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eólicas, ceará
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10/01/2016 Eólica: Ceará precisa de bons ventos para retomar liderança Negócios Diário do Nordeste
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ENERGIA
Eólica:Ceará precisa de bons ventos pararetomar liderançaDepois de cair para a terceira posição em capacidade instalada, o Estado se vê cada vez mais ameaçado pelos vizinhos,que possuem mais projetos em execução
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00:00 · 10.01.2016 por Bruno Cabral - Repórter
Pioneiro na geração de energia eólica no País e com forte vocação parao setor, devido aos bons ventos durante praticamente o ano inteiro, oCeará perdeu espaço nos últimos anos. Hoje, o Estado está atrás de RioGrande do Norte (2,3 mil kW) e Rio Grande do Sul (1,53 mil kW) empotência instalada, e em breve deverá ser superado pela Bahia (1,21 milkW), que possui 165 novos parques contratados, enquanto o Ceará temapenas 60 empreendimentos, conforme indica dados da AgênciaNacional de Energia Elétrica (Aneel).
> Estado recebe um dos maiores players do mundo
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> Indústrias da cadeia produtiva geram cerca de 15 mil vagas
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No entanto, o ano de 2015 foi visto por muitos dos que atuam no setor, como um ponto de virada para a indústria eólicacearense, em particular, pelo apoio por parte do governo estadual aos empreendedores.
Espera-se que os resultados comecem a aparecer já nos próximos dois ou três anos. Até então líder nacional em energiaeólica, em outubro de 2014 o Ceará foi ultrapassado pela primeira vez em capacidade instalada, pelo Rio Grande do Norte.
Atualmente, o Estado ocupa a terceira posição em potência instalada, com 1.233 mW, atrás do Rio Grande do Norte (2.390mW) e do Rio Grande do Sul (1.531 mW). E, quando os empreendimentos de energia eólica já contratados foremconcluídos, o Estado será ultrapassado também pela Bahia.
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Perspectivas positivas
As perspectivas, no entanto, são positivas. "Nós percebemos uma boa vontade política em receber esses investimentos,recebemos uma sinalização muito boa do governo", diz a presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica),Elbia Gannoum. "O Estado é muito atrativo tanto para o investimento de fábricas, pela localização geográfica e do porto,como de parques, pelos bons ventos", afirma.
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Elbia ressalta, porém, que não basta disposição política para que o Ceará volte à liderança. Afinal, observa, os estadosconcorrentes também contam com forte apoio de seus respectivos governos.
"O Ceará está se recuperando desde o ano passado. Foi assim que a Bahia e o Rio Grande do Norte se desenvolveram. Nãose trata de incentivos fiscais, é a vontade de facilitar questões de licenças ambientais, de receber o investidor e tratá-lobem. A perspectiva para o Estado é muito boa para 2016, mas as ações de 2015 irão aparecer em 2018", ela diz em alusãoaos leilões de três anos (A-3).
Plano Estadual
Uma das metas do governo, prevista no Plano Estadual de Energia, é ocupar a liderança nacional em energias renováveis(que inclui além das eólicas as usinas solares, de biomassa, dentre outras), nos próximos 20 anos. Em 2015, o Governo doEstado criou a Secretaria Adjunta de Energia, Mineração e Telecomunicações, vinculada à Secretaria da Infraestrutura doEstado (Seinfra), com foco em energias renováveis.
De acordo com a Seinfra, ainda no primeiro trimestre de 2016, o Plano, que busca resolver gargalos do setor e estipulametas para o setor, deverá ser concluído.
A titular da Secretaria de Desenvolvimento Econômica (SDE) do Ceará, Nicolle Barbosa, também destaca que o fato de oEstado ter aderido ao Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) 52/2015, que isenta o Imposto sobre Circulaçãode Mercadorias e Serviços (ICMS) para a microgeração, foi mais um incentivo para os investidores.
Empreendimentos
Hoje, são 44 empreendimentos eólicos em operação no Ceará, 29 em construção e 31 com construção não iniciada.Segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), as eólicas são responsáveis por 38,57% da capacidade degeração do Estado, enquanto as termelétricas respondem por 61,11%.
Mas, para os próximos anos, após a conclusão dos empreendimentos contratados, a capacidade das eólicas irá superar adas térmicas, que serão responsáveis por 49,81% e 48,82%, respectivamente.
Para o empresário Fernando Ximenes, no entanto, apesar do empenho do governo estadual, o ano de 2015 poderia ter sidomelhor se o setor tivesse se unido.
"Foi quebrada uma sequência de trabalho e desenvolvimento na Câmara Setorial Eólica", ele opina. Para Ximenes, o setoreólico perdeu o foco após a criação da Câmara Setorial de Energias Renováveis que, mais ampla, irá contemplar, além daárea eólica, o segmento de geração de energia solar.