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São Paulo, terça-feira, 28 de outubro de 2014 Conclusão: 23h40 www.dcomercio.com.br Jornal do empreendedor Ano 91 - Nº 24.238 R$ 1,40 Em entrevistas na tevê, a presidente reeleita pregou a união do País (rachado na eleição), o diálogo com todos os setores e convocou para o combate aos grandes problemas. E o que não faltam são batatas para descascar – o dólar disparou, a Petrobras naufragou (-12%)... Quanto ao Petrolão, prometeu: "Não vou deixar pedra sobre pedra neste caso. Vou apurar, doa a quem doer. Que se faça justiça". Págs. 2, 5 a 7 e 13 US$ 1 = R$ 2,52 ISSN 1679-2688 9 7 7 1 6 7 9 2 6 8 0 0 8 2 4 2 3 8 Página 4 Após eleição, os 36 aviões Gripen custam US$ 1 bi a mais. Pág. 16 Preço dos caças suecos sobem a jato Divulgação Paulo Massato Yoshimoto, diretor da Sabesp para a Área Metropolitana de São Paulo (na foto, em pé) reafirma na ACSP que o abastecimento de água está garantido até março de 2015. Na Guarapiranga, sofrem as capivaras. Pág. 10 Cantareira em 40% até abril de 2015, prevê Sabesp. O ciclista Marlon de Castro, de 35 anos, morreu ao ser atropelado por um ônibus na esquina com a Brigadeiro Luís Antônio. Haddad já vinha prometendo ciclovia para a Paulista. Pág. 10 Ponto final em plena Avenida Paulista Fabrício Bomjardim/Estadão Conteúdo Paulo Pampolin/Hype J.Duran Machfee/Estadão Conteúdo Aos vencedores (e perdedores), as batatas! Negócio de US$ 1,3 bi. Pág. 16 Brasil vira o senhor das bananas Itaci Batista Petrobras despenca 2 dígitos Agora, corrupção no alvo. Página 4

Diário do Comércio - 28/10/2014

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Ano 91 - Nº 24.238 - São Paulo, terça-feira, 28 de outubro de 2014

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Page 1: Diário do Comércio - 28/10/2014

São Paulo, terça-feira, 28 de outubro de 2014Conclusão: 23h40 www.dcomercio.com.br

Jornal do empreendedorAno 91 - Nº 24.238R$ 1,40

Em entrevistas na tevê, a presidente reeleita pregou a união do País(rachado na eleição), o diálogo com todos os setores e convocou para ocombate aos grandes problemas. E o que não faltam são batatas paradescascar – o dólar disparou, a Petrobras naufragou (-12%)... Quantoao Petrolão, prometeu: "Não vou deixar pedra sobre pedra neste caso.Vou apurar, doa a quem doer. Que se faça justiça". Págs. 2, 5 a 7 e 13 US$ 1

=R$ 2,52

ISSN 1679-2688

9 771679 268008

24238

Página 4

Após eleição, os 36aviões Gripen custam

US$ 1 bi a mais. Pág. 16

Preço doscaças suecossobem a jato

Divulgação

Paulo Massato Yoshimoto, diretor da Sabesppara a Área Metropolitana de São Paulo (na foto,em pé) reafirma na ACSP que o abastecimentode água está garantido até março de 2015. NaGuarapiranga, sofrem as capivaras. Pág. 10

Cantareira em 40%até abril de 2015,prevê Sabesp.

O ciclista Marlon de Castro, de 35 anos, morreuao ser atropelado por um ônibus na esquina coma Brigadeiro Luís Antônio. Haddad já vinhaprometendo ciclovia para a Paulista. Pág. 10

Ponto finalem plenaAvenida Paulista

Fabrício Bomjardim/Estadão Conteúdo

Paulo Pampolin/Hype

J.Duran Machfee/Estadão Conteúdo

Aos vencedores(e perdedores),as batatas!

Negócio de US$ 1,3 bi. Pág. 16

Brasil virao senhor das

bananas

Itaci

Bat

ista

Petr obrasdespenca2 dígitos

Agora,cor rupçãono alvo.

Página 4

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2 DIÁRIO DO COMÉRCIO terça-feira, 28 de outubro de 2014

IN J U ST I Ç A FISCAL E R EF O R M A TRIBUTÁRIASXC

Caso a política econômica não se altere, teremos aí mais um fator de aumento da dívida pública.Roberto Fendt

AOVENCEDOR,

AS BATATAS. Uma política do tipo"mais do mesmo",mantendo a trajetóriade crescimentodos gastosmaior que a dareceita, exigiráaumento dacarga tributáriae a tentativa decriar novos tributos.

ROBERTO FENDT

Afrase do título não é

minha, tomei-a em-

prestado do capítulo

seis de Quincas Bor-ba, do imortal Machado de As-

sis. Mas que batatas! Felicito a

senhora presidente pela ree-

leição ao mesmo tempo em

que não posso deixar de refle-

tir sobre o enorme saco de ba-

tatas quentes que estão aí pa-

ra serem descascadas nos

próximos quatro anos.

O que fará a senhora presi-

dente? Se manterá ou não a

política econômica em vigor é

a questão que está no cerne

do debate que o momento

atual da economia requer. A

maioria dos analistas que já

se manifestou sobre o tema

acredita que a presidente

manterá e aprofundará a polí-

tica econômica que pôs em

prática nos últimos quatro

anos. Não vi ninguém afir-

mando um retorno à política

econômica do primeiro man-

dato do ex-presidente Lula.

Mas em que, no fundo,

as duas políticas se di-

ferenciam? Em pri-

meiro lugar, pelo tratamento

dado às contas públicas. No

primeiro governo de Lula hou-

ve uma grande preocupação

com a geração de superávits

primários suficientes para im-

pedir uma trajetória de cresci-

mento explosivo da dívida pú-

blica –entre 2003 e 2006 o sal-

do primário superou 3% do

PIB, poupança suficiente para

manter bem comportado o en-

dividamento público.

No segundo governo Lula,

essa preocupação arrefeceu.

O crescimento dos gastos ex-

cedeu o crescimento da recei-

ta e, em consequência, caiu o

superávit primário. Esse pro-

cesso acentuou-se nos quatro

primeiros anos da gestão da

presidente Dilma Rousseff. O

percentual, que no seu primei-

ro ano de governo alcançou

2,5% do PIB, despencou conti-

nuamente nos anos seguin-

tes, até o ponto em que se es-

tima que o seu valor nesse ano

seja inferior a 0,5% do PIB.

Se esse percentual ma-

terializar-se, as alter-

nativas são, primeiro,

colocar títulos novos no mer-

cado para pagar os juros so-

bre a dívida já existente; isto

é, endividar-se mais para pa-

gar somente os juros.

A segunda alternativa é re-

correr à emissão monetária,

com todas as consequências

inflacionárias desse tipo de fi-

nanciamento do governo. A

terceira alternativa é simples-

mente deixar a dívida crescer.

Essa opção poderá ter como

resultado a perda do grau de

investimento brasileiro e o

encarecimento das capta-

ções de recursos no exterior,

tanto pelo governo como tam-

bém pelo setor privado.

Uma política do tipo "mais

do mesmo" no segundo man-

dato, com a manutenção de

uma potencial trajetória de

c resc imento dos gas tos

maior que a da receita, exigirá

um aumento da carga tributá-

ria, talvez com o aumento do

IPI e do CIDE e a tentativa de

criação de novos tributos. Se-

rão medidas de alto custo po-

lítico junto à nova classe mé-

dia, como o são, aliás, quais-

quer aumentos de tributos.

Se a senhora presidente

buscar aprofundar a po-

lítica econômica do pri-

meiro mandato poderá vir a

colher juros mais altos, já que

uma dívida maior requer um

volume de recursos também

maior para seu giro e torna-se

aplicação de maior risco.

A tendência será também

de um câmbio mais desvalori-

DELFIM NETTO

PresidenteRogério Amato

Vice-PresidentesAlfredo Cotait NetoAntonio Carlos PelaCarlos Roberto Pinto MonteiroCesário Ramalho da SilvaEdy Luiz KogutJoão Bico de SouzaJosé Maria Chapina AlcazarLincoln da Cunha Pereira FilhoLuciano Afif DomingosLuís Eduardo SchoueriLuiz Gonzaga BertelliLuiz Roberto GonçalvesMiguel Antonio de Moura GiacummoNelson Felipe KheirallahNilton MolinaRenato AbuchamRoberto Mateus OrdineRoberto Penteado de CamargoTicoulatSérgio Belleza FilhoWalter Shindi Ilhoshi

Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira ([email protected]). Editor de Reportagem: José Maria dos Santos([email protected]). Editores Seniores: chicolelis ([email protected]), José Roberto Nassar([email protected]), Luciano de Carvalho Paço ([email protected]), Luiz Octavio Lima([email protected]), Marcus Lopes ([email protected]) e Marino Maradei Jr. ([email protected]).Editores: Cintia Shimokomaki ([email protected]), Heci Regina Candiani ([email protected]), Tsuli Narimatsu([email protected]) e Vilma Pavani ([email protected]. Subeditores: Rejane Aguiar e Ricardo Osman.Redatores: Adriana David, Evelyn Schulke, Jaime Matos e Sandra Manfredini. Repór teres: André de Almeida, Karina Lignelli, LúciaHelena de Camargo, Mariana Missiaggia, Paula Cunha, Rejane Tamoto, Renato Carbonari Ibelli, Sílvia Pimentel e Victória Brotto.Editor de Fotografia: Agliberto Lima. Arte e Diagramação: José dos Santos Coelho (Editor), André Max, Evana Clicia Lisbôa Sutilo,Gerônimo Luna Junior, Hedilberto Monserrat Junior, Lino Fernandes, Paulo Zilberman e Sidnei Dourado.

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FALE CONOSCO

Fundado em 1º de julho de 1924

SXC

zado. Caso ocorra, isso terá

até resultados positivos sobre

o balanço de pagamentos.

Os resultados das contas

externas é outro diferencial

importante entre as gestões

Lula I e Rousseff I, com a gera-

ção de grandes saldos comer-

ciais na administração do pri-

meiro e resultados magros na

gestão da segunda.

Mas não há como ignorar

também que um câmb io

mais desvalorizado se trans-

mite para os preços e acelera

a inflação, justamente quan-

do cristaliza-se aos olhos da

população que a inflação mu-

dou de patamar – para pior.

Some-se a isso o impacto dos

reajustes necessários nos

preços dos combustíveis e da

energia elétrica para enten-

dermos que o primeiro ano da

nova administração será de

enormes desafios.

Outra batata quente a des-

cascar reside nos enormes

empréstimos subsidiados

dos bancos públicos que têm

por origem recursos do Tesou-

ro Nacional. Será necessário,

para reduzir a pressão sobre

aqueles bancos, que a TJLP

seja reajustada para cima, de

forma a reduzir a demanda

por esses empréstimos por

parte dos empresários.

Caso a política não se altere,

teremos aí mais um fator de

aumento da dívida pública, já

que os empréstimos dos Te-

souro aos bancos públicos têm

como contrapartida a obten-

ção de recursos através da co-

locação de títulos no mercado.

Tenho um sentimento –

ou deveria dizer, uma

torcida – de que a se-

nhora presidente sabe de tu-

do isso e que procurará, tal-

vez paulatinamente, corrigir

os desequilíbrios que se acu-

mularam nos últimos anos.

A sua biografia exige que

seu segundo governo produza

resultados melhores no tocan-

te ao crescimento da econo-

mia. Com a política do "mais do

mesmo" é difícil imaginar co-

mo isso poderá vir a ocorrer.

RO B E RTO FENDT É E C O N O M I S TA

Acrítica mais comum

que se faz ao sistema

tributário brasileiro

é que ele é regressivo. Não

há como discordar dessa

realidade: as pessoas

com renda menor pagam,

proporcionalmente, mais

imposto do que as que

têm maior renda. Este é

um defeito sério, mas

certamente corrigível.

A crítica, na maioria das

vezes, passa ao largo do

grande problema de nosso

sistema tributário que é a

sua complexidade.

No caso dos impostos

que as pessoas físicas

pagam, particularmente na

tributação da renda, tem

havido progressos, com a

melhora do acesso do

contribuinte às informações

básicas, graças à

informatização. Mas quando

se trata da pessoa jurídica,

as dificuldades causadas

pela complexidade das

exigências burocráticas não

mudam há muitas décadas.

Somente para

preencher as exigências

dos formulários do Fisco,

as empresas têm que

dedicar um tempo enorme,

ocupando recursos

humanos que seriam mais

úteis para as empresas em

inúmeras outras atividades

da produção, com quase

nenhuma perspectiva de

redução dos enormes

custos que são obrigadas

a realizar.

Pesquisa do Banco

Mundial mostrou que no

Brasil as empresas de médio

e grande porte gastam

duas mil e seiscentas horas

por ano para cumprir as

exigências do órgão

arrecadador e realizar os

pagamentos, mantendo

departamentos inteiros com

contadores e advogados

dedicados a essas tarefas.

Quando estivemos

no governo, anos atrás,

trabalhando na área

fazendária, a complexidade

do sistema já preocupava

muito os setores

manufatureiros, o que nos

levou a pedir ao grande

empresário Antônio Ermírio

de Moraes que liderasse

um estudo para calcular o

quanto as indústrias

estavam gastando desde a

declaração até o pagamento

dos impostos e os custos

para o próprio governo

para arrecadá-los.

Constatou-se que esses

custos representavam,

anualmente, de 1,5% a

2% do PIB, um desperdício

gigantesco de recursos.

Mas uma ideia

corrente hoje e que está

errada é imaginar que a

reforma tributária poderá

baixar a tributação.

A reforma tributária tem

de começar discutindo as

despesas – quais as que

efetivamente precisam ser

realizadas pelo Estado e não

podem ser realizadas por

outros. E, a partir daí, pode

se estabelecer um nível de

tributação. A sociedade

tem que arcar com os custos

daqueles serviços que ela

acha serem indispensáveis

e que precisam ser

prestados pelo Estado.

Seguramente a carga

tributária no Brasil é muito

mais alta do que o nível

normal dos países de renda

igual a do nosso, mas é

porque também a sociedade

brasileira tem exigências

muito maiores do que a

maioria das sociedades

com seu nível de renda.

Não devemos nos

deixar iludir quando se

trata da comparação dos

níveis de tributação e renda

que nós temos e dos níveis

em países cujas rendas

se aproximam da nossa.

O Brasil está tentando

construir uma sociedade

civilizada e, portanto,

uma sociedade em que

o Estado provavelmente

tem de arcar com uma

carga tributária maior

do que nos outros países.

ANTÔNIO DELFIM NE T TO É

P RO F E S S O R E M É R I TO DA FEA-USP, EX-M I N I S T RO DA FA Z E N DA , DA

AG R I C U LT U R A E DO PL A N E JA M E N TO

C O N TATO D E L F I M N E T TO @TERRA.COM.BR

Page 3: Diário do Comércio - 28/10/2014

terça-feira, 28 de outubro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 3

qualquer furto, roubo ou

situação congênere, no

que diz respeito a esta

imagem específica. Sempre

houve conservação e

fruição cultural.

Convidamos, pois,

à seguinte reflexão,

sem paixões

ou bairrismos: um

p ro e m i n e n t e

mineiro vende

formalmente uma

obra de sua legítima

propriedade, num

contexto histórico

em que a própria

Igreja Católica

estimulava a

substituição de

imagens sacras

antigas por novas

feitas de gesso. Tal

peça, quando de

sua confecção,

nunca pertencera

a qualquer ordem

religiosa que, à

época do Primeiro

Império, estivesse

subordinada à lei de 1830

que exigia licença

prévia. Há, pois, motivo

plausível que agora

justifique arbitrariedades

ou aleivosias a quem

quer que seja?

Co l e c i o n a d o re s ,

m a rc h a n d s ,

antiquários, críticos,

curadores e todos aqueles

ligados à chamada arte

sacra, são atingidos pela

simples divulgação de uma

tese como esta. A memória

de João Marino, benemérito

que dedicou tantos anos

ao Museu de Arte Sacra

de São Paulo, certamente

não merece nada disso.

PE D RO MA S T RO BU O N O É

A DVO G A D O, M E M B RO E F E T I VO

DA S COMISSÕES COINFRA

E CMPA DA OA B / S P

Os documentos que

ilustram este artigo, além

de inéditos, são bastante

raros. Pode-se ver a imagem

de Aleijadinho, ainda na

casa de Vicente Racioppi,

antes de ser restaurada.

Mais ainda, a carta firmada

por Racioppi faz menção

expressa ao fato de que

não gostaria que tal peça

deixasse o Brasil, razão

pela qual a vendia para um

conceituado arquiteto de

São Paulo. Anos mais tarde,

a obra foi vendida à coleção

de João Marino, tendo sido

restaurada e devidamente

conservada. Já na coleção

Marino, foi exposta em

diversas mostras culturais.

Em todo este imbróglio,

há um ponto pacífico,

inconteste, reconhecido

por todos: nunca houve

regulares. Nunca

abrangeu ou alcançou às

ordens terceiras e

irmandades. Nunca.

Feitas tais considerações,

cumpre contar qual a

obra de Aleijadinho

vendida por Racioppi em

1972: trata-se da imagem

de São Boaventura,

recém apreendida pelo

Ministério Público de Minas,

que invocou a aludida

lei imperial, alegando

necessidade de licença

prévia do Imperador

Pedro I. Com isso, o MP

tenta agora macular a

tradição da referida obra,

toda uma cadeia sucessória

com mais de 180 anos.

C o ra ç õ e spar tidos

VICENTE RA C I OP P I E SEU ALEIJADINHO

ESTAMOS DIVIDIDOS NO PAÍS E TÃO CEDO NOSSAS PARTES NÃO SE JUNTARÃO.

A virulência dessa campanhaeleitoral, aliás, desse ano todo,

de tanta coisa – Copa, Petrobras,aeroportos – deixará marcas

indeléveis, se não entre pessoas,entre regiões, entre estados.

Carta de Racioppi afirma quenão gostaria que a peçadeixasse o Brasil, e por isso avendia a arquiteto paulista.

PEDRO MASTROBUONO

MARLI GONÇALVES

Sempre achei superbo-

nito aqueles casais

que, para consagrar

seus amores, mos-

tram-se amarrados, carregam

coisas complementares em

pedaços e que, quando juntas,

retomam a unidade, comple-

tando-se de forma romântica.

Feitas de material nobre, as

peças podem ser moedas,

anéis, chaves, cadeado, e o

coração, este cortado em

duas partes com ziguezague

que se encaixam perfeita-

mente. Infelizmente, nesse

nosso amor por uma socieda-

de justa e moderna agora es-

tamos divididos e tão cedo ou

dificilmente essas nossas par-

tes se juntarão, nessa ciranda

cirandinha.

Oanel que tu me deste

era v idro e se que-

brou... Despedaçou.

Quebrado. Cacos. Olha só os

mil pedacinhos. Honra, amiza-

de, ética, coerência, inteligên-

cia, educação, bom senso,

preocupação com o melhor

para todos, com o que é rele-

vante, com a liberdade de

pensar diferente, com a lógi-

ca. Não. Legal é brigar, né?

Parecemos aqueles casais

que já não se suportam, mas

vivem sob o mesmo teto, es-

quecendo que amanhã a casa

–e o teto – serão os mesmos,

mas que por rabugice provo-

cam-se ao limite. Não se falam

no café da manhã, mas de noi-

te fazem as pazes, fazem

amor e dizem que assim é mui-

to melhor, que fica mais gosto-

so e selvagem.

Vamos fazer

um DR( Discutir

o relacionamen-

to)? Não consigo

v i s l umbra r o s

próximos dias com

exatidão, embora

creia que se o casal

não se separa de vez

acaba convivendo de

combinação, se acomo-

dando, que assim fica me-

lhor. Neste teatro, nós somos

os filhos, pelos quais em geral

os pais garantem que se sacri-

ficam, até descobrirem que

isso pouca importância teve

para os próprios.

Mas como irmãos não

conseguiremos as-

sim tão rápido bater

palmas, dar as mãos, mandar

beijinhos, dançar em roda, to-

dos juntos. A violência e viru-

lência dessa campanha elei-

toral, aliás, desse ano todo,

desses tempos, de tanta coisa

– Copa, Petrobras, aviões, ae-

roportos – deixará marcas in-

deléveis, se não entre pes-

soas, entre lugares, entre re-

giões, entre estados.

A mim lembrou tristemente

– passa como se fosse um fil-

me –as tantas artimanhas que

usamos e passamos para che-

gar aqui ao regime democráti-

co, afrontado agora com tan-

tos tapas e poucos beijos e, o

que é pior, por tão pequenas

d i f e re n ç a s .

Agora, quem combatíamos

está lá formando o barro, junto

com seus velhos amigos. Os

mesmos que querem nos con-

vencer que a verdade é una,

querendo que fiquemos na

mesma cama de casal, que

emprestemos nossas escovas

para certos bigodes, que a

gente sente junto no sofá para

ver a novela, de mãos dadas. É

quase neurótica a política bra-

sileira, tarja preta, de remédio

e de censura. Tirem as crian-

ças da sala.

Não é por menos que 35 mi-

lhões de brasileiros se absti-

veram, ignoraram, se recusa-

ram, simplesmente se recusa-

ram. Acho que este é o fato

mais grave de todos. Tudo pa-

recia dialético, ou um ou outro,

sem escalas, como se fôsse-

mos laranjas cortadas, mas

nem é bom falar muito de la-

ranjas nesse momento,

Batemos bumbo para

maluco dançar. Palha-

ços com maquiagem

borrada, nos descabelando

por nada. Nos desunimos

igualzinho àqueles casais que

brigam porque um deles escu-

tou a maledicência de outras

pessoas, estas sim, interessa-

das em nos separar.

Certamente cada um de nós

sabe o que é ou passou por isso

em sua vida particular, de al-

guma forma, e isso só trouxe a

desgraça, a tristeza, o ódio, o

ciúme. O monstro da destrui-

ção. Quero ver agora é dissi-

par a mentira lançada, a insí-

dia infiltrada em quem neces-

sita do apoio social como a

própria vida.

Gostaria que tudo fosse

verdade. Nesses dias

todos nós, bois "Ga-

rantido" ou "Caprichoso", con-

vivemos com outros bois, de

outras cores, dentro de nossos

currais. Ou como marinheiros

bêbados, pendendo para a di-

reita demais ou para a esquer-

da demais, para o radicalismo

de lá, de cá. Tudo junto e mis-

turado. Muito esquisito.

À frente, teremos revela-

ções, dias duros, mar instável,

rios secos. Nada muito dife-

rente do que tivemos até hoje,

mas com gravidade espetacu-

lar. Quem falou, terá de pro-

var. E se provar, quem se de-

fende vai ter de sapatear e até

ficar rouco para saltar dessa

e m b a rc a ç ã o.

Um novo Brasil será desco-

berto. E acreditem que vamos

ter muita gente nova aportan-

do na praia, tentando nos ca-

tequizar. Quem sabe podere-

mos então unir, sei lá, os arcos

e as flechas?

MARLI GO N Ç A LV E S É J O R N A L I S TA

Vicente Racioppi

hoje é nome de rua

em Belo Horizonte.

Estudou teologia, história,

filosofia e letras clássicas,

além de se formar em

Direito. Na capital mineira

ensinou latim e sociologia

em escolas secundárias.

A trajetória pessoal

deste advogado, que

também era educador,

notabilizou-se por sua

luta preservacionista,

como defensor da

arte, arquitetura e

história da cidade colonial

de Ouro Preto.

Sua trajetória repercutiu

inclusive no exterior, como

demonstra o livro publicado

pela Universidade de

Maryland, Vicente Racioppi:O preservacionista locale o Estado Nacional, de

autoria de Daryle Williams.

Em 1972, Racioppi

vendeu uma obra de

Aleijadinho de sua

propriedade, imagem sacra

que hoje é centro de uma

pendenga jurídica que vem

gerando enorme celeuma.

Em que contexto tal venda

ocorreu? Para responder,

deve-se antes destacar

outra figura notória, a de

Pietro Maria Bardi, cuja

trajetória confunde-se com

a história do Museu de Arte

de São Paulo, o Masp.

Pouco tempo antes, Bardi

publicara em sua revista

Mirante das Artes a matéria:

"As imagens deixam as

igrejas", na qual analisava

a mudança de mentalidade

e atitude da própria Igreja

Católica, inicialmente

bastante apegada às obras

de arte, mas que passara a

estimular a substituição de

obras antigas

(especialmente de

mármore ou madeira),

por singelas novas

re p re s e n t a ç õ e s

de gesso.

Bardi cita

t ex t u a l m e n t e

as declarações do

Departamento de

Artes Sacras da

A rq u i d i o c e s e ,

por seu porta-voz,

o padre Darcy

Corrazza, que

entregara ao

Cardeal Agnello

Rossi um

memorial de

orientação para

adaptação das

igrejas, segundo

as normas do

Concilio

Ecumênico

Vaticano II. Tais

novas diretrizes

de desapego e

substituição por

novas imagens mereceram,

à época, comparações com

a mentalidade protestante.

Já se disse aqui que Vicente

Racioppi notabilizou-se

pelo protecionismo de Ouro

Preto, uma das mais belas

cidades coloniais mas faltou

dizer que a imagem por

ele vendida em 1972 teria

ornamentado no passado a

Igreja da Ordem Terceira de

São Francisco de Ouro Preto.

Como o próprio nome diz,

tal Igreja pertencia a uma

ordem terceira, entidade

laica, que nunca fez parte

do clero. E por quê? Porque

a Ordem Regular dos

Franciscanos é mendicante,

jamais foi proprietária de

absolutamente nada, desde

São Francisco de Assis,

face ao conhecido voto de

absoluta pobreza.

Note-se que as

irmandades, confrarias

e ordens terceiras eram

entidades privadas,

com administração e

contabilidade próprias, tais

como as "ONG's" atuais.

Assim, não é demasiado

esclarecer também que

a tão comentada lei do

Primeiro Império datada de

1830, centro de toda a

polêmica, era de fato

bastante explicita, taxativa,

atingindo, durante sua

vigência, tão somente

as ordens religiosas

Reprodução

SXC

Page 4: Diário do Comércio - 28/10/2014

4 DIÁRIO DO COMÉRCIO terça-feira, 28 de outubro de 2014

HOJE NA CAPITAL

CRUZADAS DIRETAS

14o | 28oCSol o dia todo, com muitas nuvens de manhã.

Noite com muita nebulosidade.

Dia de sol, com nevoeiro ao amanhecer.

As nuvens aumentam no decorrer da tarde.

Sol e aumento de nuvens de manhã. Pancadas de chuva à tarde e à noite.

Sol com aumento de nuvens ao longo do dia.

À noite ocorrem pancadas de chuva.

AMANHÃ, 29/OUT

QUI, 30/OUT

SEX, 31/OUT

Mín. Máx.

15o | 30o CMáx.

Máx.

Máx.

Mín.

Mín.

Mín.

19o | 32o C

20o | 32o C

[email protected] 33333 33333

kkkkk

Colaboração:

Paula Rodrigues / Alexandre Favero

MAIS: Michel Temer agoratentará convencê-lo aassumir um ministério nosegundo mandato de Dilma,provavelmente Previdência.

MISTURA FINA

Fotos: Divulgação

Herançamaldita

Menosé melhor

333 Yasmin Brunet, 26 anos, filhade Luiza Brunet, casada com otambém modelo Evandro Soldati,é mais uma que usa e abusa doInstagram, mania que outras tantas

famosas igualmente utilizam para se manter em alta nas redessociais. As mais criativas – e esse é o caso de Yasmin, hojevegetariana – postam fotos bem produzidas. Nesses dias,apareceu nua com os cabelos cobrindo os seios e transformada(e também sem roupa) numa espécie de arvore de flores.

Cargo garantido333 O governador Jaques Wagner, queelegeu seu sucessor Rui Costa e garantiu avitória de Dilma em território baiano, acha quetem lugar garantido no segundo mandato dapresidente. Ele está de olho mesmo na chefiada Casa Civil, no lugar de Aloizio Mercadante,

que poderia ir para a Fazenda. Contudo, Mercadante não quer deixarseu posto e os amigos de Wagner consideram que ele seria tambémum bom nome para suceder Guido Mantega. Nelson Barbosa, ex-secretário executivo da Fazenda, é o mais cotado para o posto.

Nova lojada Prada

Henrique Eduardo Alves(PMDB) foi derrotado noRio Grande do Nortedevido a ação de Lula eestá mais do que furioso.

333 O Brasil que Dilma Rousseffterá pela frente, em seu segundomandato, é o mesmo que elapermitiu que alcançasse níveisameaçadores. Há uma desin-

dustrialização e desorganização da economia, tudo indican-do que o crescimento do PIB será zero – ou negativo. Ainflação está acima da meta, não está controlada, as contaspublicas estão maquiadas, as parcerias público-privadas deinfraestrutura permanecem no papel, cresce a divida publica e odéficit externo. Ou seja: tudo o que ela negou na campanha vaidesembarcar em seu colo. E não será a simples mudança de umministro da Fazenda que irá consertar isso tudo. Resumo da ópera:é a chamada herança maldita que Dilma recebe dela própria.

Não é bem assim333333333333333 Nove entre dez analistas lúcidos acham que, ao contrário deseus discursos, Lula e Dilma Rousseff foram os presidentes quemais favoreceram a concentração de capital, desde os tempos doregime militar, com financiamentos milionários do BNDES paragrupos econômicos privilegiados – e até irresponsáveis como obloco de Eike Batista, hoje falido. Multinacionais foram beneficia-das pelo governo, especialmente montadoras, em detrimento deoutros setores da indústria nacional. Fora financiamentospara poderosas empreiteiras realizarem obras na AméricaLatina e na África. E essas são as mesmas que aparecemnas delações de Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef.

“Não acredito, sinceramente, que essas eleições tenham dividido o paísao meio.”

333 Enquanto muitas grifesinternacionais estão assustadascom a retração do mercado deluxo no Brasil, a Prada continuaseu processo de expansão entre

nós desde 2011. Agora, a primeira loja em São Paulo,no Shopping Cidade Jardim (tem mais cinco em outrosEstados), troca o espaço anterior para outro de 415 metrosquadrados, voltada para o público masculino e feminino.Grupo de mulheres foi à inauguração, seguida de almoço:da esquerda para a direita, Johanna Stein-Birman, RiccySouza Aranha, Cristiana Neves da Rocha, Fátima Scarpae Mariana Auriemo, primeira-dama do Cidade Jardim.

Olho na leniência333 Há poucas semanas,poderoso empreiteiro procuroua Polícia Federal em São Paulo,

porque o nome de sua empresaestava citado nas delações dePaulo Roberto Costa e Alberto

Youssef, afirmando que eraextorquido pelos executivos daPetrobras. Aí, os dois delatores

reforçaram a pratica de cartel daconstrutora na área de conquis-ta de contratos, incluindo a

participação das empresas noesquema de propinas. Outrasempreiteiras estão se movimen-

tando em torno do Acordo deLeniência da Secretaria doDesenvolvimento Econômico. É

simples: escapam do processopenal, tudo corre com sigilo e asempresas devolvem dinheiro.

VAI RENUNCIAR333 A ministra da Cultura,Marta Suplicy, que nãotrabalhou pela reeleição deDilma e que era uma dasdefensoras do movimentoVolta, Lula, deverá renunciarnos próximos dias. Já sabeque, no segundo mandato dapresidente, seu cargo deveráser preenchido por JucaFerreira, que participou dobloco que atuou na campa-nha da vencedora. Volta aoSenado, onde tem ainda maisquatro anos pela frente.

Punho fechado333 Antes mesmo de começarseu discurso, anunciando suavitória, a presidente DilmaRousseff, entusiasmada,levantou o braço e fechou opunho, repetindo gesto de JoséDirceu e José Genoíno quandoentraram na Papuda. Depois,também André Vargas (ex-PT),acusado de ter relações com odoleiro Alberto Youssef, fez omesmo gesto na Câmara paraprovocar o então presidente doSupremo, Joaquim Barbosa.

COXINHAS333 Num hotel de Brasília,onde o PT organizou a festapela vitória de Dilma Rous-seff, o que não faltou foramcoxinhas, o que provocava umasérie de piadas de petistassobre o PSDB. Coxinha, comose sabe, é um novo rótulo queganhou popularidade paradefinir figuras certinhas ou“almofadinhas”, como Lula sereferia a Aécio Neves, ressus-citando expressão dos anos 50.

Café sem leite333 Em São Paulo, 65%votaram em Aécio Neves; emMinas Gerais, Dilma teve 52,4%contra 47,6% do tucano; eem Pernambuco, venceu apresidente com mais de 70%dos votos. Comentário do ex-governador de São Paulo,Alberto Goldman: “O café estavaservido, faltou o leite e datapioca com açaí, nem sinal”.

Chimarrão,não333333333333333 Quando foi votar em PortoAlegre, um dos mesários ofereceuchimarrão para a presidente DilmaRousseff tomar. Ela aceitou,deu alguns goles e demorou otempo suficiente apenas parase fotografada e filmada pelosrepórteres. Mineira de nascimentoe gaucha por adoção, a Chefedo Governo não é nem umpouco chegada ao chimarrão.Acha que o risco de queimar oslábios sempre existe e consi-dera a bebida muito amarga.

NÚMERO IGUAL333333333333333 Guilherme Afif Domingos,ministro da Micro e PequenaEmpresa, deverá permanecerno cargo no segundo governode Dilma Rousseff, com quemmantém relações de muitacordialidade. Na semanapassada, num jantar, Afiflembrava os tempos em que foieleito constituinte (o terceiromais votado do país) pelo PLque, agora, poderá voltar numtrabalho de Gilberto Kassab. Earrancou risadas dos amigos,quando recordou seu número:2222, “o mesmo de Tiririca”.

DILMA ROUSSEFF // na contramão dos 51,4 milhões de votos de Aécio Neves.

IN OUTh

h

Tigelas coloridas. Xícaras clássicas.

333 EM SUA penúltima reuniãodo ano, o Copom do BancoCentral não deverá mexer na taxabásica de juros da economia, estasemana. Inflação em alta e PIB embaixa terão peso maior na decisãodo colegiado e a Selic permane-cerá em 11%. É a aposta de noveentre dez economistas de plantão.

333 O DISCURSO de DilmaRousseff, depois de anunciadasua vitória, estava escrito e elajá recebera telefonema de AécioNeves. Aí, perguntou a Lula sedeveria citar o mineiro, demaneira republicana. E o ex-presidente: “Nem pensar”.

333 A PLATÉIA da principal lutado UFC 179, sábado passado, nooctógono do Maracanãzinho, noRio, resolveu – e por diversasvezes – reeditar o mesmo coroendereçado a Dilma Rousseff naabertura da Copa das Confede-rações, no ano passado.

333 A VETERANA atriz FlorindaBolkan, 73 anos, que hoje vive naItália (era uma das favoritas deLuchino Visconti) e que, de vez emquando, vem ao Brasil, estava,nesses dias, na Praia de Quixaba,a duas horas de Fortaleza,onde tem uma pousada,trabalhando para conquistarvotos para Aécio Neves.

333 QUANDO DILMA, em seuprimeiro discurso depois da vitória,volta a falar em plebiscito para areforma política, reedita o naufrá-gio do ano passado, depois dasmanifestações de rua, quando oPMDB foi o primeiro a recusar aidéia. E ela sabe que haverá novarecusa, o que lhe dará condiçõesde dizer que “tentou, mas oCongresso recusou”.

333 QUANDO LULA investiucontra Aécio Neves, acusandoo mineiro de ter ofendido “apresidente, a mãe e a avó” aousar a expressão leviana, paradizer que ela era inconsequenteao lhe fazer acusações sobre oaeroporto de Cláudio, lembravaque, no nordeste, o adjetivoequivale a prostituta. Nasemana passada, o próprioex-presidente resolveu usar aexpressão leviana (aí, em seusentido original e correto)contra a revista Veja.

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terça-feira, 28 de outubro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 5

Dilma: guerra àcorrupção, semmedo de crise.

Reeleita, presidente diz que impunidade é que pode gerar instabilidade política.

Ricardo Osman

Aapuração a fundo dos

casos de corrupção

na Petrobras não vai

gerar instabilidade

política no País ou crise institu-

cional. Foi o que afirmou a pre-

sidente da República reeleita,

Dilma Rousseff (PT), em entre-

vista ontem ao Jornal Nacio-

nal, da TV Globo. "Não acredi-

to em instabilidade política ao

prender e condenar corrup-

tos", disse Dilma. "Não vou

deixar pedra sobre pedra nes-

te caso da Petrobras. Vou apu-

rar, doa a quem doer, que se

faça justiça", acrescentou.

A presidente ainda afirmou,

para reforçar seus argumen-

tos, que a falta de apuração é

que poderá ser um risco ao

País: "Isso (a apuração) não po-

de levar à instabilidade políti-

ca. A impunidade é que pode

levar à instabilidade política."

Horas antes, no Jornal da Re-

cord, em entrevista ao vivo de

Brasília, Dilma avisou que

"não acredita em um 3º turno"

da campanha –a continuidade

da disputa pelo poder, no jar-

gão político. "Antes de quere-

rem, eu quero saber o que hou-

ve", disse ela.

A classe política aguarda

com cautela as investigações

da Operação Lava Jato e a libe-

ração do conteúdo dos depoi-

mentos prestados pelo doleiro

Alberto Youssef e o ex-diretor

de Abastecimento da Petro-

bras Paulo Roberto Costa. Am-

bos fizeram acordo com o Mi-

nistério Público de delação

premiada, mas em seus de-

poimentos eventuais nomes

de agentes públicos acusados

de corrupção (senadores, de-

putados e governadores, por

exemplo) são mantidos em si-

gilo por exigência do Supremo

Tribunal Federal (STF). Costa

já revelou a participação de di-

retores da Petrobras e do te-

soureiro do PT, João Vaccari

Neto, no caso da Petrobras. Os

nomes de Dilma e de Lula te-

riam sido citados por Youssef,

segundo publicado em Ve j a .

CONSTRUÇÃO DE PONTESNa entrevista ao Jornal Na-

cional, os telespectadores co-

nheceram a Di lma 'paz e

amor', que surge com a vitória

de domingo, disposta ao diálo-

go com todos os setores da so-

ciedade. Consciente de que

venceu com 51,64% dos votos

válidos contra 48,36% dados a

Aécio Neves (PSDB), a petista

busca a conciliação necessá-

ria ao governo. "Depois de

uma eleição temos de respei-

tar todos os brasileiros, os que

votaram em mim e os que não

votaram em mim. E respeitá-

los significa abrir e construir

pontes através do diálogo, pa-

ra que o Brasil tenha um cami-

nho de futuro", disse.

MINISTRO DA FAZENDAA presidente Dilma des-

mentiu no Jornal da Record

que esteja sondando, neste

momento, o presidente exe-

cutivo do Bradesco, Luiz Tra-

buco, para suceder ao minis-

tro Guido Mantega, no Minis-

tério da Fazenda. "Gosto mui-

to do Trabuco, mas não é o

momento e nem a hora de dis-

cutir nomes do próximo gover-

no", disse Dilma. Mas depois,

no Jornal Nacional, diante de

pergunta semelhante sobre a

política econômica, deixou

transparecer que pode mexer

em seu ministério ou na políti-

ca econômica antes da posse

do segundo mandato marca-

da para 1º de janeiro de 2015.

"Eu externei ( d o m i ng o ) que

não iria esperar a conclusão

do primeiro mandato para ini-

ciar todas as ações no sentido

de melhorar o crescimento de

nossa economia. Mas, quero

dizer, é que vou abrir o diálo-

go. A palavra chave agora é o

diálogo, quero dialogar com

setores empresariais, com se-

tor financeiro.... Pretendo di-

zer de forma clara quais são as

medidas que vou tomar." A jor-

nalista Patrícia Poeta pergun-

tou quando isso deverá ocor-

rer. "Será antes do final do ano,

vou fazer isso neste mês que

se inicia na próxima semana."

SUPER SIMPLESAo ser questionada sobre se

pretende promover a reforma

tributária neste segundo go-

verno, Dilma lembrou os avan-

ços com o Super Simples e ga-

rantiu novos passos nesta di-

reção. "Se tem uma coisa que

eu procurei fazer, foi a reforma

tributária", garantiu ela. "Mas

eu acredito que nós agora te-

mos de fazer esta discussão a

fundo. Fizemos uma série de

reformas, desoneramos a tri-

butação sobre a folha de paga-

mento, por exemplo. Nós fize-

Reprodução

mos grande reforma tributária

com o Super Simples, inclusi-

ve universalizamos para o pe-

queno empreendedor, e am-

pliamos um conjunto de cate-

gorias que passaram a ter di-

reito a esta simplificação." E

avisou: "É impossível conti-

nuar com a sobreposição e

com a guerra fiscal. Esse desa-

fio vou ter que encarar."

Primeiro compromisso de Dilma após a reeleição: o diálogo. Presidente dá entrevista a Adriana Araújo.Reprodução

Minutos depois de falar com a Record, Dilma fala ao JN da TV Globo.

Não acredito eminstabilidadepolítica ao prendere condenarcorruptos. Não voudeixar pedra sobrepedra neste casoda Petrobras.DILMA ROUSSEFF

MINAS P E DE PERDÃOMÁRIO RIBEIRO

Presidente doBradesco é só elogios

Opresidente do

Bradesco, Luiz Carlos

Trabuco Cappi, poderá

ser sucessor do ministro

Guido Mantega no Ministério

da Fazenda. Seu nome entrou

para a lista de ministeriáveis

do segundo mandato da

presidente Dilma Rousseff

(PT), de acordo com a Folha

de S. Paulo. O executivo deve

se aposentar no ano que vem.

Em nota oficial publicada o

na noite de domingo, Luiz

Carlos Trabuco Cappi elogiou

o discurso de vitória de Dilma,

que em sua avaliação

sinalizou diálogo, união e

reformas. "Foi um momento

de pacificação e pleno

entendimento das

responsabilidades à nossa

frente", disse ele.

Segundo o executivo, o

Brasil é exemplo de

democracia moderna, que

impulsiona o seu

desenvolvimento social e

político pelo voto popular.

As eleições de domingo,

conforme Trabuco, foram

"limpas" e realizadas em

"clima de paz". "O povo

brasileiro deu

demonstração de

espírito democrático e

tolerância, em que pese

os acirrados debates e

a disputa apertada",

a c re s c e n t o u .

Trabuco afirmou ainda que

o Bradesco acredita no Brasil

e que a instituição está

confiante de que o governo

reeleito vai enfrentar os

desafios do presente.

Também em nota à

imprensa, Lázaro de Mello

Brandão, presidente do

Conselho de Administração

do Bradesco, afirmou que a

maturidade e a solidez da

democracia brasileira foram

confirmadas na eleição.

"Temos a convicção de que

a presidenta reeleita Dilma

Rousseff renovou

pelo melhor caminho

– o do voto da maioria dos

brasileiros – todas as

condições necessárias

para avançar sobre os

grandes desafios que o País

tem pela frente.

Desejamos-lhe

as merecidas saudações,

com a crença de que

teremos quatro anos de

muito trabalho e conquistas",

dizia o texto de Brandão.

(Agências)

Agora é inútil pedir

desculpas, Aécio, e

como dizia Lupicínio

Rodrigues em uma de suas

dramáticas canções, "a

vergonha é a herança

maior que meu pai me

d e i xo u " .

A vergonha é tanta que

os mineiros que lhe

dedicaram o voto não têm

palavras para explicar a

derrota que nosso Estado

lhe impingiu, impedindo

sua vitória para presidente.

Aécio, quem fala é um

atleticano "doente" e você

sabe o radicalismo que

envolve as torcidas

dos dois principais

times mineiros.

Pois esteja certo: a

paixão clubística não

influenciou na votação

porque quem votou pensou

bem mais alto do que

simplesmente para Atlético

ou Cruzeiro.

Nós queríamos elegê-lo

presidente porque temos o

olho no futuro e nossa

referência ao passado é

seu avô Tancredo Neves na

luta pela redemocraticação

do país e o destino ingrato

impediu a posse na

Presidência da República.

Para nós, você

representava uma

retomada do Brasil dentro

dos ideais de seu avô.

Em cada conversa com

re s i s t e n t e s

inveterados, mostramos o

trágico destino que

representa a opção pelo

bolivarianismo do Foro de

São Paulo fundado por

Fidel Castro e Luiz Inácio

Lula da Silva.

Alertamos amigos,

parentes e conhecidos

sobre os riscos

representados pela

candidata oponente.

Conversamos com todos

das várias classes em

nossa volta.

Explicamos a estupidez

que seria o voto nulo e o

voto em branco.

Chegamos a brigar em

mesa de bar por tentar

convencer amigos a votar

em você diante do ranço

entranhado no espírito

mineiro desde a época do

ouro, o ranço do ódio

guardado no pote que é

lugar fresco, o ranço do

compadrismo e da fofoca

velada longe do inimigo, da

conversa ao pé do ouvido e

da traição sem alarde,

dissimulada por risinhos e

chistes à socapa.

Foi tudo em vão pois se

deu uma também

vergonhosa abstenção.

Você certamente

considerou que contaria

com o apoio dos

funcionários do Estado

pelas medidas

modernizadoras incluídas

no seu Choque de Gestão

que deu outra configuração

à estrutura governamental

do Estado e levou a

administração para um

Centro Administrativo

moderno que potencializou

as ações e metas

do Estado.

Ledo engano.

As medidas só

recrudesceram o rancor

contra sua administração,

sendo deixadas de lado a

melhoria no setor

educacional que colocou

Minas no topo da

classificação em relação a

outros estados porque

implicou em ajustes

fundamentais no sistema

e mexeu com a burocracia

cheia de não-me-toques,

preocupada só com o

bem-bom.

APraça da Liberdade ao

se transformar em um

dos mais expressivos

centros culturais das

capitais brasileiras

desalojou quem nunca quis

se mexer pelo bem de

quem lhe paga o salário,

aliás colocado em dia

por você.

Não foram poucos os que

tentaram o "bom combate"

como você fez e como fez

São Paulo. Mas foi

insuficiente, Aécio. O ranço

continua entranhado e

cheio de ódio por você se

posicionar contra um

partido que prega a

mentira em nome da

verdade, além de aspirar a

dominação permanente do

Poder e a implantação de

uma ideologia que inclui

até apoio ao Estado

Islâmico, como fez sua

oponente em vexaminoso

depoimento na Assembleia

Geral da ONU, manchando

a honra que a entidade

mundial dedica ao país

por ter o brasileiro

Oswaldo Aranha sugerido

sua criação.Nada

adiantou o empenho de

seus eleitores porque

Minas está onde sempre

esteve e parece que de lá

nunca sairá. Infelizmente,

principalmente para os

nossos filhos e netos.

Vergonha, vergonha,

v e rg o n h a ! ! !

MÁRIO R I B E I RO É J O R N A L I S TA

E PUBLICITÁRIO

PELO IMPEACHMENT – No Facebook, dois eventos mobilizam milhares de pessoas: 21 milconfirmaram presença ontem às 18h, no Largo da Batata. Só 30 foram. Hoje, cerca de 14 milconfirmaram presença em ato pelo impeachment de Dilma na Avenida Paulista, também às 18h.

Foto Michel Filho/A

gência O G

lobo

Dario Oliveira - Agencia Codigo 19

Trabuco cotado para a Fazenda

Page 6: Diário do Comércio - 28/10/2014

6 DIÁRIO DO COMÉRCIO terça-feira, 28 de outubro de 2014

Não é de bom alvitre a gente manter uma concentração num único partido [PT].Eduardo Cunha, líder do PMDB na Câmara dos Deputados.

PMDB sai mais fortedo que nunca das urnas

Partido elege sete governadores, 66 deputados e já reivindica a presidência da Câmara dos Deputados.

Victória Brotto

OPMDB foi o partido

que saiu mais forte

das eleições majo-

ritárias neste ano. A

sigla, que compôs a chapa

vencedora da presidente Dil-

ma Rousseff (PT), elegeu sete

governadores e ainda tem

uma das maiores bancadas no

Congresso, com 66 deputados

federais e 18 senadores.

Apesar de compor a base

governista no Congresso e nos

Estados, o PMDB pode ser me-

nos uma força de diálogo a fa-

vor de Dilma do que um agen-

te a pressioná-la, tendo em

vista seu histórico de atritos

com a sucessora do ex-presi-

dente Lula.

Na Câmara Federal, com 66

deputados eleitos, o PMDB ob-

teve a segunda maior banca-

da, atrás somente do PT, com

70 parlamentares. O PSDB

elegeu 54. Em seu primeiro

discurso, no domingo, Dilma

Rousseff fez questão de pro-

meter reformas para o País,

entre elas, a política. A petista

a classificou como "uma das

mais importantes", mas se es-

queceu de dizer que, além de

importante, a reforma política

também é uma das mais com-

plexas de serem aprovadas

pelos congressistas.

Além de uma base ampla, a

pres idente p rec i sa rá de

apoios consistentes, princi-

palmente da presidência da

Câmara dos Deputados, que

será disputada a ferro e a fogo

entre PT e PMDB. O PMDB já dá

sinais de que quer o deputado

Eduardo Cunha (RJ) para ocu-

par o posto. E Cunha é o menos

dilmista de todos.

Ontem mesmo, Eduardo

Cunha, hoje líder do PMDB na

Câmara, afirmou que o PT não

poderá ocupar o comando do

Congresso na próxima legisla-

tura. As duas legendas fize-

ram um acordo em 2010, pelo

qual ficou acertado um rodízio

entre os dois partidos na presi-

dência da Câmara.

"Se a gente teve uma elei-

ção acirrada e se a gente quer

buscar uma conciliação, não

tem sentido você defender

que o partido que ganhou a

eleição fique também com o

comando do Congresso por-

que seria uma hegemoniza-

ção do poder na mão no PT",

disse Cunha. "Acho que a Casa

não aceitará isso. Acho até

que, para quem quer buscar

conciliação, não é de bom alvi-

tre a gente manter uma con-

centração num único partido

de tanto poder", avisou.

LÍDER DA REBELIÃONo começo deste ano, ele li-

derou uma espécie de rebe-

lião contra a reforma ministe-

rial da presidente Dilma. Cu-

nha chegou a defender o rom-

pimento da parceria do PMDB

nestas eleições de outubro e

fez ataques, via Twitter, ao

presidente do PT, Rui Falcão,

chamando-o de "doido" por

"boquinhas" no governo. Na

época, o governo resistia em

dar mais um ministério, além

dos cinco, ao PMDB, além de

evitar compromissos de cam-

panha com os candidatos no

Ceará e no Rio de Janeiro.

Na época, sob a ameaça de

rompimento, Dilma recorreu

ao vice Michel Temer e se reu-

niu com algumas lideranças

do partido, entre elas, o presi-

dente do Senado, Renan Ca-

lheiros (PMDB-AL), o líder do

PMDB no Senado, Eunício Oli-

veira (PMDB-CE), e o líder do

governo no Senado, Eduardo

Braga (PMDB-AM). O então

presidente da Câmara, Henri-

que Alves (PMDB-RN), e o pre-

sidente do partido, senador

Valdir Raupp (RO) também se

encontraram com a presiden-

te, mas em reunião separada.

Atualmente, o PMDB co-

manda cinco ministérios: Mi-

nas e Energia (Edison Lobão),

Previdência (Garibaldi Alves),

Turismo (Gastão Vieira), Agri-

cultura (Antônio Andrade) e

Secretaria de Aviação Civil

(Moreira Franco). Agora, terá

de abrir mais a mão se quiser

garantir a governabilidade.

Cunha já avisou o Planalto

do impacto que a divulgação

da delação feita pelo ex-dire-

tor da Petrobras Paulo Roberto

Costa poderá ter no próximo

ano: "Não sei se vai compro-

meter a governabilidade, mas

certamente vai tumultuar o

processo do parlamento".

Wilton Júnior/EC

Michel Temer (PMDB), vice presidente da República, tem nas mãos a governabilidade de Dilma Rousseff.

Caciques no Senado já se rebelamUm dia depois do resultado das urnas, Eunício e Renan defendem referendo para a reforma política.

Caciques do PMDB do

Senado decidiram

contrariar a

intenção da

presidente reeleita Dilma

Rousseff (PT) de defender

como prioridade para um

novo mandato a votação de

uma reforma política com a

realização de um plebiscito. O

líder do PMDB do Senado,

Eunício Oliveira (CE), e o

presidente da Casa, senador

Renan Calheiros (PMDB-AL),

afirmaram ontem serem

favoráveis à reforma, mas por

meio de um referendo.

"O Congresso pode fazer a

reforma e, ao fazê-la, tem 30

dias para aprovar um

referendo", afirmou o líder do

PMDB, para quem não é

preciso esperar o novo

Congresso tomar posse, em

fevereiro de 2015, para se

discutir e votar as eventuais

mudanças. "Quem define

eleição no Brasil são as

resoluções eleitorais e as

pesquisas, não são as leis",

criticou ele, ao destacar que,

na sua defesa de uma

reforma política, expressa o

sentimento da maioria da

bancada do Senado.

No plebiscito, primeiro é

realizada uma consulta

popular que vai opinar sobre

quais temas da reforma o

Congresso terá de abordar.

No referendo, os deputados e

senadores aprovam as

mudanças e depois a

população é consultada para

saber se as aceita ou não.

Derrotado nas eleições ao

governo do Ceará, Oliveira

defendeu a aprovação de

uma profunda reforma que

impeça a divulgação de

pesquisas de intenção de

voto a menos de 20 dias da

votação e proíba a fixação de

regras por meio resoluções

ou portarias da Justiça

Eleitoral. (EC)

CURIOSIDADESDA ELEIÇÃO

Aécio liderou até 88,9% da apuraçãoA liderança inicial do tucano aconteceu porque a apuração começou com as urnas do Sul e Sudeste. Às 19h32, Dilma deu a grande virada no tucano .

Campeão na terrado aeroporto

Rio lidera nulos e brancos

Eleitor cola o número 3da urna para impedir o voto no 13

O mais rico

Baseado na declaração

de bens apresentada

ao Tribunal Superior

Eleitoral (TSE), Reinaldo

Azambuja (PSDB), eleito no

Mato Grosso do Sul , é o

governador mais rico do

País ( foto ao lado).Declarou possuir bens

no valor total de R$ 37,8

milhões, dos quais R$ 24

milhões são terrenos e

fazendas, cuja área total é

de aproximadamente

2.751 hectares (ou

27.510.000 m²).

Na outra ponta, a dos

mais "pobres", está

Waldez Góes (PDT),

escolhido pela maioria no

Amapá. Ele informou

possuir R$ 15 mil,

referentes a uma casa em

Macapá de 108 m².

Vitória com folga

Dilma conseguiu sua

vitória mais folgada

em Belágua (MA): lá, teve

93,93% dos votos válidos

(3.558), contra 6,07%

(230) de Aécio. E ele, por

sua vez, conseguiu sua

vitória mais tranquila nos

Estados Unidos: Miami lhe

deu 91,79% dos votos

válidos (7.225), contra

8,21% (646) de Dilma.

Enquanto o Brasil

esperava ansioso

pelas 20h para saber

quem estava na

frente na apuração dos votos

para presidente, cerca de 30

"privilegiados"

acompanhavam a apuração

voto a voto desde às 17h, em

duas salas do Tribunal

Superior Eleitoral (TSE). Eram

técnicos de informática do

tribunal, responsáveis por

checar a regularidade da

totalização. O candidato do

PSDB, Aécio Neves, largou na

frente. A virada foi registrada

às 19:32:03, quando estavam

somados 88,9% do votos.

Nesse horário, a presidente

Dilma Rousseff (PT) atingiu

47.312.422 votos, ou 50,05%

do total apurado até então.

Aécio ficou para trás de forma

irreversível. Tinha 47.224.291

votos, ou 49,95% do total.

Embora o momento tenha

sido emocionante, nenhum

apuração antes das 20h –

nem para ele mesmo.

"Desliguei meu celular

para não receber pressão.

Não falei nem com a minha

família", garante Janino.

"A ordem era para que não

passássemos informação

nem se tivesse uma decisão

do presidente do STF."

Um segurança garantia

que ninguém saísse do

tribunal a pretexto de ir ao

banheiro. Segundo o

secretário, o isolamento tão

restrito foi inédito. Isso

porque o País, com o horario

de verão, tem quatro fusos

horários. As eleições foram

encerradas na maior parte

do País às 17h do horário de

Brasília. A partir dessa hora,

a Justiça Eleitoral começou a

apurar os votos. No entanto,

a divulgação só poderia ser

feita a partir das 20h,

quando os relógios do Acre

marcassem 17h.

Uma urna eletrônica da

seção 11 da zona

eleitoral de Formosa,

cidade goiana do Entorno

do Distrito Federal, teve de

ser trocada às pressas no

domingo porque um eleitor

colou a tecla 3 com

uma supercola.

A travessura tinha como

objetivo impedir os votos

dos demais cidadãos no

número 13, ou seja, na

candidata Dilma Rousseff.

No Distrito Federal,

Aécio Neves venceu Dilma

com 61,9% dos votos

válidos. E em Goiás

também com 51,11%

da votação.

Nos estados

em que a maioria havia

votado em Marina

Silva (PSB) no 1º turno,

a petista venceu em

Pernambuco, e o tucano

conquistou a maioria

no Acre.

Derrotado em Minas

Gerais, Estado que

governou por oito anos e

pelo qual foi eleito

senador, Aécio Neves

(PSDB) conseguiu 81,14%

dos votos da cidade de

Cláudio, município do

interior mineiro onde

construiu, quando

governador, um

polêmico aeroporto.

O aeroporto fica no

terreno desapropriado de

seu tio-avô , que ainda tem

as chaves do local, e a

apenas 6 km de um sítio de

sua família.

O tucano conseguiu sua

vitória mais folgada em

São Paulo, onde teve uma

vantagem sobre Dilma de

quase 7 milhões de votos.

Ele terminou com

15.296.289 votos, contra

8.488.383 de Dilma

Rousseff. O Paraná aparece

na sequência, onde Aécio

liderou com 1,3 milhão de

votos a mais: 3.765.025 a

2.408.740.

O melhor desempenho

de Aécio foi no Sudeste,

onde conquistou 5,6

milhões de votos a mais do

que Dilma. Ou seja, ele

somou 25.470.265 votos

nos quatro Estados da

região, contra os

19.867.894 da petista.

Sérg

io M

orae

s/Re

uter

s

Moi

sés P

alác

ios/

Esta

dão

Con

teúd

o

dos presentes comemorou ou

demonstrou tristeza. Afinal,

estavam todos a trabalho.

A vitória inicial e fugaz

do tucano ocorreu

porque a

apuração

começou

com as urnas

do Sul e do Sudeste.

"Deu uma angústia

ver o desenrolar das coisas e

não poder compartilhar com

ninguém", lembra o

secretário de Tecnologia da

Informação do tribunal,

Giuseppe Janino, que

chefiava o grupo.

"Para quem viu, foi

uma disputa bem

emocionante."

A ordem do

presidente do

TSE, ministro

Dias Toffoli, era para que os

técnicos ficassem isolados e

não passassem a ninguém

informações sobre a

No 2º turno, o Rio de Janeiro foi o Estado que

contabilizou a maior quantidade de votos

nulos (13,96%) e brancos (3,39%) .

Marcelo Crivella, derrotado ao

governo (PRB), quer impugnar

Luiz Fernando Pezão. Alega

que há 13 processos

pedindo a

cassação do

registro da

candidatura

dele.

Page 7: Diário do Comércio - 28/10/2014

terça-feira, 28 de outubro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 7

Japira Holdings S.A.CNPJ no 08.503.701/0001-55 - NIRE 35.300.337.026

Ata Sumária da Assembleia Geral Ordinária realizada em 14.4.2014Data, Hora, Local: Em 14.4.2014, às 14h, na sede social, Cidade de Deus, Prédio Prata, 4o

andar, Vila Yara, Osasco, SP, CEP 06.029-900. Mesa: Presidente: Domingos Figueiredo de Abreu;Secretário: Ariovaldo Pereira. Quórum de Instalação: Totalidade do Capital Social. PresençaLegal: Administrador da Sociedade e representante da empresa KPMG Auditores Independentes.Publicações Prévias: Os documentos de que trata o Artigo 133 da Lei no 6.404/76, quais sejam,os Relatórios da Administração e dos Auditores Independentes, e as Demonstrações Contábeis,relativos ao exercício social findo em 31.12.2013, foram publicados em 12.3.2014, nos jornais“Diário Oficial do Estado de São Paulo”, páginas 5 e 6, e “Diário do Comercio”, páginas 9 e 10.Edital de Convocação: Dispensada a publicação, de conformidade com o disposto no § 4o doArt. 124 da Lei no 6.404/76. Disponibilização de Documentos: os documentos citados no item“Publicações Prévias”, a Proposta da Diretoria, bem como as demais informações exigidas pelaregulamentação vigente, foram colocados sobre a mesa para apreciação dos acionistas.Deliberações: 1) tomaram conhecimento dos Relatórios da Administração e dos AuditoresIndependentes, e aprovaram, sem ressalvas, as Demonstrações Contábeis relativas aoexercício social findo em 31.12.2013; 2) aprovada, sem qualquer alteração ou ressalva, aproposta da Diretoria, registrada na Reunião daquele Órgão de 11.3.2014, cuja transcrição foidispensada, por tratar-se de documento lavrado em livro próprio, para destinação do lucro líquidodo exercício encerrado em 31.12.2013 no valor de R$97.398.582,77, conforme segue:R$4.869.929,14 para a conta “Reserva de Lucros - Reserva Legal”; R$91.603.367,09 para aconta “Reserva de Lucros - Estatutária”; e R$925.286,54 para pagamento de Dividendos, osquais deverão ser pagos até 30.6.2014.”; 3) reeleitos, para compor a Diretoria da Sociedade, ossenhores: Diretor-Presidente: Luiz Carlos Trabuco Cappi, brasileiro, viúvo, bancário, RG5.284.352-X/SSP-SP, CPF 250.319.028/68; Diretores: Julio de Siqueira Carvalho de Araujo,brasileiro, casado, bancário, RG 55.567.472-1-SSP/SP, CPF 425.327.017/49; DomingosFigueiredo de Abreu, brasileiro, casado, bancário, RG 6.438.883-9/SSP-SP, CPF 942.909.898/53; Aurélio Conrado Boni, brasileiro, casado, bancário, RG 4.661.428-X/SSP-SP, CPF191.617.008/00; Sérgio Alexandre Figueiredo Clemente, brasileiro, casado, bancário, RG55.799.633-8/SSP-SP, CPF 373.766.326/20; e Marco Antonio Rossi, brasileiro, casado,bancário, RG 12.529.752-X/SSP-SP, CPF 015.309.538/55; e eleitos Diretores os senhores:Alexandre da Silva Glüher, brasileiro, casado, bancário, RG 57.793.933-6/SSP-SP, CPF282.548.640/04; Josué Augusto Pancini, brasileiro, casado, bancário, RG 10.389.168-7/SSP-SP, CPF 966.136.968/20; e Maurício Machado de Minas, brasileiro, casado, bancário, RG7.975.904-X/SSP-SP, CPF 044.470.098/62, todos com domicílio na Cidade de Deus, Vila Yara,Osasco, SP, CEP 06029-900. Todos terão mandato de 1(um) ano, estendendo-se até a posse dosDiretores que serão eleitos na Assembleia Geral Ordinária que se realizar no ano de 2015.Consignada a apresentação, pelos Diretores reeleitos e eleitos, da documentação comprobatóriade atendimento das condições prévias de elegibilidade, previstas nos Arts. 146 e 147 da Lei no

6.404/76; 4) fixado o montante global anual para remuneração dos Administradores, no valor deaté R$110.000,00, a ser distribuída em reunião da Diretoria, conforme determina a letra “g” doArtigo 9o do Estatuto Social. Em seguida, disse o senhor Presidente que, nos termos doParágrafo Terceiro do Artigo 289 da Lei no 6.404/76, as publicações previstas em lei serãoefetuadas, doravante, nos jornais “Diário Oficial do Estado de São Paulo” e “Valor Econômico”.Encerramento: Nada mais havendo a tratar, o senhor Presidente esclareceu que, para asdeliberações tomadas, o Conselho Fiscal da Companhia não foi ouvido por não se encontrarinstalado no período, e encerrou os trabalhos, lavrando-se a presente Ata, que lida e achadaconforme, foi aprovada por todos os presentes que a subscrevem. aa) Presidente: DomingosFigueiredo de Abreu; Secretário: Ariovaldo Pereira; Administrador: Sérgio Alexandre FigueiredoClemente; Acionistas: Bradesplan Participações Ltda. e Tibre Holdings Ltda., por seus Diretoressenhores Aurélio Conrado Boni e Sérgio Alexandre Figueiredo Clemente; Auditor: Marco AntonioPontieri. Declaração: Declaro para os devidos fins que a presente é cópia fiel da Ata lavrada nolivro próprio e que são autênticas, no mesmo livro, as assinaturas nele apostas. a) AriovaldoPereira – Secretário. Certidão - Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologiae Inovação - JUCESP - Certifico o registro sob número 274.654/14-3, em 17.7.2014. a) FláviaRegina Britto - Secretária Geral em exercício.

É preciso provas de crimes para tomarmos as providências.Rui Falcão, presidente nacional do PT.

Rui Falcão jádefende a voltade Lula em 2018

Presidente nacional do PT aposta em Lula e afirma que ele nunca sairá da política

Rui Falcão, presidente

nacional do PT, afir-

mou ontem que o

movimento de arti-

culação para que o ex-presi-

dente Lula seja candidato em

2018 ainda não começou: "Is-

so ainda não existe porque a

presidente acabou de ser elei-

ta. Mas eu pessoalmente de-

fendo essa alternativa".

Falcão diz acreditar que, se

a candidatura de Lula for apre-

sentada, receberá um grande

apoio do PT. "Mas isso depen-

de de o presidente Lula acei-

tar. E ele já disse que não

quer". Lula, quando questio-

nado sobre seu possível retor-

no, desconversa. "Às vezes,

diz que não sabe se estará vivo

até lá e em outros afirma que

nunca sairá da política".

Segundo Falcão, Lula sem-

pre atendeu os apelos da

maioria do partido e isso deve

pesar na decisão. "E vai ter

bastante apelo". Em relação à

sua participação neste novo

governo, Falcão disse que

"ninguém recruta Lula", mas

que ele terá o seu papel. "Ele

vai ajudar muito".

LAVA JATOFalcão desqualificou as de-

clarações do doleiro Alberto

Youssef de que Lula sabia dos

esquemas de corrupção da Pe-

trobras e criticou Ve j a . "Eu acho

que é preciso primeiro que o

delator prove o que falou antes

de envolver o presidente Lula

numa afirmação caluniosa".

Segundo Falcão, nem o do-

leiro nem a revista que, para

ele, faz "jornalismo de esgo-

to", "merecem crédito". Ele

voltou a dizer que é preciso ter

conhecimento dos depoimen-

tos porque "a alusão genérica

do PT atinge todos nós". "É

preciso que se tenha provas

que se comprove crimes, para

tomarmos as providências".

Falcão disse ainda que todos

os processos contra Ve j a serão

mantidos e que, das sete

ações judiciais, algumas obti-

veram liminar.

MÍDIAFalcão afirmou que o novo

governo da presidente reelei-

ta priorizará a reforma política

e a "regulação do sistema de-

mocrático da mídia". "Vamos

continuar insistindo para a re-

gulação da mídia; é uma das

mais importantes ao lado da

reforma política".

Ele disse que a proposta pa-

ra democratização da mídia se

dirige a veículos de radiodifu-

são e não inclui jornais e revis-

tas e reforçou que não tem in-

tenção de censura. "Sobre a

democratização dos meios de

comunicação, que não afeta a

mídia impressa, a Constituição

prevê em seu artigo 220 a mais

ampla liberdade de expressão

do pensamento. Agora, o mes-

mo item que trata da comuni-

cação social proíbe a existên-

cia de oligopólios e monopólios

na comunicação."

Para Falcão, a dificuldade de

conseguir mudanças na mídia

por meio do Legislativo se de-

ve ao fato de muitos parla-

mentares terem concessões

de rádio e tevê. "Um dos pon-

tos é não permitir que aqueles

que concedem possam conce-

der para si mesmos." (EC)

Ricardo Stuckert/Instituto Lula

Lula apaga as velinhas de seu bolo de chocolate no Instituto Lula, ao lado dos companheiros de trabalho.

É preciso primeiroque o delator proveo que falou antes deenvolver opresidente Lulanuma afirmaçãocaluniosa.RUI FA LC Ã O

Nelson Antoine/Frame/Agência O Globo.

Rui Falcão quer que Dilma priorize a regulação democrática da mídia

Ex-pr esidenteganha o que pediu

e comemora 69 anosDurante toda a campanha de Dilma, ele foi seu melhor garoto-propaganda.

Quatro dias antes de

seu aniversário, o ex-

presidente Luiz Inácio

Lula da Silva dirigiu-se à

Nação e pediu: "Eu faço 69

anos na segunda-feira, dia 27

de outubro. Por favor, me

deem um presente. A vitória

da Dilma e do Tarso".

O pedido encerrou o

discurso do ex-presidente em

ato da campanha petista

realizado no final da manhã

de quarta-feira passada, em

Porto Alegre. Debaixo de um

calor de quase 30°C e em

plena hora do almoço,

milhares de militantes

participaram da caminhada

que aconteceu entre a Praça

da Alfandega e o Largo Glênio

Peres, no Centro.

Então, em um discurso

inflamado, Lula mirou

diretamente no senador

tucano Aécio Neves (PSDB),

adversário da presidente

Dilma Rousseff (PT) na

disputa presidencial e

afirmou: "Tem um que fala:

'vou dar um choque de

gestão'. Até parece que ele é

dono de hidrelétrica, só fala

nisso. E esse negócio de

choque, já deram na Dilma,

durante a ditadura".

Com 100% das urnas

apuradas, Dilma teve 51,64%

dos votos e Aécio, 48,36%.

Ontem, já de volta a São

Paulo, depois de comemorar

a vitória em Brasília no

domingo ao lado da

presidente reeleita Dilma,

Lula foi homenageado no

Instituto Lula. Com bolo de

chocolate e muitas palmas

depois do 'Parabéns a você' o

ex-presidente pode, enfim,

saborear seu aniversário

junto com a reeleição de

Dilma – exatamente como

havia pedido. "Deem só mais

essa vitória ao PT", pediu.

Tarso Genro (PT), a quem

Lula se referia, não ganhou as

eleições. Em uma disputa

cheia de reviravoltas, o ex-

prefeito de Caxias do Sul (a

150 km de Porto Alegre) José

Ivo Sartori (PMDB), foi eleito

governador do Rio Grande do

Sul: obteve 61,2% dos votos

válidos contra 38,8% de Tarso

Genro (PT). Com a vitória, o

PMDB retoma o poder no

Estado após 8 anos, e os

gaúchos mantêm a tradição

de nunca reeleger seu

governante. (Agências)

Gra

ziel

e Be

zerra

/EBC

Em 2016, PT terá indicado 10 dos 11 no STF.A presidente Dilma Rousseff poderá indicar mais três ministros nos próximos dois anos. Só Gilmar Mendes não terá sido indicado por um petista.

No momento em que

as investigações so-

bre o Petrolão avan-

çam e mais autorida-

des com foro privilegiado são

mencionadas pelos delatores

do caso, a reeleição da presi-

dente Dilma Rousseff permitirá

a ela indicar mais cinco nomes

para o Supremo Tribunal Fede-

ral (STF). A partir de 2016, o úni-

co integrante do STF não indi-

cado por um presidente petista

será Gilmar Mendes. Se ficar no

cargo até a aposentadoria com-

pulsória, sairá em 2025.

Hoje, há uma vaga aberta:

Dilma não escolheu o sucessor

de Joaquim Barbosa, que se

aposentou em julho. Outros

dois lugares surgirão na primei-

ra metade do próximo mandato

da presidente. Em novembro

de 2015, Celso de Mello com-

pletará 70 anos e deixará a cor-

te (limite de idade). Ele foi indi-

cado em 1989 pelo presidente

José Sarney. Em julho de 2016,

quem terá de se aposentar é

Marco Aurélio Mello, nomeado

por Fernando Collor em 1990.

Com exceção de Gilmar Men-

des, dos outros dez ministros,

três foram escolhidos por Lula:

Ricardo Lewandowski, Cármen

Lucia e José Dias Toffoli. Sete es-

tarão na conta de Dilma: Luiz

Fux, Rosa Weber, Teori Zavas-

cki, Luís Roberto Barroso e os

três nomes que ela ainda vai es-

colher. Dilma ainda poderá

substituir outros três ministros

em 2018: Lewandowski, Rosa

Weber e Zavascki, que terão de

se aposentar.

O Mensalão deixou evidente

uma divisão no STF: os minis-

tros mais antigos, inclusive al-

guns nomeados por Lula, foram

mais rigorosos. O julgamento

dos embargos, que favoreceu

condenados e reduziu penas de

figuras como José Dirceu e José

Genoino, teve a participação

decisiva dos novatos Teori Za-

vascki e Luís Roberto Barroso.

Após a absolvição dos réus

que haviam sido condenados

por formação de quadrilha,

Joaquim Barbosa afirmou: "Te-

mos uma maioria formada sob

medida para lançar por terra o

Fellipe Sampaio/SCO/STF -06/10/2011

Justiça: até agora, ninguém assumiu o lugar de Joaquim Barbosa.

trabalho primoroso desta Cor-

te no segundo semestre de

2012". E alertou: "Sinto-me

autorizado a alertar a nação

brasileira de que esse é ape-

nas o primeiro passo. É uma

maioria de circunstância que

tem todo o tempo a seu favor

para continuar sua sanha re-

formadora". (Agências)

Eu faço 69 anosna segunda-feira,dia 27 de outubro.Por favor,me deem umpresente. Avitória da Dilma.EX-PRESIDENTE LUL A

Só os crentes doMaranhão nãoquiseram Dilma

Avitória da presidente

Dilma Rousseff (PT) só

não foi total no Maranhão –

Estado onde ela recebeu o

maior porcentual de

votação no País – p o rq u e

perdeu em um município,

por uma diferença de

apenas cinco votos: São

Pedro dos Crentes.

Aécio teve 50,10% dos

votos válidos, com o apoio

de 1.256 dos eleitores,

contra 49,90% da petista,

com 1.251 votos.

Única governadora

Apenas uma mulher

governará um Estado do

País no próximo mandato.

Suely Campos (PP), eleita

governadora de Roraima, foi

a única mulher a vencer as

eleições em 2014.

votos válidos,

enquanto

Dilma

Rousseff (PT)

ficou com

48,36%.

Na

eleição

nacional,

a petista é

que teve

51,64%

dos

votos

válidos contra

os 48,36%

do tucano.

Em Feliz Natal,tudo invertido...

Feliz Natal (MT),

apresentou um dado

curioso nessa eleição:

o município mato-

grossense registrou

p o rc e n t u a i s

idênticos da disputa

nacional, só que

com o resultado

i n v e r t i d o.

Na cidadezinha

de apenas 12 mil

habitantes,

emancipada em

1995, Aécio

Neves PSDB) obteve

exatos 51,64% dos

Page 8: Diário do Comércio - 28/10/2014

8 DIÁRIO DO COMÉRCIO terça-feira, 28 de outubro de 2014

Governadores de Nova York e Nova Jerseydefendem quarentena forçada de 21 dias paraprofissionais de saúde que retornam de países maisafetados pela epidemia de ebola na ÁfricaOcidental, provocando críticas da comunidademédica, da Casa Branca e da ONU.

Os governadores de

Nova York e Nova

Jersey estão em dis-

puta com cientistas

e profissionais de saúde norte-

americanos após determina-

rem que médicos vindos da

África Ocidental devem pas-

sar por um período de quaren-

tena de 21 dias. A medida é

considerada desnecessária

por especialistas, que acredi-

tam que voluntários podem se

sentir desmotivados em aju-

dar os países que enfrentam a

epidemia de ebola.

Na noite do domingo, os

dois governadores reafirma-

ram separadamente que as

políticas adotadas permitem

que os profissionais de saúde

sejam submetidos a quaren-

tena em casa, desde que não

apresentem sintomas da

doença. Os médicos serão mo-

nitorados duas vezes ao dia.

A discussão sobre o progra-

ma ganhou destaque após

uma enfermeira vinda da Ser-

ra Leoa, Kaci Hickox, ser posta

em quarentena à força em

uma ala de isolamento de um

hospital em Nova Jersey.

Ontem, o governador Chris

Christie disse no Twitter que ela

terá permissão de voltar para o

Estado do Maine e que poderá

completar em casa os 21 dias

de quarentena, tempo máximo

de incubação do vírus.

“Ela continuará sujeita à

quarentena obrigatória de No-

va Jersey enquanto estiver no

Estado. As autoridades de saú-

de do Maine foram notificadas

de seus arranjos e tomarão

uma decisão sobre seu trata-

mento de acordo com suas pró-

prias leis quando ela chegar”,

declarou o departamento.

Kaci, primeira agente de

saúde colocada em quarente-

na segundo as novas regras,

disse que planeja questionar a

medida em uma ação civil,

afirmando que o isolamento

forçado violou seus direitos

constitucionais.

O governador de Nova York,

Andrew Cuomo, porém, disse

que quarentenas desse tipo se-

rão aplicadas apenas em al-

guns casos. Agentes de saúde

que forem mantidos em casa

poderão ficar com sua família,

mas visitas de amigos devem

receber autorização prévia.

"Estamos fazendo todo o

possível. Alguns dizem que es-

tamos sendo muito cautelo-

sos. Eu aceito essas críticas",

afirmou o governador.

Po l ê m i c a - A decisão dos go-

vernadores foi criticada pela

comunidade médica.

"A melhor forma de nos pro-

teger é acabar com a epide-

mia na África e precisamos dos

profissionais de saúde para is-

so, então não queremos colo-

cá-los em uma posição muito,

muito desconfortável para

que eles se decidam se volun-

tariar", afirmou o diretor do

Instituto Nacional de Alergias

e Doenças Infecciosas, Antho-

ny Fauci, ressaltando que não

há sinais de que um paciente

possa transmitir o vírus antes

de apresentar sintomas.

Por sua vez, o secretário-ge-

ral da Organização das Na-

ções Unidas (ONU), Ban Ki-

moon, afirmou que profissio-

nais de saúde que retornarem

dos países mais atingidos pelo

ebola "não devem ser subme-

tidos a restrições que não são

baseadas na ciência".

"Aqueles que formam infec-

tados devem ser apoiados, não

estigmatizados", disse o porta-

voz de Ban, Stephane Dujarric.

Vig ilân cia - Ontem, os Esta-

dos de Virginia e Maryland

anunciaram que irão monito-

rar a saúde de todos os viajan-

tes vindos de Libéria, Guiné e

Serra Leoa - os três países

mais atingidos pelo ebola. Os

Estados não vão aplicar qua-

rentenas obrigatórias para to-

dos os profissionais de saúde

que retornarem destes locais.

A medida segue orientação

do governo norte-americano,

que atualizou suas recomen-

dações para autoridades esta-

duais e municipais ontem.

O Centro de Controle e Pre-

venção de Doenças (CDC, na

sigla em inglês) recomendou

quarentena voluntária em ca-

sa às pessoas com maior risco

de infecção por ebola, mas dis-

se que a maioria dos trabalha-

dores que retornam da África

Ocidental será submetida

simplesmente a acompanha-

mento diário sem isolamento.

Sob as novas diretrizes que

determinam quatro categorias

de risco, indivíduos de alto risco

incluem agentes de saúde que

sofrem picada de agulha en-

quanto cuidam de um paciente

com ebola ou que atendem al-

gum paciente sem equipamen-

to de proteção. (Agências)

A ONG holandesaCordaid vai enviar

equipamentode proteçãoà Serra Leoa

No caso deebola, cautelanunca é demais.

Militares isoladosO

nze militares dos

Estados Unidos que

retornaram da Libéria estão

sendo mantidos em

quarentena na cidade de

Vicenza, na Itália, como

forma de prevenir o

contágio por ebola em

outras regiões. Dentre eles

está o major-general Darryl

Williams, que atuava como

comandante do Exército

norte-americano na África.

"Eles não estão

autorizados a sair", afirmou

o coronel Steve Warren,

porta-voz do Pentágono,

que descreveu as

precauções como

“monitoramento

i n t e n s i f i c a d o”.

O Pentágono afirmou

ainda que o isolamento

será adotado mesmo que

nenhum deles tenha

apresentado sintomas de

i n f e c ç ã o.

De acordo com a CBSNews, se o governo der

continuidade a essa

política, centenas de outros

militares vindos da Libéria

devem ser submetidos a

um período de quarentena

de 21 dias - tempo máximo

de incubação do vírus.

Outros 30 soldados norte-

americanos chegariam à

Itália ainda ontem.

Os militares norte-

americanos integraram

uma missão na África

Ocidental que participou da

construção de

infraestrutura para ajudar

as autoridades de saúde

locais no tratamento das

vítimas do ebola. (Agências)

Oposição da Venezuelapede ajuda a Dilma

Brasil teria 'papel' na busca por solução à crise

Aplataforma opositora

venezuelana Mesa da

Unidade Democrática (MUD)

pediu ontem à presidente

Dilma Rousseff que assuma

um "papel" na busca de uma

"solução pacífica" à crise po-

lítica na Venezuela.

"Nós, venezuelanos, es-

peramos que, sob sua reno-

vada liderança, o Brasil as-

suma construtivamente seu

papel no processo de busca

de uma solução pacífica,

eleitoral, democrática e

constitucional à crise vene-

zuelana", afirmou a coalizão

em comunicado.

Em seu texto, a MUD reite-

rou sua disposição em reati-

var o diálogo com o governo,

instaurado para superar a

crise política do país, mas

que foi suspenso pelos opo-

sitores diante do que consi-

deraram uma falta de ges-

tos do governo.

"Ratificamos nossa dispo-

sição a uma interação sem

imposições nem discrimina-

ções, com respeito e reco-

nhecimento mútuo", acres-

centou o texto assinado pelo

secretário-executivo da

MUD, Jesús Torrealba.

"O diálogo sempre é ne-

cessário na medida que res-

ponda às necessidades

reais do povo e que não se

perca pelo caminho do sec-

tarismo e da arrogância",

continuou a plataforma opo-

sitora em declaração.

O processo de diálogo en-

tre o governo e a MUD come-

çou em 10 de abril, quando

se completaram dois meses

de protestos populares, mas

foi interrompido em 13 de

maio, quando a oposição deu

a negociação por "congela-

da" e disse que, para retomá-

la, esperava "gestos" do go-

verno. Entre estes "gestos",

a MUD pedia a libertação dos

detidos pelos protestos ini-

ciados em fevereiro.

O diálogo político vene-

zuelano teve como "facilita-

dores" o Vaticano e a União

de Nações Sul-Americanas

(Unasul), que designou para

esse fim uma comissão inte-

grada pelos chanceleres do

Brasil, Luiz Alberto Figueire-

do; da Colômbia, María Án-

gela Holguín; e do Equador,

Ricardo Patiño. (EFE)

Jason Szenes/EPA/EFE

Andrew Cuomo, de Nova York, defende quarentena forçada.

Steve Hyman/Reuters

A enfermeira Kaci Hickox foi isolada em Nova Jersey após retornar da África. Ela foi liberada ontem.

Arie Kievit/EPA/EFE

Page 9: Diário do Comércio - 28/10/2014

terça-feira, 28 de outubro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 9

Alguns dizem que estamos sendo muito cautelosos (com o ebola). Eu aceito essas críticas.Andrew Cuomo, governador de Nova York.

ELEIÇÕES

Uruguai: Vásquezsuperaexpectativas,mas irá a 2º turno.

Ocandidato Tabaré

Vázquez, da governista

Frente Ampla, lidera as

eleições presidenciais no

Uruguai, realizadas no

domingo, segundo resultados

preliminares. Com 90% das

urnas apuradas, Vázquez teve

47,2% dos votos, disseram

autoridades eleitorais ontem.

O resultado final das

eleições para presidente e

para o parlamento deve ser

publicado durante a semana.

Será realizado um segundo

turno, em 30 de novembro, se

nenhum dos candidatos à

Presidência obtiver a maioria

absoluta dos votos.

Neste caso, Vázquez vai

enfrentar Luis Lacalle Pou, do

Partido Nacional, que teve

30,5% dos votos, até o

momento. O candidato do

Partido Colorado, Pedro

Bordaberry, ficou em terceiro

lugar, com 12,7% dos votos.

Os principais analistas

uruguaios imaginavam, até

domingo, uma disputa mais

acirrada entre Vázquez e

Lacalle Pou.

"Percebemos que muitos

eleitores da Frente Ampla que

não estão plenamente

satisfeitos com o governo e

com muitas reformas

optaram por continuar

votando no partido, para

evitar que a oposição chegue

ao poder. Muitos escolheram

o mal menor", explicou à

agência O Globo o diretor da

Factum, Eduardo Botinelli.

O atual presidente, José

Mujica, vai integrar o Senado

quando sair do cargo, em 1º

de março. (Agências)

Na Tunísia,islamitasr econhecemderrota a laicos.

Oprincipal partido islâmico

da Tunísia, o Ennahda,

aceitou a derrota na eleição de

domingo e parabenizou o rival

laico Nida Tunis por ter con-

quistado a maioria das vagas

no Parlamento, afirmou uma

importante liderança do En-

nahda ontem.

"Ennahda não dará rastei-

ras nem perturbará o trabalho

do próximo governo", disse o

porta-voz do partido Zied

Laadhari a uma emissora de

rádio, afirmando ainda a von-

tade de seu partido de "cola-

borar" com o seu principal ri-

val na corrida eleitoral.

O Parlamento do país tem

217 membros e foi renovado

nas eleições deste ano, produ-

zindo a primeira composição

do Legislativo desde a Prima-

vera Árabe de 2011.

O partido Nida Tunis tem co-

mo membros empresários,

sindicalistas e muitos políticos

do governo do ditador deposto

El Abidine Ben Ali. (Agências)

Ucrânia vota pelaEuropa . Com or econhecimentode Moscou.

Os dois principais partidos

da Ucrânia favoráveis ao

fortalecimento das relações

com o Ocidente lideram as

eleições parlamentares reali-

zadas no domingo. Com a apu-

ração de mais de um terço dos

votos ontem, a Frente Popular,

do primeiro-ministro Arseniy

Yatsenyuk, contava com

21,6% do total de votos, en-

quanto o o partido do presi-

dente Petro Poroshenko tinha

21,5% do total.

A Rússia afirmou ontem que

irá aceitar o resultado das elei-

ções. (Estadão Conteúdo)

Al-Qaedaavança nonor teda Síria

Militantes da Frente Al-Nusra abrem nova frentede batalha em Idlib, reduto do regime de Assad.

Militantes islâmicos

ligados à Al-Qaeda

entraram em Idlib,

no norte da Síria,

ontem, abrindo uma nova fren-

te de batalha em uma cidade

sob controle das forças do pre-

sidente sírio, Bashar al-Assad,

há mais de ano, declararam os

dois lados da disputa.

A televisão estatal disse que

os militantes da Frente Al-Nus-

Hosam Katan/Reuters

Meninas sírias descansam no campo de refugiados Bab Al-Salam em Azaz, perto da fronteira com a Turquia. Além da Al-Qaeda, civis também enfrentam ataques do Estado Islâmico.

dente, assumiram o controle

de partes de Idlib brevemen-

te, mas foram repelidos pelo

Exército regular.

Assad, que combate uma

variedade de grupos insur-

gentes em meio à guerra civil,

perdeu a maior parte do norte

e do leste da Síria, mas mante-

ve uma extensão de terra que

vai da capital, Damasco, no

sudoeste até a cidade de Alep-

po, no nordeste.

Nos últimos três meses a

Frente Al-Nusra fez avanços

nestas áreas, nas províncias

de Deraa e Quneitra, no sul, e

agora na província de Idlib.

Referindo-se ao embates de

ontem, a Frente Al-Nusra rela-

tou em uma rede social que

suas forças interromperam a

rota de suprimentos para

Idlib, tomaram o prédio do go-

verno e dois tanques, e captu-

raram 12 soldados.

De acordo com o Observa-

tório Sírio de Direitos Huma-

nos, quatro membros da Fren-

te Al-Nursa realizaram ata-

ques suicidas simultâneos na

cidade. "Foi um golpe moral

para o regime", disse o ativista

Asad Kanjo, na cidade de Sa-

raqeb, também na província

de Idlib. Ele afirmou ainda que

a calma foi restabelecida na

região após o episódio.

Segundo a TV síria pró-go-

verno A l -I k hb a r iy a , o chefe da

polícia de Idlib afirmou que

tropas combateram os agres-

sores. "Não há um atirador na

cidade agora", declarou.

A TV também afirmou que

os ataques foram liderados

por Abu Waleed Al-Libi, morto

no conflito. Segundo o Obser-

vatório, alguns membros da

Frente Al-Nusra mortos no

confronto eram estrangeiros.

Uma coalizão liderada pelos

Estados Unidos também lança

bombardeios na Síria, mas

contra o Estado Islâmico, uma

dissidência sunita radical da

Al-Qaeda que combate Assad,

a Frente Al-Nusra, curdos sí-

rios e tribos sunitas.

Pr i s ã o - Ontem, as forças de

segurança jordanianas pren-

deram o guia espiritual in-

f luente da Al-Qaeda, Abu

Mohammad al Maqdisi, por

suspeita de incitar o terroris-

mo na internet.

Fontes de segurança afirma-

ram que Maqdisi ficará preso

por 15 dias para ser interroga-

do. O instituto de pesquisas da

Academia Militar de West Point,

dos EUA, considera Maqdisi co-

mo o mentor islâmico vivo mais

influente do grupo. (Agências)

ra infiltraram-se em Idlib na

madrugada de ontem e foram

confrontados por tropas e mi-

lícias pró-governo. A Frente Al-

Nusra afirmou que seus com-

batentes mataram dezenas

de pessoas, incluindo autori-

dades, nos ataques e que ocu-

param edifícios.

Em 2012, outros grupos re-

beldes, incluindo o Exército Li-

vre da Síria, apoiado pelo Oci-

Confissões de um terroristaPolícia do Canadá diz que atirador fez vídeo e tinha motivação ideológica

Reuters

No Iraque, combatentes xiitas lutam contra o Estado Islâmico.

Ohomem que matou um

soldado canadense e

invadiu o prédio do

Parlamento do Canadá na se-

mana passada com uma arma

fez um vídeo antes do ato,

uma prova de sua motivação

político-ideológica, disse a po-

lícia local.

As autoridades canadenses

disseram em comunicado no

domingo que estavam condu-

zindo uma análise detalhada

do vídeo feito por Michael

Zehaf-Bibeau, e que ainda não

poderia divulgá-lo.

Zehaf-Bibeau, de 32 anos,

invadiu o prédio do Parlamen-

to com um fuzil na última quar-

ta-feira após matar o cabo Na-

than Cirillo em um monumen-

to em homenagem aos mortos

do país em guerra, segundo a

polícia. Zehaf-Bibeau foi mor-

to dentro do prédio.

A polícia disse no domingo

acreditar que uma faca que

estava com Zehaf-Bibeau foi

pega na casa de uma tia, mas

acrescentou que ainda busca

a origem de sua arma de fogo.

“É uma arma velha e inco-

mum. Nós suspeitamos que

ele pode ter, de forma seme-

lhante, escondido a arma na

propriedade (da tia), mas nos-

sa apuração continua.”

Dois dias antes do atentado

ao Parlamento, um homem

descrito pela polícia como ra-

dical atropelou dois soldados

em Quebec, matando um de-

les. O agressor, Martin Rou-

leau, de 25 anos, foi morto pe-

la polícia.

Os ataques, atribuídos a ca-

nadenses recém-convertidos

ao Islã, ocorreram na mesma

semana em que o governo en-

viou aviões ao Oriente Médio

para participar na campanha

contra o Estado Islâmico.

Lei- O Canadá introduziu on-

tem uma legislação que visa

reforçar a capacidade da prin-

cipal agência de inteligência

do país de monitorar os indiví-

duos considerados um risco à

segurança nacional.

O Serviço de Inteligência de

Segurança Canadense (CSIS,

na sigla em inglês) estima que

no início de 2014 havia 130 ci-

dadãos canadenses no exte-

rior suspeitos de atividades

relacionadas ao terrorismo.

Cerca de 80 deles já voltaram

para o país, alertou a institui-

ção. (Agências)

Page 10: Diário do Comércio - 28/10/2014

10 DIÁRIO DO COMÉRCIO terça-feira, 28 de outubro de 2014

Sabesp: Cantareira deve ter 40% em abril.Em reunião realizada na ACSP, diretor da Sabesp prevê que os meses chuvosos devem amenizar o problema das represas que abastecem a região metropolitana.

Mariana Missiaggia

Em uma previsão bas-

t a n t e o t i m i s t a , a

Companhia de Sa-

neamento Básico do

Estado de São Paulo (Sabesp)

espera que o Sistema Canta-

reira esteja com 40% de seu

volume total armazenado em

abril de 2015.

Mesmo com a estiagem pro-

longada, o diretor da Sabesp

para a Área Metropolitana de

São Paulo, Paulo Massato

Yoshimoto, reafirmou que o

abastecimento de água está

garantido até março de 2015,

apesar das reclamações da

população em diversas partes

da capital paulista.

"São Paulo está enfrentan-

do a maior seca dos últimos 84

anos, com índices pluviomé-

tricos muito abaixo da média,

o que comprometeu principal-

mente o sistema Cantareira.

No entanto, a discussão na im-

prensa tem sido mais política

do que real. É muito sensacio-

nalismo", afirmou Yoshimoto.

Os boletins emitidos em de-

zembro de 2013 indicavam

normalidade climatológica e,

até janeiro, seguiu assim”, dis-

se Yoshimoto, ontem durante a

reunião do Conselho de Econo-

mia (COE), da Associação Co-

mercial de São Paulo (ACSP).

Ele falou sobre o atual proble-

ma do abastecimento de água

no Estado de São Paulo.

Conforme dados da Sabesp,

o volume armazenado no Can-

tareira, em abril de 2013, era de

63,8%. Este ano, o mesmo mês

registrou 12%. Segundo Yoshi-

moto, a expectativa é que o re-

torno do período das chuvas

normalize o Sistema Cantareira

e que o reservatório armazene

40% de sua capacidade até

abril do próximo ano.

Clima – A previsão da Sabesp

está em sintonia com a do Cli-

matempo, que prevê grandes

volumes de chuva a partir dos

primeiros dias de novembro.

Segundo o Instituto, poderá

chover 148 milímetros sobre o

Cantareira na primeira quinze-

na de novembro.

No mês de outubro, contu-

do, o volume acumulado de

chuvas somava até ontem

42,5 milímetros – 32,5% da

média histórica do mês, de

130,8 milímetros.

Mesmo com muitos comer-

ciantes e moradores de bair-

ros paulistanos reclamando

do desabastecimento, Yoshi-

moto negou que haja corte de

água, mas admitiu que a em-

presa está reduzindo o bom-

beamento de água das 22 ho-

ras às 5 horas.

Além disso, o diretor afir-

mou que o Plano B da Compa-

nhia está pronto e consiste em

intensificar o programa de bô-

nus já anunciado, combater as

perdas, reduzir a pressão no-

turna e trabalhar em obras de

captação e transferência de

água entre os sistemas.

O presidente da Facesp e da

ACSP, Rogério Amato afirma

que o assunto deve ser trata-

do com mais responsabilidade

por parte da população.

“São as grandes tragédias

que fazem com que a socieda-

de se organize. A população, de

uma maneira geral, não tomou

ciência da gravidade do que is-

so representa. Pela primeira

vez o nosso Estado se vê frente

a um problema que afeta a to-

dos. Portanto, todos devem se

mobilizar. O Estado de São Pau-

lo está maduro o suficiente para

fazer com que todas as forças

trabalhem juntas pelo bem co-

mum”, disse Amato.

Para o economista Roberto

Macedo, coordenador geral do

COE, a situação é preocupante,

mas parece estar controlada.

“Estatisticamente é muito pou-

co provável que essa estiagem

prolongada se repita no próxi-

mo ano. Baseado nas informa-

ções da Sabesp, a perspectiva é

positiva, porém cautelosa. Va-

mos continuar economizando e

f i s c a l i z a n d o”, disse.

Paulo Pampolin/Hype

Paulo MassatoYoshimoto (com omicrofone na mão)explica oproblema da faltade água em SãoPaulo e admiteredução napressão dobombeamento, ànoite. Para opresidente daACSP, RogérioAmato, populaçãodeve tratar o temada água com maisresponsabilidade.

Repr esascada vez mais

secas

Apesar do cenário es-

perançoso apresen-

tado ontem pelo dire-

tor da Sabesp na ACSP, a ca-

da dia os reservatórios do

Sistema Cantareira regis-

tram recordes negativos.

Ontem, o volume de água

armazenada no Cantareira

voltou a cair, de 13,2% para

13% da capacidade total.

Desde que a segunda cota

do volume morto foi incluí-

da, na última sexta, o siste-

ma registra queda de 0,2

pontos porcentuais por dia.

Outros reservatórios, co-

mo o Guarapiranga, na zo-

na sul (foto ao lado), tam-

bém apresentam baixos ín-

dices de armazenamento.

(Agências)

J.Duran Machfee/Estadão Conteúdo

Ciclista é atropelado no momento em que a cidade ganha novas ciclovias

Fabricio Bomjardim/EC

Ciclista morreatropelado por ônibusna Avenida Paulista

Ociclista Marlon Moreira

de Castro, de 35 anos,

morreu ontem após ser

atropelado na esquina das ave-

nidas Paulista e Brigadeiro Luís

Antônio. Segundo o Corpo de

Bombeiros, a vítima teve trau-

matismo craniano encefálico e

foi atendida inconsciente.

O motorista do ônibus, Sil-

vio Ricardo de Carvalho, de 51

anos, afirmou que Marlon fez

uma conversão repentina à

esquerda na Paulista, rumo à

Rua da Consolação, quando o

sinal já estava aberto para o

ônibus. O veículo fazia a linha

5154/10 (Terminal Santo Ama-

ro-Terminal Princesa Isabel) e

pertence à empresa Gatusa.

Em decorrência do aciden-

te, a Paulista chegou a ser to-

talmente bloqueada.

O acidente aconteceu no

momento em que a Prefeitura

vem estudando a implantação

de uma ciclovia justamente no

canteiro central da Paulista.

Alguns setores da socieda-

de se colocaram contrários à

obra. A via é muito utilizada

em deslocamentos por bici-

cletas, mas até hoje não conta

com uma estrutura perma-

nente para quem pedala. Ape-

nas aos domingos e feriados

nacionais uma faixa de lazer é

montada no canteiro.

Apesar de polêmica, a ges-

tão do prefeito Fernando Had-

dad (PT) prometeu iniciar a

obra de R$ 15 milhões em ja-

neiro. A construção deve ter-

minar em meados de 2015 e

incluirá a Avenida Bernardino

de Campos, continuação da

Paulista no sentido zona sul.

(Agências)

Número de roubostem nova alta em SP

Onúmero de roubos au-

mentou pelo 16.º mês

consecutivo em setem-

bro na Capital e no Estado de

São Paulo, na comparação com

o mesmo mês do ano passado,

segundo dados da Secretaria

da Segurança Pública (SSP) di-

vulgados ontem. A alta foi de

20% e 16,7%, respectivamen-

te. Só a cidade de São Paulo re-

gistrou 12.800 roubos no mês

passado contra 10.669 em se-

tembro de 2013.

A Capital também apresen-

tou o terceiro mês consecutivo

de alta nos casos de homicí-

dio, com au-

m e n t o d e

6,5% em se-

tembro deste

ano, em rela-

ção ao mes-

m o m ê s e m

2013.

Já o Estado

teve queda

neste tipo de

crime no mes-

mo período,

com redução

de 11,9%.

A boa notí-

cia refere-se

ao roubo de

carros. Pelo quarto mês segui-

do, o roubo de veículos apre-

sentou diminuição no Estado e

na Capital na comparação en-

tre setembro de 2014 e o mes-

mo mês de 2013. A queda foi

de 9,4% e 10,5%, respectiva-

mente.

Fu n k – Um jovem foi morto e

outro ficou ferido após serem

baleados em um baile funk na

Rua Cachoeira da Felicidade,

no Conjunto Habitacional Iná-

cio Monteiro, na zona leste. O

caso aconteceu ontem de ma-

drugada.

A Polícia Militar ainda não

tem informações sobre os ati-

radores, que conseguiram fu-

gir. As vítimas, cujos nomes

não foram revelados, partici-

pavam da festa, que aconte-

cia no meio da rua, quando fo-

ram alvejadas.

Um dos jovens foi encami-

nhado ao Hospital Santa Mar-

cel ina, tam-

bém na zona

leste, mas não

resistiu e mor-

reu. O outro

ferido foi en-

caminhado ao

Hospital Geral

de Guaiana-

ses, onde, se-

gundo a PM,

continua in-

te rnado em

estado grave.

Ninguém foi

d e t i d o.

Há um mês,

a m o r t e d e

dois jovens na saída de um bai-

le funk, em Cidade Tiradentes,

na zona leste, desencadeou

uma série de protestos dos

moradores da região. Três ôni-

bus foram incendiados e cerca

de 70 pessoas tentaram inva-

dir o 54º Distrito Policial (Cida-

de Tiradentes). (Agências)

12 , 8mil roubos foramregistrados na

cidade de São Paulono mês passado. O

índice é 20%superior ao que foi

registrado emsetembro de 2013.

Page 11: Diário do Comércio - 28/10/2014

terça-feira, 28 de outubro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 11

S H OW

Tom Zé, Paulinho. Verve e tradição.

Divulgação

André Domingues

GARGAREJOSeleção dos espetáculos da semana

Arlindo Cruz – H erançaPo p u l a rGênero: pagode de mesaComedoria Sesc Belenzinho –Rua Padre Adelino, 1000.Tel.: 2076.9700Dias 30, 31 e 1, às 21h30R$ 40 (ingressos esgotados)Fabiana Cozza – Ca ntoS agradoGênero: tributo guerreiroSesc Campo Limpo – Rua NossaSenhora do Bom Conselho, 120.Tel.: 5510.2700Dia 1, às 20h30 - Grátis

Mônica Salmaso – Ca nt aVinícius de MoraesGênero: tributo à paixãoTheatro Net – Shopping VilaOlímpia, Rua Olimpíadas, 360.Tel.: 4003-1212 - Dia 28, às 21hR$ 50 – R$ 140

Ney Matogrosso – Atento AosSi n a i sGênero: tropicalismoEspaço das Américas – Ru aTagipuru, 795. Tel.: 3864.5566Dia 1, às 22h30R$ 160 – R$ 240

Paulinho da Viola – 50 AnosGênero: antologia pessoalHsbc Brasil – Rua BragançaPaulista, 1281. Tel.: 4003.1212Dia 1, às 22hR$ 100 – R$ 220Rick Wakeman

Gênero: antologia pessoalTeatro Bradesco – B ourbonShopping, Rua Turiassú, 2100.Tel.: 3670.4141Dia 28, às 21hR$ 70 a R$ 270Tom Zé – Vira-Lata na Via Láctea

Gênero: tropicalismo atualizadoTeatro Sesc Vila Mariana – Ru aPelotas, 141. Tel.: 5080.3000Dias 31 e 1, às 21h, e 2,às 18hR$ 32Zé Geraldo, Maurício Pereira,BNegão, Catatau e Rubi – G ita40 AnosGênero: tributo belezaChoperia Sesc Pompeia – Ru aClélia, 93. Tel.: 3871.7700Dias 31 e 1, às 21h30R$ 30(Cotação AD)

Rende muitas contas a

conta dos 50 anos de

carreira que Paulinho da

Viola comemora nesta semana,

no HSBC Brasil. Se o parâmetro

for o da primeira gravação

individual, a data de início seria

1966, quando dividiu o disco

Samba na Madrugada com o amigo

Elton Medeiros.

Já se a conta começar pelo

primeiro cachê profissional, o

marco deve ser 1963, quando foi

se apresentar no lendário

restaurante Zicartola, aberto

pelo mestre Cartola e sua esposa,

Dona Zica. A conta exata para o

meio século agora comemorado,

porém, cai em 1964, ano em que

Paulinho jogou para cima um

emprego no banco e resolveu se

dedicar somente ao samba.

É, certamente, uma data muito

representativa. Foi ali, num gesto

de ousadia – “sambista não tem

valor nessa terra de doutor...” –,

que o samba brasileiro ganhou

um dos seus maiores expoentes,

capaz de criar preciosidades

como Coisa do Mundo, MinhaNega, Sinal Fechado, Foi um Rio quePassou na Minha Vida, Ame ouCoração Leviano.

O aparecimento de Paulinho da

Viola no agitado cenário cultural

dos anos 1960 representou a

possibilidade de se renovar a

tradição do samba a partir de um

referencial de sofisticação e

engajamento político próprio da

juventude universitária da

época. Era como se, nele, a

majestade de um Cartola, um

Nelson Cavaquinho ou um Ismael

Silva encontrasse um legítimo

herdeiro, apto a enfrentar sérias

questões da

contemporaneidade, a exemplo

da resistência ao regime militar

ou da disseminação de

sonoridades pop internacionais.

Não por acaso, tomaram-no por

um verdadeiro príncipe.

O reinado de Paulinho,

contudo, não chegou a se realizar

de todo. Com o passar do tempo,

menos do que espalhar sua

influência em novos sambistas e

formar uma escola, ele preferiu

levar uma vida recolhida,

discreta, imersa num oceano de

memórias próprias e alheias. A

renovação, assim, acabou

ficando em segundo plano, ao

ponto de ele não lançar um disco

de inéditas há 18 anos, desde

Bebadosamba. Seu mundo, hoje, é

o que se decantou dos antigos

mestres. Seu papel mudou

substancialmente: da criação de

um futuro para a preservação

do passado.

Em 1968, no auge das

tensões políticas e

artísticas que deram no

tropicalismo, o baiano Tom Zé

(com o grupo Os Mutantes) unia a

roça e o cosmos, o arcaico e o

moderno, no rock-sertanejo

2001: “Astronauta libertado/ minhavida me ultrapassa/ em qualquermoda que eu faça”. Hoje, trinta e

tantos anos depois, seu novo

disco, Vira-Lata na Via Láctea, soa

como um eco bem nítido desses

tempos. Um símbolo da fina

continuidade existente é a

modinha Pequena Suburbana–gravada com Caetano Veloso –,

em que as bandeiras libertárias

ganham voz por uma menina de

periferia que se põe a pensar: “Ai,

quem me dera, sei lá... Uma

atmosfera!”. Cercado de jovens,

como Criolo, Rodrigo Campos e

Kiko Dinucci, o esperto baiano

também recorda a velha ironia ao

tratar questões pesadas de nosso

tempo, como o esvaziamento

interesseiro da política, em

Esquerda, Grana e Direita, ou a

perda dos ideais da juventude,

em Geração Y.

Além do lançamento de Tom

Zé, destaca-se na programação

musical desses dias a feliz

coincidência dos tributos

agendados. De um lado, Mônica

Salmaso recicla a homenagem

aos 100 anos do poeta e letrista

Vinícius de Moraes, concebida no

ano passado. De outro, Fabiana

Cozza aborda o repertório de

Clara Nunes, uma das influências

mais fortes em seu canto. Mais

tributo interessante é o evento

Gita 40 Anos, dedicado às quatro

décadas do lançamento do

antológico disco Gita, de Raul

Seixas. Nele, as atrações vão

desde o também maluco beleza

Zé Geraldo, até o expressivo

Rubi, tendo como fio condutor

uma das melhores safras de

canções do roqueiro baiano, com

canções como SOS, Medo daChuva, Sessão das 10 e, é claro, a

famosíssima faixa título.

A programação da semana

traz de volta, também, dois

trabalhos valiosos dos últimos

tempos: o suingado Herança

Popular, do sambista Arlindo

Cruz, e o desafiador (e

deslumbrante) Atento aos Sinais,

do cantor Ney Matogrosso. Vale

notar, por fim, o retorno ao Brasil

do tecladista Rick Wakeman. É,

sem dúvida, um dos grandes

responsáveis pela consolidação

da sonoridade do rock

progressivo, graças ao seu

trabalho no Yes durante

os anos 70.

Page 12: Diário do Comércio - 28/10/2014

12 DIÁRIO DO COMÉRCIO terça-feira, 28 de outubro de 2014

.F..UTEBOL

Fifa ajudará a construir CTs no BrasilQuinze centros de

treinamento para a base

serão construídos no Brasil

de acordo com Alexandre

Gallo, coordenador das

seleções de base da CBF,

feita no III Encontro Técnico

das Categorias de Base,

ontem, no Rio. A Fifa

participará do projeto que

será realizado nos estados

que não sediaram a Copa

do Mundo em 2014:

Roraima, Amapá, Mato

Grosso do Sul, Acre, Pará,

Goiânia, Tocantins,

Maranhão, Piauí, Rio

Grande do Norte,

Pernambuco, Alagoas,

Espírito Santo, Santa

Catarina e também no

Distrito Federal. A CBF

deve gastar R$ 250

milhões nos CTs. sendo

cerca de R$ 15 milhões em

cada uma das estruturas.

O primeiro CT a ser

inaugurado deve ser o de

Belém. A intenção é que

cada unidade forme cerca

de 720 atletas, totalizando

10.800 jovens, com

prioridade para os

menores de 14 anos.

.E..SPOR TE

Yoga na prancha

Modelo demonstra a

prática de yoga sobre

prancha de surfe em San

Diego, Califórnia. Esta é a

mais recente tendência de

ocidentalização da

tradição milenar indiana

nos EUA e tem como

objetivo desenvolver o

equilíbrio e a concentração

com exercícios ao ar livre.

.H..UMOR

Slogans honestosO designer gráfico Clif Dickens recriou os

slogans de algumas marcas abusando da

honestidade. Na visão do artista,

Toblerone é o "chocolate de aeroporto" e

Louis Vuitton, o produto que

"provavelmente é falso". Veja mais no link.

http://honestslogans.com/

.L..OTERIAS

Concurso 1124 da LOTOFÁCIL

01 03 04 05 06

08 10 12 13 15

19 21 22 24 25

Concurso 3624 da QUINA

01 40 54 78 80

.R..EDES SOCIAIS

Twitter: mais usuários e prejuízo.O

Twitter reportou on-

tem um prejuízo líqui-

do de US$ 175,5 mi-

lhões no terceiro trimestre,

aumentando suas perdas

frente ao mesmo período de

2013, quando o prejuízo foi de

US$ 64,6 milhões.

O prejuízo foi seguido de

más notícias também em rela-

ção ao engajamento dos usuá-

rios da rede social, o que im-

pactou as ações da empresa

na Bolsa de Nova York.

As receitas, no entanto,

mais que dobraram, para US$

361 milhões no trimestre, su-

perando a previsão média de

US$ 351,4 milhões.

A empresa informou ainda

que seu número de usuários

ativos mensais subiu 23%,

atingindo a marca de 284 mi-

lhões, dentro das expectati-

vas dos investidores, para os

quais o crescimento do Twitter

pode ter atingido um pico.

O crescimento da rede so-

cial parece estar estabilizado

na marca dos 20% por trimes-

tre. No segundo trimestre des-

te ano, o número de usuários

cresceu 24%.

O crescimento no número

Kim

Kyu

ng-H

oon/

Reut

ers

CARAS E BOCAS - Modelo desfila na semana de moda de Pequim com maquiagem feita

por Mao Geping. Inspirado pelo design e pelo teatro, o maquiador Mao Geping, da academia

dramática de Xangai, é um criador de tendências de maquiagem nos países asiáticos.

s

Curativot e c no l ó g i c o

O designer Felipe

Castañeda criou

um curativo que,

além de acelerar a

cicatrização, se

dissolve à medida

em que a ferida

se cura.

http://felipe-castaneda.com

Tocandoa realidade virtual

A empresa chinesa

Dexta Robotics

desenvolveu um

exoesqueleto que permite

ter a sensação de tocar

objetos em jogos e

sistemas de realidade

virtual. O projeto busca

financiamento no

K i c k s t a r t e r.

http://goo.gl/P7UPb6

Centenáriover melho

Uma multidão se reúniu ontemna Torre de Londres para ver aspapoulas de cerâmica vermelhainstaladas ali para comemorar ocentenário da Primeira GuerraMundial. A instalação seráconcluída em 11 de novembro.

dos usuários, entretanto, não

parece compensar outros in-

dicadores negativos do de-

sempenho da rede social.

Além do prejuízo, o Twitter re-

gistrou também uma queda

de 7% em um indicador-chave

para medir o engajamento de

seus usuários nas atividades

da rede. As visualizações de

página por usuário. O total de

visualizações de página foi de

181 bilhões, levemente abai-

xo das expectativas dos ana-

listas.

Globalmente, as visualiza-

ções ficaram na média de 636

por usuário por mês. Nos EUA,

esse número , apesa r de

maior, registrou uma queda

de 6% e ficou em 774 visuali-

zações por usuário.

Esse indicador provocou

queda de 9,1% de suas ações

ontem, a US$ 44,17.

Alguns investidores levan-

taram a hipótese de que a que-

da nas visualizações de pági-

na do Twitter representem a

queda do interesse pelo servi-

ço, especialmente se compa-

rada com a popularização de

outros serviços de mensagens

móveis. (Agências)

"Prancha invertida" e "Pombo"são as duas posturas

demonstradas nas fotos.

Reuters

Suza

nne

Plun

kett/

Reut

ers

Page 13: Diário do Comércio - 28/10/2014

terça-feira, 28 de outubro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 13

BOLSA E DÓLAR À DERIVA?No primeiro dia

após as eleições, oIbovespa caiu2,77%, puxado

pela queda de 12%da Petrobras. A

cotação do dólarsubiu 2,68%.

Mer cadoprocura um

homem(ou mulher)

G. Sachs aposta naprodução da Petrobras

OBrasil vai elevar sua

produção de petróleo

em 206 mil barris por

dia neste ano e em 325 mil bar-

ris por dia em 2015, se tornan-

do a maior fonte de crescimen-

to da extração da commodity

no continente americano, ex-

cluindo a América do Norte, se-

gundo relatório publicado pelo

Goldman Sachs. O banco afir-

mou que o avanço mostra a mu-

dança do cenário da produção

brasileira, que foi "frustrante"

entre os segundos trimestres

de 2012 e 2013, devido ao de-

clínio da produção da Bacia de

Campos e um início lento da ex-

tração do pré-sal.

Agora, segundo o relatório, a

frustração está ficando para

trás, com a produção na Bacia

de Santos, com grandes cam-

pos do pré-sal, superando de-

clínios registrados em Campos,

onde há grande quantidade de

áreas mais antigas. O banco

também ressaltou que ativida-

des de manutenção realizadas

em Campos estão levando a

um alinhamento gradual das

taxas de declínio da produção

para o padrão geológico de

10% a 11% por ano.

Desde 2013, a Petrobras co-

locou em operação 10 siste-

mas de produção, sendo três

este ano. Outras duas platafor-

mas vão entrar em operação

até dezembro. "É importante

ressaltar que a nova capacida-

de de plataformas entregues

entre os terceiros trimestres de

2013 e 2014 deve permitir que

os poços sejam conectados nos

próximos 12 a 18 meses, sus-

tentando crescimento forte

com risco limitado".

A produção de petróleo do

Brasil atingiu recorde de 2,326

milhões de barris diários em

agosto, alta de 15,7% na com-

paração com igual mês de

2013, pelo aumento da produ-

ção no pré-sal brasileiro, se-

gundo boletim mais recente da

Agência Nacional do Petróleo,

Gás Natural e Biocombustíveis

(ANP). O avanço da produção

acontece em um momento em

que os preços do petróleo estão

em trajetória de queda. Entre-

tanto, o Goldman destacou que

o cenário não ameaça a susten-

tabilidade de projetos na Bacia

de Santos, uma vez que "tem

um dos mais baixos custos

m a rg i n a i s " .

No relatório, o Goldman Sa-

chs também reduziu suas pre-

visões de preço para 2015: a do

Brent para o primeiro trimestre

de 2015 caiu para US$ 85 por

barril, ante US$ 100 da previ-

são anterior; e a projeção para

o petróleo nos Estados Unidos

passou para US$ 75, ante US$

90. O petróleo Brent caiu abai-

xo de US$ 86 por barril ontem

após o Goldman revisar as pre-

visões.

LibraA Petrobras anunciou ontem

a confirmação de descoberta

de óleo de boa qualidade no pri-

meiro poço perfurado na área

de Libra, do pré-sal, localizada

na Bacia de Santos. Ainda não

há informações sobre a dimen-

são da descoberta. O óleo foi

constatado por amostras de

fluído que ainda serão submeti-

das à análise de laboratório.

"O consórcio dará continui-

dade às operações para con-

cluir o projeto de perfuração do

poço até a profundidade pre-

vista e verificar a extensão da

nova descoberta, além de ca-

racterizar as condições dos re-

servatórios encontrados", in-

formou a estatal. Libra é a pri-

meira área do pré-sal leiloada

pela ANP sob regime de parti-

lha e foi arrematada pelo con-

sórcio formado por Petrobras,

que detém 40% de participa-

ção, Shell (20%), Total (20%),

CNPC (10%) e CNOOC (10%).

(Agências)

Embora em

gradações

diferentes, os

agentes econômicos

concordam que o

segundo mandato de

Dilma Rousseff nasce

com duas urgências:

fazer as pazes com o

mercado e indicar

imediatamente a futura

equipe econômica.

Para o ex-diretor de

Política Monetária do

Banco Central Luís

Eduardo Assis, Dilma

deveria, como gesto de

conciliação, apresentar já

o futuro ministro da

Fazenda “porque o

governo começa com um

ministro demissionário e

com a economia

estagnada".

Newton Camargo Rosa,

economista-chefe da

SulAmérica

Investimentos, tem

opinião idêntica.

Segundo ele, enquanto o

mercado não souber

quem comandará o

Banco Central, o Tesouro

Nacional e o Ministério da

Fazenda, "qualquer coisa

que se fala ou é

expressão de desejo ou é

algo totalmente sem

base concreta".

Assis até arrisca um

palpite: o atual

presidente do BC,

Alexandre Tombini é um

candidato capacitado

para assumir o Ministério

da Fazenda por ser

alinhado com a

presidente e por contar

com o respeito do

m e rc a d o.

O ex-secretário de

Política Econômica do

Ministério da Fazenda,

Luiz Gonzaga Belluzzo,

acredita que, no novo

mandato, Dilma

dialogará

“constantemente e de

forma próxima com

diversos setores da

economia, não só

empresários, mas

também os

trabalhadores". Ele

afirma que viu “um sinal

importante para

reconstruir uma aliança

com o setor industrial” no

discurso da presidente de

d o m i n g o.

“MAIS DO MESMO”

Na avaliação de

Belluzzo, o segundo

mandato de Dilma

Rousseff também vai se

caracterizar por dedicar

maior foco em algumas

áreas. "A inflação na

meta é importante, bem

como ter um superávit

primário anticíclico, que

varia de acordo com a

força da economia",

disse. "Também é

relevante expandir as

concessões públicas em

infraestrutura para

alavancar os

investimentos no País".

Menos esperançosa, a

consultoria britânica

Capital Economics afirma,

em relatório assinado pelo

economista-chefe de

mercados emergentes,

Neil Shearing, que a vitória

de Dilma elimina

esperanças de mudança

na política econômica no

Brasil, que são

consideradas "muito

necessárias". "O

crescimento no primeiro

mandato da sra. Rousseff

já foi o mais fraco sob

qualquer presidente

desde os anos 90 e, na

falta de uma grande

mudança em política no

segundo mandato,

esperamos mais do

mesmo nos próximos

quatro anos", diz o

re l a t ó r i o.

Já a Rosenberg &

Associados acredita que,

diante da vitória

apertada e "assustada

com o repúdio que sofreu

dos empresários", Dilma

voltará para os

fundamentos que

respeitou no primeiro ano

de seu mandato. Ou seja,

prevê maior aproximação

com o chamado tripé

macroeconômico: regime

de metas de inflação,

política fiscal e câmbio.

(Agências)

ABolsa fechou no me-

nor patamar desde

15 abril e o dólar dis-

parou 2,68% ontem.

O Ibovespa, principal índice,

caiu 2,77%, a 50.503 pontos,

após ter registrado queda de

6,2% pela manhã. O volume

do pregão somou R$ 17,8 bi-

lhões. A queda, contudo, foi

bem mais amena do que pre-

via a parcela mais pessimista

do mercado, que esperava o

acionamento do circuit brea-

ker, mecanismo que interrom-

pe os negócios quando a que-

da supera os 10%. Os papéis

das estatais foram os que mais

pressionaram a Bolsa.

Para profissionais do mer-

cado, a queda mais branda do

que o esperado é resultado do

barateamento do Ibovespa

em dólar, o que atrai fluxo ex-

terno, assim como a busca por

pechinchas diante da retração

mais forte na abertura, além

também de alguma antecipa-

ção nos últimos pregões com

apostas na reeleição. O Bank

of America Merrill Lynch tam-

bém citou que a maioria dos

retornos que recebeu de

agentes do mercado indica

que investidores estão olhan-

do mais a lista de compras, do

que a de vendas.

"O Ibovespa deve ficar nes-

se intervalo de 48 mil a 52 mil

pontos até que Dilma (a presi-

dente reeleita Dilma Rousseff)

consiga identificar para o mer-

cado quem estará na Fazen-

da", disse o sócio e fundador

da Humaitá Investimentos,

Frederico Mesnik. A presiden-

te reeleita está estudando a

nova composição do governo

e deve priorizar as escolhas

para a área econômica, mas

não deve divulgar nomes do

ministério nesta semana.

Destaques

As ações da Petrobras tive-

ram a maior queda desde 12

de novembro de 2008, de

12,33% nos papéis preferen-

ciais e de 11,40% nas ações or-

dinárias, com os preços reto-

mando os níveis de março des-

te ano. O UBS colocou em revi-

são a sua recomendação de

"compra" para Petrobras e o

preço-alvo de R$ 20, citando

que a volatilidade global dos

preços do petróleo e combus-

tíveis e incertezas políticas

podem exercer pressão sobre

a estatal. Os papéis da Eletro-

bras caíram 11,51%, enquan-

to o papel do Banco do Brasil

terminou em baixa de 5%.

Dólar e juros futuros

A moeda norte-americana

fechou em R$ 2,5229 na ven-

da. Na máxima do dia, chegou

a avançar 4,21%, a R$ 2,5605.

Foi a maior alta diária no fe-

chamento desde 23 de no-

vembro de 2011, quando su-

biu 2,94%. Segundo dados da

BM&F, o giro financeiro ficou

em torno de US$ 1,6 bilhão.

De acordo com analistas, o

mercado já havia parcialmen-

te precificado a vitória de Dil-

ma ao levar o dólar da casa de

R$ 2,20 a R$ 2,50 de setembro

para cá, e que a divisa deve

continuar por volta de R$ 2,55

até que fique mais claro como

será o próximo governo. Para

eles, agora com a reeleição, o

Banco Central (BC) deve conti-

nuar em 2015 com o programa

de intervenção no câmbio. On-

tem, o BC vendeu a oferta total

de até 4 mil swaps cambiais,

que equivalem a venda futura

de dólares, pelas atuações

diárias. Foram vendidos 3,1

mil contratos para 1º de junho

e 900 contratos para 1º de se-

tembro de 2015, com volume

equivalente a US$ 197,2 mi-

lhões. Também vendeu a ofer-

ta total de até 8 mil swaps para

rolagem dos contratos que

vencem em 3 de novembro.

Ao todo, O BC já rolou cerca de

85% do lote total, equivalente

a US$ 8,84 bilhões.

No término da sessão regu-

lar da BMF&Bovespa ontem, o

DI janeiro de 2015 (206.005

contratos) apontava 10,94%,

de 10,98% no ajuste de sexta-

feira. O DI para janeiro de

2016, com 204.230 contratos,

tinha taxa de 11,83%, ante

11,92%. O DI para janeiro de

2017 indicava 12,07%, ante

12,16%, com 249.600 contra-

tos. O contrato com venci-

mento em janeiro de 2021 es-

tava em 12,14%, de 11,87%

n o a j u s t e a n t e r i o r , c o m

224.470 contratos.

Exterior

Os principais índices do

mercado acionário dos Esta-

dos Unidos encerraram perto

da estabilidade ontem. O Dow

Jones subiu 0,07%, enquanto

o S&P 500 cedeu 0,15% e o

Nasdaq subiu 0,05%. No en-

tanto, ações de companhias

brasileiras negociadas nos Es-

tados Unidos caíram: os ADRs

da Petrobras quase 13,7%, e

os da Vale, 5,2%. Um fundo

brasileiro negociado em bolsa

caiu 5,4%.

Já o índice de ações europeu

recuou ontem com investido-

res embolsando lucros após a

avaliação do Banco Central

Europeu dos bancos da região

e a queda da confiança empre-

sarial da Alemanha para o me-

nor nível em quase dois anos.

O índice FTSEurofirst 300 caiu

0,59%; e o STOXX de bancos

da zona do euro recuou 2,3%.

Em Londres, o índice Financial

Times caiu 0,4% e, em Frank-

furt, o DAX perdeu 0,95%.

(Agências)

Paulo Zilberman

Page 14: Diário do Comércio - 28/10/2014

14 -.ECONOMIA DIÁRIO DO COMÉRCIO terça-feira, 28 de outubro de 2014

Page 15: Diário do Comércio - 28/10/2014

terça-feira, 28 de outubro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 15

Primeiras promessas do segundo turnoEm nome da presidente Dilma Rousseff, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, falou do "compromisso de fortalecer os fundamentos da economia brasileira".

Um dia após a reelei-

ção da presidente

Dilma Rousseff, o

encarregado por ela

de dar os primeiros sinais so-

bre a política econômica no se-

gundo mandato foi o ministro

da Fazenda, Guido Mantega,

que não permanecerá no go-

verno. “Quero confirmar os

compromissos do governo de

fortalecer os fundamentos da

economia brasileira, para que

a dívida pública fique sob con-

trole. Isso é uma prioridade

para os próximos quatro anos.

Também são prioridades man-

ter a inflação sob controle e

continuar gerando empregos.

Para isso, temos que manter o

estímulo ao investimento”,

disse.

Ele não detalhou, contudo,

sobre o que será feito na área

fiscal para reequilibrar as

contas públicas, limitando-

se a dizer que o superávit pri-

mário (economia para pagar

juros da dívida pública) será

mais alto em 2015. E disse

que em 2014 o governo fará o

maior resultado possível.

Embora a meta de superávit

primário para este ano seja

de R$ 99 bilhões – o equiva-

lente a 1,9% do Produto Inter-

no Bruto (PIB) – de janeiro a

agosto, o resultado acumula-

do é de R$ 10,2 bilhões.

Segundo o ministro, o mer-

cado financeiro brasileiro rea-

giu mal ontem devido não ape-

nas às eleições, mas à situa-

ção internacional – a queda

nos preços das commodities

que afeta todas as bolsas.

“Com o fim da eleição, o cená-

rio tende a amainar. Durante a

campanha os pessimistas fi-

cam mais pessimistas e os oti-

mistas mais otimistas”.

Questionado sobre o rumor

de que o governo poderia en-

viar para o Congresso uma

proposta de fixar mandatos

para a diretoria do Banco Cen-

tral, Mantega afirmou que “a

questão da autonomia do BC

não faz o menor sentido em re-

lação a tudo o que fizemos”.

O ministro garantiu tam-

bém que a economia voltou a

crescer no terceiro trimestre e

que isso tende a continuar

uma vez que há uma retoma-

da da confiança: "Já há uma

volta do otimismo na econo-

mia brasileira".

Ele contornou apenas uma

pergunta –sobre quem o subs-

tituiria no Ministério da Fazen-

da e se seu sucessor reuniria

as credenciais capazes de aju-

dar a recuperar a confiança de

empresários e investidores na

economia brasileira.

"Essa pergunta tem que ser

feita à presidente. Na verdade

estou aqui apresentando as

políticas, porque para além

dos nomes existem as políti-

cas. Para além do nome, o im-

portante são as políticas. Isso

é o que importa. Eu acabei de

mencionar os passos que pre-

cisam ser dados. Não cabe a

mim falar em nome de minis-

t ro s ”, finalizou. (Agências)

Ed Ferreira/Estadão Conteúdo

Mantega, na entrevista: "Não cabe a mim falar em nome de ministros”.

Investimento deve ser o alvoA

o analisar o cenário

brasileiro pós-elei-

ções, o professor emé-

rito da Universidade Colum-

bia, em Nova York, Albert

Fishlow, afirmou ontem que o

principal problema da econo-

mia atualmente é a falta de

investimento. E a taxa de in-

vestimento não vai aumentar

enquanto a economia não

voltar a crescer, alertou. Com

a reeleição de Dilma Rous-

seff, haverá um período de in-

certezas, com investidores

estrangeiros e domésticos

aguardando sinais da direção

política e econômica no se-

gundo mandato.

Outro grande problema

brasileiro, citou o economis-

ta, está no comércio interna-

cional: o País está atrás de

outros nações que vêm cres-

cendo por meio de relações

comerciais com foco em va-

lor agregado, em lugar de

procurar parceiros estraté-

gicos impostantes. "Hoje o

Brasil está, de um lado, sem

tratados de livre comércio;

de outro, é interessante no-

tar que as tarifas continuam

altas", destacou.

Ele apontou ainda que a

educação requer investimen-

tos, sobretudo em qualidade.

Fishlow defendeu que, pa-

ra realizar as mudanças ne-

cessárias, Dilma terá que fa-

zer a reforma política, redu-

zindo o número de partidos,

e cortar ministérios. "Se não

houver avanços dentro de

Newton Santos/Hype

Fishlow: sem reforma política, governo pode perder apoio no Congresso.

Paulo Giandalia/Estadão Conteúdo

Rafael Arbex/Estadão Conteúdo

Urnas congelaram a Focus

No último relatório de

mercado Focus do

Banco Central

formatado antes do resultado

da eleição presidencial,

divulgado ontem, houve

pouquíssimas alterações nas

previsões dos economistas

de instituições financeiras

consultados.

As previsões para o

crescimento do Produto

Interno Bruto (PIB) de 2014

ficaram congeladas nos

0,27% da semana

passada. Os economistas

continuam a acreditar em

retomada da atividade em

2015 e mantiveram a

taxa mediana para o

período em 1%.

A mediana das projeções

para o IPCA de 2014 também

ficou inalterada em 6,45% de

um levantamento para o

outro. Um mês atrás, a

estimativa era de 6,31%. Para

2015, a mediana ficou

estacionada em 6,30%,

patamar em que já estava na

semana passada e também

quatro semanas atrás. A

previsão suavizada para o

IPCA para os 12 meses à

frente ficou congelada em

6,37%. Quatro semanas atrás

estava em 6,33%.

Na semana de reunião do

Comitê de Política Monetária

(Copom) segue inalterada

pela 21ª vez a projeção do

mercado financeiro

de que o colegiado manterá a

Selic inalterada em 11% até o

fim do ano.

Finalmente os analistas

chegaram a um consenso

sobre o patamar da Selic ao

final do ano que vem. Agora,

a previsão é de que o aperto

monetário será menor,

levando a taxa básica a

11,50% ao ano ao final do

período. Um mês antes, a

mediana estava em 11,38%.

(Estadão Conteúdo)

um ano e meio, vai haver re-

dução do apoio (no Congres-

so), complicando a situa-

ção", disse.

Ao avaliar a alta da infla-

ção, o economista afirma

que isso é consequência de

não terem sido feitos ajustes

no passado. Diante disso,

defende que o Banco Central

aumente "um pouco" a Selic

para mostrar que a política

monetária do País ainda é in-

dependente. "Se não fizer is-

so, vai haver ainda mais falta

de credibilidade, piorando a

situação econômica", finali-

zou. (Estadão Conteúdo)

Representantes do setor privado

afirmaram ontem que a presidente

Dilma precisa promover rapidamente

uma agenda de reformas para tentar

recuperar a confiança dos empresários e dos

consumidores brasileiros, revertendo um

clima de pessimismo que tem represado

investimentos. Medidas que resgatem a

competitividade da indústria nacional frente

aos concorrentes estrangeiros também são

cobradas para evitar mais um ano de

baixa atividade industrial afetando o

Produto Interno Bruto.

Veja a seguir o que esperam do segundo

mandato da presidente líderes de diversos

setores dos negócios:

"O pronunciamento (de domingo) foi muito

positivo e a proposta de

dialogar na busca de

alinhamento para aprovação

das reformas necessárias é

extremamente importante

para o futuro do país. O

compromisso com o

combate à corrupção e à

impunidade reenfatizado

por ela é muito bem recebido

por todos os brasileiros."

(Roberto Setúbal,presidenteexecutivo doItaú Unibanco – foto à direita.)

"A mudança de política econômica tem que

ser anunciada agora no início para poder

reverter esse clima de pessimismo na

economia, tanto por parte do empresariado,

quanto por parte das famílias que querem

comprar casa própria."

(Walter Cover, presidente da Associação daIndústria de Materiais de Construção – Abramat)

"Esperamos que reformas aconteçam,

principalmente a reforma tributária é a nossa

grande expectativa. Precisa haver uma

facilitação no pagamento de impostos,

colocar o câmbio num patamar adequado,

para que a gente volte a ter mais

competitividade. Enfim, eu acho que o desafio

é enorme, principalmente com o país saindo

dividido como saiu dessas eleições."

(HumbertoBarbato,presidente daAssociaçãoBrasileira daIndústria Elétricae Eletrônica –Abinee)

"Nós temos

um cenário na

área de

construção que

vai depender

exc l u s i v a m e n t e

das mudanças na área econômica. É

fundamental que elas sejam feitas o mais

rápido possível e que a equipe econômica seja

definida, para dar uma tranquilidade para o

empresário. Ele precisa sentir confiante para

poder investir."

(José Romeu Ferraz Neto, presidente doSinduscon- SP)

"A questão tributária é uma pauta

permanente do setor. O setor sempre tem se

pautado por luta para convencer todos os

governos, principalmente os estaduais, que

se há prioridade para o serviço de telecom

essa prioridade tem que ser demonstrada nos

tributos."

(Eduardo Levy, presidente-executivo doSindicato das Empresas de Telecomunicações –Sinditelebrasil)

"A grande questão é o custo de energia.

Estive com o grupo econômico dos dois

candidatos e ambos concordaram que como

está não podia ficar. Essa é uma questão vital

para o setor de eletrointensivos. Então, eu

acho que o final dessa corrida eleitoral abre

caminho para repensar essa questão."

(Milton Rego, presidente-executivo daAssociação Brasileira de Alumínio – Abal)

“A presidente disse uma frase muito

importante (em seu discurso de domingo):

está disposta ao imediato diálogo, antes

mesmo da nova posse, com setores

produtivos, representantes da sociedade e

das mais diversas áreas”.

(Roberto Rodrigues, presidente do conselhodeliberativo da União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica) e ex-ministro da Agricultura – fotoacima)

"A campanha (eleitoral de Dilma) foi de

mudanças e nosso diálogo com a campanha

foi bastante positivo. Houve acolhimento

sobre as questões de energia e de

p ro d u t i v i d a d e ”. (Paulo Pedrosa, presidenteexecutivo da Associação Brasileira de GrandesConsumidores Industriais de Energia e deConsumidores Livres –Abrace).

(Agências)

Empresários listam reformas necessárias

Page 16: Diário do Comércio - 28/10/2014

16 DIÁRIO DO COMÉRCIO terça-feira, 28 de outubro de 2014

A BANANA É NOSSABrasil já não é mais uma "república de bananas": grupos Cutrale e Safra disputam com irlandeses e associam-se para, afinal, comprar a norte-americana Chiquita.

Ogrupo formado pela

empresa de suco de

laranja Cutrale e o

banco Safra fecha-

ram acordo ontem para adqui-

rir a empresa norte-america-

na produtora de bananas Chi-

quita, em um negócio de US$

1,3 bilhão que inclui dívidas.

Pelos termos do acordo, os

acionistas da Chiquita vão re-

ceber US$ 14,50 por ação em

dinheiro, o que avalia a com-

panhia em cerca de US$ 682

milhões.

De acordo com a Chiquita, o

acordo deve ser oficializado

entre o final deste ano e o iní-

cio de 2015.

O Cutrale-Safra venceu

uma batalha que durou quase

três meses pelo controle da

empresa da Carolina do Norte,

que rejeitou três ofertas ante-

riores e tentou uma fusão com

a irlandesa Fyffes.

A Chiquita vai tornar-se uma

unidade controlada integral-

mente pelo Cutrale-Safra,

uma vez que o negócio seja

concluído, conforme um co-

m u n i c a d o.

"Para assegurar que a Chi-

quita tenha a melhor e mais

sustentável plataforma neste

setor, a Chiquita poderá aces-

sar a grande experiência do

Cutrale-Safra em todos os as-

pectos da cadeia de valor de

frutas e sucos e sua ampla ex-

periência financeira", acres-

centou a nota.

A aquisição é uma vitória

para o banqueiro brasileiro de

origem libanesa Joseph Safra

e para o barão do suco de la-

ranja José Luís Cutrale, que

uniram forças para acrescen-

tar a Chiquita aos seu portfólio

de negócios, que já inclui la-

ranja, maçãs, pêssego, limão

e soja.

Dívidas

Chiquita, Fyffes, Fresh Del

Monte Produce e Dole Food

controlam o mercado global

de bananas, avaliado em US$

7 bilhões anuais. As ações da

Chiquita subiram mais de 40%

desde 11 de agosto, quando o

Cutrale-Safra tornou pública

sua intenção de assumir o con-

trole da empresa.

O Cutrale-Safra também irá

assumir as dívidas da Chiqui-

ta, com uma unidade do grupo

Safra, o banco J. Safra Sarasin

AG, ampliando a recompra de

títulos de dívida emitidos pela

Chiquita com vencimento em

2021.

O negócio ocorre em meio

ao esforço de Safra, o banquei-

ro mais rico do mundo com

uma fortuna de US$ 16 bi-

lhões, de diversificar seus in-

vestimentos além do setor

bancário, financeiro e imobi-

l i á r i o.

Já Cutrale e sua família, que

enfrentam o declínio global no

consumo de suco de laranja,

têm ampliado atuação em no-

vas regiões e produtos, depois

de entrarem no negócio de co-

mercialização de grãos em

anos recentes.

"Nós esperamos trabalhar

com o Cutrale-Safra para ga-

rantir uma transição suave e

uma transação completa o

mais rápido possível", afirmou

o presidente-executivo da

Chiquita, Ed Lonergan, segun-

do o comunicado.

A transação está sujeita à

aprovação de órgãos regula-

res e a expectativa é que este-

ja concluída no início do próxi-

mo ano, de acordo com o co-

municado. (Reuters)

Divulgação

Chiquita vaijuntar aexperiência doCutrale nacadeia de valorde frutas esucos àexper tisefinanceira doSafra.

Caças ficam US$ 1 biacima do previsto

Divulgação

A compra de36 caçasGripen daSuéciatotalizou US$5,4 bilhões.

Retomadade voos 7,8

milhões depassageiros foram

transportados em voosdomésticos em

setembro, alta de 4,5%.

Ademanda por transpor-

te aéreo doméstico de

passageiros cresceu

3,2% em setembro de 2014,

na comparação com o mesmo

período de 2013, segundo da-

dos divulgados ontem, pela

Agência Nacional de Aviação

Civil (Anac), que destaca que o

setor completa 12 meses con-

secutivos de crescimento e

atinge seu maior nível para o

mês nos últimos dez anos. Já a

oferta voltou a apresentar

crescimento, de 1,7%, após

sete meses consecutivos de

variação negativa.

Com isso, a taxa de aprovei-

tamento das aeronaves em

voos domésticos operados

por empresas brasileiras al-

cançou 78,6%, o que corres-

ponde a um aumento de 1,2

ponto percentual em setem-

bro de 2014, no comparativo

com o mesmo mês do ano an-

terior. O nível atingido corres-

ponde a um recorde para o

mês de setembro nos últimos

dez anos.

No acumulado do ano, a de-

manda doméstica, medida

em assentos-quilômetros ofe-

recidos (ASK) registra alta de

5,4%, mas a oferta, calculada

em passageiros-quilômetros

pagos transportados (RPK),

ainda tem queda, de 0,14%.

A Anac indicou que, entre as

principais empresas aéreas

brasileiras, a Avianca desta-

cou-se com a maior taxa de

crescimento da demanda do-

méstica em setembro, quan-

do comparada com o mesmo

mês do ano passado, da or-

dem de 26%.

A agência também aponta

avanço expressivo da Azul, de

34,6% em setembro, no en-

tanto quando são somadas

com as operações da Trip, ad-

quirida pela companhia, a ex-

pansão registrada pela com-

panhia foi de 5,6%.

A TAM segue na liderança do

mercado doméstico, com

38,1% de participação, en-

quanto a GOL fica com 35%. Já

a Azul atingiu 17,1%, enquan-

to a Avianca passou a 9%.

A agência informou, ainda,

que o número de passageiros

pagos transportados em voos

domésticos em setembro

cresceu 4,5% e totalizou 7,8

milhões, o maior para o mês

nos últimos dez anos. No acu-

mulado em nove meses, a

quantidade de passageiros

transportados tem cresci-

mento de 6,8%, em compara-

ção com mesmo período do

ano anterior. A Gol foi a empre-

sa que mais transportou pas-

sageiros no mercado domésti-

co em setembro de 2014, com

2,86 milhões, seguida pela

TAM, com 2,58 milhões, e pela

Azul, com 1,67 milhões. (Esta-dão Conteúdo)

Inadimplênciatem recuo emsetembr o

Ainadimplência

na capital

paulista apresentou

queda no mês de

setembro em todas

as bases de

comparação, já

descontados os

efeitos sazonais, de

acordo com dados

da Boa Vista SCPC

(Serviço Central de

Proteção ao

Crédito) divulgados

ontem. A maioria

dos recuos na

cidade foi em

intensidade maior

do que o registrado

na média do Estado.

Já em relação à

média nacional, a

inadimplência caiu

mais na capital do

que no País em

todas as bases

comparativas.

Em setembro, o

Indicador de

Registro de

Inadimplência caiu

5,4% na cidade em

relação à agosto,

enquanto que no

Estado e no País as

quedas foram de

6% e 4%,

re s p e c t i v a m e n t e .

Na comparação

com o mesmo mês

do ano passado, o

índice caiu 8,9% na

capital, contra

recuo de 2,9% na

média estadual e

alta de 1,3% na

nacional. Já no

acumulado do ano

ante o mesmo

período de 2013, a

inadimplência

recuou 6,3% na

cidade, contra

baixa de apenas

0,2% no Estado e

alta de 2,4% na

média brasileira.

O Indicador de

Recuperação de

Crédito (obtido a

partir da

quantidade de

exclusões dos

registros de

inadimplentes) em

São Paulo, por sua

vez, apresentou

queda em setembro

apenas na

comparação anual

(-11,6%) e no

acumulado do ano

(-10,3%), na série

ajustada pelo fator

sazonal. Já na

comparação com

agosto, o indicador

registrou alta de

0,3%, crescimento

abaixo do

registrado no

Estado (0,7%) e no

País (0,5%).

(Estadão Conteúdo)

Um dia depois da reeleição

da pres idente D i lma

Rousseff e com um valor

acima do previsto originalmen-

te, o governo assina com a Saab

um contrato para o desenvolvi-

mento a compra de 36 caças Gri-

pen. O valor total do contrato

chega a US$ 5,4 bilhões, supe-

rior aos US$ 4,5 bilhões mencio-

nados durante o processo de se-

leção. Os primeiros jatos come-

çarão a ser entregues em 2019 e

o pacote estará completo ape-

nas no ano de 2024.

O acordo ocorre meses depois

de o gover no anunciar a opção

pelos aviões suecos, após anos

de uma licitação que envolveu

fabricantes norte-a mericanos e

franceses. Durante o governo do

presidente Luiz Inácio Lula da Sil-

va, o Planalto chegou a anunciar

que a empresa francesa Das-

sault havia vencido a licitação.

Por isso, o contrato coloca um fim

a um suspense e um conturbado

p ro c e s s o.

"O programa é composto por

28 caças monoposto e oito caças

de dois lugares Gripen NG. O va-

lor total do pedido é de aproxima-

damente 39,3 bilhões de coroas

suecas", indicou o comunicado

de imprensa da companhia.

"Saab e COMAER (Comando

da Aeronáutica) também assina-

ram um contrato para projetos

de cooperação industrial, in-

cluindo a transferência de tecno-

logia para a indústria brasileira,

a ser realizada ao longo de apro-

ximadamente dez anos", indi-

cou a nota.

"Estamos orgulhosos de estar

lado a lado com o Brasil nesse im-

portante programa. Já existe

uma longa história de sucesso da

cooperação industrial entre os

dois países, e este acordo histó-

rico leva essa parceria a um novo

nível", afirma Marcus Wallen-

berg, presidente do Conselho de

Administração da Saab.

"O contrato com o Brasil valida

o Gripen como o sistema de com-

bate mais capaz e moderno no

mercado. Solidifica a posição da

Saab como produtor de aviões

de caça líder mundial e reforça

a nossa plataforma de cresci-

mento", explica Håkan Buskhe,

presidente e CEO da Saab.

Embraer

De acordo com a companhia, a

"Embraer terá um papel de lide-

rança como o parceiro estratégi-

co no programa F-X2". "Como

parte do plano de transferência

de tecnologia, a indústria brasi-

leira vai ter um papel importante

no desenvolvimento do modelo

de dois lugares do Gripen NG e

ser responsável pela sua produ-

ção para a Força Aérea Brasilei-

ra. (Estadão Conteúdo)

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terça-feira, 28 de outubro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO ECONOMIA/LEGAIS - 17

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18 -.ECONOMIA/LEGAIS DIÁRIO DO COMÉRCIO terça-feira, 28 de outubro de 2014

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terça-feira, 28 de outubro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO ECONOMIA/LEGAIS - 19

SADA TRANSPORTES E ARMAZENAGENS S/A - CNPJ/MF 19.199.348/0001-88 (Companhia Fechada) NIRE35300334167 - Extrato da Ata da Assembleia GeralExtraordinária em 26/09/2014 - Data, Hora e Local:26/09/2014 às 10h, em São Bernardo do Campo/SP. Presença:Totalidade.Mesa: Vittorio Medioli - Presidente; Alberto MedioliSecretário. Deliberações por Unanimidade: a) aprovadasem quaisquer reservas ou restrições, que a sociedade sejarepresentada isoladamente pelo Presidente Vittorio Medioli,para que o mesmo possa assinar como Fiadora o Contrato deContragarantia em nome da própria sociedade, junto a“Associada à TRAVELLERS JMalucelli Seguradora”, comsede em Curitiba/PR, CNPJ/MF 84.948.157/0001-33. Encerra-mento: Nada mais. JUCESP nº 427.929/14-3 em 22/10/2014.

Atacadão Distribuição e Comercio Ltda , torna público que recebeu da CETESB a LicençaPrévia, 3001355 e requereu a Licença de Instação para combustiveis e Lubrificantes paraveículos, com. varejista sito á Avenida D. Pedro I, 3060 -Itaim - Taubaté-SP

Brink´s Segurança e Transp.de Valores Ltda , torna público que recebeu da CETESB aRenovação da Licença de Operação, 57001592, válida até 25/10/2019, para combust. e lubrif.para veíc., com. varejista sito á Rua Guacui, 100-Chacaras Reunidas- S. J. Campos-SP

Silvia Maria Pinto dos Santos , torna público que requereu da CETESB a Renovação daLicença de Operação para Combustíveis e Lubrificantes para veículos, com. varejista sito áAvenida Dr. Ricardo Jafet, 1101 -Ipiranga - São Paulo-SP

ATADAREUNIÃO EXTRAORDINÁRIADO CONSELHO DEADMINISTRAÇÃODAMERCANTILDO BRASIL FINANCEIRA S.A. - CRÉDITO, FINANCIAMENTOE INVESTIMENTOS - CNPJ Nº 33.040.601/0001-87 - COMPANHIAABERTA -

NIRE 31300049655.

1 - Local, data e hora: Sede social, na Rua Rio de Janeiro, 654/680 - 5º andar, em BeloHorizonte, Minas Gerais, 19 de agosto de 2014, 10:00 (dez) horas. 2 - Presenças: Maioriados membros do Conselho deAdministração. 3 - Deliberações: I - Preenchendo as condiçõesprevistas no Art. 147 da Lei 6404/76 e na Resolução nº 4.122/2012, do Conselho MonetárioNacional, foram eleitos, por unanimidade, abstendo-se de votar os legalmente impedidos,com mandato até a primeira reunião do Conselho de Administração após a AssembléiaGeral Ordinária de 2017, para membros da Diretoria, os senhores a seguir relacionados equalificados: Mauricio de Faria Araujo, brasileiro, casado, empresário, residente edomiciliado nesta Capital, na Rua Roberto Alvarenga de Paula, 194, Mangabeiras, CEP30210-440, C.I. nº M-93.249 - SSPMG e CPF nº 045.086.536-34; Luiz Henrique Andradede Araújo, brasileiro, casado, administrador de empresas, residente e domiciliado nestaCapital, na Rua dos Inconfidentes, 307/701, Funcionários, CEP 30140-120, C.I. nºM-1.049.011 - SSPMG e CPF nº 301.127.376-68; Marco Antônio Andrade de Araújo,brasileiro, casado, administrador de empresas, residente e domiciliado nesta Capital, na RuaEspírito Santo, 2.568/1301, Lourdes, CEP 30160-032, C.I. nº M-1.244.298 - SSPMG e CPFnº 471.028.376-l5; Athaíde Vieira dos Santos, brasileiro, casado, economista, residente edomiciliado nesta Capital, na Rua Bernardo Guimarães, 2.145/1501, Lourdes, CEP 30140-082, C.I. nº 2631 - CORECON-MG e CPF nº 071.712.506-87; José Ribeiro Vianna Neto,brasileiro, separado, advogado, residente e domiciliado nesta Capital, na Rua Patagônia,1155/901, Sion, CEP 30320-080, C.I. nº 29.410 - OAB/MG e CPF nº 318.695.726-53 e JaneCésar Coelho, brasileiro, casado, contador, residente e domiciliado nesta Capital, na RuaSantos, 675, Bairro Jardim America, CEP 30421-386, C.I. nº M-3.516.386 - SSPMG e CPFnº 547.530.746-68. II - Os Diretores eleitos serão assim designados: Diretor-Presidente:José Ribeiro Vianna Neto. Diretores Executivos: Mauricio de Faria Araujo; Luiz HenriqueAndrade de Araújo e Marco Antônio Andrade de Araújo. Diretores: Athaíde Vieira dosSantos e Jane César Coelho. III - Ainda conforme a legislação pertinente, deliberou-se adistribuição de atribuições específicas, da seguinte forma: Relações com Investidores, Áreade Ações Escriturais, Risco de Liquidez, Área Contábil, Atualização de Dados no Unicad,Operações emp. e troca de títulos, Lavagem de Dinheiro, Contas de Depósitos, SistemaRDR, Cadastro de Clientes do SFN - CCS, Responsável pelo SCR, Responsável pelofornecimento de informações, Responsável p/ apur. Montante RWA, PR e Cap. Princ.:Athaíde Vieira dos Santos. Responsável pela contratação de correspondentes: Jane CésarCoelho e Responsável pela Área Jurídica: José Ribeiro Vianna Neto. Nada mais havendo atratar, foi encerrada a reunião, da qual, para constar, lavrou-se a presente ata que, após lidae aprovada, vai por todos os Conselheiros presentes assinada. Belo Horizonte, 19 de agostode 2014. CONSELHO DEADMINISTRAÇÃO: José Ribeiro Vianna Neto; Paulo HenriqueBrant de Araujo; Ângela Cristina Romariz Barbosa Leite; Paulo Afonso Guimarães.CONFERE COM O ORIGINAL LAVRADO NO LIVRO PRÓPRIO. MERCANTIL DOBRASIL FINANCEIRA S. A. Crédito, Financiamento e Investimentos. José Ribeiro ViannaNeto - Diretor Executivo; MarcoAntônioAndrade deAraújo - Diretor Executivo. Atestamosque este documento foi submetido a exame do Banco Central do Brasil em processo regulare a manifestação a respeito dos atos praticados consta de carta emitida à parte. Departamentode Organização do Sistema Financeiro. Gerência Técnica em Belo Horizonte. EduardoVitor de Paula - Analista. Junta Comercial do Estado de Minas Gerais. Certifico o registrosob o nro.: 5393735 em 16/10/2014. Mercantil do Brasil Financeira S.A - Crédito,Financiamento e Investimentos. Protocolo:14/714.312-8. Marinely de Paula Bomfim -Secretária Geral.

AVISO DE LICITAÇÃO. MODALIDADE: PregãoPresencial 117/2014, PROCESSO: 797/2014,OBJETO RESUMIDO: SRP DE RAÇÕES PARAANIMAIS, DATA E HORA DA LICITAÇÃO:10/11/2014 as 9h00, LOCAL DA LICITAÇÃO:Sala de Licitações do Paço Municipal, na PraçaCel. Brasílio Fonseca, 35, Centro, Guararema –SP. O Edital poderá ser lido e obtido na íntegrano Paço Municipal de Guararema, no períododas 08h30min às 16h00. Os interessadospoderão obter o Edital por e-mail, enviandomensagem eletrônica para o endereç[email protected], informando osdados da empresa, a modalidade e o número dalicitação. Outras informações podem ser obtidaspelo telefone (11) 4693-8016. ADRIANO DETOLEDO LEITE, Prefeito Municipal.

Pregão Eletrônico nº 343/2014Processo nº 23039.000199/2014-44

O Hospital Universitário de Brasília – HUB/EBSERH, inscrito no CNPJ sob o nº15.126.437/0003-05, torna público que realizará licitação, na modalidade de PREGÃOELETRÔNICO SRP, sob o número 343/2014, do tipo MENOR PREÇO, cujo objeto éCONTRAÇÃODEEMPRESAESPECIALIZADAPARAAEXECUÇÃODESERVIÇOSCONTÍNUOS DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA E CORRETIVA, MANUTENÇÃOPREDIAL HOSPITALAR E DE EQUIPAMENTOS, DAS INSTALAÇÕES DOHOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA – HUB, COMPREENDENDO OFORNECIMENTO DE MÃO DE OBRA ESPECIALIZADA, EQUIPAMENTOS,FERRAMENTAS E INSUMOS NECESSÁRIOS E ADEQUADOS À EXECUÇÃO DESERVIÇOS. A abertura da sessão pública para a formulação dos lances está previstapara ocorrer às 09:00 horas do dia 07/11/2014. A DISPONIBILIZAÇÃO DO EDITALse dará a partir do dia 28/10/2014, nos siteswww.comprasnet.gov.br ou no endereço:SGAN, Quadras 604/605Anexo III salas 19 e 20 - Brasília-DF.

Brasília, 27 de outubro de 2014.Susana Sousa Campos

Chefe da Unidade de Licitações/HUB

AVISO DE ABERTURA DE LICITAÇÃO

EMPRESA BRASILEIRA DE SERVIÇOSHOSPITALARES – EBSERH

Pregão Eletrônico nº 335/2014Processo nº 23039.000155/2014-14

O Hospital Universitário de Brasília – HUB/EBSERH, inscrito no CNPJ sob onº 15.126.437/0003-05, torna público que realizará licitação, na modalidade dePREGÃO ELETRÔNICO SRP, sob o número 335/2014, do tipo MENOR PREÇO,cujo objeto é AQUISIÇÃO DE ÓLEO DIESEL, OLEO COMBUSTÍVEL A1 E GÁSGLPPARAOHUB. Aabertura da sessão pública para a formulação dos lances estáprevista para ocorrer às 09:00 horas do dia 07/11/2014. A DISPONIBILIZAÇÃODOEDITAL se dará a partir do dia 28/10/2014, nos sites www.comprasnet.gov.br ouno endereço: SGAN, Quadras 604/605 Anexo III salas 19 e 20 - Brasília-DF.

Brasília, 27 de outubro de 2014Susana Sousa Campos

Chefe da Unidade de Licitações/HUB

AVISO DE ABERTURA DE LICITAÇÃO

EMPRESA BRASILEIRA DE SERVIÇOSHOSPITALARES – EBSERH

PREFEITURAMUNICIPAL DE BIRIGUIEDITALNº 77/2014–PREGÃOPRESENCIAL Nº 166/2014

OBJETO:- Contratação de empresa confecção de uniformes,bolsas e outros, destinados à Secretaria Municipal de Saúde,pelo prazo de 12 (doze)meses. Data daRealização- 11/11/2014às 08h30min. Melhores informações poderão ser obtidos juntoa Sala de Licitações da Secretaria de Saúde, Praça Gumercindode Paiva Castro s/nº – Centro – Birigui/SP, pelo telefone (018)3643. 6234, ou pelo e-mail [email protected] Edital poderá ser lido naquela Sala e retirado gratuitamente nosite www.birigui.sp.gov.br., Pedro Felício Estrada Bernabé, PrefeitoMunicipal, Birigui, 27/10/2014.

MUNICÍPIO DE IPEÚNA/SPAVISO DE LICITAÇÃO - Pregão Presencial Nº 031/2014 – Objeto: Aquisição de diversos equipamentospermanentes para a EMEI Maria Luisa Zanoni Prata, em Ipeúna, compreendendo: eletrodomésticos (balança,batedeira, bebedouros, cortador de legumes, fogões, fornos, freezers, geladeiras, liquidificadores, microondas,multiprocessador e refrigerador), eletroportáteis e eletroeletrônicos (esterilizador de mamadeiras, ferro de passar

roupas, lavadora de alta pressão, rádios, televisores, umidificadores e ventiladores) e diversos (fechadura elétrica).Recebimentodosenvelopes: até às9h00dodia 10/11/2014.Oedital e anexosencontram-seàdisposiçãodos interessadosno Setor de Licitações da Prefeitura, situado na Rua 01, 275 – Centro, Ipeúna/SP, no horário das 8h00 às 12h00 e das13h00 às 17h00, em dias úteis ou na página: www.ipeuna.sp.gov.br (Transparência Pública - Licitações). Informações pelotelefone (19) 3576-9007 ou [email protected]. Ipeúna, 27/10/2014. Ildebran Prata – Prefeito Municipal.

Novo Brilho Centro Automotivo Ltda, torna publico que requereu da CETESB aLicença Prévia, p/ Comercio Varejista de combustiveis e Lubrificantes, á Av. Paes deBarros, 1.999 - Mooca - SP

PREFEITURA MUNICIPAL DE RIBEIRÃO DO SUL/SP

A Prefeitura Municipal de Ribeirão do Sul, Estado de São Paulo, por sua Prefeita Municipala Senhora Eliana Maria Rorato Manso, Torna Público:

AVISO DE LICITAÇÃOProcesso Administrativo nº. 073/2014. Encontra-se aberta no Departamento de Licitações da PrefeituraMunicipal de Ribeirão do Sul, Estado de São Paulo, a Licitação Pública na modalidade de CONCORRÊNCIAsob nº 01/2014 do tipo MAIOR OFERTA, destinado à concessão de uso remunerado mediante contratoadministrativo de espaço junto a Estação Rodoviária “José Felício da Silva” pelo prazo de 05 (cinco)anos, destinado à implantação de comércio no ramo de venda de passagens e serviços de bar elanchonete. ENTREGA DE ENVELOPES: até 09h00min do dia 19/12/2014. O Edital completo einformações complementares estarão à disposição aos interessados na Secretaria da PrefeituraMunicipal de Ribeirão do Sul, situada à Rua Cel. Paulo Fares nº 329, nesta cidade, no horário normalde expediente. E para que chegue ao conhecimento de todos, foi lavrado este Edital, que vai publicadona forma da Lei. Ribeirão do Sul, 24 de outubro de 2014. Eliana Maria Rorato Manso – Prefeita.

SANTACONSTANCIA TECELAGEM LTDA. torna público que recebeu da CETESB a Licença deOperação N° 29006779, válida até 22/10/2017, para produção de tecidos de malha, à Alameda Primeiro-Sargento Osmar Cortez Claro, 40, Parque Novo Mundo, São Paulo.

Dorris SP Participações S.A.CNPJ/MF nº 12.909.302/0001-66 - NIRE 35.3.00386809

EDITAL DE CONVOCAÇÃOASSEMBLEIAGERAL EXTRAORDINÁRIAFicam os senhores acionistas da Dorris SP Participações S.A. (“Companhia”) convocados para reunirem-se, em AGE, aser realizada no dia 03/11/14, às 14 horas, na Avenida Brigadeiro Faria Lima, nº 2.277, 20º andar, conjuntos 203/204,Jardim Paulistano/SP, a fim de discutir e deliberar sobre a seguinte ordem do dia: (i) Aumentar o capital social daCompanhia, em R$9.381.374,00, com a emissão de 18.762.748 ações ordinárias, nominativas e sem valor nominal, daCompanhia, com preço de emissão de R$0,50 por ação, mediante a conversão de créditos em valor idêntico detidospelos acionistas contra a Companhia, na proporção de suas respectivas participações acionárias, em decorrência deAFACs - Adiantamentos para Futuros Aumentos de Capital, devidamente contabilizados na Companhia, em atendimentoàs regras do Acordo de Acionistas da Companhia celebrado em 30/08/11, devidamente registrado na sede social daCompanhia; (ii) Aumentar o capital social da Companhia, em R$ 15.000.000,00, com a emissão de 30.000.000 de açõesordinárias, nominativas e sem valor nominal de emissão da Companhia, com preço de emissão de R$0,50 por ação,com o objetivo de disponibilizar para a Companhia os recursos necessários para garantir o desenvolvimento regular dosnegócios da Companhia, em atendimento às disposições do seu Acordo de Acionistas, sendo que os respectivos valoressubscritos no aumento de capital deverão ser integralizados pelos acionistas em prazo de até 12 meses, conformenecessidades da Companhia a serem demandadas pela Diretoria da Companhia, por meio de chamadas de capital paraintegralização pelos acionistas; e (iii) Alterar a redação do caput do artigo 5º do Estatuto Social da Companhia, de modoa refletir a modificação decorrente dos aumentos de capital deliberados nos itens (ii) e (iii) acima. Orientações Gerais:1. Os documentos pertinentes às matérias da ordem do dia estão disponíveis para consulta, com a antecedência legal-mente exigida, na sede da Companhia, na Avenida Brigadeiro Faria Lima, nº 2.277, 20º andar, conjuntos 203/204, JardimPaulistano/SP. 2. A pessoa presente à Assembleia Geral deverá comprovar sua qualidade de acionista, de acordo com oartigo 126 da lei nº 6.404/76, bem comoos documentos comprobatórios dos seus respectivos poderes de representação(cópia do Estatuto Social ou Contrato Social atualizado e ato que investe o representante de poderes suficientes). 3. Omandato para representação na Assembleia deverá ter sido outorgado em conformidade com o artigo 126, §1º, da Leinº 6.404/76, desde que a respectiva procuração, apresentada sempre em documento original, tenha sido regularmentedepositada na sede social da Companhia com, no mínimo, 3 dias úteis de antecedência à realização da Assembleia.Juntamente com a procuração, cada acionista que não for pessoa natural ou que não tiver assinado a procuração em seupróprio nome deverá depositar os documentos comprobatórios dos seus respectivos poderes de representação (cópiado Estatuto Social ou Contrato Social atualizado e ato que investe o representante de poderes suficientes). SP, 22/10/14.DORRIS SP PARTICIPAÇÕES S.A. - Ricardo Panzenboeck Dellape Baptista; Raphael Baptista Netto.

Dorris SP Participações S.A.CNPJ/MF nº 12.909.302/0001-66 - NIRE 35.3.00386809

EDITAL DE CONVOCAÇÃO ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIAFicam os senhores acionistas da Dorris SP Participações S.A. (“Companhia”) convocados para reunirem-se, emAGO, a ser realizada no dia 3/11/14, às 16 horas, na Avenida Brigadeiro Faria Lima, nº 2.277, 20º andar, conjuntos203/204, Jardim Paulistano/SP, a fim de discutir e deliberar sobre a seguinte ordem do dia: (i) Tomar as contasdos administradores, examinar, discutir e votar as demonstrações financeiras do exercício social encerrado em31/12/13, devidamente publicado no Diário Oficial do Estado de São Paulo e no Jornal Diário do Comércio em23/05/14; e (ii) Deliberar acerca do resultado do exercício social encerrado em 31/12/13. Orientações Gerais: 1.Os documentos pertinentes às matérias da ordem do dia estão disponíveis para consulta, com a antecedêncialegalmente exigida, na sede da Companhia, na Avenida Brigadeiro Faria Lima, nº 2.277, 20º andar, conjuntos203/204, Jardim Paulistano/SP. 2. A pessoa presente à Assembleia Geral deverá comprovar sua qualidadede acionista, de acordo com o artigo 126 da lei nº 6.404/76, bem como os documentos comprobatórios dosseus respectivos poderes de representação (cópia do Estatuto Social ou Contrato Social atualizado e ato queinveste o representante de poderes suficientes). 3. O mandato para representação na Assembleia deverá tersido outorgado em conformidade com o artigo 126, §1º, da Lei nº 6.404/76, desde que a respectiva procuração,apresentada sempre em documento original, tenha sido regularmente depositada na sede social da Companhiacom, no mínimo, 3 dias úteis de antecedência à realização da Assembleia. Juntamente com a procuração, cadaacionista que não for pessoa natural ou que não tiver assinado a procuração em seu próprio nome deverádepositar os documentos comprobatórios dos seus respectivos poderes de representação (cópia do EstatutoSocial ou Contrato Social atualizado e ato que investe o representante de poderes suficientes). SP, 22/10/14.DORRIS SP PARTICIPAÇÕES S.A. Ricardo Panzenboeck Dellape Baptista, Raphael Baptista Netto.

Mitsubishi Corporation do Brasil S.A.CNPJ nº 61.090.619/0001-29 - NIRE 35300019032 - Extrato da Ata da Assembleia Geral Extraordinária Realizada em 30/09/14

Data, Hora e Local:Aos 30/09/14, às 09hs, na sede social sita naAvenida Paulista, nº 1.294, 23º andar, nesta Capital. Composiçãoda Mesa: Sr. Aiichiro Matsunaga, como Presidente da Mesa e Sra. Emi Fujio Hirata, Secretária. Agenda: a) Exoneração doSr. Hideto Matsuzaki da posição de Diretor. Deliberações: Os acionistas, por unanimidade de votos decidiram e aprovaram: a)Exonerar da posição de Diretor o Sr. Hideto Matsuzaki, brasileiro, casado, administrador, portador da CI RG nº 4.145.538 SSP/SP,CPF/MF nº 502.496.308-34, com endereço na Avenida Paulista, nº 1.294, 23º andar, Bela Vista, CEP: 01310-915, São Paulo-SP,exoneração esta que surtirá efeitos a partir desta data. Encerramento: Franqueada a palavra e como ninguém fizesse uso dela, oSr. Presidente declarou suspensos os trabalhos pelo tempo necessário à lavratura desta ata, a qual foi lida, aprovada e assinadapor todos os acionistas. a) Aiichiro Matsunaga, Presidente da Mesa; Emi Fujio Hirata, Secretária; Mitsubishi Corporation, p.p. MárioMassanori Iwamizu, Mitsubishi International Corporation, p.p. Mário Massanori Iwamizu. Esta é extrato da cópia autêntica da ata daAGE realizada em 30/09/14, lavrada em livro próprio. São Paulo/SP, 30/09/14. a) Emi Fujio Hirata - Secretária. b) Mario MassanoriIwamizu - OAB/SP nº 19.298. JUCESP nº 428.203/14-0 em 22/10/2014. Flávia Regina Britto - Secretária-Geral em Exercício.

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO

AVISO DE LICITAÇÃOPregão nº 040/2014 - Processo nº 413/2014

Acha-se aberto no Ministério Público do Estado de São Paulo o Pregão Presencial nº 040/2014 - Processonº 431/2014-DG/MP, objetivando a contratação de empresa para prestação de serviços de controle,operação e fiscalização de portarias e edifícios com a efetiva cobertura dos postos designados, no âmbitodo Ministério Público do Estado de São Paulo, nos locais, quantidade e especificações contidas no Anexo 2– Projeto Básico – Tabela de Locais e Especificações Técnicas, sob regime de empreitada por preço global.O Edital da presente licitação encontra-se à disposição dos interessados, gratuitamente, na ComissãoJulgadora de Licitações, situada na Rua Riachuelo nº 115, 5º andar, sala 506, de 2ª a 6ª feira, das 09:30 às18:30 horas, ou através da Internet nos Sites www.mpsp.mp.br e www.e-negociospublicos.com.br. Osenvelopes serão recebidos na sessão pública de processamento do Pregão, na Rua Riachuelo nº 115, 9ºandar, sala 926, no dia 11/11/2014, e sua abertura dar-se-á às 11:00h no mesmo dia e local.

Comissão Julgadora de Licitações, em 24 de outubro de 2014.

PREFEITURA MUNICIPAL DE

TAUBATÉ/SPPREGÃO Nº 405/14

A Prefeitura Municipal de Taubaté informa que se acha aberto o pregão presencialnº 405/14, que cuida da aquisição de óleo diesel S-10, por um período de 12 (doze)meses, com encerramento dia 11.11.14, às 16h30, junto ao respectivo Departamentode Compras. Maiores informações pelo telefone (0xx12) 3621.6023, ou à Praça FelixGuisard, 11 – 1º andar – centro, mesma localidade, das 08h às 12h e das 14h às 17h,sendo R$ 26,50 (Vinte e Seis Reais e Cinquenta Centavos) o custo do edital, pararetirada na Prefeitura. O edital também estará disponível pelo sitewww.taubate.sp.gov.br.

Taubaté, aos 27 de outubro de 2014.JOSÉ BERNARDO ORTIZ MONTEIRO JÚNIOR – Prefeito Municipal

SECRETARIA DE ESTADODA EDUCAÇÃO

GOVERNO DO ESTADODE SÃO PAULO

FDE AVISA:Pregão Eletrônico de Registro de Preços Nº 13/00016/14/05

OBJETO: CONFECÇÃO E INSTALAÇÃO DE PLACAS EM AÇO INOX ESCOVADO PARA PRÉDIOS ESCOLARES DA REDE ESTADUAL DE ENSINO. A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE comunica às empresas interessadas que se acha aberta licitação para: Confecção e Instalação de Placas em Aço Inox Escovado para Prédios Escolares da Rede Estadual de Ensino. As empresas interessadas poderão obter informações e verifi car o Edital a partir de 28/10/2014, no endereço eletrônico www.bec.sp.gov.br ou na sede da FDE, na Supervisão de Licitações, na Av. São Luís, 99 - República - CEP: 01046-001 - São Paulo/SP, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, ou verifi car o edital na íntegra, através da Internet no endereço: http://www.fde.sp.gov.br. A sessão pública de processamento do Pregão Eletrônico será realizada no endereço eletrônico www.bec.sp.gov.br, no dia 11/11/2014, às 09:30 horas, e será conduzida pelo pregoeiro com o auxílio da equipe de apoio, designados nos autos do processo em epígrafe e indicados no sistema pela autoridade competente. Todas as propostas deverão obedecer, rigorosamente, ao estabelecido no edital e seus anexos e serão encaminhadas, por meio eletrônico, após o registro dos interessados em participar do certame e o credenciamento de seus representantes previamente cadastrados. A data do início do prazo para envio da proposta eletrônica será de 28/10/2014, até o momento anterior ao início da sessão pública. BARJAS NEGRI - Presidente

SECRETARIA DE ESTADODA EDUCAÇÃO

GOVERNO DO ESTADODE SÃO PAULO

FDE AVISA: TOMADAS DE PREÇOSA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE comunica às empresas interessadas que se acha aberta licitação para execução de Reforma de Prédio Escolar: TOMADA DE PREÇOS Nº - PRÉDIO - LOCALIZAÇÃO - PRAZO - ÁREA (se houver) - PATRIMÔNIO LÍQUIDO MÍNIMO P/ PARTICIPAR - GARANTIA DE PARTICIPAÇÃO - ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA) 69/00927/14/02 - EE Dr. Waldemar Moniz da Rocha Barros - Rua Henrique Dias, 854 - Cep: 17509-300 - Palmital – Marília/SP - 120 - R$ 101.232,00 - R$ 10.123,00 - 09:30 - 13/11/2014. 73/00655/14/02 - EE Profa Iracema Rauen Maciel - Avenida Benfi ca, 295 - Cep: 6660-520 - Vila Santa Rita – Itapevi/SP - 120 - R$ 42.575,00 - R$ 4.257,00 - 10:00 - 13/11/2014. As empresas interessadas poderão obter informações e verifi car o Edital e o respectivo Caderno de Encargos e Composição do BDI na SEDE DA FDE, na Supervisão de Licitações, na Av. São Luís, 99 - República - CEP: 01046-001 - São Paulo/SP ou através da Internet pelo endereço eletrônico www.fde.sp.gov.br. Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 28/10/2014, na SEDE DA FDE, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 40,00 (quarenta reais). Os interessados poderão adquirir o CD-ROM referente às Planilhas, ao custo de R$ 3,00 (três reais), na SEDE DA FDE, de segunda a sexta-feira, dentro do horário de expediente, das 08:30 às 17:00 horas. Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão de Licitações da FDE, conforme valor indicado acima. Os invólucros contendo a PROPOSTA COMERCIAL e os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO deverão ser entregues, juntamente com a Solicitação de Participação, a Declaração de Pleno Atendimento aos Requisitos de Habilitação e a garantia de participação, no Setor de Protocolo da Supervisão de Licitações - SLI na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da abertura da licitação. Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com o disposto nas CONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE. As propostas deverão obedecer, rigorosamente, ao estabelecido no edital. BARJAS NEGRI - Presidente

EDITAL DE CITAÇÃOCitação � Prazo 15 dias � Proc. 0149896-08.2009.8.26.0001 � A Dra. Fernanda de Carva-lho Queiroz, Juíza de Direito da 4ª Vara Cível do Foro Regional I � Santana/ Comarca deSão Paulo � SP, faz saber que COMPANHIA DE ENGENHARIA DE TRÁFEGO / CET, jáqualicada nos autos, propôs em face de KEITI MORI, portador do RG n° 1.833.978-9 einscrito no CPF/MF sob o n° 631.598.998-53, AÇÃO DE RESSARCIMENTO DE DANOSPELO PROCEDIMENTO SUMÁRIO, objetivando o ressarcimento de danos sofridos emvirtude de acidente envolvendo veículo de sua propriedade, no importe original de R$5.698,70. Estando o Réu em lugar ignorado, foi deferida a citação por edital, para queem até 15 dias, a uir após a publicação do presente, o Requerido, querendo, apresentedefesa, sob pena de revelia, nos termos da lei. Será o edital axado e publicado.

São Paulo, 27 de outubro de 2014.

SANTACONSTANCIA TECELAGEM LTDA. torna público que recebeu da CETESB a Licença de Instalação nº 29000534 e requereu a Licença de Operação para fabricação de tecidos de malha, à Avenida Tenente José Jerônimo de Mesquita, nº 351, Parque Novo Mundo – São Paulo – SP, CEP 02146-000.

SANTACONSTANCIA TECELAGEM LTDA, torna público que recebeu da CETESB a Licença de Instalação nº 29000789 e requereu a Licença de Operação para fabricação de tecidos de malha, à Avenida Tenente José Jerônimo de Mesquita, nº 351, Parque Novo Mundo – São Paulo – SP, CEP 02146-000.

Requerente: Valter Maria de

Souza.

Requerente: Vanderlei Souza

Barros.

Requerente: Rogerio de Matos.

Requerente: Mario Atanasio dos

Santos.

Requerente: Bruna da Silva Curto

Coutinho.

Requerido: Indústria e Comércio de Peças Frigorífi cas GB Ltda. ME. Rua Flor de Ouro, 362 – Vila

Nova Galvão –

2ª Vara de Falências.

FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL

E RECUPERAÇÃO JUDICIAL

Conforme informação da

Distribuição Cível do Tribunal

de Justiça de São Paulo, foram

ajuizados no dia 27 de outubro de 2014, na Comarca da Capital,

os seguintes pedidos de falência,

recuperação extrajudicial e

recuperação judicial:

Page 20: Diário do Comércio - 28/10/2014

20 DIÁRIO DO COMÉRCIO terça-feira, 28 de outubro de 2014

nSMARTPHONE 1

Quase um premium,a preço médio.

Omédio GalaxyGran Prime, da

Samsung, é mais uma opção paraos consumidores que querem umcelular com características demodelos premium que custemmenos de R$ 1.000. Vem com duascâmaras, a traseira de 8 MP e afrontal de 5 MP, com ângulo decaptura de 85 graus, para garantirque na hora das selfies todos osrostos se encaixem na foto ecenário, sem precisar esticar tantoo braço. Outros features são oreceptor de TV embutido e a telade 5 polegadas, seguindo atendência dos aparelhos maiores.O Prime tem dois slots para chipsde operadoras e chegará emnovembro ao preço sugerido deR$ 829.

SMARTPHONE 2

Huawei adere àonda do baixo custo

OAscend G506, da chinesaHuawei, fabricado no Brasil,

também oferece boa relaçãocusto-benefício para quem querum telefone mais avançado e detela grande. O modelo dafabricante chinesa tem tela de 4,5polegadas e desenho fininho, com9,9 mm de espessura e conta com4GB de memória, processadordual-core de 1 GHz e embarca oAndroid 4.1. A câmera traseira éde 5 MP e o aparelho traz slotspara dois chips, além de sercompatível com microSD de até32GB. Tem 3G, Bluetooth, Wi-Fi eGPS. Nas cores preto e branco apartir de R$ 649.

ACESSÓRIO

Não percao jogo por falta

de luz

O teclado GXT 280Illuminated, da

holandesaTrust, é ideal parajogadores de games eletrônicos.Possui teclas retro iluminadas porleds em três cores – ve rd e,amarelo ou vermelho, ajustáveisdo brilho intenso ao mais suave. Ailuminação é ideal para quem jogaà noite ou em ambientes escuros.O teclado também tem a funçãoanti-ghosting, ou seja, seis teclassão pressionadas ao mesmotempo melhorando odesempenho do jogador. Oitofunções multimídia levam aatalhos convencionais do Office,volume e acesso a internet. Por R$159,90.

Delivery: mais ofertas,no mesmo lugar.

Aplicativo único vaialém da alimentação

e integra váriossegmentos de

pequeno e médiovarejo como pet

shops, lavanderias,academias, salõesde beleza, shows.

Barbara Oliveira

Aforma de fazer compras

está mudando graças à

p o p u l a r i z a ç ã o d o s

smartphones e da oferta

de inúmeros aplicativos que ga-

rantem mais comodidade ao con-

sumidor. E um dos segmentos

que está tirando muito proveito

desse conceito é o de serviços de-

livery, com destaque para a ali-

mentação que, aos poucos, vai

sendo incorporada também às te-

las pequenas e com recursos de

geolocalização. Uma solução que

está sendo lançada no mercado

brasileiro vai um pouco além, reu-

nindo vários segmentos do pe-

queno e médio varejo dentro do

celular funcionando num único

a p l i c a t i v o.

A plataforma tokEcompre abri-

ga não só empresas de foodservi-

ce (pizzarias, bares e restauran-

tes delivery), mas também pet

shops, lavanderias, confeitarias,

farmácias, floriculturas, postos

de serviços, shows e eventos. E

traz inovações como o pagamen-

to pelo próprio celular, QR codes

para a compra direta e sensores

beacons para localizar o poten-

cial cliente quando ele está perto

de alguma loja ou restaurante.

Segundo Paulo Luisada, sócio-

fundador da tokEcompre, a solu-

ção “delivery multissegmentos”,

como foi denominado o serviço,

tenta suprir uma demanda do

mercado brasileiro. “Q ue re mo s

atender o contingente de peque-

nos e médios comerciantes que

ainda não têm presença nesse ca-

nal de vendas móvel, dando-lhes

a chance de aumentar suas ven-

das via parcerias com outros va-

rejistas do mesmo bairro, por

exemplo. A solução traz inova-

ções que estão sendo bem acei-

tas tanto pelas novas gerações de

administradores, filhos e netos de

tradicionais comerciantes brasi-

leiros e acostumados a lidarem

com tecnologia, como pelos pro-

prietários mais conservadores e

sem essa afinidade”, diz Luisada

que já tem 70 clientes com con-

tratos fechados desde seu lança-

mento, em setembro. “É um pro-

duto fácil de ser instalado no com-

putador do estabelecimento, fica

armazenado em nuvem e pode

ser atualizado sempre que o dono

quiser ”. Cabe ao usuário final bai-

xar o app para Android ou Apple.

ATALHO PARA VENDA

O bar e lanchonete Canoa Açaí,

do bairro paulistano de Campo

Belo, que também faz entregas,

adotou o tokEcompre. O dono da

casa, Ricardo Tena, aproveita o

aplicativo não só para atender pe-

didos num raio de 5 quilômetros,

mas também para divulgar seu

menu em salões de beleza, pet

shops e academias de ginástica

do bairro e estimular seus fre-

quentadores a comprar lanches,

saladas e sucos pelo smartphone

ou tablet. “Pensei em colocar uns

tablets nesses locais rodando a

solução para chamar a atenção

da clientela a usar o app”. Mas a

tokEcompre criou banner com

um QR code para facilitar essa in-

teratividade e a compra. Assim,

as pessoas que tenham o aplica-

tivo no smartphone clicam no có-

digo e vão direto para o link do res-

taurante para pedir. “O sistema

me avisa o item selecionado e se

foi pago com cartão, e eu mando

entregar no endereço assinala-

d o”, explica Tena.

O uso do QR code para esse tipo

de operação foi uma boa ideia do

pessoal de desenvolvimento da

tokEcompre, pois resultou num

atalho para a venda direta. “É

uma tecnologia disseminada na

Europa e Estados Unidos e a mes-

ma usada em vitrines de varejos

da Coreia do Sul. Lá, o consumidor

passa na frente da loja, gosta do

que vê, aponta para o QR code, vê

as fotos e preços e já compra pelo

c a r t ã o”, explica Luisada. No Bra-

sil, esse código é muito adotado

em materiais impressos (folders,

banners, cardápios, revistas etc.)

e leva o usuário a obter mais infor-

mações do produto, fotos ou site

da empresa. Na solução integra-

da ao tokEcompre o QR code mos-

tra não só o produto, mas direcio-

na a pessoa à loja ou restaurante

para concretizar a compra e pa-

gar com o cartão (com a seguran-

ça de um gateway de pagamen-

tos do grupo NTK Solutions, em-

presa de meios de pagamento on-

line e investidora da startup

t o k E c o m p re ) .

A interface do aplicativo per-

mite a atualização automática

dos conteúdos, sem limites de

fotos dos produtos, promoções e

descontos, apenas com um lo-

gin e senha. “Essa autonomia

para mexer no app sem eu preci-

sar ligar para o suporte é um das

vantagens da solução que fize-

ram a diferença, porque faço tu-

do na hora”, observa Tena, que

tem dois mil clientes no Canoa

Açaí. Outra facilidade dada aos

comerciantes é que eles podem

alterar o raio de cobertura de en-

trega se, por acaso, tiverem al-

guma desistência de motoboys

em determinado dia.

NOVOS SEGMENTOS

Os varejistas pagam à startup

10% sobre cada pedido concluído

pelo app no restaurante, lavan-

deria, petshop ou outro serviço

cadastrado na plataforma tokE-

compre. A taxa de adesão custa

R$ 200 e a mensalidade pela hos-

pedagem nos servidores da em-

presa é de R$ 49. A área de food-

service ainda lidera entre os 70

clientes da solução mobile, infor-

ma Luisada, “mas queremos am-

pliar essas ofertas para outros

segmentos, pois essa é a nossa

p ro p o s t a ”.

Outra inovação que está em

testes e será adicionada ao to-

kEcompre, conforme de-

manda dos comerciantes,

são os beacons – s e n s o re s

de microlocalização que

identificam as pessoas

quando elas estão próxi-

mas de um local de inte-

resse e enviam uma

mensagem na tela do

a p a re l h o.

Os principais concor-

rentes dessas empresas

online dedicadas à comi-

da delivery – como as lí-

deres iFood e Hellofood,

que tem seus apps disponí-

veis para Android, iOS e

Windows Phone – ainda são

as chamadas feitas por telefo-

ne e os folders em papel. Da-

dos do mercado informam

que apenas 5% dessas entre-

gas em domicílio são atendi-

das por soluções em smart-

phones. Mas essa relação está

mudando e as empresas estão in-

vestindo em anúncios na televi-

são para falar das vantagens de

se efetuar o pedido pelos apps,

q1ue mostram fotos dos pratos,

históricos de pedidos, as reco-

mendações feitas por outras pes-

soas e permitem pagar com car-

tão e se conectar com os lugares

mais próximos do usuário.

Maxime Legardez, CEO da Hel-

lofood, lembra que o consumidor

quer mais conveniência nesse

atendimento. A empresa atuali-

zou sua aplicação móvel e regis-

tra um crescimento de 36% nos

pedidos pela plataforma do celu-

lar nos últimos seis meses. Na

Hellofood, que tem cadastrados

dois mil restaurantes no Brasil, re-

centemente reforçou sua posição

ao adquirir a Peixe Urbano Delive-

ry, JáNaMesa, MegaMenu e Entre-

ga Delivery.

A iFood, por sua vez, passou a li-

derar o setor de comida pela in-

ternet depois de ter se fundido

com a Restaurante Web (do grupo

britânico JustEat), em setembro.

E aposta no seu app para crescer

ainda mais. “Esse mercado online

e pelo smartphone ainda é pe-

queno no Brasil e temos muito es-

paço para evoluir, especialmente

com as funcionalidades do aplica-

tivo e facilidades de pagamento”,

avalia Felipe Fioravante, CEO da

iFood, que também está com

ações de marketing na tevê para

popularizar o produto. O executi-

vo diz que a empresa atende um

milhão de pedidos por mês e tem

5 mil estabelecimentos cadastra-

dos em 60 cidades brasileiras,

mas pretende dobrar o número

em 2015.

Fotos: Divulgação

SegundoLuisada(acima)

inovações sãobem aceitastanto pelas

novasgerações e porconser vadores;

paraFioravante, háainda muitoespaço para

e v o l u i r.

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Legardez, daHellofood:crescimentode 36% nospedidos porcelular nosúltimos seismeses