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Ano 91 - Nº 24.209 - São Paulo, quarta-feira, 17 de setembro de 2014
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Marcelo d'Sants/Ag. O Globo
TEATRO DE GUERRA
Página 4
ISSN 1679-2688
9 771679 268008
24209
Dilma cai3 pontos,
Aécio sobe4 pontos.
Nova pesquisa Ibopetraz Dilma com 36%; Marina,30%; e Aécio, 19%. O cientista
político Carlos Pereira, daFGV, acredita que a queda dapresidente Dilma e a subida
do tucano se devem aoescândalo da Petrobras. De
acordo com Pereira, apesquisa mostra ainda que
os ataques de Dilmaa Marina têm um limite.
Rogério Amato, presidenteda ACSP e da Facesp
São Paulo, quarta-feira, 17 de setembro de 2014Conclusão: 23h55 www.dcomercio.com.br
Jornal do empreendedorAno 91 - Nº 24.209R$ 1,40
TEATRO DE GUERRA
Das janelas do que foi o hotel Aquarius, naAv. São João perto da Ipiranga, caiu até sofá.Foi o 1º ato da guerra contra a reintegração
de posse. A PM atirou gás e bala deborracha. Os sem-teto, pedras. 2º ato:
ônibus incendiado. 3º ato: Centro parado.
O que está acontecendo é umatentado. Já pensamos em medidas
jurídicas para fazer com que essegrupo criminoso seja punido.
Orelhões derrubados, tentativas desaque, corre-corre, comércio
fechado, barricadas e incêndiosesparsos foram o enredo do teatro
de guerra, durante o dia inteiro. Aossem-teto, uniram-se os sem-
trabalho e os sem-lei. Em cartaz,outras 100 ocupações. Pág. 8
Nilton Fukuda/Estadão Conteúdo
Renato S. Cerqueira/Estadão Conteúdo
Sebastião Moreira/Efe
2º turnoNa simulação
de um segundo turno,Marina aparece com 43%dos votos contra 40% dapresidente Dilma. Pág. 5
O DEBATEPresidenciáveis se comportaram diante dosbispos na maior parte do debate promovido
pela CNBB, em Aparecida. A discussão sóesquentou no último bloco, quando muita
gente já tinha ido dormir. Pág. 5
Marina Silva. Pág. 6
Sei o queé passarfo m e
Opinião é do ministroJoaquim Barbosa. Pág. 6
Reeleiçãoé a mãe detodas as
corr upções
Dida Sampaio/EC
Agora não
Justiça Eleitoraltira do ar site paralelo da
campanha de Dilma. Pág. 6
2 DIÁRIO DO COMÉRCIO quarta-feira, 17 de setembro de 2014
A LIÇÃO DEHIROSHIMA
SXC
Assim, por milagre, aquilo que não era possível dois ou três meses atrás ficou possível.José Márcio Mendonça
O QUE UMAELEIÇÃONÃO FAZ
Com a campanha de Dilmaindo de mal a pior entre osempresários, o governodecidiu estender algumas
"bondades" a alguns setores, oque vinha negando há tempos.
JOSÉ MÁRCIO MENDONÇA
Durante alguns me-
ses empresas brasi-
leiras com subsidiá-
rias no Exterior – as
multinacionais nacionais –
tentaram convencer o gover-
no a estender a todas elas a re-
dução de 9 pontos – de 34%
para 25% –do Imposto de Ren-
da sobre o lucro auferido no
Exterior, concedido seletiva-
mente aos setores de constru-
ção civil, bebidas e alimentos.
Nunca se soube a razão de tal
"exclusividade". Entretanto, o
Ministério da Fazenda se recu-
sava a atender ao pedido sob o
argumento de que não havia
folga no Orçamento para no-
vas desonerações.
Na época, Pedro Passos, que
é um dos sócios da Natura e di-
rige o Instituto de Estudos e
Desenvolvimento Industrial
(IEDI) fez duras críticas à posi-
ção do governo, que ele consi-
derou "um absurdo". Em carta
ao ministro da Fazenda, ele
disse que a medida, tal como
estava, desincentiva a indus-
trialização do País. E classifi-
cou a cobrança cheia para os
diversos setores, com exce-
ção dos três, como um passo
atrás, pois inibe o investimen-
to externo. E o Brasil, disse ele,
tem poucas multinacionais.
Os argumentos, inicialmen-
te, não comoveram a presi-
dente Dilma Rousseff e o
ministro Mantega. Mas vai
eleição para cá, vai eleição
para lá – com o clima cada
vez pior para a reeleição
da presidente entre os
empresários, principal-
mente no mercado finan-
ceiro e no setor industrial
paulista, onde até um
até pouco tempo empe-
dernido governista, co-
mo o atual presidente da
Fiesp, Benjamin Steinbruch
deu para falar mal do governo
–e as coisas mudaram de figu-
ra. Assim, por milagre, o que
não era possível dois ou três
meses atrás ficou possível.
Na segunda-feira, em
São Paulo, na CNI, pal-
co cuja simpatia a cam-
panha de Dilma quer conquis-
tar, Mantega anunciou que o
benefício fiscal de 9 pontos no
IR de lucros no Exterior passa a
valer, a partir de outubro, para
todas as empresas que têm
negócios também no Exterior.
E esta não foi a única bondade
dirigida aos empresários nos
últimos dias pelo Ministério da
Fazenda: o Reintegra em 2015
foi fixado em 3% (na Receita
Federal defendia-se no máxi-
mo 1%) e incluou-se os setores
sucroalcooleiro e de celulose
nos benefícios do Reintegra.
Curioso é que há uma enor-
me contradição entre as me-
didas para adular os empre-
sários e o ataque indireto e às
vezes direto a empresários
na campanha de Dilma quan-
do se trata de atacar Marina
Silva, colocando-a como a
candidata do grande capital,
dos banqueiros. Curioso tam-
bém que na semana passada
JOÃO CÉSAR DE MELO
PresidenteRogério Amato
Vice-PresidentesAlfredo Cotait NetoAntonio Carlos PelaCarlos Roberto Pinto MonteiroCesário Ramalho da SilvaEdy Luiz KogutJoão Bico de SouzaJosé Maria Chapina AlcazarLincoln da Cunha Pereira FilhoLuciano Afif DomingosLuís Eduardo SchoueriLuiz Gonzaga BertelliLuiz Roberto GonçalvesMiguel Antonio de Moura GiacummoNelson Felipe KheirallahNilton MolinaRenato AbuchamRoberto Mateus OrdineRoberto Penteado de CamargoTicoulatSérgio Belleza FilhoWalter Shindi Ilhoshi
Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira ([email protected]). Editor de Reportagem: José Maria dos Santos([email protected]). Editores Seniores: chicolelis ([email protected]), José Roberto Nassar([email protected]), Luciano de Carvalho Paço ([email protected]), Luiz Octavio Lima([email protected]), Marcus Lopes ([email protected]) e Marino Maradei Jr. ([email protected]).Editores: Cintia Shimokomaki ([email protected]), Heci Regina Candiani ([email protected]), Tsuli Narimatsu([email protected]) e Vilma Pavani ([email protected]. Subeditores: Rejane Aguiar e Ricardo Osman.Redatores: Adriana David, Evelyn Schulke, Jaime Matos e Sandra Manfredini. Repór teres: André de Almeida, Karina Lignelli, LúciaHelena de Camargo, Mariana Missiaggia, Paula Cunha, Rejane Tamoto, Renato Carbonari Ibelli, Sílvia Pimentel e Victória Brotto.Editor de Fotografia: Agliberto Lima. Arte e Diagramação: José dos Santos Coelho (Editor), André Max, Evana Clicia Lisbôa Sutilo,Gerônimo Luna Junior, Hedilberto Monserrat Junior, Lino Fernandes, Paulo Zilberman e Sidnei Dourado.
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CONSELHO EDITORIAL Rogério Amato, Guilherme Afif Domingos, João Carlos Maradei, Marcel SolimeoDiretor de Redação Moisés Rabinovici ([email protected])
Gerente Executiva e de Publicidade Sonia Oliveira ([email protected])Gerente de Operações Valter Pereira de Souza ([email protected])Serviços Editoriais Material noticioso fornecido pelas agências Estadão Conteúdo, Folhapress, Efe e ReutersImpressão S.A. O Estado de S. Paulo.Assinaturas Anual - R$ 118,00 Semestral - R$ 59,00 Exemplar atrasado - R$ 1,60
Esta publicação é impressa em papelcertificado FSC®, garantia de manejo florestalresponsável, pela S.A. O Estado de S. Paulo.
FALE CONOSCO
Fundado em 1º de julho de 1924
saiu das máquinas do PT uma
carta formal, assinada pela
própria presidente Dilma
Rousseff, dirigida a grandes
empresas instaladas no País,
pedindo contribuições para
as eleições.
Com humor, com o governo
com um saco de bondades tão
amplo e generoso – e muitas
vezes na direção certa – há
gente dizendo que o Brasil tal-
vez ficasse melhor se houves-
se pelo menos uma eleição por
ano. É uma boa piada, sim,
mas não vale o custo.
Para quem quiser enten-
der melhor que tipo de
eleitor brasileiro vai às
urnas este ano (analisado re-
centemente aqui em dois co-
mentários) vale a pena ver a
tabela montada pelo econo-
mista Luiz Carlos Mendonça
de Barros, ex-ministro das Co-
municações, com base em da-
dos levantados em duas pes-
quisas do DataFolha.
Como descreveu Mendon-
ça de Barros em artigo no jor-
nal Valor Econômico de segun-
da-feira, o instituto fez em
suas entrevistas uma série de
perguntas sobre temas eco-
nômicos e de comportamen-
to que permitem montar um
quadro com as posições polí-
ticas do brasileiro em cinco
grupos: direita, centro-direi-
ta, centro, centro-esquerda e
e s q u e rd a .
Pelo que se depreende da
tabela citada( ver acima), esse
eleitor caminhou para a direi-
ta, distanciando-se das posi-
ções classificadas como de es-
querda: em 2013, 41% e 39%
de direita; em 2014, a esquer-
da caiu para 35% e a direita su-
biu para 45%.
Ou seja,trata-se do o mes-
mo sinal de leituras de outros
dados, do IBGE e do TSE: o elei-
torado brasileiro está ficando
mais conservador.
JOSÉ MÁRCIO MENDONÇA É
J O R N A L I S TA E A N A L I S TA POLÍTICO
Nos últimos meses
da 2° Guerra Mundial,
as forças japonesas
estavam em frangalhos,
sofrendo sucessivas
derrotas e perdendo todos
os territórios conquistados
nos últimos anos. Mas o
imperador Hirohito sequer
considerava se render.
Quando não havia mais
soldados suficientes,
mandou civis para as
trincheiras. Depois mandou
crianças. Quando as armas
diminuíram, enviou suicidas.
Com os soviéticos
chegando pelo norte e os
americanos pelo sul, as
mortes eram contadas em
dezenas de milhares a cada
incursão. Cidades inteiras
eram destruídas, mas nada
abalava Hirohito. Mesmo ao
saber que os Estados Unidos
tinham a bomba atômica e
cogitavam lançá-la sobre o
Japão, Hirohito continuava
indiferente, até porque os
aliados exigiam sua rendição
incondicional, e ele teria
de abdicar do poder, dos
luxos e da imunidade.
Em 6 de agosto de 1945
foi lançada a primeira
bomba atômica e feita nova
exigência de rendição.
Hirohito não se abalou. Três
dias depois foi lançada a
segunda bomba e mandada
outra carta de rendição,
preservando alguns poderes
do imperador e de parte de
seu governo. Hirohito, enfim,
assinou.
O ano de 1945 deve
ser lembrado não só pelo fim
da guerra e pelas duas
bombas atômicas, como por
ter mostrado ao mundo as
graves consequências
quando o Estado tem pleno
poder sobre a sociedade.
Até seu suicídio, Hitler
assistiu à ruína de seu
país, alimentando
a obsessão em transformar
o Estado numa imagem
de si mesmo, tanto através
de projetos de edifícios e
cidades que levariam seu
nome, quanto pela forma de
lidar com tudo e todos ao
redor, sem qualquer pudor
e responsabilidade – não
por acaso,o mesmo
comportamento de Lenin,
Stalin, Pol Pot, Papa Doc, Mao
Tsé-Tung, Kim Il-Sung,
Gaddafi, Fidel , Pinochet,
Bashir, Mugabe e outros.
O que me assusta é ver,
em pleno século 21, tantas
pessoas, incluindo a maioria
dos agentes culturais em
todas as partes do mundo,
cobrando que Estados
tenham cada vez mais poder
sobre as sociedades e suas
respectivas economias,
ignorando que Estados são
liderados por pessoas que,
como quaisquer outras,
são propensas a todo tipo de
desvio de comportamento.
A célebre frase do
historiador britânico Lord
Acton , "o poder tende a
corromper e o poder
absoluto corrompe
absolutamente", é tão
precisa quanto
constrangedora. Mais de
cem anos depois da frase,
após um século 20 recheado
de trágicas experiências,
com centenas de milhões
de pessoas submetidas à
guerra e a perseguições
políticas, ideológicas e
religiosas, ainda temos boa
parte da sociedade
avalizando as tentativas de
uma dúzia de pessoas de
tomar o poder, ou mesmo
mantê-lo, como um
patrimônio inquestionável.
Há mais de cinquenta
anos os cubanos são
reféns dos caprichos de um
único homem. Enquanto a
população se arrasta sob a
cotidiana privação de
alimentos, confortos e
liberdade, a família Castro
vive entre palacetes.
Os maiores investimentos
financeiros e políticos de
Fidel Castro, nestas
décadas de reinado, foram
no financiamento de
revoluções noutros países.
Três semanas após chegar
ao poder, em 1959, Fidel
já embarcava para a
Venezuela, para plantar lá a
semente da revolução.
Todos os absurdos de
todas as ditaduras,
declaradas ou não, são de
conhecimento público, mas
as únicas críticas feitas se
restringem às intervenções
de libertação, como ocorreu
no Afeganistão, no Iraque e
na Líbia. É comum pessoas
defenderem o fim do
embargo americano a Cuba,
mas ninguém lembra que as
condições de Washington se
resumem ao governo
cubano reestabelecer a
democracia.
Em agosto, quando se
completou mais um ano das
explosões das bombas
atômicas sobre o Japão,
muitos lembraram a
crueldade dos EUA, mas não
falaram da total indiferença
de Hirohito com seu povo,
cujo sofrimento foi usado
como mera barganha
política – da mesma forma
que o Hamas faz agora.
A lição que a humanidade
deve tirar da bomba em
Hiroshima é que quanto
mais o Estado estiver sob o
poder de uma única pessoa,
menos a sociedade será
considerada um conjunto de
indivíduos com vidas,
famílias e negócios próprios.
A democracia existe para
que a sociedade possa tirar
do poder qualquer agente
público que não trabalhe em
seu benefício.
Para cada guerra em que o
governo americano se
lançou, houve uma
sociedade forte o suficiente
para pressionar o governo a
se retirar. Sociedade forte
significa imprensa e cultura
que se dedicam a denunciar,
não a fazer publicidade
estatal. É importante prestar
atenção à política de
intimidação do atual
governo brasileiro. Lula não
irá à televisão dizer as reais
intenções dele, de Dilma e
de seu partido. Ele só as
realizará na medida em que
for encontrando espaço e
inocência social para tomar
o poder e fazer dele a
ferramenta para todos os
seus caprichos, os quais se
entrelaçam justamente aos
caprichos de outras
ditaduras do mundo.
JOÃO CÉSAR DE MELO É
A R QU I T E TO, A RT I S TA P L Á S T I C O,AU TO R DE "NAT U R E Z A CA P I TA L " E
C O L U N I S TA DO IN S T I T U TO LIBERAL
Reprodução
Pesquisa divulgada no Valor
quarta-feira, 17 de setembro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 3
Quando o médicoé o monstro
AS NO V A SSAÚVAS DO PAÍS
REPRODUÇÃO ASSISTIDA EXIGE CU ID AD OS DE QUEM PRETENDE UTILIZAR O PROCEDIMENTO.
A Resolução do CFM de 2013traz regras que norteiam nãosó os procedimentos médicos,mas o conteúdo de qualquer
documento que as pessoasenvolvidas devem assinar.
PAULO SAAB
Há uma parcela
muito grande
da sociedade
brasileira que está
sofrendo com a realidade
brasileira e com a
possibilidade, felizmente
hoje pequena, da
permanência no poder
central do grupo petista
e seus aliados
interesseiros, que estão
afundando o País nos
últimos doze anos,
vendendo à outra
metade da população a
ilusão cinematográfica
de que tudo está bem.
O sofrimento decorre
justamente de se
verificar que um enorme
contingente eleitoral, o
mais pobre, ignorante,
dependente, está
sendo esbulhado pela
desinformação, iludido
pela mentira e mantido
na escuridão da falta de
discernimento para que
os seus algozes – sim, são
algozes – p e rm a n e ç a m
infinitamente no
usufruto das benesses do
poder e na tentativa
de dominação autoritária
da parcela que pensa.
Não é só coincidência
que, nas pesquisas
eleitorai, no segundo
turno Marina esteja na
frente, empatando com
Dilma no primeiro turno.
Isso traduz claramente
essa insatisfação de
quem está enxergando a
realidade brasileira e os
desatinos que o grupo de
Lu l a / D i l m a / D i rc e u /
Padilha/Haddad, e outros
impõem ao Brasil. Basta
ter olhar crítico. O que,
lamentavelmente, um
país de analfabetos
funcionais não consegue.
Não precisa ir longe.
É só olhar o Mensalão e
agora o magistral
escândalo da Petrobrás.
Só não vê quem não quer
que por trás está o sonho
megalomaníaco de
Lula de se eternizar no
poder, de ser o dono
do país, mesmo que
comprando
p a r l a m e n t a re s ,
partidos,
aliados e
dando
prejuízo de
bilhões à
antes
maior
e m p re s a
brasileira
para saciar apetites
escusos e forrar de
dinheiro o caixa de
campanha do partido.
Ésó olhar como o
PT agride de forma
direta o empresariado
nacional, buscando,
inclusive, acabar com a
indústria e o crescimento
econômico do País, ao
mesmo tempo em que,
de forma antiética,
busca arrancar
contribuições financeiras
das mesmas empresas
para sustentar o,
repito, cinematográfico
aparato publicitário da
máquina de mentiras.
Há uma parcela
"esperta" do grande
empresariado que
financia todas as
artimanhas petistas,
em busca de retorno
em obras, concessões,
favores públicos
bilionários. Atiram
no próprio pé já que
financiam quem os quer
destruir para transformar
o Brasil num socialismo
decadente, sem forças
produtivas. Se depender
"deles", em breve, ao
estilo Venezuela, não
teremos papel higiênico
para a população.
OPT é predador.
Destrói a tudo e
a todos para manter-se
no poder, fazendo média
populista com os mais
necessitados, sem
resolver-lhes os
problemas, criando-lhes
dependência ainda
maior em troca do voto.
Em São Paulo, o poste
petista Fernando
Haddad, em nome
de beneficiar os mais
necessitados,
congestiona cada dia um
pouco mais o transito de
veículos, criando faixa
de ônibus e vias para
bicicletas que são um
verdadeiro desatino pela
falta de planejamento e
resultados. Há faixa de
bicicleta ate em cima
das calçadas. O pedestre
que morra atropelado.
OPT é um câncer que
está matando o
Brasil, disseminando
suas metástases em
todas as áreas onde põe a
mão. Ou as duas mãos,
com gula. O governo
Dilma esfacelou a
economia. O país está
pior e atrás em todos os
índices que detinha
quando Dilma assumiu.
O nosso desempenho
econômico é chamado
de miserável por
entendidos e perdemos
em crescimento para
todos os países
chamados emergentes.
E a "presidenta", em
sua pequenez de visão
de mundo, de forma
ignorante, bate no peito
dizendo que privilegia
o emprego e o consumo.
É outro tiro no pé que
vai nos levar de volta
à inflação dos tempos
de Sarney, hoje, aliás,
um aliado de Dilma.
OBrasil corre
sério risco diante
da possibilidade de
reeleição "disso tudo que
aí está". Houve tempo
em que se dizia que ou o
Brasil acabava com a
saúva, ou a saúva
acabaria com o Brasil.
Esse Brasil romântico
já não existe mais. A
ameaça agora é concreta
e se chama lulo-petismo.
Ou o Brasil acaba pelo
voto com o poder do PT,
ou o PT vai, ao estilo
"arrasa quarteirão",
acabar com o Brasil.
Estão destruindo o
Brasil, estão destruindo
a cidade de São Paulo,
como destróem tudo por
onde passam. "Eles"
não têm limites morais,
nem éticos, nem de
consciência. São as
saúvas da modernidade.
PAU L O SAAB É J O R N A L I S TA ,PA L E S T R A N T E E E S C R I TO R
IVONE ZEGER
Bem concei tuado,
bem estabelecido,
famoso. Como des-
confiar de um ex-
pert? No entanto, ele protago-
nizou um vergonhoso escân-
dalo na comunidade médica
brasileira e cometeu 52 estu-
pros e quatro tentativas de es-
tupro com 39 mulheres, suas
pacientes e em sua própria clí-
nica de reprodução assistida.
O processo criminal teve iní-
cio em 2008, por meio de de-
núncia de uma ex-funcionária.
Tornou-se público em 2009 e,
a partir daí, pelo menos 250
testemunhas foram ouvidas e
depoimentos de mais vítimas
somaram-se ao processo, que
culminou com a condenação
do médico a 278 anos de pri-
são. Ele conseguiu escapar e
se manteve foragido por três
anos e sete meses. Por fim, re-
centemente, foi capturado no
Paraguai. Está preso e sua car-
reira encerrada.
Abdelmassih, um ex-
poente em sua área, ti-
nha uma clínica de fer-
tilização das mais conceitua-
das do país. Atendeu gente fa-
mosa; foi responsável, por
exemplo, pela inseminação
artificial de filhos de Pelé e Gu-
gu Liberato. Exemplo de com-
petência, era quase impossí-
vel duvidar de sua ética e ho-
nestidade. Os estupros acon-
teciam em momentos em que
acompanhantes ou a enfer-
meira não estavam próximos,
ou na sala em que as mulheres
se recuperavam do procedi-
mento médico.
Além disso recai sobre Ab-
delmassih outra acusação
muito grave: a de manipula-
ção genética. Um casal, por
exemplo, descobriu que o fi-
lho, concebido por meio de in-
seminação artificial na clínica
de Abdelmassih, apresenta
combinação genética que não
é a dele. Há também denún-
cias de inseminação de óvulos
para possível comercialização
de embriões. Manipulação ge-
nética é crime previsto na lei
de B iossegurança, de nº
11.105, de março de 2005.
Mas o fato é que o tempo já
decretado da pena e a idade
do médico, 72 anos, indicam
que ele não sairá mais da ca-
deia. E, claro, as investigações
devem continuar.
Se as ex-pacientes nada
mais podem fazer se
não unirem-se para ga-
rantir justiça, mulheres/ca-
sais que têm planos de realizar
inseminação artificial devem
tirar algumas lições desse
terrrível episódio. A decisão
pela inseminação artificial
não é simples e envolve ques-
tões emocionais e, além disso,
os procedimentos exigem cui-
dados. É um momento em que
a mulher está vulnerável e,
por isso mesmo, deve se cer-
car de ajuda profissional, não
só no que se refere ao aspecto
clínico, mas jurídico também.
Ou seja, ela deve estar ciente
dos direitos e deveres de to-
das as partes envolvidas no
p ro c e d i m e n t o.
A lei de Biossegurança é um
tanto genérica e embora regu-
le as questões que envolvem,
por exemplo, a pesquisa de cé-
lulas-tronco, não tem o instru-
mental jurídico no que se refe-
re à inseminação artificial. Pa-
ra isso, a justiça do País se
apóia nas resoluções do Con-
selho Federal de Medicina que
tratam da reprodução huma-
na assistida ou inseminação
artificial, como é chamado o
conjunto de procedimentos.
Conhecer as regras da úl-
tima Resolução do CFM,
a de nº 2.013, publica-
da no Diário Oficial em 9 de
maio de 2013, é imprescindí-
vel, até porque essas regras
norteiam não só os procedi-
mentos médicos, mas o con-
teúdo de qualquer documento
que as pacientes e pessoas
envolvidas devem assinar.
O item 3 dessa resolução
determina que: "o consenti-
mento informado será obriga-
tório para todos os pacientes
submetidos às técnicas de re-
produção assistida. Os aspec-
tos médicos envolvendo a to-
talidade das circunstâncias da
aplicação de uma técnica de
reprodução assistida serão
detalhadamente expostos,
bem como os resultados obti-
dos naquela unidade de trata-
mento com a técnica propos-
ta. As informações devem
também atingir dados de ca-
ráter biológico, jurídico, ético
e econômico. E o documento
deve ter a concordância, por
escrito, das pessoas a serem
submetidas às técnicas de re-
produção assistida.
As regras são muitas por-
que são numerosas as
situações previstas. Na
questão dos descartes de em-
briões – regra que interessa a
todos –, a resolução determina
que estes podem ser descar-
tados após cinco anos de con-
gelamento. O destino deles é
uma escolha dos pais.
É permitida a seleção gené-
tica dos embriões, escolhendo
os que não apresentem algu-
ma doença hereditária. Con-
tudo, não é permitido escolher
o sexo do bebê, exceto em si-
tuações específicas, quando a
doença se relaciona ao sexo,
como no caso da hemofilia.
Entre os beneficiados pela
resolução estão os casais ho-
mossexuais e as mulheres, in-
dependentemente de seu es-
tado civil. No caso de um casal
formado por duas mulheres,
antes não era permitido que o
óvulo de uma parceira fosse
recebido pela outra, para que
ambas pudessem participar
na gestação. Agora isso já é
p e rm i t i d o.
Uma mulher que não
produza óvulos e que
tenha condições finan-
ceiras pode pagar o tratamen-
to de outra mulher que queira
engravidar, mas não tem co-
mo custear o seu próprio trata-
mento; em troca, a mulher be-
neficiada doa parte de seus
óvulos para a família que cus-
teou. Nesse caso, essas mu-
lheres não podem se conhe-
cer. Mas quem recebe o óvulo
pode ter acesso a informações
como escolaridade e caracte-
rísticas físicas.
Regra geral: doadores e re-
ceptores de gametas e em-
briões têm suas identidades
preservadas e não deverão se
conhecer. É proibida qualquer
atividade lucrativa relaciona-
da à doação. Médicos respon-
sáveis pelas clínicas e seus
funcionários não podem parti-
cipar como doadores.
Aresolução esclarece
que as clínicas são res-
ponsáveis pelo contro-
le de doenças infectoconta-
giosas, coleta, manuseio, con-
servação, distribuição, trans-
f e r ê n c i a e d e s c a r t e d e
material biológico humano.
Ao escolher a clínica, os inte-
ressados devem atentar para
os requisitos mínimos exigi-
dos para o funcionamento, lis-
tados na resolução do CFM.
A ciência avança e espera-
se que o bem-estar das pes-
soas seja cada vez mais uma
realidade. Abdelmassih pode-
ria ser lembrado por ter feito
centenas de pessoas e famí-
lias felizes; infelizmente, mui-
tas das suas ex-pacientes se
recordarão para sempre de
sua monstruosidade.
IVO N E ZEGER É A DVO G A DA
E S P E C I A L I S TA EM DI R E I TO DE
FAMÍLIA E SU C E S S Ã O, ME M B RO
EF E T I VO DA COMISSÃO DE DI R E I TO
DE FAMÍLIA DA OAB-SP, AU TO R A
DOS L I V RO S "HERANÇA: PE R G U N TA S
E RE S P O S TA S " E " FAMÍLIA:PE R G U N TA S E RE S P O S TA S ", DA
MESCLA ED I TO R I A L
W W W.I VO N E Z E G E R .COM.BR
Nelson Anantoine/Estadão Conteúdo
Roger Abdelmassih: reputação e carreira atiradas por terra
4 DIÁRIO DO COMÉRCIO quarta-feira, 17 de setembro de 2014
[email protected] 33333 33333
kkkkk
Colaboração:
Paula Rodrigues / Alexandre Favero
MAIS: na época, já haviadado Renata Vasconcelosna cabeça. Outros inte-resses levaram PatríciaPoeta para a bancada.
MISTURA FINA
Fotos: Divulgação
Fogo deencontro
Produto deexportação
333 Barbara Fialho, mineira deMontes Claros, 29 anos, 1,80mde altura, aparece só de vez emquando por aqui: sua carreira étotalmente internacional. Nos
últimos anos, vem participando do famoso Victoria’s Secret FashionShow, desfila para grandes grifes nos Estados Unidos eEuropa e agora, acaba de tirar a roupa para a QG SouthAfrica e para a QG Australia (no mesmo mês, aparece numeditorial gênero boteco na Maria Claire). Medidas: 96-61-90. E mais: ela sabe tocar violino.
Cartãovermelho333 Marco Polo Del Nero, 73 anos,presidente da Federação Paulistade Futebol há 12 anos e presidenteeleito da CBF (a posse será em abrildo ano que vem), teria rompido seuromance com Katharine Fontenele,23 anos, que apareceu toda nua,
este ano, num ensaio da revista Sexy. O affair foi abalado por umafoto que ela postou no Instagram ao lado de Del Nero e escreveu“Amor incondicional”. Amigos chegados acham que o namoro nãoterminou: apenas deverá ser menos publico, especialmenteporque Marco Polo virou alvo de gozações nas redes sociais.
Dosetripla
Há quase três anos, aGlobo fez uma pesquisapara ver quem seria aideal para substituirFátima Bernardes no JN.
333 “Quem organizou essa m...?”A frase, atribuída a Lula, muitoirritado com o naufrágio do comíciona Cinelândia, no Rio, na defesada exploração da camada do
pré-sal e da Petrobras, acabou atingindo Rui Falcão, presidentenacional do PT e Gilberto Carvalho, secretário-geral da Presidência,licenciado do cargo, encarregados de reunir sindicatos, militânciado partido, organizações sociais e estudantis e que conseguiramarrebanhar pouco mais de 600 pessoas. No geral, foram levadasem ônibus fretados e com direito a R$ 100 de ajuda de custo. A fúrianacionalista de Lula foi apenas uma tentativa de fogo de encon-tro para encobrir os escândalos da Petrobras, que ameaçamcrescer mais com a delação premiada de Paulo Roberto Costa.
Novocampeão333333333333333 Segundo dados da Sociedade Internacional de CirurgiaPlástica Estética, o Brasil acaba de ultrapassar os EstadosUnidos em números de intervenções no rosto e na cabeça. Noano passado, foram 380 mil procedimentos aqui contra 312 mil lá.Na sequencia, estão México, Alemanha e Colômbia. No total deprocedimentos não cirúrgicos, incluindo botox e peeling químico,os Estados Unidos realizaram 2,5 milhões enquanto o Brasilalcançou 650 mil. Em seguida, vem México, Alemanha e Espanha.Mais: os EUA tem 6.133 cirurgiões plásticos e o Brasil, 5.473.
“Eu mergulharia no fundo do mar para explorar o pré-sal.”
333 Deborah Secco, 34 anos, écapa e recheio de três revistas aomesmo tempo: Trip, TPM e TopMagazine. Ela está no elenco danovela Boogie Oogie, no papel de
Inês, vai aparecer no cinema antes do final do ano em Boa Sorte,onde vive uma soropositiva viciada em drogas e se prepara paravoltar ao teatro com Mais Uma Vez Amor, ao lado de Marcos Mion.Numa revista, ela aparece loura; em outra, fala sobre sua infânciae fama: “Ainda não é fácil ficar nua na frente de uma equipe. Mefaz respirar e pensar: “Você não está aqui. Essa não é você”.
Quem mandou333 Que ninguém imagineque tenha caído a ficha parao prefeito de São Paulo,Fernando Haddad, quando eleresolveu liberar a faixa dosônibus para taxis com passa-geiros, como era antes: essafoi quase uma ordem do ex-presidente Lula para levantarum pouco a imagem do alcaidepaulistano, a ponto de prejudi-car menos a candidatura deAlexandre Padilha. E para o ex-ministro da Saúde, o ex-chefedo Governo mandou atacarpara valer seus adversários,“Como Duda Mendonça vemmandando o Paulo Skaf fazer”.Malgrado o episódio domensalão, Lula admira Duda.
DIFERENÇA333333333333333 Para quem tem memóriacurta: em 2010, Dilma Rousseffdefendia a autonomia do BancoCentral, que hoje condenae José Serra era contra.Analistas de plantão tambémlembram que os petistas queagora investem contra MarinaSilva dizendo que ela quer“entregar o BC aos banquei-ros”, preferem esquecer que,nos dois governos Lula, osbancos lucraram perto deR$ 200 bilhões. Nos doisgovernos FHC, os lucrosdas instituições financeiraschegaram a R$ 31 bilhões.
Dor de garganta333 Há dias, no final de umcomício, o ex-presidente Lulase queixou de dor de garganta.“Antes, quando tomava umconhaquezinho, não tinhaproblema. Agora, depois docâncer, dá uma coceirinha”. Eessa coceirinha tem feito o ex-chefe do Governo pigarrear eaté mesmo ver sua voz ganharmudanças de tom. Por orienta-ção do próprio Lula, nas horasque a garganta incomoda,assessores preparam rapida-mente uma infusão à base demel e gengibre. Seu médicoparticular, Roberto Kalil,sempre desaconselha exces-sos, especialmente com falaacima do tom normal, comopedem os palanques.
NOVO PITO333333333333333 “Guido Mantega é umcaso inédito de ex-ministroem exercício”. A frase é deMarcos Lisboa, ex-secretáriode política econômica doMinistério da Fazenda. Emesmo em período de avisoprévio – e expressão é dopróprio Mantega – o titularda Fazenda ainda leva pitospúblicos e privados da presi-dente Dilma. Nesses dias,admitiu reajuste dos preços docombustível e, em menos de24 horas, ela bradou que “nãohaverá aumento”. E pelotelefone, não foi exatamentepolida com o ministro com umpé (ou dois) fora do governo.
Atrás da bancada333 A saída de Patrícia Poetada bancada do Jornal Nacionalprovoca uma série de boatossobre os reais motivos queteriam levado a Globo, a tomaressa decisão: de um lado, háquem aposte que William Bonnerestaria insatisfeito em trabalharao lado dela que, supostamente,teria sido imposta por seumarido Amaury Soares, diretorde programação da emissora;de outro, a situação teriapiorado depois das noticias quePoeta estava comprando umapartamento na Vieira Soutopor R$ 23 milhões. O donoseria George Sedala, nomesempre ligado ao contraventorCarlinhos Cachoeira.
MAGRINHA333333333333333 Além de ensaiar o“passinho” na Central Únicadas Favelas, no Rio e participardo lançamento do livro Um paíschamado Favela, de RenatoMeirelles e Celso Athayde,fundador da Cufa, DilmaRousseff ficou encantada comum grafite feito por integrantesdo projeto, especialmente porsua aparência no retrato. “Euqueria agradecer especialmen-te os meninos do grafite, queme deram um grande presen-te: me fizeram magrinha”.
LULA // empolgado, defendendo a Petrobras e o pré-sal.
IN OUTh
h
Acessórios clássicos.Acessórios assimétricos.
333 O EX-presidente Lulagarante que não quer falarmal de Marina Silva, mas nãoesqueceu os últimos temposdela no ministério quandodivulgou, sem avisar o Planalto,dados desastrosos sobre odesmatamento, acusandocolegas do Esplanada. Depois,o então chefe do Governoretirou o programa AmazôniaSustentável de sua alçada e elaacabou deixando o governosem ter tido uma conversa asós com Lula.
333 ABÍLIO Diniz está debruça-do sobre novos planos quepoderiam marcar sua volta aseu setor de origem. Não serásurpresa se ele marchar emdireção à rede Makro, a maioratacadista do Brasil, com quase80 lojas e faturamento anual decerca de R$ 8 bilhões, só quecom resultados finais menosempolgantes. Se essa alternati-va prosperar, a aquisição darede holandesa entre nós seriauma chance de reabertura dasconversações de Abílio com afrancesa Carrefour.
333 A DEMISSÃO antecipadade Guido Mantega da Fazendafoi a alternativa que Dilmaaceitou de Lula, que queria quea presidente fizesse uma outraCarta aos Brasileiros, comoele fez em 2002, garantindorespeito aos contratos eestabilidade econômica. Cartaa presidente rejeitou de cara eagora, recusa-se a apresentarseu programa de governo.
333 O DESAFIO do banho deágua com gelo já arrecadou R$234 milhões para as pesqui-sa sobre a esclerose lateralamiotrófica. Por outro lado,os vídeos em que famosos eanônimos aparecem jogandoum balde de água gelada nacabeça no Facebook já foramvistos mais de 10 bilhões devezes, atingindo uma audiên-cia de 440 milhões de pesso-as no planeta.
HOJE NA CAPITAL
CRUZADAS DIRETAS
15o | 22oCSol com muitas nuvens durante o dia e períodos
de céu nublado. Noite com muitas nuvens.
Sol e aumento de nuvens de manhã. Pancadas de chuva à tarde e à noite.
Sol com muitas nuvens. Pancadas de chuva
à tarde e à noite.
Sol com muitas nuvens durante o dia. Períodos
de nublado, com chuva a qualquer hora.
AMANHÃ, 18/SET
SEX, 19/SET
SAB, 20/SET
Mín. Máx.
15o | 27o CMáx.
Máx.
Máx.
Mín.
Mín.
Mín.
19o | 27o C
18o | 28o C
6 DIÁRIO DO COMÉRCIO quarta-feira, 17 de setembro de 2014
A reeleição funciona como carro-chefe, como a mãe de todas as corrupções, de toda espécie.Joaquim Barbosa, ex-presidente do STF.
Marina combate boatos com emoçãoEm propaganda ontem, ela faz chorar ao relembrar a infância miserável. E jura que quem já passou fome jamais acabaria com um programa como o bolsa família.
No programa de tele-
visão de fundo emo-
c iona l fe i to pe la
equipe da presiden-
ciável do PSB, Marina Silva diz
que uma pessoa que já passou
fome, como ela, jamais acaba-
rá com o Bolsa Família.
A peça aproveita o comício
em Fortaleza, na última sexta-
feira. Naquela noite, em cima
de um palanque
montado para o
comício, Marina
falou à população
de sua própria ex-
periência de vida.
Veiculado pela
televisão, no ho-
rário eleitoral da
noite de ontem, o
filme aproveitou
aquele evento pa-
ra combater os
boatos petistas
segundo os quais
a candidata do PSB interrom-
peria o programa social criado
pelo PT.
Em sua fala, Marina estabe-
lece uma identificação emo-
cional com setores do eleitora-
do que já passaram por priva-
ções semelhante.
"Dilma, você fique ciente:
não vou lhe combater com
suas armas; vou lhe combater
com a nossa verdade", grita
Marina à multidão. "Nós va-
mos manter o Bolsa Família...
Eu sei o que é passar fome".
Para integrantes da campa-
nha, a fala de Marina é bem di-
ferente da de outros candida-
tos porque não foi criada por
redatores. O texto é um teste-
munho de vida. No trecho
mais dramático, Marina se re-
corda do dia em que sua famí-
lia tinha apenas um ovo e "um
pouco de fari-
nha e sal" pa-
ra alimentar
oito filhos.
"Tudo o que
minha mãe ti-
nha para oito
filhos era um
ovo e um pou-
co de farinha
e s a l c o m
umas palhi-
nhas de cebo-
la picadas. Eu
me lembro de
ter olhado para o meu pai e mi-
nha mãe e perguntado: 'vocês
não vão comer'? . E minha mãe
respondeu: 'nós não estamos
com fome'".
Marina continuou relem-
brando sua história: "E uma
criança acreditou naquilo.
Mas eu depois entendi que
eles há mais de um dia não co-
miam. Quem viveu essa expe-
riência jamais acabará com o
Bolsa Família."
DE VOLTA ÀS ORIGENSA origem humilde de Marina
remete à história de vida do
ex-presidente Lula. Tanto que,
hoje, a avaliação é de que so-
mente eles, como poucos no
cenário eleitoral atual, podem
falar dessa maneira com todo
o tipo de eleitor.
Com pouco tempo de televi-
são – são apenas dois minutos
–, o desafio da equipe de co-
municação da candidata do
PSB é justamente conseguir
dialogar com o eleitor e, ao
mesmo tempo, enfrentar ata-
ques adversários. A presiden-
te Dilma Rousseff tem, por
exemplo, cerca de 11 minutos
para conquistar votos e rever-
ter rejeições.
Apesar do pouco tempo, Ma-
rina termina sua história com a
frase: "Não é um discurso, é
uma vida". Ela não se emocio-
na. Emociona-se quem assiste
ao vídeo. (Agências)
Reprodução DC
PSB reproduz discurso emocionante de Marina contando que dividiu um ovo com os oito irmãos
Revoada detucanos rumo aoPSB no 1º turno
Aliados do candidato do
PSDB à Presidência da
República, Aécio
Neves, estão se aproximando
da campanha de Marina Silva
(PSB) para declarar apoio já
no 1º turno. Apesar disso,
Marina pediu para que os
auxiliares dela mais próximos
não façam, por enquanto,
nenhum movimento em
direção aos tucanos.
Segundo apoiadores da
presidenciável, prefeitos e
deputados tucanos
procuraram integrantes da
campanha nos últimos dias
para manifestar simpatia
pela candidata. Ontem, o
presidente estadual do PSDB
no Ceará, Tomás Figueiredo
Filho, declarou apoio à
Marina. "Temos muitos
pontos políticos em comum",
alegou Figueiredo.
A cúpula tucana vem
tentando mostrar otimismo e
publicamente o discurso é de
que Aécio pode chegar ao 2º
turno. Nos bastidores, os
tucanos não escondem o
desânimo em virtude da
dificuldade do candidato
crescer na reta final do 1º
turno. "Ninguém acredita
mais no Aécio, né?", ironizou
um pessebista.
Marina chamou os aliados
semana passada para dizer
que seria "desrespeitoso"
qualquer tentativa de
"cooptação" dos tucanos
num momento em que Aécio
ainda tenta se viabilizar.
"Não temos orientação
para conversar com
ninguém", comentou Walter
Feldman, coordenador
adjunto da campanha.
(Estadão Conteúdo)
Dilma, você fiqueciente: não vou lhecombater com suasarmas (...) . Nósvamos manter oBolsa Família... Sei oque é passar fome.MARINA SI LVA
Procurador quer Maluf inelegível
Op ro c u r a d o r- g e r a l
eleitoral, Rodrigo
Janot, encaminhou ao
Tribunal Superior Eleitoral
(TSE) parecer desfavorável à
candidatura do deputado
federal Paulo Maluf (PP) nas
eleições deste ano. Janot
aponta que, com base na Lei
da Ficha Limpa, Maluf seria
inelegível devido a
condenação por ato doloso de
improbidade administrativa
que causou enriquecimento
ilícito e lesão ao patrimônio
público. O parecer é enviado
em recurso em que Maluf
questiona decisão do Tribunal
Regional Eleitoral de São
Paulo de indeferir
candidatura à Câmara dos
Deputados.
No final de 2013, o Tribunal
de Justiça de São Paulo (TJ-SP)
condenou Maluf por
improbidade administrativa
sob acusação de
superfaturamento no Túnel
Ayrton Senna, obra de sua
gestão. A Procuradoria diz
que Maluf, na prefeitura,
nomeou Reynaldo Emygdio
de Barros, de sua confiança,
para a Empresa Municipal de
Urbanização (Emurb) e para a
Secretaria Municipal de
Obras e Vias Públicas. No
parecer, Janot diz que a
conduta de Maluf contribuiu
para o enriquecimento de
Emygdio e cita fraude em
processo licitatório. (EC)
TSE suspende site Muda MaisDecisão atende a pedido da coligação da candidata à Presidência, Marina Silva.
OTribunal Superior
Eleitoral (TSE)
concedeu ontem uma
liminar para retirar do ar o
site Muda Mais
( w w w. m u d a m a i s . c o m . b r ) ,criado por integrantes
ligados ao PT para defender a
reeleição da presidente Dilma
Rousseff. A decisão, dada
pelo ministro Herman
Benjamin, atende a um
pedido da coligação da
candidata do PSB à
Presidência, Marina Silva.
O endereço eletrônico,
ligado ao ex-ministro Franklin
Martins, tem se tornado um
dos canais mais críticos dos
adversários de Dilma. O alvo
inicial do site era o tucano
Aécio Neves, mas com o
crescimento de Marina nas
pesquisas, a candidata do
PSB entrou na mira. Ontem,
por exemplo, a página
insinuava que Marina
pretende vender a Petrobras.
O ministro do TSE
considerou que, pela Lei das
Eleições, é proibida a
veiculação de propaganda,
ainda que gratuitamente, em
páginas eletrônicas de
pessoas jurídicas com ou sem
fins lucrativos. (EC)
Janot defende suspensãode propaganda agressiva do PT
Em foco, os ataques à proposta de Marina, de autonomia do Banco Central.
Op ro c u r a d o r- g e r a l
Eleitoral, Rodrigo
Janot, defendeu a
suspensão das propagandas
veiculadas pela campanha da
presidente Dilma Rousseff
que criticam a proposta da
rival Marina Silva de conceder
autonomia operacional ao
Banco Central (BC).
Em parecer encaminhado
ao Tribunal Superior Eleitoral
(TSE) na segunda-feira, Janot
considerou as peças
irregulares ao reconhecer
que elas pretendem criar
"artificialmente na opinião
pública estados mentais,
emocionais ou passionais".
Essa conduta é proibida
pelo Código Eleitoral. A
manifestação de Janot pode
ser acatada pelo TSE no
julgamento do mérito das
três ações da campanha de
Marina que questionaram a
propaganda. O caso deve ser
analisado nos próximos dias.
Os advogados de Marina
recorreram na semana
passada ao tribunal contra a
campanha, sob a alegação de
que a chapa de Dilma pratica
"verdadeiro estelionato
eleitoral" ao distorcer a
proposta da adversária, uma
vez que induz à percepção de
que os bancos seriam os
responsáveis pela condução
da política de controle de
juros e de inflação. Os
advogados de Marina
sustentam que a propaganda
cria um "cenário de horror"
com a implantação da
autonomia do BC ao chegar
ao "absurdo terrorismo" de
que a medida esvaziaria os
poderes do presidente da
República e do Congresso.
A propaganda, que foi ao ar
em 9, 11 e 12 de setembro e
também em inserções de dia,
mostra uma família sentada
ao redor de uma mesa e a
comida sendo retirada aos
poucos, à medida que o
narrador fala das supostas
consequências da autonomia
do BC. Na semana passada, o
TSE negou três pedidos de
liminares apresentados pela
defesa de Marina para
suspender a propaganda.
Mas Janot é a favor de o
tribunal impedir a veiculação
da campanha no julgamento
do mérito: "A cena criada na
propaganda impugnada é
forte e controvertida, ao
promover, de forma
dramática, elo entre a
proposta de autonomia ao
Banco Central e quadro
aparente de grande recessão,
com graves perdas
econômicas para as famílias",
afirma Janot. Para ele, é
inquestionável que a crítica
meramente política é
inerente à campanha
eleitoral e constitui típico
discurso de embate. (EC)
Dida Sampaio/Estadão Conteúdo - 20/08/2013
Janot defende Marina
Joaquim Barbosa diz que a reeleição'é a mãe de todas as corrupções'
Para ele, o ideal seria o fim da reeleição e a instalação do voto distrital.
Oex-presidente do
Supremo Tribunal
Federal (STF) Joaquim
Barbosa criticou o
instrumento da reeleição.
Para o ex-ministro, a
possibilidade de um mandato
seguido no Brasil é "a mãe de
todas as corrupções".
"Nos países em fase de
consolidação institucional ou
que tenham instituições
débeis, a reeleição funciona
como o carro-chefe, a mãe de
todas as corrupções",
afirmou ele, durante palestra
de abertura do 13º Congresso
Internacional de Shopping
Centers e Conferência das
Américas, em São Paulo.
A reeleição, segundo
Barbosa, faz com que o titular
do poder executivo – de
qualquer esfera – comece o
mandato em busca de apoio
para a reeleição. "Essas
trocas explicam o motivo de
um (político) conservador
votar ou apoiar
favoravelmente projetos de
leis capitaneados por
pessoas socialistas e vice-
versa", afirmou Barbosa. "Em
regra não há qualquer ilícito
nessa conduta, mas o desejo
de se perpetuar no poder
pode favorecer desvios".
Para Barbosa, o ideal seria
um mandato de cinco anos
com a instalação do voto
distrital. "Nós
conseguiríamos, pelo menos,
eleger um número razoável
de pessoas qualificadas."
O ministro também criticou
a quantidade de partidos no
País: "É absolutamente
irracional um país ter 32 ou
33 partido".
Barbosa também afirmou
que o período de campanha
poderia ser reduzido pela
metade, sem o uso da
televisão para baratear os
custos de produção. "O que
encarece a campanha são os
custos de produção desses
programas", disse. "Já
presenciei eleições em
diversos países e elas são
muito enxutas. Nem se
percebe que o país está em
processo eleitoral". (EC)
André Dusek/Estadão Conteúdo
Joaquim Barbosa: primeira aparição pública depois de deixar o STF.
E busca se aproximar dos microempresários
Acandidata do PSB,
Marina Silva, defen-
deu ontem ser favo-
rável à criação de
uma faixa para o regime de
tributação Super Simples.
"Defendo que haja uma faixa
de transição", disse, após
participar de evento no qual
ouviu demandas de peque-
nos e médios empresários.
Ela argumentou que hoje
70% das empresas que estão
no regime do Super Simples e
que tentam migrar para o sis-
tema tributário aplicado a
empresas maiores desapare-
cem ao longo dessa transi-
ção. "Quando eles atingem os
R$ 3,6 milhões (de fatura-
mento), entram em um pro-
cesso incompatível com sua
capacidade de suporte".
Marina não detalhou mais
sobre essa faixa de transição
e disse que é uma medida que
está sendo estudada por sua
equipe, juntamente com a
questão da reforma tributá-
ria. "Como será criada essa
faixa de transição é um esfor-
ço que está sendo feito inclu-
sive ouvindo o setor."
Questionada sobre sua fala
sobre leis trabalhistas, refor-
çou que não usou o termo "fle-
xibilização" e garantiu que as
discussões com sua equipe
tem como base garantir que
não se percam conquistas
dos trabalhadores. "O debate
será feito sem prejuízo das
conquistas que trabalhado-
res a duras penas conquista-
ram", afirmou.
Marina falou ainda em medi-
das que ajudam a diminuir a in-
formalidade no mercado de
trabalho e na reforma do siste-
ma previdenciário. (Agências)
quarta-feira, 17 de setembro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 7
RETA FINALNa véspera do referendo sobre aindependência da Escócia, trêspesquisas de opinião mostram ligeiravantagem do grupo contrário àseparação do Reino Unido.
UCRÂNIAREALIZA OSONHOEUROPEUKiev assina acordo com a União Europeia,mas não se esquece de anistiar separatistas econceder mais autonomia ao leste pró-russo.
AUcrânia ratificou on-
t e m u m a c o r d o
abrangente com a
União Europeia (UE),
tema no cerne da crise entre a
Rússia e o Ocidente sobre o fu-
turo ucraniano, e buscou con-
ter o impulso separatista dos
rebeldes apoiados por Moscou
acenando com anistia e uma
autonomia temporária e limi-
tada no leste do país.
Em Kiev, 355 dos 450 parla-
mentares votaram a favor da
ratificação do acordo, que pre-
vê um pacto de livre comércio
entre a Ucrânia e a UE em troca
de reformas democráticas nas
instituições ucranianas.
A implementação da parte
relativa ao livre comércio foi
adiada até o início de 2016, de-
pois de Moscou ameaçar a
Ucrânia com restrições comer-
ciais. A Rússia se opõe ao acor-
do, afirmando que bens euro-
peus podem inundar seu mer-
cado. Autoridades ucranianas
dizem que o objetivo da Rússia
é conter a integração de Kiev ao
Ocidente e manter o país na es-
fera de influência de Moscou.
A recusa do ex-presidente
ucraniano Viktor Yanukovich
em assinar o acordo em no-
vembro de 2013 deu início a
protestos de rua que deixaram
dezenas de mortos e levaram à
sua queda em fevereiro. Após a
chegada de um governo pró-
Ocidente ao poder, a Rússia in-
vadiu e anexou a Crimeia, além
de dar apoio aos separatistas
no leste ucraniano.
Embora o atual presidente
ucraniano, Petro Poroshenko,
tenha saboreado uma vitória
histórica com a aprovação par-
lamentar ao acordo com a UE,
seus esforços
de pacificação
a t r a í r a m o
desprezo dos
separatistas e
de alguns polí-
ticos de desta-
que, e as For-
ças Armadas
r e l a t a r a m
mais três mor-
tes de solda-
dos ucrania-
nos apesar do
ces sar- f ogo
em vigor há 12 dias.
"Nenhuma nação jamais pa-
gou um preço tão alto para se
tornar europeia", afirmou Po-
roshenko ao Parlamento. "De-
pois disso, quem pode fechar as
portas à Ucrânia? Quem será
contrário a conceder à Ucrânia
a perspectiva de filiação à UE?
Hoje, estamos dando o primei-
ro, mas decisivo, passo."
Poucos momentos antes, em
uma sessão fechada, os parla-
mentares votaram a favor do
plano de Poroshenko para con-
ceder "status especial" às "re-
públicas populares" proclama-
das pelos separatistas.
Poroshenko elaborou o plano
depois de concordar com relu-
tância com um cessar-fogo a
partir de 5 de setembro na es-
teira de perdas no campo de ba-
talha e de baixas ucranianas,
que Kiev afirma terem sido cau-
sadas pelo envolvimento de
soldados russos nos combates
em nome dos rebeldes.
A nova lei oferece três anos
de autonomia para áreas com
inclinação separatista e lhes
permitirá "fortalecer e apro-
fundar" as relações com re-
giões russas vizinhas.
Além disso, permitirá aos
rebeldes fortemente armados
que criem suas próprias polí-
cias e realizem eleições locais
em dezembro.
Outra lei ofereceu anistia
aos separatistas que comba-
tem as forças do governo –
mas não para os envolvidos na
derrubada do avião de passa-
geiros malaio em 17 de julho
ou para pessoas que partici-
pam pura e simplesmente de
atos criminosos.
Reação - Mas o anúncio de
Poroshenko logo atraiu críti-
cas. O líder rebelde Andrei Pur-
gin declarou à Reuters em Do-
netsk: "A parte essencial do
documento que prevê nossa
permanência política no terri-
tório ucraniano, naturalmen-
te, não é aceitável".
"Insistiremos que quais-
quer uniões políticas com a
Ucrânia não são possíveis no
Sergey Dolzhenko/EFE
momento, por princípio",
acrescentou Purgin.
Oleh Tyahnibok, líder do par-
tido nacionalista Svoboda (Li-
berdade), declarou antes da
sessão que considera "absolu-
tamente errado votar pela capi-
tulação depois de todas as per-
das. Precisamos de paz, e não
de uma trégua –mas não a qual-
quer preço".
A ex-primeira-ministra ucra-
niana Yulia Tymoshenko tam-
bém criticou a medida. "(Esta
lei representa) a completa ren-
dição dos interesses da Ucrânia
em Donbass (regiões de Do-
netsk e Luhansk)", afirmou ela,
citada pelas agências locais.
"Esta decisão legaliza o terro-
rismo e a ocupação da Ucrâ-
nia", concluiu. (Agências)
Manifestantes queimam pneus em frente ao Parlamento ucraniano em protesto à aprovação de acordo que 'legaliza' a ocupação do leste do país
T E R RO REUA pelo ar. E agora por terra?
Enquanto forças norte-
americanas intensifi-
cam ontem os ataques
aéreos contra os militantes do
Estado Islâmico (EI) no Iraque,
a maior autoridade militar dos
Estados Unidos não descartou
a possibilidade de tropas nor-
te-americanas assumirem
maior participação terrestre
na luta contra os radicais.
O general Martin Dempsey,
chefe do Estado Maior das For-
ças Armadas dos EUA, disse
que não havia intenção de colo-
car consultores militares norte-
americanos em combate. Ain-
da assim, ele disse em audiên-
cia no Senado dos EUA: "Eu
mencionei, no entanto, que se
eu achasse que a circunstância
demandasse, eu mudaria, é
claro, minha recomendação".
Dempsey contemplou cená-
rios nos quais uma maior parti-
cipação poderia ser viável, in-
cluindo juntar as forças norte-
americanas com os iraquianos
durante uma ofensiva compli-
cada, como numa eventual ba-
talha para retomar a cidade de
Mosul, no norte do Iraque.
Dempsey estava se pronun-
ciando diante do Comitê de Ser-
viços Armados do Senado, ao
lado do secretário de Defesa
Chuck Hagel, enquanto o go-
verno de Obama faz sua apre-
sentação do plano para ampliar
as operações contra os militan-
tes, incluindo ataques aéreos
na Síria pela primeira vez.
A declaração contradiz afir-
Kevin Lamarque/Reuters
Depoimento de autoridades (acima, Hagel) foi interrompido por manifestantes contrários à ofensiva
mações anteriores do presi-
dente dos EUA, Barack Obama,
que havia descartado a possibi-
lidade de uma missão que pu-
desse levar os EUA a uma nova
guerra terrestre no Iraque.
Respondendo aos comentá-
rios de Dempsey, a Casa Bran-
ca disse que os conselheiros mi-
litares tinham de se planejar
para várias possibilidades.
Obama disse na semana
passada que vai liderar uma
aliança para derrotar o EI, mer-
gulhando os EUA em um confli-
to no qual quase todos os países
do Oriente Médio farão parte.
Ontem, os EUA continuaram
sua campanha ampliada con-
tra os militantes do EI com cinco
ataques aéreos no Iraque.
Segundo o Comando Cen-
tral norte-americano, aviões
de caça lançaram duas ofensi-
vas no norte de Irbil, atingindo
um caminhão blindado e com-
batentes. Outros três bombar-
deios aéreos ao sul de Bagdá
explodiram equipamentos de
artilharia antiaérea, um cami-
nhão e dois barcos no rio Eufra-
tes que forneciam suprimen-
tos aos radicais. (Agências)
Paz emGaza por
um fio
Mohammed Saber/EFE - 08/09/14
Afrágil trégua entre israe-
lenses e palestinos foi
abalada ontem por um mor-
teiro disparado a partir da Fai-
xa de Gaza, que atingiu o sul
de Israel pela primeira vez
desde o fim do conflito no mês
passado. Não houve mortos,
feridos ou danos reportados.
Após o incidente, Israel te-
ria alertado os militantes do
Hamas que se eles não pren-
dessem os responsáveis, for-
ças israelenses seriam obri-
gadas a intervir, disse o jornal
israelense Yedioth Ahronoth.
O Hamas, principal facção
islâmica em Gaza, minimizou
o relato dos israelenses sobre
o ataque e disse que os pales-
tinos não estão desafiando o
acordo de cessar-fogo.
No final da noite, o Hamas
informou a Israel que os res-
ponsáveis foram detidos. Se-
gundo o jornal israelense, os
autores seriam membros de
uma facção rebelde.
Tanto Israel quanto os pa-
lestinos estão à beira de uma
possível retomada da violên-
cia depois da guerra inconclu-
siva que matou mais de 2,1 mil
palestinos, a maioria deles ci-
vis, e também 64 soldados e
cinco civis israelenses.
Enquanto a ameaça de
guerra paira no ar, Israel e pa-
lestinos fecharam acordo on-
tem para a reconstrução de
Gaza, que será monitorada
pela Organização das Nações
Unidas (ONU) (foto, casa de pa-lestinos atingida durante ofensi-va israelense). (Agências)
Valentyn Ogirenko/Reuters
Poroshenko: Ucrânia pagou um preço alto.
Azad Lashkari/Reuters
Forças que lutam contra o EI podem receber ajuda terrestre dos EUA
Reut
ers
8 DIÁRIO DO COMÉRCIO quarta-feira, 17 de setembro de 2014
CENAS DE GUERRA NA SÃO JOÃOReintegração de posse do antigo Hotel Aquarius, na Avenida São João, foi o estopim para espalhar o caos por todo o Centro. Comércio baixou as portas e o trânsito travou.
Mariana Missiaggia *
Mais uma vez o Cen-
tro Velho de São
Paulo viveu um dia
caótico. A reinte-
gração de posse de um prédio
gerou uma série de confrontos
que transformou a região em
uma verdadeira praça da guer-
ra durante praticamente o dia
todo. O comércio baixou as por-
tas e escritórios dispensaram
as pessoas mais cedo. Algumas
lojas, como a da Oi e da Claro,
foram saqueadas.
Pelo menos 70 pessoas fo-
ram detidas e outras 12 ficaram
feridas. Um ônibus foi incendia-
do em frente ao Theatro Munici-
pal, na Praça Ramos.
A tentativa de reintegração
de posse começou por volta das
7h30. Um grupo de moradores
do antigo Hotel Aquarius, na
Avenida São João, 601, reagiu à
chegada da Polícia Militar arre-
messando móveis e outros ob-
jetos do alto do prédio onde mo-
ravam cerca de 200 famílias.
Em resposta, a Tropa de Cho-
que lançou bombas de gás la-
crimogênio e de efeito moral na
direção dos ocupantes que blo-
queavam a Avenida São João.
Poucos minutos após a reação
da PM, o conflito se espalhou
por outras ruas da região, como
a rua Coronel Xavier de Toledo,
Barão de Itapetininga, Vinte e
Quatro de Maio e Viaduto do
Chá, onde ao menos, três lojas
tiveram as vitrines quebradas.
Houve muita correria e grita-
ria, alguns sem-teto também
lançaram pedras contra o
Theatro Municipal, na tentativa
de quebrar os vitrais. Assim que
o tumulto começou, todo o co-
mércio da região da Praça da
República e da Praça da Sé bai-
xou suas portas e só voltou a
funcionar depois das 13h. Mas a
trégua foi breve: no fim da tar-
de, com os novos tumultos, as
lojas voltaram a fechar.
“Começou a juntar gente fa-
zendo fogueira e, em seguida,
vieram os policiais jogando
bombas. Foi tudo tão rápido
que não deu pra ver quem co-
meçou, mas logo fechamos a
lanchonete. O andar de baixo
da lanchonete ficou com cheiro
de gás e nós aqui, trancados,
parecendo criminosos”, disse
Heloísa Guedes, 28 anos, fun-
cionária de um restaurante na
Rua 24 de Maio.
Na mesma rua, o gerente Éri-
co Gomes, 37 anos, lamentava
o incidente justo no dia da aber-
tura da loja de armarinhos em
que trabalha. “Que dia ingrato,
tantos dias para inaugurarmos
e justo hoje acontece isso. Esta-
mos cheio de clientes tranca-
dos na loja”, disse.
Na Barão de Itapetininga, o
proprietário de uma loja de ar-
tigos variados, Valmir Berta-
nha, 57 anos, disse que a si-
tuação do Centro está insus-
tentável. “Não sei mais o que
fazer. Achei que o pior já tinha
passado com as manifesta-
ções do ano passado. Mas, de-
pois do que vi hoje (ontem),
não duvido de mais nada. Já
perdi muitos clientes e com
certeza perderei mais”, disse.
Entre manifestantes e poli-
ciais, a estudante Maria Fer-
nanda Schimidt, 22 anos,
aguardava um ônibus para a
Universidade Mackenzie, na
Rua da Consolação, quando
percebeu toda a confusão. “Fi -
quei mais de 40 minutos tran-
cada dentro de um estaciona-
mento, onde consegui abrigo.
Agora, vou tentar chegar a fa-
culdade a pé porque já perdi
duas aulas. É muita violência
gratuita”, reclamou.
Após o confronto, a PM blo-
queou a avenida São João e
parte da Ipiranga para, final-
mente, dar início à reintegra-
ção. A auxiliar geral Claudia
Ramira, 45 anos, morava no
prédio com suas duas filhas,
uma de 12 e outra de 8 anos.
Claudia soube da desocupa-
ção pela televisão da empresa
onde trabalha. “Vim correndo,
minhas duas filhas estão lá
dentro sozinhas”, disse. De-
pois de muita discussão com
um dos policiais, a auxiliar ge-
ral conseguiu entrar no prédio
para procurar pelas filhas.
Com cobertores e roupas na
mão, Jacinto Luiz Pereira, 34
anos, desempregado, não sa-
bia o que fazer. “Não vou para
onde a Prefeitura quer, prefiro
ficar na rua”, disse.
Em nota, o movimento Fren-
te de Luta por Moradia (FLM)
informou que a decisão do ju-
diciário vai devolver o prédio à
especulação imobiliária, sem
levar em consideração o pro-
blema social. "Aproximada-
mente 800 pessoas, crianças
e idosos serão jogados na rua,
sem uma solução definitiva",
disse o FLM em comunicado.
A Secretaria Municipal de
Habitação (Sehab) afirma que
realizou um estudo de viabili-
dade para transformar o hotel
em moradia popular, mas foi
verificado que o projeto não
seria viável pelo custo.
Esta foi a terceira vez em
que a retirada dos ocupantes
foi marcada. Nas outras duas
datas – julho e agosto –, os ofi-
ciais de Justiça avaliaram que
a quantidade de caminhões
Marcelo D'Santes/AOG
Ônibus é incendiado em frente ao Theatro Municipal, na Praça Ramos de Azevedo: vândalos aproveitaram para agir em meio à confusão durante a reintegração de posse.
Acima,funcionárias seescondemdentro de lojacom medo desaques. Aolado,manifestante édetido por PM.Fumaça deônibusqueimado foivista de longe.
Centro trava novamente.ACSP pede providências.
complicado em toda a
região central.
Punição –Para o
presidente da Associação
Comercial de São Paulo
(ACSP), Rogério Amato, o
confronto de ontem coloca a
sociedade em risco e deve
ter os envolvidos punidos.
“Estamos perplexos com
o que está acontecendo.
Nosso papel principal é
defender a livre iniciativa.
Porém, o que está
acontecendo é um
atentado, por parte de um
grupo criminoso que
coloca em risco a vida do
cidadão. Essa minoria que
se posiciona como maioria
está frontalmente
contrária a tudo o que
acreditamos e fazemos.
Portanto, repudiamos essa
reação e já pensamos em
medidas jurídicas para
fazer com que esse grupo
seja punido e tenha
consciência do papel
deletério que está
d e s e m p e n h a n d o”, disse
A m a t o.
Marcel Solimeo,
economista-chefe da
ACSP, acredita que o
direito de ir e vir da
sociedade não pode ser
impedido pelo direito de se
manifestar. “A violência
tem que ser tratada como
a legislação prevê. As
ações devem ser punidas e
os movimentos sociais não
podem ser
desconsiderados. A
impunidade estimula
novos atos. São Paulo já é
uma cidade difícil, com
essas confusões fica
impraticável. Temos que
acabar com essa história
de que qualquer grupo
consegue parar o Centro”,
disse Solimeo. (M.M.)
Após seis dias, o
Centro de São Paulo
travou de novo. A
reintegração de posse, na
Avenida São João desviou
cerca de 30 linhas de
ônibus que passam pela
região, bloqueou diversas
ruas e acessos do Centro e
deixou a estação de metrô
Anhangabaú da Linha 3 –
Vermelha fechada por
alguns minutos. O mesmo
ocorreu com a tradicional
Galeria do Rock.
O embate entre a Polícia
Militar e os sem-teto
impediu a circulação de
carros em boa parte do
Centro durante vários
períodos do dia. O
comando da Polícia Militar
afirma ter identificado
integrantes black-blocs em
meio aos tumultos.
De acordo com a
Companhia de Engenharia
de Tráfego (CET), a Capital
chegou a registrar 96
quilômetros de ruas e
avenidas congestionadas
às 10h30. Somente a
região central concentrava
28 quilômetros desta
l e n t i d ã o.
Entre 11h e 13h, vias
como a Rua Coronel Xavier
de Toledo, a Avenida Rio
Branco, a Rua Aurora, 24
de Maio e o Viaduto do Chá
passaram por interrupções
no tráfego de veículos. A
Avenida São João ficou
totalmente interditada
durante quase o dia todo
entre o Largo do Paissandu
e a Avenida Ipiranga.
À tarde, a confusão ficou
concentrada nos arredores
do Largo do Paissandu e a
PM teve de intervir para
garantir o retorno do
paulistano para casa. O
trânsito ficou novamente
fornecida pelo dono do imóvel
não era suficiente.
A Secretaria da Segurança
Pública informou, em nota,
que a juíza Maria Fernanda
Belli, da 25ª Vara Cível do Foro
Central, determinou a reinte-
gração de posse do edifício,
ontem, após pedido de seu
proprietário, a Aquarius Hotel
Limitada. Foram feitas reu-
niões entre a PM, advogados
da empresa proprietária e mo-
radores, para acertar como
seria a saída, diz a pasta.
(* Com Agências)
Nilton Fukuda/Estadão Conteúdo
Marco Ambrosio/Estadão Conteúdo
Eduardo Hernandes/Estadão Conteúdo
quarta-feira, 17 de setembro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 9
Primavera:deixe derreterna boca.
Repr
oduç
ão
Ana Barella
NAS GELADEIRAS
Acima, picolé de
morango com leite
condensado da loja Me
Gusta –Pi c o l é s
Artesanais, localizada na
rua Augusta. Ao lado,
paletas da Los Ticos
Paleteros, que fica em
Moema, com destaque
para os sabores Leite
Ninho trufado e
Negresco. Abaixo, uma
das delícias da rede Los
Paleteros: doce de leite.
Aprimavera está chegan-
do, mas, antes das flores,
uma nova tendência já
encanta São Paulo: as palete-
rias mexicanas.
Se na primavera/verão de 2010
os paulistas "se acabaram" de co-
mer iogurte congelado e, em
2013, ninguém arredava pé das
gelaterias, agora chegou a vez do
picolé, ou melhor, da paleta.
A diferença está na receita,
que é tradicional do México. A
paleta não leva conservantes. É
feita com frutas frescas e aguá. A
quant idade também é bem
maior: se o normal de um picolé é
pesar 60 gramas, a paleta tem
mais que o dobro, variando en-
tre 120 a 140 gramas.
Em pleno inverno, diversas pa-
leterias foram pipocando pela Ci-
dade, e logo a graça mexicana caiu
no gosto do paulista. As filas che-
gam a demorar 40 minutos, viran-
do esquinas e descendo ruas.
De acordo com Eduardo de To-
ledo Barroso, um dos sócios da
loja Los Ticos Paleteros, de Moe-
ma, nos finais de de semana as
filas eram tamanhas que eles lo-
go tiveram que dobrar o número
de caixas registradoras.
E o crescimento vai no ritmo do
tamanho da fila. Barroso, que
abriu a Ticos em março, já tem
mais duas lojas no forno e está se
preparando para lançar sua
franquia até o final do ano.
"Do primeiro mês de lo-
ja até meados de se-
tembro, o cresci-
mento foi de 60%.
Eu sabia que ia ter
um boom, pois é
uma novidade,
mas nunca imagi-
nei que com tanta
rapidez", explica o
empreendedor. Este
é o primeiro negócio de
Barroso, de 23 anos.
Ele acredita que o mote sau-
dável das paletas atraiu o públi-
co paulista. "Acho que faz su-
cesso porque é uma novidade,
um produto artesanal, não tem
conservante ou corante e o mer-
cado brasileiro preza muito por
esse conceito"
Sua loja, por sua vez, investe
em peso nos sabores doces, que
fazem muito sucesso. Leite ni-
nho trufado, arroz doce, paço-
ca... A procura pelas versões do-
ces é tanta que Barroso fechou
um contrato de exclusividade
com a Nestlé, agora fornecedora
de delícias famosas, como o Kit
Kat e Negresco.
Barroso não é único jovem a se
aventurar nas no mundo das pa-
letas. Gabriel Simões, de 26
anos, começou com uma barra-
quinha de picolés artesanais em
feirinhas gastronômicas, como a
Panela na Rua, da Benedito Calix-
to, em novembro do ano passa-
do, e agora já tem sua loja física.
"Tinha uma procura muito
grande. As pessoas pergunta-
vam muito pela loja, queriam o
produto disponível não só no fi-
nal de semana. Hoje, está em
uma crescente, cada dia parece
que vem mais gente."
A paleteria de Simões, a Me
Gusta Picolés Artesanais, é co-
nhecida pelos seus sabores fru-
tados. A maior procura é pelo pi-
colé de morango com leite con-
densado, que é uma delícia. De
acordo com simões, as frutas
são todas selecionadas por ele e
por seu sócio à segundas-feiras,
e estão sempre frescas.
Na contra mão do plano de Si-
mões, que é o de não expandir a
Me Gusta, está a rede Los Palete-
ros. No mercado desde 2012, a
marca já soma 43 franquias es-
palhadas pelo Brasil. A meta da
Los Paleteros é chegar a fabricar
duas milhões de paletas por mês
até o final do ano. Hoje, a fábrica,
localizada em Barracão, no Para-
ná, produz 700 mil unidades por
mês. É picolé para chuchu.
Para Gean Schu, sócio-funda-
dor da Los Paleteros, a maior di-
ficuldade foi apresentar ao bra-
sileiro o conceito da paleta. "Ti-
nhamos receio se vingaria (o in-
vestimento incial foi de R$ 750
mil), mas a resposta veio rápida-
mente. Poucas horas após a
abertura da primeira loja, em
pleno verão de Balneário Cam-
buriú (em Santa Catarina), já ti-
nhamos fila para fora."
62,5%é a porcentagem do
crescimento doconsumo de sorveteper capita no País,de 2003 até 2012,
de acordo aAssociação
Brasileira dasIndústrias e do
Setor de Sorvetes(ASIS).
R$ 22milhões
é a quantia que arede Los Paleterosjá faturou em 2014.
A previsão éencerrar o ano na
marca dosR$ 55 milhões.
7.000é o número de
picolés produzidossemanalmente pela
Me Gusta, issodurante o inverno. A
previsão é a detriplicar esse
número até o verão.
Com a chegada da primavera, o clima e o mercado daspaleterias só tendem a esquentar, assim como as opções delojas, cada uma com suas pecuiliaridades e saboresexclusivos. O DCultura fez um pequeno guia para você nãose perder nesse emaranhado de picolés, digo, paletas.
LOS PALETEROSA rede já tem 43 unidades espalhadas pelo Brasil, setedestas na Cidade, mas a sugestão é conhecer a loja daAlameda Lorena – primeira unidade de rua de São Paulo.A dica frutada: manga com pimenta.A dica pé na jaca: paçoca.Onde encontrar: Avenida Lorena, 1930. Segunda a Sábado,das 11h às 22h. Domingo, das 12h às 20h. Outras lojas:Shopping Eldorado, Sp Market, Metrô Boulevard Tatuapé,Pátio Paulista, Center 3 e Itaim Kinoplex.
ME GUSTA - PICOLÉS ARTESANAISO forte são os picolés frutados. Eles conquistaramo público das feiras gastronômicas, e agora, fazem acabeça de quem passa pela loja da Augusta.É bom chegar cedo, principalmente nos finais desemana, pois a fila desce a rua.A dica frutada: hibísco com limão, e jabuticaba.A dica pé na jaca: o "clássico" morango com leitecondensado, e o sucesso de vendas banana com nutella.Onde encontrar: Rua Augusta, 2052 (Loja 02). Todos osdias, das 11 às 20h. Feirinha: Butantã Food Park.Rua Agostinho Cantu, 47. Sábados, das 11 às 22h.Domingos, das 12h às 19h.
LOS TICOS PALETEROSÉ a única loja que tem a Nestlé como fornecedora oficial.Logo, espere paletas de Kit Kat, Negresco, Leite Ninho ....Já deu para entender, né? O estabelecimento é bemagradável também, um aconchego só. A fila, grande.Melhor evitar os horários óbvios.A dica frutada: melancia e kiwiA dica pé na jaca: arroz doce, e o sabor desejo,leite ninho trufado.Onde encontrar: Alameda dos Arapanes, 851. De terça aquinta, das 11h às 20h. De sexta a domingo, das 11h às 22h.
LOS HERMANOSInaugurada em janeiro, em Santana, na zona norte,a paleteria também traz no seu menu a opção chocolatediet. Uma saída boa para quem quer manter a formapara o verão, mas não abre mão do doce.A dica frutada: abacaxi com hortelãA dica pé na jaca: chocolate belgaou a dupla Romeu e Julieta.Onde encontrar: Rua Doutor César, 742. De terça a quinta,das 11h às 22h. Sexta, sábado e domingo, das 11h às 23h.
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Sant
os/H
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Divulgação
Zinho Gomes
Divulgação
Newton Santos/Hype
Divulgação
Paleta de paçoca, da Los Paleteros.
Picolé de jabutica, sabor da Me Gusta.
Eduardo Barroso, sócio da Los Ticos Paleteros.
Chocolate belga: delícia da Los Hermanos.
10 DIÁRIO DO COMÉRCIO quarta-feira, 17 de setembro de 2014
.E..S PA Ç O
Nasa usará navestripuladas privadas
A Nasa anunciou
ontem que utilizará
naves privadas
produzidas pela Boeing
e pela SpaceX para
transportar astronautas
até a Estação Espacial
Internacional (ISS). Com
isso, a agência dos EUA
suprirá a falta atual de
transporte, que vinha
sendo suprida pela
utilização das naves
russas Soyuz. Boeing e
SpaceX receberão US$
6,8 bilhões por seis
missões tripuladas.
.C..ELEBRIDADES
Leonardo DiCaprio,mensageiro da paz.
O ator Leonardo
DiCaprio foi nomeado
mensageiro da paz das
Nações Unidas, um
título que usará para
chamar atenção sobre a
mudança climática,
disse o secretário-geral
da Organização das
Nações Unidas (ONU)
ontem. DiCaprio
discursará em uma
reunião da cúpula da
ONU sobre mudança
climática no dia 23 de
setembro, um dia antes
da reunião anual dos
líderes mundiais na
Assembleia Geral da
ONU. Muitos líderes dos
193 Estados membros
das Nações Unidas são
esperados na reunião
sobre o clima. DiCaprio
possui uma fundação de
proteção a regiões
selvagens.
.R..IO 2016
Ingressos custarão até R$ 1,2 milOs ingressos para os
Jogos Olimpícos de 2016,
que serão realizados no Rio
de Janeiro, custarão entre
R$ 40 e R$ 1,2 mil informou
ontem o Comitê
Organizador do evento. As
entradas mais caras serão
as de "categoria A" nas
finais de basquete, vôlei,
vôlei de praia e atletismo,
segundo tabela divulgada
pela organização hoje. A
decisão do futebol custará
entre R$ 380 e R$ 900. Os
valores serão mais altos
para as cerimônias de
abertura e encerramento,
ambas realizadas no
Maracanã. Para assistir ao
início dos Jogos Olímpicos,
o interessado terá que
desembolsar entre R$ 200
e R$ 4,6 mil. Os ingressos
do encerramento serão
vendidos por valores entre
R$ 200 e R$ 3 mil. Os
valores são cerca de 20%
menores do que os da Copa
de 2014.
.E..SPOR TES
Brasil perde paraPolônia no vôlei
Foram nove vitórias no
Campeonato Mundial de
Vôlei, mas a seleção
brasileira masculina de
vôlei perdeu por 3 sets a 2
para a Polônia (22/25,
25/22, 14/25, 25/18 e
17/15), em Lodz. A derrota
foi a primeira da seleção
brasileira na competição e
obriga o Brasil a vencer a
Rússia por 3 a 0 ou 3 a 1,
hoje. Se vencer a Rússia
por um desses dois
placares, a seleção
brasileira vai a quatro
pontos e não pode mais ser
alcançada pelos russos.
.L..OTERIAS
Concurso 1316 da DUPLA-SENA Segundo sorteio
04 09 13 26 28 35
Concurso 3589 da QUINA
02 17 30 41 64
.T..ECNOLOGIA
Google, testemunha virtual.O
Google revelou on-
tem, em seu relatório
de transparência, que
registrou uma elevação no nú-
mero de solicitações para a
obtenção de dados de usuá-
rios e de endereços IP nos últi-
mos cinco anos.
Segundo a empresa, os pe-
didos, que são enviados à em-
presa por governos, que utili-
zam os dados em investiga-
ções criminais, tiveram au-
mento de 150% nos últimos
anos. Somente na primeira
metade de 2014, houve cres-
cimento de 15%.
Nos primeiros seis meses
deste ano, o Google recebeu
mais de 30 mil pedidos para
obtenção dados para investi-
gações. Em média, o Google
forneceu as informações soli-
citadas em 65% dos casos. Em
2009, quando o relatório de
transparência começou a ser
produzido, a empresa havia
recebido, ao longo de todo o
ano, 13 mil pedidos.
O aumento de solicitações
reflete tanto o interesse dos
governos nessas informações
quanto o crescimento no nú-
mero de usuários dos serviços
do Google na internet, como
YouTube e Gmail.
O governo dos EUA aumen-
tou em 250% o número de so-
licitações desde 2009, e 19%
no primeiro semestre deste
ano. O país enviou 12,5 mil pe-
didos ao Google, que forneceu
as informações em 84% dos
casos.
Apesar do crescimento
mundial, o Brasil registrou
uma queda nas solicitações.
No pr imeiro semestre de
2014, o governo brasileiro fez
684 solicitações ao Google,
metade das quais foram aten-
didas. No segundo semestre
de 2013, o Brasil fez mil solici-
tações do tipo à empresa.
EFE
CENÁRIO DE CINEMA - Os fóruns romanos devem ganhar uma iluminação permanente
dirigida pelo diretor de fotografia italiano Vittorio Storaro, que ganhou o Oscar por seus trabalhos
em Apocalypse Now e Reds. O projeto custará 1,5 milhão de euros à prefeitura de Roma.
s
.A..R TE
HipotâmisaO artista holandês Florentijn Hofman criou um
hipopótamo de madeira para navegar pelo rio
Tâmisa. Chamado HippoThames
("Hipotâmisa"), o trabalho tem 21 metros de
comprimento e foi construído sobre sobre uma
balsa que circula pelo rio até dia 28 deste mês.
totallythames.org
Cartões postaispara formigas
O título parece
absurdo, mas foi assim
que a artista Lorraine
Loots escolheu chamar
suas pinturas em
miniatura. A artista
produziu a série em
2013, uma por dia,
usando pincéis e lápis
especiais, para
conseguir a precisão
dos traços e das cores.
O resultado foram 365
pinturas que a artista
apresentou na sua
cidade, Cape Town,
escolhida como
Capital Mundial do
Design em 2014.
lorraineloots.com
Primeiro sorteio
02 14 29 35 49 50
Madeira de dar nóO artista Kino Guerin trabalha com
placas de madeira como se elas fossem
fitas maleáveis, criando curvas, nós e
outros efeitos intrincados. Há 19 anos, ele
cria peças como estas, utilizando
madeiras nobres e maquinário exclusivo
para criar seus móveis.
w w w. e t s y. c o m / s h o p / K i n o G u e r i n
.M..ARCENARIA
O projeto setransformou em umasérie limitada de cartõespostais de verdade e feztanto sucesso que foirepetido em 2014.
quarta-feira, 17 de setembro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 11
Varejo ensaia
Silvia Pimentel
As vendas do comér-
cio na capital paulis-
ta apresentaram alta
de 10,1% na primeira
quinzena de setembro na
comparação com o mesmo
período do ano passado. A ex-
pansão de dois dígitos pode
ser explicada, entre outros fa-
tores, pelo efeito calendário: o
período analisado tem dois
dias úteis a mais que o ante-
rior. De acordo com o Balanço
de Vendas da Associação Co-
mercial de São Paulo (ACSP),
as vendas a prazo, medidas
pelo IMC (Indicador de Movi-
mento do Comércio a Prazo)
subiram 11,8. Já o Indicador de
M o v i m e n t o d e C h e q u e s
(SCPC- cheque), que reflete as
vendas à vista, apresentou al-
ta de 8,4%.
“Esse avanço de setembro
ajuda a compensar as quedas
nas vendas do primeiro se-
mestre, que teve dias perdi-
dos em razão dos feriados pro-
longados e dos jogos da Copa
do Mundo” , disse Rogério
Amato, que é presidente da
ACSP e da Facesp (Federação
das Associações Comerciais
do Estado de São Paulo) e pre-
sidente inter ino da CACB
(Confederação das Associa-
ções Comerciais e Empresa-
riais do Brasil.
De acordo com o economis-
ta da ACSP, Emílio Alfieri, o
maior desempenho das ven-
das a prazo sobre as transa-
ções à vista na primeira quin-
zena de setembro decorre, em
parte, da redução dos depósi-
tos compulsórios. Os bancos,
sobretudo os oficiais, usaram
essa “so bra” de recursos na
concessão de crédito e isso
contribuiu para o aumento da
venda de bens duráveis no pe-
ríodo. Na comparação com a
primeira quinzena do mês de
agosto, as vendas a crédito
aumentaram 9,9%. Já as ven-
das à vista recuaram 20,2% no
mesmo período. A queda é ex-
plicada pela base forte do mês
de agosto, quando foi come-
morado o Dia dos Pais.
No acumulado do ano, as
vendas apresentaram, em
média, uma alta de 1,8%. É um
resultado modesto quando
comparado aos números re-
gistrados nos últimos anos.
“Os dados refletem a manu-
tenção da alta nas taxas de ju-
ros, as restrições ao crédito
por parte dos bancos priva-
dos, queda dos índices de con-
fiança do consumidor e as in-
certezas no campo político”,
analisou o economista. Ele diz
que os dados de setembro não
podem ser projetados para o
ano inteiro. É preciso conside-
rar a sazonalidade das vendas
e o número menor de feriados
prolongados ao longo do ano.
INADIMPLÊNCIAOs dados do SCPC sinalizam
para um aumento da inadim-
plência na capital paulista. O
Indicador de Registro de Ina-
dimplentes (IRI) fechou a pri-
meira quinzena de setembro
com alta de 10,3. Na compara-
ção com agosto, o aumento foi
de 4,1% e, no acumulado, hou-
ve expansão de 1,8%. Em con-
trapartida, o IRC (Índice de Re-
cuperação de Crédito) subiu
6,9, na comparação com a pri-
meira quinzena de setembro
do ano passado. Em relação ao
mês de agosto, houve alta de
12,7%. Na prática, o número
de registros nos cadastros de
crédito por falta de pagamen-
Fotos: Paulo Pampolin/Hype
to cresceu mais do que a quan-
tidade de cancelamentos. Na
opinião de Alfieri, esse des-
compasso não é preocupante,
pois em setembro os aposen-
tados receberam a primeira
parcela do décimo terceiro sa-
l á r i o.
Em novembro, será a vez
dos trabalhadores receberem
o benefício. “Além disso, de-
vem recomeçar as grandes
campanhas de renegociação
de dívidas”, concluiu.
As vendas a prazo – de maior valor – se destacaram na quinzena, com avanço de 11,8%. O crédito residual ajudou, segundo ACSP.
Unir forças para vender maisSupermercadistas querem uma maior aproximação com a indústria para reduzirem os preços ao consumidor
Paula Cunha
Osetor supermerca-
d i s ta p rec i sa se
aliar à indústria pa-
ra oferecer aos con-
sumidores alternativas de
produtos e preços, especial-
mente neste momento de in-
flação elevada nos alimentos,
o que afeta o poder de compra
do brasileiro. Este foi um dos
principais temas debatidos na
abertura da convenção da As-
sociação Brasileira de Super-
mercados (Abras), iniciada
ontem em Atibaia, no interior
paulista. A perspectiva de
crescimento para o setor nes-
te ano é de 1,9%, abaixo da
previsão de avanço de 3% di-
vulgada no começo do primei-
ro semestre. A expectativa de
faturamento dos supermerca-
dos neste ano é de R$ 300 bi-
lhões.
Para elevar novamente o
volume de vendas, os super-
mercados estão estreitando
as negociações com as indús-
trias com a criação de ofertas
especiais no ponto de venda.
Os empresários do setor acre-
ditam que esta medida é a
mais prática a ser adotada em
momentos de pressão infla-
cionária. Na opinião de Olegá-
rio C. de Araújo, diretor de
Atendimento da Nielsen, em-
presa especializada em análi-
ses de dados, as indústrias es-
tão intensificando as ações
nos pontos de venda para di-
vulgar produtos com maior va-
lor agregado.
Para Christine Pereira, dire-
tora de Expert Solutions da
consultoria Kantar World Pan-
nel, os fabricantes que passa-
ram a oferecer produtos com
maior valor agregado, como
os iogurtes gregos e bebidas
saudáveis, são os que con-
quistarão melhores resulta-
dos. “Não dá mais para ofere-
cer apenas o tradicional leve
três e pague dois”, acrescen-
tou.
Pers pectiva s – Fernando Ya-
mada, presidente da Abras,
disse na abertura do evento
que o resultado aquém do es-
perado pelo setor é reflexo do
Produto Interno Bruto (PIB)
fraco. “O PIB terá somente um
ligeiro aumento de 0,48%, o
que nos afeta. O Brasil ainda
cresce porque a massa sala-
rial deve avançar de 3,4% a
3,6%”, disse Yamada. Ele ain-
da citou um estudo da Abras
que estima o PIB brasileiro de
2015 em 1,1%, baseado no re-
latórios do Fundo Monetário
Internacional (FMI) e no Bole-
tim Focus.
Christine Pereira lembrou
que o volume médio comer-
cializado registrou aumento
de apenas 0,5% no primeiro
semestre, considerado o mais
baixo dos últimos cinco anos.
Esse desempenho é reflexo da
postura mais cautelosa da po-
pulação, que passou a dimi-
nuir as visitas aos supermer-
cados e, consequentemente,
priorizar os estabelecimentos
que oferecem ao mesmo tem-
po preços mais compensado-
res e conveniência.
O estudo da Kantar mostra
que esta tendência se acen-
tuou agora, mas nos últimos
cinco anos os lares reduziram,
em média, sete visitas aos
pontos de venda, o que equi-
vale a mais de 350 milhões de
visitas a menos no período.
Leonardo Rodrigues/e-SIM
O setor de supermercados espera crescer 1,9%, abaixo da previsão de avanço de 3% do começo do ano.
Para Ibevar, comérciorecua 0,3% este ano.
r ecuperaçãoAs vendas do comércio paulistano na primeiraquinzena de setembro cresceram 10,1%. No
acumulado do ano, alta é de 1,8%.
O avanço desetembro ajuda acompensar asquedas nas vendasdo primeirosemestreROGÉRIO AM ATO, PRESIDENTE DA
AC S P
OInstituto Brasileiro
de Executivos do
Varejo e Mercado
de Consumo (Ibevar)
apresenta uma
perspectiva pouco
otimista para as vendas do
varejo no restante de 2014
e no próximo ano. Ontem,
durante o lançamento do
Ranking Ibevar das 120
maiores empresas do
varejo, o presidente do
conselho da entidade,
Claudio Felisoni de Angelo,
considerou que renda real
e crédito apontam sinais
negativos para os
próximos períodos e fazem
com que não haja espaço
para as vendas crescerem.
A estimativa da entidade
e do Provar (Programa de
Administração do Varejo),
da FIA (Fundação Instituto
de Administração), é de que
em 2014 as vendas reais do
varejo apresentem queda
de 0,3% em 2014 ante o ano
anterior. Para 2015, diz
Felisoni, o cenário mais
otimista indica expansão
real de 2,2% nas vendas,
mas ele mesmo considera
que uma possível
deterioração no cenário de
renda e de crédito possa
reduzir essa taxa.
"Um cenário em que as
variáveis de renda e
crédito tenham expansão
no próximo ano já não é
realista", considerou. "É
até pouco provável que já
neste segundo semestre
de 2014 se mantenham as
condições da primeira
metade do ano".
Felisoni destacou a
perspectiva de alta da
inflação em 2015 com
possíveis reajustes nos
preços administrados.
Além disso, ponderou que
tem havido elevação de
juros e contração dos
prazos no crédito ao
consumidor. Esse cenário é
particularmente negativo
para os segmentos de bens
duráveis, mais
dependentes de crédito,
c o n s i d e ro u .
Maiores do varejo –O
Ranking do Ibevar
constatou que o
faturamento das 120
maiores empresas de varejo
do Brasil cresceu 13% em
2013 na comparação com o
ano anterior, chegando a R$
379 bilhões no ano. Essas
companhias representam
29,8% do varejo de bens do
Brasil, segundo o Ibevar. O
montante leva em conta o
total do consumo das
famílias, descartadas as
compras de automóveis e
combustível
A lista dos dez maiores
grupos seguiu sem muitas
alterações na comparação
com o ano anterior. O
Grupo Pão de Açúcar é o
maior de varejo do País,
com faturamento de R$
64,4 bilhões no ano
passado, seguido, na
ordem, por Carrefour,
Walmart, Lojas
Americanas, Cencosud,
Magazine Luiza, Máquina
de Vendas, O Boticário,
Makro e Raia Drogasil.
Considerando apenas os
cinco maiores grupos
varejistas do País, houve
ata de 10,7% nas vendas
em 2013 ante o ano
anterior. (EstadãoConteúdo)
O Brasil aindacresce porque amassa salarialdeve aumentarde 3,4% a 3,6%este ano.FERNANDO YAMADA, PRESI-DENTE DA ABR AS
12 -.ECONOMIA DIÁRIO DO COMÉRCIO quarta-feira, 17 de setembro de 2014
quarta-feira, 17 de setembro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 13
PREFEITURA MUNICIPAL DE AVAÍ-SPAVISO DE LICITAÇÃO
TOMADA DE PREÇOS Nº 005/2014 - EDITAL Nº 023/2014 - PROCESSO N° 023/2014 - TIPO: MENOR PREÇO GLOBAL - OBJETO: CONTRATAÇÃO DE EMPRESA ESPECIALIZADA PARA A EXECUÇÃO DE OBRAS DE INFRAESTRUTURA, COMPRE-ENDENDO A IMPLANTAÇÃO DE 1.504,23 METROS DE GUIAS E SARJETAS EXTRUSADAS, CONSTRUÇÃO DE 72,00 METROS QUADRADOS DE SARJETÃO EM CONCRETO E 7.340,84 METROS QUADRADOS DE PAVIMENTAÇÃO ASFÁLTICA (CBUQ,COM 3,00 CM. DE ESPESSURA), em diversas Vias do Loteamento Residencial “Vila Oliveira” do Município de Avaí – SP.RETIRADA DO EDITAL: até 09/10/2014, às 16h00. DATA DA REALIZAÇÃO: 14/10/2014, ÀS 09:30 horas.TOMADA DE PREÇOS Nº 006/2014 - EDITAL Nº 024/2014 - PROCESSO Nº 024/2014 - TIPO: MENOR PREÇO GLOBAL - OBJETO: A presente licitação tem por objeto, a CONTRATAÇÃO DE EMPRESA ESPECIALIZADA PARA A EXECUÇÃO DE 14.031,18 M2 DE RECAPEAMENTO ASFÁLTICO EM CBUQ, COM 3,00 CM. DE ESPESSURA, EM DIVERSAS VIAS DO MUNI-CÍPIO DE AVAÍ – SP, conforme as especificações técnicas contidas no projeto básico e/ou executivo, com todas as suas partes, desenhos, especificações e outros complementos. RETIRADA DO EDITAL: até 09/10/2014, às 16h00. DATA DA REALIZAÇÃO: 14/10/2014, às 14:00 horas. O edital encontra-se disponível na Praça Major Gasparino de Quadros n° 460 - Centro–CEP 16.480-000 – Telefone (14) 3287-2100,no site:www.avai.sp.gov.br. ou pelo e-mail: [email protected]í-SP, 10 de Setembro de 2014. CELSO ROBERTO DE FAVERI - PREFEITO MUNICIPAL DE AVAÍ.
PREFEITURA MUNICIPAL DEPINDAMONHANGABA
EDITAL RESUMIDOTOMADA DE PREÇOS Nº 027/2014
A Prefeitura torna público que se acha aberto no Depto.de Licitações e Compras, sitona Av.N.Sra.do Bom Sucesso, nº 1.400, Bairro Alto do Cardoso, o PP nº 27/14, re-ferente à “Contratação de empresa especializada para execução de sondagense ensaios geotécnicos em diversos locais do município”, com encerramento dia 08/10/2014, às 9h30, e abertura às 10h. O edital estará disponível no sitewww.pindamonhangaba.sp.gov.br. Maiores informações poderão ser obtidas no endereço supra, das 8h às 17h, ou através do tel.: (12) 3644-5600.Pindamonhangaba, 16 de setembro de 2014.
PREGÃO Nº 306/2014A Prefeitura torna público que se acha aberto no Depto. de Licitações e Compras, sito na Av. N. Sra. do Bom Sucesso, nº 1400, Bairro Alto do Cardoso, o PP nº 306/14, referente à “Aquisição de cama hospitalar para a nova unidade do pronto atendimento infantil”, com encerramento dia 30/09/2014, às 8h, e aber-tura às 8h30. O edital estará disponível no site www.pindamonhangaba.sp.gov.br.Maiores informações poderão ser obtidas no endereço supra, das 8h às 17h, ou através do tel.: (12) 3644-5600.Pindamonhangaba, 16 de setembro de 2014.
PREGÃO Nº 307/2014A Prefeitura torna público que se acha aberto no Depto. de Licitações e Compras, sito na Av. N. Sra. do Bom Sucesso, nº 1400, Bairro Alto do Cardoso, o PP nº 307/14, referente à “Aquisição de materiais de pintura,madeiramento,portas,hidráulicos e elétricos”, com encerramento dia 29/09/2014, às 14h, e abertura às 14h30. O edital estará disponível no site www.pindamonhangaba.sp.gov.br.Maiores informações poderão ser obtidas no endereço supra, das 8h às 17h, ou através do tel.: (12) 3644-5600.Pindamonhangaba, 16 de setembro de 2014.
Dorris SP Participações S.A.CNPJ/MF nº 12.909.302/0001-66 - NIRE 35.3.00386809
AVISO AOS ACIONISTAS. Conforme aprovado em AGOE realizada em 15/09/2014, às 16 horas (“AGOE de15/09/2014”), na sede da Dorris SP Participações S.A. (“Companhia”), na Avenida Brigadeiro Faria Lima, nº2.277, 20º andar, conjuntos 203/204, Jardim Paulistano/SP, o capital social da Companhia está sendo aumentadoem R$23.000.000,00, com a emissão de 46.000.000 de ações ordinárias, nominativas e sem valor nominal deemissão da Companhia, com preço de emissão de R$0,50 por ação, para subscrição particular pelos acionistas,com o objetivo de disponibilizar para a Companhia os recursos necessários para garantir o desenvolvimentoregular dos negócios daCompanhia, ematendimento às disposições do seuAcordodeAcionistas e às deliberaçõestomadas na AGOE de 15/09/2014. A Companhia esclarece que: (i) os acionistas poderão exercer seus direitosde preferência no período de 17/09/2014 até 17/10/2014 (i.e., 30 dias contados da publicação deste Aviso aosAcionistas), na proporção de sua participação no capital social da Companhia, mediante comunicação por escritoprotocolada na sede da Companhia, com a consequente assinatura do respectivo Boletim de Subscrição; (ii)os respectivos valores subscritos deverão ser integralizados pelos acionistas subscritores em prazo de até 12meses, conforme necessidades da Companhia a serem demandadas pela Diretoria da Companhia, por meiode chamadas de capital para integralização; (iii) as eventuais sobras de ações, após decorrido o prazo para oexercício do direito de preferência serão rateadas proporcionalmente entre os acionistas que tiverem indicado oseu interesse nas sobras no período de subscrição; e (iv) oportunamente, após o decurso do prazo para exercíciodo direito de preferência, será convocada nova AGE para a homologação do aumento de capital, já aprovado,mediante a apuração das participações finais dos acionistas subscritores. Por fim, a Companhia reitera que:(a) a Ata da AGOE de 15/09/2014 e respectivos anexos; bem como: (b) todos os documentos pertinentes àsmatérias da ordem do dia da AGOE de 15/09/2014 estão disponíveis para consulta na sede da Companhia.SP, 17/09/2014. Dorris SP Participações S.A. - Ricardo Panzenboeck Dellape Baptista, Raphael Baptista Netto.
Requerente: Pesado Líder Transportes Ltda. – EPP. Requerido: Ster Engenharia Ltda. Rua do Bosque, 1.589 – 15° Andar – Bloco I – Edif. Palatino – Barra Funda –
2ª Vara de Falências.
FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL
Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo,
foram ajuizados no dia 16 de setembro de 2014, na Comarca da Capital, os
seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial:
Salário e produtividadeem descompasso
Economistas discutem a estagnação da produtividade em relação à alta do salário em evento na FGV
Rejane Tamoto
Aeconomia em marcha
lenta e a indústria em
crise contrastam com
o crescimento da ren-
da nos últimos anos. Mas o que
preocupa economistas é que a
elevação do salário não tem
acompanhado o desempenho
da produtividade, e o tema foi
discutido ontem, durante o 11º
Fórum de Economia da Funda-
ção Getúlio Vargas (FGV). "A
produtividade está estagnada
desde 2009 e o vilão disso não
foi o salário, mas a falta de in-
vestimento das empresas", dis-
se Nelson Marconi, professor e
pesquisador da FGV e da Ponti-
fícia Universidade Católica de
São Paulo (PUC-SP). Para ele, a
taxa de câmbio abaixo do que
seria o ideal para indústria, em
torno de R$ 3 de acordo com
seus cálculos, também interfe-
re nesta postura das empresas.
Já José Pastore, professor ti-
tular da Faculdade de Econo-
mia e Administração da Univer-
sidade de São Paulo (FEA-USP),
atribui o problema às negocia-
ções salariais e à dinâmica de-
mográfica. "Existe uma boca
de jacaré quando olhamos o
crescimento da produtividade
e do custo total do trabalho
(que inclui não só os salários,
mas também abonos, prêmios,
benefícios e encargos sociais).
A questão é que a produtivida-
de não é tão importante nas ne-
gociações salariais no Brasil
quanto é nos países avança-
dos, como Japão e Estados Uni-
dos", afirmou o professor.
Pastore citou uma pesquisa
do também professor da FEA-
USP Helio Zylberstajn, que mos-
tra que no Brasil os fatores de
maior peso nas negociações sa-
lariais são a taxa de inflação,
com pontuação 4, e os aumen-
tos conseguidos por outras ca-
tegorias (pontuação 3,7). A pro-
dutividade tem importância
menor, com 2,9 pontos, na com-
paração com esses dois fatores
e com os desempenhos das em-
presas (3,9) e do mercado de
trabalho (3,7). O professor dis-
se que o desequilíbrio entre os
salários e os ganhos de produti-
vidade também têm sido afeta-
dos pela dinâmica demográfi-
ca. "Hoje, nossa população jo-
vem é menor. O número de fi-
lhos por mulher caiu de quatro
em 1982 para 1,7 em 2012. A
expectativa de vida subiu de
63,4 anos para 73,9 anos no
mesmo intervalo de tempo. Isso
interfere na decisão dos recru-
tadores nas empresas, que são
obrigados a diminuir as exigên-
cias pela falta de disponibilida-
de de pessoas para contratar.
Como a produtividade não au-
menta, há essa defasagem",
afirmou Pastore.
O aumento da produtividade
não pode ser feito de forma es-
púria, de acordo com Clemente
Ganz Lucio, diretor-técnico do
Departamento Intersindical de
Estatísticas e Estudos Sócio-
Econômicos (Dieese). Durante
o debate, ele criticou o aumento
da produtividade por meio do
corte de postos de trabalho. "O
aumento médio real do salário
na indústria tem sido de 1,5% ao
ano, mesmo em meio à crise.
Não acho que as negociações
salariais estejam fora de pro-
porção, mas observamos que
os salários de contratação ten-
dem a ser menores", afirmou.
Lucio disse que no setor de bens
de capital, o salário de admis-
são já representa 88% do que
recebia uma pessoa demitida.
"A rotatividade está alta. Nu-
ma série de 2000 a 2012, des-
contando as aposentadorias e
demissões por iniciativa do tra-
balhador, ela chega a ser de
37% na indústria", afirmou. O
diretor disse, também, que não
houve uma mudança estrutu-
ral nos salários, mas que o nível
de emprego com carteira assi-
nada está alto.
Ao avaliar a produtividade da
indústria, Lucio afirmou que há
um gap entre a produtividade
das grandes empresas, que é
maior, e das micro, pequenas e
médias. "É preciso diminuir a
diferença do aumento da pro-
dutividade em diferentes seto-
res e portes de empresas. A
produtividade depende tam-
bém de um pacto social, no
qual a sociedade aceite fazer
uma série de correções na eco-
nomia", completou.
Jonne Roriz/Estadão Conteúdo
Segundoespecialistas,a populaçãojovem sermenor e aexpectativade vida,maiorinterfere nacontrataçãode mão deobra para asempresas.
Emprego naprodução tem
queda de 0,37%em agosto
Onível de emprego da
indústria paulista caiu
0,37% em agosto em rela-
ção a julho, na série com
ajuste sazonal, informou
ontem a Federação das In-
dústrias do Estado de São
Paulo (Fiesp). Na mesma
base de comparação, na sé-
rie sem ajuste sazonal, o Ín-
dice de Nível de Emprego
recuou 0,58%.
Ao comparar agosto de
2014 com igual mês do ano
passado, o nível de empre-
go caiu 4,05%. Já no acumu-
lado do ano até agosto, foi
registrada queda de 1,2%
do nível de emprego. O re-
cuo é o pior resultado para o
período desde 2009, quan-
do o indicador registrou re-
tração de 2,02%.
Para Paulo Francini, dire-
tor do Departamento de
Pesquisas e Estudos Eco-
nômicos (Depecon) da
Fiesp, a situação ainda de-
ve se agravar, superando a
marca de 100 mil postos de
trabalho fechados neste
ano. "Faltam três meses
para completarmos o ano e
não vemos sinais de que te-
nhamos alguma recupera-
ção", disse Francini, que
classifica este ano como
m e l a n c ó l i c o.
Em números absolutos,
de acordo com o Depecon,
31,5 mil pessoas perderam
o emprego na indústria de
janeiro a agosto. Só em
agosto foram demitidos 15
mil trabalhadores. Destes,
12.275 foram dispensados
pelos vários setores manu-
fatureiros e 2.725 apenas
pelo segmento de açúcar e
álcool. (Estadão Conteúdo)
Confiança da indústriaainda está baixa
AIR FRANCE: 60% DOSVOOS CANCELADOSNo segundo dia de grevedos pilotos da Air France,empresa do grupo franco-holandês Air France – KLM,60% dos voos foramcancelados. A diretora deoperações da companhia,Catherine Jude, pediudesculpas aos passageiros edisse, que a linha aéreapretende operar com 40% desua capacidade amanhã. Elapediu aos clientes com voosagendados até o próximodia 22, que alterem a datada viagem, gratuitamente,ou cancelem o bilheterequisitando o ressarcimentointegral da tarifa. (AgênciaBrasil)
Jean
-Pau
l Pel
issie
r/Re
uter
s
Aconfiança dos empre-
sários brasileiros con-
tinua no menor nível
desde 1999, segundo dados
divulgados ontem pela Con-
federação Nacional da Indús-
tria (CNI). O Índice de Con-
fiança do Empresário Indus-
trial (Icei) ficou em 46,5 pon-
tos em setembro, o mesmo
nível de agosto. Esse é o me-
nor patamar da série históri-
ca, que teve início em 1999.
Em relação a setembro do
ano passado – quando os em-
presários ainda mostravam
confiança –, houve queda de
7,7 pontos.
A pesquisa mostra, segun-
do a CNI, que a falta de con-
fiança já dura seis meses con-
secutivos e se mostra dissemi-
nada em todos os portes de
empresas. É o sexto mês se-
guido que o índice fica abaixo
da linha dos 50 pontos, o que
indica falta de confiança. Os
indicadores variam de 0 a 100.
Os números acima de 50 indi-
cam confiança.
Os empresários de todos os
portes estão desanimados. O
índice de confiança das pe-
quenas empresas está em
46,7 pontos, enquanto o das
médias está em 45,4 pontos e
o das grandes, 47 pontos.
Segmentos
Na comparação por seg-
mento industrial, apenas a in-
dústria extrativa mostra con-
fiança, com 50,6 pontos. A in-
dústria da construção tem
47,1 pontos e a de transforma-
ção, 45,8 pontos. Centro-Oes-
te (46,3 pontos), Sul (43,8
pontos) e Sudeste (42,8 pon-
tos) são as regiões em que os
empresários mostraram falta
de confiança – e aquelas que
concentram a maior parte da
indústria do País. As regiões
Norte (54,7 pontos) e Nordes-
te (51,4 pontos) apresenta-
ram confiança.
A Confederação aponta que
a queda na confiança é resul-
tado de percepção de piora
nas condições da economia e
da empresa, o que comprome-
te a atividade industrial e pre-
judica os investimentos.
A entidade informou que o
levantamento foi realizado
entre 1º e 10 de setembro com
2.844 empresas de todo o
País, das quais 1.059 são de
pequeno porte, 1.074 são mé-
dias e 711 são de grande por-
te. (Estadão Conteúdo)
14 -.ECONOMIA DIÁRIO DO COMÉRCIO quarta-feira, 17 de setembro de 2014
Fome:pr oblema
sob controleno Brasil.Percentual de brasileiros que passam
fome caiu de 14,8% nos anos 1990para 1,7% entre 2012-2014
OBrasil reduziu dras-
ticamente a fome e
a pobreza extrema
na última década,
mostra relatório da Organiza-
ção das Nações Unidas para
Agricultura e Alimentação
(FAO), divulgado ontem. Entre
2001 e 2012, o País conseguiu
diminuir em 75% a pobreza
extrema, classificada com o
número de pessoas que vivem
com menos de US$ 1 ao dia. No
mesmo período, a pobreza foi
reduzida em 65%. Apresenta-
do pela FAO como um dos ca-
sos mundiais de sucesso na re-
dução da fome, no período
1990-1992, 14,8% dos brasi-
leiros passavam fome, per-
centual que caiu para 1,7%, ou
3,4 milhões de pessoas, entre
2012 e 2014. Segundo o rela-
tório, essa estatística coloca o
Brasil como um dos que supe-
raram o problema da fome.
Entre as razões para o pro-
gresso do combate à fome no
Brasil, aponta o relatório, está
o programa Fome Zero, criado
em 2003, pelo então ministro
do governo Lula, José Grazia-
no, hoje diretor-geral da FAO.
Inicialmente concebido den-
Antonio Cruz/Agência Brasil
Para TerezaCampello(acima), aspolíticaspúblicas
entram agoraem novo
patamar. ParaEve (à direita) eAnne, da FAO,
é possívelerradicar o
problema nospróximos
anos.
Agronegócio mantémcrescimento. Como sempre.
Safra de café,acima do previsto.
ACompanhia Nacional de
Abastecimento (Conab)
elevou as estimativas para
a produção nacional de café (ará-
bica e conilon) neste ano das 44,6
milhões de sacas previstas em
maio para 45,1 milhões de sacas.
Ainda assim, se confirmada, a sa-
fra será 8,16% menor na compara-
ção com as 49,15 milhões de sacas
produzidas no ciclo anterior. Os
dados foram divulgados ontem e
constam do 3º levantamento rea-
lizado pela Conab.
A produção de arábica deverá
ser 16,1% inferior neste ano, em
comparação a 2013, com 32,1 mi-
lhões de sacas, informou. "Os mo-
tivos foram a forte estiagem veri-
ficada nos primeiros meses de
2014, a inversão da bienalidade
em algumas regiões, como na Zo-
na da Mata mineira, e também as
geadas que atingiram o Paraná em
2013", destacou a Conab, em nota
divulgada ontem. Os estados com
maior redução foram Minas Gerais
(-18,22%), Paraná (-69,1%) e Espí-
rito Santo (-16,8%).
Quanto ao conilon, a safra deve-
rá ser 19,9% maior, em relação a
2013, com 13 milhões de sacas. A
elevação é decorrente da renova-
ção e revigoramento da produtivi-
dade e das condições climáticas
favoráveis ocorridas no Espírito
Santo, estado que é o maior produ-
tor brasileiro de conilon.
Conforme a Conab, o arábica
responderá por 71,2% do volume
de café produzido no País, com
destaque para Minas Gerais, que
deve ter produção de 22,3 milhões
de sacas. Já o conilon representa
28,8% do total nacional, sendo
que o Espírito Santo produzirá 9,9
milhões de sacas.
No levantamento de maio, a
companhia projetava a safra de
arábica em 32,2 milhões de sacas
e a de conilon, em 12,3 milhões de
sacas. Em termos nacionais, as
culturas em produção e em forma-
ção devem ocupar uma área de
2,2 milhões de hectares, 3,9% me-
nor quando comparada à safra
passada, informa a Conab.
Minas Gerais concentra a maior
área plantada, com 1,2 milhão de
hectares e predomínio da espécie
arábica, que ocupa 98,8% da área
total do Estado. Isso representa
53,6% da área cultivada no país,
diz a Conab. A segunda posição é
do Espírito Santo, com área total
de 486,6 mil hectares, sendo que
310,1 mil hectares são destinados
ao conilon - equivalentes a 63,9%
da área nacional da espécie. (Esta-dão Conteúdo)
tro do Ministério de Segurança
Alimentar, o programa era um
conjunto de ações nessa área
que tinha como estrela um
cartão alimentação, que per-
mitia aos usuários apenas a
compra de comida. Logo, foi
substituído pelo Bolsa Família.
Na avaliação da consultora da
FAO, Anne Kepple, o Brasil é
exemplo devido a uma série
de políticas públicas articula-
das, como o Programa Bolsa
Família, a geração de empre-
gos formais, o fortalecimento
da agricultura familiar, o Pro-
grama de Aquisição de Ali-
mentos e o Programa Nacional
de Alimentação Escolar.
Superação de metas
Para a representante regio-
nal adjunta da FAO para a
América Latina e Caribe, Eve
Crowley, a implementação de
um conjunto de políticas públi-
cas de forma articulada e inte-
grada e de marcos legais e ins-
titucionais permitiu os avan-
ços do País na superação da fo-
me. “Nos últimos anos, o tema
da segurança alimentar foi
posto no centro da agenda po-
lítica do Bra-
sil.” O resul-
tado desses
esforços são
demo nstra-
dos pelo su-
cesso do Brasil em alcançar as
metas estabelecidas interna-
cionalmente, diz o relatório,
ressaltando que o Brasil inves-
tiu aproximadamente US$ 35
bilhões em ações de redução
da pobreza no ano passado.
O relatório “O Estado da Se-
gurança Alimentar e Nutricio-
nal no Brasil: Um retrato multi-
d i m e n si o n a l ” mostra que o
Brasil cumpriu tanto a meta de
diminuir pela metade a pro-
porção de pessoas que sofrem
com a fome, um dos Objetivos
de Desenvolvimento do Milê-
nio de 2000, quanto a de dimi-
nuir pela metade o número ab-
soluto de pessoas com fome,
estipulada na Cúpula Mundial
sobre Alimentação, em 1996.
Eve ressaltou, entretanto,
que ainda há bolsões de po-
breza e incluir essas comuni-
dades nas políticas sociais é
desafio para o Brasil. “G aran-
tir a proteção das populações
mais vulneráveis e continuar
as políticas que já existem de
crescimento econômico e in-
clusão social devem ser a prio-
ridade na próxima década. Po-
demos estar na última gera-
ção que conhece a fome no
Brasil. Com a continuidade
das políticas, é possível que,
nos próximos anos, haja a er-
radicação completa.”
No mundo
“Após a construção de políti-
cas públicas bem-sucedidas,
temos agora que partir para
estratégias muito mais focali-
zadas, procurando identificar
a população que continua em
situação de insegurança ali-
mentar. É um novo patamar”,
disse a ministra do Desenvol-
vimento Social e Combate à
Fome, Tereza Campello. Se-
gundo ela, os 3,4 milhões de
pessoas que ainda não co-
mem o suficiente estão distri-
buídas por todo o País, vivendo
em comunidades indígenas,
quilombolas e isoladas; nas
ruas e entre alguns grupos de
ciganos.
O estudo de caso sobre o
Brasil faz parte do relatório “O
Estado da Insegurança Ali-
mentar no Mundo” (Sofi 2014,
na sigla em inglês), também
divulgado ontem, que aponta
que cerca de 805 milhões de
pessoas, ou uma em cada no-
ve, ainda sofrem de fome crô-
nica no mundo. No entanto,
são 100 milhões a menos do
que há uma década e 200 mi-
lhões a menos do que há 20
anos, mas ainda muito abaixo
da velocidade que permitiria
ao mundo cumprir a primeira
meta dos objetivos do milênio,
de reduzir a pobreza extrema
à metade até 2015.
Atualmente, apenas 63 paí-
ses cumpriram a meta. Ou-
tros 15 estão no caminho e de-
vem alcançá-la. Um progres-
so substancial no abasteci-
m e n t o d e
a l i m e n t o s
em países co-
mo o B ras i l
melhorou os
dados gerais
e mascarou
as lutas em
países como
Haiti, onde o
n ú m e r o d e
pessoas fa-
m i n t a s a u-
m e n t o u d e
4,4 milhões
d e 1 9 9 0 a
1 9 9 2 p a r a
5,2 milhões
d e 2 0 1 2 a
2014, disse o
re l a t ó r i o.
A América
Latina é a re-
g i ã o o n d e
houve maior
avanço na re-
dução da pobreza e da fome,
especialmente na América do
Sul, com os países do Caribe
ainda um pouco mais lentos. O
número de pessoas subnutri-
das na reg ião passou de
14,4% da população para cer-
ca de 5%. Além do Brasil, a Bo-
lívia é citada como exemplo.
Apesar de ainda ter quase
20% da população abaixo da
linha da pobreza, saiu de um
porcentual próximo a 40%.
A Ásia abriga a maioria dos
famintos –526 milhões de pes-
soas. Na África Subsaariana,
mais de uma em cada quatro
pessoas continua com fome
crônica. Os chefes das agên-
cias reforçaram a necessida-
de de renovar o compromisso
político para combater a fome
por meio de ações concretas e
encorajam o cumprimento do
acordo alcançado na cúpula
da União Africana, em junho,
de acabar com a fome no con-
tinente até 2025. (Agências)
1,9por cento foi ocrescimento
acumulado do PIBdo setor no
primeiro semestredeste ano,
segundo a CNA.
OProduto Interno Bruto (PIB)
do agronegócio cresceu
0,11% em junho e acumula
alta de 1,9% no primeiro semestre
de 2014, segundo levantamento
da Confederação da Agricultura e
Pecuária do Brasil (CNA) e do
Centro de Estudos Avançados em
Economia Aplicada (Cepea), da
Escola Superior de Agricultura Luiz
de Queiroz (Esalq/USP). O
crescimento foi puxado,
principalmente, pelos setores
básico, com aumento de 4,04%;
de insumos, com mais 1,84%; e de
distribuição, cuja expansão foi de
1,57%. Um dos fatores que
influenciaram esse resultado foi a
evolução de 5,91% do
faturamento médio da atividade,
destacou a CNA.
A agroindústria registrou
crescimento menor, de 0,10% no
primeiro semestre. A agroindústria
para a agricultura recuou 0,57%
no período e o segmento
agroindustrial só teve resultado
positivo, segundo o levantamento,
por conta da alta de 4,54% do PIB
da indústria da pecuária.
Na abertura dos dados, o PIB da
agricultura recuou 0,28% em
junho e acumula alta de apenas
0,60% em 2014. O segmento
primário na agricultura cresceu
2,91% no primeiro semestre e foi o
principal responsável pelo
desempenho da cadeia produtiva
agrícola. Já as áreas de insumos e
distribuição para a agricultura
tiveram variação, no acumulado
de janeiro a junho, de 0,98% e
0,08%, respectivamente.
O destaque no período foi o
algodão, com aumento de 31,72%
na receita, por conta dos preços e
da produção. Pelos mesmos
motivos, outros produtos também
tiveram bom desempenho, como o
cacau (53,91%), laranja (46,57%),
soja (10,45%), banana (4,78%) e
arroz (4,10%). O café e a uva
registram expansão no ano, de
8,89% e 4,51%, respectivamente,
impulsionados basicamente pela
alta das cotações. No caso do
trigo, o maior volume de produção
explica a alta da receita de 34,81%
no primeiro semestre.
Já o PIB da pecuária cresceu
0,97% em junho, acumulando
4,90% no semestre. O PIB do setor
básico da pecuária avançou
5,52%, o da distribuição 4,54% e o
de insumos 3,12%, na mesma
base comparativa.
Segundo a CNA e o Cepea, os
destaques nessa cadeia foram a
pecuária de corte, de leite e a
avicultura de postura com
crescimento no período, de
16,24%, 18,88% e 11,39%,
re s p e c t i v a m e n t e .
Na suinocultura, a variação foi
menor, mas também positiva,
atingindo alta 5,81% na receita
obtida pelo segmento no
acumulado do ano até junho, em
decorrência do aumento de
preços, mostra o levantamento
das entidades. (EC)
Elza Fiuza/Agência Brasil Elza Fiuza/Agência Brasil
quarta-feira, 17 de setembro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 15
BMG lidera lista de bancos mais reclamadosÉ a segunda vez seguida, desde que a metodologia de apuração do ranking do BC foi alterada, incluindo financeiras, que a instituição fica no topo.
Oc o n g l o m e r a d o
BMG voltou a lide-
r a r , n o m ê s d e
agosto, a lista das
instituições com maior volu-
me de reclamações no Banco
Central (BC), entre as que têm
pelo menos 2 milhões de clien-
tes. Este é o segundo mês em
que a autarquia trabalha com
uma nova elaboração do ran-
king e, desde então, o BMG fi-
ca no topo do rol.
Apesar de ter sido a mais cri-
ticada, o índice do banco re-
cuou de 40,30 pontos em julho
para 36,13 pontos no mês pas-
sado. Conforme o BC, foram
feitas 87 queixas considera-
das procedentes contra o con-
glomerado, que conta com
pouco mais de 2,4 milhões de
clientes, no período.
A concessão de crédito con-
signado sem a formalização
do título adequado foi aponta-
da por 17 consumidores como
um problema. Esse foi o item
alvo do maior número de re-
clamações da instituição ban-
cária. A segunda maior q uan-
tidade de queixas (14) foi em
relação à restrição de realiza-
ção de portabilidade de opera-
ções de crédito consignado re-
lativas a pessoas naturais por
recusa injustificada. Já 11 pes-
soas declararam insatisfação
com a resposta recebida do
BMG referente à reclamação
registrada no BC
Na segunda posição ficou o
Mercantil do Brasil, que possui
quase 2,1 milhões de clientes.
Em agosto, o índice da institui-
ção foi de 10,51 pontos, relati-
vo a 22 reclamações conside-
radas procedentes. A maior
quantidade de críticas (12) foi
referente à restrição ao fazer
portabilidade de operações
de crédito consignado.
O Santander baixou uma
posição de julho para agosto e
agora está em terceiro lugar
no ranking, ao registrar índice
de 10,25 pontos. For am 317
críticas consideradas proce-
dentes pelo BC no mês passa-
do para o conglomerado, que
reúne 30,9 milhões de corren-
tistas. A maior quantidade de-
las (72) foi em relação a débi-
tos em conta de depósito não
autorizados pelo cliente.
Na quarta posição ficou o
conglomerado Banrisul, com
índice de 7,87 pontos, 30 quei-
xas e 3,8 milhões de clientes –
o banco que tem sede no Sul
do País estava na terceira colo-
cação em julho. Também a
questão da restrição da porta-
bilidade foi a que recebeu
maior volume de reclamações
de usuários (10) no mês pas-
s a d o.
O conglomerado HSBC figu-
rou em quinto lugar – também
um abaixo do levantamento
anterior, com índice de 7,08
pontos. Foram 73 críticas ava-
liadas como procedentes para
o grupo que possui 10,3 mi-
lhões de correntistas. A co-
brança irregular de tarifa por
serviços não contratados foi
apontada por 10 críticos.
Da sexta à décima posição
do ranking do BC estão: Caixa
Econômica Federal, Brades-
co, Banco do Brasil, Itaú e Vo-
torantim.
A lista é obtida com base nas
reclamações do público que
são registradas no BC e que
têm relação com assuntos re-
gulados pela instituição.
Até junho, os bancos esta-
vam divididos entre os que ti-
nham mais ou menos de 1 mi-
lhão de clientes. Pela nova me-
todologia, a separação consi-
d e r a a q u a n t i d a d e d e 2
milhões de clientes. O BC ago-
ra também passa a incluir fi-
nanceiras na lista
Respostas–O Banco BMG in-
formou, por meio de nota,
"que atua para oferecer o me-
lhor atendimento, de maneira
ágil, para sanar quaisquer dú-
vidas ou pendências de seus
clientes. Dessa forma, tem
ampliado os esforços para me-
lhorar os procedimentos inter-
nos, para garantir maior efi-
ciência na solução das deman-
das dos clientes".
O Mercantil do Brasil, por
meio de sua assessoria, atri-
buiu à mudança no ranking e à
nova resolução de portabilida-
de do BC o aumento no núme-
ro de reclamações. "Entretan-
to, o Mercantil do Brasil está
atento às necessidades dos
clientes e alterou processos
internos para reverter a situa-
ção".
O Santander ressaltou que
tem trabalhado na melhoria
dos seus processos, ofertas e
atendimento. O intuito, de
acordo com a nota da assesso-
ria de imprensa, é torná-los
mais "simples e ágeis e, dessa
forma, melhorar a satisfação e
a experiência dos consumido-
res com o banco".
(Estadão Conteúdo)
Entre asprincipaisreclamaçõesestão:concessãoinadequada decréditoconsignado edepósitos nãoautorizadospelo cliente.
Lei de falência:também para MPE.A LC 147 beneficia a recuperação de empresas de menor porte
Silvia Pimentel
As mudanças na
legislação que criou o
Simples Nacional vão
além da permissão dada para
que as empresas de setor de
serviços participem do
regime tributário
diferenciado a partir do ano
que vem. A Lei
Complementar 147,
sancionada em agosto,
mexeu também na norma
que regula a falência e a
recuperação judicial
(11.101/05), beneficiando as
micro e pequenas empresas.
Pelo menos quatro alterações
na norma estão sendo
estudadas por advogados
especializados no assunto. As
novas regras já estão em
vigor e devem impulsionar o
uso da lei de falência em
favor dos pequenos
empresários, seja na
condição de credores ou
d e v e d o re s .
De acordo com Ronaldo
Vasconcelos, que preside a
Comissão de Direito
Falimentar e Recuperacional
do Instituto dos Advogados
de São Paulo (IASP), a Lei de
Falências, que completa uma
década neste ano, tem um
capítulo inteiro dedicado ao
segmento. Mas a
recuperação de micro e
pequenas empresas era
pouco utilizada porque não
havia atrativos, o que inclui
um alto custo para os
pequenos negócios. “Com
alterações, vai aumentar o
interesse para a recuperação
especial das micro e
pequenas empresas”, prevê
o advogado.
A obtenção de uma
“cadeira” cativa na mesa de
negociação de credores num
processo de recuperação
judicial, na opinião do
advogado, é a alteração mais
importante. A lei criou uma
nova classe de credores,
denominada microempresas
e empresas de pequeno
porte. “O segmento ganhou
status e passa a ser elemento
importante para a aprovação
de um plano de recuperação.
Na prática, o devedor vai
conversar com a micro e
pequena empresa para
quirografário (fornecedores),
créditos com garantia
(bancos). Agora, com a
inclusão da nova classe
(micro e pequena empresa),
um empate na aprovação no
plano de recuperação vai
implicar em impasse. “O
legislador não se ateve a esse
detalhe – da participação da
micro e pequena empresa –,
que será superado pela
jurisprudência”, prevê o
a d v o g a d o.
Outra mudança importante
diz respeito à inclusão dos
créditos bancários num
processo de recuperação
envolvendo o segmento. Até
então, as micro e pequenas
empresas só podiam
negociar um plano de
recuperação especial com os
fornecedores. Se a empresa
tinha dívidas com os bancos,
os valores não podiam ser
incluídos na negociação. Com
a mudança na legislação,
essas dívidas poderão ser
negociadas. Além disso, na
recuperação ordinária, que é
outra modalidade prevista na
lei que regula o assunto, não
há mais o limite de prazo (36
meses) para o pagamento da
dívida da micro e pequena
empresa. “Eram duas
grandes limitações para o
setor, a limitação de prazo e
de tipos de créditos, que a
nova redação corrigiu”,
ressalta. De acordo com o
advogado, a LC 147 também
trocou o indexador das
dívidas das micro e pequenas
empresas em processo de
recuperação. A lei fixava em
12% a taxa de correção da
dívida. A partir de agora será
usada a taxa Selic.
Eram duasgrandeslimitações parao setor, a deprazo e de tiposde créditos, quea nova redaçãocorrigiu.RONALDO VA S CO N C E LO S ,DO IASP
tentar ver seu plano
a p ro v a d o”, explica
Va s c o n c e l o s .
A mudança, apesar de
positiva, tem gerado dúvidas
no meio jurídico que deverão
ser esclarecidas pelo
Judiciário à medida que
aumentarem os processos de
recuperação judicial e o uso
da nova configuração na lei.
Atualmente, um plano de
recuperação deve ser
aprovado por três classes de
credores, o que facilita o
desempate: trabalhista,
Eduardo martins/EC
16 -.ECONOMIA/LEGAIS DIÁRIO DO COMÉRCIO quarta-feira, 17 de setembro de 2014
ERRATALEILÃO DE ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA
No edital de LEILÃO DEALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA, autorizado pelo Credor Fiduciário BANCO SAN-TANDER BRASIL S/A, no qual figuram como fiduciantes ROSENILDE SILVA PEREIRA e ANDRELEONEL PEREIRA, publicado no Jornal “Diário do Comércio” na edição de 09 de setembro de 2014,onde se lê: “...situado na Rua Eduardo Pontal (antiga Rua Quatorze).... e Para constar que o prédiosem número da Rua Eduardo Pontal........” leia-se “situado na Rua Eduardo Pondal (antiga RuaQuatorze).... e para constar que o prédio sem número da Rua Eduardo Pondal........... ...”.
quarta-feira, 17 de setembro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO ECONOMIA/LEGAIS - 17
Glock do Brasil S.A.CNPJ/MF nº 06.275.981/0001-66 – NIRE 35.300.321.022
Edital de Convocação da AGOE a ser Realizada em 30/09/2014.Ficam convocados os Acionistas da Companhia para comparecer à AGOE a realizar-se no dia 30/09/2014, às 10 horas,na sede social, em SP/SP, na Avenida Cidade Jardim, 400, sala 52, 5° andar, Edifício Dacon, a fim de deliberarem sobrea seguinte ordem do dia: (a) em AGO: (i) aprovação do relatório da administração e Demonstrações Financeiras do exer-cício social encerrado em 31/12/2013; (ii) aprovação da destinação dos resultados auferidos pela Companhia a partir dasDemonstrações Financeiras do exercício social encerrado em 31/12/2013; e (ii) (re)eleição de membros do Conselho deAdministração;(b) em AGE: (i) fechar a filial localizada no em SP/SP, na Rua Doutor Olavo Egidio, nº 629 (Parte 1) Santana.Os documentos relacionados a ordem do dia estarão disponíveis aos acionistas para consulta a partir da presente data nasede da Companhia. SP, 10/09/2014.Conselho de Administração (16, 17 e 18/09/2014)
Knoths Comercial e Comunicação Ltda., CNPJ n° 00.774.678/0001-21, IM n° 13014,comunica o extravio das notas fiscais: Série A, numeradas de 250 a 300. Santana deParnaíba (SP), 11/09/2014.
PREFEITURA MUNICIPAL DETAUBATÉ/SP
CONCORRÊNCIA PÚBLICA Nº 18-A/14Comunicamos que a Concorrência Pública nº 18/14, que cuida da Construção da Rede Lucy Montoro e do Ambulatório Médico de Especialidades (AME),teve sua Planilha de Quantitativos e Preços alterada devido às correções necessárias realizadas pela unidade requisitante.O novo edital, agora renumerado como 18-A/14, juntamente com a nova planilha e com as respostas de todos os questionamentos realizados serão disponibilizados aos interessados através do site www.taubate.sp.gov.br e no Departamento de Compras desta Prefeitura.O recebimento dos envelopes ‘Documentação’ e ‘Proposta’ ocorrerá até às 08h30min do dia 17/10/2014.Comunicamos ainda que os Memoriais descritivos,Projetos e cronogramas permanecem inalterados.
Taubaté, 15 de setembro de 2014.José Bernardo Ortiz Monteiro Júnior – Prefeito
PREFEITURA MUNICIPAL DEPINDAMONHANGABA
COMUNICADO ADIAMENTOPREGÃO Nº 251/2014
A Prefeitura comunica que o PP nº 251/2014, “Aquisição de compressor de ar”, rfica adiado SINE DIE. Pindamonhangaba, 16 de setembro de 2014.
Cyrela Esmeralda Empreendimentos Imobiliários Ltda.CNPJ 13.003.580/0001-12 - NIRE 35.224.853.162
Extrato da Ata de Reunião de Sócios realizada no dia 26/08/2014Data, hora e local: 26/08/2014, às 10 horas, na sede social, Avenida Engenheiro Roberto Zuccolo, 555, 1º andar,sala 1001, parte, São Paulo/SP. Convocação: Dispensada. Presença. Totalidade do capital social. Mesa:Presidente - Rafael Novellino, Secretário - Claudio Carvalho de Lima. Deliberações Aprovadas: 1. Redução docapital social em R$ 22.400.000,00, considerados excessivos em relação ao objeto, com o cancelamento, de22.400.000 de quotas, com valor nominal de R$1,00 cada, todas da sócia Cyrela Brazil Realty S.A.Empreendimentos e Participações, a qual receberá com expressa anuência da sócia Cybra deInvestimento Imobiliário Ltda o valor da redução em moeda corrente do país, a título de restituição do valordas quotas canceladas. Passando o capital social de R$ 25.024.000,00 para R$ 2.624.000,00. 2. Autorizar osadministradores a assinar os documentos necessários para a restituição dos valores devidos em razão da redução,após o quê, os sócios promoverão a alteração do contrato social consignando o novo valor do capital.Encerramento: Nada mais, lavrou-se a ata. São Paulo, 26/08/2014. Cyrela Brazil Realty S/A Empreendimentos eParticipações - p.p. Rafael Novellino, Sandra Esthy Attié Petzenbaum e Claudio Carvalho de Lima, Cybra deInvestimento Imobiliário Ltda - Sandra Esthy Attié Petzenbaum e Claudio Carvalho de Lima.
Nova Zelândia Empreendimentos Imobiliários Ltda.NIRE 35.221.027.059 - CNPJ/MF nº 08.411.334/0001-60
Extrato da Ata de Reunião de Sócios no dia 26.08.2014Data, hora e local. 26.08.2014, às 10 horas, na sede social, Avenida Engenheiro Roberto Zuccolo 555, 1º andar,sala 1001, parte, São Paulo/SP. Convocação. Dispensada. Presença. Totalidade do capital social. Mesa.Presidente: Rafael Novellino, Secretário: Claudio Carvalho de Lima. Deliberações Aprovadas. 1. Redução docapital social em R$ 5.700.000,00, considerados excessivos em relação ao objeto, com o cancelamento de5.700.000 quotas, com valor nominal de R$1,00 cada uma, todas da sócia Cyrela Brazil Realty S.A.Empreendimentos e Participações, a qual receberá, com a expressa anuência da sócia Cybra deInvestimento Imobiliário Ltda., o valor da redução em moeda corrente do país, a título de restituição do valordas quotas canceladas. Passando o capital de R$ 33.618.611,00 para R$ 27.918.611,00. 2. Autorizar osadministradores a assinar os documentos necessários para a restituição dos valores devidos em razão da reduçãode capital, após o quê, os sócios promoverão a alteração do contrato social consignando o novo valor do capitalsocial. Encerramento. Nada mais. São Paulo, 26.08.2014. Cyrela Brazil Realty S.A. Empreendimentos eParticipações - Claudio Carvalho de Lima, Rafael Novellino, Sandra Esthy Attié Petzenbaum. Cybra deInvestimento Imobiliário Ltda. - Claudio Carvalho de Lima, Sandra Esthy Attié Petzenbaum.
Odebrecht Agroindustrial S.A.CNPJ/MF nº 08.636.745/0001-53 – NIRE 35.300.350.391
EDITAL DE CONVOCAÇÃO DEASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA
Ficam convocados os acionistas da Odebrecht Agroindustrial S.A. (a “Companhia”) para compareceremà Assembleia Geral Extraordinária que será realizada em 24 de setembro de 2014, às 14h, na sededa Companhia, localizada na Cidade de São Paulo, na Rua Lemos Monteiro, nº 120, 13° andar, Parte2, Butantã, CEP 05501-050, a fim de deliberar sobre (i) a proposta de aumento do capital social daCompanhia no valor de, no mínimo, R$ 820.000.000,00 (oitocentos e vinte milhões de reais) e, nomáximo, R$ 1.460.000.000,00 (um bilhão, quatrocentos e sessenta milhões de reais), mediante aemissão de novas ações ordinárias, sem valor nominal, ao preço emissão de R$ 0,01 (um centavo dereal) por lote de 1.000 (mil) ações, conforme proposta da Administração que se encontra à disposição dosacionistas na sede da Companhia. O preço de emissão por ação foi fixado com base no §1º, I, do artigo170 da Lei 6.404/76; e (ii) a emissão privada, pela Companhia, de debêntures simples, não conversíveisem ações, da espécie com garantia real, no montante de até R$ 2.000.000.000,00 (dois bilhões de reais).
São Paulo, 17 de setembro de 2014.ODEBRECHT AGROINDUSTRIAL S.A.
Marcelo Bahia Odebrecht – Presidente do Conselho de Administração
C.B.A.S.P.E. Empreendimentos e Participações S.A.(em organização)
Ata da Assembleia Geral de Constituição de Sociedadepor Ações Realizada em 11 de Junho de 2014
Data, Hora e Local: Aos 11 de junho de 2014, às 8:00 horas, na Rua Pamplona, nº 818, 9° andar, conjunto 92,Município de São Paulo, Estado de São Paulo, CEP: 01405-001. Quórum de Instalação: verificou-se apresençadosFundadoresdaSociedadeconformeboletinsdesubscrição, (Anexo II)e listadepresença(AnexoIII). Mesa: Os trabalhos foram presididos pela Sra. Sueli de Fátima Ferretti, que convidou a mim, Cleber FariaFernandes para secretariá-la.Ordem do Dia:Deliberar sobre a: (a) Constituição da Companhia;(b) subscriçãoe forma de integralização de seu capital social; (c) aprovação do Estatuto Social da Companhia; (d) elaboraçãoda ata em forma de sumário; e (e) eleição dos membros da Diretoria da Companhia. Deliberações: Dandoinício aos trabalhos e seguindo a ordem do dia, a Assembleia deliberou, por unanimidade: (a) constituir aC.B.A.S.P.E. Empreendimentos e Participações S.A., sociedade por ações com sede na Cidade de SãoPaulo, Estado de São Paulo, na Rua Pamplona, 818 - 9° andar, conjunto 92, CEP:01405-001; (b) fixar o capitalsocial da Companhia em R$ 500,00 (quinhentos reais) dividido em 500 (quinhentas) ações ordinárias,nominativas e sem valor nominal, totalmente subscritas e parcialmente integralizadas, nesta data, conformeboletins de subscrição anexos.(c) aprovar, sem qualquer ressalva, o Estatuto Social da Companhia, que passaa fazer parte integrante da presente ata (Anexo I); (d) aprovar, nos termos, do § 1º artigo 130 da Lei nº 6.404/76,lavrar a ata desta assembleia em forma de sumário; (e) eleger as pessoas abaixo qualificadas para compor aDiretoria com mandato anual que vigorará até a posse dos eleitos pela Assembleia Geral Ordinária de 2015:Diretores: Sueli de Fátima Ferretti, brasileira, solteira, analista, residente e domiciliada na Cidade e Estadode São Paulo, com endereço comercial na Rua Pamplona, 818, 9º andar, conjunto 92, Bairro Jardim Paulista,CEP 01405-001, portadora da cédula de identidade RG nº 7.743.932-6, expedida pela SSP/SP, inscrita noCPF/MF sob o nº 764.868.778-04, para o cargo de diretora. Cleber Faria Fernandes, brasileiro, casado,técnico em contabilidade, residente e domiciliado na Cidade e Estado de São Paulo, com endereço comercialna Rua Pamplona, 818, 7º andar, conjunto 71, Bairro Jardim Paulista, CEP 01405-001, portador da cédula deidentidade RG nº 23.360.684-1, expedida pela SSP/SP, inscrito no CPF/MF sob o nº 192.212.358-74, para ocargo de diretor. Os membros da Diretoria ora eleitos declararam ter ciência do disposto no artigo 147 da Lein° 6.404/76, não tendo sido condenados à pena que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargospúblicos;ouporcrimefalimentar,deprevaricação,peitaousuborno,concussão,peculato;oucontraaeconomiapopular, contra o sistema financeiro nacional, contra as normas de defesa da concorrência, contra as relaçõesde consumo, a fé pública ou a propriedade.Encerramento:Nada mais havendo a tratar, lavrou-se esta ata que,lida e aprovada, foi assinada pelos presentes. São Paulo, 11 de junho de 2014. Sueli de Fátima Ferretti -Presidente da Assembleia e Diretora Eleita; Cleber Faria Fernandes - Secretário da Assembleia e DiretorEleito; Visto do Advogado: Renato Dias Pinheiro - OAB/SP 105.311-A - OAB/RJ 19.553. (Anexo I) EstatutoSocial - C.B.A.S.P.E.Empreendimentos e Participações S.A.- (Assembleia Geral de Constituição realizadaem 11 de junho de 2014) - Capítulo I - Da Denominação, Sede, Objeto e Duração - Artigo Primeiro - AC.B.A.S.P.E. Empreendimentos e Participações S.A. é uma sociedade anônima que rege-se por esteEstatuto Social e pelas demais disposições legais que lhe forem aplicáveis. Artigo Segundo - A companhiatem sede e foro na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Rua Pamplona n° 818, 9º Andar, conjunto92, Bairro Jardim Paulista, CEP 01405-001, podendo abrir filiais, agências ou escritórios por deliberação dadiretoria. Artigo Terceiro - A Companhia tem por objeto social a participação em outras Sociedades, comosócia ou acionista, no país ou no exterior (“holding”). Artigo Quarto - A Sociedade terá prazo indeterminadode duração. Capítulo II - Do Capital - Artigo Quinto - O capital social é de R$ 500,00 (quinhentos reais),representado por 500 (quinhentas) ações, sendo todas ordinárias nominativas, sem valor nominal, sendoR$ 200,00 (duzentos reais) integralizados e o restante a integralizar no prazo de 12 meses a contar destaassembleia. Parágrafo Primeiro - Cada ação corresponde a um voto nas deliberações sociais. ParágrafoSegundo - As ações provenientes de aumento de capital serão distribuídas entre os acionistas, na forma dalei, no prazo que for fixado pela Assembleia que deliberar sobre o aumento de capital. Parágrafo Terceiro -Mediante aprovação de acionistas representando a maioria do capital social, a companhia poderá adquirir aspróprias ações para efeito de cancelamento ou permanência em tesouraria, sem diminuição do capital social,para posteriormente aliená-las, observadas as normas legais e regulamentares em vigor. Capítulo III - DaAssembleia Geral - Artigo Sexto - A Assembleia Geral reunir-se-á, ordinariamente, nos 4 (quatro) primeirosmeses após o encerramento do exercício social, e, extraordinariamente, sempre que os interesses sociais oexigirem. Parágrafo Primeiro - A Assembleia Geral será presidida por acionistas ou diretor eleito no ato, queconvidará, dentre os diretores ou acionistas presentes, o secretário dos trabalhos. Parágrafo Segundo -As deliberações das Assembleias Gerais Ordinárias e Extraordinárias, ressalvadas as exceções previstas emlei e sem prejuízo do disposto neste Estatuto Social, serão tomadas por maioria absoluta de voto, nãocomputando os votos em branco. Capítulo IV - Da Administração - Artigo Sétimo - A administração daCompanhia será exercida por uma diretoria, composta por no mínimo 2 (dois) e no máximo 10 (dez) membros,todos com a designação de diretores, podendo ser acionistas ou não, residentes no país, eleitos anualmentepelaAssembleiaGeral, permitidaa reeleição.Vencidoomandato,osdiretorescontinuarãonoexercíciodeseuscargos, até a posse dos novos eleitos.Parágrafo Primeiro - Os diretores ficam dispensados de prestar cauçãoe seus honorários serão fixados pela Assembleia Geral que os eleger.Parágrafo Segundo - A investidura dosdiretores nos cargos far-se-á por termo lavrado no livro próprio. Artigo Oitavo - No caso de impedimentoocasional de um diretor, suas funções serão exercidas por qualquer outro diretor, indicado pelos demais. Nocaso de vaga, o indicado deverá permanecer no cargo até a eleição e posse do substituto pela AssembleiaGeral.Artigo Nono - A diretoria tem amplos poderes de administração e gestão dos negócios sociais, podendopraticar todos os atos necessários para gerenciar a Sociedade e representá-la perante terceiros, em juízo oufora dele, e perante qualquer autoridade pública e órgãos governamentais federais, estaduais ou municipais;exercer os poderes normais de gerência;assinar documentos, escrituras, contratos e instrumentos de crédito;emitir e endossar cheques; abrir, operar e encerrar contas bancárias; contratar empréstimos, concedendogarantias, adquirir, vender, onerar ou ceder, no todo ou em parte, bens móveis ou imóveis. Artigo Décimo - Arepresentação da Companhia em juízo ou fora dele, assim como a prática de todos os atos referidos no artigonono competem a qualquer diretor, agindo isoladamente, ou a um ou mais procuradores, na forma indicadanos respectivos instrumentos de mandato.A nomeação de procurador(es) dar-se-á pela assinatura isolada dequalquer diretor, devendo os instrumentos de mandato especificarem os poderes conferidos aos mandatáriose serem outorgados com prazo de validade não superior a um ano, exceto em relação às procurações “adjudicia”, as quais poderão ser outorgadas por prazo indeterminado. Parágrafo Único:
çDependerão da
aprovação de acionistas representando a maioria do capital social a prestação de avais, fianças e outrasgarantias em favor de terceiros. Artigo Décimo Primeiro - Compete à diretoria superintender o andamentodos negócios da Companhia, praticando os atos necessários ao seu regular funcionamento. Capítulo V -Conselho Fiscal - Artigo Décimo Segundo - A companhia terá um Conselho Fiscal, de funcionamento nãopermanente que, quando instalado, deverá ser composto de, no mínimo, 3 (três) e, no máximo, 5 (cinco)membrosefetivose igualnúmerodesuplentes,acionistasounão.ParágrafoÚnico-OsmembrosdoConselhoFiscal serão eleitos pela Assembleia Geral Ordinária para um mandato de 1 (um) ano, permitida a reeleição.CapítuloVI - Disposições Gerais - Artigo DécimoTerceiro - O exercício social da Sociedade coincide como ano civil, encerrando-se em 31 de dezembro de cada ano. Quando do encerramento do exercício social, aSociedade preparará um balanço patrimonial e as demais demonstrações financeiras exigidas por Lei.ArtigoDécimo Quarto - Os lucros apurados em cada exercício terão o destino que a Assembleia Geral lhes der,conformerecomendaçãodadiretoria,depoisdeouvidooConselhoFiscal,quandoemfuncionamento,edepoisde feitas as deduções determinadas em Lei. Artigo Décimo Quinto - Mediante decisão de acionistasrepresentando a maioria do capital social, a Sociedade poderá preparar balanços intercalares a qualquermomento, a fim de determinar os resultados e distribuir lucros em períodos menores.Artigo Décimo Sexto - ASociedade distribuirá, como dividendo obrigatório em cada exercício social, o percentual mínimo previsto eajustado nos termos da legislação aplicável.Artigo Décimo Sétimo - A Sociedade entrará em liquidação noscasos previstos em lei ou por deliberação da Assembleia Geral, com o quorum de acionistas representando amaioria do capital social, a qual determinará a forma de sua liquidação, elegerá os liquidantes e fixará a suaremuneração. Artigo Décimo Oitavo - Qualquer ação entre os acionistas ou deles contra a Companhia,baseada neste estatuto social, será proposta no foro da Comarca de São Paulo, Estado de São Paulo. Suelide Fátima Ferretti - Presidente; Cleber Faria Fernandes - Secretário.JUCESP/NIRE nº 35.300.467.671 em18/07/2014.Flávia Regina Britto - Secretária Geral em Exercício.
Alaof Brasil Infra Holdings S.A.CNPJ/MF n.º 14.287.110/0001-90 – NIRE 35.300.412.435
Ata da Assembleia Geral Extraordinária realizada em 12/09/20141. Data, hora e local: Realizada aos 12 (doze) dias do mês de setembro de 2014, às 9:00 horas, na sede social da ALAOFBRASIL INFRAHOLDINGSS.A. (“Companhia”), localizada na cidade de SãoPaulo, Estado de SãoPaulo, na Avenida BrigadeiroFaria Lima, n.º 2.391, 3º andar, conjuntos 31 e 32, Pinheiros, CEP 01.452-000. 2. Convocação e presença: Dispensada apublicação de edital de convocação, nos termos do artigo 124, parágrafo 4º, da Lei n.º 6.404, de 15 de dezembro de 1976,conforme alterada (“Lei das Sociedades por Ações”), tendo em vista a presença de acionistas representando a totalidade docapital social da Companhia, conforme se verifica das assinaturas constantes do Livro de Registro de Presença de Acionistasda Companhia.3.Mesa: A assembleia foi presidida pelo Sr.Emiliano Bochnia Machado e secretariada pelo Sr.MarcusViniciusVarotti.4.Ordemdo dia:Reuniram-se os acionistas da Companhia para examinar, discutir e votar a respeito da seguinte ordemdo dia: (i) a redução do capital social da Companhia, no montante de R$10.946.029,06 (dez milhões, novecentos e quarenta eseis mil, vinte e nove reais e seis centavos), sem o cancelamento de ações, nos termos do artigo 173 da Lei das Sociedadespor Ações; e (ii) a alteração do caput do Artigo 5º do Estatuto Social da Companhia, para refletir referida redução de capital,caso aprovada. 5. Deliberações: Os acionistas presentes, após exame, discussão e votação das matérias, resolveram, porunanimidade de votos e sem quaisquer ressalvas ou restrições, o quanto segue: 5.1. Registrar que a ata que se refere àpresente assembleia geral será lavrada na forma de sumário dos fatos ocorridos, conforme faculta o §1.º do artigo 130 da Leidas Sociedades por Ações, sendo que a presente ata confere com a original, lavrada nas páginas 44 a 46 do Livro de Atasdas Assembleias Gerais da Companhia. 5.2. Aprovar, integralmente e sem ressalvas, por unanimidade de votos, a reduçãodo capital social da Companhia, passando dos atuais R$113.005.052,00 (cento e treze milhões, cinco mil e cinquenta e doisreais) para R$102.059.022,94 (cento e dois milhões, cinquenta e nove mil, vinte e dois reais e noventa e quatro centavos),uma redução, portanto, no montante total de R$10.946.029,06 (dez milhões, novecentos e quarenta e seis mil, vinte e novereais e seis centavos), realizada sem o cancelamento de ações de emissão da Companhia, nos termos do artigo 173 da Leidas Sociedades por Ações. 5.2.1. Consignar que, nos termos do artigo 174, § 1.º, da Lei das Sociedades por Ações, duranteo prazo de 60 (sessenta) dias contados da data de publicação da presente ata, eventuais credores quirografários por títulosque sejam anteriores à referida data de publicação poderão se opor à redução do capital social da Companhia ora deliberada.5.2.2.Consignar, ainda, que a redução do capital social da Companhia ora deliberada somente se tornará efetiva, findo o prazomencionado no item 5.2.1 acima, (i) mediante inexistência de oposição de credores quirografários por títulos anteriores à datade publicação da presente ata, ou, (ii) existindo oposição de algum credor, mediante pagamento do seu crédito ou depósitojudicial da importância respectiva, conforme disposto no artigo 174, § 2.º, da Lei das Sociedades por Ações. 5.2.3.Consignar,por fim, que da quantia total da redução do capital social da Companhia, (i) R$10.696.029,06 (dez milhões, seiscentos enoventa e seis mil, vinte e nove reais e seis centavos) foram reduzidos para absorção de perdas sofridas pela Companhia,até o montante dos prejuízos acumulados, de modo que, após tal redução, a conta de prejuízos acumulados da Companhiapassará a registrar o valor de R$0,00 (zero reais); e (ii) R$250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais) foram reduzidos docapital social por terem sido julgados excessivos, e serão restituídos aos acionistas da Companhia, proporcionalmente àparticipação de cada um no capital social da Companhia, em moeda corrente nacional, em até 20 (vinte) dias a partir da dataem que se der o decurso do prazo previsto no artigo 174 da Lei das Sociedades por Ações para a efetivação da redução docapital social. 5.3.Em decorrência da deliberação tomada no item 5.2 acima, uma vez concluída a redução do capital social daCompanhia e desde que atendidas as condicionantes previstas no item 5.2.2 acima, o caput do Artigo 5.º do Estatuto Socialda Companhia passará a vigorar com a seguinte nova redação: “Artigo 5.º O capital social é de R$102.059.022,94 (cento edois milhões, cinquenta e nove mil, vinte e dois reais e noventa e quatro centavos), dividido em 113.255.052 (cento e trezemilhões, duzentas e cinquenta e cinco mil e cinquenta e duas) ações ordinárias, todas nominativas, sem valor nominal.” 6.Encerramento: Nada mais havendo a ser tratado, foi encerrada a assembleia, da qual se lavrou a presente ata na forma desumário que, lida e achada conforme, foi por todos os presentes assinada.São Paulo, 12 de setembro de 2014. (aa) Presidente:Emiliano Bochnia Machado; Secretário: Marcus Vinicius Varotti. Acionistas presentes: ALAOF Brasil Infra Holdings Fundo deInvestimento em Participações; e ALAOF do Brasil Administradora de Valores Mobiliários e Consultoria Ltda. A presente ataconfere com a original lavrada em livro próprio. São Paulo, 12 de setembro de 2013.Marcus Vinicius Varotti - Secretário.
PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SANTA GERTRUDESPregão Presencial 33/2014
A Prefeitura do Município de Santa Gertrudes torna público que, no dia e hora especificados,nas dependências do Paço Municipal, à Rua 01A, 332, Centro, Santa Gertrudes/SP, realizar-se-álicitação, na modalidade Pregão Presencial 33/2014, objetivando o registro de preços, pelo tipo menorpreço global, com vistas a eventual e futura contratação de empresa objetivando o fornecimentode gases medicinais, de forma parcelada e a pedido, para os serviços de saúde pública. O editalcompleto poderá ser retirado no endereço supracitado, no horário das 09:00 às 16:00 horas oupelo site www.santagertrudes.sp.gov.br. Não serão enviados editais pelo correio ou por e-mail. Osenvelopes com as propostas e os documentos de habilitação devem ser protocolados até as 08:30horas do dia 30/09/2014 no Paço Municipal. A sessão de lances e julgamento será neste mesmo diaàs 09:00 horas. Santa Gertrudes/SP, 16 de setembro de 2014. Danielle Zanardi Leão – Pregoeira.
PREFEITURAMUNICIPAL DE BIRIGUIEdital nº 60/2.014–ConcorrênciaPúblicanº 06/2.014.
Objeto:- Permissão de uso de espaço público para exploração dalanchonete no Terminal Rodoviário de Passageiros de Birigui, peloperíodo de 12 (doze) meses, podendo ser renovado se houverinteressedaAdministração.Critério deJulgamento:-MelhorOferta.ENCERRAMENTO EABERTURA:- 23/10/2.014, às 08h30min. OEdital e seus Anexos na íntegra poderá ser retirado gratuitamenteatravés do site www.birigui.sp.gov.br., ou na Seção de Licitaçõesno valor deR$ 30,00 (trinta reais). ENCERRAMENTODAVENDA:22/10/2.014. INFORMAÇÕES:- Seção de Licitações na RuaSantos Dumont nº 28 ou pelos telefones (018) 3643.6125 - 36436126, Birigui, 16/09/2.014, Pedro Felício Estrada Bernabé, PrefeitoMunicipal.
PREFEITURAMUNICIPAL DE BIRIGUISUSPENSÃO
EDITALNº 142/2.014 – PREGÃOPRESENCIALNº 118/2.014.A pregoeira designada pela Portaria nº 115/2014 torna públicoque o Pregão Presencial nº 118/2014 que objetiva a Contrataçãode consultoria especializada para elaborar o plano municipal desaneamento básico do município de Birigui conforme Lei federalnº 11.445/2007, devendo abranger todo o território (urbano e rural)e contemplar os quatro componentes do saneamento básico, quecompreende o conjunto de serviços de infraestrutura e instalaçõesoperacionais de I) abastecimento de água, II) esgotamentosanitário, III) drenagem emanejo das águas pluviais urbanas e IV)limpeza e manejo dos resíduos será suspenso para apreciaçãoe resposta dos pedidos de esclarecimentos protocolados. Oprocesso na íntegra encontra-se à disposição dos interessados naSeção de Licitações, na Rua Santos Dumont nº 28, Centro. Birigui,16/09/2014.RenataAparecidaNatal Zago, PregoeiraOficial.
PREFEITURAMUNICIPAL DE BIRIGUIEDITALNº 159/2014–PREGÃOPRESENCIAL Nº 139/2014
OBJETO:- Registro de Preços contratação de empresaespecializada em prestação de serviços de exames detomografia, ressonância e exames diversos, destinadosà Secretaria Municipal de Saúde, pelo prazo de 12 (doze)meses. Data daRealização- 30/09/2014 às 08h30min.Melhoresinformações poderão ser obtidos junto a Sala de Licitações daSecretaria de Saúde, Praça Gumercindo de Paiva Castro s/nº –Centro – Birigui/SP, pelo telefone (018) 3643. 6234, ou pelo [email protected]. O Edital poderá ser lidonaquela Sala e retirado gratuitamente no site www.birigui.sp.gov.br., Pedro Felício Estrada Bernabé, Prefeito Municipal, Birigui,16/09/2014.
Brookfield SPE SP-23 S.A.CNPJ 13.487.635/0001-07
Notas explicativas às demonstrações financeiras(Valores expressos emMR$ - R$, salvo se indicado de outra forma)
1. Informações gerais: A Brookfield SPE SP-23 S.A. (“Companhia”), é uma sociedadeanônima de capital fechado com sede naAvenidaMorumbi, 7750, 7766, 7768, 7770,7776 e 7778 – São Paulo – SP, cujo objeto é o planejamento, promoção, desenvolvi-mento, a venda e a entrega de empreendimento imobiliário para fins residenciais noimóvel situado na cidade de São Paulo – S.P, na AvenidaMorumbi, 7750, 7766, 7768,7770, 7776 e 7778. 2. Apresentação das demonstrações financeiras e resumo dasprincipais políticas contábeis: As demonstrações financeiras foram aprovadas pelaAdministração em 28/03/14. As demonstrações financeiras da Companhia forampreparadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, que compreen-dem aquelas incluídas na legislação societária brasileira e os Pronunciamentos, asOrientações e as Interpretações emitidas, incluindoaOrientaçãoOCPC04 -Aplicaçãoda Interpretação Técnica ICPC 02 às Entidades de Incorporação Imobiliária Brasileiras- no que diz respeito ao reconhecimento de receitas e respectivos custos e despesasdecorrentes de operações de incorporação imobiliária durante o andamento da obra(método da percentagem completada - POC). No exercício de 2012 a Companhia en-contrava-seemfasepré-operacionalenãoefetuou transações.Dessa forma, comoossaldos contábeis são inferiores a R$ 1, a Administração da Companhia não está reali-zandoaapresentaçãodasdemonstraçõesfinanceiras comparativas conforme reque-ridopeloCPC26 -Apresentaçãodasdemonstrações contábeis. Amoeda funcional daCompanhia é o real, mesma moeda de preparação e apresentação das demonstra-ções financeiras. As demonstrações financeiras estão sendo apresentadas emmilha-res de reais, exceto se indicado de outra forma, inclusive nas notas explicativas. Asdemonstraçõesfinanceiras foramelaboradasdeacordocomdiversasbasesdeavalia-ção utilizadas nas estimativas contábeis. As estimativas contábeis envolvidas na pre-paração das demonstrações financeiras foram baseadas em fatores objetivos e sub-jetivos, com base no julgamento da administração para determinação do valor ade-quado a ser registrado nas demonstrações financeiras. Itens significativos sujeitos aessas estimativas e premissas incluem a seleção de vidas úteis do ativo imobilizado ede sua recuperabilidadenasoperações, assimcomodaanálisedosdemais riscosparadeterminação de outras provisões, inclusive para contingências. A liquidação dastransações envolvendo essas estimativas poderá resultar emvalores divergentes dosregistrados nas demonstrações financeiras devido ao tratamento probabilístico ine-rente ao processo de estimativa. A Companhia revisa suas estimativas e premissaspelomenos anualmente. A Companhia adotou todas as normas, revisões de normase interpretações emitidas pelo Comitê de pronunciamentos contábeis (CPC) que es-tavam em vigor em 31/12/13. Não existem outras normas e interpretações emitidase ainda não adotadas que possam, na opinião da Administração, ter impacto signifi-cativonoresultadoounopatrimôniodivulgadopelaCompanhia. a)Caixaeequivalen-tes de caixa: Caixa eequivalentes de caixa sãoavaliados ao valor justonamensuraçãoinicial e compreendem depósitos bancários a vista. b) Estoques de imóveis a comer-cializar: São registrados no “Estoques de imóveis a comercializar” os custos de aquisi-çãode terrenos, de construçãoeoutros custos relacionadosaosprojetos emconstru-ção cujas unidades ainda não foram vendidas. O custo de terrenos mantidos paradesenvolvimento inclui o preço de compra, bem como os custos incorridos para aaquisição e o desenvolvimento dos terrenos, que não excede o valor de mercado. c)Imobilizado: O imobilizado refere-se exclusivamente a estande de vendas em31/12/13eestádemonstradoaovalordecusto,deduzidodedepreciaçãoeperdaporredução ao valor recuperável acumuladas, quando aplicável. De acordo com a orien-taçãoOCPC01 (R1) – Entidades de Incorporação Imobiliária, gastos diretamente rela-cionadoscomaconstruçãomobíliaedecoraçãodosestandesdevendasdoempreen-dimento imobiliário possuem natureza de caráter tangível e, dessa forma a Compa-nhia, está registrando-os no ativo imobilizado, e depreciando-os de acordo com orespectivo prazo de vida útil estimada. Os gastos com a construção dos estandes devendas são capitalizados apenas quando a expectativa de vida útil-econômica for su-perior a um ano e depreciados de acordo com o prazo de vida útil-econômica (nor-malmente 24 meses), de acordo com cada empreendimento, sendo baixados porocasião do término da construção ou da venda total de unidades do referido projeto.Caso a vida útil estimada seja inferior a 12meses, a Companhia os reconhecem dire-tamente ao resultado como “Despesas de vendas”. d) Redução do valor recuperável:No fim de cada exercício, a Companhia revisa o valor contábil de seus ativos paradeterminar se há alguma indicação de que tais ativos sofreram alguma perda por re-
Balanço patrimonial Em31 de dezembro de 2013(Valores expressos emmilhares de reais)
ATIVO Nota 2013Ativo circulante 29.993Caixa e equivalentes de caixa 463Estoques de imóveis a comercializar 3 29.377Outros ativos 153Ativo não circulante 595Imobilizado 4 595Total do ativo 30.588PASSIVOPassivo circulante 45Contas a pagar a fornecedores e outras 45
Passivo não circulante 410Partes relacionadas 5 410Patrimônio líquido 6 28.149Capital social 28.515Prejuízos acumulados (366)Adiantamento para futuro aumento de capital 6 b 1.984Total do patrimônio líquido e recursos capitalizáveis 30.133Total do passivo, patrimônio líquido e recursos capitazáveis 30.588
Demonstração do resultado Exercício findoem31 de dezembro de 2013 (Valores expressos emmilhares de reais)
Nota 2013Despesas operacionais (365)Despesas de vendas 7 (365)Prejuízo operacional antes do resultado financeiro (365)Despesas financeiras (1)Prejuízo do exercício (366)
Demonstração do resultado abrangente Exercício findoem31 de dezembro de 2013 (Valores expressos emmilhares de reais)
Nota 2013Prejuízo do exercício (366)Total do resultado abrangente do exercício (366)Demonstração dasmutações do patrimônio líquido Exercício findo em31 de
dezembro de 2013 (Valores expressos emmilhares de reais)
NotaCapitalsocial
Prejuízosacumulados
Total dopatrimônio líquido
Saldos em1/01/2013 - - -Aumento de capital 6 a 28.515 - 28.515Prejuízo do exercício - (366) (366)Saldos em31/12/2013 28.515 (366) 28.149
Demonstrações dos fluxos de caixa Exercício findoem31 de dezembro de 2013 (Valores expressos emmilhares de reais)
Fluxos de caixa de atividades operacionais 2013Prejuízo do exercício (366)Ajustes para reconciliar o prejuízo do exercício como caixalíquido gerado pelas (aplicado nas) atividades operacionaisDepreciação 109Variação no capital circulanteAumento de estoques de imóveis a comercializar (863)Aumento de outros ativos (152)Aumento de contas a pagar de fornecedores e outras 45Caixa líquido consumido pelas atividades operacionais (1.227)Fluxos de caixa de atividades de investimentoAquisição de imobilizado (704)Adiantamentos a partes relacionadas 410Caixa líquido consumido pelas atividades de investimento (294)Fluxos de caixa de atividades de financiamentoAdiantamento para futuro aumento de capital 1.984Caixa líquido gerado pelas atividades de financiamento 1.984Aumento líquido no caixa e equivalentes de caixa 463Caixa e equivalentes de caixa no início do exercício -Caixa e equivalentes de caixa no fimdo exercício 463
duçãoaovalor recuperável. Sehouver tal indicação, omontante recuperável doativoé estimado comafinalidade demensurar omontante dessa perda, se houver. Quan-do não for possível estimar o montante recuperável de um ativo individualmente, aCompanhia, calcula o montante recuperável da unidade geradora de caixa à qualpertenceoativo.Quandoumabasedealocação razoável e consistentepodeser iden-tificada, os ativos corporativos também são alocados às unidades geradoras de caixaindividuais ou aomenor grupo de unidades geradoras de caixa para o qual uma basede alocação razoável e consistente possa ser identificada. Omontante recuperável éo maior valor entre o valor justo menos os custos na venda ou o valor em uso. Naavaliação do valor em uso, os fluxos de caixa futuros estimados são descontados aovalor presente pela taxa de desconto, antes dos impostos, que reflita uma avaliaçãoatual demercado do valor damoeda no tempoe os riscos específicos do ativo para oqual a estimativadefluxosde caixa futurosnão foi ajustada. Seomontante recuperá-vel de um ativo (ou unidade geradora de caixa) calculado for menor que seu valorcontábil, o valor contábil do ativo (ou unidade geradora de caixa) é reduzido ao seuvalor recuperável. A perda por redução ao valor recuperável é reconhecida imediata-mentenoresultado.Aperdapor reduçãoaovalor recuperávelpodevir a ser revertidasubsequentemente, excetoparao casodoágio representadopela rentabilidade futu-ra cujaperdapor reduçãoaovalor recuperávelnãoé revertida,desdequenãoexcedaovalor contábil que teria sidodeterminado.A reversãodaperdapor reduçãoaovalorrecuperável é reconhecida imediatamente no resultado. e) Provisões: As provisõessão reconhecidas paraobrigações presentes (legal oupresumida) resultantedeeven-tos passados, em que seja possível estimar os valores de forma confiável e cuja liqui-dação seja provável. O valor reconhecido como provisão é a melhor estimativa dosrecursos financeiros requeridos para liquidar a obrigação no final de cada exercício,considerando-se os riscos e as incertezas relativas à obrigação. Quando a provisão émensurada com base nos fluxos de caixa estimados para liquidar a obrigação, seuvalor contábil corresponde ao valor presente desses fluxos de caixa (em que o efeitodo valor temporal do dinheiro é relevante). Quando alguns ou todos os benefícioseconômicos requeridospara a liquidaçãodeumaprovisão sãoesperadosque fossemrecuperados de um terceiro, um ativo é reconhecido se, e somente se, o reembolsofor virtualmente certo e o valor puder ser mensurado de forma confiável. (i) Contin-gências:As provisões para obrigações de naturezas cível, trabalhista, previdenciária efiscal, objeto de contestação judicial são reavaliadas periodicamente, e são contabili-zadascombasenasopiniõesdodepartamento jurídico interno,dosconsultores legaisindependentes e da Administração da Companhia sobre o provável desfecho dosprocessos judiciais nas datas de divulgação. A Companhia adota o procedimento deprovisionar a totalidadedasobrigaçõesdenaturezas trabalhista, previdenciária, fiscale cível cuja probabilidadedeperda, ou seja, de desembolso futuro tenha sido estima-da comoprovável. Em31/12/13 nãohavia saldo de provisões registrado. f) Classifica-ção entre circulante e não circulante: Os direitos realizáveis e as obrigações exigíveisapós os doze meses da data do balanço são considerados como não circulante. g)Demonstrações dos fluxos de caixa: As demonstrações dos fluxos de caixa forampre-paradas pelométodo indireto e estão apresentadas de acordo comoPronunciamen-to Técnico CPC 03 (R2) - Demonstração dos Fluxos de Caixa, emitido pelo Comitê dePronunciamentos Contábeis (CPC). 3. Estoques de imóveis a comercializar:Montantes conferidos ao capital social: 2013Terreno 14.740CEPAC’s 5.686Custos agregados 8.088Sub-total 28.514Custos agregados 863Total 29.377A Companhia não identificou a necessidade de registro de provisão para redu-ção ao valor recuperável de ativos, conforme os requerimentos do CPC 01 (R1)(“impairment”). 4. Imobilizado: Estande de vendasSaldo em31 de dezembro de 2012 -Aquisições 704Depreciação (109)Saldo em31 de dezembro de 2013 5955. Partes relacionadas: Refere-se a valores a pagar à controladora da Com-
panhia, Brookfield São Paulo Empreendimentos Imobiliários S.A., relativosa custos de aquisição e transferência do terreno. O montante não é atua-lizado monetariamente ou acrescidos de juros e não possui prazo de ven-cimento definido. 6. Capital social: a) Capital subscrito: O capital social daCompanhia, em 31/12/13, é de R$28.515 dividido em 28.514.664 ações or-dinárias, todas nominativas, sem valor nominal e totalmente integralizadas.
31/12/2013
AcionistasPercentual deParticipação
QuantidadedeAções
Brookfield São Paulo EmpreendimentosImobiliários S.A. 50,00 14.257.332
BV Empreendimentos e Participações S.A. 50,00 14.257.332Total de ações emitidas 100,00 28.514.664b) Aumento de capital: Em 23/07/13, a Companhia realizou aumento de capi-tal social no montante de R$ 28.514 mediante a emissão de 28.514.664 açõesordinárias escriturais, sem valor nominal dentro do limite do capital autorizadoprevisto no Estatuto Social da Companhia, ao preço de emissão de R$1,00 poração. O capital social foi integralizado através de: (i) terreno situado na AvenidaMorumbi, nºs 7750, 7766, 7768, 7770, 7776 e 7778, cidade e estado de São Pau-lo, no valor contábil de R$ 14.740; (ii) custos relativo à aquisição de Certificado dePotencial Adicional de Construção - CEPACs no montante de R$ 5.686 e; (iii) R$8.088 referentes a custos agregados ao terreno, conforme Laudo de Avaliação. Em24/07/13 a controladora da Companhia, Brookfield São Paulo EmpreendimentosImobiliários S.A., vende à BV Empreendimentos e Participações S.A. 14.257.332ações ordinárias nominativas sem valor nominal, correspondente a 50% do ca-pital social da Companhia. c) Adiantamento para futuro aumento de capital: Nosmeses de julho, setembro e outubro de 2013, as acionistas Brookfield São PauloEmpreendimentos Imobiliários S.A. e BV Empreendimentos Empreendimentos eParticipações S.A. aportaram recursos na forma de adiantamento para futuro au-mento de capital no montante de R$ 1.984. 7. Informações sobre a natureza dasdespesas reconhecidas na demonstração do resultado: A Companhia apresentaa demonstração do resultado utilizando uma classificação das despesas baseadana sua função. As informações sobre a natureza dessas despesas reconhecidas nademonstração do resultado é apresentada a seguir: 31/12/2013Despesas promoção e propaganda 117Stand de vendas / apartamentomodelo 99Depreciação 109Outras despesas 40Total de despesas de venda 3658. Instrumentos financeiros: 8.1. Gestão do risco de capital:A Companhia adminis-tra seu capital, para assegurar que as empresas que pertencem a ela possam con-tinuar com suas atividades normais, ao mesmo tempo em que buscam maximizaro retorno de suas operações a todas as partes interessadas ou envolvidas em suasoperações, pormeio da otimização da utilização de instrumentos de dívida e do pa-trimônio. 8.2. Risco demercado:A indústria de construção civil e incorporação imo-biliária é cíclica e significativamente influenciada por mudanças nas condições eco-nômicas gerais e locais, tais como: •Níveis deemprego. •Crescimentopopulacional.• Confiança do consumidor e estabilidade dos níveis de renda. • Disponibilidade definanciamentopara aquisiçãodeáreas de terrenos residenciais. •Disponibilidadedeempréstimos para construção e aquisição de imóveis. • Disponibilidade de proprie-dadespara locaçãoevenda.•Condiçõesde revendanomercado imobiliário.ACom-panhia acredita que a linha de produtos oferecida a classes de clientes diferenciadosfornece alguma redução de risco de mercado. Entretanto, a Companhia continuaexposta a riscos de mercado. 8.3. Gestão do risco de taxa de juros: A Companhianão está exposta ao risco de taxa de juros, uma vez que não possui ativos e passivoscom taxas de juros prefixadas como pós-fixadas. 8.4. Gestão do risco de crédito: ACompanhia não está exposta ao risco de crédito, em função da Companhia não teriniciado o processo de vendas de unidades imobiliárias.Diretoria: Alessandro Olzon Vedrossi - Ricardo Laham - André Paterno Luca-relli - Ricardo José Rodrigues Fontoura - Luciano Francisco de Oliveira Gagliardi.
Felipe Cossio Rodriguez - CRC-RJ-097.455/O-7-S -SPRelatório dos auditores independentes sobre as demonstrações financeiras: Examinamos as demonstrações financeiras daBrookfield SPE SP-23 S.A. (“Companhia”), que compreendem o balanço patrimonial em 31/12/13 e as respectivas demonstra-ções do resultado, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa, para o exercício findonaquela data, assim como o resumo das principais práticas contábeis e demais notas explicativas. Responsabilidade da admi-nistraçãosobreasdemonstraçõesfinanceiras:AAdministraçãodaCompanhiaé responsávelpelaelaboraçãoeadequadaapre-sentação das demonstrações financeiras de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, assim como pelos controlesinternosqueaAdministraçãodeterminoucomonecessáriosparapermitir aelaboraçãodessasdemonstraçõesfinanceiras livresde distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro. Responsabilidade dos auditores independentes:Nossa responsabilidadeéadeexpressarumaopinião sobreessasdemonstraçõesfinanceiras combaseemnossaauditoria, con-duzidadeacordo comasnormasbrasileiras e internacionais deauditoria. Essas normas requeremocumprimentodeexigênciaséticas pelos auditores e que a auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as de-monstrações financeiras estão livres de distorção relevante. Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionadospara obtenção de evidência a respeito dos valores e divulgações apresentados nas demonstrações financeiras. Os procedimen-
tos selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevante nas demonstra-çõesfinanceiras, independentemente se causadapor fraudeouerro.Nessa avaliaçãode riscos, o auditor consideraos controlesinternos relevantes para a elaboração e adequada apresentação das demonstrações financeiras da Companhia para planejaros procedimentos de auditoria que são apropriados nas circunstâncias,mas não para fins de expressar umaopinião sobre a efi-cácia desses controles internos da Companhia. Uma auditoria inclui, também, a avaliação da adequação das práticas contábeisutilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis feitas pela administração, bem comoa avaliação da apresentação das de-monstrações financeiras tomadas emconjunto. Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada parafundamentar nossa opinião. Opinião sobre as demonstrações financeiras: Em nossa opinião, as demonstrações financeiras,acima referidas apresentamadequadamente, emtodosos aspectos relevantes, a posiçãopatrimonial e financeira daBrookfieldSPE SP-23 S.A. em 31/12/2013, o desempenho de suas operações e os seus fluxos de caixa para o exercício findo naquela data,de acordo comas práticas contábeis adotadas no Brasil. RJ, 28/03/2014. ERNST& YOUNG - Auditores Independentes S.S. - CRC- 2SP 015.199/O-6; RobertoMartorelli - Contador CRC - 1RJ 106.103/O-S-SP.
Brookfield São Paulo Empreendimentos Imobiliários S.A.CNPJ 58.877.812/0001-08
Balanços Patrimoniais (Em milhares de reais)Reapre-sentado
Contro-ladora
Contro-ladora
Conso-lidado
Conso-lidado
ATIVO 2013 2012 2013 2012Ativos Circulantes 1.320.813 1.059.580 1.535.650 1.244.296Caixa e equivalentes de caixa 33.115 182.625 36.781 216.704Contas a receber de clientes 513.099 492.408 599.458 605.840Estoque de imóveis a comercializar 197.512 295.988 239.219 316.776Outros ativos 577.087 88.559 660.192 104.976Ativos Não Circulantes 1.757.573 1.975.364 1.478.651 1.773.134Contas a receber de clientes 580.554 661.884 698.885 815.150Estoque de imóveis a comercializar 303.943 274.256 333.022 315.958Outros ativos 114.380 687.810 221.321 526.139Investimentos 746.075 336.147 204.623 98.621Imobilizado 12.621 15.267 20.800 17.266Total dos Ativos 3.078.386 3.034.944 3.014.301 3.017.430PASSIVOPassivos Circulantes 1.282.198 1.231.135 1.093.163 1.138.723Empréstimos e financiamentos 416.236 389.301 448.132 390.952Contas a pagar a fornecedores e outras 226.130 155.960 208.314 175.273Dividendos a pagar 280.569 224.584 13.912 40.824Adiantamentos de clientes 282.524 354.008 335.354 413.670Outros passivos financeiros 76.739 107.282 87.451 118.004Passivos Não Circulantes 1.790.056 1.599.767 1.900.932 1.674.665Empréstimos e financiamentos 772.783 652.474 835.544 720.257Empréstimos com partes relacionadas 810.303 833.694 810.572 834.096Contas a pagar a fornecedores e outras 66.896 46.138 54.835 46.138Adiantamentos de clientes 21.981 27.542 22.328 27.542Outros passivos financeiros 118.093 39.919 177.653 46.632Patrimônio líquido 6.132 204.042 20.206 204.042Patrimônio líquido de acionistas controladores 6.132 204.042 6.132 204.042Participação de acionistas não controladores - - 14.074 -Total do Passivo e Patrimônio Líquido 3.078.386 3.034.944 3.014.301 3.017.430
Relatório da AdministraçãoSenhores Acionistas, atendendo disposições legais e estatutárias, a administração daBrookfield São Paulo Empreendimentos Imobiliários S.A. tem a honra de submeter à
apreciação de V.Sas., as Demonstrações Financeiras, referentes aos exercícios encerrados em31 de dezembro de 2013 e 2012. Os valores apresentados revelam os resultados alcançados
no período, bem como a posição patrimonial da Sociedade. Colocamo-nos à disposição paraprestar-lhes quaisquer esclarecimentos que julgarem necessários. A Administração.
Demonstrações dos Resultados (Em milhares de reais, exceto o lucro líquido por ação)Reapre-sentado
Controla-dora
Controla-dora
Conso-lidado
Conso-lidado
2013 2012 2013 2012Receita operacional líquida 1.054.388 687.538 1.257.866 953.982Custos operacionais (871.701) (540.654) (1.043.630) (762.408)Lucro bruto 182.687 146.884 214.236 191.574(Despesas) receitas operacionaisDespesas de vendas (63.498) (61.737) (71.924) (71.842)Despesas gerais e administrativas (57.250) (60.426) (61.073) (61.246)Outras receitas (despesas), líquidas (60.788) (27.495) (67.732) (26.282)Resultado de equivalênciapatrimonial 49.108 38.888 33.142 5.778Resultado financeiro, líquido (181.897) (176.295) (179.223) (167.089)Resultado antes do imposto derenda e contribuição social (131.638) (140.181) (132.574) (129.107)IR e contribuição social (66.272) (20.766) (65.519) (31.840)Prejuízo do Exercício (197.910) (160.947) (198.093) (160.947)Acionistas controladores da Cia. (197.910) (160.947) (197.910) (160.947)Acionistas não control. da Cia. - - (183) -
Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido (Em milhares de reais)Adto. Reservas de Lucro
Saldos emCapitalSocial
para futuroaumento de
capital Legal
Investimen-to e capital
giro
Prejuízosacumula-
dos Total31/12/2011 249.000 102.800 2.753 39.236 (52.580) 341.209Adiantamento para futuroaumento de capital - 23.780 - - - 23.780Reserva para investimentoe capital giro - - - (39.236) 39.236 -Prejuízo do exercício - - - - (160.947) (160.947)Saldos em 31/12/2012 249.000 126.580 2.753 - (174.291) 204.042Reserva legal - -(2.753) - 2.753 -Prejuízo do exercício - - - - (197.910) (197.910)Saldos em 31 dedezembro de 2013 249.000 126.580 - - (369.448) 6.132
Demonstrações dos Fluxos de Caixa (Em milhares de reais)Reapre-sentado
Fluxo de caixa das atividadesControla-
doraControla-
doraConsoli-dado
Consoli-dado
operacionais 2013 2012 2013 2012Prejuízo do exercício (197.910) (160.947) (198.093) (160.947)Ajustes para reconciliar o prejuízo do exercício com o caixagerado pelas (aplicado nas) atividades operacionais :Depreciações e amortizações 2.186 8.308 2.500 8.308Provisão para créditos deliquidação duvidosa (5.063) 4.057 (6.765) 3.630Juros e variações monetárias 179.863 159.963 183.426 123.078Equivalência patrimonial (49.108) (38.888) (33.142) (5.778)Imposto de renda e contribuição social 66.272 20.766 65.519 31.840Lucro líquido (prejuízo) do exercícioajustado (3.760) (6.741) 13.445 131(Aumento)/redução nos ativos operacionaisContas a receber 102.901 (64.713) 166.801 (4.550)Estoque de imóveis a comercializar 68.789 (23.211) 60.493 118.183Outros ativos 92.592 (443.331) (242.742) (337.284)(Aumento)/redução nos passivos operacionaisContas a pagar 90.928 (91.940) 41.738 (100.871)Outros passivos (95.686) 201.350 (34.324) 160.597Caixa líquido aplicado nas (gerado pelas)ativid. operacionais 255.764 (428.586) 5.411 (163.794)Aquisição de ativo imobilizado 460 (4.051) (6.034) (1.281)Aquisição de investimentos (360.820) 367.296 (72.860) 72.405Caixa líquido consumido nasatividades de investimentos (360.360) 363.245 (78.894) 71.124Empréstimos de terceiros e partesrelacionadas (100.899) (196.064) (79.528) (45.971)Aumento de capital e adiantamentopara aumento de capital - 23.780 - 23.780Dividendos pagos 55.985 211.506 (26.912) 27.746Caixa líquido gerado pelas (aplicado nas)ativid. de financto. (44.914) 39.222 (106.440) 5.555Aumento (redução) do saldo decaixa e equivalentes de caixa (149.510) (26.119) (179.923) (87.115)Saldos no início do exercício 182.625 208.744 216.704 303.819Saldos no Fim do Exercício 33.115 182.625 36.781 216.704
Notas Explicativas às Demonstrações FinanceirasContexto Operacional - a Sociedade tem por objetivo a incorporação de edificações própriase em condomínio, a promoção de loteamento de imóveis próprios, a locação de bens imóveispróprios, a participaçãono capital de outras empresas, como sócia ou acionista e a coordenação,supervisão e fiscalização de obras civis, a organização e a administração de consórcios deimóveis, o planejamento, organização, implantação e administração de empreendimentosimobiliários próprios ou de terceiros de qualquer espécie, sejam hoteleiros, residenciais oucomerciais. Apresentação das Demonstrações Financeiras - as demonstrações financeirasforam elaboradas de acordo com a legislação societária brasileira e os Pronunciamentos, asOrientações e as Intrerpretações emitidas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis ("CPC")e aprovados pela Comissão de Valores Mobiliários ("CVM"). Caixa e Equivalentes de Caixa -incluem caixa, contas bancárias e aplicações financeiras de curto prazo. Contas a Receber - sãoavaliadas e registradas pelo valor presente na data de transação sendo deduzida a provisão para
créditos de liquidação duvidosa, que é constituída com base na análise individual dos recebíveis.Estoque - são registrados nesta rubrica os custos de aquisição de terreno, de construção e outroscustos relacionados aos projetos em construção e concluídos cujas unidades ainda não foramvendidas. O custo de terrenos mantidos para desenvolvimento inclui o preço de compra, bemcomo os custos incorridos para a aquisição e do desenvolvimento do terreno, que não excede ovalor de mercado. Imobilizado - terrenos, edificações, móveis e utensílios, instalações, veículos,estandes de vendas (apartamento modelo) e equipamentos são demonstrados ao valor decusto, deduzidos de depreciação e perda por redução ao valor recuperável acumuladas, quandoaplicável. Os terrenos não sofrem depreciação. Os gastos com a construção dos estandes de
vendas e do apartamento modelo são capitalizados apenas quando a expectativa de vida útil-econômica for superior a um ano e depreciados de acordo com o prazo de vida útil-econômicade 24 a 60meses. Capital Social - o capital social subscrito e integralizado está representado por72.006.060 ações ordinárias, nominativas sem valor nominal.
Sérgio Leal Campos - Diretor - CPF 174.159.187-20Felipe Cossio Rodriguez - CRC-RJ-097.455/O-7 - S - SP
SECRETARIA DE ESTADODA EDUCAÇÃO
GOVERNO DO ESTADODE SÃO PAULO
FDE AVISA:Pregão Eletrônico de Registro de Preços Nº 36/00598/14/05. OBJETO: AQUISIÇÃO DE KIT LABORATÓRIO LM-11 - CONJUNTO E SÓLIDOSGEOMÉTRICOS EM ACRÍLICO. A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE comunica às empresas interessadas que se achaaberta licitação para: Aquisição de Kit Laboratório LM-11 - Conjunto e Sólidos Geométricos em Acrílico. As empresas interessadas poderão obterinformações e verificar o Edital a partir de 17/09/2014, no endereço eletrônico www.bec.sp.gov.br ou na sede da FDE, na Supervisão de Licitações, naAv. São Luís, 99 - República - CEP: 01046-001 - São Paulo/SP, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, ou verificar o edital naíntegra, através da Internet no endereço: http://www.fde.sp.gov.br.A sessão pública de processamento do Pregão Eletrônico será realizada no endereçoeletrônico www.bec.sp.gov.br, no dia 01/10/2014, às 09:30 horas, e será conduzida pelo pregoeiro com o auxílio da equipe de apoio, designados nosautos do processo em epígrafe e indicados no sistema pela autoridade competente.Todas as propostas deverão obedecer, rigorosamente,ao estabelecidono edital e seus anexos e serão encaminhadas, por meio eletrônico, após o registro dos interessados em participar do certame e o credenciamento deseus representantes previamente cadastrados.A data do início do prazo para envio da proposta eletrônica será de 17/09/2014, até o momento anteriorao início da sessão pública. ANTONIO HENRIQUE FILHO - Respondendo pela Presidência da FDE - PORTARIA FDE Nº 138/2014.
18 DIÁRIO DO COMÉRCIO quarta-feira, 17 de setembro de 2014
Ebola também devasta economiasGuiné, Libéria e Serra Leoa, três países africanos que já estão no fim dos rankings de indicadores econômicos e sociais sofrem mais perdas com o surto.
Adam NossiterThe New York Times
As companhias aé-
reas cancelaram os
v o o s a o s p a í s e s
mais afetados. Os
preços de bens de consumo
básicos não param de subir e
os suprimentos de comida só
diminuem. Postos fronteiri-
ços são fechados, trabalha-
dores estrangeiros voltam
para casa e os índices de
crescimento nacional devem
despencar. O ebola – tanto a
realidade, quanto a histeria
em torno da doença – re s u l-
tou em um impacto econômi-
co considerável na Guiné, Li-
béria e Serra Leoa, três paí-
ses que já estão no fim dos
rankings de indicadores eco-
nômicos e sociais.
Para piorar ainda mais as
consequências sociais e finan-
ceiras, esses países e seus
amedrontados vizinhos afri-
canos estão criando círculos
concêntricos de quarentenas,
isolando bairros e até países
inteiros. Autoridades médicas
internacionais alertaram con-
tra essas práticas, argumen-
tando que elas vão apenas au-
mentar o sofrimento e a priva-
ção, realizando pouco para
impedir a difusão da doença
na região. Entretanto, muitas
nações africanas prossegui-
ram com a quarentena, fe-
chando as fronteiras, impe-
dindo a entrada dos habitan-
tes de países afetados e suas
companhias aéreas de voa-
rem para esses países.
O Senegal se negou até
mesmo a permitir a ida de
aviões humanitários com su-
primentos fundamentais e
equipes médicas de Dakar a
centro das agências de ajuda
internacional na África Oci-
dental. A África do Sul e o
Quênia, dois dos pesos pesa-
dos econômicos do continen-
te, proibiram a entrada de
pessoas vindas da zona do
ebola. Para os países mais
atingidos, "o isolamento e o
estigma, bem como a dificul-
dade de transportar supri-
mentos, profissionais e ou-
tros recursos" só vai piorar as
coisas, disse o diretor regio-
nal da Organização Mundial
da Saúde na África, Luis Go-
mes Sambo, em um encontro
recente em Gana. O ebola foi
um golpe cruel para esses
três países que acabaram de
sair de anos de guerra e con-
flitos políticos.
"Depois de uma década de
conflitos, estávamos prontos
para fazer a economia voltar
aos níveis anteriores à guer-
ra", afirmou Amara Konneh,
ministro da Fazenda da Libé-
ria. "O surto está afetando
gravemente os nossos esfor-
ços. Essa é a maior crise que
enfrentamos desde a guerra
civil". Com partes da Libéria e
de Serra Leoa sob quarente-
na e as fronteiras do Senegal
e da Guiné lacradas, a movi-
mentação de bens perdeu
força na região.
PIOR QUE A GUERRA
Os orçamentos nacionais
estão sob pressão, os gastos
com a saúde não param de
crescer, o faturamento do go-
verno só cai, assim como a
produção agrícola, especial-
mente em Serra Leoa. A África
do Sul está proibindo a entra-
da de não sul-africanos que te-
nham passado pelos países
afetados, e o Quênia e Sene-
gal colocaram em prática me-
didas similares. "Com a princi-
pal colheita correndo perigo e
a movimentação comercial de
bens e produtos drasticamen-
te restringida, a insegurança
alimentar deve se intensificar
nas semanas e meses futu-
ros", afirmou o representante
da Organização de Alimentos
e Agricultura da ONU na África,
Bukar Tijani, em comunicado.
As Nações Unidas destacaram
que o preço da mandioca su-
biu mais de 150% na Monró-
via, a capital da Libéria. Em
Serra Leoa, o arroz, o peixe, o
palmito e outros produtos bá-
sicos também ficaram mais
caros, de acordo com o minis-
tro da Fazenda do país.
O medo do ebola tornou as
coisas ainda mais incertas,
lembrando o pior período das
guerras civis na África Ociden-
tal na década de 1990. "As
pessoas estão pensando que o
resultado será tão ruim quan-
to o da guerra", afirmou Ru-
pert Day, gerente da Tropical
Farms, empresa britânica que
compra e vende cacau e café
no leste de Serra Leoa, o cora-
ção da zona do ebola. "Meus
funcionários disseram que, no
tempo da guerra, pelo menos
eles sabiam quando os rebel-
des estavam chegando", dis-
se. Rupert Day foi obrigado a
interromper parte dos servi-
ços e dispensar muitos de
seus 90 funcionários.
Meses depois do início da
epidemia, funcionários do
Banco Mundial afirmam que
estão tentando determinar o
impacto econômico da doen-
ça, de acordo com a estimati-
va de cerca de 20.000 casos
potenciais de ebola, segundo
a OMS. Já projetam uma queda
de 1% no Produto Interno Bru-
to (PIB) da Guiné. Na Libéria,
os gastos com saúde pública
correspondem a 25% do orça-
mento nacional, por conta do
ebola, ao invés dos 8% costu-
meiros, segundo o ministro da
Fazenda. A ArcelorMittal, ope-
radora de uma grande mina de
ferro na Libéria, postergou a
expansão das atividades por-
que as prestadoras de servi-
ços evacuaram 645 funcioná-
rios. Em Serra Leoa, onde a
principal região agrícola do
país foi a mais atingida, o mi-
nistério da Fazenda falou so-
bre o "impacto devastador da
doença" sobre a economia do
país, prevendo uma queda de
4 pontos percentuais no cres-
cimento do PIB.
ESTRADAS VAZIAS
Até o momento as evidên-
cias não foram comprovadas.
Porém, analistas, economis-
tas e autoridades concordam:
o choque foi perceptível. "O
dano foi enorme", resume o
presidente do Banco de De-
senvolvimento Africano, Do-
nald Kaberuka, enquanto a
agência Moody's fala sobre
"significativas ramificações
fiscais e econômicas" da epi-
demia na região. Em Serra
Leoa, onde o Ministério da Fa-
zenda produziu em setembro
um resumo detalhado das im-
plicações econômicas do ebo-
la, haverá menos agricultores
para a colheita da mandioca,
do cacau e do café no país. Al-
deões falam sobre o cancela-
mento de muitas colheitas es-
te ano, já que tantos agriculto-
res morreram, e o ministério
prevê até "a perda de toda a
produção desta estação".
O governo local estima uma
queda de 30% na produção
agrícola. Estradas, que costu-
mavam ficar cheias de cami-
nhões que levam a produção
das fazendas, agora estão va-
zias. Em diversos pontos do
Ahmed Jallanzo/EFE
caminho, multidões de pe-
quenos comerciantes são de-
tidos, impedidos de seguir via-
gem pela polícia ou o exército.
Na capital, Freetown, há pou-
cos clientes nos hotéis e res-
taurantes que servem os es-
trangeiros que formam parte
vital da economia do país. A ta-
xa de ocupação dos hotéis
caiu 40%.
Já está ocorrendo "uma que-
da na at ividade" das três
maiores indústrias do país:
uma cervejaria, uma engarra-
fadora e uma fábrica de ci-
mento, segundo o ministro da
Fazenda. A construção de im-
portantes rodovias foi suspen-
sa depois da evacuação dos
funcionários estrangeiros que
comandavam as operações. A
mineração de ferro e diaman-
tes, em especial, oferece um
quadro misto, com algumas
empresas operando dentro do
previsto, embora as minas de
diamante apresentem mais
problemas, com uma queda
de 10,4% na produção. Em Ke-
nema, a maior cidade da zona
do ebola em Serra Leoa, com
600 mil habitantes, as prate-
leiras continuam cheias de
produtos, mas ainda não se
sabe quanto da produção lo-
cal, da qual o resto do país de-
pende, está sendo distribuída.
Há uma "falta de itens alimen-
tícios básicos nos mercados,
especialmente em regiões ur-
banas", queixa-se o ministro
da fazenda. "Temos a sensa-
ção de que a economia está
completamente fechada",
afirma uma importante auto-
ridade da região, David Keili-
Coomber, o chefe supremo. O
corte de madeira para lenha,
uma das principais atividades
locais, está congelado, já que
os caminhões não podem
mais mover as árvores devido
aos bloqueios nas estradas.
Os agricultores precisam de
empréstimos bancários para
contratar funcionários e lim-
par a terra em torno dos ca-
caueiros, mas "por conta do
ebola, ninguém está empres-
tando dinheiro para nós", diz
Keili-Coomber. "A atmosfera
geral é de medo". Day, o ge-
rente da Tropical Farms, afir-
mou que a epidemia acabou
com sua produção. Comprar
cacau e café se tornou pratica-
mente impossível. "Não pode-
mos correr o risco de mandar
nossos funcionários para o
campo" para comprar a pro-
dução dos pequenos agricul-
tores", afirmou em uma entre-
vista em Kenema. De toda for-
ma, muitos deles estão mor-
tos. "Os caras desse vilarejo
ou daquele outro já morreram.
Isso torna a coisa toda muito
mais desoladora. Eu conhecia
todo mundo", lamenta Day.
Na Libéria, os gastos com saúde pública correspondem a 25% do orçamento nacional, por conta da doença, ao invés dos 8% costumeiros.
US$ 1 bilhão, o custo doataque ao problema.
Osecretário-geral da
Organização das
Nações Unidas
(ONU), Ban Ki-moon, lançará
amanhã, em Nova York, uma
"coalizão de resposta global"
ao ebola, anunciou David
Nabarro, coordenador da
ONU para a doença. "O valor
que solicitamos era de cerca
de US$ 100 milhões um mês
atrás e agora é de US$ 1
bilhão, então nosso pedido
subiu 10 vezes em um mês.
Devido à forma como o surto
está avançando, o nível de
crescimento do que
precisamos é inédito, é
enorme", ressaltou Navarro.
Ontem, o presidente dos
EUA Barack Obama, visitou o
Centro de Controle e
Prevenção de Doenças (CDC,
na sigla em inglês), em
Atlanta, Georgia, para falar
sobre o surto. Ele pretende
enviar 3.000 soldados à
África para ajudar a
Den
is Ba
libou
se/R
eute
rs
Navarro: "O que precisamos é inédito, é enorme".
É a maior crise que enfrentamos desde a guerra civilAmara Konneh, ministro da Fazenda da Libéria.
Legnan Koulan/EFE
Com umaqueda de 30%na produçãoagrícola, asestradas deSerra Leoa,quecostumavamficar cheias decaminhões quelevam aprodução dasfazendas,agora estãovazias.
enfrentar a crise, o que
inclui um grande
destacamento na Libéria,
país onde a epidemia tem se
espalhado mais
rapidamente. A ajuda
americana inclui planos
para a construção de 17
centros de tratamento, o
treinamento de milhares de
trabalhadores de saúde e
estabelecer um centro
militar de controle para a
coordenação, disseram
autoridades do país.
CUBA E CHINAObama pediu US$ 88
milhões adicionais para
combater o ebola, incluindo
US$ 58 milhões para
acelerar a produção da
droga antiviral ZMapp e
duas potenciais vacinas
para a doença.
Representantes do
Departamento de Defesa
pediram um
remanejamento de US$ 500
milhões em fundos para o
ano fiscal de 2014 para
ajudar a cobrir os custos da
missão humanitária.
A Organização Mundial da
Saúde (OMS) informa que
precisa de equipes médicas
estrangeiras com 500 a 600
especialistas, assim como
pelo menos 10.000
trabalhadores locais de
saúde, números que podem
crescer se a quantidade de
casos aumentar, conforme
se prevê.
Até agora, Cuba e China
disseram que vão enviar
equipes médicas para Serra
Leoa. Cuba contribuirá com
165 pessoas, enquanto a
China mandará um
laboratório móvel e 59
pessoas para acelerar os
testes de detecção da
doença. O país já tem 115
pessoas e financia um
hospital lá. (Reuters)