PARTE IIPODER LEGISLATIVO

ESTA PARTE É EDITADAELETRONICAMENTE

DESDE 1º DE JULHO DE2005

ANO XLI - Nº 216QUINTA-FEIRA, 26 DE NOVEMBRO DE 2015

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CPI das Armas vai a batalhão no Estácio

Vistoria constata problemas em quartel da PM>Página 3

Alerta para as fortes chuvas do verão

Comissão ouve secretário de Defesa Civil>Página 3

Flashes do dia a dia dos jovens parlamentares

Veja as principais atividades do PJ desde a abertura>Página 2

Q uem disse que o jo-vem fl uminense não se interessa por po-lítica? Durante esta

semana, meninos e meninas de quase todas as cidades do Rio estão na sede da Assembleia Le-gislativa do Estado do Rio de Ja-neiro (Alerj) para mostrar o con-trário. Na segunda-feira (25/11), teve início o Parlamento Juvenil (PJ), projeto da Casa que está em sua nona edição, em que alunos da rede pública mergulham no

dia a dia de deputados e atuam como parlamentares.

São 82 participantes, eleitos em suas escolas para representar a cidade onde moram. Participa-ram da corrida eleitoral estudan-tes de 14 a 17 anos matriculados em 1.400 colégios da rede públi-ca estadual.

Depois de diplomado, o gru-po, já na Alerj, começou a atuar e elegeu, na segunda (23/11), a es-tudante Lara Carvalho, 17 anos, de Duas Barras, para presidir a mesa diretora. Na terça (24/11), durante a defesa dos projetos de lei, um dos destaques foi a pro-

posta que prevê multa para os agressores em crimes de violên-cia contra a mulher, de autoria do estudante Luiz Eduardo Daher, 17 anos, de Maricá. “Comecei a

refl etir muito sobre o feminismo e a pesquisar. Os índices de vio-lência contra a mulher estão au-mentando todo ano”, disse.

Outro texto que chamou a atenção foi apresentado por Vic-tória de Castro, 17 anos, de São Fidélis, que visa a reduzir as despesas dos órgãos públicos e diminuir os salários dos deputa-dos. “Pensei em algo que fi zesse a diferença no momento de cri-se”, justifi cou.

Durante os intervalos do tra-balho das comissões, o grupo visitou o Estádio do Maracanã, oportunidade única para a maio-ria dos jovens parlamentares. Eles ainda tiveram um encontro com o vice-governador Francisco Dor-nelles, no Palácio Guanabara.

“Os jovens deputados apresen-taram propostas inovadoras. Eles realmente têm vontade de mudar a realidade política de suas cida-des e do Estado do Rio. Foi notório isso”, destacou o coordenador do projeto em 2015, deputado Wan-derson Nogueira (PSB).

Hoje, à tarde, os jovens visi-tam o Pão de Açúcar. Amanhã, no encerramento do PJ, os par-lamentares juvenis vão eleger os três melhores projetos de lei que serão encaminhados ao governa-dor Luiz Fernando Pezão, e po-dem virar lei. (veja os principaismomentos na pág. 2)

Projeto traz à Alerj jovens de todo o Estado para experiência como deputadosFotos: Octacílio Farah

82 estudantes eleitos passam uma semana no

Tiradentes

DA REDAÇÃO

Momentos de descontração e trabalho marcam o dia a dia dos jovens que participam do PJ: visita ao Maracanã (foto acima) e a abertura no plenário Barbosa Lima Sobrinho

Parlamento Juvenil 2015:a bola está com eles

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Foto: Rafael Wallace

Assim que chegaram ao Palácio Tiradentes, os parlamentares juvenis participa-ram da sessão de abertura do projeto, que contou com a presença do presidente da Alerj, deputado Jorge Picciani (PMDB). Depois, posaram para a foto ofi cial

PJ teve abertura no plenário, curso de oratória no salão nobre e visita ao Maraca

Trabalho duro e descontração

Agora é lei

O estabelecimento que proibir ou constranger o aleita-mento materno em suas insta-lações estará sujeito à multa. É o que decreta a Lei 7.115/2015, de autoria dos deputados Ro-senverg Reis (PMDB) e Dr.

Sadinoel (PT), sancionada pelo governador Luiz Fernan-do Pezão e publicada no Diário Ofi cial do Poder Executivo de ontem (25/11).

De acordo com a lei, inde-pendentemente da existência

de áreas destinadas ao aleita-mento no estabelecimento, a amamentação poderá ocorrer em qualquer local, mesmo onde seja proibido o consumo de alimen-tos, pois a amamentação é um ato livre entre mãe e fi lho.

Multa para quem constranger aleitamento materno

Foto: Carolina Lessa

Na terça-feira cedo, os jovens do PJ tiveram duas atividades: participaram de

cursos de oratório oferecidos pela Escola do Legislativo (Elerj) e fi zeram a visita

guiada ao Palácio Tiradentes, acompanhados de estudantes de História da Uerj

Foto: Vítor Soares

No auditório do prédio anexo ao Tiradentes, meninos e meninas começaram as atividades parlamentares defendendo os projetos de lei que serão apresentados e poderão ser ser selecionados para envio ao governador Luiz Fernando Pezão

Foto: Octacílio Farah

Nem só de trabalho árduo vive um parlamentar juvenil. Ontem, eles visitaram

o Estádio do Maracanã – muitos não conheciam o lugar. À tarde, estiveram no

Palácio Guanabara com o vice-governador Dornelles. Hoje, vão ao Pão de Açúcar

Os hospitais públicos ou pri-vados que tenham convênio com o SUS serão obrigados a oferecer exames oftalmológicos em bebês recém-nascidos. É o que deter-mina a lei 7.111/15, de autoria do deputado Luiz Martins (PDT),

sancionada pelo governador Luiz Fernando Pezão e publicada no Diário Ofi cial da terça-feira (24/11). A lei altera uma legislação antiga, que determinava a realização des-ses exames nos bebês apenas em casos de problemas no parto.

Teste oftalmológico em bebês

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PODER LEGISLATIVO ������� � �

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Ocontrole manual das armas e muni-ções utilizadas pela Polícia Militar do

Rio é “falho e inefi ciente”. Essa foi a conclusão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj),

que apura o desvio de armas das forças de segurança, após visto-ria feita na terça-feira (24/11) no Batalhão de Choque da Polícia Militar, no Estácio, Centro do Rio. Os deputados tiveram acesso ao livro de registros da corporação e constataram números emenda-dos e corrigidos com liquid paper. Dados de 2013 estavam amarela-dos e parte das folhas estava ras-gada e ilegível nos cantos.

“Verifi camos os livros de con-trole das armas: parece caderno de feira! Centenas de policiais re-tiram e devolvem armas e muni-ções todos os dias, os livros têm rasuras nos dados, o que revela a fragilidade e a vulnerabilidade desse sistema”, disse o presiden-te da comissão, deputado Carlos Minc (PT). A deputada Martha Rocha (PSD), integrante da CPI, participou da visita.

Foto: Divulgação

Mais do que um espetáculo teatral, Cartas de Maria Julieta & Carlos Drummond de Andrade é o retrato fi el da emocionante história de amor entre pai e fi lha. A peça volta à cidade do Rio em apresentação única e gratuita na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), amanhã (27/11), às 18h, no salão nobre do Palácio Tiradentes (Rua 1º de Março, s/nº, Praça XV).

Encenado por Sura Berdi-tchevsky, o monólogo é uma ja-nela para a intensa cumplicidade entre Drummond e sua fi lha úni-ca, Maria Julieta. A troca de car-tas, bilhetes e desenhos começa quando ela tinha 5 anos. A dupla aborda desde os assuntos mais corriqueiros até comentários so-bre artes. Minas Gerais, terra de Drummond, que nasceu em Ita-bira em 31 de outubro de 1902, e a Copacabana onde ele viveu du-rante a maior parte da sua vida não poderiam fi car de fora.

Minc teve acesso a cadernos de anotações da PM que estavam amarelados e com folhas rasgadas

De Drummond para MariaSYMONE MUNAY

GABRIEL DESLANDES

Batalhão de Choque com problemas no Estácio

CPI das Armas vai ao quartel

Ônibus do ConsumidorO ônibus de atendimento da Comissão de Defesa do Consumidor da Alerj está na comunidade Santa Marta, em Botafogo. O serviço será realizado até amanhã na esquina da Praça Corumbá com a Rua São Clemente. Os consumidores terão seus casos analisados no local, entre 8h e 16h.

Oitenta e um por cento dos desastres naturais do Estado do Rio são provocados por chuvas fortes, que acontecem principal-mente no verão. Para prevenir as tragédias da estação mais quen-te do ano, o secretário de Estado de Defesa Civil, coronel Ronaldo

Alcântara, anunciou que já foram realizados 374 planos de contin-gência em 82 municípios fl umi-nenses. O verão de 2016 será ain-da mais preocupante devido ao forte fenômeno, conhecido como El Niño, que gera o superaque-cimento das águas do Pacífi co Sul e aumenta as temperaturas. As informações foram passadas durante audiência pública da

Comissão de Defesa Civil da As-sembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, presidida pelo deputado Flávio Bolsonaro(PP), na segunda-feira (23/11).

Segundo o coronel Alcânta-ra, 16 municípios do Rio contam com sistemas de alarme em áre-as de risco para evitar desastres causados pela chuva, o que be-nefi cia 80 mil pessoas.

Chuvas são 81% dos desastresGUSTAVO NATARIO

Foto: Rafael Wallace

Bolsonaro: “As cidades mais carentes merecem atenção especial”

Foto: Divulgação

Sura: relação entre pai e fi lha

Aumentar a visibilidade das mulheres fora da capi-tal. Esse é um dos objetivos discutidos na segunda-feira (23/11), durante a primeira reunião da Comissão Espe-cial para o Empoderamento da Mulher no Esporte e na Política da Assembléia Le-gislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). De acordo com a presidente do grupo, deputada Martha Rocha (PSD), a comissão vai atuar de forma itinerante nos muni-cípios do estado. “Nós vamos realizar audiências públicas em alguns municípios para que cada vez mais mulhe-res estejam conscientes da importância de avançar na conquista de novos espaços e na reversão do quadro de sub-representatividade das mulheres nos dois setores”, explicou a parlamentar.

Às vésperas das eleições municipais e dos jogos Olím-picos e Paralímpicos no Rio, uma das propostas é a de intensifi car debates e arti-culações sobre o assunto. A ex-jogadora de vôlei de praia e gerente de Planejamento do Comitê Olímpico Brasileiro

(COB), Adriana Behar, apre-sentou dados da Fundação de Esporte e Fitness das Mulhe-res que provam o quanto as mulheres são discriminadas no esporte. Segundo ela, “no mundo esportivo as mulheres ocupam apenas 0,5% do pa-trocínio corporativo e 5% do total da cobertura da mídia”.

ContinuidadeA senadora Ana Amélia

(PP-RS) propôs que a discus-são desses temas em escolas públicas e que o debate não se restrinja apenas a este período anterior às Olimpí-adas. Para ela, “se as regras dos esportes fossem usadas na política, teríamos um país muito melhor”.

Adriana Behar disse, ain-da, que os jogos olímpicos vão fortalecer as ações da co-missão, mas ela lembra que é importante dar continuidade ao tema após as Olimpíadas, aumentando a participação das mulheres em outros am-bientes do esporte como nas funções de técnicas, gesto-ras e presidentes de federa-ções esportivas.

Participaram da reuniãoprefeitos comprometidos com a base feminina, atletas olímpicos e paralímpicos.

Mais poder às mulheres do interiorMÁRCIA MANGA

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