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‘Novo Dia’ diz não ter condições para receber jovem sem-abrigo » » página 3 Sem-abrigo Sem-abrigo Deputados do PS acreditam que as políticas de juventude vão fixar jovens nas ilhas de coesão » » página 4 POPULAÇÃO POPULAÇÃO Nova lei contra Nova lei contra térmitas duplica térmitas duplica os rendimentos elegíveis Polícia Marítima treina equipas treina equipas SWAT na Terceira SWAT na Terceira página 5 A nova legislação reconhece que os A nova legislação reconhece que os apoios anteriores não alcarança- apoios anteriores não alcarança- ram os objectivos e duplica os ren- dimentos que são elegíveis... dimentos que são elegíveis... página 2 Diário Açores ANO 139º Domingo, 2 de Março de 2008 Ano 139º, Nº 38.523 dos Director: Paulo Hugo Viveiros Sub-Director: Manuel Moniz O quotidiano mais antigo dos Açores 0,50 € Fundado em 1870 por M. A. Tavares de Resende VER ANÚNCIO ÚLTIMA

Diário dos Açores – 02.03.2008

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Os trabalhadores açorianos ganham em média menos 10,5% que os trabalhadores nacionais, mas a Região é a 3ª a pagar melhor. Santa Maria é a ilha onde os ordenados são mais altos, as mulheres ganham menos que os homens e o sector primário é o que paga menos...

‘Novo Dia’ diz não ter condições para receber jovem sem-abrigo»» página 3

Sem-abrigoSem-abrigo

Deputados do PS acreditam que as políticas de juventude vão fixar jovens nas ilhas de coesão»» página 4

POPULAÇÃOPOPULAÇÃO

Nova lei contra Nova lei contra térmitas duplica térmitas duplica os rendimentos

elegíveis

Polícia Marítima treina equipas treina equipas SWAT na TerceiraSWAT na Terceira página 5

A nova legislação reconhece que os A nova legislação reconhece que os apoios anteriores não alcarança-apoios anteriores não alcarança-ram os objectivos e duplica os ren-dimentos que são elegíveis...dimentos que são elegíveis... página 2

Diário AçoresANO

139º

Domingo, 2 de Março de 2008 Ano 139º, Nº 38.523

dosDirector: Paulo Hugo Viveiros Sub-Director: Manuel MonizO quotidiano mais antigo dos Açores0,50 € Fundado em 1870 por M. A. Tavares de Resende VER ANÚNCIO ÚLTIMA

Page 2: Diário dos Açores – 02.03.2008

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O novo Decreto Legis-lativo Regional que esta-belece os apoios aos pro-prietários que tenham casas infectadas por tér-mitas apresenta-se como radicalmente oposto ao anterior – que o Gover-no reconhece “não ter sido suficiente-mente atractivo e por isso não ter atingido os ob-jectivos”.

Enquanto que o primeiro (De-creto Legislati-vo Regional n.º 20/2005/A, de 22 de Julho) não previa qualquer situação em que o apoio a fundo perdido atingisse os 100%, o novo (Decreto Legisla-tivo Regional n.º 5/2008/A) passa a contemplar essa situ-ação, para além de ser passível de acumular com uma bonificação de juros. Mas mais impor-tante ainda é o rendi-mento máximo para se ter acesso aos apoios.

Antes, para se ter a majoração maior (80% a fundo perdido e 100% de bonificação de juros), o rendimento familiar não podia ultrapassar os 1.133 euros – e neste caso apenas quando o agregado era composto por 10 elementos… Um agregado médio com 4 pessoas, não poderia au-ferir mais de 824 euros por mês.

A partir de agora, o agregado poderá atingir

100% de apoio a fundo perdido e 50% de bo-nificação de juros com um rendimento mensal de 3.173 euros (no caso de uma família com 10 filhos) ou de 1861 euros no caso de uma família com 4 elementos. É uma

alteração significativa – que em geral aumenta os rendimentos máxi-mos em mais do dobro. Com 4760 euros por mês (família de 10 ele-mentos) ou 2792 euros (família de 4 elementos, poderá ainda aceder-se a 50% do apoio a fundo perdido e 100% de boni-ficação.

O novo diploma neces-sita de um despacho do Governo a estabelecer os montantes máximos sobre os quais se aplica o subsídio a fundo perdido e o em-préstimo a ser boni-f i -

cado. O despacho que estava em vigor (Des-pacho n.º 1225/2005 de 25 de Outubro de 2005), estabelecia um montan-te de 15 mil euros como subsídio a fundo perdi-do, e 20 mil euros, amor-tizáveis a 20 anos, para o empréstimo bonificável,

por imóvel.De resto,

as condições m a n t ê m - s e iguais. Para se conseguir aprovação, é fundamental o proponente ser proprie-tário ou com-proprietário do imóvel a reparar, à data de en-trada em vigor do di-ploma, e que o imóvel não

se encontre arrestado, penhorado ou nomeado à penhora em processo executivo. Se o imóvel pertencer a uma pessoa colectiva, ela não pode ter fins lu-crativos (nes-te caso, o a p o i o incide a p e -n a s s o -

bre a bonificação de 80% do empréstimo). Se o imóvel pertencer a mais que um titular, “o rendi-mento a considerar para efeitos de determinação do apoio será o de todos os consortes; e se um dos consortes for pessoa colectiva, o apoio a con-ceder será o mesmo que para pessoas colectivas sem fins lucrativos. Ou seja, ficam de fora os imóveis que pertençam

a empresas, sem que se vislumbre por enquanto qualquer apoio específi-co para o sector.

O processo de candi-datu-

ra é instruído junto da Secretaria Regional da Habitação e Equipa-mentos e deverá ser ins-truído com um relatório técnico de avaliação elaborado pela câmara municipal da respectiva área.

Têm prioridade os processos “que configu-rem situações de urgên-cia, nomeadamente por se verificar que a infes-tação põe em causa a se-

gurança estrutural, total ou parcial, do edifício; que configurem grande carência habitacional; ou quando o agregado familiar do candidato

em nome individu-al integre

p e s -

soa portadora de defici-ência. Os apoios a fundo perdido são atribuídos de forma faseada e o beneficiário terá de ini-ciar as obras no prazo máximo de seis meses a contar da data da notifi-cação do deferimento do apoio e de concluir as obras no prazo máximo de 12 meses.

Os apoios previstos no presente diploma são acumuláveis com outros

que estejam em vigor. O presente diploma pro-duz efeitos a partir de 1 de Janeiro de 2008, mas abrange os processos que “ainda se encontra-vam pendentes de apro-vação”.

Montantes dos Apoios

ClasseCondição perante o Rendimento Bruto

Fundo perdido(%)

Bonificação juros(%)

Classe I Até 50 % 100 50 Classe II De 50% a 65% 75 50 Classe III De 65% a 75% 50 100 Classe IV De 75% a 85% 0 100 Classe V A partir de 85 % 0 75

Rendimento elegível para combate às térmitas duplica nos Açores

limite máximo de rendimento Agregado

familiar Rendimento

bruto Per capita 1 1 057,88 1 057,88 2 2 031,12 1 015,56 3 2 919,74 973,254 3723,72 930,935 4 231,50 846,36 4 823,91 803,997 5 331,69 761,678 5 754,84 719,369 6 093,36 677,04

10 6347,25 634,73

POR: MANUEL MONIZ

2 REGIONAL Domingo, 2 de Março de 2008 Diário dos Açores

Page 3: Diário dos Açores – 02.03.2008

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Cláudio Medeiros tem 26 anos de idade e desde Outubro de 2006 que vagueia pelas ruas da cidade de Ponta Delgada, à procura de um sítio recolhido para pernoitar.

Há duas semanas encontrou um novo sítio para dormir, des-ta vez passa as noites ao relen-to, debaixo de papelões e com um único cobertor que protege Cláudio Medeiros e mais três amigos, no lado sul do Teatro Micaelense, numa espécie de alpendre que o protege até ao amanhecer.

O jovem, em declarações ao Diário dos Açores (DA), refere que a sua situação se agrava dia após dia, porque tem passa-do muita fome e para enganar a fome tem retirado restos de comida do lixo de um talho, que fica perto do Parque Atlântico.

Cláudio Medeiros apela à so-lidariedade da Associação Novo Dia, porque alega que precisa de um tecto para dormir, tomar banho, comida e roupa lavada, de modo a que possa aceitar as propostas de trabalho que diz ter.

“Não tenho sítio para tomar duche, nem alimentação certa. Já me prometeram trabalho, mas não tenho condições de ir trabalhar”, salienta Cláudio Medeiros, adiantando que “a PSP tem nos expulsado daquele sítio e ligado para o Novo Dia, mas ninguém vem nos bus-car”.

Para além disso, o jovem mi-caelense alega que sofre de an-

siedade e de ataques de pânico e, por isso, precisa de trabalhar para poder comprar a medica-ção.

Cláudio Medeiros é padeiro, trabalhou quatro anos na pa-daria da Relva e na pastelaria Gaby dois meses na Fajã de Baixo.

“Tive que abandonar o tra-balho porque a minha mãe foi para o Canadá, o meu irmão foi para os EUA e, portanto fiquei sem ninguém para me ajudar. Depois a Segurança Social reti-rou-me o meu filho com 5 anos que está para adopção”, segun-do o jovem, que afirma a in-tenção de recuperar a criança, “porque era a única coisa que eu tinha de mais valor na mi-nha vida, mas para isso preciso de trabalhar”.

O jovem critica a Associação Novo Dia classificando-a de “sa-lada russa, porque não se per-cebe nada, só prometem e nada fazem para me ajudar”.

Contactado pelo DA, Paulo Fontes, responsável pela Asso-ciação Novo Dia, sublinha que o jovem foi acolhido em Feve-reiro de 2006, tendo permaneci-do na Associação até Março de 2006. Posteriormente, Cláudio Medeiros foi expulso uma se-mana porque, segundo Paulo Fontes, ele “agrediu um outro utente e portou-se mal com uma funcionária que ainda tra-balha aqui”.

“Durante a semana que foi expulso, ele foi acolhido pela Cozinha Económica e aí tam-

bém teve uns desentendimen-tos com uma funcionária. E portanto, eles também não o querem acolher mais”, susten-ta Paulo Fontes.

Segundo o responsável, o jo-vem depois regressou ao Novo Dia “e nós arranjamos traba-lho para ele numa pastelaria na Fajã de Baixo, em Agosto de 2006, tendo ele abandonado dois meses depois, porque ao que pa-rece estava com problemas de saúde”.

Após o abandono laboral, a si-tuação agravou-se para Cláudio Medeiros que se viu obrigado a dormir pelas ruas. “Não temos intenção de o receber novamen-te pelas situações que ele criou na Associação”, realçou Paulo Fontes, dizendo que “estamos a pensar numa solução para ele e que passa por um internamen-to na Casa de Saúde, para fazer um programa de desintoxica-ção, porque sabemos que está a consumir bebidas alcoólicas

em excesso, fruto também da sua situação”.

Após o tratamento, a Associa-ção Novo Dia garante continu-ar a ajudar o jovem através de um plano de reinserção social para que possa voltar ao mun-do do trabalho.

“Não achamos conveniente que ele volte agora para a Asso-ciação devido aos problemas de álcool que tem no momento e devido aos antecedentes dele”, de acordo com Paulo Fontes, que alega também que o Novo Dia está com a lotação cheia, ou seja, são no total 30 pessoas que ocupam no momento as vagas todas.

Mas Paulo Fontes frisou que “mesmo que tivéssemos lugar, nós não o acolhíamos, devido aos problemas que teve aqui. Ele teve as suas oportunidades que não soube aproveitar, a sua conduta não foi exemplar”.

“Quanto aos outros que es-tão com ele, nós já sugerimos que viessem para a Associação, mas eles não querem sair da rua. São dois casos bem mais complicados do que o Cláudio, até porque são mais velhos do que ele”.

Questionado acerca das ofen-sas que Paulo Fontes acusa o jovem de ter cometido, Cláudio Medeiros desmente o respon-sável, alegando que nunca fez mal a ninguém, nem no Novo Dia, nem na Cozinha Económi-ca e só pensa agora em retomar uma nova direcção na vida, que “tem sido madrasta até agora”.

Novo Dia diz não ter condições para receber jovem sem-abrigoPOR: VERA BORGES

>> CLÁUDIO MEDEIROS Jovem em desespero

Número de barcos atracados nos Açores sobe 15,7%

REPRESENTA UM CRESCI-MENTO DE 15,7% FACE AO ANO DE 2006

Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística, divulgados ontem, em 2007, atracaram nos Açores 3.263 barcos, número que representa um crescimento de 15,7% face o ano anterior (2.821). A tonelagem de mercadoria também cres-

ceu. Dos 2.584.000 de toneladas registados em 2006, passou-se para os 2.687.000 em 2007, o que equivale a um crescimen-to de 4%.

Foto Eliseu Monteiro

3 Diário dos Açores Domingo, 2 de Março de 2008 REGIONAL

Page 4: Diário dos Açores – 02.03.2008

O PSD/Açores interro-gou o Governo Regional sobre as condições ac-tuais do porto de pescas dos Mosteiros, em São Miguel, um dos mais ac-tivos da região e que, há cerca de 3 anos, foi dota-do de um novo molhe e rampa de varagem, es-truturas que não vieram melhorar a operacionali-dade e a segurança para os pescadores daquela freguesia micaelense.

Segundo um requeri-mento enviado ao par-lamento açoriano pelos deputados António Pe-dro Costa e José Manuel Bolieiro, a rampa é “de-masiado estreita e cria incómodos aos diversos utilizadores do porto”, pelo que os deputados querem saber se o execu-tivo vai atender “às rei-vindicações dos pesca-dores dos Mosteiros, que pretendem o alargamen-to da referida rampa de varagem” e que criticam

ainda o facto da localiza-ção geográfica do molhe não ser “a mais aconse-lhada”.

Outra das carências apontadas para aquele porto prende-se com a “necessidade” da exis-

tência de iluminação, facto que os parlamen-tares também salientam no documento, querendo uma perspectiva tem-poral desse empreendi-mento, ao mesmo tempo que questionam as inter-

venções da Lotaçor “nas várias lotas e entrepos-tos frigoríficos de algu-mas ilhas, incluindo a dos Mosteiros”, estrutu-ra que consideram estar num “estado lastimável de conservação”.

Porto dos Mosteiros caído no “esquecimento”, diz PSD

>> PORTO DOS MOSTEIROS PSD faz requerimento

Políticas de juventude vão fixar jovens nas ilhas menos povoadas

Os deputados do PS no Parlamento açoriano, que terminaram hoje uma visita de dois dias a Santa Maria, estão con-fiantes que as políticas de juventude do Gover-no Regional vão per-mitir fixar jovens nas ilhas menos povoadas. O grupo parlamentar socialista esteve reunido até hoje na ilha de Santa Maria para as XIV Jor-nadas Parlamentares, um encontro que contou com a presença do direc-tor regional da Juven-tude, Bruno Pacheco, e debateu, numa vertente retrospectiva e prospec-tiva, políticas de juven-tude.

“Confiamos que as políticas de juventude encetadas por este Go-verno (PS), ao nível do empreendorismo jovem, apoio à habitação e em-prego levem à fixação dos jovens, sobretudo em ilhas do arquipélago menos povoadas”, refere

um comunicado do gru-po parlamentar do PS/Açores.

Durante a estadia na ilha, os deputados reu-niram-se com os respon-sáveis das associações juvenil, de lavradores e pescadores, delegação da Câmara do Comércio e visitaram, ainda, vá-rias instituições nas áre-as social e económica.

Ao nível portuário, destacam que o Executi-vo Regional nos últimos onze anos investiu mais de 30 milhões de euros em obras no porto de Vila do Porto, reabilitan-do o molhe, construindo um cais para ferries, um terminal de passageiros, casas de apresto e uma marina.

Nesta legislatura o grupo parlamentar so-cialista já realizou jor-nadas parlamentares nas ilhas do Faial, São Miguel, Terceira e São Jorge, subordinadas a várias temáticas.

4,6 milhões de euros para nova urbanização na Praia da Vitória

O Governo vai investir 4,6 milhões de euros na execução da primeira fase da nova urbaniza-ção de Nossa Senhora de Fátima, na Praia da Vitória, que permitirá realojar 73 famílias.

A apresentação públi-ca do projecto que vai reconfigurar o antigo Bairro Joaquim Alves decorreu esta semana naquela cidade e foi pre-sidida pelo secretário regional da Habitação e Equipamentos (SRHE), que realçou a estratégia

prosseguida pelo Execu-tivo para a erradicação de habitações degrada-das.

“Temos hoje o início de uma obra que repre-senta o esforço do Gover-no Regional em acabar com as chagas sociais em termos de habitação que havia nos Açores à data de 1996”, disse José Contente.

Actualmente estão já em fase de construção 28 moradias da tipologia T2, 24 T3, 18 T4 e três T5, que estarão concluídas

partir de Julho de 2009.A segunda fase da in-

tervenção, já projectada, vai realojar 104 casos, abatendo os módulos metálicos que se encon-tram no local.

José Contente subli-nhou que a Adminis-tração Regional tem em curso “uma nova aposta” que passa por uma maior intervenção da iniciativa privada na construção do parque habitacional a custos controlados, ca-bendo ao Governo a com-participação financeira

aos adquirentes.O governante lem-

brou, por outro lado, que está em vigor um regime muito favorável de apoio à habitação degradada com apoios que atingir os 25 mil euros, encon-trando-se em fase de conclusão um novo pro-grama de arrendamento social.

A SRHE, através de protocolos estabeleci-dos com as autarquias açorianas, já procedeu à erradicação de 1.242 barracas existentes nos Açores, indiciou.

Só na ilha Terceira fo-ram desmanteladas cer-ca de 600 habitações de-gradadas em Angra do Heroísmo e cerca de 140 no concelho da Praia da Vitória, estando a tutela actualmente a apoiar a construção de 255 fogos no bairro social da Terra Chã.

Em termos globais, o Governo Regional vai in-vestir nesta ilha um total de cerca de 13 milhões de euros na reconversão, re-qualificação e nos apoios à habitação.

Câmara de P. Delgadarecebe seis tunas do El Açor

Seis das sete tunas concorrentes no El Açor foram recebidas pela Câmara Munici-pal de Ponta Delgada, num gesto de boas-vin-das da autarquia ao IX Festival Internacional de Tunas.

As tunas cumpri-mentaram primeiro, na Praça do Município de Ponta Delgada, a Presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada, e o executi-vo camarário, sendo, depois, recebidas no Salão Nobre para um beberete.

Actuaram na Praça do Município a Esto-tuna d’Espital, da Es-cola Superior de Tec-nologia e Gestão de Oliveira do Hospital, a Infantuna – Tuna Aca-démica da Cidade de Viseu, a Transontuna – Tuna Universitária de Trás-os-Montes e Alto Douro, a Tuna Académica de Farmá-cia da Universidade

de Lisboa, a Tuna de Ciências do Porto, e a Tuna Universitária de Aveiro.

São estes tunos, a que se junta a Tin Tuna – Tuna Académica da Egas Moniz (Instituto Superior de Ciências da Saúde – Sul), que estiveram a concurso, no Coliseu, num gran-de espectáculo acadé-mico, em que esteve presente a Presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada.

Como se sabe, o El Açor é um festival de tunas organizado pe-los Tunídeos – a Tuna Masculina da Univer-sidade dos Açores, que, anualmente, rece-be um forte incentivo da Câmara Municipal de Ponta Delgada no reconhecimento do al-cance deste festival na projecção da cidade e na promoção da inter-acção entre a comuni-dade e a Universidade dos Açores.

>> PRAIA DA VITÓRIA Projecto para o bairro Nª Sra de Fátima

4 REGIONAL Domingo, 2 de Março de 2008 Diário dos Açores

Page 5: Diário dos Açores – 02.03.2008

5 Diário dos Açores Domingo, 2 de Março de 2008 REGIONAL

Biblioteca fomenta leitura junto de crianças internadasA Biblioteca Pública e

Arquivo Regional de Pon-ta Delgada vai promover, esta semana, diversas iniciativas que visam a divulgação de histórias junto de crianças e jo-vens, no âmbito das suas actividades de promoção do livro e da leitura.

Assim, no dia 4 de Março, a partir das 10h15, a actividade intitula-se “Procura e Encontra – Pesquisa orientada” e é vocacionada para uma

correcta utilização do catálogo on-line daquela Instituição.

O objectivo é desen-volver a capacidade de orientação na pesquisa de informação que se en-contra na Biblioteca.

Esta iniciativa desti-na-se a crianças e jovens dos sete aos 12 anos, por marcação.

No dia seguinte, a iniciativa chama-se “Vi-tamina Livro” e é desen-volvida em parceria com

o serviço de pediatria do Hospital do Divino Espí-rito Santo, a partir das 16h30 horas.

A Biblioteca preten-de promover, “com uma mala cheia de histórias”, acções de promoção do li-vro e da leitura junto das crianças em regime de internamento naqueles serviços hospitalares.

No dia 7 de Março, a partir das 14h15, a activi-dade tem por título “Dar cartas ao livro” e consis-

te na distribuição pelas crianças participantes de cartas com imagens.

Pondo à prova a sua imaginação, as crianças ordenam o seu “jogo” criando em conjunto, uma história.

Esta oficina, que se destina a crianças dos três aos sete anos, por marcação, procura de-senvolver a criatividade e a imaginação através da leitura de imagens e da leitura comparada.

Ainda, no mesmo dia, a partir das 14h15 ho-ras, será reposta a apre-sentação da história “O Dragão das mil flores”, destinada a crianças dos três aos oito anos, por marcação.

A história refere-se a um dragãozinho que anda triste, porque não consegue deitar fogo pela boca, como acontece com todos os outros dra-gões. Parte à procura de quem o ensine a cuspir

fogo e acaba por encon-trar uma bruxa boa, que lhe promete uma solução mágica para o seu pro-blema. Depois de vários falhanços, ele começa a deitar lindas flores pela boca e acaba por abrir uma loja onde vende aquelas flores especiais. De novo ao pé dos seus pais, o dragãozinho aca-ba por compreender que não é preciso ser igual aos outros para se viver feliz e contente.

O comando Geral da Polícia Marítima vai le-var a cabo na ilha Ter-ceira, de 3 a 8 de Março próximo, um curso de armas e tácticas espe-ciais (SWAT).

Dirigido aos “team leaders” das equipas especializadas, o curso insere-se no plano de formação contínua do Comando Geral da Po-lícia Marítima, sendo ministrado por forma-dores americanos da empresa RedSWAT.

Para intervirem em acções de maior risco,

a Autoridade Marítima dispõe de cinco Grupos de Acção Rápida - Sul, Centro, Norte, Açores e Madeira – cada um constituído por nove elementos, preparados para o uso de arma-mento e equipamento especiais e treinado em técnicas e tácticas de abordagem e assalto a embarcações, resgate e tiro de precisão.

SWAT é um acrónimo em inglês para Spedal Weapons And Tactics (Armas e Tácticas Es-peciais), sendo hoje o

termo comum para de-signar uma unidade de polícia especializada e treinada para executar operações de alto ris-co. Estas podem incluir ataques coordenados a alvos seleccionados, tais como: criminosos fortemente armados em locais abrigados, mandatos de prisão de alto risco, operações de resgate de reféns, desac-tivação de engenhos ex-plosivos, além de activi-dades como escolta VIP e combate ao “inimigo interno” (terroristas

infiltrados em solo na-cional). Os agentes das equipas SWAT são tipi-camente equipados com armamento diferen-ciado dos agentes ditos “normais”, incluindo pistolas-metralhado-ras, shotguns, gás lacri-mogéneo e granadas de mão, além de espingar-das para atiradores de precisão (snipers) e ou-tros acessórios tácticos, como capacetes de ke-vlar, coletes balísticos, sistemas de comunica-ção individuais, visão nocturna, entre outros.

Polícia Marítima treina equipas SWAT na Terceira

>> DEFESA Curso de armas e tácticas especiais decorre entre 3 e 8 de Março

IAC edita CDdocumentação sobre os Açores

O Instituto Açoriano de Cultura (IAC) acaba de editar um CD-ROM com documentação so-bre os Açores existente no Archivo General de Simancas (Espanha), que contém importante informação para a His-tória dos Açores. Este CD-ROM vem na se-quência de outros dois já editados pelo IAC também com documen-tação de excepcional interesse para os Aço-res existente naquele arquivo espanhol.

Os sumários e os do-cumentos apresentados neste CD-ROM são par-te do resultado de mais uma missão de investi-gação promovida pelo IAC-Instituto Açoriano de Cultura junto do Archivo General de Si-mancas, com o objectivo de localizar e sumariar a documentação exis-tente naquele arquivo referente aos Açores.

Esta missão foi reali-zada pela investigadora Joana Maria Balsa Car-valho de Pinho, num total de permanência no Archivo General de Simancas de seis me-ses, e foi desenvolvida no quadro do apoio financeiro concedido

pela Fundação para a Ciência e Tecnologia à candidatura POCTI/HAR/49122/2002 apre-sentada pelo IAC-Insti-tuto Açoriano de Cul-tura.

Ao longo dos seis me-ses em que decorreu esta missão, foram de-senvolvidas pesquisas no fundo Contaduría Mayor de Cuentas, no qual se localizou e su-mariou uma quantida-de significativa de do-cumentos.

De acordo com Jor-ge Bruno, Presidente da Direcção do IAC, «a Contaduría Mayor de Cuentas (com 11.404 le-gajos, compreendendo os anos de 1470-1789), fundo a que pertence a documentação publi-cada, era o organismo máximo de vigilância e fiscalização sobre a rec-tidão de todas as gestões e actos efectuados com dinheiros da Fazenda Real».

Os documentos cons-tantes neste CD-ROM (149 sumários e 123 do-cumentos integrais) pertencem à Contadu-ría Mayor de Cuentas, 1ª época, e balizam-se entre os anos de 1581 e 1628.

Museu Carlos Machado promove mais uma edição de “Encontros à Hora do Almoço”

ENONTRO DECORRE QUARTA-FEIRA ENTRE AS 13H35 E AS 14H00

O Núcleo de Arte Sacra do Museu Carlos Machado promove, quarta-feira, mais uma edição de Encontros à Hora do Almoço - Alimente-se de Cultura. Nesse encontro, dirigido, tal como

os anteriores, à população em geral e com início agendado para as 13h35, Sérgio Fazenda Rodrigues vai comentar as suas obras expostas na mostra Imagens de Um Corpo de Terra.

Page 6: Diário dos Açores – 02.03.2008

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Lou Rhodes em digressão passa pelo Teatro Micaelense no dia 22Antes da sua actuação no Teatro Micaelense a 22 de Março e inserida na sua tournée europeia de promoção do seu 2º álbum a solo, a britânica Lou Rhodes, ex-vocalista dos Lamb, regressa a Portugal para dois concertos: a 29 de Fevereiro apresenta-se no Santiago Alquimista (Lisboa) e no dia 1 de Março na Casa da Música (Porto). A cantora regressa assim a Portugal depois de se ter apresentado pela primeira vez a solo no festival do Sudoeste.

OS BILHETES PARA O ESPECTÁCULO DE LOU RHODES JÁ ESTÃO À VENDA

A directora regional da Saúde afirmou, em Angra do Heroísmo, que não se pode afir-mar que uma comuni-dade goze de boa saúde, se esse bem for apenas ao nível físico e não in-cluir a saúde mental.

Teresa Brito falava na sessão de abertura da conferência Compro-misso de Confidenciali-dade – Ética em Saúde Mental, organizada, com o apoio do Governo dos Açores, pela recém-criada Comissão de Éti-ca da Casa de Saúde do Espírito Santo, daquela cidade.

Insistindo na ideia, a directora regional afirmou que se impõe “uma tomada de cons-ciência de que a saúde física e mental são in-dissociáveis, ao ponto de podermos dizer que só existe efectiva saú-de se existir uma boa saúde mental, uma vez que esta está relacio-nada com algumas das nossas capacidades mais básicas, tais como pensar, estabelecer re-lações de interdepen-dência com os outros, criar, trabalhar – em suma – viver e conviver em sociedade”.

Teresa Brito subli-nhou, por outro lado, que tanto a ética como a saúde mental, te-mas associados nesta

conferência, “são hoje largamente discutidas e constituem factores indispensáveis a uma prática de cuidados de saúde conscienciosa e preocupada com o bem-estar do indivíduo, en-quanto pessoa autóno-ma e completa”.

Lembrou, também, que em cada dez das principais causas de incapacidade em todo o mundo, cinco estão relacionadas com do-enças mentais, mais de 20% da população adulta sofre de algum problema de saúde mental ao longo do seu ciclo vital e a depressão grave é considerada ac-tualmente a principal causa de incapacidade, “situando-se no quarto lugar de entre as dez principais causas de carga patológica mun-dial”.

Para além disso, acrescentou, numa épo-ca de conhecimentos e práticas fundamen-tados em evidências científicas, “o estigma e a discriminação são ainda considerados os principais obstáculos ao tratamento, reabili-tação e reinserção do doente mental”.

É neste contexto que a ética surge como ele-mento orientador da boa prática profissio-nal, onde “princípios

e virtudes” como “a beneficência, não – ma-leficência, autonomia, respeito, confidenciali-dade, veracidade, com-paixão, solidariedade, responsabilidade, jus-tiça e integridade são indispensáveis em toda a acção humana, e de-vem constituir pedras basilares da actividade de todo o profissional de saúde”, destacou.

Por isso, disse Teresa Brito, antes de terminar felicitando a organiza-

ção por esta iniciativa, “não poderia deixar de salientar a capital importância que as Co-missões de Ética têm”, na procura da melhor solução para promover o respeito pelos direi-tos do homem e para realizar “o melhor bem para a pessoa concre-ta, numa situação real de relação humana, no âmbito dos cuidados de saúde ou noutro âmbi-to relacional”.

‘Saúde física das populações é tão importante quanto a mental’

>> ÉTICA Teresa Brito pronuncia-se

Cabouco promove Concurso do Melhor Petisco 2008

Divulgar e promover a cultura gastronómica local e promover o in-terrelacionamento en-tre os utentes do Cen-tro Social e Cultural do Cabouco foi um dos principais objectivos inerentes na realização do Concurso do Melhor Petisco 2008.

A iniciativa, reali-zada pela segunda vez consecutiva, partiu do Centro de Convívio desta instituição e teve lugar no Edifício Poli-valente, sito na Praça D. Amélia.

A avaliação dos pe-tiscos foi realizada tendo em conta duas categorias, a do Petis-co Tradicional onde foi valorizada a utilização de ingredientes tradi-cionais dos Açores e a categoria de Petisco Original, tendo sido considerada a origina-lidade na confecção do petisco. A divulgação dos respectivos vence-dores será feita no dia 20 de Março, dia em que se procederá à entrega dos prémios deste con-curso.

Parque habitacional das Flores com1,2 milhões de eurosA Secretaria Regional

da Habitação e Equipa-mentos investiu, nos últimos três anos, cer-ca de 500 mil euros no sector da habitação nas Flores.

Em 2004, o montante investido atingiu os 69 mil euros, no âmbito dos apoios ao nível da recuperação de habita-ção degradada e cons-trução/ampliação de habitação própria, sen-do que em 2005 somou um total de 92 mil eu-ros, tendo o programa de realojamentos ab-

sorvido 102 mil euros, e em 2006 os diferentes programas de habita-ção foram de 120 mil euros. No âmbito dos apoios à construção/aquisição/ampliação de habitação própria, nesse ano, o apoio do Governo Regional atin-giu um máximo de 289 mil euros. Em 2007, o valor foi 80 mil euros. Para 2008, está previs-to um investimento na ordem dos 1,2 milhões de euros, para dar con-tinuidade ao processo.

6 REGIONAL Domingo, 2 de Março de 2008 Diário dos Açores

Page 7: Diário dos Açores – 02.03.2008

7 Diário dos Açores Domingo, 2 de Março de 2008 PUBLICIDADE

Page 8: Diário dos Açores – 02.03.2008

8 SOCIEDADE Domingo, 2 de Março de 2008 Diário dos Açores

Ladrões atacam cartões matriz dos bancosA Caixa alerta os

clientes na primeira página do seu site na Internet que os ladrões encontraram uma nova forma de conseguir da-dos confidenciais dos clientes da banca, usan-do os cartões matriz (cartões com códigos necessários à autoriza-ção de operações quan-do realizadas através da Internet).

O phishing é um mé-todo já muito frequente, que passa por enviar e-mails às pessoas identi-

ficados como se fossem da instituição bancária a pedir confirmação de dados pessoais e sigilo-sos. A novidade é que agora os ladrões pedem aos clientes de vários grupos bancários para revelarem não só os seus dados mas também toda a tabela de códigos do cartão matriz.

Vários clientes da CGD, Millennium BCP e Banif receberam este e-mail. Os bancos têm informação e recomen-dações de segurança

nos seus sites direc-cionadas para os seus clientes, mas a CGD tem mesmo uma referência específica ao cartão ma-triz na primeira página do seu site.

«Para protecção e preservação do cartão matriz deverá ter o mes-mo tipo de cuidados que tem com os seus cartões de débito e crédito e com outras credenciais de segurança (PIN, có-digos de acesso, etc.)», refere o banco.

A CGD aconselha os

clientes a «não guardar informação do cartão em suporte digital, não fazer cópias do cartão ou dos números neles constantes; manter o cartão sempre na posse do titular e não o par-tilhar com ninguém; preservar a confiden-cialidade dos números contidos no cartão; não fazer anotações no car-tão, em particular in-formação associável ao contrato Caixadirecta on-line (ex: código de acesso, nº de contrato),

à conta ou a qualquer tipo de dado pessoal».

O banco lembra ain-da que a perda ou o furto do cartão matriz deverá ser comunicado imediatamente à Caixa para se proceder ao seu cancelamento, de modo a evitar uma eventual utilização abusiva por terceiros.

«Para validar algu-mas operações, o servi-ço Caixadirecta on-line solicita 3 dígitos do cartão matriz. Nunca responda a solicitações

para introdução de mais do que 3 dígitos ou da totalidade do cartão matriz, porque se trata de fraude», revela.

E conclui que «a Cai-xa nunca solicita dados de segurança (códigos de acesso e cartão ma-triz) ou outro tipo de in-formação confidencial através de mensagens de e-mail, telefone ou outro tipo de contacto. Nunca se deve respon-der a este tipo de solici-tação porque se trata de fraude».

Imagine o “Livro de Todas as Espécies”, um volume único composto de descrições de pági-na única sobre todas as espécies conhecidas pela ciência. Numa página estaria o mergulhão de pés azuis. Na outra, o pinheiro Douglas. Noutra, o cogume-lo ostra. Caso você tivesse um exemplar do “Livro de Todas as Espécies”, seria necessária uma estante considerável para guar-dá-lo. Apenas para abarcar o 1,8 milhão de espécies conhecidas, o livro teria de ter comprimento de cerca de 100 metros. E o leitor teria de estar disposto a manter a estante em expansão perma-nente, porque os cientistas esti-mam que existam 10 vezes mais espécies à espera de descoberta. Parece surreal, mas há cientistas escrevendo o “Livro de Todas as Espécies”. Ou, para ser exacto, eles estão criando e realizando a mesma tarefa por meio de um site na web chamado “Encyclo-pedia of Life” (www.eol.org). Na quinta-feira, a equipa interna-cional de cientistas que coman-da o projecto apresentou as pri-meiras 30 mil páginas, e dentro de uma década a previsão é que a dimensão total chegue ao 1,77 milhão de páginas.

Embora muitas dessas pági-nas devam parecer inicialmente esparsas, os autores esperam que a comunidade científica mundial agregue conhecimen-tos a elas. “A enciclopédia conte-rá tudo que existe de conhecido, e tudo que surgir de novo será acrescentado, com o tempo”, disse Edward Wilson, o biólogo da Universidade Harvard que impulsionou a criação do pro-jecto e hoje é o seu presidente de honra.

Outros especialistas, não en-volvidos no projecto, elogiam-no como imensamente promissor. “Certamente acredito que seja uma grande ideia”, disse Jody Hey, biólogo da Universidade Rutgers.

Mas diversos pesquisadores duvidam que o projecto seja capaz de atingir o seu objectivo último. A enciclopédia não re-presenta a primeira tentativa de catalogar todas as espécies que existem no planeta, e todos os esforços anteriores fracassa-ram. “Vi 20 anos de boas ideias que chegaram a lugar algum”, disse Daniel Brooks, biólogo da Universidade de Toronto.

Wilson esteve envolvido em algumas dessas tentativas fra-cassadas. Mas nos últimos anos, diversos avanços na tecnologia de bancos de dados tornaram o objectivo mais realista. Hoje, os biólogos são capazes de consul-tar bancos de dados que abri-gam sequências de ADN de cen-tenas de milhares de espécies, por exemplo.

Também existem bancos de dados mais detalhados sobre grupos de espécies, como os ma-míferos, fungos e parasitas. Em 2003, Wilson escreveu um estudo no qual solicitava que toda essa informação estivesse disponível num mesmo lugar.

Ele e os seus colegas em se-guida persuadiram John D. and Catharine T. MacArthur Foundation a contribuir com verbas para que um consórcio de universidades, museus e instituições científicas organi-zassem o projecto. A Fundação Alfred P. Sloan e alguns dos seus parceiros estão contribuindo, igualmente. A enciclopédia terá

orçamento de cerca de US$ 50 milhões para os seus cinco pri-meiros anos de operação.

Quando Wilson e os seus co-legas anunciaram o início da Encyclopedia of Life, em Maio passado, o site era pouco mais que algumas páginas-modelo. Por trás das cenas, cientistas do Laboratório de Biologia Marinha de Woods Hole, Mas-sachusetts, estavam ocupados construindo um sistema para colocar informação científica online rapidamente.

“Se nos sentássemos diante de um computador e começás-

semos a escrever do zero, prepa-rar a enciclopédia seria virtual-mente impossível”, disse James Edwards, director executivo do projecto.

Os designers criaram um sof-tware capaz de extrair informa-ção automaticamente - mapas, sequências de ADN, sons de pás-saros, fotografias, árvores evo-lutivas, etc. - de diversas fontes, e organizá-las num único lugar, sob um formato padronizado.

Dez das maiores bibliotecas de história natural do mundo es-tão fazer scanner de milhões de páginas de literatura científica,

e os textos que elas contêm estão sendo vasculhados por progra-mas de computador, em busca de informações para acrescer às páginas.

“O desenvolvimento actual do projecto espantou-me”, disse Wilson. “Pensei que nós discu-tiríamos por muito mais tempo, e que teríamos de nos esforçar para promover a ideia”.

A versão lançada não fica nem perto do que será o produ-to final, alertou Edwards. “Será um primeiro rascunho”, disse. “O lançamento foi antecipado para que descubramos como as pessoas reagem ao produto”. As 30 mil espécies da primeira versão virão primordialmente de bancos de dados sobre peixes, anfíbios e plantas.

Especialistas também cria-ram 24 “páginas de exemplos” detalhadas, para demonstrar o volume de informação que a enciclopédia pode oferecer. Elas incluem espécies muito estu-dadas como mosquito da febre-amarela, o pinheiro branco e o cogumelo Amanita phalloides.

Os pesquisadores querem ga-rantir que o site seja útil para cientistas e não cientistas igual-mente, de modo que criaram uma barra deslizante que per-mite que os leitores escolham o nível de detalhe desejado. Também estão desenvolvendo maneiras de manipular a infor-mação de modo a torná-la útil de diversas maneiras.

“O utilizador poderá baixar um guia de campo personaliza-do”, disse Edwards. “Ele pode procurar dados sobre uma re-serva natural que planeia visi-tar na Tailândia”.

Enciclopédia está a compilar todos os seres vivos do planeta

>> ANIMAIS Projecto já tem 30 mil páginas

Page 9: Diário dos Açores – 02.03.2008

“adeus Ponta Garça, adeus João, adeus Jaime, olhem, todos, todos vocês...”

Amor e Poesia Meus versos cor do céu e da turquesae das ondas do mar quando calmopretendem ser um género de salmoa tudo quanto é bom na natureza.

Pretendem ser rivais das sinfoniascantadas pelos anjos nas estrelas,pretendem ser iguais ou paralelasàs obras-prias das antologias.

São a minha maneira de rezara Deus que me criou para O amarsobre todas as coisas do Universo.

Abaixo d’Ele, amor, só tu merecesas minhas poesias que são preces,uma oração de amor em cada verso.

Por: João de Castro Nunes

A boa Tia PazTinha estado à fala com

a Tia Paz e dispunha-me a escrevinhar o muito que me contou nestas três semanas, quando trrin, trrin, trrin, “já estou em London, fiz boa via-gem, com a graça de Deus; olha, e já tinha o snow todo rapado pelo Raymond”, e o outro genro não me fala-va nele, “e o António?”, ela apensou, “ah, esse tem a relva à sua conta, só trabalha de Verão...”; senti-lhe aquele indisfarçável toque de sauda-de de quem cuida que cá veio pela última vez, e rematou com a voz embaciada, “um grande beijo para todos...”, e desligou.

Adivinhei-lhe um e mais outro gotejo, toda debulhada em lágrimas, e aquele últi-mo aceno para os irmãos, “adeus Ponta Garça, adeus João, adeus Jaime, olhem, todos, todos vocês...”. Depois, creiam-me, vi-a a baixar-se descaindo para o sofá, cer-tamente cansada da copiosa emoção.

Bem, mas ainda cá, o que me deixou...

A conversa ia nisto e

naquilo, coisas da nossa Ponta Garça, e toca de me brin-dar com esta e outra fala, “olha, vou-te contar...” – foram serões de encantar.

Ora, aquilo de agadanhar uma maçaro-ca de milho tenro, na terra da vinha, mesmo ali à mão no atalho, “que diacho, aquilo era lá um roubo...”, começava ela.

Nem de pro-pósito, ale-vantaram-se uns olhares da janela da empena, ali defronte, não tinha cinquen-ta metros a casa da vizi-nha – “qual quê!”, frisou – mas lá estava

ela sacudindo a manta risca-da de vermelho e preto. Não havia como fugir, “foi só para matar um desejo...”, cuidava a criatura que a viração lhe carregava a desculpa para a outra, do lado de lá, e logo a traça linguareira, “e ele julga que não o vi...”.

Está visto que a cena não ficou pendurada em meros olhares, “isso aconteceu na terra de teu pai, ali na Mendonça...”, acrescentava a Tia Paz.

Então, e os acrescentos que era preciso dar na loja do Alfaiate... “de certeza que ele já é freguês da terra da vinha, e levava...”, a outra freguesa apanha-lhe o que pode da descrição – é que tem um outro cochicho à sua ilharga –, e há que largar sentença, “uma maçaroca já não dá, é logo uma saca!”, e os olhos da Tia Paz brilha-vam a contar o insólito.

Isso de palavras soltas – levava e saca – “soa no mesmo”, dizia, e toca de engendrar o que melhor ajuda a imaginação, “e bota

para baixo”, anotou a boa Tia Paz.

“Isso é o máximo!”, atalhei divertido, pois estava deve-ras extasiado, e mais...

E o Alfaiate quer lá saber daqueles quefazeres, “vamos, e tu?...”, tem de aviar mais fre-guesas, “uma barra de sabão, um quarto de quilo de açúcar, uma caixa de palhitos, duas colheres de colorau... ah, e umas folhas de chá”, ela fica-se pegada de conversa com a outra, “e mais?”, pois tem mais, claro que tem... “e mais uma nisca de queijo de peso, e verdade... petróleo e sal, mes-tre João”, o alfaiate vai e vem com os terminos, “é só, aban-çoado, marca aí no rol...”, e a neta de Maria da Estrela Jacinto – a mulher de sete mares – com os seus apartes, “era calote de assustar...”, claro, rimo-nos de bandeiras desbragadas, “engraçadíssi-mo...”, foi o melhor que tinha à mão.

E o homem, o tal que aga-tanhou as maçarocas, gente boa que é, “sabe, senhor Joãozinho, o meu milho é

mais serôdio”, e ficam os dois a conversar na vida que é o tirar da

terra, com muito trabalho e ardor, o melhor que ela sabe dar – as novidades.

“Deixa-me te dizer...”, inter-rompeu a pro-pósito, que meu pai, todos os anos que vinha a férias, de Santarém, “tra-zia plantas que nós cá não tínha-mos”, e citou, “os pepinos de parede, os dios-piros e outras que devem estar na quinta...”.

E, voltan-do sempre ao lugar certo da conversa, “vais ouvir...”.

Mas meter a mão na coisa alheia, claro, é um abuso, “será por necessida-de que se rouba uma galinha?”,

interroga-se o adepto de milho tenro, “não, é mais um vício...”, acrescenta meu pai, que conclui enigmático, “mas isso são galinhas...”, e fala-lhe do golpe de Alves dos Reis, quando estuda-va, “e onde foi isso, senhor Joãozinho?”, meu pai adian-ta-lhe,“isso... isso foi no Porto, em Londres, Lisboa e até em Angola, foi um caso sério”.

“É verdade, Tia Paz, se me lembro... quando ele nos fala-va disso...”.

E se bem a ouvi, ficamos com mais mimos para a pró-xima, da aprazível passagem de lembranças da minha boa Tia Paz.

P. S. – Vai um afago para

a boa Maria Ana, lá atrás, uma refinada artista que a Ponta Garça conheceu e que o grande Além a chamou, quem sabe, para aprimorar a sua arte a uns cantos, ainda inacabados, do grande Céu. Verdade... enquanto formos isso de assim, assim, haverá lá sempre obra...

POR: BENTO SAMPAIO

Viagens no Tempo

9 Diário dos Açores Domingo, 2 de Março de 2008 OPINIÃO

Page 10: Diário dos Açores – 02.03.2008

10 PUBLICIDADE Domingo, 2 de Março de 2008 Diário dos Açores

Page 11: Diário dos Açores – 02.03.2008

11 Diário dos Açores Domingo, 2 de Março de 2008 NACIONAL

Perto de doze mil pes-soas já assinaram uma petição em defesa das crianças vítimas de cri-mes sexuais promovida por um grupo de cidadãos que defende, por exemplo, que seja proibida a repeti-ção de exames, interroga-tórios e perícias psicoló-gicas.

Na petição é ainda exi-gido o direito da criança à audição por videoconfe-rência sem “cara a cara” com o arguido assim como o direito a se fazer acompanhar por pessoa da sua confiança sempre que tiver que prestar de-clarações.

Catalina Pestana, ex

provedora da Casa Pia, é uma das subscritoras do documento assim como professores universitá-rios como Ana Nunes de Almeida, do Instituto Ci-ências Sociais da Univer-sidade Lisboa, António Pedro Dores do Instituto Superior Técnico e o psi-quiatra Jaime Milheiro, do Porto.

Maria Clara Sotto-mayor, docente universi-tária especialista em di-reito da família e uma das promotoras da iniciativa explicou à agência lusa que a petição apela ao “es-tabelecimento de medidas sociais, administrativas, legais e judiciais que re-

alizem o dever de protec-ção do Estado em relação às crianças confiadas às instituições”.

Por outro lado, a pe-tição apela também que seja assegurado o respeito pelas necessidades espe-ciais das crianças vítimas de crimes sexuais.

“Somos um grupo de cidadãs e cidadãos, apar-tidário e não confessio-nal, que se sente afectado pela gravidade e frequên-cia dos crimes de abuso sexual de crianças, pelo sofrimento silenciado das vítimas, pela fraca capacidade de resposta do sistema social e judicial de protecção e pela im-

punidade de que gozam os autores destes crime”, acrescentou Maria Clara Sottomayor, docente da Faculdade de Direito da Universidade Católica do Porto.

Clara Sottomayor entende que “a luta con-tra este fenómeno exige colaboração de todas as entidades competentes, órgãos de soberania e de toda a sociedade”.

Os promotores da ini-ciativa aguardam ainda a resposta a uma carta, enviada no início de Ja-neiro ao presidente da República, dando conta da iniciativa, do tema da petição e solicitando uma

audiência.Na petição os subscri-

tores pedem ao Presiden-te da República que num discurso solene, dirigido às crianças, assuma, para com elas, estes compro-missos, prestando uma manifestação de solida-riedade para com o sofri-mento das vítimas.

Os signatários da pe-tição afirmam que estão unidos por “um senti-mento de profunda e ra-dical indignação contra a pedofilia e abuso sexual de crianças”, de acordo com a noção do artigo 1 da Convenção dos Direitos da Criança, que define a criança como todo o ser

humano até aos 18 anos de idade.

Por outro lado, os sig-natários consideram que não há Estado de Direito sem protecção eficaz dos cidadãos mais fracos e in-defesos, nomeadamente, das crianças especialmen-te vulneráveis, a viver em instituições ou em famí-lias maltratantes.

“Somos um conjunto de cidadãos e de cidadãs, conscientes de que o abu-so sexual de crianças não afecta apenas as vítimas mas toda a sociedade, e de que “a neutralidade ajuda o opressor, nunca a vítima”, explicam no do-cumento.

Abuso sexual: Petição conta já com 12 mil assinaturas

Uma criança abusada sexual-mente e cujo crime chega às au-toridades repete em média oito vezes os factos da investigação, o que faz dela novamente uma víti-ma, segundo um estudo sobre a criança na justiça.

A dissertação de mestrado da psicóloga forense Catarina João Capela Ribeiro apresenta as tra-jectórias, significados e sentidos do processo judicial em crianças vítimas de abuso sexual intra-fa-miliar.

Uma das vertentes deste traba-lho académico foi, a partir do dis-curso directo de crianças vítimas de abuso sexual intra-familiar, aceder aos significados e senti-dos que estas conferem à experi-ência de contacto com o sistema judicial.

O estudo pretende aceder à ex-periência da criança durante a investigação, às dificuldades que sente, às suas emoções e pensa-mentos, às expectativas que cria e aos esforços que entende neces-sários para superar as etapas.

Quinze menores com idades entre os 08 e os 12 anos foram entrevistados no Gabinete de Estudos e Atendimento à Vítima da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Univer-sidade do Porto, ao qual se tinha deslocado para perícias de avalia-ção psicológica forense.

Todas estas crianças da amos-tra estavam envolvidas em in-quéritos judiciais nos quais estão sinalizadas como vítimas de abu-so sexual intra-familiar.

Segundo a psicóloga, na análi-se dos processos das crianças foi verificado que estas contaram, em média oito vezes, os factos da investigação. “Espero não ter de ir lá outra vez”, “tive de estar ali outra vez a contar tudo…estava cheia de vergonha” ou “depois tive de contar também à dra da protecção de menores e à médi-ca e agora aqui”, foram algumas das frases usadas pelas crianças durante as entrevistas.

Segundo Catarina Ribeiro, o facto de ter de contar e recontar a sua experiência pode produzir efeitos destabilizadores em crian-ças vítimas de abuso sexual, espe-cialmente nos casos em que têm de testemunhar na presença do arguido.

As elevadas expectativas atribuídas às acções dos profis-sionais, especialmente aos ma-gistrados, contrastantes com as limitações reais destes actores acabam por conduzir a situações de acentuada frustração e desa-lento.

Independentemente dos resul-tados do processo-crime o mais importante para a criança é a reconstrução de uma estrutura familiar sólida.

O estudo revelou também que cada criança contacta com pelo menos quatro técnicos diferen-tes, entre Comissões de Menores, Segurança Social e Instituições de Acolhimento o que contraria as orientações relativamente à justiça de menores que vão no sentido de haver um técnico de referência.

Relativamente aos vários téc-

nicos que passam pela criança durante este processo, estes são vistos por elas como figuras pou-co consistentes (do ponto de vista do vínculo).

Nestes técnicos são deposita-das expectativas nos momentos iniciais mas no decorrer do caso “assumem”, na perspectiva das crianças, um papel menos pro-tector principalmente porque é um deles que determina - como medida protectiva - o encaminha-mento para uma instituição.

As entrevistas às crianças no âmbito deste estudo demonstra-ram ainda um dado que a investi-gadora considerou interessante: às percepções positivas das crian-ças relativamente ao trabalho da Polícia Judiciária.

Segundo Catarina Ribeiro, as crianças destacam por exemplo uma “ grande disponibilidade” assim como colaboração, por

exemplo, através do fornecimen-to de um cartão, de um número de telefone, um elogio ao compor-tamento da criança.

“A maioria das crianças entre-vistadas atribui ao contacto com a polícia judiciária um signifi-cado positivo, caracterizado por sentimentos de confiança e proxi-midade, o que denota algum cui-dado por parte dos profissionais e a adopção de uma atitude securi-zante através da criação de uma aliança com a criança” refere.

No estudo a investigadora apresenta alguns relatos das crianças que exemplificam este olhar positivo relativamente à Policia Judiciária, órgão policial com competência reservada para investigar este tipo de crimes. “Depois a inspectora foi especta-cular... levou-me a todo o lado... se não fosse ela convencer-me a fazer estas coisas todas...”, “Ela

tem-me levado no carro dela para todos os sítios onde eu tenho de ir, é muito fixe... não sei... parece que é quase uma amiga que me ajuda nisto...” , relata uma das crianças ouvidas pela investigadora.

Segundo a psicóloga e docente universitária, as crianças tem uma percepção de elevada eficá-cia e competência destes profis-sionais, o que contrasta com os sentimentos de abandono e inse-gurança sentida relativamente aos profissionais que trabalham no âmbito da protecção (CPCJ, Segurança Social, Projectos de Apoio).

Isabel Apolónia, Sub-directora Nacional Adjunta da Directoria de Lisboa da Polícia Judiciária explicou em declarações à Lusa que os inspectores ligados à in-vestigação de crimes sexuais estão nesta área por opção, são todos voluntários e optaram por fazer formação especifica para trabalhar estas questões.

Segundo a responsável, esta percepção positiva sobre o tra-balho da PJ revelada no estudo indica que as crianças sentem que o interlocutor as pode ajudar, sentem segurança. “Sentem que são levadas a sério... é o primeiro contacto que têm com o sistema judicial e sentem que aquele po-lícia (“que trata dos maus”) vai ajudá-la”, disse.

Isabel Polónia explicou que em Lisboa os processos são distribuí-dos por 18 inspectores, mas quan-do uma criança não cria empatia com o inspector responsável pelo seu caso é imediatamente feita uma troca.

Crianças abusadas são ouvidas oito vezes numa investigação POR: GABRIELA CHAGAS/LUSA

Page 12: Diário dos Açores – 02.03.2008

12 NACIONAL Domingo, 2 de Março de 2008 Diário dos Açores

Muitos agentes da PSP colo-cados em Lisboa esperam im-pacientemente em camaratas degradadas, pensões baratas ou quartos alugados a permissão para voltar à terra e pôr fim à desmotivação e às depressões que em alguns casos podem le-var ao suicídio.

Depois de terminar o curso na Escola Prática de Polícia, em Torres Novas, a maioria dos agentes colocados nos coman-dos de Lisboa e Porto chega de vários pontos do país, mas com a ambição de voltar à terra de origem, multiplicando os pe-didos de transferência que, no entanto, tardam em concreti-zar-se.

A ausência da família, as di-ficuldades relacionadas com o serviço e a falta de condições económicas e sociais tornam-se insuportáveis para alguns agentes, podendo em situações extremas levar ao suicídio.

Atentos a estas e outras situa-ções, a PSP e a GNR têm em fun-cionamento gabinetes de psico-logia e linhas telefónicas SOS para prevenir estes casos, levan-do em Outubro do ano passado o Governo a apresentar um Pla-no de Prevenção de Suicídios, que revela que, entre 1998 e 2007, se suicidaram 54 elementos das duas forças de segurança.

Em 78% dos casos, os elemen-tos das forças de segurança que se suicidaram tinham tido alterações recentes de vida: profissionais (77%), familiares (56%), financeiros (56%) e le-gais (56%).

Oriundo de Castelo Branco, o agente João (nome fictício, tal como os dos restantes agentes citados) está desde 1999 a exer-cer a profissão em Lisboa com os olhos posto no dia em que poderá regressar à sua terra e voltar a viver com a mulher e os

três filhos menores, que só con-segue visitar nos dias de folga.

“É muito complicado gerir a distância e as saudades. No pri-meiro dia ´andei a bater mal ,̀ mas depois vamos levando, vivendo um dia de cada vez”, disse João, que logo que entrou ao serviço pediu transferência para o comando de Portalegre.

Na altura tinha 78 pessoas à sua frente na lista de transfe-rência, agora são 28. A “saírem a uma média de quatro ou cinco por ano ainda tenho muito que esperar”, sublinhou.

Quando chegou a Lisboa João foi viver para uma camarata, depois arranjou casa com cinco colegas, que teve de abandonar recentemente devido à transfe-rência de três companheiros. Os que ficaram não consegui-ram suportar as despesas e re-gressaram às camaratas.

Há escassos meses em Lisboa, o agente Miguel deixou em Bra-ga a mulher, que está a estudar, e duas filhas com menos de dois anos.

Confessou à Lusa que já re-correu ao apoio psicológico para conseguir suportar as saudades, que vai combatendo, recorrendo vezes sem conta a um filme da família que tem no telemóvel.

Tentou ir para uma camarata, mas a “lista de espera enorme” obrigou-o a ir para uma pensão “sem condições” a pagar 200 eu-ros, o que emagrece ainda mais o ordenado de 780 euros.

Acresce a estas despesas a ali-mentação e o dinheiro que gas-ta em viagens para Braga, cerca de 100 euros por mês.

“Sempre gostei de uma força de segurança, mas nunca pensei ficar tanto tempo e encontrar es-tas condições. Se fosse hoje, pen-sava duas vezes”, sublinhou, de-sabafando que, mesmo assim, não pensa em desistir porque tem dois filhos para criar.

A vida destes polícias asseme-lha-se à do agente António, que deixou a família e namorada em Évora para abraçar a profis-são do seu “sonho”, mas a espe-rança de exercê-la na sua terra é de uma década, uma vez que diz ter meia centena de elementos à sua frente na lista de transfe-rências.

Nos primeiros dias, António ficou em casa de colegas, de-pois foi para uma camarata que “não tinha condições nenhu-mas, com tectos a cair, janelas partidas e muita humidade”, acabando por alugar uma casa com três colegas.

“Houve colegas que no início ficaram a dormir na esquadra, outros iam para bares para po-der passar a noite e houve casos que dormiram no banco do jar-dim”, lembrou.

Conhecedor destas andanças, o agente Pedro conseguiu final-mente regressar ao Porto, de-pois de “mais de oito anos com o saco às costas”.

Apesar de conhecer as dificul-dades de quem vai viver para uma cidade longe e o “choque

de perder a família”, Pedro de-fende que os agentes deviam preparar-se para esta nova vida porque as “coisas não caem aos pés”.

A psicóloga Sandra Coelho, do Gabinete de Apoio Psicológico do Sindicato dos Profissionais da Polícia da PSP (SPP/PSP), disse à agência Lusa que “estão a aparecer muitos polícias no-vos, com poucos anos de servi-ço, a pedir ajuda porque já não aguentam” a situação.

“São polícias tristes que não se conseguem integrar neste sistema e estão a pedir algumas estratégias para que consigam ser felizes e fazer o que gostam”, disse a psicóloga.

Confrontado com estas de-clarações, o porta-voz da Direc-ção Nacional da PSP, Hipólito Cunha, disse apenas que os candidatos quando vão para a polícia têm conhecimento dos ordenados que vão auferir e as circunstâncias em que vão trabalhar. Por outro lado, acres-centou, os candidatos quando entram para a Escola Prática de Polícia começam logo a receber

vencimento de 510 euros por mês.

“Mesmo assim, a própria ins-tituição faz tudo o que está ao seu alcance para tornar o aco-lhimento dos elementos o me-lhor possível”, sublinhou.

Para melhorar as condições dos agentes deslocados, a Asso-ciação Sindical dos Profissio-nais da Polícia (ASPP-PSP) e o SPP/PSP defendem a criação de habitações em Lisboa e no Por-to para albergar os agentes que saem da escola ou um subsídio de deslocação.

O presidente da ASPP-PSP, Paulo Rodrigues, lembrou que há agentes a viver anos em ca-maratas e outros que para ar-ranjar um “sítio barato vão para bairros sociais cuja localização entra em conflito com a própria missão da PSP”, sublinhou.

Para prevenir estas situações, o director do Gabinete de Psico-logia da PSP, Fernando Passos, aconselha os candidatos a in-formarem-se antes de concorre-ram à polícia.

“Os primeiros anos devem ser encarados com naturalida-de e tranquilidade, porque o sistema funciona assim”, afir-mou, admitindo, contudo, não ter dúvidas de que a separação da família e da terra de origem podem causar alterações a nível emocional e afectar o desempe-nho dos profissionais.

O responsável lembrou um despacho, criado em 2007 pelo então ministro da Administra-ção Interna António Costa para prevenir estas situações, que determina que seja feita a rea-valiação dos novos elementos da PSP.

“Qualquer caso que suceda relativamente a estes indivídu-os mais jovens e que nos seja re-portado é imediatamente acom-panhado por um especialista para tornar a sua integração mais fácil”, sublinhou.

Agentes colocados em Lisboa impacientes por voltar à terra POR: HELENA NEVES/LUSA

>> POLÍCIA Agentes deslocados com depressões

Comércio on-line atrai 2,5 milhões de portuguesesCerca de 2,5 milhões

de portugueses nave-gam a partir de casa em sites de comércio, o que corresponde a 82% dos internautas nacionais, de acordo com o estudo Netpanel da Marktest.

Durante o ano de 2007, foram 2.480 mil os residentes no Continen-te com 4 e mais anos que

acederam a sites de co-mércio a partir de casa.

Neste período, foram visitadas mais de 772 mi-lhões de páginas de sites de comércio, uma média de 311 por utilizador.

O tempo total de na-vegação nestes sites ul-trapassou as 6 milhões de horas, uma média de 2 horas e 28 minutos por

utilizador. Foi em Dezembro

que mais utilizadores acederam a estes sites, num total de 1.311 mil, ao contrário de Agosto, quando 1.151 mil utiliza-dores únicos acederam a eles.

O www.fnac.pt lide-rou em utilizadores únicos, mas foi no site

de leilões www.miau.pt que os internautas visu-alizaram mais páginas e passaram mais tempo.

O www.fnac.pt rece-beu 965 mil visitantes di-ferentes durante o ano. Em segundo em número de utilizadores únicos ficou o www.worten.pt, com 923 mil, seguido do www.amazon.com em

terceiro, com 836 mil uti-lizadores únicos.

Em páginas visita-das, o www.miau.pt li-derou com mais de 154 milhões. Em segundo, a uma distância consi-derável, ficou o www.fnac.pt, com perto de 82 milhões e em terceiro, ficou o www.laredoute.pt, com 77 milhões de

páginas. Em tempo despendi-

do, a liderança coube igualmente ao www.miau.pt, que obteve cer-ca de 675 mil horas de navegação. O www.fnac.pt ficou em segundo, com mais de 441 mil ho-ras e o www.laredoute.pt ficou em terceiro, com quase 372 mil horas.

Page 13: Diário dos Açores – 02.03.2008

13 Diário dos Açores Domingo, 2 Março de 2008 INTERNACIONAL

O mega-terminal do Aero-porto de Pequim recebeu sex-ta-feira o seu voo inaugural, a tempo de acolher a multidão de visitantes esperada para os Jogos Olímpicos (JO) de Pe-quim 2008 em Agosto.

O avião da Shandong Airli-nes proveniente da província de Shandong, no leste do país, chegou ao Terminal 3 do Aero-porto da capital chinesa cerca das 9h00 horas locais (01h00 em Lisboa), naquela que é a primeira aterragem comercial no maior terminal aeroportuá-rio do mundo.

“Estou muito entusiasma-do, este é o maior terminal do mundo. Estamos orgulhosos da sua arquitectura e da cons-trução”, disse aos jornalistas o presidente do aeroporto, Wang Jiadong.

O novo edifício foi concebido pelo arquitecto britânico Nor-man Foster e custou 2,7 mil mi-lhões de dólares (1,77 mil mi-lhões de euros), sendo a maior estrutura coberta do mundo.

O arquitecto britânico criou a obra à semelhança de um dragão gigante, com uma lon-ga cauda e clarabóias de for-mato triangular que lembram as escamas da mítica criatura e permitem aproveitar ao má-ximo a luz natural e conservar o calor.

Foster utilizou vidro e aço para a estrutura em forma de “I” e recorreu à alta tecnologia para unir elementos arquitec-tónicos tradicionais chineses, como as colunas vermelhas e o tecto curvilíneo dourado que

evocam os palácios imperiais da China.

A estrutura colossal é mais uma obra de escala e núme-ros impressionantes, das vá-rias que a China tem vindo a construir para modernizar a capital chinesa para os JO de Pequim.

O edifício estende-se por 3,25 quilómetros e ocupa 986 mil metros quadrados, o equiva-lente a 170 campos de futebol.

As pistas estão desenhadas para receber o A380, o gigante da construtora aeronáutica europeia Airbus, e o controlo das bagagens é realizado pelos sistemas de tecnologia mais avançada.

Nas instalações, os passa-geiros terão acesso a mais de 64 restaurantes chineses e ocidentais e mais de 90 lojas, e poderão chegar ao centro da cidade através de um comboio de alta velocidade.

O terminal levou quatro anos a ser construído, com 50 mil operários a trabalhar na obra.

Três pessoas morreram na construção, confirmaram as autoridades chinesas.

O mega-terminal vai permi-tir um trânsito de 76 milhões de passageiros por ano, ultra-passando os 53,7 milhões que circularam em 2007 pelo aero-porto de Pequim, um dos dez mais movimentados do mun-do.

O novo espaço deverá di-minuir os atrasos e as filas no aeroporto de Pequim, que funcionou muito acima da sua

capacidade para receber 35 mi-lhões de passageiros em 2007.

A cidade anfitriã dos JO, en-tre 08 e 24 de Agosto, tem ago-ra capacidade para receber os mais de 60 milhões de visitan-tes que se esperam chegar a Pe-quim este ano. Quando estiver totalmente operacional, o novo terminal suportará 1590 voos e aterragens por dia para um vo-lume de 208 mil passageiros.

O novo terminal vai acolher 26 companhias aéreas chine-sas e internacionais das quais

seis já estão a funcionar no local: a Sichuan Airlines, a Shandong Airlines, a Qatar Airways (Qatar), a Qantas Airways (Austrália), British Airways (Reino Unido) e a Al Israel Airlines (Israel).

A Air China e a transporta-dora alemã Lufthansa, entre outras, começam a operar no terminal a 26 de Março.

Os analistas acreditam que a capacidade máxima do aero-porto vai ser insuficiente em pouco tempo, reflectindo o pro-

blema recorrente do aumento do tráfico aéreo em paralelo com o crescimento económi-co chinês sem precedentes. A capacidade “deverá ser sufi-ciente para os JO”, afirmou à imprensa Adrian Lowe, um analista de aviação da casa de investimentos CLSA, de Hong Kong.

“Mas o que vai acontecer depois dos Jogos? Na minha opinião, Pequim vai precisar de outro aeroporto. Isto está a acontecer por todo o lado na China”, continuou Lowe, adiantando que a China não tem os aviões, os aeroportos nem os pilotos para uma nova estrutura aeroportuária.

O tráfico aéreo na China au-mentou 16% no ano passado para 185 milhões de viagens de passageiros e estima-se que chegue aos 210 milhões em 2008.

As autoridades chinesas es-tão a tentar por todos os meios acompanhar este ritmo de crescimento, com mais de 100 novos aeroportos planeados por todo o país até 2020, que custará mais de 60 mil milhões de dólares (cerca de 39,5 mil milhões de euros), incluindo o mais alto do mundo, no Tibete. A ampliação do aeroporto da capital chinesa - terminal e pis-ta - custou 3,65 mil milhões de dólares (cerca 2,4 mil milhões de euros), já que Pequim não poupou esforços para impres-sionar os visitantes do evento desportivo do ano que vai colo-car a China sob as atenções do mundo.

Pequim inaugurou o maior terminal aeroportuário do mundo

O mega-terminal do Aeropor-to de Pequim recebeu o seu voo inaugural há muito esperado.

>> PEQUIM Terminal vai acolher mais pessoas

Partido espanhol combina política com erotismoO partido político “Ciu-

tadans-Partido Ciddania” editou um manual do elei-tor, onde utiliza o erotismo como metáfora do que con-sidera politicamente incor-recto nos restantes progra-mas eleitorais para o voto de 09 de Março. O “Manual do cidadão excitado” con-tém 69 propostas políticas “sedutoras”, de carácter “atrevido e excitante”, e que diz constituírem uma for-

ma “desinibida e cúmplice de fazer chegar o programa (eleitoral) aos cidadãos”.

Apresenta propostas eleitorais com epígrafes conotadas com o mundo erótico, tais como “Na tua casa ou na minha?”; “Ima-gina que, finalmente, al-guém consegue estimular o teu ponto C”, “Atrevamo-nos com as posições mais difíceis” ou “O tamanho importa? Umas medidas

assombrosas podem avivar o interesse e o desejo”.

Ao abrigo destes títulos encontram-se “69 propostas eleitorais atrevidas” que visam a regeneração demo-crática e o incremento dos direitos sociais, a defesa dos direitos individuais e a re-forma do modelo de estado, entre outras.

Presidido pelo jovem ad-vogado Albert Rivera o par-tido nasceu na Catalunha

antes das últimas eleições regionais.

Nessa sua primeira ba-talha eleitoral, no dia 1 de Novembro de 2006, Rivera chocou algum eleitorado mais conservador ao apa-recer na propaganda elei-toral, completamente nu, tapando as suas partes ínti-mas com as mãos.

Uma campanha arro-jada que ajudou o partido a marcar presença no Par-

lamento catalão, ao eleger dois deputados.

Nas eleições de 9 de Mar-ço, o partido apresenta-se pela primeira vez a nível nacional com candidatos representantes de várias regiões de Espanha.

Um dos responsáveis partidários pela circuns-crição de Málaga (Andalu-zia), Àngel Bataller disse, durante a apresentação do manual que o partido “pro-

põe uma forma diferente e atrevida de se dirigir ao eleitorado”.

“Uma forma distinta de entender a política exige no-vas formas de fazer chegar as nossas ideias. Sensuali-dade, suavidade e carícias são o reflexo de uma políti-ca que aposta no consenso e no diálogo em contraste com o actual clima de con-fronto político”, explicou.

Talibãs controlam 10% do território afegão

OPERAÇÕES DOS MILI-TARES PAQUISTANESES TÊM EFEITOS LIMITADOS SOBRE A AL-QAIDA

Os talibãs controlam 10% do território no Afeganistão, enquanto o governo do presidente Hamid Karzai controla menos de um terço do país e o resto está sob controlo local, sustenta a administração Bush. A afirmação foi feita

pelo director dos Serviços de Informações norte-americano, Michael McConnell, e já prontamente desmentida pelo Ministério da Defesa afegão.

Page 14: Diário dos Açores – 02.03.2008

14 INTERNACIONAL Domingo, 2 de Março de 2008 Diário dos Açores

A Organização Mun-dial de Saúde (OMS) defendeu que a discus-são sobre os efeitos negativos das altera-ções climáticas deve centrar-se nas pessoas e não apenas na previ-sível extinção de algu-mas espécies animais, informa a Lusa.

«A face das altera-ções climáticas terá de deixar de ser apenas o urso polar. É preciso mudar esta mentalida-de», comentou a espe-cialista da OMS Bettina Menne, durante uma palestra em Lisboa so-bre os efeitos do clima na saúde, mostrando uma fotografia de uma criança africana no de-serto como um exemplo do novo rosto do sobre-aquecimento global.

Durante a conferên-cia, que decorreu no Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jor-ge, Bettina Menne sus-tentou que os impactos das alterações do clima na saúde já se estão a sentir a vários níveis, com maior número de mortes durante fe-nómenos extremos, como ondas de calor ou cheias, cada vez mais graves e mais frequen-tes.

Também o aumento de casos de malária, dengue, diarreias, do-enças cardio-respirató-rias e alérgicas e a má

nutrição são exemplos de problemas de saúde que tendem a agravar-se, sobretudo em Áfri-ca e na Ásia Central.

A especialista lem-brou ainda que duran-te o ano 2000 ocorreram na Europa cerca de 150 mil mortes atribuídas a problemas decorren-tes das alterações cli-máticas e que no Verão de 2003 se registaram mais de 70 mil óbitos devido às ondas de ca-lor.

Tendo em conta um cenário de aumento de temperatura média de três graus, especialis-tas em clima estimam que entre 2071 e 2100 ocorram anualmente

86 mil mortes. Estas preocupações

levaram a OMS a ele-ger as alterações climá-ticas como tema deste ano do Dia Mundial da Saúde, assinalado a 7 de Abril.

As medidas para mi-nimizar os efeitos do sobreaquecimento do planeta devem ser to-madas por todos os go-vernos, contemplando respostas em todos os sistemas nacionais de saúde: «pode ter-se o melhor sistema de aler-ta do mundo, mas será ineficaz se não houver respostas por parte dos sistemas públicos de saúde».

Bettina deu como

exemplo o caso italia-no, em que cada médico de família elabora um ranking da fragilidade dos seus doentes a pro-blemas como as ondas de calor.

Esta listagem serve para, em cada região, os serviços sociais fa-zerem um acompanha-mento personalizado das situações de risco, como os mais idosos e as pessoas que vivem isoladas. Mas as me-didas de combate às mudanças climáticas devem ser tomadas por todos, alertou a espe-cialista da OMS, con-vidando cada pessoa a ser «campeã» da defesa do clima.

Impacto de alterações do clima na saúde já se sentem

>> ÁFRICA Problemas de saúde com tendência a agravar-se

Ameaças fecham exposição de dinamarqueses

Uma exposição de ar-tistas dinamarqueses foi fechada, na sequência de ameaças de islamitas in-comodados com uma das fotomontagens apresen-tadas, anunciou quinta-feira o colectivo artístico Tiergarten.

Para garantir a se-gurança dos visitantes e dos funcionários da exposição, inaugurada a 22 de Fevereiro, os or-ganizadores decidiram fechá-la, revelou Ralf Hartmann, director ar-tístico do colectivo.

A galeria, situada no centro de Berlim, poderá também passar a ser vi-giada pela polícia devido às ameaças concretas re-cebidas pelos proprietá-rios, indicou Hartmann.

A exposição do colecti-vo dinamarquês Surrend tem por objectivo denun-ciar o absurdo dos extre-mismos venham de onde vierem. Ali foram apre-sentadas 27 fotomonta-gens, entre as quais uma

que mostra a Kaaba, o edifício cúbico situado no centro da Grande Mesquita de Meca e no interior do qual esta a Pedra Negra (dada, se-gundo o Corão, a Abraão pelo Anjo Gabriel), com a seguinte inscrição “Pe-dra idiota”.

“Os muçulmanos na Europa têm de aceitar que não podem censurar uma exposição numa galeria”, sublinhou o colectivo Tiergarten. “Seria inaceitável que alguns grupos no seio da sociedade censurem com ameaças a liberdade de pensamento e artística “, acrescentou num comu-nicado.

A exposição denuncia também o extremismo de direita: Surrend apre-senta nomeadamente uma montagem onde se vê uma bandeira israe-lita colocada na Lua por um cosmonauta com o título: “Alucinação neo-nazi”.

Iraquiano pede indemnização a governo Um iraquiano pediu

uma indemnização ao governo australiano pelos ferimentos cau-sados por soldados, há três anos, na mu-lher e num dos filhos.

Lamyaa al-Saadi sofreu ferimentos na cabeça e no maxilar inferior e perdeu um olho, enquanto que

Ahmed, um dos seus três filhos, de 8 anos, ficou cego do olho di-reito.

O “pai de família”, Nezar al-Saadi, expli-cou no Supremo Tri-bunal de Queensland que, em Fevereiro de 2005, ele, a mulher e os filhos regressavam a casa, depois de te-

rem jantado com uns amigos, quando o car-ro em que seguiam foi atacado por sol-dados australianos, noticiou o jornal The Australian.

Nezar relatou que parou o carro depois de avistar os milita-res e que um deles disparou quatro raja-

das contra a viatura, sem dar nenhum aler-ta nem instruções aos seus ocupantes.

Segundo o advoga-do da família, o aus-traliano Rod Hodg-son, é a primeira vez que civis feridos pelo Exército australiano pedem uma indemni-zação ao governo.

Hodgson adiantou que, um mês depois do incidente, um mi-litar australiano en-tregou dois sobres-critos à família: um com três mil dólares (1.900 euros) dirigido à criança e outro com 4.700 dólares (três mil euros) para a mãe.

Em Setembro do

ano passado, a famí-lia recebeu, sem o ter pedido, uma oferta do governo australia-no para viajar para a Austrália, com um visto especial, para receber tratamento médico. Desde então, Nezar al-Saadi, a mu-lher e os filhos vivem em Queensland.

Vídeo racista causa indignaçãoUm vídeo de teor racista revelado na África do Sul, e produzido por estudantes, está a causar uma onda de críticas à discri-minação racial que ainda existe no país. No vídeo, jovens brancos preparam comida, com urina misturada, e depois obrigam empregadas de limpeza negras a comer o preparado ajoelhadas. De acordo com as agências internacionais, os autores das imagens foram expulsos da universidade que frequentavam e vão ser sujeitos a um inquérito criminal. Para já, as aulas estão suspensas no campus de Free State, onde dezenas de pessoas protestaram contra o vídeo.

AS IMAGENS REAVIVARAM O MEDO DO RACISMO, 14 ANOS DEPOIS DO FIM DO APARTHEID.

Page 15: Diário dos Açores – 02.03.2008

A Presidência do Iraque aprovou a execução de Ali Hassan al-Majeed, conhe-cido como ‘Ali, o Químico’, primo e um dos aliados mais próximos do ex-pre-sidente iraquiano Saddam Hussein.

Al-Majeed, condenado por genocídio e responsabi-lizado pela morte de 100 mil curdos numa campanha militar no norte do Iraque em 1988, a operação Anfal, deverá ser executado nos próximos 30 dias.

Al-Majeed ficou conhe-cido como ‘Ali, o Químico’ pelo uso intenso de gás mostarda e outros elemen-tos químicos na campanha contra os curdos.

Ele foi condenado em Ju-nho do ano passado, con-juntamente com outros dois ex-colaboradores de Saddam, o chefe militar Hussein Rashid al-Tikriti, e o ex-ministro da Defesa Sultan Hashem.

Os três deveriam ter sido enforcados em Outubro passado, mas a condenação de Hashem causou uma dis-puta política, depois de os líderes sunitas afirmarem que ele não era moralmente culpado, pois “estava ape-nas cumprindo ordens”.

Na ocasião, o vice-presi-dente sunita Tareq al-Ha-shemi recusou-se a assinar a sentença. A Presidência então entrou em disputa com o primeiro-ministro, que também criticou a Em-baixada americana por não entregar os três prisionei-ros para a execução – eles permanecem sob poder dos Estados Unidos.

Agora o conselho da Pre-sidência aprovou a senten-ça, mas apenas para “Ali, o Químico”, cuja execução deve ser realizada nos pró-ximos 30 dias, segundo as leis iraquianas.

A Anfal (em português: Espólios de Guerra) ocor-

reu entre Fevereiro e Agos-to de 1988.

Oficialmente, foi uma campanha de repressão contra o movimento sepa-ratista curdo no norte do país.

Com a morte de 180 mil ci-vis, os curdos vêem a cam-panha como um genocídio.

Foram usados gás mos-tarda e agentes nervosos nos ataques.

Outras vítimas foram su-mariamente executadas, ou morreram em cativeiro.

Os outros dois condena-dos, no entanto, permane-cem num limbo, sem saber se terão a sentença confir-mada, ou não.

A disputa continua in-definida e pode durar in-finitamente, mas parte da pressão diminuiu com a confirmação da senten-ça de Al-Majeed, afirma o correspondente da BBC em Bagdá, Jim Muir.

Assembleia do Iraque aprova execução de ‘Ali, o Químico’

15 Diário dos Açores Domingo, 2 de Março de 2008 SOCIEDADE

Page 16: Diário dos Açores – 02.03.2008

PECADOS CAPITAISTodos acreditam que

o país necessita de pro-fundas mudanças e de desenvolvimento. Todos, ou melhor, quase todos reconhecem que apenas com muita força de vontade e de empe-nhamento colectivo será possível melhorar seja o que for!

As duas frases anterio-res elevam-se à qualida-de de dogmas e tirando um ou outro descrente ninguém ousa apresen-tar outra solução que não passe por ali, para a melhoria da justiça, do ensino, da administra-ção pública em geral, em síntese, para a melhoria da sociedade cuja massa amorfa constituinte somos todos nós!

Até aqui também me revejo neste consenso alargado! Mas, na rea-lidade, se não passar-mos da teoria à práti-

ca de nada serve! Dito de outra forma, de que serve fazer a apologia da mudança e da ino-vação se sempre que alguém inconformado se desdobra em esfor-ços para melhorar não encontra senão um mar de obstáculos e até guer-ras pessoais?

Na realidade, colec-tivamente as pessoas estão mais talhadas para o conformismo do que para a mudança e inovação, ainda que essa mesma inovação tenha como essência comba-ter a desadequação e a falta de capacidade de resposta.

Do ponto de vista da lógica social e mesmo da lógica racional indi-vidual, era mais apro-priado que as pessoas se envolvessem nos processos de mudança, demonstrando abertu-

ra para negociar, para propor sugestões, para fornecer contributos, capazes de enriquecer as propostas iniciais.

Dirão muitos: – tudo bem! mas para que tais mecanismos funcio-nem é fundamental a existência de disponi-bilidade, por parte de quem detém o poder de decisão, e abertura para ouvir, para negociar. É verdade! Todavia, se não houver tal abertu-ra, é dever, é obrigação de todos quantos fazem parte das colectividades através da poderosíssi-ma arma da assertivi-dade desencadear junto dos detentores do poder abertura para negociar.

Estou convencido, e até que alguém me demonstre o contrário, que a nossa postura colectiva resulta sobre-tudo de algo mais forte

que sobre nós pende, como se fosse uma herança genética desta nação que nasceu de um incidente de violên-cia doméstica em que o filho, com a força da espada, escorraçou de casa a mãe.

Somos uma sociedade profundamente marca-

da pelos sete pecados capitais que nos agar-ram a um ancoradouro que nos corrói e contor-ce por dentro e por fora. Rui Zink, no seu livro «Luto pela Felicidade dos Portugueses», faz a apologia da inveja, o maior de todos os peca-dos capitais, defendendo

que é legítimo termos inveja dos outros desde que essa inveja seja um motor de mobilização em nós para conseguir-mos colher os frutos que os outros colhem como resultado do res-pectivo empenhamento e dedicação.

Estou totalmente de acordo, até porque, como me ensinou o meu avô com aquela sabe-doria rude do Marão: «Árvore que não dá fru-tos ninguém lhe atira pedras», mas a inveja de que nos fala Rui Zink só consegue produzir tal efeito se não houver preguiça e houver ambi-ção! Mas infelizmente o que continua a caracte-rizar muitas das nossas gentes é a preguiça e a falta de ambição...

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Hoje vou continuar a dar a conhecer as questões rela-tivas ao Tratado de Lisboa (Tratado Reformador da União Europeia “TRUE”), assinado pelos chefes de Estados da União Europeia, no dia 13 de Dezembro último. Cumpre incidir, mais especificamente, no que concerne à Política de defesa (PESD).

A Política Europeia de Segurança e Defesa (PESD) continua a fazer parte inte-grante da PESC da União Europeia (UE). Esta política inclui a definição progressi-va de uma política de defesa comum da UE. O seu objectivo é conduzir a uma defesa comum logo que o Conselho Europeu, deliberando por unanimidade, assim o decida (artigo I-41°). O facto de as capacidades mili-

tares dos Estados-Membros e as suas visões em matéria de segurança e defesa diferirem de maneira substancial expli-ca que o TRUE contenha dis-posições baseadas em disposi-ções flexíveis e aceitáveis para todos os Estados-Membros porquanto respeitam as suas orientações e os seus compro-missos políticos. Além disso, o processo de decisão em matéria de política de defe-sa continua a estar inteira-mente sujeito à regra do voto por unanimidade. Contudo, as disposições do Tratado da União Europeia (Tratado UE) em matéria de defesa foram substancialmente reforçadas, por um lado, por disposições de aplicação geral relativas a todos os Estados-Membros e, por outro, por disposições que

permitem que um grupo de Estados avance mais rapida-mente que os outros em certas questões relativas à segurança e à defesa.

As novas disposições de apli-cação geral referem-se, não só à actualização das missões de Petersberg, mas também à introdução de uma cláusu-la de solidariedade e de uma cláusula de defesa mútua. Por um lado, o TRUE actualiza as missões de Petersberg enume-radas no n.º 2 do artigo 17.° do Tratado UE, a que se acres-centaram outras missões, tais como as acções conjuntas em matéria de desarmamento, as missões de conselho e de assistência em matéria mili-tar, as missões de prevenção dos conflitos e as operações de estabilização no termo dos

conflitos. O TRUE precisa tam-bém que todas essas missões podem contribuir para a luta contra o terrorismo (artigo III-309°). Por outro lado, introduz uma cláusula de solidarieda-de que estabelece que se um Estado-Membro for vítima de um ataque terrorista ou de uma catástrofe natural ou de origem humana, os outros Estados-Membros devem pres-tar-lhe assistência. Neste caso, a UE mobiliza todos os ins-trumentos à sua disposição, incluindo os meios militares postos à sua disposição pelos Estados-Membros, a fim de prestar socorro ao Estado em causa. Tal acresce-se à nova disposição em matéria de pro-tecção civil (artigo III-284.°).

(Fonte: http://www.ue2007.pt/UE/vPT)

Concluindo: o TRUE ins-taura uma cláusula de defe-sa mútua. Trata-se de uma obrigação de defesa mútua que vincula todos os Estados-Membros A título desta obri-gação, se um Estado-Membro for vítima de agressão arma-da no seu território, os outros Estados-Membros prestar-lhe-ão auxílio e assistência por todos os meios ao seu alcance. Essa obrigação, que não afec-ta a neutralidade de alguns Estados-Membros, será exe-cutada em estreita colabo-ração com a OTAN/NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte).

Lic. Estudos Europeus e Política Internacional

http://sistematizando.blogs-pot.com

“Uma União mais forte para um mundo Melhor” (XXVII)

POR: MIGUEL MAURÍCIO

Sistematizando...

POR: ALBERTO PEIXOTO

16 OPINIÃO Domingo, 2 de Março de 2008 Diário dos Açores

Page 17: Diário dos Açores – 02.03.2008

17 Diário dos Açores Domingo, 2 de Março de 2008 CIÊNCIA

México cria remédio para tumor

com plantas típicasUm grupo de cientistas me-

xicanos desenvolveu remédios destinados a tratar quatro tipos de cancro a partir de espécies vegetais típicas da região, como o feijão preto, o milho e a agasa.

A pesquisa foi realizada no Centro de Biotecnologia do Ins-tituto Tecnológico de Monter-rey (norte do México). Isto foi possível depois que os pesquisa-dores descobriram que a agave, o feijão, o sorgo, o milho colorido e a planta “mahuacata”, contêm moléculas que inibem o desen-volvimento das células cancero-sas, explicou o director do Insti-tuto, Moisés Álvarez.

Os medicamentos, concebidos para o tratamento do cancro de colo, mama, próstata e fígado, estão aguardando autorização para serem comercializados.

Alguns acredi-tam que beber aju-da a esquecer, mas a ingestão de álco-ol só faz com que as más memórias demorem mais para ser apagadas, aponta um estudo japonês. Pesquisa-dores da Univer-sidade de Tóquio concluíram que o etanol não causa um decréscimo na memória. Ao in-vés disso, ele aju-da a “congelar” os pensamentos.

Liderados pelo f a r m a c o l o g i s t a Norio Matsuki, os cientistas de-ram pequenos choques em ratos para condicioná-los ao medo. Como resultado, os animais “congelariam” de ter-ror e ficariam encolhi-dos no momento em que fossem colocados nas suas gaiolas. Então os pesquisadores ime-diatamente injectavam etanol nos ratos.

Como resultado, eles descobriram que os ratos com álcool nas veias permaneciam

com medo durante um período de tempo maior quando comparados aos que “não beberam”. “Se aplicássemos este estudo em humanos, as memórias que eles tentassem ‘apagar’ fica-riam intactas, mesmo se eles bebessem para tentar esquecer”, afir-ma o estudo.

Segundo Matsuki, o

estudo ensina as pes-soas a viveram com as más recordações. “Para esquecer algo de que você não gosta o melhor é substituir a memória negativa por uma posi-tiva e deixar de beber bebidas alcoólicas”, dis-se o cientista. O Estudo foi publicado na revista científica Neuropsycho-pharmacology.

Estudo japonês diz que beber não ajuda a esquecer

Page 18: Diário dos Açores – 02.03.2008

10:00 Creepschool 10:30 Silvestre E Tweety 11:00 Joana E O Dragão 11:30 Vida De João 11:45 70x7 12:00 Jornal Da Tarde 13:15 Pódio 13:30 Nós 14:30 2010 15:00 Dança Comigo 15:15 Sessão As “Amigas” Do Meu Namorado 17:00 Prison Break 17:45 Top + 18:45 Reencontro Com O Passado 19:30 Magazine Canadá Contacto 20:00 Telejornal - Açores 20:35 Açores Vip 21:05 Camilo, O Pendura 21:35 Teledesporto 22:50 A Minha Família 23:15 O Amor No Alasca 00:00 Notícias (Açores)

05:05 Nós05:30 Brinca Comigo07:00 Bom Dia Portugal09:00 Eucaristia Dominical10:00 O Homem Dos Leões10:30 Planeta Selvagem11:00 AB Ciência11:30 Mr. Bean12:00 Jornal Da Tarde13:15 Só Visto!14:30 Prison Break15:00 Filme “Batman Regressa”17:00 Dança Comigo19:00 Telejornal20:00 As Escolhas De Marcelo Rebelo De Sousa20:30 Gato Fedorento21:00 Conta-me Como Foi22:00 Depois Do Adeus23:45 Filme “A Morte Soube-nos Tão Bem”01:30 Automobilismo: Campe-onato Mundial De Ralis (2008) Rali Do México02:30 Só Visto!03:30 Sexta À Noite

Sala 1- ‘Expiação’ Horários: 13:10/15:45/18:20/21:30/0:15 Sala 2- ‘Sweeney Todd ’ 13:30/16:05/18:40/21:40 /00:10 Sala 3- ‘Astérix nos Jogos Olímpicos’ 13:20/15:55/18:30 e ‘Detenção Secreta - ’ 21:50/23:50Sala 4: ‘John Rambo’ 13:35/15:35/18:00/21:20/00:00

2ª parte do episódio de Segunda-feira

Hélio diz que apenas olhou para uma mulher bonita e os dois aca-bam por ir para o motel habitu-

al. No final, Hélio não aceita o dinheiro mas Amália faz questão de lhe pagar pelo serviço pois se quisesse uma relação procurava alguém da sua idade. Salvador escreve o artigo sobre as fotos de Nalini com Vicente. Sónia pergunta-lhe se precisa de ajuda para terminar o artigo mas Salvador recusa. Por momentos, Salvador quebra e tenta ligar a Nalini, para confirmar se as fotografias são ver-dadeiras, mas não consegue falar e acaba por desligar. Do outro lado da linha, Nalini fica muito intrigada sobre quem lhe terá telefonado com número privado. Carolina pressiona Amália para que ela a deixe administrar os 10% que detém da Imperium. Amália diz que precisa de mais tempo para pensar pois não quer que ninguém desconfie do que se passou com Filipe. Cristiano e Matilde encontram-se às escondidas na Imperium.

Laura fica mais tranquila ao saber que Henrique chegou bem em São Paulo. Ciro se oferece para dar a Cândida notícias sobre o neto. Viriato diz a Ciro que o arcebispo chega em um dia. Miguel e Inácio avisam Viriato que o arcebispo não quer

festejos e o prefeito promete fazer uma festa modesta. Magnólia diz que as damas da sociedade vão precisar virar a noite por causa dos prepa-rativos da festa. Viriato manda que elas façam tudo parecer simples. Dr. Tavares diz que Henrique precisa fazer exames mais específicos. Chico se recusa a sair de perto do filho. Laura conta para Trajano que Ana fugiu para viver em São Paulo com Escobar. Iraci repreende a neta, pois Trajano pode suspeitar de Chico. Laura tem certeza que, se ele for culpado, terá que pagar. Tonha garante a Iraci que não compro-meteu Chico. Ciro conta a Cândida que está noivo de Florinda e ela fica furiosa ao saber que Viriato se apossou da pesquisa do neto.

FURNAS- Em viagem dos Açores para Lisboa.

CORVO- Em viagem de Leixões para Ponta Delgada.

06:00 Euronews06:30 África 7 Dias07:00 Notícias de Portugal08:00 Universidade Aberta09:00 A Alma E A Gente09:30 Bombordo10:00 Bastidores10:30 E O Homem Inventou O Animal11:30 Palco: Prémios Jovens Músicos Rdp - Concerto Lau13:00 Parlamento14:00 Desporto 218:00 Ab Ciência18:30 Kaboom20:00 Diga Lá Excelência20:45 A Hora da Sorte21:00 Jornal 221:30 Audax - Negócios à Prova22:15 Silverado23:30 Noites Da 2: Reencontro Com O Passado00:15 Hora Discovery01:15 Palco: Harnoncourt E Beethoven Making Of The Syn02:00 Sociedade Civil04:30 A Encruzilhada

05:45 SIC Kids07:30 Disney Kids09:30 Chiquititas11:00 BBC Vida Selvagem12:00 Primeiro Jornal13:00 Fama14:00 Entre Vidas15:00 Cinema “Nunca Fui Beijada”17:00 Cinema “Flubber, O Professor Distraído”19:00 Jornal da Noite20:00 Grande Reportagem SIC20:30 Camilo em Sarilhos21:15 Duas Caras22:45 Aqui Não Há Quem Viva23:45 A Vedeta00:45 Amazónia01:30 Quando o Telefone Toca03:15 O Jogo

06:00 Animações08:45 O Bando dos Quatro09:30 Hannah Montana10:15 Missa - Eucaristia Dominical e Oitavo Dia12:00 Jornal da Uma13:00 Filme a Designar14:45 Filme a Designar16:45 BwinLiga - Os Golos17:00 Filme a Designar19:00 Jornal Nacional20:15 Morangos com Açúcar V21:00 Casos da Vida23:00 BwinLiga - A jornada23:45 BwinLiga - Os Casos00:30 BwinLiga - O fórum01:00 Toca a Ganhar02:30 O Escritório III03:00 Águas Profundas04:00 Tv Shop05:30 Todos Iguais

Sala 1 - ‘Peões em Jogo’Horário: Todos os dias às 17h00, 19h30 e 21h50Sala 2- ‘ 4 meses, 3 semanas e 2 dias’ Horário: Todos os dias às 16h40, 19h10/ 21h30

Sem informaçãoCine Teatro Miramar‘O Comboio das 3 e 10’

Horário: Qui, Sex, Sab às

21h30 e Dom. às 15h30

Na noite de hoje está de ser-vi ço, em Ponta Delgada, a Farmácia Vieira e Botelho, na Rua de São João, 32/6.Na Ribeira Gran de es tá de ser-vi ço a Far mácia Ribeirinha, na Rua do Jogo, 1/A.

INSOMNIA 200815 de Março às

22h00

S4124 320 PDL LIS 15:05 18:10 S4125 320 LIS PDL 12:50 14:05 S4128 313 PDL LIS 21:25 0:30 S4129 313 LIS PDL 19:10 20:25

MONTE BRASIL - Em viagem de Ponta Delgada para Lisboa chegando amanhã.MONTE DA GUIA- Em viagem de Lisboa para Ponta Delgada chegando amanhã.SETE CIDADES - Em viagem de Leixões para Ponta Delgada.PONTA DO SOL- Em viagem de Ponta Delgada para Leixões.TOM ELBA- Nas Velas.

18 AGENDA Domingo, 2 de Março de 2008 Diário dos Açores

Page 19: Diário dos Açores – 02.03.2008

Sector da construção não vai ter descansoO Inspector-geral do Tra-

balho garantiu que “não vai dar tréguas” ao sector da construção civil durante este ano, para tentar baixar o elevado número de aci-dentes de trabalho que se regista em Portugal.

Em entrevista à agência Lusa, Paulo Morgado de Carvalho diz que o sector continua a suscitar “uma preocupação muito eleva-da”, porque continua a re-

gistar um elevado número de acidentes mortais.

No ano passado, ocorre-ram 82 acidentes mortais na construção civil e, já este ano, até ao dia 15 de Feve-reiro, já se registaram 16 acidentes graves, nos quais morreram 11 pessoas.

“[Por isso], não vamos dar tréguas ao sector da construção civil, vamos ser bastante determinados”, garantiu Paulo Morgado

de Carvalho.O Inspector-geral do

Trabalho diz que aposta na prevenção para alterar a situação num sector que é maioritariamente constitu-ído por pequenas e médias empresas, que são aquelas onde se regista maior nú-mero de acidentes graves.

Paulo de Carvalho diz que nos últimos anos tem havido uma evolução posi-tiva nos níveis de sinistra-

lidade laboral, tendo sido registados 163 acidentes mortais em 2007, contra a média de 300 por ano registada nos anos 90. No entanto, esclarece, “estes números continuam a ser preocupantes e temos de ir mais longe para os redu-zir”.

“Se houvesse mais in-vestimento na prevenção seria melhor para todos”, disse, reconhecendo que

tem havido uma evolução nesta área mas apenas nas grandes empresas.

Para Paulo de Carvalho, a situação só vai, de facto, melhorar quando muda-rem as mentalidades e para isso defende que “é impor-tante ligar a prevenção à educação”.

”É preciso educar para prevenir, por isso era im-portante que a prevenção fosse introduzida nos cur-

rículos da escola primária para que as crianças tives-sem, desde cedo, a noção dos riscos relativos à segu-rança, higiene e saúde no trabalho”, afirmou.

O sector da construção foi alvo de uma acção ins-pectiva a nível nacional no final da semana passada que abrangeu 736 empre-sas e 1.795 trabalhadores e detectou 826 infracções às normas de segurança.

O Inspector-geral do Trabalho (IGT) quer que a revisão do Código do Tra-balho vá facilitar e tornar mais rápidos os processos de contra-ordenação con-tra empresas que come-tem infracções, de modo a que a aplicação de sanções seja mais dissuasora.

“Queremos que os pro-cessos de contra-ordena-ção sejam mais rápidos e mais facilitados na fase administrativa, para que possa haver mais rapidez na aplicação da sanção”, disse Paulo Morgado de Carvalho à agência Lusa, considerando que esta se-ria uma forma de dissua-dir os infractores.

“Este é um obstáculo que enfrentamos com frequência e que pode ser superado com a revisão do Código do Trabalho”, defendeu.

Paulo Morgado de Car-valho considera que os ac-tuais valores das multas e coimas a aplicar em caso de infracção já são dissua-sores, mas o problema é a morosidade de aplicação da sanção, pois sempre que a contra-ordenação prevê a aplicação de uma coima, a empresa sancio-nada contesta e o caso vai para tribunal.

O Inspector-geral do Trabalho tem também a expectativa de que a pró-

xima revisão da legislação laboral possa melhorar e facilitar a interpretação de alguns aspectos do Có-digo do Trabalho que têm suscitado grande número de pedidos de esclareci-mento à Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT) e que levou à cria-ção de um grupo de traba-lho para dar esses parece-res ao longo dos últimos quatro anos.

Paulo Morgado de Car-valho disse, em entrevista

à Lusa, que ele próprio também colaborou no Li-vro Branco das Relações Laborais, dando a sua opi-nião no âmbito das suas competências.

“No âmbito das nossas competências, verifica-mos no dia-a-dia quais as matérias que devem ser alteradas para melhor na legislação laboral e foi nessa base que fizemos o nosso parecer”, disse.

Paulo de Carvalho ga-rantiu à Lusa que desde

que o Código do Trabalho entrou em vigor, em De-zembro de 2003, tem ten-tado que os serviços que dirige falem sobre as difi-culdades relativas à inter-pretação e aplicação de vá-rias matérias consignadas na legislação laboral e que discutam as diferentes in-terpretações da lei.

Para dar o parecer com vista à revisão da legis-lação laboral, a IGT fez o balanço de todas essas interpretações ao nível

do grupo de trabalho que funciona no seu seio desde que o novo código laboral entrou em vigor.

Este grupo de trabalho, composto por 13 especia-listas (juristas, inspec-tores, dirigentes) recebe as questões que são colo-cadas pelos utentes nas vários delegações da IGT em todo o país, estuda-as e elabora pareceres que são sujeitos à aprovação do Inspector-geral.

“É que somos nós que

enfrentamos diariamente os problemas que resultam de interpretações diferen-tes da legislação laboral, pois somos dos serviços que lidamos mais com o Código do Trabalho”, dis-se Paulo de Carvalho.

O grupo de trabalho do Código encarrega-se das questões complicadas de interpretar pois as que estão claramente defini-das na lei são respondidas de imediato pelos funcio-nários das delegações da IGT, sem necessidade de recurso aos serviços cen-trais.

Para facilitar a infor-mação sobre a legislação laboral, a IGT elaborou um conjunto de fichas in-terpretativas sobre várias matéria do Código, que estão disponíveis a qual-quer cidadão no seu sitio da Internet.

A IGT elaborou ainda, com o mesmo objectivo, cadernos informativos sobre o Código que podem ser requisitados nos servi-ços locais da Inspecção ou nas lojas do cidadão.

A IGT está desde 1 de Outubro integrada na ACT, entidade responsá-vel pelas áreas inspectiva e preventiva das condições de trabalho.

A ACT é dirigida pelo Inspector-geral do Traba-lho.

IGT quer que o Código do Trabalho facilite processos contra empresas

>> TRABALHO IGT quer que os processos de contra-ordenação sejam mais rápidos

Publicidade em televisão aumenta apenas 1% em Janeiro

MAIO DE 2007 FOI O MÊS DE MAIS PUBLI-CIDADE

Os quatro canais de sinal aberto passaram 458 horas de publicidade comercial (excluindo auto-promoções) nos seus ecrãs no primeiro mês do ano, de acordo com os dados da MediaMonitor da Marktest. Representa mais 1%

do que no mês homólogo de 2007. Este valor representa uma média diária de 3 horas e 41 minutos por canal.

19 Diário dos Açores Domingo, 2 de Março de 2008 ECONOMIA

Page 20: Diário dos Açores – 02.03.2008

do

O realizador Frederico Co-rado vai estar presente no Fes-tival Internacional de Sarajevo para apresentar quatro obras: a curta-metragem “Telefona-me!” e os documentários “Gra-ça Lobo Dois Pontos”, “Os Bas-tidores de Música no Coração” e “Teatro Moderno de Lisboa - Sociedade de Actores”.

Baseada no conto “Telefona-me Carlos”, de Maria Eduarda Colares, a curta-metragem con-ta com interpretações de Sofia Froes, Camacho Costa, José Raposo, Maria João Abreu, Adelaide João, Pedro Fernan-des, Vitor Jorge e Rita Mendes. O filme acompanha Leonor, uma mulher dos nossos dias, habituada a viver com o recur-so às inúmeras tecnologias de que a sociedade actual dispõe.

Na manhã em que o seu namo-rado leva por engano a carteira dela, com todos os documentos, cartões de crédito e cheques, o seu quotidiano transforma-se numa surrealista prova de obs-táculos.

Já o documentário “Graça Lobo dois pontos” foi gravado durante o espectáculo “Aqui Estou Eu Vírgula Graça Lobo”, no Teatro Municipal São Luiz, entre Junho e Julho de 2003, e terminado em Março de 2006.

A ideia de fazer um docu-mentário sobre a mulher por trás da actriz surgiu quando, ao assistir a esta peça, o reali-zador se deixou contagiar pela figura, pelo magnetismo e pela força de Graça Lobo. O filme intercala um texto da própria actriz - dito por Gonçalo Ferrei-

ra de Almeida - sobre a sua car-reira e uma entrevista, onde é possível revisitar uma vida cheia de países, cores, lugares, pessoas, textos, imagens e sons desta figura emblemática do ci-nema português.

Em “Teatro Moderno de Lis-boa - Sociedade de Actores”, o cineasta reúne depoimentos de Carmen Dolores, Ruy de Car-valho ou Morais e Castro, entre outros actores, sobre o teatro referido no título, que funcio-nou entre 1961 e 1965.

O terceiro documentário a exibir no certame, “Os Basti-dores de ‘Música no Coração’”, conta como se produziu o es-pectáculo homónimo de Filipe La Féria.

Fundador da Magazin Pro-duções é responsável por vá-

rias ficções, documentários, vi-deoclips e filmes publicitários. O produto foi também autor de programas de rádio sobre cinema e (como realizador de cenografia virtual) assinou ce-nários/ vídeos para múltiplos

espectáculos, entre os quais “Amália-O Musical” ou “Gala 7 Maravilhas”. Actualmente, está a ultimar duas longas-me-tragens: “Maldita Cocaína” e “La Lys”.

Frederico Corado representa Portugal no Festival de Sarajevo

O quarto filme da série “Exterminador Implacável” chega ao cinema a 22 de Maio de 2009, anun-ciou a distribuidora Warner Bros.

Arnold Schwarze-negger não vai re-gressar ao papel que lhe deu fama mun-dial - o líder rebelde John Connor - tendo sido substituído por Christian Bale (“Bat-

man Begins”).O realizador de

“Os Anjos de Char-lie”, McG, assina este “Terminator Salvation: The Futu-re Begins” que, tudo indica, será o primei-ro filme de uma nova trilogia.

A produção deve começar em Maio deste ano no Novo México e, segundo o anunciado, este será

o filme de maior di-mensão alguma vez rodado neste estado americano.

O Novo México vai representar o Oeste americano num futu-ro pós-apocalíptico, detalhou o realiza-dor.

“Esta é a história de um homem que procura acreditar em si próprio e na Hu-manidade. Esta será

uma longa viagem e a paisagem desem-penha aqui um papel fundamental”, acres-centou McG, citado pela BBC.

A série criada em 1984 começou por contara a história de um robô futu-rista que visitava o presente como uma máquina destrutiva. O seu objectivo era matar Sarah Connor, mãe do futuro líder da resistência huma-na.

No segundo e ter-ceiro filmes, o filho, representado por Edward Furlong, foi ganhando importân-cia na narrativa. A distribuição interna-cional será da Sony Pictures.

A Warner e a Sony fizeram um acor-do semelhante para “Exterminador 3”, que facturou 433 mi-lhões de dólares em todo o mundo.

‘Exterminador Implacável’ regressa em 2009

Pamela Anderson, uma heroína bem visível

Pamela Anderson é uma das actrizes de “Su-perhero Movie”, comédia que parodia vários filmes de super-heróis, entre os quais “Homem-Aranha”, “Batman” ou “O Quarteto Fantástico”. A actriz que ganhou fama como a sal-va-vidas de “Marés Vivas” interpreta o papel de Mu-lher-Invisível. Na imagem é possível ver como lhe as-

senta a roupa da heroína. Drake Bell, Sara Paxton, Christopher McDonald, Tracy Morgan, Regina Hall e Leslie Nielsen são outros dos actores que par-ticipam em “Superhero Movie”. O filme foi realiza-do, escrito e produzido por Craig Mazin.

Nos Estados Unidos, a comédia tem estreia agen-dada para 28 de Março.

Juliette Boniche vai estrear-se em Setembro num espectáculo de dan-ça, acompanhada pelo bailarino e coreógrafo britânico Akram Khan.

“Vai ser um duo, uma peça sem palavras”, que será apresentado no Na-tional Theatre em Lon-dres, anunciou Akram Khan.

O espectáculo é “uma

colaboração igual em to-dos os domínios, o texto, o movimento, o conjunto”, especificou o coreógrafo, que nasceu na capital de Inglaterra, oriundo de uma família do Ban-gladesh. O coreógrafo promete que este será um espectáculo muito in-tenso e elogia a coragem e tenacidade da actriz de 44 anos.

Juliette Binoche estreia-se como bailarina

20 ESPECTÁCULO Domingo, 2 de Março de 2008 Diário dos Açores

Page 21: Diário dos Açores – 02.03.2008

LEU-SE QUE...ACONTECEU...

(…) a 2 de Março…

2006 – A Direcção Regional da Cultura ordenou a suspensão das obras de construção de um parque de estacionamento no largo de S. João alegando que a autarquia não entregou o respectivo projecto para aprecia-ção. Vestígios de um antigo convento ou de uma pequena muralha deverão ser estudados.

– O Instituto Açoriano de Cultura pro-move nas cidades de Angra do Heroísmo, Praia da Vitoria e Ponta Delgada, a reali-zação de um seminário internacional subordinado ao tema: “O liberalismo nos Açores: do Vintismo à Regeneração”.

– Foi instalada a lanterna visitável da cúpula do Farol dos Capelinhos, na ilha do Faial, mais um passo na sua recuperação.

“O euro já vale mais de dólar e meio, a moeda americana está no nível mais baixo desde que foi cotada livremente em 1973 e o petróleo, em parte por isto, já passou os cem dólares o barril, apesar de as expectativas serem de que estabilizasse abaixo dos 90, dada a perda de gás da economia americana. Anteontem, Ben Bernanke, governador do banco central americano, assumiu que o seu maior objecti-vo é “lutar contra uma recessão” mas sem descurar “a luta contra a inflação” que ele próprio admite que dá sinais de acelerar”.

Manuel QueirozIn “Diário de Noticias”29-02-08

“ Os privilégios dos professores contra os interes-ses das “crianças”. O próprio método de avaliação que o Governo defende para os professores faz depender a apreciação do mérito dos professores do êxito das “crianças”. Evidentemente que assim não há escolha possível. Os professores defendem-se a si próprios e ao seu estatuto de “irresponsabilidade”, e o Governo defende as “crianças”.

Pedro LombaIn “Açoriano Oriental”29-02-08

21 Diário dos Açores Domingo, 2 de Março de 2008 SAÚDE

efemÉridesPrincipais acontecimentos registados no

dia 2 de Março:1821 - Extinção da censura prévia, em Portugal,

no âmbito da Constituição Liberal, em elabora-ção.

1833 - Guerra Civil. As forças de D. Pedro IV repelem a ofensiva miguelista nas linhas leste e noroeste do país.

1872 - Portugal assina o Tratado de Comércio com o Império Alemão.

1895 - Congresso do Partido Republicano, em Lisboa. É eleito o directório de Eduardo de Abreu, com Magalhães Lima e Gomes da Silva.

1919 - Começa o Komintern, em Moscovo, congresso que dá origem à III Internacional.

1949 - Um avião bombardeiro B-50 termina, em Fort Worth, no Texas, a primeira volta ao mundo sem escalas.

1992 - Morre Carlos dos Jornais, poeta repen-tista, figura típica de Lisboa.

2006 - É assinado em São Petersburgo o proto-colo de intenções que permite a criação em 2010, em Lisboa, do terceiro pólo europeu do Museu russo Hermitage.

Pensamento do dia: “No dia em que o homem se der conta dos seus profundos equívocos, terá terminado o progresso da ciência”. Marie Curie (1867-1934), cientista francesa de origem polaca, Nobel da Física e da Química.

O comando da televi-são e a “fast food “são aliados do sedenta-rismo e da obesidade, responsáveis pela epi-demia de diabetes que nunca ameaçou tanto os portugueses como hoje, segundo Almeida Ruas, galardoado com o Prémio de Excelência de Diabetes.

Trata-se da segunda edição deste prémio, organizado pela Socie-dade Portuguesa de Diabetologia e um labo-ratório, entregue no de-correr do 8º Congresso Português de Diabetes, que decorreu em Vila-moura.

Em declarações à Lusa, Almeida Ruas disse estar “orgulhoso” do galardão, por consi-derar que já fez alguma coisa pela doença, re-ferindo-se ao trabalho que desenvolve desde 1965 nesta área.

Manuel Almeida Ruas, fundador e direc-tor do serviço de Endo-crinologia dos Hospi-tais Universitários de Coimbra (HUC), licen-ciou-se em Medicina em 1957.

O seu interesse na

diabetes e endocrino-logia levou-o a ir para Paris, para o Instituto de Alta Cultura, onde frequentou os Serviços de Endocrinologia e Do-enças Metabólicas do Hospital Pitié.

A sua preparação em Endocrinologia, nova área do saber médico a nível nacional e inter-nacional, levaram-no ainda a Londres onde, como bolseiro da Fun-dação Calouste Gul-benkian, trabalhou no London Hospital e no New England Hospital.

Almeida Ruas criou a Consulta Externa de Endocrinologia nos HUC em 1973. Desde então, como lembrou à Lusa, a doença foi alvo de um grande investi-mento, nomeadamente ao nível do diagnóstico.

A este propósito, o especialista sublinhou a importância da iden-tificação das glicemias através da picada do dedo e, na área da dia-betes tipo I, a substitui-ção das seringas pelas canetas infusoras.

Em relação à doença, Almeida Ruas afirma que, do ponto de vista

epidemiológico, consta-ta-se que a diabetes tipo II “está a aumentar de uma forma epidémica”, sendo “um perigo mun-dial”.

“As estatísticas mos-tram valores muitís-simos elevados e os prognósticos são ainda piores, o que se deve à predisposição genética aliada ao sedentarismo e à obesidade.

“As pessoas não se mexem, sentam-se para trabalhar e nos tem-pos livres e nem pre-cisam de se levantar para mudar os canais televisivos, graças aos comandos. Esta vida sedentária, aliada à obesidade, em grande parte causada pela fast food, pode resultar em diabetes tipo II e, logo, a um elevado risco para o coração”, disse.

Este prémio desti-na-se a premiar uma figura da diabetologia nacional que se tenha destacado pela activi-dade desenvolvida na clínica, na investiga-ção ou na educação te-rapêutica na área da diabetes mellitus e das suas complicações.

No valor de 7.500 eu-ros, o prémio reconhece institucionalmente as melhores práticas na-cionais no controlo da diabetes, patologia que se estima atingir mais de 700 mil portugueses e que deverá duplicar na próxima década.

Para o presidente da Sociedade Portuguesa de Diabetologia (SPD), Luís Gardete Correia, “este é um prémio mui-to importante pois per-mite, acima de tudo, distinguir um colega que tenha pautado a sua vida pessoal e profissio-

nal pela investigação e educação na área da diabetes. É uma gran-de honra para a SPD atribuir, anualmente, este galardão, pois é também uma forma de a sociedade se afirmar no panorama médico nacional”.

Comando televisivo e fast food são aliados do sedentarismo e obesidade

Page 22: Diário dos Açores – 02.03.2008

Quem nasce hoje é... tolerante, compreensivo/a, amoroso/a e generoso/a. Costuma ajudar os outros sem pedir nada em troca. Sabe perdoar e compreender a natureza humana em todos os sentidos. Tra-balha muito melhor quando está livre para expressar as emoções e quando é necessária inspiração. Musical, teimoso/a, é um/a pai/mãe devotado/a e ama o lar e a comunidade. Anseia pelo amor, pelos amigos, por companhia. Assume as responsabilidades. Artístico/a, generoso/a,

atrai as oportunidades, aprende fazendo. Liga-se muito à família, cuida dos idosos, é um/a cidadão/ã sério/a e realiza trabalhos cívicos.

Carneiro Touro Gémeos Caranguejo Leão Virgem Balança Escorpião Sagitário Capricórnio Aquário Peixes

HORÓSCOPO HORÓSCOPO HORÓSCOPO HORÓSCOPO HORÓSCOPO

Esta semana vai ser senti-

da com muita

vitalidade quer físi-ca quer mental-

mente. Se sofre de alguma doença.

Este será um perío-do em que vai sentir melhoras.

Grande capacidade

de apli-car a sua energia física de

forma dis-ciplinada com vista a alcançar um objecti-vo, e resul-tando daí o ser uma

pessoa conhecida pela sua

capacidade de concre-

tização.

O seu espírito vai estar em alta e a sua ati-tude men-tal mais positiva, o que vai atrair as amizades e benefi-

ciar a sua popula-ridade. Preo-

cupa-se com o bem

estar dos outros.

É conve-niente

fazer um chek-up para ver o estado geral do

seu corpo. Aconse-lhável ida ao

ginecolo-gista para exame de

rotina. Evite os

doces e os chocola-

tes. Tome precauções com a ali-mentação.

A sua atenção vai estar voltada

para investi-mentos

em obras de arte e adminis-

tração dos seus bens em geral,

princi-palmente aqueles que são

partilha-dos com o cônjuge.

Esta vai ser uma sema-na de des-cobertas de novas

sensações, a sua ener-

gia vai estar mais

voltada para o con-tacto com o mundo externo. Ficar em casa não vai ser da sua prefe-rência...

A dificul-dade em

lidar com os obstá-culos e as frus-trações podem gerar

dores de cabeça. Procure contro-

lar a sua tendência

impetu-osa que pode vir a sentir durante

este perí-odo.

Logo no início desta

semana vai sen-tir uma maior

necessi-dade de investir mais em si, na sua formação pessoal e

quem sabe iniciar

outra vez os estudos. Bom perí-odo para fazer um

balanço de finanças.

Aproveite a ocasião para valo-rizar o seu

aspecto físico.

Cuide do seu corpo e da sua

aparência. Não se

poupe em mimos,

vai fazer bem ao

seu cora-ção.Tente conciliar

o que quer para si.

Aproveite para orga-nizar a sua

agenda profissio-

nal ou, se estiver desempre-gado, para começar a fazer um

plano para procurar

um empre-go. Semana

propícia para encon-

trar um trabalho.

Uma nova fase da

sua vida profissio-nal pode-rá estar

prestes a começar.

Muito pro-vavelmen-te pode ser o inicio de uma nova

função dentro do seu local

de tra-balho ou um novo emprego.

Sentirá um maior desejo de

conviver e de relacio-nar-se com os outros. Mais aber-

to esta é uma boa fase para

abrir o seu coração e pôr em

ordem e no seu devi-do lugar alguma

desilusão que teve.

O Museu do Fado em Lisboa encerra ao público a partir de amanhã para obras de remodelação, devendo abrir novamente portas em Junho, disse à Lusa fonte da instituição.

O projecto de requalifi-cação do Museu, situado em Alfama, é apoiado em 54% pelo Programa Operacional da Cultura (POC), tendo as obras co-meçado já em Outubro passado.

“A partir de segunda-fei-ra far-se-á a intervenção de renovação e ampliação da exposição permanen-te, que obriga a encerrar portas”, indicou Sara Pe-reira, gestora do Museu.

“O projecto de recupe-ração e valorização do Museu implica a reabi-litação das fachadas e coberturas, a valorização do circuito museológico através da ampliação e renovação da exposição permanente, passando pela eliminação de bar-reiras arquitectónicas

no interior do edifício, no sentido de garantir a acessibilidade dos visi-tantes com mobilidade condicionada”, explicou.

A instalação de siste-mas de vídeovigilância, bem como a renovação do sistema de ingressos, controlo e apuramento estatístico dos visitantes, são outras áreas alvo de intervenção.

“Na futura exposição, o Museu integrará postos de consulta interactiva, disponibilizando aos vi-sitantes a consulta, em suporte digital, de docu-mentação (periódicos, repertórios, fotografias) biografias de fadistas, instrumentistas, autores e compositores e casas de fado”, enumerou.

Segundo a responsável, as obras de remodelação irão “aumentar exponen-cialmente a quantidade de informação disponível aos visitantes e maximi-zar os meios de divulga-ção do universo do Fado”.

Sara Pereira referiu ainda que “o projecto ex-positivo, desenvolvido ao longo de um discurso mu-seográfico contemporâ-neo, contemplará a inte-gração de um importante acervo de artes plásticas e de renovados conteú-dos museológicos, a par de uma tecnologia mul-timédia interactiva, com o intuito de incrementar significativamente a qua-lidade e a quantidade de informação”.

O Museu do Fado foi inaugurado a 25 de Setem-bro de 1998, estando insta-lado no antigo Recinto da Praia, ao Largo do Chafa-riz de Dentro, em Alfama, uma antiga estação eleva-tória de águas.

O Museu, entre outras peças, apresentava uma colecção de guitarras, vá-rios troféus conquistados por fadistas, nomeada-mente o Prémio BBC Rá-dio 3 World Music, ganho por Mariza em 2003, dis-cos, cartazes e a recriação

de uma casa de fados.Além da exposição

permanente, o Museu in-cluía um espaço de expo-sições temporárias, onde se apresentaram mostras relativas a Amália Ro-drigues, Berta Cardoso, David Mourão-Ferreira e Carlos do Carmo, entre outros, um Centro de Do-cumentação e um audi-tório, onde se realizaram várias iniciativas promo-vidas pelo museu ou asso-ciação ligadas ao estudo do Fado.

O guitarrista e estudio-so José Pracana realizou uma série de palestras, as-sim como o investigador Vítor Duarte Marceneiro. A Academia do Fado e da Guitarra Portuguesa e a Associação Portuguesa dos Amigos do Fado leva-ram a cabo vários ciclos.

O Museu integra a rede de equipamentos da EGE-AC (Empresa municipal de Equipamentos e Ani-mação Cultural).

Museu do Fado encerra portas para obras de requalificação

‘Joy Division’ estreia em Maio no Reino Unido

Grant Gee que, há dez anos, apresentou “Meeting People Is Easy”, um filme documen-tal sobre a vida dos Radiohead em digressão, terminou em 2006 um trabalho do mesmo gé-nero.

Falamos de “Joy Division”, um documen-tário que inclui imagens inéditas da banda, assim como entrevistas exclusivas, nomea-damente a pessoas que conviveram com os músicos.

O filme estreia nos cinemas britânicos a 2 de Maio. Apesar de partilharem o mesmo tema, este documentário tem um enfoque bastante diferente de “Control”, de Anton Corbijn (re-alizado posteriormente). A obra de Gee foca sobretudo a história do grupo, o seu percurso até à fama, revelando ainda o espírito que se vivia na cidade de Manchester no final dos anos 70, e a influência que isso teve para a so-noridade da banda.

Outro dos aspectos aqui focados é o proces-so de transição que o grupo teve que fazer após o suicídio de Ian Curtis até se reinventa-rem como New Order. O fundador da Factory Records, Tony Wilson, o brilhante produtor Martin Hannett e os “sobreviventes” da ban-da - Bernard Sumner, Stephen Morris e Peter Hook - são alguns dos que intervêm na obra.

A belga Annik Honoré, amante de Ian Cur-tis, revela detalhes da vida do casal e da sua relação com o músico nos seus últimos dias de vida.

22 ENTRETENIMENTO Domingo, 2 de Março de 2008 Diário dos Açores

Page 23: Diário dos Açores – 02.03.2008

ÚLTIMA EDIÇÃO

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Diário dos Açores137ANOS

Membro Honorárioda Ordem de Mérito

CANTO DO RISO CAÇA PALAVRAS

Sabem onde é que um elefante se esconde bem?

Atrás de um morango. Já viste algum elefante atrás de um moran-

go? Não?! Estás a ver como ele se esconde bem.

Na selva passava-se uma época de grande fome. O rei leão tomou, numa reunião com todos os animais a seguinte decisão:

- Para acabar com a fome, vamos acabar com todos os animais pequenos.

Assim se fez, mas a fome continuou! Nova reunião se fez, e o rei leão tomou

então a seguinte decisão: - Para acabar com a fome vamos acabar

com todos os animais de boca grande. Sussurra o hipopótamo: - O crocodilo está

feito ao bife!!!

Uma mosca vai a um restaurante e pergun-ta: - Qual é o prato do dia?

Ao que responde o empregado - É arroz com caca!

A mosca muito enjoada diz: - arroz, outra vez?!

- Dizes então que o teu cão é muito inteli-gente.

- Sim, sim, muitíssimo. Basta que lhe diga: vens ou não vens?

E ele...vem...ou não vem!

- O meu cão perdigueiro é tão extraordiná-rio que, a um quilómetro de distância, sabe logo que sou eu. Que me dizes a isto?

- Que te devias lavar mais vezes!

5 9 76 2 9 8 4

8 61 2 7

7 24 9 8

4 91 2 3 7 4

1 6 3

SUDOKUINSTRUÇÕES: Em cada quadrado de nove espa-ços, em cada linha e em cada coluna tem de se inscrever os dígitos de 1 a 9, preenchendo os espaços que estão em branco, sem haver repetição de números nas linhas, nos quadrados ou nas colunas.

AFECTOAUTORCENÁRIOEQUILÍBRIOFESTA

FOMEFOTOGRAFIAGUERRAHUMANOIMAGEM

MULHERMUNDOÓDIOSAGRADOTERCEIRO

Períodos de céu muito nublado com aber-tas. Aguaceiros. Vento leste bonançoso (10/20 km/h), rodando para norte tornando-se gra-

dualmente fresco a muito fresco (30/50 km/h) com rajadas até 65 km/h. Mar de pequena

vaga, tornando-se cavado a grosso.Ondas oeste de 2 metros passando a norte.

Preia-mar: 10h00 e 22h29 Baixa-mar: 4h00 e 16h08 Nascimento do sol: 7h32 Ocaso: 18h39

Períodos de céu muito nublado.Aguaceiros fracos durante a madrugada

e manhã. Vento noroeste moderado (20/30 km/h), rodando para nordeste e tornando-se fresco a muito fresco (30/50 km/h) com raja-das até 65 km/h. Mar cavado, tornando-se

grosso. Ondas noroeste de 2 metros passando a norte e aumentando para 3 metros.

Períodos de céu muito nublado. Aguaceiros. Vento fraco (05/10 km/h), tor-

nando-se gradualmente fresco amuito fresco (30/50 km/h) com rajadas

até 65 km/h. Mar encrespado tornando-se cavado a grosso. Ondas noroeste de 2 metros passando a norte e aumentando

para 3 metros.

H U M A N O I M A G E M A N LG A A U G A R O I C O D U G ME Q U I L Í B R I O T R T U MF R L R O T M S G M E E O R IO O H Q E Ó Q O U H R O R M UR T T H S U U N L A C M I O OD E C O E M D U C O E F M D OE A N E G O M B F M I U E E ÓG Á Q R F R H A C A R A R E II O T C M A A E M T O R A U FQ U G R E F N F A E U R S S GR F N A A Á E R I O S E L G AG O D A R G A S R A Á U M O RG E D I R O U T T U A G F L UO R O D U T R Q N A E M O F O

HOJE AMANHÃNova Fase:07-03-08LUAS

HORIZONTAIS: 1 sensação produzida no ouvido pelas vibra-ções dos corpos sonoros; 5 Deus fique contigo, Deus vá con-tigo!, despedida; 10 pedra preciosa, de cor leitosa ou azulada, que apresenta reflexos cambiantes e é uma variedade de sílica hidratada; 11 qualquer parte do esqueleto dos vertebrados; 12 terra misturada com detritos orgânicos no fundo da água, lama; 13 tecido de seda lustroso e macio; 14 1ª pess. sing. pres. ind. de tratar; 16 rio que nasce nos Alpes, no leste da Suíça; 17 planta da família das teáceas, as folhas dessa planta, depois de colhidas e secas, infusão dessas folhas ou flores de diversas plantas; 20 1ª pess. sing. pres. ind. de Ser; 23 radical ou tema de uma palavra; 25 que é como outra coisa; 28 educando 29 transpirar; 30 país da Ásia, vizinho da Tailândia e do Vietnam; 31 distância que se percorre entre dois lugares de paragem;32 planta gramínea ou o grão dessa planta, base da alimenta-ção na China; 33 levantar, puxar para cima; VERTICAIS: 1 acto ou efeito de soltar; 2 pôr diante de 3 sustentar-se e mover-se sobre a água, pelo movimento de certas partes do corpo;4 componente de computador que serve para ligar determinadas peças; 6 ter, sentir dor; 7 pessoa ou coisa que está próxima de quem fala; 8 grande estabeleci-mento de fabricação industrial; 9 1ª pess. sing. pres. ind. de somar;15 que não tem miolo; 18 designativo de dúvida ou desconfiança; 19 fazer estar em silên-cio; 20 sisudez, juízo, cir-cunspecção; 21 que é de uso frequente; 22 espe-cialmente avermelhar; 23 projéctil de arma de fogo; 24 fluido segregado pelas glândulas sudorípa-ras 26 fem. sing. de este; 27 carta geográfica ou celeste;

1 2 3 4 5 6 7 8 9

10 11

12 13

14 15 16

17 18

19 20 21 22

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32 33

SONSADEUSOPALAOSSOLODOCETIMTRATORENOARCHÁA

CSOUUCBASEMESMOALUNOSUARLAOSETAPAARROZALAR

HUMANOIMAGEMANL

GAAUGAROICODUGM

EQUILÍBRIOTRTUM

FRLROTMSGMEEORI

OOHQEÓQOUHRORMU

RTTHSUUNLACMIOO

DECOEMDUCOEFMDO

EANEGOMBFMIUEEÓ

GÁQRFRHACARAREI

IOTCMAAEMTORAUF

QUGREFNFAEURSSG

RFNAAÁERIOSELGA

GODARGASRAÁUMOR

GEDIROUTTUAGFLU

ORODUTRQNAEMOFO

598734216763219854421586397635142789879653421214978635386495172152367948947821563

SOLUÇÕES

Governo dos AçoresEsta publicação tem o apoio do PROMEDIA - Programa Regional de Apoio à Comunicação Social Privada

PERGUNTA:

Quem foi Buda?

SOLUÇÃO:

A palavra Buda significa “o iluminado” e é o nome dado aos grandes mestres do Budismo.

CULTURA

GERAL

GRAU: MUITO DIFÍCIL

23 Diário dos Açores Domingo, 2 de Março de 2008 PASSATEMPOS

Page 24: Diário dos Açores – 02.03.2008

Diário dos AçoresANO136º

Ú L T I M A2 de Março de 2008

Elevadores

Segundo informação que julga-mos fidedigna, Gama e Menezes fizeram um acordo parlamentar no sentido de modernizar as assem-bleias a que presidem, nomeada-mente, provendo-as de novas tec-nologias. Assim para a AR serão instalados elevadores de cadeiras, rápidos, que permitam aos senho-res deputados levantarem-se dum pulo apenas com o esforço de car-regar num botão, quando for para votar. Os elevadores a instalar na ALR serão um pouco mais lentos para evitar fracturas ósseas, embo-ra, em termos práticos consigam por os pais da pátria também em pé. Mesmo os que dormem duran-te as sessões plenárias. Ora, vejam se o progresso não é coisa boa, libertando suas exce-lências do custoso trabalho de se levantarem, à sua custa. Chama-se a isto, agora, levantamento mínimo obrigatório com apoio mecânico.

Neurocirurgia

Há Serviços do nosso Hospital do Divino Espírito Santo que são exemplares.Comadre Paula Margarida foi submetida, recentemente, a uma

intervenção cirúrgica à coluna pelo conhecido cirurgião Dr. Cidálio Cruz. Para além da operação ter sido um êxito, ela fez questão de registar a simpatia, a dedicação e a competência do pessoal do serviço de Neurocirurgia. Um registo que se faz com agrado.

Saúde

Os hospitais e os centros de Saúde precisam de mais 124 enfermeiros. Entretanto o governo de cá anun-cia que vai contratar 187. Quanto a médicos são precisos cerca de 150. Entretanto, o governo nem 20 consegue contratar. A política de Saúde deste governo de cá, desabafa Compadre Peixoto, é no mínimo enigmática. É que, neste campo, os números não batem certo!

Buracos

Algumas das nossas estradas estão um desastre e nem é pela falta de empenho do Doutor José Contente. Compadre Medeiros julga que a questão é de fundo, do foro técnico.Buracos com frequência em asfal-tos novos e pavimentos degradados poucos anos após a sua colocação, panorama que é frequente e que urge enfrentar.

O Laboratório Regional de Engenharia Civil tem a palavra.E o Senhor Secretário Regional, como é óbvio.

Santuário

A nossa terra caminha para o descalabro. O pior é que vamos cedendo, cedendo, de tal forma que qualquer dia quem manda são os vândalos e a insegurança que nos invade. Uma vergonha!Agora foi o Santuário do Senhor Santo Cristo que fecha em cer-tas horas aos peregrinos e devo-tos apenas pela insegurança do local. Gente que durante o dia anda de garrafa na mão a gri-tar palavrões e a provocar quem passa. Ninguém aguenta. Nem Monsenhor Agostinho Tavares que, a este respeito, muito tem sofrido.E nós lá vamos cedendo… até certo ponto. O pior é quando o povo reagir!

Resort

Compadre Feliciano ficou con-fuso. Leu, num dos jornais da nossa praça, que o primeiro Resort dos Açores vai ser cons-

cer: é um processo de carrossel sucessivo entre empregos precários (com características associadas que vimos) e (eventualmente) perío-dos de desemprego mais ou menos prolongados, carrossel esse que se estende no tempo muito para além da Juventude”. Gilberta Rocha anunciada apresentadora do livro teve mais que fazer na Universidade e foi substituída na leitura do seu arrazoado por Octávio Medeiros (que o leu, sempre ressalvando que o feminino do discurso não era dele mas dela…). Cabral Vieira, mais espontâneo avaliou a obra com o apreço que merece.

Empreiteiro

Berta Cabral acabou a 1ª fase do parque subterrâneo da Avenida com 30 dias de avanço. Era bom saber-se quem foi o empreiteiro, pois esse não deve ser deste mundo.

Mentira da semana

Nem o dr. José d’Almeida viu a entrevista de Pinto da Costa nem o senhor Gustavo falou do Benfica esta semana.

Frase da semana

Professor Horrendo: é o que a par-tir da academia não sabe fazer mas, supostamente, sabe teori-zar. Gregory Rabassa - citado por Vamberto de Freitas no Correio dos Açores de 27 de Fevereiro de 2008.

truído na Serretinha, ilha Terceira. Esqueceram-se do magnífico Resort da Caloura, à beira-mar, com vista e conforto de chorar por mais.E não venham com as manias do costume, desabafou ele a quem quis ouvir.

Concerto

Foi interessante e acolhedor o con-certo promovido pelo Conservatório Regional com a participação de professores e alunos, na imponente Igreja do Colégio.Alunos que deram boa conta do recado no deslumbrante monumento que é aquela Igreja, com realce para a soprano Natália Ferreira que tam-bém dirigiu o Coro Juvenil.Pena não ter havido maior parti-cipação de público que, se calhar, ficaram em noite fria, sentadinhos na comodidade dos sofás!

Adivinha

Quem é o político açoriano que decla-rou: eu sou o sacerdote de mim próprio e sumo pontífice!? PA garante um ano de assinatura do DA ao leitor que adi-vinhar.

Obra

Berta Cabral presidiu, no Centro Municipal de Cultura, ao lançamento do precioso livro de Fernando Diogo “Pobreza, Trabalho, Identidade, radiografia científica e fria duma sociedade que nós julgamos conhe-