palavra o Deputado Fernando Francischini, do PSDB do Paraná.

O SR. FERNANDO FRANCISCHINI (PSDB-PR. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, eu queria trazer para nós uma vitória; uma vitória do Congresso Nacional, uma vitória do nosso País.

Presidi ontem a nossa Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado. Consegui-mos aprovar a Lei de Combate ao Crime Organizado, que há anos se arrasta aqui no Congresso Nacional. É uma lei importantíssima que vai fazer uma grande diferença no combate ao tráfico internacional de dro-gas e à escalada da corrupção que estamos vivendo, infelizmente, no nosso País e na regulamentação da atuação da Polícia Federal, da Polícia Civil – as polícias que fazem a investigação em nosso País –, do Ministério Público Federal e do Ministério Público dos Estados.

Temos um grande problema. Até hoje essas gran-des investigações enquadravam as grandes quadrilhas

em um crime comum, previsto no art. 288 do Código Penal, com pena de 1 a 3 anos. Os criminosos per-maneciam pouco tempo atrás das grades. E víamos sempre o Judiciário, o Ministério Público ou a polícia sendo criticada. Aqui temos que colaborar, no Congres-so Nacional. Agora, com a Lei de Combate ao Crime Organizado, temos a regulamentação do que é uma organização criminosa – três ou mais criminosos reu-nidos com tarefas divididas –, o caráter transnacional dos crimes. E temos um crime específico, cuja pena aprovada é de 4 a 10 anos de reclusão.

Temos também a regulamentação dos meios de investigação para a polícia e o Ministério Público inves-tigarem essas organizações: a infiltração de agentes policiais; a interceptação telefônica, agora regulamen-tada nos seus detalhes; a interceptação ambiental; a escuta ambiente; a captação de sinais eletromagnéti-cos; toda uma estrutura de que países desenvolvidos como os Estados Unidos e países europeus dispõem na sua legislação para enfrentar esses graves delitos.

Nosso País hoje vive uma grave crise na segu-rança pública, seja pelo aumento dos homicídios em todo o País, seja pelo tráfico de drogas na fronteira, especialmente no meu Estado, na região de Foz do Iguaçu, de Guaíra, região de fronteira. Temos que ter instrumentos à mão para enfrentar essa criminalidade. A aprovação da Lei de Combate ao Crime Organizado vai trazer uma grande virtude à polícia e ao Ministério Público, instrumentos à mão.

Uma das medidas que destaco, Sr. Presidente, é a alienação rápida dos bens apreendidos. Muitas ve-zes, na região de fronteira, nas grandes Capitais, veí-culos apreendidos, bens apreendidos, imóveis de alto valor apodreciam no tempo, abandonados por 10, 15, 20 anos. E quando eram arrematados em leilões não tinham mais valor. Agora, com a aprovação dessa lei na Comissão de Segurança – a proposta segue para a CCJ –, nós teremos a alienação provisória rápida.

Com uma conta aberta em juízo, o bem é vendido, a conta é remunerada, e se a pessoa for absolvida, ao final, recebe o valor. Senão, o bem vem para a União para equipar a Polícia Federal de melhor estrutura, a fim de enfrentar, com o dinheiro do crime organizado, o próprio crime.

Então, trago essa informação. Com certeza, nós aqui do Congresso Nacional,

independentemente das cores partidárias, estamos dando nossa colaboração. É fácil criticar o Congresso Nacional, mas essas leis que são aprovadas demons-tram que nas Comissões nós estamos trabalhando a todo o vapor, tentando criar uma legislação eficaz para as famílias, pais e mães hoje que têm filhos de-pendentes químicos, que estão presos e não tiveram

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uma segunda chance – e eles sabem que seus filhos não são bandidos, não são criminosos profissionais –, aqueles que são vítimas de crime e sentem que a polícia não tem estrutura. Estamos trabalhando para tentar trazer novo alento nesse combate.

O Governador do meu Estado, Beto Richa, lan-ça no dia 10 de agosto, Sr. Presidente, quando se co-memora o aniversário da Polícia Militar do Estado, o programa Paraná Seguro, que tende a ser uma grande reviravolta, com aumento do efetivo policial e de inves-timentos nessa área.

Parabenizo a Polícia Militar do Paraná pelo seu aniversário e o Governador Beto Richa por dar esse salto de qualidade que nós esperamos.

Muito obrigado e uma boa tarde a todos os Srs. Parlamentares e àqueles que nos acompanham pela TV Câmara.

O SR. PRESIDENTE (Amauri Teixeira) – Esta Presidência parabeniza V.Exa. que, certamente, tem contribuído muito nesta Comissão, e toda a Comissão, que nos traz notícias alentadoras sobre o combate ao crime organizado. V.Exa. dá grade contribuição pela experiência, origem e atuação anterior às atividades no Parlamento.

Parabéns, Deputado!O SR. PRESIDENTE (Amauri Teixeira) – Concedo

a palavra ao Sr. Deputado Mauro Benevides.O SR. MAURO BENEVIDES (PMDB-CE. Pronun-

cia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, às 10 horas do próximo dia 8 de agosto, o Tribunal de Contas dos Municípios do Ceará estará inaugurando nova sede, quando ainda mais proficien-temente continuará cumprindo os seus nobres objeti-vos institucionais.

À testa de seus destinos encontra-se o Conse-lheiro Manuel Beserra Veras, magistrado dos mais distinguidos que ascende à Corte pelos votos de seus pares, em escrutínio recentemente levado a efeito, num reconhecimento aos seus atributos como juiz dos mais íntegros.

Recordo, ainda, porque Deputado Estadual à época, a criação do TCM, antes denominado Con-selho de Contas, já computando longa trajetória de exemplar desempenho em favor da correta aplicação dos recursos públicos.

Tudo farei para atender ao aludido convite, a fim de cumprimentar todos quantos, ali, buscam atender às nobres finalidades do conceituado colegiado, que há prestado inestimável colaboração as nossas comunas.

Orientando, didaticamente, as 184 cidades, o Tribunal empreende procedimento pedagógico, evi-tando que se cometam desvios atentatórios ao inte-resse público.

A SRA. TERESA SURITA (PMDB-RR. Pronun-cia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, venho a este plenário parabenizar os 5 anos de existência da Lei Maria da Penha, lei esta que combate a violência contra as mulheres. Apesar da conquista, temos um grande desafio pela frente: combater os altos índices de violência ainda existentes.

De acordo com pesquisa da Fundação Perseu Abramo, divulgada em matéria constante do site da Secretaria de Políticas para as Mulheres, a cada 2 minutos, cinco mulheres são agredidas no Brasil, cin-co mulheres entram para as estatísticas que devem indignar todos nós.

O caso de Maria da Penha é emblemático. A far-macêutica Maria da Penha, em 1983, foi atingida por um tiro disparado pelo próprio companheiro. Como consequência, ficou presa a uma cadeira de rodas para o resto da vida.

É por causa de casos tristes como o de Maria da Penha que a referida lei existe e se tornou um instru-mento importante para punir os agressores. No próxi-mo dia 7, a Lei Maria da Penha, que no meu entender ajuda a salvar vidas, comemora 5 anos, mas com nú-meros que ainda nos entristecem.

Em meu Estado, Roraima, apenas nos três pri-meiros meses deste ano, a Delegacia de Defesa da Mulher registrou mais de 700 casos de violência. Se-gundo o Setor de Estatística e Análise Criminal da Se-cretaria de Estado da Segurança Pública de Roraima, no ano passado, foram 7.532 boletins de ocorrência sobre violência doméstica. Estes números aos quais eu tive acesso mostram que a agressão às mulheres continua, e tem aumentado gradativamente ao longo dos anos, mesmo com uma legislação mais rigorosa.

Nossa realidade, apesar do avanço que essa lei representa, ainda assusta. Ainda há, em nosso País, muitas “Marias da Penha” sofrendo os mais diversos tipos de agressões físicas e psicológicas todos os dias nos lares brasileiros.

Em um país em que 97 milhões são mulheres e que tem 5.564 Municípios, o desafio é buscar a preven-ção e o atendimento. Hoje contamos em todo o Brasil com apenas 388 delegacias especializadas no aten-dimento à mulher, 70 juizados de violência doméstica e 193 centros de referência de atendimento à mulher.

Acredito que para garantir uma vida digna e sem medo às mulheres vítimas de agressão é fundamental dar estrutura para que as mulheres agredidas possam denunciar com segurança, para que se apurem os fa-tos e punam-se os agressores. A denúncia ao número 180, da Central de Atendimento à Mulher, é um passo fundamental nessa nossa luta.

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39554 Sexta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2011

É nosso papel, como Parlamentares, lutarmos para que essas melhorias aconteçam.

Deixo aqui os meus parabéns às mulheres pela conquista que representa a Lei Maria da Penha e fica o meu pedido para fortalecermos, em conjunto, a rede de proteção à mulher existente no Brasil.

Obrigada.O SR. PRESIDENTE (Amauri Teixeira) – Passa-

-se ao

V – GRANDE EXPEDIENTEO SR. PRESIDENTE (Amauri Teixeira) – Final-

mente, depois de muita gentileza, concedo a palavra ao Deputado Wandenkolk Gonçalves, do PSDB do Pará, no Grande Expediente. S.Exa. disporá no mínimo de 25 minutos na tribuna. Normalmente, seria no máximo, mas, pela gentileza, seremos tolerantes tanto quanto V.Exa. foi com os colegas.

O SR. WANDENKOLK GONÇALVES – Muito obrigado, Sr. Presidente. Agradeço, mas vou continu-ar sendo tolerante, já que disponho de espaço signifi-cativo, cedendo a palavra ao Deputado Rui Palmeira.

O SR. PRESIDENTE (Amauri Teixeira) – Com a palavra, pela ordem, o Deputado Rui Palmeira.

O SR. RUI PALMEIRA (PSDB-AL. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Agradeço ao Deputado Amauri Teixeira e ao Deputado Wandenkolk Gonçalves.

Quero apenas registrar que estamos protocolan-do requerimento ao Sr. Ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, porque ontem a Capital de Alagoas, Maceió, e toda a região metropolitana – as cidades que cercam Maceió – sofreram mais um apagão, mais um blecaute. Por cerca de 1 hora, quase 1 milhão de habitantes ficou sem energia elétrica.

Infelizmente, medidas não são tomadas pelo Mi-nistério de Minas e Energia. A ELETROBRAS de Ala-goas certamente é a empresa que presta o pior serviço no Brasil e mostra o total descaso e desrespeito do Governo Federal para com os alagoanos.

Obrigado.O SR. PRESIDENTE (Amauri Teixeira) – Com a

palavra o Deputado Amauri Teixeira.O SR. WANDENKOLK GONÇALVES (PSDB-PA.

Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, hoje é um dia importante para esta Casa, para este Parlamento, para todos nós, Parlamentares, principalmente como V.Exa., que acompanha dia a dia as preocupações, e, ao mesmo tempo, sugestões para minorar e em alguns casos até resolver as questões que afligem nossos respectivos Estados, principal-mente nosso País.

Venho inicialmente fazer um comunicado e um agradecimento especial. Primeiro, ao meu partido, de-

pois, aos meus pares da Comissão de Minas e Energia que me conduziram à presidência de uma Subcomissão Permanente que deverá acompanhar as obras, prin-cipalmente as condicionantes da Hidrelétrica de Belo Monte, na região do Xingu, da Siderúrgica ALPA, que se está instalando em Marabá, além da situação dos garimpeiros e, principalmente, a questão que envolve toda a possibilidade de geração de energia para au-mento da renda e dos empregos por que tanto este País clama.

Então, quero agradecer a eles essa deferência, agradecer principalmente o reconhecimento de me colocarem nesse posto, um dos maiores desafios que recebi neste Parlamento. Tenho certeza de que, com a ajuda de todos, haveremos de encontrar os caminhos que poderão fazer com que a geração de energia lim-pa possa trazer ao País o tão propalado desenvolvi-mento sustentável.

Ontem, Sr. Presidente, com muito honra, acompa-nhei – em que pese ser um Deputado do PSDB – um grupo de Ministros até o Município de Altamira. Aliás, um Município que sempre me deu votações expressivas em todos os momentos das minhas disputas eleitorais.

Desta vez não foi diferente: quase 17 mil votos me trouxeram de volta ao Congresso Nacional. E eu não poderia, mais uma vez, de deixar de agradecer àquela gente, não só de Altamira, mas de toda região da Transamazônica, do Xingu, do sul do Pará, aliás, de todo o Pará. Eu tive a oportunidade de ser votado nos 143 Municípios daquele Estado.

Lá, tive a oportunidade de participar ontem de um evento belíssimo, emblemático, coordenado principal-mente pelo Governo do Estado, quando determinou para aquela região um projeto de resgate e, acima de tudo, de condução do processo de cidadania. Milhares de pessoas foram às ruas, atendendo ao chamamen-to do Governo. E os Ministros que para lá foram, que se deslocaram de Brasília até lá, nos ajudaram numa parceria tripartite dos Governos Federal, Estadual e Municipal.

Acho que é assim que tem que funcionar as coisas neste País, porque, na hora em que conseguimos nos unir, quem ganha é povo. Na hora em que se divide a conta, quem a paga é principalmente o povo.

Por isso, quero parabenizar todos, agradecer ao pessoal da ELETRONORTE, da ELETROBRAS, que estiveram conosco lá, mas principalmente a uma pes-soa em particular, que conseguiu resgatar e continua resgatando ainda hoje a expectativa de mais cidadania com a Operação Documento, significativa naquela re-gião, a Dra. Izabela Jatene, que coordena o Programa do Pró-Paz, da Operação Cidadania Xingu.

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Um aviso a todos aqueles Municípios: essa ação vai se estender por todos os Municípios da circunvizi-nhança, em toda a Transamazônica, inclusive com ações também ligadas à zona rural. Por isso, a eles e principal-mente ao Governo do Estado o nosso reconhecimento, o nosso agradecimento e, acima de tudo, a manifestação de agradecimento de toda aquela gente boa da região.

Mas nem tudo foram flores por lá, Sr. Presidente. Eu, como disse a V.Exa., como Parlamentar, presido esta Subcomissão que já está acompanhando as obras da Hidrelétrica de Belo Monte, no que diz respeito principalmente às condicionantes emergenciais, três condicionantes das 40 definidas no edital de licitação da obra, arrematado no leilão pela Norte Energia, que tem um pool de dez empresas das mais emblemáticas do sistema de construção de barragens neste País.

Infelizmente, as condicionantes principais da área de saúde, de educação e principalmente de segurança ou caminham a passos de tartaruga ou não caminha-ram ainda para lugar nenhum.

Eu estive, por exemplo, no Município de Vitória de Xingu, que, entre as condicionantes, ficaram de fazer imediatamente a ampliação e recuperação do hospital municipal. Até agora não passou ninguém por lá. Alta-mira, na mesma condição no que diz respeito à saúde. E o agravante, Sr. Presidente, é que a cada dia chegam dezenas, centenas de pessoas. Daqui a pouco, milha-res vão se dirigir para aquela região, acreditando em terra prometida, acreditando na geração de emprego, acreditando na geração de renda. E principalmente esses impasses, as despesas, as angústias sobram para as Prefeituras Municipais.

A Prefeitura de Altamira vive uma situação de muita dificuldade, porque o Governo do Estado passa-do a penalizou sobremaneira, não colocou um alfinete, como se diz na gíria, não colocou um prego numa barra de sabão naquele grande e importante Município no contexto da Transamazônica e do Xingu.

E agora a Prefeita Odileida luta para recuperar tudo isso. Logo quando ela estava conseguindo respi-rar, já com o Governo do Estado acenando, acertan-do convênio para pavimentação asfáltica, ampliando o Hospital Regional, dando garantia de recuperação da saúde, melhorando a situação da segurança públi-ca, aumentando o efetivo policial, infelizmente, chega gente de todas as partes do País.

E não estou falando do Governo brasileiro, que cumpriu a sua parte – temos é que agradecer a ele, porque bateu o martelo, disse que ia fazer e está fa-zendo –, estou realmente cobrando publicamente é do consórcio que ganhou a concorrência e arrematou o leilão. E nesse edital estão especificadas todas as condicionantes, que não aconteceram.

Então estou angustiado e preocupado com o fato de essas questões ainda não terem sido resgatadas. Quantos aos empregos, uma das condicionantes, es-tão chegando principalmente para nós marceneiros, pedreiros e carpinteiros. Claro que são profissões em-blemáticas, necessárias, honestas e, acima de tudo, reconhecidas. Mas os principais empregos, principal-mente para a nossa juventude, na área de tecnologia, na área de geração do conhecimento, na instalação de universidades, com a possibilidade de formação dessa mão de obra, infelizmente ainda não chegou na nossa região. “Ah! Mas ainda não começou a obra!” Sim, mas nós temos que preparar essa mão de obra justamente para, quando da liberarão da licença de operação da obra, estar preparada para assumir os compromissos assumidos com todos nós daquela região.

Defendemos de maneira ferrenha, todos nós, sem exceção, brigamos há mais de 20 anos para que essa hidrelétrica seja instalada na nossa região. Nós entendemos como o caminho mais curto para o nosso desenvolvimento. Mas, de um lado, quando nós temos um rio, aquele rio é a minha rua, aquele rio é a nossa rua, nós vamos ceder a nossa rua, nós vamos ceder a nossa casa para que o Brasil possa avançar com o seu parque industrial no seu processo de desenvolvimento, que é um desenvolvimento para todos nós. Afinal de contas, somos todos brasileiros. Mas não está havendo a contrapartida necessária para que possamos avançar paralelamente à construção da obra, para que possa-mos avançar paralelamente na possibilidade concreta do desenvolvimento sustentável e, principalmente, na melhoria da qualidade de vida de cidadãs e cidadãos altamirenses e de toda a região.

Por isso vim até aqui fazer esse alerta, cobrar da Norte Energia com a mesma disposição que eu tive quando participei de todas as audiências públicas, en-frentando, inclusive, nações indígenas, enfrentando no bom sentido, conversando com eles, mostrando a difi-culdade que iríamos ter quando essa obra fosse insta-lada. Essa mesma preocupação eles não estão tendo conosco. Com a mesma determinação que tive para enfrentar todos esses segmentos sociais, aliás, todos eles com reivindicações justíssimas e oportunas; com a mesma predisposição, a mesma ação parlamentar; posso me posicionar contrariamente para que essas coisas avancem.

Vamos agora fazer a última etapa, a licença de operação. Já foi dada a licença prévia, a licença am-biental, a licença de implantação. Conversamos com os Prefeitos, com os Vereadores, com os segmentos sociais, pedindo o entendimento, dizendo que iríamos imediatamente usufruir dos compromissos que nos foram feitos em todos os níveis, inclusive em Brasí-

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39556 Sexta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2011

lia. Agora, quanto a licença de operação, segura que o bicho vai pegar! Se não começarem a resgatar, se não colocarem no papel, no cronograma temporal, quando essas coisas vão acontecer, não vamos po-der sair nem fazer.

Conversei com a Prefeita Odileida, com o Prefeito Liberalino, de Vitória do Xingu, sobre onde realmente vai se instalar a hidrelétrica. Também conversei com o Prefeito de Brasil Novo e os 11 Prefeitos que integram o Consórcio Belo Monte. Haverá uma reunião, na próxima semana, com o Norte Energia, a ELETRONORTE, a ELETROBRAS. O próprio Governo brasileiro tem que nos dizer quando essas coisas vão realmente come-çar a ser resgatadas, porque a cada dia chega mais gente, mais gente, e as questões sociais se avolumam.

Não adianta dizer que se vai pintar ou recuperar uma escola, que se melhorou a oportunidade para a educação. Você simplesmente está pintando a escola; você não acresceu uma sala de aula, você não acres-centou uma carteira, você não pegou um aluno a mais. Não adianta dizer que se recuperou um hospital, como é o caso do Hospital Municipal de Vitória do Xingu e do de Altamira – telhados foram trocados, pintura nova, porque você não aumentou um leito hospitalar. Temos a consciência de que não se faz um hospital de cem leitos, como o que nos foi prometido, em 2 dias, 1 ano, 2 anos. Não se faz. Mas enquanto não temos essa con-dição, por que não contratar leitos na rede particular de saúde? Enquanto não vem a Universidade Federal do Xingu, que lá está compromissada também, por que não liberar bolsas para estudantes nas universidades particulares, para preparar essa mão de obra, para que nossos jovens possam disputar, com qualidade, o mercado de trabalho? Minas Gerais tem 14 universida-des. Lá só temos duas, e atravessando uma dificuldade desgraçada, totalmente sem condições de ampliar a quantidade de alunos no curso superior.

Vim aqui hoje trazer essa preocupação, essa de-terminação, principalmente, Presidente, trazer o apelo para V.Exa., que está sensível a essas questões. Te-nho acompanhado o discurso que V.Exa. profere não só da tribuna, mas, principalmente, de sua bancada. Que nos ajude nessa questão, que repensem. Daqui a pouco, aquilo ali pode se transformar em um caos, em uma questão fratricida, entre irmãos. Aí, vamos sofrer consequências danosas, que nunca mais pode-rão ser reparadas. Por isso o Norte Energia, por isso a ELETRONORTE, por isso a ELETROBRAS, por isso o Governo brasileiro.

Nós precisamos realmente da contrapartida. Não estamos pedindo nada. Nós estamos cedendo nosso patrimônio, estamos cedendo nosso Rio Xingu, belís-simo, aquele rio é a minha rua; estamos cedendo a

nossa rua, a nossa avenida principal, para desenvolver este País, e precisamos ter a contrapartida necessária, não a contrapartida como a que fizeram em Arco de Fogo, que engessou todo mundo, acabou com o seg-mento madeireiro, desempregou mais de 17 mil pes-soas. Enfim, criou-se um caos generalizado na nossa cidade e ela está inchada; é uma verdadeira bomba de efeito retardado. Se imediatamente não conseguirmos dar destinação de emprego a essa gente, as coisas vão começar a se agravar, e muito, principalmente na questão da segurança pública.

Ora, uma das reivindicações que constam no edital de licitação da obra, do leilão público, é a demar-cação de terras indígenas. Eu mesmo defendo isso há mais de 40 anos. Mas ao invés de se demarcarem as terras indígenas que fazem parte da área que vai ser inundada, eles estão demarcando lá para o Município de Uruará, que fica a quase 220 quilômetros, mais 100 para dentro, enfim, 300 quilômetros longe da barragem.

Para dar uma satisfação, fizeram pior a emenda do que o soneto. Pegaram a comunidade de Cachoeira Seca, Presidente, que tem mais de 2 mil produtores de cacau, pimenta-do-reino, pecuária, arroz, milho, feijão, produtores rurais, agricultores familiares, e foram lá para demarcar. Desalojaram aproximadamente 2 mil famílias, mais de 5 mil pessoas, para dar uma área gigantesca a 60 índios. Nada contra a comunidade indígena, muito pelo contrário. Reconheço a importância que teve no contexto da nossa história e reconheço a importância da cultura, mas são mais de 2 mil famílias! Eles vão para onde? Aliás, quem os colocou lá foi o próprio Governo brasileiro, por meio do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA, quando os assentou naquela área. Então, é preciso ter um enten-dimento, diminuir o tamanho dessa demarcação, fazer realmente um pacto com as comunidades indígenas, com a Fundação Nacional do Índio – FUNAI, com o Governo brasileiro, os Governos Federal, Estadual e Municipal, principalmente com aqueles que vivem lá, para que possamos buscar um entendimento entre ir-mãos, para que possamos continuar o tão propalado desenvolvimento sustentável.

O outro lado do rio, o lado do Pará, é o sul do Pará, minha terra querida. Sou filho de Tupirama, com muito orgulho, vizinho de Marabá, onde comecei os meus estudos; fiz primário, ginásio, depois fui para Belém, fui para o Rio Grande do Sul. Consegui com a ajuda, graças a Deus, do meu pai, cabo da Polícia, e da minha mãe, professora leiga. Agradeço a eles e a toda a minha família, que me trouxessem até este Par-lamento. O caboclo sai lá das barrancas do Tocantins, sem conhecimento de ninguém, e consegue chegar aqui, ao Congresso Nacional, junto com 512 pares.

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Para mim, é um orgulho todo especial de um momen-to da minha vida, vamos dizer, mais gratificante e com maior amadurecimento, poder participar e aprender. Aquilo que eu disse ainda agora é verdadeiro, não é nenhum mise‑en‑scène; é aquilo mesmo; a cada dia neste Parlamento aprende-se mais, prepara-se mais, e esse preparo temos de utilizar em favor daqueles que não tiveram ou não terão condição de nos ajudar a desenvolver este País.

É assim que faço política. Eu não faço política con-tra o Brasil; eu não faço política de oposição a ninguém; eu não faço disso um cavalo de batalha para fazer po-lítica com o fígado e não com o sentimento, não com o coração, com a razão. Aqueles que me conhecem sabem da minha maneira de fazer política. Quarenta anos de vida pública! Desafio a TV Câmara. Desafio – 40 anos de vida pública – alguém a apontar o dedo na minha cara, a mostrar uma mazela minha, a me chamar de la-drão, bandido, assassino. Desafio! Quarenta anos! Fui Secretário de 6 Governos diferentes no Estado do Pará, 6 Governos diferentes, de partidos diferentes. Desafio qualquer um deles a apontar o dedo na minha cara e me mostrar qualquer desvio de conduta, qualquer des-vio ético, qualquer desvio moral. Desafio!

Eu tenho orgulho de ser político. Tenho orgulho. Quando vejo essas coisas acontecendo na mídia na-cional... Não são todos os políticos, minha gente. É uma meia dúzia, uma pequena parcela, como tem em todos os segmentos da sociedade e que não podemos extrapolar. Lá em Marabá não está sendo diferente. Há mais de 15 anos promete-se a instalação de uma side-rúrgica, que é o nosso sonho de geração de emprego e renda – quase 20 mil empregos, diretos e indiretos. Todo ano é a mesma conversa fiada.

Quando começaram esse discurso, a tonelada de minério de ferro custava 17 dólares; hoje, a mesma tonelada de minério de ferro custa 200 dólares. A Vale do Rio Doce, ou a Companhia Vale, como se chama agora, dizia que a exploração do nosso minério seria para 400 anos. Seria, sim, para 400 anos, quando a Vale tirava minério na costa de jumento; hoje tem 3 trens com centenas de vagões entregando minério diariamente, exportando pelo Porto de Itaqui, no Ma-ranhão, enriquecendo os chineses que manufaturam o minério, verticalizam, gerando emprego e renda para eles, enquanto temos que comprar carros com nosso minério, com nosso ferro. E a nossa gente desempre-gada, e a nossa gente sofrendo, e o povo de Marabá sem possibilidade de ter emprego e renda. Gostaria que realmente recebessem atenção. Prometeram essa siderúrgica. Eu dizia sempre que não acreditava nela, mas torcia, e continuo torcendo, para estar equivoca-do. Mas só torço para estar equivocado.

Ora, a Vale, uma expertise do conhecimento ad-ministrativo e tecnológico, jamais faria uma siderúrgi-ca se tem cinco condicionantes que preconizam, que antecipam a possibilidade concreta da verticalização do nosso minério. Não tem a hidrovia do Rio Tocantins.

Aí eu fiquei triste com o que li no jornal de ontem, por causa dessa questão do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, que não é do DNIT, não é do Ministério dos Transportes, não é de governo, mas de pessoas específicas. Quem errou paga! Não temos que ter compromisso com o erro. Mas quem vai pagar o pato somos nós.

Eu vi agora que a Presidente Dilma queria apelar a V.Exa. para que também tivesse essa sensibilização. É a única obra do Programa de Aceleração do Cresci-mento que nós temos: a hidrovia. Mas li na grande im-prensa que foram retirados os recursos do PAC para a hidrovia. Vi nos jornais da grande imprensa que foram retirados os recursos para o Porto de Marabá, que pode ser a integração dos modais, terrestre, rio abaixo, Rio Tocantins, hidroviário. Também era uma obra do PAC.

A Transamazônica, que estava no PAC, que liga Marabá ao restante do Brasil todo, também teve sua obra suspensa, porque não sei quem superfaturou. Foi o que o relatório mostrou. Nós não temos culpa disso. Punam os culpados! Devolvam o dinheiro aos cofres públicos, mas não punam a nossa gente, milhares e milhares de brasileiros que foram colocados lá pelos nossos governos! E, aqui, falo de governo impessoal: Governo brasileiro é Governo brasileiro! São milhares de colonos largados nas vicinais; outros nos ribeirinhos. A Hidrelétrica do Tocantins, também próxima a Tucu-ruí, que gera energia para este País todo de maneira integrada, e agora a usina de Belo Monte...

Qual é a contrapartida, Presidente? Qual é a con-trapartida, Governo brasileiro? Qual é a contrapartida, Sras. e Srs. Deputados, que vamos ter por estar aju-dando o Brasil? Eu considero que o Brasil tem que se desenvolver de maneira sustentável, e a única maneira pela qual nós, amazônidas, podemos ajudar a desenvol-ver o Brasil é desenvolvendo a própria Amazônia. Essa é a nossa contribuição. Ou a Amazônia não é Brasil?

Eu costumo chamar a Amazônia de Geni, daque-la música Geni e o Zepelim, da Ópera do Malandro, de Chico Buarque de Holanda. Quando é para salvar a Nação, chamam a Geni, que é a salvadora. Depois quando vai embora, jogam pedra na Geni, jogam bosta na Geni. Essa é a Amazônia que estamos vendo hoje.

A Amazônia é o pulmão do mundo; é responsável pelo não aquecimento global, pela nossa biodiversi-dade. Tudo é a Amazônia. Mas quais são as políticas públicas que temos para a Amazônia? E eu não estou

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39558 Sexta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2011

falando só deste Governo, mas de todos os Governos, inclusive daquele do qual participei.

Onde estão as políticas públicas? Onde estão as contrapartidas necessárias na medida em que se faz o engessamento de que não se pode mais desmatar, desflorestar, porque o ambiente está sendo prejudi-cado. Tudo isso pode até ser verdade, mas qual é a nossa contrapartida, principalmente para o Estado do Pará? Em toda a Amazônia, nós temos várias Zonas de Processamento de Exportação. Em Manaus, nós temos a Zona Franca. Por isso, Manaus não avançou no desmatamento, porque é onde está o parque indus-trial, na Capital. Por isso que nós temos de multiplicar esse incentivo cada vez mais.

O Pará não tem uma unidade de Zona de Pro-cessamento de Exportação. Todos os Estados do Ama-zônia têm: Roraima, Rondônia, Acre, o Amapá, onde foi instalada pelo Sarney. Mas nós não temos. Lá é só mazela; lá é só engessamento; lá é só “não pode”; lá não pode isso, não pode aquilo.

Eu achava por um tempo que era porque os go-vernos eram tucanos. Passamos 12 anos governando o Pará e avançamos significativamente. Vocês podem comprovar. Nós éramos o terceiro Estado mais bem avaliado nas finanças públicas do País. Hoje nós somos o último. Mudamos do tucanato para o PT.

Eu não vou falar sobre isso porque não quero des-perdiçar esse meu momento de angústia e, ao mesmo tempo, de apelo. Eu não vou me preocupar em falar sobre isso. Mas vai sair um relatório, e V.Exas. vão ter a oportunidade de ver o que fizeram com o meu Estado: uma desgraceira só. É quase um 1 bilhão em dívidas, empréstimos. Pior que fizeram empréstimo e ninguém sabe onde está o dinheiro, onde está a obra. Isso vai já aparecer também no contexto nacional. Vou deixar para falar em outra oportunidade.

Neste momento, eu gostaria de, mais uma vez, fazer um apelo à Companhia Vale. Esse mesmo dis-curso eu fazia antes da campanha. Sabem o que eles me disseram em uma audiência pública? “Quem en‑frenta a Vale não se elege”. Eu peguei o microfone e disse: “Meu amigo, eu não estou preocupado com a próxima eleição. Eu estou preocupado com a próxima geração, que é a geração que vai me substituir, que é da minha cidade, onde o meu umbigo está enterrado; onde mora minha família; onde moram meus irmãos; onde estão meus amigos, onde está a minha histó‑ria”. É nisso que eu estava pensando. Graças a Deus o povo me entendeu e votou em mim de novo, mesmo ele não querendo.

Agora, ao assumir a Presidência da Comissão, não vou entrar para retaliar, não vou entrar para pre-judicar ninguém. Ontem mesmo, inclusive na minha

ausência, porque eu estava em Altamira, foram apro-vadas duas audiências públicas, por unanimidade, na Comissão de Minas e Energia e na minha ausência! Todos se sensibilizaram com isso. Aprovaram uma audiência pública em Marabá – e a dona Vale vai ter que dizer onde é que vai fazer essa siderúrgica com o nosso minério – e outra em Altamira. Eles vão ter que dizer quando vamos começar a receber os benefícios da Hidrelétrica de Belo Monte, o maior projeto da Amé-rica Latina, o maior projeto do PAC.

Não têm jeito, eu não vou abrir mão dessas coi-sas. Eu fui eleito para isso. O povo votou em mim, acre-ditando que eu seria capaz não de aprovar sozinho, mas de sensibilizar todos vocês, para que pudéssemos mostrar que o Pará, a Amazônia, não são problemas. Nós somos solução para os problemas do Brasil.

Estão aí dois exemplos de solução para o proble-ma do Brasil. É preciso que se entenda isso, é preciso que se reconheça isso. E aí, meus amigos, lá come-çou, e o Congresso entendeu perfeitamente quando autorizou a consulta plebiscitária para a divisão do Pará em mais dois Estados: o Estado de Tapajós e o Estado de Carajás, justamente para que podermos encampar esses desafios, para podermos resgatar esses comprometimentos, que até agora realmente não foram resgatados.

Veja uma questão esdrúxula, Sr. Presidente: fe-deralizaram um pedaço da BR-150, a principal rodovia estadual, que vai de Belém e ao extremo sul do Pará. Uma coisa absurda também. Se fosse para federali-zar, teriam que federalizar toda ela. Inclusive, depois, eu propus a federalização. Federalizaram de Marabá a Redenção, e não federalizaram de Redenção para cima, nem de Marabá para baixo.

O Governo agora está recuperando toda a parte que compete às PAs, fazendo uma obra belíssima, até a alça viária. Mas não pode fazer nada na área fede-ralizada. E o que é mais triste é que, no cronograma de obras do DNIT, no Ministério dos Transportes, não existe um tostão sequer para se fazer a recuperação da área federalizada. Ninguém faz nada, ninguém diz nada e vai ficar por isso mesmo! De que adian-ta eu ter uma estrada despedaçada, em que eu não vou poder trafegar de um lado para o outro? Não vou poder atravessar do Pará para pegar as estradas do Tocantins, de Mato Grosso, vizinhos nossos que têm estradas belíssimas.

Daí surgiu o nosso sentimento de criar uma nova unidade federativa, o Estado do Carajás. É um Estado rico! Para que eu quero um Estado rico com um povo pobre? Para que eu quero um Estado rico sem univer-sidade, sem educação, sem ciência e tecnologia, sem perspectiva de um desenvolvimento que pode e deverá

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Agosto de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 5 39559

contribuir significativamente com o desenvolvimento do Pará remanescente – que estou chamando de novo Pará – e com o Estado novo que vai ser criado?

Eu sou paraense com muito orgulho. Eu jamais iria dividir o meu Estado se não fosse bom para o Es-tado mãe e para o Estado que vai ser criado. Eu não seria irresponsável, eu não seria louco de fazer um negócio desse.

“Ah, todos são forasteiros!” Como sou forasteiro se sou filho de lá, se nasci lá? Aliás, chamam o nosso pessoal de forasteiro, o pessoal que veio do Rio Gran-de do Sul, mas lá é uma síntese do Brasil, da cultu-ra brasileira. Lá tem maranhense, tem capixaba, tem goiano, tem mineiro, tem todas, graças a Deus, todas as representações das diferentes regiões deste País. Todas estão lá, em nossa região. Produtores qualifi-cados, empresários qualificados, todo mundo acredi-tando realmente que ali é o Eldorado. E é o Eldorado do desenvolvimento do País.

Estamos juntos. Ninguém escolhe o lugar em que vai nascer. Eu não escolhi, foram meus pais. Mas o lugar em que você vai morar você escolhe. Então esses que estão sendo cognominados, execrados até, chamados de forasteiros, às vezes são muito mais paraenses do que muitos paraenses que nunca contribuíram com o Estado do Pará. Nós temos é que nos unir. Nós temos é que mostrar a diferença.

O Governador do Estado, que é paraense, com muito orgulho, está acima dessas questões. O que ele disse antes da campanha, ele disse durante e depois: “Respeito a consulta plebiscitária. O que der na con‑sulta plebiscitária, eu vou reconhecer. Eu vou respeitar a vontade popular. Seja sim, seja não”. Isso ele disse antes, disse durante e está dizendo depois. E nem por isso ele está retaliando. Ele fez um Governo itineran-te em Santarém, que é a possível Capital do Tapajós. Levou todos os Secretários. Liberou recursos para to-dos os Municípios, inclusive para Santarém. Vai fazer a mesma coisa agora em Marabá, até o final do mês. São três dias com o Governo itinerante, com todos os Secretários, para tentar minimizar e resgatar essa an-gústia de todos nós. Ele poderia muito bem ter assumi-do uma bandeira. E, se assumisse, já era o plebiscito! Nós estamos só querendo dar uma demonstração.

Este Plenário, este Congresso, fez a mais perfeita tradução de um processo democrático, que é a con-sulta plebiscitária. Estão dizendo: “Ah, pode até pas‑sar no plebiscito, mas, lá no Congresso, não passa”. Aí eu quero pagar para ver. Eu tenho o nome de cada um naquela votação. Todos votaram. Foi unanimidade. Este Congresso não vai ser irresponsável – porque eu conheço a grande maioria dos seus membros – de legitimar um plebiscito, o povo votar “sim”, e, quando

chegar aqui, ele dizer “não”. Isso não existe. Isso não existe na política brasileira. Isso não existe na demo-cracia. Fiquem tranquilos. Aqueles que são pelo “sim”, votem “sim”, e quem não quiser, vote “não”. Não tem problema. É também um processo democrático.

Por isso eu vim aqui apelar a todos os Srs. e às Sras. Parlamentares para que nos deem força, nos deem ajuda. Nós estamos precisando. Nós temos uma maneira de contribuir para o desenvolvimento do Brasil: desenvolvendo o Pará, desenvolvendo a Amazônia.

Muito obrigado. Um forte abraço. Fiquem com Deus e até outra oportunidade.

O SR. PRESIDENTE (Amauri Teixeira) – Para-béns, Deputado Wandenkolk. Eu gostaria de respaldar as suas palavras. O Estado brasileiro – estou falando do Estado, não estou falando dos governantes – tem que fazer com que as contratadas cumpram as contrapar-tidas, principalmente nessas grandes obras que cau-sam impacto muito grande nas populações envolvidas.

V.Exa. tem inteira razão de focar o seu mandato nessa questão. Parabéns!

O SR. PRESIDENTE (Amauri Teixeira) – Apre-sentação de proposições.

PROPOSIÇÕES APRESENTADAS

PROJETO DE LEI Nº 1.940, DE 2011 (Do Sr. Valadares Filho)

Altera a Lei nº 11.692, de 10 de junho de 2008, para aumentar o valor do auxílio financeiro do Programa Nacional de Inclu-são de Jovens – Projovem (Projovem).

O Congresso Nacional decreta:Art. 1o O art. 6o da Lei nº 11.692, de 10 de junho

de 2008, passa a viger com a seguinte redação:

“Art. 6o Fica a União autorizada a conce-der auxílio financeiro, no valor de R$ 200,00 (duzentos reais) mensais, aos beneficiários do Projovem, nas modalidades previstas nos incisos II, III e IV do caput do art. 2o desta Lei, a partir do exercício de 2012.

§ 1o Na modalidade Projovem Urbano, poderão ser pagos até 24 (vinte e quatro) au-xílios financeiros.

§ 2o Na modalidade Projovem Campo – Saberes da Terra, poderão ser pagos até 24 (vinte e quatro) auxílios financeiros.

§ 3o Na modalidade Projovem Trabalha-dor, poderão ser pagos até 12 (doze) auxílios financeiros.”

Art. 2o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

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39560 Sexta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2011

Justificação

Como parte das políticas sociais que visam à de-mocratização de aceso a recursos, o Brasil instituiu a Lei no 11.692, de 10 de junho de 2008, que cria o Programa Nacional de Inclusão de Jovens – Projovem (Projovem).

Essa política reconhece o quanto os jovens de 15 a 29 anos estão em situação de fragilidade perante o mercado de trabalho. Por isso, tem o objetivo de pro-mover a reintegração destes ao processo educacional, a qualificação profissional e o desenvolvimento huma-no. Abrangente, a lei divide-se em quatro categorias: a primeira é a do – Projovem Adolescente – Serviço Socioeducativo; a segunda, do Projovem Urbano; a terceira, do Projovem Campo – Saberes da Terra; e a quarta, do Projovem Trabalhador.

Como ocorrem em qualquer boa política pública, faz-se necessário aperfeiçoar os mecanismos estabeleci-dos, como agora o fazemos por intermédio deste projeto de lei, para rever os valores originais estabelecidos em 2008, assim como os períodos de concessão do auxílio. Não tanto pela virtual defasagem dos valores, mas para tornar claro que esta política está efetivamente preocu-pada com a situação dos jovens e que o governo – nas três instâncias, federal, estadual e municipal – prestará solidariedade efetiva a esses jovens.

No momento, embora o País possa comemorar a queda no desemprego para a população como um todo, isso não ocorre com os jovens até vinte e qua-tro anos. Em julho de 2011, o desemprego caiu para 6,2%, de acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Mas, paradoxalmente a essa tendência, o desem-prego entre jovens de 18 a 24 anos voltou a crescer, como demonstram os números coletados nas seis principais regiões metropolitanas – São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Recife, Belo Horizonte e Porto Alegre. Entre abril e maio de 2011, o índice de desemprego que era de 15% chegou a cair para 13,5%; porém, em junho, voltou a crescer para 14,4%. Em cidades como Salvador, esse índice chega aos 21%, o que coloca os jovens de cidades como essa em maior desvantagem.

Barreiras quase intransponíveis se apresentam para jovens brasileiros: por um lado, muitos não con-seguiram avançar nos estudos até um patamar exigido pelo mercado de trabalho; por outro, sem um emprego inicial, não acumulam experiência, e assim por diante, num círculo não-virtuoso, em que tudo conspira para que não obtenham meios de prosseguir os estudos, nem obtenham um posto de trabalho que lhes propicie um trabalho digno.

Não há dúvida de que mais anos de estudo sig-nificam maior qualificação, mais chances de empre-gabilidade e, obviamente, de renda. Entendemos que

tanto os valores quanto o período de concessão pre-cisam ser ajustados. Por isso, dos R$ 100,00 atuais, propomos um valor de R$ 200,00, mais condizente com as necessidades de manutenção de um jovem, considerando-se que este vá empregar seu tempo para retomar os estudos – como o objetivo da política é pagar passagens e até bancar cursos avulsos, como forma de se qualificar melhor.

Mas sabemos que tudo isso só ocorre em prazos estendidos. Por isso, do art. 2o desta Lei, a partir do exercício de 2012, o auxílio na modalidade Projovem Urbano, poderá ser pago até 24 vezes, em contrapo-sição aos atuais 20; na modalidade Projovem Campo – Saberes da Terra, poderão ser pagos, igualmente, até 24 parcelas, contra as 12 atuais; e, na categoria Projovem Trabalhador, poderão ser pagos até 12 au-xílios financeiros, em vez dos seis atuais.

Temos certeza de que esses novos valores e no-vos prazos tornarão a política mais efetiva, chamando mais candidaturas de jovens nessas condições. Por isso, pedimos o apoio de nossos pares para a apro-vação deste projeto de lei.

Sala das Sessões, 4 de agosto de 2011. – De-putado Valadares Filho, PSB-SE.

PROJETO DE LEI Nº 1.941, DE 2011 (Do Sr. Márcio Macêdo)

Altera o Estatuto da Criança e do Ado-lescente, Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990.

O Congresso Nacional decreta:Art. 1º O artigo 245 da Lei 8.069, de 13 de julho

de 1990, passa a vigorar com a seguinte redação:

Art. 245. “Deixar o médico, professor ou responsável por estabelecimento de atenção à saúde e de ensino fundamental, pré-escola ou creche, de comunicar por escrito e sob sigilo, no prazo de quarenta e oito horas à autoridade policial e ao Ministério Público qualquer caso de que tenha conhecimento, envolvendo sus-peita ou confirmação de maus-tratos contra criança ou adolescente.”

Pena – multa de 10 (dez) a 50 (cinqüenta) salários de referência, aplicando-se o dobro em caso de reincidência.

“Parágrafo único: A pena poderá ser re-duzida em até um terço, se o infrator fizer a comunicação antes da notificação da autori-dade competente para aplicação da multa de qualquer ato de apuração da infração prevista neste artigo.”

Art. 2º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

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Agosto de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 5 39561

Justificação

ECA: Dispõe a redação atual do art. 245:

CAPÍTULO II

DAS INFRAÇÕES ADMINISTRATIVAS

Art. 245. Deixar o médico, professor ou responsável por estabelecimento de atenção à saúde e de ensino fundamental, pré‑escola ou creche, de comunicar autoridade competente por escrito, os casos de que tenha conheci‑mento, envolvendo suspeita ou confirmação de maus‑tratos contra criança ou adolescente.

As disposições do artigo são de toda conveniên-cia e oportunidade. As crianças, principalmente as de mais tenra idade, confiam nos mais velhos e não têm exata compreensão dos fatos que acontecem ao seu redor, o que as torna, muitas vezes, vítimas inocentes e silenciosas.

Apesar da pertinência do art. 245, entendemos que ele pode ter sua redação aperfeiçoada para tornar mais clara a quem a comunicação do fato deva ser feita.

A lastimável conjuntura de violência que contu-mazmente é dirigida às nossas crianças e adolescentes é motivo de grande preocupação para o poder público e a sociedade civil e precisa ser combatida com ve-emência. A violência nem sempre consiste na agres-são física propriamente dita, que é ostensiva, visível, e causa, às vezes, clamor social. Existe a violência silenciosa, evidente, mas não vista (ou não se quer ver), perpetrada as vezes a luz do dia, aos olhos da sociedade e das autoridades, que muitas vezes passa desapercebida. Esta é a mais difícil de se combater. Livrar nossas crianças e adolescentes desse tipo de violência não é tarefa simples, uma vez que muitas ve-zes os maus tratos ocorrem dentro do âmbito familiar, ficando silenciado pelos pais, padrastos, tutores ou curadores, deveriam elas ter garantir-lhes segurança e estabilidade.

A seu turno, a Internet também tem sido utiliza-da para fomentar a globalização da violência infanto--juvenil, porquanto promove o intercâmbio de hedionda exploração sexual de crianças e adolescente entre os abomináveis práticas pedófilas.

Embora o art. 17 do ECA ( Lei 8069/90) dispo-nha sobre a preservação da imagem e identidade da criança e adolescente, entendemos que tal disposição tem caracter genérico. O sigilo a que visamos introduzir refere-se às circunstâncias imediatas à ocorrência do crime, em particular à comunicação por escrito do fato. A medida complementa as disposições do artigo 17.

Diversos setores da sociedade e da polícia de maneira equivocada, vem afirmando as questões da

infância e juventude não são problemas da polícia, mas sim do conselheiro tutelar, do comissário de menores, do promotor de justiça e do juiz da infância e juventude.

Ora, muito pelo contrário, há de se salientar que o art. 220 do Estatuto impôs um dever legal aos policiais militares e civis, qual seja, o de provocar a iniciativa do Ministério Público, prestando-lhe informações acerca de fatos que constituam objeto de Ação Civil Pública, e indicando-lhe elementos de convicção, com a apro-vação deste Projeto de Lei, fortaleceremos a iniciativa dos Policiais Militares que terão vinculo direto com o fato ilícito ocorrido, seja ele dentro dos lares, das es-colas, creches e demais instituições que detenham o poder de guarda e zelo destes.

Vale dizer que a Ação Civil Pública é instrumento apto a fazer valer os direitos da criança e do adoles-cente, assegurados no Estatuto.

Na luta em prol da diminuição da violência contra a criança e o adolescente é necessário primeiramente uma conscientização social, uma mudança de concei-tos e atitudes. É preciso estabelecer um pensamento uníssono acerca do Estatuto da Criança e Adolescen-te, sobretudo que passemos a acreditar nele como um instrumento necessário ao bem-estar de nossa infância e juventude, nessa empreitada é crucial o inter-rela-cionamento de todos os órgãos federais, estaduais e municipais, além dos não – governamentais.

As disposições completadas no art. 245 do ECA não são claras no que se refere ao órgão que deva ser feita a comunicação. É necessário nominar as autori-dades e tratar a matéria sob sigilo, com o intuito de proteger a vítima contra situações constrangedoras e tornar mais factível as providências de apuração da violência. A publicidade pode ensejar que o infrator desapareça ou torne mais difícil a colheita de provas.

Tendo em vista a urgência da comunicação às autoridades, cujo atraso pode representar a diferen-ça que ocasione sucesso ou não nas investigações e para melhor proteção da vítima, aumentamos as pe-nas, estabelecendo gravames em caso de atraso ou reincidência.

Acreditamos na oportunidade e necessidade do Projeto, para o qual esperamos total apoio dos nobres colegas.

Sala das Sessões, 4 de agosto de 2011. – De-putado Márcio Macêdo, PT/SE.

PROJETO DE LEI Nº 1.942, DE 2011 (Do Sr. João Paulo Lima)

Altera o § 3º do art. 27 da Lei nº 8.630, de 25 de fevereiro de 1993, que “dispõe sobre o regime jurídico da exploração dos portos organizados e das instalações por-

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39562 Sexta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2011

tuárias e dá outras providências”, a fim de excluir a aposentadoria como causa da extinção da inscrição no cadastro e no re-gistro do trabalhador portuário.

O Congresso Nacional decreta:Art. 1º O § 3º do artigo 27, da Lei nº 8.630, de 25

de fevereiro de 1993, passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 27. ..............................................................§ 3º A inscrição no cadastro e no registro

do trabalhador portuário extingue-se por morte ou cancelamento.” (NR)

Art. 2º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Justificação

A Lei nº 8.630, de 25 de fevereiro de 1993, criou o regime jurídico da exploração dos portos e passou a regular também o trabalho portuário, dispondo sobre a exigência do registro, a organização e a manutenção de cadastro dos profissionais portuários.

O trabalho portuário de capatazia, estiva, con-ferência de carga, conserto de carga, bloco e vi-gilância de embarcações, nos portos organizados somente pode ser realizado por trabalhadores que tiverem inscrição junto aos Órgãos Gestores de Mão de Obra – OGMO.

Há dois tipos de inscrição nos órgãos gestores de mão de obra: mediante registro ou cadastro. Aqueles que, de fato, realizam o trabalho são os trabalhadores registrados, enquanto os cadastrados o fazem de for-ma complementar nos termos da Convenção 137 da Organização Internacional do Trabalho – OIT (promul-gada pelo Decreto nº 1.574, 31 de julho de 1995) e do art. 4º da Lei nº 9.719, de 27 de novembro de 1998.

A Lei nº 8.630, de 1993, ainda estabelece que, para se inscrever no cadastro do trabalhador portuário, o interessado depende de prévia habilitação profissional, após treinamento por entidade indicada pelo OGMO; e o registro do trabalhador avulso é condicionado à seleção prévia e respectiva inscrição.

Não há dúvidas que essa lei representa um avan-ço para a exploração organizada dos portos. Porém nela vislumbramos uma séria injustiça contra o traba-lhador que se aposenta voluntariamente. Trata-se do § 3º do seu art. 27 que, nesse caso, lhe tira o direito de continuar exercendo sua atividade normalmente.

Esse dispositivo estabelece que a inscrição no cadastro e no registro do trabalhador portuário extingue--se em três hipóteses: pela morte, cancelamento ou aposentadoria. Nessa situação, quando o trabalhador

requerer sua aposentadoria voluntariamente, estará também, implicitamente, requerendo a extinção da sua inscrição ou registro.

Como consequência, os trabalhadores perdem o direito de exercer sua profissão. Assim, com o intuito de corrigir essa distorção e restaurar o direito consti-tucional do livre exercício de qualquer profissão, su-gerimos com essa iniciativa dar nova redação ao § 3º do art. 27 da Lei nº 8.630, de 1993, a fim de excluir a aposentadoria como causa de extinção da inscrição no registro e no cadastro do trabalhador portuário.

Há muito, o Supremo Tribunal Federal, decidindo as Ações de Inconstitucionalidade nºs 1.721-3 e 1.770-4, reconheceu que a aposentadoria espontânea não extingue o vínculo empregatício, declarando inconsti-tucionais os § 1º e 2º do art. 453 da Consolidação das Leis do Trabalho, que assim determinava. Com isso, tem-se o reconhecimento de duas relações jurídicas diferentes que não se confundem: a do segurado/ Previdência Social e a do trabalhador/empresa. Se o trabalhador segurado implementou as condições para requerer a aposentadoria, é justo que ele possa usu-fruir desse benefício sem abrir mão de seu contrato de trabalho. Com isso, não existe a extinção automática do contrato de trabalho com a concessão da aposen-tadoria pela Previdência Social.

A nosso ver, a previsão celetista e a portuária são situações semelhantes que merecem o mesmo tratamento jurídico. Não há, dessa forma, porque dis-criminar os portuários nesse aspecto.

Ante o exposto, pedimos o apoio dos Ilustres Pa-res para a aprovação do presente projeto de lei.

Sala das Sessões, 4 de agosto de 2011. – Depu-tado João Paulo Lima.

PROJETO DE LEI Nº 1.943, DE 2011 (Do Sr. Jose Stédile)

Acrescenta inciso ao art. 19 da Lei nº 7.102, de 20 de junho de 1983, para disci-plinar o intervalo intrajornada do vigilante para descanso dos membros inferiores.

O Congresso Nacional decreta:Art. 1º O art. 19 da Lei nº 7.102, de 20 de junho

de 1983, passa vigorar acrescido do seguinte inciso V:

“Art. 19. ................................................V – 15 (quinze) minutos de repouso sen-

tado a cada 4 (quatro) horas de trabalho con-tínuo, computado esse intervalo como de tra-balho efetivo.” (NR)

Art. 2º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

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Agosto de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 5 39563

Justificação

Prevista como direito social, no inciso XXII do ar-tigo 7º da Constituição Federal, a redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança, tem sido uma preocupação cada vez mais frequente e valorizada pela legislação traba-lhista, pelos expressivos benefícios que pode repre-sentar para ambos os lados da relação empregatícia.

A estipulação de jornada de trabalho a ser cum-prida pelo empregado pressupõe a definição dos res-pectivos períodos de descanso, que podem ser re-munerados ou não, conforme prevê a Consolidação das Leis Trabalhistas – CLT em seus artigos 66 a 72.

Os períodos de descanso consistem em lapsos temporais regulares, em que o empregado suspende a prestação de suas atividades com o objetivo de re-vigoração, preservando sua higidez física e mental ao longo de sua jornada de trabalho.

Para jornadas que ultrapassem 6 horas, o art. 71 da CLT prevê a concessão de intervalo obrigatório de, pelo menos, 1 hora para descanso ou alimentação. Esse intervalo, porém, não é remunerado, sendo con-siderado uma hora excedente à jornada de trabalho.

Na situação específica dos vigilantes, que, nor-malmente, possuem jornada de 8 e 10 horas diárias, como também 12x36 horas, e que trabalham em pé, o esforço físico torna-se demasiadamente longo e peno-so, especialmente em relação aos membros inferiores.

Embora a Norma Regulamentadora nº 17 trate da ergonomia do trabalhador, não há previsão quanto aos que precisam exercer suas atividades em pé e por longo período, o que tem provocado doenças ocupa-cionais como o surgimento de varizes e reumatismo em inúmeros agentes de segurança, prejudicando a correta e saudável circulação do sangue.

Dessa forma, configura-se como questão de saúde de extrema relevância a existência de assentos para que o trabalhador que atue nessas condições possa se sentar por período razoável de tempo e, assim, não comprometa sua saúde nem o bom desempenho de suas atividades.

Ademais, a medida também se revela essencial em razão da recusa que o empregador normalmente exerce em não reconhecer tal necessidade, opondo-se a emitir a Comunicação de Acidente de Trabalho – CAT quando uma doença ocupacional é configurada – uma vez que isso acarreta um maior custo operacional.

Destarte, a presente proposição coaduna-se com uma política trabalhista atual, que prioriza a saúde do trabalhador, atuando de forma a lhe proporcionar um ambiente agradável de trabalho e valorizando suas necessidades, uma vez que tais medidas comprova-damente repercutem em uma prestação de serviços mais eficiente e contínua e, consequentemente, em

ganhos para o próprio empregador, além de ter reflexo também para o governo e até mesmo para a socieda-de, que não precisa arcar com os encargos advindos de um trabalhador doente ou desempregado.

Portanto, diante a relevância e plausibilida‑de do tema, pedimos a colaboração dos nobres pares para a aprovação do que ora se propõe.

Sala das Sessões, 4 de agosto de 2011. – Depu-tado José Stédile, PSB/RS.

PROJETO DE LEI Nº 1.944, DE 2011 (Do Sr. Edio Lopes)

Altera a Lei nº 9.612, de 19 de fevereiro de 1998, que institui o serviço de radiodifu-são comunitária e dá outras providências, para permitir a reprodução, pelas emissoras de radiodifusão comunitária, de conteúdos produzidos por emissoras de radiodifusão públicas dos poderes Executivo, Legislati-vo e Judiciário.

O Congresso Nacional decreta:Art. 1º Esta lei altera a Lei nº 9.612, de 19 de fe-

vereiro de 1998, que institui o serviço de radiodifusão comunitária e dá outras providências, para permitir a reprodução, pelas emissoras de radiodifusão comu-nitária, de conteúdos produzidos por emissoras de radiodifusão públicas dos poderes Executivo, Legis-lativo e Judiciário.

Art. 2º O art. 3º da Lei nº 9.612, de 19 de fevereiro de 1998, passa a vigorar acrescido do seguinte inciso VI:

“Art. 3º .................................................. ..............................................................VI – propiciar o debate político, por meio

da difusão de conteúdos produzidos pela pró-pria emissora de radiodifusão comunitária ou por emissoras de radiodifusão públicas dos po-deres Executivo, Legislativo e Judiciário.” (AC)

Art. 3º O art. 16 da lei nº 9.612, de 19 de feverei-ro de 1998, passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 16. É vedada a formação de redes na exploração do Serviço de Radiodifusão Comu-nitária, excetuadas as situações de guerra, ca-lamidade pública e epidemias; as transmissões obrigatórias dos Poderes Executivo, Judiciário e Legislativo definidas em lei; e as retransmis-sões simultâneas de conteúdos produzidos por emissoras de radiodifusão públicas dos pode-res Executivo, Legislativo e Judiciário.” (NR)

Art. 4º Esta lei entra em vigor na data da sua publicação.

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39564 Sexta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2011

Justificação

A radiodifusão comunitária surgiu no Brasil em 1998 com a missão de universalizar o acesso à radio-difusão no País. Em diversos Municípios brasileiros, não existiam, àquela época, emissoras de radiodifusão que produzissem conteúdo local. Coube em grande parte às rádios comunitárias suprir essa falha, levando conteúdo midiático a comunidades que viviam, muitas vezes, praticamente isoladas.

Passados mais de 13 anos desde a promulga-ção da Lei nº 9.612, de 1998, que instituiu o serviço de radiodifusão comunitária no Brasil, temos hoje mais de 4.300 rádios comunitárias autorizadas a operar no País. Essas entidades prestam um serviço de suma importância, guiadas pela prestação de um serviço pú-blico, para dar oportunidade à difusão de informações essenciais para a capacitação política dos cidadãos.

A legislação atualmente vigente teve especial preo-cupação em privilegiar a difusão de conteúdos locais, de modo a assegurar a produção e veiculação de conteú-dos de grande afinidade com os interesses das comu-nidades atendidas pelo serviço. Entendemos, contudo, que as restrições impostas à transmissão de conteúdos produzidos por outras entidades que não as próprias emissoras de radiodifusão comunitária foram exagera-das, dificultando ou mesmo inviabilizando o livre fluxo de informações em diversas localidades. Essas restrições se fazem sentir de maneira ainda mais intensa em comu-nidades mais afastadas dos grandes centros urbanos, nas quais as rádios comunitárias são, muitas vezes, o único canal de informação ao qual a população tem acesso.

Exatamente com vistas a extinguir essa disfunção, apresentamos o presente projeto de lei, que altera a Lei nº 9.612, de 19 de fevereiro de 1998, que institui o serviço de radiodifusão comunitária e dá outras provi-dências, para permitir a reprodução, pelas emissoras de radiodifusão comunitária, de conteúdos produzidos por emissoras de radiodifusão públicas dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Acreditamos que essa mudança irá contribuir para uma significativa ex-pansão do alcance dos conteúdos produzidos pelas emissoras públicas, ao possibilitar a sua reprodução por rádios comunitárias que atuam em localidades que estão fora das áreas de cobertura dessas emissoras. Além disso, as rádios comunitárias poderão exercer de maneira ainda mais competente a sua função de educadoras políticas, algo essencial para o contínuo desenvolvimento da nossa democracia.

É, portanto, com a certeza da conveniência e opor-tunidade da presente proposição que conclamo o apoio dos nobres colegas parlamentares para a sua aprovação.

Sala das Sessões, 4 de agosto de 2011. – Depu-tado Edio Lopes.

PROJETO DE LEI Nº 1.945, DE 2011 (Do Sr. Eleuses Paiva)

Dispõe sobre a obrigatoriedade de o condutor manter os faróis acesos do veí-culo utilizando luz baixa durante o dia, e da instalação de dispositivo que permite o acionamento automático dos faróis ao ligar o motor do veículo.

O Congresso Nacional decreta:Art. 1º Esta lei dá nova redação ao art. 40 e 105

da Lei nº 9.503 de 1997 (Código de Trânsito Brasileiro) para obrigar os motoristas a manterem os faróis acesos nas vias urbanas e estradas, durante a noite e duran-te o dia, e estabelecer que os veículos devam possuir dispositivo destinado ao acendimento automático dos faróis ao ligar o motor.

Art. 2° O inciso I, do art. 40, da lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, passa a vigorar com a se-guinte alteração:

“Art. 40. ................................................ ..............................................................I – o condutor manterá acesos os faróis

do veículo nas vias urbanas e estradas, utilizan-do luz baixa, durante a noite e durante o dia”

Art. 3º O art. 105, da lei nº 9.503, de 23 de setem-bro de 1997, passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 105. .............................................. ..............................................................VIII – dispositivo que aciona os faróis

automaticamente ao ligar o motor do veículo– Daytime Running Ligths – DRL.

..............................................................§ 7º A exigência estabelecida no inciso

VIII do caput deste artigo será incorporada aos novos projetos de automóveis e dos veículos deles derivados, fabricados, importados, mon-tados ou encarroçados, a partir do 2o (segun-do) ano seguinte a promulgação desta Lei.”

Art. 4º Ficam revogados o inciso IV e o parágrafo único do art. 40, da Lei nº 9.503, de 1997.

Art. 5º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Justificação

Estudos revelam que a utilização de faróis ace-sos durante o dia reduz consideravelmente o número de acidentes no transito. Países como Finlândia, Sué-cia, Noruega, Dinamarca, Islândia, Hungria e Canadá já adotaram a obrigatoriedade de manter acessos os faróis. Vários relatórios publicados nesses países indi-

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Agosto de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 5 39565

cam uma redução significativa em acidentes envolven-do mais de um veículo. Na Dinamarca, somente nos primeiros 15 meses após a implantação da obrigato-riedade foi verificada uma redução de 7%. No Canadá e Estados Unidos onde os carros já vêm equipados com os Daytime Running Ligths– DRLs, dispositivo que aciona os faróis automaticamente, foram constatados respectivamente 11% e 7% menos envolvimento em acidentes.

Ademais, a obrigatoriedade de acender os faróis durante o dia aumenta a visibilidade dos veículos, permi-tindo a identificação a até três quilômetros de distância. De acordo com dados da Policia Rodoviária do Estado de Goiás, utilizar os faróis baixos acessos melhora em 30% a visibilidade dos automóveis nas rodovias. Os pedestres podem ter sua percepção visual periférica aumentada em até 60%.

Sendo assim, o uso dos faróis acessos além de ser uma medida de baixo custo e especialmente efi-caz no intuito de evitar colisões com outros carros e eventuais atropelamentos, sendo um importante pro-cedimento de segurança.

Sala das Sessões, 4 de agosto de 2011. – De-putado Eleuses Paiva, DEM/SP.

PROJETO DE LEI Nº 1.946, DE 2011 (Da Sra. Erika Kokay)

Altera inciso II do § 2º do art. 458 da Consolidação das Leis do Trabalho, aprova-da pelo Decreto-lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, para dispor sobre a não integração ao salário das utilidades concedidas pelo empregador relativas à educação do em-pregado ou de seus dependentes.

O Congresso Nacional decreta:Art. 1º O inciso II do § 2º do art. 458 da Consoli-

dação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 458. .............................................. ..............................................................§ 2º ....................................................... ..............................................................II – educação do empregado ou de seus

dependentes, em estabelecimentos de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os valores relativos a matrícula, mensalidade, anuidade, livros e material didático;

.................................................... ” (NR)

Art. 2º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Justificação

O art. 6º da Constituição Federal estabelece que a educação é um direito social, e o art. 205 a define como um direito de todos e dever do Estado e da famí-lia, assentando que ela será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exer-cício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

Infelizmente, ainda é uma realidade no nosso País a incapacidade de o Estado cumprir o manda-mento constitucional e proporcionar a educação para todos, o que torna ainda mais proeminente a previsão quanto à colaboração da sociedade para a promoção e o incentivo desse direito social. A despeito disso, até 2001, as empresas eram absolutamente desestimula-das a investir na educação de seus empregados, pois qualquer despesa que fizessem nesse sentido poderia ser considerada salário, e sobre ela recairiam todos os encargos que incidem sobre a folha de salários.

A Lei nº 10.243, de 19 de junho de 2001, alterou a redação do § 2º do art. 458 da CLT, para estabelecer que não são consideradas salário diversas utilidades concedidas pelo empregador, entre elas a educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os valores relativos a matrícula, men-salidade, anuidade, livros e material didático.

A nova norma representou um avanço em prol da educação, pois permitiu aos empregadores incentivar seus empregados a elevar a sua escolaridade, sem que as despesas fossem consideradas salário in natura. Em nosso entendimento, porém, ela ainda não é suficien-te, pois os empregadores continuam desestimulados a colaborar para a educação dos dependentes de seus trabalhadores, em vista do fundado receio de ver sua ação cidadã transformada em encargo.

A nossa proposta é no sentido de se ampliar a previsão do art. 458, § 2º, inciso II, da CLT, a fim de que não apenas a educação proporcionada pelas em-presas aos seus empregados, mas também aquela oferecida aos dependentes desses sejam expressa-mente excluídas do salário.

Acreditamos que a alteração proposta significará um grande estímulo para que milhares de empresas em nosso País passem a promover e incentivar a educação dos dependentes dos trabalhadores, dando concretude ao disposto no art. 205 da Constituição Federal.

Diante do exposto, rogamos aos nobres Pares apoio para a rápida tramitação desta proposta, a fim de vê-la brevemente convertida em lei.

Sala das Sessões, 4 de agosto de 2011. – Depu-tada Erika Kokay – PT/DF.

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39566 Sexta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2011

PROJETO DE LEI Nº 1.948, DE 2011 (Do Sr. Onofre Santo Agostini)

Dispõe sobre a destinação dos recur-sos de premiação das loterias federais ad-ministradas pela Caixa Econômica Federal não procurados pelos contemplados dentro do prazo de prescrição.

O Congresso Nacional decreta:Art. 1º A Caixa Econômica Federal destinará par-

te dos recursos de premiação não procurados pelos contemplados dentro do prazo de prescrição para o Fundo Nacional da Saúde.

Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Justificação

O projeto de lei ora apresentado tem como objetivo fundamental a aplicação dos valores de premiação não retirados pelos contemplados no prazo prescricional, em beneficio do Programa de Saúde da Família. Pro-jeto semelhante a este se encontra em tramitação no Senado Federal e pela relevância da matéria estamos levantando a discussão do tema nesta Casa.

Tal proposição advém da fundamental importân-cia de investimentos por parte do Governo no Fundo Nacional da Saúde. O Programa de Saúde da Família foi criado como parte do processo de reforma do setor de saúde, com a intenção de aumentar a acessibilida-de ao sistema e incrementar as ações de prevenção e promoção da saúde de forma continua.

A Caixa Econômica Federal faz parte do sistema financeiro nacional, sendo responsável por auxiliar as políticas de crédito do Governo Federal, que ditam as normas e as disciplinas que deverão serem seguidas pela Caixa, tendo a fiscalização do Banco Central do Brasil.

Em 2010 foi arrecadado mais de R$ 8,8 bilhões e o repasse de arrecadação para o desenvolvimen-to social ficou distribuído entre o Esporte Nacional, a Seguridade Social, o Programa de Financiamento Estudantil – FIES, o Fundo Nacional de Cultura e o Fundo Penitenciário Nacional, porém entre os repasses efetuados nenhum valor foi direcionado para a Saúde, evidenciando-se assim a importância de se estabele-cer uma parcela do valor distribuído para esta área tão deficiente de recursos.

Pela relevância do tema e certo de que a alteração que propomos contribuirá para que o Sistema Único de Saúde seja continuamente aperfeiçoado, contamos com o apoio dos nobres Parlamentares para aprovação do presente projeto.

Sala das Sessões, 4 de agosto de 2011. – Depu-tado Onofre Santo Agostini,DEM/SC.

PROJETO DE LEI Nº 1.949, DE 2011 (Da Sra. Rosinha da Adefal)

Altera a Lei nº 6.454, de 24 de outubro de 1977, que “Dispõe sobre a denominação de logradouros, obras serviços e monumen-tos públicos, e dá outras providências”.

O Congresso Nacional decreta:O Art. 1º da Lei nº 6.454, de 24 de outubro de

1977, passa a vigorar com a seguinte redação:

Art 1º É proibido, em todo o território nacional, atribuir nome de pessoa viva a bem público, de qualquer natureza, pertecente à União, Estados, Distrito Federal, Municípios ou às pessoas jurídicas da Administração indireta.

Art. 2º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Justificação

O artigo 37 da Constituição Federal estabelece claramente que os poderes públicos Federais, Estadu-ais e Municipais devem se pautar, entre outros, pelos princípios da “impessoalidade” e da “moralidade”. Diz também, em seu parágrafo primeiro, que, da publici-dade dos atos públicos, não podem “constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pes-soal de autoridades ou servidores públicos”.

Esses princípios, no entanto, têm sido desres-peitados constantemente, em especial por Estados e Municípios. Apesar de a Lei nº 6.454/77 vedar ex-pressamente essa prática no âmbito da União, não faz referência aos poderes estaduais e municipais. Alguns estados e Municípios já estabeleceram leis com tal proibição, mas, infelizmente, eles ainda são minoria.

Diante disso, em várias ocasiões, o Ministério Público, em todo o país, tem ingressado com ações judiciais para coibir abusos na atribuição de nomes de pessoas vivas a bens públicos. O argumento principal do MP é de que esse tipo de prática caracteriza pro-moção pessoal. Até mesmo o Conselho Nacional de Justiça revogou, no último mês de março, a Resolu-ção 52, que regulamentava a nomeação de bens sob a administração do Poder Judiciário nacional.

O presente projeto de lei, portanto, visa alterar a Lei nº 6.454/77 para deixar claro que a proibição nela especificada alcança todos os entes da Federação, inclusive Estados, Municípios e Distrito Federal.

Sala das Sessões, 4 de agosto – Deputada Ro-sinha da Adefal, (PTdoB/AL).

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Agosto de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 5 39567

INDICAÇÃO Nº 1.188, DE 2011 (Do Sr. Roberto de Lucena)

Sugere ao Ministro do Trabalho e Em-prego a instituição de linha de crédito espe-cial destinada às mulheres interessadas em desenvolver a atividade de artesanato sob a forma de cooperativas ou associações.

Excelentíssimo Senhor Ministro do Trabalho e Emprego:

Sugiro a instituição, no âmbito do Programa de Emprego e Renda – Proger, financiado com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador, de linha de cré-dito especial destinada às mulheres interessadas em desenvolver a atividade de artesanato sob a forma de cooperativas ou associações.

Como exemplo desse tipo de empreendimento citamos a matéria veiculada no site da Revista Panora-ma Rural (Edição nº 137, de julho de 2010), intitulada de “Osso é Ouro” – Organização e cooperativismo fa-zem do bioartesanato produto de exportação no Mato Grosso do Sul. Segundo a reportagem:

O que até bem pouco tempo atrás era objeto de descarte de frigoríficos tornou‑se matéria‑prima para o sustento de dezenas de famílias no Mato Grosso do Sul. Ossos e chifres de boi e o couro de peixe estão sendo utilizados na produção de peças de artesanato e decoração que remetem à identidade cultural e econômica do Cerrado e do Pantanal.

As chamadas “biojóias” estão no mercado brasileiro, são adquiridas por empresas multi‑nacionais e já se tornaram objeto de exporta‑ção. A dificuldade da produção em escala faz com que organizações como o Sebrae e univer‑sidades auxiliem na estruturação funcional das cadeias produtivas. Em algumas situações, os artesãos buscam a sua própria sobrevivência no mercado através de cooperativas.

Um dos exemplos é a Cooperativa de Artesanato Mulher Peixe, surgida este ano e que reúne 20 cooperados, a maioria mulheres e filhas de pescadores. A organização é res‑ponsável pela comercialização da produção dos integrantes da Arpeixe – Associação Re‑ciclando Peixe – no Município de Coxim (250 km ao norte de Campo Grande), que reúne mulheres pescadoras, ex‑pescadoras e espo‑sas de pescadores da região.

Muitas delas integram tanto a associação quanto a cooperativa. Utilizando como matéria‑‑prima básica o couro de peixe, elas produ‑zem bolsas, pulseiras, colares, porta moedas,

chaveiros e pastas, dentre outros objetos. O mercado é garantido graças à participação da Arpeixe em feiras pelo Brasil, onde a maioria das encomendas é feita.

Essas experiências, a nosso ver, devem ser in-centivadas a fim de proporcionar às mulheres, tanto aquelas que se interessem em mudar de atividade quanto àquelas que procurem complementar seu or-çamento familiar, crédito para desenvolverem a ativi-dade de artesanato sob a forma de cooperativas ou associações. Para tanto, sugerimos que seja instituída uma linha de crédito especial destinada a esse público--alvo no âmbito do Proger.

Sala das Sessões, 3 de agosto de 2011. – Depu-tado Roberto de Lucena.

INDICAÇÃO Nº 1.189, DE 2011 (Da Sra. Sandra Rosado)

Sugere à Ministra de Estado da Casa Civil a criação de um Ministério do Trânsito.

Excelentíssima Senhora Ministra de Estado da Casa Civil:

O trânsito constitui, atualmente, um dos princi-pais problemas com que se defrontam as grandes ci-dades brasileiras. Congestionamentos quilométricos, ruas e avenidas engarrafadas, aumento dos tempos de viagem e elevado índice de acidentes são apenas algumas das características dos nossos centros ur-banos. A situação é grave e, embora o Poder Público local seja o principal responsável pelo equacionamento dessas questões, a União tem um papel importante na formulação de uma política nacional de mobilidade e no apoio às ações locais.

Sabemos que a União não está se furtando a esse papel, pois a Secretaria de Transporte e Mobilidade Urbana, vinculada ao Ministério das Cidades, tem tra-balhado na elaboração de um conjunto de políticas de transporte e circulação, conjugadas na Política Nacional de Mobilidade Urbana Sustentável, bem como em uma série de ações com o objetivo de proporcionar o aces-so amplo e democrático ao espaço urbano. Entretanto, o fato de o trânsito estar vinculado a essa Secretaria, juntamente com outros temas correlatos, não confere às questões a ele relacionadas a importância devida, fazendo com que os problemas se agravem a cada dia. Os altos índices de acidentes de trânsito, que levam à perda de um número elevadíssimo de vidas humanas, deixam claro que o trânsito não pode ser tratado como um assunto colateral.

A propósito, cabe lembrar que a ONU (Organiza-ção das Nações Unidas) estabeleceu a década 2011 a 2020 como a Década de Ações pela Segurança no

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39568 Sexta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2011

Trânsito, convocando todos os países signatários da Resolução, entre eles o Brasil, para desenvolver ações para redução de 50% de mortes em 10 anos. Segundo dados da ONU, as práticas bem-sucedidas em países com bons índices de segurança no trânsito indicam que a existência de um órgão central coordenador provido de recursos em fluxo contínuo e suficiente, bem como a elaboração de um plano nacional com metas realis-tas e mensuráveis, são elementos importantes para se conseguir resultados positivos.

Com isso em mente, estamos, por meio desta In-dicação, sugerindo que seja estudada a possibilidade de se criar um Ministério do Trânsito. Com uma estru-tura institucional inteiramente dedicada aos problemas do trânsito, com autonomia e recursos próprios, certa-mente será possível chegar a resultados melhores do que os que têm sido registrados até agora.

Sala das Sessões, 4 de agosto de 2011. – De-putada Sandra Rosado.

INDICAÇÃO Nº 1.190, DE 2011 (Da Sra. Flávia Morais)

Sugere ao Ministro de Estado da Edu-cação a instalação de campus do Instituto Federal Goiano, no Município de Santa He-lena de Goiás, no Estado de Goiás.

Excelentíssimo Senhor Ministro de Estado da Educação:

O recente reordenamento da rede federal de educação profissional e tecnológica, com a criação dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tec-nologia, e sua contínua e planejada expansão repre-sentam um dos maiores êxitos das políticas públicas governamentais na área educacional.

Por isso mesmo, é legítimo e relevante levar essas novas oportunidades de formação de qualidade para o maior número possível de localidades, consideran-do a diversidade das necessidades das comunidades.

O objetivo da presente Indicação é propor a cria-ção de mais um campus do Instituto Federal Goiano em área da região do sudoeste do estado. De fato, a microrregião do Sudoeste de Goiás, composta por de-zoito Municípios, com população superior a trezentos e oitenta mil habitantes, possui apenas um campus do referido instituto, no Município de Rio Verde, e outro, do Instituto Federal de Goiás, no Município de Jataí.

Sua dinâmica sócio-econômica e cultural requer a expansão da presença da instituição, oferecendo a indispensável formação para a juventude local.

A proposta é que o novo campus seja instalado no Município de Santa Helena de Goiás, com forte de-senvolvimento na área agrícola, no setor sucroalcoo-leiro e nos segmentos industriais de laticínios e têxtil.

Estou segura de que Vossa Excelência haverá de determinar as necessárias providências para que a su-gestão ora encaminhada em breve se torne realidade.

Sala das Sessões, 4 de agosto de 2011. – Depu-tada Flávia Morais.

INDICAÇÃO Nº 1.191, DE 2011 (Da Sra. Flávia Morais)

Sugere ao Ministro de Estado da Edu-cação a implantação de um Campus do Instituto Federal de Educação Profissio-nal e Tecnológica para o Município de São Simão – GO.

Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação:Dirigimo-nos a V. Exª para expor e reivindicar o

seguinte:O Município de São Simão, no estado de Goiás

localiza-se no sul de Goiás, na microrregião de Qui-rinópolis.

São Simão tem uma população de cerca de 17 mil habitantes. Na cidade está localizada a hidrelétrica que represa as águas do Rio Paranaíba. Possui aero-porto, hidrovias e é cortada por rodovias.

A implantação de um campus do Instituto Federal de Educação Profissional e Tecnológica em São Simão beneficiará toda a microrregião.

Desta forma, sugerimos a Vossa Excelência, que examine a questão e encaminhe a análise da temática ao Instituto Federal de Goiás (IFG), para que, no âm-bito de sua autonomia, concedida nos termos do art. 1º, parágrafo único, da Lei nº 11.892/08, posicione-se em relação à questão suscitada.

Ao mesmo tempo, respeitosamente, solicitamos ao Ministério da Educação, que mantenha informada esta parlamentar, no que se refere ao encaminhamento da presente Indicação e a eventuais estudos ou atos de gestão, atinentes à sua adoção.

Sala das Sessões, 4 de agosto de 2011. – Depu-tada Flávia Morais.

INDICAÇÃO Nº 1.192, DE 2011 (Da Sra. Flávia Morais)

Sugere ao Ministro de Estado da Edu-cação a implantação de um Campus do Instituto Federal de Educação Profissional e Tecnológica para o Município de Poran-gatu – GO.

Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação:Dirigimo-nos a V. Exª para expor e reivindicar o

seguinte:O Município de Porangatu, no estado de Goiás

localiza-se na microrregião que leva seu nome, no nor-

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Agosto de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 5 39569

te do estado de Goiás e inclui os Municípios de Alto Horizonte, Amaralina, Bonópolis, Campinaçu, Cam-pinorte, Campos Verdes, Estrela do Norte, Formoso, Mara Rosa, Minaçu, Montividiu do Norte, Mutunópolis, Niquelândia, Nova Iguaçu de Goiás, Santa Tereza de Goiás, Santa Terezinha de Goiás, Trombas e Uruaçu.

Porangatu, com mais de 40 mil habitantes, é o polo desta região.

A implantação de um campus do Instituto Federal de Educação Profissional e Tecnológica em Porangatu beneficiará toda a microrregião, que conta com mais de 230 mil habitantes, segundo dados do IBGE, e tem uma dinâmica economia, baseada na agropecuária e na agroindústria.

Desta forma, sugerimos a Vossa Excelência, que examine a questão e encaminhe a análise da temática ao Instituto Federal de Goiás (IFG), para que, no âm-bito de sua autonomia, concedida nos termos do art. 1º, parágrafo único, da Lei nº 11.892/08, posicione-se em relação à questão suscitada.

Ao mesmo tempo, respeitosamente, solicitamos ao Ministério da Educação, que mantenha informada esta parlamentar, no que se refere ao encaminhamento da presente Indicação e a eventuais estudos ou atos de gestão, atinentes à sua adoção.

Sala das Sessões, 4 de agosto de 2011. – Depu-tada Flávia Morais.

INDICAÇÃO Nº 1.193, DE 2011 (Da Sra. Flávia Morais)

Sugere ao Ministro de Estado da Edu-cação a implantação de um Campus do Instituto Federal de Educação Profissional e Tecnológica para o Município de Dover-lândia – GO.

Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação:Dirigimo-nos a V. Exª para expor e reivindicar o

seguinte:O Município de Doverlândia, no estado de Goiás

localiza-se na microrregião do sudoeste de Goiás, no médio Araguaia.

Conta com uma população de pouco menos de oito mil habitantes, segundo dados do IBGE (censo 2010). Esta população vem diminuindo, em compa-ração com a população apurada no censo de 2000.

A implantação de um campus do Instituto Federal de Educação Profissional e Tecnológica em Doverlân-dia contribuirá para a dinamização de sua economia e beneficiará toda a microrregião.

Desta forma, sugerimos a Vossa Excelência, que examine a questão e encaminhe a análise da temática ao Instituto Federal de Goiás (IFG), para que, no âm-bito de sua autonomia, concedida nos termos do art.

1º, parágrafo único, da Lei nº 11.892/08, posicione-se em relação à questão suscitada.

Ao mesmo tempo, respeitosamente, solicitamos ao Ministério da Educação, que mantenha informada esta parlamentar, no que se refere ao encaminhamento da presente Indicação e a eventuais estudos ou atos de gestão, atinentes à sua adoção.

Sala das Sessões, 4 de agosto de 2011. – Depu-tada Flávia Morais.

PROPOSTA DE FISCALIZAÇÃO E CONTROLE Nº 39, DE 2011

(Do Sr. Rubens Bueno)

Propõe que a Comissão de Fiscaliza-ção Financeira e Controle – CFFC realize atos de fiscalização e controle, com o auxílio do Tribunal de Contas da União – TCU, so-bre suposto esquema de desvio de dinheiro público envolvendo a Companhia Nacional de Abastecimento – Conab, empresa públi-ca, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa.

Senhor Presidente,Com base no art. 70 da Constituição Federal,

combinado com os artigos 60, I e II e 61 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, proponho a Vossa Excelência que, ouvido o Plenário desta Comissão, se digne a adotar as providências necessárias para que a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle – CFFC realize atos de fiscalização e controle com o auxílio do Tribunal de Contas da União – TCU sobre suposto esquema de corrupção na Companhia Nacional de Abastecimento – Conab, empresa pública vinculada ao Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimen-to – Mapa, criada por força da Lei nº 8.029, de 12 de abril de 1990, com Estatuto aprovado pelo Decreto nº 4.514, de 13 de dezembro de 2002.

Justificação

Recentemente, a presidente Dilma Rousseff demi-tiu o diretor da Companhia Nacional de Abastecimento – Conab, Oscar Jucá Neto. A exoneração foi publicada no Diário Oficial da União, de 27 de julho de 2011. A demissão, teoricamente, poria um ponto final em mais um caso de desvio de dinheiro público. Em sua edição de 24 de julho de 2011, Veja havia revelado que o ex--diretor cometeu uma irregularidade grave ao mandar pagar uma dívida judicial de 8 milhões de reais a uma empresa-fantasma que, no passado, já foi ligada à fa-mília Jucá e, atualmente, tinha como “sócios” um pe-dreiro e um vendedor de carros.

Na edição de 31 de julho de 2011, VEJA publi-cou outra matéria revelando um grande esquema de

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39570 Sexta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2011

corrupção, fraudes e propina no Ministério da Agri-cultura intitulada “Dinheiro Por Fora”. Não se trata de mero “denuncismo” da imprensa, como muitas vezes se tenta desqualificar o jornalismo investigativo: na verdade, esta segunda matéria está ligada aos fatos denunciados na anterior cuja publicação culminou com a exoneração do ex-diretor da Conab, três dias depois.

O ex-diretor financeiro da Companhia Nacional de Abastecimento – Conab, o administrador Oscar Jucá Neto trabalhou durante um ano como assessor na re-ferida estatal e um mês como seu diretor financeiro. Uma vez demitido, Oscar Jucá Neto não assimilou a forma como perdeu o emprego – classificada por ele como “humilhante e resultado de uma armação de pe-emedebistas para atingir seu irmão”. O ex-diretor fora indicado para um cargo reservado na cota do PMDB pelo líder do governo no Senado Federal, seu irmão, o Senador Romero Jucá.

Na entrevista a Veja, o ex-diretor afirmou que o patrimônio da Conab está sendo dilapidado por ope-rações imobiliárias fraudulentas que repassam aos padrinhos políticos dos diretores terrenos a preços muito abaixo do valor de mercado. Ele revelou o fa-vorecimento a empresas de amigos e financiadores de campanha ligados aos partidos. Tudo isso, segun-do afirma, com o conhecimento e o aval do ministro Wagner Rossi, e do presidente da estatal, Evangevaldo Moreira dos Santos. O ex-diretor da Conab chegou a afirmar: “Ali só tem bandido” e, na mesma entrevista, acusou o ministro Wagner Rossi de ter lhe oferecido propina em troca de seu silêncio.

Um dos negócios nebulosos envolvendo a Conab – subordinada ao Ministro Wagner Rossi e que foi presidida por ele durante o governo Lula -, segundo Oscar Jucá, envolve uma das principais empresas de armazenagem de grãos do país, a Caramuru Alimentos. Essa empre-sa tem como um de seus principais clientes a Conab. Além de fornecedora, é grande credora da estatal. Se-gundo ele, em abril deste ano, a Justiça determinou que a Conab pagasse à companhia 14,9 milhões de reais, referentes a dívidas contratuais reclamadas há quase vinte anos. Apesar da decisão final, ainda não houve pagamento em razão de que representantes da Conab estariam negociando para aumentar o montante a ser pago. Diz o entrevistado: “O procurador-geral me disse que havia acertado pessoalmente com um contador da Caramuru que estava tudo combinado para elevar o pagamento para 20 milhões de reais”. Desse total, 5 milhões seriam repassados “por fora” a autoridades do ministério. “Isso sem nenhuma sustentação legal”, conta o ex-diretor, que se recusou a assinar a autorização de pagamento. A matéria veiculada por Veja traz ainda o seguinte trecho elucidativo:

“O papel da Conab deveria ser o de atuar como órgão regulador dos estoques de modo a garantir o abastecimento e evitar a flutuação exagerada dos preços do milho, do arroz e do feijão. Mas a estatal, recentemente, decidiu atu‑ar no mercado imobiliário. Em janeiro deste ano, ela vendeu um terreno em uma das regiões mais nobres e valorizadas de Brasília, distante menos de 2 qui-lômetros do Congresso e do Palácio do Planalto. Apesar de ser uma área cobiçada por empreiteiras e grandes empreendedores, uma pequena em-presa da cidade apareceu no leilão e adquiriu o terreno pelo preço mínimo: 8 milhões de reais – um quarto do va-lor estimado de mercado. O comprador se chama Hanna Massouh, amigo e vizinho do senador Gim Argelo, do PTB, mandachuva do partido, influente na Conab e onipresente em negócios mal explicados. O senador Gim Argello nega qualquer envolvimento.”

Sobre esse assunto, diz Oscar Jucá: “Essa histó-ria da venda dos terrenos começou na presidência do Wagner Rossi. Estão dilapidando o patrimônio público. Se isso for devidamente investigado...”.

As revelações feitas à imprensa indicam que o Ministério da Agricultura pode ter se transformado numa central de negócios, tendo a Conab como pos-to avançado para a formalização de transações escu-sas. Embora a corrupção no país esteja em tal nível que chega a causar desânimo, a luta contra esse mal deve prosseguir.

Pelas razões acima expendidas, requeiro sejam adotadas as providências necessárias pela douta Co-missão de Fiscalização Financeira e Controle – CFFC, a fim de que se realizem os atos de fiscalização e controle em conjunto com o Tribunal de Contas da União – TCU sobre os fatos e, se as denúncias forem verdadeiras, o relatório final seja encaminhado às au-toridades competentes para a punição dos envolvidos. Dessa forma, peço o apoio dos nobres Pares para a aprovação desta proposta.

Sala das Comissões, 4 de agosto de 2011. – Deputado Rubens Bueno, PPS-PR.

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÕES Nº 879, DE 2011 (Do Sr. Junji Abe)

Requer informações ao Ministro dos Transportes, Senhor Paulo Sérgio Olivei-ra Passos, acerca da construção de dois viadutos sobre a linha férrea de Mogi das

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Agosto de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 5 39571

Cruzes (SP), objeto do Edital nº 408/2010-00, do Departamento Nacional de Infra-Es-trutura de Transporte – DNIT, processo nº 50600.010274/2010-0.

Senhor Presidente,Requeiro, com base no artigo 50, § 2º da Cons-

tituição Federal, e na forma dos artigos 115 e 116 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, ouvida a Mesa, sejam solicitadas informações ao Ministro dos Transportes, Senhor Paulo Sérgio Oliveira Passos, so-bre Convênio feito com a Prefeitura de Mogi das Cru-zes (SP), assinado dia 1º de setembro de 2009, para a construção de dois viadutos sobre a linha férrea da cidade, objeto do Edital nº 408/2010-00 do Departa-mento Nacional de Infra-Estrutura de Transporte – DNIT, processo nº 50600.010274/2010-04.

Situação atual do Convênio (suspenso ou vigente);Responsável pela desapropriação e tempo de

execução;Início e custo da Obra.

Justificação

É em virtude das notícias recebidas pela Im-prensa Nacional sobre os últimos acontecimentos no Ministério dos Transportes, e por ser este deputado nascido em Mogi, onde foi prefeito por dois manda-tos, período em que se iniciou as primeiras tratativas acerca da possibilidade de implantação de viadutos ou passagens subterrâneas, que se justifica o interesse pelas Informações ora requeridas. Ademais, tal inicia-tiva vem ao encontro do fiel cumprimento de nossas atribuições constitucionais.

Sala das Sessões, 4 de agosto de 2011. – Depu-tado Junji Abe.

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÕES Nº 882, DE 2011

(Do Sr. Rui Palmeira)

Requer ao Ministro de Minas e Energia, senhor Edison Lobão, informações sobre o blecaute e sobre a interrupção no forne-cimento de energia elétrica ocorrido em Alagoas de 3 de agosto de 2011

Senhor Presidente: Com fundamento no art. 50, § 2º da Constitui-

ção Federal e nos arts. 24, inciso V, § 2º e 115, inciso I, do Regimento Interno desta Casa, solicito a Vossa Excelência seja encaminhado ao Ministro de Minas e Energia, senhor Edison Lobão, pedido de informações na forma abaixo relacionada, sobre o blecaute e sobre a interrupção no fornecimento de energia elétrica (po-

pularmente chamada de apagão) ocorrido em Alagoas no dia 3 de agosto de 2011.

I – Quais os motivos e quais as providências adotadas quando do blecaute e da interrupção no for-necimento de energia elétrica em Alagoas ocorrido no dia 3 de agosto de 2011;

II – Quais medidas estão sendo adotadas para evitar novos incidentes análogos ao ocorrido em 3 de agosto de 2011;

III – Quais os investimentos previstos e em execu-ção na Eletrobras Distribuição Alagoas, quarta empresa que lamentavelmente mais pagou compensações em 2010 na região Nordeste do Brasil por descumprimento dos indicadores individuais de Duração de Interrupção por Unidade Consumidora (DIC), Frequência Equiva-lente de Interrupção por Unidade Consumidora (FIC) e Duração Máxima de Interrupção Contínua por Unidade Consumidora (DMIC) de energia elétrica.

Justificação

O crônico problema da falta de energia e dos fa-migerados apagões voltou a causar transtornos à po-pulação alagoana. Na noite de 3 de agosto de 2011 a cidade de Maceió e Municípios no seu entorno como Marechal Deodoro, Coqueiro Seco, Santa Luzia do Norte, Satuba e Barra de São Miguel foram atingidos pelo blecaute que durou de 19:52 às 20:42 horas.

Com esta queda abrupta no fornecimento, es-tima-se que quase 1 milhão entre os 3,1 milhões de habitantes de Alagoas ficaram sem energia elétrica. Estabelecimentos comerciais e educacionais fecha-ram as portas, imperou o caos no tráfego de veículos, organismos de segurança e saúde pública como dele-gacias e hospitais ficaram vulneráveis e desprotegidos.

Passadas quase 24 horas do apagão a empresa estatal Eletrobras Distribuição Alagoas, responsável pelo fornecimento de energia aos alagoanos, não apre-sentava explicação consistente para a sociedade acerca dos motivos do blecaute. Em seu site institucional, o www.ceal.com.br, a empresa expôs durante boa parte do dia 4 de agosto um sintético e evasivo comunicado à sociedade alagoana, o qual segue transcrito abaixo1:

ELETROBRÁS INICIA INSPEÇÃO NO EQUIPAMENTO AVARIADO

4-8-2011

A Eletrobrás Distribuição Alagoas informa que ontem mesmo, iniciou a inspeção no equi-pamento que supostamente teria provocado a falta de energia em Maceió e região metropo-litana. Nas análises preliminares foi verificado

1 www.ceal.com.br,

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39572 Sexta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2011

que não houve explosão no transformador de corrente e ainda está sendo identificado se de alguma forma ele contribuiu para o problema. O defeito interno na subestação do Tabuleiro do Martins instituiu-se no rompimento de uma conexão, resultando num curto-circuito. Os Municípios afetados foram Maceió, Marechal Deodoro, Satuba, Coqueiro Seco, Santa Lu-zia do Norte e parte da Barra de São Miguel.

Claro que necessária se faz uma análise técnica cuidadosa a fim de se estabelecer as causas deste novo apagão. Mas, pela leitura, do texto, depreende--se que a Eletrobrás Distribuição Alagoas desconhece por completo qual fator pode ter acarretado prejuízos e danos a um terço da população de seu estado focal de atuação.

Causa assombro tamanha inércia e provoca in-quietação tamanha inoperância. Se uma interrupção de tal monta, abrangência e duração no único serviço prestado pela empresa tem causa desconhecida e imensa dificuldade de detecção, que dizer dos micro apagões que atormentam, cotidianamente, os alago-anos e alagoanas?

Ademais, Senhor Presidente, um fato lamentá-vel depõe de forma ainda mais contrária à reputação desta companhia de distribuição energética, a despeito do esforço e do trabalho de seus funcionários, vítimas também da falta de investimentos no setor público elé-trico brasileiro.

Balanço consolidado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) indica que no ano de 2010 Alagoas foi o quarto estado nordestino a receber mais recursos no ranking regional de compensações por falta de energia.

Informações sobre aporte de recursos em nosso estado de Alagoas devem ser sempre comemoradas, mas, neste caso específico, o dado sobre as compen-sações indicados pela ANEEL comprova o estado fali-mentar do setor elétrico alagoano no quesito distribui-ção. Não obstante contemos com importantes equipa-mentos de geração de energia hidroelétrica como é o caso da Hidroelétrica de Xingó, instalada em trecho do rio São Francisco do Município alagoano de Piranhas.

Explica-se: tais recursos de compensações são pagos pelas empresas distribuidoras de energia elé-trica em função do descumprimento dos indicadores individuais de Duração de Interrupção por Unidade Consumidora (DIC), Frequência Equivalente de In-terrupção por Unidade Consumidora (FIC) e Duração Máxima de Interrupção Contínua por Unidade Consu-midora (DMIC).

Desta forma, o estado mais lesado por interrup-ções no fornecimento é o que mais será compensado

financeiramente pelas perdas sofridas. Neste cenário, Alagoas ser o quarto no ranking nordestino significa dizer, em aproximação, que temos o quarto pior forne-cimento de energia da região Nordeste.

Registre-se que o estado que mais recebeu com-pensações na região foi a Bahia por parte da empre-sa distribuidora Coelba que ressarciu seus consumi-dores em R$ 25.872.319,24; o segundo colocado foi Pernambuco por meio da empresa CELPE que pagou R$ 8.376.787,64 a seus consumidores; e o terceira foi a Paraíba com pagamentos de R$ 5.237.573,72 pela empresa EPB.

Detalhe relevante é que a Coelba atende um público composto por 14 milhões de habitantes baia-nos, a Celpe atende a um conjunto de 8,8 milhões de cidadãos pernambucanos e EPB atua em um estado com 3,7 milhões de moradores.

ALAGOAS, COM SUA POPULAÇÃO DE 3,1 MILHÕES DE PESSOAS, RECEBEU

EM 2010 O TOTAL DE R$ 5.112.178,64 EM COMPENSAÇÕES POR FALTA DE ENERGIA

Texto da ANEEL2 informa como e porque são feitos estes pagamentos:

Os limites individuais de continuidade DIC, FIC e DMIC se tornaram mais exigentes desde 1º de janeiro de 2010, com a publicação da Resolução nº 395/2009, que fez a revisão dos Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica no Sistema Elétrico Nacional (PRO‑DIST). O PRODIST normatiza o relacionamen‑to entre as distribuidoras de energia elétrica e consumidores e geradores conectados aos sistemas de distribuição. Pela norma, as con‑cessionárias de distribuição deixaram de pagar multa pelo descumprimento dos índices coleti‑vos de continuidade (DEC e FEC). A partir daí, o montante devido pelas concessionárias de distribuição por transgressão dos indicadores individuais se tornou maior, sendo pago inte‑gralmente ao consumidor, que teve seu limite superado. A compensação deve ser creditada na fatura em até dois meses após o período de apuração (período de apuração é o mês onde ocorreram as interrupções).

Senhor Presidente, não bastassem as constantes e cotidianas falhas no fornecimento de energia elétrica que penalizam os moradores de Maceió e dos outros 101 Municípios alagoanos, e não bastassem os apa-

2 http://www.aneel.gov.br/aplicacoes/noticias/Output_Noticias.cfm?Identidade=4147&id_area=90

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Agosto de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 5 39573

gões que quase semestralmente prejudicam nosso desenvolvimento econômico, social e humano, Ala-goas ainda ostenta a negativa posição de estar entre os quatro estados nordestinos onde o fornecimento de energia é mais interrompido e é menos frequente.

Diante destes fatos lastimáveis solicito respei-tosamente de Vossa Senhoria a acolhida e o prosse-guimento cabível deste requerimento de informações. – Deputado Rui Palmeira.

REQUERIMENTO Nº 2.628, DE 2011 (Do Senhor Deputado Mauro Benevides)

Requer o desarquivamento de pro-posições.

Senhor Presidente:Nos termos do art. 105, parágrafo único, do Re-

gimento Interno da Câmara dos Deputados, requeiro a V. Exª o desarquivamento das seguintes proposições:

PL nº 6829/2006PL nº 3950/2004Brasília, 4 de agosto de 2011. – Deputado Mauro

Benevides, PMDB/CE.

REQUERIMENTO Nº 2.629, DE 2011 (Do Sr. Artur Bruno)

Requer a inclusão na Ordem do Dia da PEC nº 190/2007, que Determina que a Lei Complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal – STF – disporá sobre o Estatuto dos Servidores do Judiciário. Al-tera a Constituição Federal de 1988.

Senhor Presidente,Nos termos do artigo 114, inciso XIV, do Regimen-

to Interno, requeiro a Vossa Excelência a inclusão na Ordem do Dia da Proposta de Emenda à Constituição nº 190/2007, que Determina que a Lei Complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal – STF – dis-porá sobre o Estatuto dos Servidores do Judiciário. Altera a Constituição Federal de 1988.

Justificação

Há, criteriosamente, a necessidade de uma re-gulamentação uniforme aos servidores dos órgãos ju-risdicionais, em todas as esferas federativas. Por isso, a presente proposta, sugere o acréscimo do art. 93-A à Constituição Federal, que permitirá ao Supremo Tri-bunal Federal propor ao Congresso Nacional um es-tatuto geral, incluindo-se aí os agentes e serviços do Judiciário e não somente seus Magistrados.

Sala das Sessões, 4 de agosto de 2011. – Depu-tado Artur Bruno, PT/CE.

REQUERIMENTO Nº 2.630, DE 2011 (Do Sr. Nelson Pellegrino)

Requer a inclusão na ordem do dia do Plenário, da PEC nº 153/2003, que regula a carreira de Procurador Municipal.

Senhor Presidente,Requeiro a Vossa Excelência, nos termos dos

art. 114, inciso XIV, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados – RICD, a inclusão na Ordem do Dia do Plenário, da Proposta de Emenda Constitucional nº 153/2003, que “Altera o art. 132 da Constituição Fe-deral”, e tem como finalidade regulamentar a carreira de Procurador Municipal

Sala das Sessões, 4 de agosto de 2011. – Depu-tado Nelson Pellegrino.

REQUERIMENTO Nº 2.631, DE 2011 (Do Senhor Carlaile Pedrosa)

Requer a constituição de Comis-são Especial para proferir Parecer à PEC 228/2008, que Dá nova redação ao § 3º do art. 46 da Constituição Federal.

Senhor Presidente,Requeiro a Vossa Excelência, nos termos do in-

ciso I do art. 34 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, que seja constituída Comissão Especial para proferir Parecer à PEC 228/2008, que “Dá nova redação ao § 3º do art. 46 da Constituição Federal, apensada à PEC 190/1994.

Justificação

A Proposta de Emenda à Constituição nº 228/2008 visa o aperfeiçoamento da atual sistemática de esco-lha dos suplentes de Senadores e passa a considerar como suplentes os candidatos deputados federais elei-tos pelo mesmo partido ou coligação do Senador que excederem o número das vagas em disputa, segundo o maior número de legislaturas e que passaram pelo crivo das urnas. Desta forma, todos os futuros Senadores, nestes incluindo também os suplentes que assumirem o mandato, terão suas propostas políticas submetidas à avaliação do eleitorado de seus Estados de origem, passando-se, assim, a contemplar com a assunção ao cargo de Senador representantes com respaldo popular, como preconizam as modernas democracias representativas e o Estado democrático de direito.

Sala das Sessões, 4 de agosto de 2011. – Depu-tado Carlaile Pedrosa, PSDB / MG.

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39574 Sexta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2011

REQUERIMENTO Nº 2.632, DE 2011 (Do Sr. Leopoldo Meyer)

Requer a instalação de Comissão Es-pecial a fim de dar parecer sobre a Proposta de Emenda à Constituição nº 53, de 2007.

Senhor Presidente,Requeiro a Vossa Excelência, nos termos do in-

ciso I do art. 34 do Regimento Interno desta Casa, que seja instalada Comissão Especial destinada a proferir Parecer sobre a Proposta de Emenda à Constituição nº 53 de 2007 que “Dá nova redação ao § 3º do Art. 39 da Constituição Federal”.

Justificação

A Proposta de Emenda à Constituição nº 53 de 2007 dá nova redação ao § 3º do Art. 39 da Constitui-ção Federal aplicando aos servidores ocupantes de cargo público em comissão declarado em lei de livre nomeação o também disposto no art. 7º, incisos II, III, XXI, XXXI e XXXIV, ou seja, direitos além de outros que visem à melhoria de sua condição social, o direito ao seguro-desemprego, em caso de desemprego in-voluntário, ao fundo de garantia do tempo de serviço, ao aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, a proibição de qualquer discriminação no tocante a sa-lário e critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência e à igualdade de direitos entre o tra-balhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso.

O enquadramento de servidores ocupantes de cargos de livre provimento, sem vínculo com a admi-nistração pública requer urgente regulamentação cons-titucional, pois não dispõem dos respectivos direitos e, sobretudo, permanecem ao desamparo constitucional, notadamente, aqui na Câmara dos Deputados.

Por estas razões e considerando a grande rele-vância da matéria, é que solicito a criação de Comis-são Especial para que a questão possa ser debatida justa e amplamente.

Sala das Sessões, 4 de agosto de 2001. – Depu-tado Leopoldo Meyer, PSB/PR.

REQUERIMENTO Nº 2.633, DE 2011 (Do Sr. Deputado Roberto de Lucena)

Requer retirada de Projeto de Lei nº 1899 de 2011 que altera a redação de dis-positivos da Lei n.º 7.716, de 5 de janeiro de 1989, que “define os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor”.

Senhor Presidente:Requeiro a V. Exa., nos termos do art. 104, do

Regimento Interno da Câmara dos Deputados, a re-

tirada do Projeto de Lei 1899/2011 de minha autoria, apresentado em 02/08/2011 e que altera a redação de dispositivos da Lei n.º 7.716, de 5 de janeiro de 1989, que “define os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor”.

Sala das Sessões, 4 de agosto de 2011. – Depu-tado Roberto de Lucena, PV/SP.

REQUERIMENTO Nº 2.634, DE 2011 (Do Senhor José Nunes)

Requer a inclusão na Ordem do Dia do Plenário da Câmara dos Deputados do PLP nº 306 de 2008.

Senhor Presidente:Com fulcro no art. 114, inciso XIV, do Regimento

Interno da Câmara dos Deputados, venho respeitosa-mente requerer à Vossa Excelência a inclusão na Or-dem do Dia, do Plenário da Câmara dos Deputados, do Projeto de Lei Complementar nº 306, de 2008, de autoria do Senado Federal, que “dispõe sobre os valo-res mínimos a serem aplicados anualmente por Esta-dos, Distrito Federal, Municípios e União em ações e serviços públicos de saúde, os critérios de rateio dos recursos de transferências para a saúde e as normas de fiscalização, avaliação e controle das despesas com saúde nas três esferas de governo”.

Sala das Sessões, 4 de agosto de 2011. – Depu-tado José Nunes – BA.

REQUERIMENTO Nº 2.635, DE 2011 (Do Sr. Cesar Colnago)

Requer a inclusão na Ordem do Dia do Plenário, da Proposta de Emenda à Cons-tituição nº 98, de 2007.

Senhor Presidente,Requeiro a Vossa Excelência, nos termos do

Art. 114, XIV do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, a inclusão na Ordem do Dia da Pro-posta de Emenda à Constituição nº 98, de 2007, que “Acrescenta alínea ‘e’ ao inciso VI do art. 150 da Constituição Federal, instituindo imunidade tributária sobre os Fonogramas e Videofonogramas musicais produzidos no Brasil, contendo obras musicais ou litero‑musicais de autores brasileiros, e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros, bem como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham.”

A Matéria já teve parecer aprovado em Comis-são Especial, chegou a ser incluída na pauta de vota-ções do plenário, foi retirada de ofício em novembro de 2009, mas diante da relevância da proposição o requerimento ora apresentado merece procedência

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Agosto de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 5 39575

posto que as medidas propostas fortalecem a produ-ção musical brasileira, em especial frente à “pirataria”, que tanto prejudica o seguimento. – Deputado Cesar Colnago, PSDB – ES.

REQUERIMENTO Nº 2.636, DE 2011 (Do Sr. Reinaldo Azambuja)

Requer inclusão na Ordem do Dia da Proposta de Emenda à Constituição n° 59 de 2007, que “acrescenta dispositivos ao art. 144, criando a Polícia Portuária Federal, e dá outras providências”.

Senhor Presidente,Nos termos do artigo 114, inciso XIV, do Regi-

mento Interno da Câmara dos Deputados, requeiro a Vossa Excelência que seja incluída na Ordem do Dia a Proposta de Emenda à Constituição n° 59 de 2007, que “acrescenta dispositivos ao art. 144, criando a Polícia Portuária Federal, e dá outras providências”.

Sala das Sessões, 4, de agosto de 2011. – Depu-tado Reinaldo Azambuja, PSDB/MS.

REQUERIMENTO Nº 2.637, DE 2011 (Do Sr. Taumaturgo Lima)

“Requer inclusão na Ordem do Dia da Proposta de Emenda à Constituição nº 153 de 2003”

Senhor Presidente,Com base no art.114, inciso XIV do regimento

Interno da Câmara dos Deputados – RICD, requeiro a Vossa Excelência que seja incluída na Ordem do Dia a Proposta de Emenda à Constituição nº 153, de 2003 que “altera o art.132 da Constituição Federal”, com a finalidade de regulamentar a carreira de Pro-curador Municipal.

Sala das Sessões, 4 de agosto de 2011. – Depu-tado Taumaturgo Lima, (PT/AC).

REQUERIMENTO Nº 2.638, DE 2011 (Do Sr. Taumaturgo Lima)

Requer a instalação de Comissão Es-pecial a fim de dar parecer sobre a Proposta de Emenda à Constituição nº 53 de 2007.

Senhor Presidente,Requeiro a Vossa Excelência, nos termos do in-

ciso I do art. 34 do Regimento Interno desta Casa, que seja instalada Comissão Especial destinada a proferir Parecer sobre a Proposta de Emenda à Constituição nº 53 de 2007 que “Dá nova redação ao § 3º do Art. 39 da Constituição Federal”.

Justificação

A Proposta de Emenda à Constituição nº 53 de 2007 de autoria do Deputado Dr. Jofran Frejat, dá nova redação ao § 3º do Art. 39 da Constituição Federal aplicando aos servidores ocupantes de cargo público em comissão declarado em lei de livre nomeação o também disposto no art. 7º, incisos II, III, XXI, XXXI e XXXIV, ou seja, direitos além de outros que visem à melhoria de sua condição social, o direito ao seguro--desemprego, em caso de desemprego involuntário, ao fundo de garantia do tempo de serviço, ao aviso pré-vio proporcional ao tempo de serviço, a proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência e à igualdade de direitos entre o trabalhador com vín-culo empregatício permanente e o trabalhador avulso.

O enquadramento de servidores ocupantes de cargos de livre provimento, sem vínculo com a admi-nistração pública requer urgente regulamentação cons-titucional, pois não dispõem dos respectivos direitos e, sobretudo, permanecem ao desamparo constitucional, notadamente, aqui na Câmara dos Deputados.

Por estas razões e considerando a grande rele-vância da matéria, é que solicito a criação de Comissão Especial para que a questão possa ser debatida justa e amplamente na Câmara dos Deputados.

Sala das Sessões, 4 de agosto de 2011. – Depu-tado Taumaturgo Lima, PT/AC.

REQUERIMENTO Nº 2.639, DE 2011 (Do Senhor Dr. Paulo César)

Requer a realização de Sessão Solene para homenagear os 396 anos da Cidade de Cabo Frio.

Senhor Presidente,Requeiro a Vossa Excelência, com base no arti-

go 68 do Regimento Interno, a realização de sessão solene nesta Casa para o dia 8 de novembro de 2011 às 11 horas, a fim de comemorarmos a celebração dos 396 anos de Emancipação Política da Cidade de Cabo Frio, que se dará no dia 13 do mês de novembro.

Justificação

As evidências encontradas num “sambaquí”, aon-de viria se estabelecer o Município de Cabo Frio levam a entender que a ocupação humana teve início há mais ou menos seis mil anos, e restos arqueológicos de aldeias tupinambás estudados indicam que a vegetação de res-tingas e mangues ofereciam possibilidades de coleta de recursos silvestres, destacando-se a presença da man-dioca, aliadas a pesca e caça abundantes, para sobrevi-vência dos guerreiros que conquistaram o litoral da região.

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39576 Sexta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2011

Os índios tupinambás batizaram a região de Cabo Frio como Gecay, único tempero da cozinha, feito com sal grosso cristalizado.

Em 1503, a terceira expedição naval portuguesa para reconhecimento do litoral brasileiro, sofreu um naufrágio em Fernando de Noronha e a frota rema-nescente se dispersou. Dois navios, sob o comando de Américo Vespúcio, seguiram viagem até a Bahia e depois até Cabo Frio.

Em 1512, este estabelecimento comercial-militar pioneiro, que efetivou a posse portuguesa da “nova terra descoberta” deu início a conquista no continen-te americano.

Já em 1615, o governador do Rio de Janeiro, Constantino Menelau, recebeu ordens do Rei Filipe III de Espanha, para retornar a região e estabelecer uma povoação. Em 13 de novembro de 1615, junto à barra de Araruama, com a ajuda de quatrocentos homens brancos e índios catequizados, levantou a Forte de Santo Inácio do Cabo Frio e fundou o Mu-nicípio de Santa Helena do Cabo Frio, a sétima mais antiga do Brasil.

Em 1616, Estêvão Gomes, rico fazendeiro e co-merciante de escravos africanos no Rio de Janeiro, foi nomeado capitão-mor de Cabo Frio e transferiu o sítio da povoação colonial para o atual bairro da Passagem, rebatizando-a como cidade de Nossa Senhora da As-sunção do Cabo Frio. Iniciou-se também o desmonte da Fortaleza de Santo Inácio, e simultaneamente a construção do Forte de São Mateus de Cabo Frio, terminado em 1620. .

Entre 1650 e 1660, a grave crise do sal portu-guês que desabasteceu o Brasil, chamou a atenção metropolitana para a cristalização natural do produto na Lagoa de Araruama. Com esse impulso dado a economia, um novo centro urbano era levantado jun-to à atual Praça Porto Rocha: rasgou-se a rua Direi-ta (hoje Érico Coelho), foram construídos a Igreja de Nossa Senhora da Assunção e o sobrado da Câmara e da Cadeia, que formavam o Largo da Matriz, onde fincou-se o pelourinho.

Atualmente, com os recursos dos royalties, quan-do muitas cidades aumentaram suas respectivas po-pulações, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), através do censo demográfico, Cabo Frio conta atualmente com uma população de cerca de 190 mil habitantes, e dedica--se principalmente ao turismo.

Sala de Sessões, 4 de agosto de 2011. – Deputado Dr. Paulo César, PR/RJ – Deputado Lincoln Portela, Líder do Bloco Parlamentar PR, PRB, PTdoB, PRTB, PRP, PHS, PTC, PSL.

REQUERIMENTO Nº 2.640, DE 2011 (Do Sr. Carlos Eduardo Cadoca)

Requer a instalação de Comissão Es-pecial a fim de dar parecer sobre a Proposta de Emenda à Constituição nº 53, de 2007.

Senhor Presidente,Requeiro a Vossa Excelência, nos termos do in-

ciso I do art. 34 do Regimento Interno desta Casa, que seja instalada Comissão Especial destinada a proferir Parecer sobre a Proposta de Emenda à Constituição nº 53 de 2007 que “Dá nova redação ao § 3º do Art. 39 da Constituição Federal”.

Justificação

A Proposta de Emenda à Constituição nº 53 de 2007, de autoria do ilustre Deputado Dr. Jofran Fre-jat, dá nova redação ao § 3º do Art. 39 da Constitui-ção Federal aplicando aos servidores ocupantes de cargo público em comissão declarado em lei de livre nomeação o também disposto no art. 7º, incisos II, III, XXI, XXXI e XXXIV, ou seja, direitos além de outros que visem à melhoria de sua condição social, o direi-to ao seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário, ao fundo de garantia do tempo de servi-ço, ao aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, a proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador porta-dor de deficiência e à igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso.

O enquadramento de servidores ocupantes de cargos de livre provimento, sem vínculo com a admi-nistração pública requer urgente regulamentação cons-titucional, pois não dispõem dos respectivos direitos e, sobretudo, permanecem ao desamparo constitucional, notadamente, aqui na Câmara dos Deputados.

Por estas razões e considerando a grande rele-vância da matéria, é que solicito a criação de Comissão Especial para que a questão possa ser debatida justa e amplamente na Câmara dos Deputados.

Sala das Sessões, 4 de agosto de 2011. – Depu-tado Carlos Eduardo Cadoca.

REQUERIMENTO Nº 2.641, DE 2011 (Do Sr. Cláudio Puty– PT/PA)

Requer a inclusão na Ordem do Dia da PEC nº 438/2001

Senhor Presidente:Nos termos do artigo 114, inciso XIV, do Regimen-

to Interno da Câmara dos Deputados, requeiro a Vossa Excelência a inclusão na Ordem do Dia da Proposta de Emenda Constitucional nº 438/2001, que “Dá nova

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Agosto de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 5 39577

redação ao caput do art. 243 da Constituição Federal, incluindo o confisco de glebas onde seja constatada a prática de trabalho escravo””.

Justificação

Esta solicitação se dá pela relevante importância da matéria. A exploração de trabalho escravo é por si só uma vergonha. O parlamento brasileiro historica-mente se compromete com a defesa da dignidade nas relações de trabalho, com a garantia e o respeito aos direitos trabalhistas e contra a exploração do trabalho escravo ou análogo a escravo. Coibir e punir essa prá-tica é importante para a democracia, para o respeito aos direitos humanos e para o crescimento do Brasil.

Sala das Sessões, 4 de agosto de 2011. – Depu-tado Cláudio Puty, PT/PA.

REQUERIMENTO No 2.642, DE 2011 (Do Sr. Valdivino de Oliveira)

Requer a instalação de Comissão Es-pecial a fim de dar parecer sobre a Proposta de Emenda à Constituição nº 53, de 2007.

Senhor Presidente:Requeiro a Vossa Excelência, nos termos do inci-

so I, do artigo 34 do Regimento Interno desta Casa, que seja instalada Comissão Especial destinada a proferir Parecer sobre a Proposta de Emenda à Constituição nº 53 de 2007 que “Dá nova redação ao § 3º do artigo 39, da Constituição Federal”.

Justificação

A Proposta de Emenda à Constituição nº 53 de 2007 dá nova redação ao § 3º do Art. 39 da Constitui-ção Federal aplicando aos servidores ocupantes de cargo público em comissão declarado em lei de livre nomeação o também disposto no artigo 7º, incisos II, III, XXI, XXXI e XXXIV, ou seja, direitos além outros que visem à melhoria de sua condição social, o direito ao seguro-desemprego, em caso de desemprego in-voluntário, ao fundo de garantia do tempo de serviço, ao aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, a proibição de qualquer discriminação no tocante a sa-lário e critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência e à igualdade de direitos entre o tra-balhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso.

O enquadramento de servidores ocupantes de cargos de livre provimento, sem vínculo com a admi-nistração pública requer urgente regulamentação cons-titucional, pois não dispõem dos respectivos direitos e, sobretudo, permanecem ao desamparo constitucional, notadamente, aqui na Câmara dos Deputados.

Por estas razões e considerando a grande rele-vância da matéria, é que solicito a criação de Comissão Especial para que a questão possa ser debatida justa e amplamente na Câmara dos Deputados.

Sala das Sessões, 4 de agosto de 2011. – Depu-tado Valdivino de Oliveira, PSDB.

REQUERIMENTO Nº 2.643, DE 2011 (Do Sr. João Campos)

Requer a revisão do despacho de dis-tribuição do PL 6.578/2009, que inclui em sua tramitação a Comissão de Finanças e Tributação.

Senhor Presidente,Nos termos dos art. 141 do RICD, requeiro a Vos-

sa Excelência que reavalie a distribuição do Projeto de Lei n.º 6.578/2009, que dispõe sobre as organizações criminosas, os meios de obtenção da prova e procedi-mento criminal, por decisão proferida pela Secretaria Geral da Mesa, datada de 17/12/2009, foi distribuída à Comissão de Finanças e Tributação.

Do exame de todas alíneas, do inciso X, do art. 32, do RICD, que dispõem sobre os campos temáti-cos ou áreas de atividade da Comissão de Finanças e Tributação, não se vislumbrou nenhum tema relacio-nada à matéria objeto do projeto de lei n.º 6.578/2009.

Fato que conduz a conclusão de que a citada proposta foi distribuída equivocadamente a Comissão de Finanças e Tributação.

À vista do exposto, solicito a revisão da distribui-ção do PL nº 6.578/2009, encaminhando a proposta diretamente a Comissão de Constituição Justiça e de Cidadania.

Sala de Sessões, 4 de agosto de 2011. – Depu-tado João Campos.

REQUERIMENTO Nº 2.644, DE 2011 (Da Sra. Sandra Rosado)

Requer a tramitação conjunta do Pro-jeto de Lei nº 457/2011 e do Projeto de Lei nº 1790/2011.

Senhor Presidente:Requeiro a V. Ex.ª, nos termos do art. 142, caput

e parágrafo único, do Regimento Interno, seja oficiado ao Exmo. Sr. Presidente da Câmara dos Deputados a fim de solicitar a tramitação conjunta do Projeto de Lei nº n.º 457/2011, pendente de apreciação neste Órgão técnico – Comissão de Trabalho, de Adminis-tração e Serviço Público (CTASP) e do Projeto de Lei nº 1790/2011, que ainda aguarda despacho na Se-ção de Registro e Controle de Análise da Proposição (SECAP/SGM), tendo em vista que ambos pretendem

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39578 Sexta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2011

aumentar o valor do limite máximo das causas sub-metidas ao procedimento sumaríssimo no âmbito da Justiça do Trabalho.

Sala da Comissão, 4 de agosto de 2011. – Depu-tada Sandra Rosado.

REQUERIMENTO Nº 2.645, DE 2011 (Da Sra. Sandra Rosado)

Requer a criação de Comissão Espe-cial para analisar a Proposta de Emenda à Constituição n.º 485, de 2005, que cria varas específicas para as causas relativas às mulheres nos juizados especiais cíveis e criminais de minha autoria.

Senhor Presidente:Requeiro a V. Exa. que seja instalada, nos termos

do art. 202, § 2º, do Regimento Interno, Comissão Es-pecial para analisar a Proposta de Emenda à Constitui-ção n.º 485, de 2005, que cria varas específicas para as causas relativas às mulheres nos juizados especiais cíveis e criminais de minha autoria.

Destacamos que a matéria é de capital impor-tância na luta contra a discriminação que sofre a mu-lher no Brasil, concretizando a igualdade entre sexos consagrada como direito fundamental no inciso I do art. 5º da Constituição Federal. Em nosso entender, as varas em questão constituem um poderoso instrumen-to para inibir a discriminação que sofrem as mulheres, seja na esfera civil, resolvendo as lides que decorrem da posição de fraqueza destas na sociedade, seja na esfera criminal, freando a violência covarde a que são rotineiramente submetidas.

Informamos, ademais, que na Legislatura pas-sada fora criada e instalada uma Comissão Especial destinada a proferir parecer à Proposta de Emenda à Constituição em epígrafe. Ocorre, porém, que tal Co-missão foi encerrada sem a conclusão de seus traba-lhos em razão do término da Legislatura (inciso II do art. 22 RICD).

Sala das Sessões,4 de agosto de 2011. – Depu-tada Sandra Rosado.

REQUERIMENTO Nº 2.646, DE 2011 (Do Sr. Anthony Garotinho)

Requer a instalação de Comissão Es-pecial a fim de dar parecer sobre a Proposta de Emenda à Constituição nº 53, de 2007.

Senhor Presidente,Requeiro a Vossa Excelência, nos termos do inci-

so II do art. 34 do Regimento Interno desta Casa, que seja instalada Comissão Especial destinada a proferir

Parecer sobre a Proposta de Emenda à Constituição nº 53, de 2007 que “Dá nova redação ao § 3º do Art. 39 da Constituição Federal”.

Justificação

A Proposta de Emenda à Constituição nº 53 de 2007 dá nova redação ao § 3º do Art. 39 da Constitui-ção Federal aplicando aos servidores ocupantes de cargo público em comissão declarado em lei de livre nomeação o também disposto no art. 7º, incisos II, III, XXI, XXXI e XXXIV, ou seja, direitos além de outros que visem à melhoria de sua condição social, o direito ao seguro-desemprego, em caso de desemprego in-voluntário, ao fundo de garantia do tempo de serviço, ao aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, a proibição de qualquer discriminação no tocante a sa-lário e critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência e à igualdade de direitos entre o tra-balhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso.

O enquadramento de servidores ocupantes de cargos de livre provimento, sem vínculo com a admi-nistração pública requer urgente regulamentação cons-titucional, pois não dispõem dos respectivos direitos e, sobretudo, permanecem ao desamparo constitucional, notadamente, aqui na Câmara dos Deputados.

Por estas razões e considerando a grande rele-vância da matéria, é que solicito a criação de Comis-são Especial para que a questão possa ser debatida justa e amplamente.

Sala das Sessões, 4 de agosto de 2011. – Depu-tado Anthony Garotinho.

REQUERIMENTO No 2.647, DE 2011 (Do Sr. Daniel Almeida)

Requer a inclusão em Ordem do Dia da PEC nº 153/2003.

Senhor Presidente:Requeiro a Vossa Excelência, nos termos do Art.

114, XIV do Regimento Interno, a inclusão na Ordem do Dia da PEC nº 153, de 2003, que regulamenta a carreira de Procurador Municipal.

O requerimento se fundamenta por se tratar de matéria relevante e de interesse público, na medida em que viabiliza o aperfeiçoamento dos trabalhos realiza-dos pelas Procuradorias Municipais o que significa, na prática, atender de forma mais próxima ao cidadão, em todas as suas necessidades, principalmente no que se refere ao interesse coletivo de cada comunidade existente no país.

Sala das Sessões, 4 de agosto de 2011. – Depu-tado Daniel Almeida, (PCdoB/ BA).

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Agosto de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 5 39579

REQUERIMENTO Nº 2.648, DE 2011 (Do Sr. Romário)

Requer a instalação de Comissão Es-pecial a fim de dar parecer sobre a Proposta de Emenda à Constituição nº 53, de 2007.

Senhor Presidente,Requeiro a Vossa Excelência, nos termos do in-

ciso I do art. 34 do Regimento Interno desta Casa, que seja instalada Comissão Especial destinada a proferir Parecer sobre a Proposta de Emenda à Constituição nº 53 de 2007 que “Dá nova redação ao § 3º do Art. 39 da Constituição Federal”.

Justificação

A Proposta de Emenda à Constituição nº 53 de 2007, de autoria do ilustre Deputado Dr. Jofran Frejat, dá nova redação ao § 3º do Art. 39 da Constituição Fe-deral aplicando aos servidores ocupantes de cargo pú-blico em comissão declarado em lei de livre nomeação o também disposto no art. 7º, incisos II, III, XXI, XXXI e XXXIV, ou seja, direitos além de outros que visem à melhoria de sua condição social, o direito ao seguro--desemprego, em caso de desemprego involuntário, ao fundo de garantia do tempo de serviço, ao aviso pré-vio proporcional ao tempo de serviço, a proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência e à igualdade de direitos entre o trabalhador com vín-culo empregatício permanente e o trabalhador avulso.

O enquadramento de servidores ocupantes de cargos de livre provimento, sem vínculo com a admi-nistração pública requer urgente regulamentação cons-titucional, pois não dispõem dos respectivos direitos e, sobretudo, permanecem ao desamparo constitucional, notadamente, aqui na Câmara dos Deputados.

Por estas razões e considerando a grande rele-vância da matéria, é que solicito a criação de Comissão Especial para que a questão possa ser debatida justa e amplamente na Câmara dos Deputados.

Sala das Sessões, 4 de agosto de 2011. – Depu-tado Romário, PSB/ RJ.

REQUERIMENTO Nº 2.649, DE 2011 (Da Sra. Sandra Rosado)

Requer ao Presidente que encaminhe consulta à Comissão de Constituição e Jus-tiça e de Cidadania sobre a aplicação da Lei nº 12.345, de 09 de dezembro de 2010, de minha autoria.

Senhor Presidente:Requeiro a V. Exa., nos termos do art. 32, inci-

so IV, alínea c, do Regimento Interno, que encaminhe

consulta à Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania para que sejam esclarecidos os seguintes questionamentos acerca da aplicação na Câmara dos Deputados da Lei nº 12.345, de 09 de dezembro de 2010, de minha autoria.

Qual é o alcance da aplicação da Lei 12.345/10? Incide apenas nos projetos de lei apresentados após a sua publicação ou também deve ser aplicada aos projetos de lei apresentados antes da sua publicação?

Com relação às proposições já em tramitação antes da publicação da mencionada Lei, pode a Comis-são de Educação e Cultura, com o fim de averiguar o critério de alta significação imposto pela Lei 12.345/10, condicionar o exame do seu mérito à realização de audiência pública, nos termos dos artigos 2º e 3º da-quele diploma legal?

No tocante aos projetos apresentados após 9 de dezembro de 2010, a Presidência deve devolver ao au-tor, com base no art. 137, § 1º, I, do Regimento Interno (não estiver devidamente formalizada e em termos), proposição que pretenda instituir data comemorativa e que não comprove a alta significação, nos termos da Lei 12.345/10?

A ausência de comprovação de critério de alta significação é questão de juridicidade?

É possível sanar esse vício em algum momento posterior da tramitação da proposição?

Caso o Executivo institua data comemorativa por decreto presidencial, poderá o Congresso Nacional propor decreto legislativo que suste o ato normativo, por considerá-lo contra a Lei 12.345/10?

Qual o alcance do termo de data comemorativa que refere a Lei 12.345/10?

Proponho, ainda, que seja encaminhada cópia do Parecer adotado pela CCJC à Mesa Diretora da Câmara dos Deputados para que dê ciência a todos os Senhores Deputados e Senhoras Deputadas ao Presidente do Senado Federal e a Presidenta da Re-pública Federativa do Brasil.

Sala das Sessões, 4 de agosto de 2011. – Depu-tada Sandra Rosado.

REQUERIMENTO Nº 2.650, DE 2011 (Do Sr. Eli Corrêa Filho)

Solicita a tramitação conjunta do Pro-jeto de Lei nº 1.586, de 2011 e Projeto de Lei nº 3.574, de 2008.

Senhor Presidente,Tramita nesta Casa o Projeto de Lei nº 3574, de

2008, de autoria do ilustre ex-Senador Gerson Ca-mata que “acrescenta inciso XVII ao art. 51 da Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, que dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências,

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39580 Sexta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2011

para considerar abusiva a cláusula contratual que obri-gue o consumidor a pagar pela emissão do carnê de pagamento ou do boleto bancário.” A modificação faz com que seja considerada cláusula contratual abusiva qualquer dispositivo que obrigue o consumidor a pagar pela emissão do carnê ou do boleto bancário.

Neste ano, foi apresentado no início da Legislatura o PL 1586, de 2011, do Deputado Manato, dispondo sobre a nulidade de cláusula contratual que permita o acréscimo do valor de emissão de boleto bancário ou carnê ao custo de produtos e serviços.

– Projeto de Lei nº 1586, de 2011, “acrescenta in-ciso XVII ao art. 51 da Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, que dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências”. Explicação da Ementa: Tor-na nula a cláusula contratual que permite acréscimo do valor de emissão de boleto bancário ou carnê ao custo de produtos e serviços.

Estando em tramitação as duas matérias em voga, que tratam sobre o mesmo tema, requeiro a Vossa Excelência, nos termos dos artigos 142 e 143, em consonância com o disposto no art. 139, inciso I, do Regimento Interno desta Casa, a tramitação con-junta do Projeto de Lei nº 1586, de 2011, do Deputado Manato, com o Projeto de Lei 3574, de 2008, do ex--Senador Gerson Camata, objetivando obter a devida economia processual.

Sala das Sessões, 4 de agosto de 2011. – Depu-tado Eli Corrêa Filho, DEM/SP.

REQUERIMENTO Nº 2.651, DE 2011 (Do Sr. Amauri Teixeira)

Requer moção de pesar pelo passa-mento da Sra. Marlene Barbosa, falecida no último dia 28 de julho de 2011.

Senhor Presidente:Requeiro à V.Exa, nos termos regimentais, ouvido

o Plenário, que seja registrado nos Anais desta Casa e publicado nos órgãos de comunicação do Congresso, moção de pesar em memória da Sra. Marlene Barbosa, pessoa simples e humilde, mas que ao longo da vida desempenhou brilhante trabalho a frente do Hospital Regional de Irecê – Bahia, como a incansável secre-tária do Diretor-Geral, Dr. Severino Nunes de Abreu.

Casada com Sales Pereira Rolim, dona Marle-ne, que deixa dois filhos, veio a falecer aos 43 anos, vitimada pelo câncer. Era técnica em enfermagem e especialista do setor de regulação, trabalhava a mais de 15 anos no Hospital. De tão querida, chegou a ser candidata a vereadora, recebendo expressiva vota-ção. Com sua morte, Irecê e a Bahia perdem uma filha ilustre e uma alma caridosa que muito nos fará falta.

Isso posto, requeiro que esta iniciativa, em nome da Câmara dos Deputados, seja comunicada aos ami-gos e familiares através o endereço: a/c do Dr. Severi-no Nunes de Abreu, Hospital Regional de Irecê, Praça Teodoro Sampaio, s/nº, CEP 44.900-000, Irecê/BA.

Respeitosamente,Sala de Sessões, 4 de agosto de 2011. – Depu-

tado Amauri Teixeira, PT.

REQUERIMENTO Nº 2.652, DE 2011 (Do Sr. Manoel Junior )

Requer a instalação de Comissão Es-pecial a fim de dar parecer sobre a Proposta de Emenda à Constituição nº 53, de 2007.

Senhor Presidente,Requeiro a Vossa Excelência, nos termos do in-

ciso I do art. 34 do Regimento Interno desta Casa, que seja instalada Comissão Especial destinada a proferir Parecer sobre a Proposta de Emenda à Constituição nº 53 de 2007 que “Dá nova redação ao § 3º do Art. 39 da Constituição Federal”.

Justificação

A Proposta de Emenda à Constituição nº 53 de 2007, de autoria do ilustre Deputado Dr. Jofran Fre-jat, dá nova redação ao § 3º do Art. 39 da Constitui-ção Federal aplicando aos servidores ocupantes de cargo público em comissão declarado em lei de livre nomeação o também disposto no art. 7º, incisos II, III, XXI, XXXI e XXXIV, ou seja, direitos além de outros que visem à melhoria de sua condição social, o direi-to ao seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário, ao fundo de garantia do tempo de servi-ço, ao aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, a proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador porta-dor de deficiência e à igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso.

O enquadramento de servidores ocupantes de cargos de livre provimento, sem vínculo com a admi-nistração pública requer urgente regulamentação cons-titucional, pois não dispõem dos respectivos direitos e, sobretudo, permanecem ao desamparo constitucional, notadamente, aqui na Câmara dos Deputados.

Por estas razões e considerando a grande rele-vância da matéria, é que solicito a criação de Comissão Especial para que a questão possa ser debatida justa e amplamente na Câmara dos Deputados.

Sala das Sessões, 4 de agosto de 2011. – Depu-tado Manoel Junior, PMDB/PB.

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Agosto de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 5 39581

REQUERIMENTO Nº 2.653, DE 2011 (Do Sr. Giroto )

Requer a instalação de Comissão Es-pecial a fim de dar parecer sobre a Proposta de Emenda à Constituição nº 53, de 2007.

Senhor Presidente,Requeiro a Vossa Excelência, nos termos do inci-

so II do art. 34 do Regimento Interno desta Casa, que seja instalada Comissão Especial destinada a proferir Parecer sobre a Proposta de Emenda à Constituição nº 53, de 2007 que “Dá nova redação ao § 3º do Art. 39 da Constituição Federal”.

Justificação

A Proposta de Emenda à Constituição nº 53 de 2007 dá nova redação ao § 3º do Art. 39 da Constitui-ção Federal aplicando aos servidores ocupantes de cargo público em comissão declarado em lei de livre nomeação o também disposto no art. 7º, incisos II, III, XXI, XXXI e XXXIV, ou seja, direitos além de outros que visem à melhoria de sua condição social, o direito ao seguro-desemprego, em caso de desemprego involun-tário, ao fundo de garantia do tempo de serviço, ao aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, a proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência e à igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso.

O enquadramento de servidores ocupantes de cargos de livre provimento, sem vínculo com a admi-nistração pública requer urgente regulamentação cons-titucional, pois não dispõem dos respectivos direitos e, sobretudo, permanecem ao desamparo constitucional, notadamente, aqui na Câmara dos Deputados.

Por estas razões e considerando a grande rele-vância da matéria, é que solicito a criação de Comis-são Especial para que a questão possa ser debatida justa e amplamente.

Sala das Sessões, 4 de agosto de 2011. – Depu-tado Giroto, PR/MS.

REQUERIMENTO Nº 2.654, DE 2011 (Do Sr. Giroto)

Senhor Presidente,Requeiro a Vossa Excelência, nos termos do art.

114, inciso 14, combinado com o art. 86, parágrafo 3º, do Regimento Interno, inclusão na pauta de votações da Câmara dos Deputados, do Projeto de lei nº 959/2003, que dispõe sobre a regulamentação das profissões de Técnico de Estética e de Terapeuta Esteticista.

Sala das Sessões, 4 de agosto de 2011. – Depu-tado Giroto, PR/MS.

REQUERIMENTO Nº 2.655, DE 2011 (Do Sr.Fabio Trad)

Requer a instalação de Comissão Es-pecial a fim de dar parecer sobre a Proposta de Emenda à Constituição nº 53, de 2007.

Senhor Presidente,Requeiro a Vossa Excelência, nos termos do inci-

so II do art. 34 do Regimento Interno desta Casa, que seja instalada Comissão Especial destinada a proferir Parecer sobre a Proposta de Emenda à Constituição nº 53 de 2007 que “Dá nova redação ao § 3º do Art. 39 da Constituição Federal”.

Justificação

A Proposta de Emenda à Constituição nº 53, de 2007 dá nova redação ao § 3º do Art. 39 da Constitui-ção Federal aplicando aos servidores ocupantes de cargo público em comissão declarado em lei de livre nomeação o também disposto no art. 7º, incisos II, III, XXI, XXXI e XXXIV, ou seja, direitos além de outros que visem à melhoria de sua condição social, o direito ao seguro-desemprego, em caso de desemprego in-voluntário, ao fundo de garantia do tempo de serviço, ao aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, a proibição de qualquer discriminação no tocante a sa-lário e critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência e à igualdade de direitos entre o tra-balhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso.

O enquadramento de servidores ocupantes de cargos de livre provimento, sem vínculo com a admi-nistração pública requer urgente regulamentação cons-titucional, pois não dispõem dos respectivos direitos e, sobretudo, permanecem ao desamparo constitucional, notadamente, aqui na Câmara dos Deputados.

Por estas razões e considerando a grande rele-vância da matéria, é que solicito a criação de Comis-são Especial para que a questão possa ser debatida justa e amplamente.

Sala das Sessões, 4 de agosto de 2011. – Depu-tado Fabio Trad.

REQUERIMENTO Nº 2.656, DE 2011 (Da Sra. Erika Kokay)

Requer a inclusão na Ordem do Dia do PL 2295/2000, que dispõe sobre a jornada de trabalho dos Enfermeiros, Técnicos e Auxiliares de Enfermagem.

Senhor Presidente,Nos termos do artigo 114, inciso XIV, do Regi-

mento Interno da Câmara dos Deputados, requeiro a Vossa Excelência a inclusão na Ordem do Dia do PL

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39582 Sexta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2011

2295/2000, que dispõe sobre a jornada de trabalho dos Enfermeiros, Técnicos e Auxiliares de Enfermagem.

Sala das Sessões, 4 de agosto de 2011. – Depu-tada Erika Kokay, PT/DF.

REQUERIMENTO Nº 2.657, DE 2011 (Da Sra. Erika Kokay)

Requer a criação de Comissão Espe-cial destinada a proferir Parecer ao Projeto de Lei nº 4.436 de 2008, que “Modifica o art. 19 da Lei nº 7.102, de 20 de junho de 1983, para garantir ao vigilante o recebimento de adicional de periculosidade”.

Senhor Presidente,Requeiro a Vossa Excelência, nos termos do

inciso II do art. 34 do Regimento Interno desta Casa, que seja criada a Comissão Especial destinada a pro-ferir Parecer ao Projeto de Lei nº 4.436 de 2008, que “Modifica o art. 19 da Lei nº 7.102, de 20 de junho de 1983, para garantir ao vigilante o recebimento de adi-cional de periculosidade”.

Justificação

O Projeto de Lei nº 4.436 de 2008 visa garantir ao vigilante o recebimento de adicional de periculosidade pelo desempenho de suas funções em atividades peri-gosas, uma vez verificada a existência de elevado risco de roubo ou violência física; de acidentes de trânsito ou acidentes do trabalho, o empregado, independente de sua função, faz jus ao adicional de periculosidade.

Considerando o mérito e o alcance social do pro-jeto, contamos com o apoio de Vossa Excelência para a criação da Comissão Especial.

Sala das Sessões, 4 de agosto de 2011. – Depu-tada Erika Kokay, PT/DF.

REQUERIMENTO Nº 2.658, DE 2011 (Do Sr. Deputado Onofre Santo Agostini)

Requer a inclusão de proposição na Ordem do Dia do Plenário da Câmara dos Deputados.

Senhor Presidente,Requeiro a Vossa Excelência, nos termos do Ar-

tigo 114, inciso XIV, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados a inclusão na Ordem do Dia da Propos-ta de Emenda à Constituição de nº 515, de 2010, que “altera a redação do inciso XVIII do art. 7º da Constitui-ção Federal, para aumentar para cento e oitenta dias a duração do período da licença à gestante”.

Sala das Sessões, 4 de agosto de 2011. – Depu-tado Onofre Santo Agostini, (DEM/SC).

REQUERIMENTO Nº 2.659, DE 2011 (Do Sr. Lincoln Portela)

Requer a instalação de Comissão es-pecial a fim de dar parecer sobre a Proposta de Emenda à Constituição nº 53, de 2007.

Senhor Presidente,Requeiro a Vossa Excelência, nos termos do in-

ciso I do art. 34 do Regime Interno desta Casa, que seja instalada Comissão Especial destinada a proferir Parecer sobre a Proposta de Emenda à Constituição nº 53 de 2007, que “Dá nova redação ao § 3º do Art. 39 da Constituição Federal”.

Justificação

A Proposta de Emenda à Constituição n° 53, de 2007 dá nova redação ao parágrafo 3º do artigo 39 da Constituição Federal, aplicando aos servidores ocu-pantes de cargo público em comissão, declarado em lei de livre nomeação, o também disposto no artigo 7º, incisos II, III, XXI, XXXI, XXXIV, ou seja, direitos além de outros que visem à melhoria de sua condição so-cial, o direito ao seguro-desemprego, em caso de de-semprego involuntário, ao fundo de garantia por tempo de serviço, ao aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, a proibição de qualquer discriminação no to-cante a salário e critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência e à igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso.

O enquadramento de servidores ocupantes de cargos de livre provimento, sem vínculo com adminis-tração pública, requer urgente regulamentação cons-titucional, pois não dispõem dos respectivos direitos e, sobretudo, permanecem ao desamparo constitucional, notadamente, aqui na Câmara dos Deputados.

Por estas razões, e considerando a grande rele-vância da matéria, é que solicito a criação de Comis-são Especial para que a questão possa ser debatida justa e amplamente.

Sala das Sessões, 4 de agosto de 2011. – Deputado Lincoln Portela, Líder do Partido da República – PR.

VI – ORDEM DO DIA

(Debates e trabalho de Comissões.)

O SR. PRESIDENTE (Amauri Teixeira) – Vai-se passar ao horário de

VI – COMUNICAÇÕES PARLAMENTARESSe me permite, Deputado Onofre Santo Agosti-

ni, mais uma vez vamos abusar de sua boa vontade. Quando eu pedi ao Deputado Roberto de Lucena para trocar com os Deputados Zeca Dirceu e Fernando

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Agosto de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 5 39583

Ferro, ele ficou fora da lista de antes do Grande Ex-pediente. Mesmo assim, S.Exa. está permitindo que nós mantenhamos a ordem de inscrição. Então, meu amigo Onofre Santo Agostini, do DEM de Santa Cata-rina, vamos alternar a ordem. Vai falar um da lista de Comunicações Parlamentares e outro da do Grande Expediente.

O SR. ONOFRE SANTO AGOSTINI (DEM-SC. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, primeiro eu quero dizer ao Deputado do Pará que se aqui houver dois votos são o meu e o dele, porque eu voto em favor da emancipação dos dois Es-tados. Acho que quando o povo diz sim nós temos de confirmar aqui que foi dito lá. Portanto, sou favorável à emancipação dos dois Estados.

Sr. Presidente, venho trazer ao conhecimento da Casa um projeto de lei que estamos apresentando. Na sessão da manhã nós tivemos um atritozinho, Depu-tado, que não foi absolutamente pessoal. No campo das ideias, nós podemos conflitar. É muito importante o conflito e a discordância no campo das ideias, sem ferir os princípios da ética, dos bons costumes etc.

Na hora do almoço eu comecei a meditar, De-putado. E por que nós não apresentamos uma agen-da positiva? O Brasil, a Presidente da República está a conclamar este Parlamento para que ajude nessa agenda positiva.

Eu já disse e V.Exas. sabem que eu não faço parte da bancada que dá sustentação ao Governo Federal, mas eu sou a favor do Brasil. Nos projetos que entendo serem bons para o Brasil estarei do lado da Presidente da República. Tenho aqui de reconhe-cer que posso discordar de muita coisa, discordo da política econômica, discordo de muitas coisas, mas tenho de concordar com alguns projetos que a Exma. Sra. Presidente da República mandou para esta Casa.

O primeiro projeto que entendo de suma importân-cia para o Brasil trata das escolas técnicas. Deveríamos tirar qualquer desavença partidária e votar urgente-mente esse projeto de suma importância para o País.

Outro projeto interessante trata do fim da misé-ria. Podem contar comigo que eu estarei ao lado do Governo para votar em favor desse projeto.

Agora há esse recente e moderno projeto que a nossa Presidente nos está enviando. S.Exa. lançou ontem um programa para dar ao setor produtivo brasi-leiro a possibilidade de sobreviver ao que está aconte-cendo neste mundo da economia globalizada. Se não se tomarem providências, vai falir não o Brasil, mas o mundo inteiro, com exceção da China, que tomará conta de tudo. A Presidente teve o discernimento de tomar providências e incentivar o setor produtivo, os empresários brasileiros, para que efetivamente pos-

sam produzir e concorrer em condições de igualdade dentro da economia globalizada presente no mundo inteiro, e eu vou, pessoalmente, apoiar esse projeto da Presidente da República que incentiva os empresários e o setor produtivo.

E nesse sentido, Sr. Presidente e Srs. Deputados, demos entrada a um projeto de lei que vem ao encontro desse anseio do Governo, o Projeto de Lei nº 1.908, que “estabelece tratamento diferenciado, em relação à incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI, a estabelecimentos industriais, ou estabelecimentos equiparados a industriais, de cujas operações resultem produtos reciclados que contenham resíduos sólidos”.

O projeto é extenso e muito bem elaborado. É claro que fui eu quem deu a ideia aos nossos técni-cos, mas faço-lhes justiça, aos assessores de todas as bancadas deste Parlamento e de modo especial aos assessores da minha bancada e do meu gabinete, porque, se somos nós que damos as ideias, são eles que as colocam no papel de forma clara.

Mas eu falava sobre o Projeto de Lei nº 1.908. Ele dá respaldo a duas questões muito importantes. Primeiro, incentiva o setor produtivo a produzir fazendo uso de produtos reciclados, e não de matéria-prima da natureza. Eu acho injusto que as indústrias brasileiras que usam matéria-prima virgem recebam o mesmo tra-tamento que as que usam material reciclado. Vou dar um exemplo bem simples, para que o povo brasileiro, os empresários e as pessoas presentes possam entender: para se produzir papel, papelão, papel higiênico etc. usa-se madeira. São cortadas árvores, florestas intei-ras de pínus, pinheiros, araucárias. Com esse projeto, vamos produzir o mesmo papel utilizando papel reci-clado, aquele que é jogado fora, aquele que ninguém mais quer. Esse papel que é jogado fora – papelão, caixas de papelão e assim por diante – é levado para as indústrias, que produzem novo papel a partir dele.

Indústrias que reutilizam latinhas de cerveja e de refrigerante jogadas fora, Sr. Presidente, terão isenção de IPI, pelo fato de estarem tirando da natureza mate-rial que levaria 100 ou mesmo 200 anos para se dete-riorar. Segundo dados científicos, uma lata de cerveja leva até 100 anos para ser absorvida pela natureza. Elas serão reaproveitadas.

Portanto, é justo que as indústrias que reciclam materiais sejam beneficiadas. Isso vem ao encontro do pensamento da Presidente da República, que quer incentivar o setor produtivo, as indústrias, diminuindo a taxa tributária, para que possam concorrer com o mer-cado de fora. E as indústrias que reciclam materiais, que utilizam o que é jogado fora na natureza e que polui, vão produzir com benefícios para o povo brasi-leiro. O projeto será discutido ao longo das sessões,

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39584 Sexta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2011

depois que a Comissão de Finanças opinar sobre a adequação orçamentária e as de competência sobre os dados técnicos.

O Governo, por meio de medida provisória e de lei complementar, estabeleceu que aqueles que cole-tam serão incentivados e não pagarão impostos, mas queremos incentivar também aqueles que reaproveitam os produtos coletados com a isenção do IPI. Fui a vá-rias indústrias do meu Estado de Santa Catarina, um grande produtor de papel, assim como ao Rio Grande do Sul e ao Paraná, onde há várias indústrias de celu-lose, e vi que algumas indústrias sobrevivem somente de material reciclado. No Município de Vargeão, por exemplo, há uma indústria que só usa produto reciclado, e produz muita coisa, Deputado Luiz Couto. Confesso que fiquei encantado, porque retira da natureza o que iria poluí-la, e isso sem incentivo; essa indústria paga impostos como qualquer outra que usa matéria-prima virgem, derrubando árvores.

Então, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, o projeto é interessante. É claro que temos de debatê--lo, mas não resta dúvida de que é muito importante. Trata-se de um compromisso que assumi com minha consciência. Nunca disse a empresários que eu ia apresentar esse projeto, nunca disse a ninguém, disse apenas para minha consciência que se me elegesse Deputado eu ia trabalhar em favor dos empresários que usam material reciclado, retirando da natureza os poluentes, para efetivamente salvarmos o planeta da poluição. Aí sim, meu caro amigo Deputado Padre Luiz Couto, por quem tenho grande respeito e grande estima, aí sim a Campanha da Fraternidade irá ao en-contro da preservação do meio ambiente.

Nós estamos fazendo duas coisas importantes com esse projeto, como está fazendo a Presidenta da República: primeiro, incentivando o setor produtivo a produzir emprego e tributos; segundo, incentivando o setor produtivo a não poluir, a salvar a natureza.

Sr. Presidente, permita-me mais 1 minuto. Encer-ro repetindo algo que já disse aqui algumas vezes. Eu sou da mesma região que o Deputado Stédile; mais do que isso, somos parentes. Meu pai é irmão do avô dele. Meu pai, um agricultor, um homem simples, cos-tumava dizer que o ser humano perdoa mais ou menos, Deus perdoa tudo, absolutamente tudo, e tanto isso é verdade que matamos seu Filho e Ele nos perdoou, e a natureza não perdoa nada. Se nós não cuidarmos da natureza, se não a usarmos como nossa parceira, nossa companheira, nós não encontraremos solução; este mundo não vai ter solução se nós não cuidarmos da natureza, para que ela nos dê o necessário para nossa sobrevivência. Que nós possamos sobreviver da

própria natureza, mas cuidando dela, dos rios, da água, das árvores e das florestas, enfim, da flora e da fauna.

Portanto, Srs. Deputados, com todo o respeito e a admiração que tenho por cada um de V.Exas., peço que leiam bem esse projeto e nos ajudem, entendam que nós estaremos prestando um grande serviço para o Governo da Presidenta Dilma, que está preocupada com a concorrência desleal para o produtor brasileiro dos países que não têm tributação, e ainda estaremos concorrendo para preservar a nossa natureza, o meio ambiente.

Um abraço muito fraterno. Que Deus nos ajude. Muito obrigado.

O SR. PRESIDENTE (Amauri Teixeira) – Para-béns, Deputado Onofre, sempre preocupado com a preservação ambiental.

O SR. PRESIDENTE (Amauri Teixeira) – Pas-saremos a alternar Comunicações Parlamentares e Comunicações de Liderança.

O Deputado Roberto de Lucena tem precedên-cia na inscrição, pois tinha cedido a vez ao Deputado Zeca Dirceu. Como é o Deputado José Stédile seu conterrâneo, vai permitir que S.Exa. fale antes dele.

Com a palavra o Deputado Roberto de Lucena.O SR. ROBERTO DE LUCENA (Bloco/PV-SP.

Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, ilustre Deputado Amauri Teixeira, Sras. e Srs. Parlamen-tares, nesta semana nós estamos a exatos 4 meses da tragédia que atingiu Realengo e sacudiu o Brasil, a tragédia que abalou e chocou o mundo, quando 12 crianças inocentes foram chacinadas no Colégio Tar-so da Silveira, no Rio de Janeiro, por um maníaco, um transtornado que, adentrando aquela escola munido de arma de fogo, efetuou disparos, ceifando a vida, interrompendo sonhos e afetando não somente as dezenas crianças que ficaram feridas, mas todas as centenas de crianças que lá estudam; se não foram feridas fisicamente, foram marcadas para sempre com os fatos que ali se desencadearam.

Estivemos, Deputado Amauri Teixeira, visitando o Colégio Tarso da Silveira, em nome da Frente Par-lamentar de Combate ao Bullying e outras Formas de Violência, da qual eu sou Presidente. Ali, com uma comitiva de Parlamentares, reunimo-nos com os fa-miliares das vítimas, com as crianças sobreviventes. Ali, com aquelas pessoas, centenas delas, entre pro-fessores, alunos, trabalhadores da reforma daquele prédio, demos um abraço simbólico à Escola Municipal Tasso da Silveira.

Saímos dali, Sr. Presidente, absolutamente in-dignados, chocados com os fatos que ocorreram na-quele ambiente e com o desrespeito do Governo do Estado e da Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro aos

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sobreviventes daquele massacre, aos familiares das vítimas, daqueles que lá perderam sua vida. Passados 4 meses, eu quero citar o nome de Luan e de Matheus, quero citar a garota Taiane. Luan, Sr. Presidente, De-putado José Stédile, está prestes a perder uma das vistas, corre o risco de ficar cego. É um garoto cheio de vida, de saúde. Luan, que usa boné para esconder o curativo que tem no olho, precisa submeter-se a um procedimento cirúrgico, marcado para o final do mês de outubro. Cito também Matheus, um garoto de 11 anos, que, atendendo ao nosso convite, veio a esta Casa participar do lançamento da Frente Parlamen-tar Mista de Combate ao Bullying e Outras Formas de Violência, e disse: “Eu fui vítima de alguém que foi vítima do bullying, mas eu quero responder a essa agressão estudando. Eu quero ser o melhor advogado que eu puder, e um dia eu quero servir ao meu País como Ministro.”

Nós sociedade devemos uma resposta às crianças sobreviventes, devemos respeito à família dos sobrevi-ventes. Uma vez que o Estado, Presidente Amauri Tei-xeira, não foi capaz de proteger aquelas crianças, ele deve dar uma resposta de cuidado às que precisam de atendimento. Isso é um absurdo! Isso é indigno! Não é possível, Deputado Amauri! O Prefeito Eduardo Paes e o Governador Sérgio Cabral são pais, talvez avós. Eu, que sou pai de Melissa e de Renan e avô da se-nhorita Lívia, que tem 4 anos de idade, ponho-me no lugar daqueles avós e daqueles pais. Se algo definiti-vamente de mais trágico acontecer com essas crianças (peço apenas a concessão de 1 minuto para finalizar, ilustre Deputado Amauri Teixeira), Prefeito Eduardo Paes e Governador Sérgio Cabral, os senhores serão responsabilizados. Serão responsabilizados pela his-tória. Serão responsabilizados pela sociedade. Serão responsabilizados pelo povo de Realengo. Aqui nesta Casa os senhores também serão responsabilizados.

Quero fazer um apelo às autoridades do Rio de Janeiro, quero fazer um apelo também aos profissio-nais da área médica, quero fazer um apelo àqueles que podem, voluntariamente, fazer alguma coisa e ajudar-nos na Frente Parlamentar Mista de Combate ao Bullying e Outras Formas de Violência para esten-dermos as mãos a essas crianças e à Associação dos Familiares e Amigos dos Anjos de Realengo, que não quer vingança, e sim busca justiça. E a Palavra de Deus ensina, Deputado Amauri Teixeira, que aquele que tem fome de justiça é bem aventurado, porque sua mesa será farta.

Sr. Presidente, solicito que meu pronunciamento seja divulgado nos órgãos de comunicação da Casa. Deus abençoe o Brasil.

Muito obrigado.

O SR. PRESIDENTE (Amauri Teixeira) – Para-béns, Deputado Roberto de Lucena. Obrigado também pela gentileza. O senhor sem dúvida está na Frente correta, em razão de sua sensibilidade social.

O SR. PRESIDENTE (Amauri Teixeira) – Agora tem a palavra o Deputado Fernando Marroni, do PT do Rio Grande do Sul.

O SR. FERNANDO MARRONI (PT-RS. Pela or-dem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, aqueles que nos acompanham, desde o primeiro dia em que a Presidenta Dilma assumiu o Governo brasileiro, fazendo uma transição do período Lula, deu todos os sinais de que entendia que a crise da economia mundial deflagrada em 2008 ainda não estava resolvida. Nós assistimos hoje, pelo noticiário, após a aprovação do pacote americano, a uma verda-deira véspera de crash nas bolsas do mundo inteiro, tanto dos Estados quanto da Europa, atingindo o Brasil.

A Presidenta foi prudente. Primeiro fez um con-tingenciamento de R$50 bilhões, a fim de que não se afetassem nem o PAC, o Programa de Aceleração do Crescimento, nem os programas sociais, a fim de ga-rantir o emprego, o aumento da renda dos trabalha-dores, o Bolsa Família, o aumento do salário mínimo, a fim de que as classes populares não sofressem com a crise que se avizinha. E foi mais longe: lançou um plano contra a miséria. País desenvolvido é país sem miséria. Lançou o Plano Brasil sem Miséria, que também leva e distribui renda, ajuda no consumo de massa, ajuda o mercado brasileiro. E, terceiro, lançou nesta semana o importante Plano Brasil Maior, uma proteção ao patrimônio brasileiro, à indústria nacional, com desoneração da folha, isenções fiscais e uma série de medidas, antecipando-se às consequências daquilo que nós estamos acompanhando em âmbito mundial desde 2008.

Naquela época o Presidente Lula disse que a crise no Brasil seria uma marolinha, e todos riram e debocharam; foi justamente quando no Brasil mais aumentou a renda, o emprego, e com certeza o País superou ou atenuou a crise.

Estamos vivendo novamente esse desafio. É preciso que a sociedade brasileira entenda. Que não admita discursos como o que ouvimos aqui ontem, do DEM, que fez obstrução a uma medida provisória que beneficia a educação, as escolas destruídas com as catástrofes, e ocupou a tribuna para dizer que a infla-ção não está sob controle no Brasil, que o Governo não começou, e assim por diante. Não é possível que a Oposição não perceba, não dê razão à Presidenta Dilma, que vem antecipando-se às consequências dessa crise, para que o povo brasileiro não sofra com a crise mundial. Hoje o Presidente do Banco Central,

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39586 Sexta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2011

meu conterrâneo Alexandre Tombini, disse que o equi-líbrio macroeconômico e financeiro está mantido, e a inflação vai cair dois pontos percentuais em setembro e outubro.

Portanto, quero dizer desta tribuna que é possí-vel que nós tenhamos um horizonte muito alvissareiro perante essa crise. É preciso que se diga: o Governo brasileiro, com toda a sua responsabilidade social, po-lítica e econômica, está dando essa demonstração de cautela, com medidas acertadas para que o desenvolvi-mento do nosso País não sofra solução de continuida-de, para que possamos continuar crescendo a 4%, 5% ao ano, e é muito importante, para erradicar a miséria, garantir o desenvolvimento econômico e enfrentar os grandes desafios da conjuntura internacional.

De outra parte, Sr. Presidente, quero citar as pala-vras da Ministra Ideli Salvatti para o Ministro da Defesa. Nelson Jobim está jogando no ataque, gratuitamente, contra as pessoas escolhidas diretamente pela Presi-denta Dilma, que são a nossa Ministra da Casa Civil, a companheira Gleisi Hoffmann, e a Ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, que todos respeitamos, e que tem desenvolvido um bom trabalho nesta Casa; prova é que sua base neste Parlamento tem susten-tado, sim, as políticas do Governo. Temos aprovado os projetos prioritários, e assim queremos caminhar.

Portanto, até penso que os Comandos Militares das Forças Armadas devem estar constrangidos com essa posição do Ministro Jobim. Nelson Jobim é Mi-nistro da Defesa. A Defesa é uma política de Estado, e não de Governo. E foi ele quem disse: “Eu não era da cota do PMDB no Governo do FHC, não sou da cota do PMDB no Governo da Presidente Dilma”. Ora, a quem esse rei do Olimpo está a representar no Governo?

Penso que há constrangimento, sim, nas Forças Armadas, que não devem imiscuir-se da política brasi-leira como ele o fez, ao dar opinião sobre a área política do Governo da Presidenta Dilma, sobre as escolhas pessoais que ela fez.

Penso que o Ministro quer sair. Se quer sair, te-nha a honra e a hombridade de pedir sua demissão.

Muito obrigado.O SR. PRESIDENTE (Amauri Teixeira) – Concedo

a palavra ao Deputado José Stidele, pelo Bloco PSB/PTB/PCdoB, em Comunicações Parlamentares – art. 90 do Regimento Interno –, pelo tempo de 10 minutos.

Deputado José Stidele, agradeço também a sua tolerância, já que deveria ter falado antes. V.Exa. foi gentil com os outros oradores.

O SR. JOSÉ STÉDILE (Bloco/PSB-RS. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, muito obrigado.

Sr. Presidente, meu nome é José Stédile, e não Stidele. De qualquer maneira, também registro que

um dos meus sobrenomes é Agostini. Por isso, sou parente do orador anterior. Mas não é nepotismo, por-que S.Exa. é Deputado Federal por Santa Catarina e eu sou Deputado Federal pelo Rio Grande do Sul e S.Exa. é do DEM e eu do Partido Socialista Brasileiro.

Por ser do Partido Socialista Brasileiro, fazemos parte da base do Governo e temos demonstrado nos-sa fidelidade, nossa segurança em dar sustentação ao Governo Dilma. Mas não é só por sermos do Governo que temos que abrir mão da visão socialista, da visão de mundo que temos. Por isso, gostaria de transmitir neste momento mais a minha opinião, dizendo que o Plano Brasil Maior, tão importante para a indústria nacional, anunciado ontem pela Presidenta Dilma, na minha opinião comete um grande equívoco. Não ouvi ninguém falar disso. A Oposição não falou. Trata-se do incentivo dado à cadeia automotiva.

Penso que não há necessidade de o Governo Dilma conceder à cadeia produtiva de automóveis no Brasil uma redução de IPI até o ano de 2016. Primei-ro, a cadeia automotiva não está em crise. A indústria automobilística brasileira está vendendo como nunca. Na nossa opinião, há outras cadeias produtivas que merecem mais esse tipo de incentivo. Segundo, a redu-ção contraria a lógica do País que queremos. Sabemos que todas as capitais brasileiras, todas as pequenas e médias cidades do Brasil vivem um caos no trânsito, pelo excesso de veículos, pela poluição causada por eles e pela deficiência no transporte público. Quan-do as pessoas passam a utilizar o veículo particular, deixam de utilizar o transporte público, o que acarreta aumento de tarifa, porque quanto menor a utilização do transporte público, maior a tarifa.

Gostaria que a Presidenta Dilma, que tem mui-ta sabedoria, revisse essa diminuição do IPI, que vai trazer prejuízo aos cofres públicos de 24 bilhões de reais, e transferisse esses recursos para investimento em transporte público. Desse modo, as pessoas terão transporte público digno, limpo, de boa qualidade e com baixo preço. Que seja subsidiado o transporte público, diminuindo assim a utilização dos veículos particulares.

Moro na região metropolitana de uma grande cidade. Lá, as pessoas me dizem que não utilizam o ônibus porque, além de caro, não oferece condições dignas e atrasam. Os empresários dizem que, por ser cada vez menor o número de passageiros, não há como reduzir o preço das passagens. Por isso, é mui-to importante para a Nação brasileira que seja revista essa política de incentivo à indústria automobilística e que seja dado incentivo ao transporte público.

Em paralelo a isso, Sr. Presidente, é com muita alegria que ontem eu soube da aprovação, na Comis-são de Desenvolvimento Urbano, do Projeto Bicicleta

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Agosto de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 5 39587

Brasil. A bicicleta não vai substituir o veículo. Mas é inadmissível que uma capital como Brasília – eu não sou daqui, não nasci aqui –, uma cidade plana, com largas avenidas, com muito espaço para utilizar, não tenha uma ciclovia.

Como é que numa capital como a nossa, que tem grandes espaços, não vemos ninguém andando de bicicleta, ninguém vindo trabalhar de bicicleta? Eu já vim trabalhar de bicicleta.

Estou reivindicando que na nossa Casa, aqui, na Câmara dos Deputados, haja espaço para tomar-mos um banho depois de chegarmos com a bicicle-ta, suados, e também um espaço para guardarmos a bicicleta enquanto trabalhamos. Depois retornamos para a casa também de bicicleta. Não há local ade-quado não só para os Deputados, mas também para os funcionários guardarem bicicletas. Muitos funcio-nários desta Casa me falam: “Se tivesse um local adequado para deixar a bicicleta e local para tomar banho, eu viria de bicicleta”.

É inadmissível. Se Brasília, que tem todas as condições, não tem incentivo para ciclovia, o que se pensar das outras capitais brasileiras?

O Projeto 6.474/09, do Deputado Jaime Martins, que é da Comissão de Desenvolvimento Urbano, é fundamental para o futuro desta Nação. A proposição, que vai ser aprovada na Comissão de Finanças e Tri-butação, traz vários mecanismos de incentivo à criação de ciclovias e bicicletários. Todas as cidades deverão ter um plano para utilização de bicicletas.

Recursos para isso? No projeto consta que 15% das multas arrecadadas nos Estados e nos Municípios devem ser destinados a este plano de utilização de bicicletas no Brasil inteiro.

Então, os recursos viriam de 15% das multas cobradas nos Municípios e nos Estados e também da CIDE, contribuição advinda da cobrança dos combus-tíveis no Brasil.

Isso faria com que todo administrador público municipal e estadual se preocupasse com a criação de ciclovias, o que é muito importante para a qualida-de de vida da nossa Nação, para o meio ambiente e para toda a população brasileira.

Quero aproveitar este espaço também, Sr. Presi-dente, para dizer que há uma luta muito grande no meu Estado pela federalização da RSC-470, uma rodovia que irá ligar Itajaí ao Porto do Rio Grande, passando pelo interior do Estado do Rio Grande do Sul, cidades como Lagoa Vermelha, Nova Prata, Vila Flores, Vera-nópolis, Bento Gonçalves.

Nem o Estado do Rio Grande do Sul, nem o Estado de Santa Catarina têm capacidade financeira de executar

essa rodovia. Então, estamos sugerindo que ela seja fe-deralizada, para que o Governo Federal possa executá-la.

Vou deixar como lido o texto sobre a importância da federalização da rodovia.

Quero também dizer que, no próximo dia 17, vai ocorrer aqui em Brasília a Marcha das Margaridas, que é de mulheres do Brasil inteiro, trabalhadoras ru-rais. Dezesseis e dezessete, o Amauri está corrigindo.

Também estou informando a realização dessa importante marcha e vou deixar como lido documento sobre o evento.

Eu e o meu amigo e parente Agostini, de San-ta Catarina, nascemos na mesma região, de Antônio Prado. Existe uma grande luta lá pela construção de duas rodovias. É uma região de italianos. Somos de origem de pequenos trabalhadores italianos. Trata-se da RS-437, que liga Vila Flores a Antônio Prado, e da RS-448, que liga Nova Roma a Antônio Prado.

Aqui fica a nossa luta, o nosso respeito a todos os trabalhadores, Prefeitos e comunidades de toda essa região pela importância da construção dessas duas estradas.

Muito obrigado, Sr. Presidente. Gostaria de agra-decer, mais uma vez, a oportunidade que estamos tendo e informar que amanhã, no Grande Expediente, farei minha apresentação.

PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, uma gran-de mobilização está sendo iniciada para a federalização de uma importante estrada, que liga ltajaí ao Porto de Rio de Rio Grande, ou seja, dois portos importantes do sul do Brasil.

Falo aqui da luta dos gaúchos pela federali-zação da RSC-470, mas falo de modo especial da AMESNE – Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste, do CICS Serra – Centro In-dustrial e Comercial da Serra Gaúcha e de tantas outras entidades que estão se juntando a essa im-portante reivindicação.

Essa mobilização está organizada para buscar 1 milhão de assinaturas e entregá-las ao Governo Fede-ral, a fim de sensibilizar da importância dessa rodovia para os gaúchos. Além disso, estão sendo pleiteadas audiências junto ao Governo do Estado do Rio Grande do Sul, bem como com o Governo Federal.

O apoio a essa causa deverá vir também de todos os Municípios que possuem ligação direta ou indireta com a rodovia, passando pelas regiões norte, nordes-te, Serra, Vale do Caí, Região Carbonífera e Zona Sul.

Importante salientar que essa rodovia teve seu planejamento inicial para ser federal, com ligação de

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39588 Sexta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2011

Navegantes a Camapuã. No entanto, sua administra-ção no trecho de André da Rocha até as proximidades de Arroio dos Ratos, onde faz intersecção com a BR-290, é estadual. Cabe salientar que dali para diante ela segue apenas em planejamento.

Ressalto que a reivindicação da comunidade gaúcha, no momento, concentra-se na transformação de todo o trecho estadual em federal, na expectativa de que essa mudança resulte em melhor manutenção e investimentos. A região pede duplicações de alguns trechos e até mesmo pavimentação de segmentos que permanecem como estrada de chão – por exem-plo, entre André da Rocha e Nova Prata – e constru-ção de uma ponte entre Triunfo e São Jerônimo, entre outras obras.

Se tivermos nosso pleito atendido nessa mudan-ça, podemos ligar o Vale do ltajaí, em Santa Catarina, com a região sul do Estado do Rio Grande do Sul, passando pela importante área do polo petroquímico de Triunfo, sem a necessidade de passar pela região metropolitana de Porto Alegre.

O DAER – Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem possui um levantamento prévio, no qual é avaliada a possibilidade de transferência da rodovia para a União. A principal preocupação da entidade é que a RSC-470 está em condições ruins, com diver-sos buracos, sem contar os trechos de lentidão, oca-sionados pela pista simples, como ocorre na Serra do Rio das Antas, entre Bento Gonçalves e Veranópolis.

Tenho que reconhecer aqui a luta do Prefeito Wal-demar De Carli, que é Presidente da AMESNE e que juntamente com outros Prefeitos está na luta por essa conquista, e salientar ainda o empenho costumeiro do Sr. Ademar Petry, Presidente do CICS Serra, que juntamente com outras entidades empresariais está liderando esse pleito.

Estarei sempre à disposição dessa causa com meu gabinete em Brasília e minha assessoria no Rio Grande do Sul.

DOCUMENTO A QUE SE REFERE O ORADOR

Esta mobilização é considerada uma das princi-pais do sindicalismo rural brasileiro e do movimento das mulheres.

O Lema da marcha deste ano é “2011 razões para marchar por desenvolvimento sustentável com justiça, autonomia, igualdade e liberdade”. É esperado reunir nesta marcha de agosto, 100 mil mulheres de todas as regiões do país.

A pauta é propor e negociar políticas públicas específicas para aquelas que vivem no campo e na floresta, lançamento da campanha contra os agrotó-

xicos, lançamento do projeto de iniciativa popular pela reforma política, sessão solene no congresso, alem de outras atividades.

A Marcha das Margaridas foi lançada em 2000 e desde então vêm sendo realizadas a cada três anos, sempre em agosto. Esse é o mês que foi assassinada há 26 anos a líder sindical Margarida Alves. Na sua úl-tima edição, em 2007, a mobilização reuniu em Brasília cerca de 50 mil trabalhadoras rurais de todo o Brasil.

A mobilização é organizada pela Contag, com o apoio das centrais sindicais (CUT e CTB), e outros parceiros como o Movimento de Mulheres Trabalhado-ras Rurais do Nordeste (MTR-NE), Movimento Interes-tadual das Quebradeiras de Coco Babaçu (MIQCB), Movimento de Mulheres da Amazônia (MMA), Marcha Mundial das Mulheres (MMM), Rede de Mulheres Ru-rais da América Latina e do Caribe (Redelac) e Coor-denação das Organizações dos Produtores Familiares do Mercosul (Cooprofam).

O SR. REGUFFE (PDT-DF. Pela ordem. Sem re-visão do orador.) – Sr. Presidente, pela ordem. Gos-taria apenas de parabenizar aqui o Deputado José Stédile e dizer que S.Exa. foi muito feliz quando falou aqui de Brasília.

Eu, enquanto era Deputado Distrital, apresentei um projeto, que virou lei, que exige que grandes centros comerciais, como shopping centers e supermercados, e órgãos públicos distritais tenham bicicletários, para facilitar para aquelas pessoas que gostariam de utili-zar a bicicleta como meio de transporte, e é um trans-porte limpo, saudável. Mas, infelizmente, o Governo do Distrito Federal, governos passados e também o atual, parece que preferiu seguir a linha de construir ciclofaixas e não ciclovias.

Lamento essa posição. Foi uma decisão errada de governos passados no Distrito Federal. E S.Exa. foi muito feliz quando destacou a importância da ciclovia neste mundo moderno em que vivemos.

Isso deveria, sim, ser uma política pública séria por parte do Governo da Capital da República, que poderia ser exemplo para o Brasil nesse tipo de ação.

O SR. PRESIDENTE (Amauri Teixeira) – Depu-tado José Stédile, também quero parabenizá-lo pela sua preocupação. Temos que avançar para termos um transporte no Brasil de menor impacto poluidor, sobre-tudo de menor impacto na saúde pública. A bicicleta é a solução tanto do ponto de vista ecológico como de saúde pública. A moto é um desastre, o carro é um desastre. Temos que ter transporte público adequado. A alternativa complementar é a bicicleta.

Parabéns pela sua preocupação e pelas suas iniciativas.

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Agosto de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 5 39589

O SR. PRESIDENTE (Amauri Teixeira) – Dando continuidade às Comunicações Parlamentares, con-cedo a palavra ao Deputado Luiz Couto, da Paraíba.

O SR. LUIZ COUTO (PT-PB. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Depu-tados, o Governador Ricardo Coutinho está assinando parcerias com 197 Municípios do Estado para a exe-cução de projetos financiados com recursos do Pacto pelo Desenvolvimento Social da Paraíba.

Ao mesmo tempo em que divulga a importante conquista de alcançar o equilíbrio financeiro do Esta-do, o Governador Ricardo Coutinho dá mais um pas-so significativo para melhorar a qualidade de vida da população paraibana.

O Pacto pelo Desenvolvimento Social da Paraíba foi lançado no final do mês de maio, quando o Gover-nador divulgou dois editais voltados para as Prefeitu-ras Municipais, no valor de 50 milhões de reais, para apoio a projetos nas áreas de educação e saúde. São 35 milhões para a educação e 15 milhões para a saúde.

A Paraíba segue o exemplo do Governo Federal, que recebe de todos os Prefeitos e Prefeitas do Brasil as propostas de trabalho dos Municípios, via editais públicos, de forma republicana, sem retaliações, por conta das posições políticas dos gestores, como acon-tecia com o Governador anterior.

O Governo da Paraíba, por meio do companhei-ro Ricardo Coutinho, propôs-se a assinar convênios com todas as Prefeituras do Estado. E 219 Prefeitos e Prefeitas atenderam à convocação do Governador. Ao todo, apresentaram 484 projetos, dos quais 197 foram pré-aprovados e 144 já estão na fase de assinatura.

As Prefeituras apresentaram as suas propostas através de site apropriado, criado pelo Governo do Es-tado. As propostas das Prefeituras necessariamente têm uma contrapartida social, uma contrapartida so-lidária – um compromisso do gestor para melhorar a qualidade dos serviços de educação e saúde. Essa exigência inédita que o Governo da Paraíba, através do seu Governador, Ricardo Coutinho, faz aos Municí-pios na celebração das parcerias é uma novidade que merece a atenção de outros Governadores dos demais Estados e até do próprio Governo Federal. Afinal, a aplicação dos recursos públicos deve sempre perse-guir os avanços qualitativos no dia a dia das pessoas. É um exemplo a ser seguido pelo Brasil.

Na saúde, os recursos do pacto podem ser inves-tidos na compra de equipamentos de Raios X, tomó-grafos, ambulâncias equipadas, etc. O que o Governo do Estado quer neste primeiro momento é dotar os hospitais municipais de pequeno porte para diversifi-carem os serviços de média complexidade e melho-rar o atendimento, evitando-se assim que os grandes

hospitais, responsáveis pelos procedimentos de alta complexidade, continuem sobrecarregados.

Os recursos do primeiro edital do Pacto pelo Desenvolvimento Social da Paraíba para a educação podem ser administrados na implantação de salas de aula de reforço, na redução da evasão escolar e também no incremento da merenda com produtos da agricultura familiar.

O acompanhamento do pacto pela Paraíba é da Secretaria de Estado do Desenvolvimento e Articula-ção Municipal.

O Governo do Estado vai avaliar a consecução da contrapartida solidária de cada Município através da evolução do IDH – Índice de Desenvolvimento Humano.

Em muito boa hora o Governador Ricardo Couti-nho decidiu pela execução de um programa com essas características para duas áreas cruciais como saúde e educação. A Paraíba ainda está entre as Unidades da Federação que apresentam os piores indicadores de desenvolvimento social. O Governo Ricardo Coutinho está fazendo a sua parte dentro do pacto federativo da República, reconhecendo a importância dos Muni-cípios na concretização das políticas públicas. Essa é uma marca que precisa ser destacada já no início des-ta gestão. E essa experiência, uma vez consolidada, precisa ser aprofundada, inclusive para outras áreas, como a da assistência social e a da agricultura familiar.

Aos cidadãos e cidadãs da Paraíba, os grandes protagonistas e destinatários desses e de outros impor-tantes projetos do Governo, cabe o importante papel de fiscalização da aplicação dos recursos por parte dos Prefeitos e Prefeitas. É essa participação da sociedade que assegura o zelo pelo patrimônio público e o suces-so das políticas que promovem a dignidade humana.

Ao povo da Paraíba, aos gestores e gestoras mu-nicipais, ao Governador Ricardo Coutinho e sua equipe de auxiliares o nosso reconhecimento pela iniciativa e os nossos parabéns.

Peço também a V.Exa. que, anexado ao pronun-ciamento, seja registrada nos Anais da Casa publicação com as ações do Governo da Paraíba nos 6 primeiros meses de 2011, em todas as áreas, mostrando que quer construir e vai construir uma nova Paraíba, com um salto de qualidade para todos.

Era o que tinha a dizer.

(A publicação a que se refere o Deputado Luiz Couto encontra‑se na Coordenação de Arquivo do Centro de Documentação e Infor‑mação da Câmara dos Deputados, conforme Memorando nº 86, de 2011, emitido pelo De‑partamento de Taquigrafia, Revisão e Reda‑ção – art. 98, § 3º, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados.)

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39590 Sexta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2011

O SR. PRESIDENTE (Amauri Teixeira) – Com a palavra o Deputado Reguffe, pelo PDT, por 10 minutos.

O SR. REGUFFE (PDT-DF. Sem revisão do ora-dor.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares, como Parlamentar quero sempre elogiar o que é correto e criticar o que é incorreto. É responsabilidade de um Parlamentar sempre saber reconhecer as boas atitu-des, criticar as más atitudes, inclusive fazer algumas reflexões, alguns debates. Acho que esta é a função de um Parlamentar, independentemente do partido a que pertença.

O Governo anunciou, esta semana, um plano in-dustrial para reduzir impostos em 25 bilhões de reais. Quero aqui fazer um debate sobre isso. O Governo anunciou que vai, por exemplo, isentar as montado-ras do pagamento de IPI. Vai ser uma isenção total de 25 bilhões de reais nestes 2 anos. Repito, isentar as montadoras do pagamento de IPI.

Ora, num país onde o trânsito já é caótico, onde o investimento deveria ser em transportes públicos, vai isentar impostos para as montadoras. Daí eu pen-sei que fosse reduzir o preço dos automóveis para o consumidor final. Mas não, Sr. Presidente! Para minha surpresa, não vai reduzir o imposto para o consumidor final, vai reduzir apenas para as montadoras, sem o repasse para o consumidor final! Não dá para entender.

Eu tenho o meu lado, que é o do contribuinte, do consumidor, da população deste País. Não é o lado de favorecer empresários. Então, isso me assustou. Primeiro, essa opção.

Eu apresentei nesta Casa projeto que isenta os medicamentos de impostos, já que 35,7% do preço de um remédio são formados de impostos. Enquanto isso, a Inglaterra, o Canadá e a Colômbia não cobram impostos sobre remédios. Mas no Brasil pagamos 35,7%. Daí o Governo decide isentar as montadoras do pagamento de impostos, não os remédios.

Ninguém fica doente porque quer. Ninguém com-pra um remédio porque quer. Isso mexe com a vida das pessoas. Na minha opinião, em algumas situa-ções – não digo que há má-fé nisso, não tenho como fazer esse julgamento –, há uma verdadeira corrupção das prioridades. É a escolha errada dos governos. E eu tenho obrigação, como Parlamentar, de represen-tar aqui aquelas pessoas que votaram em mim. É a opção errada.

Como se não bastasse isso, verifiquei também que o Governo pode até... Eu acho que a empresa nacional tem de ser fortalecida, sim, com menos tribu-tos, para favorecer a geração de emprego e também o consumidor deste País. Agora, não do jeito que está.

Diz aqui, por exemplo, que, em relação às licita-ções, o Governo pode pagar até 25% a mais. Ora, será

que o contribuinte merece isso? Muitas vezes as pes-soas acham que o dinheiro público não é de ninguém, que é do Governo, mas, na realidade, é de todos. Tem de haver respeito a esse dinheiro.

Então, eu, sinceramente, quero aqui deixar o meu questionamento: o Governo vai colocar 25 bilhões de reais nisso, enquanto um projeto que isentaria todos os medicamentos de todos os impostos, para fazer a população pagar menos por remédio, porque ninguém compra porque quer, custaria 3 bilhões de reais por ano, segundo a resposta do Ministério da Fazenda ao meu requerimento de informações? São 3 bilhões de reais por ano, para isentar os medicamentos dos im-postos. E o Governo usa 25 bilhões de reais, inclusive favorecendo aqui as montadoras, e, pior, sem repasse para o consumidor final.

Além disso, Sr. Presidente, quero dizer que fiz um requerimento de informação ao Ministério do Pla-nejamento pedindo o número de cargos comissio-nados existentes na estrutura do Poder Executivo. A resposta foi que existem hoje no Brasil 23.579 cargos comissionados.

A informação que eu recebi, ano passado, da Embaixada da França é que, segundo pesquisa feita, o país possui 4.800 cargos comissionados, e os Estados Unidos, 5.600. No Brasil, 23.579 cargos comissionados.

São 37 Ministérios. Tinham que reduzir brutalmen-te o número de cargos comissionados, reduzir o número de Ministérios, criar a meritocracia no serviço público.

É preciso valorizar, sim, o serviço público e o ser-vidor público, porque ele atende ao público, e o fim é a sociedade. É importante para a sociedade que o serviço público seja bem feito, mas por causa da sociedade. E nós temos que fazer com que ele atenda à sociedade.

Não pode o Ministro dos Transportes ser de um partido, o Ministro do Trabalho, de outro partido. Ele tem que atender à sociedade e não a um partido. Um Ministro de Estado, um Ministério tem de servir e pres-tar contas à sociedade, à população, ao contribuinte e não a um partido político. Um partido não pode ser dono de um Ministério. Pode até o Ministro ser filiado a um partido. Agora, tem de ser alguém que tenha ca-pacitação técnica para aquele cargo e que tenha uma visão política do que tem que ser naquele cargo. E, embaixo, colocar pessoas qualificadas, do ponto de vista técnico. Não dá para ser alguém que pertença ao partido A ou B, como se estivesse fatiando o Es-tado brasileiro.

Eu tenho esperança de que o Brasil avance por um caminho positivo. As perguntas que faço são: é correto nós termos 23.579 cargos comissionados? É correto ou não é correto? Ou tinham que ser menos? É correto ter 37 Ministérios? É correto colocar 25 bilhões

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de reais numa questão como essa, enquanto para isen-tar os medicamentos de impostos... Há famílias que gastam mais de 2 mil reais por mês com medicamento de uso contínuo. É correto colocar 25 bilhões de reais para isentar montadoras de impostos, sem repasse para o consumidor final, enquanto que, para isentar os medicamentos, algo que mexe com a vida, com a saúde das pessoas, seriam apenas 3 bilhões de reais?

São os meus questionamentos. Se alguém me convencer, eu dou a mão à palmatória. Eu quero ser convencido pelo argumento. Agora, não posso acei-tar, como Parlamentar, que o dinheiro público esteja empregado em áreas, pelo menos de forma precípua, que, na minha opinião, não são prioridade para uma ação de Estado, de Governo.

Às vezes, o Governo se preocupa muito mais com obras físicas do que em investir em educação, no futuro, em saúde, na vida das pessoas. O Governo, na minha opinião, deveria concentrar os recursos públicos em educação, saúde e segurança, preocupar-se em devolver serviços públicos de qualidade à população nessas três áreas, pois é para isso que serve o Es-tado. O Governo gasta muito com as atividades-meio do Estado e pouco com as atividades-fim do Estado.

Noventa e um por cento do que o Governo arre-cada ele gasta com o custeio da própria máquina do Estado. Aí, quando eu acho que vai haver uma redução da carga tributária abusiva, como a que há neste País, ela é para os industriais, para as empresas, simples-mente, sem repasse ainda para o consumidor. Eu fico triste quando eu leio isso.

Espero que o meu discurso sirva para alguma coisa. Fiquei feliz quando o Governo voltou atrás na crítica que eu fiz desta tribuna de colocar 4 bilhões de reais naquela fusão do Pão de Açúcar com o Carre-four. Foi uma atitude correta do Governo voltar atrás. Mereceu meu elogio público. Eu tenho que fazer aqui esse alerta com a responsabilidade que tenho como Parlamentar.

Muito obrigado.

Durante o discurso do Sr. Reguffe, o Sr. Amauri Teixeira, § 2° do art. 18 do Regimento Interno, deixa a cadeira da presidência, que é ocupada pela Sra. Luci Choinacki, § 2° do art. 18 do Regimento Interno.

A SRA. PRESIDENTA (Luci Choinacki) – Con-cedo a palavra ao nobre Deputado Sarney Filho, para uma Comunicação de Liderança, pelo PV.

O SR. SARNEY FILHO (Bloco/PV-MA. Como Lí-der. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, amigos e amigas que estão nos vendo, eu, hoje pela manhã, li no noticiário de um jornal que o

Governo queria fazer a isenção de Imposto sobre Pro-dutos Industrializados para a indústria automobilística. Esse abatimento do IPI se daria em torno de compro-missos que essa indústria do automóvel pudesse ter em relação à inovação tecnológica, aproveitando-se das riquezas nacionais.

Ora, eu acho justo que se incentive a produção nacional. Eu acho justo que se incentive a criação, mas, conforme disse o Deputado Reguffe, há poucos minutos, isentar, conceder diminuição de taxa para a indústria automobilística somente exigindo esse tipo de investimento? Quem anda pelas nossas cidades hoje, nas cidades de médio e grande porte, está vendo que está se tornando impossível andar de carro.

Nós temos de investir no transporte coletivo. Ao mesmo tempo, essa arrecadação de IPI poderá inci-dir, como certamente o fará, sobre o Fundo de Parti-cipação dos Estados e Municípios, já que é parte da constituição desse fundo.

Então, manifesto nossa preocupação. Eviden-temente, a nossa bancada ainda vai se reunir, e nós vamos apresentar uma série de sugestões, entre elas, que essa isenção se dê também por intermédio de tecnologia de combustível renovável, de emissões que possam não acarretar ainda mais gravidade para o aquecimento global.

Ao mesmo tempo em que aplaudo a iniciativa da Presidente Dilma de tomar as precauções incentivando o setor industrial, também me preocupa, e muito, essa isenção de IPI para a indústria automobilística, porque é um contrassenso facilitarmos as coisa para uma in-dústria que já está saturada e que não tem compromis-sos objetivos com o meio ambiente, já que é responsá-vel pelas emissões de partículas que estão matando crianças, jovens e velhos nas grandes cidades. Então, tem que haver uma contrapartida de responsabilidade. É em cima justamente da contrapartida que estamos já debruçados para fazer sugestões, sejam elas por meio de decreto-lei, de indicação, sejam por meio do diálogo, para que possamos avançar nesse quesito e fazer com que as Prefeituras não sejam prejudicadas.

Obrigado, Presidente.A SRA. PRESIDENTA (Luci Choinacki) – Breves

comunicações, Deputado Amauri Teixeira.O SR. AMAURI TEIXEIRA – Não, hoje, nas bre-

ves comunicações, é o Deputado Vicentinho, pelo PT. Se Vicentinho quiser falar agora, eu aguardo.

O SR. VICENTINHO – Dez minutos.A SRA. PRESIDENTA (Luci Choinacki) – Dez

minutos, Deputado Vicentinho, Comunicações Parla-mentares, pelo PT.

O SR. AMAURI TEIXEIRA – Vicentinho é meu guru. Eu espero.

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O SR. VICENTINHO (PT-SP. Sem revisão do ora-dor.) – Obrigado pela referência, meu querido colega Deputado, sindicalista baiano de marca maior.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, eu que-ria até continuar um pouco o diálogo feito pelo nosso querido companheiro Líder do PV, porque era esse o tema que eu iria abordar.

Eu respeito a sua observação, respeito a questão ambiental. Concordo, inclusive, em razão de muitos aspectos que estão acontecendo com o nosso País. Inclusive, nós vamos realizar no nosso sindicato um importante debate, por iniciativa do meu mandato, que se chamará Os Trabalhadores e o Meio Ambiente. Esse debate, meu nobre Presidente da Frente Parlamentar, Sarney Filho, será corroborado com a presença de três importantes personalidades entre nós, que são o nos-so ex-Ministro dos Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, que vai abordar O Momento e o Meio Ambiente, como também a nossa estimada amiga e companheira Mari-lena Chauí, que vai abordar o tema O Interesse do Ca‑pital e o Meio Ambiente. Ontem conversei com a nossa Ministra do Meio Ambiente para fechar com chave de ouro esse importante evento para todos os operários.

Nós estamos preocupados com isso. É uma causa importante. Entretanto, mesmo com essa preocupação – e eu vou apresentar outra aqui –, foi um gesto de extraordinária importância o que a nossa Presidenta Dilma fez.

Ainda quando era Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, eu e os trabalhadores da Mer-cedes-Benz fizemos um grande acordo, o acordo da Câmara Setorial. Conseguimos baixar o preço do pro-duto; conseguimos exigir a qualidade do produto para que se poluísse menos; houve maior acordo para os trabalhadores; conseguimos aumentar a produção, sair da crise, de 950 mil para 2 milhões de veículos ao ano; evitou-se a demissão. Pelo contrário, contratou-se além da garantido.

E por que estou lembrando essa história de 1992, quando eu ainda presidia o sindicato? Porque, no lan-çamento do Plano Brasil Maior, que merece o nosso apoio, eu senti falta dos trabalhadores.

Procurei conversar imediatamente com o Presi-dente da Central Única dos Trabalhadores, nosso com-panheiro Artur Henrique, que me falou que não estava participando porque não fora chamado para debater e construir o projeto conjuntamente; eles tinham lá muitas ideias. Eu disse para ele: “Artur, de qualquer manei‑ra, respeito profundamente a sua posição. O projeto é grande; isso foi algum tipo de falha da assessoria da nossa Presidente”.

Se esse acordo da Câmara Setorial que eu fiz era do começo do Governo Collor de Mello e depois

continuou com o Governo Itamar Franco, não é num partido e num Governo como o nosso que não haveria um diálogo profícuo com os trabalhadores.

Tanto é que, depois de tudo isso, hoje eu tive uma alegria imensa, Deputado Amauri, de constatar que a Presidenta Dilma, em reunião hoje do segundo escalão do Governo com as centrais sindicais, apare-ceu de surpresa e foi falar diretamente aos dirigentes. S.Exa. foi dizer o seguinte: “Olha, vocês me desculpem por essa falta de habilidade neste momento”. Veja que aquilo que estava nos incomodando já se resolveu, foi um episódio. A Presidenta Dilma está de parabéns! Quero louvar a atitude de humildade da nossa Chefe de Estado.

Os trabalhadores são protagonistas dessa história da produção e da geração da riqueza. Eles têm muito a contribuir. Querem discutir, inclusive, impostos e ju-ros. Querem discutir jornada de trabalho, que é uma defesa de todos nós. Querem discutir como vai se dar de graça essa história da desoneração da folha de pagamento, por exemplo. Como é que fazemos para compensar tudo isso?

Quando fizemos o acordo da Câmara Setorial, em 1992, a compensação foi a redução do preço do veículo em 25% para o consumidor, o que aconteceu, e o debate sobre a qualidade do produto brasileiro. O ex-Presidente Fernando Collor disse que os carros brasileiros eram carroças. Hoje nós temos condição de discutir a qualidade desses produtos.

Nesta Casa, eu sou inclusive autor, entre vários outros, de dois projetos de lei. Um deles já está avan-çado, foi aprovado em várias Comissões, está para ser apreciado na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, que é o projeto de lei que proíbe que o Po-der Público, nos três níveis e nas três esferas, compre carro importado. De vez em quando, vejo Prefeitos, Ju-ízes, Governadores com carros importados. O Estado diminui juros, oferece terreno às montadoras, que ficam um tempo sem pagar impostos, muitas vezes porque quer que elas venham. No entanto, o Estado não toma o cuidado de comprar o carro fabricado no Brasil e traz o importado, que significa mais desemprego. Então, eu já solicitei ao Presidente da Comissão de Constituição e Justiça, Deputado João Paulo, que aprecie esse pro-jeto, que já foi aprovado em todas as Comissões, para contribuirmos mais ainda.

Além desse, há outro projeto que obriga as em-presas montadoras, ao fazerem o carro, utilizarem pelo menos 70% de peças fabricadas no Brasil, porque estão vindo muitos produtos lá de fora – da China, da Índia –, sistemas completamente montados. Fala-se da entrada de uma empresa chinesa no Brasil que não vai produzir nada no País, apenas montar. Queremos que produzam aqui.

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Diante disso, quero enaltecer essa iniciativa. Há necessidade da instalação de uma política industrial no Brasil que considere a vocação regional, a desigual-dade regional. Deputado Amauri Teixeira, na minha região, no ABC, em São Bernardo do Campo, V.Exa. não imagina quantos companheiros naquelas monta-doras são mineiros, nordestinos, como em todos os outros Estados.

O SR. AMAURI TEIXEIRA – Potiguares.O SR. VICENTINHO – Potiguares como eu. Por

quê? Porque saímos da nossa terra para trabalhar no eldorado das montadoras. Agora, se houvesse uma política de equilíbrio, ninguém sairia perdendo, todos sairiam ganhando, sem essa história maldita da cha-mada guerra fiscal, mas com um equilíbrio promovido pelo Estado brasileiro.

Essa iniciativa da Presidenta Dilma vai significar oportunidade de aprofundarmos uma política indus-trial realmente voltada para a geração de emprego e distribuição de renda.

Quero daqui, de viva voz, concordar com o no-bre Deputado Sarney Filho, que, como todos nós, está preocupado com a questão ambiental.

No que concerne à política industrial, quero para-benizar o Governo, saudar os empresários que pensam com essa seriedade e os trabalhadores participantes desse procedimento. Afinal de contas, como já disse no começo, os trabalhadores são os grandes prota-gonistas. Quem alertou para a crise da introdução da importação predadora foram os trabalhadores.

Um dia desses, a Central Únicas dos Trabalha-dores reuniu milhares de pessoas, fez uma grande passeata da Praça da Sé até a Praça da República, caminhou pela cidade até a Praça do Patriarca.

Uma semana depois, foram os metalúrgicos que saíram das fábricas e foram até Anchieta. E não foram até lá pedir aumento, não foram reclamar do chefe, foram chamar atenção para algo com relação a que o empresariado também deveria se movimentar: a de-fesa da indústria nacional.

Agora, não queremos a defesa da indústria na-cional com a precarização de direitos. Não queremos que se fortaleça a indústria nacional com um projeto de terceirização, aprovado recentemente, de autoria do Deputado e empresário Sandro Mabel, que estimula mais a terceirização, que não tem critérios sérios, que não regulamenta de maneira a impedir a precariedade desse setor. Não queremos uma política industrial para não conseguir, por exemplo, algo que é fundamental para o Brasil: a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, já que o Brasil ainda tem uma das maiores jornadas do mundo. Jornada essa que significa doença, fato já comprovado cientificamente.

Esta Casa tem a oportunidade de proporcionar esse debate e de construir um importante caminho de desenvolvimento sustentável, uma base industrial sus-tentável e, sobretudo, melhorar as condições de vida e de geração de emprego para os trabalhadores do Brasil.

Muito obrigado, Sra. Presidenta.A SRA. PRESIDENTE (Luci Choinacki) – Com

a palavra o nosso grande amigo, Deputado Amauri Teixeira.

O SR. AMAURI TEIXEIRA (PT-BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Cumprimento V.Exa., Sra. Presidenta, Deputada Luci Choinacki.

Tenho orgulho, Deputado Vicentinho, de ser seu companheiro de partido, de bancada, de ter contribuído, juntamente com V.Exa. e sua geração, para fundarmos no Brasil o chamado novo sindicalismo.

Sra. Presidenta, venho a esta tribuna, inicialmen-te, para comunicar um momento triste: o passamen-to da técnica de enfermagem Marlene Barbosa, que trabalhou no Hospital Mário Dourado Sobrinho. Ela dedicou sua vida àquele hospital, em Irecê. Era braço direito do Dr. Severino, um diretor de hospital humano, dedicado e comprometido com a prestação de saúde de boa qualidade.

Estou entrando com moção de pesar em ho-menagem a essa técnica de enfermagem exemplar. Quero aqui me solidarizar com o seu marido, Sales Pereira Rolim, seus dois filhos, todos os amigos e também com o Dr. Severino. Ela faleceu com apenas 43 anos de idade.

Quero também, Sra. Presidente, divulgar um evento importante na Bahia. Em sua Bahia, vão acon-tecer algumas coisas, Deputado Vicentinho. Há um grupo negro LGBT que se organiza, enquanto rede, em movimentos sociais, para ter inserção, para com-bater o preconceito e as opressões. Esse grupo se reúne hoje em um evento para discutir a inserção do LGBT negro nos movimentos sociais. Hoje, vai acon-tecer um evento, às 18 horas, no Auditório Agostinho da Silva, do Centro de Estudo Afro-Orientais – CEAO, na Praça Inocêncio Galvão, Largo 2 de Julho, Centro, em Salvador. Esse grupo se organiza para combater, sobretudo, o racismo e a homofobia.

Quero também parabenizar, Deputado Vicentinho, a minha conterrânea Simone Alves, que, na verdade, é natural de Morro do Chapéu. É a terceira vez neste ano que ela nos dá alegria. Ela quebrou o recorde do Troféu Brasil nos 10 mil metros com a marca de 31 mi-nutos, 16 segundos e 56 centésimos e está indo ganhar a maratona de Nova York e efetivamente garantir o seu espaço nas Olimpíadas de Londres. Parabéns a essa jacobinense tão dedicada e tão destacada.

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Deputado Vicentinho, V.Exa. abordou algumas coisas, assim como outros também. Concordo plena-mente com alguns aspectos. A indústria automobilís-tica não é mais a geradora de empregos. Temos de ter cuidado com essa desoneração, e V.Exa., que é do setor, sabe disso. Mas há outro problema, Deputa-do Vicentinho, que é o sistema financeiro nacional. A CONTRAF – Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramos Financeiro solicita que o Governo organize as conferências do sistema financeiro.

Um dos grandes avanços do Governo Lula, Sra. Presidenta Luci Choinacki, foi a realização das con-ferências, promovendo a democratização. Foram re-alizadas diversas conferências, milhares de pessoas participaram. Isso eleva a cidadania à consciência política. Nós temos as conferências da juventude, de saúde, da seguridade social, da agricultura familiar, que é um segmento tão bem representado, e precisa-mos ter uma conferência nacional para democratizar o sistema financeiro.

A CONTRAF dá sugestões no sentido da rea-lização dessa conferência, Deputado Vicentinho, e manifesta também seu apoio ao Projeto de Decreto Legislativo nº 214, de 2011, do nosso colega atuante e que nos dá o orgulho de pertencer ao nosso partido Deputado Ricardo Berzoini.

Eu quero manifestar o meu apoio a essa suges-tão e à aprovação do projeto de decreto legislativo do nobre colega Deputado Ricardo Berzoini.

Muito obrigado, Sra. Presidenta. A SRA. PRESIDENTA (Luci Choinacki) – Depu-

tado Amauri Teixeira, a Presidência acolhe a moção de pesar pelo falecimento da Sra. Marlene Barbosa e se solidariza com a família, com o seu companheiro, pela perda de uma pessoa tão importante e tão jovem.

PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, venho a este plenário para registrar que os bancários estão defendendo junto ao Governo Federal a realização de uma conferência nacional do sistema financeiro, para discutir a universalização dos serviços financeiros com qualidade e segurança e, em consequência, a extinção da figura do correspondente bancário e a eliminação da terceirização dos serviços dos bancos.

Aliás, Sr. Presidente, aproveito a oportunidade para solicitar que conste nos Anais da Casa a Car-ta da CONTRAF – Confederação Nacional dos Tra-balhadores do Ramo Financeiro, de 1º de agosto de 2011, que entrego agora à Mesa, para que seja dada a devida divulgação nos meios de comunicação mais apropriados.

Na verdade, o documento da CONTRAF mostra que, durante o Governo Lula, foram realizadas cerca de 70 conferências de setores ou segmentos sociais distintos. Os bancários consideram que a conferência do sistema financeiro vai exigir muita mobilização da categoria para que venha a acontecer, pois se trata de segmento econômico dos mais expressivos do País, com forte resistência por parte dos banqueiros em de-bater com os trabalhadores e com a sociedade. Indica também uma série de outras iniciativas para buscar a regulamentação do sistema financeiro, entre as quais a proposição de um projeto de lei de iniciativa popular pelo qual se poderia assegurar, inclusive, a realização de plebiscito nacional para saber a opinião da socieda-de sobre a ideia de estatização do sistema bancário.

Os bancários consideram importante que seja tra-tada também em projeto de lei a ampliação do Conselho Monetário Nacional – CMN com representantes dos trabalhadores e da sociedade, assim como a definição do papel e do espaço de atuação do Banco Central.

Manifestaram, também, apoio ao Projeto de De-creto Legislativo nº 214, de 2011, do nobre colega Deputado Ricardo Berzoini, que revoga as recentes resoluções do Banco Central que ampliam o escopo de atuação do correspondente bancário. A proposição susta a aplicação dos arts. 1º a 21 da Resolução 3.954, de 24 de fevereiro deste ano, assim como os incisos I e II do art. 22 e o inciso II do art. 23 da referida reso-lução. Enfim, acaba com as autorizações para o fun-cionamento de correspondentes bancários.

Assim, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, entendemos que não basta aprovarmos apenas uma pauta de reivindicações em defesa de melhor remu-neração e condições de saúde e de trabalho, se os correspondentes bancários ameaçam a própria exis-tência da categoria. É, portanto, necessário discutir o impacto negativo da ampliação dos correspondentes sobre a categoria e a população, para que esse tipo de “bancarização” por meio de correspondentes não prejudique tanto o trabalho bancário como os serviços prestados ao cidadão.

Outro assunto, Sr. Presidente.Quero divulgar uma atividade que será realiza-

da pela Rede Afro LGBT, um movimento de homens e mulheres negros e negras lésbicas, gays, bissexu-ais, travestis e transexuais que se organizam para o enfrentamento às discriminações de raça, orientação sexual, gênero e identidade de gênero.

Sr. Presidente, a rede atua junto aos movimentos sociais, provando que a organização das especificida-des soma para a luta de todos os segmentos sociais que sofrem as mazelas das estruturas opressoras.

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Essa organização quer mostrar suas ideias, suas propostas e os princípios que a fazem atuar em um movimento específico como aquela rede.

Aproveito este espaço para divulgar e convidar todos os interessados e interessadas no tema para uma roda de debates, para discutir o tema Ser Negro/LGBT e elencar algumas propostas para o enfrenta-mento ao racismo e à homofobia.

O evento vai acontecer hoje dia 4 de agosto de 2011, quinta-feira, às 18 horas, no Auditório Agostinho Silva, do Centro de Estudos Afro-Orientais – CEAO, na Praça Inocêncio Galvão, 42, Largo 2 de Julho, Centro, Salvador, Bahia

Passo a abordar outro assunto, Sr. Presidente.Quero parabenizar a atleta Simone Alves, que

venceu os 10 mil metros com o tempo de 31 minutos 16 segundos 56 centésimos, agora a melhor marca da América do Sul, do Brasil e do Troféu Brasil.

Nesta oportunidade, solicito que conste nos Anais da Casa o artigo publicado no blog Notícia Livre, nesta quinta-feira, 4 de agosto de 2011, que traz mais esta importante conquista da Simone, que tanto orgulha a todo o povo de Jacobina.

Ficamos na torcida para que consiga o bicam-peonato da Maratona de Nova York. E ela vai tentar carimbar seu passaporte para Londres na Maratona de Chicago, em 9 de outubro.

Muito obrigado.

DOCUMENTOS A QUE SE REFERE O ORADOR

CONTRAF

Brasília, 1º de agosto de 2011

V. Exª Deputado Amauri Teixeira Este Caderno da Confederação Nacional dos

Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) que você está recebendo contém uma avaliação das resoluções 3.954 e 3.959 do Banco Central, respecti-vamente de fevereiro e março deste ano, que ampliam o escopo de atuação dos correspondentes bancários, e do PDL nº 214/2011 do Deputado Ricardo Berzoini, que revoga esses normativos do Bacen.

A Contraf-CUT, que representa mais de 410 mil bancários de todo o país, quer chamar a atenção para três aspectos importantes dessas resoluções: 1. Ao contrário do objetivo pretendido de aumentar a “banca-rização”, elas segregam e segmentam o atendimento bancário, o que significa de fato uma exclusão social; 2. Elas precarizam as relações de trabalho no sistema financeiro; e 3. São inconstitucionais, porque legislam sobre questões trabalhistas e sobre o sistema financei-ro nacional, em substituição ao Congresso Nacional.

Os bancos que operam no Brasil possuíam ago-ra em maio, segundo dados do Banco Central, 19.981 agências em todo o país. É até um pouco menos do que havia em dezembro de 1990, quando funcionavam 19.996. Hoje, dos 5.587 Municípios brasileiros, 1.967 (35,21%) não são assistidos por nenhuma agência ou posto de atendimento bancário.

O Sudeste concentra 54,71% do total as agências – e 33,38% delas estão somente no Estado de São Paulo, onde apenas 7,4% dos Municípios não contam com agências ou PABs. Inversamente, no Nordeste 51,95% dos Municípios estão desassistidos pelos bancos. No Piauí, não há uma única agência ou posto de atendimento bancário em 79,91% dos Municípios, segundo os dados do Bacen. E 71,86% no Rio Grande do Norte. O resultado é que 52,6% dos moradores do Nordeste não têm conta em banco.

Pela legislação, os correspondentes bancários foram criados para suprir essa imensa lacuna. Dos 160.943 correspondentes que havia no país em maio de 2011, 45% estavam concentrados no Sudeste – e 25,6 somente no Estado de São Paulo. Apenas 20,9% estavam no Nordeste, sendo que 1,23% no Piauí e 1,85% no Rio Grande do Norte.

Os correspondentes bancários seguem o mesmo padrão de concentração do sistema financeiro (geral-mente são abertos em frente, ao lado ou nas proximi-dades das agências), porque fazem parte do mesmo modelo de negócio. Como as resoluções 3.954 e 3.959 do Banco Central permitem que os correspondentes desempenhem praticamente as mesmas funções que as agências bancárias, é para lá que os bancos estão empurrando a clientela de baixa renda, o que carac-teriza uma segregação excludente.

Além de segmentar os clientes, essa estratégia permite aos bancos reduzir custos. Estudo do Dieese mostra que os comerciários, categoria profissional que enquadra a grande maioria dos correspondentes, re-cebem remuneração média equivalente a 25% à dos bancários. Os correspondentes também não têm PLR e a maioria dos auxílios conquistados pelos bancários em Convenção Coletiva, cumprem jornadas de traba-lho mais extensas e 20% deles não possuem carteira de trabalho assinada.

As resoluções do BC permitem que os próprios bancos criem correspondentes, que podem ser terceiri-zados e quarteirizados. Os clientes, além de segregados, ficam desprotegidos de orientação financeira e correm riscos adicionais tanto em relação ao sigilo bancário quanto à segurança física. Se nas agências a violência já é grande, com três mortes em média por mês, o risco é maior nos correspondentes, desobrigados de cumprir

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39596 Sexta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2011

a Lei nº 7.102, que exige plano de segurança para os locais onde se faz intermediação financeira.

O terceiro aspecto relevante das resoluções 3.954 e 3.959 diz respeito à sua constitucionalidade. O artigo 22 da Constituição determina que explicitamente que “compete privativamente à União legislar” sobre Direito do Trabalho (inciso I) e sobre “organização do sistema nacional de emprego e condições para o exercício de profissões” (inciso XVI).

Já o Artigo 192, segundo a redação da Emen-da Constitucional nº 40/2003, afirma que “o sistema financeiro nacional, estruturado de forma a promover o desenvolvimento equilibrado do País e a servir aos interesses da coletividade, em todas as partes que o compõem, abrangendo as cooperativas de crédito, será regulado por leis complementares”.

Para a Contraf-CUT, o Banco Central está legis-lando sobre questões trabalhistas e sobre o sistema financeiro ao emitir as resoluções 3.954 e 3.959, usur-pando prerrogativa do Congresso Nacional.

Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT)

Art. 22. Compete privativamente à União legis-lar sobre:

VI – sistema monetário e de medidas, títulos e garantias dos metais;

XVI – organização do sistema nacional de empre-go e condições para o exercício de profissões.

Art. 192. O sistema financeiro nacional, estrutura-do de forma a promover o desenvolvimento equilibrado do País e a servir aos interesses da coletividade, em todas as partes que o compõem, abrangendo as co-operativas de crédito, será regulado por leis comple-mentares que disporão, inclusive, sobre a participação do capital estrangeiro nas instituições que o integram. – Carlos Cordeiro, Presidente – Marcel Barros, Se-cretário Geral.

JACOBINENSE QUEBRA RECORDE SUL-AMERICANO QUE JÁ DURAVA 18 ANOS

Quebra de recordes da competição, brasileiro e sul-americano, vitória de multicampeão e classificação para a semifinal de um atleta que acabou de cumprir dois anos de suspensão por doping. No primeiro dia do Troféu Brasil, nesta quarta-feira, no estádio do Ibi-rapuera, em São Paulo, os destaques foram Simone Alves da Silva, Marilson Gomes do Santos e Bruno Tenório. O torneio prossegue nesta quinta. O SporTV transmite a partir das 16h.

Simone venceu os 10.000m com o tempo de 31m16s56, agora a melhor marca da América do Sul, do Brasil e do Troféu Brasil. A fundista superou os 31m47s76 de Carmem de Oliveira, obtidos em 21 de

agosto de 1993, em Stuttgart, na Alemanha, recordes brasileiro e sul-americano até então. No Troféu Brasil, o recorde era de Roseli Aparecida Machado (32m39s60), de 19 de maio de 1995.

O tempo de Simone, batendo recordes de 18 anos (o sul-americano e brasileiro) e de 16 anos (o do Troféu) a deixa em oitavo lugar no ranking desta temporada. – Quando passei os 5.000m, o Adauto (Domingues, técnico) me disse que estava 18 segundos abaixo do recorde. Pensei: Hoje é o dia. Fiz os treinos pensando em melhorar a marca. Valeu a pena sofrer dois meses nos treinos. Agora é pensar no Mundial – disse Simone ao “Tá na Área”, do SporTV.

Segundo ela, o recorde incentiva outros atletas a continuar sonhando em busca de melhorar suas marcas. Simone tem 26 anos e nasceu na cidade de Jacobina, na Bahia.

A temporada 2011 de Simone Alves da Silva tem se mostrando consistente. Em maio, na abertu-ra pós-reforma da pista de atletismo do Ibirapuera, a atleta superou o recorde sul-americano dos 5.000m, com 15m18s85. No mês seguinte, em Buenos Aires, venceu os 10.000m no Sul-Americano com o tempo de 31m59s11. Além disso, Simone venceu este ano o Campeonato Brasileiro e Sul-Americano de Cross--Country.

– Alguns indícios já vinham aparecendo nos trei-namentos e prevíamos a chegada de boas marcas para este ano, até mesmo com a possibilidade de recordes – disse o treinador Adauto Domingues, ressaltando “o ama-durecimento psicológico e de treinamento de Simone”.

Nos 10.000m masculino, triunfo do Mister Troféu Brasil. Marilson Gomes dos Santos ganhou a prova em 28m40s75. É o 21º pódio do fundista na competição, seu oitavo ouro (o sexto seguido) nos 10.000m, prova em que soma 11 pódios no Troféu Brasil. Os outros 10 foram nos 5.000m. Agora, Marilson tem 12 ouros, seis pratas e três bronzes no torneio.

O maior objetivo de Marilson nesta temporada é garantir sua vaga na maratona dos Jogos Olímpicos de Londres, no ano que vem.

– Estou treinando forte, não quero correr o risco de perder a vaga – disse o bicampeão da Maratona de Nova York, que vai tentar carimbar seu passaporte para Londres na Maratona de Chicago, em 9 de outubro.

Fonte: Noticia Livre / (G1)

A SRA. PRESIDENTE (Luci Choinacki) – Passo a palavra ao Deputado Raimundo Gomes de Matos, do PSDB do Ceará.

O SR. RAIMUNDO GOMES DE MATOS (PSDB--CE. Sem revisão do orador.) – Sra. Presidenta, Sras. e Srs. Parlamentares, caríssimos telespectadores da

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Agosto de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 5 39597

TV Câmara, este meu pronunciamento, no reinício das atividades legislativas, trata justamente do balanço do PAC. Diferentemente do que a Ministra do Planejamen-to vem afirmando, que o balanço do PAC está sendo positivo, nós não visualizamos essa positividade, muito pelo contrário.

Vejamos: logo no início do Governo Dilma, houve o contingenciamento de 50 bilhões de reais. Posterior-mente, observamos que, durante esses 6 meses, o PAC não conseguiu executar 10% do previsto. E a Presi-denta Dilma foi eleita como a mãe do PAC, a grande planejadora das ações do Governo Lula. Quer dizer, como é que a mãe do PAC só consegue executar, em um semestre, 10% do orçamento previsto? Falta pla-nejamento, falta estrutura organizacional, com certeza, nos Ministérios.

Na área da saúde, é uma lástima. Dos 480 bi-lhões de reais destinados à unidade básica de saúde, execução zero. Que falar das tão badaladas Unida-des de Pronto-Atendimento – UPAs? As que foram construídas não estão funcionando. No Ceará, várias UPAs foram construídas a toque de caixa e até agora nenhuma funciona – estão todas paradas. O mato está invadindo os terrenos. A verdade é que também falta execução orçamentária.

Se falarmos das tão propaladas polícias comu-nitárias, também zero de contingenciamento. Como é que a Ministra do Planejamento se diz satisfeita com a execução do PAC se os dados oficiais comprovam que só temos menos de 10% da execução?

Se nos voltarmos para a área de minas e ener-gia, o próprio Ministro afirma que as obras não serão concluídas antes de 2014, o que comprova, mais uma vez, que falta gerenciamento na execução do PAC.

Contaremos com a presença da Presidente Dilma Rousseff no nosso Ceará, na próxima semana, para testemunhar – eu posso dizer assim – a assinatura de um convênio de terraplanagem para a construção de uma siderúrgica que não tem um centavo do Go-verno Federal.

É do ex-Governador Tasso Jereissati, do ex-Go-vernador Lúcio e do Governador Cid Gomes a iniciativa de comprar um terreno e doá-lo, por meio da Assem-bleia Legislativa, para a Dongkuk e a Vale construírem a siderúrgica cearense, já que a PETROBRAS fugiu da raia quando da pactuação da siderúrgica no Ceará.

Quando se fala do Programa Minha Casa, Minha Vida – alguns Prefeitos o chamam de “Minha Casa, Meu Tormento” –, trata-se de algo um pouco enganoso. São tantos bilhões de reais do PAC, mas esquecem que o dinheiro do PAC, mediante o Programa Minha Casa, Minha Vida, será pago por quem assinou o contrato.

Trata-se de um financiamento! Não é execução ou di-nheiro do Governo propriamente dito.

Boa parte dos que foram contemplados com o Programa Minha Casa, Minha Vida viverá o tormen-to, todo fim de mês, de pagar a prestação, ainda que pequena. A população terá de pagar a prestação. Por quê? Porque o Governo alardeia como se fosse um programa do Governo, como se a população não ti-vesse que remanejar recursos próprios para investir neste programa. O montante previsto que será finan-ciado corresponde a 35 bilhões de reais. O Governo, automaticamente, será restituído desse investimento. Do total de 80 bilhões de reais, 35 milhões de reais serão restituídos.

Apesar de toda a estrutura montada no Gover-no passado por meio do PAC da Presidente Dilma, como mãe do PAC, observamos pelos dados oficiais de vários programas que quando não é zero, é pífio. Nós ficamos preocupados, tristes, quando a Ministra do Planejamento se diz satisfeitíssima com o desen-volvimento do PAC.

Se observarmos as outras áreas, acontece a mesma coisa. Há um jornalzinho popular no Ceará que diz que o PAC é o “Plano de Aceleração do Contingen-ciamento”. Por quê? Porque observamos que muitos projetos em andamento não passam de marketing. Efetivamente, ficamos preocupados com o desempe-nho nesse primeiro semestre. Não é por falta de apoio do Congresso Nacional e da Comissão de Orçamento com suplementações e remanejamento de recursos.

Esperamos ter no segundo semestre a efetivação das obras, tão bem divulgadas pelo marketing oficial, de que a população tanto precisa.

Muito obrigado.

PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, mesmo o Governo Federal querendo mostrar um balanço positivo do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) nos 6 primeiros meses deste ano, há de se ressaltar que, além da baixa velocidade na execução das obras, mui-tas das promessas de campanha da Presidente Dilma Rousseff que fariam parte do programa nem saíram do papel. É o caso das 500 Unidades de Pronto Atendi-mento (UPAs), das 8 mil Unidades Básicas de Saúde e dos 2.800 postos de Polícia Comunitária.

No caso das UPAs, com a proposta de garantir atendimento médico à população 24 horas por dia, nada foi investido dos 212,5 milhões de reais previs-tos para este ano, do qual 7 meses já se passaram. O orçamento destinado às Unidades Básicas de Saúde, por exemplo, foi de 480,2 milhões de reais, também

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39598 Sexta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2011

para o período de 2011, e com zero de aplicação. Na mesma situação encontra-se a criação dos postos de Polícia Comunitária, que têm autorizados gastos da ordem de 350 milhões de reais, mas sem nenhuma execução até o momento. Lembro, ainda, da promes-sa de construção das “Praças do PAC”, espaços inte-grados de esporte, cultura, lazer e serviços públicos, em que nada foi aplicado dos 170 milhões de reais previstos para este ano.

Mesmo assim, a Ministra do Planejamento, Mi-riam Belchior, avaliou como positivo o balanço por ela apresentado, ao lado de outros 12 Ministros, no último dia 29 de julho, acrescentando que o corte orçamen-tário de 50 bilhões de reais neste ano não atingiu o PAC. Se realmente não atingiu o principal programa da campanha da Presidente Dilma Rousseff, então faltou competência dos seus subordinados para que a execução das obras em andamento não tivesse desa-celerado e outras ações, como as que citamos acima, tivessem saído do papel. Uma verdadeira contradição, uma vez que no Governo do ex-Presidente Lula, Dilma foi batizada de “Mãe do PAC”.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, lamenta-velmente não chegou a 10% a execução orçamentária nos 6 primeiros meses de 2011, de um montante de 955 milhões de reais que deverão ser aplicados até 2014. Foram 86,4 bilhões de reais contra 95,7 bilhões de reais do balanço anterior, ainda no Governo Lula, entre abril e outubro de 2010, o que deixa nítida a desaceleração do PAC no início de Governo da Presi-dente Dilma Rousseff.

Cabe ressaltar, ainda, que os 86,4 bilhões de reais foram movidos, principalmente, pela concessão de financiamento habitacional para pessoas físicas – 35 bilhões de reais.

Agora a atenção deve se voltar, também, para 12% das obras que necessitam de atenção e 3% cuja execução é considerada preocupante.

Entre os Ministérios que tiveram seus balanços divulgados no último dia 29 de julho, a execução pífia de 1% em 6 meses por parte do Ministério dos Transpor-tes só vem reforçar a falta de gerenciamento da Pasta que foi denunciada por corrupção. As obras concluídas referem-se a portos e aeroportos e deixam de fora o maior clamor da população, as estradas federais, que, no Estado do Ceará, estão em estado deplorável, sem trafegabilidade segura e sinalização há anos.

Já na Pasta de Minas e Energia, o aviso já foi dado de que até 2014 não será possível concluir “al-gumas” obras e que não será por falta de investimento. Pode até não ser por falta de investimento, mas que a desaceleração também chegou às Minas e Energia não resta dúvida. E na relação está a Refinaria Pre-

mium II, a ser construída no Ceará e que ainda não andou um milímetro e teve sua operação adiada por diversas vezes.

Diante desse cenário, o Governo petista mostra como o seu marketing é bom. Mas com os números em mãos é possível chegar à conclusão de que não passa disso. Por isso, mais uma vez, a Oposição precisa estar unida para acompanhar a execução do tão propalado Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e co-brar que as obras sejam concluídas e entregues para o usufruto da população, que está cansada de pagar tantos impostos e não ter serviços de qualidade.

Era o que tínhamos a dizer.

Durante o discurso do Sr. Raimundo Go‑mes de Matos, a Sra. Luci Choinacki, § 2° do art. 18 do Regimento Interno, deixa a cadeira da presidência, que é ocupada pelo Sr. Amauri Teixeira, § 2° do art. 18 do Regimento Interno.

O SR. PRESIDENTE (Amauri Teixeira) – Concedo a palavra pela ordem à Sra. Deputada Luci Choinacki, do PT de Santa Catarina.

A SRA. LUCI CHOINACKI (PT-SC. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente Amauri Teixeira, Sras. e Srs. Deputados, inicialmente quero manifestar minha alegria em ter V.Exa. na Presidên-cia. Farei alguns registros, um deles muito importante.

Desde terça-feira, vários Prefeitos do Estado de Santa Catarina foram a alguns Ministérios levar suas de-mandas e apresentar sugestões. Eles foram recebidos pelos Ministros da Saúde, da Pesca e Aquicultura, do Tu-rismo, das Cidades e pela Ministra Ideli Salvatti. Em todos os lugares por que nós e os Prefeitos passamos fomos bem recebidos, com tratativas de Estado, com status de Governo, para dar encaminhamento aos seus pedidos e ver o que precisa ser feito. Estou muito agradecida.

Estou muito feliz com o tratamento dado às Pre-feituras e com o respeito pelos Prefeitos do nosso Es-tado, em todo o nosso País.

Registro, com muito carinho, a visita ao Ministro da Pesca e Aquicultura, Luiz Sérgio. É um Ministério muito importante. No Brasil, a importância da pesca e da aquicultura só foi reconhecida com a eleição do então Presidente Lula, quando se criou a Secretaria e, após, o Ministério da Pesca e Aquicultura, reco-nhecendo uma atividade social, cultural e econômica importantíssima para o País que só um governo de-mocrático pode dar.

Na conversa com os Prefeitos dos Municípios do interior, falou-se da importância da aquicultura. Que-remos tirar vários agricultores da produção de fumo. Fumo é algo que nunca incentivamos, mas é preciso que haja outra saída. Hoje, a aquicultura está sendo

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Agosto de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 5 39599

uma das grandes opções para vários Municípios. No Município de Abelardo Luz, que possui muitos assen-tados da reforma agrária – cerca de 1.500 mil famílias, em um Município com 30 mil moradores –, temos um frigorífico de peixe que gera renda e riqueza.

Portanto, pedimos à Casa o incentivo a essa pro-dução, a um setor tão importante para a economia do País, que gera renda e riqueza.

Parabéns! Contem com o nosso apoio, modesto, mas generoso, para que essa atividade se desenvol-va, e o Ministério possa dar suas respostas ao que é necessário.

Ao ouvir a Oposição falar, Sr. Presidente Amauri Teixeira, com tantas questões para resolvermos hoje na área de saúde, da pesca, da agricultura e da habi-tação, com 8 anos de Governo e a continuidade com a Presidente Dilma, imagine a bagunça em que este País estava. Imagine o que a Oposição – PSDB e PFL – fez com o País.

Com a Presidente Dilma, estão sendo feitos vários investimentos. Está sendo desenvolvida uma política de construção democrática no Brasil, de valorização dos entes federados, dos Prefeitos e Prefeitas, inde-pendentemente de partidos ou Governadores, sem discriminação. Imaginem, Srs. Deputados, como era o País. Onde estaríamos hoje com aquela política pre-datória e entreguista, na atual crise internacional? Até o mapa do Brasil eles teriam vendido. Nem o mapa do Brasil existiria. O Brasil já estava de joelhos diante do FMI, diante dos países desenvolvidos e ricos. A eco-nomia estaria falida e haveria desemprego.

O que quero com isso? Dar os parabéns à Pre-sidente Dilma pela coragem de tomar iniciativas. Sa-bemos que há muitas coisas a resolver, porque rece-bemos a herança de um país depredado.

Hoje nós estamos fazendo a reconstrução nacio-nal para valorizar nossa economia, nossa agricultura, nossa indústria, a ciência e a tecnologia, a educação, a soberania do País. Estamos fazendo muito mais do que isso. Estamos construindo uma relação interna-cional entre a América do Sul e a África para proteger a economia e buscar parâmetros de desenvolvimento, de integração e de valorização cultural.

É outro o País em que estamos vivendo. A di-mensão da importância do Brasil é sem precedente na história.

Por isso, dou os parabéns ao ex-Presidente Lula e à Presidente Dilma, por ser uma mulher de coragem e de fibra, que dará continuidade ao desenvolvimen-to do País, olhando para frente, olhando o futuro do Brasil, dando esperança e prosperidade a todas as brasileiras e brasileiros.

O SR. PRESIDENTE (Amauri Teixeira) – Para-béns, Deputada Luci Choinacki.

O SR. PRESIDENTE (Amauri Teixeira) – Conce-do a palavra, pela ordem, ao Deputado Sarney Filho.

O SR. SARNEY FILHO (Bloco/PV-MA. Pela or-dem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, ainda há pouco falei pelo partido, como bem disse V.Exa., e tratei da relevante questão do incentivo à indústria automobilística, por meio da isenção de Imposto sobre Produtos Industrializados.

Trata-se de um problema grave, como eu disse, que vai afetar também o Fundo de Participação dos Estados e Municípios, já que o IPI constitui um dos importantes contributivos para a formação do fundo.

Agora, no entanto, vou falar sobre outra questão grave no Brasil, mas não falo mais como Líder do Par-tido Verde – estou falando como membro da bancada do Maranhão, como aliado político da Governadora Roseana Sarney.

Recentemente, saiu numa grande revista de cir-culação nacional, a revista ISTOÉ, que respeito mui-to, aliás, como respeito todas as outras revistas, uma reportagem em que se dizia que os hospitais que a Governadora Roseana estava construindo no Mara-nhão estavam na UTI.

A Governadora pediu-me, como fez a outros Par-lamentares da nossa bancada, que infelizmente já de-vem ter ido para suas bases, que fizessem o registro da nota da Secretaria de Saúde, coisa que faço com muito prazer neste momento.

“(...) esclarecemos que no momento di‑fícil em que se encontra a saúde no Brasil, o Maranhão, com grande esforço para seu parco orçamento, escolheu a saúde como prioridade e fez um programa audaz no país na constru‑ção de 72 hospitais, o que está sendo feito, e que até junho de 2012 serão todos inaugurados e colocados em funcionamento, para beneficio do povo maranhense.

Este é o Programa Saúde é Vida, que construirá 72 hospitais e 10 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs); ampliação e moderniza‑ção da rede estadual de saúde para a realiza‑ção de procedimentos de alta complexidade; implantação de 155 novos leitos de UTI, e parcerias com as prefeituras que já dispunham de hospitais, para reforma, ampliação e ree‑quipamento de suas unidades.

Trata‑se de um programa arrojado e ino‑vador, único na história da medicina do Ma‑ranhão, voltado ao bem‑estar da população maranhense, o qual obedece rigorosamente às exigências legais.

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39600 Sexta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2011

É por este motivo que entendemos exis‑tirem equívocos e imprecisões na reportagem, os quais necessitam ser esclarecidos:

1. Não é correto afirmar que apenas 12% do cronograma de obras foi cumprido. Na rea‑lidade, dos 72 hospitais, 70% das obras físicas estão concluídas e até junho de 2012 todas es‑tarão prontas. Das 10 UPAs, nove estão prontas e uma em fase de conclusão. Ainda em 2011 todas as UPAs entrarão em funcionamento e 42 dos 72 hospitais estarão equipados e em operação. Nos casos em que houve atraso na execução das obras, os contratos foram res‑cindidos, novamente licitados e as ordens de serviço emitidas. Dos 155 novos leitos de UTI, 80 já estão ativados, 45 entrarão em funciona‑mento nos próximos 120 dias e os 30 restantes no primeiro semestre de 2012. Todos os equi‑pamentos necessários ao funcionamento das 42 novas unidades que entrarão em operação este ano já foram adquiridos.

2. Não houve qualquer obra do Programa Saúde é Vida que não tenha sido legalmente licitada...”

Sr. Presidente, peço a V.Exa. que determine a inclusão nos Anais desta nota.

Quero dizer que me preocupa muito determinado tipo de campanha que se coloca hoje em determina-dos setores da imprensa do Brasil. Primeiro, acusa-se, dá-se a versão; depois, quando os fatos estão postos, não são devidamente informados nem expostos à opi-nião pública quando a verdade vem à tona.

No Maranhão, pelo fato de José Sarney ser uma liderança com bastante tempo na política e com servi-ços prestados ao Brasil, para atingir Sarney, começa--se a atingir o Maranhão. Há muito tempo que Sarney não é mais político no Maranhão. Ele é Senador pelo Amapá e está cumprindo seu mandato pelo glorioso Estado do Amapá, onde tem dado uma grande ajuda à sua população, que tem reconhecido elegendo-o sucessivas vezes ao Senado.

Portanto, Sr. Presidente, eu não gostaria, evi-dentemente, de ficar batendo boca contra fatos. O fato ocorrido no Maranhão e distorcido pela má informação que prestaram aos repórteres da ISTOÉ precisa ser esclarecido. Estão sendo construídos 72 hospitais. É o maior volume de obras em saúde do Brasil, propor-cionalmente.

No Maranhão, quem vai para os Municípios, como eu, que costumo percorrê-los, cruza com inúmeras ambulâncias que vão do interior levar doentes para a capital, onde, muitas das vezes, são muito mal atendi-

dos pelos prontos-socorros ou pelo Socorrão, porque não têm realmente capacidade.

Esse programa vai se fixar no Maranhão, onde nós temos a maior população rural do Brasil. Até pou-co tempo atrás, o Maranhão tinha mais população ru-ral do que urbana. Ainda é o Estado que tem a maior população rural.

Então, essas obras são necessárias. E estão sendo feitas com transparência, com todo o cuidado devido, com acompanhamento. Não é possível que, simplesmente para tentar atingir uma administração, se queira contaminar obras que vão beneficiar a saúde do povo necessitado.

Falta bom senso a determinadas cabeças da Oposição no Maranhão, que resistem a somar para ajudar e diferenciar os seus problemas pessoais dos seus problemas políticos.

O SR. PRESIDENTE (Amauri Teixeira) – Obri-gado, Deputado.

NOTA A QUE SE REFERE O ORADOR

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE

NOTA OFICIAL

Com relação à matéria publicada pela Revista Is-toÉ, na Edição nº 2.177, de 29 de julho de 2011, sob o título “Os Hospitais de Roseana na UTI”, esclarecemos que no momento difícil em que se encontra a saúde no Brasil, o Maranhão, com grande esforço para seu parco orçamento, escolheu a saúde como prioridade e fez um programa audaz no país na construção de 72 hospitais, o que está sendo feito, e que até junho de 2012 serão todos inaugurados e colocados em funcionamento, para benefício do povo maranhense.

Este é o Programa Saúde é Vida, que construi-rá 72 hospitais e 10 Unidades de Pronto Atendimento (UPA’s); ampliação e modernização da rede estadual de saúde para a realização de procedimentos de alta complexidade; implantação de 155 novos leitos de UTI, e parcerias com as prefeituras que já dispunham de hospitais, para reforma, ampliação e reequipamento de suas unidades.

Trata-se de um programa arrojado e inovador, único na história da medicina do Maranhão, voltado ao bem-estar da população maranhense, o qual obedece rigorosamente às exigências legais.

É por este motivo que entendemos existirem equívocos e imprecisões na reportagem, os quais ne-cessitam ser esclarecidos:

1. Não é correto afirmar que apenas 12% do cronograma de obras foi cumprido. Na rea-lidade, dos 72 hospitais, 70% das obras físicas

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Agosto de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 5 39601

estão concluídas e até junho de 2012 todas es-tarão prontas. Das 10 UPAs, nove estão prontas e uma em fase de conclusão. Ainda em 2011 todas as UPAs entrarão em funcionamento e 42 dos 72 hospitais estarão equipados e em operação. Nos casos em que houve atraso na execução das obras, os contratos foram res-cindidos, novamente licitados e as ordens de serviço emitidas. Dos 155 novos leitos de UTI, 80 já estão ativados, 45 entrarão em funciona-mento nos próximos 120 dias e os 30 restantes no primeiro semestre de 2012. Todos os equi-pamentos necessários ao funcionamento das 42 novas unidades que entrarão em operação este ano já foram adquiridos.

2. Não houve qualquer obra do Programa Saúde é Vida que não tenha sido legalmente licitada, conforme documentos comprobató-rios apresentados pela Secretaria de Saúde ao Tribunal de Contas do Estado (TCE). Este conjunto de documentos esclarece que os projetos básicos dos 64 hospitais de 20 leitos foram elaborados pelo corpo técnico da Secre-taria de Estado da Saúde, conforme demons-tram ARTs (Anotação de Responsabilidade Técnica) registradas no Crea-MA. A Empresa Proenge foi contratada por meio de processo licitatório regular (concorrência 007/2009) para elaborar os projetos executivos, que não podem ser confundidos com projetos básicos, assim como para gerenciar e fiscalizar a execução da construção das novas unidades.

3. Não está correta a informação publi-cada na reportagem de que foram repassados recursos para empresas que não construíram hospitais. Todos os seis lotes foram objeto da Concorrência Pública nº 001/2009. Os lotes 01, 03 e 06 tiveram concorrentes e os vencedo-res foram as empresas Construtora Guterres, Construtora Geotec e Construtora Console, respectivamente. Nos lotes 02, 04 e 05 não apareceram interessados, o que levou a ad-ministração pública a contratar as empresas Lastro Engenharia, JNS Canaã e Dimensão em consonância com o que dispõe o art. 24, inciso V, da Lei de Licitações. A Dimensão En-genharia já concluiu oito dos nove hospitais. A Lastro Engenharia já concluiu cinco dos 12 hospitais contratados e, dos sete restantes, cinco estão com 90% das obras realizadas e dois com 60%. O contrato da JNS Canaã foi rescindido pela Secretaria de Estado da Saúde em função do atraso no cronograma

físico-financeiro. À época da rescisão, a em-presa havia concluído 50% das obras. Nova licitação foi realizada, a empresa vencedora já foi contratada e a ordem de serviço emiti-da com previsão de término dos serviços em abril de 2012.

São Luís, 2 de agosto de 2011. – Ricardo Murad, Secretário de Estado da Saúde.

O SR. PRESIDENTE (Amauri Teixeira) – O próxi-mo inscrito é o jovem e atuante Deputado Hugo Motta, do PMDB da Paraíba.

O SR. HUGO MOTTA (PMDB-PB. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente Amauri Tei-xeira, Sras. e Srs. Deputados, é com alegria que retor-namos a esta tribuna na volta dos trabalhos legislativos da Casa, neste segundo semestre, rogando a Deus que nos abençoe, para que tenhamos um mandato iluminado. Que este semestre assim o seja!

Ontem, na Comissão de Ciência e Tecnologia, apresentamos requerimento de realização de audiên-cia pública com os representantes das empresas de telefonia móvel que prestam o serviço de celular em todo o Brasil, frisando que eles não estão oferecendo os serviços que a sociedade pede e espera dessas empresas, que cobram muitas vezes tarifas abusivas, mas que não querem nem investem o que os brasilei-ros estão pagando em tecnologia, para oferecer um serviço de qualidade.

Com essa audiência pública a ser realizada na Comissão de Ciência e Tecnologia, esperamos contri-buir para uma melhora nesse serviço, de fundamental importância, principalmente para as pessoas que mo-ram no interior, que muitas vezes usam o aparelho de telefonia celular para se comunicar com seus familiares, para chamar uma ambulância, em caso de doença, e que hoje não estão tendo, por parte das empresas, o respeito e a prestação de serviço necessária para que possam se comunicar.

Esperamos que as empresas participem des-sa audiência, que possamos cobrar delas e que elas possam, no menor tempo possível, dar uma resposta à sociedade.

Sr. Presidente, na próxima segunda-feira, a Co-missão de Combate às Drogas realizará na Paraíba audiência pública. Nós, Deputados do Estado, nosso Presidente, o Deputado Reginaldo Lopes, o Relator, o Deputado Givaldo Carimbão, estaremos presentes na Paraíba, onde discutiremos com as autoridades locais o assunto. A Paraíba, por menor que seja, pro-curará dar uma contribuição ao Brasil, levando ideias e soluções, desde a prevenção, para que os jovens, as crianças, os adolescentes não enveredem pelo

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caminho do crack; na questão do acolhimento social das pessoas que enveredaram por esse caminho; no tratamento, para que possamos dar uma nova opor-tunidade às pessoas que, infelizmente, enveredaram pelos caminhos das drogas, destruindo sua vida, com o que a família também sofre. Enquanto representan-tes do povo brasileiro, temos essa responsabilidade, temos esse compromisso, nesse seminário que será realizado em nossa Capital, em João Pessoa, na pró-xima segunda-feira.

E quero aproveitar a oportunidade para convidar para participar os Deputados e todos os paraibanos que nos assistem neste momento pela TV Câmara, pois será um debate importante, um debate que sem dúvida alguma trará frutos bons não só para a Paraíba, mas também para o Brasil.

Esperamos também nesse debate evoluir no combate ao tráfico. O tráfico hoje está presente nas escolas, nas praças, nas esquinas, facilitando que pessoas, em um momento de fraqueza, pensem que a droga é a saída para o seu problema. A pessoa não sabe o problema em que está entrando, pois infeliz-mente a droga só tem porta de entrada. A de saída vemos, muitas vezes, em vários casos não se acha.

Com o intuito de contribuir com o Brasil e acima de tudo com as famílias que sofrem com esse proble-ma, estamos participando da Comissão de Combate às Drogas. Na Paraíba esperamos realizar uma gran-de audiência. Entregaremos uma carta redigida pelas autoridades do Estado no assunto, com a contribuição da sociedade como um todo e de pessoas que têm a vivência necessária. Esperamos entregar essa carta com o que a Paraíba acha de importante e necessário para ser incluso no relatório que será entregue no final do ano pela Comissão de Combate às Drogas, que vem realizando, diga-se de passagem, um grande trabalho.

Sr. Presidente, peço que este pronunciamento seja divulgado nos órgãos de comunicação da Casa, ao mesmo tempo que agradeço a V.Exa. a complacência. É um prazer tê-lo como Presidente, um amigo, baiano e lutador do povo, que, tenho certeza, ainda realizará muito pelo seu Estado.

Muito obrigado.O SR. PRESIDENTE (Amauri Teixeira) – Concedo

a palavra ao ilustre Deputado Augusto Carvalho. S.Exa. dispõe de 5 minutos.

O SR. AUGUSTO CARVALHO (Bloco/PPS-DF. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, vejo como uma boa iniciativa aquela que foi tomada pelo Presidente Marco Maia de convocar uma Comissão Geral na semana que vem para discutir com os Ministros afeitos às áreas da eco-nomia e da indústria, que podem contribuir para um

debate no Parlamento sobre a crise por que passam os Estados Unidos e suas repercussões inevitáveis na economia global, inclusive para os países emergentes, entre eles o Brasil.

Mas, Sr. Presidente, acho que estamos atrasa-dos. Pena que essa crise que colocou o mundo à beira do precipício... Na verdade a medição de forças que houve entre republicanos e democratas levou a que, por um átimo, não tivéssemos um colapso geral na economia do mundo: as Bolsas de Valores do mundo inteiro despencando, a tensão nos mercados, o derre-timento – expressão da moda – da moeda americana. E infelizmente nós não pudemos fazer esse debate.

Eu quero invocar um artigo do grande articulista do Correio Braziliense, o jornalista Alon Feuerwerker, que fez uma reflexão muito interessante, que trago neste momento para os demais colegas.

Lá nos Estados Unidos nós vimos a queda de braço até o último momento na questão da elevação do endividamento do Tesouro americano, naturalmente se refletindo no Parlamento americano os interesses dos diversos segmentos da economia, que viriam a ser beneficiados com o aumento, e aqueles que po-deriam ser afetados com eventuais contingenciamen-tos de pagamentos que deveriam ser honrados pelo Governo americano. Foi um debate que se expressou no Parlamento daquele País.

Não seria o caso de termos feito também esse debate para sabermos se o setor automotivo será con-templado pelas medidas de renúncia fiscal, de incen-tivo, de subsídio, de desoneração, enfim, que foram estendidas a alguns poucos segmentos eleitos pelo núcleo duro de poder?

Vi ainda há pouco o nobre e combativo Deputa-do Vicentinho, um dos próceres da Central Única dos Trabalhadores, sempre muito correto e afirmativo nas suas convicções, levantando a bandeira das 40 horas.

Naturalmente as centrais sindicais se recusaram a participar da solenidade festiva de lançamento do plano de apoio à indústria nacional porque são contra as medidas de estímulo neste momento de crise por que passa a economia internacional, tendo a principal locomotiva dessa economia, a americana, no olho des-se furacão. Não foram porque certamente há críticas ou questionamentos sobre a forma de fazer ou sobre os segmentos que deveriam ser contemplados.

Seria desejável que houvesse no Parlamento um debate, uma discussão mais aprofundada sobre quem contemplar, até porque na sequência dessa decisão já vemos alguns segmentos de indústrias gráficas, de autopeças se pronunciarem como se fossem deixados à deriva neste momento de perplexidade.

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Sr. Presidente, acho que esta crise que foi matéria de debate, de reflexão, de posicionamentos nos Par-lamentos do mundo principalmente, serve de exemplo para nós. Esta crise não está debelada. Acho que no Brasil não basta apenas a desoneração da produção desses segmentos escolhidos como eletivos, como aqueles necessários para alavancar nos seus seg-mentos de maior empregabilidade.

Mas será que não devemos fazer a discussão sobre a estrutura da taxa de juros cobradas no Brasil e que nos coloca hoje ainda no primeiro lugar do ranking dos juros onzenários cobrados dos setores produtivos e dos assalariados, que são os grandes pagadores de impostos neste País? Quanto à taxa de câmbio, até quando continuaremos com o dólar depreciado ou o real sobreapreciado nessa conjuntura em que não se sabe qual vai ser a política adotada pelo Banco Central?

Sr. Presidente, são essas as ponderações, re-flexões que eu gostaria de fazer nesta tarde de hoje, até porque a crise pode estar apenas no seu começo. Nós sabemos. Já tivemos outras crises, como a de 1998, a de 2008, que ainda deixam sequelas até os dias de hoje.

Podemos ter certeza de que não ficarão nisso os movimentos de incerteza, de insegurança que afetam a economia global. Nós temos de estar preparados para isso, não com medidas apenas pontuais, que fa-vorecem, protegem alguns setores com 25 bilhões de renúncias, de subsídios. Mas temos de tocar fundo nas estruturas das deformações da nossa economia, es-pecialmente no que tange à estrutura da taxa de juros e às flutuações cambiais que temos em nosso País.

Muito obrigado.O SR. PRESIDENTE (Amauri Teixeira) – Obri-

gado, Deputado.O SR. PRESIDENTE (Amauri Teixeira) – O pró-

ximo inscrito é o Deputado Assis Carvalho, do PT do Piauí, pelo prazo de 5 minutos.

O SR. ASSIS CARVALHO (PT-PI. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, querido De-putado Amauri Teixeira, estamos vivendo mais um bom momento no Brasil em relação à situação internacional. E isto é muito bom para a autoestima do povo brasileiro.

Esteve nesta Casa, no início da semana, o com-panheiro José Graziano, Diretor eleito para a FAO, Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, e representante deste órgão na Orga-nização das Nações Unidas para a América Latina e Caribe. Ele participou do relançamento da Frente Par-lamentar da Segurança Alimentar e Nutricional, com o Deputado Federal do Piauí, o nosso amigo Nazareno Fonteles, e nos trouxe excelentes contribuições para o debate acerca do Programa Brasil sem Miséria.

É muito importante para o Brasil e para este Par-lamento, neste momento de crise financeira e política que pauta a agenda mundial, ouvir de um homem que foi o primeiro a comandar o programa Fome Zero, do Governo Lula, orientações para aperfeiçoar aquela que foi sua tarefa e de Lula e que hoje é do Governo Dilma: o combate à miséria.

Fazemos política com a esperança de que surja algo novo para subtrair espaços à incerteza, como nos escreve Graziano em artigo publicado esta semana pelo jornal Folha de S.Paulo, construindo o caminho para um futuro de sedimentação do desenvolvimento sustentável.

O artigo Subtrair espaços à incerteza, do qual pe-dimos a transcrição na íntegra nos Anais da Casa, nos traz um extraordinário ensinamento sobre a segurança alimentar e a necessidade de construir um caminho capaz de transformar a sociedade em senhora do seu próprio destino, pensamento com o qual corroboramos dias atrás aqui nesta tribuna, ao comentarmos as ações do nosso Governo para o Nordeste e o lançamento do Programa Brasil Maior. É o momento de inovar para competir e crescer. E o meu Piauí, o Nordeste brasi-leiro, tem muito a contribuir.

Combater a fome significa investir em produção, gerar emprego e renda e controlar os índices de infla-ção para manter o ritmo da retomada do crescimento. E isto não pode ser obra do improviso ou da visão mer-cadológica insana. Está certo Graziano, está certo o companheiro Nazareno, precisamos ter um outro olhar sobre o crescimento, o desenvolvimento, a exportação e outros temas de mercado.

Não podemos ter para o Piauí o mesmo olhar que temos para São Paulo. É preciso tratar a questão da miséria e da fome com a mesma inquietação que teve Lula e com a mesma preocupação que tem a Pre-sidenta Dilma, ao lançar o Programa Água para Todos no Nordeste brasileiro, dentro do Programa Brasil sem Miséria e do Plano Brasil Maior.

A experiência exitosa do Governo Lula em 2003, que desencadeou uma série de ações afirmativas e de programas para a inclusão social de milhões de brasileiros, por si só justifica nosso otimismo. A FAO já alertou o mundo para a necessidade dessa nova visão. Não basta que seja pura e justa a nossa causa, é pre-ciso que o Estado tome para si a responsabilidade de regulação dos mercados, pois a alimentação tem que ser um direito da sociedade e um dever do mercado.

Parabéns a José Graziano, que muito nos orgu-lha com sua ação decisiva no combate à miséria e à fome. Parabéns à Presidenta Dilma pelas ações em favor do Nordeste e de todo o restante do Brasil, com

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programas audaciosos que nos permitem o enfrenta-mento da crise sem sobressaltos.

Nobre Presidente Amauri, que neste momento nos orgulha ao conduzir os trabalhos, fizemos este re-gistro pela grandiosidade do momento e gostaríamos de aproveitar a oportunidade apenas para dar como lido e registrar nesta Casa outro assunto que muito nos preocupa.

Ouvimos hoje declarações do Relator da Co-missão de Políticas Públicas de Combate às Drogas, Deputado Givaldo Carimbão, do PSB de Alagoas, de que as comunidades terapêuticas, centros que traba-lham na recuperação de dependentes químicos, têm encontrado resistências no credenciamento junto ao Ministério da Saúde.

Ora, Sr. Presidente, a estrutura estatal ainda é insuficiente para atender à demanda crescente provo-cada pelo avanço das drogas. E embora sabendo que essas entidades são em geral religiosas e que o Es-tado é laico, acreditamos ser necessário, respeitando o credo do dependente químico, fazer parcerias com essas instituições como uma das alternativas viáveis para universalizar o acesso ao tratamento.

Comunidades como a Fazenda da Paz e o Sítio Monte Tambor, no Estado do Piauí, por exemplo, têm muitas experiências exitosas na recuperação de vi-ciados. E o Governo Federal está atento a isso. Tanto que, em julho, simplificou as regras para o funciona-mento das comunidades terapêuticas por intermédio de uma normativa da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA.

Portanto, este é um tema polêmico, que me-rece uma atenção mais apurada deste Parlamento, visto que o combate às drogas e a recuperação dos dependentes químicos é uma demanda urgente das famílias brasileiras.

Então, seria isso, nobre Presidente. Nós gostarí-amos, nesta tarde, de registrar o nosso compromisso, de um lado, com a luta pela erradicação da miséria, pelo direito à alimentação e, de outro, pela nossa par-ceria em favor das pessoas que precisam do nosso acolhimento, os dependentes químicos.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

PRONUNCIAMENTOS ENCAMINHA‑DOS PELO ORADOR

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, nós nos deparamos, hoje, com as declarações do Relator da Comissão de Políticas Públicas e Combate às Drogas, Deputado Givaldo Carimbão, do PSB de Alagoas, de que as chamadas comunidades terapêuticas, que são centros que trabalham na recuperação de dependen-tes químicos, têm encontrado resistência no creden-

ciamento junto ao Ministério da Saúde. A razão seria a influência religiosa no tratamento.

Trata-se, sem dúvida, de um tema polêmico so-bre o qual já discorremos aqui nesta tribuna. E, até por isso também, merece deste Parlamento uma atenção mais apurada, visto que o combate às drogas e a re-cuperação de dependentes químicos é uma das prio-ridades da Presidenta Dilma e uma demanda forte das famílias brasileiras.

Acreditamos ser de extrema urgência e importân-cia superar essa resistência, porque o tráfico avança a cada dia numa velocidade espantosa em todo o País, aliciando e destruindo a vida de pessoas de todas as idades – até de crianças! – e exigindo de nós a mesma velocidade para encontrar soluções.

Nós participamos, no meu Estado do Piauí, de um evento promovido pela Secretaria de Assistência Social e Cidadania – SASC, com o Secretário Francisco Guedes e lideranças que trabalham em comunidades como a Fazenda da Paz e o Sítio Monte Tabor, todas com abundantes experiências exitosas na recupera-ção de viciados.

Ora, Sr. Presidente, a estrutura estatal ainda é insuficiente para atender à demanda crescente provo-cada por este mal perverso. E, embora sabendo que essas entidades são em geral religiosas e que o Es-tado é laico, acreditamos ser necessário, respeitando o credo do dependente químico, fazer parcerias com essas instituições, como uma das alternativas viáveis para universalizar o acesso ao tratamento.

A situação exige que o Estado tenha uma ação firme e decisiva no apoio e repasse de recursos para essas casas de recuperação que estão espalhadas pelo território nacional e que carecem de apoio oficial para continuar seu trabalho.

A Presidenta Dilma está atenta a esse dever. No início de julho, o Governo Federal simplificou as regras para o funcionamento dessas comunidades terapêuti-cas e, por meio de uma normativa da Agência Nacio-nal de Vigilância Sanitária – ANVISA, desobrigou os centros de atingir um número mínimo de funcionários especializados, entre outras medidas.

Sr. Presidente, temos consciência de que o tema é polêmico e de que há muitas distorções – como de resto há em outras instituições que atuam em diver-sas áreas – por parte de entidades que não cumprem suas funções. Mas para isso existem os mecanismos da fiscalização.

Por fim, chamamos a atenção deste Parlamen-to para a aflição dos milhões de famílias atingidas por esse mal e solicitamos que seja assumido, com a urgência que o tema exige, o debate nesta Casa. É nosso dever, como Deputados, ampliar a discussão e

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Agosto de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 5 39605

contribuir para acelerar a luta contra o tráfico e pela recuperação dos dependentes químicos e dos que estão em situação de risco.

Apoiamos o Deputado Carimbão nesta corajosa atitude de encarar os preconceitos, pedindo que nos mantenha informados, pelos seus relatórios, do anda-mento dessas questões.

Passo agora a abordar outro assunto. Sr. Presi-dente, Sras. e Srs. Deputados, estamos vivendo mais um bom momento do Brasil em relação à situação in-ternacional, e isto é muito bom para a autoestima do povo brasileiro. Esteve aqui nesta Casa, no início da semana, o companheiro José Graziano, diretor eleito para a FAO – Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação e representante desse órgão na Organização das Nações Unidas para a América Latina e o Caribe. Ele participou do relançamento da Frente Parlamentar da Segurança Alimentar e Nutri-cional, com o Deputado Federal do Piauí Nazareno Fonteles, e nos trouxe excelentes contribuições para o debate acerca do Programa Brasil sem Miséria.

É muito importante para o Brasil e para este Par-lamento, neste momento de crise financeira e política que pauta a agenda mundial, ouvir de um homem que foi o primeiro a comandar o Programa Fome Zero do Governo Lula, orientações para aperfeiçoar aquela que foi sua tarefa e de Lula e que hoje é do Governo Dilma: o combate à miséria.

Fazemos política com a esperança de que surja algo novo para subtrair espaços à incerteza, como nos escreve Graziano em artigo publicado esta semana pelo jornal Folha de S.Paulo, construindo o caminho para um futuro de sedimentação do desenvolvimento sustentável.

O artigo Subtrair espaços à incerteza, do qual pedimos a transcrição na íntegra nos Anais desta Casa, nos traz um extraordinário ensinamento sobre a segurança alimentar e a necessidade de construir um caminho capaz de transformar a sociedade em se-nhora do seu próprio destino, pensamento com o qual corroboramos dias atrás aqui nesta tribuna ao comen-tarmos as ações do nosso Governo para o Nordeste e o lançamento do Programa Brasil Maior. É o momento de inovar para competir e crescer. E o meu Piauí e o restante do Nordeste brasileiro têm muito a contribuir nesse sentido.

Combater a fome significa investir em produção, gerar emprego e renda e controlar os índices de infla-ção para manter o ritmo da retomada do crescimen-to. E isto não pode ser obra do improviso ou da visão mercadológica insana. Está certo Graziano, está certo o companheiro Nazareno, precisamos de ter um outro

olhar sobre o crescimento, o desenvolvimento, a ex-portação e outros temas de mercado.

Não podemos ter para o Piauí o mesmo olhar que temos para São Paulo. É preciso tratar a questão da miséria e da fome com a mesma inquietação que teve Lula e com a mesma preocupação que tem a Pre-sidenta Dilma, ao lançar o programa Água para Todos no Nordeste brasileiro, dentro do Programa Brasil sem Miséria e o Brasil Maior.

A experiência exitosa do Governo Lula em 2003, que desencadeou uma série de ações afirmativas e de programas para a inclusão social de milhões de brasi-leiros já, por si só, justifica nosso otimismo. A FAO já alertou o mundo para a necessidade dessa nova visão. Não basta que seja pura e justa a nossa causa, é pre-ciso que o Estado tome para si a responsabilidade de regulação dos mercados, pois a alimentação tem que ser um direito da sociedade e um dever do mercado.

Parabéns a José Graziano, que muito nos orgu-lha com sua ação decisiva no combate à miséria e à fome! Parabéns a Presidenta Dilma pelas ações em favor do Nordeste e de todo o restante do Brasil, com programas audaciosos que nos permitem o enfrenta-mento da crise sem sobressaltos!

Eram essas as nossas palavras.Muito obrigado.O SR. PRESIDENTE (Amauri Teixeira) – Obriga-

do, Deputado Assis. V.Exa. é um militante do Sistema Único de Saúde – SUS, um militante da saúde pública e um dos Deputados mais atuantes desta Casa.

O SR. PRESIDENTE (Amauri Teixeira) – Com a palavra a Deputada Janete Rocha Pietá, sem dúvida, uma das mais expressivas representantes femininas desta Câmara.

A SRA. JANETE ROCHA PIETÁ (PT-SP. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) -

DISCURSO DA SRA. DEPUTADA JA-NETE ROCHA PIETÁ QUE, ENTREGUE À ORADORA PARA REVISÃO, SERÁ POSTE-RIORMENTE PUBLICADO.

O SR. PRESIDENTE (Amauri Teixeira) – Com a palavra o Deputado Paes Landim, do PTB do Piauí.

O SR. PAES LANDIM (Bloco/PTB-PI. Pela or-dem.) – Sr. Presidente Amauri Teixeira, se a urna eletrônica oferecesse opções para outros nomes que não fossem a chapa registrada na Mesa da Câmara, o Padre Luiz Couto e V.Exa. teriam os meus votos, independentemente de qualquer posição partidária, porque, embora não sejam da Mesa, estão sempre presentes a presidi-la.

Parabenizo V.Exa. pela contribuição. Sou admi-rador de ambos.

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39606 Sexta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2011

Sr. Presidente, pedi a palavra porque os jornais especulam que a Oposição, de maneira um pouco dis-persiva, queria convocar, em uma CPI ou seja o que for, o Ministro Afonso Florence, do Desenvolvimento Agrário, a respeito das políticas públicas para o setor no Brasil.

Ora, estão alegando que o Ministro não estaria, neste momento, avançando com a reforma agrária. O Ministro, por sua vez, está simplesmente dando quali-dade ao que já foi feito no Brasil em matéria de reforma agrária, em matéria de assentamentos.

Os assentamentos no Brasil, Sr. Presidente, fo-ram feitos de uma maneira muito predatória. Eu, certa feita, falei com o ex-Presidente do INCRA, quando fui reclamar: “Mas os senhores fazem assentamentos, tudo bem, mas não se preocupam com o meio ambiente. Às vezes, fazem assentamentos, desmatam e não se preocupam em arborizar, em dar um sentido de res‑peito ao meio ambiente”. Ele ficou até irritado comigo.

Então, o que eu vejo nesse grande Ministro é exatamente isto: S.Exa. quer dar qualidade aos assen-tamentos, dar condições até de se viver, de habitação, de humanização do local. Não adianta fazer casa, des-campar a área vegetal, derrubar árvores e desmatar; fica aquela coisa seca, insossa, feia.

Ao mesmo tempo, eles alegam que, em alguns programas, os que foram contemplados com casas ou assentamentos as estão vendendo. Não é culpa dele. Evidentemente, há o Ministério Público e outros me-canismos inibitórios, mas não o Ministro da Reforma Agrária, até porque não foi S.Exa. quem estabeleceu essas casas nem foi quem escolheu os eventuais be-neficiários dessas construções.

Eu acho que S.Exa. está agindo corretamente e que é um grande Ministro. Acho que dará qualidade aos assentamentos, sobretudo com a perspectiva da proteção ambiental, e racionalizar as políticas públi-cas para o setor agrário. A impressão que eu tenho de longe, sem nunca ter ido ao Ministério, sem nunca conhecê-lo pessoalmente, é a de que ele é um homem prudente, racional, competente. Com certeza, ele vai marcar uma grande trajetória à frente do Ministério da Reforma Agrária.

A Sra. Presidenta Dilma Rousseff, ao escolher determinados Ministros técnicos, como é o caso de Afonso Florence, utilizou-se de profundo conhecimento de causa, sem injunções partidárias. Tenho certeza de que Afonso Florence foi uma dessas escolhas técni-cas que a Presidenta Dilma fez com muita segurança e certeza da sua competência, da sua probidade e da sua visão de política pública para o setor agrário.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE (Amauri Teixeira) – Obriga-do, Deputado Paes Landim.

V.Exa. é Deputado assíduo neste plenário, atu-ante, um dos Parlamentares de um grupo seleto que está sempre presente, sempre atuando, defendendo o seu Estado e os interesses do seu povo.

VIII – ENCERRAMENTOO SR. PRESIDENTE (Amauri Teixeira) – Nada

mais havendo a tratar, vou encerrar a sessão, lembrando que amanhã, sexta-feira, dia 5 de agosto, às 15 horas, haverá sessão solene em homenagem ao aniversário de São Caetano do Sul, São Paulo.

O SR. PRESIDENTE (Amauri Teixeira) – COM‑PARECEM MAIS OS SRS.:

Partido Bloco

RORAIMA

Berinho Bantim PSDB Edio Lopes PMDB Francisco Araújo PSL PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslJhonatan de Jesus PRB Luciano Castro PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslPaulo Cesar Quartiero DEM Raul Lima PP Teresa Surita PMDB Total de RORAIMA 8

AMAPÁ

Dalva Figueiredo PT Fátima Pelaes PMDB Janete Capiberibe PSB PsbPtbPcdobLuiz Carlos PSDB Sebastião Bala Rocha PDT Vinicius Gurgel PRTB PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslTotal de AMAPÁ 6

PARÁ

André Dias PSDB Beto Faro PT Cláudio Puty PT Dudimar Paxiúba PSDB Elcione Barbalho PMDB Giovanni Queiroz PDT José Priante PMDB Josué Bengtson PTB PsbPtbPcdobLira Maia DEM Lúcio Vale PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslLuiz Otávio PMDB Miriquinho Batista PT Wandenkolk Gonçalves PSDB Zequinha Marinho PSC Total de PARÁ 14

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Agosto de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 5 39607

AMAZONAS

Átila Lins PMDB Carlos Souza PP Francisco Praciano PT Henrique Oliveira PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslPauderney Avelino DEM Rebecca Garcia PP Sabino Castelo Branco PTB PsbPtbPcdobTotal de AMAZONAS 7

RONDÔNIA

Carlos Magno PP Lindomar Garçon PV PvPpsMarinha Raupp PMDB Mauro Nazif PSB PsbPtbPcdobMoreira Mendes PPS PvPpsNatan Donadon PMDB Padre Ton PT Total de RONDÔNIA 7

ACRE

Flaviano Melo PMDB Gladson Cameli PP Henrique Afonso PV PvPpsMarcio Bittar PSDB Perpétua Almeida PCdoB PsbPtbPcdobSibá Machado PT Taumaturgo Lima PT Total de ACRE 7

TOCANTINS

Ângelo Agnolin PDT César Halum PPS PvPpsEduardo Gomes PSDB Júnior Coimbra PMDB Lázaro Botelho PP Professora Dorinha Seabra Rezende DEM Total de TOCANTINS 6

MARANHÃO

Alberto Filho PMDB Carlos Brandão PSDB Cleber Verde PRB Davi Alves Silva Júnior PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslDomingos Dutra PT Edivaldo Holanda Junior PTC PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslFrancisco Escórcio PMDB Gastão Vieira PMDB Hélio Santos PSDB Lourival Mendes PTdoB PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslNice Lobão DEM Professor Setimo PMDB Ribamar Alves PSB PsbPtbPcdob

Sarney Filho PV PvPpsWaldir Maranhão PP Total de MARANHÃO 15

CEARÁ

André Figueiredo PDT Aníbal Gomes PMDB Ariosto Holanda PSB PsbPtbPcdobArtur Bruno PT Chico Lopes PCdoB PsbPtbPcdobDanilo Forte PMDB Edson Silva PSB PsbPtbPcdobEudes Xavier PT Gorete Pereira PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslJoão Ananias PCdoB PsbPtbPcdobJosé Guimarães PT Manoel Salviano PSDB Mauro Benevides PMDB Raimundo Gomes de Matos PSDB Total de CEARÁ 14

PIAUÍ

Assis Carvalho PT Hugo Napoleão DEM Iracema Portella PP Jesus Rodrigues PT Júlio Cesar DEM Marllos Sampaio PMDB Nazareno Fonteles PT Paes Landim PTB PsbPtbPcdobTotal de PIAUÍ 8

RIO GRANDE DO NORTE

João Maia PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslPaulo Wagner PV PvPpsRogério Marinho PSDB Sandra Rosado PSB PsbPtbPcdobTotal de RIO GRANDE DO NORTE 4

PARAÍBA

Aguinaldo Ribeiro PP Benjamin Maranhão PMDB Damião Feliciano PDT Hugo Motta PMDB Luiz Couto PT Manoel Junior PMDB Romero Rodrigues PSDB Ruy Carneiro PSDB Wellington Roberto PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslWilson Filho PMDB Total de PARAÍBA 10

PERNAMBUCO

Ana Arraes PSB PsbPtbPcdobAnderson Ferreira PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl

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39608 Sexta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2011

Augusto Coutinho DEM Bruno Araújo PSDB Carlos Eduardo Cadoca PSC Eduardo da Fonte PP Fernando Ferro PT João Paulo Lima PT Jorge Corte Real PTB PsbPtbPcdobJosé Augusto Maia PTB PsbPtbPcdobJosé Chaves PTB PsbPtbPcdobLuciana Santos PCdoB PsbPtbPcdobMendonça Filho DEM Pastor Eurico PSB PsbPtbPcdobPedro Eugênio PT Raul Henry PMDB Roberto Teixeira PP Sergio Guerra PSDB Silvio Costa PTB PsbPtbPcdobVilalba PRB Wolney Queiroz PDT Total de PERNAMBUCO 21

ALAGOAS

Arthur Lira PP Celia Rocha PTB PsbPtbPcdobGivaldo Carimbão PSB PsbPtbPcdobJoão Lyra PTB PsbPtbPcdobRenan Filho PMDB Rosinha da Adefal PTdoB PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslRui Palmeira PSDB Total de ALAGOAS 7

SERGIPE

Almeida Lima PMDB Andre Moura PSC Heleno Silva PRB Laercio Oliveira PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslMárcio Macêdo PT Rogério Carvalho PT Valadares Filho PSB PsbPtbPcdobTotal de SERGIPE 7

BAHIA

Amauri Teixeira PT Antonio Brito PTB PsbPtbPcdobAntonio Carlos Magalhães Neto DEM Antonio Imbassahy PSDB Claudio Cajado DEM Daniel Almeida PCdoB PsbPtbPcdobEdson Pimenta PCdoB PsbPtbPcdobErivelton Santana PSC Fábio Souto DEM Felix Mendonça Júnior PDT Fernando Torres DEM Geraldo Simões PT

Jânio Natal PRP PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslJoão Carlos Bacelar PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslJosé Carlos Araújo PDT José Nunes DEM José Rocha PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslJosias Gomes PT Jutahy Junior PSDB Lucio Vieira Lima PMDB Márcio Marinho PRB Marcos Medrado PDT Nelson Pellegrino PT Paulo Magalhães DEM Roberto Britto PP Rui Costa PT Sérgio Barradas Carneiro PT Sérgio Brito PSC Waldenor Pereira PT Total de BAHIA 29

MINAS GERAIS

Ademir Camilo PDT Aelton Freitas PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslAntônio Andrade PMDB Aracely de Paula PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslBonifácio de Andrada PSDB Carlaile Pedrosa PSDB Diego Andrade PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslDimas Fabiano PP Domingos Sávio PSDB Dr. Grilo PSL PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslEduardo Azeredo PSDB Eros Biondini PTB PsbPtbPcdobFábio Ramalho PV PvPpsGabriel Guimarães PT George Hilton PRB Gilmar Machado PT Jaime Martins PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslJairo Ataide DEM Jô Moraes PCdoB PsbPtbPcdobJoão Bittar DEM João Magalhães PMDB José Humberto PHS PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslJúlio Delgado PSB PsbPtbPcdobLael Varella DEM Leonardo Monteiro PT Lincoln Portela PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslLuis Tibé PTdoB PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslMárcio Reinaldo Moreira PP Marcos Montes DEM Marcus Pestana PSDB Mauro Lopes PMDB Miguel Corrêa PT Newton Cardoso PMDB

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Agosto de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 5 39609

Odair Cunha PT Reginaldo Lopes PT Renzo Braz PP Rodrigo de Castro PSDB Toninho Pinheiro PP Vitor Penido DEM Weliton Prado PT Zé Silva PDT Total de MINAS GERAIS 41

ESPÍRITO SANTO

Camilo Cola PMDB Cesar Colnago PSDB Dr. Jorge Silva PDT Manato PDT Paulo Foletto PSB PsbPtbPcdobRose de Freitas PMDB Sueli Vidigal PDT Total de ESPÍRITO SANTO 7

RIO DE JANEIRO

Adrian PMDB Alessandro Molon PT Alexandre Santos PMDB Andreia Zito PSDB Anthony Garotinho PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslArolde de Oliveira DEM Aureo PRTB PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslBrizola Neto PDT Chico Alencar PSOL Chico D`Angelo PT Cristiano PTdoB PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslDeley PSC Dr. Adilson Soares PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslDr. Aluizio PV PvPpsDr. Paulo César PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslEdson Ezequiel PMDB Eduardo Cunha PMDB Eliane Rolim PT Felipe Bornier PHS PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslFernando Jordão PMDB Filipe Pereira PSC Francisco Floriano PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslGlauber Braga PSB PsbPtbPcdobHugo Leal PSC Jean Wyllys PSOL Liliam Sá PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslMarcelo Matos PDT Miro Teixeira PDT Neilton Mulim PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslOtavio Leite PSDB Rodrigo Maia DEM Romário PSB PsbPtbPcdob

Simão Sessim PP Solange Almeida PMDB Stepan Nercessian PPS PvPpsVitor Paulo PRB Walney Rocha PTB PsbPtbPcdobWashington Reis PMDB Zoinho PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslTotal de RIO DE JANEIRO 39

SÃO PAULO

Alexandre Leite DEM Antonio Bulhões PRB Antonio Carlos Mendes Thame PSDB Arlindo Chinaglia PT Arnaldo Faria de Sá PTB PsbPtbPcdobArnaldo Jardim PPS PvPpsBeto Mansur PP Bruna Furlan PSDB Cândido Vaccarezza PT Carlos Zarattini PT Devanir Ribeiro PT Dimas Ramalho PPS PvPpsDr. Ubiali PSB PsbPtbPcdobDra.Elaine Abissamra PSB PsbPtbPcdobDuarte Nogueira PSDB Edinho Araújo PMDB Eleuses Paiva DEM Eli Correa Filho DEM Gabriel Chalita PMDB Guilherme Campos DEM Ivan Valente PSOL Janete Rocha Pietá PT Jefferson Campos PSB PsbPtbPcdobJilmar Tatto PT João Paulo Cunha PT Jonas Donizette PSB PsbPtbPcdobJosé De Filippi PT José Mentor PT Junji Abe DEM Keiko Ota PSB PsbPtbPcdobLuiz Fernando Machado PSDB Luiza Erundina PSB PsbPtbPcdobMara Gabrilli PSDB Missionário José Olimpio PP Nelson Marquezelli PTB PsbPtbPcdobOtoniel Lima PRB Pastor Marco Feliciano PSC Paulo Freire PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslPaulo Pereira da Silva PDT Penna PV PvPpsRicardo Berzoini PT Ricardo Izar PV PvPpsRoberto de Lucena PV PvPps

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39610 Sexta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2011

Salvador Zimbaldi PDT Tiririca PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslValdemar Costa Neto PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslVanderlei Macris PSDB Vicente Candido PT Vicentinho PT Walter Ihoshi DEM William Dib PSDB Total de SÃO PAULO 51

MATO GROSSO

Carlos Bezerra PMDB Homero Pereira PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslJúlio Campos DEM Neri Geller PP Nilson Leitão PSDB Roberto Dorner PP Valtenir Pereira PSB PsbPtbPcdobTotal de MATO GROSSO 7

DISTRITO FEDERAL

Augusto Carvalho PPS PvPpsErika Kokay PT Izalci PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslJaqueline Roriz PMN Luiz Pitiman PMDB Policarpo PT Reguffe PDT Ronaldo Fonseca PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslTotal de DISTRITO FEDERAL 8

GOIÁS

Carlos Alberto Leréia PSDB Flávia Morais PDT Heuler Cruvinel DEM Íris de Araújo PMDB João Campos PSDB Leandro Vilela PMDB Magda Mofatto PTB PsbPtbPcdobPedro Chaves PMDB Ronaldo Caiado DEM Rubens Otoni PT Sandes Júnior PP Sandro Mabel PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslValdivino de Oliveira PSDB Total de GOIÁS 13

MATO GROSSO DO SUL

Antônio Carlos Biffi PT Fabio Trad PMDB Geraldo Resende PMDB Giroto PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslMandetta DEM

Marçal Filho PMDB Reinaldo Azambuja PSDB Vander Loubet PT Total de MATO GROSSO DO SUL 8

PARANÁ

Abelardo Lupion DEM Alex Canziani PTB PsbPtbPcdobAndré Zacharow PMDB Angelo Vanhoni PT Assis do Couto PT Cida Borghetti PP Dilceu Sperafico PP Eduardo Sciarra DEM Fernando Francischini PSDB Giacobo PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslHermes Parcianello PMDB João Arruda PMDB Leopoldo Meyer PSB PsbPtbPcdobLuiz Carlos Setim DEM Luiz Nishimori PSDB Moacir Micheletto PMDB Nelson Meurer PP Nelson Padovani PSC Osmar Serraglio PMDB Ratinho Junior PSC Reinhold Stephanes PMDB Rosane Ferreira PV PvPpsRubens Bueno PPS PvPpsSandro Alex PPS PvPpsTakayama PSC Zeca Dirceu PT Total de PARANÁ 26

SANTA CATARINA

Carmen Zanotto PPS PvPpsCelso Maldaner PMDB Décio Lima PT Edinho Bez PMDB Esperidião Amin PP João Pizzolatti PP Jorge Boeira PT Jorginho Mello PSDB Luci Choinacki PT Onofre Santo Agostini DEM Pedro Uczai PT Ronaldo Benedet PMDB Total de SANTA CATARINA 12

RIO GRANDE DO SUL

Alexandre Roso PSB PsbPtbPcdobAssis Melo PCdoB PsbPtbPcdobDarcísio Perondi PMDB

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Agosto de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 5 39611

Enio Bacci PDT Fernando Marroni PT Giovani Cherini PDT Jeronimo Goergen PP José Otávio Germano PP José Stédile PSB PsbPtbPcdobLuis Carlos Heinze PP Luiz Noé PSB PsbPtbPcdobManuela D`ávila PCdoB PsbPtbPcdobMarco Maia PT Mendes Ribeiro Filho PMDB Nelson Marchezan Junior PSDB Onyx Lorenzoni DEM Paulo Pimenta PT Pepe Vargas PT Ronaldo Nogueira PTB PsbPtbPcdobRonaldo Zulke PT Vieira da Cunha PDT Total de RIO GRANDE DO SUL 21

DEIXAM DE COMPARECER OS SRS.:

Partido Bloco

AMAPÁ

Davi Alcolumbre DEM Evandro Milhomen PCdoB PsbPtbPcdobTotal de AMAPÁ 2

PARÁ

Arnaldo Jordy PPS PvPpsWladimir Costa PMDB Zé Geraldo PT Total de PARÁ 3

AMAZONAS

Silas Câmara PSC Total de AMAZONAS 1

RONDÔNIA

Nilton Capixaba PTB PsbPtbPcdobTotal de RONDÔNIA 1

ACRE

Antônia Lúcia PSC Total de ACRE 1

TOCANTINS

Irajá Abreu DEM Laurez Moreira PSB PsbPtbPcdobTotal de TOCANTINS 2

MARANHÃO

Costa Ferreira PSC Pinto Itamaraty PSDB Zé Vieira PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslTotal de MARANHÃO 3

CEARÁ

Antonio Balhmann PSB PsbPtbPcdobArnon Bezerra PTB PsbPtbPcdobDomingos Neto PSB PsbPtbPcdobGenecias Noronha PMDB José Airton PT José Linhares PP Raimundão PMDB Vicente Arruda PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslTotal de CEARÁ 8

PIAUÍ

Marcelo Castro PMDB Osmar Júnior PCdoB PsbPtbPcdobTotal de PIAUÍ 2

RIO GRANDE DO NORTE

Fábio Faria PMN Fátima Bezerra PT Felipe Maia DEM Henrique Eduardo Alves PMDB Total de RIO GRANDE DO NORTE 4

PARAÍBA

Efraim Filho DEM Nilda Gondim PMDB Total de PARAÍBA 2

PERNAMBUCO

Fernando Coelho Filho PSB PsbPtbPcdobGonzaga Patriota PSB PsbPtbPcdobInocêncio Oliveira PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslPaulo Rubem Santiago PDT Total de PERNAMBUCO 4

ALAGOAS

Joaquim Beltrão PMDB Maurício Quintella Lessa PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslTotal de ALAGOAS 2

SERGIPE

Mendonça Prado DEM Total de SERGIPE 1

BAHIA

Acelino Popó PRB Alice Portugal PCdoB PsbPtbPcdobArthur Oliveira Maia PMDB Emiliano José PT Joseph Bandeira PT Luiz Alberto PT Luiz Argôlo PP Maurício Trindade PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPsl

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39612 Sexta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2011

Oziel Oliveira PDT Valmir Assunção PT Total de BAHIA 10

MINAS GERAIS

Antônio Roberto PV PvPpsBernardo Santana de Vasconcellos PR PrPtdobPrtb-PrpPhsPtcPslEduardo Barbosa PSDB Geraldo Thadeu PPS PvPpsLeonardo Quintão PMDB Luiz Fernando Faria PP Mário de Oliveira PSC Padre João PT Paulo Abi-Ackel PSDB Paulo Piau PMDB Saraiva Felipe PMDB Walter Tosta PMN Total de MINAS GERAIS 12

ESPÍRITO SANTO

Audifax PSB PsbPtbPcdobLauriete PSC Lelo Coimbra PMDB Total de ESPÍRITO SANTO 3

RIO DE JANEIRO

Alfredo Sirkis PV PvPpsBenedita da Silva PT Dr. Carlos Alberto PMN Edson Santos PT Jair Bolsonaro PP Jandira Feghali PCdoB PsbPtbPcdobNelson Bornier PMDB Total de RIO DE JANEIRO 7

SÃO PAULO

Alberto Mourão PSDB Aldo Rebelo PCdoB PsbPtbPcdobAline Corrêa PP Carlinhos Almeida PT Carlos Roberto PSDB Carlos Sampaio PSDB Delegado Protógenes PCdoB PsbPtbPcdobGuilherme Mussi PV PvPpsJoão Dado PDT Jorge Tadeu Mudalen DEM Marcelo Aguiar PSC Milton Monti PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslNewton Lima PT Paulo Maluf PP Paulo Teixeira PT Ricardo Tripoli PSDB Roberto Freire PPS PvPps

Roberto Santiago PV PvPpsVaz de Lima PSDB Total de SÃO PAULO 19

MATO GROSSO

Wellington Fagundes PR PrPtdobPrtbPrpPhsPtcPslTotal de MATO GROSSO 1

GOIÁS

Armando Vergílio PMN Jovair Arantes PTB PsbPtbPcdobMarina Santanna PT Roberto Balestra PP Total de GOIÁS 4

PARANÁ

Alfredo Kaefer PSDB André Vargas PT Dr. Rosinha PT Edmar Arruda PSC Total de PARANÁ 4

SANTA CATARINA

Gean Loureiro PMDB Mauro Mariani PMDB Rogério Peninha Mendonça PMDB Valdir Colatto PMDB Total de SANTA CATARINA 4

RIO GRANDE DO SUL

Afonso Hamm PP Alceu Moreira PMDB Bohn Gass PT Danrlei De Deus Hinterholz PTB PsbPtbPcdobHenrique Fontana PT Marcon PT Osmar Terra PMDB Renato Molling PP Sérgio Moraes PTB PsbPtbPcdobVilson Covatti PP Total de RIO GRANDE DO SUL 10

O SR. PRESIDENTE (Amauri Teixeira) – Encerro a sessão, antes convocando para amanhã, sexta-feira, dia 5 de agosto, às 9 horas, sessão ordinária de debates.

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS OU RECURSOS

I – EMENDAS

2. PROJETO DE RESOLUÇÃO QUE ALTERA O RICDPrazo para apresentação de emendas: 5 Sessões (Art. 216, § 1º, do RICD).

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Agosto de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 5 39613

Nº 68/11 (Paulo Pimenta) – Altera a redação dos arts. 91 e 254 e acrescenta art. 216-A ao Regimento Interno da Câmara dos Deputados, para instituir rito especial de tramitação para proposições de iniciativa da socie-dade civil, com especial apoiamento popular.DECURSO: 4ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 8-8-2011

II – RECURSOS

1. CONTRA APRECIAÇÃO CONCLUSIVA DE CO-MISSÃO – ART. 24, II, DO RICDINTERPOSIÇÃO DE RECURSO: art. 58, § 3º, c/c o art. 132, § 2º (PARECERES FAVORÁVEIS),ou com o art. 133 (PARECERES CONTRÁRIOS), to-dos do RICD.Prazo para apresentação de recurso: 5 sessões (art. 58, § 1° do RICD).

1.1 COM PARECERES FAVORÁVEIS

PROJETO DE LEI

Nº 2.123/2007 (Edigar Mão Branca) – Dispõe sobre a atividade de Vaqueiro.Apensados: PL 2437/2007 (Ana Arraes) DECURSO: 4ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 8-8-2011

1.2 COM PARECERES CONTRÁRIOS

PROJETO DE LEI

Nº 6806/2010 (Carlos Sampaio) – Cria o Programa Nacional de Combate à Retinoblastoma e aos Tumores Embrionários e dá outras providências.Apensados: PL 6909/2010 (Sueli Vidigal) DECURSO: 4ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 8-8-2011

Nº 7.754/2010 (Senado Federal – Expedito Júnior) – Altera o art. 473 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 10 de maio de 1943, para ampliar o período de interrupção do contrato de trabalho em razão de casamento para até 5 dias consecutivos e estender esse benefício aos empregados que tenham formalizado união estável.DECURSO: 4ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 8/8/2011

Nº 7.794/2010 (Senado Federal – César Borges) – Altera o inciso I do art. 473 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, para ampliar para 5 (cinco) dias o prazo de dispensa de comparecimento ao trabalho do empregado em caso de falecimento de familiar ou dependente.ÚLTIMA SESSÃO: 5-8-2011

1.3 PROPOSIÇÕES COM TRAMITAÇÃO CONJUNTA QUE RECEBERAM PARECERES FAVORÁVEIS A UMAS E/OU CONTRÁRIOS A OUTRAS, NÃO DIVER-GENTES; E/OU PELA INCONSTITUCIONALIDADE; E/OU INJURIDICIDADE

PROJETO DE LEI

Nº 5.982/2009 (Jair Bolsonaro) – Altera a redação do § 1º do art. 6º da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003, que dispõe sobre registro, posse e comerciali-zação de armas de fogo e munição, sobre o Sistema Nacional de Armas – Sinarm, define crimes e dá ou-tras providências.COM PARECER FAVORÁVEL: PL 5.982/2009, prin-cipal.COM PARECER CONTRÁRIO: PL 5.997/2009, apen-sado.DECURSO: 4ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 8-8-2011

2. CONTRA PARECER TERMINATIVO DE COMIS-SÃO – ART. 54 DO RICD C/C ART. 132, § 2º DO RICD(MATÉRIAS SUJEITAS A DELIBERAÇÃO DO PLENÁ-RIO EM APRECIAÇÃO PRELIMINAR, NOS TERMOS DO ART.144 DO RICD)INTERPOSIÇÃO DE RECURSO – Art. 58, § 3º, c/c o art. 132, §2º, do RICD.Prazo para apresentação de recurso: 5 sessões (art. 58, § 1° do RICD).

2.1 PELA INADEQUAÇÃO FINANCEIRA E/OU OR-ÇAMENTÁRIA

PROJETO DE LEI

Nº 4103/2008 (Senado Federal – Arthur Virgílio) – Autoriza o Poder Executivo a criar a Escola Técnica Federal Naval do Município de Itacoatiara, no Estado do Amazonas.DECURSO: 3ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 9-8-2011

Nº 5.002/2009 (José Aníbal) – Autoriza a União a su-plementar as transferências a Estados, Distrito Fede-ral e Municípios, de que tratam os incisos I e II do art. 159, da Constituição Federal e dá outras providências.Apensados: PL 5590/2009 (Jovair Arantes ) ÚLTIMA SESSÃO: 5-8-2011

PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR

No. 98/2007 (Betinho Rosado) – Autoriza o Poder Executivo a criar a Região Administrativa Integrada de Desenvolvimento da Chapada do Apodi e institui o Programa Especial de Desenvolvimento da Chapada do Apodi.DECURSO: 3ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 9-8-2011

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39614 Sexta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2011

3. CONTRA DECLARAÇÃO DE PREJUDICIALIDA-DE – ART. 164, § 2º, DO RICD(SUJEITO A DELIBERAÇÃO DO PLENÁRIO, APÓS OUVIDA A CCJC, NOS TERMOS DO ART. 164, §§ 2º e 3º DO RICD)Prazo para apresentação de recurso: 5 sessões (Art. 164, § 2º, do RICD).

PROJETO DE LEI

Nº 878/2007 (Carlos Bezerra) – Regulamenta as con-dições de trabalho do trabalhador avulso.ÚLTIMA SESSÃO: 5-8-2011

Nº 7.422/2010 (Poder Executivo) – Dispõe sobre medidas tributárias referentes à realização no Brasil da Copa das Confederações FIFA 2013 e da Copa do Mundo FIFA 2014, e dá outras providências.DECURSO: 4ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 8-8-2011

4. DEVOLVIDO(S) AO(S) AUTOR(ES)INTERPOSIÇÃO DE RECURSO – RCP: art. 35, §§ 1º e 2º, do RICD.INTERPOSIÇÃO DE RECURSO – DEMAIS PROPO-SIÇÕES: art. 137, § 1º, do RICD.PRAZO PARA APRESENTAÇÃO DE RECURSO: 5 sessões.

PROJETO DE LEI

Nº 1.601/2011 (Bruno Araújo) – Modifica a natureza jurídica do escritório central de arrecadação e distribui-ção de direitos de que trata o art. 99 da Lei nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998.ÚLTIMA SESSÃO: 5-8-2011

Nº 1.604/2011 (Sibá Machado) – Autoriza o Poder Exe-cutivo a instituir a Fundação Caixa Econômica Federal.ÚLTIMA SESSÃO: 5-8-2011

Nº 1.621/2011 (Eros Biondini) – Dispõe que, no exer-cício de suas atividades sacerdotais, os clérigos não estão obrigados a práticas e atos litúrgicos, que con-trariem as suas convicções e doutrinas religiosas.ÚLTIMA SESSÃO: 5-8-2011

Nº 1.672/2011 (Eduardo Cunha) – Institui o “Dia do Orgulho Heterossexual”, a ser comemorado no terceiro domingo de dezembro.ÚLTIMA SESSÃO: 5-8-2011Nº 1.708/2011 (Luiz Nishimori) – Institui do Dia do Brasil Sustentável.ÚLTIMA SESSÃO: 5-8-2011

Nº 1.723/2011 (Amauri Teixeira) – Institui o Dia Na-cional do Servidor do Legislativo.ÚLTIMA SESSÃO: 5-8-2011

Nº 1.750/2011 (Jose Stédile) – Institui o Dia Nacional do Empregado Sindical.ÚLTIMA SESSÃO: 5-8-2011ARQUIVEM-SE, nos termos do § 4º do artigo 58 do RICD, as seguintes proposições:

Nº 7.090/2006 (Senado Federal – Augusto Botelho) – Altera a Lei nº 8.670, de 30 de junho de 1993, que dispõe sobre a criação de Escolas Técnicas e Agro-técnicas Federais, e dá outras providências.

Nº 2.230/2007 (Marcos Montes) – Dispõe sobre o pagamento de indenização no caso de abate de ani-mais acometidos pela Anemia Infecciosa Eqüina (AIE).

Nº 2.830/2008 (Celso Maldaner) – Dispõe sobre a criação de Áreas de Livre Comércio em Municípios de fronteira e dá outras providências.E seu apensado: PL 3.676/2008 (Celso Maldaner)

Nº 4.702/2009 (Senado Federal – Jayme Campos) – Dispõe sobre a criação de Zona de Processamento de Exportação (ZPE) no Município de Várzea Grande, no Estado do Mato Grosso.

Nº 4.707/2009 (Senado Federal – Mário Couto) – Dispõe sobre a criação de Zona de Processamento de Exporta-ção (ZPE) no Município de Tucuruí, no Estado do Pará.

Nº 4.713/2009 (Senado Federal – Alvaro Dias) – Dis-põe sobre a criação de Zona de Processamento de Exportação (ZPE) no Município de Foz do Iguaçu, no Estado do Paraná.

ORADORES SORTEADOS PARA O GRANDE EXPE‑DIENTE DO MÊS DE AGOSTO DE 2011

Dia 5, 6ª-feira

10:00 GIROTO (PR – MS)10:25 MARCIO BITTAR (PSDB – AC)10:50 MAURO NAZIF (PSB – RO)11:15 JOSE STÉDILE (PSB – RS)11:40 ANTONIO BRITO (PTB – BA)

Dia 8, 2ª-feira

15:00 JILMAR TATTO (PT – SP)15:25 FERNANDO MARRONI (PT – RS)15:50 IZALCI (PR – DF)16:15 BONIFÁCIO DE ANDRADA (PSDB – MG)16:40 ARNON BEZERRA (PTB – CE)

Dia 9, 3ª-feira

15:00 RICARDO IZAR (PV – SP)15:25 DR. JORGE SILVA (PDT – ES)

Dia 10, 4ª-feira

15:00 MENDONÇA PRADO (DEM – SE)15:25 RENATO MOLLING (PP – RS)

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Agosto de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 5 39615

Dia 11, 5ª-feira

15:00 FERNANDO TORRES (DEM – BA)15:25 RATINHO JUNIOR (PSC – PR)

Dia 12, 6ª-feira

10:00 JORGE CORTE REAL (PTB – PE)10:25 ONOFRE SANTO AGOSTINI (DEM – SC)10:50 SILVIO COSTA (PTB – PE)11:15 PAUDERNEY AVELINO (DEM – AM)11:40 SUELI VIDIGAL (PDT – ES)

Dia 15, 2ª-feira

15:00 LUIZ ALBERTO (PT – BA)15:25 EDIO LOPES (PMDB – RR)15:50 SÉRGIO MORAES (PTB – RS)16:15 PASTOR EURICO (PSB – PE)16:40 GIACOBO (PR – PR)

Dia 16, 3ª-feira

15:00 PAULO RUBEM SANTIAGO (PDT – PE)15:25 TAUMATURGO LIMA (PT – AC)

Dia 17, 4ª-feira

15:00 DELEGADO PROTÓGENES (PCdoB – SP)15:25 JOVAIR ARANTES (PTB – GO)

Dia 18, 5ª-feira

15:00 VITOR PAULO (PRB – RJ)15:25 ALCEU MOREIRA (PMDB – RS)

Dia 19, 6ª-feira

10:00 GABRIEL CHALITA (PMDB – SP)10:25 JOSÉ DE FILIPPI (PT – SP)10:50 ANDRÉ DIAS (PSDB – PA)11:15 DAMIÃO FELICIANO (PDT – PB)11:40 HERMES PARCIANELLO (PMDB – PR)

Dia 22, 2ª-feira

15:00 WELLINGTON FAGUNDES (PR – MT)15:25 ANTÔNIO ROBERTO (PV – MG)15:50 FRANCISCO PRACIANO (PT – AM)16:15 NICE LOBÃO (DEM – MA)16:40 MISSIONÁRIO JOSÉ OLIMPIO (PP – SP)

Dia 23, 3ª-feira

15:00 HENRIQUE FONTANA (PT – RS)15:25 JOÃO PAULO CUNHA (PT – SP)

Dia 24, 4ª-feira

15:00 MARA GABRILLI (PSDB – SP)15:25 RONALDO ZULKE (PT – RS)

Dia 25, 5ª-feira

15:00 SIMÃO SESSIM (PP – RJ)15:25 ELIANE ROLIM (PT – RJ)

Dia 26, 6ª-feira

10:00 PENNA (PV – SP)10:25 FLAVIANO MELO (PMDB – AC)10:50 JONAS DONIZETTE (PSB – SP)11:15 MÁRCIO REINALDO MOREIRA (PP – MG)11:40 VALADARES FILHO (PSB – SE)

Dia 29, 2ª-feira

15:00 VICENTE ARRUDA (PR – CE)15:25 POLICARPO (PT – DF)15:50 NELSON PADOVANI (PSC – PR)16:15 WLADIMIR COSTA (PMDB – PA)16:40 EMILIANO JOSÉ (PT – BA)

Dia 30, 3ª-feira

15:00 HENRIQUE AFONSO (PV – AC)15:25 JOSUÉ BENGTSON (PTB – PA)

Dia 31, 4ª-feira

15:00 ROSE DE FREITAS (PMDB – ES)15:25 PAULO FOLETTO (PSB – ES)

ORDEM DO DIA DAS COMISSÕES

I – COMISSÕES PERMANENTES

COMISSÃO DE AGRICULTURA, PECUÁRIA, ABASTECIMENTO E DESENVOLVIMENTO RURAL

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)

DECURSO: 5ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 5-8-11

Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 1.659/11 – do Senado Federal – Antônio Carlos Valadares – (PLS 76/2010) – que “au-toriza a criação do Programa de Apoio aos Pequenos e Médios Produtores de Citros (Proap Citros)”. RELATOR: Deputado FRANCISCO ARAÚJO.

COMISSÃO DA AMAZÔNIA, INTEGRAÇÃO NACIONAL E DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)

DECURSO: 4ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 8-8-11

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39616 Sexta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2011

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBE‑RÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO

PROJETO DE LEI Nº 840/11 – Do Sr. Chico Alencar – que “altera a Lei nº 10.257, de 10 de julho de 2001, a Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007, e a Lei nº 12.340, de 1º de dezembro de 2010, tendo em vista assegurar medidas de prevenção de enchentes, deslizamentos de terra e eventos similares”. (Apensado: PL 1385/2011) RELATOR: Deputado GLAUBER BRAGA.

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS A PARTIR DE SEGUNDA-FEIRA

(DIA 8-8-2011)

Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

A – Da Análise da Constitucionalidade e Juridici-dade (art. 54, I):

PROJETO DE LEI Nº 5.144/09 – Do Senado Federal – Magno Malta – (PLS 192/2008) – que “denomina “Rodovia Ignez Cola” o trecho da rodovia BR-93 com-preendido entre a cidade de Cachoeiro do Itapemirim, no Estado do Espírito Santo, e o contorno da cidade de Volta Redonda, no Estado do Rio de Janeiro”. RELATOR: Deputado MAURO LOPES.

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBE‑RÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO

A – Da Análise da Constitucionalidade, Juridicida-de e Mérito:

PROJETO DE LEI Nº 4.102/93 – Do Senado Federal – Mauricio Correa – (PLS 152/1991) – que “regula a garantia constitucional da inviolabilidade de dados; define crimes praticados por meio de computador; al-tera a Lei nº 7.646, de 18 de dezembro de 1987, que “dispõe sobre a proteção da propriedade intelectual de programas de computador e sua comercialização no País, e dá outras providências”” RELATOR: Deputado MAURÍCIO QUINTELLA LESSA.

B – Da Análise da Constitucionalidade e Juridici-dade (art. 54, I):

PROJETO DE LEI Nº 2.891/00 – Do Senado Federal – Arlindo Porto – (PLS 380/1999) – que “altera dispositivos

da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997 – Código de Trânsito Brasileiro, de modo a permitir dispensa de exame de saúde a categorias profissionais específicas”. RELATOR: Deputado HUGO LEAL.

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)

DECURSO: 1ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 11-8-11

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBE‑RÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO

A – Da Análise da Constitucionalidade, Juridicida-de e Mérito:

PROJETO DE LEI Nº 5.022/09 – Do Poder Executivo – que “assegura validade nacional à Declaração de Nascido Vivo – DNV, regula sua expedição e dá ou-tras providências”. RELATOR: Deputado DÉCIO LIMA. DECURSO: 2ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 10-8-11

Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

A – Da Análise da Constitucionalidade e Juridici-dade (art. 54, I):

PROJETO DE LEI Nº 5.453/01 – Do Senado Federal – LUCIO ALCANTARA – (PLS 172/1999) – que “altera o art. 261 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro”. RELATOR: Deputado HUGO LEAL.

PROJETO DE LEI Nº 3.086/04 – Do Sr. Luis Carlos Heinze – que “determina a inclusão de dado referen-te à capacidade máxima de tração do veículo em seu Certificado de Licenciamento Anual”. RELATOR: Deputado HUGO LEAL.

PROJETO DE LEI Nº 7.696/06 – Da Sra. Rose de Freitas – que “altera o Código de Trânsito Brasileiro para dispor sobre o registro e a perícia do acidente de trânsito sem vítima”. RELATOR: Deputado HUGO LEAL.

PROJETO DE LEI Nº 2.216/07 – Do Sr. Augusto Car-valho – que “altera a Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro, e define como infração o transporte de bebida alcoó-lica no interior do veículo”. (Apensado: PL 3098/2008) RELATOR: Deputado HUGO LEAL.

PROJETO DE LEI Nº 3.322/08 – Do Sr. Chico Alen-car – que “altera a redação do § 1º do art. 148 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o

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Agosto de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 5 39617

Código de Trânsito Brasileiro, para dispor sobre a for-mação de condutores”. RELATOR: Deputado HUGO LEAL.

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBE‑RÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO

A – Da Análise da Constitucionalidade e Juridici-dade (art. 54, I):

PROJETO DE LEI Nº 838/07 – Do Sr. Marcos Montes – que “dispõe sobre a obrigatoriedade da presença do orientador educacional nas instituições públicas de educação básica”. (Apensado: PL 2238/2007) RELATOR: Deputado JORGINHO MELLO. DECURSO: 4ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 8-8-11

Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

A – Da Análise da Constitucionalidade e Juridici-dade (art. 54, I):

PROJETO DE LEI Nº 441/07 – Da Sra. Sandra Ro-sado – que “acrescenta dispositivo ao art. 105 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, estabelecendo como equipamento obrigatório dos veículos que men-ciona, as barras laterais de proteção”. (Apensado: PL 3695/2008) RELATOR: Deputado ARTHUR OLIVEIRA MAIA.

PROJETO DE LEI Nº 7.580/10 – Do Poder Executivo – que “cria cargos de Advogado da União”. RELATOR: Deputado FÁBIO RAMALHO.

PROJETO DE LEI Nº 736/11 – Do Sr. Otavio Leite – que “modifica o código aeroportuário que denomina o Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro/Galeão – Antônio Carlos Jobim”. RELATOR: Deputado NELSON MARCHEZAN JUNIOR.

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBE‑RÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO

A – Da Análise da Constitucionalidade, Juridicida-de e Mérito:

PROJETO DE LEI Nº 6.025/05 – Do Senado Federal – César Borges – (PLS 37/2004) – que “altera o art. 666 da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973 – Códi-go de Processo Civil, para dispor acerca da penhora sobre máquinas, instrumentos e implementos agríco-las”. (Apensado: PL 4386/2004) RELATOR: Deputado MAURO BENEVIDES. DECURSO: 5ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 5-8-11

Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

A – Da Análise da Constitucionalidade e Juridici-dade (art. 54, I):

PROJETO DE LEI Nº 7.521/10 – Do Poder Executivo – que “dispõe sobre a criação do Quadro de Oficiais de Apoio – QOAp no Corpo de Oficiais da Ativa do Comando da Aeronáutica e dá outras providências”. RELATOR: Deputado ARTHUR OLIVEIRA MAIA.

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBE‑RÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO

A – Da Análise da Constitucionalidade e Juridici-dade (art. 54, I):

PROJETO DE LEI Nº 6.681/06 – Do Senado Federal – Delcidio Amaral – (PLS 36/2003) – que “acrescenta os §§ 5º e 6º ao art. 19 da Lei nº 10.696, de 2 de julho de 2003, para dispor sobre a compra dos produtos ali-mentícios destinados aos programas governamentais de distribuição de alimentos e combate à fome”. RELATOR: Deputado FÉLIX MENDONÇA JÚNIOR.

COMISSÃO DE DEFESA DO CONSUMIDOR

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)

DECURSO: 1ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 11-8-11

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBE‑RÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO

PROJETO DE LEI Nº 3.828/08 – Do Sr. Valdir Colat-to – que “altera a Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, que dispõe sobre a proteção do consumidor”. RELATORA: Deputada NILDA GONDIM. DECURSO: 3ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 9-8-11

Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 2.566/96 – Do Senado Fede-ral – Marina Silva – (PLS 54/1996) – que “altera a Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, que dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras provi-dências”. (Apensados: PL 1749/2003, PL 1563/2003 (Apensados: PL 1222/2007, PL 2095/2007 e PL 2573/2007), PL 1624/1996, PL 3215/1997 (Apensado: PL 2594/2000), PL 3313/2000, PL 4158/1998 (Apen-

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39618 Sexta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2011

sado: PL 2568/1996), PL 1768/2007, PL 2998/2008 e PL 2999/2008) RELATOR: Deputado DIMAS RAMALHO.

PROJETO DE LEI Nº 1.586/11 – Do Sr. Manato – que “acrescenta inciso XVII ao art. 51 da Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, que dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências”. RELATOR: Deputado FRANCISCO ARAÚJO.

PROJETO DE LEI Nº 1.593/11 – Da Sra. Rose de Frei-tas – que “modifica a Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, que dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências, assegurando o cancelamen-to de adesão”. RELATOR: Deputado FRANCISCO ARAÚJO.

COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)

DECURSO: 1ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 11-8-11

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBE‑RÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO

PROJETO DE LEI Nº 1.164/11 – Do Sr. Lincoln Porte-la – que “acrescenta o § 3º e incisos ao art. 1º da Lei nº 11.770, de 09 de setembro de 2008”. (Apensado: PL 1464/2011) RELATOR: Deputado DR. UBIALI.

PROJETO DE LEI Nº 1.219/11 – Do Senado Federal – Antonio Carlos Júnior – (PLS 32/2010) – que “acres-centa § 4º ao art. 72 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, para dispor sobre o pagamento de salário--maternidade em caso de micro e pequenas empresas com 10 (dez) ou menos empregados”. (Apensado: PL 125/2011) RELATOR: Deputado ANTONIO BALHMANN. DECURSO: 4ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 8-8-11

Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 1.537/11 – Do Sr. José Au-gusto Maia – que “dispõe sobre a criação de Zona de Processamento de Exportação (ZPE) no Muni-cípio de Santa Cruz do Capibaribe, no Estado de Pernambuco”. RELATOR: Deputado ROMERO RODRIGUES.

COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO URBANO

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)

DECURSO: 1ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 11-8-11

Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 5.987/09 – Do Sr. Roberto Brit-to – que “dispõe sobre destinação para arborização urbana de parte dos recursos arrecadados por apli-cação de multa por infração ambiental”. (Apensado: PL 6557/2009) RELATOR: Deputado JOSÉ DE FILIPPI.

PROJETO DE LEI Nº 6.466/09 – Do Senado Federal – Antônio Carlos Valadares – (PLS 504/2007) – que “altera a Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007, que estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico, com o objetivo de incentivar a economia no consumo de água”. RELATOR: Deputado GENECIAS NORONHA.

PROJETO DE LEI Nº 549/11 – Do Sr. Weliton Prado – que “dispõe sobre a criação do Selo Verde de controle e redução do esgotamento sanitário”. RELATOR: Deputado EDIVALDO HOLANDA JUNIOR.

PROJETO DE LEI Nº 1.517/11 – Do Sr. Newton Lima – que “altera a Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro, para proibir o tráfego de motocicletas, motonetas e ciclomotores entre veículos de faixas adjacentes, bem como cria faixa exclusiva para circulação des-ses veículos”. RELATOR: Deputado MAURO MARIANI.

PROJETO DE LEI Nº 1.694/11 – Do Sr. Felipe Bornier – que “acresce artigo à Lei no 4.591, de 16 de dezem-bro de 1964, que dispõe sobre o condomínio em edifi-cações e as incorporações imobiliárias”. RELATOR: Deputado ARNALDO JARDIM.

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBE‑RÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO

PROJETO DE LEI Nº 6.926/10 – Do Sr. Ronaldo Caia-do – que “dispõe sobre reserva de recurso do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste – FCO para o desenvolvimento da Microrregião do En-torno do Distrito Federal”. RELATOR: Deputado HEULER CRUVINEL.

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Agosto de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 5 39619

COMISSÃO DE FINANÇAS E TRIBUTAÇÃO

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS A PARTIR DE SEGUNDA-FEIRA

(DIA 8-8-2011)

Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

A – Da Análise da Adequação Financeira e Orça-mentária e do Mérito:

PROJETO DE LEI Nº 7.437/06 – Do Sr. Luiz Carlos Hauly – que “cria o Programa Nacional para aquisição de unidades de atendimento móvel de urgência mé-dico-hospitalar e dá outras providências”. (Apensado: PL 6655/2009) RELATOR: Deputado EDMAR ARRUDA.

PROJETO DE LEI Nº 488/07 – Do Sr. Edinho Bez – que “reduz a 0 (zero) as alíquotas da contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS incidentes sobre as recei-tas decorrentes da venda de carvão coque nacional”. RELATOR: Deputado JOSÉ GUIMARÃES.

PROJETO DE LEI Nº 1.032/07 – Do Sr. Valdir Colat-to – que “dá nova redação ao § 3º do art. 25 da Lei nº 8.870, de 15 de abril de 1994, que “altera dispositivos das Leis nºs 8.112 e 8.213, de 24 de julho de 1991, e dá outras providências””. (Apensados: PL 4384/2008 e PL 406/2011) RELATOR: Deputado JOSÉ PRIANTE.

PROJETO DE LEI Nº 2.234/07 – Do Sr. Duarte Nogueira – que “altera o art. 15 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, que estabelece as normas gerais de licita-ções e contratos no âmbito da Administração Pública, para dispor sobre o pagamento de despesas públicas mediante utilização de cartão corporativo”. (Apensa-dos: PL 2739/2008, PL 2748/2008, PL 2927/2008 e PL 3296/2008) RELATOR: Deputado JOSÉ GUIMARÃES.

PROJETO DE LEI Nº 5.768/09 – Do Sr. Zé Geraldo – que “modifica o art. 11 da Lei nº 11.952, de 25 de junho de 2009”. RELATOR: Deputado CLÁUDIO PUTY.

PROJETO DE LEI Nº 5.900/09 – Do Senado Federal – Marisa Serrano – (PLS 69/2008) – que “altera a Lei nº 11.124, de 16 de junho de 2005, para tornar obri-gatória a construção de estabelecimento de educação infantil nos conjuntos habitacionais de interesse social financiados por recursos públicos”. RELATOR: Deputado CLÁUDIO PUTY.

PROJETO DE LEI Nº 6.342/09 – Dos Srs. Paulo Teixeira e Zezéu Ribeiro – que “institui no âmbito do Sistema

Nacional de Habitação de Interesse Social – SNHIS, o Serviço de Moradia Social para famílias de baixa renda”. RELATOR: Deputado RUI COSTA.

PROJETO DE LEI Nº 7.330/10 – Do Poder Executivo – que “dá nova redação ao art. 9º da Lei nº 11.803, de 5 de novembro de 2008”. RELATOR: Deputado JÚNIOR COIMBRA.

PROJETO DE LEI Nº 7.714/10 – Do Sr. Beto Faro – que “altera os arts. 1º e 11, da Lei nº 9.432, de 8 de janeiro de 1997, e dá outras providências”. RELATOR: Deputado CLÁUDIO PUTY.

PROJETO DE LEI Nº 7.748/10 – Do Senado Federal – Francisco Dornelles – (PLS 119/2010) – que “altera a Lei nº 7.291, de 19 de dezembro de 1984, para alterar a base de cálculo da contribuição à Comissão Coor-denadora da Criação do Cavalo Nacional (CCCCN)”. RELATOR: Deputado PEPE VARGAS.

PROJETO DE LEI Nº 7.770/10 – Da Sra. Sueli Vidigal – que “acrescenta ao art. 1º da Lei nº 10.866, de 04 de maio de 2004, o repasse da arrecadação do Imposto de Contribuição de Intervenção de Domínio Econômico (CIDE) para atender a renovação da frota de transporte público ferroviário, aquaviário e rodoviário”. RELATOR: Deputado AUDIFAX.

PROJETO DE LEI Nº 57/11 – Do Sr. Luiz Carlos Hauly – que “proíbe a realização de apostas em evento de natureza esportiva pela rede mundial de computadores e dá outras providências”. RELATOR: Deputado PEPE VARGAS.

PROJETO DE LEI Nº 715/11 – Do Sr. Romero Rodri-gues – que “dispõe sobre a criação de Zona de Pro-cessamento de Exportação (ZPE) no Município de Campina Grande, no Estado da Paraíba”. RELATOR: Deputado PEDRO EUGÊNIO.

PROJETO DE LEI Nº 1.541/11 – Do Sr. Luiz Otavio – que “flexibiliza a aplicação da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, na revenda de imóveis habitacionais, até determinado valor, retomados por instituição finan-ceira pública”. RELATOR: Deputado ANDRE VARGAS.

PROJETO DE LEI Nº 1.661/11 – Do Sr. João Cam-pos – que “altera a Lei nº 11.482, de 31 de maio de 2007, para permitir a cônjuges, companheiros e com-panheiras a opção pelo regime especial de tributação que especifica”. RELATOR: Deputado JEAN WYLLYS.

PROJETO DE LEI Nº 1.675/11 – Do Sr. Vaz de Lima – que “altera a Lei nº 9.496 de 11 de setembro de 1997”. RELATOR: Deputado CLÁUDIO PUTY.

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39620 Sexta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2011

PROJETO DE LEI Nº 1.717/11 – Da Sra. Bruna Furlan – que “permite à pessoa física contribuinte do imposto de renda deduzir da renda tributável as despesas com pagamento de prêmio de seguro de vida, de imóvel ou de automóvel, acrescentando alínea “h” ao inciso II do art. 8º da Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995”. RELATOR: Deputado PEPE VARGAS.

PROJETO DE LEI Nº 1.718/11 – Do Sr. Luiz Argôlo – que “dispõe sobre a isenção do Imposto de Importação incidente sobre memórias em estado sólido (SSD)”. RELATOR: Deputado RUI COSTA.

PROJETO DE LEI Nº 1.725/11 – Do Sr. Rodrigo de Castro – que “permite ao contribuinte destinar parte do imposto devido a projetos previamente selecionados pelo poder público”. RELATOR: Deputado CLÁUDIO PUTY.

B – Da Análise da Adequação Financeira e Orça-mentária (art. 54):

PROJETO DE LEI Nº 2.470/07 – Do Sr. Paulo Teixeira – que “altera a Lei nº 8.666, de 21 de julho de 1993, “que regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, institui normas para licitações e contratos da Administração Pública e dá outras providências”, para incluir, como requisito para licitação de obras ou servi-ços, que o vencedor da licitação admita trabalhadores em situação de rua e dá outras providências”. RELATOR: Deputado PEPE VARGAS.

PROJETO DE LEI Nº 1.088/11 – Do Sr. Cleber Verde – que “concede aos armadores de pesca o beneficio de ajuda de custo para a manutenção da embarcação de pesca durante o período do defeso”. RELATOR: Deputado AELTON FREITAS.

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)

DECURSO: 4ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 8-8-11

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO

A – Da Análise da Adequação Financeira e Orça-mentária e do Mérito:

PROJETO DE LEI Nº 2.868/04 – Do Sr. Gonzaga Pa-triota – que “altera a Lei nº 7.560, de 19 de dezembro de 1986, que cria o Fundo de Prevenção, Recupera-ção e de Combate às Drogas de Abuso, dispõe sobre os bens apreendidos e adquiridos com produtos de

tráfico ilícito de drogas ou atividades correlatas, e dá outras providências”. RELATOR: Deputado PEPE VARGAS.

COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)

DECURSO: 2ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 10-8-11

Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 562/07 – Do Sr. Otavio Leite – que “altera o art. 3º da Lei nº 7.797, de 10 de julho de 1989, que “cria o Fundo Nacional do Meio Ambiente e dá outras providências””. RELATOR: Deputado MOACIR MICHELETTO.

PROJETO DE LEI Nº 1.409/07 – Do Sr. Beto Faro – que “altera o art. 1º da Medida Provisória nº 2.199-14, de 24 de agosto de 2001, e dá outras providências”. RELATOR: Deputado IRAJÁ ABREU.

PROJETO DE LEI Nº 1.962/07 – Do Sr. Antonio Bu-lhões – que “altera a Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000, que institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza”. RELATOR: Deputado GIOVANI CHERINI.

PROJETO DE LEI Nº 3.700/08 – Do Sr. Hermes Par-cianello – que “obriga os fabricantes de motocicletas a adotarem o sistema de injeção de combustível ele-trônica. “ RELATOR: Deputado SARNEY FILHO.

PROJETO DE LEI Nº 4.823/09 – Do Sr. João Herr-mann – que “dispõe sobre parâmetros para a fro-ta automotiva nacional, políticas para seu desen-volvimento e dá outras providências”. (Apensa-do: PL 4928/2009 (Apensados: PL 5885/2009 e PL 7127/2010)) RELATOR: Deputado GIOVANI CHERINI.

PROJETO DE LEI Nº 6.543/09 – Do Senado Federal – Sibá Machado – (PLS 15/2008) – que “altera a Lei nº 8.723, de 28 de outubro de 1993, que dispõe sobre a redução de emissão de poluentes por veículos au-tomotores e dá outras providências, para tornar obri-gatória a divulgação da composição e da quantidade de poluentes emitidos pelos veículos comercializados no País”. (Apensado: PL 3533/2008 (Apensados: PL 5063/2009 e PL 5890/2009)) RELATOR: Deputado GIOVANI CHERINI.

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Agosto de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 5 39621

PROJETO DE LEI Nº 7.257/10 – Do Sr. Jairo Ataide – que “altera dispositivos da Lei nº 11.428, de 22 de dezembro de 2006, que dispõe sobre a utilização e proteção da vegetação nativa do Bioma Mata Atlântica relacionada a Mata Seca”. RELATOR: Deputado MARCOS MONTES.

PROJETO DE LEI Nº 18/11 – Dos Srs. Maurício Ran-ds e Weliton Prado – que “fomenta ações de reflores-tamento em assentamentos rurais, áreas degradadas ou desapropriadas pelo poder público, e dá outras providências”. RELATOR: Deputado GIOVANI CHERINI.

PROJETO DE LEI Nº 1.253/11 – Do Sr. Marcelo Matos – que “cria o Fundo de Apoio a Programas de Gestão e Tratamento de Resíduos Sólidos e Hospitalares Ur-banos – Funalixo”. RELATOR: Deputado GIOVANI CHERINI.

PROJETO DE LEI Nº 1.370/11 – Do Sr. Antonio Carlos Mendes Thame – que “proíbe a utilização de dióxido de titânio em alimentos e cosméticos”. RELATOR: Deputado MARCOS MONTES.

PROJETO DE LEI Nº 1.379/11 – Do Sr. Romero Ro-drigues – que “dispõe sobre a arborização de passeio público em conjunto habitacional financiado com re-curso público”. RELATORA: Deputada MARINA SANTANNA.

PROJETO DE LEI Nº 1.437/11 – Do Sr. Guilherme Mussi – que “dispõe sobre a criação da “Loteria Am-biental” destinada à conservação e proteção do meio ambiente, parques federais e promoção do desenvol-vimento sustentável”. RELATOR: Deputado PENNA.

PROJETO DE LEI Nº 1.543/11 – Do Sr. Mandetta – que “acrescenta dispositivo à Lei nº 11.959, de 29 de junho de 2009, para controlar a pesca, no ambiente natural, de espécies ameaçadas de extinção, sobre-explotadas ou ameaçadas de sobre-explotação”. RELATOR: Deputado CLAUDIO CAJADO.

PROJETO DE LEI Nº 1.562/11 – Do Sr. Félix Men-donça Júnior – que “altera a Lei nº 10.257, de 10 de julho de 2001, para estabelecer diretriz quanto à adoção de tecnologias construtivas ambientalmente adequadas”. RELATORA: Deputada MARINA SANTANNA.

PROJETO DE LEI Nº 1.703/11 – Do Sr. Jorge Tadeu Mudalen – que “dispõe sobre a instalação do denomi-nado “Telhado Verde” e dá outras providências”. RELATORA: Deputada MARINA SANTANNA.

COMISSÃO DE MINAS E ENERGIA

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)

DECURSO: 1ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 11-8-11

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBE‑RÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO

PROJETO DE LEI Nº 280/11 – Do Sr. Thiago Peixoto – que “reduz a zero as alíquotas da contribuição para o PIS/PASEP e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – COFINS incidentes sobre as receitas de vendas de energia elétrica para os consu-midores classificados na subclasse residencial baixa renda”. (Apensado: PL 1373/2011) RELATOR: Deputado MARCELO MATOS.

PROJETO DE LEI Nº 744/11 – Do Sr. Fernando Jor-dão – que “adiciona um artigo à Lei nº 4.118, de 27 de agosto de 1962, para o fim de conceder participação aos estados e Municípios no resultado da exploração de energia nuclear” RELATOR: Deputado LUIZ FERNANDO MACHADO.

COMISSÃO DE SEGURANÇA PÚBLICA E COMBATE AO CRIME ORGANIZADO

SEMINÁRIO

SUBCOMISSÃO PERMANENTE PARA ESTUDAR POLÍTICAS, ORÇAMENTO E FINANCIAMENTO

DA SEGURANÇA PÚBLICA.

LOCAL: Auditório da Assembleia Legislativa do Esta-do do Maranhão HORÁRIO: 09h

A – Seminário: SEMINÁRIO Os Investimentos na Área da Segurança Pública nos Estados Brasileiros – Etapa Maranhão.PROGRAMAÇÃO (Atualizada em 14/7/11, 10h)Manhã9h – Abertura – Deputado Federal Mendonça Prado, Presidente da Comissão de Segurança Pública e Com-bate ao Crime Organizado da Câmara dos DeputadosMesa de honra: Roseana Sarney, Governadora do Estado do Maranhão

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39622 Sexta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2011

Deputado Estadual Arnaldo Melo, Presidente da As-sembleia Legislativa do Estado do MaranhãoDeputado Estadual Zé Carlos, Presidente da Comis-são de Segurança Pública da Assembleia Legislativa do Estado do MaranhãoVereador Isaías Pereirinha, Presidente da Câmara Municipal de São LuísDeputado Federal José Augusto Maia, Presidente da Subcomissão Permanente para Estudar Orçamento e Financiamento da Segurança Pública da Câmara dos DeputadosDeputado Federal Lourival Mendes, Relator da Sub-comissão Permanente para Estudar Orçamento e Fi-nanciamento da Segurança Pública da Câmara dos Deputados10h30Painel 1 – Financiamento da Segurança Pública e do Sistema Prisional no EstadoCoordenador: DEPUTADO FEDERAL JOSÉ AUGUS-TO MAIA (PTB/PE)Palestrantes:Aluisio Guimarães Mendes Filho, Secretário de Segu-rança Pública do Estado do MaranhãoSérgio Vitor Tamer, Secretário de Justiça e Administra-ção Penitenciária do Estado do MaranhãoDebate12 às 14h – Intervalo para AlmoçoTarde14hPainel 2 – Orçamento Estadual e Qualidade dos Ser-viços de Segurança PúblicaCoordenador: DEPUTADO FEDERAL LOURIVAL MEN-DES (PTdoB/MA)Palestrantes:Márcio Medeiros Bastos, Secretário Adjunto de Plane-jamento, Orçamento e Gestão do Estado do MaranhãoDebate15h30Painel 3 – Orçamento Estadual e Valorização do Ser-vidor de Segurança PúblicaCoordenador: DEPUTADO FEDERAL JOSÉ AUGUS-TO MAIA (PTB/PE)Palestrantes:Amon Jessen, Presidente do Sindicato dos Policiais Civis do MaranhãoAntonio Dias, Presidente da Associação dos Cabos e Soldados da Polícia Militar do MaranhãoDebate17hPainel 4 – O Ministério da Segurança Pública e o Fu-turo da Segurança Pública Brasileira

Coordenador: DEPUTADO FEDERAL LOURIVAL MEN-DES (PTdoB/MA)Palestrante:Mário de Andrade Macieira, Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional do Estado do MaranhãoDebate18h – Produção e leitura da Carta de São Luís, do-cumento com as propostas levantadas ao longo do seminário.18h30Encerramento

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)

DECURSO: 3ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 9-8-11

Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 365/11 – Do Sr. William Dib – que “altera a Lei nº 11.530, de 24 de outubro de 2007, que institui o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania – PRONASCI, e a Lei nº 4.375, de 17 de agosto de 1964, Lei do Serviço Militar, e dá outras providências”. RELATOR: Deputado OTONIEL LIMA.

PROJETO DE LEI Nº 1.548/11 – Do Sr. Alexandre Lei-te – que “altera a Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003 – Estatuto do Desarmamento”. RELATOR: Deputado JAIR BOLSONARO.

PROJETO DE LEI Nº 1.607/11 – Da Sra. Sandra Rosa-do – que “acresce parágrafo ao art. 82 da Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984, que “institui a Lei de Execução Penal”, e revoga o art. 103 do mesmo diploma legal”. RELATOR: Deputado GONZAGA PATRIOTA.

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

A PROPOSIÇÃO ABAIXO SOMENTE RECEBERÁ EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DES‑TA COMISSÃO

PROJETO DE LEI Nº 964/11 – Do Sr. Edinho Araújo – que “destina ao Fundo Nacional Anti-Drogas (FUNAD) percentual da arrecadação das loterias e concursos de prognósticos administrados pela Caixa Econômica Federal”. (Apensado: PL 1576/2011) RELATOR: Deputado GONZAGA PATRIOTA. DECURSO: 4ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 8-8-11

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Agosto de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 5 39623

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

A PROPOSIÇÃO ABAIXO SOMENTE RECEBERÁ EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DES‑TA COMISSÃO

PROJETO DE LEI Nº 402/11 – Da Sra. Nilda Gondim – que “proíbe a utilização de cerol ou produto industriali-zado nacional ou importado semelhante que possa ser aplicado nos fios ou linhas utilizados para manusear os brinquedos conhecidos como “pipas ou papagaios””. RELATOR: Deputado EDIO LOPES. DECURSO: 5ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 5-8-11

Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 7.350/10 – Do Sr. Roberto Britto – que “altera a Lei nº 9.437, de 20 de fevereiro de 1997, acrescentando disposição que atribui aos fabricantes de armas de fogo o encargo de imprimir o número de série, na superfícies interna e externa do produto”. RELATOR: Deputado ALEXANDRE LEITE.

PROJETO DE LEI Nº 1.053/11 – Do Sr. Dr. Ubiali – que “altera a Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003, para conceder o porte de arma aos Conselheiros Tu-telares, e dá outras providências”. RELATOR: Deputado ALEXANDRE LEITE.

PROJETO DE LEI Nº 1.060/11 – Do Sr. Dr. Ubiali – que “altera a Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003, para conceder o porte de arma aos Agentes de Se-gurança Socioeducativos, e dá outras providências”. RELATOR: Deputado ALEXANDRE LEITE.

COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS A PARTIR DE SEGUNDA-FEIRA

(DIA 8-8-2011)

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBE‑RÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO

PROJETO DE LEI Nº 5.383/09 – Do Sr. Arnaldo Faria de Sá – que “altera a Lei nº 9.503 de 23 setembro de 1997– Código de Trânsito Brasileiro – para determi-nar que o valor da taxa para renovação do Exame de Aptidão Física e Mental será gratuita ao condutor com mais de sessenta e cindo anos de idade”. (Apensado: PL 6865/2010 (Apensado: PL 432/2011)) RELATOR: Deputado ANDRÉ ZACHAROW.

PROJETO DE LEI Nº 7.647/10 – Do Sr. Milton Mon-ti – que “dispõe sobre a regulamentação da profissão de Terapeuta Ocupacional e dá outras providências”. RELATORA: Deputada SUELI VIDIGAL.

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)

DECURSO: 1ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 11-8-11

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBE‑RÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO

PROJETO DE LEI Nº 5.210/09 – Do Sr. Dr. Ubiali – que “dispõe sobre a obrigatoriedade do enriquecimento com cálcio em bebidas à base de soja e dá outras providências”. RELATORA: Deputada FLÁVIA MORAIS.

PROJETO DE LEI Nº 7.787/10 – Do Senado Fede-ral – Papaléo Paes – (PLS 516/2009) – que “revoga o art. 1.520 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002, (Código Civil), para excluir a possibilidade de extinção da punibilidade criminal pelo casamento”. RELATORA: Deputada CIDA BORGHETTI. DECURSO: 4ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 8-8-11

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBE‑RÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO

PROJETO DE LEI Nº 69/07 – Do Sr. Felipe Bornier – que “concede vantagens a quem for doador de sangue para a rede pública de hemocentros, em todo o país”. (Apensados: PL 1006/2007, PL 1196/2007 (Apensado: PL 4934/2009), PL 1566/2007, PL 3248/2008 (Apen-sado: PL 4919/2009), PL 4416/2008, PL 4679/2009 e PL 5244/2009) RELATOR: Deputado JOÃO ANANIAS. DECURSO: 5ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 5-8-11

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBE‑RÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO

PROJETO DE LEI Nº 3.520/08 – Do Sr. Antonio Carlos Magalhães Neto – que “altera a Lei nº 10.836, de 9 de janeiro de 2004, que instituiu o Programa Bolsa Família”. RELATOR: Deputado MANDETTA.

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39624 Sexta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2011

COMISSÃO DE TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇO PÚBLICO

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS A PARTIR DE SEGUNDA-FEIRA

(DIA 8-8-2011)

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBE‑RÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO

PROJETO DE LEI Nº 227/07 – Do Sr. Milton Monti – que “dispõe sobre a movimentação e armazenagem de mercadorias importadas ou despachadas para exportação, o alfandegamento de locais e recintos, a licença para explorar serviços de movimentação e armazenagem de mercadorias em Centro Logístico e Industrial Aduaneiro, altera a legislação aduaneira e dá outras providências”. (Apensado: PL 4138/2008) RELATOR: Deputado ROBERTO BALESTRA.

PROJETO DE LEI Nº 6.558/09 – Do Sr. Ciro Nogueira – que “dispõe sobre o exercício das profissões de maitre e garçom”. (Apensados: PL 6646/2009 e PL 564/2011) RELATORA: Deputada SANDRA ROSADO.

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)

DECURSO: 1ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 11-8-11

Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 7.176/06 – Do Sr. Paes Landim – que “acresce parágrafos ao art. 7º da Consolidação da Leis do Trabalho”. RELATOR: Deputado ROBERTO BALESTRA.

PROJETO DE LEI Nº 3.381/08 – Do Sr. Filipe Pereira – que “altera a redação do caput do art. 13, da Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990, que “dispõe sobre o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço””. RELATOR: Deputado SANDRO MABEL.

PROJETO DE LEI Nº 6.211/09 – Do Sr. João Dado – que “altera o art. 67 da Lei nº 9.478, de 6 de agosto de 1997, que “Dispõe sobre a política energética nacio-nal, as atividades relativas ao monopólio do petróleo, institui o Conselho Nacional de Política Energética e a Agência Nacional do Petróleo e dá outras providên-cias”, para determinar a sujeição da PETROBRÁS às normas licitatórias comuns”. RELATOR: Deputado LEONARDO QUINTÃO.

PROJETO DE LEI Nº 6.685/09 – Do Senado Federal – Lúcia Vânia – (PLS 315/2007) – que “altera a Conso-lidação das Leis do Trabalho (CLT), para dispor sobre a proteção do trabalho do idoso”. RELATOR: Deputado LEONARDO QUINTÃO.

PROJETO DE LEI Nº 7.047/10 – Do Sr. Efraim Filho – que “acrescenta parágrafo ao art. 899 do Decreto-Lei nº 5.452, de 1943, que aprova a Consolidação das Leis Trabalhistas – CLT, e dá outras providências”. (Apen-sado: PL 307/2011) RELATOR: Deputado AUGUSTO COUTINHO.

PROJETO DE LEI Nº 7.109/10 – Do Senado Federal – Expedito Júnior – (PLS 48/2008) – que “assegura à estudante grávida o regime de exercícios domiciliares instituído pelo Decreto-Lei nº 1.044, de 21 de outubro de 1969, e altera a Lei nº 11.788, de 25 de setembro de 2008, que dispõe sobre o estágio de estudantes, para possibilitar a interrupção do estágio da estudante grávida”. (Apensado: PL 5877/2009) RELATOR: Deputado RONALDO NOGUEIRA.

PROJETO DE LEI Nº 7.352/10 – Do Sr. Roberto Britto – que “dispõe sobre o uso de correio eletrônico pelos órgãos e repartições da Administração Pública Federal”. RELATORA: Deputada MANUELA D’ÁVILA.

PROJETO DE LEI Nº 7.452/10 – Do Sr. Filipe Pereira – que “altera a Lei nº 8.987, de 1995, que “dispõe sobre o regime de concessão e permissão da prestação de serviços públicos previstos no art. 175 da Constituição Federal, e dá outras providências”, para dispor sobre os serviços de pagamento automático de pedágios”. RELATOR: Deputado SILVIO COSTA.

PROJETO DE LEI Nº 7.944/10 – Do Sr. Rodrigo Maia – que “estabelece condições necessárias para a ga-rantia e preservação da profissão de aeronauta e dá outras providências”. RELATOR: Deputado EUDES XAVIER.

PROJETO DE LEI Nº 271/11 – Do Sr. Ricardo Izar – que “dispõe sobre a obrigatoriedade de concessão de seguro-desemprego aos trabalhadores rurais em âmbito de contrato por tempo determinado”. RELATOR: Deputado ROBERTO BALESTRA.

PROJETO DE LEI Nº 447/11 – Do Sr. Arnaldo Jordy – que “dá nova redação ao art. 3º da Lei nº 8.630, de 23 de fevereiro de 1993, que “Dispõe sobre o regime jurídico da exploração dos portos organizados e das instalações portuárias e dá outras providências”, para integrar as autoridades de inspeção do trabalho às de-mais autoridades em exercício no porto organizado”. RELATOR: Deputado SILVIO COSTA.

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Agosto de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 5 39625

PROJETO DE LEI Nº 1.298/11 – Do Sr. Padre Ton – que “acrescenta parágrafo único ao art. 15 da Con-solidação das Leis do Trabalho – CLT, a fim de dispor sobre o pedido de emissão de carteira de trabalho e previdência social por menor de 16 anos”. RELATOR: Deputado ASSIS MELO.

PROJETO DE LEI Nº 1.353/11 – Do Sr. Ronaldo No-gueira – que “cria a obrigatoriedade de destinação provisória de bens não perecíveis e permanentes apre-endidos para entidades filantrópicas cadastradas nos órgãos federais competentes”. RELATOR: Deputado JOÃO CAMPOS.

PROJETO DE LEI Nº 1.367/11 – Do Sr. Dr. Jorge Sil-va – que “altera o artigo 54, da Lei 9.784, de 29 de janeiro de 1999”. RELATOR: Deputado LEONARDO QUINTÃO.

PROJETO DE LEI Nº 1.391/11 – Do Sr. Penna – que “dispõe sobre a regulamentação do exercício profis-sional de Designer, e dá providências”. RELATOR: Deputado EFRAIM FILHO.

PROJETO DE LEI Nº 1.429/11 – Do Sr. Antônio Rober-to – que “dispõe sobre restrições ao monitoramento de correspondência eletrônica por parte do empregador”. RELATOR: Deputado RONALDO NOGUEIRA.

PROJETO DE LEI Nº 1.491/11 – Do Sr. Laercio Olivei-ra – que “altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) a fim de atualizar a base da cálculo da contri-buição sindical patronal”. RELATOR: Deputado ROBERTO BALESTRA.

PROJETO DE LEI Nº 1.496/11 – Do Sr. Hugo Motta – que “autoriza a criação, pelo Poder Executivo, da Uni-versidade Federal do Sertão, com sede no Município de Patos, no Estado da Paraíba”. RELATOR: Deputado LEONARDO QUINTÃO.

PROJETO DE LEI Nº 1.564/11 – Do Senado Federal – Lúcia Vânia – (PLS 88/2008) – que “acrescenta §§ 4º e 5º ao art. 643 da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, para conceder prioridade nos procedimentos judi-ciais trabalhistas aos trabalhadores desempregados, com mais de 50 (cinquenta) anos, e dá outras providências”. RELATOR: Deputado POLICARPO.

PROJETO DE LEI Nº 1.570/11 – Do Sr. Edinho Bez – que “estabelece limites de valores a serem recolhidos ao Sistema CFQ/CRQ por profissionais e entidades que laboram na área da Química, nos termos da le-gislação vigente”. RELATOR: Deputado RONALDO NOGUEIRA.

PROJETO DE LEI Nº 1.584/11 – Do Sr. Eduardo Aze-redo – que “altera a redação do § 2º do art. 1º da Lei

nº 10.473, de 27 de junho de 2002, para incluir na área de atuação da Fundação Universidade Federal do Vale do São Francisco, os Municípios da região mineira do Vale do São Francisco”. RELATORA: Deputada FLÁVIA MORAIS.

PROJETO DE LEI Nº 1.590/11 – Do Sr. Roberto San-tiago – que “acrescenta a Seção XIII-A ao Capítulo I do Título III da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto-lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, para dispor sobre jornada especial de trabalho para os coletores de lixo”. RELATOR: Deputado RONALDO NOGUEIRA.

PROJETO DE LEI Nº 1.615/11 – Do Sr. Carlos Bezer-ra – que “dispõe sobre o “dumping social””. RELATOR: Deputado RONALDO NOGUEIRA.

PROJETO DE LEI Nº 1.635/11 – Do Senado Federal – Alvaro Dias – (PLS 660/2007) – que “dispõe sobre o exercício da profissão de técnico em sistema de segurança e disciplina os cursos de treinamento e habilitação, bem como a revenda de instrumentos e ferramentas utilizadas na profissão”. RELATOR: Deputado LUCIANO CASTRO.

PROJETO DE LEI Nº 1.658/11 – Do Senado Federal – Clésio Andrade – (PLS 43/2011) – que “acrescenta § 5º ao art. 71 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, para dispor sobre a negociação coletiva dos intervalos para repouso e alimentação de empre-gados condutores e cobradores no transporte coleti-vo urbano de passageiros e dá outras providências”. RELATOR: Deputado LEONARDO QUINTÃO.

PROJETO DE LEI Nº 1.670/11 – Do Senado Federal – Raimundo Colombo – (PLS 109/2010) – que “altera a Lei nº 9.452, de 20 de março de 1997, para considerar suprida a exigência de que os Municípios notifiquem em até 2 (dois) dias úteis o recebimento de recursos caso disponibilizem essa informação na internet”. RELATOR: Deputado ROBERTO BALESTRA.

PROJETO DE LEI Nº 1.684/11 – Do Poder Executivo – que “prorroga o prazo de pagamento da Gratifica-ção de Representação de Gabinete e da Gratificação Temporária para os servidores ou empregados requi-sitados pela Advocacia-Geral da União”. RELATOR: Deputado RONALDO NOGUEIRA.

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBE‑RÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO

PROJETO DE LEI Nº 3.935/08 – Do Senado Federal – Patrícia Saboya – (PLS 666/2007) – que “acrescenta

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39626 Sexta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2011

arts. 473-A a 473-C à Consolidação das Leis do Traba-lho – CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, para regulamentar a licença-paternidade a que se refere o inciso XIX do art. 7º da Constituição Federal”. (Apensados: PL 4853/2009 e PL 4913/2009) RELATOR: Deputado RONALDO NOGUEIRA.

PROJETO DE LEI Nº 2.004/07 – Do Sr. Luiz Carlos Hauly – que “acrescenta a alínea XVIII no art. 20 da Lei nº 8.036, de 1990, que “Dispõe sobre o Fundo de Ga-rantia do Tempo de Serviço, e dá outras providências””. RELATOR: Deputado ASSIS MELO.

PROJETO DE LEI Nº 2.649/07 – Do Sr. Walter Brito Neto – que “acrescenta inciso ao art. 20 da Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990, que dispõe sobre o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS, para autori-zar a movimentação da conta vinculada por motivo do nascimento de filho ou casamento”. (Apensados: PL 3807/2008 e PL 3853/2008) RELATORA: Deputada FLÁVIA MORAIS.

PROJETO DE LEI Nº 4.457/08 – Do Sr. Paulo Abi-Ackel – que “altera a Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990, permitindo a movimentação do saldo da conta vincula-da do FGTS para a aquisição de terras na zona rural”. RELATOR: Deputado ROBERTO BALESTRA.

PROJETO DE LEI Nº 1.211/11 – Do Sr. Ronaldo No-gueira – que “dispõe sobre a profissão de detetive particular, cria o Conselho Federal de Detetives do Brasil e os Conselhos Regionais de Detetives e dá providências correlatas”. RELATORA: Deputada FLÁVIA MORAIS. DECURSO: 2ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 10-8-11

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBE‑RÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO

PROJETO DE LEI Nº 1.153/11 – Do Sr. Sandro Mabel – que “acrescenta dispositivos à CLT (Decreto-Lei nº 5.452, de 01 de maio de 1943), dispondo sobre o pro-cedimento conjunto de jurisdição voluntária na Justiça do Trabalho, para possibilitar a homologação de acordo extrajudicial firmado pelos interessados”. RELATOR: Deputado LUCIANO CASTRO. DECURSO: 3ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 9-8-11

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBE‑RÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO

PROJETO DE LEI Nº 6.582/09 – Do Senado Federal – Marconi Perillo – (PLS 122/2008) – que “altera a Lei

nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, para estabe-lecer o direito à nomeação nos concursos públicos”. (Apensados: PL 4973/2005, PL 4109/2008 (Apensa-dos: PL 4352/2008, PL 749/2011 e PL 1242/2011), PL 6778/2010, PL 6991/2010 e PL 277/2011) RELATOR: Deputado JOÃO CAMPOS.

PROJETO DE LEI Nº 7.769/10 – Da Sra. Gorete Pe-reira – que “acrescenta dispositivos à Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, a fim de dispor sobre a responsabilidade das partes e de seus procuradores por litigância de má-fé”. RELATOR: Deputado LUCIANO CASTRO. DECURSO: 4ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 8-8-11

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBE‑RÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO

PROJETO DE LEI Nº 213/07 – Do Sr. Sandes Jú-nior – que “acrescenta o inciso XIII ao art. 20 da Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990, que “dispõe sobre o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e dá ou-tras providências”, para permitir o saque ao saldo da conta vinculada pelos portadores crônicos de hepa-tite do tipo “C””. RELATORA: Deputada FÁTIMA PELAES.

COMISSÃO DE TURISMO E DESPORTO

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS A PARTIR DE SEGUNDA-FEIRA

(DIA 8-8-2011)

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBE‑RÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO

PROJETO DE LEI Nº 1.231/11 – Do Sr. Giovani Che-rini – que “determina a obrigatoriedade, em âmbito nacional, da presença de Guia de Turismo Local em excursões de turismo”. RELATORA: Deputada LUCI CHOINACKI.

COMISSÃO DE VIAÇÃO E TRANSPORTES

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)

DECURSO: 5ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 5-8-11

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Agosto de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 5 39627

Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 5.651/09 – Do Senado Federal – Magno Malta – (PLS 375/2003) – que “modifica os arts. 54 e 55 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro, para criar a exigência de que os condutores e passageiros de motocicletas e assemelhados portem capacete contendo a numeração da placa do veículo em que circulam”. (Apensados: PL 833/2011, PL 1228/2011 e PL 1371/2011) RELATOR: Deputado EDUARDO SCIARRA.

PROJETO DE LEI Nº 131/11 – Do Sr. Antonio Bulhões – que “altera a Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997– Código de Trânsito Brasileiro, para aumentar o rigor das penalidades relacionadas ao uso indevido de vagas de estacionamento destinadas a idosos e porta-dores de deficiência física, bem como os locais sujeitos à fiscalização”. (Apensado: PL 460/2011) RELATOR: Deputado VANDERLEI MACRIS.

PROJETO DE LEI Nº 821/11 – Do Sr. Carlaile Pedro-sa – que “altera a Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro, para dispor sobre o uso de coletes identificados com a pla-ca da motocicleta”. RELATOR: Deputado EDUARDO SCIARRA.

PROJETO DE LEI Nº 1.660/11 – Do Senado Federal – Clésio Andrade – (PLS 39/2011) – que “acrescenta art. 22-C à Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, para fazer incidir sobre a receita bruta proveniente do faturamento a contribuição patronal destinada à Seguridade Social e a contribuição para custeio do seguro de acidente do trabalho e das aposentadorias especiais devidas pelas empresas do setor de transporte público urbano e metropolitano de passageiros”. RELATOR: Deputado DIEGO ANDRADE.

II – COMISSÕES TEMPORÁRIAS

III – COMISSÕES MISTAS

COMISSÃO MISTA DE PLANOS, ORÇAMENTOS PÚBLICOS E FISCALIZAÇÃO

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (8 DIAS)

Decurso: 6º diaÚltimo Dia: 7-8-2011

PROJETO DE LEI Nº 17/2011-CN, que “abre ao Or-çamento Fiscal da União, em favor dos Ministérios da Justiça e da Defesa, crédito suplementar no valor glo-

bal de R$ 150.673.479,00 (cento e cinquenta milhões, seiscentos e setenta e três mil, quatrocentos e setenta e nove reais), para reforço de dotações constantes da Lei Orçamentária vigente.”

PROJETO DE LEI Nº 18/2011-CN, que “abre ao Or-çamento Fiscal da União, em favor de Encargos Fi-nanceiros da União, crédito especial no valor de R$ 2.816.660,00 (dois milhões, oitocentos e dezesseis mil, seiscentos e sessenta reais), para os fins que especifica.”Decurso: 4º diaÚltimo Dia: 9-8-2011

PROJETO DE LEI Nº 19/2011-CN, que “abre ao Or-çamento Fiscal da União, em favor do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e de Operações Oficiais de Crédito, crédito especial no valor global de R$ 300.000.000,00 (trezentos milhões de reais), para os fins que especifica, e dá outras providências.”

IV – COORDENAÇÃO DE COMISSÕES PERMANENTES

ENCAMINHAMENTO DE MATÉRIA ÀS COMISSÕES

EM 4-8-2011:

Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania: PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 1.994/2009 PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 3.020/2010 PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 39/2011 PROJETO DE LEI Nº 5.894/2009 PROJETO DE LEI Nº 7.245/2010 PROJETO DE LEI Nº 446/2011

Comissão de Finanças e Tributação: PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 44/2011

Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado: INDICAÇÃO Nº 912/2011

(Encerra‑se a sessão às 18 horas e 48 minutos.)

DESPACHOS DO PRESIDENTE EM PROPOSIÇÕES:

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 810, DE 2011

(Da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional)

Solicita informações sobre as recentes decisões do governo boliviano relativas à regularização de automóveis e exigência de residência fixa para estudantes brasileiros.

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39628 Sexta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2011

Despacho

O presente requerimento de informação está de acordo com o art. 50, § 2º, da Constituição Federal e com os arts. 115 e 116 do Regimento Interno da Câma-ra dos Deputados. O parecer, dispensado o relatório, em conformidade com o art. 2º, § 1º, do Ato da Mesa nº 11, de 1991, é pelo encaminhamento.

Primeira Vice-Presidência, 2011. – Deputada Rose de Freitas, Primeira Vice-Presidente Relatora.

Aprovação pelo Presidente, Dep. Marco Maia, “ad referendum” da Mesa, do parecer da senhora Deputada Rose de Freitas, Primeira Vice-Presidente, pelo encaminhamento.

Em 4-8-11.

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 811, DE 2011

(Do Deputado Chico Alencar)

Solicita informações acerca das atri-buições de responsabilidade nas autoriza-ções de voos de aeronaves.

Despacho

O presente requerimento de informação está de acordo com o art. 50, § 2º, da Constituição Federal e com os arts. 115 e 116 do Regimento Interno da Câma-ra dos Deputados. O parecer, dispensado o relatório, em conformidade com o art. 2º, § 1º, do Ato da Mesa nº 11, de 1991, é pelo encaminhamento.

Primeira Vice-Presidência, 2011. – Deputada Rose de Freitas, Primeira Vice-Presidente Relatora.

Aprovação pelo Presidente, Dep. Marco Maia, “ad referendum” da Mesa, do parecer da senhora Deputada Rose de Freitas, Primeira Vice-Presidente, pelo encaminhamento.

Em 4-8-11.

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 812, DE 2011

(Do Deputado Padre Ton)

Solicita informações sobre a eventual construção de uma rodovia federal ligando a BR-421 à BR-425.

Despacho

O presente requerimento de informação está de acordo com o art. 50, § 2º, da Constituição Federal e com os arts. 115 e 116 do Regimento Interno da Câma-ra dos Deputados. O parecer, dispensado o relatório, em conformidade com o art. 2º, § 1º, do Ato da Mesa nº 11, de 1991, é pelo encaminhamento.

Primeira Vice-Presidência, 2011. – Deputada Rose de Freitas, Primeira Vice-Presidente Relatora.

Aprovação pelo Presidente, Dep. Marco Maia, “ad referendum” da Mesa, do parecer da senhora Deputada Rose de Freitas, Primeira Vice-Presidente, pelo encaminhamento.

Em 4-8-11.

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 813, DE 2011

(Do Deputado Padre Ton)

Solicita informações sobre a constru-ção da ponte internacional sobre o Rio Ma-moré, interligando as cidades de Guajará--Mirim, e Gayara-Mirim, na Bolívia.

Despacho

O presente requerimento de informação está de acordo com o art. 50, § 2º, da Constituição Federal e com os arts. 115 e 116 do Regimento Interno da Câma-ra dos Deputados. O parecer, dispensado o relatório, em conformidade com o art. 2º, § 1º, do Ato da Mesa nº 11, de 1991, é pelo encaminhamento.

Primeira Vice-Presidência, 2011. – Deputada Rose de Freitas, Primeira Vice-Presidente Relatora.

Aprovação pelo Presidente, Dep. Marco Maia, “ad referendum” da Mesa, do parecer da senhora Deputada Rose de Freitas, Primeira Vice-Presidente, pelo encaminhamento.

Em 4-8-11.

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 814, DE 2011

(Da Deputada Perpétua Almeida)

Solicita informações sobre as ativi-dades desenvolvidas pelo Programa Brasil Sorridente no Município de Xapuri, Estado do Acre.

Despacho

O presente requerimento de informação está de acordo com o art. 50, § 2º, da Constituição Federal e com os arts. 115 e 116 do Regimento Interno da Câma-ra dos Deputados. O parecer, dispensado o relatório, em conformidade com o art. 2º, § 1º, do Ato da Mesa nº 11, de 1991, é pelo encaminhamento.

Primeira Vice-Presidência, 2011. – Deputada Rose de Freitas, Primeira Vice-Presidente Relatora.

Aprovação pelo Presidente, Dep. Mar-co Maia, “ad referendum” da Mesa, do pare-cer da senhora Deputada Rose de Freitas, Primeira Vice-Presidente, pelo encaminha-mento.

Em 4-8-11.

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Agosto de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 5 39629

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 815, DE 2011

(Da Deputada Perpétua Almeida)

Solicita informações sobre as ativi-dades desenvolvidas pelo Programa Bra-sil Sorridente no Município de Tarauacá, Estado do Acre.

Despacho

O presente requerimento de informação está de acordo com o art. 50, § 2º, da Constituição Federal e com os arts. 115 e 116 do Regimento Interno da Câma-ra dos Deputados. O parecer, dispensado o relatório, em conformidade com o art. 2º, § 1º, do Ato da Mesa nº 11, de 1991, é pelo encaminhamento.

Primeira Vice-Presidência, 2011. – Deputada Rose de Freitas, Primeira Vice-Presidente Relatora.

Aprovação pelo Presidente, Dep. Marco Maia, “ad referendum” da Mesa, do parecer da senhora Deputada Rose de Freitas, Primeira Vice-Presidente, pelo encaminhamento.

Em 4-8-11.

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 816, DE 2011

(Da Deputada Perpétua Almeida)

Solicita informações sobre as ativi-dades desenvolvidas pelo Programa Brasil Sorridente no Município de Senador Guio-mard, Estado do Acre.

Despacho

O presente requerimento de informação está de acordo com o art. 50, § 2º, da Constituição Federal e com os arts. 115 e 116 do Regimento Interno da Câma-ra dos Deputados. O parecer, dispensado o relatório, em conformidade com o art. 2º, § 1º, do Ato da Mesa nº 11, de 1991, é pelo encaminhamento.

Primeira Vice-Presidência, 2011. – Deputada Rose de Freitas, Primeira Vice-Presidente Relatora.

Aprovação pelo Presidente, Dep. Marco Maia, “ad referendum” da Mesa, do parecer da senhora Deputada Rose de Freitas, Primeira Vice-Presidente, pelo encaminhamento.

Em 4-8-11.

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 817, DE 2011

(Da Deputada Perpétua Almeida)

Solicita informações sobre as ativi-dades desenvolvidas pelo Programa Brasil

Sorridente no Município de Sena Madureira, Estado do Acre.

Despacho

O presente requerimento de informação está de acordo com o art. 50, § 2º, da Constituição Federal e com os arts. 115 e 116 do Regimento Interno da Câma-ra dos Deputados. O parecer, dispensado o relatório, em conformidade com o art. 2º, § 1º, do Ato da Mesa nº 11, de 1991, é pelo encaminhamento.

Primeira Vice-Presidência, 2011. – Deputada Rose de Freitas, Primeira Vice-Presidente Relatora.

Aprovação pelo Presidente, Dep. Marco Maia, “ad referendum” da Mesa, do parecer da senhora Deputada Rose de Freitas, Primeira Vice-Presidente, pelo encaminhamento.

Em 4-8-11.

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 818, DE 2011

(Da Deputada Perpétua Almeida)

Solicita informações sobre as ativi-dades desenvolvidas pelo Programa Brasil Sorridente no Município de Santa Rosa do Purus, Estado do Acre.

Despacho

O presente requerimento de informação está de acordo com o art. 50, § 2º, da Constituição Federal e com os arts. 115 e 116 do Regimento Interno da Câma-ra dos Deputados. O parecer, dispensado o relatório, em conformidade com o art. 2º, § 1º, do Ato da Mesa nº 11, de 1991, é pelo encaminhamento.

Primeira Vice-Presidência, 2011. – Deputada Rose de Freitas, Primeira Vice-Presidente Relatora.

Aprovação pelo Presidente, Dep. Marco Maia, “ad referendum” da Mesa, do parecer da senhora Deputada Rose de Freitas, Primeira Vice-Presidente, pelo encaminhamento.

Em 4-8-11.

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 819, DE 2011

(Da Deputada Perpétua Almeida)

Solicita informações sobre as ativi-dades desenvolvidas pelo Programa Bra-sil Sorridente no Município de Rodrigues Alves, Estado do Acre.

Despacho

O presente requerimento de informação está de acordo com o art. 50, § 2º, da Constituição Federal e

Page 198: DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS - imagem.camara.gov.brimagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/DCD05AGO2011.pdf · dencial do projeto de lei, de autoria do orador, so- ... Município de

39630 Sexta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2011

com os arts. 115 e 116 do Regimento Interno da Câma-ra dos Deputados. O parecer, dispensado o relatório, em conformidade com o art. 2º, § 1º, do Ato da Mesa nº 11, de 1991, é pelo encaminhamento.

Primeira Vice-Presidência, 2011. – Deputada Rose de Freitas, Primeira Vice-Presidente Relatora.

Aprovação pelo Presidente, Dep. Marco Maia, “ad referendum” da Mesa, do parecer da senhora Deputada Rose de Freitas, Primeira Vice-Presidente, pelo encaminhamento.

Em 4-8-11.

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 820, DE 2011

(Da Deputada Perpétua Almeida)

Solicita informações sobre as ativi-dades desenvolvidas pelo Programa Brasil Sorridente no Município de Marechal Thau-maturgo, Estado do Acre.

Despacho

O presente requerimento de informação está de acordo com o art. 50, § 2º, da Constituição Federal e com os arts. 115 e 116 do Regimento Interno da Câma-ra dos Deputados. O parecer, dispensado o relatório, em conformidade com o art. 2º, § 1º, do Ato da Mesa nº 11, de 1991, é pelo encaminhamento.

Primeira Vice-Presidência, 2011. – Deputada Rose de Freitas, Primeira Vice-Presidente Relatora.

Aprovação pelo Presidente, Dep. Marco Maia, “ad referendum” da Mesa, do parecer da senhora Deputada Rose de Freitas, Primeira Vice-Presidente, pelo encaminhamento.

Em 4-8-11.

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 821, DE 2011

(Da Deputada Perpétua Almeida)

Solicita informações sobre as ativi-dades desenvolvidas pelo Programa Brasil Sorridente no Município de Manuel Urbano, Estado do Acre.

Despacho

O presente requerimento de informação está de acordo com o art. 50, § 2º, da Constituição Federal e com os arts. 115 e 116 do Regimento Interno da Câma-ra dos Deputados. O parecer, dispensado o relatório, em conformidade com o art. 2º, § 1º, do Ato da Mesa nº 11, de 1991, é pelo encaminhamento.

Primeira Vice-Presidência, 2011. – Deputada Rose de Freitas, Primeira Vice-Presidente Relatora.

Aprovação pelo Presidente, Dep. Marco Maia, “ad referendum” da Mesa, do parecer da senhora Deputada Rose de Freitas, Primeira Vice-Presidente, pelo encaminhamento.

Em 4-8-11.

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 822, DE 2011

(Da Deputada Perpétua Almeida)

Solicita informações sobre as ativi-dades desenvolvidas pelo Programa Brasil Sorridente no Município de Mâncio Lima, Estado do Acre.

Despacho

O presente requerimento de informação está de acordo com o art. 50, § 2º, da Constituição Federal e com os arts. 115 e 116 do Regimento Interno da Câma-ra dos Deputados. O parecer, dispensado o relatório, em conformidade com o art. 2º, § 1º, do Ato da Mesa nº 11, de 1991, é pelo encaminhamento.

Primeira Vice-Presidência, 2011. – Deputada Rose de Freitas, Primeira Vice-Presidente Relatora.

Aprovação pelo Presidente, Dep. Marco Maia, “ad referendum” da Mesa, do parecer da senhora Deputada Rose de Freitas, Primeira Vice-Presidente, pelo encaminhamento.

Em 4-8-11.

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 823, DE 2011

(Da Deputada Perpétua Almeida)

Solicita informações sobre as ativi-dades desenvolvidas pelo Programa Brasil Sorridente no Município de Jordão, Estado do Acre.

Despacho

O presente requerimento de informação está de acordo com o art. 50, § 2º, da Constituição Federal e com os arts. 115 e 116 do Regimento Interno da Câma-ra dos Deputados. O parecer, dispensado o relatório, em conformidade com o art. 2º, § 1º, do Ato da Mesa nº 11, de 1991, é pelo encaminhamento.

Primeira Vice-Presidência, 2011. – Deputada Rose de Freitas, Primeira Vice-Presidente Relatora.

Aprovação pelo Presidente, Dep. Marco Maia, “ad referendum” da Mesa, do parecer da senhora Deputada Rose de Freitas, Primeira Vice-Presidente, pelo encaminhamento.

Em 4-8-11.

Page 199: DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS - imagem.camara.gov.brimagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/DCD05AGO2011.pdf · dencial do projeto de lei, de autoria do orador, so- ... Município de

Agosto de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 5 39631

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 824, DE 2011

(Da Deputada Perpétua Almeida)

Solicita informações sobre as ativi-dades desenvolvidas pelo Programa Brasil Sorridente no Município de Porto Walter, Estado do Acre.

Despacho

O presente requerimento de informação está de acordo com o art. 50, § 2º, da Constituição Federal e com os arts. 115 e 116 do Regimento Interno da Câma-ra dos Deputados. O parecer, dispensado o relatório, em conformidade com o art. 2º, § 1º, do Ato da Mesa nº 11, de 1991, é pelo encaminhamento.

Primeira Vice-Presidência, 2011. – Deputada Rose de Freitas, Primeira Vice-Presidente Relatora.

Aprovação pelo Presidente, Dep. Marco Maia, “ad referendum” da Mesa, do parecer da senhora Deputada Rose de Freitas, Primeira Vice-Presidente, pelo encaminhamento.

Em 4-8-11.

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 825, DE 2011

(Da Deputada Perpétua Almeida)

Solicita informações sobre as ativi-dades desenvolvidas pelo Programa Bra-sil Sorridente no Município de Porto Acre, Estado do Acre.

Despacho

O presente requerimento de informação está de acordo com o art. 50, § 2º, da Constituição Federal e com os arts. 115 e 116 do Regimento Interno da Câma-ra dos Deputados. O parecer, dispensado o relatório, em conformidade com o art. 2º, § 1º, do Ato da Mesa nº 11, de 1991, é pelo encaminhamento.

Primeira Vice-Presidência, 2011. – Deputada Rose de Freitas, Primeira Vice-Presidente Relatora.

Aprovação pelo Presidente, Dep. Marco Maia, “ad referendum” da Mesa, do parecer da senhora Deputada Rose de Freitas, Primeira Vice-Presidente, pelo encaminhamento.

Em 4-8-11.

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 826, DE 2011

(Da Deputada Perpétua Almeida)

Solicita informações sobre as ativi-dades desenvolvidas pelo Programa Bra-

sil Sorridente no Município de Plácido de Castro, Estado do Acre.

Despacho

O presente requerimento de informação está de acordo com o art. 50, § 2º, da Constituição Federal e com os arts. 115 e 116 do Regimento Interno da Câma-ra dos Deputados. O parecer, dispensado o relatório, em conformidade com o art. 2º, § 1º, do Ato da Mesa nº 11, de 1991, é pelo encaminhamento.

Primeira Vice-Presidência, 2011. – Deputada Rose de Freitas, Primeira Vice-Presidente Relatora.

Aprovação pelo Presidente, Dep. Marco Maia, “ad referendum” da Mesa, do parecer da senhora Deputada Rose de Freitas, Primeira Vice-Presidente, pelo encaminhamento.

Em 4-8-11.

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 827, DE 2011

(Da Deputada Perpétua Almeida)

Solicita informações sobre as ativi-dades desenvolvidas pelo Programa Brasil Sorridente no Município de Feijó, Estado do Acre.

Despacho

O presente requerimento de informação está de acordo com o art. 50, § 2º, da Constituição Federal e com os arts. 115 e 116 do Regimento Interno da Câma-ra dos Deputados. O parecer, dispensado o relatório, em conformidade com o art. 2º, § 1º, do Ato da Mesa nº 11, de 1991, é pelo encaminhamento.

Primeira Vice-Presidência, 2011. – Deputada Rose de Freitas, Primeira Vice-Presidente Relatora.

Aprovação pelo Presidente, Dep. Marco Maia, “ad referendum” da Mesa, do parecer da senhora Deputada Rose de Freitas, Primeira Vice-Presidente, pelo encaminhamento.

Em 4-8-11.

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 828, DE 2011

(Da Deputada Perpétua Almeida)

Solicita informações sobre as ativi-dades desenvolvidas pelo Programa Brasil Sorridente no Município de Epitaciolândia, Estado do Acre.

Despacho

O presente requerimento de informação está de acordo com o art. 50, § 2º, da Constituição Federal e

Page 200: DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS - imagem.camara.gov.brimagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/DCD05AGO2011.pdf · dencial do projeto de lei, de autoria do orador, so- ... Município de

39632 Sexta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2011

com os arts. 115 e 116 do Regimento Interno da Câma-ra dos Deputados. O parecer, dispensado o relatório, em conformidade com o art. 2º, § 1º, do Ato da Mesa nº 11, de 1991, é pelo encaminhamento.

Primeira Vice-Presidência, 2011. – Deputada Rose de Freitas, Primeira Vice-Presidente Relatora.

Aprovação pelo Presidente, Dep. Marco Maia, “ad referendum” da Mesa, do parecer da senhora Deputada Rose de Freitas, Primeira Vice-Presidente, pelo encaminhamento.

Em 4-8-11.

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 829, DE 2011

(Da Deputada Perpétua Almeida)

Solicita informações sobre as ativi-dades desenvolvidas pelo Programa Bra-sil Sorridente no Município de Rio Branco, Estado do Acre.

Despacho

O presente requerimento de informação está de acordo com o art. 50, § 2º, da Constituição Federal e com os arts. 115 e 116 do Regimento Interno da Câma-ra dos Deputados. O parecer, dispensado o relatório, em conformidade com o art. 2º, § 1º, do Ato da Mesa nº 11, de 1991, é pelo encaminhamento.

Primeira Vice-Presidência, 2011. – Deputada Rose de Freitas, Primeira Vice-Presidente Relatora.

Aprovação pelo Presidente, Dep. Marco Maia, “ad referendum” da Mesa, do parecer da senhora Deputada Rose de Freitas, Primeira Vice-Presidente, pelo encaminhamento.

Em 4-8-11.

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 830, DE 2011

(Da Deputada Perpétua Almeida)

Solicita informações sobre as ativi-dades desenvolvidas pelo Programa Brasil Sorridente no Município de Cruzeiro do Sul, Estado do Acre.

Despacho

O presente requerimento de informação está de acordo com o art. 50, § 2º, da Constituição Federal e com os arts. 115 e 116 do Regimento Interno da Câma-ra dos Deputados. O parecer, dispensado o relatório, em conformidade com o art. 2º, § 1º, do Ato da Mesa nº 11, de 1991, é pelo encaminhamento.

Primeira Vice-Presidência, 2011. – Deputada Rose de Freitas, Primeira Vice-Presidente Relatora.

Aprovação pelo Presidente, Dep. Marco Maia, “ad referendum” da Mesa, do parecer da senhora Deputada Rose de Freitas, Primeira Vice-Presidente, pelo encaminhamento.

Em 4-8-11.

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 831, DE 2011

(Da Deputada Perpétua Almeida)

Solicita informações sobre as ativi-dades desenvolvidas pelo Programa Bra-sil Sorridente no Município de Capixaba, Estado do Acre.

Despacho

O presente requerimento de informação está de acordo com o art. 50, § 2º, da Constituição Federal e com os arts. 115 e 116 do Regimento Interno da Câma-ra dos Deputados. O parecer, dispensado o relatório, em conformidade com o art. 2º, § 1º, do Ato da Mesa nº 11, de 1991, é pelo encaminhamento.

Primeira Vice-Presidência, 2011. – Deputada Rose de Freitas, Primeira Vice-Presidente Relatora.

Aprovação pelo Presidente, Dep. Marco Maia, “ad referendum” da Mesa, do parecer da senhora Deputada Rose de Freitas, Primeira Vice-Presidente, pelo encaminhamento.

Em 4-8-11.

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 832, DE 2011

(Da Deputada Perpétua Almeida)

Solicita informações sobre as ativi-dades desenvolvidas pelo Programa Brasil Sorridente no Município de Bujari, Estado do Acre.

Despacho

O presente requerimento de informação está de acordo com o art. 50, § 2º, da Constituição Federal e com os arts. 115 e 116 do Regimento Interno da Câma-ra dos Deputados. O parecer, dispensado o relatório, em conformidade com o art. 2º, § 1º, do Ato da Mesa nº 11, de 1991, é pelo encaminhamento.

Primeira Vice-Presidência, 2011. – Deputada Rose de Freitas, Primeira Vice-Presidente Relatora.

Aprovação pelo Presidente, Dep. Marco Maia, “ad referendum” da Mesa, do parecer da senhora Deputada Rose de Freitas, Primeira Vice-Presidente, pelo encaminhamento.

Em 4-8-11.

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Agosto de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 5 39633

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 833, DE 2011

(Da Deputada Perpétua Almeida)

Solicita informações sobre as ativi-dades desenvolvidas pelo Programa Bra-sil Sorridente no Município de Brasiléia, Estado do Acre.

Despacho

O presente requerimento de informação está de acordo com o art. 50, § 2º, da Constituição Federal e com os arts. 115 e 116 do Regimento Interno da Câma-ra dos Deputados. O parecer, dispensado o relatório, em conformidade com o art. 2º, § 1º, do Ato da Mesa nº 11, de 1991, é pelo encaminhamento.

Primeira Vice-Presidência, 2011. – Deputada Rose de Freitas, Primeira Vice-Presidente Relatora.

Aprovação pelo Presidente, Dep. Marco Maia, “ad referendum” da Mesa, do parecer da senhora Deputada Rose de Freitas, Primeira Vice-Presidente, pelo encaminhamento.

Em 4-8-11.

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 834, DE 2011

(Da Deputada Perpétua Almeida)

Solicita informações sobre as ativi-dades desenvolvidas pelo Programa Brasil Sorridente no Município de Assis Brasil, Estado do Acre.

Despacho

O presente requerimento de informação está de acordo com o art. 50, § 2º, da Constituição Federal e com os arts. 115 e 116 do Regimento Interno da Câma-ra dos Deputados. O parecer, dispensado o relatório, em conformidade com o art. 2º, § 1º, do Ato da Mesa nº 11, de 1991, é pelo encaminhamento.

Primeira Vice-Presidência, 2011. – Deputada Rose de Freitas, Primeira Vice-Presidente Relatora.

Aprovação pelo Presidente, Dep. Marco Maia, “ad referendum” da Mesa, do parecer da senhora Deputada Rose de Freitas, Primeira Vice-Presidente, pelo encaminhamento.

Em 4-8-11.

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 835, DE 2011

(Da Deputada Perpétua Almeida)

Solicita Informações Sobre As Ativi-dades Desenvolvidas Pelo Programa Bra-

sil Sorridente No Município De Acrelândia, Estado Do Acre.

Despacho

o presente requerimento de informação está de acordo com o art. 50, § 2º, da Constituição Federal e com os arts. 115 e 116 do Regimento Interno da Câma-ra dos Deputados. O parecer, dispensado o relatório, em conformidade com o art. 2º, § 1º, do Ato da Mesa nº 11, de 1991, é pelo encaminhamento.

Primeira Vice-Presidência, 2011. – Deputada Rose de Freitas, Primeira Vice-Presidente Relatora.

Aprovação pelo Presidente, Dep. Mar-co Maia, “ad referendum” da Mesa, do pare-cer da senhora Deputada Rose de Freitas, Primeira Vice-Presidente, pelo encaminha-mento.

Em 4-8-11.

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 836, DE 2011

(Do Deputado Nelson Marchezan Júnior)

Solicita Informações Sobre O Acom-panhamento E Fiscalização Da Prestação De Serviços Pelas Operadoras De Teleco-municação.

Despacho

O Presente Requerimento de informação está de acordo com o art. 50, § 2º, da Constituição Federal e com os arts. 115 e 116 do Regimento Interno da Câma-ra dos Deputados. O parecer, dispensado o relatório, em conformidade com o art. 2º, § 1º, do Ato da Mesa nº 11, de 1991, é pelo encaminhamento.

Primeira Vice-Presidência, 2011. – Deputada Rose de Freitas, Primeira Vice-Presidente Relatora.

Aprovação pelo Presidente, Dep. Mar-co Maia, “ad referendum” da Mesa, do pare-cer da senhora Deputada Rose de Freitas, Primeira Vice-Presidente, pelo encaminha-mento.

Em 4-8-11.

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 837, DE 2011

(Do Deputado Otavio Leite)

Solicita informações sobre os pro-gramas realizados pela APEX – Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos em prol da venda da música brasileira no exterior.

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39634 Sexta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2011

Despacho

O presente requerimento de informação está de acordo com o art. 50, § 2º, da Constituição Federal e com os arts. 115 e 116 do Regimento Interno da Câma-ra dos Deputados. O parecer, dispensado o relatório, em conformidade com o art. 2º, § 1º, do Ato da Mesa nº 11, de 1991, é pelo encaminhamento.

Primeira Vice-Presidência, 2011. – Deputada Rose de Freitas, Primeira Vice-Presidente Relatora.

Aprovação pelo Presidente, Dep. Marco Maia, “ad referendum” da Mesa, do parecer da senhora Deputada Rose de Freitas, Primeira Vice-Presidente, pelo encaminhamento.

Em 4-8-11.

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 838, DE 2011

(Do Deputado Otavio Leite)

Solicita informações sobre o encami-nhamento do processo para realização de concurso público para o Instituto Nacional do Seguro Social – INSS.

Despacho

O presente requerimento de informação está de acordo com o art. 50, § 2º, da Constituição Federal e com os arts. 115 e 116 do Regimento Interno da Câma-ra dos Deputados. O parecer, dispensado o relatório, em conformidade com o art. 2º, § 1º, do Ato da Mesa nº 11, de 1991, é pelo encaminhamento.

Primeira Vice-Presidência, 2011. – Deputada Rose de Freitas, Primeira Vice-Presidente Relatora.

Aprovação pelo Presidente, Dep. Marco Maia, “ad referendum” da Mesa, do parecer da senhora Deputada Rose de Freitas, Primeira Vice-Presidente, pelo encaminhamento.

Em 4-8-11.

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 839, DE 2011

(Do Deputado Otavio Leite)

Solicita informações sobre a situação dos alunos do Instituto Benjamin Constant – IBC e Instituto Nacional de Educação dos Surdos – INES para o ano letivo de 2012.

Despacho

O presente requerimento de informação está de acordo com o art. 50, § 2º, da Constituição Federal e com os arts. 115 e 116 do Regimento Interno da Câma-ra dos Deputados. O parecer, dispensado o relatório,

em conformidade com o art. 2º, § 1º, do Ato da Mesa nº 11, de 1991, é pelo encaminhamento.

Primeira Vice-Presidência, 2011. – Deputada Rose de Freitas, Primeira Vice-Presidente Relatora.

Aprovação pelo Presidente, Dep. Marco Maia, “ad referendum” da Mesa, do parecer da senhora Deputada Rose de Freitas, Primeira Vice-Presidente, pelo encaminhamento.

Em 4-8-11.

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 840, DE 2011

(Da Deputada Carmem Zanotto)

Solicita informações sobre a situação dos cursos de graduação em serviço social no âmbito brasileiro.

Despacho

O presente requerimento de informação está de acordo com o art. 50, § 2º, da Constituição Federal e com os arts. 115 e 116 do Regimento Interno da Câma-ra dos Deputados. O parecer, dispensado o relatório, em conformidade com o art. 2º, § 1º, do Ato da Mesa nº 11, de 1991, é pelo encaminhamento.

Primeira Vice-Presidência, 2011. – Deputada Rose de Freitas, Primeira Vice-Presidente Relatora.

Aprovação pelo Presidente, Dep. Marco Maia, “ad referendum” da Mesa, do parecer da senhora Deputada Rose de Freitas, Primeira Vice-Presidente, pelo encaminhamento.

Em 4-8-11.

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 841, DE 2011

(Do Deputado Aureo)

Solicita informações sobre os estudos de capacidade realizados pela Anatel a res-peito das prestadoras do Serviço Móvel Pes-soal que operam no Estado do Rio de Janeiro, discriminando o uso de frequências, número e localização das antenas e respectiva licen-ça em nível municipal; mapa da cobertura de cada prestadora do Serviço Móvel Pessoal que opera no Estado do Rio de Janeiro, equi-pamentos instalados em cada ponto, frequên-cias utilizadas e capacidade de atendimento; e avaliação da relação entre qualidade do ser-viço, frequências utilizadas e área de célula.

Despacho

O presente requerimento de informação está de acordo com o art. 50, § 2º, da Constituição Federal e

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Agosto de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 5 39635

com os arts. 115 e 116 do Regimento Interno da Câma-ra dos Deputados. O parecer, dispensado o relatório, em conformidade com o art. 2º, § 1º, do Ato da Mesa nº 11, de 1991, é pelo encaminhamento.

Primeira Vice-Presidência, 2011. – Deputada Rose de Freitas, Primeira Vice-Presidente Relatora.

Aprovação pelo Presidente, Dep. Marco Maia, “ad referendum” da Mesa, do parecer da senhora Deputada Rose de Freitas, Primeira Vice-Presidente, pelo encaminhamento.

Em 4-8-11.

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 842, DE 2011

(Do Deputado Aureo)

Solicita informações a respeito dos Processos Administrativos de Apuração de Descumprimento de Obrigação – PADO – que tenham resultado em penalidade de multa às operadoras do Serviço Móvel Pes-soal, com a cópia dos respectivos proces-sos e a discriminação se a multa foi efetiva-mente recolhida ou se o PADO encontra-se em recurso administrativo ou judicial.

Despacho

O presente requerimento de informação está de acordo com o art. 50, § 2º, da Constituição Federal e com os arts. 115 e 116 do Regimento Interno da Câma-ra dos Deputados. O parecer, dispensado o relatório, em conformidade com o art. 2º, § 1º, do Ato da Mesa nº 11, de 1991, é pelo encaminhamento.

Primeira Vice-Presidência, 2011. – Deputada Rose de Freitas, Primeira Vice-Presidente Relatora.

Aprovação pelo Presidente, Dep. Marco Maia, “ad referendum” da Mesa, do parecer da senhora Deputada Rose de Freitas, Primeira Vice-Presidente, pelo encaminhamento.

Em 4-8-11.

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 843, DE 2011

(Da Deputada Erika Kokay)

Solicita informações sobre como fi-cará a situação dos atuais empregados da Empresa Brasileira de Infraestrutura Ae-roportuária diante da decisão do governo de transferir à iniciativa privada, por meio de regime de concessão, a administração dos aeroportos de Guarulhos, Viracopos e Brasília.

Despacho

O presente requerimento de informação está de acordo com o art. 50, § 2º, da Constituição Federal e com os arts. 115 e 116 do Regimento Interno da Câma-ra dos Deputados. O parecer, dispensado o relatório, em conformidade com o art. 2º, § 1º, do Ato da Mesa nº 11, de 1991, é pelo encaminhamento.

Primeira Vice-Presidência, 2011. – Deputada Rose de Freitas, Primeira Vice-Presidente Relatora.

Aprovação pelo Presidente, Dep. Marco Maia, “ad referendum” da Mesa, do parecer da senhora Deputada Rose de Freitas, Primeira Vice-Presidente, pelo encaminhamento.

Em 4-8-11.

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 844, DE 2011

(Da Deputada Erika Kokay)

Solicita informações sobre as medidas adotadas pelo governo visando ao cumpri-mento da sentença da Corte Interamericana de Direitos Humanos quanto ao caso Go-mes Lund e outros (Guerrilha do Araguaia).

Despacho

O presente requerimento de informação está de acordo com o art. 50, § 2º, da Constituição Federal e com os arts. 115 e 116 do Regimento Interno da Câma-ra dos Deputados. O parecer, dispensado o relatório, em conformidade com o art. 2º, § 1º, do Ato da Mesa nº 11, de 1991, é pelo encaminhamento.

Primeira Vice-Presidência, 2011. – Deputada Rose de Freitas, Primeira Vice-Presidente Relatora.

Aprovação pelo Presidente, Dep. Marco Maia, “ad referendum” da Mesa, do parecer da senhora Deputada Rose de Freitas, Primeira Vice-Presidente, pelo encaminhamento.

Em 4-8-11.

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 845, DE 2011

(Do Deputado Arnaldo Jordy)

Solicita informações sobre as provi-dências que estão sendo tomadas sobre as denúncias de turismo sexual na Amazônia.

Despacho

O presente requerimento de informação está de acordo com o art. 50, § 2º, da Constituição Federal e com os arts. 115 e 116 do Regimento Interno da Câma-ra dos Deputados. O parecer, dispensado o relatório,

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39636 Sexta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2011

em conformidade com o art. 2º, § 1º, do Ato da Mesa nº 11, de 1991, é pelo encaminhamento.

Primeira Vice-Presidência, 2011. – Deputada Rose de Freitas, Primeira Vice-Presidente Relatora.

Aprovação pelo Presidente, Dep. Marco Maia, “ad referendum” da Mesa, do parecer da senhora Deputada Rose de Freitas, Primeira Vice-Presidente, pelo encaminhamento.

Em 4-8-11.

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 846, DE 2011

(Do Deputado José Stédile)

Solicita informações sobre a viabili-dade de utilização das bases aéreas brasi-leiras para operação e estacionamento de aeronaves civis durante os eventos espor-tivos internacionais que o Brasil sediará.

Despacho

O presente requerimento de informação está de acordo com o art. 50, § 2º, da Constituição Federal e com os arts. 115 e 116 do Regimento Interno da Câma-ra dos Deputados. O parecer, dispensado o relatório, em conformidade com o art. 2º, § 1º, do Ato da Mesa nº 11, de 1991, é pelo encaminhamento.

Primeira Vice-Presidência, 2011. – Deputada Rose de Freitas, Primeira Vice-Presidente Relatora.

Aprovação pelo Presidente, Dep. Marco Maia, “ad referendum” da Mesa, do parecer da senhora Deputada Rose de Freitas, Primeira Vice-Presidente, pelo encaminhamento.

Em 4-8-11.

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 847, DE 2011

(Do Deputado Romário)

Solicita informações sobre as relações existentes entre as chamadas doenças ra-ras e a tributação brasileira.

Despacho

O presente requerimento de informação está de acordo com o art. 50, § 2º, da Constituição Federal e com os arts. 115 e 116 do Regimento Interno da Câma-ra dos Deputados. O parecer, dispensado o relatório, em conformidade com o art. 2º, § 1º, do Ato da Mesa nº 11, de 1991, é pelo encaminhamento.

Primeira Vice-Presidência, 2011. – Deputada Rose de Freitas, Primeira Vice-Presidente Relatora.

Aprovação pelo Presidente, Dep. Marco Maia, “ad referendum” da Mesa, do parecer da senhora Deputada Rose de Freitas, Primeira Vice-Presidente, pelo encaminhamento.

Em 4-8-11.

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 848, DE 2011

(Do Deputado Romário)

Solicita informações sobre a existên-cia de algum estudo para incluir as doen-ças raras no rol das doenças graves para efeito da concessão de Auxílio-Doença e/ou aposentadoria por invalidez.

Despacho

O presente requerimento de informação está de acordo com o art. 50, § 2º, da Constituição Federal e com os arts. 115 e 116 do Regimento Interno da Câma-ra dos Deputados. O parecer, dispensado o relatório, em conformidade com o art. 2º, § 1º, do Ato da Mesa nº 11, de 1991, é pelo encaminhamento.

Primeira Vice-Presidência, 2011. – Deputada Rose de Freitas, Primeira Vice-Presidente Relatora.

Aprovação pelo Presidente, Dep. Marco Maia, “ad referendum” da Mesa, do parecer da senhora Deputada Rose de Freitas, Primeira Vice-Presidente, pelo encaminhamento.

Em 4-8-11.

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 849, DE 2011

(Do Deputado Romário)

Solicita informações sobre a existên-cia de algum estudo para incluir os porta-dores de doenças raras no rol dos grupos sociais vulneráveis, dando-lhes o direito de ser atendidos pela Política Nacional de Direitos Humanos.

Despacho

O presente requerimento de informação está de acordo com o art. 50, § 2º, da Constituição Federal e com os arts. 115 e 116 do Regimento Interno da Câma-ra dos Deputados. O parecer, dispensado o relatório, em conformidade com o art. 2º, § 1º, do Ato da Mesa nº 11, de 1991, é pelo encaminhamento.

Primeira Vice-Presidência, 2011. – Deputada Rose de Freitas, Primeira Vice-Presidente Relatora.

Aprovação pelo Presidente, Dep. Marco Maia, “ad referendum” da Mesa, do parecer da

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Agosto de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 5 39637

senhora Deputada Rose de Freitas, Primeira Vice-Presidente, pelo encaminhamento.

Em 4-8-11.

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 851, DE 2011

(Da Comissão de Turismo e Desporto)

Solicita informações acerca dos in-vestimentos no PRODETUR, através do Banco do Nordeste do Brasil, por estado da região Nordeste.

Despacho

O presente requerimento de informação está de acordo com o art. 50, § 2º, da Constituição Federal e com os arts. 115 e 116 do Regimento Interno da Câma-ra dos Deputados. O parecer, dispensado o relatório, em conformidade com o art. 2º, § 1º, do Ato da Mesa nº 11, de 1991, é pelo encaminhamento.

Primeira Vice-Presidência, 2011. – Deputada Rose de Freitas, Primeira Vice-Presidente Relatora.

Aprovação pelo Presidente, Dep. Mar-co Maia, “ad referendum” da Mesa, do pare-cer da senhora Deputada Rose de Freitas, Primeira Vice-Presidente, pelo encaminha-mento.

Em 4-8-11.

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 852, DE 2011

(Da Comissão de Turismo e Desporto)

Solicita informações acerca do volume de recursos do FNE aplicados em projetos turísticos por estado do Nordeste, por meio do Banco do Nordeste do Brasil.

Despacho

O presente requerimento de informação está de acordo com o art. 50, § 2º, da Constituição Federal e com os arts. 115 e 116 do Regimento Interno da Câma-ra dos Deputados. O parecer, dispensado o relatório, em conformidade com o art. 2º, § 1º, do Ato da Mesa nº 11, de 1991, é pelo encaminhamento.

Primeira Vice-Presidência, 2011. – Deputada Rose de Freitas, Primeira Vice-Presidente Relatora.

Aprovação pelo Presidente, Dep. Mar-co Maia, “ad referendum” da Mesa, do pare-cer da senhora Deputada Rose de Freitas, Primeira Vice-Presidente, pelo encaminha-mento.

Em 4-8-11.

DECISÃO DA PRESIDÊNCIA

ARQUIVEM-SE, nos termos do § 4º do artigo 58 do RICD, as seguintes proposições:

PROJETOS DE LEI

Nº 7.090/2006 (Senado Federal – Augusto Bo-telho) – Altera a Lei nº 8.670, de 30 de junho de 1993, que dispõe sobre a criação de Escolas Técnicas e Agro-técnicas Federais, e dá outras providências.

Nº 2.230/2007 (Marcos Montes) – Dispõe sobre o pagamento de indenização no caso de abate de ani-mais acometidos pela Anemia Infecciosa Eqüina (AIE).

Nº 2.830/2008 (Celso Maldaner) – Dispõe sobre a criação de Áreas de Livre Comércio em municípios de fronteira e dá outras providências.

E seu apensado: PL 3.676/2008 (Celso Mal-daner )

Nº 4.702/2009 (Senado Federal – Jayme Cam-pos) – Dispõe sobre a criação de Zona de Processa-mento de Exportação (ZPE) no Município de Várzea Grande, no Estado do Mato Grosso.

Nº 4.707/2009 (Senado Federal – Mário Couto) – Dispõe sobre a criação de Zona de Processamen-to de Exportação (ZPE) no Município de Tucuruí, no Estado do Pará.

Nº 4.713/2009 (Senado Federal – Alvaro Dias) – Dispõe sobre a criação de Zona de Processamento de Exportação (ZPE) no Município de Foz do Iguaçu, no Estado do Paraná.

Brasília, 4 de agosto de 2011. – Deputado Marco Maia, Presidente.

COMISSÃO

ATAS

COMISSÃO DE AGRICULTURA, PECUÁRIA, ABASTECIMENTO E DESENVOLVIMENTO RURAL

54ª Legislatura – 1ª Sessão Legislativa Ordinária

Ata da Décima Quinta Reunião Ordinária (Au-diência Pública), realizada em 7 de junho de 2011.

Às quinze horas e vinte e três minutos do dia sete de junho de dois mil e onze, reuniu-se a Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimen-to Rural, no Anexo II, Plenário 06 da Câmara dos Depu-tados, com a presença dos Senhores Deputados Celso Maldaner – Vice-Presidente; Alceu Moreira, Arthur Lira, Assis do Couto, Bohn Gass, Carlos Magno, Dilceu Spe-rafico, Hélio Santos, Luis Carlos Heinze, Marcon, Moacir Micheletto, Moreira Mendes e Paulo Cesar Quartiero – Titulares; Aelton Freitas, Celia Rocha, Diego Andrade, Edinho Araújo, Luiz Carlos Setim, Onofre Santo Agos-

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39638 Sexta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2011

tini, Onyx Lorenzoni, Oziel Oliveira, Raimundo Gomes de Matos e Valdir Colatto – Suplentes. Compareceram também os Deputados Darcísio Perondi e Junji Abe, como não membros. Deixaram de comparecer os De-putados Abelardo Lupion, Beto Faro, Davi Alves Silva Júnior, Domingos Sávio, Dr. Francisco Araújo, Edson Pimenta, Heleno Silva, Homero Pereira, Jairo Ataíde, Jesus Rodrigues, José Nunes, Josias Gomes, Josué Bengtson, Leandro Vilela, Lira Maia, Luiz Nishimori, Nelson Padovani, Nilton Capixaba, Paulo Piau, Pedro Chaves, Reinaldo Azambuja, Reinhold Stephanes, Ro-naldo Caiado, Vander Loubet, Vitor Penido, Zé Silva e Zonta. Justificaram a ausência os Deputados Reinaldo Azambuja e Reinhold Stephanes. Assumindo a Presi-dência, o Deputado Celso Maldaner declarou abertos os trabalhos, cumprimentou a todos e esclareceu que a reunião se destinava a: “Analisar os problemas que enfrentam hoje os pequenos agricultores familiares pro-dutores de vinho artesanal ou colonial, nos aspectos referentes à produção, legislação e tributação”. Pros-seguindo, o Presidente esclareceu as regras para os trabalhos, informou que a lista de inscrições para os debates estava à disposição dos Senhores Deputados e convidou para comporem a mesa os Senhores: Ma-çao Tadano – Diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal, representando a Secre-taria de Defesa Agropecuária do MAPA; Marcelo Fis-ch B. Menezes – Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil; Rita de Cássia Milagres – Coordenadora-Geral de Agronegócio da Secretaria do Desenvolvimento da Produção do MDIC; Bernardo de Albuquerque Medina – Coordenador-Geral de Vinhos e Bebidas do MAPA; Beto Arisi – Prefeito do Município de Salgado Filho/PR; Celso Panceri – Presidente do Sindicato da Indústria do Vinho do Estado de Santa Catarina; Rosana Juliato Pissaia – Presidenta da Associação Caminho do Vinho – Colônia Mergulhão – ACAVIM, São José dos Pinhais/PR; Joaquim Lorenzoni – Presidente da Associação dos Produtores Familiares de Vinho Colonial do Rio Grande do Sul; Paulo Frizzo – Vice-Presidente da As-sociação dos Produtores Familiares de Vinho Colonial do Rio Grande do Sul e Luiza Stocco – Advogada da Associação Caminho do Vinho – Colônia Mergulhão – ACAVIM, São José dos Pinhais/PR. Prosseguindo, o Presidente cedeu a palavra, pela ordem, aos Deputados Darcísio Perondi e Onyx Lorenzoni; e para exposições aos senhores: Joaquim Lorenzoni, Paulo Frizzo, Celso Panceri, Rosana Juliato Pissaia, Luiza Stocco e Beto Arisi. Na sequência, o Presidente passou a palavra, para respostas, aos senhores Marcelo Fisch B. Mene-zes, Maçao Tadano, Bernardo de Albuquerque Medina e Rita de Cássia Milagres. Dando prosseguimento, o Presidente concedeu a palavra aos deputados Onyx

Lorenzoni, autor, Luiz Carlos Setim e Valdir Colatto, coautores do requerimento nº 16/2011. Prosseguindo, o Presidente, obedecendo a lista de inscrições para os debates, concedeu a palavra aos senhores deputados Moacir Micheletto, Luis Carlos Heinze, Assis do Couto, Moreira Mendes e Alceu Moreira. Dando seguimento, o Presidente cedeu a palavra, pela ordem, ao deputa-do Onyx Lorenzoni que convidou a todos os presentes a participarem de audiência com o Senhor Wagner Rossi, Ministro de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, logo após o término dessa Audiência. Nada mais havendo a tratar, o Presidente em exercí-cio, Deputado Celso Maldaner, agradeceu a presença de todos e encerrou os trabalhos às dezessete horas e quarenta minutos, antes, porém, convidou os mem-bros da CAPADR a participarem de Reunião Ordinária (Deliberativa), quarta-feira, dia oito de junho, às dez horas, no plenário seis do anexo dois da Câmara dos Deputados. O inteiro teor foi gravado, passando as notas taquigráficas a integrarem o acervo documen-tal desta reunião. E para constar, eu, Moizes Lobo da Cunha, lavrei a presente Ata, que por ter sido lida e aprovada, será assinada pelo Presidente em exercício, Deputado Celso Maldaner, e publicada no Diário da Câmara dos Deputados.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Celso Maldaner) – Senhoras e senhores, declaro aberta a reunião de audiência pública da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados convocada para analisar os problemas que enfrentam os pequenos agricultores familiares, pro-dutores de vinho artesanal ou colonial, nos aspectos referentes à produção, legislação e tributação.

Esta audiência pública foi proposta pelos Deputa-dos Onyx Lorenzoni, Democratas-RS; Luiz Carlos Se-tim, Democratas-PR; Valdir Colatto, PMDB-SC; Afonso Hamm, PP-RS e Celso Maldaner, PMDB-SC.

Foram convidados para participar desta audiência representantes dos Ministros Afonso Bandeira Florence, Ministro de Estado do Desenvolvimento Agrário – MDA; o Sr. Maçao Tadano, Diretor do Departamento de Ins-peção de Produtos de Origem Vegetal, representando o Secretário de Defesa do Ministério da Agricultura; a Sra. Rita de Cássia Milagres, Coordenadora-Geral de Agronegócio da Secretaria do Desenvolvimento da Pro-dução do MDIC, representando o Ministro do Desenvol-vimento, Indústria e Comércio Exterior; o Sr. Gustavo Henrique Firmo Araújo, Chefe da Divisão de Culturas Permanentes do MAPA, representando o Ministro da Agricultura; o Sr. Marcelo Fisch Menezes, Auditor da Receita Federal, representando o Secretário da Receita; o Sr. Beto Arisi, Prefeito do Município de Salgado Filho, Paraná; o Sr. Celso Panceri, Presidente do Sindicato

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Agosto de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 5 39639

da Indústria do Vinho do Estado de Santa Catarina; a Sra. Rosana Juliatto Pissaia, Presidente da Associação Caminho do Vinho, Colônia Mergulhão – ACAVIM, São José dos Pinhais, Paraná; e o Sr. Joaquim Lorenzoni, Presidente da Associação das Indústrias Caseiras de Vinho de Catuípe, Rio Grande do Sul.

Convido para tomarem assento à Mesa dos traba-lhos o Sr. Maçao Tadano, Diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal do Ministério da Agricultura; o Sr. Marcelo Fisch Menezes, Auditor da Receita Federal; a Sra. Rita de Cássia Milagres, Coordenadora-Geral de Agronegócio da Secretaria do Desenvolvimento da Produção do MDIC, representando o Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; e o Sr. Bernardo Medina.

Para tomarem assento na bancada da frente os Srs. Beto Arisi, Prefeito do Município de Salgado Fi-lho, Paraná; Celso Panceri, Presidente do Sindicato da Indústria do Vinho do Estado de Santa Catarina; Joaquim Lorenzoni, Presidente da Associação das Indústrias Caseiras de Vinho de Catuípe, Rio Grande do Sul; e a Sra. Rosana Juliatto Pissaia, Presidente da Associação Caminho do Vinho, Colônia Mergulhão – ACAVIM, São José dos Pinhais, Paraná.

Informo aos Parlamentares que os expositores terão o prazo de 15 minutos, prorrogáveis a juízo da Comissão, não podendo ser aparteados.

Os Deputados inscritos para interpelar os expo-sitores poderão fazê-lo estritamente sobre o assunto da exposição, pelo prazo de três minutos, tendo o in-terpelado igual tempo para responder, facultadas a ré-plica e a tréplica, pelo mesmo prazo, vedado ao orador interpelar quaisquer dos presentes.

Concedo a palavra, pela ordem, ao Deputado Darcísio Perondi.

O SR. DEPUTADO DARCÍSIO PERONDI – Os interessados estão aqui. Eles têm sonhos, esperanças e dúvidas. Do ponto de vista prático, não seria interes-sante ouvi-los antes de ouvir os técnicos? Porque os técnicos poderão esclarecê-los e também nos escla-recer. Não seria mais pedagógico e mais positivo, meu caro Presidente?

O SR. PRESIDENTE (Deputado Celso Maldaner) – Deputado Perondi, eu iria passar a palavra primeiro ao Sr. Marcelo Menezes.

O SR. DEPUTADO ONYX LORENZONI – Pela ordem, Sr. Presidente. A proposta do Deputado Perondi é exatamente ouvir as pessoas interessadas.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Celso Maldaner) – Ouvir as pessoas interessadas.

O SR. DEPUTADO ONYX LORENZONI – Exata-mente. Então, vamos ouvir o Sr. Joaquim, o Prof. Pizzato, a Rosana, o Celso e o Beto, na ordem que organizamos.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Celso Malda-ner) – Ótimo.

O SR. DEPUTADO ONYX LORENZONI – Eu só quero pedir a V.Exa., Sr. Presidente, 30 segundos, não mais do que isso, para informar a todos os Parlamen-tares que, às 17h30min, o Sr. Ministro da Agricultura, Wagner Rossi, receberá a todos aqueles que estão nesta reunião e desejarem participar da audiência. O pedido de audiência foi em nome dos produtores de vinho colonial do Rio Grande do Sul, mas, evidente-mente, o pessoal de Santa Catarina e o Paraná está convidado. Depois desta audiência pública, nós iremos ao Ministério para iniciar um processo de diálogo, a fim de buscar um caminho e uma adequação que per-mita a viabilidade da produção artesanal ou colonial de vinho no País.

Obrigado, Sr. Presidente.O SR. PRESIDENTE (Deputado Celso Maldaner)

– Muito bem, Deputado Onyx.Primeiro, passo a palavra ao Sr. Joaquim Loren-

zoni, Presidente da Associação das Indústrias Casei-ras de Vinho Catuípe, Rio Grande do Sul, pelo prazo de 15 minutos.

Antes, ouviremos o Sr. Paulo Frizzo. O SR. PAULO FRIZZO – Boa tarde, Sr. Presiden-

te da Comissão; boa tarde, Deputado Onyx Lorenzoni, proponente da realização desta reunião; boa tarde, Srs. Deputados do Rio Grande do Sul, do Paraná e de Santa Catarina que nos honram com seu prestígio e sua atenção.

Como o tempo é curto e teríamos muita coisa a comunicar, falarei com bastante objetividade.

Sr. Presidente, esclarecemos que a Associação, na verdade, não é dos produtores de Catuípe: é Asso-ciação dos Produtores Familiares de Vinho Colonial e Artesanal do Rio Grande do Sul, com sede no Muni-cípio de Ijuí, vizinho de Catuípe.

Inicialmente, quero apresentar o nosso amigo e líder produtor Joaquim Lorenzoni, agricultor familiar do Município de Ijuí, o qual, em 16 hectares de terra, constituiu família, criou 8 filhos e hoje vive lá com a família de um filho. Portanto, duas famílias sobrevivem em condições dignas, com qualidade de vida, numa propriedade de 16 hectares, produzindo de forma di-versificada vinho, leite – em outros tempos, hoje não mais – e tem um moinho colonial, herança dos imigran-tes por ele mantida, que ainda produz farinha de milho para a tradicional polenta dos italianos.

Então, o Joaquim, em breves palavras, vai nos apresentar um pouco por que estamos aqui, a sua história, os antecedentes deste momento. Depois, Sr. Presidente, se o senhor permitir, apresentaríamos contexto dentro do qual se coloca a proposta, a rei-vindicação e os problemas.

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(Segue‑se exibição de imagens.)

O SR. JOAQUIM LORENZONI – Esta é uma foto muito antiga de Caxias do Sul. A nossa família seria da quarta colônia. Esta é a da primeira colônia da imigra-ção italiana. Esta foto da imigração nos mostra como aquele povo foi muito sofrido.

Depois daquela região, houve a imigração da quarta colônia, da qual fizemos parte. Nós trouxemos esse material para mostrar aos senhores o seguinte: vejam o quanto esses imigrantes foram lutadores.

Aquela foto mostra a minha região, no Município de Ijuí, na Colônia Santo Antônio, onde há uma par-reira com 90 anos.

Nós temos rótulos de vinho de 1951. Esta foi uma das cantinas de vizinhos da nossa família que foi fechada pela fiscalização. Ainda temos lá alambiques, e os senhores vêem que tem a data de fabricação de João Dal Forno, de Colônia Silveira Martins, do ano de 1895. Depois, há outro de 1907. Isso é para mostrar que a cultura original se espalhou e ainda continua.

Somos pequenos produtores. Aquela região foi colonizada em 1919, 1920 – não é da minha época; foi para lá um agrimensor, mediu a área, e os produtores se instalaram. Em 1958, fizemos um levantamento e havia 660 almas. Em 2004, com o pessoal da EMATER, foi feito outro levantamento, e havia sido reduzido para 380. E digo mais, são 120 famílias em 2.600 hectares. Esse trabalho foi da EMATER.

Lá se produz um pouco de vinho, um pouco de leite, um pouco de soja. O pessoal procura produzir soja, porque parece que ela entusiasma. Mas não é por aí, porque a soja hoje há lavouras muito grandes, e a sua produção se torna inviável. Então, tem tanta coisinha lá, e aquele pessoal vive “apertadinho”.

Ali está o moinho de que o professor falou. Esse moinho foi montado em 1929 ou 1930, não tenho a data certa; depois houve problemas, ele foi queimado em 1946. E o meu pai o construiu de novo. Ele largou o moinho em 1947. Portanto, já com 64 anos, e ain-da se faz um pouco de farinha, porque o pessoal das colônias gostam da polenta. Não é todo o dia. Eu faço farinha a cada 3 meses. Hoje, os colonos mudaram bastante. A pessoa guarda a farinha no congelador e tem farinha para 2, 3 meses ou mais.

Nesta foto, o senhor que está pisando na uva é nosso amigo; ele está mostrando para a neta como se fazia antigamente.

Ali estão as primeiras máquinas feitas artesanal-mente para moer uva. Hoje, nós usamos inox, em cima de uma tina de polipropileno; lá tem umas ripinhas de madeira. É mais ou menos isso.

Então, o colono daquela região vive apertado. E vou dizer mais uma coisa para os senhores: não é só

lá. Nós temos lá diversos produtores de uva e vinho que têm pequena produção, para agregar valor. O produtor faz 500 litros e daqui a pouco vai vendê-los, porque precisa de dinheiro. Outro faz mil, 2 mil litros, e fica nisso aí.

A média dos parreirais naquela pequena asso-ciação que formamos é de 0,9 hectares.

O professor depois vai explicar como são feitas as degustações de vinho, que melhorou muito, com o apoio da Embrapa Uva e Vinho, da ASCAR, hoje EMATER, que nos orientou e ajudou muito. E a gente hoje está fazendo vinho colonial que acho que dá para tomar muito bem.

Agora vou passar para o professor, porque eu sou agricultor, e agricultor não tem estudo nenhum. Mas eu sempre tive boa vontade. E estou aqui, junto com o professor, para explanar melhor o que nós queremos.

Obrigado. (Palmas.)O SR. PAULO FRIZZO – Eu sou professor, mas

tenho a honra de ser discípulo desse mestre, com quem já aprendi bastante.

Nós queremos apresentar aos senhores um pouco da situação. Na verdade, nós, pequenos produtores, nos debatemos com o problema da legislação inapropriada.

O ponto de equilíbrio para alguém produzir vinho de acordo com as normas, em atendimento a todas as exigências, seria uma escala de 150 mil litros/ano.

Segundo as palavras do Joaquim, lá se produz 500, mil, 2 mil, 10 mil litros. Então, nada tem a ver com essa escala. Se for para produzir nessas condições, como vamos mostrar, é inviável. E não haveria na re-gião nem estrutura para produzir a uva e o próprio vinho, porque são agricultores familiares; inclusive, nem haveria consumidor se eles produzissem cada um 150 mil litros.

A legislação é inapropriada, no nosso entendi-mento, quando exige registro de empresa, respon-sável técnico, nota fiscal eletrônica, selo da Receita Federal. Isso é muito bonito, mas se considerarmos que é um produtor da agricultura familiar que tem de dar conta disso tudo verificaremos que realmente não há condições.

Também, à medida que se exige equipamentos de valor elevado: maquinário, filtro de pressão, enva-sadora, prensa, desengaçadeira, equipamentos todos com custo de alguns mil reais cada um.

As instalações também. Vejam: pé direito de 4,5 metros, sala especial para recebimento, para pesagem da uva, sala para moega, sala para fermentação, sala de descanso, sala de armazenamento, estabilização, envelhecimento.

Em suma, como podemos imaginar um agricul-tor familiar possa atender a todas essas condições?

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A questão tributária também que não é novidade nenhuma. Basicamente, a legislação tributária estaria a exigir aquela escala dos 150 mil litros para se atingir um ponto de equilíbrio com viabilidade. Essa legisla-ção é exigida pelos fiscais que estão cumprindo o seu dever – e nós entendemos muito bem isso –, mas ela inviabiliza a produção do pequeno produtor.

O SR. JOAQUIM LORENZONI – Eu pediria para voltar um pouco atrás. Nós vamos trabalhar em con-junto, pois sempre trabalhamos juntos. Eu disse para o Deputado Onyx que eu não vou fazer vinho este ano. Essa pipa inclusive é produção nossa. Eu trabalhei de carpinteiro, de marceneiro, de tanoeiro – é da profissão do tanoeiro fazer o que eu chamo de pipa. E a uva, Deputado Onyx está ficando lá. Os fiscais chegam ali e prensam a gente. Daí, como é que a gente vai sair? Então, o melhor é não fazer.

O SR. PAULO FRIZZO – Inclusive, há produto-res, como os senhores viram naquela foto de cima, à esquerda, que já puseram no chão as suas parreiras.

Colocamos o problema neste contexto: quais alternativas restariam ao produtor? Parar de produ-zir vinho e vender a uva, o que inviabiliza a pequena propriedade, porque deixa de agregar valor, além de descontinuar essa cultura secular que os imigrantes trouxeram das suas origens e que têm todo o direito, como cidadãos, de manter.

Outra alternativa é adequar a cantina aos padrões exigidos, mas isso, como já disse, inviabilizaria a pro-priedade. Vejam o depoimento de um produtor desses pequenos que ousou registrar a sua cantina. Ele dis-se: “Nós não temos um centavo de lucro na produção. Nós apenas continuamos produzindo por paixão, por amor ao vinho que faz parte da nossa história”. Essa alternativa também não se viabiliza.

Ou, então, continuar na clandestinidade, o que os produtores não querem. Eles querem, como cidadãos, trabalhar com dignidade, de cabeça erguida, porque eles não estão fazendo nada de errado.

O SR. JOAQUIM LORENZONI – E ainda deixar de produzir a segunda melhor bebida do mundo, que é o vinho. Então, nós brigamos muito por causa disso, ou seja, de produzir o vinho. Todo mundo pode consumir um vinho de qualidade, um vinho colonial, sem filtro, sem nada. Esse vinho nosso é produzido sem conser-vantes. A uva já é escolhida na própria parreira e é feito um vinho com todo o carinho. Isso aí nós devemos à EMATER e, depois, à EMBRAPA Uva e Vinho. Trinta e cinco anos atrás, quando tínhamos problemas, nós procuramos a EMBRAPA e foi ali que conseguimos me-lhorar a qualidade de vinho, sem usar nada de aditivos, nem de conservantes. A pessoa toma o nosso vinho sem medo nenhum, porque não dá problemas, não

dá dor de cabeça, não dá nada. Enquanto há muitos vinhos que a gente toma e dá dor de cabeça.

O SR. PAULO FRIZZO – O dia seguinte que o diga.

Então, essas alternativas, como nós vimos, não se viabilizam. E, se continuar essa situação, acabarão onerando o próprio Estado na manutenção dos ex--produtores que vão engrossar os cinturões da cida-de ou vão se incorporar aos movimentos sociais dos sem-terra e assim por diante.

Nós queremos apenas destacar três questões. Os pequenos produtores, na verdade, nem de longe impactam o mercado quanto o contrabando de vinho e as importações, uma vez que os vinhos importados entram no País com preços abaixo dos nossos e com impostos menores. Os pequenos produtores não con-correm com as grandes cantinas. Isso é importante. Não se está tirando fatia nenhuma das grandes canti-nas que produzem milhões de litros. Todas as grandes cantinas de hoje são fruto de pequenas cantinas que, num dia da história, assim surgiram, cresceram e hoje são as potências que são.

Quais são as nossas reivindicações? Uma le-gislação adequada às características e necessidades dos pequenos produtores familiares de vinho colonial. E o mais importante. Não estamos propondo nada de novo. O decreto que regulamenta o art. 4º da Lei nº 8.918 estabelece que o Ministério da Agricultura e do Abastecimento fixará, em ato administrativo, normas complementares para instalações de equipamentos mínimos ao funcionamento dos estabelecimentos pre-vistos nesse artigo, inclusive os estabelecimentos arte-sanais e caseiros. Então, há amparo legal para o que estamos propondo.

Para finalizar, Sr. Presidente, quais seriam os requisitos que estamos propondo? Propomos uma regulamentação que preveja registro simplificado do produtor familiar de vinho colonial no Ministério da Agricultura, contemplando a elaboração, envase e co-mercialização de vinho.

Segundo, o vinho será elaborado, conforme a legislação prevê, de uvas americanas ou híbridas, po-dendo conter vinhos de variedades vitiviníferas. Isso é a legislação. E nós entendemos que é por aí que podemos trabalhar.

A fiscalização orientadora para liberação da can-tina deve considerar as particulares e o cunho social da agricultura familiar, prevendo instalações simples, devido à falta de capital para investimentos.

Requisitos: instalações. Que nível de requisito seria suportável? Instalações com reboco, pintura de fácil limpeza, um pé direito de dois metros e vinte, va-silhames limpos, pintados, quando for o caso, pipas

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de madeira, equipamentos, esmagadeiras, bombas e mangueiras dentro do que a tecnologia hoje oferece, controle de qualidade anual, por meio de análises quí-micas do vinho a serem coletadas pelos responsáveis técnicos da EMATER – no caso de Santa Catarina, da EPAGRI – ou de outras entidades congêneres que atuam na mesma direção. Até maio de cada ano, será feita a declaração da produção de vinho e, no final do ano, da quantidade de vinho não comercializado.

A comercialização se dará por intermédio do blo-co do produtor rural e poderá ser realizada num raio máximo de 100 quilômetros da propriedade. Cinquenta por cento da matéria-prima deverá ser produzida na propriedade ou, então, em propriedades de agricultores familiares da região. Às vezes, um produtor produz a uva, mas não tem condições de produzir vinho. Então, compatibilizar não apenas o produtor de vinho, mas os agricultores familiares da região.

A elaboração de vinhos nas cantinas familiares limitada a 20 mil litros ou, então, até um teto de 110 mil reais anuais, o limite estabelecido pelas normas do PRONAF.

E que vantagens isso traria? Incentiva a policultura nos minifúndios, agregando valor; gera emprego; fixa o homem no campo, evitando o êxodo rural ou, pelo menos, reduzindo-o e, como já vimos, desonerando o Estado; possibilita maior desenvolvimento e perspecti-vas de crescimento para que o jovem possa permanecer no campo com dignidade e acesso à tecnologia e os avanços da sociedade; estimula práticas ecológicas, o desenvolvimento sustentável e a proteção ambiental, uma vez que haverá controle da aplicação de defen-sivos nas redondezas, porque a parreira é altamente sensível à ação dos herbicidas e defensivos agrícolas.

A medida que estamos propondo divulga e dis-semina as boas técnicas e práticas de produção de vinho aos produtores familiares, dando-lhes acesso ao conhecimento gerado pelas entidades do setor como EPAGRI, SENAR, EMATER, Embrapa Uva e Vinho e ainda melhora a qualidade e o padrão dos vinhos coloniais.

Nos últimos 20 anos, somos testemunhas e tam-bém protagonistas disso: a qualidade dos vinhos colo-niais está muito melhor, pelo menos dos agricultores que têm buscado orientação técnica e os avanços do conhecimento.

Criação de arranjos produtivos locais, meta hoje muito perseguida e defendida pelos Governos; ge-ração de riqueza local, desenvolvimento do turismo rural, resgatando e preservando a história e a cultura dos imigrantes.

Agradecemos ao Sr. Presidente, ao Deputado Onyx Lorenzoni e aos demais Deputados por esta opor-

tunidade, assim como agradecemos aos organismos já citados que nos têm assistido e deixamos o material à disposição da Comissão, dos Ministérios e das au-toridades que aqui prestigiam esta reunião. (Palmas.)

O SR. PRESIDENTE (Deputado Celso Malda-ner) – Muito obrigado. Depois vamos distribuir cópias aos presentes.

Passamos a palavra ao Sr. Celso Panceri, Pre-sidente do Sindicato da Indústria do Vinho de Santa Catarina, pelo prazo de 15 minutos.

O SR. CELSO PANCERI – Boa tarde a todos. Parece-me que neste momento está aí retratada

imagem da vitivinicultura brasileira. Esses dois senhores me lembram meus pais, que começaram exatamente dessa forma, fazendo vinho coloniais em casa e, de-pois, evoluindo.

O tema é muito fácil de resolver: o Ministério da Agricultura simplesmente pode adequar normas, claro com higiene, como foi dito. Parece-me uma situação muito simples, em tese. Porém, os grandes precisam deixar. E, aí, eu quero esticar o discurso um pouqui-nho mais para frente.

O Brasil hoje produz alguns milhões de litros de vinho. Não temos dados muito corretos – o Ministério deve tê-los –, mas deve haver 1 milhão e 100 mil viní-colas espalhadas por todo o Brasil, vinícolas produzem mais ou menos 300 milhões a 400 milhões de litros. Porém, de todo o vinho produzido no Brasil, 80% está na mão de 20% de produtores – 20% empresas pro-duzem 80% do vinho brasileiro.

Eu quero esticar um pouquinho mais esse discur-so porque esta necessidade a é muito legítima, mas estamos enfrentando um outro problema – em vários momentos, foi levantada essa questão: a tributação incidente sobre os vinhos brasileiros.

Tenta-se de todas as formas criar barreira para os importados, mas eles vêm para o Brasil de forma arrasadora. Não se consegue criar barreiras para as importações, porque há tratados, há MERCOSUL, há não sei o quê mais. Por que não se estabelece uma tributação mais suave para o vinho brasileiro? Por que ele não é incluído no PL 591, a Lei do Super-SIMPLES, que está pronto.

Eu vejo como legítima essa reivindicação dos vinhos coloniais, mas que se estique até 3 milhões e 600 mil. Como disse, 20% das vinícolas englobam 80% da produção e 80% das vinícolas ficam com 20%.

Então, parece-me muito legítimo que esse PL seja aprovado não só para vinhos coloniais, porque os vinhos coloniais também vão precisar de uma tri-butação reduzida. Então, que não só se faça para os vinhos coloniais, mas para uma vinícola, que hoje está sendo esticada, e que se vá até os 3 milhões e 600

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mil, porque somente 20% das vinícolas ficariam fora disso. E elas até, vou completar, vou ser um pouco ou-sado aqui, têm de pagar um pouco mais, sim, porque grandes produtores hoje têm filiais em outros países, envasam vinho em outras regiões, se beneficiam da lei. Nada contra eles. Elas estão corretas. Estão se be-neficiando de uma lei, o que é legítimo. Mas, e nós? E quem paga os impostos? Acho que devem estar aí os representantes da Fazenda – não sei onde estão. Com dois cliques, eles podem ver quanto um paga e quanto o outro paga, quanto um produz, quanto o ou-tro produz, ver quantas importadoras há no País. Em Santa Catarina, temos 85 vinícolas e 48 importadores de vinho. Produzimos 20 milhões de litros, mas vêm 10 milhões de garrafas importadas legalmente – ile-galmente, eu não sei.

E o que fazer? E quem paga os impostos? O grande? O grande não nos deixam porque eles vêm aqui impõem, fazem o lobby, impõem que tem de ter o selo fiscal. Infelizmente, o Sul é representado por um monte de instituições que representam só o grande. O pequeno não é ouvido lá no Sul. Santa Catarina, graças aos Parlamentares, é muito bem ouvida. Nosso Esta-do deu o exemplo, reduzindo a tributação de ICMS de 25% para 3%. Assim, ficamos um pouco competitivos no âmbito de Estado.

Agora, e a União? Temos de pagar, em média, 15% a 20% de IPI, o INSS, e não sei o quê. Não dá, gente! Vamos cair um pouquinho na realidade. É claro que o vinho tem álcool, mas dos 2.400 componentes que tem o vinho um apenas pode fazer mal à saúde, o álcool, quando em excesso, os outros todos fazem bem à saúde.

O mundo inteiro tem dado o exemplo; os artigos científicos, em todos os lugares, dizem que o vinho faz bem à saúde. Eu acho até que o vinho deveria estar na cesta básica, que deveria sem considerado alimento. Os países da Europa têm isso. Muitos países incen-tivam o consumo de vinho para diminuir o consumo de vodka e dos destilados, e nós, no Brasil, criamos taxas e legislamos para os argentinos venderem vinho aqui dentro.

Os senhores têm todas as informações muito fa-cilmente. Os produtores argentinos têm incentivo no país deles para vender para cá, e nós com uma tribu-tação de 30%, 40%, conforme o Estado. Daí, tem ST, tem não sei o quê espalhado. Aí, quem vende vinho?

Eu jogo a responsabilidade para as autoridades, porque algo tem de ser feito. Dessa forma, não dá. É como eu disse antes: o Sul tem grande representati-vidade; o primeiro produtor de vinho é o Rio Grande do Sul; Santa Catarina é o segundo. Os vinhos de pe-quena escala, como são chamados lá, não. E é dali

que saem os grandes vinhos, é desse povo que tra-balha nos verdadeiros terroirs, aqueles talentos que produzem aqueles vinhos que a Europa inteira tem, que custam muito caro.

Esse é o drama. Como vamos ter reconhecimento se temos uma tributação que nos impede de ser com-petitivos. O Brasil acha que bacana é comprar vinho importado. Não temos a cultura de consumo; o con-sumo tem de ser incentivado. Mas incentivado de que forma? Com a atual tributação é impossível, é inviável.

E vejam o apelo social que tem isso, o apelo desses homens que trabalham na vinha, que estão lá no campo. Daqui a pouco vamos querer que venham todos tudo para a cidade trabalhar de empregado. Esse é o drama.

O contexto geral é mais ou menos esse. Então, é muito legítima a iniciativa de lá. Mas

não deve ficar só lá. Eles também vão precisar pagar um pouquinho de imposto, mas bem pouquinho, e a escala tem de ser gradativa. E essa cobrança temos de fazer aos senhores.

Estão de parabéns os Deputados que nos convi-daram para esta oportunidade. Raramente consegui-mos chegar aqui. A minha profissão é a mesma da-quele senhor: eu só sei capinar. Hoje, estou na frente de uma liderança, mas eu não deveria estar aqui. Eu não sei fazer discursos. Eu deveria estar fazendo vi-nho, mas tenho de estar aqui defendendo uma classe simplesmente para tentar ficar no campo.

Eu estou passando a responsabilidade para as autoridades. Os senhores sabem quanto o vinho na-cional paga de imposto, quantas importadoras existem no País, quanto elas importam – pelo menos deveriam saber. Então, é disso que precisamos.

Esse PL está para ser votado nas Comissões, e nele está sendo incluído somente vinho artesanal e colonial, o que é legítimo. Mas, e a outra escala, um pouquinho mais para frente?

Pouquíssimas vezes chegamos até aqui e con-seguimos transmitir aos Parlamentares o que está ocorrendo. Então, isso é para refletir. Temos de ir atrás, temos de buscar. É isso que eu quero transmitir neste momento.

O vinho, como disse o senhor que me antecedeu, é incentivado em todos os países; é a única bebida que pode fazer bem à saúde, e faz bem à saúde; é só ler os artigos científicos espalhados por todo canto. E por que não se dá um pouco de valor? Claro que não se pode tomar demais; tudo em excesso faz mal.

Aqui também há leis que proíbem a venda nos restaurantes nas BRs. Tiraram a liberdade do povo. O chefe de família não pode mais ir com a esposa e os

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filhos ao restaurante desses, porque não pode mais tomar um vinho, uma cerveja, nem nada.

E qual é o índice de acidente provocado pelas bebidas? Quem é o responsável pelo alcoolismo no Brasil? Qual é a bebida responsável por isso? O vinho é o único que se toma no lar, com a família; primeiro, aprende-se a tomar suco de uva, depois, o vinho. Por que o Brasil não estimula esses bons hábitos? Por quê?

E a legislação, completando, talvez possa con-tribuir. Eu estive há pouco tempo no Napa Valley, que tem uma experiência fantástica. Naquela região, exis-tem 5 mil vinícolas, pequeníssimas. Em vez de o enge-nheiro, de o médico ter uma adega em casa, ele tem uma vinícola, ele faz mil litros de vinho, dois mil litros de vinho. Ele vai ao Napa Valley, loca duas filas, meio hectare de uma variedade uva, paga para o produtor de uva e ele vai usar área como seu vinhedo; convida os amigos para visitar o vinhedo dele, manda colher a uva, faz o seu vinho, convida os amigos para tomar e vende. Vende uma garrafa de vinho por mil dólares, por 1.500 dólares.

Por que não se faz aqui uma legislação simples, fácil, prática? São esses pequenos produtores que fa-zem a grande diferença, que fazem os grandes vinhos. Não são os grandes que fazem os grandes vinhos.

Era isso que eu queria transmitir de forma rápida. Agradeço a bondade de todos. Muito obrigado. (Palmas.)

O SR. PRESIDENTE (Deputado Celso Maldaner) – Parabéns! Agradecemos as palavras do Sr. Celso Panceri, aproveitando para dizer que tenho em minha casa vinho Panceri.

Também se encontra presente o Prefeito de Pi-nheiro Preto, que é ligado a Tangará.

Passamos a palavra, pelo prazo de 15 minutos, à Sra. Rosana Juliatto Pissaia, Presidente da Associação Caminho do Vinho, Colônia Mergulhão – ACAVIM, de São José dos Pinhais, Paraná.

A SRA. ROSANA JULIATTO PISSAIA – Buona sera a tutti. Io mi chiamo Rosana. Por representar a cultura do vinho, vim trajada de italiana.

Falarei sobre a Colônia Mergulhão, no Caminho do Vinho, em São José dos Pinhais.

Na década de 2000 foi criado o Ministério do Turismo e foi lançada para os produtores de lá a op-ção de transformar aquele caminho rural em roteiro turístico. O pessoal vendia vinho no portão de casa, e as pessoas traziam garrafas, que às vezes nem eram lavadas, para enchê-las de vinho. Foi-se aceitando a ideia, e, então, em 2000, teve início o roteiro, com a criação do portal, do calçamento – e estamos há já 10 anos com o roteiro rural.

No roteiro, hoje, há 30 propriedades, das quais 12 são adegas de vinho. Nós produzimos principalmente

o vinho bordeaux, característico da região metropo-litana, o que mais se adapta à nossa região. Nesse período, nossos parreirais acabaram morrendo por causa da pérola. Então, a dificuldade de algumas de suas localidades é que vocês têm uva, enquanto nós não temos uva, mas conseguimos vender o vinho em nosso roteiro rural. As uvas que mais se adaptam lá são a niágara, a bordeaux e a carmen, espécies de que fazemos nosso vinho local.

Hoje, os empreendedores da região metropolita-na do Caminho do Vinho estão conseguindo ter uma melhor venda de seus produtos e, consequentemente, melhoraram sua situação de vida. Agora, querem que nós nos regularizemos. Não é que não queiramos nos regularizar; é que queremos apenas algumas coisas mais simples do que as que foram mencionadas pelos colegas: a melhoria da lei.

Eu gostaria de mostrar nosso roteiro e como co-mercializamos nosso vinho.

Vendemos toda a nossa produção em nossa casa.Vejamos, então, um vídeo sobre o Caminho do

Vinho.

(Exibição de vídeo.)

Muito obrigada. (Palmas.)Com eu dizia, nós temos dificuldades com a uva,

não dificuldades em vender nosso vinho, porque, na época do Prefeito Setim, criamos o Roteiro – somos cria do Setim, e não temos dificuldades com o vinho, porque se trata de uma quantidade pequena, que con-seguimos vender na região metropolitana, ou seja, para o povo local e para algumas pessoas de São Paulo ou para as que estão passando por ali, pela beira do con-torno. A dificuldade, portanto, é com o plantio da uva. Estamos buscando variedades na região de Curitiba e também no Rio Grande do Sul, Estado do nosso co-lega aqui presente.

Luiza, quer dizer alguma coisa?A SRA. LUIZA STOCCO – Meus cumprimentos

por esta audiência ao Sr. Presidente e aos demais presentes.

Sou advogada e estou representando os produto-res do Caminho do Vinho. Tenho atuado em sua defesa frente ao Ministério da Agricultura, na Superintendência do Estado do Paraná. De fato, todas as ponderações, muito bem colocadas pelo Professor, condizem exa-tamente com a realidade enfrentada pelos produtores. Eu só gostaria de complementar algumas questões para que os senhores possam bem se situar quanto à dificuldade que hoje se opera nessas colônias, princi-palmente nessas famílias.

Tratar-se de zona rural é uma questão fundamen-tal. A maioria dos Municípios brasileiros, em suas leis

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orgânicas, determina que as áreas rurais possuam restrição a ocupação, o que significa que, da área to-tal, a taxa de ocupação máxima, em geral, limita-se a 5%, de modo que a instalação de equipamentos e de indústrias vinícolas nessas áreas se torna absoluta-mente impossível por conta dessas limitações. Se não conseguimos a instalação industrial, não conseguimos o alvará de construção, não conseguimos um alvará de funcionamento, não conseguimos personalidade jurídica e não atingimos o Ministério da Agricultura com a legalização.

Ou seja, são vários os obstáculos que advogam contra esses produtores, que daí requerem uma adap-tação legal. Daí a necessidade da flexibilização dessa legislação, para que essas famílias possam efetivamen-te produzir seus vinhos. Porque não estamos falando de vinhos sem qualidade, não estamos, em momento nenhum, nos renegando a observar as boas práticas, a questão sanitária, de higiene. Então, é imperioso que haja uma adaptação para que essa questão cultural seja preservada.

Os senhores não se esqueçam de que estamos falando de história, de valores, de culturas, de famí-lias que vieram ao Brasil na condição de colonos há mais de 100 anos.

Para que os senhores tenham noção da situação, quando o Ministério da Agricultura esteve presente na região, havia pessoas chorando, sentindo-se margina-lizadas porque sequer tinham condição de entender o que estava acontecendo. É claro que ninguém pode alegar desconhecimento de lei, o que é inescusável; contudo, estamos falando de pessoas humildes, ho-mens do campo, que não têm o necessário discerni-mento para compreender a complexidade legislativa.

Eu mesma sou fruto daquela colônia. Felizmente, estudei e estou aqui podendo representá-los, o que é de grande valia. E o que a gente puder fazer para aju-dar essas pessoas vamos fazer, porque são pessoas extremamente de bem, que estão lá preservando a sua história, sua identidade, mantendo suas raízes dentro da propriedade e que precisam somente da tu-tela jurídica adequada para que possam protelar essa condição tão bem aceita pela sociedade.

A questão maior que a gente precisa observar é que no Brasil não existe legislação para vinho colonial e artesanal. A Lei nº 7.678, de 1988, regulada pelo De-creto nº 99.066, de 1990, fala o tempo todo em vinho tinto suave de mesa, etc. Mas desde que todos eles produzidos em escala industrial. Não existe legislação que fale de vinho colonial. Então, precisamos criar um padrão de vinho colonial, mesmo porque a legislação mencionada fala muito da questão de padrão de iden-tidade e qualidade.

A nosso sentir, “padrão de identidade” já chega a ser um contrassenso, porque identidade é uma coisa única, específica, de um determinado local. Se padro-nizarmos isso, estaremos fazendo com que muitos va-lores se percam, ou seja, com que o modus operandi de cada produtor se perca, pois se trata de questão de cultura, com todo aquele fator histórico envolvido.

A situação toda clama muito pela necessidade de adaptação legal. E a gente conta com os senhores, a quem confiamos o nosso voto, a nossa expectativa, para que, de repente, a gente possa conferir um trata-mento jurídico adequado e essas famílias.

Muito obrigada. (Palmas.)A SRA. ROSANA JULIATTO PISSAIA – Então,

complementando alguma coisa sobre o que falou a Luiza, vamos construir essas adegas novas dentro dos padrões. O que nos falta é apoio do Banco do Brasil ou das instituições, porque não conseguimos pegar dinheiro do banco para construir adegas; não existe brecha na lei para isso. Então, é mais uma coi-sa a ser avaliada.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Celso Malda-ner) – Muito bom.

Vamos ouvir mais um inscrito. Antes, porém, meus parabéns às oradoras pelas colocações. Acho que fo-ram importantes, pois agricultor precisa de advogado. E ainda bem que votamos o Código Florestal. Tomara que o Senado ajude a melhorá-lo ainda mais!

Vamos passar a palavra ao quarto inscrito, o Sr. Beto Arisi, Prefeito do Município de Salgado Filho, do Paraná, pelo prazo de 15 minutos.

O SR. BETO ARISI – Boa tarde a todos. Quero destacar que sou o Prefeito do Município

de Salgado Filho, no sudoeste do Paraná. Quero agra-decer a oportunidade de, neste momento, representar aqui os agricultores da agricultura familiar, não só os do Município de Salgado Filho, mas os agricultores de toda a região do sudoeste.

Para quem não conhece, nosso Município está localizado muito próximo à Argentina, a 40 quilômetros da divisa com aquele país.

Eu gostaria de, neste momento, convidar os Srs. Deputados e a plateia a assistir um pequeno clipe de nosso Município, que conta um pouco da realidade do que é Salgado Filho.

(Exibição de vídeo)

Muito obrigado. (Palmas)Sras. e Srs. Deputados, Salgado Filho é reconhe-

cida como “A Terra do Vinho e do Queijo” – e acho que o Município faz jus a esse título.

Há 17 anos criou-se a tradicional Festa do Vinho e do Queijo. Vocês já receberam um convite. Esta-

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mos, sim, convidando a todos os Deputados, para que S.Exas. se façam presentes, se tiverem oportunidade.

Quero agradecer, em especial, ao Deputado As-sis do Couto, que é um grande apoiador dessa nossa grande festa e também é um grande companheiro do nosso Município, pelo apoio que S.Exa. dá à agricul-tura familiar.

Agradeço também ao Deputado Moacir Micheletto, que esteve comigo, tomando um gostoso café colonial. E, falando em café colonial, conseguimos incentivar e valorizar também não só os produtores da agricultura familiar, mas resgatamos também as mulheres. São elas que realmente elaboram esse café colonial, que é um dos melhores do Paraná. Nós produzimos e ofe-recemos 60 itens, no café colonial em nosso Município.

Salgado Filho passa por dois momentos, um de-les muito bom. Temos uma grande demanda por mão de obra na cidade hoje, graças à construção civil e às indústrias de confecção e moveleira. Isso nos orgulha muito. Foram realizados investimentos em nosso Mu-nicípio, graças aos incentivos municipais e aos inves-timentos da iniciativa privada.

Mas temos um problema muito sério quando se trata de agricultura. O nosso agricultor, hoje, sofre com um problema muito grande, com relação à ques-tão do vinho.

Temos a questão do êxodo rural. Hoje, vocês ti-veram a oportunidade de conhecer – para os que não conheciam – a realidade do nosso Município. Alguns agricultores que sofrem com o problema dos produtos de origem animal estão ansiosos com a regularização do SUASA.

Mas hoje eu queria falar um pouco aqui da nossa questão do vinho. Em Salgado Filho passamos mais de dois anos recebendo visita de alguns fiscais do Ministério da Agricultura, que, infelizmente, ao visitar nossas cantinas, lacravam algumas pipas de vinho porque lá não havia o exigido registro. Em momento algum se discutiu a qualidade dos vinhos; tanto é que em todos esses vinhos foi feita análise pelos órgãos competentes – e todos são de boa qualidade. Mas te-mos um grande problema, qual seja, a legislação. Nós não temos o registro desse produto. O nosso produto pode ser comercializado, degustado, apenas em nosso Município, graças à nossa vigilância, o nosso SIM – Sistema de Inspeção Municipal. Mas por que o nosso produto não pode ser comercializado em um Município próximo, por exemplo, que dista apenas 15 ou 40 quilô-metros? Será que o nosso produto perde a qualidade?

Já estive em outro momento nesta Casa, quando vocês tiveram a oportunidade de degustar o nosso pro-duto colonial, não só o vinho e o queijo, mas também os embutidos. E qual é o problema que enfrentamos

hoje? O nosso grande problema são as exigências legais e a necessidade de adaptação nas estruturas físicas, porque muito recurso foi investido, tanto do Go-verno Federal como do Governo do Estado e também do Governo Municipal.

Os agricultores, os produtores formaram as suas agroindústrias no interior, da maneira exigida à épo-ca, e hoje enfrentamos esse problema da legislação.

Temos também uma carga tributária muito alta, que torna inviável a mantença de um pequeno produtor. E assim são os nossos produtores de Salgado Filho, assim com os produtores de boa parte da região do sudoeste do Paraná, que produzem a uma escala de 20 mil a 30 mil litros de vinho por ano. Não há condi-ções de hoje um produtor de vinho, com essa escala, manter uma firma aberta, um contador, um responsá-vel técnico. Isso torna inviável a pequena produção.

E qual é a nossa preocupação? Temos uma qua-lidade de vida em Salgado Filho invejável por muitos Municípios. Enquanto vários Municípios sofrem com problemas básicos – e podemos dizer aqui que todos os dias os Deputados são questionados sobre saúde, educação e segurança pública –, em Salgado Filho, em nossa saúde, há sobras de AIH. Mesmo com esse corte que ocorreu agora, Salgado Filho tem sobras de AIH, graças a todo um trabalho feito por nós, por uma equipe da saúde que nos dá suporte e nos garante qualidade de vida. Também assim na educação, com a valorização do nosso profissional e também com os incentivos e as melhorias feitas na educação, hoje temos uma educação de qualidade. Hoje, na área de segurança, o Município também apresenta baixos índices de violência.

Pois bem, o que queremos? Queremos manter e valorizar o nosso pequeno agricultor, aquele da agricul-tura familiar que está localizado em nosso Município. A produção de vinho e queijo não é a única alternativa de renda para os agricultores. Não. Temos avicultores, suinocultores, bovinocultores; enfim, produzimos milho, feijão, trigo... Há várias atividades em nosso Município.

Eu até me emocionei quando ouvia o Seu Joaquim. Seu Joaquim, parabéns! O senhor é uma das vítimas que, infelizmente, vêm sofrendo com o problema da le-gislação. Em meu Município eu sofro com esse problema no dia a dia. Fica difícil quando o Prefeito se aproxima do pequeno agricultor, pedindo-lhe que aumente sua produção, que segure o seu filho em sua propriedade. E esse senhor, já com idade avançada, nos diz: “Prefeito, em que adianta eu produzir um vinho se eu não consigo vendê‑lo!? Eu sou tratado como marginal.”

Porque, para um pequeno agricultor, hoje, só o fato de ele tentar vender e uma fiscalização atacá-lo, para ele isso é um crime. Ele volta para a casa e ja-mais quer sair de novo.

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Esta é a grande realidade. Nós temos um grande problema: hoje a nossa legislação dificulta muito a vida do pequeno agricultor.

Eu me coloco à disposição para o que vocês precisarem e entenderem ser viável para ajudarmos a mudar essa legislação. Porque é de grande impor-tância que ela mude; caso contrário, com o passar dos anos, vamos eliminar o pequeno agricultor, aquele que realmente produz uma garrafa de vinho a ser comer-cializada para o degustador de um vinho diferenciado.

Nós mesmos temos o prazer de comprar uma garrafa de vinho, talvez das mais caras, para dizer que estamos tomando um bom vinho. Mas, muitas vezes, sequer sabemos o que estamos tomando.

O brasileiro, muitas vezes, tem o prazer de ves-tir uma camisa que traga uma marca americana, mas deixa de usar uma camiseta com a bandeira do Bra-sil. O brasileiro lembra de usar a camiseta do Brasil somente na Copa do Mundo, nas Olimpíadas ou no carnaval. Então, temos que realmente resgatar esse valor que é de nossos descendentes de italianos, ale-mães, poloneses. E, por isso, eu gostaria muito que vocês, realmente, se preocupassem e nos ajudassem nessa grande briga.

Eu ia mostrar também aqui os números, mas já ouvimos aqui uma explanação muito boa que o Celso fez, assim como a D. Rosana e o Seu Joaquim, e eu estaria apenas repetindo, pois o problema que eles vivem é o mesmo que o meu.

Senhores, eu não venho aqui para pedir que não seja cumprida a lei ou que seja relaxada a fiscaliza-ção; eu venho aqui simplesmente para pedir que se crie uma alternativa de regularização. É o que peço aos Srs. Deputados.

Vou encerrar a minha fala aqui um pouco triste. No clipe que vocês viram, que foi gravado no lançamento de nossa Festa do Vinho de 2010, mostrávamos que meu Município possuía 4.666 habitantes. Hoje estou triste porque esses dados eram do Censo de 2006; o Censo de 2010 aponta que temos hoje 4.403 habitantes em nosso Município. Se fizermos uma pesquisa, essas 263 pessoas a menos são jovens que abandonaram a agricultura e foram buscar uma alternativa de renda em outros Municípios.

Nós sofremos também com o problema da Ar-gentina, sim. Nós vivemos na divisa com aquele país. E a Argentina tem uma legislação diferenciada. Lá o pequeno agricultor tem tratamento diferenciado. Nós temos que tratar o produto colonial como produto ar-tesanal. E, como dizia o Celso: por que não pode ser tratado como alimento?

Eu fico triste porque muito foi investido pelos Go-vernos Federal, Estadual e Municipal e também pelos

nossos agricultores em nossos municípios e em toda a região – não falo só de Salgado Filho, mas de toda a região do sudoeste do Paraná. E, hoje, infelizmente, nós mesmos estamos dificultando que nossos pro-dutores possam fazer que bons produtos cheguem à mesa dos senhores.

Peço que, realmente, nos preocupemos com isso, porque, com o passar dos dias, vai ser tarde e vamos perder realmente as nossas origens.

Gostaria de deixar aqui um breve lembrete: se não incentivarmos os jovens a permanecerem na agri-cultura, produzindo bons produtos, quero ver como esses senhores de idade vão conseguir emitir a Nota Fiscal Eletrônica.

Muito obrigado. (Palmas.)O SR. PRESIDENTE (Deputado Celso Maldaner)

– Com certeza, o Beto trouxe o pensamento de todos os pequenos Municípios do Sul. Que bom, Beto! Foi boa a sua sugestão, Perondi.

Com a palavra o Sr. Marcelo Fisch Menezes, da Receita Federal. S.Sa. dispõe de 15 minutos.

O SR. MARCELO FISCH MENEZES – Sr. Presi-dente, demais Deputados aqui presentes, é um prazer estar aqui nesta Comissão representando o Secretário da Receita Federal.

O tema da problemática dos pequenos produto-res de vinho no Brasil é novo para a Receita Federal. Eu, antes de vir participar desta audiência, andei por algumas áreas dentro da Receita Federal, em virtude da temática da audiência pública de hoje, para saber se existia, dentro da Receita Federal, algum pleito específico em tramitação relacionado a aspectos tri-butários para os pequenos produtores de vinho do País. Não encontrei. Até achei interessante que se apresentasse a problemática para que pudéssemos conhecer o problema. E, a partir do problema, vamos tentar buscar e identificar algumas possíveis soluções no campo tributário.

Algumas questões foram levantadas aqui em re-lação a aspectos tributários hoje a que estão subme-tidos não só os pequenos produtores, mas todos os produtores de vinho, como também de bebidas de uma forma em geral, tais como a questão da Nota Fiscal Eletrônica, a questão do selo de controle e da própria tributação, que são questões bastante específicas.

Em relação à própria questão da Nota Fiscal Ele-trônica, que é regulada basicamente pela Secretaria de Fazenda dos Estados, existem alguns limites de faturamento abaixo do qual existe uma dispensa para emissão de Nota Fiscal Eletrônica. Não sei especifi-camente com relação ao setor de pequenos produto-res de vinho. Salvo engano, na área de cachaça, os pequenos produtores de água ardente têm um limite

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de 150 mil reais de faturamento/ano, abaixo do qual eles estão dispensados. Mas, certamente, essa é uma questão que nós podemos voltar a discutir, seja para incrementar esse limite, seja para debater com o setor aumentos dessas faixas de faturamento para tornar tudo mais simples. Digo isso até porque nós reconhe-cemos a dificuldade que se deve ter na emissão de uma Nota Fiscal Eletrônica em locais do País, onde a própria infraestrutura não tenha condições, até em função das pessoas que lidam com isso no dia a dia e que conhecem o plantar e o colher, a técnica de produ-zir vinho, para daí se adequarem a essas obrigações.

Existe a questão do selo de controle, que foi de-batida ao longo de quase dois anos junto com a Re-ceita Federal. Na verdade, esse tema foi introduzido à Receita Federal pelo próprio setor. Eu não vou entrar no mérito de quem está ou não com a razão, porque existe uma câmara setorial. Há uma série de embates e cartas. São dezenas de cartas que recebemos dentro da Receita até por próprio pleito de alguns Parlamen-tares do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, alguns contrários e outros a favor. Esse assunto foi parar na Casa Civil, no Gabinete do Ministro. Até que, depois de muitas idas e vindas, a Receita Federal op-tou pela implementação do selo de controle. Tivemos alguns problemas no início da implementação, mas hoje o selo de controle já está em vigor em todo o País.

No que se refere à própria questão da tributação, que foi levantada aqui pelo Dr. Celso Panceri, só para que os senhores tenham uma ideia em termos de va-lores, hoje, na tributação do IPI, que é o imposto mais voltado especificamente para a produção industrial no Brasil, nós temos alíquotas específicas de valores específicos de IPI, diferentemente da tributação nos Estados, onde há uma alíquota fixa em torno de 25% por se tratar de bebida alcoólica. A tributação do IPI se dá por faixas de enquadramento fiscal; e essas faixas de enquadramento fiscal dependem da capacidade do recipiente e do preço fabricado pelo produtor.

Hoje, o IPI tem duas faixas, nas quais se situa a tributação do IPI – a mínima é de 14 centavos por gar-rafa, e a máxima é de 73 centavos por garrafa. Ou seja, hoje não se paga mais do que 73 centavos por garrafa de vinho no País, a título de Imposto sobre Produtos Industrializados. Isso foi decorrente de... A última vez que esse imposto foi aumentado, chegando a esses valores, foi em 2008. Anteriormente a isso, o último aumento ocorrido foi em 2001/2002, salvo engano, e desde então os valores são fixos. Só se faz a correção, via aumento, por decreto presidencial.

A questão da adesão ao SIMPLES, que foi abor-dada pelo Dr. Celso Panceri, é complicada. Já há um debate intenso sobre isso na Receita Federal há anos,

não somente em função do setor de vinhos, mas dos próprios setores de bebidas como um todo. Ou seja, a permissão ou possibilidade de se permitir a adesão ao SIMPLES pelo setor de fabricantes de bebidas, es-pecialmente pelo setor de bebidas alcoólicas.

Não estou aqui para fazer juízo de valor sobre a questão do vinho, da qualidade do vinho, da história da produção do vinho no Brasil. Hoje recebemos todos os setores na Receita Federal. Assim como há os produto-res de vinho, temos produtores de cerveja, produtores de aguardente. Então, há uma série de outros setores da economia que também têm seus pleitos específicos. E temos uma preocupação, especialmente em relação a essa questão do SIMPLES, porque a tributação do IPI, em função de um comando constitucional, diz que os produtos devem ser graduados segundo a essencia-lidade. As bebidas alcoólicas, independentemente de que sejam vinho, cerveja ou aguardente, entram dentro dessa categoria e, portanto, têm um tratamento diferen-ciado no campo tributário, em relação ao cumprimento de obrigações acessórias, de pagamento de tributos, de escrituração de livros fiscais. E a maioria dos que aderem ao SIMPLES está dispensada de muitas delas.

Vou levar novamente este assunto para o Gabine-te do Secretário, como pleito do setor, após conhecer com mais profundidade a situação que temos hoje no Sul do País. Já conhecia o Sul do País; contudo, mais como turista, por ter visitado o Vale dos Vinhedos e Caminhos de Pedra, no Rio Grande do Sul. Mas hoje temos noção da situação de forma bem mais clara.

Em suma, Deputado, basicamente essas são as questões que queria apresentar. Como eu disse, a Receita Federal está à disposição para conversar com o setor e buscar alternativas para tentar minimizar os problemas que foram aqui levantados. E me coloco à disposição para eventuais questionamentos ao longo da audiência pública.

Obrigado. O SR. PRESIDENTE (Deputado Celso Maldaner)

– Obrigado, Sr. Marcelo Menezes.Agora vamos passar a palavra ao Sr. Maçao Ta-

dano, Diretor do Departamento de Inspeção de Pro-dutos de Origem Vegetal.

O SR. MAÇAO TADANO – Sr. Deputado Celso Maldaner, Presidente desta sessão, Srs. Deputados Moacir Micheletto, Onyx Lorenzoni, Luis Carlos Hein-ze, Valdir Colatto, Darcísio Perondi, volto a esta Casa, cada vez que recebo convite, sempre com muito prazer e honra, porque me lembro de situações que vivemos aqui entre 1983 e 1987. O tempo era outro, a regra era outra, mas os problemas eram mais ou menos assemelhados.

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Fico feliz, ficamos felizes com o que ouvimos aqui hoje pela manhã. E parabéns aos Srs. Parlamentares que acolheram a proposta do nosso Presidente de in-verter a pauta, para que os senhores, que representam o setor, pudessem vir aqui para apresentar a realidade do que acontece em nosso interior, praticamente lá em Santa Catarina, Paraná, e com meus companheiros lá do Rio Grande do Sul, que estão em situação asse-melhadíssima – sabemos disso.

Quero enaltecer, então. Vejo que, com relação a muito do que foi dito aqui, esta Casa, a Comissão de Agricultura, a Câmara, o Senado, os Deputados e os Senadores podem, juntamente com o Governo, buscar um entrosamento mais estreito para mediar situações e etapas a serem superadas.

Os senhores se lembram de que, outro dia, em março, estávamos aqui, quando tratamos daquelas Cartas Consultas nºs 112 e 117, da ANVISA. A Dra. Rita do MDIC estava conosco. Então mais uma vez falamos de que precisamos encontrar uma posição de Governo em relação a esses temas. E este tema aqui do vinho, dos produtores, da produção, da infraestru-tura, da assistência, do crédito, da comercialização, das dificuldades, da adequação à legislação, passa também por tudo isso.

Os Deputados têm larga vivência no assunto. Te-nho certeza de que o Banco do Brasil não vai se furtar de atender a uma necessidade de financiamento aos produtores rurais de São José dos Pinhais, de Salgado Filho, no Paraná, ou de outro lugar, desde que isso seja encaminhado devidamente. Acho que nossos colegas fiscais também, lamentavelmente, muitas vezes de for-ma precipitada, podem ter gerado uma situação. Mas hoje todos eles estão conscientes de que a fiscalização não é no sentido punitivo, mas no sentido orientativo. É sentar, conversar, mediar situações, para encontrar esses caminhos. É por isso que o nosso colega Ber-nardo vai falar com os senhores um pouco, com rela-ção a essa parte normativa, em que ponto ela pode ser ajustada, em que ponto podemos nos enquadrar e o que será preciso fazer depois.

Eu sei que o Deputado Ângelo marcou uma audi-ência com o nosso Deputado Rossi para as 17h30min. Muitos dos senhores lá estarão. Possivelmente, nós também estaremos presentes. Mas o nosso Ministro é de marcar etapas, situações, tarefas, cobrar. É isso o que vai acontecer. Os senhores sabem muito bem que o nosso Ministério, além de tratar do tema vinhos... Vejam que a França tem toda uma classificação para queijos, embutidos, carne, etc. É por isso que temos a parte de produtos veterinários, insumos agrícolas, sanidade vegetal, sanidade animal. Ainda agora, nós tivemos esse problema com a Rússia, com relação à

exportação que foi suspensa no Rio Grande do Sul, Paraná, Mato Grosso do Sul. Há uma missão que irá à Rússia para negociar. O Ministro falará sobre isso com os senhores, também.

É nesse caminho, então, que gostaria de pedir ao nosso amigo Bernardo Medina, que é fiscal fede-ral pecuário, que alinhe um pouco sobre essa parte normativa. Bernardo, por favor, dou-lhe os parabéns e me coloco à sua disposição.

E, quanto a essa festa, se for muito próxima, proponho-me a lá comparecer, reunir-me com o povo de Salgado Filho, em São José dos Pinhais. Sou filho de Cornélio Procópio. Estudei no Colégio Santa Maria, em Curitiba. Então, volto às origens e me proponho a sentar com essas entidades para buscar tarefas e soluções. Irei até lá com o máximo prazer! (Palmas.)

O SR. BERNARDO MEDINA – Boa tarde a todos.É com prazer que o Ministério da Agricultura

vem a esta audiência para prestar os esclarecimen-tos necessários e informar a todos as bases legais de que dispomos. Imagine-se uma ação indevida, quem sabe, de um colega fiscal. Mas saibam inicial-mente que o colega fiscal agropecuário que atue em qualquer lugar do território nacional se obriga a ob-servar os princípios legais que estão estabelecidos. E ele assim deve fazer; se não o fizer, se extrapolar, há meios legais para que se cobre do Ministério da Agricultura por tudo aquilo que for feito – se houver algo indevido, ele tomará as medidas necessárias para que isso seja corrigido.

Nossa exposição se intitula “Legislação Relativa aos Aspectos Tecnológicos da Produção do Vinho e Derivados da Uva e do Vinho”.

Essa atividade é estabelecida por uma lei es-pecífica para esses produtos – derivados da uva e o próprio vinho –, que é a Lei nº 7.678, de 1988, que foi regulamentada pelo Decreto nº 99.066.

Portanto, tudo o que se vier a imaginar, enfim, se se quiser saber como produzir, que caminhos adotar, é preciso procurar essa base legal para verificar se os produtos estão ali abarcados, previstos, e o que tem que ser feito para que se venha a produzir.

Então, é pré-requisito para produzir e comercia-lizar vinhos e derivados da uva e do vinho um atendi-mento inicial a boas práticas de fabricação. Mas isso demanda antes o registro do estabelecimento. Isso é por que o fiscal federal agropecuário quer? Não. É porque a lei assim determina e ele tem que fazer cumprir a lei. Isso é uma exigência dessa lei, como mencionei, nos arts. 27 e 28. Ali está estabelecida a obrigatoriedade legal nesse sentido.

O estabelecimento que ali se define tem um ca-ráter jurídico, de uma empresa jurídica. Por isso, deve

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ter CNPJ. Isso tem abrigo na legislação, conforme parecer da Consultoria Jurídica do Ministério da Agri-cultura que assim define.

Há procedimentos também definidos para esse registro estabelecidos na Portaria nº 283, de 1998. Ali são listadas todas as necessidades que o produtor de uva ou derivado da uva e do vinho tem que observar para vir a se enquadrar nas bases legais que regulam essa produção e essa atividade.

Disso fará parte uma vistoria que vai considerar as boas práticas de fabricação. Certamente estão interes-sados em observá-las, porque, se assim não o fizerem, os produtos, os vinhos, enfim, as bebidas que vierem a produzir vão ter problemas. Naturalmente. E não há fiscalização mais exigente que a do consumidor que identifique algo de indevido, inadequado e impróprio no produto. Isso queima a imagem de quem produz a bebida.

O Ministério da Agricultura está, por mais que seja visto com certo rigor em suas atividades, ajudando nesse sentido. Ele tem a obrigação de fazer observar esses princípios para que a produção seja adequada.

Falamos inicialmente de registrar o estabeleci-mento produtor. Também o produto, a bebida que vier a ser produzida demanda um registro no Ministério da Agricultura, mais uma vez estabelecido pela Lei 7.678, em que se deve comprovar o atendimento aos padrões de identidade e qualidade.

Entendi o ponto de vista exposto. Talvez dê uma ideia inicial de que tem que ser tudo igualzinho. Mas não é bem isso. Só para esclarecer, são padrões que estabelecem critérios mínimos para serem observados. Critérios quanto à higiene, à característica básica do produto. Só para ter uma identificação mais clara e mais fácil, quando nós, na nossa casa, partimos uma laran-ja e a esprememos, o que obtemos é suco de laranja. Se pusermos uma gota de água, não é mais suco de laranja, deixou de ser suco de laranja, embora seja prática comum chegarmos a uma lanchonete e pedir-mos um suco de laranja. Na realidade, o que está ali posto muito provavelmente é um néctar ou um refresco.

Então, o padrão de identidade e qualidade define esse tipo de situação, mas em relação à variedade de uva que se vai utilizar, que dá um gosto especial ao produto, e suas características quanto ao vinho que se vier a produzir, é claro que o Ministério da Agricul-tura não está criando nenhum tipo de impedimento. Não faria sentido.

Então, exigências estabelecidas pela Lei 7.678; análise da composição do produto, para ver se esses padrões foram observados; análise de ensaios físico--químicos; análise da rotulagem que se pretenda utili-zar; procedimentos definidos na portaria, como havia mencionado anteriormente.

O eslaide seguinte menciona o registro de uma cooperativa de produtores. Os produtores de cachaça hoje já lançam mão dessa forma de produzir. Talvez essa seja a melhor saída, quem sabe, a adotar.

Fala-se em custos, que o pequeno produtor terá dificuldades de arcar com um responsável técnico e com as instalações. Quando se juntam, têm uma ca-pacidade melhor de lidar com essas situações. Talvez essa seja a melhor saída, e ela tem previsão legal, já existe. Poderão pensar em como adotá-la. O Ministé-rio já pensou em poder contribuir nesse sentido, tendo examinado o assunto anteriormente.

Essa saída contribui para diminuir custos admi-nistrativos, como pagamento de responsável técnico, obtenção de CNPJ e manutenção dos registros no Mi-nistério da Agricultura, que não são pagos. O registro não é pago, é gratuito. Mas talvez haja necessidade de que alguém venha a acompanhar o processo.

Enquanto estão individualizados, os produtores talvez tenham que arcar com isso de maneira também individualizada, e os custos talvez se mostrem não suportáveis por eles. Então, a cooperativa se mostra algo a examinar pelo setor, pela associação, pelos pró-prios produtores. Ela tem base na instrução normativa aí identificada, a Instrução Normativa do Ministério da Agricultura nº 34, de 2006. Examinem-na e vejam o que pode ser feito.

Obtido o registro, o que é preciso observar? A fiscalização, regulamentada pelo Decreto 99.066, é executada, por exemplo, no Rio Grande do Sul, pelos fiscais federais agropecuários, mas também por fiscais da própria Secretaria de Agricultura local. O Ministério da Agricultura pôde contar com a ajuda deles por lá. O estabelecimento é observado, ao ser inspecionado, quanto a boas práticas, como mencionamos também, nas questões documentais e de rotulagem que esteja utilizando.

A estrutura do laboratório também é utilizada para checar se o que havia sido programado e compromis-sado pelo produtor da bebida continua a ser observado ao longo do processo. As fiscalizações são o momento adequado para isso.

Na questão da interação com outros órgãos, é também interessante observar que a Organização Inter-nacional da Vinha e do Vinho – OIV faz recomendações técnicas que são harmonizadas internacionalmente. O MERCOSUL também define – o Brasil participa do grupo – regulamentos técnicos baseados tanto na OIV quanto nas suas decisões tomadas de forma colegiada.

De maneira nacional, no Brasil, o Ministério da Saúde, por meio da ANVISA, estabelece normas so-bre aspectos sanitários da produção de alimento, no quesito da saúde pública, e o Ministério da Justiça,

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por meio do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor, apresenta suas recomendações, base-adas, obviamente, no Código de Defesa do Consumi-dor, instrumento legal muito útil e elogiado por muitos países como um avanço do Brasil.

Que iniciativas o Ministério da Agricultura já to-mou para que essas situações pudessem ter algum avanço? Talvez não o desejado, mas tomou iniciativas. Estamos buscando uma atualização do regulamento da Lei 7.678. O Decreto 99.066, que regula essa lei, está sendo revisado. Há uma consulta pública, apre-sentada pelo Ministério da Agricultura, para elaboração da instrução normativa sobre padrões de identidade e qualidade. E há uma consulta pública que trata da elaboração da instrução normativa sobre práticas eno-lógicas, produtos que podem vir a ser utilizados na produção do vinho.

Quanto a desafios e alternativas de solução, sentimos falta de uma ampliação dos serviços labora-toriais, para que possam nos ajudar, nos dar suporte nas ações de fiscalização. Trata-se de credenciar novos laboratórios e aumentar a capacidade de desenvolvi-mento e validação de métodos de análises. Por vezes se imagina produzir uma determinada bebida por outro método. Será que é possível? Será que esse método de produção agrega substâncias que não podem ser agregadas? Se o laboratório nos ajudar mais, teremos melhores condições de examinar o pleito.

E ampliação da abrangência de fiscalização. Isso por meio do SUASA, talvez já conhecido de alguns. À semelhança do que temos na saúde, o sistema único de atenção à saúde, teríamos algo para a agropecuária, ajustando e implementando o SUASA nas questões de produtos vegetais e de origem vegetal, para que as-sim possamos contar com uma conjunção de esforços da parte dos Estados e também dos Municípios. Mas essa adesão é voluntária. Então, gostaríamos de po-der contar, por exemplo, com o Prefeito que está aqui para examinar esse assunto.

Estou concluindo. Só falta finalizar um eslaide. Que possam, então, ver como aderir a esse sistema. Ele não está pronto de todo, mas está bem encami-nhado. Isso seria de ajuda bastante grande para que dificuldades como essas pudessem vir a ser superadas.

Por vezes, quando se fala em contratação de pes-soal, alguns criam uma certa resistência. Mas estamos vendo matérias na televisão em que a Receita expõe as suas dificuldades, assim como a Polícia Federal, em função do efetivo diminuto, por ser a fronteira do Brasil tão extensa. E nós não atuamos somente na fronteira, assim como os colegas desses outros órgãos também não. Temos grande dificuldade de atuação nesse sen-tido, e o SUASA nos ajudaria.

Para terem ideia, no Rio Grande do Sul, traba-lhamos com – o número é um tanto estranho – quatro fiscais e meio. Por que meio fiscal? Vão cortar alguém? Claro que não, mas é porque ele presta seus serviços tanto a áreas de bebida quanto a outras áreas do Mi-nistério. O Rio Grande do Sul é bastante grande para que quatro fiscais e mais uma parte do trabalho de ou-tro venha a dar conta das suas atividades a contento.

Enfim, o Ministério da Agricultura está à disposi-ção para que possam trocar ideias conosco e possa-mos ver formas de conduzir esse assunto de maneira que os produtos sejam produzidos com higiene e boa qualidade. Isso é do interesse de todos os que produ-zem, não tenho dúvida, mas talvez desconheçam que algumas práticas que adotam ou pensam em adotar não trazem benefícios. Podem baratear os custos, mas trazem riscos ao produto que estão produzindo. Isso não vai ser uma história de sucesso se se prolongar dessa maneira.

Nós nos colocamos à disposição. Helder Borges é o Coordenador, e eu sou o substituto dele na Coor-denação-Geral de Vinhos e Bebidas.

Obrigado.O SR. PRESIDENTE (Deputado Celso Maldaner)

– Obrigado, Bernardo.Passamos à última palestrante, a Sra. Rita de

Cássia Milagres, Coordenadora-Geral de Agronegó-cios da Secretaria de Desenvolvimento da Produção do MDIC, pelo prazo de 15 minutos.

A SRA. RITA DE CÁSSIA MILAGRES – Obrigada.Boa tarde a todos. Queria cumprimentar inicial-

mente o Deputado Celso Maldaner, na pessoa de quem cumprimento todos os Deputados presentes. Queria cumprimentar também os colegas que palestraram e os representantes do setor privado presentes e agra-decer o convite feito ao MDIC.

O nosso Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior tem estado muito atento a esse setor. Em 2008, quando implantamos a política de de-senvolvimento produtivo, um dos setores que focamos, ao qual ficamos bastante atentos, foi o setor do vinho. Hoje, é muito importante que estejamos aqui ouvindo o pessoal do vinho colonial, do vinho artesanal, um ni-cho ao qual temos realmente que estar atentos e que temos de focar um pouco mais.

Eu queria dizer que várias coisas têm sido feitas pelo vinho. Temos trabalhado muito com esse setor. Acho que esse setor artesanal é um nicho, e vamos focá-lo. O Ministério ficou atento. Precisamos estar pre-ocupados com a sustentabilidade da pequena produ-ção, além do aspecto de gerarmos emprego e renda para o Brasil. Particularmente, para o nosso Ministério, a questão da balança comercial é de fundamental im-

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portância. O vinho e derivados hoje nos dão um défi‑cit na balança comercial de 190 milhões de dólares. Então, precisamos trabalhar isso.

E o Ministério vem fazendo isso. Temos apoiado muito no marketing, na promoção do nosso vinho no exterior, o que tem dado um impacto muito interessante nos outros países. Os demais países estão conhecendo o nosso vinho. Temos trabalhado muito na pesquisa, para entender o setor. Fizemos isso de 2008 a 2010, e o setor reconhece muito o trabalho que o MDIC vem fazendo no sentido de agregar valor.

Se hoje olharmos a balança comercial, veremos que as exportações do setor da vitivinicultura vêm aumentando só nas uvas, o nosso produto básico. E vemos uma trajetória crescente das importações de vi-nho. Isso está lá para todo o mundo ver. Estamos cada vez mais importando vinho do Chile, da Argentina, da Itália, de vários países.

O MDIC, com os instrumentos de que dispõe, tem ficado atento, dentro do acordo da OMC, a tudo o que pode ser feito. Na semana passada, combinamos com o setor que ele vai entrar com pedido de salvaguar-da para o vinho nacional. O MDIC está com a maior boa vontade, atento a isso, no sentido de fortalecer a balança comercial. Quem sabe se daqui a pouco não vamos poder exportar nosso vinho colonial? Estamos prontos para trabalhar junto com o setor.

Eu tinha preparado um monte de outras coisas, dados sobre o que o setor tem gerado em termos de emprego. Não podemos deixar isso de fora. Temos que pensar no que estamos gerando no País de emprego, de renda vinda desse setor. Não vamos abrir mão dis-so, não. Temos que tratar de fortalecer o setor. O nosso foco sempre foi fortalecer a competitividade desse setor.

Pensando aqui depois de todos as explanações, vejo que, além de todos os instrumentos de promoção comercial, de fortalecimento da pesquisa, de assistên-cia técnica – também temos participado disso –, de modernização da vitivinicultura no Brasil, um desafio que nos colocaram também, poderíamos trabalhar o vinho artesanal colonial com um instrumento de que dispomos, os APLs, Arranjos Produtivos Locais.

Identificado, por exemplo, no Município de Sal-gado Filho, esse setor importante, várias instituições focariam em fortalecer o setor na região. Então, tería-mos financiamento, junto com assistência, instrumen-tos de pesquisa. Eu nem tinha pensado nisso, mas acho que é um instrumento de que o MDIC dispõe. O Ministério coordena, tem parceria com todos os agen-tes financeiros, de pesquisa, de assistência. Podemos focar esses arranjos para desenvolvermos o setor no sentido não só de financiá-lo, mas também de atender às exigências que lhe são feitas.

Hoje, no Ministério, está muito claro que, se al-guém quiser exportar, quiser atingir determinado merca-do, tem que atender à legislação que é imposta. Então, vamos trabalhar juntos. Vamos trabalhar no sentido de fortalecer o setor. Com certeza, posso dizer aqui que o MDIC é um grande aliado de vocês. Estamos falando em agregar valor. Ficamos incomodados quando pe-gamos a balança comercial do mês passado, em que 50% das nossas importações são de produto básico.

Precisamos agregar valor. Ouvimos isso dentro do Ministério o tempo todo. Temos que agregar valor aos nossos produtos. E na hora em que temos um setor que está fazendo esforço fenomenal para agre-gar valor, os produtores estão sujeitos a ser alijados do processo, porque não existe política voltada para eles, não se pensa no setor.

Então, acho que um compromisso do Governo é focarmos o setor. Em substituição a essa política de 2008 de que falei, vai ser lançada agora uma política de desenvolvimento da competitividade, em que só se fala em agregar valor, em inovar, em focar as empresas e trabalhar para darmos um salto de competitividade não só no mercado interno, mas no mercado internacional.

Então, eu queria colocar que no MDIC, na nossa coordenação, particularmente – digo a todos os seto-res do agronegócio –, as portas estão escancaradas para vocês. Temos o maior prazer nisso, temos con-versado com representantes de todos esses setores, focando muito os aspectos com os quais o Governo está preocupado. Vamos fortalecer a nossa balança comercial, vamos fazer com que haja inovação – aí está um ponto importante para trabalharmos –, vamos modernizar o nosso setor.

Então, contem com o MDIC. Nós estamos lá. Podemos deixar o nosso contato. E vamos trabalhar. Eu acho que uma alternativa muito a curtíssimo prazo seria vocês encaminharem ao Ministro solicitação de que sejam trabalhados esses APLs. Para mim, é um instrumento poderoso, potencial. O MDIC não faz so-zinho, mas junto com todo o Governo. Eu acho que é uma alternativa muito de curtíssimo prazo.

Fora isso, estamos à disposição dos senhores. Tenham o MDIC como um aliado desse setor.

Muito obrigada. (Palmas.)O SR. PRESIDENTE (Deputado Celso Maldaner)

– Queremos agradecer à Sra. Rita, do MDIC.É uma pena que a audiência não tenha sido

cem por cento, porque faltou a presença do MDA. Se-ria muito importante hoje, especificamente, Deputado Onyx, que propôs audiência, a presença do MDA, por-que estamos muito preocupados aqui. Que bonita é a agregação de valores, que pregamos, à agricultura familiar. Mas estamos muito preocupados com a nossa

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desindustrialização, em todos os setores. Se pudésse-mos proibir fracionado... É o peixe que vem dos países asiáticos fracionado, é a farinha que vem fracionada, é o vinho. E o nosso mel não podemos exportar para a Europa fracionado, só em bombonas de 200 quilos. Se pudéssemos fazer um acordo internacional... É muito oportuno levar esse assunto ao Ministro.

Passo a palavra, por 5 minutos, ao Deputado Onyx Lorenzoni, autor do requerimento para realização desta audiência pública, que é muito oportuna.

O SR. DEPUTADO ONYX LORENZONI – Bom, primeiro, quero agradecer a presença a todos, princi-palmente aos Deputados, que prestigiaram esta audi-ência pública em grande número – um grande número de Deputados está aqui neste momento.

Ouvi muito aqui falarem de competitividade, de padrão de identidade e qualidade, de nivelamento com os competidores internacionais. Quero lembrar uma premissa que é fundamental que todos entendam: estamos falando aqui é de sobrevivência.

Ou seja, nós temos uma atividade, a produção de vinho colonial artesanal, que, na verdade, tem uma história preservada, a experiência que a colonização italiana trouxe para o Brasil.

Então, quando vemos o Brasil disputar mercado lá fora com champanhe e vinho, é claro que (ininteli‑gível) esforço. Agora, é muito como o Joaquim disse: a Valduga, a Salton, a Aurora, a Miolo, todas elas um dia foram Joaquim. Aliás, a Miolo guarda, no meio do seu parque industrial, a casa onde nasceram os que hoje dirigem a empresa, como forma de lembrar sem-pre da sua origem.

Na verdade, estamos buscando – e aqui vários Parlamentares associaram-se a esse pedido, Presi- associaram-se a esse pedido, Presi-dente Celso – ser capazes de fazer uma adequação da legislação para permitir que essa experiência que já varou gerações continue podendo ser executada. O que pedem os produtores de vinho colonial? Vinte mil litros. Isso é agricultura familiar. Não é para disputar medalha de ouro em Paris. Isso é para a Salton, para a Miolo, para a Valduga, para essa gente que está nessa linha – e que é tão importante quanto o que estamos assistindo aqui. Ou as vinícolas de Santa Catarina ou do Paraná, as de grande porte.

Maçao, refiro-me a ti porque creio que, com res-peito a todos, tu captaste o que estamos tentando fazer aqui. O que estamos tentando fazer aqui é encontrar um caminho pelo qual, via arranjos produtivos locais, o Prefeito de Salgado Filho possa estruturar e dar condi-ção ao seu produtor de avançar. Através de convênios.

E quero lembrar aqui que eu, Deputado Estadu-al, fui o propositor no Rio Grande do Sul do primeiro SIM do País. A lei de regulamentação do Serviço de

Inspeção Municipal lá no Rio Grande do Sul começou comigo. E por quê? Porque sou veterinário. Porque conheci a realidade no meu Estado, que foi detentor das maiores cooperativas de carne no País. Elas fo-ram dizimadas. Por duas razões. Primeira: havia um princípio de federalização. E fala aqui um filho de um ex-fiscal do Ministério da Agricultura e professor uni-versitário. A federalização obrigou, por um lado, uma adequação que colocou na informalidade milhares de estabelecimentos, no Brasil todo, na área de carnes. E os pequenos – unidos jamais serão vencidos – des-truíram o maior sistema cooperativo de carnes que o Brasil já teve no meu Estado com a FECOCARNE, que era algo poderosíssimo.

A CICADE, na época, Maçao, lá na década de 70, 80, colocava 10 ou 20 dólares a mais na tonelada de carne por causa da sua marca, uma das primeiras marcas que o Brasil constituiu fora do País. Isso tudo se perdeu, exatamente porque não se estabeleceram degraus, steps. Uma coisa é a grande indústria; outra coisa é a média indústria; e outra coisa completamente diferente são os Joaquins da vida.

O Prof. Frizzo trouxe aqui, com rara felicidade, um conjunto de demandas que vai desde a adequa-ção de legislação para que eles possam, sim – como hoje podem o pequeno fabricante de embutido e o que faz o produto lácteo dentro de um Município, o que o Prefeito aqui conhece muito bem –, produzir com um padrão de identidade e qualidade, preservando a saúde. O Bernardo tem razão nisso. Mas temos que achar um espaço na legislação para garantir a sobre-vivência, porque não se trata apenas da manutenção de pessoas ou de uma atividade econômica. É mais do que isso: é gerar turismo, manter a história de ge-rações a gerações.

Na Suíça, as pessoas se encantam com o quei-jo produzido por uma família. Na França, acontece a mesma coisa com o vinho produzido por uma família. Aí é que está o sabor, a graça. Aí é que está a diver-sidade que nos faz tão ricos.

Não queremos que essa riqueza termine no sul do Brasil, nem em parte alguma do País. Então, po-demos reunir-nos com o MDIC para tratar da questão dos arranjos produtivos locais, somada a uma sensibi-lidade que Marcelo trouxe aqui, da Receita, de buscar um espaço que inclusive eu creio que até já exista na legislação hoje, talvez só precise de um enquadramen-to e um ajuste, para que eles tenham a possibilidade de fazer a venda com a nota do produtor, simplificada. Qualquer um sabe fazer.

E lá no Ministério devemos achar uma fórmula que nos dê condição de garantir, sim, qualidade – isso é inquestionável – para que eles possam, por exemplo,

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fazer o que Joaquim vai fazer daqui a pouquinho: abrir um pouco de vinho. Esse vinho não pode ser guarda-do. Esse vinho tem de ser consumido no mesmo ano. Essa é uma produção, acima de tudo, muito mais de fundo cultural do que propriamente de fundo econômi-co. Por isso ela tem um valor que se multiplica expo-nencialmente. A experiência do Paraná, que agrega o turismo, acaba captando essa experiência fantástica de resgatar toda essa história da colonização italiana. Então, aqui eu quero só concluir pedindo a Joaquim que depois disponibilize um pouco do vinho que ele trouxe.

E que todos nós trabalhemos com esse intuito, de coração aberto, com a vontade de fazer com que essas pessoas que cumprem um papel muito impor-tante no Brasil, no Sul do Brasil, em vários Estados do Brasil, possam continuar sua atividade.

Sr. Presidente, era isso. Joaquim só quer dizer o que ele enfrentou de dificuldade, às vezes por falta talvez de sensibilidade, de fiscalização. É uma palavra que ele quer trazer, e nós temos de entender isso no âmbito da luta e da dificuldade que eles têm.

O SR. JOAQUIM LORENZONI – Aquela senhora falou dos milhões. Nós não vamos atrapalhar nada, nada, nada! Somos pequenos produtores. Nós já expusemos aqui. Nós pedimos até 20 mil litros, mas não é isso. O cara produz 1.000 litros, 500 litros, e os fiscais fazem uma devassa, como a que eles fizeram em 3 de maio do ano retrasado. De vez em quando eles pegam um Município e esculacham mesmo, deixem o cara (ininteligível) depositário, entendeu? O cara com 1.000 litros... O pequeno produtor está vendendo um pouco de leite para agregar valor, ar-rumar dinheiro, arrumar tutu, vai vender a metade do vinho ou mais ainda para poder pegar mais um car-vãozinho para poder sobreviver. É preciso entender isso aí do pequeno.

Eu disse para vocês: nós temos lá 2.600 hectares onde estão 120 famílias, e não é só lá. De Chuí para o lado de Santa Catarina é a mesma coisa. Peguem da Argentina até a costa do Uruguai – nós chamamos de costa do Uruguai o noroeste do Estado – e vocês vão ver quanto pequeno produtor há. Nós não estamos competindo com esses grandes produtores de vinho.

Uma coisa que eu queria dizer para o senhor, porque o senhor falou em cooperativa, é muito fácil, e todo o mundo sabe que há o cara que é muito ca-prichoso, que quer se identificar com o vinho, com queijo, com salame, com qualquer coisa que faça, e tem aquele produtor que vai se associar e não é nada caprichoso, e daqui a pouco... Para o vinho colonial a uva é escolhida à mão, gente, e para os outros vinhos não. Aí o cara usa a uva que já passou, apodreceu, o bicho furou, está formando acidez. Então, de coope-

rativa ou associação eu já caio fora, caio fora mesmo. Cooperativa ou associação não queríamos fazer. Os fiscais já disseram – nós temos muita orientação da EMBRAPA de Bento –, e lá havia um professor, um doutor que dizia que é preciso identificar a qualidade e o microclima da região na qual cada produtor faz seu vinho e apresenta aquele vinho para o turista que está lá. É uma maneira, assim...

O SR. PRESIDENTE (Deputado Celso Maldaner) – Obrigado. Os Deputados entendem o Sr. Joaquim. Todo o mundo entende.

O SR. DEPUTADO ONYX LORENZONI – É cla-ro, é claro. E eu vou gastar 10 segundos só para dizer da importância também que damos, os produtores, à perspectiva de haver zoneamento, quer dizer, uma distância, 100 quilômetros ou alguma coisa desse tipo. Na verdade, é para caracterizar que é uma produção muito local, para ser consumida no local, mas é fun-damental que nós criemos uma legislação que possa garantir dignidade e sobrevivência a eles.

Era só isso. Obrigado, Sr. Presidente. O SR.PRESIDENTE (Deputado Celso Maldaner)

– Passo a palavra ao Deputado Luiz Carlos Setim, democrata do Paraná, que é coautor do requerimento que propôs esta audiência pública.

O SR. DEPUTADO LUIZ CARLOS SETIM – Sr. Presidente, Srs. Parlamentares, senhores expositores, eu acho que nesta audiência nós voltamos um pou-co no tempo. E eu observei, Dr. Marcelo, quando nós vimos o eslaide do Sr. Joaquim, que ele fixou ali uma repartição, a Exatoria de Rendas Federais. Imaginem como ele voltou no tempo! Eu lembro que quando era garoto trabalhava no Bamerindus e atendia ao exator federal lá no nosso Município de São José dos Pinhais. (Risos.) Mas eu acho que dessa tradição é que vive o Brasil, e principalmente o Brasil do interior.

Rosana fez uma exposição daquilo que é hoje o Caminho do Vinho lá, e das tradições de São José dos Pinhais, agregando ao turismo. Não é só o vinho. Não sei se os senhores observaram nos eslaides. Lá produz-se vinho, produz-se pão, produz-se salame, produz-se queijo, e é um caminho turístico. E muitas vezes em algumas propriedades temos até algumas vacas de leite, algumas coisas para que aquelas crianças que vêm dos apartamentos saibam que o leite vem é da vaca, não é do supermercado. Então, são coisas assim que a gente procura demonstrar nessa produção.

E acho que Onyx foi muito feliz quando falou dessa necessidade, e eu acredito que não está muito longe de nós resolvermos esses problemas, porque nós, para o nosso desprazer, verificamos a interdição de algumas cantinas, e graças à interferência do nosso

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delegado federal lá do Paraná firmou-se um termo para que se desse mais um prazo, para que essas cantinas continuassem sobrevivendo.

Nós que fomos Prefeitos daquela cidade – está aqui o Deputado Leopoldo, que também foi Prefeito depois de mim lá na cidade –, como Prefeitos nós procuramos fazer com que as pessoas continuem no campo. O êxodo rural cria um problema de inchaço nas grandes cidades, principalmente a nossa, que é próxi-ma da Capital, de Curitiba. E nós fizemos um grande trabalho, continuado depois por Leopoldo, no sentido de incentivar o produtor. Há um ditado que ensina que se o produtor ganhar dinheiro no campo ele não vai para a cidade. Eu acho que isso é o que nós estamos tentando fazer. E com essa interdição, o que eles vão fazer? Vender as propriedade e ir para a cidade, com-prar um apartamento e viver lá no centro, e seus filhos vão procurar emprego também na cidade.

Então, esta é uma audiência em que estou ob-servando a grande presença dos Deputados, e parece que não está muito difícil. Tanto Marcelo como a Dra. Rita, o Dr. Tadano, o Dr. Medina, acho que foi oportuno ouvirem primeiro o Sr. Joaquim, com toda a sua sim-plicidade, falar da sua história, do seu trabalho, da sua dedicação, da tradição da família, daquele que produz vinho. Eu lembro-me de que eu também – eu tenho uma chácara lá –, eu também produzia vinho. Só que eu era menor, Joaquim. Eu produzia 1.000 quilos de uva. Era a produção que eu tinha na minha chácara. Só que a pérola comeu, e hoje eu tenho de buscar vinho lá no Mergulhão, lá em Campina do Taquaral; acabou-se a minha produção de vinho, como foi aqui declarado por Rosana, lá de São José dos Pinhais.

Então, dentro dessa visão, eu acredito que... fiquei um pouco surpreso, Marcelo, quando você nos disse que não tem nenhuma reivindicação, nenhum pedido, ou de APL, ou de alguma legislação específica para esses pequenos produtores. Nós falamos muito aqui em agricultura familiar, incentivos para agricultura fa-miliar, possibilidades para o pequeno agricultor, e está aqui Assis, que é um grande defensor da agricultura familiar. Nós também somos defensores da agricultura como um todo, mas principalmente da agricultura fa-miliar, eu, Micheletto e outros. Então, fiquei um pouco, assim, abismado, porque parece que vocês não têm nenhum pedido a fazer. Até anotei aqui: temos de fazer algum pedido oficial à Receita Federal, dando – quem sabe? – algumas coisas.

Eu conversava com a doutora: hoje nós temos produtor rural tanto de boi como de mandioca, de la-ranja ou de café. O produtor rural é o rural, com CPF, não precisa ter CNPJ. Quem sabe se o nosso produtor artesanal de vinho, com um CPF e um bloco de pro-

dutor, que é autenticado pela Receita Estadual, ficaria com o compromisso de dar a nota? Não sei se eles vão emitir todas as notas, mas pelo menos, tendo essa inscrição, ele vai ter uma responsabilidade junto à co-munidade, junto ao Prefeito, junto à associação local, para que isso funcione. Acho que simplificaria muito. Como foi dito aqui pelo pessoal, por Frizzo, o ônus de uma empresa organizada é muito grande. Pensou-se na cooperativa. Quem sabe se a cooperativa pode resolver isso? Ela é uma pessoa jurídica una. O pro-blema é a divisão desse ônus, desse custo e dessa produção, porque, como cada produtor, tenho certeza absoluta de que o Sr. Joaquim quer ver estampada na sua garrafa de vinho o seu rótulo, a sua marca, e lá na nossa cidade é a mesma coisa. Colombo, que é um grande produtor de vinho na região metropolitana de Curitiba, também tem o mesmo problema. Então, den-tro dessa visão – quem sabe, Marcelo? –, cabe uma inscrição com um CNPJ, logicamente com um mínimo de garantia e de instalações.

Eu observei que o pessoal estava pisando uva em uma moenda. Eu também já pisei. Eu também já amassei uva com o pé. Mas hoje já existe aço inoxi-dável, plástico, algumas coisas mudaram. Mas o pro-blema é que a ANVISA e o Ministério da Agricultura exigem muito, e há o problema do antioxidante e do conservante. Um dia desses eu conversei com um médico e ele perguntou se eu gostava de vinho, se eu bebia. Eu disse que sim. Ele disse que o vinho faz bem para a saúde, mas o problema é aquele pozinho, aquelas coisas que eles põem no vinho. Esses vinhos que nós tomamos da colônia não têm oxidante nem conservante. É lógico que eles são vinhos de curta duração, mas é aquele vinho que a pessoa toma, e a produção, como se disse aqui, não é tão grande. Ele é de consumo rápido e de venda rápida, e quando ele sobra vira vinagre. Não é isso? (Risos.)

Então, não está tão difícil. Eu fiquei, assim, sa-tisfeito quando ouvi Tadano dizer que isso é fácil de resolver. A Dra. Rita também disse que não é tão di-fícil. E quando Marcelo disse que dá para olhar, ver a legislação, e que isso pode ser encaminhado – quem sabe? – via CNPJ, talvez essa audiência pública seja o início de uma tranquilidade para esses nossos produ-tores lá do Paraná, de Santa Catarina, do Rio Grande do Sul, que conservam as nossas tradições.

E depois nós vamos experimentar o vinho do Sr. Joaquim para ver se ele é bom. Se der dor de cabeça, a culpa vai ser dele. Muito obrigado pela presença de todos. (Palmas.)

SR. PRESIDENTE (Deputado Celso Maldaner) – Dizem que o colonial não dá dor de cabeça, só o caseiro, não é? (Risos.)

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39656 Sexta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2011

Passo a palavra ao colega Valdir Colatto, que também é coautor do requerimento.

O SR. DEPUTADO VALDIR COLATTO – Sr. Presi-dente, Srs. Deputados, senhores palestrantes, eu quero cumprimentar Celso Panceri, em nome dos produto-res, e o Sr. Joaquim, que está aqui conosco. Na figura do Sr. Joaquim nós vemos o protótipo do italiano, do agricultor, desbravador, colonizador, enfim, daqueles que realmente construíram este País.

Infelizmente, hoje nós estamos deixando que se perca essa cultura, essa atividade, esse perfil do bra-sileiro que veio desbravar o Brasil. E certamente ele também fez como os nossos pais, foi desbravar as áre-as montanhosas para plantar as videiras, áreas que hoje estão sendo consideradas de APPs, e querem expulsa-los de lá. Por isso nós estamos construindo a Emenda 164, para manter esses agricultores lá, pro-duzindo, nas áreas que sejam de 45 graus, que não sejam de 45 graus, fazendo lá um trabalho que o Brasil despreza, mas outros países aplaudem. Em qualquer país do mundo o produtor de videira e de vinho está lá nas montanhas, está lá nas partes mais íngremes, produzindo as melhores uvas e os melhores vinhos. Todos nós sabemos disso. É essa a história da Euro-pa, de onde nós somos originários, e de outros países.

Mas quando ouvi Rosane dizer que é advogada de defesa dos produtores para defender os produtores do Ministério da Agricultura, Tadano, eu fiquei preocupado com isso. Temos de ter advogado para nos defender do Ministério que é o Ministério do agricultor? Aí, nós estamos perdidos! E na verdade é isso.

Eu queria aqui também cumprimentar Bernardo. Os fiscais agropecuários fazem um trabalho grande neste País, e às vezes fugindo um pouco da realida-de e do bom senso das coisas que existem lá, até por falta de experiência, talvez, de alguns que estão che-gando agora na casa, mas nós precisamos resolver isso. Aonde se vai há essas dificuldades. Não sei se é a lei ou se é a legislação. Temos de cuidar de duas coisas aí. Há a lei que nós fazemos aqui no Congres-so, e há a legislação que os tecnocratas fazem, crian-do, inventando uma nova legislação que, aí sim, pega. Quando o fiscal vai lá à ponta da linha, ele não vai com a Constituição, com a lei complementar; ele vai com uma instrução normativa, que vale para o fiscal muito mais que a Constituição brasileira. E isso em todas as áreas, infelizmente.

Eu sei que os fiscais do Ministério da Agricultu-ra trabalham nisso. Eu sei da dificuldade da Fazenda. Mas sei também da dificuldade de encaixar no SIM-PLES o vinho, a cachaça e outras bebidas alcoólicas. Não sei por que não se pode encaixar no SIMPLES por ter álcool. É uma atividade! Até brigamos no que

diz respeito à cachaça. São 40 mil os produtores no Brasil, e não conseguem andar nesse processo. Há decreto, instrução normativa, esse SUASA que não sai do chão. O que está havendo que não conseguimos regulamentar isso? Quantos anos já faz? Acho que a lei tem 5 ou 6 anos, e não conseguimos implantar.

Então, nessa questão do vinho, temos Santa Ca-tarina, que está tentando sobreviver, mas é lamentável, porque realmente essa cultura, esse tipo de produtor está perdendo-se. Parece que nós queremos proteger os grandes, parece que nós queremos manter os gran-des e acabar com os pequenos. Esse é um Governo dos pequenos. Pelo menos eu ouço esse discurso todo dia. E quando nós vemos, as ações oficiais é que estão dificultando a vida do produtor, porque é claro que um pequeno produtor, com uma pequena cantina, como nós temos quantas lá em Santa Catarina, Celso?

O SR. PRESIDENTE (Deputado Celso Maldaner) – Oitenta e cinco.

O SR. DEPUTADO VALDIR COLATTO – Oitenta e cinco, e eu conheço muitas delas, não têm condições de cumprir essa legislação de estrutura que é exigida para a instalação. E elas estão lá, melhorando um pou-co, aqui e ali. Do que se tem de cuidar, na verdade, e eu acho que aí está o grande problema nosso no Brasil? Em todas as audiências públicas que fizemos aqui, e não vai crítica – eu acho que até é necessária, ouviu, Dra. Rita? –, todos vêm aqui pedir para contratar mais gente, todos. É polícia, saúde, educação, agricultura, todos querem mais gente. Está faltando gente. Bom, se nós contratarmos todo o mundo que se pede aqui, todos os brasileiros têm de ser funcionários públicos, e vai faltar gente ainda. Então, o de que nós precisamos é, talvez, mudar a gestão pública.

Eu acho que, é claro, três, quatro fiscais – como disse Bernardo, no Rio Grande do Sul são quatro fis-cais – não vão atender; mas então nós estamos com uma gestão errada. Se nós só temos quatro, alguém tem de fazer isso. Quem tem de fazer isso? Quem tem de fazer é o Estado e o Município! Vamos começar a descentralizar este Brasil! Vamos começar a descen-tralizar! Está aqui o Dr. Marcelo, que é auditor fiscal. Eu acho que vocês têm de fazer auditoria fiscal, e não ir lá ver se o vinho está melhor, se a garrafa é menor ou maior, como está a embalagem. Têm de fiscalizar o que está dentro da embalagem, e não como é que é feito o vinho, como é plantada a uva lá.

Essa é uma questão por que nós estamos lutan-do há muito tempo. Nós temos que mudar o sistema, ouviu, Dr. Tadano? Porque a fiscalização do Ministério da Agricultura não tem como cobrir todo o Brasil, cá para nós, assim como o IBAMA quer fiscalizar o Bra-sil inteiro. Ora, isso é impossível! Será que o pessoal

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Agosto de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 5 39657

ainda não entendeu que num País continental como este nós temos de delegar para os Estados e Municí-pios e fazer auditorias, cobrar qualidade, ver o que está dentro das embalagens? O Ministério da Agricultura tem de fazer isso!

O SR. BERNARDO MEDINA – Deputado Valdir Colatto, ajude-nos a fazer isso. Vamos fazer isso juntos!

O SR. DEPUTADO VALDIR COLATTO – Vocês topam? Então, é tudo que nós queremos, não é?

O SR. BERNARDO MEDINA – Poxa! Não há qualquer preciosismo da nossa parte, no sentido de querermos só nós mesmos, não! De jeito algum! Nós precisamos que os Estados e Municípios façam isso conosco.

O SR. DEPUTADO VALDIR COLATTO – Isso. Eu sei que essa é a proposta que inclusive está lá com o Ministro Stephanes, já vem de lá atrás, para tornar os fiscais atuais em auditores fiscais. Aqui o Ministé-rio da Fazenda já faz isso, não é? “Nós é que temos de ir lá ver o físico” e tal, e não sei o quê. Não! Faz-se auditoria, e vão resolver-se essas questões. Então, eu acho que todos os Ministérios aqui, Fazenda, MDIC, Agricultura, e nós aqui da Casa temos de buscar uma solução. Eu fico angustiado quando nós vimos aqui fazer uma audiência pública e acaba a audiência pú-blica e não se toma providência, e não se resolve o problema que eles têm. Quem é que vai resolver isso? Nós temos de resolver; nós Congresso, nós Ministé-rios, nós Governo temos de resolver o problema de-les. Eles só sabem plantar lá e produzir o vinho, e tal, de que nós gostamos muito, não é? Quando estamos aí numa festa, depois do... não é? Mas nós temos de resolver o problema deles.

Então, eu acho que a gente poderia tirar, Presi-dente, uma sugestão daqui: um grupo de trabalho, ao que eu me disponho, e outros Deputados, para nós efetivamente corrermos atrás disso. Eu sei que o Minis-tério tem ações lá, todos os Ministérios, o da Fazenda, e cabe a nós juntar esse grupo para efetivamente tirar uma decisão, uma solução para isso aí, porque nós temos de trabalhar nas soluções, buscar soluções, e não discursos. Eu acho que essa parceria tem de ser feita urgentemente. Obrigado.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Celso Maldaner) – Muito boa sugestão. Ótima. (Palmas.)

O Deputado Afonso Hamm é coautor e não está presente. Então, o próximo inscrito agora é... Eu abro mão dos meus 5 minutos, não é? Eu já falei. E passo a palavra para Moacir Micheletto.

O SR. DEPUTADO MOACIR MICHELETTO – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados e palestrantes que estão aqui, eu não vou ser repetitivo. Eu gostaria ape-nas de fazer uma reflexão sobre esta audiência pública.

Eu fiquei aqui desde o início por uma razão: porque ao vivo, na Internet, o meu presidente da minha coope-rativa de vinhos de Toledo está assistindo-nos neste momento. Por quê? Porque eu também sou produtor de vinhos, mas ligado a uma cooperativa.

Eu produzo... eu plantei 20 mil pés, arranquei 5 mil, estou com 15 mil, e há possibilidade de eu arrancar mais 5 mil para plantar inclusive uva para fazer suco, e não para fazer vinho, em função da legislação, ouviu, Tadano? Eu acho que... Eu quero lembrar aqui: nós já tivemos uma outra audiência, Sr. Presidente, não lembro mais se 2 anos atrás, em que nós tratamos do vinho aqui, da falsificação do vinho no mercado, e nós estamos aqui agora tratando inclusive de salvar aquele que produz o vinho. É a criatura querendo ma-tar o criador, e nós temos de fazer com que a criatura entenda que o criador não pode acabar.

Eu aqui ouvi atentamente o Dr. Joaquim Lorenzo-ni, que me lembrou meu avô, porque eu também sou filho e neto de agricultor. Quando pequeno, meu avô falava-me de uva e fazia vinho, inclusive, e eu também, com os pés, ajudava. Ele falava da história do plantio de uva nas montanhas da Itália. Eu fui à Itália para conhe-cer como é que era o plantio de uva nas montanhas, para o meu avô. Então aqui nós temos uma audiência pública que registra inclusive o concreto, mas muito o afetivo. E aqui Onyx falou da sensibilidade; isso é cul-tural, e nós temos de resgatar isso. Acho que esse é o ponto importante. Então, eu quero aqui dizer, para não ser repetitivo: ouvimos atentamente o nosso Prefeito Beto Arisi, lá de Salgado Filho, que eu tenho certeza de que é a cidade mais europeia do Paraná, e é fantástico aquilo que ele disse da sua festa, da agregação, de tentar, numa luta, e até com a emoção de um Prefeito que pensa que tem de estar lá, sim, tentando segurar o homem do campo no campo, porque o jovem já não fica mais. Essa é a realidade.

E eu quero dizer aqui que numa missão oficial que nós fizemos, com um grupo de Parlamentares, eu que presido o Grupo Parlamentar Brasil-Croácia, e o Deputado Colatto acompanhou-nos, inclusive, nós visitamos na Croácia o Caminho das Uvas. E lembro inclusive aqui o nosso companheiro Setim, que criou um em São José dos Pinhais. E lá é tão importante! Colatto pode até corrigir-me: o agricultor, o produtor de vinho lá da Croácia é tão estimulado pelo gover-no, o poder público participa tanto que cada pequeno produtor, de 1 hectare, de 10 hectares, de 5 hectares, tem a sua cantina. A sua cantina! Inclusive nos davam lição de como pegar uma taça de vinho. Isso nós vi-mos lá na Croácia.

E nós aqui no Brasil deixamos de atender, por exemplo, uma cidade como Salgado Filho e tantas ou-

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tras, que resgatam isso, e que nós não podemos deixar por causa de uma legislação, ouviu, Medina? No livri-nho consta isso mesmo! O livrinho está aí. E eu não estou contestando os fiscais. Eu participei, inclusive. A sorte é que o nosso delegado, o nosso superintendente no Paraná interveio, inclusive eu intervim, como Setim interveio, para que não pudessem os nossos fiscais ir lá lacrar, porque estão criando um novo nicho, que é importante, que o homem da cidade vai ver, e inclusi-ve temos de agradecer a Deus que nas cidades, nas metrópoles façam essa função. E a legislação é trucu-lenta! Ela tem de ser mudada, e tem de ser mudada por aqui. Nós é que temos de mudar isso.

Eu acho que... Eu quero parabenizar aqui os nossos Deputados que fizeram esta convocação, por-que nós temos de salvar um agregado tão importante que, além da inclusão social, resgata a dignidade, a dignidade do meu avô, que veio da Itália, do meu pai, a minha, que sou agrônomo, que sou produtor.

Eu ouvi o Dr. Joaquim falar aqui. Chamo-o de dou-tor porque é doutor, sim. Não é o pelo anel no dedo que é doutor, não; é pela escola da vida, é pela lição que ele nos deu, e este Parlamento tem de perceber, e os técnicos têm de perceber isso. Tadano, você que já foi Deputado Federal, você que está lá no Ministério leve essa sensibilidade. É aquilo que Colatto levantou: nós temos confundindo lei com legislação! Uma instrução normativa tem valor muito maior do que a Constitui-ção brasileira? Nós não podemos permitir isso! Então, eu acho que nós temos de fazer esta reflexão, e esta audiência pública está aí. Eu ouvi atentamente, Beto, você dar aqui uma lição, para nós, para os Prefeitos, e eu acho que nos convenceu daquilo que você pode fazer, dando esse depoimento sobre o estágio em que se encontra o seu Município, inclusive no campo so-cial, mas lá se faz isso porque lá você trabalha unido com a sua gente.

Celso Panceri, se vocês o ouviram na hora em que ele fez a sua... Eu estou fazendo aqui uma análi-se quase sociológica. Na hora em que falou, ele falou com tanta emoção que houve até um momento em que os olhos dele se encheram de lágrimas. E eu conheço a sua indústria, onde ele vive, porque a minha infân-cia foi passada numa localidade chamada Ponte Alta, que hoje é Município. Ponte Alta era inclusive distrito de Tangará, e hoje transformou-se em Ibiam. Está lá, metade da sua indústria, em Ibiam. A outra metade está na cidade de Tangará. É exemplo, tanto a dele como a lá de Toledo. A de Panceri não deixa a dever em qualidade, em beleza. É como as de qualquer parte da Europa, deste mundo. Então, nós temos de tentar resgatar isso. Eu acho que essa é a responsabilidade nossa, nós Deputados que estamos aqui sem ver a

lei nua e crua, insensíveis ao que está no livrinho, e de repente vem lá um fiscal federal e tranca, e lacra, lacra inclusive uma cantina que está há centenas de anos lá, simplesmente porque o livrinho determina que tem de trancá-la porque ela não cumpre a legislação. Eu não estou contra isso, mas nós temos de mudar a legislação. Eu acho que esse é o caminho, esse é o papel nosso aqui no Parlamento brasileiro.

Por isso eu fiquei aqui até o final. Geralmente os Deputados falam e vão embora; eu fiquei aqui porque é a minha origem, é onde eu aprendi a chupar uva e comer com o pão que meu avô levava, embaixo de um parreiral. Isso não sai nunca da memória de uma crian-ça. Eu herdei isso, e agora transfiro para os meus filhos.

Então, eu gostaria, Sr. Presidente, de reforçar aquilo que Colatto levantou: não podemos sair daqui apenas na emoção, e com razão. O que é que vai acon-tecer amanhã? Ouvi a santa Rita de Cássia aqui, dos milagres. E vamos fazer acontecer um milagre aqui, sim, para tentar resolver também o problema de Pan-ceri e das médias indústrias. Estamos falando aqui do pequeno, do artesanal, mas nós temos de salvar tam-bém a média indústria, que nos representa com dig-nidade e que ganha prêmios internacionais inclusive. Aqui eu falo da indústria de Panceri, lá de Tangará e de Ibiam, Santa Catarina.

Então, eu queria fechar aqui. A Dra. Rita disse, e é verdade, eu li uma reportagem esta semana: o mundo acompanha, está fazendo isso, a Europa come-çou. A solução são os APLs. Nós temos de caminhar para isso. Acho que esse é o caminho, ouviu, Prefei-to? Esse é o caminho que nós podemos seguir, o do arranjo produtivo local. Não há outro caminho, esse é o caminho. E o Ministério da Agricultura pode ser um grande parceiro, o MDA, que não está aqui, pode ser um grande parceiro. Eu ouvi Marcelo atentamen-te. Ele também está sensibilizado. E muita coisa nós podemos fazer com a Receita. Eu acho que é esse o entendimento, e esta Casa tem de procurar fazer um entendimento, e esta audiência pública que está sen-do realizada aqui é para criar essa consciência, que nós deixamos lá fora. Estamos resgatando a cultura, e esta oportunidade nós não podemos perder. Acima de tudo nós temos de salvar essas mãos abençoadas que constroem o Brasil, as do nosso produtor rural.

Então, estou aqui dando este meu depoimento como filho de produtor, engenheiro agrônomo que sou, produtor que sou, mas acima de tudo também por ser um cooperativista, e as minhas atividades estão hoje organizadas. E Medina comentou que isso pode ser re-solvido também via pequenas cooperativas, que têm uma legislação própria, que têm todo um acerto, para poder-mos ajudar essa gente que constroi o Brasil. Obrigado.

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Agosto de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 5 39659

O SR. PRESIDENTE (Deputado Celso Malda-ner) – Só quero lembrar aos colegas de que daqui a 15 minutos eu tenho uma audiência com o Ministro da Agricultura, e não vamos deixar Onyx ir sozinho, não é?

Há quatro inscritos ainda, colegas Deputados. Vamos ouvir Luis Carlos Heinze.

O SR. DEPUTADO LUIS CARLOS HEINZE – En-tão, eu vou falar os meus 15 minutos e daqui já saímos para ir para lá, não é, tchê? (Risos.)

O SR. PRESIDENTE (Deputado Celso Malda-ner) – O próximo depois de Luis Carlos Heinze é As-sis do Couto.

O SR. DEPUTADO LUIS CARLOS HEINZE – Sr. Presidente, colegas Parlamentares, caros debatedores, vamos direto ao assunto, rapidamente, porque Miche-letto, Colatto e eu temos outro compromisso também. Já estamos saindo daqui, viu, Onyx? Não vamos po-der estar junto com você lá, mas eu quero só dizer o seguinte: é muito importante, Onyx e os demais que propuseram esta audiência, este debate aqui, para nós ajustarmos. Eu tenho interesse em trabalhar.

Marcelo, eu já mexi com cachaça, para tentar fazer também. Aqui está Frizzo, lá do Vale do Ja-guari, que conhece o assunto. O pessoal planta lá, Tadano, 1 hectare, 2 hectares, 3 hectares. Toda a cachaça... Num Município lá há 300 produtores, e tudo frio, tudo frio, porque eles não têm condições, digamos, de se submeter à legislação. Com Colat-to também já estivemos trabalhando esse assunto, não é, Colatto? E vale a mesma coisa para o vinho. É muito importante.

E aqui eu acho que é o seguinte: nós vamos ter de fazer um trabalho que tenha... Isso aqui é produ-ção artesanal, não é? O que o Sr. Joaquim Lorenzoni apresentou aqui, esse é que é o ponto importante. Nós vamos ter de fazer um trabalho para poder per-mitir... Eu queria chamar a atenção, ouviu, Marcelo? Você que está lá na Receita, Rita que está na Indús-tria e Comércio, Maçao que já é ligado à agricultura, vocês conhecem o assunto. Nós temos um problema muito sério no Brasil. Em levantamento da EMBRA-PA, de um técnico lá, o Dr. Eliseu Alves, e da Funda-ção Getúlio Vargas, existem hoje no Brasil 3.700.000 propriedades, 3,7 milhões, de 5,2 milhões, que vivem miseravelmente no campo. Desse pessoal, sabe qual é o faturamento médio bruto? Não chega a dar meio salário mínimo. Renda bruta! Aí vem o Sr. Joaquim, produz 20 mil litros de uva lá, vende, e fatura R$50 mil, tchê! Faturamento bruto, não é, Sr. Joaquim? Mais ou menos de R$50 mil a R$100 mil é o que ele fatura. Assim, que todo o mundo pudesse ter vinho, pudesse ter queijo, pudesse ter salame, pudesse ter cachaça, alguma coisinha, não em escala grande. Um

dia, se ele quiser produzir 200 mil litros com o neto dele, o.k. Aí ele já seria um outro empresário. Que a gente possa organizar por faixa. É isso que nós vamos trabalhar com Onyx e os demais Parlamen-tares, o pessoal aqui do Paraná, o pessoal de Santa Catarina, do Rio Grande do Sul. Vamos juntar-nos, porque é o que mais há, isso aqui há em outros Es-tados também. Se a gente puder fazer um trabalho por faixa... Ouviu, Marcelo? Por faixa.

A cachaça é a mesma coisa. Aquele produtor hoje está vivendo, produzindo lá 20 mil, 30 mil litros. Assim é com o vinho também. Se ele conseguir – ouviu, Ma-çao? Ouviu, Medina? –, aí nós temos de fazer aquela questão do SUASA, entenderam? Nós temos de ter um sistema de fiscalização nacional para as grandes empresas, estadual para as médias empresas, e mu-nicipal. A Prefeitura, tendo interesse, vai contratar um enólogo, um agrônomo, um veterinário, sei lá, o pro-fissional que for preciso, para dar assistência a essas pequenas empresas. Eu acho que esse arranjo nós temos de fazer.

E aí, daqui a pouco – eu ouvi o companheiro de Santa Catarina falando –, nós poderemos criar faixas diferenciadas para o cara que produz 100 mil litros, 500 mil litros, 1 milhão. É outra história! Para o cara com uma indústria como a Salton é outro negócio. Isso aqui é artesanal. Que ele produza um vinho de qualidade; ele vai ter de ter qualidade, e tem; isso ele sabe fazer, e ele vai fazer, com a fiscalização, com um enólogo, com um agrônomo, com quem for, um técnico que vá vistoriar. A Prefeitura, por exemplo, lá em Catuípe, de onde ele é, em que há cinco, seis, dez produtores, a Prefeitura coloca um profissional à disposição deles, paga uma taxinha, e o cara é o res-ponsável. Entenderam? Que a gente faça uma coisa assim, porque o Ministério não pode fazer, e daqui a pouco o Governo do Estado também não pode fazer, mas eles podem pagar uma pequena taxa e cobrir um profissional.

Eu instalei, quando fui Prefeito, abatedouros mu-nicipais para fazer a fiscalização. Eu cobrava cada... Eu botava um veterinário para fazer a fiscalização, a que o Ministério deu curso em Uruguaiana. Eu fiz isso na Prefeitura, quando eu fui Prefeito de São Borja. Então, é factível isso aí, ouviu, Marcelo? Nós precisamos conversar sobre esse assunto, sobre ar-ranjos produtivos que a gente possa fazer por faixa. E depois, sim, para as outras empresas; que a gente estipule lá: 50 mil litros, 20 mil litros, sei lá, um valor “x”, e quando o cara crescer, e todo o mundo tende a crescer, depois vira uma empresa e faz um outro negócio. Então, que a gente, por faixa, possa fazer, porque com isso aqui nós vamos resolver a vida e

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39660 Sexta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2011

agregar renda para milhares de família no Brasil. En-tendeu? Acho que esse é o ponto importante que nós podemos debater. Então, vamos estar juntos – ouviu, Maldaner? – para que nós possamos trabalhar esse assunto nessa linha.

E mais – ouviu, Marcelo? –, é muito importante, deixe-me só dar um recado. Como é o nome do par-ceiro de Santa Catarina aqui?

(Intervenção fora do microfone. Inaudível.)

O SR. DEPUTADO LUIS CARLOS HEINZE – Panceri, ouça só o seguinte: olhe, aqui eu tenho ba-tido muito com o arroz, com o trigo e também com o vinho. Hoje, no Brasil, Rita, nós não podemos con-correr com o Chile, muito menos com a Argentina, nesses produtos. Por quê? Porque a carga tributária deles é infinitamente menor do que a nossa. Então, estão inundando o nosso mercado de vinho chileno e vinho argentino, como vem o arroz de lá, como vem o trigo de lá. Então, mata a nossa produção, tchê! Então, nessas questões, o produtor daqui não tem proteção. Entendeu? Aí o mercado é livre. O.k., o mercado é livre; agora, nós não temos condições, ouviu, Rita? Ah, eu vou sonhar que eu vou exportar esse vinho do Sr. Joaquim? Não vou fazer isso aí. Entendeu? En-tão, tomara que nós abasteçamos o mercado inter-no, porque nós somos deficitários, muito mesmo, em quase US$ 200 milhões. Entendeu? A balança pende contra nós. Então, acho que fundamentalmente hoje, aqui, esta é questão: nós fazermos um arranjo para a pequena propriedade. O.k.?

O SR. PRESIDENTE (Deputado Celso Maldaner) – Muito bem, Luis.

Agora é a vez do nosso Presidente da Agricultura Familiar. Vamos lá, Assis do Couto.

O SR. DEPUTADO ASSIS DO COUTO – Obri-gado, Presidente Celso

O SR. DEPUTADO ONYX LORENZONI – Celso, Celso... Presidente Assis, é só um segundo. Estou aqui do seu lado direito.

O SR. DEPUTADO ASSIS DO COUTO – Fala, Onyx.

O SR. DEPUTADO ONYX LORENZONI – Quero dizer que o Ministro nos deu mais 20 minutos, e aí eu pedi a Joaquim – ele trouxe o vinho dele e quer que seja provado – que ele vá circulando, para que quem quiser deguste. É só isso. Obrigado.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Celso Maldaner) – Tem a palavra Assis do Couto.

O SR. DEPUTADO ASSIS DO COUTO – Obriga-do. Eu queria, rapidamente, até em função do tempo, primeiro dizer que este é o grito dos espremidos, não é? Dos espremidos pelas grandes corporações, em

grande parte, e por uma legislação que já precisa de revisão há muito tempo.

O esforço – e aqui eu quero levantar esta ques-tão para Maçao, principalmente Maçao, e também para Bernardo, do Ministério da Agricultura –, o esforço que foi feito no Governo do Presidente Lula para a implan-tação do SUASA foi enorme. Fizemos 2 decretos, não é? E ele até agora está desenvolvido para a área da produção animal. Precisamos da parte da produção vegetal. Não há como o Município aderir por não haver ainda os regulamentos federais da produção vegetal.

Eu não vejo outra alternativa a não ser encon-trarmos caminhos para colocar o SUASA, o Sistema Único de Atenção à Sanidade Agropecuária em práti-ca, inclusive na esteira daquilo que disse o Deputado Colatto, não é? Essa é a descentralização necessária do sistema de inspeção, porque lá mesmo, em Salgado Filho, se o Prefeito não consegue contratar sozinho, só o Município de Salgado Filho, agrônomos, enólogos, veterinários e outros profissionais da área, faz-se um consórcio – e no decreto do SUASA está previsto o consórcio – entre 4, 5, 10 Municípios, e monta-se a equipe técnica. E cabe mudar o papel dos fiscais fe-derais, como já foi comentado aqui.

Eu vou só levantar mais um ponto sobre isso. Além do esforço do Governo Lula, de 8 anos, na audiência da CONTAG com a Presidenta Dilma, ela fez questão de citar a necessidade de implantação do SUASA no Brasil, e disse que vai trabalhar para isso. Nós estamos confiantes, até porque fizemos no ano passado uma audiência aqui, em que o Prefeito de Salgado Filho veio trazer o problema do queijo e do salame, não é? Agora está aqui o problema do vinho. Nós não pode-mos matar a perspectiva de desenvolvimento desse Brasil rural, desse interior e dessa agricultura familiar, por conta de uma legislação muitas vezes pressiona-da por grandes corporações. E quero dizer que este Brasil é tão grande, tão rico, tão poderoso e tem tanta graça de Deus que tem lugar para o grande e para o pequeno; o que nós não podemos é legislar muitas vezes para favorecer as grandes corporações, em de-trimento dos pequenos.

Então, acho que nós estamos aqui com a gran-de possibilidade – o decreto já existe – de colocar em prática o sistema unificado também nessa área da produção vegetal e fazer um tratamento diferenciado para essas bebidas, que são bebidas de pequena es-cala, artesanais, e não são bebidas semelhantes às bebidas de massa aí, com que temos de ter cuidado. São bebidas que têm de ter também um tratamento diferenciado nessa área, inclusive tributário, Marcelo. E anima-me, eu quero dizer, o Estado do Paraná. No Estado do Paraná, para toda a produção industrializa-

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da, em pequena escala, na agricultura familiar, não é preciso criar uma personalidade jurídica, não é preciso ter CNPJ. Isso já foi dito aqui. Faz-se nota de produtor, com CPF do agricultor, e paga-se imposto direitinho. Está regularizado. Então, nesse aspecto, é claro, da bebida, isso tem de ter, talvez, um tratamento próprio, porque tem uma tributação própria, mas não dá para tratar a questão da bebida também todas de modo igual, porque não são todas iguais. O vinho, a cachaça, nas pequenas plantas industriais, na agricultura familiar, têm de ter um tratamento diferenciado.

Vou dizer aqui o que eu acho que já foi dito por outros Deputados: há esta sensação de estarmos a um passo de resolver o problema, mas passa-se 1 ano, 2 anos, 4 anos, 8 anos do Governo passado, do Governo do Presidente Lula, estamos iniciando o Governo da Presidenta Dilma, com a declaração explícita dela na audiência com a CONTAG de que vamos colocar o SUASA em andamento, e a gente fica aqui com esses problemas acontecendo. Então, acho que hoje essa questão, Maçao Tadano, essa questão está com o Ministério da Agricultura, na sua área, na tua diretoria. Não tem jeito, nós precisamos resolver isso lá, e fazer com que o SUASA seja im-plantado, adotado por Municípios, via consórcios. O Estado do Paraná já aderiu ao SUASA. Só faltariam aos Municípios os consórcios, fazerem a adesão, e falta essa parte da produção vegetal, porque ainda não há regulamento para a adesão pelos Municípios e pelos Estados.

Esta é a minha intervenção. Parabenizo todos aqui, os expositores, pelas experiências que trouxeram aqui, meu Prefeito lá de Salgado Filho; Salgado Filho para nós não é aquela pérola que comeu o aparelho de vocês lá, mas Salgado Filho para nós é uma pérola, é uma experiência que a gente conhece desde o início. As primeiras mudas de parreira que fomos buscar no Rio Grande do Sul – isso até deu uma polêmica, por causa da licitação – foram compradas com dinheiro da Prefeitura. A primeira queijaria lá no Produtos Zambo-ni, a gente era ainda muito jovem quando foram im-plantadas essas experiências. Hoje é algo que sabe sobreviver. Tem-se de dar um prêmio para o pessoal de Salgado Filho, porque, diante de todos esses pro-blemas legislativos, eles estão lá.

E agora, Maçao, podemos de repente acertar aqui a ida do Ministério da Agricultura, porque é um desejo muito grande. Serão muito bem-vindos. Não vamos le-var em conta as crises geradas com os fiscais que lá foram, mas você será muito bem recebido, se possível até o Ministro, nessa feira. Acho que é uma feira que representa muito, nesse tema que estamos debatendo

aqui. Eu acho que seria uma boa iniciativa do Gover-no e do Ministério de estarem presentes lá. Obrigado.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Celso Maldaner) – Obrigado, Deputado Assis do Couto.

Agora vamos ouvir Moreira Mendes, que é o Pre-sidente da Frente da Agropecuária.

O SR. DEPUTADO MOREIRA MENDES – Sr. Presidente, inicialmente eu quero cumprimentar V.Exa., que preside esta Mesa e que foi um dos subscritores desse requerimento que merece todo o aplauso, e to-dos os que o subscreveram.

Cumprimento igualmente todos os palestrantes que estiveram presentes aqui. Acredito que todos vão sair daqui sensibilizados pelo problema.

Eu quero dizer aos presentes, produtores arte-sanais aqui, do Paraná, do Rio Grande do Sul, que eu sou de um Estado lá do Norte. Nós não temos nada a ver nem com vinho, nem com queijo, infelizmente. E por que é que estou falando aqui? Porque sou um amante da tradição, um amante da cultura, um aman-te da história, e tenho no meu sangue metade, se-guramente metade de italiano. Meus avós maternos são italianos de origem, imigrantes que vieram para o Brasil, e minha mãe falava muito sobre essa história da imigração, do vinho, da importância do vinho e do queijo, da polenta na mesa da família; então, eu dou muito valor a isso tudo.

Um dia desses eu li uma reportagem, não sei exatamente o tamanho, mas tratava de que a Vigilân-cia Sanitária da cidade de Uberaba havia feito um tra-balho – e eu não quero discutir o mérito do trabalho, se podia ou não podia – num mercado municipal de Uberaba, muito tradicional. E não preciso falar aqui do queijo mineiro, que é uma coisa extraordinária, protegido por lei. Pois tudo isso está hoje ameaçado por conta de uma legislação no mínimo estranha. A gente reconhece há ajustes que têm ser feitos. En-tão, eu estou falando aqui mais no sentido de levan-tar esta questão de que nós precisamos proteger o queijo artesanal de Minas, a cachaça de Minas, a cachaça do Nordeste, a rapadura, a carne de sol do Nordeste. Daqui a pouco estão proibindo a carne de sol também, estão proibindo a carne de sol de bode e vai por aí a história deste Brasil tão rico, tão far-to, que passa, seguramente, pelo vinho, pelo queijo produzido no Sul, no Paraná, em Santa Catarina, no Rio Grande do Sul.

Então, eu estou aqui como neto de italianos, que tem uma história com o vinho e com o queijo, trazen-do aqui o meu apreço, o meu abraço, a minha solida-riedade, como Presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária.

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Eu quero me somar a todos os Deputados compa-nheiros que levantaram essa bandeira. Essa bandeira é muito importante, não apenas para assegurar o meio de vida dessas pessoas, desses milhões de brasileiros que vivem da produção artesanal, mas, sobretudo, para proteger, também, e preservar a tradição, a história e a cultura do nosso povo.

Portanto, termino convidando todos aqui para a 10ª Festa do Vinho e do Queijo, lá em Salgado Fi-lho, brindando a todos com esse vinho extraordinário. Saúde! (Palmas.)

O SR. PRESIDENTE (Deputado Celso Maldaner) – Muito bem, Presidente.

Passamos a palavra agora para o último inscrito, Deputado Alceu, lá do Rio Grande do Sul.

O SR. DEPUTADO ALCEU MOREIRA – Deputa-do Celso Maldaner, sabe uma pergunta que me faço: Que gosto tem o pé direito? Um salame de pé direito deve ser uma coisa fantástica para se comer, não é? Mas é proibido produzir, se não tiver o pé direito com tantos centímetros. (Risos.) É. É proibido. O pé direito é o grande problema do salame, do queijo, do vinho. É o pé direito. Esse tal do pé direito é uma coisa fantástica. Quem é o doutor pé direito, tão famoso?

As coisas que se faz num laboratório, sabe de onde sai isso? Sai do academicismo de carpete, que toma conta de um gabinete e passa a pensar a solu-ção sanitária de acordo com o interesse do grande industrial, que sabe que o pé direito com tal, tal altu-ra, só ele pode fazer. O cidadão que só tem um porco para matar não pode ter pé direito. Que pé direito? Eu tenho o tronco, uma porta velha para botar em cima de dois tonéis e pelar o porco com água quente. Isso é o que ele tem lá. Nunca se matou ninguém lá não, muito pelo contrário. Nunca.

Tem coisas que não se consegue compreender. Por exemplo: é possível fabricar um queijo e vender na divisa do Município; do outro lado, mata todo mundo, não pode vender o queijo. Quem é que dorme com um barulho desse? Como é que tu podes compreender que o cidadão seja tão estúpido, que um par de orelhas certamente só serve para ser separado pela cabeça! Porque não é possível que só... O queijo pode ser fei-to e vendido até o limite do Município, do outro lado, é proibido, de jeito nenhum. Está lá o cidadão. Como é que tu explicas isso para um colono?

Nós tínhamos que estar lutando, desesperada-mente, para entender um conceito que é óbvio: pro-dução primária começa na semeadura e termina na mesa do consumidor. Agregar valor é isso. Nós tínha-mos que estar lutando, desesperadamente, para o produtor de vinho só tirar o produto para fora da por-teira com rótulo. Só termina o processo dele na pra-

teleira do supermercado ou na casa do consumidor. Ao invés disso, transformamos, com dinheiro público, pago pelo lombo do mesmo produtor de uva, gente para fazer uma legislação, um emaranhado fantásti-co, para proibi-lo de produzir coisas que ele produz na propriedade. É proibido, por causa do pé direito, por causa da legislação sanitária, por tudo. O mesmo processo que a grande indústria faz com o pequeno produtor no Rio Grande do Sul, o capital internacional europeu está fazendo agora conosco, um torniquete regulando para saber o quanto se pode produzir, para não interferir no mercado deles.

Na verdade, é preservação de monopólio, é a possibilidade de dispor do mercado como quer, trans-formar o produtor primário da pequena propriedade num operário sem carteira assinada, tendo apenas que fazer aquilo que da porteira para dentro pode fa-zer, que é o suor do rosto e a enxada muda. A enxa-da, coitada, que não fala nada, não diz nada, está lá no cantinho da sala calada, no sofrimento deles. Eles não podem fazer.

Aquilo que eles trouxeram da Itália armazenado no casco do navio, quando sepultaram muitos dos seus no mar aberto, numa viagem com saída e sem saber aonde chegar, sabendo, no dia que deram adeus para seus parentes, que talvez nunca mais os vissem para o resto da vida. Vieram para cá e trouxeram esse co-nhecimento inteiro.

E aqui um sábio brasileiro, dentro de um gabine-te, com ar condicionado, decidiu uma lei que lhes pro-íbem de fazer um queijo, de fazer um vinho, de fazer um salame e vender para seus parentes.

Olha, tenha a santa paciência. Nem que eu ti-vesse toda a boa vontade do mundo, não poderia compreender uma coisa dessa. Aqui, certamente não é burrice nem ingenuidade. É uma bandidagem geral. É, certamente, alguém muito bem pago para preservar o interesse dos grandes e torpedear os pequenos que pedem autonomia.

Nós queremos um país que tenha a condição de botar o rótulo que produz na porteira de quem produz. É possível fazer isso. Não fazer isso é negar a nossa própria origem, é mandar os filhos para a cidade. Nos Municípios pequenos, como o dele, o produto mais exportado é sempre um filho com a mala na mão, na rodoviária, que está indo embora porque a propriedade não tem como sobreviver.

O produto mais triste é a saudade, é a cama va-zia, a mesa sem ninguém. Ficou um casal de velhos, porque um almofadinha fez uma lei que não permitiu que seus filhos pudessem viver com dignidade na pro-priedade do pai.

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Portanto, tenha a santa paciência, não me elegi para isso. Vim aqui para contrapor isso. Tenho o pra-zer de estar nesta audiência dizendo: isso aqui pode ser dado, um brado ao vento, um grito de vitória. Va-mos acordar para isso, a propriedade, o trabalhador, o produto, o modelo produtivo. O arranjo produtivo na propriedade deve ser o intento e a luta que nós temos que fazer com todo o esforço, para preservar quem nos deu origem, saúde, cultura, educação e direito à vida.

Obrigado. (Palmas.)O SR. PRESIDENTE (Deputado Celso Malda-

ner) – Muito bem, Deputado. Esse é o nosso Deputado Alceu. É isso aí.

Eu consulto se alguém da Mesa ainda gostaria de se manifestar, senão eu vou partir para o encerramento.

Posso encerrar? (Pausa.)Deputado Assis, só para concluir. Eu estive com

o Dr. Luiz Carlos de Oliveira. Eu sei que, quanto à questão animal, vai ter novidade já do SUASA. Agora tem que ver a questão vegetal. Mas o problema é que os Municípios têm que se credenciar no Ministério da Agricultura. Primeiro, acho que eram só os Estados, mas agora está liberado. Os Municípios têm que se credenciar no SUASA.

Acho que vai ter facilidade nesse sentido.O SR. DEPUTADO ONYX LORENZONI – Pela

ordem, Sr. Presidente.O SR. PRESIDENTE (Deputado Celso Maldaner)

– Pela ordem, só para concluir.O SR. DEPUTADO ONYX LORENZONI – Dez

segundos. É apenas para dizer o seguinte: todos os Parlamentares, ou aqueles que participaram da au-diência, que desejam ir até o Ministro Wagner Rossi, ele nos receberá em 15 minutos, lá no Ministério da Agricultura, para discutir esse tema.

Então, fica o convite a todos, ao Prefeito, às re-presentações, para irmos lá no Ministério dar continui-dade a esse assunto.

Obrigado, Presidente.O SR. PRESIDENTE (Deputado Celso Maldaner)

– É muito importante, Deputado Onyx. A sugestão do Deputado Colatto também foi muito importante, para a gente não deixar... Vamos ver o resultado desta audi-ência com o Ministro. Eu acho que é importante fazer uma comissão de trabalho.

Então, vou encerrar esta reunião, antes, porém, convoco os Srs. Deputados para participarem da reu-nião deliberativa amanhã, dia 8 de junho, quarta-feira, às 10h, neste plenário.

E quero agradecer, de coração, a todos os par-ticipantes, aos palestrantes desta sessão.

Está encerrada a presente reunião.Obrigado.

DESIGNAÇÃO

COMISSÃO DE AGRICULTURA, PECUÁRIA, ABASTECIMENTO E DESENVOLVIMENTO RURAL

54ª Legislatura – 1ª Sessão Legislativa

DESIGNAÇÃO DE RELATOR

Nesta data, faço as seguintes designações de relatoria:

Ao Deputado Jairo Ataíde PFC Nº 104/2009 – Do Sr. Valdir Colatto – que

“Propõe que a Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural adote as medidas necessárias para que seja realizado ato de fiscalização e controle dos procedimentos administra-tivos e eventuais excessos e omissões por parte do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA, nas relações contratuais com o Instituto de Orientação Comunitária e Assistência Rural – Inocar e outras entidades não governamentais que estejam envolvidas nos processos de georreferenciamento de imóveis rurais, fomento da agricultura em assentamen-tos rurais e outras atividades correlatas.”.

Ao Deputado Paulo Piau PL Nº 5/2011 – Do Sr. Weliton Prado – que “Dis-

põe sobre a criação do Programa Nacional de Produ-ção de Biocombustíveis por Cooperativas (PNBC) e dá outras providências.”.

Ao Deputado Domingos SávioPL Nº 3.723/2008 – Do Poder Executivo – que

“Dispõe sobre o tratamento tributário aplicável às so-ciedades cooperativas em geral no âmbito federal. Apensado o PL-5770/2009”.

Em 4 de agosto de 2011. – Deputado Lira Maia, Presidente.

SEÇÃO II

ATOS DO PRESIDENTE

O PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPU-TADOS, no uso das atribuições que lhe confere o artigo 1º , inciso I, alínea a, do Ato da Mesa nº 205, de 28 de junho de 1990, resolve:

DISPENSAR, de acordo com o artigo 35, inciso I, da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, ANTO-ANTO-NIO VALDECI CARNEIRO, ponto nº 3003, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Técnico Legislativo – atribuição Agente de Serviços Legislativos – Serviços de Atendimento, Classe Especial, Padrão 34, da fun-, Classe Especial, Padrão 34, da fun-Especial, Padrão 34, da fun-, Padrão 34, da fun-34, da fun-, da fun-ção comissionada de Assistente de Gabinete, FC-05,

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da Coordenação de Habitação, da Diretoria-Geral, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, a partir de 01 de agosto de 2011.

O PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, no uso das atribuições que lhe confere o artigo 1º , inciso I, alínea a, do Ato da Mesa nº 205, de 28 de junho de 1990, e o artigo 6º da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, resolve:

DESIGNAR, na forma do artigo 13 da Resolução nº 21, de 4 de novembro de 1992, PEDRO GOMES MONTEIRO NETO, ponto nº 5814, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Técnico Legislativo – atribui-Técnico Legislativo – atribui- – atribui-ção Assistente Administrativo, Classe Especial, Padrão 34, para exercer, a partir de 01 de agosto de 2011, a função comissionada de Assistente de Gabinete, FC-05, da Coordenação de Habitação, da Diretoria-Geral, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados.

O PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPU-TADOS, no uso das atribuições que lhe confere o artigo 1º , inciso I, alínea a, do Ato da Mesa nº 205, de 28 de junho de 1990, resolve:

DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, ADRIANA MARIA DIAS GODOY CARVALHEIRO, ponto nº 4245, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Técnico Legislativo – atribuição Operador de Máquinas, Classe Especial, Padrão 34, substituta do Chefe de Gabinete, FC-08, do Gabinete do Líder do Partido Social Cristão, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, no período de 18 a 31 de julho de 2011.

DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, AILTON JOSE DOS SANTOS, ponto nº 3319, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Técnico Legislativo – atribuição Agente de Serviços Legislativos – Serviços Especiais, Classe Especial, Padrão 34, substituto do Chefe da Seção de Ar Condicionado, FC-05, da Coordenação de Equipamentos, do Departamento Técnico, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, no período de 18 a 24 de julho de 2011.

DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, ANDRE FELLIPE SATAS MAJDALANI, ponto nº 7413, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Técnico Legislativo – atribui-Técnico Legislativo – atribui- – atribui-ção Assistente Administrativo, Classe A, Padrão 07, 2º substituto do Chefe da Seção de Fiscalização, FC-05, da Coordenação de Patrimônio, do Departamento de Material e Patrimônio, do Quadro de Pessoal da Câma-, do Quadro de Pessoal da Câma-ra dos Deputados, em seus impedimentos eventuais, a partir de 02 de agosto de 2011.

DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, ANDREA SATYRO SA RIBEIRO FRITZSCHE, ponto nº 3949, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Analista Legislativo – atribuição Técnica Legislativa, Classe Especial, Padrão 45, substituta do Chefe da Seção de Manutenção de Jardins, FC-05, da Coordenação de Projetos, do De-partamento Técnico, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, no período de 25 a 31 de julho de 2011.

DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, CARLOS ALBERTO MELO PRADO, ponto nº 3724, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Técnico Legislativo – atribui-Técnico Legislativo – atribui- – atribui-ção Agente de Polícia Legislativa, Classe Especial, Padrão 34, substituto do Supervisor de Vigilância e Captura, FC-05, da Coordenação de Polícia Judiciária, do Departamento de Polícia Legislativa, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, no período de 15 a 25 de julho de 2011.

DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, CAROLINA VAN DER LINDEN DE SOUZA, ponto nº 7140, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Analista Legislativo – atribuição Técnico em Comunicação Social – Divul-Técnico em Comunicação Social – Divul-gação Institucional, Classe A, Padrão 32, 2ª substituta do Chefe do Serviço de Projetos Especiais, FC-06, da Coordenação de Relações Públicas, da Secretaria de Comunicação Social, do Quadro de Pessoal da Câma-, do Quadro de Pessoal da Câma-ra dos Deputados, em seus impedimentos eventuais, a partir de 11 de julho de 2011.

DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, CELIO FARIA DE ARAUJO, ponto nº 4066, ocupante de cargo da Ca-4066, ocupante de cargo da Ca-, ocupante de cargo da Ca-tegoria Funcional de Técnico Legislativo – atribuição Agente de Polícia Legislativa, Classe Especial, Padrão 34, substituto do Chefe da Seção de Policiamento dos Anexos II e III, FC-05, da Coordenação de Segurança Orgânica, do Departamento de Polícia Legislativa, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, no período de 20 de julho a 01 de agosto de 2011.

DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, DANIEL MENEZES DU-ARTE FILHO, ponto nº 4312, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Técnico Legislativo – atribuição Operador de Máquinas, Classe Especial, Padrão 34, substituto do Chefe de Secretaria, FC-06, do Gabinete do Líder do Partido Social Cristão, do Quadro de Pes-, do Quadro de Pes-soal da Câmara dos Deputados, no período de 18 a 24 de julho de 2011.

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Agosto de 2011 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 5 39665

DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, EDIMARA PASINATO DAL POZZO, ponto nº 7327, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Técnico Legislativo – atribui-Técnico Legislativo – atribui- – atribui-ção Assistente Administrativo, Classe A, Padrão 07, 2ª substituta do Chefe da Seção de Concessão de Aposentadorias, FC-05, da Coordenação de Inativos e Pensionistas, do Departamento de Pessoal, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, em seus im-em seus im-pedimentos eventuais, a partir de 18 de julho de 2011.

DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, ELIANE DE SOUZA CAV-ALCANTI GONTIJO, ponto nº 5224, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Técnico Legislativo – atribui-Técnico Legislativo – atribui- – atribui-ção Operador de Máquinas, Classe Especial, Padrão 34, substituta do Secretário de Comissão, FC-07, da Comissão de Seguridade Social e Família, da Coorde-nação de Comissões Permanentes, do Departamento de Comissões, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, no período de 25 a 31 de julho de 2011.

DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, EVELIN MACIEL BRISOLLA, ponto nº 6333, ocupante de cargo da Ca-6333, ocupante de cargo da Ca-, ocupante de cargo da Ca-tegoria Funcional de Analista Legislativo – atribuição Técnico em Comunicação Social – Televisão, Classe Especial, Padrão 45, 2ª substituta do Chefe da Seção de Apoio de Divulgação, FC-05, da Coordenação de Divulgação, da Secretaria de Comunicação Social, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, em seus impedimentos eventuais, a partir de 18 de julho de 2011.

DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, FRANCISCO DE ASSIS DE MORAIS, ponto nº 3430, ocupante de cargo da Ca-3430, ocupante de cargo da Ca-, ocupante de cargo da Ca-tegoria Funcional de Técnico Legislativo – atribuição Agente de Polícia Legislativa, Classe Especial, Padrão 34, substituto do Chefe da Seção de Investigações Criminais, FC-05, da Coordenação de Polícia Judiciária, do Departamento de Polícia Legislativa, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, no período de 20 de julho a 01 de agosto de 2011.

DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, FRANCISCO FORMIGA GONZAGA, ponto nº 4220, ocupante de cargo da Ca-4220, ocupante de cargo da Ca-, ocupante de cargo da Ca-tegoria Funcional de Técnico Legislativo – atribuição Agente de Polícia Legislativa, Classe Especial, Padrão 34, substituto do Supervisor de Controle de Multidões, FC-05, da Coordenação de Operações Especiais, do Departamento de Polícia Legislativa, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, no período de 20 de julho a 01 de agosto de 2011.

DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, JOAO BATISTA LIMA MENESES, ponto nº 3286, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Técnico Legislativo – atri-Técnico Legislativo – atri- – atri-buição Agente de Serviços Legislativos – Serviços de Comunicação e Informação, Classe Especial, Padrão 34, substituto do Chefe da Seção de Equipamentos Gráficos, FC-05, da Coordenação de Equipamentos, do Departamento Técnico, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, no período de 14 a 24 de julho de 2011.

DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, JOSE CARLOS TAVA-RES, ponto nº 3427, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Técnico Legislativo – atribuição Agente de Polícia Legislativa, Classe Especial, Padrão 34, substituto do Chefe da Seção de Controle de Armas e Equipamentos, FC-05, da Coordenação de Apoio Logístico, do Departamento de Polícia Legislativa, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, no período de 20 de julho a 01 de agosto de 2011.

DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, LILIANE CHAVES MURTA DE LIMA, ponto nº 7333, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Técnico Legislativo – atri-Técnico Legislativo – atri- – atri-buição Assistente Administrativo, Classe A, Padrão 07, substituta do Chefe do Serviço de Teledifusão, FC-06, da Coordenação TV Câmara dos Deputados, da Secretaria de Comunicação Social, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, no período de 03 a 21 de agosto de 2011.

DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, LUIZ FERNANDO PE-DRETI ANDRADE, ponto nº 7313, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Técnico Legislativo – atribui-Técnico Legislativo – atribui- – atribui-ção Assistente Administrativo, Classe A, Padrão 07, 1º substituto do Chefe da Seção de Fiscalização, FC-05, da Coordenação de Patrimônio, do Departamento de Material e Patrimônio, do Quadro de Pessoal da Câma-, do Quadro de Pessoal da Câma-ra dos Deputados, em seus impedimentos eventuais, a partir de 02 de agosto de 2011.

DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, MARCUS VINÍCIUS DE AMORIM, ponto nº 6568, ocupante de cargo da Ca-6568, ocupante de cargo da Ca-, ocupante de cargo da Ca-tegoria Funcional de Analista Legislativo – atribuição Técnica Legislativa, Classe Especial, Padrão 45, sub-, Classe Especial, Padrão 45, sub-Especial, Padrão 45, sub-, Padrão 45, sub-45, sub-, sub- sub-stituto do Chefe de Gabinete, FC-08, do Gabinete do Líder do Partido da Social Democracia Brasileira, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, no período de 25 a 31 de julho de 2011.

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39666 Sexta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Agosto de 2011

DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, MARIA MARTA LUIZ DE OLIVEIRA, ponto nº 4721, ocupante de cargo da Ca-4721, ocupante de cargo da Ca-, ocupante de cargo da Ca-tegoria Funcional de Técnico Legislativo – atribuição Adjunto Parlamentar – Secretaria, Classe Especial, Padrão 34, 1ª substituta do Diretor da Coordenação de Comunicações, FC-07, da Diretoria Administrativa, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, em seus impedimentos eventuais, a partir de 18 de julho de 2011.

DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, MARIA RIBEIRO BARBOSA DE OLIVEIRA, ponto nº 3634, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Técnico Legis-Técnico Legis-lativo – atribuição Agente de Serviços Legislativos – Serviços de Atendimento, Classe Especial, Padrão 34, substituta do Chefe da Seção de Impressão Ele-, substituta do Chefe da Seção de Impressão Ele- substituta do Chefe da Seção de Impressão Ele- do Chefe da Seção de Impressão Ele-do Chefe da Seção de Impressão Ele-trônica, FC-05, da Coordenação de Serviços Gráficos, do Departamento de Apoio Parlamentar, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, no período de 18 a 24 de julho de 2011.

DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, MARTINHO RABELO PAIVA, ponto nº 7126, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Técnico Legislativo – atribuição Agente de Polícia Legislativa, Classe A, Padrão 08, substituto do Supervisor de Segurança de Dignitários e Testemunhas, FC-05, da Coordenação de Operações Especiais, do Departamento de Polícia Legislativa, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, no período de 15 de julho a 01 de agosto de 2011.

DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, MIZAEL BORGES DA SILVA NETO, ponto nº 7122, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Técnico Legislativo – atribui-Técnico Legislativo – atribui- – atribui-ção Agente de Polícia Legislativa, Classe A, Padrão 08, 1º substituto do Chefe da Seção de Expedição e Arquivo, FC-05, da Coordenação de Polícia Judiciária, do Departamento de Polícia Legislativa, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, em seus im-em seus im-pedimentos eventuais, a partir de 29 de julho de 2011.

DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, OSIRES LUIS BATISTA ARANTES, ponto nº 5553, ocupante de cargo da Ca-5553, ocupante de cargo da Ca-, ocupante de cargo da Ca-tegoria Funcional de Técnico Legislativo – atribuição Agente de Polícia Legislativa, Classe Especial, Padrão 34, substituto do Chefe da Seção de Inteligência, FC-05, da Coordenação de Polícia Judiciária, do Depar-tamento de Polícia Legislativa, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, no período de 15 a 25 de julho de 2011.

DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, RAFAELA SAN-TOS VIEIRA FERREIRA, ponto nº 7330, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Técnico Legislativo – atribuição Assistente Administrativo, Classe A, Pa-Assistente Administrativo, Classe A, Pa-, Classe A, Pa-A, Pa-, Pa-drão 07, substituta do Chefe de Gabinete, FC-08, do Gabinete do Líder do Partido Social Cristão, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, no período de 18 a 31 de julho de 2011.

DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, ROSENILDA MOURA DA SILVA, ponto nº 4434, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Analista Legislativo – atribuição Técnica Legislativa, Classe Especial, Padrão 45, 2ª substituta do Diretor da Coordenação de Comunicações, FC-07, da Diretoria Administrativa, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, em seus impedimentos even-em seus impedimentos even-tuais, a partir de 18 de julho de 2011.

DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, TIAGO LEÔNI-DAS FRANCA DE MELO, ponto nº 7197, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Técnico Legislativo – atribuição Agente de Polícia Legislativa, Classe A, Pa-Agente de Polícia Legislativa, Classe A, Pa-, Classe A, Pa-A, Pa-, Pa-drão 08, substituto do Chefe do Serviço de Atividades Policiais, FC-06, da Coordenação de Polícia Judiciária, do Departamento de Polícia Legislativa, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, no período de 15 de julho a 01 de agosto de 2011.

DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, VALDETE FROTA RO-DRIGUES FILHO, ponto nº 5992, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Técnico Legislativo – atribuição Agente de Polícia Legislativa, Classe Especial, Padrão 34, substituto do Supervisor de Policiamento dos Es-, substituto do Supervisor de Policiamento dos Es- substituto do Supervisor de Policiamento dos Es- do Supervisor de Policiamento dos Es-do Supervisor de Policiamento dos Es-tacionamentos, FC-05, da Coordenação de Segurança Orgânica, do Departamento de Polícia Legislativa, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, no período de 20 de julho a 01 de agosto de 2011.

DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, VALERIO AUGUSTO SOARES DE MEDEIROS, ponto nº 6822, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Analista Legisla-Analista Legisla-tivo – atribuição Arquiteto, Classe Especial, Padrão 41, substituto do Chefe da Seção de Serviços Especiais, FC-05, da Coordenação de Projetos, do Departamento Técnico, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Depu-, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Depu-tados, no período de 18 a 31 de julho de 2011.

Câmara dos Deputados, 4 de agosto de 2011. – Deputado Marco Maia, Presidente.

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MESA DIRETORA

Presidente:

MARCO MAIA - PT - RS

1º Vice-Presidente:

ROSE DE FREITAS - PMDB - ES

2º Vice-Presidente:

EDUARDO DA FONTE - PP - PE

1º Secretário:

EDUARDO GOMES - PSDB - TO

2º Secretário:

JORGE TADEU MUDALEN - DEM - SP

3º Secretário:

INOCÊNCIO OLIVEIRA - PR - PE

4º Secretário:

JÚLIO DELGADO - PSB - MG

1º Suplente de Secretário:

GERALDO RESENDE - PMDB - MS

2º Suplente de Secretário:

MANATO - PDT - ES

3º Suplente de Secretário:

CARLOS EDUARDO CADOCA - PSC - PE

4º Suplente de Secretário:

SÉRGIO MORAES - PTB - RS

LÍDERES E VICE-LÍDERES

Liderança do Governo

Líder: CÂNDIDO VACCAREZZA

Vice-Líderes: Osmar Serraglio, Luciano Castro, Alex Canziani, José Guimarães, Odair Cunha, Waldir Maranhão, Hugo Leal e Rebecca Garcia.

Liderança da Minoria Líder: PAULO ABI-ACKEL

Vice-Líderes: Antonio Carlos Mendes Thame (1º Vice), Nelson Marchezan Junior, Felipe Maia, Arnaldo Jordy e Rui Palmeira.

PT Líder: PAULO TEIXEIRA

Vice-Líderes: Arlindo Chinaglia, Henrique Fontana, Artur Bruno, Dr. Rosinha, Janete Rocha Pietá, Pepe Vargas, Valmir Assunção, Assis Carvalho, Beto Faro, Carlos Zarattini, Edson Santos, Emiliano José, Márcio Macêdo, Pedro Eugênio, Dalva Figueiredo, Sibá Machado, Waldenor Pereira, Zeca Dirceu, Assis do Couto, Chico D'angelo, Jilmar Tatto e Luiz Couto.

PMDB Líder: HENRIQUE EDUARDO ALVES

Vice-Líderes: Teresa Surita, Almeida Lima, Antônio Andrade, Benjamin Maranhão, Darcísio Perondi, Edinho Araújo, Edinho Bez, Eduardo Cunha, Gastão Vieira, Genecias Noronha, Mauro Benevides, Renan Filho, Newton Cardoso, Marllos Sampaio, Lucio Vieira Lima, Francisco Escórcio, Gabriel Chalita e Marcelo Castro (1º Vice).

Bloco PSB, PTB, PCdoB Líder: ANA ARRAES

Vice-Líderes: Jovair Arantes (1º Vice), Osmar Júnior, Givaldo Carimbão, Edson Silva, Fernando Coelho Filho, Glauber Braga, Jose Stédile, Valadares Filho, Sandra Rosado, Arnaldo Faria de Sá, Arnon Bezerra, Josué Bengtson, Antonio Brito, Alice Portugal, Jô Moraes, Evandro Milhomen e Laurez Moreira.

PSDB Líder: DUARTE NOGUEIRA

Vice-Líderes: Otavio Leite (1º Vice), Alfredo Kaefer, Antonio Imbassahy, Bruno Araújo, Cesar Colnago, Domingos Sávio, Luiz Fernando Machado, Raimundo Gomes de Matos, Rogério Marinho, Vanderlei Macris, Andreia Zito, Pinto Itamaraty, Reinaldo Azambuja e Bruna Furlan.

Bloco PR, PTdoB, PRTB, PRP, PHS, PTC, PSL Líder: LINCOLN PORTELA

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Vice-Líderes: José Rocha, Anthony Garotinho, Dr. Paulo César, João Carlos Bacelar, Laercio Oliveira, Ronaldo Fonseca, Gorete Pereira, Homero Pereira, Izalci, Bernardo Santana de Vasconcellos, Francisco Floriano, Maurício Quintella Lessa, Wellington Roberto e Giroto.

DEM Líder: ANTONIO CARLOS MAGALHÃES NETO

Vice-Líderes: Pauderney Avelino (1º Vice), Abelardo Lupion, Claudio Cajado, Efraim Filho, Marcos Montes, Mendonça Filho, Nice Lobão, Onofre Santo Agostini, Onyx Lorenzoni, Ronaldo Caiado e Rodrigo Maia.

PP Líder: NELSON MEURER

Vice-Líderes: José Otávio Germano (1º Vice), Roberto Britto, Cida Borghetti, Aguinaldo Ribeiro, Luis Carlos Heinze, Sandes Júnior e João Pizzolatti.

PDT Líder: GIOVANNI QUEIROZ

Vice-Líderes: André Figueiredo (1º Vice), Wolney Queiroz, Paulo Pereira da Silva, Miro Teixeira, Ângelo Agnolin, Sueli Vidigal e Sebastião Bala Rocha.

Bloco PV, PPS Líder: SARNEY FILHO

Vice-Líderes: Rubens Bueno (1º Vice), Fábio Ramalho, Arnaldo Jardim, Roberto de Lucena, Moreira Mendes, Antônio Roberto e Dr. Aluizio.

PSC Líder: RATINHO JUNIOR

Vice-Líderes: Zequinha Marinho (1º Vice), Edmar Arruda, Silas Câmara, Filipe Pereira e Carlos Eduardo Cadoca.

PRB Líder: VITOR PAULO

PMN

Repr.: FÁBIO FARIA

Parágrafo 4º, Artigo 9º do RICD

PSOL

Líder: CHICO ALENCAR

Vice-Líderes: Ivan Valente.

Líderes de Partidos que participam de Bloco Parlamentar

PR

Líder: LINCOLN PORTELA

PSB

Líder: ANA ARRAES

PTB

Líder: JOVAIR ARANTES

PCdoB

Líder: OSMAR JÚNIOR

PV

Líder: SARNEY FILHO

PPS

Líder: RUBENS BUENO

PTdoB

Repr.: LOURIVAL MENDES

PHS

Repr.: FELIPE BORNIER

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PRTB

Repr.: AUREO

PSL

Repr.: DR. GRILO

PRP

Repr.: JÂNIO NATAL

PTC

Repr.: EDIVALDO HOLANDA JUNIOR

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DEPUTADOS EM EXERCÍCIO

Roraima

Berinho Bantim - PSDB Edio Lopes - PMDB Francisco Araújo - PSL Jhonatan de Jesus - PRB Luciano Castro - PR Paulo Cesar Quartiero - DEM Raul Lima - PP Teresa Surita - PMDB

Amapá

Dalva Figueiredo - PT Davi Alcolumbre - DEM Evandro Milhomen - PCdoB Fátima Pelaes - PMDB Janete Capiberibe - PSB Luiz Carlos - PSDB Sebastião Bala Rocha - PDT Vinicius Gurgel - PRTB

Pará

André Dias - PSDB Arnaldo Jordy - PPS Beto Faro - PT Cláudio Puty - PT Dudimar Paxiuba - PSDB Elcione Barbalho - PMDB Giovanni Queiroz - PDT José Priante - PMDB Josué Bengtson - PTB Lira Maia - DEM Lúcio Vale - PR Luiz Otavio - PMDB Miriquinho Batista - PT Wandenkolk Gonçalves - PSDB Wladimir Costa - PMDB Zé Geraldo - PT Zequinha Marinho - PSC

Amazonas

Átila Lins - PMDB Carlos Souza - PP Francisco Praciano - PT Henrique Oliveira - PR Pauderney Avelino - DEM Rebecca Garcia - PP Sabino Castelo Branco - PTB Silas Câmara - PSC

Rondônia

Carlos Magno - PP Lindomar Garçon - PV Marinha Raupp - PMDB Mauro Nazif - PSB Moreira Mendes - PPS Natan Donadon - PMDB Nilton Capixaba - PTB Padre Ton - PT

Acre

Antônia Lúcia - PSC Flaviano Melo - PMDB Gladson Cameli - PP Henrique Afonso - PV Marcio Bittar - PSDB Perpétua Almeida - PCdoB Sibá Machado - PT Taumaturgo Lima - PT

Tocantins

Ângelo Agnolin - PDT César Halum - PPS Eduardo Gomes - PSDB Irajá Abreu - DEM Júnior Coimbra - PMDB Laurez Moreira - PSB Lázaro Botelho - PP Professora Dorinha Seabra Rezende - DEM

Maranhão

Alberto Filho - PMDB Carlos Brandão - PSDB Cleber Verde - PRB Costa Ferreira - PSC Davi Alves Silva Júnior - PR Domingos Dutra - PT Edivaldo Holanda Junior - PTC Francisco Escórcio - PMDB Gastão Vieira - PMDB Hélio Santos - PSDB Lourival Mendes - PTdoB Nice Lobão - DEM Pinto Itamaraty - PSDB Professor Setimo - PMDB Ribamar Alves - PSB Sarney Filho - PV Waldir Maranhão - PP Zé Vieira - PR

Ceará

André Figueiredo - PDT Aníbal Gomes - PMDB Antonio Balhmann - PSB Ariosto Holanda - PSB Arnon Bezerra - PTB

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Artur Bruno - PT Chico Lopes - PCdoB Danilo Forte - PMDB Domingos Neto - PSB Edson Silva - PSB Eudes Xavier - PT Genecias Noronha - PMDB Gorete Pereira - PR João Ananias - PCdoB José Airton - PT José Guimarães - PT José Linhares - PP Manoel Salviano - PSDB Mauro Benevides - PMDB Raimundão - PMDB Raimundo Gomes de Matos - PSDB Vicente Arruda - PR

Piauí

Assis Carvalho - PT Hugo Napoleão - DEM Iracema Portella - PP Jesus Rodrigues - PT Júlio Cesar - DEM Marcelo Castro - PMDB Marllos Sampaio - PMDB Nazareno Fonteles - PT Osmar Júnior - PCdoB Paes Landim - PTB

Rio Grande do Norte

Fábio Faria - PMN Fátima Bezerra - PT Felipe Maia - DEM Henrique Eduardo Alves - PMDB João Maia - PR Paulo Wagner - PV Rogério Marinho - PSDB Sandra Rosado - PSB

Paraíba

Aguinaldo Ribeiro - PP Benjamin Maranhão - PMDB Damião Feliciano - PDT Efraim Filho - DEM Hugo Motta - PMDB Luiz Couto - PT Manoel Junior - PMDB Nilda Gondim - PMDB Romero Rodrigues - PSDB Ruy Carneiro - PSDB Wellington Roberto - PR Wilson Filho - PMDB

Pernambuco

Ana Arraes - PSB Anderson Ferreira - PR Augusto Coutinho - DEM Bruno Araújo - PSDB Carlos Eduardo Cadoca - PSC Eduardo da Fonte - PP Fernando Coelho Filho - PSB Fernando Ferro - PT Gonzaga Patriota - PSB Inocêncio Oliveira - PR João Paulo Lima - PT Jorge Corte Real - PTB José Augusto Maia - PTB José Chaves - PTB Luciana Santos - PCdoB Mendonça Filho - DEM Pastor Eurico - PSB Paulo Rubem Santiago - PDT Pedro Eugênio - PT Raul Henry - PMDB Roberto Teixeira - PP Sergio Guerra - PSDB Silvio Costa - PTB Vilalba - PRB Wolney Queiroz - PDT

Alagoas

Arthur Lira - PP Celia Rocha - PTB Givaldo Carimbão - PSB João Lyra - PTB Joaquim Beltrão - PMDB Maurício Quintella Lessa - PR Renan Filho - PMDB Rosinha da Adefal - PTdoB Rui Palmeira - PSDB

Sergipe

Almeida Lima - PMDB Andre Moura - PSC Heleno Silva - PRB Laercio Oliveira - PR Márcio Macêdo - PT Mendonça Prado - DEM Rogério Carvalho - PT Valadares Filho - PSB

Bahia

Acelino Popó - PRB Alice Portugal - PCdoB Amauri Teixeira - PT Antonio Brito - PTB Antonio Carlos Magalhães Neto - DEM Antonio Imbassahy - PSDB Arthur Oliveira Maia - PMDB Claudio Cajado - DEM Daniel Almeida - PCdoB

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Edson Pimenta - PCdoB Emiliano José - PT Erivelton Santana - PSC Fábio Souto - DEM Félix Mendonça Júnior - PDT Fernando Torres - DEM Geraldo Simões - PT Jânio Natal - PRP João Carlos Bacelar - PR José Carlos Araújo - PDT José Nunes - DEM José Rocha - PR Joseph Bandeira - PT Josias Gomes - PT Jutahy Junior - PSDB Lucio Vieira Lima - PMDB Luiz Alberto - PT Luiz Argôlo - PP Márcio Marinho - PRB Marcos Medrado - PDT Maurício Trindade - PR Nelson Pellegrino - PT Oziel Oliveira - PDT Paulo Magalhães - DEM Roberto Britto - PP Rui Costa - PT Sérgio Barradas Carneiro - PT Sérgio Brito - PSC Valmir Assunção - PT Waldenor Pereira - PT

Minas Gerais

Ademir Camilo - PDT Aelton Freitas - PR Antônio Andrade - PMDB Antônio Roberto - PV Aracely de Paula - PR Bernardo Santana de Vasconcellos - PR Bonifácio de Andrada - PSDB Carlaile Pedrosa - PSDB Diego Andrade - PR Dimas Fabiano - PP Domingos Sávio - PSDB Dr. Grilo - PSL Eduardo Azeredo - PSDB Eduardo Barbosa - PSDB Eros Biondini - PTB Fábio Ramalho - PV Gabriel Guimarães - PT George Hilton - PRB Geraldo Thadeu - PPS Gilmar Machado - PT Jaime Martins - PR Jairo Ataíde - DEM Jô Moraes - PCdoB João Bittar - DEM João Magalhães - PMDB José Humberto - PHS Júlio Delgado - PSB Lael Varella - DEM

Leonardo Monteiro - PT Leonardo Quintão - PMDB Lincoln Portela - PR Luis Tibé - PTdoB Luiz Fernando Faria - PP Márcio Reinaldo Moreira - PP Marcos Montes - DEM Marcus Pestana - PSDB Mário de Oliveira - PSC Mauro Lopes - PMDB Miguel Corrêa - PT Newton Cardoso - PMDB Odair Cunha - PT Padre João - PT Paulo Abi-ackel - PSDB Paulo Piau - PMDB Reginaldo Lopes - PT Renzo Braz - PP Rodrigo de Castro - PSDB Saraiva Felipe - PMDB Toninho Pinheiro - PP Vitor Penido - DEM Walter Tosta - PMN Weliton Prado - PT Zé Silva - PDT

Espírito Santo

Audifax - PSB Camilo Cola - PMDB Cesar Colnago - PSDB Dr. Jorge Silva - PDT Lauriete - PSC Lelo Coimbra - PMDB Manato - PDT Paulo Foletto - PSB Rose de Freitas - PMDB Sueli Vidigal - PDT

Rio de Janeiro

Adrian - PMDB Alessandro Molon - PT Alexandre Santos - PMDB Alfredo Sirkis - PV Andreia Zito - PSDB Anthony Garotinho - PR Arolde de Oliveira - DEM Aureo - PRTB Benedita da Silva - PT Brizola Neto - PDT Chico Alencar - PSOL Chico D'angelo - PT Cristiano - PTdoB Deley - PSC Dr. Adilson Soares - PR Dr. Aluizio - PV Dr. Carlos Alberto - PMN Dr. Paulo César - PR Edson Ezequiel - PMDB

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Edson Santos - PT Eduardo Cunha - PMDB Eliane Rolim - PT Felipe Bornier - PHS Fernando Jordão - PMDB Filipe Pereira - PSC Francisco Floriano - PR Glauber Braga - PSB Hugo Leal - PSC Jair Bolsonaro - PP Jandira Feghali - PCdoB Jean Wyllys - PSOL Liliam Sá - PR Marcelo Matos - PDT Miro Teixeira - PDT Neilton Mulim - PR Nelson Bornier - PMDB Otavio Leite - PSDB Rodrigo Maia - DEM Romário - PSB Simão Sessim - PP Solange Almeida - PMDB Stepan Nercessian - PPS Vitor Paulo - PRB Walney Rocha - PTB Washington Reis - PMDB Zoinho - PR

São Paulo

Alberto Mourão - PSDB Aldo Rebelo - PCdoB Alexandre Leite - DEM Aline Corrêa - PP Antonio Bulhões - PRB Antonio Carlos Mendes Thame - PSDB Arlindo Chinaglia - PT Arnaldo Faria de Sá - PTB Arnaldo Jardim - PPS Beto Mansur - PP Bruna Furlan - PSDB Cândido Vaccarezza - PT Carlinhos Almeida - PT Carlos Roberto - PSDB Carlos Sampaio - PSDB Carlos Zarattini - PT Delegado Protógenes - PCdoB Devanir Ribeiro - PT Dimas Ramalho - PPS Dr. Ubiali - PSB Dra. Elaine Abissamra - PSB Duarte Nogueira - PSDB Edinho Araújo - PMDB Eleuses Paiva - DEM Eli Correa Filho - DEM Gabriel Chalita - PMDB Guilherme Campos - DEM Guilherme Mussi - PV Ivan Valente - PSOL Janete Rocha Pietá - PT Jefferson Campos - PSB

Jilmar Tatto - PT João Dado - PDT João Paulo Cunha - PT Jonas Donizette - PSB Jorge Tadeu Mudalen - DEM José de Filippi - PT José Mentor - PT Junji Abe - DEM Keiko Ota - PSB Luiz Fernando Machado - PSDB Luiza Erundina - PSB Mara Gabrilli - PSDB Marcelo Aguiar - PSC Milton Monti - PR Missionário José Olimpio - PP Nelson Marquezelli - PTB Newton Lima - PT Otoniel Lima - PRB Pastor Marco Feliciano - PSC Paulo Freire - PR Paulo Maluf - PP Paulo Pereira da Silva - PDT Paulo Teixeira - PT Penna - PV Ricardo Berzoini - PT Ricardo Izar - PV Ricardo Tripoli - PSDB Roberto de Lucena - PV Roberto Freire - PPS Roberto Santiago - PV Salvador Zimbaldi - PDT Tiririca - PR Valdemar Costa Neto - PR Vanderlei Macris - PSDB Vaz de Lima - PSDB Vicente Candido - PT Vicentinho - PT Walter Ihoshi - DEM William Dib - PSDB

Mato Grosso

Carlos Bezerra - PMDB Homero Pereira - PR Júlio Campos - DEM Neri Geller - PP Nilson Leitão - PSDB Roberto Dorner - PP Valtenir Pereira - PSB Wellington Fagundes - PR

Distrito Federal

Augusto Carvalho - PPS Erika Kokay - PT Izalci - PR Jaqueline Roriz - PMN Luiz Pitiman - PMDB Policarpo - PT

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Reguffe - PDT Ronaldo Fonseca - PR

Goiás

Armando Vergílio - PMN Carlos Alberto Leréia - PSDB Flávia Morais - PDT Heuler Cruvinel - DEM Íris de Araújo - PMDB João Campos - PSDB Jovair Arantes - PTB Leandro Vilela - PMDB Magda Mofatto - PTB Marina Santanna - PT Pedro Chaves - PMDB Roberto Balestra - PP Ronaldo Caiado - DEM Rubens Otoni - PT Sandes Júnior - PP Sandro Mabel - PR Valdivino de Oliveira - PSDB

Mato Grosso do Sul

Biffi - PT Fabio Trad - PMDB Geraldo Resende - PMDB Giroto - PR Mandetta - DEM Marçal Filho - PMDB Reinaldo Azambuja - PSDB Vander Loubet - PT

Paraná

Abelardo Lupion - DEM Alex Canziani - PTB Alfredo Kaefer - PSDB Andre Vargas - PT André Zacharow - PMDB Angelo Vanhoni - PT Assis do Couto - PT Cida Borghetti - PP Dilceu Sperafico - PP Dr. Rosinha - PT Edmar Arruda - PSC Eduardo Sciarra - DEM Fernando Francischini - PSDB Giacobo - PR Hermes Parcianello - PMDB João Arruda - PMDB Leopoldo Meyer - PSB Luiz Carlos Setim - DEM Luiz Nishimori - PSDB Moacir Micheletto - PMDB Nelson Meurer - PP Nelson Padovani - PSC Osmar Serraglio - PMDB Ratinho Junior - PSC

Reinhold Stephanes - PMDB Rosane Ferreira - PV Rubens Bueno - PPS Sandro Alex - PPS Takayama - PSC Zeca Dirceu - PT

Santa Catarina

Carmen Zanotto - PPS Celso Maldaner - PMDB Décio Lima - PT Edinho Bez - PMDB Esperidião Amin - PP Gean Loureiro - PMDB João Pizzolatti - PP Jorge Boeira - PT Jorginho Mello - PSDB Luci Choinacki - PT Mauro Mariani - PMDB Onofre Santo Agostini - DEM Pedro Uczai - PT Rogério Peninha Mendonça - PMDB Ronaldo Benedet - PMDB Valdir Colatto - PMDB

Rio Grande do Sul

Afonso Hamm - PP Alceu Moreira - PMDB Alexandre Roso - PSB Assis Melo - PCdoB Bohn Gass - PT Danrlei de Deus Hinterholz - PTB Darcísio Perondi - PMDB Enio Bacci - PDT Fernando Marroni - PT Giovani Cherini - PDT Henrique Fontana - PT Jerônimo Goergen - PP José Otávio Germano - PP Jose Stédile - PSB Luis Carlos Heinze - PP Luiz Noé - PSB Manuela D'ávila - PCdoB Marco Maia - PT Marcon - PT Mendes Ribeiro Filho - PMDB Nelson Marchezan Junior - PSDB Onyx Lorenzoni - DEM Osmar Terra - PMDB Paulo Pimenta - PT Pepe Vargas - PT Renato Molling - PP Ronaldo Nogueira - PTB Ronaldo Zulke - PT Sérgio Moraes - PTB Vieira da Cunha - PDT Vilson Covatti - PP

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COMISSÕES PERMANENTES

COMISSÃO DE AGRICULTURA, PECUÁRIA,

ABASTECIMENTO E DESENVOLVIMENTO RURAL

Presidente: Lira Maia (DEM) 1º Vice-Presidente: 2º Vice-Presidente: Celso Maldaner (PMDB) 3º Vice-Presidente: José Nunes (DEM)

Titulares Suplentes

PT

Assis do Couto Geraldo Simões

Beto Faro Miriquinho Batista

Bohn Gass Padre Ton

Jesus Rodrigues Valmir Assunção

Josias Gomes Waldenor Pereira

Marcon 2 vagas

Vander Loubet

PMDB

Alceu Moreira Alberto Filho

Celso Maldaner Antônio Andrade

Leandro Vilela Edinho Araújo

Moacir Micheletto Lelo Coimbra

Paulo Piau Lucio Vieira Lima vaga do PR

Pedro Chaves vaga do PDT Valdir Colatto

Reinhold Stephanes 1 vaga

PSDB

Domingos Sávio Alfredo Kaefer

Hélio Santos Duarte Nogueira

Luiz Nishimori Raimundo Gomes de Matos

Reinaldo Azambuja Wandenkolk Gonçalves

(Dep. do DEM ocupa a vaga) (Dep. do PP ocupa a vaga)

PP

Arthur Lira vaga do PR Afonso Hamm vaga do PSDB

Carlos Magno vaga do PSB Lázaro Botelho vaga do PR

Dilceu Sperafico Neri Geller

João Pizzolatti Roberto Dorner

Luis Carlos Heinze (Dep. do PTB ocupa a vaga)

DEM

Abelardo Lupion vaga do Bloco PV, PPS Heuler Cruvinel vaga do Bloco PV, PPS

Jairo Ataíde vaga do PSB Luiz Carlos Setim

José Nunes Marcos Montes vaga do PSB

Lira Maia Onofre Santo Agostini

Paulo Cesar Quartiero vaga do PSB Onyx Lorenzoni vaga do PSB

Ronaldo Caiado 1 vaga

Vitor Penido vaga do PSDB

PR

Davi Alves Silva Júnior Aelton Freitas

Homero Pereira Diego Andrade vaga do PRB

(Dep. do PP ocupa a vaga) (Dep. do PP ocupa a vaga)

(Dep. do PMDB ocupa a vaga)

PSB

(Dep. do PP ocupa a vaga) Fernando Coelho Filho

(Dep. do DEM ocupa a vaga) (Dep. do DEM ocupa a vaga)

(Dep. do DEM ocupa a vaga) (Dep. do DEM ocupa a vaga)

PDT

Zé Silva Giovanni Queiroz

(Dep. do PMDB ocupa a vaga) Oziel Oliveira

Bloco PV, PPS

Moreira Mendes César Halum

(Dep. do DEM ocupa a vaga) (Dep. do DEM ocupa a vaga)

PTB

Josué Bengtson Celia Rocha

Nilton Capixaba Nelson Marquezelli

Sérgio Moraes vaga do PP

PSC

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Nelson Padovani Antônia Lúcia

PCdoB

Edson Pimenta João Ananias

PRB

Heleno Silva (Dep. do PR ocupa a vaga)

PMN

(Dep. do PSL ocupa a vaga) Jaqueline Roriz

Secretário(a): Moizes Lobo da Cunha Local: Anexo II, Térreo, Ala C, sala 32 Telefones: 3216-6403/6404/6406 FAX: 3216-6415

COMISSÃO DA AMAZÔNIA, INTEGRAÇÃO NACIONAL E DE

DESENVOLVIMENTO REGIONAL

Presidente: Gladson Cameli (PP) 1º Vice-Presidente: Carlos Souza (PP) 2º Vice-Presidente: Raul Lima (PP) 3º Vice-Presidente: Zequinha Marinho (PSC)

Titulares Suplentes

PT

Miriquinho Batista Francisco Praciano

Padre Ton Zé Geraldo

Taumaturgo Lima 1 vaga

PMDB

Marinha Raupp Átila Lins

(Dep. do PP ocupa a vaga) José Priante

1 vaga 1 vaga

PSDB

Dudimar Paxiuba Hélio Santos vaga do PP

Marcio Bittar Luiz Carlos vaga do PR

(Dep. do Bloco PV, PPS ocupa avaga)

1 vaga

PP

Carlos Souza Luis Carlos Heinze

Gladson Cameli (Dep. do PSDB ocupa a vaga)

Neri Geller vaga do PMDB

Raul Lima vaga do Bloco PV, PPS

DEM

(Dep. do PSB ocupa a vaga) Paulo Cesar Quartiero

1 vaga 1 vaga

PR

2 vagas Lúcio Vale

(Dep. do PSDB ocupa a vaga)

PSB

Janete Capiberibe vaga do DEM Glauber Braga

Laurez Moreira Valtenir Pereira vaga do PCdoB

PDT

Giovanni Queiroz Ademir Camilo

Bloco PV, PPS

(Dep. do PP ocupa a vaga) Arnaldo Jordy vaga do PSDB

Lindomar Garçon

PTB

1 vaga Ronaldo Nogueira

PSC

Zequinha Marinho Antônia Lúcia

PCdoB

Perpétua Almeida (Dep. do PSB ocupa a vaga)

Secretário(a): Iara Araújo Alencar Aires Local: Anexo II - Sala T- 59 Telefones: 3216-6432 FAX: 3216-6440

COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA, COMUNICAÇÃO E

INFORMÁTICA

Presidente: Bruno Araújo (PSDB) 1º Vice-Presidente: Antonio Imbassahy (PSDB) 2º Vice-Presidente: Silas Câmara (PSC) 3º Vice-Presidente: Ruy Carneiro (PSDB)

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Titulares Suplentes

PT

Carlinhos Almeida Beto Faro

Emiliano José Biffi

Gilmar Machado Dalva Figueiredo

Newton Lima Fernando Marroni

Sibá Machado Joseph Bandeira

(Dep. do PSC ocupa a vaga) Josias Gomes

(Dep. do PRTB ocupa a vaga) (Dep. do PR ocupa a vaga)

PMDB

Hermes Parcianello Benjamin Maranhão vaga do PMN

Hugo Motta Júnior Coimbra

Marllos Sampaio Manoel Junior

Rogério Peninha Mendonça Wilson Filho

(Dep. do PCdoB ocupa a vaga) Wladimir Costa

(Dep. do PSC ocupa a vaga) (Dep. do PR ocupa a vaga)

(Dep. do PSC ocupa a vaga)

PSDB

Antonio Imbassahy Eduardo Azeredo

Bruno Araújo Paulo Abi-ackel

Manoel Salviano Rodrigo de Castro

Ruy Carneiro Romero Rodrigues

PP

Beto Mansur Carlos Souza

Missionário José Olimpio Renzo Braz

Sandes Júnior Waldir Maranhão

DEM

Arolde de Oliveira Eli Correa Filho

Júlio Campos Rodrigo Maia vaga do PTB

Marcos Montes Walter Ihoshi

(Dep. do Bloco PV, PPS ocupa avaga)

PR

Dr. Adilson Soares Davi Alves Silva Júnior vaga do PT

Francisco Floriano Gorete Pereira vaga do PMDB

José Rocha Izalci

Milton Monti

Wellington Roberto

PSB

Ariosto Holanda Domingos Neto

Luiza Erundina Edson Silva

Pastor Eurico vaga do PTB Luiz Noé

Paulo Foletto vaga do PCdoB

Ribamar Alves

PDT

Miro Teixeira Brizola Neto

Salvador Zimbaldi Félix Mendonça Júnior

Bloco PV, PPS

Lindomar Garçon Fábio Ramalho vaga do DEM

Paulo Wagner Stepan Nercessian

Sandro Alex vaga do PTB (Dep. do PSC ocupa a vaga)

PTB

(Dep. do PSB ocupa a vaga) Arnon Bezerra

(Dep. do Bloco PV, PPS ocupa a vaga) (Dep. do DEM ocupa a vaga)

PSC

Antônia Lúcia vaga do PT Mário de Oliveira vaga do Bloco PV, PPS

Marcelo Aguiar vaga do PMDB Takayama vaga do PMDB

Ratinho Junior Zequinha Marinho

Silas Câmara vaga do PMN

PCdoB

Luciana Santos vaga do PMDB Evandro Milhomen

(Dep. do PSB ocupa a vaga)

PRB

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Cleber Verde Jhonatan de Jesus

Márcio Marinho vaga do PTdoB

PMN

(Dep. do PSC ocupa a vaga) (Dep. do PMDB ocupa a vaga)

PTdoB

(Dep. do PRB ocupa a vaga) (Dep. do PSL ocupa a vaga)

Secretário(a): Myriam Gonçalves Teixeira de Oliveira Local: Anexo II, Térreo, Ala A, sala 49 Telefones: 3216-6452 A 6458 FAX: 3216-6465

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA

Presidente: João Paulo Cunha (PT) 1º Vice-Presidente: Arthur Oliveira Maia (PMDB) 2º Vice-Presidente: Vicente Candido (PT) 3º Vice-Presidente: Cesar Colnago (PSDB)

Titulares Suplentes

PT

Alessandro Molon Assis Carvalho

Jilmar Tatto Décio Lima

João Paulo Cunha Fátima Bezerra

João Paulo Lima Gabriel Guimarães

José Mentor Márcio Macêdo

Luiz Couto Marina Santanna

Nelson Pellegrino Nazareno Fonteles

Odair Cunha Pedro Eugênio

Ricardo Berzoini Pedro Uczai

Rubens Otoni Sérgio Barradas Carneiro

Vicente Candido Sibá Machado

PMDB

Almeida Lima Benjamin Maranhão

Arthur Oliveira Maia Francisco Escórcio

Carlos Bezerra vaga do PMN Gabriel Chalita

Danilo Forte Gean Loureiro

Eduardo Cunha João Magalhães

Fabio Trad vaga do Bloco PV, PPS Leandro Vilela

Marçal Filho vaga do PSC Mauro Lopes vaga do PSB

Mauro Benevides (Dep. do PSL ocupa a vaga)

Mendes Ribeiro Filho (Dep. do Bloco PV, PPS ocupa a vaga)

Osmar Serraglio (Dep. do PSC ocupa a vaga)

Solange Almeida

Wilson Filho

PSDB

André Dias Bruna Furlan

Bonifácio de Andrada Bruno Araújo

Cesar Colnago vaga do PTB Carlos Sampaio

João Campos Fernando Francischini

Jorginho Mello Luiz Fernando Machado vaga do DEM

Jutahy Junior Nelson Marchezan Junior

Luiz Carlos Ricardo Tripoli

PP

Dimas Fabiano Cida Borghetti

Esperidião Amin Dilceu Sperafico

Paulo Maluf Márcio Reinaldo Moreira

Roberto Teixeira Rebecca Garcia vaga do PTB

Vilson Covatti Roberto Balestra

Sandes Júnior

DEM

Efraim Filho Alexandre Leite

Felipe Maia Arolde de Oliveira

Mendonça Filho José Nunes

Mendonça Prado Pauderney Avelino

Onyx Lorenzoni (Dep. do PSDB ocupa a vaga)

PR

Anthony Garotinho Gorete Pereira

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Henrique Oliveira Jaime Martins

Maurício Quintella Lessa Maurício Trindade

Ronaldo Fonseca Sandro Mabel

Vicente Arruda (Dep. do PRB ocupa a vaga)

PSB

Edson Silva Domingos Neto

Sandra Rosado Gonzaga Patriota

Valtenir Pereira Laurez Moreira

(Dep. do PDT ocupa a vaga) (Dep. do PMDB ocupa a vaga)

PDT

Brizola Neto José Carlos Araújo

Félix Mendonça Júnior Wolney Queiroz

Marcos Medrado (Dep. do PMN ocupa a vaga)

Vieira da Cunha vaga do PSB

Bloco PV, PPS

Fábio Ramalho Alfredo Sirkis

Roberto Freire Moreira Mendes vaga do PMDB

(Dep. do PMDB ocupa a vaga) Sandro Alex

Sarney Filho

PTB

Arnaldo Faria de Sá João Lyra

Paes Landim Nilton Capixaba

(Dep. do PSDB ocupa a vaga) (Dep. do PP ocupa a vaga)

PSC

Pastor Marco Feliciano Hugo Leal

(Dep. do PMDB ocupa a vaga) Sérgio Brito vaga do PMDB

Silas Câmara

PCdoB

Delegado Protógenes Chico Lopes

Evandro Milhomen Daniel Almeida

PRB

Antonio Bulhões Cleber Verde vaga do PR

Vitor Paulo

PMN

(Dep. do PMDB ocupa a vaga) Fábio Faria vaga do PDT

Walter Tosta

PTdoB

(Dep. do PSL ocupa a vaga) Lourival Mendes

Secretário(a): Rejane Salete Marques Local: Anexo II,Térreo, Ala A, sala 21 Telefones: 3216-6494 FAX: 3216-6499

COMISSÃO DE DEFESA DO CONSUMIDOR

Presidente: Roberto Santiago (PV) 1º Vice-Presidente: César Halum (PPS) 2º Vice-Presidente: Ricardo Izar (PV) 3º Vice-Presidente: Wolney Queiroz (PDT)

Titulares Suplentes

PT

Joseph Bandeira Carlinhos Almeida

(Dep. do PMDB ocupa a vaga) Cláudio Puty

(Dep. do PDT ocupa a vaga) João Paulo Cunha

1 vaga Weliton Prado

PMDB

Gean Loureiro vaga do PT Fabio Trad

Raimundão Nilda Gondim

(Dep. do Bloco PV, PPS ocupa a vaga) (Dep. do PMN ocupa a vaga)

(Dep. do PSC ocupa a vaga)

PSDB

Carlos Sampaio Rogério Marinho

(Dep. do Bloco PV, PPS ocupa a vaga) (Dep. do DEM ocupa a vaga)

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PP

Iracema Portella Aline Corrêa

João Leão (Licenciado) (Dep. do PSL ocupa a vaga)

DEM

Eli Correa Filho Antonio Carlos Magalhães Neto

Walter Ihoshi Augusto Coutinho vaga do PSDB

Hugo Napoleão

PR

(Dep. do PRB ocupa a vaga) (Dep. do Bloco PV, PPS ocupa a vaga)

(Dep. do PDT ocupa a vaga) (Dep. do PRB ocupa a vaga)

PSB

Ana Arraes Valadares Filho

PDT

José Carlos Araújo Marcos Medrado

Reguffe vaga do PT

Wolney Queiroz vaga do PR

Bloco PV, PPS

César Halum vaga do PMDB Antônio Roberto

Ricardo Izar vaga do PSDB Dimas Ramalho vaga do PR

Roberto Santiago

PTB

Nelson Marquezelli Silvio Costa

PSC

Deley Carlos Eduardo Cadoca

Lauriete vaga do PMDB

PCdoB

Chico Lopes (Dep. do PRTB ocupa a vaga)

Secretário(a): Lilian de Cássia Albuquerque Santos Local: Anexo II, Pav. Superior, Ala C, sala 152 Telefones: 3216-6920 A 6922 FAX: 3216-6925

COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO,

INDÚSTRIA E COMÉRCIO

Presidente: João Maia (PR) 1º Vice-Presidente: Felipe Bornier (PHS) 2º Vice-Presidente: Natan Donadon (PMDB) 3º Vice-Presidente: Romero Rodrigues (PSDB)

Titulares Suplentes

PT

Francisco Praciano Jesus Rodrigues

Miguel Corrêa Jorge Boeira

Ronaldo Zulke Luiz Alberto

PMDB

Camilo Cola Fátima Pelaes

Natan Donadon Osmar Terra

(Dep. do PHS ocupa a vaga) (Dep. do PP ocupa a vaga)

PSDB

Romero Rodrigues Carlos Roberto vaga do DEM

Valdivino de Oliveira Mara Gabrilli

Otavio Leite

PP

Renato Molling Simão Sessim

Vilson Covatti vaga do PMDB

DEM

Fernando Torres (Dep. do PSDB ocupa a vaga)

PR

João Maia Giacobo vaga do PHS

Wellington Fagundes

PSB

Antonio Balhmann Dr. Ubiali

(Dep. do PMN ocupa a vaga) (Dep. do PCdoB ocupa a vaga)

PDT

Ângelo Agnolin Damião Feliciano

Bloco PV, PPS

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(Dep. do PTB ocupa a vaga) Guilherme Mussi

PTB

João Lyra Jorge Corte Real

José Augusto Maia vaga do Bloco PV, PPS

PSC

Andre Moura Edmar Arruda

PHS

Felipe Bornier vaga do PMDB (Dep. do PR ocupa a vaga)

(Dep. do PTdoB ocupa a vaga)

Secretário(a): Anamélia Lima Rocha Fernandes Local: Anexo II, Térreo, Ala A, sala T33 Telefones: 3216-6601 A 6609 FAX: 3216-6610

COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO URBANO

Presidente: Manoel Junior (PMDB) 1º Vice-Presidente: Roberto Britto (PP) 2º Vice-Presidente: José de Filippi (PT) 3º Vice-Presidente: Leopoldo Meyer (PSB)

Titulares Suplentes

PT

Eliane Rolim Artur Bruno

Fernando Marroni João Paulo Lima

José de Filippi José Guimarães

PMDB

Francisco Escórcio vaga do PTB Adrian vaga do PRP

Genecias Noronha vaga do PSL Edinho Araújo vaga do PSL

João Arruda Flaviano Melo

Manoel Junior Hugo Motta

Mauro Mariani Teresa Surita

PSDB

Bruna Furlan Alberto Mourão

William Dib (Dep. do PP ocupa a vaga)

PP

Roberto Britto Arthur Lira vaga do PSDB

Roberto Dorner vaga do PDT Roberto Teixeira

DEM

Heuler Cruvinel (Dep. do PCdoB ocupa a vaga)

PR

Zoinho João Carlos Bacelar vaga do PRTB

Paulo Freire

PSB

Leopoldo Meyer Audifax

PDT

(Dep. do PP ocupa a vaga) Marcelo Matos

Bloco PV, PPS

Rosane Ferreira Arnaldo Jardim

PTB

(Dep. do PMDB ocupa a vaga) José Chaves

PRTB

(Dep. do PRB ocupa a vaga) (Dep. do PR ocupa a vaga)

PRP

(Dep. do PTC ocupa a vaga) (Dep. do PMDB ocupa a vaga)

PSL

(Dep. do PMDB ocupa a vaga) (Dep. do PMDB ocupa a vaga)

Secretário(a): Iracema Marques Local: Anexo II, Pavimento Superior, Ala C, Sala 188 Telefones: 3216-6551/ 6554 FAX: 3216-6560

COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS E MINORIAS

Presidente: Manuela D'ávila (PCdoB) 1º Vice-Presidente: Domingos Dutra (PT) 2º Vice-Presidente: Arnaldo Jordy (PPS) 3º Vice-Presidente: Liliam Sá (PR)

Titulares Suplentes

PT

Domingos Dutra Luiz Couto

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Edson Santos Marcon

Erika Kokay Vicentinho

Janete Rocha Pietá vaga do PTB

PMDB

3 vagas Fabio Trad

Íris de Araújo

(Dep. do PSB ocupa a vaga)

PSDB

Marco Tebaldi (Licenciado) Rogério Marinho

1 vaga (Dep. do PRB ocupa a vaga)

PP

(Dep. do Bloco PV, PPS ocupa a vaga) Jair Bolsonaro

DEM

1 vaga Paulo Magalhães

PR

Liliam Sá Anderson Ferreira

PSB

(Dep. do PCdoB ocupa a vaga) Keiko Ota

Luiza Erundina vaga do PMDB

PDT

Manato Flávia Morais

Bloco PV, PPS

Arnaldo Jordy Henrique Afonso

Geraldo Thadeu vaga do PP

PTB

(Dep. do PT ocupa a vaga) Josué Bengtson

PSOL

Chico Alencar Jean Wyllys

PRP

1 vaga (Dep. do PMN ocupa a vaga)

PTC

(Dep. do PMN ocupa a vaga) (Dep. do PTdoB ocupa a vaga)

Secretário(a): Márcio Marques de Araújo Local: Anexo II, Pav. Superior, Ala A, sala 185 Telefones: 3216-6571 FAX: 3216-6580

COMISSÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURA

Presidente: Fátima Bezerra (PT) 1º Vice-Presidente: Lelo Coimbra (PMDB) 2º Vice-Presidente: Artur Bruno (PT) 3º Vice-Presidente: Alice Portugal (PCdoB)

Titulares Suplentes

PT

Artur Bruno Alessandro Molon

Biffi Angelo Vanhoni

Fátima Bezerra Eliane Rolim

Nazareno Fonteles Emiliano José

Paulo Pimenta José de Filippi vaga do PMDB

Pedro Uczai vaga do PDT Newton Lima

Reginaldo Lopes vaga do PRB Rui Costa vaga do PRB

Waldenor Pereira vaga do PP

PMDB

Gabriel Chalita Mauro Benevides vaga do PR

Gastão Vieira Osmar Serraglio

Joaquim Beltrão Pedro Chaves vaga do PDT

Lelo Coimbra Renan Filho

Professor Setimo Rogério Peninha Mendonça

Raul Henry vaga do PP (Dep. do PSOL ocupa a vaga)

(Dep. do PT ocupa a vaga)

PSDB

Mara Gabrilli Bonifácio de Andrada

Pinto Itamaraty Eduardo Barbosa

Rogério Marinho Jorginho Mello vaga do PP

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Nelson Marchezan Junior

PP

Waldir Maranhão Esperidião Amin

(Dep. do PMDB ocupa a vaga) José Linhares

(Dep. do PT ocupa a vaga) (Dep. do PSDB ocupa a vaga)

DEM

Luiz Carlos Setim Eleuses Paiva

Nice Lobão João Bittar

Professora Dorinha Seabra Rezende Onyx Lorenzoni

PR

Izalci (Dep. do PSB ocupa a vaga)

Paulo Freire (Dep. do PMDB ocupa a vaga)

Tiririca (Dep. do PSB ocupa a vaga)

PSB

Dr. Ubiali Ariosto Holanda vaga do PR

Luiz Noé Janete Capiberibe

Romário vaga do PR

1 vaga

PDT

Paulo Rubem Santiago Oziel Oliveira

(Dep. do PT ocupa a vaga) (Dep. do PMDB ocupa a vaga)

Bloco PV, PPS

Antônio Roberto Penna

Stepan Nercessian Rosane Ferreira

PTB

Alex Canziani Danrlei de Deus Hinterholz

PSC

1 vaga Pastor Marco Feliciano

PCdoB

Alice Portugal Jandira Feghali

PRB

(Dep. do PT ocupa a vaga) (Dep. do PT ocupa a vaga)

Secretário(a): Jairo Luís Brod Local: Anexo II, Pav. Superior, Ala C, sala 170 Telefones: 3216-6625/6626/6627/6628 FAX: 3216-6635

COMISSÃO DE FINANÇAS E TRIBUTAÇÃO

Presidente: Cláudio Puty (PT) 1º Vice-Presidente: Júnior Coimbra (PMDB) 2º Vice-Presidente: 3º Vice-Presidente:

Titulares Suplentes

PT

Andre Vargas Amauri Teixeira

Assis Carvalho José Mentor

Cláudio Puty Policarpo

José Guimarães Reginaldo Lopes

Pedro Eugênio Ricardo Berzoini

Pepe Vargas Rogério Carvalho

Rui Costa vaga do PDT Zeca Dirceu vaga do PDT

Valmir Assunção vaga do PMDB

PMDB

José Priante Arthur Oliveira Maia

Júnior Coimbra Celso Maldaner vaga do PR

Lucio Vieira Lima Eduardo Cunha

(Dep. do PT ocupa a vaga) Genecias Noronha

1 vaga Lelo Coimbra vaga do Bloco PV, PPS

Reinhold Stephanes

Solange Almeida

PSDB

Alfredo Kaefer Antonio Carlos Mendes Thame

Rui Palmeira Marcus Pestana

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Vaz de Lima Valdivino de Oliveira

PP

Aguinaldo Ribeiro José Otávio Germano

Jerônimo Goergen Paulo Maluf

Márcio Reinaldo Moreira Vilson Covatti vaga do DEM

1 vaga

DEM

Alexandre Leite Jairo Ataíde

Júlio Cesar João Bittar

Pauderney Avelino vaga do Bloco PV,

PPS (Dep. do PP ocupa a vaga)

Rodrigo Maia

PR

Aelton Freitas João Maia

Maurício Trindade Luciano Castro

(Dep. do PHS ocupa a vaga) Maurício Quintella Lessa vaga do

PTB

(Dep. do PMDB ocupa a vaga)

PSB

Audifax Jose Stédile

Fernando Coelho Filho Mauro Nazif

PDT

João Dado André Figueiredo

(Dep. do PT ocupa a vaga) (Dep. do PT ocupa a vaga)

Bloco PV, PPS

Carmen Zanotto Arnaldo Jardim

(Dep. do DEM ocupa a vaga) (Dep. do PMDB ocupa a vaga)

PTB

Jorge Corte Real (Dep. do PR ocupa a vaga)

PSC

Edmar Arruda Marcelo Aguiar

PCdoB

1 vaga 1 vaga

PRB

(Dep. do PSOL ocupa a vaga) (Dep. do PRTB ocupa a vaga)

Secretário(a): Marcelle R. Campello Cavalcanti Local: Anexo II, Pav. Superior, Ala C, sala 136 Telefones: 3216-6654/6655/6652 FAX: 3216-6660

COMISSÃO DE FISCALIZAÇÃO FINANCEIRA E CONTROLE

Presidente: Sérgio Brito (PSC) 1º Vice-Presidente: Carlos Brandão (PSDB) 2º Vice-Presidente: Jorge Boeira (PT) 3º Vice-Presidente:

Titulares Suplentes

PT

Angelo Vanhoni Devanir Ribeiro

Jorge Boeira Edson Santos

Sérgio Barradas Carneiro Eudes Xavier

PMDB

Alexandre Santos Edinho Bez

Edio Lopes vaga do PP Eduardo Cunha

João Magalhães (Dep. do PDT ocupa a vaga)

Marcelo Castro vaga do PSC

Nelson Bornier

PSDB

Carlos Brandão Carlaile Pedrosa

Fernando Francischini vaga do PTB Manoel Salviano

Nilson Leitão Vanderlei Macris vaga do PSC

Vaz de Lima vaga do PTB

PP

(Dep. do PMDB ocupa a vaga) Carlos Magno

(Dep. do PSC ocupa a vaga) Sandes Júnior

DEM

2 vagas Davi Alcolumbre

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Mendonça Filho

PR

Wellington Roberto Anthony Garotinho vaga do PSB

(Dep. do PTdoB ocupa a vaga) Dr. Paulo César

(Dep. do PRTB ocupa a vaga)

PSB

Glauber Braga (Dep. do PR ocupa a vaga)

PDT

Ademir Camilo João Dado

Marcos Medrado vaga do PMDB

Bloco PV, PPS

(Dep. do PSC ocupa a vaga) Moreira Mendes

PTB

(Dep. do PSDB ocupa a vaga) (Dep. do PSDB ocupa a vaga)

PSC

Filipe Pereira vaga do PP Deley vaga do PCdoB

Sérgio Brito vaga do Bloco PV, PPS (Dep. do PSDB ocupa a vaga)

(Dep. do PMDB ocupa a vaga)

PCdoB

Osmar Júnior (Dep. do PSC ocupa a vaga)

Secretário(a): Regina Pereira Games Local: Anexo II, Pav. Superior, Ala A, sala 161 Telefones: 3216-6671 A 6675 FAX: 3216-6676

COMISSÃO DE LEGISLAÇÃO PARTICIPATIVA

Presidente: Vitor Paulo (PRB) 1º Vice-Presidente: Edivaldo Holanda Junior (PTC) 2º Vice-Presidente: Dr. Grilo (PSL) 3º Vice-Presidente: Jânio Natal (PRP)

Titulares Suplentes

PT

Fernando Ferro Fátima Bezerra vaga do PR

Fernando Marroni Leonardo Monteiro

Paulo Pimenta Marina Santanna

Miriquinho Batista

Pedro Uczai vaga do PMDB

PMDB

(Dep. do PSB ocupa a vaga) (Dep. do PT ocupa a vaga)

(Dep. do PRB ocupa a vaga) 2 vagas

1 vaga

PSDB

Luiz Fernando Machado 2 vagas

1 vaga

PP

Roberto Britto 2 vagas

Waldir Maranhão

DEM

Paulo Magalhães 1 vaga

PR

1 vaga (Dep. do PT ocupa a vaga)

PSB

Glauber Braga vaga do PMDB Jose Stédile

Luiza Erundina

PDT

Sebastião Bala Rocha Paulo Rubem Santiago

Bloco PV, PPS

(Dep. do PSL ocupa a vaga) Arnaldo Jordy

PTB

(Dep. do PRP ocupa a vaga) Antonio Brito

PSC

Silas Câmara Erivelton Santana

PCdoB

(Dep. do PTC ocupa a vaga) 1 vaga

Secretário(a): Sônia Hypolito Local: Anexo II, Pavimento Superior, Ala A, salas 121/122

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Telefones: 3216-6692 / 6693 FAX: 3216-6700

COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO

SUSTENTÁVEL

Presidente: Giovani Cherini (PDT) 1º Vice-Presidente: Oziel Oliveira (PDT) 2º Vice-Presidente: Claudio Cajado (DEM) 3º Vice-Presidente: Penna (PV)

Titulares Suplentes

PT

Leonardo Monteiro Assis do Couto

Márcio Macêdo Domingos Dutra

Marina Santanna Fernando Ferro

Zé Geraldo vaga do PSOL Taumaturgo Lima vaga do PP

PMDB

Valdir Colatto Fernando Jordão

(Dep. do PDT ocupa a vaga) Moacir Micheletto

(Dep. do PP ocupa a vaga) Paulo Piau vaga do PTB

(Dep. do PCdoB ocupa a vaga)

PSDB

Nelson Marchezan Junior Antonio Carlos Mendes Thame

Ricardo Tripoli Marcio Bittar

PP

Rebecca Garcia vaga do PMDB (Dep. do PT ocupa a vaga)

Toninho Pinheiro

DEM

Claudio Cajado vaga do PSB Marcos Montes

Irajá Abreu

PR

1 vaga Bernardo Santana de Vasconcellosvaga do PRTB

Homero Pereira

PSB

(Dep. do DEM ocupa a vaga) Givaldo Carimbão

PDT

Giovani Cherini Miro Teixeira

Oziel Oliveira vaga do PMDB

Bloco PV, PPS

Augusto Carvalho vaga do PTB 1 vaga

Penna vaga do PRTB

Sarney Filho

PTB

(Dep. do Bloco PV, PPS ocupa a vaga) (Dep. do PMDB ocupa a vaga)

PSC

Mário de Oliveira Lauriete

PSOL

(Dep. do PT ocupa a vaga) Chico Alencar

PRTB

(Dep. do Bloco PV, PPS ocupa a vaga) (Dep. do PR ocupa a vaga)

Secretário(a): Aurenilton Araruna de Almeida Local: Anexo II, Pav. Superior, Ala C, sala 142 Telefones: 3216-6521 A 6526 FAX: 3216-6535

COMISSÃO DE MINAS E ENERGIA

Presidente: Luiz Fernando Faria (PP) 1º Vice-Presidente: Wladimir Costa (PMDB) 2º Vice-Presidente: Davi Alcolumbre (DEM) 3º Vice-Presidente: Simão Sessim (PP)

Titulares Suplentes

PT

Carlos Zarattini Andre Vargas

Fernando Ferro Gilmar Machado

Gabriel Guimarães Padre João

Luiz Alberto Ronaldo Zulke

Weliton Prado (Dep. do PP ocupa a vaga)

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PMDB

Adrian Alexandre Santos vaga do PCdoB

Aníbal Gomes Edio Lopes

Antônio Andrade João Arruda

Edinho Bez vaga do PSB Leonardo Quintão

Fernando Jordão Professor Setimo

Luiz Otavio vaga do PCdoB (Dep. do PSB ocupa a vaga)

Ronaldo Benedet vaga do PTB

Wladimir Costa

PSDB

Berinho Bantim André Dias

Luiz Fernando Machado vaga do PSB Carlos Brandão

Paulo Abi-ackel Domingos Sávio

Sergio Guerra vaga do PSC

Wandenkolk Gonçalves

PP

José Otávio Germano Aguinaldo Ribeiro

Luiz Fernando Faria Carlos Souza vaga do PT

Simão Sessim Dimas Fabiano

Luiz Argôlo

DEM

Davi Alcolumbre Abelardo Lupion

Onofre Santo Agostini Fernando Torres

(Dep. do Bloco PV, PPS ocupa a vaga) Júlio Campos

PR

Bernardo Santana de Vasconcellos Aracely de Paula

João Carlos Bacelar Laercio Oliveira

PSB

(Dep. do PMDB ocupa a vaga) Antonio Balhmann vaga do PMDB

(Dep. do PSDB ocupa a vaga) Ribamar Alves

(Dep. do PRB ocupa a vaga)

PDT

Marcelo Matos Ângelo Agnolin

Bloco PV, PPS

Arnaldo Jardim Arnaldo Jordy

Dr. Aluizio Paulo Wagner

Guilherme Mussi vaga do DEM

PTB

(Dep. do PMDB ocupa a vaga) Sabino Castelo Branco

PSC

(Dep. do PSDB ocupa a vaga) Nelson Padovani

PCdoB

(Dep. do PMDB ocupa a vaga) (Dep. do PMDB ocupa a vaga)

PRB

(Dep. do PRTB ocupa a vaga) George Hilton vaga do PSB

(Dep. do PTdoB ocupa a vaga)

Secretário(a): Damaci Pires de Miranda Local: Anexo II, Térreo, Ala C, sala 56 Telefones: 3216-6711 / 6713 FAX: 3216-6720

COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DE DEFESA

NACIONAL

Presidente: Carlos Alberto Leréia (PSDB) 1º Vice-Presidente: Fábio Souto (DEM) 2º Vice-Presidente: Eduardo Azeredo (PSDB) 3º Vice-Presidente: Vitor Paulo (PRB)

Titulares Suplentes

PT

Arlindo Chinaglia Benedita da Silva

Dalva Figueiredo Carlos Zarattini

Décio Lima Janete Rocha Pietá

Dr. Rosinha Jilmar Tatto

Henrique Fontana Leonardo Monteiro

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(Dep. do PSOL ocupa a vaga) Paulo Pimenta

PMDB

Átila Lins Almeida Lima

Flaviano Melo André Zacharow

Geraldo Resende vaga do PP Marcelo Castro vaga do PSB

Íris de Araújo Raul Henry vaga do PMN

(Dep. do Bloco PV, PPS ocupa a vaga)

(Dep. do Bloco PV, PPS ocupa avaga)

(Dep. do PTB ocupa a vaga)

PSDB

Antonio Carlos Mendes Thame Berinho Bantim

Carlos Alberto Leréia Luiz Nishimori

Eduardo Azeredo Reinaldo Azambuja

PP

Cida Borghetti Beto Mansur

Jair Bolsonaro Missionário José Olimpio

(Dep. do PMDB ocupa a vaga) Renato Molling

DEM

Fábio Souto Claudio Cajado

Hugo Napoleão Mandetta

PR

(Dep. do PRB ocupa a vaga) José Rocha

(Dep. do PRB ocupa a vaga) Vicente Arruda

PSB

Gonzaga Patriota Abelardo Camarinha(Licenciado)

Jefferson Campos (Dep. do PMDB ocupa a vaga)

PDT

Damião Feliciano Salvador Zimbaldi

Sebastião Bala Rocha Vieira da Cunha

Bloco PV, PPS

Alfredo Sirkis Augusto Carvalho vaga do PSC

Dimas Ramalho vaga do PMDB Geraldo Thadeu vaga do PMDB

Roberto de Lucena vaga do PTdoB Stepan Nercessian

PTB

Arnon Bezerra Antonio Brito

Paes Landim vaga do PMDB

PSC

Takayama (Dep. do Bloco PV, PPS ocupa a vaga)

PCdoB

Aldo Rebelo Perpétua Almeida

PMN

Jaqueline Roriz (Dep. do PMDB ocupa a vaga)

PTdoB

(Dep. do Bloco PV, PPS ocupa a vaga) 1 vaga

Secretário(a): Ana Cristina Oliveira Local: Anexo II, Pav. Superior, Ala A, sala 125 Telefones: 3216-6739 / 6738 / 6737 FAX: 3216-6745

COMISSÃO DE SEGURANÇA PÚBLICA E COMBATE AO

CRIME ORGANIZADO

Presidente: Mendonça Prado (DEM) 1º Vice-Presidente: Fernando Francischini (PSDB) 2º Vice-Presidente: Enio Bacci (PDT) 3º Vice-Presidente: José Augusto Maia (PTB)

Titulares Suplentes

PT

Alessandro Molon Benedita da Silva

Domingos Dutra Dalva Figueiredo

Nelson Pellegrino Emiliano José

PMDB

Alberto Filho Edio Lopes

Marllos Sampaio Fátima Pelaes

(Dep. do PMN ocupa a vaga) Mauro Lopes

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PSDB

Fernando Francischini Carlos Sampaio

João Campos vaga do PSC Nilson Leitão

Romero Rodrigues Pinto Itamaraty vaga do Bloco PV, PPS

William Dib vaga do PP

PP

Arthur Lira (Dep. do PRB ocupa a vaga)

Jair Bolsonaro (Dep. do PSDB ocupa a vaga)

DEM

Mendonça Prado Alexandre Leite vaga do PDT

(Dep. do PSB ocupa a vaga)

PR

(Dep. do PTdoB ocupa a vaga) Ronaldo Fonseca

PSB

Keiko Ota Gonzaga Patriota

Pastor Eurico vaga do DEM

PDT

Enio Bacci (Dep. do DEM ocupa a vaga)

Bloco PV, PPS

Stepan Nercessian (Dep. do PSDB ocupa a vaga)

PTB

José Augusto Maia Arnaldo Faria de Sá

PSC

(Dep. do PSDB ocupa a vaga) Hugo Leal

PCdoB

Perpétua Almeida Delegado Protógenes

Secretário(a): Ricardo Menezes Perpétuo Local: Anexo II, Pavimento Superior - Sala 166-C Telefones: 3216-6761 / 6762 FAX: 3216-6770

COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA

Presidente: Saraiva Felipe (PMDB) 1º Vice-Presidente: Padre João (PT)

2º Vice-Presidente: Dr. Paulo César (PR) 3º Vice-Presidente:

Titulares Suplentes

PT

Amauri Teixeira Arlindo Chinaglia

Benedita da Silva Dr. Rosinha

Chico D'angelo Erika Kokay

Padre João Henrique Fontana

Rogério Carvalho Luci Choinacki

1 vaga Pepe Vargas

PMDB

André Zacharow Danilo Forte

Darcísio Perondi Geraldo Resende

Elcione Barbalho Marllos Sampaio

Nilda Gondim Raimundão

Osmar Terra vaga do Bloco PV, PPS (Dep. do PMN ocupa a vaga)

Saraiva Felipe

Teresa Surita vaga do PSC

PSDB

Eduardo Barbosa Andreia Zito

Marcus Pestana Cesar Colnago

Raimundo Gomes de Matos João Campos

PP

Aline Corrêa Cida Borghetti vaga do PR

José Linhares Iracema Portella

(Dep. do PTB ocupa a vaga) Toninho Pinheiro

(Dep. do PRB ocupa a vaga)

DEM

Eleuses Paiva Alexandre Leite

Lael Varella Ronaldo Caiado

Mandetta (Dep. do PTB ocupa a vaga)

PR

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Dr. Paulo César Davi Alves Silva Júnior

(Dep. do PCdoB ocupa a vaga) (Dep. do PP ocupa a vaga)

(Dep. do PTdoB ocupa a vaga) (Dep. do PRP ocupa a vaga)

PSB

Alexandre Roso Pastor Eurico

Givaldo Carimbão Paulo Foletto

PDT

Dr. Jorge Silva Flávia Morais

Sueli Vidigal Salvador Zimbaldi

Bloco PV, PPS

Henrique Afonso Dr. Aluizio

(Dep. do PMDB ocupa a vaga) Roberto de Lucena

PTB

Antonio Brito Arnaldo Faria de Sá

Celia Rocha vaga do PP Eros Biondini vaga do DEM

PSC

(Dep. do PMDB ocupa a vaga) Pastor Marco Feliciano

PCdoB

Jandira Feghali Jô Moraes

João Ananias vaga do PR

PRB

Jhonatan de Jesus Acelino Popó vaga do PP

Antonio Bulhões

Secretário(a): Lin Israel Costa dos Santos Local: Anexo II, Pav. Superior, Ala A, sala 145 Telefones: 3216-6787 / 6781 A 6786 FAX: 3216-6790

COMISSÃO DE TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO E

SERVIÇO PÚBLICO

Presidente: Silvio Costa (PTB) 1º Vice-Presidente: Eros Biondini (PTB) 2º Vice-Presidente: Sabino Castelo Branco (PTB) 3º Vice-Presidente: Augusto Coutinho (DEM)

Titulares Suplentes

PT

Eudes Xavier Bohn Gass

Policarpo Nelson Pellegrino

Vicentinho Odair Cunha

(Dep. do PTB ocupa a vaga) (Dep. do PMDB ocupa a vaga)

PMDB

Fátima Pelaes Darcísio Perondi

(Dep. do PR ocupa a vaga) Edinho Bez vaga do PT

(Dep. do PTB ocupa a vaga) Elcione Barbalho

1 vaga Leonardo Quintão

(Dep. do PCdoB ocupa a vaga)

PSDB

Andreia Zito João Campos

(Dep. do PTB ocupa a vaga) Jutahy Junior

(Dep. do PTB ocupa a vaga) (Dep. do PTB ocupa a vaga)

PP

Roberto Balestra Luiz Fernando Faria

(Dep. do PDT ocupa a vaga) (Dep. do PDT ocupa a vaga)

DEM

Augusto Coutinho Efraim Filho

1 vaga Irajá Abreu

PR

Gorete Pereira vaga do PMDB Henrique Oliveira

Laercio Oliveira (Dep. do PMN ocupa a vaga)

Luciano Castro

Sandro Mabel vaga do PRB

PSB

Mauro Nazif Alexandre Roso

(Dep. do PCdoB ocupa a vaga) Sandra Rosado

PDT

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Flávia Morais vaga do PP André Figueiredo

Paulo Pereira da Silva Sebastião Bala Rocha vaga do PP

Bloco PV, PPS

(Dep. do PTB ocupa a vaga) Roberto Santiago

PTB

Eros Biondini vaga do PSDB Alex Canziani vaga do PSDB

Ronaldo Nogueira vaga do PSDB Jovair Arantes

Sabino Castelo Branco vaga do PMDB

Sérgio Moraes vaga do PT

Silvio Costa

Walney Rocha vaga do Bloco PV, PPS

PSC

Erivelton Santana Filipe Pereira

PCdoB

Assis Melo Alice Portugal

Daniel Almeida vaga do PSB Manuela D'ávila vaga do PMDB

PRB

(Dep. do PR ocupa a vaga) Heleno Silva

Secretário(a): José Mauro Meira Magalhães Local: Anexo II, Sala T 50 Telefones: 3216-6805 / 6806 / 6807 FAX: 3216-6815

COMISSÃO DE TURISMO E DESPORTO

Presidente: Jonas Donizette (PSB) 1º Vice-Presidente: Romário (PSB) 2º Vice-Presidente: Valadares Filho (PSB) 3º Vice-Presidente: Renan Filho (PMDB)

Titulares Suplentes

PT

José Airton Chico D'angelo

Luci Choinacki Vicente Candido

(Dep. do PSB ocupa a vaga) (Dep. do PDT ocupa a vaga)

PMDB

Benjamin Maranhão Edinho Bez

Renan Filho Hermes Parcianello

(Dep. do PMN ocupa a vaga) Joaquim Beltrão

PSDB

Carlaile Pedrosa Rui Palmeira

Otavio Leite Ruy Carneiro

PP

Afonso Hamm Roberto Britto

Renzo Braz (Dep. do PTB ocupa a vaga)

DEM

(Dep. do PSB ocupa a vaga) Fábio Souto

(Dep. do PSB ocupa a vaga) Professora Dorinha Seabra Rezende

PR

(Dep. do PRB ocupa a vaga) Giroto

José Rocha vaga do Bloco PV, PPS

PSB

Domingos Neto vaga do DEM Jefferson Campos

Jonas Donizette

Romário vaga do DEM

Valadares Filho vaga do PT

PDT

André Figueiredo Dr. Jorge Silva

Manato vaga do PT

Bloco PV, PPS

Rubens Bueno (Dep. do PR ocupa a vaga)

PTB

Danrlei de Deus Hinterholz Arnon Bezerra vaga do PP

Walney Rocha

PSC

Carlos Eduardo Cadoca Andre Moura

PCdoB

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Jô Moraes Delegado Protógenes

Secretário(a): James Lewis Gorman Júnior Local: Anexo II, Ala A , Sala 5,Térreo Telefones: 3216-6837 / 6832 / 6833 FAX: 3216-6835

COMISSÃO DE VIAÇÃO E TRANSPORTES

Presidente: Edson Ezequiel (PMDB) 1º Vice-Presidente: Washington Reis (PMDB) 2º Vice-Presidente: Lázaro Botelho (PP) 3º Vice-Presidente: Hugo Leal (PSC)

Titulares Suplentes

PT

Devanir Ribeiro José Airton

Geraldo Simões Rubens Otoni

Zeca Dirceu Vander Loubet

(Dep. do PR ocupa a vaga) (Dep. do PMDB ocupa a vaga)

(Dep. do PR ocupa a vaga) 1 vaga

PMDB

Edinho Araújo Camilo Cola

Edson Ezequiel Francisco Escórcio vaga do PTB

Leonardo Quintão vaga do PCdoB Marinha Raupp

Mauro Lopes vaga do PSDB Mauro Mariani

Newton Cardoso Ronaldo Benedet vaga do PT

Washington Reis (Dep. do PDT ocupa a vaga)

PSDB

Alberto Mourão Carlos Alberto Leréia

Carlos Roberto vaga do DEM Mara Gabrilli

Vanderlei Macris William Dib

(Dep. do PMDB ocupa a vaga)

PP

Lázaro Botelho Jerônimo Goergen

Luiz Argôlo Raul Lima

(Dep. do PR ocupa a vaga) 1 vaga

DEM

Eduardo Sciarra Pauderney Avelino

João Bittar Vitor Penido

(Dep. do PSDB ocupa a vaga)

(Dep. do Bloco PV, PPS ocupa a vaga)

PR

Anderson Ferreira vaga do PP Francisco Floriano

Aracely de Paula vaga do PDT Liliam Sá

Diego Andrade vaga do PT Zoinho vaga do PHS

Giroto

Jaime Martins vaga do PT

Lúcio Vale vaga do PSOL

Milton Monti

Wellington Fagundes vaga do

PHS

PSB

Dra. Elaine Abissamra Gonzaga Patriota

Jose Stédile Leopoldo Meyer

PDT

(Dep. do PR ocupa a vaga) Giovani Cherini

Zé Silva vaga do PMDB

Bloco PV, PPS

(Dep. do PRP ocupa a vaga) Arnaldo Jardim vaga do PCdoB

Fábio Ramalho

Ricardo Izar vaga do DEM

PTB

José Chaves (Dep. do PMDB ocupa a vaga)

PSC

Hugo Leal Sérgio Brito

PCdoB

(Dep. do PMDB ocupa a vaga)

(Dep. do Bloco PV, PPS ocupa a vaga)

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PTdoB

Lourival Mendes (Dep. do PTC ocupa a vaga)

PSOL

(Dep. do PR ocupa a vaga) 1 vaga

PHS

(Dep. do PR ocupa a vaga) (Dep. do PR ocupa a vaga)

Secretário(a): Admar Pires dos Santos Local: Anexo II, Pav. Superior, Ala A, sala 175 Telefones: 3216-6853 A 6856 FAX: 3216-6860

COMISSÕES TEMPORÁRIAS

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A EFETUAR ESTUDO E

APRESENTAR PROPOSTAS EM RELAÇÃO À REFORMA POLÍTICA.

Presidente: Almeida Lima (PMDB) 1º Vice-Presidente: Edinho Araújo (PMDB) 2º Vice-Presidente: William Dib (PSDB) 3º Vice-Presidente: Ronaldo Caiado (DEM) Relator: Henrique Fontana (PT)

Titulares Suplentes

PT

Erika Kokay Bohn Gass

Henrique Fontana Dalva Figueiredo

João Paulo Lima Fernando Ferro

José Guimarães Luci Choinacki

Ricardo Berzoini Luiz Alberto

Rubens Otoni Sibá Machado

Waldenor Pereira Vicente Candido

PMDB

Alceu Moreira Danilo Forte

Almeida Lima Eduardo Cunha

Edinho Araújo Íris de Araújo

Mauro Benevides Marcelo Castro

Newton Cardoso Professor Setimo

(Dep. do PSOL ocupa a vaga) Raul Henry

PSDB

Antonio Carlos Mendes Thame Alfredo Kaefer

Eduardo Azeredo Bonifácio de Andrada

Marcus Pestana Marcio Bittar

William Dib Romero Rodrigues

PP

Esperidião Amin Aguinaldo Ribeiro

José Otávio Germano Arthur Lira

Paulo Maluf Márcio Reinaldo Moreira

Simão Sessim Roberto Balestra

DEM

Augusto Coutinho Eleuses Paiva

Efraim Filho Felipe Maia

Pauderney Avelino Mendonça Filho

Ronaldo Caiado Onofre Santo Agostini

PR

Luciano Castro Maurício Quintella Lessa

Valdemar Costa Neto (Dep. do PHS ocupa a vaga)

Vicente Arruda (Dep. do PTdoB ocupa a vaga)

PSB

Luiza Erundina Jefferson Campos

Ribamar Alves Pastor Eurico

Valtenir Pereira Valadares Filho

PDT

Miro Teixeira Félix Mendonça Júnior

Reguffe Sueli Vidigal

Bloco PV, PPS

Alfredo Sirkis Penna

Sandro Alex Rosane Ferreira

PTB

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Arnaldo Faria de Sá Eros Biondini

Jovair Arantes Paes Landim

PSC

Carlos Eduardo Cadoca Edmar Arruda

PCdoB

Daniel Almeida Delegado Protógenes

PRB

Vitor Paulo George Hilton

PMN

Fábio Faria Dr. Carlos Alberto

Secretário(a): Ana Lúcia Ribeiro Marques Local: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-A Telefones: (61) 3216-6214 FAX: (61) 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL PARA EFETUAR ESTUDO SOBRE AS CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS DO CONSUMO ABUSIVO DE

ÁLCOOL ENTRE CIDADÃOS BRASILEIROS E, ESPECIALMENTE, AS RAZÕES QUE DETERMINAM O

AUMENTO EXPONENCIAL DO CONSUMO DESSA SUBSTÂNCIA NOS ÚLTIMOS CINCO ANOS.

Presidente: Geraldo Resende (PMDB) 1º Vice-Presidente: Jesus Rodrigues (PT) 2º Vice-Presidente: Mandetta (DEM) 3º Vice-Presidente: Aline Corrêa (PP) Relator: Vanderlei Macris (PSDB)

Titulares Suplentes

PT

Jesus Rodrigues Domingos Dutra

Paulo Pimenta Emiliano José

Reginaldo Lopes Henrique Fontana

1 vaga 1 vaga

PMDB

Geraldo Resende Alberto Filho

Leandro Vilela Darcísio Perondi

Marllos Sampaio Solange Almeida

Nilda Gondim (Dep. do PSC ocupa a vaga)

PSDB

Fernando Francischini Bruno Araújo

Vanderlei Macris João Campos

Vaz de Lima 1 vaga

PP

Aline Corrêa Afonso Hamm

Toninho Pinheiro José Linhares

DEM

Mandetta Efraim Filho

Professora Dorinha Seabra Rezende 1 vaga

PR

Paulo Freire Anthony Garotinho

Ronaldo Fonseca (Dep. do PTC ocupa a vaga)

PSB

Givaldo Carimbão Keiko Ota

Pastor Eurico 1 vaga

PDT

Sueli Vidigal 1 vaga

Bloco PV, PPS

Dr. Aluizio Carmen Zanotto

PTB

José Augusto Maia 1 vaga

PSC

Marcelo Aguiar Erivelton Santana vaga do PMDB

Pastor Marco Feliciano

PCdoB

João Ananias Chico Lopes

PRTB

Aureo Vinicius Gurgel

Secretário(a): Heloísa Maria Diniz Local: Anexo II - Pavimento Superior - sala 170-A Telefones: (61) 3216-6201 FAX: (61) 3216-6225

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COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A EFETUAR ESTUDO E

APRESENTAR PROPOSTAS EM RELAÇÃO ÀS MEDIDAS PREVENTIVAS E SANEADORAS DIANTE DE CATÁSTROFES

CLIMÁTICAS.

Presidente: Perpétua Almeida (PCdoB) 1º Vice-Presidente: Onofre Santo Agostini (DEM) 2º Vice-Presidente: Jorginho Mello (PSDB) 3º Vice-Presidente: Dr. Paulo César (PR) Relator: Glauber Braga (PSB)

Titulares Suplentes

PT

Décio Lima Chico D'angelo

José Airton Fernando Ferro

Leonardo Monteiro Jorge Boeira

Luci Choinacki Pedro Eugênio

PMDB

Adrian Fernando Jordão

Celso Maldaner João Magalhães

Edinho Araújo (Dep. do PSC ocupa a vaga)

Mauro Lopes 1 vaga

PSDB

Jorginho Mello 3 vagas

Otavio Leite

1 vaga

PP

Márcio Reinaldo Moreira Arthur Lira

Simão Sessim Esperidião Amin

DEM

Heuler Cruvinel Arolde de Oliveira

Onofre Santo Agostini Vitor Penido

PR

Anthony Garotinho (Dep. do PRTB ocupa a vaga)

Dr. Paulo César (Dep. do PTC ocupa a vaga)

PSB

Audifax Paulo Foletto

Glauber Braga 1 vaga

PDT

Marcelo Matos Ademir Camilo

Bloco PV, PPS

Stepan Nercessian Dr. Aluizio

PTB

Walney Rocha Eros Biondini

PSC

Hugo Leal Andre Moura

Silas Câmara vaga do PMDB

PCdoB

Perpétua Almeida Jandira Feghali

PRB

Vitor Paulo Antonio Bulhões

PTdoB

Cristiano Rosinha da Adefal

Secretário(a): Fernando Maia Leão Local: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-A Telefones: (61) 3216-6205 FAX: (61) 3216-6225

COMISSÃO EXECUTIVA ENCARREGADA DE IMPLEMENTAR

TODOS OS PROCEDIMENTOS NECESSÁRIOS À REALIZAÇÃO DA SESSÃO DO PARLAMENTO JOVEM

BRASILEIRO

Presidente: 1º Vice-Presidente: 2º Vice-Presidente: 3º Vice-Presidente:

Titulares Suplentes

PT

Alessandro Molon

Reginaldo Lopes

PMDB

Gabriel Chalita

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Hugo Motta

PSDB

Luiz Fernando Machado

DEM

Professora Dorinha Seabra Rezende

PSB

Domingos Neto

PCdoB

Manuela D'ávila

PSOL

Jean Wyllys

Secretário(a): Érika Local: CEFOR Telefones: Ramal 67620

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER À PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 10-A, DE

1995, DO SR. ADHEMAR DE BARROS FILHO, QUE "MODIFICA O ART. 45 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL E ACRESCENTA PARÁGRAFOS AO MESMO ARTIGO",

CRIANDO O SISTEMA DISTRITAL MISTO

Presidente: Almeida Lima (PMDB) 1º Vice-Presidente: Edinho Araújo (PMDB) 2º Vice-Presidente: William Dib (PSDB) 3º Vice-Presidente: Ronaldo Caiado (DEM)

Titulares Suplentes

PT

Erika Kokay Bohn Gass

Henrique Fontana Fernando Ferro

João Paulo Lima Luci Choinacki

José Guimarães Luiz Alberto

Ricardo Berzoini Sibá Machado

Rubens Otoni Taumaturgo Lima

Waldenor Pereira Vicente Candido

PMDB

Alceu Moreira Danilo Forte

Almeida Lima Eduardo Cunha

Edinho Araújo Íris de Araújo

Mauro Benevides Marcelo Castro

Newton Cardoso Professor Setimo

1 vaga Raul Henry

PSDB

Antonio Carlos Mendes Thame Alfredo Kaefer

Eduardo Azeredo Bonifácio de Andrada

Marcus Pestana Marcio Bittar

William Dib Romero Rodrigues

PP

Esperidião Amin Aguinaldo Ribeiro

José Otávio Germano Arthur Lira

Paulo Maluf Márcio Reinaldo Moreira

Simão Sessim Roberto Balestra

DEM

Augusto Coutinho Felipe Maia

Efraim Filho Mandetta

Pauderney Avelino Mendonça Filho

Ronaldo Caiado Onyx Lorenzoni

PR

Jaime Martins Maurício Quintella Lessa

Luciano Castro (Dep. do PHS ocupa a vaga)

Vicente Arruda 1 vaga

PSB

Luiza Erundina Jefferson Campos

Ribamar Alves Valadares Filho

Valtenir Pereira 1 vaga

PDT

Miro Teixeira Félix Mendonça Júnior

Reguffe Sueli Vidigal

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Bloco PV, PPS

Alfredo Sirkis Roberto Freire

Sandro Alex Rosane Ferreira

PTB

Antonio Brito Arnaldo Faria de Sá

Walney Rocha Paes Landim

PSC

Carlos Eduardo Cadoca Edmar Arruda

PCdoB

Daniel Almeida Delegado Protógenes

PRB

George Hilton Vitor Paulo

PTdoB

Lourival Mendes 1 vaga

Secretário(a): Ana Lúcia Ribeiro Marques Local: Anexo II - Pavimento Superior - sala 170-A Telefones: (61) 3216-6214 FAX: (61) 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER

AO PROJETO DE LEI Nº 7495, DE 2006, DO SENADO FEDERAL, QUE "REGULAMENTA OS §§ 4º E 5º DO ART. 198 DA CONSTITUIÇÃO, DISPÕE SOBRE O APROVEITAMENTO DE PESSOAL AMPARADO PELO PARÁGRAFO ÚNICO DO ART. 2º DA EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 51, DE 14 DE

FEVEREIRO DE 2006, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS" (CRIA 5.365 EMPREGOS PÚBLICOS DE AGENTE DE COMBATE ÀS

ENDEMIAS, NO ÂMBITO DO QUADRO SUPLEMENTAR DE COMBATE ÀS ENDEMIAS DA FUNASA)

Presidente: Benjamin Maranhão (PMDB) 1º Vice-Presidente: Osmar Terra (PMDB) 2º Vice-Presidente: Valtenir Pereira (PSB) 3º Vice-Presidente: Raimundo Gomes de Matos (PSDB) Relator: Domingos Dutra (PT)

Titulares Suplentes

PT

Domingos Dutra Alessandro Molon

Josias Gomes Amauri Teixeira vaga do PMDB

Padre Ton Chico D'angelo

1 vaga Fátima Bezerra vaga do PR

Miriquinho Batista

Vicentinho

PMDB

Benjamin Maranhão Alberto Filho

Geraldo Resende André Zacharow

Osmar Terra Leandro Vilela

Pedro Chaves (Dep. do PT ocupa a vaga)

PSDB

João Campos Andreia Zito

Raimundo Gomes de Matos Antonio Imbassahy

Romero Rodrigues (Dep. do PDT ocupa a vaga)

PP

Aline Corrêa José Linhares

Roberto Britto Toninho Pinheiro

DEM

Efraim Filho Fábio Souto

Mendonça Prado Mandetta

PR

Dr. Paulo César Liliam Sá

(Dep. do PHS ocupa a vaga) (Dep. do PT ocupa a vaga)

PSB

Mauro Nazif Ribamar Alves

Valtenir Pereira 1 vaga

PDT

Flávia Morais Ângelo Agnolin vaga do PSDB

Dr. Jorge Silva

Bloco PV, PPS

Carmen Zanotto Rosane Ferreira

PTB

Ronaldo Nogueira Arnaldo Faria de Sá

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PSC

Carlos Eduardo Cadoca Andre Moura

PCdoB

Jô Moraes Alice Portugal

PRB

1 vaga 1 vaga

PRP

Jânio Natal 1 vaga

Secretário(a): José Maria Aguiar de Castro Local: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-A Telefones: (61) 3216-6209 FAX: (61) 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER

AO PROJETO DE LEI Nº 8035, DE 2010, DO PODER EXECUTIVO, QUE "APROVA O PLANO NACIONAL DE

EDUCAÇÃO PARA O DECÊNIO 2011-2020 E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS"

Presidente: Gastão Vieira (PMDB) 1º Vice-Presidente: Teresa Surita (PMDB) 2º Vice-Presidente: Nelson Marchezan Junior (PSDB) 3º Vice-Presidente: Alex Canziani (PTB) Relator: Angelo Vanhoni (PT)

Titulares Suplentes

PT

Angelo Vanhoni Alessandro Molon

Emiliano José Artur Bruno

Fátima Bezerra Biffi

Newton Lima Dr. Rosinha vaga do PRB

Gilmar Machado

PMDB

Gastão Vieira Gabriel Chalita vaga do PSB

Lelo Coimbra vaga do PMN Joaquim Beltrão

Raul Henry Osmar Serraglio

Renan Filho Pedro Chaves

Teresa Surita Professor Setimo

PSDB

Eduardo Barbosa Jorginho Mello

Nelson Marchezan Junior Mara Gabrilli

Rogério Marinho Raimundo Gomes de Matos

PP

José Linhares Esperidião Amin

Waldir Maranhão (Dep. do PR ocupa a vaga)

DEM

Nice Lobão Marcos Montes

Professora Dorinha Seabra Rezende Onyx Lorenzoni

PR

Izalci Paulo Freire

Neilton Mulim Ronaldo Fonseca vaga do PP

(Dep. do PSOL ocupa a vaga)

PSB

Ariosto Holanda Luiz Noé

Dr. Ubiali (Dep. do PMDB ocupa a vaga)

PDT

Paulo Rubem Santiago Brizola Neto

Bloco PV, PPS

Antônio Roberto Stepan Nercessian

PTB

Alex Canziani Paes Landim

PSC

Hugo Leal Andre Moura

PCdoB

Alice Portugal Chico Lopes

PRB

Márcio Marinho (Dep. do PT ocupa a vaga)

PMN

(Dep. do PMDB ocupa a vaga) 1 vaga

Page 267: DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS - imagem.camara.gov.brimagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/DCD05AGO2011.pdf · dencial do projeto de lei, de autoria do orador, so- ... Município de

Secretário(a): Maria Terezinha Donati Local: Anexo II - Pavimento Superior - sala 170-A Telefones: (61) 3216-6215 FAX: (61) 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROMOVER ESTUDOS E PROPOSIÇÕES DE POLÍTICAS PÚBLICAS E DE PROJETOS

DE LEI DESTINADOS A COMBATER E PREVENIR OS EFEITOS DO CRACK E DE OUTRAS DROGAS ILÍCITAS.

Presidente: Reginaldo Lopes (PT) 1º Vice-Presidente: Wilson Filho (PMDB) 2º Vice-Presidente: João Campos (PSDB) 3º Vice-Presidente: Iracema Portella (PP) Relator: Givaldo Carimbão (PSB)

Titulares Suplentes

PT

Luiz Couto Artur Bruno

Nelson Pellegrino José Guimarães

Reginaldo Lopes Paulo Pimenta

Rogério Carvalho Weliton Prado

PMDB

Fabio Trad Fátima Pelaes

Hugo Motta Leonardo Quintão vaga do PSDB

Wilson Filho Marllos Sampaio

(Dep. do PMN ocupa a vaga) Osmar Terra

Raimundão

PSDB

João Campos Eduardo Barbosa

William Dib Fernando Francischini

1 vaga (Dep. do PMDB ocupa a vaga)

PP

Afonso Hamm Aline Corrêa

Iracema Portella José Linhares

DEM

Eli Correa Filho Augusto Coutinho

Fábio Souto Mandetta

PR

Anderson Ferreira vaga do PSOL Dr. Paulo César

Giacobo Liliam Sá

(Dep. do PRTB ocupa a vaga)

PSB

Domingos Neto Pastor Eurico

Givaldo Carimbão Sandra Rosado

PDT

Vieira da Cunha Dr. Jorge Silva

Bloco PV, PPS

Rosane Ferreira Geraldo Thadeu

PTB

Arnaldo Faria de Sá Ronaldo Nogueira

PSC

(Dep. do PHS ocupa a vaga) Marcelo Aguiar

PCdoB

Evandro Milhomen Delegado Protógenes

PRB

1 vaga Otoniel Lima

PSOL

(Dep. do PR ocupa a vaga) 1 vaga

Secretário(a): Fátima Moreira Local: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-A Telefones: (61) 3216-6204 FAX: (61) 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL PARA ANALISAR TODOS OS

ARTIGOS AINDA NÃO REGULAMENTADOS DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988.

Presidente: 1º Vice-Presidente: 2º Vice-Presidente: 3º Vice-Presidente:

Titulares Suplentes

PT

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Cândido Vaccarezza

João Paulo Cunha

PMDB

Osmar Serraglio

PSDB

Bruno Araújo

PDT

João Dado

Miro Teixeira

PTB

Arnaldo Faria de Sá

PCdoB

Aldo Rebelo

PRB

Cleber Verde

Secretário(a): -

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A APRECIAR AS

SOLICITAÇÕES DE ACESSO A INFORMAÇÕES SIGILOSAS PRODUZIDAS OU RECEBIDAS PELA CÂMARA DOS DEPUTADOS NO EXERCÍCIO DE SUAS FUNÇÕES

PARLAMENTARES E ADMINISTRATIVAS, ASSIM COMO SOBRE O CANCELAMENTO OU REDUÇÃO DE PRAZOS DE

SIGILO E OUTRAS ATRIBUIÇÕES PREVISTAS NA RESOLUÇÃO N º 29, DE 1993

Presidente: Fabio Trad (PMDB) 1º Vice-Presidente: 2º Vice-Presidente: 3º Vice-Presidente:

Titulares Suplentes

PMDB

Fabio Trad

PSDB

Nelson Marchezan Junior

PDT

Félix Mendonça Júnior

Secretário(a): EUGÊNIA Kimie Suda Camacho Pestana Local: Anexo II, CEDI, 1º Piso Telefones: (61) 3216-5631 FAX: (61) 3216-5605

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A ANALISAR AS

PROPOSTAS DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO QUE VERSEM SOBRE SEGURANÇA PÚBLICA.

Presidente: Arnaldo Faria de Sá (PTB) 1º Vice-Presidente: 2º Vice-Presidente: 3º Vice-Presidente: Relator: Edio Lopes (PMDB)

Titulares Suplentes

PT

José Mentor Dalva Figueiredo

Paulo Pimenta Décio Lima

Rui Costa Miriquinho Batista

Zeca Dirceu Vicentinho

PMDB

Átila Lins Alceu Moreira

Danilo Forte Fátima Pelaes

Edio Lopes Gean Loureiro

Ronaldo Benedet Mendes Ribeiro Filho

PSDB

João Campos Fernando Francischini

Reinaldo Azambuja Wandenkolk Gonçalves

1 vaga William Dib

PP

Jair Bolsonaro Arthur Lira

Vilson Covatti Sandes Júnior

DEM

Júlio Campos 2 vagas

1 vaga

PR

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Lincoln Portela (Dep. do PMN ocupa a vaga)

Ronaldo Fonseca (Dep. do PTdoB ocupa a vaga)

PSB

Givaldo Carimbão Gonzaga Patriota

Valtenir Pereira Pastor Eurico

PDT

Vieira da Cunha João Dado

Bloco PV, PPS

Paulo Wagner Lindomar Garçon

PTB

Arnaldo Faria de Sá José Augusto Maia

PSC

Andre Moura Antônia Lúcia

PCdoB

Delegado Protógenes Perpétua Almeida

PRB

Otoniel Lima 1 vaga

PRP

Jânio Natal 1 vaga

Secretário(a): Valdivino Tolentino Filho Local: Anexo II - Pavimento Superior - sala 170-A Telefones: (61) 3216-6206 FAX: (61) 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROMOVER ESTUDOS

E PROPOSIÇÕES VOLTADAS À REGULAMENTAÇÃO DO TRABALHO TERCEIRIZADO NO BRASIL.

Presidente: Sandro Mabel (PR) 1º Vice-Presidente: 2º Vice-Presidente: 3º Vice-Presidente: Relator: Roberto Santiago (PV)

Titulares Suplentes

PT

Eudes Xavier Bohn Gass

Gilmar Machado Nelson Pellegrino

Policarpo Rogério Carvalho

Vicentinho 1 vaga

PMDB

Adrian Gean Loureiro

Darcísio Perondi Leonardo Quintão

Edio Lopes (Dep. do PTB ocupa a vaga)

José Priante (Dep. do Bloco PV, PPS ocupa a vaga)

PSDB

Alfredo Kaefer André Dias

Carlos Sampaio Reinaldo Azambuja

Jutahy Junior 1 vaga

PP

Jerônimo Goergen Aguinaldo Ribeiro

José Otávio Germano Aline Corrêa

DEM

Augusto Coutinho Efraim Filho

Onyx Lorenzoni 1 vaga

PR

Gorete Pereira vaga do PTC Aelton Freitas

Laercio Oliveira Luciano Castro

Sandro Mabel

PSB

Dr. Ubiali Alexandre Roso

Mauro Nazif Sandra Rosado

PDT

Paulo Pereira da Silva João Dado

Bloco PV, PPS

Roberto Santiago Moreira Mendes

Stepan Nercessian vaga do PMDB

PTB

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Silvio Costa Arnaldo Faria de Sá vaga do PMDB

Ronaldo Nogueira

PSC

Andre Moura Nelson Padovani

PCdoB

Assis Melo 1 vaga

PRB

1 vaga Heleno Silva

PTC

(Dep. do PR ocupa a vaga) 1 vaga

Secretário(a): Aparecida de Moura Andrade Local: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-A Telefones: (61) 3216 6207 FAX: (61) 3216 6225

COMISSÃO EXTERNA PARA ACOMPANHAR AS

INVESTIGAÇÕES SOBRE OS FATOS E AS CIRCUNSTÂNCIAS QUE ENVOLVEM OS DESVIOS DE RECURSOS PÚBLICOS OCORRIDOS NA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO

DO PARÁ.

Coordenador: Cláudio Puty (PT)

Titulares Suplentes

PT

Cláudio Puty

Francisco Praciano

PCdoB

Delegado Protógenes

PSOL

Jean Wyllys

Secretário(a): -

COMISSÃO EXTERNA PARA FISCALIZAR AS ENTRADAS DE PRODUTOS ORIUNDOS DO JAPÃO NO PORTO DE SANTOS.

Coordenador: Roberto Santiago (PV)

Titulares Suplentes

PSDB

Carlos Sampaio

DEM

Walter Ihoshi

PV

Ricardo Izar

Roberto Santiago

Secretário(a): Valdivino Local: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-A Telefones: (61) 3216-6206 FAX: (61) 3216-6225

COMISSÃO EXTERNA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, SEM

ÔNUS PARA ESTA CASA, DESTINADA A ANALISAR E DISCUTIR O LEGADO A SER DEIXADO PELA COPA DO

MUNDO DE 2014 E DOS JOGOS OLÍMPICOS E PARAOLÍMPICOS DE 2016 PARA A CIDADE DO RIO DE

JANEIRO E SUA REGIÃO METROPOLITANA.

Titulares Suplentes

PT

Alessandro Molon

DEM

Arolde de Oliveira

PR

Liliam Sá

PSB

Glauber Braga

PDT

Marcelo Matos

PSC

Filipe Pereira

PRB

Vitor Paulo

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Secretário(a): -

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Secretaria Especial deEditoração e Publicações _ SEEP