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DIÁRIO DE S. PAULO - SEGUNDA-FEIRA / 3 DE NOVEMBRO DE 2014 28 Divulgação Após retomar o julgamento da desaposentação, o caso emperra ao ser suspenso Sindicato critica novela da desaposentação Aposentados acham que governo influenciou na decisão do STF de adiar a votação Odebrecht Ambiental_ Acordo garante 6,8% de reajuste Foi aprovado na semana passada o primeiro acordo coletivo entre a Odebrecht Ambien- tal e seus funcionários. A empresa ofereceu reajuste salarial de 6,8%, além da jornada de trabalho de 40 horas semanais, PLR (parti- cipação nos lucros e resultados) e abono alimentação. Os trabalhadores conquistaram também o auxílio-creche, que garantirá o reembolso de 100% dos gastos em escola particular até o sexto mês de idade do be- bê. Depois o funcionário terá reembolso de R$ 300 até os 6 anos do filho. Presidente Prudente_ Servidores agora vão poder denunciar assédio O prefeito de Presidente Prudente, Milton Carlos de Mello (PTB), sancio- nou a lei que veda o assédio moral na administração pública municipal dire- ta, indireta e em fundações públicas. Conforme Ana Lúcia de Matos Flores, presidente do Sintrapp (Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Mu- nicipal), desde o início da Campanha de Combate ao Assédio Moral no Serviço Público de Prudente e região, em junho de 2013, já foram mais de cem denúncias recebidas e mais de dez processos judiciais instaurados. Entre as ações possíveis, o texto ex- põe a possibilidade de se determinar o cumprimento de atividades “estra- nhas” ou “incompatíveis” ao seu car- go ou, ainda, em condições ou prazos “inexequíveis”. Também considera o exercício de funções “triviais” para aquele que possui funções técnicas ou então para aquelas atividades que exijam treinamento e conhecimento específico. Há punição ainda para quem apropria-se do crédito de ideias, propostas, projetos ou qual- quer trabalho do servidor. Publicitários_ Categoria tem aumento salarial O Sindicato dos Publicitários de São Paulo e o Sepex (Sindicato das Empresas de Publicidade Exterior) firmaram novo acor- do coletivo para 2014/2015. O reajuste salarial é de 6,8% para todos os emprega- dos. O valor da PLR (participação nos lu- cros e resultados) é de 10% do salário- base, limitado a R$ 1.710. O piso salarial passou a ser de R$ 1.030. A categoria também conquistou o direito de receber o adicional de 100% para as horas extras pagas em dinheiro. Divulgação Vale_ Produção de minério de ferro cresce A Vale, uma das maiores mineradoras do mundo, registrou o melhor resultado de produção da sua história no terceiro tri- mestre deste ano, com a extração de 85,7 milhões de toneladas de minério de ferro. O volume produzido foi 3,1 % superior ao registrado entre os meses de julho e se- tembro de 2013 e 7,9 % acima da produ- ção do segundo trimestre deste ano. A mineradora parabenizou seus funcionários (foto) pelo empenho. TI_ Setor inicia preparação da campanha salarial O Sindpd (Sindicato dos Trabalhadores em Pro- cessamento de Dados e Tecnologia da Informa- ção do Estado de São Paulo) realizará seminário para decidir a pauta da campanha salarial 2015. O evento, que acontece em São Paulo, está marcado para acontecer entre os dias 6 e 8 deste mês e tem como objetivo debater o ce- nário atual da categoria no país, os anseios e as reivindicações para o próximo ano. 2014 foi bas- tante produtivo para o mercado do setor nacio- nal, que conseguiu alcançar 3% do mercado glo- bal e, em 2015, deve ultrapassar países euro- peus. Com mais investimento das empresas, ainda pode ter evolução de 5,7% nos gastos. Contabilistas_ Palestra gratuita sobre Siscoserv O Projeto Saber Contábil realizará uma pales- tra gratuita para estudantes e profissionais de contabilidade sobre o Siscoserv (Sistema Integrado de Comércio Exterior de Serviços). O evento acontece no dia 6, às 19h, na sede do Sindcont-SP (Sindicato dos Contabilistas de São Paulo), na Praça Ramos de Azevedo, 202, Centro. O intuito principal é explicar aos participantes o funcionamento do sistema, avaliar os impactos na empresa e definir as ações para atendimento de obrigatoriedade. Gestos, palavras e outras ações po- dem ser consideradas assédio moral, como aquelas que impliquem “des- prezo, ignorância ou humilhação ao servidor”. A prática do assédio moral é “infração grave” e sujeitará o infra- tor a três possíveis penalidades: ad- vertência, suspensão ou demissão. Divulgação Servidores querem maior penalização Fernanda Uehara Especial para o DIÁRIO O Sindnapi (Sindicato Nacional dos Aposentados) mostra pessimismo sobre o julgamento da desaposenta- ção no STF (Supremo Tribunal Fede- ral). Para o presidente da entidade sindical, Carlos Ortiz, o adiamento da votação sobre a legalidade de o apo- sentado que continua trabalhando trocar o benefício é uma manobra do governo para atrasar a decisão. O placar está empatado em 2 a 2. Na quarta-feira, a ministra Rosa Weber decidiu pedir mais tempo para anali- sar o processo. Luís Roberto Barroso, o relator da matéria, e Marco Aurélio Mello votaram a favor da desaposen- tação. Dias Toffoli e Teori Zavascki fo- ram contra a possibilidade de o segu- rado obter uma segunda aposenta- doria. No último pedido de vistas o processo demorou mais de um ano para voltar à pauta. “Eles (os ministros) resolveram empurrar a história com a barriga. O governo quer ganhar tempo para tentar ‘imaginar’ como vai ser depois que a tese for aprovada”, disse Ortiz. Barroso apresentou uma fórmula alternativa de fator previdenciário a ser aplicada somente para a requisi- ção da segunda aposentadoria. O mi- nistro Marco Aurélio também consi- derou justo o pagamento de vanta- gem maior ao aposentado que conti- nua a trabalhar, mas foi contra a regra “intermediária” proposta por Barro- so. Para ele, o valor deve ser reajusta- do integralmente, com base nas con- dições em que o segurado se encontra no momento de solicitar o novo be- nefício. “Com essa nova proposta apresentada, fiquei esperançoso de que a categoria pudesse ganhar a causa, mas aconteceu justamente o contrário”, lamentou Ortiz sobre os dois próximos votos contra a desapo- sentação que acabaram empatando o julgamento. Sobre o prazo para que o processo volte a ser discutido em plenário, o sindicalista se mostrou desanimado. “Depois do que vi na quarta-feira não acho que a desaposentação entre em votação tão rapidamente. Podemos esperar mais um ano, um ano e meio, mais ou menos. Eles (os ministros) não mostraram interesse em discutir o tema”, analisou. “Não dá para saber quando o caso vai voltar a ser julgado realmente. Agora depende apenas da ministra que pediu vistas”, explicou o advogado Theodoro Vicente. Para a troca de aposentadoria ser aprovada é preciso seis votos favorá- veis. Ao todo o STF tem agora dez mi- nistros – uma cadeira está vaga. SINDICAL DIÁRIO Divulgação

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DIÁRIO DE S. PAULO - SEGUNDA-FEIRA / 3 DE NOVEMBRO DE 201428D

ivulgaçãoApós retomar o julgamento da desaposentação, o caso emperra ao ser suspenso

Sindicato critica novelada desaposentaçãoAposentados acham que governo influenciou na decisão do STF de adiar a votação

Odebrecht Ambiental_ Acordogarante 6,8% de reajusteFoi aprovado na semana passada o primeiroacordo coletivo entre a Odebrecht Ambien-tal e seus funcionários. A empresa ofereceureajuste salarial de 6,8%, além da jornada detrabalho de 40 horas semanais, PLR (parti-cipação nos lucros e resultados) e abonoalimentação. Os trabalhadores conquistaramtambém o auxílio-creche, que garantirá oreembolso de 100% dos gastos em escolaparticular até o sexto mês de idade do be-bê. Depois o funcionário terá reembolso deR$ 300 até os 6 anos do filho.

Presidente Prudente_ Servidores agoravão poder denunciar assédioO prefeito de Presidente Prudente,Milton Carlos de Mello (PTB), sancio-nou a lei que veda o assédio moral naadministração pública municipal dire-ta, indireta e em fundações públicas.Conforme Ana Lúcia de Matos Flores,presidente do Sintrapp (Sindicato dosTrabalhadores no Serviço Público Mu-nicipal), desde o início da Campanhade Combate ao Assédio Moral noServiço Público de Prudente e região,em junho de 2013, já foram mais decem denúncias recebidas e mais dedez processos judiciais instaurados.Entre as ações possíveis, o texto ex-põe a possibilidade de se determinaro cumprimento de atividades “estra-nhas” ou “incompatíveis” ao seu car-go ou, ainda, em condições ou prazos“inexequíveis”. Também considera oexercício de funções “triviais” paraaquele que possui funções técnicasou então para aquelas atividades queexijam treinamento e conhecimentoespecífico. Há punição ainda paraquem apropria-se do crédito deideias, propostas, projetos ou qual-quer trabalho do servidor.

Publicitários_ Categoriatem aumento salarialO Sindicato dos Publicitários de São Pauloe o Sepex (Sindicato das Empresas dePublicidade Exterior) firmaram novo acor-do coletivo para 2014/2015. O reajustesalarial é de 6,8% para todos os emprega-dos. O valor da PLR (participação nos lu-cros e resultados) é de 10% do salário-base, limitado a R$ 1.710. O piso salarialpassou a ser de R$ 1.030. A categoriatambém conquistou o direito de receber oadicional de 100% para as horas extraspagas em dinheiro.

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Vale_ Produção deminério de ferro cresceA Vale, uma das maiores mineradoras domundo, registrou o melhor resultado deprodução da sua história no terceiro tri-mestre deste ano, com a extração de 85,7milhões de toneladas de minério de ferro.O volume produzido foi 3,1 % superior aoregistrado entre os meses de julho e se-tembro de 2013 e 7,9 % acima da produ-ção do segundo trimestre deste ano. Amineradora parabenizou seus funcionários(foto) pelo empenho.

TI_ Setor inicia preparaçãoda campanha salarialO Sindpd (Sindicato dos Trabalhadores em Pro-cessamento de Dados e Tecnologia da Informa-ção do Estado de São Paulo) realizará semináriopara decidir a pauta da campanha salarial 2015.O evento, que acontece em São Paulo, estámarcado para acontecer entre os dias 6 e 8deste mês e tem como objetivo debater o ce-nário atual da categoria no país, os anseios e asreivindicações para o próximo ano. 2014 foi bas-tante produtivo para o mercado do setor nacio-nal, que conseguiu alcançar 3% do mercado glo-bal e, em 2015, deve ultrapassar países euro-peus. Com mais investimento das empresas,ainda pode ter evolução de 5,7% nos gastos.

Contabilistas_ Palestragratuita sobre SiscoservO Projeto Saber Contábil realizará uma pales-tra gratuita para estudantes e profissionaisde contabilidade sobre o Siscoserv (SistemaIntegrado de Comércio Exterior de Serviços).O evento acontece no dia 6, às 19h, na sededo Sindcont-SP (Sindicato dos Contabilistasde São Paulo), na Praça Ramos de Azevedo,202, Centro. O intuito principal é explicar aosparticipantes o funcionamento do sistema,avaliar os impactos na empresa e definir asações para atendimento de obrigatoriedade.

Gestos, palavras e outras ações po-dem ser consideradas assédio moral,como aquelas que impliquem “des-prezo, ignorância ou humilhação aoservidor”. A prática do assédio moralé “infração grave” e sujeitará o infra-tor a três possíveis penalidades: ad-vertência, suspensão ou demissão.

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Servidores querem maior penalização

Fernanda UeharaEspecial para o DIÁRIO

O Sindnapi (Sindicato Nacional dosAposentados) mostra pessimismosobre o julgamento da desaposenta-ção no STF (Supremo Tribunal Fede-ral). Para o presidente da entidadesindical,CarlosOrtiz,oadiamentodavotação sobre a legalidade de o apo-sentado que continua trabalhandotrocar o benefício é uma manobra dogoverno para atrasar a decisão.

Oplacarestáempatadoem2a2.Naquarta-feira, a ministra Rosa Weberdecidiu pedir mais tempo para anali-sar o processo. Luís Roberto Barroso,o relator da matéria, e Marco AurélioMello votaram a favor da desaposen-tação.DiasToffolieTeoriZavasckifo-ram contra a possibilidade de o segu-rado obter uma segunda aposenta-doria. No último pedido de vistas oprocesso demorou mais de um anopara voltar à pauta.

“Eles (os ministros) resolveramempurrar a história com a barriga. Ogoverno quer ganhar tempo paratentar ‘imaginar’ como vai ser depoisque a tese for aprovada”, disse Ortiz.

Barroso apresentou uma fórmulaalternativa de fator previdenciário aser aplicada somente para a requisi-çãodasegundaaposentadoria.Omi-nistro Marco Aurélio também consi-derou justo o pagamento de vanta-gem maior ao aposentado que conti-nua a trabalhar, mas foi contra a regra“intermediária” proposta por Barro-so. Para ele, o valor deve ser reajusta-do integralmente, com base nas con-

diçõesemqueoseguradoseencontrano momento de solicitar o novo be-nefício. “Com essa nova propostaapresentada, fiquei esperançoso deque a categoria pudesse ganhar acausa, mas aconteceu justamente ocontrário”, lamentou Ortiz sobre osdoispróximosvotoscontraadesapo-sentaçãoqueacabaramempatandoojulgamento.

Sobre o prazo para que o processovolte a ser discutido em plenário, osindicalista se mostrou desanimado.“Depoisdoquevinaquarta-feiranão

acho que a desaposentação entre emvotação tão rapidamente. Podemosesperarmaisumano,umanoemeio,mais ou menos. Eles (os ministros)não mostraram interesse em discutirotema”,analisou.“Nãodáparasaberquando o caso vai voltar a ser julgadorealmente. Agora depende apenas daministra que pediu vistas”, explicouo advogado Theodoro Vicente.

Para a troca de aposentadoria seraprovada é preciso seis votos favorá-veis.AotodooSTFtemagoradezmi-nistros – uma cadeira está vaga.

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