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São Paulo, terça-feira, 19 de agosto de 2014 Conclusão: 23h35 www.dcomercio.com.br Jornal do empreendedor Ano 91 - Nº 24.188 R$ 1,40 ISSN 1679-2688 9 7 7 1 6 7 9 2 6 8 0 0 8 2 4 1 8 8 Página 4 Campanha sob o efeito Campos: Renata 'por dois'. O horário eleitoral na TV começa hoje cercado de enigmas. Ontem, em seu 1º pronunciamento após a morte do marido, Eduardo Campos (PSB), Renata disse sentir que terá de participar "por dois" na campanha e se colocou à disposição do partido na disputa em Pernambuco. "Fica tranquilo, Dudu, teremos a sua coragem para mudar o Brasil. Não desistiremos do Brasil. É aqui que cuidaremos dos nossos filhos. " Ela não citou Marina Silva (cotada para assumir a candidatura à Presidência no lugar de Campos) nem a possibilidade de ser sua vice. A definição deve ser anunciada até amanhã. Na 1ª pesquisa já sem Campos, Dilma tem 36%; Marina, 21%; e Aécio, 20%. Págs.5a7 André Coelho/Ag. O Globo Reprodução TV Globo José Lucena/Estadão Conteúdo Legnan Koula/EFE Economia do Brasil e as ideias dos candidatos Mansueto Almeida, do staff de Aécio, defende reequilíbrio das contas públicas. Gianetti da Fonseca, do PSB, prega correção estrutural: "O Estado não cabe mais no PIB brasileiro". Págs. 2 e 15 Decifrando os números A pesquisa Datafolha divulgada ontem aponta 2º turno (onde Marina aparece com 47% e Dilma com 43% – a margem de erro é de dois pontos). O tucano Aécio (à esq.) já trabalha com essa certeza. A presidente, que falou ao JN (à dir.), reforça aspectos positivos dos governos petistas. Especialistas analisam as táticas e possibilidades de cada candidato. Págs.5e7 Ebola a menos de 10 horas de SP Brasil alerta: países como Serra Leão estão muito próximos daqui. Na Costa do Marfim, passageiro é examinado no aeroporto de Abidjan (foto). Pág. 10 Guarda Nacional mobilizada. Negros não aceitam "a execução" no Missouri. Pág.8 Seis tiros em Brown. O último, na cabeça. Whitney Curtis/NYT Pais salvam a primeira quinzena O frio intenso e a compra de presentes do Dia dos Pais puxaram as vendas. Pág. 13 Varejo ganha um farol Veja como o Beacon (farol em inglês) pode ajudar as lojas a atrair mais consumidores. Pág. 20

Diário do Comércio - 19/08/2014

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Ano 91 - Nº 24.188 - São Paulo, terça-feira, 19 de agosto de 2014

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Page 1: Diário do Comércio - 19/08/2014

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ISSN 1679-2688

9 771679 268008

24188

Página 4

Campanha sob oefeito Campos:Renata 'por dois'.

O horário eleitoral na TV começa hoje cercado deenigmas. Ontem, em seu 1º pronunciamento após amorte do marido, Eduardo Campos (PSB), Renata dissesentir que terá de participar "por dois" na campanhae se colocou à disposição do partido na disputa emPernambuco. "Fica tranquilo, Dudu, teremos a suacoragem para mudar o Brasil. Não desistiremosdo Brasil. É aqui que cuidaremos dos nossos filhos." Ela não citou Marina Silva (cotada para assumir acandidatura à Presidência no lugar de Campos) nema possibilidade de ser sua vice. A definição deve seranunciada até amanhã. Na 1ª pesquisa já sem Campos,Dilma tem 36%; Marina, 21%; e Aécio, 20%. Págs. 5 a 7

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Reprodução TV GloboJosé Lucena/Estadão Conteúdo

Legnan Koula/EFE

Eco n o m i ado Brasile asideias dosc andidatosM ansuetoAlmeida, dostaff de Aécio,d e fe n d ere e q u i l í b ri odas contaspúblic as.Gianetti daFonseca, doPSB, pregaco rre ç ã oe s t ru t u ra l :"O Estadonão cabemais no PIBb ra s i l e i ro " .P á g s. 2 e 15

Decifrandoos númerosA pesquisa Datafolha divulgadaontem aponta 2º turno (ondeMarina aparece com 47% eDilma com 43% – a margem deerro é de dois pontos). O tucanoAécio (à esq.) já trabalha comessa certeza. A presidente,que falou ao JN (à dir.), reforçaaspectos positivos dos governospetistas. Especialistas analisamas táticas e possibilidades decada candidato. Págs. 5 e 7

Ebola a menos de 10 horas de SPBrasil alerta: países como Serra Leão estão muito

próximos daqui. Na Costa do Marfim, passageiro éexaminado no aeroporto de Abidjan (foto). Pág. 10

Guarda Nacional mobilizada. Negros nãoaceitam "a execução" no Missouri. Pág. 8

Seis tiros em Brown.O último, na cabeça.

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Pa i ssalvam ap ri m e i raq u i n ze n aO frio intensoe a comprade presentesdo Dia dosPais puxaramas vendas.P á g. 13

Va re j oganhaum farolVeja como oBeacon (farolem inglês)pode ajudaras lojas aatrair maisco n s u m i d o re s.Pág. 20

Page 2: Diário do Comércio - 19/08/2014

2 DIÁRIO DO COMÉRCIO terça-feira, 19 de agosto de 2014

CONVIVÊNCIA E APRENDIZAGEM MÚT UASXC

As medidas heterodoxas adotadas pelo atual governo tiveram consequências colaterais indesejadas.Roberto Fendt

A ECONOMIA E OS CANDIDATOS

A morte de Eduardo Camposmudou o mapa político da

eleição presidencial. Pelapesquisa Datafolha de ontem,por ora, só é possível concluirque haverá segundo turno.

ROBERTO FENDT

Dizia o político e

ex- gove rna-

dor de Minas

Gerais Maga-

lhães Pinto (1909-1996)

"que a política é como nu-

vem. Você olha e ela está

de um jeito. Olha de novo

e ela já mudou". A morte

trágica e prematura de

Eduardo Campos mudou

o mapa político da eleição

presidencial. Os dados da

pesquisa Datafolha publi-

cados ontem mostram

que, por ora, só é possível

concluir que haverá se-

gundo turno. Por essa ra-

zão, torna-se mais impor-

tante uma reflexão sobre

os possíveis rumos que ca-

da candidato, se eleito, im-

primira à economia do País.

O tucano Aécio Neves e sua

equipe têm enfatizado em

seus pronunciamentos públi-

cos os ingredientes que per-

mitiram o ajuste da economia

após a crise no início do segun-

do mandato do presidente

Fernando Henrique Cardoso.

Naquele episódio, a política

econômica introduziu o tripé

econômico como instrumento

de ajuste e seus resultados po-

sitivos são conhecidos.

Uma equipe econômica

do governo do PSDB te-

ria, provavelmente ,

maior autonomia para produ-

zir um superávit primário su-

perior ao que está programa-

do para 2015, da ordem de

1,9%. E o superávit primário é

essencial para assegurar um

crescimento não explosivo da

dívida pública.

Da mesma forma, nos últi-

mos quatro anos ocorreu uma

mudança qualitativa no obje-

tivo da política de metas de in-

flação. Embora o centro da

meta não tenha mudado no

período – 4,5% – tem-se feito

um esforço para mantê-la pró-

ximo do teto (6,5%). Tudo isso

a despeito de que a inflação

poderia ter resvalado para pa-

tamares muito mais elevados

não fosse o represamento de

diversos preços administra-

dos e o controle do câmbio

Essas medidas heterodo-

xas tiveram consequên-

cias colaterais indeseja-

das. O controle de preços dos

derivados de petróleo ameaça

a solvência da Petrobras e de

seu programa de investimen-

tos. A redução forçada das ta-

rifas de energia elétrica, intro-

duzidas pelo governo às vés-

peras das eleições municipais

de 2012, inviabilizou a renta-

bilidade das distribuidoras de

energia elétrica. E por aí vai.

Um dos primeiros e princi-

pais desafios de um governo

Aécio Neves seria desatar os

nós desse conjunto de contro-

les de preços e de subsídios

cruzados empregados para

impedir uma explosão infla-

cionária. A taxa de câmbio te-

rá que flutuar de maneira mais

livre para estimular a exporta-

ção de produtos manufatura-

dos e o emprego na indústria.

Medidas dessa nature-

za trariam de volta a

necessária credibili-

dade na política econômica,

por consumidores e empresá-

rios. Dela depende a retoma-

da do investimento privado,

sem o qual não há crescimen-

to sustentável.

A julgar por declarações re-

centes de Eduardo Gianetti da

Fonseca, economista próximo

da candidata Marina Silva, o

seu programa teria grande se-

melhança com um hipotético

programa econômico do can-

didato do PSDB, Aécio Neves.

Se o discurso de Gianetti es-

pelhar o pensamento da sua

candidata, o programa parti-

ria da constatação de que a es-

tratégia de política econômica

dos últimos quatro anos foi

equivocada e não alcançou

seus objetivos, pelo diagnósti-

LUIZ OLIVEIRA RIOS

PresidenteRogério Amato

Vice-PresidentesAlfredo Cotait NetoAntonio Carlos PelaCarlos Roberto Pinto MonteiroCesário Ramalho da SilvaEdy Luiz KogutJoão Bico de SouzaJosé Maria Chapina AlcazarLincoln da Cunha Pereira FilhoLuciano Afif DomingosLuís Eduardo SchoueriLuiz Gonzaga BertelliLuiz Roberto GonçalvesMiguel Antonio de Moura GiacummoNelson Felipe KheirallahNilton MolinaRenato AbuchamRoberto Mateus OrdineRoberto Penteado de CamargoTicoulatSérgio Belleza FilhoWalter Shindi Ilhoshi

Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira ([email protected]). Editor de Reportagem: José Maria dos Santos([email protected]). Editores Seniores: chicolelis ([email protected]), José Roberto Nassar([email protected]), Luciano de Carvalho Paço ([email protected]), Luiz Octavio Lima([email protected]), Marcus Lopes ([email protected]) e Marino Maradei Jr. ([email protected]).Editores: Cintia Shimokomaki ([email protected]), Heci Regina Candiani ([email protected]), Tsuli Narimatsu([email protected]) e Vilma Pavani ([email protected]. Subeditores: Rejane Aguiar e Ricardo Osman.Redatores: Adriana David, Evelyn Schulke, Jaime Matos e Sandra Manfredini. Repór teres: André de Almeida, Karina Lignelli, LúciaHelena de Camargo, Mariana Missiaggia, Paula Cunha, Rejane Tamoto, Renato Carbonari Ibelli, Sílvia Pimentel e Victória Brotto.Editor de Fotografia: Agliberto Lima. Arte e Diagramação: José dos Santos Coelho (Editor), André Max, Evana Clicia Lisbôa Sutilo,Gerônimo Luna Junior, Hedilberto Monserrat Junior, Lino Fernandes, Paulo Zilberman e Sidnei Dourado.

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Esta publicação é impressa em papelcertificado FSC®, garantia de manejo florestalresponsável, pela S.A. O Estado de S. Paulo.

FALE CONOSCO

Fundado em 1º de julho de 1924

co errôneo das causas da es-

tagnação da economia.

Assim, o programa partiria

de contornos de ajustes que

teriam início em uma retoma-

da do mesmo tripé macroeco-

nômico – metas de inflação,

superávit primário e câmbio

realmente flutuante, com vis-

tas a assegurar o equilíbrio

nas contas externas.

Nas palavras de Gianet-

ti, "você limpa horizon-

tes e estabelece cená-

rio de volta à normalidade. A

reação da economia sempre

ocorre rapidamente, como foi

após os ajustes no segundo

mandato do (ex-presidente)

FHC (Fernando Henrique Car-

doso) e com o (ex-presidente)

Lula no primeiro mandato". Há

que esperar pelo próprio pro-

grama a ser apresentado à

Justiça Eleitoral para nos certi-

ficarmos de que essas são

realmente as linhas mestras.

O que dizer do programa

econômico da presidente Dil-

ma, caso seja reeleita? Não há

indicações claras de qual seria

a tônica desse programa, so-

mente especulações.

Alguns apontam para uma

continuidade da política atual,

uma vez que a eventual vitória

eleitoral poderia ser interpre-

tada como uma aprovação im-

plícita do atual programa de

governo. A senhora presiden-

te "dobraria a aposta", na pre-

sunção de que o diagnóstico e

a política estão corretos e o

que faltou foi apenas aumen-

tar a dosagem.

Outros supõem, contu-

do, que a senhora pre-

s idente manterá a

atual política somente até ou-

tubro. Caso seja reeleita, mu-

dará a política e introduzirá o

seu próprio programa de ajus-

te, que não poderá ser muito

diferente, para obter resulta-

dos, de um ajuste econômico

com os ingredientes já apon-

tados anteriormente.

Deixo ao leitor o julgamento

de quem terá maior vontade

política e capacidade de exe-

cução para realizar o ajuste

que a situação econômica re-

quer. Dele vai depender o re-

torno do País ao crescimento

sustentado ou sua negativa.

Quem viver, verá.

RO B E RTO FENDT É E C O N O M I S TA

Nelson Antoine/ Estadão ConteúdoRodrigo Dionisio/Estadão Conteúdo

Pedro Ladeira/ Frame

Convivência significa

"viver com" outra

pessoa num

processo de dinâmica

relações interpessoais, seja

no âmbito familiar, seja

no contexto empresarial.

Na família, claro, essas

relações envolvem laços de

intimidades; nas empresas,

por sua vez, pressupõem-se

também laços de

afetividade, mas sem uma

abordagem intimista.

Problemas à vista. Onde?

Na própria convivência,

pois nela estão as relações

humanas e em qualquer

processo relacional

surgem eventuais atritos.

Soluções à vista. Como?

No diálogo. Conforme

sabedoria popular nos

ensina, "é conversando que

a gente se entende". De

fato, o diálogo, na família

ou na empresa, guardadas

as devidas proporções,

funciona como uma

espécie de "abre-te-

Sésamo", permitindo a

entrada e o fortalecimento

da afetividade saudável

que precisa permear

quaisquer modalidades de

relacionamento humano.

A convivência, quando

bem cultivada, gera a

qualidade tríplice entre

todos os envolvidos, a saber:

1- harmonia; 2- prazer

e 3- produtividade.

Antigo bordão, mas

ainda válido em nossos

dias, diz: "Passamos os

melhores anos da nossa

vida trabalhando". E onde

trabalhamos? Em uma

empresa, rodeado por

colegas de trabalho,

ou mesmo atuando por

conta própria, mas ainda

assim necessitamos

estabelecer boas pontes

de relacionamento com

as demais pessoas.

E por que, em algumas

empresas, a convivência

se torna um martírio?

Existem vários motivos

para que isto ocorra, mas

os mais comuns acontecem

pelas seguintes razões:

1- Relações humanas

empobrecidas. As pessoas,

no ambiente de trabalho,

não se permitem conhecer

umas às outras, não no

sentido intimista, porém no

interessar-se genuinamente

pelo outro, escutando-o e

compartilhando ideias

e sonhos, pois isto,

o escutar e compartilhar,

é o que nos torna

verdadeiramente humanos,

independentemente da

profissão que exercemos

ou do cargo hierárquico

o c u p a d o.

2- Relações humanas

amorfas, isto é, sem forma,

quando o outro ao meu lado

é "invisível", assim como eu

o sou também para ele.

Temos aqui um paradoxo

doloroso: corpos presentes

no ambiente de trabalho

(hardware humano), porém

mentes ausentes (software

emocional desconectado

do meu próximo).

3- Relações humanas

tóxicas. Essas empresas

também são tristemente

conhecidas como "filiais

do Inferno". Isto é amiúde

gerado por chefias

tirânicas, que impõem o

medo no dia a dia. Ocorrem

também quando a cultura

empresarial, digamos

assim, é erigida sobre

a plataforma insana da

competição acirrada

internamente – quando o

que deveria existir seria a

saudável cooperatividade,

com equipes atuando

em sinergia.

Já nas empresas onde

as relações humanas

ocorrem num processo

simbiótico, temos as trocas

afirmativas no dia a dia,

o respeito à diversidade e,

como consequência

positiva, a aprendizagem

mútua, catapultadora do

crescimento individual

e do coletivo no âmbito das

o rg a n i z a ç õ e s

E como é na sua empresa?

As relações humanas

são empobrecidas, amorfas,

tóxicas ou simbióticas?

LUIZ OLIVEIRA RIOS É

ESPECIALIZADO EM

D E S E N VO LV I M E N TO DE RH EC O N S U LTO R DE EMPRESAS.

OLIVEIRA.RIOS@H OT M A I L .COM

Page 3: Diário do Comércio - 19/08/2014

terça-feira, 19 de agosto de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 3

Até a última gota

ISSO T UDOACONTECEU EMNO S S O TEMPO

Reprodução

PREFEITURA INVIABILIZA EMPREENDORISMO EM COMUNIDADE DE BAIXA RENDA NO CENTRO.>

Em lugar de avaliar a si mesma everificar porque falhou no centroda cidade, a prefeitura resolveinvestir contra aquilo que,

apesar de toda a precariedade,está funcionando.

Ana Akhmatova ,

aqui retratada por

Kusma Petrov-Vodkin

(1922), foi uma

das grandes poetisas

russas de sua época,

presa durante

o brutal

regime de Stálin.

LUIZ CARLOS LISBOA

JOSÉ POLICE NETO

Aação truculenta de

fiscais da prefeitura

contra comerciantes

estabelecidos há dé-

cadas na Comunidade do Moi-

nho, região central de São

Paulo, mostra muito sobre a

gravidade dos equívocos que

se comete na cidade e que en-

travam o seu crescimento.

O poder público não fez a

sua parte, mesmo tendo ins-

trumentos para isto – como a

lei da regularização fundiária

de interesse social, de minha

autoria –; um diagnóstico, or-

çamento e cronogramas pre-

cisos – o Plano Municipal de

Habitação, que vem sendo so-

lenemente ignorado –; e re-

cursos. Em lugar de avaliar a si

mesma e verificar porque fa-

lhou em agir no próprio centro

da cidade, a prefeitura resolve

investir contra aquilo que,

apesar de todas as probabili-

dades e com todas as preca-

riedades, está funcionando.

Claro que o ideal de de-

senvolvimento econô-

mico da cidade não é

que existam estabelecimen-

tos em condições precárias

nas comunidades. Mas o fato é

que eles estão lá, fruto do em-

preendedorismo e da deman-

da que devia ser reconhecida,

gerando empregos e riqueza,

fazendo a economia destas

áreas funcionar. Alguns foram

para lá, quando ninguém mais

quis se aventurar e arriscar.

Foi em reconhecimento a

esta relevância social que a

bancada do PSD conseguiu

aprovar emenda no Plano Di-

retor assegurando o espaço

dos estabelecimentos comer-

ciais e locais de culto existen-

tes nas áreas de assentamen-

tos precários a serem reurba-

nizados e regularizados.

Não é uma questão de privi-

légio ou benefício, é apenas o

reconhecimento do que é jus-

to, e daqueles que foram lá

empreender quando ninguém

mais queria ir.

Uma administração com

alguma visão iria bus-

car o diálogo com estes

comerciantes, aprender com

a experiência, ajudar a qualifi-

cá-los ainda mais no correr do

processo de regularização,

potencializar o caráter empre-

endedor que os gerou.

Já a administração que está

aí nada faz pela regularização

e ainda manda fiscais ao local

para pedir documentos e fazer

ameaças, sem falar, é claro,

da mencionada lerdeza na re-

gularização e na reurbaniza-

ção da comunidade.

O exemplo é importante pa-

ra destacar que a política fis-

cal do Executivo Municipal,

que só vê os atores econômi-

cos da cidade enquanto po-

tenciais contribuintes a serem

ordenhados para fornecer os

recursos para que o Tesouro fi-

nancie os projetos da moda,

não tem fronteiras de classe

ou renda: busca atingir igual-

Paulo Liebert/ Estadão Conteúdo

mente a qualquer um que pro-

duza riqueza, e em qualquer

quantidade.

Éimportante desmasca-

rar a manipulação ideo-

lógica que tenta dar um

caráter progressista à exação

que parasita a cidade sem pro-

duzir de fato a Cidade Justa e

promover a igualdade de

oportunidades que o Estado

deveria assegurar.

São Paulo está empenhada

em fechar as suas fábricas e

eliminar muitos dos nossos

melhores e mais promissores

empregos, enquanto outras

cidades recebem de braços

abertos e com banda de músi-

ca as plantas industriais que

se movem.

A Índia alavanca o desen-

volvimento econômico e a jus-

tiça social estimulando, finan-

ciando e aprendendo com os

pequenos negócios, em as-

sentamentos precários como

estes que a prefeitura quer fe-

char por conta da exigência de

complexas documentações.

A União Europeia colhe divi-

dendos e empregos com seus

seculares centros urbanos de

uso misto, enquanto se veta

por aqui a perspectiva de

aproveitar os 4 milhões de me-

tros quadrados de área já

construída para revitalizar o

centro da cidade.

Fortes campanhas nos Es-

tados Unidos tentam

resgatar o modelo fra-

cassado da suburbia, visando

eliminar restrições ao uso mis-

to, enquanto aqui existe a per-

versa preocupação de apro-

veitar cada oportunidade pa-

ra impor o vazio e a ilegalidade

a parcelas cada vez maiores

dos territórios, tentando im-

por uma política de terra arra-

sada, em corredores que po-

deriam estar gerando empre-

gos e riqueza.

Movimentos sociais sérios,

que buscam empreender para

resolver o problema de mora-

dia, são jogados à sanha voraz

de uma burocracia cara, em

vez de serem considerados

parceiros numa política social

fundamental para a solução

dos problemas da cidade, en-

quanto os aventureiros furam

a fila com patrocínio oficial.

Enquanto o Executivo muni-

cipal tudo faz para matar a ga-

linha dos ovos de ouro, os cida-

dãos de todos os lados e clas-

ses precisam desmascarar a

farsa deste discurso e lutar

juntos para garantir que a ci-

dade volte a crescer e produzir

riqueza e oportunidades. Sem

a clareza de que criar uma ci-

dade mais barata e mais rica

interessa a todos, São Paulo

vai naufragar no pântano da

sanha arrecadatória que não

cessará até extrair a última

gota da cidade.

JOSÉ POLICE NE TO É VEREADOR EM

SÃO PAU L O, M E M B RO DA COMISSÃO

DE POLÍTICA UR BA N A E AU TO R DE

"LIÇÕES DA CI DA D E ", "SÃO PAU L O

NASCE NOS BA I R RO S " E PLANO DE

BA I R RO - NO LIMITE DO SEU BA I R RO,UMA EXPERIÊNCIA SEM LIMITE".

Petya tem 90 anos,

Marusya tem 85.

Ele nasceu e cresceu

em Samara, cidade

banhada pelo Volga; ela e

sua família são de Omsk,

na Sibéria. Depois da

tempestade que varreu os

grandes domínios da Rússia

durante sete décadas de

experimentação político-

ideológica, eles afinal

moram juntos em Moscou e

agora estão em Nova York,

de passagem para o Japão.

Vizinhos de mesa no

Tabern on the Green,

falamos sobre os vinhos da

Moldávia que os russos

preferem, e depois sobre

literatura, inclusive a

soviética – essa pedra no

sapato dos que não

acreditam que tudo no

mundo da arte seja política.

Mas Petya Dvorkin e

Marusya Gavrilov parecem

mais vivos agora do que

na época em que eram

obrigados a ver em toda

parte a exploração do

homem pelo homem como

a grande enfermidade

e a reforma do homem pelo

Estado como o grande

remédio. Eles sempre

souberam que a coisa era

um pouco mais profunda.

Não lembro como na

conversa cheguei a

mencionar dois nomes de

mulheres russas que nunca

deixaram em paz meu

coração, seja pela

inquietação natural da

poesia, seja pelo horror que

elas mostraram ao mundo,

a partir do fundo escuro das

prisões. Ana Akhmatova e

Marina Tsvetaeva

estiveram sempre, desde

que as descobri, na ponta

dos meus pensamentos. O

casal de russos logo abriu-

se em sorrisos, e bebemos

à saúde da poesia, que a

perseguição torna ainda

mais bela e a coragem

torna inesquecível.

Nossas mesas se

confundiram numa só e

nós numa só família,

aquecidos pelo vinho e por

mil lembranças. A mim

disseram que há muito

tempo queriam falar de um

pesadelo que tinham vivido

por muitos anos na Rússia.

"Minha mãe, Olga, era

amiga de

Akhmatova", disse

Marusya, os olhos azuis

muito abertos. "A última

vez que a viu numa prisão

em Leningrado onde ela

tinha ido visitar outra

presa, a escritora e poeta

Nadejda Mandelstam, a

bela e famosa Ana

Ahkmatova se queixou de

que seu exemplar de Osdemônios, de Dostoiévsky,

fora-lhe arrebatado das

mãos logo que foi presa".

Antes, mãe e filha já sabiam

que Stálin havia apontado

pessoalmente o livro como

subversivo, o único

daquele autor que julgara

de fato muito perigoso.

"Minha mãe e eu corremos

os sebos de Leningrado

atrás do livro, que ela já

havia lido e que eu só

conhecia de título. Minha

mãe sofria por Akhmatova,

eu sofria por minha mãe".

Ovelho Petya agora se

inclinava para falar e

ser ouvido. Sua voz é rouca,

e às vezes interrompida por

uma leve tosse. A barba

branca lembra a de Trótsky,

mas seu semblante é mais

suave do que o dele. "Na

ocasião, a mãe de Marusya

ignorava que jamais veria

sua amiga Nadejda de

novo, ela que iria morrer

anos depois num campo do

Gulag na Sibéria. Naquele

tempo, a conversa entre

os intelectuais não era sobre

livros, como foi sempre

antes, mas a respeito de

desaparecimentos, prisões,

julgamentos secretos

e morte de escritores e

poetas", disse Petya, que

se lembrava bem das

grandes batidas noturnas

em Moscou e Leningrado.

"Sobre Marina" – era

ainda Petya, muito

trêmulo ,– há um livro que

todo mundo deveria ler". Ele

falava de A Morte de um

Poeta, os últimos dias deMarina Tsvetana”, da autora

russa Irma Kudrova.

"É a soma da indiferença

com a injustiça, a história

dessa mulher", vai falando

devagar. "E olhe, são muitas

as mulheres que lutaram

silenciosamente contra a

brutalidade e a cegueira

de multidões intoxicadas

por ideias gritadas em

palanques, nos jornais e nas

reuniões de trabalhadores,

verdades criadas e repetidas

pela inveja disfarçada de

justiça", continuou Petya,

olhando sem ver o já escuro

arvoredo do Central Park.

Era como se ele não

pudesse se desligar do

passado, e ao mesmo tempo

era justo seu desespero por

ter vivido com o máximo de

suas energias naquela

época desafortunada.

"Pense nisso, meu

senhor", recomeçava

ele. Estatísticas deixadas

nos arquivos da KGB,

aquelas que Vladimir Putin

permitiu que fossem

deixadas, confirmam que

entre 1936 e 1938 foram

detidos um milhão e

seiscentos mil cidadãos

russos como suspeitos, dos

quais 681.692 foram

fuzilados após processos

secretos, baseados no

fraseado ideológico do dia".

Petya olha em volta, na

esperança de ser ouvido

pelo maior número possível

de testemunhas, pensando

no futuro de outros povos.

Alguns frequentadores do

Tavern on the Green

passavam por ele sorrindo

vagamente, sem adivinhar o

que aquele senhor idoso

estaria dizendo com tanta

veemência. Abraço o casal e

saímos para a noite fria e

silenciosa. Penso no filme

Casablanca e naquela frase

final de Humphrey Bogart:

"Este pode ser o começo

de uma grande amizade".

LUIZ CARLOS LI S B OA É E S C R I TO R

E J O R N A L I S TA , E ESCREVE

DE PR I N C E TO N ( E UA ) [email protected]

Page 4: Diário do Comércio - 19/08/2014

4 DIÁRIO DO COMÉRCIO terça-feira, 19 de agosto de 2014

[email protected]

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Colaboração:

Paula Rodrigues / Alexandre Favero

MAIS: ele é aquele mesmoque causou polêmicaquando disse que o Brasildeveria dominar a tecnologiada bomba atômica.

MISTURA FINA

Fotos: Instagram / Reprodução

Dilmês vs.marinês

Letíciade volta

��� Depois de cinco anos,Letícia Birkheuer 36 anos,volta às novelas: ela éErika na novela Império.Nesse período, casou e se

separou de Alexandre Furmanovich, teve um filho (João Guilher-me, de dois anos) e namora agora com o empresário RodolfoKouri. Na capa e recheio da nova Shape, conta como perdeuos 22 quilos que ganhou na gestação: alimentação controlada,corrida diária de 30 minutos, musculação e exercícios comTRX, faixas suspensas que usam o próprio peso do corpo.

Conspiraçãonoar��� Não apenas no programa de José LuisDatena, o Brasil Urgente, é que a repercus-são anunciada pela Aeronáutica, segundoa qual a caixa preta do avião que levavaEduardo Campos e que caiu em Santos, nãogravou nada do acidente, ganha versõessuspeitas. Programas regionais semelhan-

tes, espalhados pelo país, estão explorando o assunto e colocan-do no ar depoimentos de figuras que não acreditam muito naversão da Aeronáutica. No Planalto, a ordem é tentar acabar comquaisquer suspeitas, que proliferam mais nas redes sociais.

Águagelada

A presidência do PSBcaiu no colo de RobertoAmaral, ex-ministro deLula e contrário a aliançaentre Campos e Marina.

��� Quando fala de improviso,até mesmo em eventos dogoverno, a presidente DilmaRousseff, vira e mexe, constróifrases estranhas, sem significa-

do, que já renderam até reportagens especiais, mostrando coleçãode suas surpreendentes sentenças. E repete muito determinadaspalavras. É o chamado dilmês (no lulês, além do chavão “nunca antesnesse país”, o ex-presidente abusa do “extraordinário”). Nesse quesito,Marina Silva também é adepta de uma linguagem muito própria, o quenem sempre até mesmo seus assessores conseguem entender. Eigualmente abusa do “programático” e do “pragmático”, o que metadedo universo de eleitores não tem a menor idéia do que significam.No horário eleitoral, que começa hoje, Dilma lerá no telepromtero que João Santana escreveu; Marina só falará em marinês.

Contra Patrícia��������������� Na internet, viraram corrente manifestações contraPatrícia Poeta. Quando Eduardo Campos foi ao Jornal Nacional,quase no final, disse a frase que virou slogan até em camise-tas: “Não vamos desistir do Brasil”. E falou mais um pouco,sendo cortado por Patrícia, dura: “Seu tempo acabou,candidato”. Na web, internautas creditam à ancora do JornalNacional uma espécie de trágico vaticínio.

“No futuro pode ser que tenha aumento. Não estou dizendo que vaiter ou que não vai ter. Só estou falando que é possível.”

��� Mark Zuckerberg lançou a idéiano Facebook e virou uma correntemundial de famosos tomandobanho de água gelada e doandoquantias para institutos de pesquisa

e tratamento da Esclerose Lateral Amiotrófica. Nos EstadosUnidos, a campanha já arrecadou mais de US$ 11 milhões, comadesão de muitas celebridades. Entre nós e lá fora, tomandoseus banhos (é uma das formas de tratar a doença, em pacientesque perdem a sensibilidade), da esquerda para a direita, IveteSangalo, o jogador Neymar, Fátima Bernardes (tomou o banhoao vivo, em seu programa), o bilionário Bill Gates (até construiuuma engenhoca) e Lady Gaga. William Bonner não topou.

Aviso prévio��� Manter acordos acertadospor Eduardo Campos e nãoinvestir contra eles, especialmen-te no caso de São Paulo, aindaserá conversa mais prolongadaentre Marina Silva e o PSB. Maspara o presidente em exercíciodo PSB, Roberto Amaral, ela foicategórica: eleita ou não eleita,ela não permanecerá comointegrante do PSB e se voltarápara o registro oficial da RedeSustentabilidade. A hipótesede Renata Campos, viúva, deEduardo Campos, formar comovice, enfrentaria problemasjurídicos. Ela é servidora doTCE de Pernambuco e nãose afastou do cargo dentrodo prazo oficial dado pelo TSE.

SALMO 23��������������� Quando o avião balança,Dilma Rousseff confessa que“recorre a Nossa Senhora”.Marina Silva tem medo de avião:a bordo, lê algum livro quecarrega na bolsa. Na maioriadas viagens, contudo, lê a Bíblia.No vôo que a levou ao Recife,para a cerimônia de sepulta-mento de Eduardo Campos, leu,durante todo o tempo, o Salmo23. É um dos mais conhecidose o predileto de Marina, quecomeça: “O Senhor é meupastor, nada me faltará”.

Atrás de gerentes��������������� A Polícia Federal temcerteza de que Alberto Yousseffcontou com a parceria degerentes e funcionários deagências bancárias paraviabilizar o esquema delavagem de dinheiro, evasãode divisas e corrupção naOperação Lava Jato, queidentificou uma movimentaçãode R$ 10 bilhões. O executivoJoão Procópio de AlmeidaPrado, preso sob suspeita deser laranja de Yousseff, seria ointermediário junto aosgerentes de agências bancári-as. Agora, a Polícia Federaltrata de localizar, através daquebra do sigilo bancário,quem são esses gerentessupostamente coniventes.

VIROU COTA��������������� Entidades que repre-sentam o bloco LGBT estãoreclamando junto a Rede Globodos exageros aos quais o atorPaulo Betti recorre para montarseu personagem Téo Pereira,um cabeleireiro gay na novelaImpério. O autor Aguinaldo Silvadefende Betti: “Está cheio degays por aí daquele jeito”.Por outro lado, o ator Marce-lo Serrado, o Crô, voltará ainterpretar um gay no filme Rio,eu te Amo, no episodio dirigidopor Stephan Elliot. E avisa:“Não vai ter pegação, nadadisso”. Sobre a inflação depersonagens homossexuaisna TV, brinca: “Gay agoravirou cota em novela”.

Barrado no baile��������������� Se acontecesse algumacoisa a Dilma Rousseff, o PTnão colocaria em seu lugar ovice Michel Temer. Quando aconversa sai em rodas depetistas, a resposta é uma só:Lula seria candidato. Agora, oPMDB reclama que no materialda campanha pela reeleiçãode Dilma, Temer nem mesmoé citado. Em todas as peças,quem está ao lado da presiden-te é Lula. O atual vice-presi-dente também não apareceem adesivos. O comando dacampanha de Dilma tentatranquilizar os peemedebistas,dizendo que Michel apareceráno horário eleitoral da TV.

SEM FUTURO��������������� Malgrado grande atua-ção na Libertadores de 2013,ninguém no Atlético Mineirose incomodou quandoRonaldinho Gaúcho resolveusair. Já vinha sendo substituí-do e nem lembrava mais ocraque que foi no passado.Uma suposta negociação como Fluminense acabou sendonegada, o que tambémaconteceu com o Santos.No Palmeiras, discute-se apossibilidade de um contratopor produtividade. Detalhe:Ronaldo Gaucho é dono deuma fortuna acumulada demais de R$ 200 milhões.

DILMA ROUSSEFF // sobre o aumento do preço dos combustíveis.

��� QUEM diria: a Colorama vailançar uma linha de esmaltesem homenagens às vilãs maisfamosas das telenovelas. Ascores chegarão ao mercadocom nomes de Odete, TerezaCristina, Nazaré, Altiva,Carminha e Maria de Fátima.

��� EM SEU primeiro programade TV, o Pastor Everaldo (PSC)decidiu colocar uma tarja pretade luto pela morte do candi-dato Eduardo Campos (PSB).O evangélico tem 70 segun-dos de tempo.

��� CONTRATADA, depois deter sido demitida no ano passado,pelo Flamengo, há poucassemanas, a atleta Jade Barbosa,de ginástica rítmica, ainda nãoconseguiu treinar no clube. Oginásio está sendo reformadode novo, depois que pegoufogo: agora é um festival degoteiras e infiltrações.

��� JOÃO Campos, 20 anos,filho de Eduardo Campos, já éconsiderado seu herdeiro político.Há alguns meses, um blocodo PSB insistia junto ao ex-governador de Pernambuco,que ele já deveria ser lançadocandidato este ano. Eduardonão autorizou: João cursaEngenharia na UniversidadeFederal de Pernambuco.

��� ESTÁ na coluna Page Sixdo New York Post: JenniferLawrence, nova queridinha deHollywood, está namorando comCris Martin, líder e vocalistada banca Coldplay. Martin foicasado durante 10 anos com aatriz Gwyneth Paltrow, de quemse separou em março.

��� O PRESIDENTE em exercí-cio da Fiesp, Benjamin Steinbruch(CSN) tem feito severas criticasao governo federal, em seminári-os e eventos industriais. Nãofalou em público, mas contou aoscompanheiros da Fiesp que asituação é tão complicada que aCaterpillar acaba de demitir nadamenos do que 700 funcionários.

IN OUT�

Musculação.Boxe para elas.

Page 5: Diário do Comércio - 19/08/2014

terça-feira, 19 de agosto de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 5

Corrida eleitoral começa hoje na TVO

horário eleitoral gratuito começa hojecom a propaganda dos candidatos àPresidência no rádio e na televisão.Ele será exibido até 2 de outubro, três

dias antes do 1º turno das eleições. Serão 25minutos dedicados aos presidenciáveis,seguidos por outros 25 minutos dos candidatosa deputado federal com suas propostas.

As inserções serão feitas às 7h e às 12h, norádio; e às 13h e às 20h30, na televisão,durando 50 minutos cada.Os concorrentes aos cargos de governador,senador e deputado estadual terão assegundas, quartas e sextas-feiraspara detalhar seus projetos.

A candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT),da coligação Com a Força do Povo, terá o maiortempo: 11 minutos e 24 segundos.

Seus dois principais adversários contarãocom menos da metade do tempo. Aécio Neves(PSDB, coligação Muda Brasil) terá 4 minutos e35 segundos. Já Marina Silva (PSB) - ou algumoutro candidato que a coligação Unidos peloBrasil que se apresente como substituto deEduardo Campos - terá 2 minutos e 3 segundos.

Reprodução TV Globo

Dilma durante entrevista com William Bonner e Patricia Poeta no Jornal Nacional: 15 minutos para defender 12 anos de poder do PT no País.

Dilma pressionada no JNDurante 15 minutos, ela tentou reagir às perguntas sobre corrupção em seu governo, economia e saúde.

Apresidente e candidata

à reeleição pelo PT, Dil-

ma Rousseff, afirmou

ontem que, apesar de dados

considerados negativos para

a economia brasileira atual, a

expectativa é de uma melhora

no segundo semestre.

Segundo ela, há duas coisas

acontecendo no momento

que rechaçam o pessimismo.

"Há uma melhoria prevista pa-

ra o segundo semestre e os in-

dicadores antecedentes indi-

cam uma recuperação", afir-

mou, durante entrevista ao

Jornal Nacional, da TV Globo.

A entrevista começou com

uma longa pergunta de Wil-

liam Bonner sobre escândalos

e a dificuldade da presidente

de se cercar de pessoas ho-

nestas, de modo a evitar os ca-

sos de corrupção, como os que

assistimos ao longo de seu

mandato. Dilma tentou con-

tornar a situação dizendo que

a Polícia Federal ganhou auto-

nomia para investigar, desco-

brir e prender e disse que a

Controladoria Geral da União,

criada na gestão petista, é um

"órgão forte".

Questionada sobre núme-

ros negativos – como previsão

de crescimento abaixo de 1%

e com a inflação perto do teto

da meta –, Dilma rebateu e dis-

se aos jornalistas "não sei de

onde são os seus dados".

"Nós enfrentamos a crise

não desempregando, não ar-

rochando salários, não au-

mentando tributos".

A presidente afirmou ainda

que foi eleita para "dar conti-

nuidade aos avanços do go-

verno Lula". "Ao mesmo tem-

po preparamos o Brasil para

um novo ciclo de desenvolvi-

mento", disse.

Segundo ela, o governo pe-

tista criou condições para que

o Brasil dê um salto, colocando

a educação no centro de prio-

ridades. "Queremos conti-

nuar a ser um País de classe

média", afirmou.

A presidente gastou boa

parte do tempo da sua entre-

vista repetindo os números do

programa Mais Médicos, mas

reconheceu que não há dúvi-

da de que é preciso melhorar a

saúde. "Nós tivemos e ainda

temos muitos problemas e de-

safios a enfrentar na saúde.

Acredito que enfrentamos um

dos mais graves, pois na saú-

de você pode ter tudo, mas se

não tiver médico, não tem

atendimento", disse. Segun-

do ela, com o programa Mais

Médicos, 50 milhões de brasi-

leiros que não tinham atendi-

mento hoje têm. "Tivemos

uma atitude muito corajosa."

Mesmo assim, ela saiu-se

mal ao responder se 12 anos

de PT no Poder não foram sufi-

cientes para resolver o proble-

ma da educação. Apesar de

tentar contornar, ao ser pres-

sionada pelos apresentado-

res, foi obrigada a concordar

com o jornalista de que o tem-

po realmente não fora sufi-

ciente para sanar a questão.

Dilma ainda se apropriou de

uma frase similar à utilizada

pelo então candidato Eduardo

Campos (PSB), morto em aci-

dente aéreo na semana pas-

sada, para encerrar a sua en-

trevista. "Eu acredito no Bra-

si l . Todos nós precisamos

acreditar no Brasil e diminuir o

pessimismo", afirmou, pedin-

do voto para que "o Brasil con-

tinue avançando". Campos,

também na entrevista ao J or-nal Nacional, na véspera de sua

morte, finalizou o seu discurso

dizendo: "não vamos desistir

do Brasil". A frase foi inclusive

estampada em camisetas e

cartazes em seu enterro no fi-

nal de semana.

A entrevista com a presi-

dente Dilma, que aestava

marcada para o dia 13, foi can-

celada devido à morte do en-

tão candidato do PSB Eduardo

Campos. Da mesma forma,

Pastor Everaldo (PSC) tam-

bém teve sua participação

adiada da semana passada

para hoje.

Aécio Neves (PSDB) já parti-

cipou do programa, no dia 12,

assim como o próprio Cam-

pos, que concedeu entrevista

na véspera do acidente que

culminou com sua morte. As-

sim que o PSB oficializar a es-

colha de Marina Silva como

substituta de Campos, a TV

Globo deve convidá-la para

comparecer na bancada do

Jornal Nacional. A data ainda

não foi escolhida, mas deve

ser na semana que vem.

José Lucena/Futura Press/Estadão Conteúdo

Aécio na Comunidade Santa Marta, Botafogo: resultado esperado.

Jo rg e :'M arinaé boa'.

Ocandidato à

Presidência do PV,

Eduardo Jorge,

afirmou ontem que vai tratar

a candidata Marina Silva

como qualquer um dos seus

concorrentes na disputa

eleitoral. Durante sabatina da

série Entrevistas Estadão,

disse que a presença da ex-

ministra do Meio Ambiente na

campanha é importante:

"Para quem se preocupa com

meio ambiente é uma coisa

boa a Marina ser candidata".

Amanhã é a vez de Pastor

Everaldo, do PSC, ser

entrevistado, e na sexta-

feira, Luciana Genro, do PSol.

Os outros candidatos serão

entrevistados nas

semanas seguintes.

Eduardo Jorge ainda

afirmou que mantém a sua

proposta de fusão das duas

casas parlamentares do

Brasil, o Senado e a Câmara.

Segundo ele, essa seria uma

das medidas para mudar a

forma de fazer política no

País, assim como o

fortalecimento dos

municípios no foco das

políticas públicas. O

candidato verde também

reafirmou, como está no seu

programa de governo, reduzir

de 39 para 14 os ministérios

do governo federal se eleito.

E criticou as regalias que os

políticos têm hoje: "Cada vez

mais o político se afasta do

povo com suas mordomias.

Isso tem que acabar, porque

atrapalha. Para quê deputado

precisa de tantos assessores

como hoje? Ele precisa é

estudar, porque a maioria

não estuda, não sabe quais

são os projetos mais

importantes".

Eduardo Jorge ainda

reclamou da situação dos

homens públicos atualmente,

que, segundo ele, fizeram da

política uma espécie de

carreira. "Política não é

profissão. Política no Brasil

virou negócio." (EC)

Bruno Olivieri/BrazilPhotoPress/EC

Eduardo Jorge (PV) em sabatina no Estadão: "Política não é profissão. Política no Brasil virou negócio".

Aécio:'2º turno écer teza'.

Ocandidato à Presidên-

cia da República da Co-

ligação Muda Brasil,

Aécio Neves (PSDB), afirmou

ontem que o 2º turno na corri-

da presidencial agora é uma

certeza. O resultado da pri-

meira pesquisa Datafolha

após a morte de Eduardo Cam-

pos (PSB) mostra a entrada de

Marina Silva (PSB) na disputa

com 21% das intenções de vo-

tos. Amanhã, ela deve ser con-

firmada como substituta do

ex - g o v e rn a d o r.

Segundo ele, o quadro mu-

dou, apesar de o resultado do

Datafolha ter sido "absoluta-

mente" esperado. Ele acredita

que haja um certo açodamen-

to nas previsões para o futuro.

Ontem, Aécio esteve na Co-

munidade Santa Marta, em

Botafogo, no Rio de Janeiro.

O coordenador-geral de sua

campanha, o senador Agripi-

no Maia (DEM-RN), afirmou

ontem que o resultado da pes-

quisa Datafolha não vai mudar

a estratégia de atuação da

candidatura. O levantamento

aponta Marina em empate

técnico com Aécio, respecti-

vamente 21% a 20%, e a can-

didata à reeleição Dilma Rous-

seff na dianteira com 36%.

"A pesquisa foi feita sobre o

impacto da emoção e, por is-

so, acho que não há nenhuma

razão para a campanha de Aé-

cio mudar a sua estratégia".

Para Agripino, o que está

"cristalizado" com a sonda-

gem é que a eleição presiden-

cial vai ter 2º turno, ao contrá-

rio do que o PT pretendia.

Questionado sobre o fato de

a vantagem de Dilma para Aé-

cio no 2º turno também ter au-

mentado em relação ao último

levantamento (ela subiu de

44% para 47% e ele oscilou de

40% para 39%), Agripino disse

que o resultado também é "pro-

duto da emoção" e não preocu-

pa. "O quadro eleitoral foi rede-

senhado e vamos enfrentá-lo

dentro desse novo desenho".

Ele ressalvou que Marina é uma

ex-candidata que tem recall

(lembrança do nome) e que a

pesquisa não data das véspe-

ras do 1º turno. (EC)

Page 6: Diário do Comércio - 19/08/2014

6 DIÁRIO DO COMÉRCIO terça-feira, 19 de agosto de 2014

Fica tranquilo, Dudu, teremos a sua coragem para mudar o Brasil.Renata Campos, viúva do candidato Eduardo Campos (PSB-PE).

Renata se coloca à disposição do PSBSem mencionar Marina, viúva de Campos diz que terá de participar por dois nesta campanha e já atua como cabo eleitoral da chapa majoritária do PSB em Pernambuco.

Em seu primeiro pro-

nunciamento público

após a morte do mari-

do, Eduardo Campos

(PSB), Renata Campos leu

uma curta carta ontem afir-

mando que a família não vai

desistir do Brasil e se colocan-

do à disposição do partido na

disputa em Pernambuco. "Fica

tranquilo, Dudu, teremos a

sua coragem para mudar o

Brasil. Não desistiremos do

Brasil. É aqui que cuidaremos

dos nossos filhos", disse, sen-

do bastante aplaudida pelo

público que a acompanhava.

O nome de Marina Silva

(PSB), apontado para assumir

a candidatura à Presidência

no lugar de Eduardo Campos,

não foi lembrado em momen-

to algum . Renata também não

mencionou a possibilidade de

ser vice de Marina na chapa.

O encontro, convocado por

ela mesma, foi interpretado

como uma demonstração de

que ela assume a responsabi-

lidade em dar continuidade ao

projeto político do marido.

Logo no início do discurso,

Renata disse ter a sensação de

que terá de participar "por

dois" nesta campanha. E falou

da importância da eleição dos

candidatos da chapa majori-

tária do PSB em Pernambuco –

com Paulo Câmara para o go-

verno e Fernando Bezerra pa-

ra o Senado –, além da turma

dos candidatos para as cadei-

ras de deputados federais e

estaduais no Estado.

Renata convocou o encon-

tro com lideranças e militância

de todos os partidos da Frente

Popular de Pernambuco. Ela

chegou à casa de eventos Blue

Angel, no bairro do Derby, no

Recife, com duas horas de

atraso, acompanhada dos cin-

co filhos –Maria Eduarda, João,

Pedro, José e Miguel.

Antes de falar, ouviu os dis-

cursos das principais de lide-

ranças. Na carta lida, Renata

disse que estava lá com os fi-

lhos para se colocar à disposi-

ção dos candidatos da Frente

Popular. "Nós estamos aqui

para deixar essa mensagem",

disse. Pesquisa Datafolha di-

vulgada na semana passada,

mostra Paulo Câmara em 2º

lugar (13%), atrás de Arman-

do Monteiro Neto (47%).

"Depois da tragédia, lembro

que perguntaram: 'O que fare-

mos?' Mantém tudo como ele

queria! Como participei a vida

toda, não terá diferença nes-

sa. Tenho a sensação que te-

nho de participar por dois. Foi

da vontade dele de eleger Pau-

lo, Raul e Fernando", declarou.

"Estou aqui com meus filhos

para dizer que Paulo, Raul e

Fernando contem com a gen-

te", disse Renata.

No fim, o público cantou os

parabéns para a aniversarian-

te, que completou 47 anos on-

tem. Renata deixou o local

sem falar com a imprensa.

FUTUROSegundo integrantes da cú-

pula do PSB, é possível que Re-

nata chame para si a missão

de compor a chapa presiden-

cial. Fi l iada ao PSB desde

1991, ela está apta para con-

correr nas eleições deste ano,

já que a legislação eleitoral de-

termina que servidores públi-

cos devem se afastar de suas

funções com no mínimo três

meses de antecedência caso

desejem se candidatar e ela

está oficialmente de licença -

maternidade do Tribunal de

Contas do Ceará desde o dia 7

de abril deste ano.

Uma segunda hipótese é

que Renata se dedique à cria-

ção dos filhos e apenas indique

a preferência por algum nome

que, mesmo não estando entre

os defendidos pela cúpula do

PSB, ganhará força no cenário

nacional. Outra possibilidade é

que ela trate apenas da eleição

local evocando a imagem do

marido para angariar votos.

(Agências)

André Coelho/Agência O Globo

Renata Campos, viúva de Eduardo Campos, com o candidato ao governo de Pernambuco Paulo Câmara, ontem em manifestação de apoio aos candidatos do PSB local.

PSB tenta garantir aliançasMarina será pressionada a concordar com acordos

OPSB está preparando

uma espécie de "in-

ventário" de campa-

nha para entregar hoje à pos-

sível candidata à Presidência

Marina Silva, que deve ser

confirmada amanhã. A ideia

do presidente do partido, Ro-

berto Amaral, é mostrar a Ma-

rina os acordos firmados pelo

candidato Eduardo Campos e

o andamento até mesmo das

finanças da campanha para

conhecimento dela.

O documento está sendo

elaborado pela deputada Lui-

za Erundina (SP) e pela sena-

dora Lídice da Mata (BA).

" É uma espécie de inventá-

rio dos compromissos assumi-

dos por Eduardo com os eleito-

res, com os outros partidos e

com os próprios candidatos do

PSB. É para que ela tenha co-

nhecimento do que está acon-

tecendo. Vamos relatar, inclu-

sive, o quadro financeiro", dis-

se um dirigente nacional da le-

g e n d a . S e g u n d o e s s e

dirigente do PSB, Marina terá

de concordar em pagar as des-

pesas de campanha dos parti-

dos que compõem a aliança,

entre eles PSL, PHS, PRP e PPL.

Marina terá também que assu-

mir os acordos fechados por

Campos nos estados.

RENATA LÍDER DO PSBO presidente nacional do

PSB, Roberto Amaral, disse

ontem que a viúva de Eduardo

Campos, Renata Campos, se

transformou na maior lideran-

ça do partido.

"Depois de Miguel Arraes e

Eduardo Campos, a maior lide-

rança do partido é Renata",

afirmou, na abertura do en-

contro de partidos da aliança

do candidato ao governo de

Pernambuco, Paulo Câmara

(PSB). Os cerca de 5 mil pre-

sentes começaram a gritar em

seguida: "Renata vice".

"Temos que seguir o desejo

de Eduardo e eleger o presi-

dente, o vice-presidente e o

governador do estado", afir-

mou emocionado.

No domingo, políticos do

PSB comentavam que, passa-

do o enterro, todos os olhos se

voltarão para Renata, cuja opi-

nião será fundamental na es-

colha do candidato a vice que

vai compor a chapa presiden-

cial, que será encabeçada por

Marina Silva.

IMAGEM DE EDUARDOA coligação liderada pelo

PSB na eleição para o governo

de Pernambuco ingressou on-

tem no Tribunal de Justiça do

Estado com uma ação caute-

lar para impedir os candidatos

adversários de levarem ao ho-

rário eleitoral imagens de

Eduardo Campos.

"Horário eleitoral não é lu-

gar de fazer homenagem.

Quem quer fazerem homena-

gem paga anúncio no jornal,

escreve um artigo", afirmou o

presidente do PSB de Pernam-

buco, Sileno Guedes.

Hoje, início do horário elei-

toral, o PSB usará seu tempo

em homenagens. (Agências)

Márcio Fernandes/Estadão Conteúdo

Renata e filhos, ontem no Recife, em ato político para o PSB-PE.

Evangélicos tendem para MarinaVoto evangélico (20% do eleitorado brasileiro) pode migrar para ex-ministra.

Apossível volta da

ex-senadora Marina

Silva (PSB/Rede) ao

protagonismo da disputa

eleitoral pode alterar os

rumos do voto evangélico nas

eleições de outubro. As

principais lideranças

evangélicas avaliam que, ao

herdar a vaga do ex-

governador Eduardo Campos

(PSB), morto em acidente

aéreo na última quarta-feira

em Santos, Marina tirará

votos da presidente Dilma

Rousseff (PT) e do Pastor

Everaldo (PSC) os principais

candidatos dos eleitores

evangélicos. Segundo o

Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatística

(IBGE), os evangélicos

representam 20% do

eleitorado brasileiro.

"A gente vê com bons olhos

o retorno de Marina como

protagonista nesta eleição.

Lamentamos profundamente

a perda trágica do ex-

governador Eduardo

Campos, que víamos como

grande promessa, mas não

podemos deixar de reavaliar

o novo cenário. Ainda não

tínhamos fechado um nome

formal, mas havia uma

tendência a anunciar o apoio

ao Pastor Everaldo, que

defende publicamente nossa

agenda. A volta da Marina

tem que ser analisada, pois

há uma identificação natural

dos evangélicos com o seu

nome, mas há questões

pendentes que ela deve se

posicionar", afirmou o

presidente do Conselho

Político das Assembleias de

Deus, pastor Lelis

Washigton Marinhos.

Antes do acidente, as

maiores igrejas evangélicas

do Brasil– Assembleia de

Deus, Universal e Mundial do

Poder de Deus – já tinham

definido os seus candidatos

na disputa presidencial. A

Igreja Universal do Reino de

Deus (Iurd), comandada pelo

bispo Edir Macedo, tende a

apoiar a presidente Dilma

Rousseff (PT). Recentemente,

Dilma esteve ao lado de

Macedo na inauguração do

Templo de Salomão, em SP.

As Assembleias de Deus do

ramo Madureira, presididas

pelo bispo Manoel Ferreira, a

do ministério Belém, do

pastor José Wellington, assim

como a Vitória em Cristo, de

Silas Malafaia, caminhavam

para apoiar o presidenciável

do PSC, Pastor Everaldo.

"A posição só será adotada

depois de nova consulta às

lideranças da Assembleia de

Deus. Temos um novo cenário

e todos teremos que nos

posicionar novamente",

afirmou Lelis.

Os líderes evangélicos

defendem, unanimemente,

uma posição mais clara de

Marina e seu grupo político.

Eles querem um

compromisso contra a

legalização das drogas,

casamento gay e aborto.

Marina não pediu nem teve

o apoio formal dos

evangélicos em 2010.

Dificilmente o terá agora. ( AG )

Marina Silva vaiter que seposicionar

claramente sobrequestões

pendentes.

Ed Ferreira/Estadão Conteúdo - 06/08/2014

Page 7: Diário do Comércio - 19/08/2014

terça-feira, 19 de agosto de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 7

Muitos viam em Campos um provável futuro presidente – mas não este ano.Trecho do jornal britânico Financial Times

Marina deve se preparar para o embateEspecialistas avisam: adversários vão pegar pesado com Marina Silva. E aconselham: ela deve diminuir seu ‘fundamentalismo amazônico’ para garantir o 2º turno.

Victória Brotto

Se o início de agosto foi

trágico, o fim dele se-

rá difícil. Tanto para

Dilma Rousseff (PT) e

Aécio Neves (PSDB) como pa-

ra a ex-senadora e ex-ministra

do Meio Ambiente, Marina Sil-

va, provável candidata do PSB

após a morte de Eduardo Cam-

pos. Em pesquisa do Datafo-

lha divulgada ontem, a ex-se-

nadora aparece em empate

técnico – tanto com Aécio Ne-

ves no 1º turno (ela com 21% e

ele 20%) quanto com Dilma

Rousseff no 2º turno (ela com

47% e a petista com 43%), já

que a margem de erro é de dois

pontos porcentuais para mais

ou para menos.

"Marina vai levar muita pan-

cada agora porque ela tira Aé-

cio do 1º turno e pode tirar Dil-

ma no 2º", afirma o historiador

e professor de Ciências So-

ciais da UFSCar, Marco Antô-

nio Villa. "Pancada vem, a

questão é: quem vai bater pri-

meiro?", acrescenta o profes-

sor de Filosofia Política da Uni-

camp, Roberto Romano.

Segundo ele, Dilma não po-

derá ser tão ferrenha com Ma-

rina porque, num 2º turno, te-

rá que disputar os eleitores

que preferiram a ex-senadora

ao tucano Aécio.

PRIMEIRO GOLPEPara Glauco Peres, doutor

em Ciência Política pela USP,

quem vai bater primeiro em

Marina será Aécio . "É emer-

gencial para Aécio porque ele

precisa garantir o 2º turno",

aposta. "Já Dilma prefere ba-

ter no tucano, porque o des-

gaste batendo em Marina se-

ria muito grande e ela não

quer um índice de rejeição

maior do que o que ela já tem",

a c re s c e n t a .

Roberto Romano, da Uni-

camp, diz que tanto tucanos

quanto petistas irão desquali-

ficar a capacidade de Marina

de governar, tática que ele

classifica como "desleal". "Fa-

lar que alguém não tem capa-

cidade de governar por nunca

ter tido cargo público mostra

que você não quer renovação

política", sustenta o professor.

RAZÃO X EMOÇÃOA boa colocação de Marina

no Datafolha chegou a ser re-

lacionada com a emoção po-

pular após a morte trágica de

seu antecessor, Eduardo

Campos, e vista como uma es-

pécie de compensação. Mas,

para os especialistas ouvidos

pelo DC, a emoção pouco tem

a ver com o resultado das in-

tenções de voto.

"Claro que houve uma supe-

rexposição de Marina desde

quarta-feira, há um lado emo-

cional forte, mas deve ser le-

vado em consideração que ela

já tinha 27% dos votos na pes-

quisa feita antes dela se tornar

vice de Campos", lembra Villa.

"Digamos que a emoção é um

acréscimo, até porque ela é

bastante conhecida de longa

data, teve votação expressiva

em 2010", afirma Romano.

DESAFIOSMarina Silva saiu abrupta-

mente do PT após ter sido mi-

nistra do Meio Ambiente, dis-

cordou veementemente do

Código Florestal por entender

que o texto favorecia o agro-

negócio e, dissonante de to-

dos os partidos políticos, ten-

tou criar o seu –"à sua imagem

e semelhança", na definição

do atual candidato à Presidên-

cia da República pelo PV ,

Eduardo Jorge (partido no qual

Marina conquistou quase 20

milhões de votos em 2010).

"Ela vai ter que pesar muito

cada fala, cada gesto. Se ela

acentuar muito os seus pró-

prios valores, suas próprias

doutrinas, ela pode contrariar

a vontade do PSB e perder for-

ça", diz Romano.

Para o cientista político da

USP, a economia não será pro-

blema para Marina Silva, que

terá ajuda de assessores mais

liberais, como Eduardo Gian-

netti da Fonseca, mas sim a

maneira como colocará seu

discurso ambiental, como li-

dará com o agronegócio e co-

mo convencerá o eleitor de

sua moderação.

"O grande problema é ser

convincente. O Código Flores-

tal, por exemplo, que ela foi

contra, como agora vai desdi-

zer? E mesmo que diga o con-

trário, as pessoas vão acredi-

tar nisso?", questiona Glauco

Peres da Silva, da USP.

ALIANÇASCosturar alianças difíceis de

engolir será uma das maiores

provas de fogo de Marina Sil-

va. "Manter a aliança feita por

Campos com Geraldo Alckmin

e ver Marina subindo no palan-

que ao lado do tucano vai ser

difícil", afirma Glauco.

A ex-senadora, antes de

Eduardo Campos anunciar ofi-

cialmente sua aliança com o

tucanato paulista, afirmou

que não queria de nenhuma

forma uma aliança com Alck-

min. Mas, pouco depois, Cam-

pos fechou apoio e, Marina,

contrariada, não permitiu que

sua imagem fosse impressa

em santinhos da dobradinha

Alckmin-Campos nem partici-

pou de ações de campanha

com Márcio França (PSB), vice

de Alckmin. "São 30 milhões

de votos, ela não pode despre-

zar", afirma Roberto Romano

sobre o eleitorado em São Pau-

lo que vota, majoritarimente,

no tucano. "Se Aécio conse-

guir colar sua candidatura na

do Alckmin, ele vai se dar

bem", acrescenta Marco Antô-

nio Villa, da UFSCar.

Outras alianças que Marina

precisa manter, segundo eles,

são a com o PROS, no Rio de Ja-

neiro, com o PHS, em Minas

Gerais, e apoiar o PSB em Per-

nambuco. "Ela não pode dei-

xar de fazer alianças como es-

sas, pode tentar mudar alguns

termos se mostrando uma

candidata viável de ser eleita,

mas não sei qual é o limite, ela

não pode impor muito", afirma

Glauco, que questiona se as

alianças costuradas por Cam-

pos ficarão como estavam.

Patrícia Cruz/LUZ - 09\09/2010

Roberto Romano

Aliança não mudaAlckmin diz que aliança com PSB em SP continua

Renato S. Cerqueira/FuturaPress/EC

Alckmin conversa com irmãs funcionárias públicas

Ogovernador de São

Paulo e candidato à

reeleição, Geraldo Alckmin

(PSDB), disse ontem que a

aliança com o PSB não será

alterada após a morte do

presidenciável Eduardo

Campos e uma eventual

substituição por Marina

Silva na cabeça de

chapa nacional.

"Temos em São Paulo

coligação com o PSB e ela

não se altera", disse ele,

após participar de entrega

de ambulâncias ao Corpo

de Bombeiros, no centro da

capital paulista.

O candidato a vice-

governador do tucano é o

deputado federal Márcio

França (PSB). Marina

sempre foi contrária à

aliança com os tucanos e

estava disposta a não

dividir o palanque em São

Paulo. Questionado se

acredita na possibilidade

de Marina o apoiar, ele

desconversou: "Sempre

respeitei e tive admiração

pela Marina. É importante

que o sonho, o legado e a

esperança de Eduardo

Campos continuem".

Sobre a possibilidade de

dividir palanque com

Marina, caso ela o apoie,

Alckmin disse que o PSDB

tem o seu candidato à

Presidência, Aécio Neves

(PSDB), e o PSB terá o seu.

"Eu ficaria muito honrado

(em caso de apoio de

Marina). Mas cada partido

faz a sua campanha." (EC)

FTimes fala em 'todos contra Dilma'Jornal britânico afirma que entrada de Marina muda o provável destino do Brasil

Editorial do jornal

britânico Financial Timespublicado ontem

defende que morte de

Eduardo Campos "não é

apenas trágica". "A morte

muda a dinâmica de uma

eleição disputada e, com isso,

muda o provável destino da

segunda maior economia

emergente do mundo".

O jornal exalta que a

competitividade de Marina

Silva ameaça Dilma Rousseff

e Aécio Neves e a ex-ministra

pode causar um movimento

do voto "todos contra Dilma

Rousseff" no 2º turno.

No editorial "Brasil após a

morte de Campos", o jornal

diz que a campanha

presidencial parecia "uma

corrida de dois cavalos" até a

semana passada. "A trágica

morte de Campos, no

entanto, já transformou a

eleição em uma corrida de

três cavalos". O FT diz que a

ainda não oficializada

entrada de Marina Silva muda

a disputa porque ela pode

exercer influência a ponto de

determinar o vencedor ou até

mesmo ser bem-sucedida e

vencer as eleições.

"Marina Silva tem índices

de aprovação mais elevados

do que Aécio Neves. A partir

de agora, Neves deve fazer

uma campanha em duas

frentes", diz o jornal,

aconselhando o tucano a

correr para tentar diminuir a

vantagem de Dilma e, ao

mesmo tempo, não perder

Marina Silva de vista.

O FT defende ainda que

Dilma também será

prejudicada. "Embora Marina

acredite em algumas

medidas favoráveis ao

mercado, como um banco

central independente, Dilma

não pode acusá-la de ser um

'neoliberal indiferente' como

ela faz com Neves".

O FT prevê então que

Marina poderia, "gerar um

voto de 'todos contra Dilma'".

"A eleição do Brasil, que já era

muito disputada, está prestes

a ficar mais ainda quente." O

jornal britânico enaltece as

qualidades de Campos, que

teria sido "literalmente, o

menino de olhos azuis da

política brasileira. Muitos

viam o político de 49 anos

como um provável futuro

presidente – mas não este

ano", diz, sugerindo que

Campos poderia ele chegar

ao Planalto em 2018.

(Estadão Conteúdo)

Datafolha acende luz amarelaA primeira pesquisa que inclui o provável cenário de Marina Silva (PSB)no lugar de Eduardo Campos foi divulgada ontem pelo Datafolha.Dilma Rousseff (PT) tem 36% das intenções de voto para presidente,seguida de Marina, com 21%, e Aécio Neves (PSDB), com 20%. Nolevantamento anterior, realizado nos dias 15/07 e 16/07, Dilma tinha36%, Aécio, 20%, e Campos, 8%. O percentual de entrevistados quedisseram não saber em quem votar ou que não responderam foi de 14%em julho e agora 9%. Brancos e nulos eram 13%. Agora são 8%. Se aeleição fosse hoje, haveria 2º turno: Dilma teria 36% contra 46% da

soma dos demais candidatos. Na pesquisa anterior, Dilma tinha 36%contra 36% dos demais, o que indicava incerteza de haver 2º turno.Se for confirmada candidata do PSB no lugar de Campos, Marina largaa campanha em situação de empate técnico com Aécio no 1º turno,dentro da margem de erro, de dois pontos percentuais, para cima oupara baixo. E também em situação de empate técnico com Dilma nasimulação de 2º turno: ela com 47% e a presidente com 43%.O Datafolha ouviu 2.843 eleitores em 176 municípios nos dias14/08 e 15/08. O nível de confiança da pesquisa é de 95%.

Page 8: Diário do Comércio - 19/08/2014

8 DIÁRIO DO COMÉRCIO terça-feira, 19 de agosto de 2014

Parar o agressor injusto é legítimo.Papa Francisco

EstadoIslâmicoameaçacidadãosdos EUA

Bombardeados no Iraque, militantes sunitasdizem que irão 'afogar todos em sangue'.

Ogrupo militante Es-

tado Islâmico, que

ocupou várias par-

t e s d o I r a q u e e

atraiu os primeiros ataques

aéreos norte-americanos des-

de o final da ocupação em

2011, alertou os Estados Uni-

dos que irá atacar seus cida-

dãos “em qualquer lugar” se

os bombardeios atingirem

seus militantes. Ontem, o pre-

sidente Barack Obama disse

que as forças norte-america-

nas vão manter as operações

militares no norte do Iraque

como parte de uma estratégia

"a longo prazo".

Os ataques aéreos dos EUA

no norte iraquiano ajudaram

forças curdas e iraquianas a

recuperar parte dos territórios

capturados pelos militantes

islâmicos. Ontem, oficiais cur-

dos disseram ter recuperado o

controle da represa de Mosul,

a maior do país, das mãos dos

militantes radicais.

Ameaçado, o Estado Islâmi-

co divulgou um vídeo ontem

que mostra uma foto de um

norte-americano decapitado

durante a presença dos EUA

no Iraque e de vítimas de fran-

co-atiradores. As imagens

contêm uma declaração em

inglês que diz “iremos afogar

todos vocês em sangue”.

A mais recente ofensiva do

Estado Islâmico, uma dissidên-

cia da Al-Qaeda, obrigou milha-

res de pessoas da minoria étni-

ca yazidi e de cristãos a fugir,

alarmando o governo de Bagdá

e seus aliados ocidentais.

Ao contrário da Al-Qaeda,

até agora o Estado Islâmico se

concentrou em tomar terras

no Iraque e na Síria para seu

autoproclamado califado, e

não em atentados espetacu-

lares contra alvos ocidentais.

Obama declarou que o Esta-

do Islâmico representa uma

ameaça ao Iraque e a toda a re-

gião, mas descartou aprofun-

dar o envolvimento militar do

seu país no Iraque.

O presidente está convenci-

do de que não permitirá que os

EUA repitam a guerra no Ira-

que iniciada por seu anteces-

sor, George W. Bush, e disse

que os iraquianos não devem

se acomodar com sua decisão

de empregar ataques aéreos

contra os extremistas.

"Não pensem que, por ter-

mos feito ataques aéreos para

proteger nosso pessoal, é hora

de tirar o pé do acelerador e vol-

tar ao mesmo tipo de desarran-

jo que enfraqueceu tanto o país

de forma geral”, alertou.

Obama previu que se um

governo iraquiano for forma-

do rapidamente, vários gover-

nos da região e do mundo es-

tariam preparados para am-

pliar sua assistência.

“Eles têm que fazer isso, por-

que o lobo está batendo à porta,

e para que tenham credibilida-

de com o povo iraquiano, têm

que deixar para trás algumas

das velhas práticas e criar um

governo unido”, disse.

Obstáculos - A criação do no-

vo governo iraquiano é uma

tarefa difícil. O vice-premiê

curdo do I raque, Rowsch

Shaways, acusou ontem o pri-

meiro-ministro interino, Hai-

dar al-Abadi, de tentar impedir

o envio de armas dos EUA e da

Europa para os curdos.

"Os primeiros sinais são ne-

gativos", disse Shaways, ao

responder se o novo governo

era melhor que o anterior, de

Nuri al-Maliki, ao jornal O Esta-do de S. Paulo'. "Ainda não senti

nenhuma diferença."

Uma das maiores queixas

dos curdos em relação ao go-

verno de Maliki, que é do mes-

mo partido de Abadi, o xiita

Dawa, era a sua recusa de re-

passar parte do armamento

dos EUA, assim como uma fatia

do orçamento de defesa.

Apoio - O papa Francisco en-

dossou ontem uma interven-

ção no Iraque para impedir que

militantes sunitas continuem

atacando minorias religiosas

no país. No entanto, ele afirmou

que a comunidade internacio-

nal - e não apenas um país - de-

ve decidir como intervir.

"Nesses casos, em que há

uma agressão injusta, posso di-

zer somente que é legítimo in-

terromper o agressor injusto",

disse o pontífice a jornalistas a

bordo de um avião, no retorno

de sua viagem à Coreia do Sul,

em resposta a uma pergunta

sobre os ataques dos EUA.

O papa afirmou que não esta-

va dando sinal verde para bom-

bardeios e guerra, mas que a si-

tuação era grave e a comunida-

de internacional tinha que res-

ponder de maneira unida.

"Eu destaco o verbo 'inter-

romper'. Não estou dizendo

'bombardeie' ou 'faça guerra',

mas 'parem ele'. Os meios pe-

los quais ele pode ser parado

devem ser avaliados. Parar o

agressor injusto é legítimo",

disse Francisco.

O pontífice, que enviou co-

mo emissário ao norte do Ira-

que o cardeal Fernando Filoni,

indicou que "uma só nação

não pode julgar como se de-

tém uma agressão".

"Depois da Segunda Guerra

Mundial isto é um dever das

Nações Unidas", afirmou o pa-

pa, para lembrar como "tantas

vezes, com a desculpa de de-

ter os agressores, as potên-

cias se apropriaram dos povos

e real izaram verdadeiras

guerras de conquista".

O papa assegurou ainda que

estaria disposto a viajar ao nor-

te do Iraque para dar seu apoio

aos que sofrem.

"Há cristãos mártires, mas

também homens e mulheres

que sofrem e não só os cristãos,

e todos somos iguais perante

Deus", destacou. (Agências)

Youssef Boudlal/Reuters

Forças curdas(foto maior)

avançam coma ajuda de

Obama(acima). Papa

(à dir.) endossainter venção.

Larry Downing/Reuters

Míssil atinge refugiados na Ucrânia

AUcrânia acusou re-

beldes pró-Rússia

ontem de disparar

um foguete em um

comboio de ônibus com refu-

giados perto da cidade de

Luhansk, matando dezenas

de pessoas dentro dos veícu-

los em chamas, mas os sepa-

ratistas negaram responsabi-

lidade pelo episódio.

Forças do governo mantive-

ram a pressão sobre os sepa-

ratistas em combates no leste

da Ucrânia durante a madru-

gada desta segunda-feira (ho-

rário local), isolando ou recon-

quistando posições detidas

pelos rebeldes.

Um porta-voz ucraniano dis-

se que um míssil dos separatis-

tas causou diversas mortes, de

total ainda desconhecido.

“Um poderoso ataque de ar-

tilharia atingiu um comboio de

refugiados perto da área de

Khryashchuvatye e Novosvi-

tlivka. A força do impacto no

comboio foi tão forte que as

pessoas queimaram vivas nos

v e íc u l o s”, disse o porta-voz

Anatoly Proshin ao canal ucra-

niano de TV 112.ua.

Um líder rebelde negou que

suas forças tenham a capacida-

de militar de conduzir tal ata-

que, e acusou o governo de ata-

car a área, inclusive com mís-

seis Grad, feitos na Rússia.

“Os próprios ucranianos

bombardeiam a rodovia cons-

tantemente com aviões e

Grads. Parece que agora eles

mataram mais civis, como

têm feito nos últimos meses.

Nós não temos a capacidade

de enviar Grads para aquele

territó rio”, disse Andrei Pur-

gin, vice-primeiro-ministro da

autodeclarada República Po-

pular de Donetsk.

Relatos sobre novos avan-

ços da campanha militar de

Kiev acontecem após o suces-

so de forças do governo no fim

de semana, quando tropas le-

vantaram a bandeira nacional

em Luhansk, uma cidade man-

tida por separatistas pró-Rús-

sia desde que o conflito se ini-

ciou, em abril.

A co r d o - Ontem, o ministro

russo das Relações Exteriores,

Sergei Lavrov, disse que as

questões acerca de um com-

boio humanitário enviado por

Moscou para ajudar as áreas

necessitadas no leste da Ucrâ-

nia haviam sido resolvidas du-

rante reunião realizada em Ber-

lim. No entanto, ele afirmou que

nenhum progresso foi alcança-

do sobre um cessar-fogo ou so-

lução política. (Reuters)

Alexander Demianchuk/Reuters

Jung Yeon-je/Reuters

Ucranianos fazem fila para entrar no refeitório de um campo de refugiados em Rostov, na Rússia.

Forças de Kiev e rebeldes trocam acusações sobre ataque a comboio que fugia de combates no leste do país

Page 9: Diário do Comércio - 19/08/2014

terça-feira, 19 de agosto de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 9

DIÁRIO DO COMÉRCIO:ONDE SEU NEGÓCIO ATINGE QUEM PRECISA!

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Meus direitos não são respeitados.Julian Assange, fundador do WikiLeaks.

Guarda Nacionalé enviada para

conter distúrbiosAutópsia revela que jovem de Ferguson morreu com dois tiros na cabeça

AGuarda Nacional e o

procurador-geral dos

Estados Unidos, Eric

Holder, foram envia-

dos a Ferguson, no Estado de

Missouri, na tentativa de con-

trolar os protestos contra o as-

sassinato do adolescente ne-

gro Michael Brown, morto a ti-

ros por um policial branco no

último dia 9.

A tensão nas ruas, porém,

ameaça se agravar novamen-

te, após a divulgação de uma

autópsia que mostra que o po-

licial atirou seis vezes no jo-

vem, que estava desarmado.

Segundo Daryl Parks, advo-

gado da família da vítima, a

trajetória de uma das balas in-

dica que Michael Brown, de 18

anos, pode ter estado prestes

a se abaixar e se render quan-

do foi atingido pelo tiro fatal.

Muitos detalhes da morte

permanecem obscuros, e nem

os policiais locais nem os fede-

rais divulgaram ainda seus pró-

prios relatórios da autópsia.

Parks apresentou os resul-

tados em uma entrevista cole-

tiva de imprensa mostrando

que uma bala atingiu Brown

“bem no topo da cabeça”e ou-

tra entrou por trás de sua ca-

beça e saiu perto de um olho.

“Sua cabeça estava em po-

sição rebaixada”, disse Parks.

“Dados esses fatos, este poli-

cial deveria ter sido preso.”

A família Brown e manifes-

tantes de todos os EUA têm pe-

dido a prisão do policial há

dias, mas a polícia afirmou que

Darren Wilson, de 28 anos, foi

colocado em licença depois da

morte do adolescente.

O procurador-geral Eric Hol-

der deve chegar a Ferguson

amanhã, quando se encontra-

rá com autoridades da Justiça

local. Holder autorizou recen-

temente uma nova autópsia

do corpo de Brown.

A ausência de uma prisão e

a relutância do departamento

de polícia em divulgar deta-

lhes do incidente levaram mi-

lhares de manifestantes às

ruas de Ferguson, subúrbio de

St. Louis cuja população é ma-

joritariamente negra.

Houve saques e vandalismo

na esteira dos protestos. Se-

gundo o presidente dos EUA,

Barack Obama, a maior parte

dos participantes do protesto

segue o ato pacificamente,

mas alertou que uma pequena

minoria estava desobedecen-

do à lei. Obama expressou sua

simpatia pelos sentimentos

de "paixão e raiva" impulsio-

nados pela morte de Brown,

mas disse que responder à dor

por meio de saques e ataques

à polícia apenas intensifica as

tensões e leva a mais caos.

O governador do Missouri,

Jay Nixon, convocou a Guarda

Nacional ontem para restabe-

lecer a calma, dizendo que ma-

nifestantes haviam lançado co-

quetéis molotov e atirado con-

tra a polícia, assim como contra

um civil, uma descrição que di-

verge de relatos de algumas

testemunhas oculares.

No sábado passado, Nixon

declarou estado de emergên-

cia na cidade e estabeleceu

um toque de recolher da meia

noite às 5h da manhã.

"Não usaremos um toque de

recolher nesta noite", disse Ni-

xon ontem em comunicado em

sua página na Internet.

Ao anoitecer de domingo,

centenas de manifestantes em

Ferguson, incluindo famílias

com crianças, fugiram após po-

liciais terem disparado gás la-

crimogêneo e bombas de fu-

maça para dispersar as pes-

soas antes do toque de recolher

entrar em vigor.

"As bombas de fumaça vie-

ram sem provocação", disse

Anthony Ellis, de 45 anos. "(O

protesto) foi l iderado por

crianças de bicicleta. De re-

pente você ouve 'Vão para ca-

sa, vão para casa!'"

A Patrulha Rodoviária de

Missouri alegou que os "agres-

sores" estavam tentando se

infiltrar em um posto de co-

mando da polícia. (Agências)

Lucas Jackson/Reuters - 17/08/14

Manifestantes levantam as mãos durante distúrbios em FergusonWhitney Curtis/The New York Times

Protestos pedem justiça

Assange:'Vou sair

em breve'.

Ofundador do website

WikiLeaks, Julian As-

sange, informou on-

tem, em Londres, que deixará

"em breve" a residência do

embaixador do Equador na ca-

pital britânica, onde está refu-

giado há dois anos para evitar

ser extraditado para a Suécia.

Na entrevista coletiva, o ativis-

ta que ajudou a revelar segre-

dos diplomáticos dos Estados

Unidos respondeu às especula-

ções feitas pela imprensa local

de que estaria sofrendo de pro-

blemas cardíacos e respirató-

rios, além de pressão alta.

"Eu deixarei a embaixada em

breve, mas talvez não pelas ra-

zões que os veículos de impren-

sa de (Rupert) Murdoch e a Sky

News estão dizendo", afirmou.

A Grã-Bretanha diz que não

vai recuar e que suas leis de-

vem ser seguidas, motivo pelo

qual Assange deve ser extradi-

tado à Suécia para enfrentar as

acusações de abuso sexual e

estupro, crimes negados por

ele. Assange pode ser preso se

deixar o prédio. (Agências)

John Stillwell/Reuters

Refúgio já dura dois anos

Mais uma chance à pazIsrael e palestinos ampliam cessar-fogo por mais 24 horas

Israelenses e palestinos

concordaram ontem em

ampliar a trégua na Faixa

de Gaza por mais 24 ho-

ras, informaram autoridades

dos dois lados em negociação,

minutos antes de um cessar-

fogo de cinco dias, mediado

pelo Egito, expirar à meia-noi-

te local (18h de Brasilía).

Uma autoridade palestina

próxima às conversas no Cairo

disse que a mais recente pror-

rogação dará aos dois lados

mais tempo "para completar

as negociações".

Em Gaza, uma autoridade

palestina afirmou que se che-

gou a um acordo em quase to-

dos os temas, incluindo a aber-

tura da passagem de Gaza pa-

ra possibilitar um fluxo maior

de bens e a ampliação dos limi-

tes no Mar Mediterrâneo.

Entre os temas ainda em de-

bate estão as exigências do Ha-

mas para abrir um porto e um

aeroporto, que Israel disse que

só irá discutir mais adiante,

além da libertação de presos

palestinos detidos pelos israe-

lenses, e a entrega dos restos

mortais de dois soldados de Is-

rael mortos em combate e de

posse do Hamas, afirmou uma

fonte palestina à Reuters.

O funcionário do Ministério

da Saúde de Gaza, Ashraf al-Ki-

dra, disse ontem que o número

de mortos em decorrência dos

confrontos ultrapassou 2 mil

palestinos, a maioria civis, en-

quanto autoridades da Organi-

zação das Nações Unidas

(ONU), que geralmente levam

mais tempo para verificar os

dados, colocaram o número em

1.976. Do lado israelense, 64

soldados e três civis foram mor-

tos durante os confrontos que

duraram cinco semanas.

Golpe - A Agência de Segu-

rança de Israel informou ontem

que houve uma tentativa frus-

trada do Hamas na Cisjordânia

de derrubar o presidente da Au-

toridade Nacional Palestina

(ANP), Mahmoud Abbas, sem

dar muitos detalhes.

Segundo a agência, o plano

foi arquitetado por Salah Arouri,

funcionário do Hamas que ope-

ra na Turquia. A ideia era criar

células nas principais cidades

da Cisjordânia. As informações

da tentativa de golpe foram ob-

tidas por meio de depoimentos

de membros do Hamas presos

nos últimos meses. (Agências)

Ibraheem Abu Mustafa/Reuters

Mulher palestina caminha diante de casas supostamente destruídas pela ofensiva israelense em Gaza

Page 10: Diário do Comércio - 19/08/2014

10 DIÁRIO DO COMÉRCIO terça-feira, 19 de agosto de 2014

Brasil em alerta contra o vírus ebolaAgência Nacional de Vigilância Sanitária controla portos e aeroportos para evitar a entrada da doença no País. Voos vindos da África recebem atenção redobrada.

Ricardo Osman

As atenções das auto-

ridades sanitárias

brasileiras estão vol-

tadas no momento

para quatro países africanos,

Serra Leoa, Nigéria, Libéria e

Guiné, todos na costa oeste

desse continente. Serra Leoa

está a apenas três mil quilôme-

tros do Nordeste brasileiro. To-

dos os quatro estão a menos de

10 horas de voo de São Paulo.

Nos últimos cinco meses,

segundo o boletim da Organi-

zação Mund ia l da Saúde

(OMS), esses países enfren-

tam a pior epidemia de ebola

desde 1976, quando essa

doença altamente contagiosa

e conhecida como febre he-

morrágica foi registrada pela

primeira vez na África.

Causada por um vírus que

pouca chance dá às suas víti-

mas, a doença em 2014 já cau-

sou 1.145 mortes: 413 na Li-

béria, 380 na Guiné, 348 em

Serra Leoa e 4 na Nigéria.

Diante desta realidade, a

Agência Nacional de Vigilân-

cia Sanitária (Anvisa), orgão

do Ministério da Saúde, emitiu

nota declarando que, em rela-

ção ao surto de ebola na África,

sua área de portos, aeroportos

e fronteiras no País se "man-

tém em estado de alerta para

eventos de saúde relaciona-

dos a viajantes".

O receio das autoridades sa-

nitárias é de que alguém, ou

algum animal, contaminado

com o vírus ebola possa de-

sembarcar por aqui e, ainda

sem sintomas, passar desper-

cebido na alfândega – a trans-

missão do vírus ocorre por

meio de contato com fluidos

corporais do doente, com o

sangue, a urina ou as fezes.

"Cumpre ressaltar que a vi-

gilância de passageiros e car-

gas nos aeroportos e portos é

uma rotina da Anvisa. Neste

período (os últimos meses de20 14 ), foram incorporados

itens de verificação específico

para o ebola que incluem a

checagem da origem e o qua-

dro de saúde do viajante", diz

a nota das autoridades. O bo-

letim acrescenta: "A Anvisa

também definiu procedimen-

tos padrões para os casos sus-

peitos que inclui o isolamento

do paciente e a remoção pelo

Samu por equipes com treina-

mento específico."

Emílio Ribas – No caso, por

exemplo, de algum viajante

com sinais da doença desem-

barcar no Aeroporto Interna-

cional de Guarulhos, na Gran-

de São Paulo, o hospital de re-

ferência para o caso é o Institu-

to de Infecto logia Emí l io

Ribas, localizado na Avenida

Doutor Arnaldo. O paciente

tem de ser imediatamente iso-

l a d o.

"Se os sinais e sintomas,

bem como o histórico de expo-

sição à doença nos países afe-

tados, estiverem de acordo

com a definição de caso sus-

peito, o viajante deve ser isola-

do em hospital específico para

evitar a transmissão do vírus",

ordena a Anvisa. Os ambientes

e roupas que tiveram contato

com o paciente deverão ser

descontaminados e descarta-

dos, respectivamente.

Maranhão–Nos últimos dias,

o Ministério da Saúde precisou

agir com rapidez não em ações

de prevenção, mas para des-

mentir boatos de que o vírus

ebola já teria chegado ao Brasil.

Haveria um paciente, um nige-

riano, em São Luís, capital do

Maranhão. A informação foi di-

vulgada em redes sociais.

"Com relação aos boatos

que estão circulando nas re-

des sociais e por meio do apli-

cativo Whatsapp sobre ebola,

o Ministério da Saúde esclare-

ce que não há caso suspeito ou

confirmado da doença no Bra-

sil", diz esse comunicado pos-

tado no site do ministério.

"Vale ressaltar que o risco

de transmissão para o País é

considerado baixo... A Organi-

zação Mund ia l de Saúde

(OMS) não recomenda quais-

quer medidas que restrinjam o

comércio ou o fluxo de pes-

soas com os países afetados."

Enquanto isso, especialistas

de vários países tentam con-

ter a epidemia na África.

Luc Gnago/Reuters

Tropas nas ruas: comboio de soldados das Nações Unidas em Abidjan, capital da Costa do Marfim, país vizinho da Guiné e da Libéria.

Sintomas semelhantes à dengueO início é de febre e dores, mas logo vêm as hemorragias. O vírus ebola mata 90% das vítimas.

Cynthia Goldsmith/EFE

O terrível vilão: imagem ampliada do vírus ebola.

Febre, dores muscula-

res e de cabeça, são

alguns dos sintomas

do ebola. Alguma

coisa familiar? Sim, com a

dengue (outra doença trans-

mitida por vírus, por meio do

mosquito). Mas o ebola logo

mostra ser uma doença terrí-

vel para suas vítimas: he-

morragias ininterruptas le-

vam o paciente a morte em

90% dos casos. Nos últimos

meses, até médico especia-

lizado no combate à epide-

mia morreu na África.

O vírus ebola não existe na

natureza no Brasil. Não há

registro. Em termos mun-

diais, a presença do vírus es-

tá restrita, no momento, a re-

giões do continente africa-

no. Os primeiros estudos epi-

demiológicos apontam que

o vírus teria um reservatório

natural em animais, como o

macaco e o morcego. Estes

bichos seriam portadores da

doença e fonte de infecção

para os humanos, por meio

de suas secreções (sangue e

urina, por exemplo).

Zoonose –Neste sentido, a

primeira característica do

ebola é de uma zoonose

(doença transmitida pelos

animais aos homens) e lem-

bra uma conhecida no Brasil:

a raiva, cujo vírus é encon-

trado normalmente em mor-

cegos que vivem na nature-

za. Os morcegos são fonte de

infecção da raiva para os ca-

chorros e os gatos , por

exemplo. Mas há vacina, que

é obrigatória para todos os

cães e gatos no Brasil.

Tratamento – Mas para o

ebola não há vacina e o trata-

mento ainda é controverso.

Há uma droga sendo usada

em caráter experimental, o

ZMapp. Pior: há risco de con-

tágio da doença se houver

contato com os corpos de

suas vítimas. Portanto, até

os enterros são cercados de

cuidados. Tudo exacerba o

preconceito contra os doen-

tes do ebola na África. (R .O.)

Mãe inventa aplicativo para nãoser ignorada pelo filho no celular

Cansada de ter

seus telefo-

nemas ig-

norados pelos fi-

lhos, a norte-ameri-

cana Sharon Standifird,

de Houston, no estado ameri-

cano do Texas, resolveu agir.

Em vez de dar broncas ou

ameaçar com castigos e

punições, ela inovou: criou

um aplicativo que obriga as

crianças a atenderem ou res-

ponderem as chamadas do te-

lefone celular.

Chamado Ignore No More, o

app bloqueia o aparelho remo-

tamente se o filho resolver ig-

norar os chamados dos pais.

Além de chamadas, o dono do

aparelho – o filho rebelde ou

espertinho – também fica im-

pedido de navegar na internet

e, por consequência, nas re-

des sociais, como o Facebook.

"Quando você bloqueia o

telefone dos seus filhos com

Ignore No More, eles só têm

duas opções: podem ligar de

volta ou chamar um número

de emergência, o 911. Sem

telefonemas para amigos,

mensagens de texto, sem jo-

gos, até que te liguem de vol-

ta", explica o site que oferece

o aplicativo.

O smartphone do seu filho

só recupera as funções com

uma senha, que somente a

mãe possui. “Ele precisa me

ligar porque eu sou a única

pessoa que tem a senha que

d es bl o qu ei a

o aparelho”, diz

Standifird, que serviu os Es-

tados Unidos na Guerra do

G o l f o.

Bradley, porta-voz da em-

presa e filho adolescente de

Sharon, deu sua opinião sobre

o aplicativo criado pela sua

mãe: "Eu pensei que era uma

boa ideia, mas para as outras

pessoas, não para mim", dis-

se, em entrevista à emissora

de televisão americana CBS.

Já a mãe, por sua vez, afir-

mou que o filho, agora, res-

ponde suas mensagens bem

mais rapidamente do que an-

tes do aplicativo.

Disponível para Android, o

aplicativo custa R$ 4,51 no

Brasil. Segundo a descrição,

é "virtualmente impossível"

que a criança desabilite o

programa do smartphone.

(Agências)

Guerra da água:trégua entre o Rio

e São Paulo.

Depois de trocas de

acusações entre

governos e polêmicas em

torno do abastecimento na

Região Sudeste, os

governos federal, de São

Paulo e do Rio chegaram a

um acordo sobre a crise da

água e da gestão da Bacia

do Paraíba do Sul.

Ficou acordado que a

vazão do Rio Jaguari, que

hoje está em 10 metros

cúbicos por segundo (m³/s),

subirá para 43 metros

cúbicos por segundo a partir

de amanhã - valor superior

aos 30 m³/s determinados

pelo Operador Nacional do

Sistema Elétrico (ONS).

No dia 7, unilateralmente,

a Companhia Energética de

São Paulo (Cesp) reduziu o

envio de água para o Rio -

alegando a necessidade de

abastecimento nas cidades

do Vale do Paraíba.

O governo paulista

destacou que era mais

importante dar prioridade

ao consumo humano, em

detrimento do fornecimento

para uma usina elétrica da

Light (concessionária do

Rio). A medida foi criticada

pelo governo federal, que

ameaçou multar e até

mesmo intervir na Cesp.

Ontem, a Represa Jaguari

estava com 37,73% da

capacidade.

A solução para a crise

também inclui a redução de

vazão do Rio Paraibuna, que

está sob gestão federal.

Nesse caso, a vazão atual,

de 80 metros cúbicos por

segundo, cairá para 47

metros cúbicos por

s e g u n d o.

"Produzimos um acordo.

Estamos assegurando as

condições de

abastecimento", disse a

ministra do Meio Ambiente,

Izabella Teixeira, após

reunião realizada durante

toda a tarde de ontem com

representantes dos

governos federal e de Rio,

São Paulo e Minas. As

decisões não teriam

implicações sobre a geração

de energia elétrica, apesar

de o tema não ter sido

d e t a l h a d o.

O acordo, disse a ministra,

foi referendado pelos

governadores do Rio, Luiz

Fernando Pezão (PMDB), e de

São Paulo, Geraldo Alckmin

(PSDB). Uma semana atrás,

Pezão chegou a classificar

como "unilateral" a decisão

do governo paulista de

reduzir a vazão da água do

Rio Jaguari.

Ao todo, a região afetada

pela Bacia do Paraíba do Sul

atinge diretamente 37

municípios - 26 são do Rio e

11 de São Paulo. O sistema

abastece 11,2 milhões de

pessoas. Outros 88

municípios de Minas Gerais

são beneficiados

indiretamente pela bacia.

As decisões anunciadas

ontem serão revistas em

meados de setembro,

quando ocorrerá um novo

encontro para discutir as

condições de abastecimento

e eventuais necessidades de

alteração. (EC)

Sebastião Moreira/EFE

Represa do Rio Jaguari: acordo garante vazão maior do sistema.

Page 11: Diário do Comércio - 19/08/2014

terça-feira, 19 de agosto de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 11

S H OW

Bossa-nova teatralAndré Domingues

Éassustadoramente desproporcional a relação entre a pouca

repercussão obtida pela comédia musical Pobre Menina Rica,

de Carlos Lyra e Vinícius de Moraes, e os seus incríveis desdo-

bramentos. Criada em 1963 como uma espécie de A Dama e o Vaga-bundo bossa-novista, a peça não chegou a ser encenada, derivando,

apenas, alguns shows e um disco quase ignorados. Seu futuro, entre-

tanto, seria grandioso, não só pela consagração de algumas can-

ções, como Pr i m a v e r a , Maria Moita e Samba do Carioca, mas também

pela sacudida que deu no meio musical da época. São dois lados po-

derão ser melhor conhecidos agora, com a apresentação de um es-

petáculo comemorativo dos 50 anos do disco, tendo à frente o pró-

prio Lyra e a cantora Cris Dellano.

“Ah, quer dizer que vai virar vagabunda?”. Foi esse o comentário pre-

conceituoso que Nara Leão ouviu de seu pai ao informar-lhe que iria pro-

tagonizar a primeira versão de Pobre Menina Rica, que ficou em cartaz

por três semanas em 1963. Até então, Nara cantava apenas em shows

universitários e reuniões de apartamento, nada com fumaça, meia-luz,

bêbados (desconhecidos) e cachê. A menina, porém, estava decidida a

se profissionalizar, abandonando a posição de musa intocável da bos-

sa-nova. E mais: queria investir com Lyra numa politização da arte, algo

que logo iria por em cheque a própria bossa. Começou ali, então, a si-

multânea escalada de Nara para o sucesso e para o centro das polêmi-

cas da intelectualidade popular nacional.

Outra história saborosa da peça é a da gravação da trilha. Acontece

que o diretor musical, Tom Jobim (depois substituído por Radamés Gnat-

tali), não quis confiá-la a uma cantora ainda inexperiente, preferindo a

mais madura Dulce Nunes. O problema foi que, antes, recusou também

uma outra jovem, a então desconhecida Elis Regina. Disso resultou uma

notória antipatia entre o maior compositor e a maior cantora do Brasil da

época, só superada uma década depois, com a gravação do antológico

álbum Elis & Tom. Essa junção que, ali, não foi adiante, reforça em Po b r eMenina Rica uma marca muito singular: a peça conseguiu ser tão impor-

tante no que, nela, deu certo, quanto no que não deu.

SINFÔNICA DA USP COM LUIZ FERNANDO MALHEIROObras de Claudio Santoro e Rimsky-Korsakov. Sala São Paulo. Praça Júlio Prestes, 16. Tel.: 3323-3966. Sábado (23). 21h. R$ 13 a R$ 63.

Tem Milton, jazz, fado...

Mesmo acostumados a

dividir o palco com

artistas de tendências

diversas, tem algo de muito

surpreendente no show que

Milton Nascimento e Criolo

apresentam juntos nesta

semana, Linha de Passe. Afinal, de

um lado tem uma das maiores

referências da verve melódica

brasileira, enquanto, de outro,

um representante da ruidosa

música urbana contemporânea.

No meio, porém, amarrando as

duas pontas, está a pungente

questão da raça negra. É uma

intersecção tão importante, que

os leva para além do simples ato

de dividir canções como MorroVelho ou Bogotá, passando ao

trabalho de compor em parceria,

como na inédita Dez Anjos.

Afora a reunião de Milton e

Criolo, a memória e os

desenvolvimentos da música

afro-americana marcam forte

presença na agenda paulistana

de shows, sobretudo, graças a

dois festivais: Jazz na Fábrica e

Bourbon Street Fest. No primeiro,

a grande atração da semana é o

projeto Generations, do

trombonista Fred Wesley, que

liderou a banda The JB’s,

responsável pelos

acompanhamentos de James

Brown na fase mais fértil da sua

carreira. No segundo, os

destaques são osbambas do soul

Allen Toussaint e Walter Wolfman

Washington, a jazzista Germaine

Bazzle e o blueseiro Rockin’

Dopsie Jr (com seu raro acordeom

de botões, diatônico, similar à

sanfoninha “pé-de-bode” que se

espalhou pelo interior do Brasil a

partir da segunda metade do

século XIX).

Fora da temática afro,

chamam a atenção as revisões

de carreira propostas por Alceu

Valença, em Forró Lunar, João

Bosco, em 40 Anos Depois, e Zeca

Pagodinho, em Sambabook – este,

com apoio de Diogo Nogueira,

Mariene de Castro, Mumuzinho e

Péricles. Mais uma atração

valiosa desses dias é o Festival de

Fa d o ,

que apresenta uma boa amostra

de artistas da nova – e ótima –

geração portuguesa. A mais

prestigiada por aqui é a elegante

cantora Carminho,

seguida com alguma distância

pelos também competentes

Camané e Raquel Tavares. Na

série, vale notar, ainda, o curioso

grupo Amália Hoje, que remodela

a obra da mais famosa fadista

lusitana com uma roupagem

pop moderninha.

Aamericana

Joyce DiDonato,

uma das

cantoras mais

conhecidas no mundo

da ópera (é magnífica

no repertório de

Rossini) está de volta

ao Brasil. Apresenta-se

nesta semana em São

Paulo, para exibir, com

simpatia e

competência, o seu

poderoso talento de

mezzo-soprano. No

programa, obras de

Haydn, Hasse, Händel e, claro,

Rossini. Será aompanhada pelo

pianista francês David Zobel.

Sala São Paulo. Praça Júlio

Prestes, 16. Tel.: 3323-3966.

Domingo (24). 21h. R$ 50 a R$

60. Temporada da Sociedade de

C ultura Artística.

Perfil na TVHoje, às 21h, o canal pago Curta!

exibirá um capítulo de Figuras daDança com o perfil de Hulda

Bittencourt, bailarina e fundadora da

escola Cisne Negro Cia. de Dança. A

primeira parte do programa retrata

sua carreira, já a segunda traz uma

das performances do Cisne Negro, o

espetáculo Sr. Margareth, com

coreografia de Barak Marshall.

DA N Ç A

Ana Barella

Wes Anderson revisado

GARGAREJOSeleção dos espetáculos da semana

Alceu Valença – Forró LunarGênero: antologia pessoalSesc Campo Limpo – Rua NossaSenhora do Bom Conselho, 120.Tel.: 5510.2700. Dia 23, às 19hG rátisBourbon Street FestGênero: salada afro-americanaDia 19, às 21h: Allen Toussaint eB rass-A-H olicsDia 20, às 21h: Mia Borders eWalter Wolfman Washington &The RoadmastersDia 21, às 21h30: Glen DavidAndrews e Rockin’ Dopsie Jr. &The Zydeco TwistersDia 22, às 21h30: Bourbon StreetJazz Quartet, Mia Borders eB rass-A-H oilicsDia 23, às 21h30: Bourbon StreetJazz Quartet, Germaine Bazzle &

504 Experience e Rockin’ D opsieJr. & The Zydeco TwistersBourbon Street – Rua dosChanés, 127. Tel.: 5095.6100R$ 95 (dia 19), R$ 65 (dia 20),R$ 75 (dia 21), R$ 75 (dia 22), R$85 (dia 23)Dia 24, às 15h30: Bourbon StreetJazz Quartet, Germaine Bazzle &504 Experience e Rockin’ D opsieJr. & The Zydeco TwistersParque do Ibirapuera, Arena deEventos – Portão 10G rátisCarlos Lyra, part. Cris Dellano– Pobre Menina RicaGênero: memóriasb ossanovistasTeatro Sesc Belenzinho – Ru aPadre Adelino, 1000.Tel.: 2076.9700

Dias 23, às 21h e 24, às 18hR$ 25,00Festival de FadoGênero: fado jovemDia 19, às 21h: Carminho eAmália HojeDia 20, às 21h: Camané e RaquelTava re sHsbc Brasil – Rua BragançaPaulista, 1281. Tel.: 4003.1212R$ 80 – R$ 180Fred Wesley – Jazz na FábricaGênero: jazz-blackSesc Pompeia – Rua Clélia, 93.Tel.: 3871.7700Dia 23, às 21h30 e 24, às 18hR$ 50João Bosco – 40 Anos DepoisGênero: antologia pessoalTheatro Net – Shopping VilaOlímpia, Rua Olimpíadas, 360.

Tel.: 4003-1212Dia 20, às 21hR$ 50 – R$ 160Milton Nascimento e Criolo,part. Júlia Vargas – Linha deFre nteGênero: interfaces afro-b ra s i l e i ra sHsbc Brasil – Rua BragançaPaulista, 1281. Tel.: 4003.1212Dias 22 e 23, às 22hR$ 80 – R$ 260Zeca Pagodinho, part. DiogoNogueira, Mariene de Castro,Mumuzinho e Péricles –S ambabookGênero: antologia pessoalEspaço das Américas – Ru aTagipuru, 795. Tel.: 3864.5566Dia 21, às 22hR$ 70 – R$ 240(Cotação AD)

Começa hoje, e vai até o

dia 30 de setembro, a

mostra Cinema de WesAnd erson, que traz o universo

particular do diretor norte-ame-

ricano para o Sesc Santana. Se-

rão sete sessões, sempre às ter-

ças, às 20h, e de graça.

A mostra começa com a exibi-

ção da animação em stop-mo-

tion Três é Demais(1998), o pri-

meiro grande sucesso de Ander-

son. Na his tór ia , Sr. Jason

Schwartzman, sobrinho de Cop-

pola e queridinho de Anderson,

interpreta um jovem de 15 anos

que consegue uma bolsa de es-

tudos em Rushmore, uma esco-

la preparatória para jovens de

famílias ricas. Enquanto bomba

de ano, Max desenvolve uma

amizade com Herman Blume

(Bill Murray), um magnata de-

pressivo, e uma paixão por uma

professora viúva.

Na terça que vem será exibido

o longa-metragem Os Excêntri-cos Tennenbaums (2001). Já no

dia 9 de setembro, será a vez do

stop-motion O Fantástico Sr. Ra-poso (2009, foto acima)..

Simultanemente, o Sesc tam-

bém preparou um curso sobre o

mundo do diretor, que é caracte-

rizado pela fotografia com pre-

dominância de cores quentes;

simetria na composição dos pla-

nos; personagens arquetípicos;

enredos fantasiosos e referên-

cias aos mestres do cinema.

O curso, ministrado pelo críti-

co Sérgio Alpendre, tem valor de

até R$ 20, com palestras/aulas s

quintas, 19h30, nos dias 11, 18 e

25 de setembro. Os interessados

devem se inscrever na Central de

Atendimento do Sesc Santana.

Mostra Cinema de Wes Ander-son. Sesc Santana. Avenida Luiz

Dumont Villares, 579. Entrada

franca.

O que é serJoyce, a mezzo

que brilha.

Fotos: Divulgação

Repr

oduç

ão

Page 12: Diário do Comércio - 19/08/2014

12 DIÁRIO DO COMÉRCIO terça-feira, 19 de agosto de 2014

.T..WITTER

Mais de 15 milhõesseguem o papa

Os perfis do papa

Francisco no Twitter

superaram, juntos, os

15 milhões de

seguidores. O papa tem

nove perfis na rede

social, em idiomas

diferentes, atualizados

pelo Vaticano. O perfil

@pontifex_es, em

espanhol, é o mais

seguido, por 6,48

milhões de pessoas.

.F..UTEBOL

Neymar volta. Com dois gols.Com dois gols e uma

assistência, Neymar voltou

ontem aos campos, em um

amistoso em que o

Barcelona goleou por 5 a 0

o León, do México, no

Camp Nou. O jogo também

marcou a estreia de Luis

Suárez no clube. Neymar,

que se machucou na Copa

do Mundo, passou as

últimas seis semanas em

recuperação e jogou

apenas o primeiro tempo.

No primeiro gol do Barça,

Lionel Messi marcou com

assistência de Neymar

(juntos na foto).

.T..RANSPOR TE

.B..IODIVERSIDADE

Número de elefantesdiminui 2% ao ano

.C..I B E R ATA Q U E

Chineses roubam dadosde hospitais dos EUA

.L..OTERIAS

Concurso 1096 da LOTOFÁCIL

01 02 04 07 08

10 12 13 14 15

20 21 22 23 25

Concurso 3564 da QUINA

05 13 29 50 58

.C..ELEBRIDADES

A modelo que vale ouroC

om ganhos estimados

em US$ 47 milhões no

ano passado, de con-

tratos lucrativos e outros ne-

gócios, a brasileira Gisele

Bündchen foi a modelo mais

bem paga do mundo pelo oita-

vo ano consecutivo, informou

ontem a revista Fo r b e s .A gaúcha de 34 anos supe-

rou a modelo holandesa Dout-

zen Kroes, de 29 anos, estrela

da grife Victoria's Secret, que

lucrou US$ 8 milhões e a tam-

bém brasileira Adriana Lima,

de 33 anos, que arrecadou o

mesmo valor e também desfi-

la para a famosa marca.

Gisele recebeu US$ 16 mi-

lhões a mais que o marido, o jo-

gador de futebol americano

Tom Brady, do New England

Pa t r i o t s .

A modelo tem contratos

com as grifes H&M, Chanel e

Carolina Herrera, entre ou-

tras, além de linhas de lingerie

e sandálias. (Reuters)

Oda

ir Le

al/R

eute

rs

FESTA - Índios iauanauás se preparam para um dos jogos do festival Mariri na aldeia Mutum,

na floresta amazônica, no Acre. Entre os iauanauás, o perído de meados do mês de agosto é

dedicado a celebrações com dança, arte e música.

s

.D..ESIGN

Unanimidademundial

Os blocos de Lego já têm

sua legião de fãs pelo

mundo, mas Akihiro

Mizuuchi promete criar

uma multidão de

aficcionados ainda maior

com sua invenção: Lego de

chocolate. O produto tem

encaixe perfeito, mas será

que dá tempo de criar algo

diante da guloseima?

http://goo.gl/F8h158

Cidades de papelHattie Newman

reproduz detalhes de

Londres e outras cidades

britânicas em suas

esculturas, feitas apenas

com papel. Veja outras

imagens no site.

w w w. h a t t i e n e w m a n . c o . u k

Quando o foguetevira panela

Thomas Povey transferiu a

tecnologia de economia de energia

dos foguetes para esta panela.

http://goo.gl/3LKZ0q

Cavalo urbanoAnton Brousseau se inspirou em um cavalo

para criar o MULE, uma espécie de

motocicleta elétrica para uso no trânsito

das grandes cidades.

http://goo.gl/D7tjpK

Um estudo publicado pela

Academia Americana de

Ciência (PNAS, na sigla em

inglês) aponta que as

populações de elefantes

estão caindo a um ritmo de

2% ao ano, um declínio que

supera sua capacidade de

reprodução. A maior ameaça

à espécie é a caça ilegal na

África. Apesar de proibida

desde 1989, de acordo com

o estudo, a caça aumenta

quando o preço do marfim

supera US$ 30 o quilo.

(Atualmente, esse valor é

de US$ 150.) Ainda

segundo o estudo, África

Central, Tanzânia e

Moçambique são as regiões

mais afetadas pela caça

ilegal. Apenas na África

Central, as populações de

elefantes diminuíram

63,7% entre 2002 e 2012.

Pelo menos 4,5 milhões

de pacientes de 200

hospitais dos EUA foram

vítimas de um ataque

cibernético de hackers

chineses que tiveram

acesso à informação

pessoal dos doentes de

maneira ilegal. A

informação foi confirmada

ontem pela Community

Health Systems. O ataque

aconteceu entre abril e

junho e os hackers levaram

informação não relacionada

com o expediente médico. O

ataque teria sido feito pelo

grupo "Ameaça Persistente

Avançada", tido como uma

unidade secreta do exército

chinês. Em fevereiro deste

ano, o governo dos EUA

acusou cinco militares

dessa unidade por

espionagem industrial.

Toni Albir/EFE

Paul

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hita

ker/

Reut

ers

Page 13: Diário do Comércio - 19/08/2014

terça-feira, 19 de agosto de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 13

FORMALIZ AÇÃODados de 2013 mostram a criação de 1,490milhão de empregos formais, alta de 29,7%na comparação com 2012. Ainda assim, foi osegundo pior resultado desde 2003.

Dia dos pais foi presente ao comércioVendas à vista do varejo da capital paulista cresceram 20% na primeira quinzena de agosto, ante julho. Comparadas com agosto passado, alta foi de 2,2%

Karina Lignelli

Ofrio mais intenso e

as compras de pre-

sentes para o Dia

das Pais puxaram o

movimento de vendas à vista

do comércio paulistano na pri-

meira quinzena de agosto, e

registraram alta de 20,3% an-

te igual período de julho. Os

dados são do Balanço de Ven-

das da Associação Comercial

de São Paulo (ACSP). Mas,

mesmo com a grande saída de

peças da coleção outono-in-

verno, de presentes para os

pais e artigos de perfuma-

ria/beleza, essa reação excep-

cional as vendas também foi

influenciada por outro fator: a

base de comparação mais fra-

ca provocada, ainda, pelo fa-

migerado "efeito Copa", con-

forme explica Emílio Alfieri,

economista da ACSP.

Na comparação com a pri-

meira quinzena de agosto de

2013, a alta foi de 2,2%, cres-

cimento que mostra que o de-

sempenho das vendas de me-

nor valor voltou ao normal, ao

ritmo de 2014. Tanto que, no

acumulado janeiro-julho, o

aumento foi de 2%. "Porém, os

dados não podem ser projeta-

dos para todo o mês de agosto,

já que esse balanço é uma fo-

tografia do momento", afirma

Rogério Amato, que é presi-

dente da ACSP e da Facesp (Fe-

deração das Associações Co-

merciais do Estado de SP), e

presidente-interino da CACB

(Confederação das Associa-

ções Comerciais e Empresa-

riais do Brasil).

Já no movimento de vendas

a prazo, as vendas cresceram

6,7% nos primeiros quinze dias

de agosto comparados a igual

período de julho, favorecidos

ainda pela liquidação de itens

de bens duráveis, como TVs e

geladeiras, segundo Alfieri. Já

na comparação anual, houve

queda de 3,8%. "Aqui, as ven-

das foram prejudicadas pela

alta dos juros, pela desacelera-

ção do crédito para pessoa físi-

ca e pela baixa confiança do

consumidor, que mantém um

comportamento de aversão ao

risco frente às incertezas da

economia", destaca.

Cenário nublado – Pelo Ba-

lanço de Vendas da ACSP, os

indicadores de inadimplência

registraram queda de 9,2% na

primeira quinzena de agosto –

movimento sazonal que se

mantém em trajetória decres-

cente até o fim do ano, puxado

pelo adiantamento da primei-

ra parcela do 13º salário dos

aposentados e pensionistas

do INSS no benefício de agosto

(pago em setembro), explica o

economista da ACSP. Já na

comparação com a primeira

quinzena agosto de 2013, a

inadimplência subiu 5,2%. "Is-

so reflete alguma dificuldade

do consumidor em quitar dívi-

das, em função da inflação dos

alimentos que comprime os

orçamentos", completa.

Quanto à recuperação de

crédito, a alta de 3,9% nos pri-

meiros quinze dias de agosto,

e de 2,3% na comparação in-

teranual, confirma a leve pro-

pensão de alta da inadimplên-

cia, que ora continua a sinali-

zar queda, ora continua a sina-

lizar alta. Esse movimento,

segundo Alfieri, exige cautela

tanto dos bancos e do comér-

cio, como dos consumidores,

que estão com os orçamentos

apertados para fazer novas dí-

vidas no curto prazo. Mas não

rende maiores preocupações,

Paulo Pampolin/Hype

já que são oscilações peque-

nas, dentro do normal, e de-

vem continuar até o fim do

ano, afirma.

"De modo geral, a volatili-

dade (nas vendas) deste ano

vem ocorrendo por conta das

datas festivas, da Copa e das

incertezas no plano eleitoral.

Portanto, o quadro econômico

atual exige cautela em função

das mudanças que podem

afetar a política macroeconô-

mica do País", finaliza.

A procura por roupas e acessórios ajudou as vendas à vista, que cresceram bem mais do que as vendas a prazo no mês de agosto.

O resultado daprimeira quinzena éuma fotografia domomento, não podeser projetados parao mês todo.ROGÉRIO AM ATO,PRESIDENTE DA AC S P

Prefeitura vai parcelardívidas em até 10 anos

Proposta, que ainda precisa passar pela Câmara Municipal,permite renegociar ISS, IPTU, taxas e multas.

Silvia Pimentel

Agosto mostraconsumidor

mais dispostoa comprar

Os consumidores

ficaram mais

inclinados a ir às

compras na passagem

de julho para agosto. A

Intenção de Consumo

das Famílias (ICF)

aumentou 0,2% no

período, para 120,8

pontos. No entanto,

houve queda de 2,1%

em relação ao patamar

de agosto de 2013,

informou a

Confederação Nacional

do Comércio de Bens,

Serviços e Turismo

(CNC).

A CNC avalia que

houve estabilidade do

índice nos últimos dois

meses, após a

sequência de quedas

registradas de janeiro a

junho Mas a intenção de

compras a prazo

permaneceu em

declínio, devido ao

elevado custo do crédito

e ao alto nível de

endividamento das

famílias. A avaliação

sobre o acesso ao

crédito caiu 2,8% em

agosto ante julho,

menor nível da série

histórica, e recuou 3,9%

ante agosto de 2013.

Melhorou em agosto a

percepção sobre o

mercado de trabalho. O

item Emprego atual

registrou alta de 0,5%

ante julho, porém,

queda de 2% ante igual

período do ano passado.

A avaliação sobre a

Perspectiva profissional

cresceu 0,8% em

relação a julho, mas caiu

3,2% em relação a

agosto de 2013. (EC)

APrefeitura de São

Paulo enviou à Câ-

mara Municipal pro-

jeto de lei que propõe

a abertura de um Programa de

Parcelamento Incentivado

(PPI) para débitos tributários

ou não, com redução de mul-

tas e juros e prazo de até 10

anos (120 meses). Pela pro-

posta, que ainda não foi lida

em plenário e, portanto, não

possui numeração na casa le-

gislativa, poderão ser parcela-

dos os débitos com fatos gera-

dores até 31 de dezembro de

2012. O PPI vai permitir o par-

celamento de débitos com o

Imposto Predial e Territorial

Urbano (IPTU), o Imposto so-

bre Serviços (ISS), Taxa do Li-

xo, já extinta, e de multas va-

riadas. Somente as multas de

trânsito, contratuais e indeni-

zações decorrentes de prejuí-

zo causado ao patrimônio pú-

blico não poderão entrar no

p ro g r a m a .

O primeiro PPI foi instituído

em 2006 pelo fisco paulistano.

Como nos anos anteriores, o

programa oferece descontos

para incentivar a adesão dos

inadimplentes. No pagamen-

to à vista, haverá redução de

75% no valor da multa e de

75% dos juros de mora. Para o

pagamento parcelado, será

oferecido desconto de 50% da

multa e de 50% dos juros. Para

as pessoas físicas, o valor mí-

nimo da parcela será de R$ 40.

A pessoa jurídica pagará men-

salidade de, no mínimo, R$

200. Os valores das parcelas

serão atualizados pela taxa

Selic acumulada, com acrésci-

mo de 1% relativo ao mês em

que o pagamento for efetua-

d o.

De acordo com a Secretaria

de Finanças e Desenvolvi-

mento Econômico, em 2011,

mais de 200 mil contribuintes

aderiram ao PPI. Somando as

inscrições dos últimos seis

programas de parcelamento

do mesmo gênero abertos pe-

lo governo municipal, mais de

um milhão de contribuintes

optaram por parcelar seus dé-

bitos. Depois de aprovado pe-

los vereadores a Secretaria de

Finanças informará os prazos

e formas de adesão.

De acordo com Elvira de

Carvalho, da King Contabilida-

de, o programa de parcela-

mento de débitos da prefeitu-

ra de São Paulo chega com cer-

to atraso, pois grande parte

dos municípios paulistas apro-

varam há mais tempo progra-

mas semelhantes neste ano.

“Havia uma expectativa entre

os contribuintes paulistas. A

demanda maior deverá ser

para o acerto de contas envol-

vendo o IPTU”, acredita.

Depois de aprovado, os con-

tribuintes paulistas terão à

disposição programas de par-

celamentos de todos os entes

federativos. Na esfera federal,

está em andamento o chama-

do Refis da Copa, que foi rea-

berto, e engloba dívidas ven-

cidas até dezembro de 2013.

O prazo para adesão vai até o

próximo dia 25 de agosto. Na

opinião de Elvira de Carvalho,

as condições desse parcela-

mento são vantajosas, é gran-

de o interesse dos contribuin-

tes em aderir, mas falta tempo

hábil para processar os pedi-

dos. “O ideal é que o prazo fos-

se prorrogado por mais um

mês. A Receita Federal demo-

rou para disponibilizar o apli-

cativo para as adesões e o sis-

tema está lento para verificar

a posição fiscal das empresas

que estão irregulares junto ao

f i s c o”, explica.

Na King, por exemplo, cerca

de 25 empresas manifesta-

ram o interesse em acertar

suas contas com a União. A no-

vidade desse parcelamento é

a exigência de um pagamento

antecipado do débito, que po-

derá ser parcelado em até cin-

co vezes. Essa possibilidade

exige planejamento maior dos

contribuintes, que precisam

realizar várias simulações an-

tes de formalizar o pedido.

O Estado de São Paulo tam-

bém mantém dois programas

de parcelamento em aberto,

permitindo a regularização de

débitos de quase todos os tri-

butos estaduais. O PPD (Pro-

grama de Parcelamento de

Débitos) engloba dívidas com

o Imposto sobre Propriedade

de Veículos Automotores (IP-

VA), ITCMD (causa mortis),

além de taxas e multas. Já os

débitos com o Imposto sobre

Circulação de Mercadorias e

Serviços (ICMS) poderão ser

pagos em até 120 meses, com

redução de até 50% das mul-

tas e 40% nos juros por meio

do PEP (Programa Especial de

Parcelamento). O prazo das

adesões dos dois programas

do governo estadual vence no

dia próximo dia 29.

Paulo Pampolin/Hype

Page 14: Diário do Comércio - 19/08/2014

14 DIÁRIO DO COMÉRCIO terça-feira, 19 de agosto de 2014

Page 15: Diário do Comércio - 19/08/2014

terça-feira, 19 de agosto de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 15

PIB encolhe mais, na pesquisa Focus.Economistas de instituições financeiras reduzem previsão de expansão do Produto Interno Bruto neste ano a a 0,79%. É a 12ª semana seguida de baixa.

Diante da divulga-

ção recente de no-

vos dados sobre a

fraqueza da eco-

nomia brasileira, a perspecti-

va de economistas de insti-

tuições financeiras para a ex-

pansão do Produto Interno

Bruto (PIB) este ano foi redu-

zida, pela 12ª semana segui-

da, a 0,79%, sobre 0,81% da

semana passada. Na pesqui-

sa Focus do Banco Central

desta semana, a expectativa

de crescimento econômico

menor foi acompanhada pe-

la perspectiva de contração

ainda mais forte para a indús-

tria, de 1,76%, contra 1,53%

anterior. Já a mediana para o

crescimento do PIB em 2015

foi mantida em 1,20%.

Especialmente no segun-

do trimestre, os dados de ati-

v idade no Bras i l v ieram

ruins, alimentando as expec-

tativas de o País ter entrado

em recessão técnica – carac-

terizada quando há contra-

ção por dois trimestres se-

guidos. No trimestre passa-

do, as vendas do varejo e a

produção industrial recua-

ram 0,60% e 2,00% respecti-

vamente sobre o primeiro tri-

m e s t re .

Ao mesmo tempo, a proje-

ção para a taxa básica de ju-

ros em 2015 recuou para

11,75%, contra 12,00% na

semana anterior. Os econo-

mistas mantiveram, contu-

do, a projeção de que a Selic

encerrará 2014 nos atuais

11,00%, e prenunciam que

novo ciclo de aperto monetá-

rio começará em março, com

alta de 0,50 ponto percen-

tual, como na pesquisa ante-

r i o r.

O Top-5 de médio prazo,

com as instituições que mais

acertam as projeções, conti-

nua vendo a Selic a 11,00%

neste ano e a 12,00% ao final

de 2015.

A alta nos juros vem emol-

durada por um cenário de in-

flação elevada. Os agentes

consultados no Focus reduzi-

ram levemente a projeção de

a l t a d o I P C A e m 2 0 1 4 a

6,25%, sobre 6,26%. Esse é o

mesmo nível esperado para

o ano que vem, sem altera-

ções, mostrando que não há

expectativa de arrefecimen-

to dos preços.

O Focus mostrou ainda que

os economistas acreditam

em alta nos preços adminis-

trados de 5,05% neste ano,

levemente abaixo dos 5,10%

esperados até então. Para

2015, as contas continuaram

em 7,00% de alta.

Após o IPCA ter ficado no li-

mite do teto da meta em 12

meses até junho, as aten-

ções voltam-se agora para os

números de agosto do IPCA-

15 que o IBGE divulgará ama-

nhã. A meta do governo é de

4,5%, com margem de 2 pon-

tos percentuais para mais ou

menos.

Para os próximos 12 me-

ses, houve ajuste de 0,02

ponto percentual para cima

na alta do IPCA, a 6,21%.

O Top-5 de médio prazo vê

que a inf lação f icará em

6,32% em 2014, ante 6,33%

e fechará 2015 em 6,48%,

inalterado sobre o levanta-

mento anterior. (Reuters)

Comér cio

com aEur opa

perde gás

AAgência de Estatísti-

cas da União Europeia

(Eurostat) anunciou

ontem que a corrente de co-

mércio – exportações mais

importações – entre Europa e

Brasil caiu 7% no acumulado

dos cinco primeiros meses do

ano. No período, os 28 países

da União Europeia compra-

ram 12,8 bilhões de euros em

produtos brasileiros e expor-

taram 15,5 bilhões de euros.

Os dados mostram ainda que

o Brasil continua como a ter-

ceira maior fonte de superá-

vit comercial para os euro-

peus.

Com esse resultado, a rela-

ção comercial entre a UE e o

Brasil terminou os cinco me-

ses com superávit comercial

de 2,7 bilhões de euros para

os europeus. O saldo comer-

cial de 2014 é 7% menor que o

visto em igual período do ano

passado, quando o saldo co-

mercial era ainda mais favo-

rável para os europeus: 2,9 bi-

lhões de euros.

O resultado mantém o Bra-

sil como a terceira maior fon-

te de superávit para o comér-

cio exterior europeu fora do

mercado único. O País só está

atrás dos Estados Unidos (su-

perávit de 41,8 bilhões de eu-

ros para os europeus) e Tur-

quia (8,3 bilhões de euros).

Entre os demais emergentes,

a Europa tem déficit de 50,9

bilhões de euros com a China,

saldo negativo de 38,6 bi-

lhões de euros com a Rússia e

déficit de 1,7 bilhão com a Ín-

dia. Entre os emergentes,

além da Turquia e Brasil, só a

Coreia do Sul também gera

superávit aos europeus. Em

cinco meses, foram 300 mi-

lhões de euros.

Superávit em agostoA balança comercial brasi-

leira registrou um superávit

de US$ 684 milhões na tercei-

ra semana de agosto de 2014,

segundo o ministério do De-

senvolvimento, Indústria e

Comércio Exterior (MDIC). As

exportações somaram US$

5,3 bilhões e as importações,

US$ 4,7 bilhões.

Com isso, no acumulado de

agosto, a balança registra su-

perávit de US$ 348 milhões,

resultado de exportações de

US$ 10,8 bilhões e importa-

ções de US$ 10,4 bilhões. No

acumulado do ano, as expor-

tações totalizam US$ 144,3

bilhões e as importações, US$

144,9 bilhões, com déficit de

US$ 571 milhões. (Es tad ãoConteúdo)

Economia e eleição:um aquecimento.Assessores do PSB e do PSDB analisam o País... e criticam.

Embora a campanha

eleitoral para a

Presidência ainda

não esteja nas ruas,

dois assessores de

candidatos se manifestaram

ontem, em São Paulo. Os

economistas Eduardo

Giannetti da Fonseca e

Mansueto Almeida se

encontraram em evento

promovido pela Empiricus

Consultoria & Negócios e

analisaram o atual momento

econômico. O primeiro – que

frisou estar falando

estritamente em caráter

pessoal – é assessor da

campanha do PSB; o segundo

integra a equipe de

coordenação do programa

econômico do candidato do

PSDB, Aécio Neves, ao lado

do ex-presidente do BC

Armínio Fraga e dos

economistas Luiz Mendonça

de Barros e Samuel Pessôa.

"Vivemos a partir do

segundo mandato de Lula

uma piora consistente na

política econômica", disse

Gianetti. O Brasil, segundo

ele, passa por uma

"tremenda reversão de

expectativas" a partir de

2011, com o governo Dilma

Rousseff. Ele destacou que de

2003 a 2010, o Brasil cresceu

a média de 4%, mas na

gestão de Dilma "deverá ser

uma média de 1,8%, a mais

baixa desde Collor e Floriano

Pe i xo t o " .

Na avaliação do

economista, já há

estagflação, com a inflação

"teimosamente no teto" de

6,5% e que é "artificialmente

re p re s a d a ”. Além disso, ele

destacou que o déficit de

transações correntes ao

redor de 3,5% do PIB é

elevado para um país que

cresce muito pouco e tem um

patamar de preços alto. Para

Gianetti, enquanto os

investidores internacionais

estiverem financiando a

economia doméstica, não há

problemas. Contudo, se o

quadro for revertido, o Brasil

pode enfrentar uma crise de

contas externas. "Estamos

com câmbio sobrevalorizado,

o que prejudica setores com

aspiração de exportar",

destacou.

Ele diz acreditar, contudo,

que o quadro pode ser

revertido pelo próximo

governo em 2015.

"A situação é ruim, mas não

é desesperadora. Temos

plena condição de resolver

em 2015. Isso deve ocorrer

com a correção das políticas

macro e micro com um

choque de credibilidade de

um novo governo", ponderou.

"Precisamos de correção

estrutural. O Estado não cabe

mais no PIB brasileiro",

ponderou. Ele ilustrou que em

1988, a carga tributária

estava entre 24% e 25% do

PIB e o setor público investia

3% do Produto Interno Bruto.

Hoje, comparou a carga

tributária é de 36% e o

patamar de investimentos do

Poder Executivo está em

2,5% do PIB.

Questionado sobre a

necessidade de o Brasil

ampliar sua infraestrutura e

ao mesmo tempo preservar o

meio ambiente, afirmou que

“o Brasil do Século 21 precisa

ter uma nota de corte

(ambiental) alta",

defendendo exigências

ambientais rígidas para os

projetos de infraestrutura e

ao mesmo tempo em que se

aperfeiçoe "enormemente" o

processo de licenciamento

para garantir segurança

jurídica.

Juros e gastosMansueto Almeida, ao

contrário de Gianetti, falou na

condição de assessor do

PSDB e tocou em assunto

delicado: aperto na política

econômica via aumento de

juros. Segundo ele, se eleito,

Aécio fará com que o câmbio

seja flutuante, mas observou

que, se necessário, o Banco

Central fará intervenções

para evitar excesso de

volatilidade.

"O juro já está alto. Se tiver

que aumentar um pouquinho,

para depois reduzir, isso é

normal. O arrocho já está

acontecendo. Não é normal

um país que está crescendo

menos de 5% ao ano ter uma

inflação tão alta", afirmou

Almeida.

Para ele, o grande desafio

do próximo governo “é fazer

com que o crescimento do

gasto seja inferior à expansão

do PIB, para dar espaço para

redução da carga tributária".

"O Brasil não corre risco de

default, mas tem uma

administração de política

macroeconômica muito ruim.

O mercado quer saber de um

plano de voo, a trajetória

consistente de melhora das

contas públicas e evolução

gradual do superávit

primário", afirmou

Na avaliação de Almeida,

há um desequilíbrio das

contas públicas muito

grande, que exigirá uma

política de correção por dois a

três anos. "Nesse contexto,

não deverá ser possível o

Brasil crescer 3,5% no

próximo ano. Contudo, o mais

importante é o País adotar

políticas para que possam

fortalecer suas bases

macroeconômicas para os

próximos 50 anos", finalizou.

(Agências)

Werther Santan/Estadão Conteúdo

Para Gianetti(foto superior),emestagflação, oBrasil vive emuma"tremendareversão deexpectativas"a partir de2011. JáAlmeida vê nocontrole dosgastos públicoso grandedesafio dopróximogoverno.

Mercadotranquilo com

MarinaAnalistas não veemmuita diferença com

Aécio Neves

Na avaliação do

mercado finan-

ceiro, a condu-

ção da economia num

eventual governo presi-

dido pela ex-senadora

Marina Silva seria muito

próxima da adotada por

um governo capitanea-

do pelo tucano Aécio Ne-

ves, afirmou ontem a

economista-chefe da

Rosenberg Associados,

Thaís Zara.

Essa, de acordo com

ela, pode ser uma das

explicações para o mer-

cado estar reagindo

com tranqui l idade à

pesquisa do Datafolha

publicada ontem mos-

t rando Mar ina S i lva

(PSB) com empate téc-

nico na corrida presi-

dencial com Aécio Ne-

ves (PSDB) no primeiro

turno e com Dilma (PT)

no segundo turno, nas

duas situações à frente

dentro da margem de er-

ro .

De acordo com Thaís,

a situação atual exigirá

de Marina um comporta-

mento diferente do pro-

tagonizado por ela na

eleição presidencial de

2010, quando a ex-se-

nadora "ocupou o espa-

ço de uma candidata de

nicho: limpa, calcada na

sustentabilidade, dis-

pensando apoios corpo-

rativos, quase beata".

Agora, se confirmada

como candidata e indo

ao segundo turno das

eleições, Marina terá

que costurar alianças.

Mas também, segundo a

economista, contribui

para a serenidade do

mercado as sinalizações

do PSB e da própria Mari-

na de que, caso seja ela a

escolhida, os compro-

missos assumidos por

Eduardo Campos – na s

coligações estaduais e

no âmbito econômico –

serão mantidos. Isso co-

loca Marina como uma

eventual presidente

que manterá o compro-

misso com o tripé ma-

croeconômico, compos-

to por metas de inflação,

fiscais e câmbio flutuan-

te.

"Não se i como e la

(Marina) se portaria com

relação às reformas es-

truturais e dos ajustes

necessários na econo-

mia. Vai depender da ha-

bilidade dela em mane-

jar os apoios políticos",

disse a economista-che-

fe da Rosenberg.

A pesquisa Datafolha,

que reforça a perspecti-

va de segundo turno na

eleição presidencial de

outubro e adiciona in-

certeza à liderança da

presidente Dilma Rous-

seff na disputa repercu-

tiu na Bolsa.

O Ibovespa – principal

indicador de desempe-

nho dos papéis – s u bi u

1,05%, a 57.560 pontos,

maior patamar de fe-

chamento desde 28 de

julho, de 57.695 pontos.

O volume financeiro do

pregão somou R$ 10 bi-

lhões de reais, inflado

pelo exercício de op-

ções. (Agências)

Tiago Queiroz/Estadão Conteúdo

Murilo Constantino/Estadão Conteúdo

Thaís Zara: "Vai depender da habilidade dela".

Page 16: Diário do Comércio - 19/08/2014

16 DIÁRIO DO COMÉRCIO terça-feira, 19 de agosto de 2014

Aqueles que na crise recuam da inovação estão dando um passo errado e em falsoGlauco Arbix, presidente da Finep

Inovação é a saída

Apesar da economia fraca, a expectativa da Finep é de que a concessão de crédito para as empresas inovarem alcance,neste ano, um valor mais alto que em 2013. A projeção é de R$ 10 bilhões ante os R$ 6,4 bilhões no ano passado.

Rejane TamotoDivulgação

A melhor taxa na palma da mãoAplicativo Negocie com Seu Banco mostra em que instituição, de acesso fácil, o usuário pagará menos juros.

Em u m c e n á r i o d e

aperto no juro da eco-

nomia, e de aumen-

tos graduais nas ta-

xas para quem precisa de cré-

dito, é preciso pesquisar antes

de tomar uma linha de finan-

ciamento. Pensando em tor-

nar essa pesquisa uma ferra-

menta de comparação e de

negociação com os gerentes

do banco, um empreendedor

lançou um aplicativo para ce-

lular que informa as taxas mé-

dias de juros de linhas de cré-

dito para pessoas físicas e jurí-

dicas. O aplicativo "Negocie

com Seu Banco", disponível

para o sistema iOS e Android,

traz uma pesquisa dos bancos

da cidade onde o consumidor

ou empresário está e, com in-

formações do Banco Central,

mostra a menor taxa média.

As taxas de juros cobradas

dos clientes dependem de

uma série de variáveis, numa

modelagem chamada de sco-

re, que leva em consideração

o histórico de crédito do clien-

te e determina o seu risco de

ser inadimplente.

Por isso, o juro é um número

individual. A ideia de Edson

Roberto Silva, sócio do site e

aplicativo Negocie com Seu

Banco, é oferecer informa-

ções que ajudem clientes de

bancos a ter uma ideia do

quanto pagam de juro em rela-

ção à média e, com essa infor-

mação, negociarem. "Ele po-

de fazer a pesquisa antes de ir

ao banco no qual tem conta, e

pode compartilhar o resultado

da pesquisa com o seu geren-

te. Das linhas de pessoa jurídi-

ca mais usadas, destaco as de

capital de giro e antecipação

de recebíveis. Muitos peque-

nos empresários contratam

capital de giro diretamente do

banco que têm conta sem nem

antes olhar a taxa de juro",

exe m p l i f i c o u .

O aplicativo tem como pon-

to forte oferecer uma pesqui-

sa móvel, onde o usuário esti-

ver, desde que esteja na cida-

de em que se cadastrou no

aplicativo, bastando que te-

nha conexão à internet. Silva

destaca que o diferencial do

aplicativo é uma seção de di-

cas, com uma espécie de ma-

nual para ajudar o cliente a ne-

gociar com o gerente de ban-

co. Uma das recomendações é

lembrar o tempo de relaciona-

mento, os produtos e serviços

que contrata e utiliza atual-

mente, enfim mostrar que é

um bom cliente.

As informações do aplicati-

vo também podem ser consul-

tadas no site Negocie com Seu

Banco. Lançado no último dia

28, o aplicativo não faz a inter-

face de negociação com os

bancos. Quem encontrar uma

taxa melhor deve procurar o

banco em questão e iniciar um

relacionamento. Para a porta-

bilidade, é preciso saber se o

banco diferente do que tem

conta se interessa pela dívida.

"No começo, queremos mes-

mo oferecer uma utilidade pú-

bl ica. Vamos ver o que os

usuários pedem. Se pedirem

para negociarmos com ele,

podemos adicionar ferramen-

tas. Ainda teremos feedback

dos clientes sobre as negocia-

ções com os gerentes de ban-

cos", afirma Silva.

A desburocratizaçãoé a chave porque aburocraciabrasileira mata acriatividadeGL AUCO ARBIX, FINEP

Em tempos de baixo cres-

cimento econômico e de

clima hostil para investir,

a inovação não pode ser

deixada de lado. "Eu diria que es-

te momento é o ideal para inves-

tir em tecnologia, pesquisa e de-

senvolvimento e inovação. Para

preparar a empresa para quando

houver a retomada da economia.

Aqueles que na crise recuam da

inovação estão dando um passo

errado e em falso", afirma Glauco

Arbix, presidente da Finep (Fi-

nanciadora de Estudos e Proje-

tos) - Agência Brasileira de Inova-

ção. Entusiasta do assunto, Arbix

diz que o ritmo de crédito para a

inovação e os investimentos não

sofrem impacto, apesar do Pro-

duto Interno Bruto (PIB) fraco e do

clima de pessimismo. Além de

presidente da agência, ele tam-

bém é professor livre-docente do

Departamento de Sociologia da

Universidade de São Paulo (USP)

e membro do Conselho Nacional

de Ciência e Tecnologia (CCT) e

presidente do Comitê Intergo-

vernamental do Programa Ibero-

Americano de Inovação, no âmbi-

to da Secretaria-Geral Ibero

Americana (Segib).

Em evento promovido pela or-

ganização Anjos do Brasil, na se-

mana passada, Arbix destacou a

evolução da Fi-

nep sob sua ges-

tão, com desta-

que para o pro-

grama Finep 30

d i a s , s i s t e m a

q u e re d u z i u o

tempo médio de

resposta sobre

p e d i d o s d e f i-

nanciamento re-

c e b i d o s p e l a

agência de 458

dias para 30 dias. A redução de

prazos e simplificação elevaram

a demanda inicial (os pedidos)

por crédito a R$ 98,7 bilhões até o

mês de junho. Em termos de cré-

dito efetivamente concedido, a

expectativa da Finep é que atinja

o valor de R$ 10 bilhões neste

ano, ante um total de R$ 6,4 bi-

lhões no ano passado. No que diz

respeito a investimento e partici-

pações em empresas, a agência

quer chegar ao fim de 2014 com

uma alocação de R$ 1 bilhão. Na

entrevista a seguir, Arbix comen-

ta o cenário para o investimento

neste ano, as metas à frente da

Finep com o objetivo de apoiar o

micro e pequeno empresário que

deseja inovar.

Diário do Comércio – A economiaestá em temperatura de mornapara fria. Isso não influenciou oinvestimento em inovação?

Glauco Arbix – A nossa expecta-

tiva é que o impacto fosse maior,

mas não foi. E é positivo, num país

em que as empresas quase sem-

pre abandonam

os pro je tos de

inovação ao pri-

meiro sinal de di-

ficuldade da eco-

nomia. Mesmo

diante da crise in-

ternacional, as

empresas estão

aumentando o in-

vestimento em

P&D (Pesquisa e

D e se n v ol v i me n-

to) e em tecnologia. Isso é um da-

do extremamente importante.

DC – Quais são os setores que sedestacam nesse sentido?

Arbix – Posso falar dos setores

com os quais trabalhamos para fa-

zer investimento direto e que fa-

zem parte do programa Inova Em-

presa. Os setores prioritários pelo

governo para receber investimento

por meio do programa são os de

energia (etanol de segunda gera-

ção, petróleo em águas profundas,

gás, eólica, fotovoltaica, solar),

saúde (equipamentose fármacos),

tecnologia da informação e comu-

nicação (TIC) e o de defesa e espa-

cial, que caminham juntos. O setor

de saúde é o que mais investe em

tecnologia e o programa busca dar

consistência para que tenhamos

uma verdadeira indústria farma-

cêutica brasileira, que seja superior

a que está baseada em genéricos.

As micro e pequenas empresas dis-

postas a entrar na área de desen-

volvimento tecnológico terão nos-

so suporte. Ao todo, temos 12 famí-

lias de projetos.

DC – E a demanda, está forte?Arbix – Sim. Todos os progra-

mas, no conjunto, geraram uma

demanda de mais de R$ 97 bi-

lhões. É um número muito grande

para quem trabalha com tecnolo-

gia no Brasil, onde as empresas

brasileiras, apesar dos avanços,

ainda investem pouco. Esse nú-

mero é surpreendente e pede ex-

plicação. Acredito que há uma di-

nâmica nova na indústria brasi-

leira e na agricultura porque as

empresas brasileiras estão com-

preendendo que precisam inovar

para poder competir. É uma si-

tuação nova no Brasil e muito ani-

madora e positiva. Nossa ideia é

exatamente continuar com pro-

gramas desse porte, sempre bus-

cando aumentar o nível de inves-

timento em P&D nas empresas e

melhorar a qualidade do conheci-

mento gerado nas universidades

e centros de pesquisas.

DC – A desburocratização foiimportante nesse processo deincentivo à inovação?

Arbix – A desburocratização é a

chave porque a burocracia brasilei-

ra mata a criatividade. A burocracia

brasileira é morosa, gera custos e

uma série de inconvenientes que

dificultam o processo de inovação.

Quando fomos instados pela presi-

dente da Repúbli-

ca a modernizar,

iniciamos um pro-

cesso de flexibili-

zação. Reduzimos

o prazo de análise

de projetos de fi-

nanciamento de

458 dias para 30

dias. Reduzimos e

c o n s e g u i m o s

atender melhor a

população. Isso foi

superim portante

e um ponto chave e essencial, por-

que não podemos continuar opri-

mindo e castrando a inventividade

das empresas, universidades e

centros de pesquisa.

DC – Quais as metas para oinvestimento e o crédito neste ano?

Arbix – Nossa meta apenas em

participação e empresas e investi-

mento é de R$ 1 bilhão até o fim do

ano. Para o crédito, temos o obje-

tivo de atingir R$ 10 bilhões. Até

ano passado, esse montante foi

de R$ 6,4 bilhões em contratos.

DC – E a meta de longo prazo?

Arbix – Existe um esforço muito

grande para aumentar o recurso

para pesquisa e desenvolvimento

no Brasil. O objetivo do governo

era que o montante alcançasse

1,8% do PIB em 2015-2016. Hoje,

essa relação é de 1,23%. É difícil

aumentar a relação, mas estamos

fazendo isso. E todos os governos

farão porque é uma questão cha-

ve para a economia brasileira.

Queremos bater todos os recor-

des de contratação, seja no crédi-

to, no não-reembolsável e no in-

v e s t i m e n t o.

DC – O aumento de juropressionou as taxas subsidiadasque buscam crédito pela Finep?

Arbix – Sim. A taxa do PSI pas-

sou de 3,5% em 2013 a 4% este

ano. Mas ainda está menor que a

TJLP (Taxa de Juro de Longo Pra-

zo), que está em 6,5%. Adotamos

um juro baixo, combinado com

prazo de carência e de pagamen-

to do principal. Nosso compro-

misso é de juro negativo para fi-

nanciar a inovação.

DC– Como o pequeno e o microempresário podem participar dos

programas daFinep parainvestir eminovação?

Arbix – O finan-

ciamento pode

se r so l i c i t ado

junto aos bancos

parceiros da Fi-

nep. Credencia-

mos 16 bancos

regionais para

atender esse pú-

blico. Esses ban-

cos, reconhecidos como agentes

financeiros da Finep, oferecem

crédito subsidiado e facilidades

em fundos de aval para estimu-

lar a pequena e micro empresa a

investir em inovação. Ao mesmo

tempo, descentralizamos a sub-

venção econômica, que antiga-

mente era chamada de fundo

perdido. Nossos agentes são

FAPs (fundações de amparo à

pesquisa) e cada estado tem

uma. A FAP abre edital para ofe-

recer à micro e pequena empre-

sa a oportunidade de desenvol-

ver uma tecnologia de alto risco

e, para isso, libera recursos.

Queremos batertodos os recordes decontratação, seja nocrédito, no não-reembolsável e noinvestimento.

As micro epequenas empresasdispostas a entrarna área dedesenvolvimentotecnológico terãonosso suporte.

para o crescimento

Page 17: Diário do Comércio - 19/08/2014

terça-feira, 19 de agosto de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 17

PróMetalurgia S.A.EmLiquidaçãoExtrajudicial - CNPJ/MF 56.994.924/0001-05 - NIRE 35.300.049.49-7

AssembleiaGeral Extraordinária - Edital deConvocaçãoFicam os Senhores Acionistas da Pró Metalurgia S.A. - Em Liquidação Extrajudicial convocados a comparecer à Assembleia GeralExtraordinária a ser realizada em 15/09/2014, às 10:00 horas, em sua sede social, localizada na Rua AlfredoVieira Arantes, número 139,sala11,Centro,CEP13251-184,naCidadede Itatiba,EstadodeSãoPaulo,paraasnecessáriasdeliberaçõesa respeito daseguinteOrdemdoDia: a) examinar, discutir e deliberar a respeito do primeiro balanço patrimonial especial relativo ao estado de liquidação da Companhia e quadrogeraldecredores,conformeapuradospeloSenhorLiquidanteedisponibilizadosaosSenhoresAcionistasnadatade14/08/2014epublicadosnestadata no Diário Oficial do Estado e no Diário do Comércio; e b) discutir, escolher e nomear o novo liquidante da Companhia. Os documentospertinentes aos assuntos a serem discutidos nesta assembleia, bem como aqueles exigidos pela InstruçãoCVMnúmero 481/09, encontram-se àdisposição dos acionistas na sede social da Companhia, bem como em seu site (www.pmet.com.br) e nos sites da CVM e da BM&F BOVESPA.Poderão participar da Assembleia ora convocada os acionistas titulares de ações de emissão da Companhia, por si ou por seus representanteslegais ou procuradores, consoante o §1º do artigo 126 daLei número 6.404/76.Os acionistas deverão se apresentar antes do horário previsto parao início daAssembleia, conforme indicado neste Edital deConvocação, portando documentos que comprovem sua identidade e sua qualidade deacionista, nos termos do artigo 126 da Lei número 6.404/76. Itatiba, 14 de agosto de 2014.PróMetalurgia S.A. - EmLiquidaçãoExtrajudicial.

Blau Farmacêutica S.A.CNPJ/MF nº 58.430.828/0001-60

Ficam os Senhores Acionistas da Blau Farmacêutica S.A. (“Companhia”), convidados a participar da Assembleia Geral Ordinária(“AGO”), a ser realizada às 10:00 horas do dia 26 de agosto de 2014 (26.08.2014), na sede social da Companhia, localizada noMunicípio de Cotia, Estado de São Paulo, na Rodovia RaposoTavares, Km 30,5, nº 2.833, Unidade I, Prédio 100, Bairro Barro Branco,CEP 06705-030, a fim de deliberar sobre a seguinte ordem do dia: (i) tomar as contas da administração, examinar, discutir e votarias demonstrações financeiras relativas ao exercício findo em 31 de dezembro de 2013; (ii) deliberar sobre a destinação do lucroilíquido e distribuição de dividendos; (iii)i eleger os membros do Conselho de Administração para o mandato a encerrar-se naAssembleia Geral que apreciar as Demonstrações Financeiras relativas ao exercício social a findar-se em 31 de dezembro de 2016;e (iv) fixar a remuneração global anual dos administradores para o exercício de 2014. Informações Gerais: (a) Cópia dosdocumentos a serem discutidos na AGO, ora convocada, se encontra à disposição dos senhores acionistas na sede social daCompanhia conforme informado pela Diretoria mediante publicações realizadas em 24, 25 e 26 de julho de 2014, no Diário Oficialdo Estado de São Paulo e no Diário do Comércio. (b) O acionista que desejar ser representado por procurador deverá apresentar orespectivo instrumento de mandato, com poderes especiais para tanto e firmas devidamente reconhecidas, à Companhia até o dia22 de agosto de 2014. Cotia, 15 de agosto de 2014.

Marcelo Rodolfo Hahn - Presidente do Conselho de Administração

PREFEITURA DA ESTÂNCIA BALNEÁRIA DE MONGAGUÁ/SP

AVISO DE EDITALAcha-se aberto, na Prefeitura da Estância Balneária de Mongaguá, o Pregão Presencial Registro de Preço no

037/2014, Objeto: a eventual Contratação de empresa para o fornecimento parcelado de Lajota Sextavada, Guias Pré-fabricadas, e Tampas de Boca de Lobo, pelo período de 12 (doze) meses, conforme descrição e quantidades constantes do Anexo I – Termo de Referência do edital. O Início da sessão de lances dar-se-á às 09h30min, do dia 29 de agosto de 2014. O edital na íntegra encontra-se à disposição dos interessa-dos, no endereço eletrônico www.mongagua.sp.gov.br, através do aplicativo Licitações Pregão Presencial. Para qualquer esclarecimento, entrar em contato telefone (13) 3445-3067 – 3445-3082, e e-mail: licitaçã[email protected] – Fátima Aparecida Machado – Autoridade Competente.

PREFEITURA DA ESTÂNCIA BALNEÁRIA DE MONGAGUÁ/SP

AVISO DE EDITALAcha-se aberto, na Prefeitura da Estância Balneária de Mongaguá, o Pregão Presencial Registro de Pre-ço no 038/2014, Objeto: a eventual aquisição de inseticidas, Isca, Raticida, Larvicida e Moluscicida, para o Centro de Controle de Zoonoses, para entrega parcelada pelo período de 12 (doze) meses, conforme descrição e quantidades constantes do Anexo I – Termo de Referência do edital. O Início da sessão de lances dar-se-à às 14h30min, do dia 29 de agosto de 2014. O edital na íntegra encontra-se à disposição dos interessados, no endereço eletrônico www.mongagua.sp.gov.br, através do aplicativo Licitações Pregão Presencial. Para qualquer esclarecimento, entrar em contato telefone (13) 3445-3067 – 3445-3082, e e-mail licitaçã[email protected] – Fátima Aparecida Machado – Autoridade Competente.

PREFEITURA DA ESTÂNCIA BALNEÁRIA DE MONGAGUÁ/SP

AVISO DE EDITALAcha-se aberto, na Prefeitura da Estância Balneária de Mongaguá, o Pregão Presencial Registro de Preço no 039/2014, Objeto: a eventual aquisição de 2.400 (dois mil e quatrocentos) litros de herbicida de ação pré e pós emergente, com efeito prolongado ao solo, durabilidade de no mínimo 12 (doze) meses, sem restri-ções a entrada de pessoas e animais nas áreas aplicadas, princípio ativo imazapyr, registrado pelo IBAMA, embalado em galão com 05 (cinco) litros, para entrega parcelada pelo período de 12 (doze) meses, confor-me descrição e quantidades constantes do Anexo I – Termo de Referência do edital. O Início da sessão de lances dar-se-á às 09h30min, do dia 01 de setembro de 2014. O edital na íntegra encontra-se à disposição dos interessados, no endereço eletrônico www.mongagua.sp.gov.br, através do aplicativo Licitações Pre-gão Presencial. Para qualquer esclarecimento, entrar em contato telefone (13) 3445-3067 – 3445-3082, e e-mail licitaçã[email protected] – Fátima Aparecida Machado – Autoridade Competente.

PREFEITURA MUNICIPAL DA ESTÂNCIA DE CAMPOS DO JORDÃOA PREFEITURA MUNICIPAL DA ESTÂNCIA DE CAMPOS DE JORDÃO faz saber a quem possa interessar que: * às 10:00horas do dia 04/09/2014, realizará a abertura dos envelopes referentes à abertura da Sessão da TOMADA DE PREÇO Nº 017/2014, que tem como objeto a Contratação de Empresa de Engenharia Especializada para a Execução de Obras deInfraestrutura Urbana em Vias do Município no Jardim Frei Orestes, Vila Santo Antônio e Jardim Leonor Mendes de Barros,conforme especificado no Edital e seus Anexos. Vistoria Técnica obrigatória: A vistoria deverá ser previamente agendadapara os dias 21 e 22 de agosto de 2014, às 10:00 horas, ou em outra data a ser requerida pela licitante, mediante préviasolicitação. As empresas interessadas deverão agendar sua visita junto à Secretaria Municipal de Obras, através do telefone(12) 3664-5100, com a servidora Karen. O valor do Edital é de R$ 20,00 (vinte reais) cada, mediante recolhimento ao TesouroMunicipal, ou gratuitamente através de solicitação por e-mail: [email protected]; O Edital completo e maioresinformações poderão ser obtidos no Departamento de Licitações, situado a Rua Frei Orestes Girardi, nº 839, Vila Abernéssia,neste Município, de segunda a sexta feira, no horário das 11:00 às 16:00 h, ou pelo tel: (0xx12) 3662-3685. Campos doJordão, 15 de agosto de 2014. Lucineia Gomes da Silva Paulino Braga - PRESIDENTE DA CPL.

PREFEITURA MUNICIPAL DEPINDAMONHANGABA

EDITAL RESUMIDOPREGÃO PRESENCIAL Nº 123/2014

A Prefeitura torna público que se acha aberto no Depto. de Licitações e Compras, sito na Av. N. Sra. do Bom Sucesso, nº 1.400, Bairro Alto do Cardoso, o PP nº 123/2014, referente à “aquisição de 500 metros (20 peças) de raia para piscina de 25 metros para os centros esportivos, visando a troca desses materiais que se encontram desgastados ou quebrados e para a segurança dos usuários para evitar acidentes” com encerramento dia 29/08/2014, às 14h00, e abertura às 14h30. O edital estará disponível no site www.pindamonhangaba.sp.gov.br. Maiores infor-mações poderão ser obtidas no endereço supra, das 8h00 às 17h00, ou através do tel.: (12) 3644-5600.Pindamonhangaba, 18 de agosto de 2014.

PREGÃO PRESENCIAL RP Nº 125/2014A Prefeitura torna público que se acha aberto no Depto. de Licitações e Compras, sito na Av. N. Sra. do Bom Sucesso, nº 1.400, Bairro Alto do Cardoso, o PP RP nº 125/2014, referente à “aquisição de camiseta para tender a programação referente ao calendário do ano de 2014 do Departamento de Assistência Social” com encer-ramento dia 01/09/2014, às 14h00, e abertura às 14h30. O edital estará disponível no site www.pindamonhangaba.sp.gov.br. Maiores informações poderão ser obtidas no endereço supra, das 8h00 às 17h00, ou através do tel.: (12) 3644-5600.Pindamonhangaba, 18 de agosto de 2014.

PREGÃO PRESENCIAL RP Nº 196/2014A Prefeitura torna público que se acha aberto no Depto. de Licitações e Compras, sito na Av. N. Sra. do Bom Sucesso, nº 1.400, Bairro Alto do Cardoso, o PP RP nº 196/2014, referente à “aquisição de arquivos deslizantes por face, acessórios e componentes por menor preço global por um período de 12 meses” com encerra-mento dia 01/09/2014, às 08h00, e abertura às 08h30. O edital estará disponível no site www.pindamonhangaba.sp.gov.br. Maiores informações poderão ser obtidas no endereço supra, das 8h00 às 17h00, ou através do tel.: (12) 3644-5600.Pindamonhangaba, 18 de agosto de 2014.

PREGÃO PRESENCIAL RP Nº 241/2014A Prefeitura torna público que se acha aberto no Depto. de Licitações e Compras, sito na Av. N. Sra. do Bom Sucesso, nº 1.400, Bairro Alto do Cardoso, o PP RP nº 241/2014, referente à “contratação de empresa especializada na prestação de serviço de arbitragem de futebol de salão, visando atender aos campeonatos orga-nizados ou apoiados pela SEJELP” com encerramento dia 29/08/2014, às 14h00, e abertura às 14h30. O edital estará disponível no site www.pindamonhangaba.sp.gov.br. Maiores informações poderão ser obtidas no endereço supra, das 8h00 às 17h00, ou através do tel.: (12) 3644-5600.Pindamonhangaba, 18 de agosto de 2014.

PREGÃO PRESENCIAL RP Nº 242/2014A Prefeitura torna público que se acha aberto no Depto. de Licitações e Compras, sito na Av. N. Sra. do Bom Sucesso, nº 1.400, Bairro Alto do Cardoso, o PP RP nº 242/2014, referente à “contratação de empresa especializada na prestação de serviço de arbitragem para futebol de campo e arbitragem para outras modalidades esportivas (atletismo, basquete, ciclismo, ginástica rítmica, handebol, judô, entre outros), visando atender aos diversos campeonatos organizados ou apoiados pela SEJELP” com encerramento dia 29/08/2014, às 08h00, e abertura às 08h30. O edital estará disponível no site www.pindamonhangaba.sp.gov.br. Maiores infor-mações poderão ser obtidas no endereço supra, das 8h00 às 17h00, ou através do tel.: (12) 3644-5600.Pindamonhangaba, 18 de agosto de 2014.

AVISO DE EDITAL - PREGÃO PRESENCIAL Nº 058/2014FACE ALTERAÇÕES NO EDITAL, DO PREGÃO PRESENCIAL cujo o objeto é o REGISTRO DE PREÇOS PARA AQUISIÇÕES FUTURAS DE EQUIPAMENTOS DE INFORMÁTICA, PARA AS SECRETARIAS DA PREFEITURA MUNICIPAL DE REGISTRO, PELO PERÍODO DE 12 (DOZE) MESES. IMPORTANTE: RECEBIMENTO DA DECLARAÇÃO DE PLENO ATENDIMENTO AOS REQUISITOS DE HABILITAÇÃO, A DECLARAÇÃO DE MICROEMPRESA OU EMPRESA DE PEQUENO PORTE (SE FOR O CASO) E ENVELOPES DE PROPOSTA E HABILITAÇÃO: até o dia 01/09/2014.CREDENCIAMENTO: início às 14h do dia 01/09/2014.TÉRMINO DO CREDENCIAMENTO se dará com a abertura do primeiro Envelope – Proposta de Preços, com início previsto para às 14h30min. Este horário poderá ser dilatado, desde que haja licitantes presentes a serem creden-ciados. INÍCIO PREVISTO DA SESSÃO PÚBLICA: às 14h30min do dia 01/09/2014. FORMALIZAÇÃO DE CONSULTAS: Pelo telefone (13) 3828-1000 r. 1048 ou Tel/Fax (13) 3821-2565 ou pelo e-mail [email protected]. O Edital completo poderá ser obtido pelos interessados na Seção Técnica de Compras, Material e Licitação, de segunda a sexta-feira, no horário de 08:30 às 17:00 horas ou pelo endereço eletrônico da Prefeitura Municipal de Registro www.registro.sp.gov.br, opção “Editais e Licitações”. Registro, 18 de agosto de 2014. DÉBORA GOETZ - Secretária Municipal de Administração

Requerente: Granterra Comércio de Alimentos Ltda. Requerido: Mon-

tepino Ltda. Avenida Afonso de Sampaio e Sousa, 299 – Jardim Nossa

Senhora do Carmo - 1ª Vara de Falência.

Recuperação Judicial

Requerente: Agrofi eld Centro Oeste Comércio de Produtos Agrícola

Ltda. Requerido: Infi nity Agrícola S/A. Rua Joaquim Floriano, 416 - 9°

Andar – Itaim Bibi - 2ª Vara de Falências.

FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL

Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de

São Paulo, foram ajuizados no dia 18 de agosto de 2014, na Comarca

da Capital, os seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial

e recuperação judicial:

INCLUSÃO POSTA À MESAA sueca Ebba Akerman descobriu a fórmula de fazer os imigrantes, que se sentem isolados, integrarem-se à sociedade local: organiza jantares.

Suzanne DaleyThe New York Times

No a n o p a s s a d o ,

quando Ebba Aker-

man, de 31 anos,

ensinava sueco pa-

ra os imigrantes da cidade, en-

controu um de seus alunos no

metrô e perguntou se ele esta-

va gostando de viver no país. E

ficou muito perturbada com a

resposta que recebeu. O ho-

mem deu de ombros, dizendo

que a vida não era muito dife-

rente da que tinha deixado pa-

ra trás, no Afeganistão. Ficou

claro para ela que a maioria de

seus alunos, vivendo em bair-

ros lotados de imigrantes, pra-

ticamente não tinha contato

com os suecos nativos.

Nos meses seguintes, deci-

diu mudar aquele estado de

coisas, chamando a si mesma

de "ministra dos jantares",

responsável pelo Departa-

mento de Convites, usando o

Facebook e o Instagram na

tentativa de reunir suecos e

imigrantes para desfrutarem

uma refeição juntos, quase co-

mo acontece nos sites de na-

moros. "Permitimos às pes-

soas entrarem no nosso país,

mas não em nossa socieda-

de", admitiu Ebba.

Era uma noite de sexta e ela

picava legumes, com duas me-

sas de piquenique já montadas

e arrumadas no pátio do con-

domínio onde mora, um reta-

lho imenso de tecido indiano

servindo de toalha de mesa.

"Até que finalmente decidi fa-

zer alguma coisa a respeito.

Decidi ser o elo de ligação".

Ela conta que, a princípio, a

ideia não pegou; muitos sue-

cos clicaram o botão "curtir"

do Facebook, mas poucos fo-

ram os que se animar a rece-

bê-los em suas casas. Até que,

depois de várias aparições na

TV e artigos sobre sua iniciati-

celamentos e casos de timidez

extrema. Um imigrante che-

gou horas atrasado, trazendo

uma sacola de compras, inclu-

sive iogurte e leite, para se

desculpar. Outros se perde-

ram e tiveram que ser "resga-

tados" porque não entende-

ram o sistema de numeração

das casas.

FUGA DA GUERRA

De uns anos para cá, a Sué-

cia, assim como muitos países

europeus, viu o apoio aos par-

tidos anti-imigração crescer,

consequência da dificuldade

de integração de um número

recorde de estrangeiros – e

muitos deles acabam moran-

do em prédios em que há pou-

cos ou nenhum nativo. Cerca

de 20% da população da Sué-

cia ou nasceram no exterior

ou são descendentes diretos

de imigrantes, bem diferente

maioria dos suecos não vê is-

so", lamenta.

Reunir as pessoas para co-

mer também é uma maneira

de eliminar as diferenças en-

tre elas em termos sociais e

econômicos. "Os encontros

que meus alunos tiveram com

suecos até agora não foram

realmente de igual para igual,

mas quando as pessoas se

sentam à mesma mesa para

comer, essa sensação desa-

parece. É um lance bem bási-

co", filosofa ela.

Há pouco tempo, Ebba con-

seguiu reunir doze pessoas,

entre elas um casal de meia-

idade de Bangladesh que le-

vou um frango que preparou

especialmente para a oca-

sião, uma moça recém-chega-

da de Camarões com os dois fi-

lhos, um especialista em Mar-

keting sueco, a mãe de uma de

suas amigas e um médico resi-

dente sueco, sendo que todos

já tinham participado do pro-

jeto. A conversa foi sobre ex-

periências boas, divertidas e

mal-entendidos.

O especialista em Marke-

ting, Henrik Evrell, contou

que servira espaguete à bolo-

nhesa, o prato mais sueco

que conhecia, à convidada da

Costa do Marfim. No começo

foi difícil se comunicar por-

que o sueco dela era muito

Fotos: Casper Hedberg/NYT

ruim, mas não demorou a

descobrirem que ambos fala-

vam francês e gostavam dos

mesmo músicos. Depois de

comerem, passaram o resto

da noite em frente ao compu-

tador buscando músicas no

Spotify que achavam que o

outro ia gostar. "No fim foi

bem fácil", resume Evrell,

que acha que Ebba deveria

criar uma fundação para con-

tinuar o trabalho de unir pes-

soas em tempo integral.

Becky Faith, que saiu de Ca-

marões para morar na Suécia

há um ano e meio, disse que

convidou um casal sueco, Jen-

ny e Olaf, para ir à sua casa e

preparou peixe, batata e sala-

da. Os jovens – ele, enfermei-

ro, ela, balconista – levaram as

crianças de quem estavam to-

mando conta. "Foi ótimo", re-

sume Becky, para quem al-

guns suecos são muito tími-

dos, mas que, depois que su-

peram a barreira inicial, são

"muito legais".

Já na casa de Ebba, porém,

algumas mancadas culturais

são inevitáveis. Uma vez um

sueco chegou com um cachor-

ro imenso na reunião, o que fez

com que os filhos de Becky e

duas jovens paquistanesas se

encolhessem em um canto.

Fatima Haroon, uma das mu-

lheres presentes, tentando ser

corajosa, explicou que cães tão

grandes geralmente são usa-

dos pela polícia de seu país.

Kenrik Evrell,um sueconativo,conversa comimigrantesde Camarões.Os jantaresinclusivos jáchegaram aatrair 800pessoas deuma só vez.

va, o projeto pareceu decolar e

agora Ebba tem que se desdo-

brar para atender às 800 pes-

soas que querem participar.

Os imigrantes são, na maio-

ria, interessados e flexíveis; já

os suecos preferem escolher

uma data com dois meses de

antecedência.

Dificilmente seu Departa-

mento de Convites poderia ser

comparado ao Match.com ou

ao eHarmony, pois, embora a

ideia tenha rendido a Ebba

certa fama no país, ela garan-

te que não passa de uma jo-

vem com uma agenda de pa-

pel tentando reunir pessoas

em seu tempo livre. De risada

fácil e jeito descontraído, des-

carta a noção de que deveria

levar em consideração a idade

e os interesses comuns das

pessoas. As únicas coisas que

lhe interessam são as alergias

alimentares de que por acaso

sofram e as datas em que es-

tão disponíveis. "É só um jan-

tar. É impossível duas pessoas

não terem assunto para uma

conversa durante uma refei-

ção", resume.

Praticamente todos os en-

contros são um sucesso – em-

bora já tenha havido proble-

mas, incluindo gente que sim-

plesmente não apareceu, can-

dos 11% de 2000. Os recém-

chegados são quase sempre

das áreas que estão ou estive-

ram em conflito: Afeganistão,

Bálcãs, Costa do Marfim, So-

mália e Síria.

Segundo as pesquisas, mui-

tos suecos apoiam os imigran-

tes e refugiados, mas uma mi-

noria incipiente os culpa pela

criminalidade e se preocupa

com os custos decorrentes de

sua adaptação; já os que che-

gam, por sua vez, também

descarregam a frustração de

serem marginalizados.

Ebba, que tem mestrado em

Utilização Sustentável e, co-

mo muitos outros jovens sue-

cos, interrompeu os estudos

para viajar pelo mundo, sabe

muito bem que sua iniciativa

não vai solucionar os proble-

mas do país, mas espera reali-

zar muitos outros encontros

antes das próximas eleições,

em setembro. "Torço para que

essas reuniões sejam um co-

meço, uma abertura com po-

tencial para iluminar a mente

de todos os envolvidos", torce

ela. "Eu ia para esses bairros

para dar aulas e percebi que,

apesar de distantes, eram lu-

gares muito interessantes,

um verdadeiro tesouro em Es-

tocolmo, mas infelizmente a

Ebba Akermanchama a simesma deministra dosjantares:"é impossívelduas pessoasnão teremassunto parauma conversadurante umarefeição".

Page 18: Diário do Comércio - 19/08/2014

18 -.ECONOMIA/LEGAIS DIÁRIO DO COMÉRCIO terça-feira, 19 de agosto de 2014

Edital de Leilões EletrônicosArtigo 689-A do CPC e Provimento CSM nº 1625/2009 do E. TJSP02ª Vara Cível do Foro Regional de Santo Amaro da Comarca de Capital/SP.02º Ofício Cível do Foro Regional de Santo Amaro da Comarca de Capital/SP.

Edital de 1ª e 2ª Leilões Eletrônicos de Bem(ns) Imóvel(eis) e para Intimação do(s) executado(s) Carlos Cesar Moretzsohn Rocha, Ana Maria Sampayo Alvarez, de Tânia Maria Cubria, Tennis Time Academias de Tênis Desportos e Comércio Ltda. atualmente denominada Piace Participações Ltda, Banco Panamericano S/A, Instituto Nacional de Seguro Social – INSS, Fazenda Pública do Estado de Minas Gerais, Fazenda Nacional, na pessoa do Ilmo. Sr. Dr. Procurador - Chefe da 3ª Região, Sociedade Melhoramentos Chácara Flora, na pessoa de seu representante legal, Prefeitura do Município de São Paulo, do(s) respectivo(s) eventual(ais) novo(s) cônjuge(s) da(s) pessoa(s) física(s) citada(s), além do(s) eventual(ais) atual(ais) ocupante(s) do(s) imóvel(eis) abaixo, expedido nos autos da Execução de Título Extrajudicial promovida por Fundação Rede Ferroviária de Seguridade Social - Refer, processo nº 0197299-19.1999.8.26.0002.O(a) Dr(a). Paulo André Bueno de Camargo, MM Juiz(a) de Direito da 02ª Vara Cível do Foro Regional de Santo Amaro da Comarca de Capital/SP. na forma da lei, etc., com fulcro no artigo 689-A do CPC, regulamentado pelo Provimento CSM nº 1625/2009 do C. Conselho Superior da Magistratura do E.TJSP, na forma da lei e etc.,Faz saber que por meio do sistema gestor de leilões eletrônicos www.casareisleiloesonline.com.br levará a públicos pregões para venda e arrematação o(s) bem(ns) abaixo descrito(s), sendo que o 1º. (Primeiro) Leilão terá início no dia 20 (vinte) de Agosto de 2014, às 12:00:00hs e término no dia 22 (vinte e dois) de Agosto de 2014, às 12:00:00hs e o 2º (Segundo) Leilão terá início dia 22 (vinte e dois) de Agosto de 2014, às 12:01:00hs e término no dia 12 (doze) de Setembro de 2014, às 12:00:00hs . O sistema gestor de leilões eletrônicos www.casareisleiloesonline.com.br é de titularidade do leiloeiro ofi cial Eduardo dos Reis, inscrito na JUCESP sob nº 748, com endereço na cidade de São Paulo/SP na Rua da Glória, nº 18, cj. 53, Liberdade, CEP: 01510-000, fone: 11 - 3101.2345, e-mail: [email protected]. Intimação(ões). Pelo presente edital fi ca(m) intimado(s) das designações supra, na hipótese de não localizado(s) para intimação(ões) pessoal(ais), o(s) executado(s) Carlos Cesar Moretzsohn Rocha, Ana Maria Sampayo Alvarez, além de Tânia Maria Cubria, Tennis Time Academias de Tênis Desportos e Comércio Ltda. atualmente denomi-nada Piace Participações Ltda, Banco Panamericano S/A, Instituto Nacional de Seguro Social – INSS, Fazenda Pública do Estado de Minas Gerais, Fazenda Nacional, na pessoa do Ilmo. Sr. Dr. Procurador - Chefe da 3ª Região, Sociedade Melhoramentos Chácara Flora, na pessoa de seu representante legal, Prefeitura do Município de São Paulo, o(s) respectivo(s) eventual(ais) novo(s) cônjuge(s) da(s) pessoa(s) física(s) citada(s), além do(s) eventual(ais) atual(ais) ocupante(s) do(s) imóvel(eis) abaixo. Bem(ns). Lote 01 (um): Terreno, e respectivas edifi cações, situados nesta Ca-pital/SP à atual Rua Canaan, 530 (antiga Rua Quatro) constante do lote nº 10 da quadra nº 02 da Chácara Flora, no 29º Subdistrito - Santo Amaro, medindo 55,40m em linha curva de frente para a Rua Canaan, por 52m do lado direito, 65,10m do lado esuqedo e 30,20 nos fundos, encerrando a área de terreno de 2.561m² e confrontando, de quem da rua olha, nos lados e nos fundos com Orury Albert McMillem. A Certidão de Dados Cadastrais da Municipalidade indica área construída de 898,00m².. O(s) imóvel(eis) em tela é (são) objeto(s) da(s) matrícula(s) nº(s) 201.027 do 11ª CRI/SP, nº de contribuinte na Municipalidade 090.015.0012-9. Da(s) Matrícula(s) do(s) imóvel(eis). Da Matrícula nº 201.027 do 11ª CRI/SP se verifi ca: que no terreno foi construído um prédio sob n° 530 da Rua Canaan (Av. 7); consta ainda hipoteca em favor de Tânia Maria Cubria; penhora em favor de Tennis Time Academias de Tênis Desportos e Comércio Ltda. (R.11) oriunda de Ação Sumária processada perante a 1ª Vara Cível Foro Regional de Santo Amaro sob nº 0178784.09.1994.8.26.0002; penhora em favor de Tennis Time Academias de Tênis Desportos e Comércio Ltda. (R.12) oriunda de Execução de Título Extrajudicial processada perante a 6ª Vara Cível Foro Regional de Santo Amaro sob nº 0171183.83.1993.8.26.0002 (002.93.171183-9); penhora em favor do Banco Panamericano S/A (R.13) oriunda de Execu-ção de Título Extrajudicial processada perante a 25ª Vara Cível do Foro Central desta Capital/SP sob atual n° 0549303-93.1995.8.26.0100; penhora em favor da Fazenda Pública do Estado de Minas Gerais (R.15) oriunda de Execução Fiscal processada perante a MM Juízo de Direito da Comarca de Santa Rita do Sapucaí/MG sob atual nº 059602000181-1 (0001811-48.2002.8.13.0596); penhora em favor do INSS – Instituto Nacional de Seguridade Social (R.16) oriunda de Execução Fiscal processada perante a MM Juízo de Direito da 5ª Vara de Execuções Fiscais desta Capital/SP sob nº 0554013-19.1998.4.03.6198; penhora em favor da Fazenda Nacional (R.17) oriunda de Execução Fiscal processada pe-rante a MM Juízo de Direito da 7ª Vara de Execuções Fiscais desta Capital/SP sob nº 0039856-59.2002.4.03.6182; pe-nhora exeqüenda (R.14 e R.18); penhora em favor da Fazenda Nacional (Av. 19) oriunda da Execução Fiscal processada perante a 7ª Vara da Justiça Federal de Primeiro Grau desta Capital/SP sob n° 0038909-05.2002.403.6182; indisponibili-dade de bens e Direitos do executado (Av. 20), por decisão proferida pelo MM Juízo da 7ª Vara Cível de Execuções Fiscais do Tribunal Regional Federal da Terceira Região desta Capital/SP sob o atual 0000039-85.2002.4.03.6182. Informações Complementares sobre o(s) bem(ns). Os executados permanecem no exercício da posse direta do bem.. Da(s) Avaliação(ões) do(s) bem(ns): Avaliação(ões) original(ais): R$ 6.400.000,00 para abr/2012. Avaliação(ões) atualizada(s): R$ 7.347.541,21 para jun/2014. As cifras em tela serão atualizadas monetariamente pela tabela prática do E. TJSP até a data da alienação judicial. Condições de Leilão e Arrematação: O(s) bem(ns) será(ão) ofertado(s) para arrematação em lote único. Em primeiro leilão o(s) bem(ns) será(ão) entregue(s) a quem mais der acima(s) da(s) respectiva(s) avaliação(ões). Em segundo leilão o(s) bem(ns) será(ão) entregue(s) a quem mais der, rejeitados lances inferiores ao equivalente a 70% (setenta por cento) do valor da avaliação atualizada do respectivo lote (art. 692 do CPC e art. 13 do Prov. CSM n. 1625/2009). O(s) imóvel(eis) será(ão) vendido(s) em caráter “ad corpus”, sendo que as áreas mencionadas são meramente enunciativas e repetitivas das dimensões constantes do registro imobiliário, não sendo ca-bível qualquer pleito com relação ao cancelamento da(s) arrematação(ões), abatimento de preço(s) ou complemento(s) de área(s), por eventual(ais) divergência(s) entre o que constar da(s) descrição(ões) do(s) imóvel(eis) e a realidade exis-tente. O(s) arrematante(s) adquire(m) o(s) imóvel(eis) no estado de conservação em que se encontra(m) e declara(m) ter pleno conhecimento de suas instalações, nada tendo a reclamar quanto a eventual(ais) vício(s), ainda que oculto(s), ou defeito(s) decorrente de uso, a qualquer título e a qualquer tempo, assumindo a responsabilidade pela eventual regulari-zação que se fi zer necessária. O Auto de Arrematação somente será assinado pelo Juízo após a comprovação do paga-mento integral do valor da arrematação e da comissão do gestor judicial do sistema, dispensadas as demais assinaturas referidas no art. 694 do Código de Processo Civil (art. 20 do Prov. CSM nº. 1625/2009). Condições de Participação: O interessado em participar dos leilões deverá cadastrar-se no sistema gestor www.casareisleiloesonline.com.br com antecedência mínima de até 48 (quarenta e oito) horas da data da primeira praça. O cadastramento no sistema gestor para a participação em alienações judiciais eletrônicas (leilões judiciais eletrônicos) conduzidas por este gestor é indis-pensável e gratuito. Por se tratarem de leilões eletrônicos, se admite apenas o recebimento de lances virtuais, os quais somente poderão ser ofertados por meio do sistema gestor www.casareisleiloesonline.com.br. Não são admitidos lances via fax, de viva voz ou entregues no escritório do leiloeiro ofi cial responsável. O interessado poderá ofertar mais de um lance para um mesmo bem, prevalecendo sempre o maior lance ofertado. Não há nenhum custo para o Usuário ofertar lances por meio de www.casareisleiloesonline.com.br . Condições de Pagamento: Do Preço da Arremata-ção: No caso de liquidação à vista e imediata do preço da arrematação, o(s) arrematante(s) deverá(ão) efetuar o paga-mento do preço do bem no prazo improrrogável de até 24 (vinte e quatro) horas após o encerramento da alienação judicial eletrônica condicional, por meio de depósito judicial a ser efetivado em favor do Juízo expropriatório, em guia de depósito judicial do Banco do Brasil S/A, a ser obtida em uma de suas agências ou por meio do website http://www.bb.com.br (no campo Depósitos Judiciais), sob pena de desfazimento da arrematação. Alternativamente, será ainda admitido o comple-mento do pagamento do preço da arrematação em de até 15 (quinze) dias após o encerramento da alienação judicial eletrônica condicional, mediante caução (art. 690-A do CPC) equivalente a 30% (trinta por cento) do valor da arrematação, a ser neste caso liquidada pelo(s) arrematante(s) no prazo improrrogável de até 24 (vinte e quatro) horas após o encerra-mento da alienação judicial eletrônica condicional, por meio de depósito judicial a ser efetivado nos moldes acima, fi cando obrigado(s) o(s) arrematante(s) a complementar o preço da aquisição no prazo improrrogável de até 15 (quinze) dias após o encerramento da alienação judicial eletrônica condicional, sob as penas do parágrafo único do art. 690-A do CPC e sem prejuízo das demais penalidades abaixo. Caso o exequente venha a arrematar o(s) bem(ns) não estará obrigado a exibir o preço, salvo se o valor do bem exceder o de seu crédito, hipótese em que fi cará obrigado a depositar dentro do prazo de 03 (três) dias da arrematação a diferença dos valores, sob pena de ser tornada sem efeito a arrematação. Não sendo efetuado pelo(s) arrematante(s) o depósito da oferta, os lanços imediatamente anteriores serão submetidos à apreciação do MM Juízo. Da Comissão Devida à Casa Reis Leilões Online: A comissão do sistema gestor será de 5% ( cinco por cento) sobre o valor de cada arrematação e correrá por conta do(s) respectivo(s) arrematante(s) (cf. inciso IV do art. 705 do CPC). O pagamento da comissão devida à Casa Reis Leilões Online deverá ser realizado no prazo improrrogável de até 24 (vinte e quatro) horas a contar do encerramento da alienação judicial eletrônica condicional, por meio de depósito em dinheiro na rede bancária, DOC ou TED – Transferência Eletrônica Disponível endereçado ao Banco Santander S/A (nº 033), agência nº 2146, Conta Corrente nº 01010200-9, de titularidade do leiloeiro ofi cial Eduardo dos Reis, inscrito no CPF/MF sob nº 252.758.888-30, sob pena de desfazimento da arrematação. Penalidades. Decorridos o prazo sem que arrematante tenha realizado os depósitos, tal informação será encaminhada ao MM Juízo competente para a aplicação das medidas legais cabíveis. O não pagamento do preço da aquisição e/ou da comissão do leiloeiro ofi cial implicará ao ofertante remisso a imposição de multa a ser oportunamente arbitrada pelo MM Juízo expropriatório, a imposição das outras penalidades previstas pelo artigo 695 do CPC e a aplicação ao caso de adquirente remisso do previsto pelo artigo 358 do Código Penal. Documentos a serem enviados pelo(s) arrematante(s): No prazo improrrogável de até 24 (vinte e quatro) horas da realização do devido depósito judicial do preço da arrematação, o(s) arrematante(s) deverá(ã0) enca-minhar para o leiloeiro ofi cial Eduardo dos Reis, a fi m de que sejam juntados aos autos do processo para expedição de Carta de Arrematação e sob pena de eventual desfazimento da aquisição, os seguintes documentos: 01 (uma) via do competente de depósito judicial do preço da arrematação e 01 (uma) cópia autenticada do comprovante de depósito bancário da comissão devida ao gestor e efetuado na conta corrente adiante especifi cada; no caso de arrematante pessoa física deverá encaminhar, ainda, cópias autenticadas da Cédula de Identidade, do Comprovante de Inscrição no CPF/MF, de Certidão de Casamento atualizada, se for o caso, e Comprovante de Residência; no caso de arrematan-te pessoa jurídica: cópias autenticadas dos Atos Constitutivos da empresa (Contrato Social Consolidado ou Estatuto e Ata de Eleição da Diretoria); de Comprovante de Inscrição no CNPJ/MF; de Comprovante de Endereço; das Cédulas de Identidades e dos Comprovantes de Inscrição no CPF/MF dos sócios e representantes legais. Dispositivos legais. . Nos termos do parágrafo único do art. 130 do Código Tributário Nacional, os débitos tributários de caráter propter rem a incidi-rem sobre o imóvel fi carão sub-rogados sobre o preço da arrematação, fi cando desonerado(s) o(s) eventual(ais) futuro(s) arrematante(s) do pagamento destes, se o caso. Aplicar-se-á, ainda, o art. 655-B do CPC, no sentido de que a meação do cônjuge/proprietário alheio a execução recairá sobre o produto da alienação. Serão aplicados, ademais, os artigos 1499, inciso VI, e 1501 do Código Civil, para fi ns de cancelamento da hipoteca, se o caso; Aplicar-se-á o parágrafo único do art. 693 c/c art. 707 do CPC, no tocante a(s) oportuna(s) expedição(ões) de Carta(s) de Arrematação(ões) e Mandado(s) de Entrega / Imissão na Posse do(s) bem(ns) arrematado(s) em favor do(s) adquirente(s), desde que preen-chidos os requisitos do artigo 694 do CPC e mediante comando expresso do MM Juízo expropriatório. Serão aplicadas quaisquer outras normas e dispositivos legais cujo MM Juízo expropriatório entenda pertinentes e cabíveis. Informações e Disposições Finais. Dos autos se verifi ca: Agravo de Instrumento nº 2001668-21.2013.8.26.0000, oposto face r. despacho de fl s. 1642/1643, em julgamento realizado em 1º de julho de 2013 pela 33ª Câmara de Direito Privado do Tri-bunal de Justiça de São Paulo teve o seguinte resultado “Negaram provimento ao recurso, com imposição de sanção ao agravante por litigância de má-fé. V.U.” - Ementa: “EXECUÇÃO Aluguéis e encargos de locação de imóvel Praceamento do imóvel penhorado Nulidades relacionadas à legitimidade passiva, validade da fi ança e intimação do cônjuge do deve-dor acerca da penhora Não reconhecimento Recurso não provido com imposição de sanções ao agravante por litigância de má-fé”, conforme. V. Acórdão fl s. 1812/1819 dos autos, este por sua vez objeto de respectivos Embargos de Declaração nº 2001668-21.2013.8.26.0000/50001, aos quais, no dia 19 de agosto de 2013 “Rejeitaram os embargos. V. U.” (V. Acór-dão fl s. 1820/1822), e, ainda, de Recurso Especial nº 2001668-21.2013.8.26.0000, ao qual o Exmo. Sr. Dr. Silveira Paulilo Desembargador Presidente da Seção de Direito Privado do Tribunal de Justiça negou seguimento ao recurso especial em10 de outubro de 2013, r. decisão esta objeto de Agravo de Instrumento de Despacho Denegatório de Recurso Espe-cial processado perante o E. Superior Tribunal de Justiça como AREsp nº 454276/SP (2013/0416771-3), ainda pendente de julgamento; Agravo de Instrumento nº 2051390-87.2014.8.26.0000 da 33ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo oposto face r. despacho de fl s. 1957, processado independente de efeitos suspensivo conforme r. despacho de lavra do Exmo. Sr. Dr. Relator Desembargador Sá Duarte de 3 de abril de 2014 e que em julgamento reali-zado em 12 de maio de 2014 pela 33ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo teve o seguinte resultado: “Negaram provimento ao recurso com imposição de multa ao agravante. V. U.” – Ementa: “EXECUÇÃO DE TÍ-TULO EXTRAJUDICIAL Excesso de penhora Não reconhecimento Decisão que se reputa acertada Devedor que se opõe maliciosamente à execução Reiteração da prática Imposição de nova sanção Agravo de instrumento não provido, com imposição de multa ao agravante”, sendo que o respectivo V. Acórdão (fl s. 2716/2719) foi disponibilizado no DJE em 29 de maio de 2014 e é objeto de Embargos de Declaração processados sob o mesmo nº 2051390-87.2014.8.26.0000 e os quais no dia 16 de junho de 2014 “Rejeitaram os embargos. V. U.” (V. Acórdão fl s. ), sendo que até o dia 07 de julho de 2014 ainda não havia notícia de publicação do DJE deste último referido V. Acórdão. Em 16 de junho de 2014, o r. despa-cho de fl s. 2752, disponibilizado no DJE em 18 de junho de2014, assim decidiu: “Vistos. Indefi ro o pedido de cancelamen-to de penhora sob a alegação de que o imóvel é bem de família, uma vez que se trata de execução em face de fi ador em contrato de locação, aplicando-se, na hipótese, a regra contida no art. 3º, inc. VII, da Lei 8.009/90. Sem mais delongas, intime-se o Leiloeiro Ofi cial já indicado nos autos para as providências para a realização do leilão eletrônico do imóvel penho-rado. Deverá, oportunamente, o exequente apresentar cálculo atualizado do débito, tendo em vista a aplicação de multa nos termos do art. 601 do CPC. Int.” Até o dia 07 de julho de 2014 não havia notícia de recurso face citado r. despacho. O crédito executado monta em R$ 1.698.218,05 para junho/2014. Sobre o imóvel pesam junto à Municipalidade débitos de IPTU no im-porte de R$ 199.194,07 para julho/2014. Todas as providências e despesas necessárias à desocupação do(s) imóvel(eis) e efetiva imissão na posse correrão por conta do(s) arrematante(s). Eventuais demais ônus e pendências, bem como taxas e/ou impostos porventura incidentes sobre o(s) bem(ns) correrão por conta do(s) arrematante(s). Outras informações podem ser obtidas no webiste www.casareisleiloesonline.com.br ou, ainda, solicitadas por e-mail encaminhado para [email protected] ou pelo telefone (11) 3101.2345. E para que produza seus efeitos de direito, será o presente edital, afi xado e publicado na forma da lei. São Paulo, 21 de julho de 2014. Paulo André Bueno de Camargo - Juiz(a) de Direito.

Page 19: Diário do Comércio - 19/08/2014

terça-feira, 19 de agosto de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO ECONOMIA/LEGAIS - 19

Instituto WST SHOTO-KAN NKK - Japan Karate Association - J.K.A Brasil - CNPJ/MF nº 02.977.768/0001-45- Assembleia Geral - Convocação - O Presidente do Instituto WST SHOTO-KAN NKK - J.K.A Brasil convoca todos os associados que estiverem quites com suas contribuições sociais, conforme Estatuto, a participarem da Assembleia Geral Extraordinária, que se realizará no dia vinte e cinco de agosto de 2014, no horário das 20h00 na sede da Entidade localizada na Rua Nebraska, nº 222, Brooklin – São Paulo/SP - CEP: 04560-010, para discutirem os seguintes assuntos: 1) - Abertura de prazo para criação de chapa para eleição da Diretoria Executiva e do Conselho Fiscal para exercí-cio 2013 a 2018; 2) - Alteração da Razão Social; 3) - Reforma Estatuária; 4) - Eleição da Diretoria Executiva e do Conselho Fiscal. Sem mais, São Paulo, 15 de agosto de 2014. Yasuyuki Sasaki - Presidente.

Barbosa Mello Participações e Investimentos S.A.CNPJ/MF nº 13.419.2 11/0001-05 - Ata de Transformação da Companhia em Processo de Registro - Ata da Reunião do Conselhode Administração realizada em 21/05/13 - Data, Hora e Local: 21/05/13, às 11horas, na sede, São Paulo/SP. Convocação: Dispensa-da. Presença: Presentes todos os Conselheiros. Mesa: Presidente: Guilherme Moreira Teixeira; Secretário: Orlando Cavalcanti Lobato.Ordem do Dia e Deliberações Unânime: (I) Autorização aos Diretores para Realização de Operação. Nos termos das alíneas c e f, doinciso VIII do art. 15 do Estatuto Social, os membros do Conselho de Administração deliberaram por conceder autorização para que aCompanhia, por meio de qualquer de seus diretores (Diretor Presidente ou Diretora sem Designação Específica), assine todos os atose documentos relacionados à participação da Companhia, por meio da Mindt Participações S.A., no empreendimento denominado�Lagoa dos Ingleses�, composto por um conjunto de terrenos e glebas localizado em Nova Lima/MG, com cerca de 29.000.000 m2,bem como de todas as marcas relacionadas aos referidos imóveis, incluindo, mas não se limitando a: (a) o Contrato de Investimento,Subscrição de Ações e Outras Avenças a ser celebrado entre Companhia, JD Participações Ltda. e Execon - Assessoria Gerencial Ltda.;(b) os termos de transferência de ações de emissão da Mindt Participações S.A.; (c) a Alteração do Estatuto Social da Mindt Partici-pações S.A.; e (d) o Acordo de Acionistas da Mindt Participações S.A. Encerramento: Formalidades legais. Guilherme Moreira Teixeira -Presidente, Orlando Cavalcanti Lobato - Secretário. JUCESP nº 231.491/13-0 em 20.6.13. Gisela Simiema Ceschin - Secretária Geral.

Barbosa Mello Participações e Investimentos S.A.CNPJ/MF nº 13.419.21110001-05 - NIRE 35300453832 - Ata da Assembleia Geral Extraordinaria realizada em 19/3/14

Data, Hora e Local: 19/3/14, 9 horas, na sede da Companhia localizada em São Paulo/SP. Convocacao: Dispensada. Presenca: 100%do capital social.Mesa: Presidente: Guilherme Moreira Teixeira; e Secretario: Orlando Cavalcanti Lobato. Ordem do Dia e DeliberaçõesUnânimes: (i) Rerratificação. Deliberou-se pela rerratificação da numeração das paginas da 1ª Alteração ao Contrato Social de BetaraParticipações Ltda., (antiga denominação da Companhia), a fim que de que passe a constar como última pagina a de numero 6 e nãomais se considere como ultima pagina a de numero 20, bem como pela rerratificação da numeração das paginas da Ata de AssembleiaGeral de Transformação da Companhia (então sociedade por quotas de responsabilidade limitada) em Sociedade por Ações realizadaem 21/5/13, a fim de que a pagina de número 7 passe a ser numerada como pagina 1 e, consequentemente, renumerem-se as pa-ginas seguintes, sendo a pagina final numerada com 0 numero 14 e não mais com 0 numero 20. Lavratura e Publicacao da Ata: Foiaprovada pelos acionistas presentes a lavratura e publicação da presente ata na forma permitida pelos parágrafos 1° e 2° do artigo130 da Lei das Sociedades por Ações. Encerramento: Formalidades Legais. Extrato da Ata. Mesa: Guilherme Moreira Teixeira - Presi-dente. Orlando Cavalcanti Lobato Secretário. JUCESP nº 183.504/14-8 em 8.5.14. Flávia Regina Britto - Secretária Geral em Exercício.

Barbosa Mello Participações e Investimentos S.A. - (Nova Denominação Social é Barbosa Mello Participações e Investimentos Ltda.)CNPJ/MF nº 13.419.211/0001-05

Ata da Assembleia Geral de Transformação em Sociedade por Ações da Sociedade por Quotas de Responsabilidade Limitada Barbosa Mello Participações e Investimentos Ltda. realizada em 21/4/13Data, Hora e Local: 21/5/13, 9:00 horas, na sede da Companhia, localizada em São Paulo/SP. Convocação: Dispensada. Presença:100% do capital social. Mesa: Presidente: Guilherme Moreira Teixeira; e Secretário: Orlando Cavalcanti Lobato. Ordem do Dia e Deli-berações Unânimes: (i) Alteração do Tipo Societário. A Barbosa Mello Participações e Investimentos Ltda. altera seu tipo societário deSociedade Limitada para Sociedade por Ações; (ii) Alteração da Denominação Empresarial. Em razão da alteração do tipo societário epor vontade dos acionistas, a denominação empresarial é alterada, passando a se denominar Barbosa Mello Participações e Investi-mentos S.A.; Subscrição de Ações e Integralização do Capital Social Subscrito. Em virtude da transformação jurídica ora aprovada,estipulou-se a seguinte divisão do capital social: (a) a cada quota representativa do capital social corresponderá uma ação ordináriasem valor nominal; (b) as ações serão ordinárias nominativas, sem prejuízo da proporção das participações atualmente detidas pelosacionistas no capital social, conforme Boletim de Subscrição transcrito como Anexo II à presente Ata. Assim, o capital social de R$10.000.000,00 passa a ser dividido em 10.000.000 de ações ordinárias nominativas sem valor nominal, sendo R$ 1.000.000,00 játotalmente integralizados em moeda corrente nacional, e o restante a ser integralizado em bens, créditos ou moeda corrente nacionalem até 24 meses a contar da data de registro do ato constitutivo da Companhia perante Registro de Empresas; Aprovação do Estatu-ato Social. O societário passou a leitura do modelo de Estatuto Social, o qual após a leitura, foi aprovado por unanimidade, semqualquer ressalva, sendo certo que passa a integrar a presente ata para todos os fins de direito como Anexo III; Eleição do Conselho deAdministração. Foram eleitos para compor o Conselho de Administração, para o mandato de 2 anos a contar desta data, os seguintesmembros do Conselho de Administração: (a) Guilherme Moreira Teixeira, acima qualificado, para ocupar o cargo de Presidente doConselho de Administração; (b) Orlando Cavalcanti Lobato, acima qualificado, para ocupar o cargo de Membro do Conselho de Admi-nistração; (c) Alicia Maria Gross Figueiró, brasileira, divorciada, administradora de empresas, portadora da cédula de identidade MG2.093.810 expedida pela SSP/MG, e inscrita no CPF/MF sob o nº 556.869.236-04, residente e domiciliada na cidade de Belo Horizonte,estado de Minas Gerais, na Rua Ouro Preto, 1523, apartamento 1201, bairro Santo Agostinho, para ocupar o cargo de Membro doConselho de Administração. (vi) Remuneração da Administração. Foi aprovada a fixação da uma verba global de até R$ 1.000.000,00anuais para a Administração. (vii) Declaração de Desimpedimento. Os membros do Conselho de Administração eleitos aceitam oscargos e declaram, sob as penas da Lei, para fins do disposto nos parágrafos 1° a 4° do art. 147 da Lei nº 6.404, de 15.12.76, e,cientes de que qualquer declaração falsa importa em responsabilidade criminal, que: (a) não estão impedidos por lei especial, oucondenados por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, concussão, peculato, contra a economia popular, a fé pública oua propriedade, ou a pena criminal que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos públicos; (b) possuem reputação ilibada;(c) não ocupam cargo em sociedade que possa ser considerada concorrente da Companhia, e não têm, nem representam interessesconflitantes com o da Companhia, conforme Termos de Posse lavrados no livro próprio da Companhia; (viii) Publicações. Ainda emAssembleia, os acionistas deliberaram que os administradores eleitos mandassem realizar as publicações legais nos prazos previstosnas leis aplicáveis. Encerramento: Formalidades Legais. Guilherme Moreira Teixeira - Presidente; e Orlando Cavalcanti Lobato - Se-cretário. Membros eleitos para o Conselho de Administração: Guilherme Moreira Teixeira, Orlando Cavalcanti Lobato e Alicia MariaGross Figueiró. JUCESP nº 3530045383-2 em 20.6.13. Gisela Simiema Ceschin - Secretária Geral. Anexo III - Ata de Assembleia Geralde Transformação realizada em 21/4/13. Estatuto Social - Capítulo I - Da Denominação, Objeto, Sede e Duração. Artigo 1. A Companhiatem a denominação de Barbosa Mello Participações e Investimentos S.A., sendo regida pelo presente Estatuto Social e pélas disposi-ções legais e regulamentares que lhe forem aplicáveis. Artigo 2. A Companhia tem sua sede e foro no Município de São Paulo, Estadode São Paulo, na Rua Renato Paes de Barros, 750, Conjuntos 102/103, Bairro ltaim Bibi, CEP 04530-001. Parágrafo Único. A Compa-nhia poderá abrir filiais e/ou escritórios, a qualquer tempo, no Brasil elou no exterior, mediante deliberação da Diretoria. Artigo 3. ACompanhia tem como objeto social a participação, como quotista ou acionista, em outras sociedades, sejam estas simples ou empre-sárias, e a realização de investimentos de qualquer espécie e em qualquer setor, incluindo mas sem se limitar ao imobiliário. Artigo 4.O prazo de duração da Companhia é indeterminado. Capítulo II - Capital Social e das Ações. Artigo 5. O capital social da Companhiaé de R$ 10.000.000,00, dividido em 10.000.000 de ações ordinárias nominativas e sem valor nominal, sendo R$ 1.000.000,00 já to-talmente integralizados emmoeda corrente nacional, e o restante a ser integralizado em bens, créditos ou moeda corrente nacional ematé 24 meses a contar da data de registro do ato constitutivo da Companhia perante o Registro de Empresas. § Primeiro. Observado odisposto no Artigo 11 infra, a emissão de ações da Companhia para integralização em dinheiro, bens e/ou créditos, far-se-á por deli-beração da Assembleia Geral, aplicando-se, quando couber, o disposto no art. 80 da Lei nº 6.404/76. § Segundo. Cada ação ordináriadá direito a -um voto nas deliberações da Assembleia Geral. § Terceiro. As ações são indivisíveis perante a Companhia, a qual reco-nhecerá um único proprietário para cada ação. § Quarto. A titularidade das ações será presumida pela inscrição do nome do acionis-ta no Livro de Registro de Ações da Companhia. Artigo 6. Em caso de aumento de capital social em decorrência da utilização de reser-vas e/ou fundos legais ou estatutários, assim como dos lucros que tenham sido, a qualquer título, retidos por decisão da AssembleiaGeral, poder-se-á: (i) não emitir novas ações; ou (ii) emitir novas ações, as r distribuídas a todos os acionistas de forma proporcionalà respectiva participação ciai da Companhia. Artigo 7. Os titulares de ações ordinárias nominativas receberão, relativamente aos re-sultados do exercício social em que tiveram inegralizado tais ações, dividendos proporcionais ao tempo decorrido entre a data da in-tegralização das referidas ações e o término do exercício social. Capítulo III - Assembleia Geral. Artigo 8. A Assembleia Geral, com asfunções e atribuições previstas em lei, reunir-se-á, ordinariamente, dentro dos 4 primeiros meses subsequentes ao término do exercí-cio social, para deliberar sobre as matérias constantes do artigo 132 da Lei nº 6.404/76 e, extraordinariamente, sempre que os inte-resses sociais o exigirem. Artigo 9. A Assembleia Geral será convocada (i) pelo Presidente do Conselho de Administração; ou (ii) porquaisquer 2 membros do Conselho de Administração em conjunto; (iii) por qualquer dos Diretores; ou (iv) em suas faltas, pelas pesso-as indicadas de acordo com o artigo 123 da Lei nº 6.404/76, sendo seus trabalhos instalados e dirigidos por mesa composta por pre-sidente e secretário escolhidos dentre os acionistas presentes. Parágrafo Único. Será considerada regular a Assembleia à qual com-parecerem todos os acionistas, hipótese em que a convocação prévia será dispensada. Artigo. 10. Os acionistas poderão serrepresentados na Assembleia Geral por procurador constituído há menos de 1 ano, que seja acionista, administrador da Companhia,advogado ou representante legal de instituição financeira. Parágrafo Único. A prova da representação deverá ser depositada na sededa Companhia até o momento da abertura dos trabalhos da Assembleia. Artigo 11. As matérias que forem submetidas à deliberaçãoda Assembleia Geral serão consideradas aprovadas se contarem com a maioria simples de votos dos acionistas presentes, não secomputando os votos em branco, caso maior quórum não seja exigido por lei ou por este Estatuto. Artigo 12. Diretoria. Capítulo IV -Administração. A Companhia será administrada por um Conselho de Administração e por uma § Primeiro. Os membros do Conselho deAdministração e da Diretoria serão investidos em seus cargos mediante assinatura de termo de posse no livro próprio, no prazo máxi-mo de 30 dias contados da data de sua eleição. § Segundo. Os membros do Conselho de Administração e da Diretoria ficam dispen-sados de prestar caução como garantia de sua gestão. § Terceiro. Findo o prazo de gestão, os membros do Conselho de Administraçãoe da Diretoria permanecerão no exercício dos respectivos cargos até a investidura de novos membros. Seção I - Conselho de Adminis-tração Artigo 13. O Conselho de Administração será composto por, no mínimo, 3, e, no máximo, 5 membros, acionistas ou não, residen-tes ou não no País, eleitos e destituíveis a qualquer tempo pela Assembleia Geral, commandato de 2 anos, sendo permitida a reeleição.Parágrafo Único: A Assembleia Geral elegerá, entre os membros do Conselho de sidente do Conselho de Administração, o Presidente doConselho de Administração. Artigo 14. O Conselho de Administio reunir-se-á sempre que necessário, por convocação de seu Presiden-te ou de qualquer de seus membros. A convocação se fará com antecedência mínima de 10 dias da data fixada para a realização dareunião, salvo no caso de manifesta urgência no interesse da Companhia, hipótese em que a convocação se dará com antecedênciamínima de 05 dias. O aviso de convocação dar-se-á por carta registrada ou protocolada, correio eletrônico, telegrama ou �fac-simile�,devendo conter o local, a data, o horário da reunião, bem como a ordem do dia. Independentemente das formalidades previstas nesteArtigo 14, será considerada regular a reunião a que comparecerem todos os seus Conselheiros. § Primeiro. A reunião do Conselho deAdministração instalar-se-á em primeira convocação com a presença de, no mínimo, a maioria de seus membros e, em segundaconvocação, com qualquer número. As deliberações serão tomadas por maioria absoluta de votos presentes, observado o disposto no§ abaixo. O Presidente do Conselho terá voto de qualidade. § Segundo. Os membros ausentes poderão ser representados por outromembro do Conselho de Administração, por meio de procuração com poderes suficientes, inclusive para votar e ser votado; �fac-simi-le� assinado terá valor como outorga de poderes, desde que a via original do instrumento de mandato seja posteriormente arquivadana sede social. O membro constituído procurador do ausente votará em nome próprio, bem como em nome de seu mandante. Artigo 15.Compete ao Conselho de Administração: (i) definir e aprovar seu próprio regimento interno; (ii) eleger e destituir os Diretores daCompanhia e fixar-lhes as atribuições; (iii) definir a remuneração individual de cada membro do Conselho de Administração e da Di-retoria; (iv) fixar a orientação geral dos negócios da Companhia, definindo sua missão, objetivos e diretrizes, em especial, definindo aaprovando o plano estratégico, os respectivos planos plurianuaís, orçamentos anuais e programas anuais de dispêndios e investimen-tos da Companhia, acompanhando suas implementações; (v) avaliar, formalmente, resultados de desempenho da Companhia, dopróprio Conselho de Administração, da Diretoria e, individualmente, dos membros de cada um desses órgãos; (vi) manifestar-se sobreo relatório da Administração, as contas da Diretoria, 25 demonstrações financeiras e a proposta de destinação do resultado do exercí-cio; (vii) fiscalizar a gestão dos Diretores, examinar, a qualquer tempo, os livros e papéis da Companhia, solicitar informações sobrecontratos celebrados ou em via de celebração, e quaisquer outros atos; (viii) aprovar, previamente, atos que envolvam: a. contrataçãode financiamentos ou empréstimos superiores a R$ 50.000,00; b. contratação de financiamentos ou empréstimos em moeda estran-

geira; c. aquisição, aumento, redução ou venda de participação em outras sociedades ou consórcios; d. alienação de bens do ativopermanente com valor unitário superior a R$ 50.000,00; e. constituição de ônus reais com valor superior a R$ 50.000,00; f. celebraçãode quaisquer contratos que constituam ônus à Companhia, com valor individual superior a R$ 50.000,00, inclusive prestação de ga-rantias a coligadas, controladas, sociedade em que a Companhia participe como sócia quotista ou acionista (direta ou indiretamente)e sociedades pertencentes ao mesmo grupo econômico da Companhia; (ix) emitir parecer para deliberação pela Assembleia Geral sobrepropostas de aporte de capital em ativos, cisões, fusões e aquisições; (x) escolher e destituir os auditores independentes; (xi) orientaro voto da Companhia nas reuniões de sócios-quotistas, alterações de contrato nas assembleias gerais de acionistas de outras socie-dades das quais a companhia seja sócia ou acionista; (xii) decidir sobre a emissão pública ou privada; no brasil ou no exterior, dequaisquer valores mobiliários, observadas as disposições legais atinentes, aprovar a política de remuneração e benefícios dos empre-gados da Companhia, bem como decidir sobre qualquer participação dos empregados nos lucros ou resultados da Companhia; (xiv)manter atualizado o plano de sucessão dos Diretores e demais cargos estratégicos da Companhia; (xv) manifestar-se previamentesobre a proposta da Diretoria relativa a: (a) levantar balanços semestrais a fim de declarar dividendos à conta de lucros neles apura-dos; (h) levantar balanço e distribuir dividendos em períodos menores, desde que o total de dividendos pagos em cada semestre doexercício social não exceda ao montante das reservas de capital de que trata o § 1° do art. 182 da Lei nº 6.404/76; (c) declarar divi-dendos intermediários à conta de Lucros Acumulados ou Reserva de Lucros existentes no último balanço anual ou semestral levanta-do pela Companhia; (xvi) definir e aprovar a Política de Gestão de Riscos da Companhia, acompanhando sua implementação; (xvii)determinar a contratação dos especialistas e peritos necessários para melhor instruírem as matérias sujeitas às suas deliberações; e(xviii) zelar pela adoção das boas práticas de governança corporativa pela Companhia. Parágrafo Único. As matérias descritas acimarequerem a aprovação da maioria simples dos membros efetivamente eleitos para o Conselho de Administração da Companhia. Artigo16. Compete ao Presidente do Conselho de Administração: (1) presidir as Reuniões do Conselho, tendo voto final em caso de empate;(ii) distribuir assuntos de competência do Conselho de Administração entre os membros e Comitês internos, para apresentação dorespectivo relatório nas reuniões; (iii) submeter à votação do Conselho de Administração as matérias da ordem do dia das reuniões; e(iv) coordenar todas as atividades do Conselho de Administração, assessorando seus membros em todos os procedimentos junto àDiretoria, para a consecução das deliberações tomadas pelo Conselho de Administração, inclusive orientando a Diretoria naquilo quefor necessário. Seção 11 - Diretoria. Artigo 17. A Diretoria será composta por 2 membros, sendo 1 Diretor Presidente e 1 Diretor semDesignação Especifica, residentes no pais, acionistas ou não, os quais serão eleitos por deliberação do Conselho de Administraçãopara um mandato de 2 anos, podendo ser reeleitos ou destituídos a qualquer tempo por deliberação do da Conselho de Administração.Parágrafo Único. Em suas ausências ou impedimentos temporários de qualquer dos diretores, este poderá ser substituído por outrodiretor da Companhia, de acordo com a sua própria indicação. Em caso de vacância definitiva, o Conselho de Administração seráconvocado imediatamente para eleição do substituto, que permanecerá no cargo pelo prazo restante do mandato do substituído. Arti-go 18. Compete à Diretoria a administração dos negócios sociais da Companhia e a prática, para tanto, de todos os atos necessáriosou convenientes a tal finalidade, ressalvados os atos de competência da Assembleia Geral e/ou do Conselho de Administração, con-forme previsto em lei ou neste Estatuto. Artigo 19. A Companhia será representada, em juízo ou fora dele, isoladamente, por qualquerdos diretores (Diretor Presidente ou Diretor Sem Designação Específica) ou ainda por procuradores nomeados conforme o § Primeiroabaixo. § Primeiro. As procurações ad negotia outorgadas pela Companhia deverão ser assinadas pelos 2 Diretores em conjunto ou porum Diretor em conjunto com um procurador, e terão prazo de validade determinado, sendo vedado o substabelecimento, sob pena denulidade e ineficácia. As procurações ad judicia outorgadas a advogados para representação da Companhia em processos judiciais eadministrativos poderão ser assinadas isoladamente por qualquer dos Diretores e ter prazo de duração indeterminado, sendo permiti-do o substabelecimento. § Segundo. Todo e qualquer título, documento ou contrato, que importe em responsabilidade ou obrigaçãopara a Companhia, bem como a movimentação de suas contas nos bancos e outros estabelecimentos de crédito, somente poderão serassinados na forma prevista no caput e § primeiro deste artigo, observadas as limitações impostas pelo Artigo 15. Artigo 20. São ex-pressamente vedados, sendo considerados nulos e inoperantes com relação à Companhia, os atos de qualquer diretor, funcionário ouprocurador da Companhia que a envolverem em qualquer obrigação relativa a negócios ou operações estranhos ao objeto social desta,ou que seja praticado em desconformidade ao estabelecido no presente Estatuto. Artigo 21. São vedadas as concessões de garantiasem favor de terceiros, tais como fianças, avais, endossos ou outras garantias quaisquer, salvo na hipótese de concessão de garantiasàs empresas subsidiárias, controladas, coligadas ou empresas do mesmo grupo dos Acionistas, quando deverão ser previamenteaprovadas pelo Conselho de Administração. Capítulo V - Conselho Fiscal. Artigo 22. O Conselho Fiscal, órgão não permanente, quandoinstalado na forma da lei, será composto de 3 membros efetivos e igual número de suplentes, acionistas ou não, eleitos pela Assem-bleia Geral, observando-se os requisitos e impedimentos na forma do art. 162 da Lei 6.404/76. Artigo 23. O Conselho Fiscal terá asatribuições que lhe são conferidas pela legislação vigente e a remuneração dos seus membros, quando em exercício, será fixada pelaAssembleia Geral que os eleger, e não poderá ser inferior, para cada membro, a 1/10 do pró-labore, que em média, for atribuído a cadaDiretor. Capítulo VI - Cessão e Transferência de Ações. Artigo 24. A transferência de ações da Companhia operar-se-á mediantetranscrição no Livro de Registro de Transferência de Ações da Companhia, ressalvado o direito de preferência dos demais Acionistas.Artigo 25. O Acionista que desejar transferir suas ações deverá notificar, por escrito, os demais acionistas de sua intenção, que terão30 dias, contados a partir do recebimento da referida notificação, para manifestar seu interesse na aquisição das ações, nas mesmascondições ofertadas pelo terceiro interessado: (i) de forma proporcional à respectiva participação no capital social da Companhia e (ii)objeto de sobras decorrentes do não exercício do direito citado no item (i) acima por parte de algum Acionista. Capítulo VII - Acordosde Acionistas. Artigo 26. Os acordos de acionistas, devidamente arquivados na sede da Companhia, que estabeleçam as condições decompra e venda de suas ações, o direito de preferência na compra das referidas ações, o exercício do direito de voto ou do poder decontrole, ou, ainda, outras avenças, serão observados pela Companhia. Parágrafo Único. As obrigações e responsabilidades resultan-tes dos acordos de acionistas serão válidas e oponiveis a terceiros tão logo tais acordos tenham sido devidamente averbados nos livrosde registro de ações da Companhia e nos certificados de ações, se emitidos, conforme art. 118 da Lei nº 6.404/76. Capítulo VIII - Exer-cício Social, Reservas e Destinação dos Lucros. O exercício social iniciar-se-á em 1° de janeiro e terminará no dia 31 de dezembro decada ana, quando serão elaboradas as demonstrações financeiras previstas na legislação aplicável. § Primeiro. A Companhia podérá:levantar balanços e demonstrações de resultados intermediários, em periodicidade mensal, Trimestral e Semestral, preparadaos compropósitos fiscais ou para distribuição de lucros apurados com base em tais balanços, inclusive dividendos intermediários e interca-lares, na proporção das participações dos Acionistas no capital social da Companhia, observada a reposição de lucros quando a dis-tribuição afetar o capital social. § Segundo. Ao fim de cada exercício social, a Administração fará elaborar, com observância dospreceitos legais pertinentes, as seguintes demonstrações financeiras, sem prejuízo de outras demonstrações exigidas por Lei: (i) ba-lanço patrimonial; (ii) demonstração das mutações do patrimônio líquido; (iii) demonstração do resultado do exercício; e (iv) demons-tração dos fluxos de caixa. Artigo 28. Do lucro líquido do exercício: (a) 5% serão utilizados na constituição da reserva legal, até queatinja 20% do capital social, observado o disposto no Capitulo XVI da Lei 6.404/76; e (b) 25% serão distribuídos aos Acionistas, naproporção de suas ações, a título de dividendos mínimos obrigatórios. O saldo remanescente terá a destinação determinada pela As-sembleia Geral, podendo ser distribuído entre os Acionistas ou destinado à reserva de lucros estatutária determinada �Reserva deInvestimento, Expansão e Capital de Giro�, que terá por finalidade reforçar o capital social e de giro da Companhia, além de assegurarinvestimentos em bens do ativo permanente e projetos de expansão, objetivando assegurar adequadas condições operacionais e decrescimento para a Companhia, que será formada com até 100% do montante que remanescer após o pagamento dos dividendose as deduções legais e estatutárias, cujo saldo somado aos saldos das demais reservas de lucros, excetuadas as reservas delucros a realizar, a reserva de incentivos fiscais e a reserva para contingências, não poderá ultrapassar 100% do valor do capi-tal social. No exercício em que o montante dos dividendos, calculados nos termos do inciso (ii) acima, ultrapassar a parcelarealizada do lucro líquido do exercício, a Assembleia Geral poderá, por proposta dos órgãos de administração, destinar o excessoà constituição de reserva de lucros a realizar, observado o disposto no artigo 197 da Lei nº 6.404/76. Artigo 29. O dividendo mí-nimo obrigatório poderá deixar de ser distribuído quando a Assembleia Geral deliberar, sem oposição de quaisquer dos acionistaspresentes, a distribuição de dividendos em percentual inferior aos referidos 25% ou mesmo a retenção integral do lucro. Pará-grafo Único. O dividendo mínimo não será obrigatório no exercício social em que a Administração informar á Assembleia GeralOrdinária ser ele incompatível com a situação financeira da Companhia. Artigo 30. Os dividendos não reclamados em 3 anosprescrevem em favor da Companhia. Capítulo IX - Dissolução e Liquidação. Artigo 31. A Companhia entrará em liquidação noscasos legais, competindo á Assembleia Geral estabelecer o modo de liquidação e eleger os liquidantes e o Conselho Fiscal quedeverá funcionar no período da liquidação. Capítulo X - Disposições Gerais. Artigo 32. Os casos omissos serão regulados pelasdisposições vigentes aplicáveis. Artigo 33. Todo e qualquer controvérsia rejacionada ao presente Estatuto Social deverá sersubmetida ao foro central da Comarca de São Paulo, Estado de São Paulo, com a exclusão de qualquer outro, por mais privile-giado que seja. São Paulo, 21/5/13. Acionistas: Guilherme Moreira Teixeira, Orlando Cavalcanti Lobato, Carlos Moreira Teixeira,Beatriz Teixeira Siqueira, Helena Teixeira Rios e Maria Regina Resende Teixeira. Testemunhas: Lais da Silva Valente, RG nº41.694.080-8 SSP/SP, CPF/MF nº 312.132.918-95; e Maria Valéria Silveira, RG nº 19.455.828-9/SSP-SP, CPF/MF nº 129.321.128-13. Visto do Advogado: Juliano Battella Gotlib, RG M-4.035.550 - SSP/MG, CPF/MF nº 896.423.766-87, OAB/SP: 227.548.

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Ata da Reunião do Conselho de AdministraçãoAos 08 (oito) dias de janeiro de 2014, às 14:00 (quatorze) horas. reuniu-se o Conselho De Administração da Barbosa MelloParticipações e Investimentos S.A., (`BMPI-) inscrita no CNPJ sob o n° CNPJ 13.419.211/0001-05, com a presença do Presidentedo Conselho de Administração, DR.Guilherme Moreira Teixeira, brasileiro. solteiro, engenheiro civil, CREA/MG n° 40.438/D, CPFn° 518.362.976-53 e Membro do Conselho de Administração, Dr. Orlando Cavalcanti Lobato, brasileiro, casado, engenheirocivil, CREA/MG n° 4.965/D. CPF n° 000.567.406-97 e Dra. Alícia Maria Gross Figueiró, brasileira, separada, administradora deempresas, portadora da cédula de identidade M 2.093.810 expedida pela SSP/MG, inscrita no Cadastro de Pessoas Físicas doMinistério da Fazenda (CPF) sob o n° 556.869.236-04. Em seguida, o Sr. Presidente declarou que a reunião convocada tinhapor finalidade submeter à deliberação do Conselho, nos termos dos artigos. 14, usando os poderes que lhe são conferidos naforma da do Artigo. 15, autorizar a celebração do Instrumento Particular de Prestação de Garantia Fidejussória com o BESInvestimento do Brasil S.A. - Banco de Investimento, no valor de R$16.500.000,00 (dezesseis milhões e quinhentos mil reais).O referido Contrato é para garantir a promessa de aquisição de 50% (cinquenta por cento) da participação societária detidapela AGS - Administração e Gestão de Sistemas de Salubridade S.A na SGA - Sistemas de Gestão Ambiental Ltda, pela BMPI.Colocada em votação. a proposta foi aprovada por unanimidade, ficando estabelecido que fossem tomadas as providênciasnecessárias ao cumprimento da deliberação ora aprovada. Nada mais havendo a tratar, suspendeu a sessão pelo temponecessário à lavratura da presente Ata que, após a reabertura dos trabalhos, foi lida, aprovada sem ressalvas e vai assinadapor todos os presentes. Belo Horizonte, 08 de janeiro de 2014. Guilherme Moreira Teixeira - Presidente do Conselho, OrlandoCavalcanti Lobato e Alícia Maria Gross Figueiró - Membros do Conselho. Confere com o original. Belo Horizonte, 08 de janeirode 2014. Guilherme Moreira Teixeira, Orlando Cavalcanti Lobato e Alícia Maria Gross Figueiró. JUCESP nº 183.503/14-4 em8.5.2014. Flávia Regina Britto - Secretária Geral em Exercício.

Barbosa Mello Participações e Investimentos S.A.CNPJ/MF nº 13.419.211/0001-05

[Ata de Transformação da Companhia em Processo de Registro]Ata da Reunião do Conselho de Administração realizada em 21/5/13

Data,HoraeLocal:21/5/13,10:00horas,nasededaCompanhia,localizadaemSãoPaulo/SP.Convocação:Dispensada.Presença:100%do capital social.Mesa: Presidente: Guilherme Moreira Teixeira; e Secretario: Orlando Cavalcanti Lobato. Ordem do Dia e DeliberaçõesUnânimes: (i)EleiçãodeDiretores.SãoeleitoscomoDiretores,ambosparaummandatode2anos: (a)ComoDiretorPresidente:OSr.BrunoCostaCarvalho deSena, RGnº 6.091.773, expedidapela SSP/MG,CPF/MFnº 011.836.976-86, residente e domiciliado emSãoPaulo/SP; e(b) Como Diretora sem Designação Especifica: a Sra. Alicia Maria Gross Figueiró, MG 2.093.810 expedida pela SSP/MG, e CPF/MF nº556.869.236-04, residente e domiciliada em Belo Horizonte/MG. (ii) Remuneração da Diretoria. Foi aprovada a fixação de uma verbaglobal de ate R$ 1.000.000,00 anuais para a Diretoria, a qual será distribuída entre os membras da Diretoria, de forma específica e aser detalhada, oportunamente. Declaração de Desimpedimento: Os diretores eleitos e empossados, conforme consta do Termo de Posselavrado no Livro de Atas e Reuniões daDiretoria, aceitaram o cargo e declaram, sob as penas da lei, para fins do disposto nos parágrafos1° a 4° do artigo 147 da Lei 6.404, de 15.12.76, e no inciso II do artigo 37, da lei 8.934, de 18.11.94, cientes de que qualquer declaraçãofalsa importa em responsabilidade criminal, que (I) não estão impedidos por lei especial ou condenados por crime falimentar de prevari-cação, peita ou suborno, concussão, peculato, contra a economia popular, contra o sistema financeiro nacional, contra as normas de leidefesada concorrência, contra as relações de consumo, a fé pública ouapropriedade, ou apena ou condenação criminal que vede, aindaque temporariamente o acesso a cargos públicos ouque os impeçade exercer atividades empresariais ouaadministração de sociedadesempresariais; (ii) possuem reputação ilibada; e (iii) não ocupam cargo em sociedade que possa ser considerada concorrente da Com-panhia, e não tem interesse conflitante com o da Companhia. Para os fins do artigo 149, § 2°, da Lei 6.404/76, declaram que receberãoeventuais citações e intimações emprocessosadministrativos e judiciais relativosaatosde suasgestõesnos endereços indicadoacima,sendoqueeventualalteraçãoserácomunicadaporescritoaCompanhia.Encerramento:FormalidadesLegais.GuilhermeMoreiraTeixeira- Presidente - Orlando Cavalcanti Lobato - Secretário. JUCESP nº 231.490/13-6 em 20.6.13. Gisela Simiema Ceschin - Secretária Geral.

MUNICÍPIO DE NOVA ODESSAAVISO DE EDITAL DE LICITAÇÃO

BENJAMIM BILL VIEIRA DE SOUZA, Prefeito do Município de Nova Odessa, tornapúblico que se acha aberta Tomada de Preços nº. 10/TP/2014, com encerramento dia 03/09/2014,às 13h30min, junto ao respectivo Departamento de Compras, situado a Avenida João Pessoa, 777- Centro, Nova Odessa/SP para Contratação de empresa especializada para execução de serviçosde recapeamento em CBUQ, em vias do bairro Jardim Europa, com fornecimento de materiais,máquinas, equipamentos e mão de obra. ÚLTIMO DIA PARA CADASTRO: 29/08/2014. Maisinformações poderão ser obtidas no endereço supra, das 9h00min às 16h00min horas ou através dotelefone (0xx19) 3476.8602 ou ainda pelo site: www.novaodessa.sp.gov.br. A vistoria é obrigatóriae deverá ser realizada em horário de expediente, e agendada com antecedência pelo telefone (19)3476-8600, ramais - Diretoria de Obras Públicas, ramais 218, 308, 335 e 340.

BENJAMIM BILL VIEIRA DE SOUZA, Prefeito do Município de Nova Odessa, torna público que seacha aberta Tomada de Preços nº. 12/TP/2014, com encerramento dia 02/09/2014, às 13h30min,junto ao respectivo Departamento de Compras, situado a Avenida João Pessoa, 777 - Centro, NovaOdessa/SP para Contratação de empresa especializada para execução de serviços de construção dequadra poliesportiva coberta, na Rua das Jacarandás, Jardim das Palmeiras, Nova Odessa - SP, comfornecimento demateriais, equipamentos emão de obra.ÚLTIMODIAPARACADASTRO: 28/08/2014.Mais informações poderão ser obtidas no endereço supra, das 9h00min às 16h00min horas ou atravésdo telefone (0xx19) 3476.8602 ou ainda pelo site: www.novaodessa.sp.gov.br. A vistoria é obrigatóriae deverá ser realizada em horário de expediente, e agendada com antecedência pelo telefone (19)3476-8600, ramais - Diretoria de Obras Públicas, ramais 218, 308, 335 e 340.

Nova Odessa, 18 de agosto de 2014.Comissão de Licitações

INSTITUTO GEOLÓGICO-SECRETARIADOMEIOAMBIENTEEDITAL DE LICITAÇÃO PREGÃO ELETRÔNICO Nº 011/2014

A Comissão de Licitação do Instituto Geológico da Secretaria do Meio Ambiente – SP torna públicopara conhecimentos dos interessados, que se fará realizar no dia 02/09/2014 – 10h00min no CentroAdministrativo do Instituto Geológico, sito à Av. Miguel Stéfano, 3.900, Água Funda, São Paulo, alicitação na modalidade de pregão eletrônico, destinada a selecionar a melhor oferta para Prestação deServiços de administração, gerenciamento, emissão e fornecimento de documentos de legitimação-valerefeição, na forma de cartão eletrônico, magnético ou de tecnologia . Os interessados poderão obter oedital gratuitamente no site www.bec.sp.gov.br Maiores informações pelo telefone (11) 5058 9994 R.2104 ou 2074 Com as Sras. Nívea ou Zenilda.

MMR Investimentos e Participações S.A.CNPJ 10.856.079/0001-00 - NIRE 35300370686

Edital de Convocação - 1ª ConvocaçãoFicam convocados os acionistas da companhia para a assembleia geral ordinária a se realizar nodia 28/08/2014, às 11h, em primeira convocação, na Avenida Brigadeiro Faria Lima, 1.768, 1º andar,conjunto 1, Jardim Paulistano, CEP 01451-001, São Paulo, SP, para deliberarem sobre: (i) as contasda administração e demonstrações financeiras referentes aos exercícios sociais de 2012 e 2013, bemcomo sobre a destinação do lucro líquido, e (ii) a eleição dos membros da diretoria. Marcelo Lopesde Oliveira - Diretor.

PREFEITURA MUNICIPAL DE

TAUBATÉ/SPPREGÃO Nº 303/14

A Prefeitura Municipal de Taubaté informa que se acha aberto o pregão presencialnº 303/14, que cuida do Registro de Preços para eventual aquisição demedicamentos, por um período de 12 (doze) meses, com encerramento dia01.09.14, às 08h30, junto ao respectivo Departamento de Compras. Maioresinformações pelo telefone (0xx12) 3621.6023, ou à Praça Felix Guisard, 11 – 1ºandar – centro, mesma localidade, das 08h às 12h e das 14h às 17h, sendo R$26,50 (Vinte e Seis Reais e Cinquenta Centavos) o custo do edital, para retirada naPrefeitura. O edital também estará disponível pelo site www.taubate.sp.gov.br.

Taubaté, 18 de agosto de 2014.José Bernardo Ortiz Monteiro Júnior – Prefeito Municipal

PREFEITURA MUNICIPAL DE

TAUBATÉ/SPPREGÃO Nº 304/14

A Prefeitura Municipal de Taubaté informa que se acha aberto o pregão presencialnº 304/14, que cuida do Registro de Preços para eventual aquisição de cimento agranel CPII – E 32, com encerramento dia 01.09.14, às 08h30, junto ao respectivoDepartamento de Compras. Maiores informações pelo telefone (0xx12) 3621.6023,ou à Praça Felix Guisard, 11 – 1º andar – centro, mesma localidade, das 08h às12h e da 14h às 17h, sendo R$ 26,50 (Vinte e Seis Reais e Cinquenta Centavos)o custo do edital, para retirada na Prefeitura. O edital também estará disponívelpelo site www.taubate.sp.gov.br.

Taubaté, 18 de agosto de 2014.JOSÉ BERNARDO ORTIZ MONTEIRO JÚNIOR – Prefeito Municipal

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOAVISO DE LICITAÇÃO

Concorrência nº 003/2014 - Processo nº 026/2014 FEDAcha-se aberta, no Ministério Público do Estado de São Paulo, a Concorrência nº 003/2014 - Processo nº 026/2014 FED,que tem por objeto a contratação de empresa para execução de obras e serviços de engenharia, visando a reforma eampliação de prédio existente, com elaboração e fornecimento de projeto executivo completo, compreendendo a execuçãode estrutura, instalações hidráulicas e elétricas, telefonia/lógica, ar-condicionado, paisagismo e especiais de segurança,em imóvel próprio do Ministério Público do Estado de São Paulo, localizado na Rua Coronel Francisco Martins, 523/549 –Igarapava, estado de São Paulo. O Edital da presente licitação encontra-se à disposição dos interessados, gratuitamente,na Secretaria da Comissão Julgadora de Licitações, situada na Rua Riachuelo nº 115, 5º andar, sala 506, ou através daInternet nos Sites www.mp.sp.gov.br e www.e-negociospublicos.com.br, bem como na íntegra em mídia eletrônicajuntamente com seus Anexos. As licitantes deverão se dirigir à Secretaria da Comissão Julgadora de Licitações, no horáriocomercial, e entregar um CD virgem gravável (R ou R/W) ou pen drive, ocasião em que serão gravados os arquivos digitais,sem ônus. Os envelopes serão recebidos impreterivelmente até às 11:15h do dia 19.09.2014, na Rua Riachuelo, 115- 5º andar, sala 506, e sua abertura dar-se-á às 11:30h do mesmo dia, e local.

Comissão Julgadora de Licitações, em 18 de agosto de 2014.

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE BRAGANÇA PAULISTA

AVISO DE ABERTURA DE LICITAÇÃO

Acha-se aberto, na Prefeitura do Município de Bragança Paulista, oseguinte certame licitatório:TOMADA DE PREÇOS Nº 005/2014OBJETO: CONTRATAÇÃO DE EMPRESA ESPECIALIZADA PARA CONSTRUÇÃO DAESCOLA MUNICIPAL “SCYLA MÉDICI”.DATA DA SESSÃO DE ABERTURA: 05/SETEMBRO/2014 - às 09h30min. O edital completoestá disponível no Balcão da Divisão de Licitações, Compras e Almoxarifado e nosite www.braganca.sp.gov.br. As informações poderão ser obtidas na Divisão de Licitações,Compras e Almoxarifado da Prefeitura Municipal, sito à Avenida Antonio Pires Pimentel, nº 2.015,Centro ou pelo telefone (11) 4034-7100/7106/7047, em dias úteis das 09h00 às 16h00 horas.

Bragança Paulista, 18 de agosto de 2014.PATRÍCIA MARIA MACHADO SANTOS

Chefe Interina da Divisão de Licitações, Compras e Almoxarifado

SECRETARIA DE ESTADODA EDUCAÇÃO

GOVERNO DO ESTADODE SÃO PAULO

FDE AVISA:Pregão Eletrônico de Registro de Preços Nº 36/00764/14/05. OBJETO: AQUISIÇÃO DE FERRAMENTAS PARA LABORATÓRIO DE MATEMÁTICA-ENSINO MÉDIO EM TEMPO INTEGRAL. A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE comunica às empresas interessadas quese acha aberta licitação para: Aquisição de Ferramentas para Laboratório de Matemática- Ensino Médio em Tempo Integral. As empresas interessadaspoderão obter informações e verificar o Edital a partir de 19/08/2014, no endereço eletrônico www.bec.sp.gov.br ou na sede da FDE, na Supervisãode Licitações, na Av. São Luís, 99 - República - CEP: 01046-001 - São Paulo/SP, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, ouverificar o edital na íntegra, através da Internet no endereço: http://www.fde.sp.gov.br. A sessão pública de processamento do Pregão Eletrônico serárealizada no endereço eletrônico www.bec.sp.gov.br, no dia 02/09/2014, às 09:30 horas, e será conduzida pelo pregoeiro com o auxílio da equipede apoio, designados nos autos do processo em epígrafe e indicados no sistema pela autoridade competente. Todas as propostas deverão obedecer,rigorosamente, ao estabelecido no edital e seus anexos e serão encaminhadas, por meio eletrônico, após o registro dos interessados em participardo certame e o credenciamento de seus representantes previamente cadastrados. A data do início do prazo para envio da proposta eletrônica seráde 19/08/2014, até o momento anterior ao início da sessão pública. ANTONIO HENRIQUE FILHO - Respondendo pela Presidência da FDE. PORTARIAFDE Nº 124/2014

PREGÃO PRESENCIAL Nº 13/2014 – PROC. ADM. Nº 882/2014OBJETO: Registro de preços para SERVIÇOS DE CADASTRAMENTO E INCLUSÃO DECONTRIBUINTES DO SISTEMA TRIBUTÁRIO MUNICIPAL NO SERVIÇO DE NEGATIVAÇÃODE DEVEDORES. DATA DE ABERTURA E CREDENCIAMENTO: 02/09/2014, às 14h. Local:Sala de licitações sita à Avenida Benedito Rodrigues de Freitas, nº 330 - Centro -Igaratá/SP. O Edital completo poderá ser obtido através de solicitação pelo endereçoeletrônico: [email protected]. Igaratá, 18 de agosto de 2014.

Fátima Madalena Andrade Prianti - Pregoeira

PREFEITURA MUNICIPAL DE IGARATÁAVISO DE LICITAÇÃO

EMPRESA MUNICIPAL DE PROCESSAMENTO DE DADOS – EMPROAVISO DE LICITAÇÃO – PREGÃO PRESENCIAL No 015/2014

Objeto: O presente pregão objetiva a aquisição, por item, de placas de vídeo, pentes de memória e monitores de vídeo, conforme especifi cações técnicas contidas no Anexo I, deste Edital. Edital completo na sede da Empro: Av. Romeu Strazzi, 199, Bairro Vila Sinibaldi, São José do Rio Preto/SP, ou pelo site http://www.empro.com.br. Fone: (17)3201-1201/1216. Abertura: 29 de agosto de 2014 às 09h30. São José do Rio Preto/SP, 18 de agosto de 2014.

Cássio Domingos Dosualdo Moreira – Pregoeiro.

New Shopping Promoções S.A. – CNPJ/MF nº 57.659.039/0001-32

Relatório da AdministraçãoPrezados Senhores: A Diretoria tem a satisfação de apresentar as demonstrações financeiras levantadas em 31/12/2013. Os resultados obtidos estão em conformidade com o planejado. O patrimônio líquido atingiu R$ 2.706.003,33(Dois milhões setecentos e seis mil, três reais e trinta e três centavos). A Diretoria.

Demonstrações de Mutações do Patrimônio LíquidoCapital Social Reservas de Capital Reservas de Lucros Lucros Acumulados Total

Saldos em 31/12/2012 2.000,00 – 1.802.143,17 – 1.804.143,17Resultado do Período – – – 1.677.289,85 1.677.289,85(-) Dividendos – – – 775.429,69 775.429,69Saldos em 31/12/2013 2.000,00 – 1.802.143,17 901.860,16 2.706.003,33

Balanço Patrimonial em 31/12/2013Ativo 2013 2012Circulante 245.170,05 178.461,75Disponível 245.170,05 178.461,75Numerário 20.092,80 45.402,96Aplicações Financeiras 225.077,25 133.058,79Estoques 3.532.046,17 –Imóveis 3.532.046,17 –

Não Circulante 51.827,72 2.432.243,79Investimentos 46.805,11 46.805,11Imobilizado 5.002,61 2.385.438,68Administração 50.759,84 2.428.291,83Depreciação Acumulada (45.737,23) (42.853,15)

Total Ativo 3.829.043,94 2.610.705,54

Passivo 2013 2012Circulante 406.640,63 90.162,39Efetivas 406.640,63 90.162,39Obrigações Tributárias 73.379,36 66.962,14Outras Obrigações 333.261,27 23.200,25

Exigível a Longo Prazo 716.399,98 716.399,98Títulos a Pagar 529.032,27 529.032,27Outras 187.367,71 187.367,71

Patrimônio Líquido 2.706.003,33 1.804.143,17Capital Social 2.000,00 2.000,00Integralizado 2.000,00 2.000,00Reservas 2.704.003,33 1.802.143,17Lucros 2.704.003,33 1.802.143,17

Total Passivo 3.829.043,94 2.610.705,54

Demonstrações de Resultado do Exercício 31/12/2013Receita Bruta 2.367.546,01Impostos Incidentes sobre Vendas/Serviços 86.415,43(=) Receita Líquida 2.281.130,58(=) Lucro Bruto 2.281.130,58Despesas Operacionais 627.150,25Administrativas 48.275,62Ocupação 28.905,55Serviços Tomados 51.980,64Financeiras 2.648,12Gerais 249.012,70Tributária 246.327,62Receita Financeiras 23.309,52Rendimento sobre Aplicação 23.309,52(=) Resultado do Exercício 1.677.289,85

Paula Gurgel de Mendonça – Diretora

Mauro Stacchini JúniorContador Habilitado – CRC 1SP 117.489/O-0

Partsil Empreendimentos e Participações S/ACNPJ/MF nº 61.314.787/0001-50

Relatório da AdministraçãoSenhores Acionistas: Em cumprimento aos dispositivos legais e estatutários, temos o prazer de submeter ao exame e apreciação de Vossas Senhorias, as Demonstrações Financeiras relativas as atividades da empresa, do exer-cício social referente ao período de 01 de Janeiro de 2013 a 31 de Dezembro de 2013, compreendendo o Balanço Patrimonial e as correspondentes Demonstrações de Resultado do Exercício, e da Movimentação nas contas doPatrimônio Líquido e da Demonstração do Fluxo de Caixa. São Paulo, 31 de Dezembro de 2013. A Diretoria

Notas Explicativas da Administração das Demonstrações Contábeis em 31 de Dezembro de 20131. Contexto Operacional: Partsil Empreendimentos e Participações S/Acom registro da JUCESP sob nº 35.300.125.631 em 10/08/1989. 2. Apre-sentação das Demonstrações Contábeis: As demonstrações contábeisforam elaboradas com base nas práticas contábeis emanada da Lei dasSociedades por Ações, Lei 6.404/76, sendo adotadas no exercício de2013 as alterações introduzidas pela Lei 11.638/07 e MP nº 449/08 bemcomo os Pronunciamentos do Comitê Contábil (CPC) quando aplicáveis.

3. Sumário das Principais Práticas Contábeis: As demonstrações con-tábeis foram elaboradas com observância ás práticas contábeis adotadasno Brasil. 3.1. Os ativos são demonstrados pelo valor de custo; 3.2. Imo-bilizado são demonstrados ao custo de aquisição subtraído das deprecia-ções acumuladas. 4. Capital Social é de R$ 8.128.000,00 representadaspor 1.132.356 ações ordinárias nominativas de classe única e sem valornominal.

Balanços Patrimoniais em 31 de dezembro de 2013 (Valores expressos em Reais – R$)Ativo 2013 2012Circulante 4.045.011 5.114.211Outros Créditos 4.045.011 5.114.211

Não Circulante 26.869.524 26.869.524

Realizável a Longo Prazo 24.510.002 24.510.002Outros Créditos 24.510.002 24.510.002

Investimentos 2.320.713 2.320.713Participações Societárias 2.320.713 2.320.713

Intangível 38.809 38.809Intangível 38.809 38.809

Total do Ativo 30.914.535 31.983.735

Passivo 2013 2012Circulante 3.598.120 4.698.067Contas a Pagar 3.598.120 4.698.067

Não Circulante 22.725.557 21.139.395Exigível a Longo Prazo 22.725.557 21.139.395Contas a Pagar 22.428.349 20.810.475REFIS 297.208 328.920

Patrimônio Líquido 4.590.859 6.146.273Capital Social 8.128.000 8.128.000Reserva de Capital 904 904Ações em Tesouraria (3.519.131) (1.982.631)Prejuízos Acumulados (18.914) –

Total do Passivo 30.914.535 31.983.735

Demonstração dos Resultados (Valores expressos em Reais – R$)2013 2012

Despesas e ReceitasDespesas Operacionais (30.912) (31.849)Despesas Financeiras (18.749) (1.015)Receitas Financeiras 30.748 27.638Outras Receitas – 3.808.834Resultado Líquido do Exercício (18.914) 3.803.608

Demonstração de Fluxo de Caixa – Fluxo de Operações(Valores expressos em Reais – R$)

2013 2012Fluxo de Caixa das Atividades OperacionaisResultado do Exercicio (18.914) 3.803.608Outros Créditos 1.069.200 (2.542.285)Contas a Pagar (1.099.948) 4.670.429Outras Obrigações – (30.748)Destinação da Reserva de Lucro – (6.752.920)(=) Caixa Líquido Operacional (49.662) (851.915)Fluxo de Caixa das Atividades de InvestimentosParticipações Societárias – 95.808.879Outros Créditos – (22.815.032)Ações em Tesouraria (1.536.500) (438.250)(=) Caixa Líquido de Investimentos (1.536.500) 72.555.597Fluxo de Caixa das Atividades de FinanciamentosContas a Pagar 1.617.874 (71.656.486)REFIS (31.712) (47.196)(=) Caixa Líquido de Financiamentos 1.586.162 (71.703.682)Redução Líquida de Caixa – –Caixa Equivalentes ao Início do Período – –Caixa Equivalentes ao Final do Período – –

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (Valores expressos em Reais – R$)Reserva Ações em Prejuízos Reservas

Capital de Capital Tesouraria Acumulados de Lucros TotalSaldo em 31 de Dezembro de 2011 8.128.000 904 (1.544.381) – 2.949.312 9.533.835Resultado do Exercício – – – – 3.803.608 3.803.608Ações em Tesouraria – – (438.250) – – (438.250)Destinação da Reserva – – – – (6.752.920) (6.752.920)

Saldo em 31 de Dezembro de 2012 8.128.000 904 (1.982.631) – – 6.146.273Resultado do Exercício – – – (18.914) – (18.914)Ações em Tesouraria – – (1.536.500) – – (1.536.500)

Saldo em 31 de Dezembro de 2013 8.128.000 904 (3.519.131) (18.914) – 4.590.859

Edna da Silva – Diretora PresidenteJosé Affonso – Contador CRC nº 1SP 045.694/O-0

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20 DIÁRIO DO COMÉRCIO terça-feira, 19 de agosto de 2014

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Manequins enviam as in-

formações sobre ta-

manhos, cores e pre-

ços das roupas para o

celular da consumidora que está

olhando a vitrine. Ao entrar num

supermercado, o cliente vê na tela

do smartphone a localização das

gôndolas onde estão as melhores

promoções do dia e até localiza

seu chocolate preferido. No shop-

ping, as lojas mais visitadas pelos

consumidores e suas ofertas da

semana também aparecem no

aplicativo do aparelho. Soluções

como essas já estão em uso ou em

testes pelo mundo para mudar a

relação do varejo físico com seus

clientes e colaboradores. A mais

nova dessas ferramentas é conhe-

cida como Beacon (farol, em in-

glês) e está chegando ao Brasil.

O comércio é apenas uma das

diversas áreas em que os Beacons

ou iBeacons (o aplicativo criado

pela Apple) terão utilidade e futuro

promissor, acreditam os analistas

de varejo, pois são sistemas de lo-

calização indoor e de baixo custo.

Sensores de pequeno porte, po-

dem ser instalados em áreas es-

tratégicas, como gôndolas, por-

tas, caixas, corredores, depósitos.

Hospitais, estacionamentos, esta-

ções de metrô, aeroportos, univer-

sidades, museus, sedes de gover-

nos são outros segmentos que po-

dem utilizar esse novo serviço de

mapeamento indoor, onde o GPS

não alcança ou falha.

Nos Estados Unidos, grandes

varejistas como a Apple (em 254

lojas domésticas), a Macy’s, a Wal-

greens (em 10 unidades) e Wal-

mart estão testando a tecnologia

desde o começo do ano. Em Lon-

dres, os Beacons estão em piloto

em redes de roupas como a House

of Fraser, Hawes & Curtis e a Ben-

talls Kingston (rede de departa-

mentos). Nesses casos, os disposi-

tivos são espalhados dentro dos

pontos comerciais, emitem alar-

mes ao consumidor sobre deta-

lhes dos produtos, sua localiza-

ção, desconto e promoções.

Os Beacons são pequenos

transmissores do tamanho de

uma tampa de garrafa que emitem

sinais para os celulares por Blueto-

oth Low Energy (patenteada em

2010 e embarcada em celulares

fabricados a partir de 2012). Ao

perceber a aproximação de uma

pessoa, o dispositivo emite um si-

nal ao smartphone dela (a função

Bluetooth precisa estar ligada) e

aciona o aplicativo do aparelho.

Tais apps podem ser desenvolvi-

dos tanto por fornecedores da tec-

nologia como pelos próprios vare-

jistas ou segmentos interessados

em ter sua solução customizada

em cima daquela plataforma. A

Apple já tem o seu iBeacon. Esses

apps trazem funções dedicadas

para orientar o cliente/funcionário

quando ele entra no shopping ou

outro ambiente qualquer.

DADOS VALIOSOSDuas das empresas que habili-

tam essa tecnologia no Brasil são a

Tectra e a Binário Mobile. Com os

Beacons e outros sistemas de ma-

peamento de público, elas preten-

dem ajudar o varejo físico a ganhar

um pouco mais de dinamismo tão

comum no e-commerce, cujas fer-

ramentas de inteligência de ava-

liação e sistemas de gestão já es-

tão em prática há alguns anos.

Marcos Carvalho, com 12 anos

de experiência na Walmart e agora

diretor da Tectra, acentua que o

varejo presencial “parou no tempo

e ficou para trás em relação ao on-

line”, que evoluiu e usa várias so-

luções que permitem saber o perfil

e preferências do cliente. “Por ou-

tro lado, ir até uma loja de departa-

mentos ou supermercado pode

ser um martírio, os preços estão

fora do lugar, não encontramos

vendedores e as promoções se es-

palham por lugares pouco atraen-

tes”, diz Carvalho. Com isso, o co-

merciante perde na conversão,

que hoje é de 10% – de cada 10

pessoas que entram numa loja, só

uma compra.

Os Beacons são mapeados nas

plataformas da Tectra e da Binário

e integrados aos aplicativos dos

clientes, vendedores e promoto-

res. “Eles fornecem dados valio-

sos ao gestor do comércio”, obser-

va Eduardo Diaz, gerente de mobi-

lidade da Binário. Mas, ressalta o

executivo, esses dispositivos

sempre precisam estar associa-

dos a um programa para gerar as

informações, um cupom de des-

conto ou até fazer o download de

um vídeo promocional. Se o consu-

midor estiver interessado em ro-

dar esses apps no seu celular (e au-

torizar o compartilhamento de al-

guns dados pessoais) terá acesso,

de forma personalizada, a lança-

mentos, promoções, tipos de co-

mida adaptados a sua dieta, tudo

conforme seu perfil de consumo.

Tais informações são processadas

nos softwares de gestão da empre-

sa para incrementar os relatórios

sobre os consumidores.

Tanto a Tectra como a Binário en-

tregam os pacotes completos,

com hardware, software e serviço

de manutenção. Os executivos in-

formam que as soluções são mais

baratas e mais simples do que a

instalação de rede Wi-Fi nos depar-

tamentos de lojas, sem a necessi-

dade de cabeamentos ou energia

(os Beacons funcionam com bate-

rias). Cada estabelecimento pode

ter o seu aplicativo criado em cima

das soluções fornecidas pelas em-

presas, por serem plataformas

abertas e aceitarem novas linhas

de código de desenvolvedores

parceiros. Isso personaliza a apli-

cação para cada tipo de negócio

ou atividade, seja uma rede de lo-

jas, um hospital ou uma compa-

nhia aérea que deseja localizar

seus passageiros na hora do em-

barque dentro do aeroporto.

MAPA DOS CLIENTESTais ferramentas ainda são novi-

dade no País e estão em fase de de-

monstração para o comércio bra-

sileiro. Mas outras duas tecnolo-

gias também com o propósito de

melhorar a gestão começam a ser

utilizadas nas lojas da Ri Happy (20

unidades), Pet Center Marginal

(29 pontos de venda) e Magazine

Luiza. Uma dessas soluções usa o

mapeamento de clientes (Custo-

mer Mapping) por câmeras do cir-

cuito fechado de TV, já tão comum

em vários estabelecimentos. “O

varejista não quer gastar muito e

nem fazer instalações que atrapa-

lhem o negócio”, diz Carvalho.

O Customer Mapping se vale

desse mapeamento feito pelas câ-

meras para, com softwares inteli-

gentes, contar o número de pes-

soas no lugar e indicar, com mapas

de calor, onde elas circulam mais

tempo ou param para manusear

os produtos. Quando isso aconte-

ce, o software indica áreas verme-

lhas. Nos corredores onde nin-

guém circula aparece a cor cinza.

Com um gasto médio de R$ 150

reais por câmera, o gestor acessa

os conteúdos pelo software de BI

(Business Intelligence) próprio ou

do fornecedor da tecnologia. Dá

pra calcular a média de clientes

por hora e quantos compraram.

A Loja Interativa é outra novida-

de que amplia a experiência do

consumidor no momento em que

ele pesquisa o preço de uma mer-

cadoria. Trata-se de um leitor de

preços com uma tela maior e com

um visual de e-commerce. Ali, o

usuário navega, vê vídeos e co-

nhece um pouco mais sobre os

produtos desejados e similares. O

lojista poderá fazer parcerias com

os promotores e anunciantes para

inserirem seus espaços publicitá-

rios na mesma tela. Esse tipo de

serviço também atrai a geração

mais jovem de clientes, acostu-

mada à interatividade.

Abaixo, oBeacon,pequeno

transmissor dotamanho de

uma tampa degarrafa.

Loja da Ri Happy: mapeamento de clientes por câmeras em circuito fechado.

Nilani Goettems/e-SIM