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Marcelo d'Sants/Ag. O Globo TEATRO DE GUERRA Página 4 ISSN 1679-2688 9 7 7 1 6 7 9 2 6 8 0 0 8 2 4 2 0 9 Dilma cai 3 pontos, Aécio sobe 4 pontos. Nova pesquisa Ibope traz Dilma com 36%; Marina, 30%; e Aécio, 19%. O cientista político Carlos Pereira, da FGV, acredita que a queda da presidente Dilma e a subida do tucano se devem ao escândalo da Petrobras. De acordo com Pereira, a pesquisa mostra ainda que os ataques de Dilma a Marina têm um limite. Rogério Amato, presidente da ACSP e da Facesp São Paulo, quarta-feira, 17 de setembro de 2014 Conclusão: 23h55 www.dcomercio.com.br Jornal do empreendedor Ano 91 - Nº 24.209 R$ 1,40 TEATRO DE GUERRA Das janelas do que foi o hotel Aquarius, na Av. São João perto da Ipiranga, caiu até sofá. Foi o 1º ato da guerra contra a reintegração de posse. A PM atirou gás e bala de borracha. Os sem-teto, pedras. 2º ato: ônibus incendiado. 3º ato: Centro parado. O que está acontecendo é um atentado. Já pensamos em medidas jurídicas para fazer com que esse grupo criminoso seja punido. Orelhões derrubados, tentativas de saque, corre-corre, comércio fechado, barricadas e incêndios esparsos foram o enredo do teatro de guerra, durante o dia inteiro. Aos sem-teto, uniram-se os sem- trabalho e os sem-lei. Em cartaz, outras 100 ocupações. Pág.8 Nilton Fukuda/Estadão Conteúdo Renato S. Cerqueira/Estadão Conteúdo Sebastião Moreira/Efe 2º turno Na simulação de um segundo turno, Marina aparece com 43% dos votos contra 40% da presidente Dilma. Pág.5 O DEBATE Presidenciáveis se comportaram diante dos bispos na maior parte do debate promovido pela CNBB, em Aparecida. A discussão só esquentou no último bloco, quando muita gente já tinha ido dormir. Pág.5 Marina Silva. Pág. 6 Sei o que é passar fome Opinião é do ministro Joaquim Barbosa. Pág.6 Reeleição é a mãe de todas as corrupções Dida Sampaio/EC Agora não Justiça Eleitoral tira do ar site paralelo da campanha de Dilma. Pág.6

Diário do Comércio - 17/09/2014

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Ano 91 - Nº 24.209 - São Paulo, quarta-feira, 17 de setembro de 2014

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Page 1: Diário do Comércio - 17/09/2014

Marcelo d'Sants/Ag. O Globo

TEATRO DE GUERRA

Página 4

ISSN 1679-2688

9 771679 268008

24209

Dilma cai3 pontos,

Aécio sobe4 pontos.

Nova pesquisa Ibopetraz Dilma com 36%; Marina,30%; e Aécio, 19%. O cientista

político Carlos Pereira, daFGV, acredita que a queda dapresidente Dilma e a subida

do tucano se devem aoescândalo da Petrobras. De

acordo com Pereira, apesquisa mostra ainda que

os ataques de Dilmaa Marina têm um limite.

Rogério Amato, presidenteda ACSP e da Facesp

São Paulo, quarta-feira, 17 de setembro de 2014Conclusão: 23h55 www.dcomercio.com.br

Jornal do empreendedorAno 91 - Nº 24.209R$ 1,40

TEATRO DE GUERRA

Das janelas do que foi o hotel Aquarius, naAv. São João perto da Ipiranga, caiu até sofá.Foi o 1º ato da guerra contra a reintegração

de posse. A PM atirou gás e bala deborracha. Os sem-teto, pedras. 2º ato:

ônibus incendiado. 3º ato: Centro parado.

O que está acontecendo é umatentado. Já pensamos em medidas

jurídicas para fazer com que essegrupo criminoso seja punido.

Orelhões derrubados, tentativas desaque, corre-corre, comércio

fechado, barricadas e incêndiosesparsos foram o enredo do teatro

de guerra, durante o dia inteiro. Aossem-teto, uniram-se os sem-

trabalho e os sem-lei. Em cartaz,outras 100 ocupações. Pág. 8

Nilton Fukuda/Estadão Conteúdo

Renato S. Cerqueira/Estadão Conteúdo

Sebastião Moreira/Efe

2º turnoNa simulação

de um segundo turno,Marina aparece com 43%dos votos contra 40% dapresidente Dilma. Pág. 5

O DEBATEPresidenciáveis se comportaram diante dosbispos na maior parte do debate promovido

pela CNBB, em Aparecida. A discussão sóesquentou no último bloco, quando muita

gente já tinha ido dormir. Pág. 5

Marina Silva. Pág. 6

Sei o queé passarfo m e

Opinião é do ministroJoaquim Barbosa. Pág. 6

Reeleiçãoé a mãe detodas as

corr upções

Dida Sampaio/EC

Agora não

Justiça Eleitoraltira do ar site paralelo da

campanha de Dilma. Pág. 6

Page 2: Diário do Comércio - 17/09/2014

2 DIÁRIO DO COMÉRCIO quarta-feira, 17 de setembro de 2014

A LIÇÃO DEHIROSHIMA

SXC

Assim, por milagre, aquilo que não era possível dois ou três meses atrás ficou possível.José Márcio Mendonça

O QUE UMAELEIÇÃONÃO FAZ

Com a campanha de Dilmaindo de mal a pior entre osempresários, o governodecidiu estender algumas

"bondades" a alguns setores, oque vinha negando há tempos.

JOSÉ MÁRCIO MENDONÇA

Durante alguns me-

ses empresas brasi-

leiras com subsidiá-

rias no Exterior – as

multinacionais nacionais –

tentaram convencer o gover-

no a estender a todas elas a re-

dução de 9 pontos – de 34%

para 25% –do Imposto de Ren-

da sobre o lucro auferido no

Exterior, concedido seletiva-

mente aos setores de constru-

ção civil, bebidas e alimentos.

Nunca se soube a razão de tal

"exclusividade". Entretanto, o

Ministério da Fazenda se recu-

sava a atender ao pedido sob o

argumento de que não havia

folga no Orçamento para no-

vas desonerações.

Na época, Pedro Passos, que

é um dos sócios da Natura e di-

rige o Instituto de Estudos e

Desenvolvimento Industrial

(IEDI) fez duras críticas à posi-

ção do governo, que ele consi-

derou "um absurdo". Em carta

ao ministro da Fazenda, ele

disse que a medida, tal como

estava, desincentiva a indus-

trialização do País. E classifi-

cou a cobrança cheia para os

diversos setores, com exce-

ção dos três, como um passo

atrás, pois inibe o investimen-

to externo. E o Brasil, disse ele,

tem poucas multinacionais.

Os argumentos, inicialmen-

te, não comoveram a presi-

dente Dilma Rousseff e o

ministro Mantega. Mas vai

eleição para cá, vai eleição

para lá – com o clima cada

vez pior para a reeleição

da presidente entre os

empresários, principal-

mente no mercado finan-

ceiro e no setor industrial

paulista, onde até um

até pouco tempo empe-

dernido governista, co-

mo o atual presidente da

Fiesp, Benjamin Steinbruch

deu para falar mal do governo

–e as coisas mudaram de figu-

ra. Assim, por milagre, o que

não era possível dois ou três

meses atrás ficou possível.

Na segunda-feira, em

São Paulo, na CNI, pal-

co cuja simpatia a cam-

panha de Dilma quer conquis-

tar, Mantega anunciou que o

benefício fiscal de 9 pontos no

IR de lucros no Exterior passa a

valer, a partir de outubro, para

todas as empresas que têm

negócios também no Exterior.

E esta não foi a única bondade

dirigida aos empresários nos

últimos dias pelo Ministério da

Fazenda: o Reintegra em 2015

foi fixado em 3% (na Receita

Federal defendia-se no máxi-

mo 1%) e incluou-se os setores

sucroalcooleiro e de celulose

nos benefícios do Reintegra.

Curioso é que há uma enor-

me contradição entre as me-

didas para adular os empre-

sários e o ataque indireto e às

vezes direto a empresários

na campanha de Dilma quan-

do se trata de atacar Marina

Silva, colocando-a como a

candidata do grande capital,

dos banqueiros. Curioso tam-

bém que na semana passada

JOÃO CÉSAR DE MELO

PresidenteRogério Amato

Vice-PresidentesAlfredo Cotait NetoAntonio Carlos PelaCarlos Roberto Pinto MonteiroCesário Ramalho da SilvaEdy Luiz KogutJoão Bico de SouzaJosé Maria Chapina AlcazarLincoln da Cunha Pereira FilhoLuciano Afif DomingosLuís Eduardo SchoueriLuiz Gonzaga BertelliLuiz Roberto GonçalvesMiguel Antonio de Moura GiacummoNelson Felipe KheirallahNilton MolinaRenato AbuchamRoberto Mateus OrdineRoberto Penteado de CamargoTicoulatSérgio Belleza FilhoWalter Shindi Ilhoshi

Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira ([email protected]). Editor de Reportagem: José Maria dos Santos([email protected]). Editores Seniores: chicolelis ([email protected]), José Roberto Nassar([email protected]), Luciano de Carvalho Paço ([email protected]), Luiz Octavio Lima([email protected]), Marcus Lopes ([email protected]) e Marino Maradei Jr. ([email protected]).Editores: Cintia Shimokomaki ([email protected]), Heci Regina Candiani ([email protected]), Tsuli Narimatsu([email protected]) e Vilma Pavani ([email protected]. Subeditores: Rejane Aguiar e Ricardo Osman.Redatores: Adriana David, Evelyn Schulke, Jaime Matos e Sandra Manfredini. Repór teres: André de Almeida, Karina Lignelli, LúciaHelena de Camargo, Mariana Missiaggia, Paula Cunha, Rejane Tamoto, Renato Carbonari Ibelli, Sílvia Pimentel e Victória Brotto.Editor de Fotografia: Agliberto Lima. Arte e Diagramação: José dos Santos Coelho (Editor), André Max, Evana Clicia Lisbôa Sutilo,Gerônimo Luna Junior, Hedilberto Monserrat Junior, Lino Fernandes, Paulo Zilberman e Sidnei Dourado.

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Esta publicação é impressa em papelcertificado FSC®, garantia de manejo florestalresponsável, pela S.A. O Estado de S. Paulo.

FALE CONOSCO

Fundado em 1º de julho de 1924

saiu das máquinas do PT uma

carta formal, assinada pela

própria presidente Dilma

Rousseff, dirigida a grandes

empresas instaladas no País,

pedindo contribuições para

as eleições.

Com humor, com o governo

com um saco de bondades tão

amplo e generoso – e muitas

vezes na direção certa – há

gente dizendo que o Brasil tal-

vez ficasse melhor se houves-

se pelo menos uma eleição por

ano. É uma boa piada, sim,

mas não vale o custo.

Para quem quiser enten-

der melhor que tipo de

eleitor brasileiro vai às

urnas este ano (analisado re-

centemente aqui em dois co-

mentários) vale a pena ver a

tabela montada pelo econo-

mista Luiz Carlos Mendonça

de Barros, ex-ministro das Co-

municações, com base em da-

dos levantados em duas pes-

quisas do DataFolha.

Como descreveu Mendon-

ça de Barros em artigo no jor-

nal Valor Econômico de segun-

da-feira, o instituto fez em

suas entrevistas uma série de

perguntas sobre temas eco-

nômicos e de comportamen-

to que permitem montar um

quadro com as posições polí-

ticas do brasileiro em cinco

grupos: direita, centro-direi-

ta, centro, centro-esquerda e

e s q u e rd a .

Pelo que se depreende da

tabela citada( ver acima), esse

eleitor caminhou para a direi-

ta, distanciando-se das posi-

ções classificadas como de es-

querda: em 2013, 41% e 39%

de direita; em 2014, a esquer-

da caiu para 35% e a direita su-

biu para 45%.

Ou seja,trata-se do o mes-

mo sinal de leituras de outros

dados, do IBGE e do TSE: o elei-

torado brasileiro está ficando

mais conservador.

JOSÉ MÁRCIO MENDONÇA É

J O R N A L I S TA E A N A L I S TA POLÍTICO

Nos últimos meses

da 2° Guerra Mundial,

as forças japonesas

estavam em frangalhos,

sofrendo sucessivas

derrotas e perdendo todos

os territórios conquistados

nos últimos anos. Mas o

imperador Hirohito sequer

considerava se render.

Quando não havia mais

soldados suficientes,

mandou civis para as

trincheiras. Depois mandou

crianças. Quando as armas

diminuíram, enviou suicidas.

Com os soviéticos

chegando pelo norte e os

americanos pelo sul, as

mortes eram contadas em

dezenas de milhares a cada

incursão. Cidades inteiras

eram destruídas, mas nada

abalava Hirohito. Mesmo ao

saber que os Estados Unidos

tinham a bomba atômica e

cogitavam lançá-la sobre o

Japão, Hirohito continuava

indiferente, até porque os

aliados exigiam sua rendição

incondicional, e ele teria

de abdicar do poder, dos

luxos e da imunidade.

Em 6 de agosto de 1945

foi lançada a primeira

bomba atômica e feita nova

exigência de rendição.

Hirohito não se abalou. Três

dias depois foi lançada a

segunda bomba e mandada

outra carta de rendição,

preservando alguns poderes

do imperador e de parte de

seu governo. Hirohito, enfim,

assinou.

O ano de 1945 deve

ser lembrado não só pelo fim

da guerra e pelas duas

bombas atômicas, como por

ter mostrado ao mundo as

graves consequências

quando o Estado tem pleno

poder sobre a sociedade.

Até seu suicídio, Hitler

assistiu à ruína de seu

país, alimentando

a obsessão em transformar

o Estado numa imagem

de si mesmo, tanto através

de projetos de edifícios e

cidades que levariam seu

nome, quanto pela forma de

lidar com tudo e todos ao

redor, sem qualquer pudor

e responsabilidade – não

por acaso,o mesmo

comportamento de Lenin,

Stalin, Pol Pot, Papa Doc, Mao

Tsé-Tung, Kim Il-Sung,

Gaddafi, Fidel , Pinochet,

Bashir, Mugabe e outros.

O que me assusta é ver,

em pleno século 21, tantas

pessoas, incluindo a maioria

dos agentes culturais em

todas as partes do mundo,

cobrando que Estados

tenham cada vez mais poder

sobre as sociedades e suas

respectivas economias,

ignorando que Estados são

liderados por pessoas que,

como quaisquer outras,

são propensas a todo tipo de

desvio de comportamento.

A célebre frase do

historiador britânico Lord

Acton , "o poder tende a

corromper e o poder

absoluto corrompe

absolutamente", é tão

precisa quanto

constrangedora. Mais de

cem anos depois da frase,

após um século 20 recheado

de trágicas experiências,

com centenas de milhões

de pessoas submetidas à

guerra e a perseguições

políticas, ideológicas e

religiosas, ainda temos boa

parte da sociedade

avalizando as tentativas de

uma dúzia de pessoas de

tomar o poder, ou mesmo

mantê-lo, como um

patrimônio inquestionável.

Há mais de cinquenta

anos os cubanos são

reféns dos caprichos de um

único homem. Enquanto a

população se arrasta sob a

cotidiana privação de

alimentos, confortos e

liberdade, a família Castro

vive entre palacetes.

Os maiores investimentos

financeiros e políticos de

Fidel Castro, nestas

décadas de reinado, foram

no financiamento de

revoluções noutros países.

Três semanas após chegar

ao poder, em 1959, Fidel

já embarcava para a

Venezuela, para plantar lá a

semente da revolução.

Todos os absurdos de

todas as ditaduras,

declaradas ou não, são de

conhecimento público, mas

as únicas críticas feitas se

restringem às intervenções

de libertação, como ocorreu

no Afeganistão, no Iraque e

na Líbia. É comum pessoas

defenderem o fim do

embargo americano a Cuba,

mas ninguém lembra que as

condições de Washington se

resumem ao governo

cubano reestabelecer a

democracia.

Em agosto, quando se

completou mais um ano das

explosões das bombas

atômicas sobre o Japão,

muitos lembraram a

crueldade dos EUA, mas não

falaram da total indiferença

de Hirohito com seu povo,

cujo sofrimento foi usado

como mera barganha

política – da mesma forma

que o Hamas faz agora.

A lição que a humanidade

deve tirar da bomba em

Hiroshima é que quanto

mais o Estado estiver sob o

poder de uma única pessoa,

menos a sociedade será

considerada um conjunto de

indivíduos com vidas,

famílias e negócios próprios.

A democracia existe para

que a sociedade possa tirar

do poder qualquer agente

público que não trabalhe em

seu benefício.

Para cada guerra em que o

governo americano se

lançou, houve uma

sociedade forte o suficiente

para pressionar o governo a

se retirar. Sociedade forte

significa imprensa e cultura

que se dedicam a denunciar,

não a fazer publicidade

estatal. É importante prestar

atenção à política de

intimidação do atual

governo brasileiro. Lula não

irá à televisão dizer as reais

intenções dele, de Dilma e

de seu partido. Ele só as

realizará na medida em que

for encontrando espaço e

inocência social para tomar

o poder e fazer dele a

ferramenta para todos os

seus caprichos, os quais se

entrelaçam justamente aos

caprichos de outras

ditaduras do mundo.

JOÃO CÉSAR DE MELO É

A R QU I T E TO, A RT I S TA P L Á S T I C O,AU TO R DE "NAT U R E Z A CA P I TA L " E

C O L U N I S TA DO IN S T I T U TO LIBERAL

Reprodução

Pesquisa divulgada no Valor

Page 3: Diário do Comércio - 17/09/2014

quarta-feira, 17 de setembro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 3

Quando o médicoé o monstro

AS NO V A SSAÚVAS DO PAÍS

REPRODUÇÃO ASSISTIDA EXIGE CU ID AD OS DE QUEM PRETENDE UTILIZAR O PROCEDIMENTO.

A Resolução do CFM de 2013traz regras que norteiam nãosó os procedimentos médicos,mas o conteúdo de qualquer

documento que as pessoasenvolvidas devem assinar.

PAULO SAAB

Há uma parcela

muito grande

da sociedade

brasileira que está

sofrendo com a realidade

brasileira e com a

possibilidade, felizmente

hoje pequena, da

permanência no poder

central do grupo petista

e seus aliados

interesseiros, que estão

afundando o País nos

últimos doze anos,

vendendo à outra

metade da população a

ilusão cinematográfica

de que tudo está bem.

O sofrimento decorre

justamente de se

verificar que um enorme

contingente eleitoral, o

mais pobre, ignorante,

dependente, está

sendo esbulhado pela

desinformação, iludido

pela mentira e mantido

na escuridão da falta de

discernimento para que

os seus algozes – sim, são

algozes – p e rm a n e ç a m

infinitamente no

usufruto das benesses do

poder e na tentativa

de dominação autoritária

da parcela que pensa.

Não é só coincidência

que, nas pesquisas

eleitorai, no segundo

turno Marina esteja na

frente, empatando com

Dilma no primeiro turno.

Isso traduz claramente

essa insatisfação de

quem está enxergando a

realidade brasileira e os

desatinos que o grupo de

Lu l a / D i l m a / D i rc e u /

Padilha/Haddad, e outros

impõem ao Brasil. Basta

ter olhar crítico. O que,

lamentavelmente, um

país de analfabetos

funcionais não consegue.

Não precisa ir longe.

É só olhar o Mensalão e

agora o magistral

escândalo da Petrobrás.

Só não vê quem não quer

que por trás está o sonho

megalomaníaco de

Lula de se eternizar no

poder, de ser o dono

do país, mesmo que

comprando

p a r l a m e n t a re s ,

partidos,

aliados e

dando

prejuízo de

bilhões à

antes

maior

e m p re s a

brasileira

para saciar apetites

escusos e forrar de

dinheiro o caixa de

campanha do partido.

Ésó olhar como o

PT agride de forma

direta o empresariado

nacional, buscando,

inclusive, acabar com a

indústria e o crescimento

econômico do País, ao

mesmo tempo em que,

de forma antiética,

busca arrancar

contribuições financeiras

das mesmas empresas

para sustentar o,

repito, cinematográfico

aparato publicitário da

máquina de mentiras.

Há uma parcela

"esperta" do grande

empresariado que

financia todas as

artimanhas petistas,

em busca de retorno

em obras, concessões,

favores públicos

bilionários. Atiram

no próprio pé já que

financiam quem os quer

destruir para transformar

o Brasil num socialismo

decadente, sem forças

produtivas. Se depender

"deles", em breve, ao

estilo Venezuela, não

teremos papel higiênico

para a população.

OPT é predador.

Destrói a tudo e

a todos para manter-se

no poder, fazendo média

populista com os mais

necessitados, sem

resolver-lhes os

problemas, criando-lhes

dependência ainda

maior em troca do voto.

Em São Paulo, o poste

petista Fernando

Haddad, em nome

de beneficiar os mais

necessitados,

congestiona cada dia um

pouco mais o transito de

veículos, criando faixa

de ônibus e vias para

bicicletas que são um

verdadeiro desatino pela

falta de planejamento e

resultados. Há faixa de

bicicleta ate em cima

das calçadas. O pedestre

que morra atropelado.

OPT é um câncer que

está matando o

Brasil, disseminando

suas metástases em

todas as áreas onde põe a

mão. Ou as duas mãos,

com gula. O governo

Dilma esfacelou a

economia. O país está

pior e atrás em todos os

índices que detinha

quando Dilma assumiu.

O nosso desempenho

econômico é chamado

de miserável por

entendidos e perdemos

em crescimento para

todos os países

chamados emergentes.

E a "presidenta", em

sua pequenez de visão

de mundo, de forma

ignorante, bate no peito

dizendo que privilegia

o emprego e o consumo.

É outro tiro no pé que

vai nos levar de volta

à inflação dos tempos

de Sarney, hoje, aliás,

um aliado de Dilma.

OBrasil corre

sério risco diante

da possibilidade de

reeleição "disso tudo que

aí está". Houve tempo

em que se dizia que ou o

Brasil acabava com a

saúva, ou a saúva

acabaria com o Brasil.

Esse Brasil romântico

já não existe mais. A

ameaça agora é concreta

e se chama lulo-petismo.

Ou o Brasil acaba pelo

voto com o poder do PT,

ou o PT vai, ao estilo

"arrasa quarteirão",

acabar com o Brasil.

Estão destruindo o

Brasil, estão destruindo

a cidade de São Paulo,

como destróem tudo por

onde passam. "Eles"

não têm limites morais,

nem éticos, nem de

consciência. São as

saúvas da modernidade.

PAU L O SAAB É J O R N A L I S TA ,PA L E S T R A N T E E E S C R I TO R

IVONE ZEGER

Bem concei tuado,

bem estabelecido,

famoso. Como des-

confiar de um ex-

pert? No entanto, ele protago-

nizou um vergonhoso escân-

dalo na comunidade médica

brasileira e cometeu 52 estu-

pros e quatro tentativas de es-

tupro com 39 mulheres, suas

pacientes e em sua própria clí-

nica de reprodução assistida.

O processo criminal teve iní-

cio em 2008, por meio de de-

núncia de uma ex-funcionária.

Tornou-se público em 2009 e,

a partir daí, pelo menos 250

testemunhas foram ouvidas e

depoimentos de mais vítimas

somaram-se ao processo, que

culminou com a condenação

do médico a 278 anos de pri-

são. Ele conseguiu escapar e

se manteve foragido por três

anos e sete meses. Por fim, re-

centemente, foi capturado no

Paraguai. Está preso e sua car-

reira encerrada.

Abdelmassih, um ex-

poente em sua área, ti-

nha uma clínica de fer-

tilização das mais conceitua-

das do país. Atendeu gente fa-

mosa; foi responsável, por

exemplo, pela inseminação

artificial de filhos de Pelé e Gu-

gu Liberato. Exemplo de com-

petência, era quase impossí-

vel duvidar de sua ética e ho-

nestidade. Os estupros acon-

teciam em momentos em que

acompanhantes ou a enfer-

meira não estavam próximos,

ou na sala em que as mulheres

se recuperavam do procedi-

mento médico.

Além disso recai sobre Ab-

delmassih outra acusação

muito grave: a de manipula-

ção genética. Um casal, por

exemplo, descobriu que o fi-

lho, concebido por meio de in-

seminação artificial na clínica

de Abdelmassih, apresenta

combinação genética que não

é a dele. Há também denún-

cias de inseminação de óvulos

para possível comercialização

de embriões. Manipulação ge-

nética é crime previsto na lei

de B iossegurança, de nº

11.105, de março de 2005.

Mas o fato é que o tempo já

decretado da pena e a idade

do médico, 72 anos, indicam

que ele não sairá mais da ca-

deia. E, claro, as investigações

devem continuar.

Se as ex-pacientes nada

mais podem fazer se

não unirem-se para ga-

rantir justiça, mulheres/ca-

sais que têm planos de realizar

inseminação artificial devem

tirar algumas lições desse

terrrível episódio. A decisão

pela inseminação artificial

não é simples e envolve ques-

tões emocionais e, além disso,

os procedimentos exigem cui-

dados. É um momento em que

a mulher está vulnerável e,

por isso mesmo, deve se cer-

car de ajuda profissional, não

só no que se refere ao aspecto

clínico, mas jurídico também.

Ou seja, ela deve estar ciente

dos direitos e deveres de to-

das as partes envolvidas no

p ro c e d i m e n t o.

A lei de Biossegurança é um

tanto genérica e embora regu-

le as questões que envolvem,

por exemplo, a pesquisa de cé-

lulas-tronco, não tem o instru-

mental jurídico no que se refe-

re à inseminação artificial. Pa-

ra isso, a justiça do País se

apóia nas resoluções do Con-

selho Federal de Medicina que

tratam da reprodução huma-

na assistida ou inseminação

artificial, como é chamado o

conjunto de procedimentos.

Conhecer as regras da úl-

tima Resolução do CFM,

a de nº 2.013, publica-

da no Diário Oficial em 9 de

maio de 2013, é imprescindí-

vel, até porque essas regras

norteiam não só os procedi-

mentos médicos, mas o con-

teúdo de qualquer documento

que as pacientes e pessoas

envolvidas devem assinar.

O item 3 dessa resolução

determina que: "o consenti-

mento informado será obriga-

tório para todos os pacientes

submetidos às técnicas de re-

produção assistida. Os aspec-

tos médicos envolvendo a to-

talidade das circunstâncias da

aplicação de uma técnica de

reprodução assistida serão

detalhadamente expostos,

bem como os resultados obti-

dos naquela unidade de trata-

mento com a técnica propos-

ta. As informações devem

também atingir dados de ca-

ráter biológico, jurídico, ético

e econômico. E o documento

deve ter a concordância, por

escrito, das pessoas a serem

submetidas às técnicas de re-

produção assistida.

As regras são muitas por-

que são numerosas as

situações previstas. Na

questão dos descartes de em-

briões – regra que interessa a

todos –, a resolução determina

que estes podem ser descar-

tados após cinco anos de con-

gelamento. O destino deles é

uma escolha dos pais.

É permitida a seleção gené-

tica dos embriões, escolhendo

os que não apresentem algu-

ma doença hereditária. Con-

tudo, não é permitido escolher

o sexo do bebê, exceto em si-

tuações específicas, quando a

doença se relaciona ao sexo,

como no caso da hemofilia.

Entre os beneficiados pela

resolução estão os casais ho-

mossexuais e as mulheres, in-

dependentemente de seu es-

tado civil. No caso de um casal

formado por duas mulheres,

antes não era permitido que o

óvulo de uma parceira fosse

recebido pela outra, para que

ambas pudessem participar

na gestação. Agora isso já é

p e rm i t i d o.

Uma mulher que não

produza óvulos e que

tenha condições finan-

ceiras pode pagar o tratamen-

to de outra mulher que queira

engravidar, mas não tem co-

mo custear o seu próprio trata-

mento; em troca, a mulher be-

neficiada doa parte de seus

óvulos para a família que cus-

teou. Nesse caso, essas mu-

lheres não podem se conhe-

cer. Mas quem recebe o óvulo

pode ter acesso a informações

como escolaridade e caracte-

rísticas físicas.

Regra geral: doadores e re-

ceptores de gametas e em-

briões têm suas identidades

preservadas e não deverão se

conhecer. É proibida qualquer

atividade lucrativa relaciona-

da à doação. Médicos respon-

sáveis pelas clínicas e seus

funcionários não podem parti-

cipar como doadores.

Aresolução esclarece

que as clínicas são res-

ponsáveis pelo contro-

le de doenças infectoconta-

giosas, coleta, manuseio, con-

servação, distribuição, trans-

f e r ê n c i a e d e s c a r t e d e

material biológico humano.

Ao escolher a clínica, os inte-

ressados devem atentar para

os requisitos mínimos exigi-

dos para o funcionamento, lis-

tados na resolução do CFM.

A ciência avança e espera-

se que o bem-estar das pes-

soas seja cada vez mais uma

realidade. Abdelmassih pode-

ria ser lembrado por ter feito

centenas de pessoas e famí-

lias felizes; infelizmente, mui-

tas das suas ex-pacientes se

recordarão para sempre de

sua monstruosidade.

IVO N E ZEGER É A DVO G A DA

E S P E C I A L I S TA EM DI R E I TO DE

FAMÍLIA E SU C E S S Ã O, ME M B RO

EF E T I VO DA COMISSÃO DE DI R E I TO

DE FAMÍLIA DA OAB-SP, AU TO R A

DOS L I V RO S "HERANÇA: PE R G U N TA S

E RE S P O S TA S " E " FAMÍLIA:PE R G U N TA S E RE S P O S TA S ", DA

MESCLA ED I TO R I A L

W W W.I VO N E Z E G E R .COM.BR

Nelson Anantoine/Estadão Conteúdo

Roger Abdelmassih: reputação e carreira atiradas por terra

Page 4: Diário do Comércio - 17/09/2014

4 DIÁRIO DO COMÉRCIO quarta-feira, 17 de setembro de 2014

[email protected] 33333 33333

kkkkk

Colaboração:

Paula Rodrigues / Alexandre Favero

MAIS: na época, já haviadado Renata Vasconcelosna cabeça. Outros inte-resses levaram PatríciaPoeta para a bancada.

MISTURA FINA

Fotos: Divulgação

Fogo deencontro

Produto deexportação

333 Barbara Fialho, mineira deMontes Claros, 29 anos, 1,80mde altura, aparece só de vez emquando por aqui: sua carreira étotalmente internacional. Nos

últimos anos, vem participando do famoso Victoria’s Secret FashionShow, desfila para grandes grifes nos Estados Unidos eEuropa e agora, acaba de tirar a roupa para a QG SouthAfrica e para a QG Australia (no mesmo mês, aparece numeditorial gênero boteco na Maria Claire). Medidas: 96-61-90. E mais: ela sabe tocar violino.

Cartãovermelho333 Marco Polo Del Nero, 73 anos,presidente da Federação Paulistade Futebol há 12 anos e presidenteeleito da CBF (a posse será em abrildo ano que vem), teria rompido seuromance com Katharine Fontenele,23 anos, que apareceu toda nua,

este ano, num ensaio da revista Sexy. O affair foi abalado por umafoto que ela postou no Instagram ao lado de Del Nero e escreveu“Amor incondicional”. Amigos chegados acham que o namoro nãoterminou: apenas deverá ser menos publico, especialmenteporque Marco Polo virou alvo de gozações nas redes sociais.

Dosetripla

Há quase três anos, aGlobo fez uma pesquisapara ver quem seria aideal para substituirFátima Bernardes no JN.

333 “Quem organizou essa m...?”A frase, atribuída a Lula, muitoirritado com o naufrágio do comíciona Cinelândia, no Rio, na defesada exploração da camada do

pré-sal e da Petrobras, acabou atingindo Rui Falcão, presidentenacional do PT e Gilberto Carvalho, secretário-geral da Presidência,licenciado do cargo, encarregados de reunir sindicatos, militânciado partido, organizações sociais e estudantis e que conseguiramarrebanhar pouco mais de 600 pessoas. No geral, foram levadasem ônibus fretados e com direito a R$ 100 de ajuda de custo. A fúrianacionalista de Lula foi apenas uma tentativa de fogo de encon-tro para encobrir os escândalos da Petrobras, que ameaçamcrescer mais com a delação premiada de Paulo Roberto Costa.

Novocampeão333333333333333 Segundo dados da Sociedade Internacional de CirurgiaPlástica Estética, o Brasil acaba de ultrapassar os EstadosUnidos em números de intervenções no rosto e na cabeça. Noano passado, foram 380 mil procedimentos aqui contra 312 mil lá.Na sequencia, estão México, Alemanha e Colômbia. No total deprocedimentos não cirúrgicos, incluindo botox e peeling químico,os Estados Unidos realizaram 2,5 milhões enquanto o Brasilalcançou 650 mil. Em seguida, vem México, Alemanha e Espanha.Mais: os EUA tem 6.133 cirurgiões plásticos e o Brasil, 5.473.

“Eu mergulharia no fundo do mar para explorar o pré-sal.”

333 Deborah Secco, 34 anos, écapa e recheio de três revistas aomesmo tempo: Trip, TPM e TopMagazine. Ela está no elenco danovela Boogie Oogie, no papel de

Inês, vai aparecer no cinema antes do final do ano em Boa Sorte,onde vive uma soropositiva viciada em drogas e se prepara paravoltar ao teatro com Mais Uma Vez Amor, ao lado de Marcos Mion.Numa revista, ela aparece loura; em outra, fala sobre sua infânciae fama: “Ainda não é fácil ficar nua na frente de uma equipe. Mefaz respirar e pensar: “Você não está aqui. Essa não é você”.

Quem mandou333 Que ninguém imagineque tenha caído a ficha parao prefeito de São Paulo,Fernando Haddad, quando eleresolveu liberar a faixa dosônibus para taxis com passa-geiros, como era antes: essafoi quase uma ordem do ex-presidente Lula para levantarum pouco a imagem do alcaidepaulistano, a ponto de prejudi-car menos a candidatura deAlexandre Padilha. E para o ex-ministro da Saúde, o ex-chefedo Governo mandou atacarpara valer seus adversários,“Como Duda Mendonça vemmandando o Paulo Skaf fazer”.Malgrado o episódio domensalão, Lula admira Duda.

DIFERENÇA333333333333333 Para quem tem memóriacurta: em 2010, Dilma Rousseffdefendia a autonomia do BancoCentral, que hoje condenae José Serra era contra.Analistas de plantão tambémlembram que os petistas queagora investem contra MarinaSilva dizendo que ela quer“entregar o BC aos banquei-ros”, preferem esquecer que,nos dois governos Lula, osbancos lucraram perto deR$ 200 bilhões. Nos doisgovernos FHC, os lucrosdas instituições financeiraschegaram a R$ 31 bilhões.

Dor de garganta333 Há dias, no final de umcomício, o ex-presidente Lulase queixou de dor de garganta.“Antes, quando tomava umconhaquezinho, não tinhaproblema. Agora, depois docâncer, dá uma coceirinha”. Eessa coceirinha tem feito o ex-chefe do Governo pigarrear eaté mesmo ver sua voz ganharmudanças de tom. Por orienta-ção do próprio Lula, nas horasque a garganta incomoda,assessores preparam rapida-mente uma infusão à base demel e gengibre. Seu médicoparticular, Roberto Kalil,sempre desaconselha exces-sos, especialmente com falaacima do tom normal, comopedem os palanques.

NOVO PITO333333333333333 “Guido Mantega é umcaso inédito de ex-ministroem exercício”. A frase é deMarcos Lisboa, ex-secretáriode política econômica doMinistério da Fazenda. Emesmo em período de avisoprévio – e expressão é dopróprio Mantega – o titularda Fazenda ainda leva pitospúblicos e privados da presi-dente Dilma. Nesses dias,admitiu reajuste dos preços docombustível e, em menos de24 horas, ela bradou que “nãohaverá aumento”. E pelotelefone, não foi exatamentepolida com o ministro com umpé (ou dois) fora do governo.

Atrás da bancada333 A saída de Patrícia Poetada bancada do Jornal Nacionalprovoca uma série de boatossobre os reais motivos queteriam levado a Globo, a tomaressa decisão: de um lado, háquem aposte que William Bonnerestaria insatisfeito em trabalharao lado dela que, supostamente,teria sido imposta por seumarido Amaury Soares, diretorde programação da emissora;de outro, a situação teriapiorado depois das noticias quePoeta estava comprando umapartamento na Vieira Soutopor R$ 23 milhões. O donoseria George Sedala, nomesempre ligado ao contraventorCarlinhos Cachoeira.

MAGRINHA333333333333333 Além de ensaiar o“passinho” na Central Únicadas Favelas, no Rio e participardo lançamento do livro Um paíschamado Favela, de RenatoMeirelles e Celso Athayde,fundador da Cufa, DilmaRousseff ficou encantada comum grafite feito por integrantesdo projeto, especialmente porsua aparência no retrato. “Euqueria agradecer especialmen-te os meninos do grafite, queme deram um grande presen-te: me fizeram magrinha”.

LULA // empolgado, defendendo a Petrobras e o pré-sal.

IN OUTh

h

Acessórios clássicos.Acessórios assimétricos.

333 O EX-presidente Lulagarante que não quer falarmal de Marina Silva, mas nãoesqueceu os últimos temposdela no ministério quandodivulgou, sem avisar o Planalto,dados desastrosos sobre odesmatamento, acusandocolegas do Esplanada. Depois,o então chefe do Governoretirou o programa AmazôniaSustentável de sua alçada e elaacabou deixando o governosem ter tido uma conversa asós com Lula.

333 ABÍLIO Diniz está debruça-do sobre novos planos quepoderiam marcar sua volta aseu setor de origem. Não serásurpresa se ele marchar emdireção à rede Makro, a maioratacadista do Brasil, com quase80 lojas e faturamento anual decerca de R$ 8 bilhões, só quecom resultados finais menosempolgantes. Se essa alternati-va prosperar, a aquisição darede holandesa entre nós seriauma chance de reabertura dasconversações de Abílio com afrancesa Carrefour.

333 A DEMISSÃO antecipadade Guido Mantega da Fazendafoi a alternativa que Dilmaaceitou de Lula, que queria quea presidente fizesse uma outraCarta aos Brasileiros, comoele fez em 2002, garantindorespeito aos contratos eestabilidade econômica. Cartaa presidente rejeitou de cara eagora, recusa-se a apresentarseu programa de governo.

333 O DESAFIO do banho deágua com gelo já arrecadou R$234 milhões para as pesqui-sa sobre a esclerose lateralamiotrófica. Por outro lado,os vídeos em que famosos eanônimos aparecem jogandoum balde de água gelada nacabeça no Facebook já foramvistos mais de 10 bilhões devezes, atingindo uma audiên-cia de 440 milhões de pesso-as no planeta.

HOJE NA CAPITAL

CRUZADAS DIRETAS

15o | 22oCSol com muitas nuvens durante o dia e períodos

de céu nublado. Noite com muitas nuvens.

Sol e aumento de nuvens de manhã. Pancadas de chuva à tarde e à noite.

Sol com muitas nuvens. Pancadas de chuva

à tarde e à noite.

Sol com muitas nuvens durante o dia. Períodos

de nublado, com chuva a qualquer hora.

AMANHÃ, 18/SET

SEX, 19/SET

SAB, 20/SET

Mín. Máx.

15o | 27o CMáx.

Máx.

Máx.

Mín.

Mín.

Mín.

19o | 27o C

18o | 28o C

Page 5: Diário do Comércio - 17/09/2014

6 DIÁRIO DO COMÉRCIO quarta-feira, 17 de setembro de 2014

A reeleição funciona como carro-chefe, como a mãe de todas as corrupções, de toda espécie.Joaquim Barbosa, ex-presidente do STF.

Marina combate boatos com emoçãoEm propaganda ontem, ela faz chorar ao relembrar a infância miserável. E jura que quem já passou fome jamais acabaria com um programa como o bolsa família.

No programa de tele-

visão de fundo emo-

c iona l fe i to pe la

equipe da presiden-

ciável do PSB, Marina Silva diz

que uma pessoa que já passou

fome, como ela, jamais acaba-

rá com o Bolsa Família.

A peça aproveita o comício

em Fortaleza, na última sexta-

feira. Naquela noite, em cima

de um palanque

montado para o

comício, Marina

falou à população

de sua própria ex-

periência de vida.

Veiculado pela

televisão, no ho-

rário eleitoral da

noite de ontem, o

filme aproveitou

aquele evento pa-

ra combater os

boatos petistas

segundo os quais

a candidata do PSB interrom-

peria o programa social criado

pelo PT.

Em sua fala, Marina estabe-

lece uma identificação emo-

cional com setores do eleitora-

do que já passaram por priva-

ções semelhante.

"Dilma, você fique ciente:

não vou lhe combater com

suas armas; vou lhe combater

com a nossa verdade", grita

Marina à multidão. "Nós va-

mos manter o Bolsa Família...

Eu sei o que é passar fome".

Para integrantes da campa-

nha, a fala de Marina é bem di-

ferente da de outros candida-

tos porque não foi criada por

redatores. O texto é um teste-

munho de vida. No trecho

mais dramático, Marina se re-

corda do dia em que sua famí-

lia tinha apenas um ovo e "um

pouco de fari-

nha e sal" pa-

ra alimentar

oito filhos.

"Tudo o que

minha mãe ti-

nha para oito

filhos era um

ovo e um pou-

co de farinha

e s a l c o m

umas palhi-

nhas de cebo-

la picadas. Eu

me lembro de

ter olhado para o meu pai e mi-

nha mãe e perguntado: 'vocês

não vão comer'? . E minha mãe

respondeu: 'nós não estamos

com fome'".

Marina continuou relem-

brando sua história: "E uma

criança acreditou naquilo.

Mas eu depois entendi que

eles há mais de um dia não co-

miam. Quem viveu essa expe-

riência jamais acabará com o

Bolsa Família."

DE VOLTA ÀS ORIGENSA origem humilde de Marina

remete à história de vida do

ex-presidente Lula. Tanto que,

hoje, a avaliação é de que so-

mente eles, como poucos no

cenário eleitoral atual, podem

falar dessa maneira com todo

o tipo de eleitor.

Com pouco tempo de televi-

são – são apenas dois minutos

–, o desafio da equipe de co-

municação da candidata do

PSB é justamente conseguir

dialogar com o eleitor e, ao

mesmo tempo, enfrentar ata-

ques adversários. A presiden-

te Dilma Rousseff tem, por

exemplo, cerca de 11 minutos

para conquistar votos e rever-

ter rejeições.

Apesar do pouco tempo, Ma-

rina termina sua história com a

frase: "Não é um discurso, é

uma vida". Ela não se emocio-

na. Emociona-se quem assiste

ao vídeo. (Agências)

Reprodução DC

PSB reproduz discurso emocionante de Marina contando que dividiu um ovo com os oito irmãos

Revoada detucanos rumo aoPSB no 1º turno

Aliados do candidato do

PSDB à Presidência da

República, Aécio

Neves, estão se aproximando

da campanha de Marina Silva

(PSB) para declarar apoio já

no 1º turno. Apesar disso,

Marina pediu para que os

auxiliares dela mais próximos

não façam, por enquanto,

nenhum movimento em

direção aos tucanos.

Segundo apoiadores da

presidenciável, prefeitos e

deputados tucanos

procuraram integrantes da

campanha nos últimos dias

para manifestar simpatia

pela candidata. Ontem, o

presidente estadual do PSDB

no Ceará, Tomás Figueiredo

Filho, declarou apoio à

Marina. "Temos muitos

pontos políticos em comum",

alegou Figueiredo.

A cúpula tucana vem

tentando mostrar otimismo e

publicamente o discurso é de

que Aécio pode chegar ao 2º

turno. Nos bastidores, os

tucanos não escondem o

desânimo em virtude da

dificuldade do candidato

crescer na reta final do 1º

turno. "Ninguém acredita

mais no Aécio, né?", ironizou

um pessebista.

Marina chamou os aliados

semana passada para dizer

que seria "desrespeitoso"

qualquer tentativa de

"cooptação" dos tucanos

num momento em que Aécio

ainda tenta se viabilizar.

"Não temos orientação

para conversar com

ninguém", comentou Walter

Feldman, coordenador

adjunto da campanha.

(Estadão Conteúdo)

Dilma, você fiqueciente: não vou lhecombater com suasarmas (...) . Nósvamos manter oBolsa Família... Sei oque é passar fome.MARINA SI LVA

Procurador quer Maluf inelegível

Op ro c u r a d o r- g e r a l

eleitoral, Rodrigo

Janot, encaminhou ao

Tribunal Superior Eleitoral

(TSE) parecer desfavorável à

candidatura do deputado

federal Paulo Maluf (PP) nas

eleições deste ano. Janot

aponta que, com base na Lei

da Ficha Limpa, Maluf seria

inelegível devido a

condenação por ato doloso de

improbidade administrativa

que causou enriquecimento

ilícito e lesão ao patrimônio

público. O parecer é enviado

em recurso em que Maluf

questiona decisão do Tribunal

Regional Eleitoral de São

Paulo de indeferir

candidatura à Câmara dos

Deputados.

No final de 2013, o Tribunal

de Justiça de São Paulo (TJ-SP)

condenou Maluf por

improbidade administrativa

sob acusação de

superfaturamento no Túnel

Ayrton Senna, obra de sua

gestão. A Procuradoria diz

que Maluf, na prefeitura,

nomeou Reynaldo Emygdio

de Barros, de sua confiança,

para a Empresa Municipal de

Urbanização (Emurb) e para a

Secretaria Municipal de

Obras e Vias Públicas. No

parecer, Janot diz que a

conduta de Maluf contribuiu

para o enriquecimento de

Emygdio e cita fraude em

processo licitatório. (EC)

TSE suspende site Muda MaisDecisão atende a pedido da coligação da candidata à Presidência, Marina Silva.

OTribunal Superior

Eleitoral (TSE)

concedeu ontem uma

liminar para retirar do ar o

site Muda Mais

( w w w. m u d a m a i s . c o m . b r ) ,criado por integrantes

ligados ao PT para defender a

reeleição da presidente Dilma

Rousseff. A decisão, dada

pelo ministro Herman

Benjamin, atende a um

pedido da coligação da

candidata do PSB à

Presidência, Marina Silva.

O endereço eletrônico,

ligado ao ex-ministro Franklin

Martins, tem se tornado um

dos canais mais críticos dos

adversários de Dilma. O alvo

inicial do site era o tucano

Aécio Neves, mas com o

crescimento de Marina nas

pesquisas, a candidata do

PSB entrou na mira. Ontem,

por exemplo, a página

insinuava que Marina

pretende vender a Petrobras.

O ministro do TSE

considerou que, pela Lei das

Eleições, é proibida a

veiculação de propaganda,

ainda que gratuitamente, em

páginas eletrônicas de

pessoas jurídicas com ou sem

fins lucrativos. (EC)

Janot defende suspensãode propaganda agressiva do PT

Em foco, os ataques à proposta de Marina, de autonomia do Banco Central.

Op ro c u r a d o r- g e r a l

Eleitoral, Rodrigo

Janot, defendeu a

suspensão das propagandas

veiculadas pela campanha da

presidente Dilma Rousseff

que criticam a proposta da

rival Marina Silva de conceder

autonomia operacional ao

Banco Central (BC).

Em parecer encaminhado

ao Tribunal Superior Eleitoral

(TSE) na segunda-feira, Janot

considerou as peças

irregulares ao reconhecer

que elas pretendem criar

"artificialmente na opinião

pública estados mentais,

emocionais ou passionais".

Essa conduta é proibida

pelo Código Eleitoral. A

manifestação de Janot pode

ser acatada pelo TSE no

julgamento do mérito das

três ações da campanha de

Marina que questionaram a

propaganda. O caso deve ser

analisado nos próximos dias.

Os advogados de Marina

recorreram na semana

passada ao tribunal contra a

campanha, sob a alegação de

que a chapa de Dilma pratica

"verdadeiro estelionato

eleitoral" ao distorcer a

proposta da adversária, uma

vez que induz à percepção de

que os bancos seriam os

responsáveis pela condução

da política de controle de

juros e de inflação. Os

advogados de Marina

sustentam que a propaganda

cria um "cenário de horror"

com a implantação da

autonomia do BC ao chegar

ao "absurdo terrorismo" de

que a medida esvaziaria os

poderes do presidente da

República e do Congresso.

A propaganda, que foi ao ar

em 9, 11 e 12 de setembro e

também em inserções de dia,

mostra uma família sentada

ao redor de uma mesa e a

comida sendo retirada aos

poucos, à medida que o

narrador fala das supostas

consequências da autonomia

do BC. Na semana passada, o

TSE negou três pedidos de

liminares apresentados pela

defesa de Marina para

suspender a propaganda.

Mas Janot é a favor de o

tribunal impedir a veiculação

da campanha no julgamento

do mérito: "A cena criada na

propaganda impugnada é

forte e controvertida, ao

promover, de forma

dramática, elo entre a

proposta de autonomia ao

Banco Central e quadro

aparente de grande recessão,

com graves perdas

econômicas para as famílias",

afirma Janot. Para ele, é

inquestionável que a crítica

meramente política é

inerente à campanha

eleitoral e constitui típico

discurso de embate. (EC)

Dida Sampaio/Estadão Conteúdo - 20/08/2013

Janot defende Marina

Joaquim Barbosa diz que a reeleição'é a mãe de todas as corrupções'

Para ele, o ideal seria o fim da reeleição e a instalação do voto distrital.

Oex-presidente do

Supremo Tribunal

Federal (STF) Joaquim

Barbosa criticou o

instrumento da reeleição.

Para o ex-ministro, a

possibilidade de um mandato

seguido no Brasil é "a mãe de

todas as corrupções".

"Nos países em fase de

consolidação institucional ou

que tenham instituições

débeis, a reeleição funciona

como o carro-chefe, a mãe de

todas as corrupções",

afirmou ele, durante palestra

de abertura do 13º Congresso

Internacional de Shopping

Centers e Conferência das

Américas, em São Paulo.

A reeleição, segundo

Barbosa, faz com que o titular

do poder executivo – de

qualquer esfera – comece o

mandato em busca de apoio

para a reeleição. "Essas

trocas explicam o motivo de

um (político) conservador

votar ou apoiar

favoravelmente projetos de

leis capitaneados por

pessoas socialistas e vice-

versa", afirmou Barbosa. "Em

regra não há qualquer ilícito

nessa conduta, mas o desejo

de se perpetuar no poder

pode favorecer desvios".

Para Barbosa, o ideal seria

um mandato de cinco anos

com a instalação do voto

distrital. "Nós

conseguiríamos, pelo menos,

eleger um número razoável

de pessoas qualificadas."

O ministro também criticou

a quantidade de partidos no

País: "É absolutamente

irracional um país ter 32 ou

33 partido".

Barbosa também afirmou

que o período de campanha

poderia ser reduzido pela

metade, sem o uso da

televisão para baratear os

custos de produção. "O que

encarece a campanha são os

custos de produção desses

programas", disse. "Já

presenciei eleições em

diversos países e elas são

muito enxutas. Nem se

percebe que o país está em

processo eleitoral". (EC)

André Dusek/Estadão Conteúdo

Joaquim Barbosa: primeira aparição pública depois de deixar o STF.

E busca se aproximar dos microempresários

Acandidata do PSB,

Marina Silva, defen-

deu ontem ser favo-

rável à criação de

uma faixa para o regime de

tributação Super Simples.

"Defendo que haja uma faixa

de transição", disse, após

participar de evento no qual

ouviu demandas de peque-

nos e médios empresários.

Ela argumentou que hoje

70% das empresas que estão

no regime do Super Simples e

que tentam migrar para o sis-

tema tributário aplicado a

empresas maiores desapare-

cem ao longo dessa transi-

ção. "Quando eles atingem os

R$ 3,6 milhões (de fatura-

mento), entram em um pro-

cesso incompatível com sua

capacidade de suporte".

Marina não detalhou mais

sobre essa faixa de transição

e disse que é uma medida que

está sendo estudada por sua

equipe, juntamente com a

questão da reforma tributá-

ria. "Como será criada essa

faixa de transição é um esfor-

ço que está sendo feito inclu-

sive ouvindo o setor."

Questionada sobre sua fala

sobre leis trabalhistas, refor-

çou que não usou o termo "fle-

xibilização" e garantiu que as

discussões com sua equipe

tem como base garantir que

não se percam conquistas

dos trabalhadores. "O debate

será feito sem prejuízo das

conquistas que trabalhado-

res a duras penas conquista-

ram", afirmou.

Marina falou ainda em medi-

das que ajudam a diminuir a in-

formalidade no mercado de

trabalho e na reforma do siste-

ma previdenciário. (Agências)

Page 6: Diário do Comércio - 17/09/2014

quarta-feira, 17 de setembro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 7

RETA FINALNa véspera do referendo sobre aindependência da Escócia, trêspesquisas de opinião mostram ligeiravantagem do grupo contrário àseparação do Reino Unido.

UCRÂNIAREALIZA OSONHOEUROPEUKiev assina acordo com a União Europeia,mas não se esquece de anistiar separatistas econceder mais autonomia ao leste pró-russo.

AUcrânia ratificou on-

t e m u m a c o r d o

abrangente com a

União Europeia (UE),

tema no cerne da crise entre a

Rússia e o Ocidente sobre o fu-

turo ucraniano, e buscou con-

ter o impulso separatista dos

rebeldes apoiados por Moscou

acenando com anistia e uma

autonomia temporária e limi-

tada no leste do país.

Em Kiev, 355 dos 450 parla-

mentares votaram a favor da

ratificação do acordo, que pre-

vê um pacto de livre comércio

entre a Ucrânia e a UE em troca

de reformas democráticas nas

instituições ucranianas.

A implementação da parte

relativa ao livre comércio foi

adiada até o início de 2016, de-

pois de Moscou ameaçar a

Ucrânia com restrições comer-

ciais. A Rússia se opõe ao acor-

do, afirmando que bens euro-

peus podem inundar seu mer-

cado. Autoridades ucranianas

dizem que o objetivo da Rússia

é conter a integração de Kiev ao

Ocidente e manter o país na es-

fera de influência de Moscou.

A recusa do ex-presidente

ucraniano Viktor Yanukovich

em assinar o acordo em no-

vembro de 2013 deu início a

protestos de rua que deixaram

dezenas de mortos e levaram à

sua queda em fevereiro. Após a

chegada de um governo pró-

Ocidente ao poder, a Rússia in-

vadiu e anexou a Crimeia, além

de dar apoio aos separatistas

no leste ucraniano.

Embora o atual presidente

ucraniano, Petro Poroshenko,

tenha saboreado uma vitória

histórica com a aprovação par-

lamentar ao acordo com a UE,

seus esforços

de pacificação

a t r a í r a m o

desprezo dos

separatistas e

de alguns polí-

ticos de desta-

que, e as For-

ças Armadas

r e l a t a r a m

mais três mor-

tes de solda-

dos ucrania-

nos apesar do

ces sar- f ogo

em vigor há 12 dias.

"Nenhuma nação jamais pa-

gou um preço tão alto para se

tornar europeia", afirmou Po-

roshenko ao Parlamento. "De-

pois disso, quem pode fechar as

portas à Ucrânia? Quem será

contrário a conceder à Ucrânia

a perspectiva de filiação à UE?

Hoje, estamos dando o primei-

ro, mas decisivo, passo."

Poucos momentos antes, em

uma sessão fechada, os parla-

mentares votaram a favor do

plano de Poroshenko para con-

ceder "status especial" às "re-

públicas populares" proclama-

das pelos separatistas.

Poroshenko elaborou o plano

depois de concordar com relu-

tância com um cessar-fogo a

partir de 5 de setembro na es-

teira de perdas no campo de ba-

talha e de baixas ucranianas,

que Kiev afirma terem sido cau-

sadas pelo envolvimento de

soldados russos nos combates

em nome dos rebeldes.

A nova lei oferece três anos

de autonomia para áreas com

inclinação separatista e lhes

permitirá "fortalecer e apro-

fundar" as relações com re-

giões russas vizinhas.

Além disso, permitirá aos

rebeldes fortemente armados

que criem suas próprias polí-

cias e realizem eleições locais

em dezembro.

Outra lei ofereceu anistia

aos separatistas que comba-

tem as forças do governo –

mas não para os envolvidos na

derrubada do avião de passa-

geiros malaio em 17 de julho

ou para pessoas que partici-

pam pura e simplesmente de

atos criminosos.

Reação - Mas o anúncio de

Poroshenko logo atraiu críti-

cas. O líder rebelde Andrei Pur-

gin declarou à Reuters em Do-

netsk: "A parte essencial do

documento que prevê nossa

permanência política no terri-

tório ucraniano, naturalmen-

te, não é aceitável".

"Insistiremos que quais-

quer uniões políticas com a

Ucrânia não são possíveis no

Sergey Dolzhenko/EFE

momento, por princípio",

acrescentou Purgin.

Oleh Tyahnibok, líder do par-

tido nacionalista Svoboda (Li-

berdade), declarou antes da

sessão que considera "absolu-

tamente errado votar pela capi-

tulação depois de todas as per-

das. Precisamos de paz, e não

de uma trégua –mas não a qual-

quer preço".

A ex-primeira-ministra ucra-

niana Yulia Tymoshenko tam-

bém criticou a medida. "(Esta

lei representa) a completa ren-

dição dos interesses da Ucrânia

em Donbass (regiões de Do-

netsk e Luhansk)", afirmou ela,

citada pelas agências locais.

"Esta decisão legaliza o terro-

rismo e a ocupação da Ucrâ-

nia", concluiu. (Agências)

Manifestantes queimam pneus em frente ao Parlamento ucraniano em protesto à aprovação de acordo que 'legaliza' a ocupação do leste do país

T E R RO REUA pelo ar. E agora por terra?

Enquanto forças norte-

americanas intensifi-

cam ontem os ataques

aéreos contra os militantes do

Estado Islâmico (EI) no Iraque,

a maior autoridade militar dos

Estados Unidos não descartou

a possibilidade de tropas nor-

te-americanas assumirem

maior participação terrestre

na luta contra os radicais.

O general Martin Dempsey,

chefe do Estado Maior das For-

ças Armadas dos EUA, disse

que não havia intenção de colo-

car consultores militares norte-

americanos em combate. Ain-

da assim, ele disse em audiên-

cia no Senado dos EUA: "Eu

mencionei, no entanto, que se

eu achasse que a circunstância

demandasse, eu mudaria, é

claro, minha recomendação".

Dempsey contemplou cená-

rios nos quais uma maior parti-

cipação poderia ser viável, in-

cluindo juntar as forças norte-

americanas com os iraquianos

durante uma ofensiva compli-

cada, como numa eventual ba-

talha para retomar a cidade de

Mosul, no norte do Iraque.

Dempsey estava se pronun-

ciando diante do Comitê de Ser-

viços Armados do Senado, ao

lado do secretário de Defesa

Chuck Hagel, enquanto o go-

verno de Obama faz sua apre-

sentação do plano para ampliar

as operações contra os militan-

tes, incluindo ataques aéreos

na Síria pela primeira vez.

A declaração contradiz afir-

Kevin Lamarque/Reuters

Depoimento de autoridades (acima, Hagel) foi interrompido por manifestantes contrários à ofensiva

mações anteriores do presi-

dente dos EUA, Barack Obama,

que havia descartado a possibi-

lidade de uma missão que pu-

desse levar os EUA a uma nova

guerra terrestre no Iraque.

Respondendo aos comentá-

rios de Dempsey, a Casa Bran-

ca disse que os conselheiros mi-

litares tinham de se planejar

para várias possibilidades.

Obama disse na semana

passada que vai liderar uma

aliança para derrotar o EI, mer-

gulhando os EUA em um confli-

to no qual quase todos os países

do Oriente Médio farão parte.

Ontem, os EUA continuaram

sua campanha ampliada con-

tra os militantes do EI com cinco

ataques aéreos no Iraque.

Segundo o Comando Cen-

tral norte-americano, aviões

de caça lançaram duas ofensi-

vas no norte de Irbil, atingindo

um caminhão blindado e com-

batentes. Outros três bombar-

deios aéreos ao sul de Bagdá

explodiram equipamentos de

artilharia antiaérea, um cami-

nhão e dois barcos no rio Eufra-

tes que forneciam suprimen-

tos aos radicais. (Agências)

Paz emGaza por

um fio

Mohammed Saber/EFE - 08/09/14

Afrágil trégua entre israe-

lenses e palestinos foi

abalada ontem por um mor-

teiro disparado a partir da Fai-

xa de Gaza, que atingiu o sul

de Israel pela primeira vez

desde o fim do conflito no mês

passado. Não houve mortos,

feridos ou danos reportados.

Após o incidente, Israel te-

ria alertado os militantes do

Hamas que se eles não pren-

dessem os responsáveis, for-

ças israelenses seriam obri-

gadas a intervir, disse o jornal

israelense Yedioth Ahronoth.

O Hamas, principal facção

islâmica em Gaza, minimizou

o relato dos israelenses sobre

o ataque e disse que os pales-

tinos não estão desafiando o

acordo de cessar-fogo.

No final da noite, o Hamas

informou a Israel que os res-

ponsáveis foram detidos. Se-

gundo o jornal israelense, os

autores seriam membros de

uma facção rebelde.

Tanto Israel quanto os pa-

lestinos estão à beira de uma

possível retomada da violên-

cia depois da guerra inconclu-

siva que matou mais de 2,1 mil

palestinos, a maioria deles ci-

vis, e também 64 soldados e

cinco civis israelenses.

Enquanto a ameaça de

guerra paira no ar, Israel e pa-

lestinos fecharam acordo on-

tem para a reconstrução de

Gaza, que será monitorada

pela Organização das Nações

Unidas (ONU) (foto, casa de pa-lestinos atingida durante ofensi-va israelense). (Agências)

Valentyn Ogirenko/Reuters

Poroshenko: Ucrânia pagou um preço alto.

Azad Lashkari/Reuters

Forças que lutam contra o EI podem receber ajuda terrestre dos EUA

Reut

ers

Page 7: Diário do Comércio - 17/09/2014

8 DIÁRIO DO COMÉRCIO quarta-feira, 17 de setembro de 2014

CENAS DE GUERRA NA SÃO JOÃOReintegração de posse do antigo Hotel Aquarius, na Avenida São João, foi o estopim para espalhar o caos por todo o Centro. Comércio baixou as portas e o trânsito travou.

Mariana Missiaggia *

Mais uma vez o Cen-

tro Velho de São

Paulo viveu um dia

caótico. A reinte-

gração de posse de um prédio

gerou uma série de confrontos

que transformou a região em

uma verdadeira praça da guer-

ra durante praticamente o dia

todo. O comércio baixou as por-

tas e escritórios dispensaram

as pessoas mais cedo. Algumas

lojas, como a da Oi e da Claro,

foram saqueadas.

Pelo menos 70 pessoas fo-

ram detidas e outras 12 ficaram

feridas. Um ônibus foi incendia-

do em frente ao Theatro Munici-

pal, na Praça Ramos.

A tentativa de reintegração

de posse começou por volta das

7h30. Um grupo de moradores

do antigo Hotel Aquarius, na

Avenida São João, 601, reagiu à

chegada da Polícia Militar arre-

messando móveis e outros ob-

jetos do alto do prédio onde mo-

ravam cerca de 200 famílias.

Em resposta, a Tropa de Cho-

que lançou bombas de gás la-

crimogênio e de efeito moral na

direção dos ocupantes que blo-

queavam a Avenida São João.

Poucos minutos após a reação

da PM, o conflito se espalhou

por outras ruas da região, como

a rua Coronel Xavier de Toledo,

Barão de Itapetininga, Vinte e

Quatro de Maio e Viaduto do

Chá, onde ao menos, três lojas

tiveram as vitrines quebradas.

Houve muita correria e grita-

ria, alguns sem-teto também

lançaram pedras contra o

Theatro Municipal, na tentativa

de quebrar os vitrais. Assim que

o tumulto começou, todo o co-

mércio da região da Praça da

República e da Praça da Sé bai-

xou suas portas e só voltou a

funcionar depois das 13h. Mas a

trégua foi breve: no fim da tar-

de, com os novos tumultos, as

lojas voltaram a fechar.

“Começou a juntar gente fa-

zendo fogueira e, em seguida,

vieram os policiais jogando

bombas. Foi tudo tão rápido

que não deu pra ver quem co-

meçou, mas logo fechamos a

lanchonete. O andar de baixo

da lanchonete ficou com cheiro

de gás e nós aqui, trancados,

parecendo criminosos”, disse

Heloísa Guedes, 28 anos, fun-

cionária de um restaurante na

Rua 24 de Maio.

Na mesma rua, o gerente Éri-

co Gomes, 37 anos, lamentava

o incidente justo no dia da aber-

tura da loja de armarinhos em

que trabalha. “Que dia ingrato,

tantos dias para inaugurarmos

e justo hoje acontece isso. Esta-

mos cheio de clientes tranca-

dos na loja”, disse.

Na Barão de Itapetininga, o

proprietário de uma loja de ar-

tigos variados, Valmir Berta-

nha, 57 anos, disse que a si-

tuação do Centro está insus-

tentável. “Não sei mais o que

fazer. Achei que o pior já tinha

passado com as manifesta-

ções do ano passado. Mas, de-

pois do que vi hoje (ontem),

não duvido de mais nada. Já

perdi muitos clientes e com

certeza perderei mais”, disse.

Entre manifestantes e poli-

ciais, a estudante Maria Fer-

nanda Schimidt, 22 anos,

aguardava um ônibus para a

Universidade Mackenzie, na

Rua da Consolação, quando

percebeu toda a confusão. “Fi -

quei mais de 40 minutos tran-

cada dentro de um estaciona-

mento, onde consegui abrigo.

Agora, vou tentar chegar a fa-

culdade a pé porque já perdi

duas aulas. É muita violência

gratuita”, reclamou.

Após o confronto, a PM blo-

queou a avenida São João e

parte da Ipiranga para, final-

mente, dar início à reintegra-

ção. A auxiliar geral Claudia

Ramira, 45 anos, morava no

prédio com suas duas filhas,

uma de 12 e outra de 8 anos.

Claudia soube da desocupa-

ção pela televisão da empresa

onde trabalha. “Vim correndo,

minhas duas filhas estão lá

dentro sozinhas”, disse. De-

pois de muita discussão com

um dos policiais, a auxiliar ge-

ral conseguiu entrar no prédio

para procurar pelas filhas.

Com cobertores e roupas na

mão, Jacinto Luiz Pereira, 34

anos, desempregado, não sa-

bia o que fazer. “Não vou para

onde a Prefeitura quer, prefiro

ficar na rua”, disse.

Em nota, o movimento Fren-

te de Luta por Moradia (FLM)

informou que a decisão do ju-

diciário vai devolver o prédio à

especulação imobiliária, sem

levar em consideração o pro-

blema social. "Aproximada-

mente 800 pessoas, crianças

e idosos serão jogados na rua,

sem uma solução definitiva",

disse o FLM em comunicado.

A Secretaria Municipal de

Habitação (Sehab) afirma que

realizou um estudo de viabili-

dade para transformar o hotel

em moradia popular, mas foi

verificado que o projeto não

seria viável pelo custo.

Esta foi a terceira vez em

que a retirada dos ocupantes

foi marcada. Nas outras duas

datas – julho e agosto –, os ofi-

ciais de Justiça avaliaram que

a quantidade de caminhões

Marcelo D'Santes/AOG

Ônibus é incendiado em frente ao Theatro Municipal, na Praça Ramos de Azevedo: vândalos aproveitaram para agir em meio à confusão durante a reintegração de posse.

Acima,funcionárias seescondemdentro de lojacom medo desaques. Aolado,manifestante édetido por PM.Fumaça deônibusqueimado foivista de longe.

Centro trava novamente.ACSP pede providências.

complicado em toda a

região central.

Punição –Para o

presidente da Associação

Comercial de São Paulo

(ACSP), Rogério Amato, o

confronto de ontem coloca a

sociedade em risco e deve

ter os envolvidos punidos.

“Estamos perplexos com

o que está acontecendo.

Nosso papel principal é

defender a livre iniciativa.

Porém, o que está

acontecendo é um

atentado, por parte de um

grupo criminoso que

coloca em risco a vida do

cidadão. Essa minoria que

se posiciona como maioria

está frontalmente

contrária a tudo o que

acreditamos e fazemos.

Portanto, repudiamos essa

reação e já pensamos em

medidas jurídicas para

fazer com que esse grupo

seja punido e tenha

consciência do papel

deletério que está

d e s e m p e n h a n d o”, disse

A m a t o.

Marcel Solimeo,

economista-chefe da

ACSP, acredita que o

direito de ir e vir da

sociedade não pode ser

impedido pelo direito de se

manifestar. “A violência

tem que ser tratada como

a legislação prevê. As

ações devem ser punidas e

os movimentos sociais não

podem ser

desconsiderados. A

impunidade estimula

novos atos. São Paulo já é

uma cidade difícil, com

essas confusões fica

impraticável. Temos que

acabar com essa história

de que qualquer grupo

consegue parar o Centro”,

disse Solimeo. (M.M.)

Após seis dias, o

Centro de São Paulo

travou de novo. A

reintegração de posse, na

Avenida São João desviou

cerca de 30 linhas de

ônibus que passam pela

região, bloqueou diversas

ruas e acessos do Centro e

deixou a estação de metrô

Anhangabaú da Linha 3 –

Vermelha fechada por

alguns minutos. O mesmo

ocorreu com a tradicional

Galeria do Rock.

O embate entre a Polícia

Militar e os sem-teto

impediu a circulação de

carros em boa parte do

Centro durante vários

períodos do dia. O

comando da Polícia Militar

afirma ter identificado

integrantes black-blocs em

meio aos tumultos.

De acordo com a

Companhia de Engenharia

de Tráfego (CET), a Capital

chegou a registrar 96

quilômetros de ruas e

avenidas congestionadas

às 10h30. Somente a

região central concentrava

28 quilômetros desta

l e n t i d ã o.

Entre 11h e 13h, vias

como a Rua Coronel Xavier

de Toledo, a Avenida Rio

Branco, a Rua Aurora, 24

de Maio e o Viaduto do Chá

passaram por interrupções

no tráfego de veículos. A

Avenida São João ficou

totalmente interditada

durante quase o dia todo

entre o Largo do Paissandu

e a Avenida Ipiranga.

À tarde, a confusão ficou

concentrada nos arredores

do Largo do Paissandu e a

PM teve de intervir para

garantir o retorno do

paulistano para casa. O

trânsito ficou novamente

fornecida pelo dono do imóvel

não era suficiente.

A Secretaria da Segurança

Pública informou, em nota,

que a juíza Maria Fernanda

Belli, da 25ª Vara Cível do Foro

Central, determinou a reinte-

gração de posse do edifício,

ontem, após pedido de seu

proprietário, a Aquarius Hotel

Limitada. Foram feitas reu-

niões entre a PM, advogados

da empresa proprietária e mo-

radores, para acertar como

seria a saída, diz a pasta.

(* Com Agências)

Nilton Fukuda/Estadão Conteúdo

Marco Ambrosio/Estadão Conteúdo

Eduardo Hernandes/Estadão Conteúdo

Page 8: Diário do Comércio - 17/09/2014

quarta-feira, 17 de setembro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 9

Primavera:deixe derreterna boca.

Repr

oduç

ão

Ana Barella

NAS GELADEIRAS

Acima, picolé de

morango com leite

condensado da loja Me

Gusta –Pi c o l é s

Artesanais, localizada na

rua Augusta. Ao lado,

paletas da Los Ticos

Paleteros, que fica em

Moema, com destaque

para os sabores Leite

Ninho trufado e

Negresco. Abaixo, uma

das delícias da rede Los

Paleteros: doce de leite.

Aprimavera está chegan-

do, mas, antes das flores,

uma nova tendência já

encanta São Paulo: as palete-

rias mexicanas.

Se na primavera/verão de 2010

os paulistas "se acabaram" de co-

mer iogurte congelado e, em

2013, ninguém arredava pé das

gelaterias, agora chegou a vez do

picolé, ou melhor, da paleta.

A diferença está na receita,

que é tradicional do México. A

paleta não leva conservantes. É

feita com frutas frescas e aguá. A

quant idade também é bem

maior: se o normal de um picolé é

pesar 60 gramas, a paleta tem

mais que o dobro, variando en-

tre 120 a 140 gramas.

Em pleno inverno, diversas pa-

leterias foram pipocando pela Ci-

dade, e logo a graça mexicana caiu

no gosto do paulista. As filas che-

gam a demorar 40 minutos, viran-

do esquinas e descendo ruas.

De acordo com Eduardo de To-

ledo Barroso, um dos sócios da

loja Los Ticos Paleteros, de Moe-

ma, nos finais de de semana as

filas eram tamanhas que eles lo-

go tiveram que dobrar o número

de caixas registradoras.

E o crescimento vai no ritmo do

tamanho da fila. Barroso, que

abriu a Ticos em março, já tem

mais duas lojas no forno e está se

preparando para lançar sua

franquia até o final do ano.

"Do primeiro mês de lo-

ja até meados de se-

tembro, o cresci-

mento foi de 60%.

Eu sabia que ia ter

um boom, pois é

uma novidade,

mas nunca imagi-

nei que com tanta

rapidez", explica o

empreendedor. Este

é o primeiro negócio de

Barroso, de 23 anos.

Ele acredita que o mote sau-

dável das paletas atraiu o públi-

co paulista. "Acho que faz su-

cesso porque é uma novidade,

um produto artesanal, não tem

conservante ou corante e o mer-

cado brasileiro preza muito por

esse conceito"

Sua loja, por sua vez, investe

em peso nos sabores doces, que

fazem muito sucesso. Leite ni-

nho trufado, arroz doce, paço-

ca... A procura pelas versões do-

ces é tanta que Barroso fechou

um contrato de exclusividade

com a Nestlé, agora fornecedora

de delícias famosas, como o Kit

Kat e Negresco.

Barroso não é único jovem a se

aventurar nas no mundo das pa-

letas. Gabriel Simões, de 26

anos, começou com uma barra-

quinha de picolés artesanais em

feirinhas gastronômicas, como a

Panela na Rua, da Benedito Calix-

to, em novembro do ano passa-

do, e agora já tem sua loja física.

"Tinha uma procura muito

grande. As pessoas pergunta-

vam muito pela loja, queriam o

produto disponível não só no fi-

nal de semana. Hoje, está em

uma crescente, cada dia parece

que vem mais gente."

A paleteria de Simões, a Me

Gusta Picolés Artesanais, é co-

nhecida pelos seus sabores fru-

tados. A maior procura é pelo pi-

colé de morango com leite con-

densado, que é uma delícia. De

acordo com simões, as frutas

são todas selecionadas por ele e

por seu sócio à segundas-feiras,

e estão sempre frescas.

Na contra mão do plano de Si-

mões, que é o de não expandir a

Me Gusta, está a rede Los Palete-

ros. No mercado desde 2012, a

marca já soma 43 franquias es-

palhadas pelo Brasil. A meta da

Los Paleteros é chegar a fabricar

duas milhões de paletas por mês

até o final do ano. Hoje, a fábrica,

localizada em Barracão, no Para-

ná, produz 700 mil unidades por

mês. É picolé para chuchu.

Para Gean Schu, sócio-funda-

dor da Los Paleteros, a maior di-

ficuldade foi apresentar ao bra-

sileiro o conceito da paleta. "Ti-

nhamos receio se vingaria (o in-

vestimento incial foi de R$ 750

mil), mas a resposta veio rápida-

mente. Poucas horas após a

abertura da primeira loja, em

pleno verão de Balneário Cam-

buriú (em Santa Catarina), já ti-

nhamos fila para fora."

62,5%é a porcentagem do

crescimento doconsumo de sorveteper capita no País,de 2003 até 2012,

de acordo aAssociação

Brasileira dasIndústrias e do

Setor de Sorvetes(ASIS).

R$ 22milhões

é a quantia que arede Los Paleterosjá faturou em 2014.

A previsão éencerrar o ano na

marca dosR$ 55 milhões.

7.000é o número de

picolés produzidossemanalmente pela

Me Gusta, issodurante o inverno. A

previsão é a detriplicar esse

número até o verão.

Com a chegada da primavera, o clima e o mercado daspaleterias só tendem a esquentar, assim como as opções delojas, cada uma com suas pecuiliaridades e saboresexclusivos. O DCultura fez um pequeno guia para você nãose perder nesse emaranhado de picolés, digo, paletas.

LOS PALETEROSA rede já tem 43 unidades espalhadas pelo Brasil, setedestas na Cidade, mas a sugestão é conhecer a loja daAlameda Lorena – primeira unidade de rua de São Paulo.A dica frutada: manga com pimenta.A dica pé na jaca: paçoca.Onde encontrar: Avenida Lorena, 1930. Segunda a Sábado,das 11h às 22h. Domingo, das 12h às 20h. Outras lojas:Shopping Eldorado, Sp Market, Metrô Boulevard Tatuapé,Pátio Paulista, Center 3 e Itaim Kinoplex.

ME GUSTA - PICOLÉS ARTESANAISO forte são os picolés frutados. Eles conquistaramo público das feiras gastronômicas, e agora, fazem acabeça de quem passa pela loja da Augusta.É bom chegar cedo, principalmente nos finais desemana, pois a fila desce a rua.A dica frutada: hibísco com limão, e jabuticaba.A dica pé na jaca: o "clássico" morango com leitecondensado, e o sucesso de vendas banana com nutella.Onde encontrar: Rua Augusta, 2052 (Loja 02). Todos osdias, das 11 às 20h. Feirinha: Butantã Food Park.Rua Agostinho Cantu, 47. Sábados, das 11 às 22h.Domingos, das 12h às 19h.

LOS TICOS PALETEROSÉ a única loja que tem a Nestlé como fornecedora oficial.Logo, espere paletas de Kit Kat, Negresco, Leite Ninho ....Já deu para entender, né? O estabelecimento é bemagradável também, um aconchego só. A fila, grande.Melhor evitar os horários óbvios.A dica frutada: melancia e kiwiA dica pé na jaca: arroz doce, e o sabor desejo,leite ninho trufado.Onde encontrar: Alameda dos Arapanes, 851. De terça aquinta, das 11h às 20h. De sexta a domingo, das 11h às 22h.

LOS HERMANOSInaugurada em janeiro, em Santana, na zona norte,a paleteria também traz no seu menu a opção chocolatediet. Uma saída boa para quem quer manter a formapara o verão, mas não abre mão do doce.A dica frutada: abacaxi com hortelãA dica pé na jaca: chocolate belgaou a dupla Romeu e Julieta.Onde encontrar: Rua Doutor César, 742. De terça a quinta,das 11h às 22h. Sexta, sábado e domingo, das 11h às 23h.

New

ton

Sant

os/H

ype

Divulgação

Zinho Gomes

Divulgação

Newton Santos/Hype

Divulgação

Paleta de paçoca, da Los Paleteros.

Picolé de jabutica, sabor da Me Gusta.

Eduardo Barroso, sócio da Los Ticos Paleteros.

Chocolate belga: delícia da Los Hermanos.

Page 9: Diário do Comércio - 17/09/2014

10 DIÁRIO DO COMÉRCIO quarta-feira, 17 de setembro de 2014

.E..S PA Ç O

Nasa usará navestripuladas privadas

A Nasa anunciou

ontem que utilizará

naves privadas

produzidas pela Boeing

e pela SpaceX para

transportar astronautas

até a Estação Espacial

Internacional (ISS). Com

isso, a agência dos EUA

suprirá a falta atual de

transporte, que vinha

sendo suprida pela

utilização das naves

russas Soyuz. Boeing e

SpaceX receberão US$

6,8 bilhões por seis

missões tripuladas.

.C..ELEBRIDADES

Leonardo DiCaprio,mensageiro da paz.

O ator Leonardo

DiCaprio foi nomeado

mensageiro da paz das

Nações Unidas, um

título que usará para

chamar atenção sobre a

mudança climática,

disse o secretário-geral

da Organização das

Nações Unidas (ONU)

ontem. DiCaprio

discursará em uma

reunião da cúpula da

ONU sobre mudança

climática no dia 23 de

setembro, um dia antes

da reunião anual dos

líderes mundiais na

Assembleia Geral da

ONU. Muitos líderes dos

193 Estados membros

das Nações Unidas são

esperados na reunião

sobre o clima. DiCaprio

possui uma fundação de

proteção a regiões

selvagens.

.R..IO 2016

Ingressos custarão até R$ 1,2 milOs ingressos para os

Jogos Olimpícos de 2016,

que serão realizados no Rio

de Janeiro, custarão entre

R$ 40 e R$ 1,2 mil informou

ontem o Comitê

Organizador do evento. As

entradas mais caras serão

as de "categoria A" nas

finais de basquete, vôlei,

vôlei de praia e atletismo,

segundo tabela divulgada

pela organização hoje. A

decisão do futebol custará

entre R$ 380 e R$ 900. Os

valores serão mais altos

para as cerimônias de

abertura e encerramento,

ambas realizadas no

Maracanã. Para assistir ao

início dos Jogos Olímpicos,

o interessado terá que

desembolsar entre R$ 200

e R$ 4,6 mil. Os ingressos

do encerramento serão

vendidos por valores entre

R$ 200 e R$ 3 mil. Os

valores são cerca de 20%

menores do que os da Copa

de 2014.

.E..SPOR TES

Brasil perde paraPolônia no vôlei

Foram nove vitórias no

Campeonato Mundial de

Vôlei, mas a seleção

brasileira masculina de

vôlei perdeu por 3 sets a 2

para a Polônia (22/25,

25/22, 14/25, 25/18 e

17/15), em Lodz. A derrota

foi a primeira da seleção

brasileira na competição e

obriga o Brasil a vencer a

Rússia por 3 a 0 ou 3 a 1,

hoje. Se vencer a Rússia

por um desses dois

placares, a seleção

brasileira vai a quatro

pontos e não pode mais ser

alcançada pelos russos.

.L..OTERIAS

Concurso 1316 da DUPLA-SENA Segundo sorteio

04 09 13 26 28 35

Concurso 3589 da QUINA

02 17 30 41 64

.T..ECNOLOGIA

Google, testemunha virtual.O

Google revelou on-

tem, em seu relatório

de transparência, que

registrou uma elevação no nú-

mero de solicitações para a

obtenção de dados de usuá-

rios e de endereços IP nos últi-

mos cinco anos.

Segundo a empresa, os pe-

didos, que são enviados à em-

presa por governos, que utili-

zam os dados em investiga-

ções criminais, tiveram au-

mento de 150% nos últimos

anos. Somente na primeira

metade de 2014, houve cres-

cimento de 15%.

Nos primeiros seis meses

deste ano, o Google recebeu

mais de 30 mil pedidos para

obtenção dados para investi-

gações. Em média, o Google

forneceu as informações soli-

citadas em 65% dos casos. Em

2009, quando o relatório de

transparência começou a ser

produzido, a empresa havia

recebido, ao longo de todo o

ano, 13 mil pedidos.

O aumento de solicitações

reflete tanto o interesse dos

governos nessas informações

quanto o crescimento no nú-

mero de usuários dos serviços

do Google na internet, como

YouTube e Gmail.

O governo dos EUA aumen-

tou em 250% o número de so-

licitações desde 2009, e 19%

no primeiro semestre deste

ano. O país enviou 12,5 mil pe-

didos ao Google, que forneceu

as informações em 84% dos

casos.

Apesar do crescimento

mundial, o Brasil registrou

uma queda nas solicitações.

No pr imeiro semestre de

2014, o governo brasileiro fez

684 solicitações ao Google,

metade das quais foram aten-

didas. No segundo semestre

de 2013, o Brasil fez mil solici-

tações do tipo à empresa.

EFE

CENÁRIO DE CINEMA - Os fóruns romanos devem ganhar uma iluminação permanente

dirigida pelo diretor de fotografia italiano Vittorio Storaro, que ganhou o Oscar por seus trabalhos

em Apocalypse Now e Reds. O projeto custará 1,5 milhão de euros à prefeitura de Roma.

s

.A..R TE

HipotâmisaO artista holandês Florentijn Hofman criou um

hipopótamo de madeira para navegar pelo rio

Tâmisa. Chamado HippoThames

("Hipotâmisa"), o trabalho tem 21 metros de

comprimento e foi construído sobre sobre uma

balsa que circula pelo rio até dia 28 deste mês.

totallythames.org

Cartões postaispara formigas

O título parece

absurdo, mas foi assim

que a artista Lorraine

Loots escolheu chamar

suas pinturas em

miniatura. A artista

produziu a série em

2013, uma por dia,

usando pincéis e lápis

especiais, para

conseguir a precisão

dos traços e das cores.

O resultado foram 365

pinturas que a artista

apresentou na sua

cidade, Cape Town,

escolhida como

Capital Mundial do

Design em 2014.

lorraineloots.com

Primeiro sorteio

02 14 29 35 49 50

Madeira de dar nóO artista Kino Guerin trabalha com

placas de madeira como se elas fossem

fitas maleáveis, criando curvas, nós e

outros efeitos intrincados. Há 19 anos, ele

cria peças como estas, utilizando

madeiras nobres e maquinário exclusivo

para criar seus móveis.

w w w. e t s y. c o m / s h o p / K i n o G u e r i n

.M..ARCENARIA

O projeto setransformou em umasérie limitada de cartõespostais de verdade e feztanto sucesso que foirepetido em 2014.

Page 10: Diário do Comércio - 17/09/2014

quarta-feira, 17 de setembro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 11

Varejo ensaia

Silvia Pimentel

As vendas do comér-

cio na capital paulis-

ta apresentaram alta

de 10,1% na primeira

quinzena de setembro na

comparação com o mesmo

período do ano passado. A ex-

pansão de dois dígitos pode

ser explicada, entre outros fa-

tores, pelo efeito calendário: o

período analisado tem dois

dias úteis a mais que o ante-

rior. De acordo com o Balanço

de Vendas da Associação Co-

mercial de São Paulo (ACSP),

as vendas a prazo, medidas

pelo IMC (Indicador de Movi-

mento do Comércio a Prazo)

subiram 11,8. Já o Indicador de

M o v i m e n t o d e C h e q u e s

(SCPC- cheque), que reflete as

vendas à vista, apresentou al-

ta de 8,4%.

“Esse avanço de setembro

ajuda a compensar as quedas

nas vendas do primeiro se-

mestre, que teve dias perdi-

dos em razão dos feriados pro-

longados e dos jogos da Copa

do Mundo” , disse Rogério

Amato, que é presidente da

ACSP e da Facesp (Federação

das Associações Comerciais

do Estado de São Paulo) e pre-

sidente inter ino da CACB

(Confederação das Associa-

ções Comerciais e Empresa-

riais do Brasil.

De acordo com o economis-

ta da ACSP, Emílio Alfieri, o

maior desempenho das ven-

das a prazo sobre as transa-

ções à vista na primeira quin-

zena de setembro decorre, em

parte, da redução dos depósi-

tos compulsórios. Os bancos,

sobretudo os oficiais, usaram

essa “so bra” de recursos na

concessão de crédito e isso

contribuiu para o aumento da

venda de bens duráveis no pe-

ríodo. Na comparação com a

primeira quinzena do mês de

agosto, as vendas a crédito

aumentaram 9,9%. Já as ven-

das à vista recuaram 20,2% no

mesmo período. A queda é ex-

plicada pela base forte do mês

de agosto, quando foi come-

morado o Dia dos Pais.

No acumulado do ano, as

vendas apresentaram, em

média, uma alta de 1,8%. É um

resultado modesto quando

comparado aos números re-

gistrados nos últimos anos.

“Os dados refletem a manu-

tenção da alta nas taxas de ju-

ros, as restrições ao crédito

por parte dos bancos priva-

dos, queda dos índices de con-

fiança do consumidor e as in-

certezas no campo político”,

analisou o economista. Ele diz

que os dados de setembro não

podem ser projetados para o

ano inteiro. É preciso conside-

rar a sazonalidade das vendas

e o número menor de feriados

prolongados ao longo do ano.

INADIMPLÊNCIAOs dados do SCPC sinalizam

para um aumento da inadim-

plência na capital paulista. O

Indicador de Registro de Ina-

dimplentes (IRI) fechou a pri-

meira quinzena de setembro

com alta de 10,3. Na compara-

ção com agosto, o aumento foi

de 4,1% e, no acumulado, hou-

ve expansão de 1,8%. Em con-

trapartida, o IRC (Índice de Re-

cuperação de Crédito) subiu

6,9, na comparação com a pri-

meira quinzena de setembro

do ano passado. Em relação ao

mês de agosto, houve alta de

12,7%. Na prática, o número

de registros nos cadastros de

crédito por falta de pagamen-

Fotos: Paulo Pampolin/Hype

to cresceu mais do que a quan-

tidade de cancelamentos. Na

opinião de Alfieri, esse des-

compasso não é preocupante,

pois em setembro os aposen-

tados receberam a primeira

parcela do décimo terceiro sa-

l á r i o.

Em novembro, será a vez

dos trabalhadores receberem

o benefício. “Além disso, de-

vem recomeçar as grandes

campanhas de renegociação

de dívidas”, concluiu.

As vendas a prazo – de maior valor – se destacaram na quinzena, com avanço de 11,8%. O crédito residual ajudou, segundo ACSP.

Unir forças para vender maisSupermercadistas querem uma maior aproximação com a indústria para reduzirem os preços ao consumidor

Paula Cunha

Osetor supermerca-

d i s ta p rec i sa se

aliar à indústria pa-

ra oferecer aos con-

sumidores alternativas de

produtos e preços, especial-

mente neste momento de in-

flação elevada nos alimentos,

o que afeta o poder de compra

do brasileiro. Este foi um dos

principais temas debatidos na

abertura da convenção da As-

sociação Brasileira de Super-

mercados (Abras), iniciada

ontem em Atibaia, no interior

paulista. A perspectiva de

crescimento para o setor nes-

te ano é de 1,9%, abaixo da

previsão de avanço de 3% di-

vulgada no começo do primei-

ro semestre. A expectativa de

faturamento dos supermerca-

dos neste ano é de R$ 300 bi-

lhões.

Para elevar novamente o

volume de vendas, os super-

mercados estão estreitando

as negociações com as indús-

trias com a criação de ofertas

especiais no ponto de venda.

Os empresários do setor acre-

ditam que esta medida é a

mais prática a ser adotada em

momentos de pressão infla-

cionária. Na opinião de Olegá-

rio C. de Araújo, diretor de

Atendimento da Nielsen, em-

presa especializada em análi-

ses de dados, as indústrias es-

tão intensificando as ações

nos pontos de venda para di-

vulgar produtos com maior va-

lor agregado.

Para Christine Pereira, dire-

tora de Expert Solutions da

consultoria Kantar World Pan-

nel, os fabricantes que passa-

ram a oferecer produtos com

maior valor agregado, como

os iogurtes gregos e bebidas

saudáveis, são os que con-

quistarão melhores resulta-

dos. “Não dá mais para ofere-

cer apenas o tradicional leve

três e pague dois”, acrescen-

tou.

Pers pectiva s – Fernando Ya-

mada, presidente da Abras,

disse na abertura do evento

que o resultado aquém do es-

perado pelo setor é reflexo do

Produto Interno Bruto (PIB)

fraco. “O PIB terá somente um

ligeiro aumento de 0,48%, o

que nos afeta. O Brasil ainda

cresce porque a massa sala-

rial deve avançar de 3,4% a

3,6%”, disse Yamada. Ele ain-

da citou um estudo da Abras

que estima o PIB brasileiro de

2015 em 1,1%, baseado no re-

latórios do Fundo Monetário

Internacional (FMI) e no Bole-

tim Focus.

Christine Pereira lembrou

que o volume médio comer-

cializado registrou aumento

de apenas 0,5% no primeiro

semestre, considerado o mais

baixo dos últimos cinco anos.

Esse desempenho é reflexo da

postura mais cautelosa da po-

pulação, que passou a dimi-

nuir as visitas aos supermer-

cados e, consequentemente,

priorizar os estabelecimentos

que oferecem ao mesmo tem-

po preços mais compensado-

res e conveniência.

O estudo da Kantar mostra

que esta tendência se acen-

tuou agora, mas nos últimos

cinco anos os lares reduziram,

em média, sete visitas aos

pontos de venda, o que equi-

vale a mais de 350 milhões de

visitas a menos no período.

Leonardo Rodrigues/e-SIM

O setor de supermercados espera crescer 1,9%, abaixo da previsão de avanço de 3% do começo do ano.

Para Ibevar, comérciorecua 0,3% este ano.

r ecuperaçãoAs vendas do comércio paulistano na primeiraquinzena de setembro cresceram 10,1%. No

acumulado do ano, alta é de 1,8%.

O avanço desetembro ajuda acompensar asquedas nas vendasdo primeirosemestreROGÉRIO AM ATO, PRESIDENTE DA

AC S P

OInstituto Brasileiro

de Executivos do

Varejo e Mercado

de Consumo (Ibevar)

apresenta uma

perspectiva pouco

otimista para as vendas do

varejo no restante de 2014

e no próximo ano. Ontem,

durante o lançamento do

Ranking Ibevar das 120

maiores empresas do

varejo, o presidente do

conselho da entidade,

Claudio Felisoni de Angelo,

considerou que renda real

e crédito apontam sinais

negativos para os

próximos períodos e fazem

com que não haja espaço

para as vendas crescerem.

A estimativa da entidade

e do Provar (Programa de

Administração do Varejo),

da FIA (Fundação Instituto

de Administração), é de que

em 2014 as vendas reais do

varejo apresentem queda

de 0,3% em 2014 ante o ano

anterior. Para 2015, diz

Felisoni, o cenário mais

otimista indica expansão

real de 2,2% nas vendas,

mas ele mesmo considera

que uma possível

deterioração no cenário de

renda e de crédito possa

reduzir essa taxa.

"Um cenário em que as

variáveis de renda e

crédito tenham expansão

no próximo ano já não é

realista", considerou. "É

até pouco provável que já

neste segundo semestre

de 2014 se mantenham as

condições da primeira

metade do ano".

Felisoni destacou a

perspectiva de alta da

inflação em 2015 com

possíveis reajustes nos

preços administrados.

Além disso, ponderou que

tem havido elevação de

juros e contração dos

prazos no crédito ao

consumidor. Esse cenário é

particularmente negativo

para os segmentos de bens

duráveis, mais

dependentes de crédito,

c o n s i d e ro u .

Maiores do varejo –O

Ranking do Ibevar

constatou que o

faturamento das 120

maiores empresas de varejo

do Brasil cresceu 13% em

2013 na comparação com o

ano anterior, chegando a R$

379 bilhões no ano. Essas

companhias representam

29,8% do varejo de bens do

Brasil, segundo o Ibevar. O

montante leva em conta o

total do consumo das

famílias, descartadas as

compras de automóveis e

combustível

A lista dos dez maiores

grupos seguiu sem muitas

alterações na comparação

com o ano anterior. O

Grupo Pão de Açúcar é o

maior de varejo do País,

com faturamento de R$

64,4 bilhões no ano

passado, seguido, na

ordem, por Carrefour,

Walmart, Lojas

Americanas, Cencosud,

Magazine Luiza, Máquina

de Vendas, O Boticário,

Makro e Raia Drogasil.

Considerando apenas os

cinco maiores grupos

varejistas do País, houve

ata de 10,7% nas vendas

em 2013 ante o ano

anterior. (EstadãoConteúdo)

O Brasil aindacresce porque amassa salarialdeve aumentarde 3,4% a 3,6%este ano.FERNANDO YAMADA, PRESI-DENTE DA ABR AS

Page 11: Diário do Comércio - 17/09/2014

12 -.ECONOMIA DIÁRIO DO COMÉRCIO quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Page 12: Diário do Comércio - 17/09/2014

quarta-feira, 17 de setembro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 13

PREFEITURA MUNICIPAL DE AVAÍ-SPAVISO DE LICITAÇÃO

TOMADA DE PREÇOS Nº 005/2014 - EDITAL Nº 023/2014 - PROCESSO N° 023/2014 - TIPO: MENOR PREÇO GLOBAL - OBJETO: CONTRATAÇÃO DE EMPRESA ESPECIALIZADA PARA A EXECUÇÃO DE OBRAS DE INFRAESTRUTURA, COMPRE-ENDENDO A IMPLANTAÇÃO DE 1.504,23 METROS DE GUIAS E SARJETAS EXTRUSADAS, CONSTRUÇÃO DE 72,00 METROS QUADRADOS DE SARJETÃO EM CONCRETO E 7.340,84 METROS QUADRADOS DE PAVIMENTAÇÃO ASFÁLTICA (CBUQ,COM 3,00 CM. DE ESPESSURA), em diversas Vias do Loteamento Residencial “Vila Oliveira” do Município de Avaí – SP.RETIRADA DO EDITAL: até 09/10/2014, às 16h00. DATA DA REALIZAÇÃO: 14/10/2014, ÀS 09:30 horas.TOMADA DE PREÇOS Nº 006/2014 - EDITAL Nº 024/2014 - PROCESSO Nº 024/2014 - TIPO: MENOR PREÇO GLOBAL - OBJETO: A presente licitação tem por objeto, a CONTRATAÇÃO DE EMPRESA ESPECIALIZADA PARA A EXECUÇÃO DE 14.031,18 M2 DE RECAPEAMENTO ASFÁLTICO EM CBUQ, COM 3,00 CM. DE ESPESSURA, EM DIVERSAS VIAS DO MUNI-CÍPIO DE AVAÍ – SP, conforme as especificações técnicas contidas no projeto básico e/ou executivo, com todas as suas partes, desenhos, especificações e outros complementos. RETIRADA DO EDITAL: até 09/10/2014, às 16h00. DATA DA REALIZAÇÃO: 14/10/2014, às 14:00 horas. O edital encontra-se disponível na Praça Major Gasparino de Quadros n° 460 - Centro–CEP 16.480-000 – Telefone (14) 3287-2100,no site:www.avai.sp.gov.br. ou pelo e-mail: [email protected]í-SP, 10 de Setembro de 2014. CELSO ROBERTO DE FAVERI - PREFEITO MUNICIPAL DE AVAÍ.

PREFEITURA MUNICIPAL DEPINDAMONHANGABA

EDITAL RESUMIDOTOMADA DE PREÇOS Nº 027/2014

A Prefeitura torna público que se acha aberto no Depto.de Licitações e Compras, sitona Av.N.Sra.do Bom Sucesso, nº 1.400, Bairro Alto do Cardoso, o PP nº 27/14, re-ferente à “Contratação de empresa especializada para execução de sondagense ensaios geotécnicos em diversos locais do município”, com encerramento dia 08/10/2014, às 9h30, e abertura às 10h. O edital estará disponível no sitewww.pindamonhangaba.sp.gov.br. Maiores informações poderão ser obtidas no endereço supra, das 8h às 17h, ou através do tel.: (12) 3644-5600.Pindamonhangaba, 16 de setembro de 2014.

PREGÃO Nº 306/2014A Prefeitura torna público que se acha aberto no Depto. de Licitações e Compras, sito na Av. N. Sra. do Bom Sucesso, nº 1400, Bairro Alto do Cardoso, o PP nº 306/14, referente à “Aquisição de cama hospitalar para a nova unidade do pronto atendimento infantil”, com encerramento dia 30/09/2014, às 8h, e aber-tura às 8h30. O edital estará disponível no site www.pindamonhangaba.sp.gov.br.Maiores informações poderão ser obtidas no endereço supra, das 8h às 17h, ou através do tel.: (12) 3644-5600.Pindamonhangaba, 16 de setembro de 2014.

PREGÃO Nº 307/2014A Prefeitura torna público que se acha aberto no Depto. de Licitações e Compras, sito na Av. N. Sra. do Bom Sucesso, nº 1400, Bairro Alto do Cardoso, o PP nº 307/14, referente à “Aquisição de materiais de pintura,madeiramento,portas,hidráulicos e elétricos”, com encerramento dia 29/09/2014, às 14h, e abertura às 14h30. O edital estará disponível no site www.pindamonhangaba.sp.gov.br.Maiores informações poderão ser obtidas no endereço supra, das 8h às 17h, ou através do tel.: (12) 3644-5600.Pindamonhangaba, 16 de setembro de 2014.

Dorris SP Participações S.A.CNPJ/MF nº 12.909.302/0001-66 - NIRE 35.3.00386809

AVISO AOS ACIONISTAS. Conforme aprovado em AGOE realizada em 15/09/2014, às 16 horas (“AGOE de15/09/2014”), na sede da Dorris SP Participações S.A. (“Companhia”), na Avenida Brigadeiro Faria Lima, nº2.277, 20º andar, conjuntos 203/204, Jardim Paulistano/SP, o capital social da Companhia está sendo aumentadoem R$23.000.000,00, com a emissão de 46.000.000 de ações ordinárias, nominativas e sem valor nominal deemissão da Companhia, com preço de emissão de R$0,50 por ação, para subscrição particular pelos acionistas,com o objetivo de disponibilizar para a Companhia os recursos necessários para garantir o desenvolvimentoregular dos negócios daCompanhia, ematendimento às disposições do seuAcordodeAcionistas e às deliberaçõestomadas na AGOE de 15/09/2014. A Companhia esclarece que: (i) os acionistas poderão exercer seus direitosde preferência no período de 17/09/2014 até 17/10/2014 (i.e., 30 dias contados da publicação deste Aviso aosAcionistas), na proporção de sua participação no capital social da Companhia, mediante comunicação por escritoprotocolada na sede da Companhia, com a consequente assinatura do respectivo Boletim de Subscrição; (ii)os respectivos valores subscritos deverão ser integralizados pelos acionistas subscritores em prazo de até 12meses, conforme necessidades da Companhia a serem demandadas pela Diretoria da Companhia, por meiode chamadas de capital para integralização; (iii) as eventuais sobras de ações, após decorrido o prazo para oexercício do direito de preferência serão rateadas proporcionalmente entre os acionistas que tiverem indicado oseu interesse nas sobras no período de subscrição; e (iv) oportunamente, após o decurso do prazo para exercíciodo direito de preferência, será convocada nova AGE para a homologação do aumento de capital, já aprovado,mediante a apuração das participações finais dos acionistas subscritores. Por fim, a Companhia reitera que:(a) a Ata da AGOE de 15/09/2014 e respectivos anexos; bem como: (b) todos os documentos pertinentes àsmatérias da ordem do dia da AGOE de 15/09/2014 estão disponíveis para consulta na sede da Companhia.SP, 17/09/2014. Dorris SP Participações S.A. - Ricardo Panzenboeck Dellape Baptista, Raphael Baptista Netto.

Requerente: Pesado Líder Transportes Ltda. – EPP. Requerido: Ster Engenharia Ltda. Rua do Bosque, 1.589 – 15° Andar – Bloco I – Edif. Palatino – Barra Funda –

2ª Vara de Falências.

FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL

Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo,

foram ajuizados no dia 16 de setembro de 2014, na Comarca da Capital, os

seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial:

Salário e produtividadeem descompasso

Economistas discutem a estagnação da produtividade em relação à alta do salário em evento na FGV

Rejane Tamoto

Aeconomia em marcha

lenta e a indústria em

crise contrastam com

o crescimento da ren-

da nos últimos anos. Mas o que

preocupa economistas é que a

elevação do salário não tem

acompanhado o desempenho

da produtividade, e o tema foi

discutido ontem, durante o 11º

Fórum de Economia da Funda-

ção Getúlio Vargas (FGV). "A

produtividade está estagnada

desde 2009 e o vilão disso não

foi o salário, mas a falta de in-

vestimento das empresas", dis-

se Nelson Marconi, professor e

pesquisador da FGV e da Ponti-

fícia Universidade Católica de

São Paulo (PUC-SP). Para ele, a

taxa de câmbio abaixo do que

seria o ideal para indústria, em

torno de R$ 3 de acordo com

seus cálculos, também interfe-

re nesta postura das empresas.

Já José Pastore, professor ti-

tular da Faculdade de Econo-

mia e Administração da Univer-

sidade de São Paulo (FEA-USP),

atribui o problema às negocia-

ções salariais e à dinâmica de-

mográfica. "Existe uma boca

de jacaré quando olhamos o

crescimento da produtividade

e do custo total do trabalho

(que inclui não só os salários,

mas também abonos, prêmios,

benefícios e encargos sociais).

A questão é que a produtivida-

de não é tão importante nas ne-

gociações salariais no Brasil

quanto é nos países avança-

dos, como Japão e Estados Uni-

dos", afirmou o professor.

Pastore citou uma pesquisa

do também professor da FEA-

USP Helio Zylberstajn, que mos-

tra que no Brasil os fatores de

maior peso nas negociações sa-

lariais são a taxa de inflação,

com pontuação 4, e os aumen-

tos conseguidos por outras ca-

tegorias (pontuação 3,7). A pro-

dutividade tem importância

menor, com 2,9 pontos, na com-

paração com esses dois fatores

e com os desempenhos das em-

presas (3,9) e do mercado de

trabalho (3,7). O professor dis-

se que o desequilíbrio entre os

salários e os ganhos de produti-

vidade também têm sido afeta-

dos pela dinâmica demográfi-

ca. "Hoje, nossa população jo-

vem é menor. O número de fi-

lhos por mulher caiu de quatro

em 1982 para 1,7 em 2012. A

expectativa de vida subiu de

63,4 anos para 73,9 anos no

mesmo intervalo de tempo. Isso

interfere na decisão dos recru-

tadores nas empresas, que são

obrigados a diminuir as exigên-

cias pela falta de disponibilida-

de de pessoas para contratar.

Como a produtividade não au-

menta, há essa defasagem",

afirmou Pastore.

O aumento da produtividade

não pode ser feito de forma es-

púria, de acordo com Clemente

Ganz Lucio, diretor-técnico do

Departamento Intersindical de

Estatísticas e Estudos Sócio-

Econômicos (Dieese). Durante

o debate, ele criticou o aumento

da produtividade por meio do

corte de postos de trabalho. "O

aumento médio real do salário

na indústria tem sido de 1,5% ao

ano, mesmo em meio à crise.

Não acho que as negociações

salariais estejam fora de pro-

porção, mas observamos que

os salários de contratação ten-

dem a ser menores", afirmou.

Lucio disse que no setor de bens

de capital, o salário de admis-

são já representa 88% do que

recebia uma pessoa demitida.

"A rotatividade está alta. Nu-

ma série de 2000 a 2012, des-

contando as aposentadorias e

demissões por iniciativa do tra-

balhador, ela chega a ser de

37% na indústria", afirmou. O

diretor disse, também, que não

houve uma mudança estrutu-

ral nos salários, mas que o nível

de emprego com carteira assi-

nada está alto.

Ao avaliar a produtividade da

indústria, Lucio afirmou que há

um gap entre a produtividade

das grandes empresas, que é

maior, e das micro, pequenas e

médias. "É preciso diminuir a

diferença do aumento da pro-

dutividade em diferentes seto-

res e portes de empresas. A

produtividade depende tam-

bém de um pacto social, no

qual a sociedade aceite fazer

uma série de correções na eco-

nomia", completou.

Jonne Roriz/Estadão Conteúdo

Segundoespecialistas,a populaçãojovem sermenor e aexpectativade vida,maiorinterfere nacontrataçãode mão deobra para asempresas.

Emprego naprodução tem

queda de 0,37%em agosto

Onível de emprego da

indústria paulista caiu

0,37% em agosto em rela-

ção a julho, na série com

ajuste sazonal, informou

ontem a Federação das In-

dústrias do Estado de São

Paulo (Fiesp). Na mesma

base de comparação, na sé-

rie sem ajuste sazonal, o Ín-

dice de Nível de Emprego

recuou 0,58%.

Ao comparar agosto de

2014 com igual mês do ano

passado, o nível de empre-

go caiu 4,05%. Já no acumu-

lado do ano até agosto, foi

registrada queda de 1,2%

do nível de emprego. O re-

cuo é o pior resultado para o

período desde 2009, quan-

do o indicador registrou re-

tração de 2,02%.

Para Paulo Francini, dire-

tor do Departamento de

Pesquisas e Estudos Eco-

nômicos (Depecon) da

Fiesp, a situação ainda de-

ve se agravar, superando a

marca de 100 mil postos de

trabalho fechados neste

ano. "Faltam três meses

para completarmos o ano e

não vemos sinais de que te-

nhamos alguma recupera-

ção", disse Francini, que

classifica este ano como

m e l a n c ó l i c o.

Em números absolutos,

de acordo com o Depecon,

31,5 mil pessoas perderam

o emprego na indústria de

janeiro a agosto. Só em

agosto foram demitidos 15

mil trabalhadores. Destes,

12.275 foram dispensados

pelos vários setores manu-

fatureiros e 2.725 apenas

pelo segmento de açúcar e

álcool. (Estadão Conteúdo)

Confiança da indústriaainda está baixa

AIR FRANCE: 60% DOSVOOS CANCELADOSNo segundo dia de grevedos pilotos da Air France,empresa do grupo franco-holandês Air France – KLM,60% dos voos foramcancelados. A diretora deoperações da companhia,Catherine Jude, pediudesculpas aos passageiros edisse, que a linha aéreapretende operar com 40% desua capacidade amanhã. Elapediu aos clientes com voosagendados até o próximodia 22, que alterem a datada viagem, gratuitamente,ou cancelem o bilheterequisitando o ressarcimentointegral da tarifa. (AgênciaBrasil)

Jean

-Pau

l Pel

issie

r/Re

uter

s

Aconfiança dos empre-

sários brasileiros con-

tinua no menor nível

desde 1999, segundo dados

divulgados ontem pela Con-

federação Nacional da Indús-

tria (CNI). O Índice de Con-

fiança do Empresário Indus-

trial (Icei) ficou em 46,5 pon-

tos em setembro, o mesmo

nível de agosto. Esse é o me-

nor patamar da série históri-

ca, que teve início em 1999.

Em relação a setembro do

ano passado – quando os em-

presários ainda mostravam

confiança –, houve queda de

7,7 pontos.

A pesquisa mostra, segun-

do a CNI, que a falta de con-

fiança já dura seis meses con-

secutivos e se mostra dissemi-

nada em todos os portes de

empresas. É o sexto mês se-

guido que o índice fica abaixo

da linha dos 50 pontos, o que

indica falta de confiança. Os

indicadores variam de 0 a 100.

Os números acima de 50 indi-

cam confiança.

Os empresários de todos os

portes estão desanimados. O

índice de confiança das pe-

quenas empresas está em

46,7 pontos, enquanto o das

médias está em 45,4 pontos e

o das grandes, 47 pontos.

Segmentos

Na comparação por seg-

mento industrial, apenas a in-

dústria extrativa mostra con-

fiança, com 50,6 pontos. A in-

dústria da construção tem

47,1 pontos e a de transforma-

ção, 45,8 pontos. Centro-Oes-

te (46,3 pontos), Sul (43,8

pontos) e Sudeste (42,8 pon-

tos) são as regiões em que os

empresários mostraram falta

de confiança – e aquelas que

concentram a maior parte da

indústria do País. As regiões

Norte (54,7 pontos) e Nordes-

te (51,4 pontos) apresenta-

ram confiança.

A Confederação aponta que

a queda na confiança é resul-

tado de percepção de piora

nas condições da economia e

da empresa, o que comprome-

te a atividade industrial e pre-

judica os investimentos.

A entidade informou que o

levantamento foi realizado

entre 1º e 10 de setembro com

2.844 empresas de todo o

País, das quais 1.059 são de

pequeno porte, 1.074 são mé-

dias e 711 são de grande por-

te. (Estadão Conteúdo)

Page 13: Diário do Comércio - 17/09/2014

14 -.ECONOMIA DIÁRIO DO COMÉRCIO quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Fome:pr oblema

sob controleno Brasil.Percentual de brasileiros que passam

fome caiu de 14,8% nos anos 1990para 1,7% entre 2012-2014

OBrasil reduziu dras-

ticamente a fome e

a pobreza extrema

na última década,

mostra relatório da Organiza-

ção das Nações Unidas para

Agricultura e Alimentação

(FAO), divulgado ontem. Entre

2001 e 2012, o País conseguiu

diminuir em 75% a pobreza

extrema, classificada com o

número de pessoas que vivem

com menos de US$ 1 ao dia. No

mesmo período, a pobreza foi

reduzida em 65%. Apresenta-

do pela FAO como um dos ca-

sos mundiais de sucesso na re-

dução da fome, no período

1990-1992, 14,8% dos brasi-

leiros passavam fome, per-

centual que caiu para 1,7%, ou

3,4 milhões de pessoas, entre

2012 e 2014. Segundo o rela-

tório, essa estatística coloca o

Brasil como um dos que supe-

raram o problema da fome.

Entre as razões para o pro-

gresso do combate à fome no

Brasil, aponta o relatório, está

o programa Fome Zero, criado

em 2003, pelo então ministro

do governo Lula, José Grazia-

no, hoje diretor-geral da FAO.

Inicialmente concebido den-

Antonio Cruz/Agência Brasil

Para TerezaCampello(acima), aspolíticaspúblicas

entram agoraem novo

patamar. ParaEve (à direita) eAnne, da FAO,

é possívelerradicar o

problema nospróximos

anos.

Agronegócio mantémcrescimento. Como sempre.

Safra de café,acima do previsto.

ACompanhia Nacional de

Abastecimento (Conab)

elevou as estimativas para

a produção nacional de café (ará-

bica e conilon) neste ano das 44,6

milhões de sacas previstas em

maio para 45,1 milhões de sacas.

Ainda assim, se confirmada, a sa-

fra será 8,16% menor na compara-

ção com as 49,15 milhões de sacas

produzidas no ciclo anterior. Os

dados foram divulgados ontem e

constam do 3º levantamento rea-

lizado pela Conab.

A produção de arábica deverá

ser 16,1% inferior neste ano, em

comparação a 2013, com 32,1 mi-

lhões de sacas, informou. "Os mo-

tivos foram a forte estiagem veri-

ficada nos primeiros meses de

2014, a inversão da bienalidade

em algumas regiões, como na Zo-

na da Mata mineira, e também as

geadas que atingiram o Paraná em

2013", destacou a Conab, em nota

divulgada ontem. Os estados com

maior redução foram Minas Gerais

(-18,22%), Paraná (-69,1%) e Espí-

rito Santo (-16,8%).

Quanto ao conilon, a safra deve-

rá ser 19,9% maior, em relação a

2013, com 13 milhões de sacas. A

elevação é decorrente da renova-

ção e revigoramento da produtivi-

dade e das condições climáticas

favoráveis ocorridas no Espírito

Santo, estado que é o maior produ-

tor brasileiro de conilon.

Conforme a Conab, o arábica

responderá por 71,2% do volume

de café produzido no País, com

destaque para Minas Gerais, que

deve ter produção de 22,3 milhões

de sacas. Já o conilon representa

28,8% do total nacional, sendo

que o Espírito Santo produzirá 9,9

milhões de sacas.

No levantamento de maio, a

companhia projetava a safra de

arábica em 32,2 milhões de sacas

e a de conilon, em 12,3 milhões de

sacas. Em termos nacionais, as

culturas em produção e em forma-

ção devem ocupar uma área de

2,2 milhões de hectares, 3,9% me-

nor quando comparada à safra

passada, informa a Conab.

Minas Gerais concentra a maior

área plantada, com 1,2 milhão de

hectares e predomínio da espécie

arábica, que ocupa 98,8% da área

total do Estado. Isso representa

53,6% da área cultivada no país,

diz a Conab. A segunda posição é

do Espírito Santo, com área total

de 486,6 mil hectares, sendo que

310,1 mil hectares são destinados

ao conilon - equivalentes a 63,9%

da área nacional da espécie. (Esta-dão Conteúdo)

tro do Ministério de Segurança

Alimentar, o programa era um

conjunto de ações nessa área

que tinha como estrela um

cartão alimentação, que per-

mitia aos usuários apenas a

compra de comida. Logo, foi

substituído pelo Bolsa Família.

Na avaliação da consultora da

FAO, Anne Kepple, o Brasil é

exemplo devido a uma série

de políticas públicas articula-

das, como o Programa Bolsa

Família, a geração de empre-

gos formais, o fortalecimento

da agricultura familiar, o Pro-

grama de Aquisição de Ali-

mentos e o Programa Nacional

de Alimentação Escolar.

Superação de metas

Para a representante regio-

nal adjunta da FAO para a

América Latina e Caribe, Eve

Crowley, a implementação de

um conjunto de políticas públi-

cas de forma articulada e inte-

grada e de marcos legais e ins-

titucionais permitiu os avan-

ços do País na superação da fo-

me. “Nos últimos anos, o tema

da segurança alimentar foi

posto no centro da agenda po-

lítica do Bra-

sil.” O resul-

tado desses

esforços são

demo nstra-

dos pelo su-

cesso do Brasil em alcançar as

metas estabelecidas interna-

cionalmente, diz o relatório,

ressaltando que o Brasil inves-

tiu aproximadamente US$ 35

bilhões em ações de redução

da pobreza no ano passado.

O relatório “O Estado da Se-

gurança Alimentar e Nutricio-

nal no Brasil: Um retrato multi-

d i m e n si o n a l ” mostra que o

Brasil cumpriu tanto a meta de

diminuir pela metade a pro-

porção de pessoas que sofrem

com a fome, um dos Objetivos

de Desenvolvimento do Milê-

nio de 2000, quanto a de dimi-

nuir pela metade o número ab-

soluto de pessoas com fome,

estipulada na Cúpula Mundial

sobre Alimentação, em 1996.

Eve ressaltou, entretanto,

que ainda há bolsões de po-

breza e incluir essas comuni-

dades nas políticas sociais é

desafio para o Brasil. “G aran-

tir a proteção das populações

mais vulneráveis e continuar

as políticas que já existem de

crescimento econômico e in-

clusão social devem ser a prio-

ridade na próxima década. Po-

demos estar na última gera-

ção que conhece a fome no

Brasil. Com a continuidade

das políticas, é possível que,

nos próximos anos, haja a er-

radicação completa.”

No mundo

“Após a construção de políti-

cas públicas bem-sucedidas,

temos agora que partir para

estratégias muito mais focali-

zadas, procurando identificar

a população que continua em

situação de insegurança ali-

mentar. É um novo patamar”,

disse a ministra do Desenvol-

vimento Social e Combate à

Fome, Tereza Campello. Se-

gundo ela, os 3,4 milhões de

pessoas que ainda não co-

mem o suficiente estão distri-

buídas por todo o País, vivendo

em comunidades indígenas,

quilombolas e isoladas; nas

ruas e entre alguns grupos de

ciganos.

O estudo de caso sobre o

Brasil faz parte do relatório “O

Estado da Insegurança Ali-

mentar no Mundo” (Sofi 2014,

na sigla em inglês), também

divulgado ontem, que aponta

que cerca de 805 milhões de

pessoas, ou uma em cada no-

ve, ainda sofrem de fome crô-

nica no mundo. No entanto,

são 100 milhões a menos do

que há uma década e 200 mi-

lhões a menos do que há 20

anos, mas ainda muito abaixo

da velocidade que permitiria

ao mundo cumprir a primeira

meta dos objetivos do milênio,

de reduzir a pobreza extrema

à metade até 2015.

Atualmente, apenas 63 paí-

ses cumpriram a meta. Ou-

tros 15 estão no caminho e de-

vem alcançá-la. Um progres-

so substancial no abasteci-

m e n t o d e

a l i m e n t o s

em países co-

mo o B ras i l

melhorou os

dados gerais

e mascarou

as lutas em

países como

Haiti, onde o

n ú m e r o d e

pessoas fa-

m i n t a s a u-

m e n t o u d e

4,4 milhões

d e 1 9 9 0 a

1 9 9 2 p a r a

5,2 milhões

d e 2 0 1 2 a

2014, disse o

re l a t ó r i o.

A América

Latina é a re-

g i ã o o n d e

houve maior

avanço na re-

dução da pobreza e da fome,

especialmente na América do

Sul, com os países do Caribe

ainda um pouco mais lentos. O

número de pessoas subnutri-

das na reg ião passou de

14,4% da população para cer-

ca de 5%. Além do Brasil, a Bo-

lívia é citada como exemplo.

Apesar de ainda ter quase

20% da população abaixo da

linha da pobreza, saiu de um

porcentual próximo a 40%.

A Ásia abriga a maioria dos

famintos –526 milhões de pes-

soas. Na África Subsaariana,

mais de uma em cada quatro

pessoas continua com fome

crônica. Os chefes das agên-

cias reforçaram a necessida-

de de renovar o compromisso

político para combater a fome

por meio de ações concretas e

encorajam o cumprimento do

acordo alcançado na cúpula

da União Africana, em junho,

de acabar com a fome no con-

tinente até 2025. (Agências)

1,9por cento foi ocrescimento

acumulado do PIBdo setor no

primeiro semestredeste ano,

segundo a CNA.

OProduto Interno Bruto (PIB)

do agronegócio cresceu

0,11% em junho e acumula

alta de 1,9% no primeiro semestre

de 2014, segundo levantamento

da Confederação da Agricultura e

Pecuária do Brasil (CNA) e do

Centro de Estudos Avançados em

Economia Aplicada (Cepea), da

Escola Superior de Agricultura Luiz

de Queiroz (Esalq/USP). O

crescimento foi puxado,

principalmente, pelos setores

básico, com aumento de 4,04%;

de insumos, com mais 1,84%; e de

distribuição, cuja expansão foi de

1,57%. Um dos fatores que

influenciaram esse resultado foi a

evolução de 5,91% do

faturamento médio da atividade,

destacou a CNA.

A agroindústria registrou

crescimento menor, de 0,10% no

primeiro semestre. A agroindústria

para a agricultura recuou 0,57%

no período e o segmento

agroindustrial só teve resultado

positivo, segundo o levantamento,

por conta da alta de 4,54% do PIB

da indústria da pecuária.

Na abertura dos dados, o PIB da

agricultura recuou 0,28% em

junho e acumula alta de apenas

0,60% em 2014. O segmento

primário na agricultura cresceu

2,91% no primeiro semestre e foi o

principal responsável pelo

desempenho da cadeia produtiva

agrícola. Já as áreas de insumos e

distribuição para a agricultura

tiveram variação, no acumulado

de janeiro a junho, de 0,98% e

0,08%, respectivamente.

O destaque no período foi o

algodão, com aumento de 31,72%

na receita, por conta dos preços e

da produção. Pelos mesmos

motivos, outros produtos também

tiveram bom desempenho, como o

cacau (53,91%), laranja (46,57%),

soja (10,45%), banana (4,78%) e

arroz (4,10%). O café e a uva

registram expansão no ano, de

8,89% e 4,51%, respectivamente,

impulsionados basicamente pela

alta das cotações. No caso do

trigo, o maior volume de produção

explica a alta da receita de 34,81%

no primeiro semestre.

Já o PIB da pecuária cresceu

0,97% em junho, acumulando

4,90% no semestre. O PIB do setor

básico da pecuária avançou

5,52%, o da distribuição 4,54% e o

de insumos 3,12%, na mesma

base comparativa.

Segundo a CNA e o Cepea, os

destaques nessa cadeia foram a

pecuária de corte, de leite e a

avicultura de postura com

crescimento no período, de

16,24%, 18,88% e 11,39%,

re s p e c t i v a m e n t e .

Na suinocultura, a variação foi

menor, mas também positiva,

atingindo alta 5,81% na receita

obtida pelo segmento no

acumulado do ano até junho, em

decorrência do aumento de

preços, mostra o levantamento

das entidades. (EC)

Elza Fiuza/Agência Brasil Elza Fiuza/Agência Brasil

Page 14: Diário do Comércio - 17/09/2014

quarta-feira, 17 de setembro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 15

BMG lidera lista de bancos mais reclamadosÉ a segunda vez seguida, desde que a metodologia de apuração do ranking do BC foi alterada, incluindo financeiras, que a instituição fica no topo.

Oc o n g l o m e r a d o

BMG voltou a lide-

r a r , n o m ê s d e

agosto, a lista das

instituições com maior volu-

me de reclamações no Banco

Central (BC), entre as que têm

pelo menos 2 milhões de clien-

tes. Este é o segundo mês em

que a autarquia trabalha com

uma nova elaboração do ran-

king e, desde então, o BMG fi-

ca no topo do rol.

Apesar de ter sido a mais cri-

ticada, o índice do banco re-

cuou de 40,30 pontos em julho

para 36,13 pontos no mês pas-

sado. Conforme o BC, foram

feitas 87 queixas considera-

das procedentes contra o con-

glomerado, que conta com

pouco mais de 2,4 milhões de

clientes, no período.

A concessão de crédito con-

signado sem a formalização

do título adequado foi aponta-

da por 17 consumidores como

um problema. Esse foi o item

alvo do maior número de re-

clamações da instituição ban-

cária. A segunda maior q uan-

tidade de queixas (14) foi em

relação à restrição de realiza-

ção de portabilidade de opera-

ções de crédito consignado re-

lativas a pessoas naturais por

recusa injustificada. Já 11 pes-

soas declararam insatisfação

com a resposta recebida do

BMG referente à reclamação

registrada no BC

Na segunda posição ficou o

Mercantil do Brasil, que possui

quase 2,1 milhões de clientes.

Em agosto, o índice da institui-

ção foi de 10,51 pontos, relati-

vo a 22 reclamações conside-

radas procedentes. A maior

quantidade de críticas (12) foi

referente à restrição ao fazer

portabilidade de operações

de crédito consignado.

O Santander baixou uma

posição de julho para agosto e

agora está em terceiro lugar

no ranking, ao registrar índice

de 10,25 pontos. For am 317

críticas consideradas proce-

dentes pelo BC no mês passa-

do para o conglomerado, que

reúne 30,9 milhões de corren-

tistas. A maior quantidade de-

las (72) foi em relação a débi-

tos em conta de depósito não

autorizados pelo cliente.

Na quarta posição ficou o

conglomerado Banrisul, com

índice de 7,87 pontos, 30 quei-

xas e 3,8 milhões de clientes –

o banco que tem sede no Sul

do País estava na terceira colo-

cação em julho. Também a

questão da restrição da porta-

bilidade foi a que recebeu

maior volume de reclamações

de usuários (10) no mês pas-

s a d o.

O conglomerado HSBC figu-

rou em quinto lugar – também

um abaixo do levantamento

anterior, com índice de 7,08

pontos. Foram 73 críticas ava-

liadas como procedentes para

o grupo que possui 10,3 mi-

lhões de correntistas. A co-

brança irregular de tarifa por

serviços não contratados foi

apontada por 10 críticos.

Da sexta à décima posição

do ranking do BC estão: Caixa

Econômica Federal, Brades-

co, Banco do Brasil, Itaú e Vo-

torantim.

A lista é obtida com base nas

reclamações do público que

são registradas no BC e que

têm relação com assuntos re-

gulados pela instituição.

Até junho, os bancos esta-

vam divididos entre os que ti-

nham mais ou menos de 1 mi-

lhão de clientes. Pela nova me-

todologia, a separação consi-

d e r a a q u a n t i d a d e d e 2

milhões de clientes. O BC ago-

ra também passa a incluir fi-

nanceiras na lista

Respostas–O Banco BMG in-

formou, por meio de nota,

"que atua para oferecer o me-

lhor atendimento, de maneira

ágil, para sanar quaisquer dú-

vidas ou pendências de seus

clientes. Dessa forma, tem

ampliado os esforços para me-

lhorar os procedimentos inter-

nos, para garantir maior efi-

ciência na solução das deman-

das dos clientes".

O Mercantil do Brasil, por

meio de sua assessoria, atri-

buiu à mudança no ranking e à

nova resolução de portabilida-

de do BC o aumento no núme-

ro de reclamações. "Entretan-

to, o Mercantil do Brasil está

atento às necessidades dos

clientes e alterou processos

internos para reverter a situa-

ção".

O Santander ressaltou que

tem trabalhado na melhoria

dos seus processos, ofertas e

atendimento. O intuito, de

acordo com a nota da assesso-

ria de imprensa, é torná-los

mais "simples e ágeis e, dessa

forma, melhorar a satisfação e

a experiência dos consumido-

res com o banco".

(Estadão Conteúdo)

Entre asprincipaisreclamaçõesestão:concessãoinadequada decréditoconsignado edepósitos nãoautorizadospelo cliente.

Lei de falência:também para MPE.A LC 147 beneficia a recuperação de empresas de menor porte

Silvia Pimentel

As mudanças na

legislação que criou o

Simples Nacional vão

além da permissão dada para

que as empresas de setor de

serviços participem do

regime tributário

diferenciado a partir do ano

que vem. A Lei

Complementar 147,

sancionada em agosto,

mexeu também na norma

que regula a falência e a

recuperação judicial

(11.101/05), beneficiando as

micro e pequenas empresas.

Pelo menos quatro alterações

na norma estão sendo

estudadas por advogados

especializados no assunto. As

novas regras já estão em

vigor e devem impulsionar o

uso da lei de falência em

favor dos pequenos

empresários, seja na

condição de credores ou

d e v e d o re s .

De acordo com Ronaldo

Vasconcelos, que preside a

Comissão de Direito

Falimentar e Recuperacional

do Instituto dos Advogados

de São Paulo (IASP), a Lei de

Falências, que completa uma

década neste ano, tem um

capítulo inteiro dedicado ao

segmento. Mas a

recuperação de micro e

pequenas empresas era

pouco utilizada porque não

havia atrativos, o que inclui

um alto custo para os

pequenos negócios. “Com

alterações, vai aumentar o

interesse para a recuperação

especial das micro e

pequenas empresas”, prevê

o advogado.

A obtenção de uma

“cadeira” cativa na mesa de

negociação de credores num

processo de recuperação

judicial, na opinião do

advogado, é a alteração mais

importante. A lei criou uma

nova classe de credores,

denominada microempresas

e empresas de pequeno

porte. “O segmento ganhou

status e passa a ser elemento

importante para a aprovação

de um plano de recuperação.

Na prática, o devedor vai

conversar com a micro e

pequena empresa para

quirografário (fornecedores),

créditos com garantia

(bancos). Agora, com a

inclusão da nova classe

(micro e pequena empresa),

um empate na aprovação no

plano de recuperação vai

implicar em impasse. “O

legislador não se ateve a esse

detalhe – da participação da

micro e pequena empresa –,

que será superado pela

jurisprudência”, prevê o

a d v o g a d o.

Outra mudança importante

diz respeito à inclusão dos

créditos bancários num

processo de recuperação

envolvendo o segmento. Até

então, as micro e pequenas

empresas só podiam

negociar um plano de

recuperação especial com os

fornecedores. Se a empresa

tinha dívidas com os bancos,

os valores não podiam ser

incluídos na negociação. Com

a mudança na legislação,

essas dívidas poderão ser

negociadas. Além disso, na

recuperação ordinária, que é

outra modalidade prevista na

lei que regula o assunto, não

há mais o limite de prazo (36

meses) para o pagamento da

dívida da micro e pequena

empresa. “Eram duas

grandes limitações para o

setor, a limitação de prazo e

de tipos de créditos, que a

nova redação corrigiu”,

ressalta. De acordo com o

advogado, a LC 147 também

trocou o indexador das

dívidas das micro e pequenas

empresas em processo de

recuperação. A lei fixava em

12% a taxa de correção da

dívida. A partir de agora será

usada a taxa Selic.

Eram duasgrandeslimitações parao setor, a deprazo e de tiposde créditos, quea nova redaçãocorrigiu.RONALDO VA S CO N C E LO S ,DO IASP

tentar ver seu plano

a p ro v a d o”, explica

Va s c o n c e l o s .

A mudança, apesar de

positiva, tem gerado dúvidas

no meio jurídico que deverão

ser esclarecidas pelo

Judiciário à medida que

aumentarem os processos de

recuperação judicial e o uso

da nova configuração na lei.

Atualmente, um plano de

recuperação deve ser

aprovado por três classes de

credores, o que facilita o

desempate: trabalhista,

Eduardo martins/EC

Page 15: Diário do Comércio - 17/09/2014

16 -.ECONOMIA/LEGAIS DIÁRIO DO COMÉRCIO quarta-feira, 17 de setembro de 2014

ERRATALEILÃO DE ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA

No edital de LEILÃO DEALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA, autorizado pelo Credor Fiduciário BANCO SAN-TANDER BRASIL S/A, no qual figuram como fiduciantes ROSENILDE SILVA PEREIRA e ANDRELEONEL PEREIRA, publicado no Jornal “Diário do Comércio” na edição de 09 de setembro de 2014,onde se lê: “...situado na Rua Eduardo Pontal (antiga Rua Quatorze).... e Para constar que o prédiosem número da Rua Eduardo Pontal........” leia-se “situado na Rua Eduardo Pondal (antiga RuaQuatorze).... e para constar que o prédio sem número da Rua Eduardo Pondal........... ...”.

Page 16: Diário do Comércio - 17/09/2014

quarta-feira, 17 de setembro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO ECONOMIA/LEGAIS - 17

Glock do Brasil S.A.CNPJ/MF nº 06.275.981/0001-66 – NIRE 35.300.321.022

Edital de Convocação da AGOE a ser Realizada em 30/09/2014.Ficam convocados os Acionistas da Companhia para comparecer à AGOE a realizar-se no dia 30/09/2014, às 10 horas,na sede social, em SP/SP, na Avenida Cidade Jardim, 400, sala 52, 5° andar, Edifício Dacon, a fim de deliberarem sobrea seguinte ordem do dia: (a) em AGO: (i) aprovação do relatório da administração e Demonstrações Financeiras do exer-cício social encerrado em 31/12/2013; (ii) aprovação da destinação dos resultados auferidos pela Companhia a partir dasDemonstrações Financeiras do exercício social encerrado em 31/12/2013; e (ii) (re)eleição de membros do Conselho deAdministração;(b) em AGE: (i) fechar a filial localizada no em SP/SP, na Rua Doutor Olavo Egidio, nº 629 (Parte 1) Santana.Os documentos relacionados a ordem do dia estarão disponíveis aos acionistas para consulta a partir da presente data nasede da Companhia. SP, 10/09/2014.Conselho de Administração (16, 17 e 18/09/2014)

Knoths Comercial e Comunicação Ltda., CNPJ n° 00.774.678/0001-21, IM n° 13014,comunica o extravio das notas fiscais: Série A, numeradas de 250 a 300. Santana deParnaíba (SP), 11/09/2014.

PREFEITURA MUNICIPAL DETAUBATÉ/SP

CONCORRÊNCIA PÚBLICA Nº 18-A/14Comunicamos que a Concorrência Pública nº 18/14, que cuida da Construção da Rede Lucy Montoro e do Ambulatório Médico de Especialidades (AME),teve sua Planilha de Quantitativos e Preços alterada devido às correções necessárias realizadas pela unidade requisitante.O novo edital, agora renumerado como 18-A/14, juntamente com a nova planilha e com as respostas de todos os questionamentos realizados serão disponibilizados aos interessados através do site www.taubate.sp.gov.br e no Departamento de Compras desta Prefeitura.O recebimento dos envelopes ‘Documentação’ e ‘Proposta’ ocorrerá até às 08h30min do dia 17/10/2014.Comunicamos ainda que os Memoriais descritivos,Projetos e cronogramas permanecem inalterados.

Taubaté, 15 de setembro de 2014.José Bernardo Ortiz Monteiro Júnior – Prefeito

PREFEITURA MUNICIPAL DEPINDAMONHANGABA

COMUNICADO ADIAMENTOPREGÃO Nº 251/2014

A Prefeitura comunica que o PP nº 251/2014, “Aquisição de compressor de ar”, rfica adiado SINE DIE. Pindamonhangaba, 16 de setembro de 2014.

Cyrela Esmeralda Empreendimentos Imobiliários Ltda.CNPJ 13.003.580/0001-12 - NIRE 35.224.853.162

Extrato da Ata de Reunião de Sócios realizada no dia 26/08/2014Data, hora e local: 26/08/2014, às 10 horas, na sede social, Avenida Engenheiro Roberto Zuccolo, 555, 1º andar,sala 1001, parte, São Paulo/SP. Convocação: Dispensada. Presença. Totalidade do capital social. Mesa:Presidente - Rafael Novellino, Secretário - Claudio Carvalho de Lima. Deliberações Aprovadas: 1. Redução docapital social em R$ 22.400.000,00, considerados excessivos em relação ao objeto, com o cancelamento, de22.400.000 de quotas, com valor nominal de R$1,00 cada, todas da sócia Cyrela Brazil Realty S.A.Empreendimentos e Participações, a qual receberá com expressa anuência da sócia Cybra deInvestimento Imobiliário Ltda o valor da redução em moeda corrente do país, a título de restituição do valordas quotas canceladas. Passando o capital social de R$ 25.024.000,00 para R$ 2.624.000,00. 2. Autorizar osadministradores a assinar os documentos necessários para a restituição dos valores devidos em razão da redução,após o quê, os sócios promoverão a alteração do contrato social consignando o novo valor do capital.Encerramento: Nada mais, lavrou-se a ata. São Paulo, 26/08/2014. Cyrela Brazil Realty S/A Empreendimentos eParticipações - p.p. Rafael Novellino, Sandra Esthy Attié Petzenbaum e Claudio Carvalho de Lima, Cybra deInvestimento Imobiliário Ltda - Sandra Esthy Attié Petzenbaum e Claudio Carvalho de Lima.

Nova Zelândia Empreendimentos Imobiliários Ltda.NIRE 35.221.027.059 - CNPJ/MF nº 08.411.334/0001-60

Extrato da Ata de Reunião de Sócios no dia 26.08.2014Data, hora e local. 26.08.2014, às 10 horas, na sede social, Avenida Engenheiro Roberto Zuccolo 555, 1º andar,sala 1001, parte, São Paulo/SP. Convocação. Dispensada. Presença. Totalidade do capital social. Mesa.Presidente: Rafael Novellino, Secretário: Claudio Carvalho de Lima. Deliberações Aprovadas. 1. Redução docapital social em R$ 5.700.000,00, considerados excessivos em relação ao objeto, com o cancelamento de5.700.000 quotas, com valor nominal de R$1,00 cada uma, todas da sócia Cyrela Brazil Realty S.A.Empreendimentos e Participações, a qual receberá, com a expressa anuência da sócia Cybra deInvestimento Imobiliário Ltda., o valor da redução em moeda corrente do país, a título de restituição do valordas quotas canceladas. Passando o capital de R$ 33.618.611,00 para R$ 27.918.611,00. 2. Autorizar osadministradores a assinar os documentos necessários para a restituição dos valores devidos em razão da reduçãode capital, após o quê, os sócios promoverão a alteração do contrato social consignando o novo valor do capitalsocial. Encerramento. Nada mais. São Paulo, 26.08.2014. Cyrela Brazil Realty S.A. Empreendimentos eParticipações - Claudio Carvalho de Lima, Rafael Novellino, Sandra Esthy Attié Petzenbaum. Cybra deInvestimento Imobiliário Ltda. - Claudio Carvalho de Lima, Sandra Esthy Attié Petzenbaum.

Odebrecht Agroindustrial S.A.CNPJ/MF nº 08.636.745/0001-53 – NIRE 35.300.350.391

EDITAL DE CONVOCAÇÃO DEASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA

Ficam convocados os acionistas da Odebrecht Agroindustrial S.A. (a “Companhia”) para compareceremà Assembleia Geral Extraordinária que será realizada em 24 de setembro de 2014, às 14h, na sededa Companhia, localizada na Cidade de São Paulo, na Rua Lemos Monteiro, nº 120, 13° andar, Parte2, Butantã, CEP 05501-050, a fim de deliberar sobre (i) a proposta de aumento do capital social daCompanhia no valor de, no mínimo, R$ 820.000.000,00 (oitocentos e vinte milhões de reais) e, nomáximo, R$ 1.460.000.000,00 (um bilhão, quatrocentos e sessenta milhões de reais), mediante aemissão de novas ações ordinárias, sem valor nominal, ao preço emissão de R$ 0,01 (um centavo dereal) por lote de 1.000 (mil) ações, conforme proposta da Administração que se encontra à disposição dosacionistas na sede da Companhia. O preço de emissão por ação foi fixado com base no §1º, I, do artigo170 da Lei 6.404/76; e (ii) a emissão privada, pela Companhia, de debêntures simples, não conversíveisem ações, da espécie com garantia real, no montante de até R$ 2.000.000.000,00 (dois bilhões de reais).

São Paulo, 17 de setembro de 2014.ODEBRECHT AGROINDUSTRIAL S.A.

Marcelo Bahia Odebrecht – Presidente do Conselho de Administração

C.B.A.S.P.E. Empreendimentos e Participações S.A.(em organização)

Ata da Assembleia Geral de Constituição de Sociedadepor Ações Realizada em 11 de Junho de 2014

Data, Hora e Local: Aos 11 de junho de 2014, às 8:00 horas, na Rua Pamplona, nº 818, 9° andar, conjunto 92,Município de São Paulo, Estado de São Paulo, CEP: 01405-001. Quórum de Instalação: verificou-se apresençadosFundadoresdaSociedadeconformeboletinsdesubscrição, (Anexo II)e listadepresença(AnexoIII). Mesa: Os trabalhos foram presididos pela Sra. Sueli de Fátima Ferretti, que convidou a mim, Cleber FariaFernandes para secretariá-la.Ordem do Dia:Deliberar sobre a: (a) Constituição da Companhia;(b) subscriçãoe forma de integralização de seu capital social; (c) aprovação do Estatuto Social da Companhia; (d) elaboraçãoda ata em forma de sumário; e (e) eleição dos membros da Diretoria da Companhia. Deliberações: Dandoinício aos trabalhos e seguindo a ordem do dia, a Assembleia deliberou, por unanimidade: (a) constituir aC.B.A.S.P.E. Empreendimentos e Participações S.A., sociedade por ações com sede na Cidade de SãoPaulo, Estado de São Paulo, na Rua Pamplona, 818 - 9° andar, conjunto 92, CEP:01405-001; (b) fixar o capitalsocial da Companhia em R$ 500,00 (quinhentos reais) dividido em 500 (quinhentas) ações ordinárias,nominativas e sem valor nominal, totalmente subscritas e parcialmente integralizadas, nesta data, conformeboletins de subscrição anexos.(c) aprovar, sem qualquer ressalva, o Estatuto Social da Companhia, que passaa fazer parte integrante da presente ata (Anexo I); (d) aprovar, nos termos, do § 1º artigo 130 da Lei nº 6.404/76,lavrar a ata desta assembleia em forma de sumário; (e) eleger as pessoas abaixo qualificadas para compor aDiretoria com mandato anual que vigorará até a posse dos eleitos pela Assembleia Geral Ordinária de 2015:Diretores: Sueli de Fátima Ferretti, brasileira, solteira, analista, residente e domiciliada na Cidade e Estadode São Paulo, com endereço comercial na Rua Pamplona, 818, 9º andar, conjunto 92, Bairro Jardim Paulista,CEP 01405-001, portadora da cédula de identidade RG nº 7.743.932-6, expedida pela SSP/SP, inscrita noCPF/MF sob o nº 764.868.778-04, para o cargo de diretora. Cleber Faria Fernandes, brasileiro, casado,técnico em contabilidade, residente e domiciliado na Cidade e Estado de São Paulo, com endereço comercialna Rua Pamplona, 818, 7º andar, conjunto 71, Bairro Jardim Paulista, CEP 01405-001, portador da cédula deidentidade RG nº 23.360.684-1, expedida pela SSP/SP, inscrito no CPF/MF sob o nº 192.212.358-74, para ocargo de diretor. Os membros da Diretoria ora eleitos declararam ter ciência do disposto no artigo 147 da Lein° 6.404/76, não tendo sido condenados à pena que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargospúblicos;ouporcrimefalimentar,deprevaricação,peitaousuborno,concussão,peculato;oucontraaeconomiapopular, contra o sistema financeiro nacional, contra as normas de defesa da concorrência, contra as relaçõesde consumo, a fé pública ou a propriedade.Encerramento:Nada mais havendo a tratar, lavrou-se esta ata que,lida e aprovada, foi assinada pelos presentes. São Paulo, 11 de junho de 2014. Sueli de Fátima Ferretti -Presidente da Assembleia e Diretora Eleita; Cleber Faria Fernandes - Secretário da Assembleia e DiretorEleito; Visto do Advogado: Renato Dias Pinheiro - OAB/SP 105.311-A - OAB/RJ 19.553. (Anexo I) EstatutoSocial - C.B.A.S.P.E.Empreendimentos e Participações S.A.- (Assembleia Geral de Constituição realizadaem 11 de junho de 2014) - Capítulo I - Da Denominação, Sede, Objeto e Duração - Artigo Primeiro - AC.B.A.S.P.E. Empreendimentos e Participações S.A. é uma sociedade anônima que rege-se por esteEstatuto Social e pelas demais disposições legais que lhe forem aplicáveis. Artigo Segundo - A companhiatem sede e foro na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Rua Pamplona n° 818, 9º Andar, conjunto92, Bairro Jardim Paulista, CEP 01405-001, podendo abrir filiais, agências ou escritórios por deliberação dadiretoria. Artigo Terceiro - A Companhia tem por objeto social a participação em outras Sociedades, comosócia ou acionista, no país ou no exterior (“holding”). Artigo Quarto - A Sociedade terá prazo indeterminadode duração. Capítulo II - Do Capital - Artigo Quinto - O capital social é de R$ 500,00 (quinhentos reais),representado por 500 (quinhentas) ações, sendo todas ordinárias nominativas, sem valor nominal, sendoR$ 200,00 (duzentos reais) integralizados e o restante a integralizar no prazo de 12 meses a contar destaassembleia. Parágrafo Primeiro - Cada ação corresponde a um voto nas deliberações sociais. ParágrafoSegundo - As ações provenientes de aumento de capital serão distribuídas entre os acionistas, na forma dalei, no prazo que for fixado pela Assembleia que deliberar sobre o aumento de capital. Parágrafo Terceiro -Mediante aprovação de acionistas representando a maioria do capital social, a companhia poderá adquirir aspróprias ações para efeito de cancelamento ou permanência em tesouraria, sem diminuição do capital social,para posteriormente aliená-las, observadas as normas legais e regulamentares em vigor. Capítulo III - DaAssembleia Geral - Artigo Sexto - A Assembleia Geral reunir-se-á, ordinariamente, nos 4 (quatro) primeirosmeses após o encerramento do exercício social, e, extraordinariamente, sempre que os interesses sociais oexigirem. Parágrafo Primeiro - A Assembleia Geral será presidida por acionistas ou diretor eleito no ato, queconvidará, dentre os diretores ou acionistas presentes, o secretário dos trabalhos. Parágrafo Segundo -As deliberações das Assembleias Gerais Ordinárias e Extraordinárias, ressalvadas as exceções previstas emlei e sem prejuízo do disposto neste Estatuto Social, serão tomadas por maioria absoluta de voto, nãocomputando os votos em branco. Capítulo IV - Da Administração - Artigo Sétimo - A administração daCompanhia será exercida por uma diretoria, composta por no mínimo 2 (dois) e no máximo 10 (dez) membros,todos com a designação de diretores, podendo ser acionistas ou não, residentes no país, eleitos anualmentepelaAssembleiaGeral, permitidaa reeleição.Vencidoomandato,osdiretorescontinuarãonoexercíciodeseuscargos, até a posse dos novos eleitos.Parágrafo Primeiro - Os diretores ficam dispensados de prestar cauçãoe seus honorários serão fixados pela Assembleia Geral que os eleger.Parágrafo Segundo - A investidura dosdiretores nos cargos far-se-á por termo lavrado no livro próprio. Artigo Oitavo - No caso de impedimentoocasional de um diretor, suas funções serão exercidas por qualquer outro diretor, indicado pelos demais. Nocaso de vaga, o indicado deverá permanecer no cargo até a eleição e posse do substituto pela AssembleiaGeral.Artigo Nono - A diretoria tem amplos poderes de administração e gestão dos negócios sociais, podendopraticar todos os atos necessários para gerenciar a Sociedade e representá-la perante terceiros, em juízo oufora dele, e perante qualquer autoridade pública e órgãos governamentais federais, estaduais ou municipais;exercer os poderes normais de gerência;assinar documentos, escrituras, contratos e instrumentos de crédito;emitir e endossar cheques; abrir, operar e encerrar contas bancárias; contratar empréstimos, concedendogarantias, adquirir, vender, onerar ou ceder, no todo ou em parte, bens móveis ou imóveis. Artigo Décimo - Arepresentação da Companhia em juízo ou fora dele, assim como a prática de todos os atos referidos no artigonono competem a qualquer diretor, agindo isoladamente, ou a um ou mais procuradores, na forma indicadanos respectivos instrumentos de mandato.A nomeação de procurador(es) dar-se-á pela assinatura isolada dequalquer diretor, devendo os instrumentos de mandato especificarem os poderes conferidos aos mandatáriose serem outorgados com prazo de validade não superior a um ano, exceto em relação às procurações “adjudicia”, as quais poderão ser outorgadas por prazo indeterminado. Parágrafo Único:

çDependerão da

aprovação de acionistas representando a maioria do capital social a prestação de avais, fianças e outrasgarantias em favor de terceiros. Artigo Décimo Primeiro - Compete à diretoria superintender o andamentodos negócios da Companhia, praticando os atos necessários ao seu regular funcionamento. Capítulo V -Conselho Fiscal - Artigo Décimo Segundo - A companhia terá um Conselho Fiscal, de funcionamento nãopermanente que, quando instalado, deverá ser composto de, no mínimo, 3 (três) e, no máximo, 5 (cinco)membrosefetivose igualnúmerodesuplentes,acionistasounão.ParágrafoÚnico-OsmembrosdoConselhoFiscal serão eleitos pela Assembleia Geral Ordinária para um mandato de 1 (um) ano, permitida a reeleição.CapítuloVI - Disposições Gerais - Artigo DécimoTerceiro - O exercício social da Sociedade coincide como ano civil, encerrando-se em 31 de dezembro de cada ano. Quando do encerramento do exercício social, aSociedade preparará um balanço patrimonial e as demais demonstrações financeiras exigidas por Lei.ArtigoDécimo Quarto - Os lucros apurados em cada exercício terão o destino que a Assembleia Geral lhes der,conformerecomendaçãodadiretoria,depoisdeouvidooConselhoFiscal,quandoemfuncionamento,edepoisde feitas as deduções determinadas em Lei. Artigo Décimo Quinto - Mediante decisão de acionistasrepresentando a maioria do capital social, a Sociedade poderá preparar balanços intercalares a qualquermomento, a fim de determinar os resultados e distribuir lucros em períodos menores.Artigo Décimo Sexto - ASociedade distribuirá, como dividendo obrigatório em cada exercício social, o percentual mínimo previsto eajustado nos termos da legislação aplicável.Artigo Décimo Sétimo - A Sociedade entrará em liquidação noscasos previstos em lei ou por deliberação da Assembleia Geral, com o quorum de acionistas representando amaioria do capital social, a qual determinará a forma de sua liquidação, elegerá os liquidantes e fixará a suaremuneração. Artigo Décimo Oitavo - Qualquer ação entre os acionistas ou deles contra a Companhia,baseada neste estatuto social, será proposta no foro da Comarca de São Paulo, Estado de São Paulo. Suelide Fátima Ferretti - Presidente; Cleber Faria Fernandes - Secretário.JUCESP/NIRE nº 35.300.467.671 em18/07/2014.Flávia Regina Britto - Secretária Geral em Exercício.

Alaof Brasil Infra Holdings S.A.CNPJ/MF n.º 14.287.110/0001-90 – NIRE 35.300.412.435

Ata da Assembleia Geral Extraordinária realizada em 12/09/20141. Data, hora e local: Realizada aos 12 (doze) dias do mês de setembro de 2014, às 9:00 horas, na sede social da ALAOFBRASIL INFRAHOLDINGSS.A. (“Companhia”), localizada na cidade de SãoPaulo, Estado de SãoPaulo, na Avenida BrigadeiroFaria Lima, n.º 2.391, 3º andar, conjuntos 31 e 32, Pinheiros, CEP 01.452-000. 2. Convocação e presença: Dispensada apublicação de edital de convocação, nos termos do artigo 124, parágrafo 4º, da Lei n.º 6.404, de 15 de dezembro de 1976,conforme alterada (“Lei das Sociedades por Ações”), tendo em vista a presença de acionistas representando a totalidade docapital social da Companhia, conforme se verifica das assinaturas constantes do Livro de Registro de Presença de Acionistasda Companhia.3.Mesa: A assembleia foi presidida pelo Sr.Emiliano Bochnia Machado e secretariada pelo Sr.MarcusViniciusVarotti.4.Ordemdo dia:Reuniram-se os acionistas da Companhia para examinar, discutir e votar a respeito da seguinte ordemdo dia: (i) a redução do capital social da Companhia, no montante de R$10.946.029,06 (dez milhões, novecentos e quarenta eseis mil, vinte e nove reais e seis centavos), sem o cancelamento de ações, nos termos do artigo 173 da Lei das Sociedadespor Ações; e (ii) a alteração do caput do Artigo 5º do Estatuto Social da Companhia, para refletir referida redução de capital,caso aprovada. 5. Deliberações: Os acionistas presentes, após exame, discussão e votação das matérias, resolveram, porunanimidade de votos e sem quaisquer ressalvas ou restrições, o quanto segue: 5.1. Registrar que a ata que se refere àpresente assembleia geral será lavrada na forma de sumário dos fatos ocorridos, conforme faculta o §1.º do artigo 130 da Leidas Sociedades por Ações, sendo que a presente ata confere com a original, lavrada nas páginas 44 a 46 do Livro de Atasdas Assembleias Gerais da Companhia. 5.2. Aprovar, integralmente e sem ressalvas, por unanimidade de votos, a reduçãodo capital social da Companhia, passando dos atuais R$113.005.052,00 (cento e treze milhões, cinco mil e cinquenta e doisreais) para R$102.059.022,94 (cento e dois milhões, cinquenta e nove mil, vinte e dois reais e noventa e quatro centavos),uma redução, portanto, no montante total de R$10.946.029,06 (dez milhões, novecentos e quarenta e seis mil, vinte e novereais e seis centavos), realizada sem o cancelamento de ações de emissão da Companhia, nos termos do artigo 173 da Leidas Sociedades por Ações. 5.2.1. Consignar que, nos termos do artigo 174, § 1.º, da Lei das Sociedades por Ações, duranteo prazo de 60 (sessenta) dias contados da data de publicação da presente ata, eventuais credores quirografários por títulosque sejam anteriores à referida data de publicação poderão se opor à redução do capital social da Companhia ora deliberada.5.2.2.Consignar, ainda, que a redução do capital social da Companhia ora deliberada somente se tornará efetiva, findo o prazomencionado no item 5.2.1 acima, (i) mediante inexistência de oposição de credores quirografários por títulos anteriores à datade publicação da presente ata, ou, (ii) existindo oposição de algum credor, mediante pagamento do seu crédito ou depósitojudicial da importância respectiva, conforme disposto no artigo 174, § 2.º, da Lei das Sociedades por Ações. 5.2.3.Consignar,por fim, que da quantia total da redução do capital social da Companhia, (i) R$10.696.029,06 (dez milhões, seiscentos enoventa e seis mil, vinte e nove reais e seis centavos) foram reduzidos para absorção de perdas sofridas pela Companhia,até o montante dos prejuízos acumulados, de modo que, após tal redução, a conta de prejuízos acumulados da Companhiapassará a registrar o valor de R$0,00 (zero reais); e (ii) R$250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais) foram reduzidos docapital social por terem sido julgados excessivos, e serão restituídos aos acionistas da Companhia, proporcionalmente àparticipação de cada um no capital social da Companhia, em moeda corrente nacional, em até 20 (vinte) dias a partir da dataem que se der o decurso do prazo previsto no artigo 174 da Lei das Sociedades por Ações para a efetivação da redução docapital social. 5.3.Em decorrência da deliberação tomada no item 5.2 acima, uma vez concluída a redução do capital social daCompanhia e desde que atendidas as condicionantes previstas no item 5.2.2 acima, o caput do Artigo 5.º do Estatuto Socialda Companhia passará a vigorar com a seguinte nova redação: “Artigo 5.º O capital social é de R$102.059.022,94 (cento edois milhões, cinquenta e nove mil, vinte e dois reais e noventa e quatro centavos), dividido em 113.255.052 (cento e trezemilhões, duzentas e cinquenta e cinco mil e cinquenta e duas) ações ordinárias, todas nominativas, sem valor nominal.” 6.Encerramento: Nada mais havendo a ser tratado, foi encerrada a assembleia, da qual se lavrou a presente ata na forma desumário que, lida e achada conforme, foi por todos os presentes assinada.São Paulo, 12 de setembro de 2014. (aa) Presidente:Emiliano Bochnia Machado; Secretário: Marcus Vinicius Varotti. Acionistas presentes: ALAOF Brasil Infra Holdings Fundo deInvestimento em Participações; e ALAOF do Brasil Administradora de Valores Mobiliários e Consultoria Ltda. A presente ataconfere com a original lavrada em livro próprio. São Paulo, 12 de setembro de 2013.Marcus Vinicius Varotti - Secretário.

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SANTA GERTRUDESPregão Presencial 33/2014

A Prefeitura do Município de Santa Gertrudes torna público que, no dia e hora especificados,nas dependências do Paço Municipal, à Rua 01A, 332, Centro, Santa Gertrudes/SP, realizar-se-álicitação, na modalidade Pregão Presencial 33/2014, objetivando o registro de preços, pelo tipo menorpreço global, com vistas a eventual e futura contratação de empresa objetivando o fornecimentode gases medicinais, de forma parcelada e a pedido, para os serviços de saúde pública. O editalcompleto poderá ser retirado no endereço supracitado, no horário das 09:00 às 16:00 horas oupelo site www.santagertrudes.sp.gov.br. Não serão enviados editais pelo correio ou por e-mail. Osenvelopes com as propostas e os documentos de habilitação devem ser protocolados até as 08:30horas do dia 30/09/2014 no Paço Municipal. A sessão de lances e julgamento será neste mesmo diaàs 09:00 horas. Santa Gertrudes/SP, 16 de setembro de 2014. Danielle Zanardi Leão – Pregoeira.

PREFEITURAMUNICIPAL DE BIRIGUIEdital nº 60/2.014–ConcorrênciaPúblicanº 06/2.014.

Objeto:- Permissão de uso de espaço público para exploração dalanchonete no Terminal Rodoviário de Passageiros de Birigui, peloperíodo de 12 (doze) meses, podendo ser renovado se houverinteressedaAdministração.Critério deJulgamento:-MelhorOferta.ENCERRAMENTO EABERTURA:- 23/10/2.014, às 08h30min. OEdital e seus Anexos na íntegra poderá ser retirado gratuitamenteatravés do site www.birigui.sp.gov.br., ou na Seção de Licitaçõesno valor deR$ 30,00 (trinta reais). ENCERRAMENTODAVENDA:22/10/2.014. INFORMAÇÕES:- Seção de Licitações na RuaSantos Dumont nº 28 ou pelos telefones (018) 3643.6125 - 36436126, Birigui, 16/09/2.014, Pedro Felício Estrada Bernabé, PrefeitoMunicipal.

PREFEITURAMUNICIPAL DE BIRIGUISUSPENSÃO

EDITALNº 142/2.014 – PREGÃOPRESENCIALNº 118/2.014.A pregoeira designada pela Portaria nº 115/2014 torna públicoque o Pregão Presencial nº 118/2014 que objetiva a Contrataçãode consultoria especializada para elaborar o plano municipal desaneamento básico do município de Birigui conforme Lei federalnº 11.445/2007, devendo abranger todo o território (urbano e rural)e contemplar os quatro componentes do saneamento básico, quecompreende o conjunto de serviços de infraestrutura e instalaçõesoperacionais de I) abastecimento de água, II) esgotamentosanitário, III) drenagem emanejo das águas pluviais urbanas e IV)limpeza e manejo dos resíduos será suspenso para apreciaçãoe resposta dos pedidos de esclarecimentos protocolados. Oprocesso na íntegra encontra-se à disposição dos interessados naSeção de Licitações, na Rua Santos Dumont nº 28, Centro. Birigui,16/09/2014.RenataAparecidaNatal Zago, PregoeiraOficial.

PREFEITURAMUNICIPAL DE BIRIGUIEDITALNº 159/2014–PREGÃOPRESENCIAL Nº 139/2014

OBJETO:- Registro de Preços contratação de empresaespecializada em prestação de serviços de exames detomografia, ressonância e exames diversos, destinadosà Secretaria Municipal de Saúde, pelo prazo de 12 (doze)meses. Data daRealização- 30/09/2014 às 08h30min.Melhoresinformações poderão ser obtidos junto a Sala de Licitações daSecretaria de Saúde, Praça Gumercindo de Paiva Castro s/nº –Centro – Birigui/SP, pelo telefone (018) 3643. 6234, ou pelo [email protected]. O Edital poderá ser lidonaquela Sala e retirado gratuitamente no site www.birigui.sp.gov.br., Pedro Felício Estrada Bernabé, Prefeito Municipal, Birigui,16/09/2014.

Brookfield SPE SP-23 S.A.CNPJ 13.487.635/0001-07

Notas explicativas às demonstrações financeiras(Valores expressos emMR$ - R$, salvo se indicado de outra forma)

1. Informações gerais: A Brookfield SPE SP-23 S.A. (“Companhia”), é uma sociedadeanônima de capital fechado com sede naAvenidaMorumbi, 7750, 7766, 7768, 7770,7776 e 7778 – São Paulo – SP, cujo objeto é o planejamento, promoção, desenvolvi-mento, a venda e a entrega de empreendimento imobiliário para fins residenciais noimóvel situado na cidade de São Paulo – S.P, na AvenidaMorumbi, 7750, 7766, 7768,7770, 7776 e 7778. 2. Apresentação das demonstrações financeiras e resumo dasprincipais políticas contábeis: As demonstrações financeiras foram aprovadas pelaAdministração em 28/03/14. As demonstrações financeiras da Companhia forampreparadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, que compreen-dem aquelas incluídas na legislação societária brasileira e os Pronunciamentos, asOrientações e as Interpretações emitidas, incluindoaOrientaçãoOCPC04 -Aplicaçãoda Interpretação Técnica ICPC 02 às Entidades de Incorporação Imobiliária Brasileiras- no que diz respeito ao reconhecimento de receitas e respectivos custos e despesasdecorrentes de operações de incorporação imobiliária durante o andamento da obra(método da percentagem completada - POC). No exercício de 2012 a Companhia en-contrava-seemfasepré-operacionalenãoefetuou transações.Dessa forma, comoossaldos contábeis são inferiores a R$ 1, a Administração da Companhia não está reali-zandoaapresentaçãodasdemonstraçõesfinanceiras comparativas conforme reque-ridopeloCPC26 -Apresentaçãodasdemonstrações contábeis. Amoeda funcional daCompanhia é o real, mesma moeda de preparação e apresentação das demonstra-ções financeiras. As demonstrações financeiras estão sendo apresentadas emmilha-res de reais, exceto se indicado de outra forma, inclusive nas notas explicativas. Asdemonstraçõesfinanceiras foramelaboradasdeacordocomdiversasbasesdeavalia-ção utilizadas nas estimativas contábeis. As estimativas contábeis envolvidas na pre-paração das demonstrações financeiras foram baseadas em fatores objetivos e sub-jetivos, com base no julgamento da administração para determinação do valor ade-quado a ser registrado nas demonstrações financeiras. Itens significativos sujeitos aessas estimativas e premissas incluem a seleção de vidas úteis do ativo imobilizado ede sua recuperabilidadenasoperações, assimcomodaanálisedosdemais riscosparadeterminação de outras provisões, inclusive para contingências. A liquidação dastransações envolvendo essas estimativas poderá resultar emvalores divergentes dosregistrados nas demonstrações financeiras devido ao tratamento probabilístico ine-rente ao processo de estimativa. A Companhia revisa suas estimativas e premissaspelomenos anualmente. A Companhia adotou todas as normas, revisões de normase interpretações emitidas pelo Comitê de pronunciamentos contábeis (CPC) que es-tavam em vigor em 31/12/13. Não existem outras normas e interpretações emitidase ainda não adotadas que possam, na opinião da Administração, ter impacto signifi-cativonoresultadoounopatrimôniodivulgadopelaCompanhia. a)Caixaeequivalen-tes de caixa: Caixa eequivalentes de caixa sãoavaliados ao valor justonamensuraçãoinicial e compreendem depósitos bancários a vista. b) Estoques de imóveis a comer-cializar: São registrados no “Estoques de imóveis a comercializar” os custos de aquisi-çãode terrenos, de construçãoeoutros custos relacionadosaosprojetos emconstru-ção cujas unidades ainda não foram vendidas. O custo de terrenos mantidos paradesenvolvimento inclui o preço de compra, bem como os custos incorridos para aaquisição e o desenvolvimento dos terrenos, que não excede o valor de mercado. c)Imobilizado: O imobilizado refere-se exclusivamente a estande de vendas em31/12/13eestádemonstradoaovalordecusto,deduzidodedepreciaçãoeperdaporredução ao valor recuperável acumuladas, quando aplicável. De acordo com a orien-taçãoOCPC01 (R1) – Entidades de Incorporação Imobiliária, gastos diretamente rela-cionadoscomaconstruçãomobíliaedecoraçãodosestandesdevendasdoempreen-dimento imobiliário possuem natureza de caráter tangível e, dessa forma a Compa-nhia, está registrando-os no ativo imobilizado, e depreciando-os de acordo com orespectivo prazo de vida útil estimada. Os gastos com a construção dos estandes devendas são capitalizados apenas quando a expectativa de vida útil-econômica for su-perior a um ano e depreciados de acordo com o prazo de vida útil-econômica (nor-malmente 24 meses), de acordo com cada empreendimento, sendo baixados porocasião do término da construção ou da venda total de unidades do referido projeto.Caso a vida útil estimada seja inferior a 12meses, a Companhia os reconhecem dire-tamente ao resultado como “Despesas de vendas”. d) Redução do valor recuperável:No fim de cada exercício, a Companhia revisa o valor contábil de seus ativos paradeterminar se há alguma indicação de que tais ativos sofreram alguma perda por re-

Balanço patrimonial Em31 de dezembro de 2013(Valores expressos emmilhares de reais)

ATIVO Nota 2013Ativo circulante 29.993Caixa e equivalentes de caixa 463Estoques de imóveis a comercializar 3 29.377Outros ativos 153Ativo não circulante 595Imobilizado 4 595Total do ativo 30.588PASSIVOPassivo circulante 45Contas a pagar a fornecedores e outras 45

Passivo não circulante 410Partes relacionadas 5 410Patrimônio líquido 6 28.149Capital social 28.515Prejuízos acumulados (366)Adiantamento para futuro aumento de capital 6 b 1.984Total do patrimônio líquido e recursos capitalizáveis 30.133Total do passivo, patrimônio líquido e recursos capitazáveis 30.588

Demonstração do resultado Exercício findoem31 de dezembro de 2013 (Valores expressos emmilhares de reais)

Nota 2013Despesas operacionais (365)Despesas de vendas 7 (365)Prejuízo operacional antes do resultado financeiro (365)Despesas financeiras (1)Prejuízo do exercício (366)

Demonstração do resultado abrangente Exercício findoem31 de dezembro de 2013 (Valores expressos emmilhares de reais)

Nota 2013Prejuízo do exercício (366)Total do resultado abrangente do exercício (366)Demonstração dasmutações do patrimônio líquido Exercício findo em31 de

dezembro de 2013 (Valores expressos emmilhares de reais)

NotaCapitalsocial

Prejuízosacumulados

Total dopatrimônio líquido

Saldos em1/01/2013 - - -Aumento de capital 6 a 28.515 - 28.515Prejuízo do exercício - (366) (366)Saldos em31/12/2013 28.515 (366) 28.149

Demonstrações dos fluxos de caixa Exercício findoem31 de dezembro de 2013 (Valores expressos emmilhares de reais)

Fluxos de caixa de atividades operacionais 2013Prejuízo do exercício (366)Ajustes para reconciliar o prejuízo do exercício como caixalíquido gerado pelas (aplicado nas) atividades operacionaisDepreciação 109Variação no capital circulanteAumento de estoques de imóveis a comercializar (863)Aumento de outros ativos (152)Aumento de contas a pagar de fornecedores e outras 45Caixa líquido consumido pelas atividades operacionais (1.227)Fluxos de caixa de atividades de investimentoAquisição de imobilizado (704)Adiantamentos a partes relacionadas 410Caixa líquido consumido pelas atividades de investimento (294)Fluxos de caixa de atividades de financiamentoAdiantamento para futuro aumento de capital 1.984Caixa líquido gerado pelas atividades de financiamento 1.984Aumento líquido no caixa e equivalentes de caixa 463Caixa e equivalentes de caixa no início do exercício -Caixa e equivalentes de caixa no fimdo exercício 463

duçãoaovalor recuperável. Sehouver tal indicação, omontante recuperável doativoé estimado comafinalidade demensurar omontante dessa perda, se houver. Quan-do não for possível estimar o montante recuperável de um ativo individualmente, aCompanhia, calcula o montante recuperável da unidade geradora de caixa à qualpertenceoativo.Quandoumabasedealocação razoável e consistentepodeser iden-tificada, os ativos corporativos também são alocados às unidades geradoras de caixaindividuais ou aomenor grupo de unidades geradoras de caixa para o qual uma basede alocação razoável e consistente possa ser identificada. Omontante recuperável éo maior valor entre o valor justo menos os custos na venda ou o valor em uso. Naavaliação do valor em uso, os fluxos de caixa futuros estimados são descontados aovalor presente pela taxa de desconto, antes dos impostos, que reflita uma avaliaçãoatual demercado do valor damoeda no tempoe os riscos específicos do ativo para oqual a estimativadefluxosde caixa futurosnão foi ajustada. Seomontante recuperá-vel de um ativo (ou unidade geradora de caixa) calculado for menor que seu valorcontábil, o valor contábil do ativo (ou unidade geradora de caixa) é reduzido ao seuvalor recuperável. A perda por redução ao valor recuperável é reconhecida imediata-mentenoresultado.Aperdapor reduçãoaovalor recuperávelpodevir a ser revertidasubsequentemente, excetoparao casodoágio representadopela rentabilidade futu-ra cujaperdapor reduçãoaovalor recuperávelnãoé revertida,desdequenãoexcedaovalor contábil que teria sidodeterminado.A reversãodaperdapor reduçãoaovalorrecuperável é reconhecida imediatamente no resultado. e) Provisões: As provisõessão reconhecidas paraobrigações presentes (legal oupresumida) resultantedeeven-tos passados, em que seja possível estimar os valores de forma confiável e cuja liqui-dação seja provável. O valor reconhecido como provisão é a melhor estimativa dosrecursos financeiros requeridos para liquidar a obrigação no final de cada exercício,considerando-se os riscos e as incertezas relativas à obrigação. Quando a provisão émensurada com base nos fluxos de caixa estimados para liquidar a obrigação, seuvalor contábil corresponde ao valor presente desses fluxos de caixa (em que o efeitodo valor temporal do dinheiro é relevante). Quando alguns ou todos os benefícioseconômicos requeridospara a liquidaçãodeumaprovisão sãoesperadosque fossemrecuperados de um terceiro, um ativo é reconhecido se, e somente se, o reembolsofor virtualmente certo e o valor puder ser mensurado de forma confiável. (i) Contin-gências:As provisões para obrigações de naturezas cível, trabalhista, previdenciária efiscal, objeto de contestação judicial são reavaliadas periodicamente, e são contabili-zadascombasenasopiniõesdodepartamento jurídico interno,dosconsultores legaisindependentes e da Administração da Companhia sobre o provável desfecho dosprocessos judiciais nas datas de divulgação. A Companhia adota o procedimento deprovisionar a totalidadedasobrigaçõesdenaturezas trabalhista, previdenciária, fiscale cível cuja probabilidadedeperda, ou seja, de desembolso futuro tenha sido estima-da comoprovável. Em31/12/13 nãohavia saldo de provisões registrado. f) Classifica-ção entre circulante e não circulante: Os direitos realizáveis e as obrigações exigíveisapós os doze meses da data do balanço são considerados como não circulante. g)Demonstrações dos fluxos de caixa: As demonstrações dos fluxos de caixa forampre-paradas pelométodo indireto e estão apresentadas de acordo comoPronunciamen-to Técnico CPC 03 (R2) - Demonstração dos Fluxos de Caixa, emitido pelo Comitê dePronunciamentos Contábeis (CPC). 3. Estoques de imóveis a comercializar:Montantes conferidos ao capital social: 2013Terreno 14.740CEPAC’s 5.686Custos agregados 8.088Sub-total 28.514Custos agregados 863Total 29.377A Companhia não identificou a necessidade de registro de provisão para redu-ção ao valor recuperável de ativos, conforme os requerimentos do CPC 01 (R1)(“impairment”). 4. Imobilizado: Estande de vendasSaldo em31 de dezembro de 2012 -Aquisições 704Depreciação (109)Saldo em31 de dezembro de 2013 5955. Partes relacionadas: Refere-se a valores a pagar à controladora da Com-

panhia, Brookfield São Paulo Empreendimentos Imobiliários S.A., relativosa custos de aquisição e transferência do terreno. O montante não é atua-lizado monetariamente ou acrescidos de juros e não possui prazo de ven-cimento definido. 6. Capital social: a) Capital subscrito: O capital social daCompanhia, em 31/12/13, é de R$28.515 dividido em 28.514.664 ações or-dinárias, todas nominativas, sem valor nominal e totalmente integralizadas.

31/12/2013

AcionistasPercentual deParticipação

QuantidadedeAções

Brookfield São Paulo EmpreendimentosImobiliários S.A. 50,00 14.257.332

BV Empreendimentos e Participações S.A. 50,00 14.257.332Total de ações emitidas 100,00 28.514.664b) Aumento de capital: Em 23/07/13, a Companhia realizou aumento de capi-tal social no montante de R$ 28.514 mediante a emissão de 28.514.664 açõesordinárias escriturais, sem valor nominal dentro do limite do capital autorizadoprevisto no Estatuto Social da Companhia, ao preço de emissão de R$1,00 poração. O capital social foi integralizado através de: (i) terreno situado na AvenidaMorumbi, nºs 7750, 7766, 7768, 7770, 7776 e 7778, cidade e estado de São Pau-lo, no valor contábil de R$ 14.740; (ii) custos relativo à aquisição de Certificado dePotencial Adicional de Construção - CEPACs no montante de R$ 5.686 e; (iii) R$8.088 referentes a custos agregados ao terreno, conforme Laudo de Avaliação. Em24/07/13 a controladora da Companhia, Brookfield São Paulo EmpreendimentosImobiliários S.A., vende à BV Empreendimentos e Participações S.A. 14.257.332ações ordinárias nominativas sem valor nominal, correspondente a 50% do ca-pital social da Companhia. c) Adiantamento para futuro aumento de capital: Nosmeses de julho, setembro e outubro de 2013, as acionistas Brookfield São PauloEmpreendimentos Imobiliários S.A. e BV Empreendimentos Empreendimentos eParticipações S.A. aportaram recursos na forma de adiantamento para futuro au-mento de capital no montante de R$ 1.984. 7. Informações sobre a natureza dasdespesas reconhecidas na demonstração do resultado: A Companhia apresentaa demonstração do resultado utilizando uma classificação das despesas baseadana sua função. As informações sobre a natureza dessas despesas reconhecidas nademonstração do resultado é apresentada a seguir: 31/12/2013Despesas promoção e propaganda 117Stand de vendas / apartamentomodelo 99Depreciação 109Outras despesas 40Total de despesas de venda 3658. Instrumentos financeiros: 8.1. Gestão do risco de capital:A Companhia adminis-tra seu capital, para assegurar que as empresas que pertencem a ela possam con-tinuar com suas atividades normais, ao mesmo tempo em que buscam maximizaro retorno de suas operações a todas as partes interessadas ou envolvidas em suasoperações, pormeio da otimização da utilização de instrumentos de dívida e do pa-trimônio. 8.2. Risco demercado:A indústria de construção civil e incorporação imo-biliária é cíclica e significativamente influenciada por mudanças nas condições eco-nômicas gerais e locais, tais como: •Níveis deemprego. •Crescimentopopulacional.• Confiança do consumidor e estabilidade dos níveis de renda. • Disponibilidade definanciamentopara aquisiçãodeáreas de terrenos residenciais. •Disponibilidadedeempréstimos para construção e aquisição de imóveis. • Disponibilidade de proprie-dadespara locaçãoevenda.•Condiçõesde revendanomercado imobiliário.ACom-panhia acredita que a linha de produtos oferecida a classes de clientes diferenciadosfornece alguma redução de risco de mercado. Entretanto, a Companhia continuaexposta a riscos de mercado. 8.3. Gestão do risco de taxa de juros: A Companhianão está exposta ao risco de taxa de juros, uma vez que não possui ativos e passivoscom taxas de juros prefixadas como pós-fixadas. 8.4. Gestão do risco de crédito: ACompanhia não está exposta ao risco de crédito, em função da Companhia não teriniciado o processo de vendas de unidades imobiliárias.Diretoria: Alessandro Olzon Vedrossi - Ricardo Laham - André Paterno Luca-relli - Ricardo José Rodrigues Fontoura - Luciano Francisco de Oliveira Gagliardi.

Felipe Cossio Rodriguez - CRC-RJ-097.455/O-7-S -SPRelatório dos auditores independentes sobre as demonstrações financeiras: Examinamos as demonstrações financeiras daBrookfield SPE SP-23 S.A. (“Companhia”), que compreendem o balanço patrimonial em 31/12/13 e as respectivas demonstra-ções do resultado, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa, para o exercício findonaquela data, assim como o resumo das principais práticas contábeis e demais notas explicativas. Responsabilidade da admi-nistraçãosobreasdemonstraçõesfinanceiras:AAdministraçãodaCompanhiaé responsávelpelaelaboraçãoeadequadaapre-sentação das demonstrações financeiras de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, assim como pelos controlesinternosqueaAdministraçãodeterminoucomonecessáriosparapermitir aelaboraçãodessasdemonstraçõesfinanceiras livresde distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro. Responsabilidade dos auditores independentes:Nossa responsabilidadeéadeexpressarumaopinião sobreessasdemonstraçõesfinanceiras combaseemnossaauditoria, con-duzidadeacordo comasnormasbrasileiras e internacionais deauditoria. Essas normas requeremocumprimentodeexigênciaséticas pelos auditores e que a auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as de-monstrações financeiras estão livres de distorção relevante. Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionadospara obtenção de evidência a respeito dos valores e divulgações apresentados nas demonstrações financeiras. Os procedimen-

tos selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevante nas demonstra-çõesfinanceiras, independentemente se causadapor fraudeouerro.Nessa avaliaçãode riscos, o auditor consideraos controlesinternos relevantes para a elaboração e adequada apresentação das demonstrações financeiras da Companhia para planejaros procedimentos de auditoria que são apropriados nas circunstâncias,mas não para fins de expressar umaopinião sobre a efi-cácia desses controles internos da Companhia. Uma auditoria inclui, também, a avaliação da adequação das práticas contábeisutilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis feitas pela administração, bem comoa avaliação da apresentação das de-monstrações financeiras tomadas emconjunto. Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada parafundamentar nossa opinião. Opinião sobre as demonstrações financeiras: Em nossa opinião, as demonstrações financeiras,acima referidas apresentamadequadamente, emtodosos aspectos relevantes, a posiçãopatrimonial e financeira daBrookfieldSPE SP-23 S.A. em 31/12/2013, o desempenho de suas operações e os seus fluxos de caixa para o exercício findo naquela data,de acordo comas práticas contábeis adotadas no Brasil. RJ, 28/03/2014. ERNST& YOUNG - Auditores Independentes S.S. - CRC- 2SP 015.199/O-6; RobertoMartorelli - Contador CRC - 1RJ 106.103/O-S-SP.

Brookfield São Paulo Empreendimentos Imobiliários S.A.CNPJ 58.877.812/0001-08

Balanços Patrimoniais (Em milhares de reais)Reapre-sentado

Contro-ladora

Contro-ladora

Conso-lidado

Conso-lidado

ATIVO 2013 2012 2013 2012Ativos Circulantes 1.320.813 1.059.580 1.535.650 1.244.296Caixa e equivalentes de caixa 33.115 182.625 36.781 216.704Contas a receber de clientes 513.099 492.408 599.458 605.840Estoque de imóveis a comercializar 197.512 295.988 239.219 316.776Outros ativos 577.087 88.559 660.192 104.976Ativos Não Circulantes 1.757.573 1.975.364 1.478.651 1.773.134Contas a receber de clientes 580.554 661.884 698.885 815.150Estoque de imóveis a comercializar 303.943 274.256 333.022 315.958Outros ativos 114.380 687.810 221.321 526.139Investimentos 746.075 336.147 204.623 98.621Imobilizado 12.621 15.267 20.800 17.266Total dos Ativos 3.078.386 3.034.944 3.014.301 3.017.430PASSIVOPassivos Circulantes 1.282.198 1.231.135 1.093.163 1.138.723Empréstimos e financiamentos 416.236 389.301 448.132 390.952Contas a pagar a fornecedores e outras 226.130 155.960 208.314 175.273Dividendos a pagar 280.569 224.584 13.912 40.824Adiantamentos de clientes 282.524 354.008 335.354 413.670Outros passivos financeiros 76.739 107.282 87.451 118.004Passivos Não Circulantes 1.790.056 1.599.767 1.900.932 1.674.665Empréstimos e financiamentos 772.783 652.474 835.544 720.257Empréstimos com partes relacionadas 810.303 833.694 810.572 834.096Contas a pagar a fornecedores e outras 66.896 46.138 54.835 46.138Adiantamentos de clientes 21.981 27.542 22.328 27.542Outros passivos financeiros 118.093 39.919 177.653 46.632Patrimônio líquido 6.132 204.042 20.206 204.042Patrimônio líquido de acionistas controladores 6.132 204.042 6.132 204.042Participação de acionistas não controladores - - 14.074 -Total do Passivo e Patrimônio Líquido 3.078.386 3.034.944 3.014.301 3.017.430

Relatório da AdministraçãoSenhores Acionistas, atendendo disposições legais e estatutárias, a administração daBrookfield São Paulo Empreendimentos Imobiliários S.A. tem a honra de submeter à

apreciação de V.Sas., as Demonstrações Financeiras, referentes aos exercícios encerrados em31 de dezembro de 2013 e 2012. Os valores apresentados revelam os resultados alcançados

no período, bem como a posição patrimonial da Sociedade. Colocamo-nos à disposição paraprestar-lhes quaisquer esclarecimentos que julgarem necessários. A Administração.

Demonstrações dos Resultados (Em milhares de reais, exceto o lucro líquido por ação)Reapre-sentado

Controla-dora

Controla-dora

Conso-lidado

Conso-lidado

2013 2012 2013 2012Receita operacional líquida 1.054.388 687.538 1.257.866 953.982Custos operacionais (871.701) (540.654) (1.043.630) (762.408)Lucro bruto 182.687 146.884 214.236 191.574(Despesas) receitas operacionaisDespesas de vendas (63.498) (61.737) (71.924) (71.842)Despesas gerais e administrativas (57.250) (60.426) (61.073) (61.246)Outras receitas (despesas), líquidas (60.788) (27.495) (67.732) (26.282)Resultado de equivalênciapatrimonial 49.108 38.888 33.142 5.778Resultado financeiro, líquido (181.897) (176.295) (179.223) (167.089)Resultado antes do imposto derenda e contribuição social (131.638) (140.181) (132.574) (129.107)IR e contribuição social (66.272) (20.766) (65.519) (31.840)Prejuízo do Exercício (197.910) (160.947) (198.093) (160.947)Acionistas controladores da Cia. (197.910) (160.947) (197.910) (160.947)Acionistas não control. da Cia. - - (183) -

Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido (Em milhares de reais)Adto. Reservas de Lucro

Saldos emCapitalSocial

para futuroaumento de

capital Legal

Investimen-to e capital

giro

Prejuízosacumula-

dos Total31/12/2011 249.000 102.800 2.753 39.236 (52.580) 341.209Adiantamento para futuroaumento de capital - 23.780 - - - 23.780Reserva para investimentoe capital giro - - - (39.236) 39.236 -Prejuízo do exercício - - - - (160.947) (160.947)Saldos em 31/12/2012 249.000 126.580 2.753 - (174.291) 204.042Reserva legal - -(2.753) - 2.753 -Prejuízo do exercício - - - - (197.910) (197.910)Saldos em 31 dedezembro de 2013 249.000 126.580 - - (369.448) 6.132

Demonstrações dos Fluxos de Caixa (Em milhares de reais)Reapre-sentado

Fluxo de caixa das atividadesControla-

doraControla-

doraConsoli-dado

Consoli-dado

operacionais 2013 2012 2013 2012Prejuízo do exercício (197.910) (160.947) (198.093) (160.947)Ajustes para reconciliar o prejuízo do exercício com o caixagerado pelas (aplicado nas) atividades operacionais :Depreciações e amortizações 2.186 8.308 2.500 8.308Provisão para créditos deliquidação duvidosa (5.063) 4.057 (6.765) 3.630Juros e variações monetárias 179.863 159.963 183.426 123.078Equivalência patrimonial (49.108) (38.888) (33.142) (5.778)Imposto de renda e contribuição social 66.272 20.766 65.519 31.840Lucro líquido (prejuízo) do exercícioajustado (3.760) (6.741) 13.445 131(Aumento)/redução nos ativos operacionaisContas a receber 102.901 (64.713) 166.801 (4.550)Estoque de imóveis a comercializar 68.789 (23.211) 60.493 118.183Outros ativos 92.592 (443.331) (242.742) (337.284)(Aumento)/redução nos passivos operacionaisContas a pagar 90.928 (91.940) 41.738 (100.871)Outros passivos (95.686) 201.350 (34.324) 160.597Caixa líquido aplicado nas (gerado pelas)ativid. operacionais 255.764 (428.586) 5.411 (163.794)Aquisição de ativo imobilizado 460 (4.051) (6.034) (1.281)Aquisição de investimentos (360.820) 367.296 (72.860) 72.405Caixa líquido consumido nasatividades de investimentos (360.360) 363.245 (78.894) 71.124Empréstimos de terceiros e partesrelacionadas (100.899) (196.064) (79.528) (45.971)Aumento de capital e adiantamentopara aumento de capital - 23.780 - 23.780Dividendos pagos 55.985 211.506 (26.912) 27.746Caixa líquido gerado pelas (aplicado nas)ativid. de financto. (44.914) 39.222 (106.440) 5.555Aumento (redução) do saldo decaixa e equivalentes de caixa (149.510) (26.119) (179.923) (87.115)Saldos no início do exercício 182.625 208.744 216.704 303.819Saldos no Fim do Exercício 33.115 182.625 36.781 216.704

Notas Explicativas às Demonstrações FinanceirasContexto Operacional - a Sociedade tem por objetivo a incorporação de edificações própriase em condomínio, a promoção de loteamento de imóveis próprios, a locação de bens imóveispróprios, a participaçãono capital de outras empresas, como sócia ou acionista e a coordenação,supervisão e fiscalização de obras civis, a organização e a administração de consórcios deimóveis, o planejamento, organização, implantação e administração de empreendimentosimobiliários próprios ou de terceiros de qualquer espécie, sejam hoteleiros, residenciais oucomerciais. Apresentação das Demonstrações Financeiras - as demonstrações financeirasforam elaboradas de acordo com a legislação societária brasileira e os Pronunciamentos, asOrientações e as Intrerpretações emitidas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis ("CPC")e aprovados pela Comissão de Valores Mobiliários ("CVM"). Caixa e Equivalentes de Caixa -incluem caixa, contas bancárias e aplicações financeiras de curto prazo. Contas a Receber - sãoavaliadas e registradas pelo valor presente na data de transação sendo deduzida a provisão para

créditos de liquidação duvidosa, que é constituída com base na análise individual dos recebíveis.Estoque - são registrados nesta rubrica os custos de aquisição de terreno, de construção e outroscustos relacionados aos projetos em construção e concluídos cujas unidades ainda não foramvendidas. O custo de terrenos mantidos para desenvolvimento inclui o preço de compra, bemcomo os custos incorridos para a aquisição e do desenvolvimento do terreno, que não excede ovalor de mercado. Imobilizado - terrenos, edificações, móveis e utensílios, instalações, veículos,estandes de vendas (apartamento modelo) e equipamentos são demonstrados ao valor decusto, deduzidos de depreciação e perda por redução ao valor recuperável acumuladas, quandoaplicável. Os terrenos não sofrem depreciação. Os gastos com a construção dos estandes de

vendas e do apartamento modelo são capitalizados apenas quando a expectativa de vida útil-econômica for superior a um ano e depreciados de acordo com o prazo de vida útil-econômicade 24 a 60meses. Capital Social - o capital social subscrito e integralizado está representado por72.006.060 ações ordinárias, nominativas sem valor nominal.

Sérgio Leal Campos - Diretor - CPF 174.159.187-20Felipe Cossio Rodriguez - CRC-RJ-097.455/O-7 - S - SP

SECRETARIA DE ESTADODA EDUCAÇÃO

GOVERNO DO ESTADODE SÃO PAULO

FDE AVISA:Pregão Eletrônico de Registro de Preços Nº 36/00598/14/05. OBJETO: AQUISIÇÃO DE KIT LABORATÓRIO LM-11 - CONJUNTO E SÓLIDOSGEOMÉTRICOS EM ACRÍLICO. A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE comunica às empresas interessadas que se achaaberta licitação para: Aquisição de Kit Laboratório LM-11 - Conjunto e Sólidos Geométricos em Acrílico. As empresas interessadas poderão obterinformações e verificar o Edital a partir de 17/09/2014, no endereço eletrônico www.bec.sp.gov.br ou na sede da FDE, na Supervisão de Licitações, naAv. São Luís, 99 - República - CEP: 01046-001 - São Paulo/SP, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, ou verificar o edital naíntegra, através da Internet no endereço: http://www.fde.sp.gov.br.A sessão pública de processamento do Pregão Eletrônico será realizada no endereçoeletrônico www.bec.sp.gov.br, no dia 01/10/2014, às 09:30 horas, e será conduzida pelo pregoeiro com o auxílio da equipe de apoio, designados nosautos do processo em epígrafe e indicados no sistema pela autoridade competente.Todas as propostas deverão obedecer, rigorosamente,ao estabelecidono edital e seus anexos e serão encaminhadas, por meio eletrônico, após o registro dos interessados em participar do certame e o credenciamento deseus representantes previamente cadastrados.A data do início do prazo para envio da proposta eletrônica será de 17/09/2014, até o momento anteriorao início da sessão pública. ANTONIO HENRIQUE FILHO - Respondendo pela Presidência da FDE - PORTARIA FDE Nº 138/2014.

Page 17: Diário do Comércio - 17/09/2014

18 DIÁRIO DO COMÉRCIO quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Ebola também devasta economiasGuiné, Libéria e Serra Leoa, três países africanos que já estão no fim dos rankings de indicadores econômicos e sociais sofrem mais perdas com o surto.

Adam NossiterThe New York Times

As companhias aé-

reas cancelaram os

v o o s a o s p a í s e s

mais afetados. Os

preços de bens de consumo

básicos não param de subir e

os suprimentos de comida só

diminuem. Postos fronteiri-

ços são fechados, trabalha-

dores estrangeiros voltam

para casa e os índices de

crescimento nacional devem

despencar. O ebola – tanto a

realidade, quanto a histeria

em torno da doença – re s u l-

tou em um impacto econômi-

co considerável na Guiné, Li-

béria e Serra Leoa, três paí-

ses que já estão no fim dos

rankings de indicadores eco-

nômicos e sociais.

Para piorar ainda mais as

consequências sociais e finan-

ceiras, esses países e seus

amedrontados vizinhos afri-

canos estão criando círculos

concêntricos de quarentenas,

isolando bairros e até países

inteiros. Autoridades médicas

internacionais alertaram con-

tra essas práticas, argumen-

tando que elas vão apenas au-

mentar o sofrimento e a priva-

ção, realizando pouco para

impedir a difusão da doença

na região. Entretanto, muitas

nações africanas prossegui-

ram com a quarentena, fe-

chando as fronteiras, impe-

dindo a entrada dos habitan-

tes de países afetados e suas

companhias aéreas de voa-

rem para esses países.

O Senegal se negou até

mesmo a permitir a ida de

aviões humanitários com su-

primentos fundamentais e

equipes médicas de Dakar a

centro das agências de ajuda

internacional na África Oci-

dental. A África do Sul e o

Quênia, dois dos pesos pesa-

dos econômicos do continen-

te, proibiram a entrada de

pessoas vindas da zona do

ebola. Para os países mais

atingidos, "o isolamento e o

estigma, bem como a dificul-

dade de transportar supri-

mentos, profissionais e ou-

tros recursos" só vai piorar as

coisas, disse o diretor regio-

nal da Organização Mundial

da Saúde na África, Luis Go-

mes Sambo, em um encontro

recente em Gana. O ebola foi

um golpe cruel para esses

três países que acabaram de

sair de anos de guerra e con-

flitos políticos.

"Depois de uma década de

conflitos, estávamos prontos

para fazer a economia voltar

aos níveis anteriores à guer-

ra", afirmou Amara Konneh,

ministro da Fazenda da Libé-

ria. "O surto está afetando

gravemente os nossos esfor-

ços. Essa é a maior crise que

enfrentamos desde a guerra

civil". Com partes da Libéria e

de Serra Leoa sob quarente-

na e as fronteiras do Senegal

e da Guiné lacradas, a movi-

mentação de bens perdeu

força na região.

PIOR QUE A GUERRA

Os orçamentos nacionais

estão sob pressão, os gastos

com a saúde não param de

crescer, o faturamento do go-

verno só cai, assim como a

produção agrícola, especial-

mente em Serra Leoa. A África

do Sul está proibindo a entra-

da de não sul-africanos que te-

nham passado pelos países

afetados, e o Quênia e Sene-

gal colocaram em prática me-

didas similares. "Com a princi-

pal colheita correndo perigo e

a movimentação comercial de

bens e produtos drasticamen-

te restringida, a insegurança

alimentar deve se intensificar

nas semanas e meses futu-

ros", afirmou o representante

da Organização de Alimentos

e Agricultura da ONU na África,

Bukar Tijani, em comunicado.

As Nações Unidas destacaram

que o preço da mandioca su-

biu mais de 150% na Monró-

via, a capital da Libéria. Em

Serra Leoa, o arroz, o peixe, o

palmito e outros produtos bá-

sicos também ficaram mais

caros, de acordo com o minis-

tro da Fazenda do país.

O medo do ebola tornou as

coisas ainda mais incertas,

lembrando o pior período das

guerras civis na África Ociden-

tal na década de 1990. "As

pessoas estão pensando que o

resultado será tão ruim quan-

to o da guerra", afirmou Ru-

pert Day, gerente da Tropical

Farms, empresa britânica que

compra e vende cacau e café

no leste de Serra Leoa, o cora-

ção da zona do ebola. "Meus

funcionários disseram que, no

tempo da guerra, pelo menos

eles sabiam quando os rebel-

des estavam chegando", dis-

se. Rupert Day foi obrigado a

interromper parte dos servi-

ços e dispensar muitos de

seus 90 funcionários.

Meses depois do início da

epidemia, funcionários do

Banco Mundial afirmam que

estão tentando determinar o

impacto econômico da doen-

ça, de acordo com a estimati-

va de cerca de 20.000 casos

potenciais de ebola, segundo

a OMS. Já projetam uma queda

de 1% no Produto Interno Bru-

to (PIB) da Guiné. Na Libéria,

os gastos com saúde pública

correspondem a 25% do orça-

mento nacional, por conta do

ebola, ao invés dos 8% costu-

meiros, segundo o ministro da

Fazenda. A ArcelorMittal, ope-

radora de uma grande mina de

ferro na Libéria, postergou a

expansão das atividades por-

que as prestadoras de servi-

ços evacuaram 645 funcioná-

rios. Em Serra Leoa, onde a

principal região agrícola do

país foi a mais atingida, o mi-

nistério da Fazenda falou so-

bre o "impacto devastador da

doença" sobre a economia do

país, prevendo uma queda de

4 pontos percentuais no cres-

cimento do PIB.

ESTRADAS VAZIAS

Até o momento as evidên-

cias não foram comprovadas.

Porém, analistas, economis-

tas e autoridades concordam:

o choque foi perceptível. "O

dano foi enorme", resume o

presidente do Banco de De-

senvolvimento Africano, Do-

nald Kaberuka, enquanto a

agência Moody's fala sobre

"significativas ramificações

fiscais e econômicas" da epi-

demia na região. Em Serra

Leoa, onde o Ministério da Fa-

zenda produziu em setembro

um resumo detalhado das im-

plicações econômicas do ebo-

la, haverá menos agricultores

para a colheita da mandioca,

do cacau e do café no país. Al-

deões falam sobre o cancela-

mento de muitas colheitas es-

te ano, já que tantos agriculto-

res morreram, e o ministério

prevê até "a perda de toda a

produção desta estação".

O governo local estima uma

queda de 30% na produção

agrícola. Estradas, que costu-

mavam ficar cheias de cami-

nhões que levam a produção

das fazendas, agora estão va-

zias. Em diversos pontos do

Ahmed Jallanzo/EFE

caminho, multidões de pe-

quenos comerciantes são de-

tidos, impedidos de seguir via-

gem pela polícia ou o exército.

Na capital, Freetown, há pou-

cos clientes nos hotéis e res-

taurantes que servem os es-

trangeiros que formam parte

vital da economia do país. A ta-

xa de ocupação dos hotéis

caiu 40%.

Já está ocorrendo "uma que-

da na at ividade" das três

maiores indústrias do país:

uma cervejaria, uma engarra-

fadora e uma fábrica de ci-

mento, segundo o ministro da

Fazenda. A construção de im-

portantes rodovias foi suspen-

sa depois da evacuação dos

funcionários estrangeiros que

comandavam as operações. A

mineração de ferro e diaman-

tes, em especial, oferece um

quadro misto, com algumas

empresas operando dentro do

previsto, embora as minas de

diamante apresentem mais

problemas, com uma queda

de 10,4% na produção. Em Ke-

nema, a maior cidade da zona

do ebola em Serra Leoa, com

600 mil habitantes, as prate-

leiras continuam cheias de

produtos, mas ainda não se

sabe quanto da produção lo-

cal, da qual o resto do país de-

pende, está sendo distribuída.

Há uma "falta de itens alimen-

tícios básicos nos mercados,

especialmente em regiões ur-

banas", queixa-se o ministro

da fazenda. "Temos a sensa-

ção de que a economia está

completamente fechada",

afirma uma importante auto-

ridade da região, David Keili-

Coomber, o chefe supremo. O

corte de madeira para lenha,

uma das principais atividades

locais, está congelado, já que

os caminhões não podem

mais mover as árvores devido

aos bloqueios nas estradas.

Os agricultores precisam de

empréstimos bancários para

contratar funcionários e lim-

par a terra em torno dos ca-

caueiros, mas "por conta do

ebola, ninguém está empres-

tando dinheiro para nós", diz

Keili-Coomber. "A atmosfera

geral é de medo". Day, o ge-

rente da Tropical Farms, afir-

mou que a epidemia acabou

com sua produção. Comprar

cacau e café se tornou pratica-

mente impossível. "Não pode-

mos correr o risco de mandar

nossos funcionários para o

campo" para comprar a pro-

dução dos pequenos agricul-

tores", afirmou em uma entre-

vista em Kenema. De toda for-

ma, muitos deles estão mor-

tos. "Os caras desse vilarejo

ou daquele outro já morreram.

Isso torna a coisa toda muito

mais desoladora. Eu conhecia

todo mundo", lamenta Day.

Na Libéria, os gastos com saúde pública correspondem a 25% do orçamento nacional, por conta da doença, ao invés dos 8% costumeiros.

US$ 1 bilhão, o custo doataque ao problema.

Osecretário-geral da

Organização das

Nações Unidas

(ONU), Ban Ki-moon, lançará

amanhã, em Nova York, uma

"coalizão de resposta global"

ao ebola, anunciou David

Nabarro, coordenador da

ONU para a doença. "O valor

que solicitamos era de cerca

de US$ 100 milhões um mês

atrás e agora é de US$ 1

bilhão, então nosso pedido

subiu 10 vezes em um mês.

Devido à forma como o surto

está avançando, o nível de

crescimento do que

precisamos é inédito, é

enorme", ressaltou Navarro.

Ontem, o presidente dos

EUA Barack Obama, visitou o

Centro de Controle e

Prevenção de Doenças (CDC,

na sigla em inglês), em

Atlanta, Georgia, para falar

sobre o surto. Ele pretende

enviar 3.000 soldados à

África para ajudar a

Den

is Ba

libou

se/R

eute

rs

Navarro: "O que precisamos é inédito, é enorme".

É a maior crise que enfrentamos desde a guerra civilAmara Konneh, ministro da Fazenda da Libéria.

Legnan Koulan/EFE

Com umaqueda de 30%na produçãoagrícola, asestradas deSerra Leoa,quecostumavamficar cheias decaminhões quelevam aprodução dasfazendas,agora estãovazias.

enfrentar a crise, o que

inclui um grande

destacamento na Libéria,

país onde a epidemia tem se

espalhado mais

rapidamente. A ajuda

americana inclui planos

para a construção de 17

centros de tratamento, o

treinamento de milhares de

trabalhadores de saúde e

estabelecer um centro

militar de controle para a

coordenação, disseram

autoridades do país.

CUBA E CHINAObama pediu US$ 88

milhões adicionais para

combater o ebola, incluindo

US$ 58 milhões para

acelerar a produção da

droga antiviral ZMapp e

duas potenciais vacinas

para a doença.

Representantes do

Departamento de Defesa

pediram um

remanejamento de US$ 500

milhões em fundos para o

ano fiscal de 2014 para

ajudar a cobrir os custos da

missão humanitária.

A Organização Mundial da

Saúde (OMS) informa que

precisa de equipes médicas

estrangeiras com 500 a 600

especialistas, assim como

pelo menos 10.000

trabalhadores locais de

saúde, números que podem

crescer se a quantidade de

casos aumentar, conforme

se prevê.

Até agora, Cuba e China

disseram que vão enviar

equipes médicas para Serra

Leoa. Cuba contribuirá com

165 pessoas, enquanto a

China mandará um

laboratório móvel e 59

pessoas para acelerar os

testes de detecção da

doença. O país já tem 115

pessoas e financia um

hospital lá. (Reuters)