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Dicas valiosas - Construct App · como sua missão, ajuda na hora de delimitar e comunicar a direção dos processos nessa área, e pode até se tornar uma referência nas tomadas

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Dicas valiosas para sua construtora fugir das estatísticas e oferecer condições de trabalho seguras

em todos os canteiros de obras

ÍNDICE

SOBRE O CONSTRUCT

06TECNOLOGIA A SERVIÇO DA SEGURANÇA

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Antes de assentar o primeiro tijolo, você precisa ter certeza de que tudo

foi devidamente projetado, orçado e planejado para orientar a execução da

obra e evitar maiores surpresas durante a construção do empreendimento,

certo?

Acontece que tão importante quanto elaborar ferramentas de gestão

como planejamentos financeiros e cronogramas é atestar que o canteiro

de obras funcione da forma mais segura possível e garanta a integridade

física de todo trabalhador que nele for atuar.

De acordo com a última atualização do Anuário Estatístico da Previdência

Social, entre 2007 e 2013 foram registrados cinco milhões de acidentes de

trabalho no Brasil. Os dados também mostraram que a construção civil é

o quinto setor econômico com o maior número de acidentes e o segundo

mais letal aos trabalhadores.

Para se ter uma ideia, a participação da construção no total de

acidentes de trabalho fatais no país passou de 10% em 2007

para 16% em 2013, respondendo por uma média de 450 mortes

por ano - ou seja, cerca de uma por dia.

INTRODUÇÃO

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Segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria da

Construção e do Mobiliário (Contricon), esses números alarmantes

são resultado da falta de treinamento e do uso de equipamentos de

proteção nas obras. Isso pode ser somado ainda ao fato de que a maioria

das atividades que fazem parte do dia a dia de uma obra apresentam

características um tanto arriscadas, como trabalho em altura e contato com

equipamentos e produtos químicos que exigem o dobro de atenção na sua

utilização.

Em meio a esse cenário, a boa notícia é que ações preventivas de

segurança podem contribuir bastante para amenizar os riscos e reduzir

estatísticas desfavoráveis como essas, das quais sua construtora não

precisa - e nem deve! - participar.

Para isso, a segurança também precisa ter seu próprio planejamento para

cada obra e estar presente em todas as etapas da construção.

Neste e-book feito em parceria entre o Sienge e o Construct, você vai

encontrar seis dicas que podem começar a ser aplicadas já no plano de

ação do seu próximo projeto.

Boa leitura!

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1. USO ADEQUADO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO

A não utilização adequada de Equipamentos de Proteção Individual

(EPIs) e Coletiva (EPCs) é um dos principais causadores de acidentes de

trabalho na construção civil, a partir de agora esses mecanismos deverão

fazer parte do uniforme de trabalho de todo e qualquer trabalhador que

adentrar os canteiros de obras da sua construtora!

Os EPIs são dispositivos utilizados pelo trabalhador com a finalidade

de protegê-lo de riscos à sua saúde e segurança enquanto desenvolve

determinadas atividades profissionais. Já os EPCs servem a esse mesmo

objetivo, mas para proteger um grupo de pessoas.

Você sabia que existe uma Norma Regulamentadora (NR) que exige que o

empregador adquira EPIs de acordo com o risco de cada atividade, oriente

quanto à utilização adequada e exija seu uso e responsabilize-se pela sua

troca e manutenção?

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Sendo assim, é fundamental fazer levantamentos e avaliações das

atividades que serão desenvolvidas em seus canteiros de obras para

se certificar que os trabalhadores estejam operando em condições

seguras. Para isso, você pode pedir opinião especializada – a um técnico

de segurança do trabalho, por exemplo - e ainda pesquisar sobre os

equipamentos que outras construtoras estão utilizando.

Conheça alguns dos principais EPIs e EPCs aplicados na construção civil no

quadro abaixo:

EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI)

CAPACETE: protege a cabeça de impactos causados pela queda

de objetos elevados.

ÓCULOS DE SEGURANÇA: protege contra a entrada de partículas nos olhos durante a

utilização de serras e lixadeiras, por exemplo.

PROTETOR AUDITIVO: ameniza a exposição ao ruído que pode

danificar a audição ao longo do tempo.

MÁSCARA: protege contra a poeira gerada pelo corte de madeira e cerâmicas como

tijolos e telhas, além de evitar o contato das vias respiratórias com produtos químicos,

como tintas.

LUVAS: disponíveis em diversos materiais para finalidades específicas, elas fornecem

proteção em trabalhos com risco de cortes e evitam o contato direto das mãos com

materiais como cimento e argamassa.

CALÇADO DE SEGURANÇA: protege os pés de perfurações

(ao pisar em pregos, por exemplo) e quedas de objetos e

evita que o trabalhador seja vítima de escorregões.

CINTO DE SEGURANÇA TIPO PARAQUEDISTA: principal equipamento de proteção

utilizado em trabalhos em altura, possui pontos de conexão a outros elementos de

segurança e é capaz de reter uma pessoa em caso de queda.

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EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA (EPCs)

TAPUMES: anteparo geralmente de madeira que limita o local da execução da obra

para proteger quem está do lado de fora.

CHUVEIROS LAVA-OLHOS: ajuda o trabalhador a fazer limpeza imediata dos olhos no

caso de contato com materiais da obra.

PLATAFORMAS: instaladas entre os pavimentos, evitam que objetos caiam

diretamente no solo e atinjam algum trabalhador.

CONES, CAVALETES, BIOMBOS, FITAS, CORRENTES, TELAS E REDES ISOLADORAS: sinalizam áreas restritas e alertam sobre o trânsito e

uso de máquinas e equipamentos, por exemplo.

EXTINTORES DE INCÊNDIO: combatem focos de chamas e evitam incêndios

conforme o tipo de material gerador do fogo.

Feito isso, é fundamental verificar se os equipamentos de proteção

individuais e coletivos fornecidos estão sendo realmente utilizados.

Afinal, não basta apenas entregá-los às equipes se as pessoas ainda não

estiverem conscientizadas da importância do seu uso, concorda?

1.1 DICAS PARA ESTIMULAR O USO DOS EQUIPAMENTOS

Um trabalhador pode deixar de utilizar um dispositivo de proteção por

diversos motivos: não ter consciência do real risco que sua atividade

representa, achar incômodo e até pela falta de hábito. Sendo assim, sua

construtora precisa avaliar se está agindo da forma certa para incentivar o

uso. Para ajudar a contornar essas situações, algumas dicas interessantes

que a construtora pode colocar em prática são:

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OFERECER equipamentos de proteção de qualidade que sejam

confortáveis de usar e não atrapalhem o desenvolvimento do trabalho;

ENVOLVER os colaboradores na escolha do fornecedor dos EPIs,

pedindo para que façam os testes e escolham os produtos que

ofereçam mais conforto e - por que não? - melhor design. Assim,

não terão desculpa para não usar, já que foram eles mesmos quem

escolheram;

ORGANIZAR-SE para entregar periodicamente os equipamentos

certos para cada atividade e trocá-los antes da data de validade;

ESTABELECER a utilização de EPIs e EPCs como regra da construtora

e realizar auditorias de fiscalização para criar o hábito do uso.

Afinal de contas, de nada adianta investir em equipamentos de proteção se

os principais contemplados não enxergarem sentido nessa iniciativa!

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Uma boa comunicação na segurança do trabalho é chave para ajudar a

prevenir doenças e acidentes relacionados às atividades de uma empresa.

Para empresas de construção civil, onde boa parte dos trabalhadores

desenvolvem atividades fisicamente intensas e atuam em locais propensos

a acidentes, como os canteiros de obras, a atenção ao tema segurança do

trabalho costuma ser enfatizada. Provavelmente na sua empresa existe

uma comissão permanente ou um departamento exclusivamente dedicado

a garantir que todas as normas de segurança sejam cumpridas, que os

funcionários sejam treinados para evitar acidentes, que a assistência

médica saiba agir quando coisas ruins acontecem. Mas será que sua

empresa dá a devida atenção ao papel específico da comunicação em todo

esse processo?

Frequentemente, como gestores, negligenciamos o tema comunicação.

Assumimos que sabemos nos comunicar bem o suficiente, já que fazemos

isso o tempo todo e sem precisar pensar muito a respeito. Acreditamos que

2. A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO NA SEGURANÇA DO TRABALHO

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nossos líderes, pares e liderados compreendem bem nossas mensagens e

comunicam-se bem uns com os outros. Deixamos de fazer um planejamento

de comunicação orientando cada objetivo de negócio ou cada processo.

Deixar de planejar a comunicação é um grave erro! Sem planejamento, não

se estabelecem critérios de sucesso e não se identificam oportunidades

de ganho de eficiência, não se identificam os pontos que podem funcionar

melhor ou pior dependendo do tipo e da qualidade da comunicação.

Quando deixamos de planejar a comunicação na segurança do trabalho, o

custo de uma falha ou da falta de comunicação pode ser um grave acidente

ou até mesmo a morte de uma pessoa.

Sobre o tema de comunicação na segurança do trabalho, há um artigo

interessante, da australiana Angelica Vecchio-Sadus, especialista saúde e

segurança corporativa. Angelica fala sobre como uma comunicação efetiva

contribui para o fortalecimento de uma cultura que prima pela segurança

do trabalho.

A autora destaca que precisamos unir prática e teoria das normas de

segurança para que as precauções sejam eficazes, e ter esses objetivos

previstos em seu plano de comunicação é o que faz a diferença. Veja alguns

exemplos de como conseguir isso.

12

2.1 MISSÃO, POLÍTICA E PLANO ESTRATÉGICO PARA SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO

Definir a política das medidas de saúde e segurança da sua empresa, assim

como sua missão, ajuda na hora de delimitar e comunicar a direção dos

processos nessa área, e pode até se tornar uma referência nas tomadas de

decisão. O plano estratégico complementa isso levantando as melhores

maneiras de repassar esses objetivos e prioridades a todos os envolvidos na

organização.

Uma boa forma de engajar sua equipe é por meio de eventos como uma

“Semana da Segurança”. Nesses eventos, colocar o tema em evidência

ajuda a promover um ambiente de trabalho mais saudável, conscientizando

todos os funcionários e os envolvendo no comprometimento da gestão da

segurança. Atividades criativas podem ser oferecidas, como seminários,

concursos e artigos promocionais. Num viés mais formal, conferências

sobre o tema também são uma dinâmica a ser organizada, visando

compartilhar mais informações sobre saúde e segurança no trabalho e

até estudos de outras organizações. Fóruns para se reunir com outros

profissionais do ramo também podem ser considerados.

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2.2 TREINAMENTOS E CAMPANHAS

Treinamentos são as melhores ferramentas para cobrir qualquer lacuna de

conhecimento que grupos e áreas de alto risco tenham. Assim, a percepção

de risco é ajustada. Programas de treinamento pró-ativos funcionam bem

para estimular atitudes positivas e construtivas para saúde e segurança do

local de trabalho, mantendo sempre em mente as necessidades específicas

da sua equipe.

Para envolver toda a equipe no processo de melhorias, campanhas

para estimular a comunicação de incidentes e acidentes também são

importantes, pois muitos trabalhadores ainda têm receio de denunciar

condições e situações irregulares por medo de serem recriminados.

2.3 BROCHURAS, CARTAZES E VÍDEOS

Como há muitas informações sobre saúde e segurança no trabalho que

devem ser repassadas, torná-las facilmente acessíveis e compreensíveis

é um dos passos principais. Vídeos e até um website para fornecer e

centralizar todos os documentos referentes a este setor na sua empresa

podem ser bons recursos para disponibilizar essas informações. Vale

apenas lembrar que o site deve ser divulgado internamente, pois precisa de

visibilidade para cumprir seu objetivo.

No canteiro de obras, onde os riscos são mais presentes e existe um foco

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para prevenção, a comunicação deve ser ainda mais intensiva. O uso de

placas e instruções de segurança ajudam a alertar os trabalhadores sobre os

cuidados necessários para prevenção de acidentes. É cada vez mais comum

que os trabalhadores estejam com seus smartphones, na obra, por exemplo,

e seu uso em geral é positivo, mas pode haver riscos, especialmente quando

o uso não é profissional e planejado, mas para aqueles momentos de lazer,

quando chegam piadas do grupo de amigos ou mensagens da família. Para

evitar que trabalhadores atendam a ligações pessoais ou se distraiam com

mensagens instantâneas, canteiros de obras no Distrito Federal criaram

o “cantinho do WhatsApp”, sempre em uma área livre de riscos e onde os

trabalhadores podem ficar mais relaxados.

Hoje temos uma grande variedade de publicações sobre questões de saúde

e segurança no trabalho, desde simples folhetos instrutivos sobre temas

específicos, como cartilhas de dicas de segurança, até outras fontes de

informação para relatórios mais detalhados, livros, entre outros.  Em caso

de problemas de linguagem, posters com ilustrações e símbolos podem

simplificar e esclarecer certas mensagens. Para destacá-los, você pode

colocar em paineis exclusivos para esse tipo de comunicação!

2.4 CUIDADO COM A LINGUAGEM UTILIZADA COM CADA PÚBLICO

O modo como você se comunica com seus funcionários faz toda a diferença

para que eles acreditem na sua mensagem. A regra aqui é dar feedbacks

objetivos. O ideal é que você não utilize uma linguagem ambígua e subjetiva,

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ou seja, repleta de adjetivos e que possibilite diversas interpretações. Dizer

que seu funcionário é desorganizado, desleixado ou desatento só resulta

em ressentimento e discordância em relação aos comportamentos de

segurança defendidos por sua empresa. Afirmar também que um acidente

foi resultado de “azar” fornece a interpretação de que não poderia ter sido

evitado. Essa constatação vai na contramão do trabalho preventivo de

segurança do trabalho que deve identificar os riscos envolvidos nas tarefas

do dia a dia.

Veja abaixo outros três exemplos de como tornar frases

negativas em positivas:

EXEMPLO #1

NEGATIVA

Qual é o problema?

POSITIVA

Como posso ajudar?

EXEMPLO #2

NEGATIVA

Você não entende

POSITIVA

Deixe-me explicar novamente

EXEMPLO #3

NEGATIVA

Já disse anteriormente a

você para não fazer isso

POSITIVA

Que tal tentar dessa forma?

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3. ATENÇÃO ÀS NORMAS!

Você já foi apresentado a uma das principais Normas Regulamentadoras

aplicadas à construção civil, a NR 6, que dispõe sobre o fornecimento e

uso de EPIs adequados ao risco de cada atividade, mas existem diversas

outras que devem ser observadas pelo setor e sua construtora precisa ficar

atenta.

As NRs, relativas à segurança e medicina do trabalho e formuladas

para garantir condições saudáveis e seguras ao trabalhador, devem

ser cumpridas por todas as empresas e órgãos privados e públicos que

possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho

(CLT). Ao ser constatado o não cumprimento dessas normas por meio de

fiscalizações, a construtora fica sujeita a penalidades, como multas.

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CONHEÇA ABAIXO 10 DAS PRINCIPAIS NRS APLICADAS À

CONSTRUÇÃO CIVIL:

#1 NR 4 – SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM ENGENHARIA

DE SEGURANÇA E EM MEDICINA DO TRABALHO (SESMT): a

construtora deve manter tais serviços para promover a saúde e

proteger a integridade do trabalhador no local de trabalho.

#2 NR 7 – PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE

OCUPACIONAL (PCMSO): exige a elaboração e implementação do

programa com o objetivo de preservar a saúde dos trabalhadores.

#3 NR 9 – PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS

(PPRA): estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação

do programa, visando levantar e controlar os riscos existentes no

ambiente de trabalho.

#4 NR 10 – SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM

ELETRICIDADE: estabelece condições mínimas para garantir a

segurança de operários que trabalhem direta ou indiretamente com

serviços de eletricidade.

#5 NR 11 – TRANSPORTE, MOVIMENTAÇÃO, ARMAZENAGEM E

MANUSEIO DE MATERIAIS: normas de segurança para operação de

máquinas transportadoras.

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#6 NR 12 – SEGURANÇA NO TRABALHO EM MÁQUINAS E

EQUIPAMENTOS: medidas de proteção para garantir a saúde

e integridade física do trabalhador na utilização de máquinas e

equipamentos de todos os tipos.

#7 NR 21 – TRABALHOS A CÉU ABERTO: regulamenta o

oferecimento de abrigos para proteção no caso de intempéries.

#8 NR 26 – SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA: devem ser adotadas

cores para indicar os riscos existentes nos locais de trabalho.

#9 NR 18 – CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO

NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO: estabelece diretrizes para a

implementação de medidas de controle e sistemas preventivos de

segurança no meio ambiente de trabalho na indústria da construção.

#10 NR 35 – TRABALHO EM ALTURA: estabelece condições

mínimas e medidas de proteção para a realização do trabalho em altura

- leia o post sobre a NR 35 no blog!

Vale a pena destacar que normas de segurança não devem ser encaradas

como meras obrigações e formalidades, e sim como mecanismos para

ajudar a construtora a oferecer ambientes de trabalho mais seguros e

impulsionar resultados por meio da motivação e produtividade. Faça

download do guia de normas da construção para 2016 e conheça outras

NRs aplicadas ao segmento da construção.

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4. MANUTENÇÃO PREVENTIVA DE MÁQUINAS

É melhor prevenir do que remediar, certo? Quando se fala em máquinas

e equipamentos, então, os custos com manutenções preventivas são

significativamente menores se comparados aos gastos com reparos

corretivos e emergenciais.

Mas essa não é a única vantagem de se realizar revisões preventivas no

maquinário utilizado pela construtora. Outro benefício extremamente

importante está relacionado à segurança dos operadores, uma vez que

poderão utilizar todos os recursos oferecidos pelos equipamentos sem se

preocuparem em sofrer acidentes pelo seu mau funcionamento.

Manutenções preventivas são as reparações – como lubrificações,

calibrações e aferições - feitas com a intenção de reduzir a

probabilidade de falha de uma máquina ou equipamento. São

intervenções devidamente programadas para acontecer antes da

data provável do aparecimento de uma falha, visando evitá-la.

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Por isso, vale a pena elaborar um planejamento de manutenções

preventivas de todas as máquinas e todos os equipamentos que fazem

parte do patrimônio da construtora para mantê-los sempre em perfeito

estado de funcionamento. Esse cronograma pode ser feito com base em

recomendações do fabricante ou no histórico de uso, por exemplo.

Pense nas betoneiras utilizadas para misturar concreto e demais materiais

na execução de uma obra. As descargas elétricas estão entre as principais

causas de acidente envolvendo essas máquinas, por isso, os cabos devem

estar sempre em bom estado para evitar que qualquer parte desencapada

gere choques – muitas vezes tão intensos que acabam até custando a vida

do trabalhador.

Furadeiras, serras e lixadeiras também são exemplos de ferramentas de

uso constante nas obras e, por esse motivo, precisam estar com suas

manutenções sempre em dia.

O disco de uma serra pode subitamente se desprender do seu eixo

durante o uso por ter afrouxado com o tempo e ainda não ter passado pela

manutenção necessária. Isso pode gerar desde ferimentos superficiais até

lesões mais sérias que perigam, inclusive, afastar o operário do trabalho

temporariamente.

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5. COMPORTAMENTO SEGURO

Porém, a implementação de uma cultura de segurança sólida no canteiro

de obras envolve muito mais do que controlar riscos e padronizar

procedimentos de prevenção.

Faz parte desse projeto também – e principalmente – trabalhar

a mentalidade das pessoas para melhorarem sua capacidade de

compreensão da situação e, com isso, adotarem atitudes mais seguras.

Afinal, pode-se dizer que uma cultura de segurança passa a existir quando

os trabalhadores mudam seu comportamento e passam a fazer escolhas

seguras por conta própria.

Confira quatro ações que você pode executar para implementar uma

cultura de segurança:

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#1 CAMPANHAS DE CONSCIENTIZAÇÃO: conforme você viu no

primeiro capítulo deste e-book, os motivos para um trabalhador não

apresentar um comportamento seguro podem ser muitos, entre eles,

não estar ciente dos riscos oferecidos pela sua atividade. Por isso,

vale a pena promover campanhas de conscientização para mostrar

aos operários os perigos presentes no canteiro de obras, inclusive

apresentando estatísticas de acidentes de trabalho voltadas ao

segmento. Uma dica para tornar as campanhas mais dinâmicas é

desenvolver gincanas de "equipe contra equipe": se um membro da

equipe A for pego sem EPI, seu time perde pontos, e quem utilizar os

dispositivos recebe uma premiação. Também é possível fazer vídeos

das famílias dos trabalhadores pedindo que tenham cuidado, pois os

estão esperando em casa, os quais podem ser assistidos pela equipe

antes de começar o dia de trabalho.

#2 TREINAMENTOS: ao saberem que devem tomar mais cuidado,

agora os trabalhadores precisam saber como agir para driblar os

riscos o máximo possível. É o momento de realizar treinamentos para

orientar e praticar o uso de equipamentos de proteção individual e

coletiva e simular situações críticas para preparar os operários para

possíveis adversidades que possam ocorrer. A Softplan, por exemplo,

criou um kit com materiais que você pode usar para conscientizar

sua equipe a acabar com o mosquito Aedes Aegypti, transmissor da

Dengue, Chikungunya e Zika.

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#3 LIMPEZA E ORGANIZAÇÃO: essas duas palavras são sinônimos

de segurança em um canteiro de obras. Os lugares onde as pessoas

vão transitar durante a construção do empreendimento não podem ter

objetos obstruindo a passagem - como entulhos, ferramentas, tijolos,

areia e tábuas espalhados pelo chão. Sempre que necessário, esses

materiais devem ser recolhidos e estocados de forma organizada.

#4 AUDITORIAS: a qualquer momento um agente fiscalizador pode

bater à porta do seu canteiro de obras para verificar como está a

aplicação das normas de segurança. Sua construtora não precisa

esperar isso acontecer e ainda correr o risco de levar uma multa, não é

mesmo? Por isso, a dica aqui é criar um sistema interno de fiscalização

periódica para incentivar o comportamento seguro e evitar acidentes.

Sabendo que na indústria da construção é muito comum trabalhar com

equipes terceirizadas, é interessante que campanhas e treinamentos

sejam realizados periodicamente a cada novo projeto, considerando as

particularidades de cada canteiro de obras.

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6. TECNOLOGIA A SERVIÇO DA SEGURANÇA

Depois de ler essas dicas, algumas dúvidas podem estar passando pela

sua cabeça agora, do tipo: as orientações são boas, mas de que forma

vou organizar todas essas informações? Como saber, por exemplo, que

é hora de comprar novos EPIs ou fazer manutenção de determinado

equipamento?

A gestão eficiente da segurança dos profissionais que trabalharem nas

obras da sua construtora pode ser apoiada por uma solução tecnológica

especializada no segmento de construção civil, que registra e controla

informações para ajudar você a não perder um só prazo e oferecer

condições de trabalho seguras em toda obra que for realizar. O sistema

auxilia nessa missão por meio de funcionalidades como:

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#1 ACOMPANHAMENTO DA SAÚDE DOS TRABALHADORES:

a solução é capaz de armazenar todo o histórico de saúde do

trabalhador, disponibilizando exames e atendimentos já realizados

e controlando datas dos próximos exames obrigatórios, de forma a

preservar a saúde dos envolvidos na obra e evitar acidentes.

#2 GESTÃO DE EPIS: controla a necessidade de higienização,

manutenção e troca (dado o período de validade) dos EPIs utilizados

pelos trabalhadores nas obras.

#3 INTEGRAÇÃO ENTRE ÁREAS: as informações de saúde e

segurança registradas na solução alimentam processos de outras áreas

da construtora, como Recursos Humanos (acompanhamento da saúde)

e Compras (gestão de EPIs).

#4 APOIO ÀS NORMAS DE SEGURANÇA: o sistema registra e

integra informações provenientes de documentos exigidos pelas NRs,

como os programas PPRA e PCMSO.

#5 CONTROLE DE MANUTENÇÕES PREVENTIVAS: assim como

faz com os equipamentos de proteção, a solução também armazena

cronogramas para a realização de manutenção preventivas de

máquinas e equipamentos utilizados na obra e dispara lembretes

quando as datas se aproximam, garantindo que estejam sempre em

perfeito estado e evitando acidentes pela má conservação.

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Proporcionar condições de trabalho seguras envolve muitos detalhes

que, se não forem gerenciados adequadamente, podem colocar a perder

todo o investimento em segurança realizado pela construtora. Ao mesmo

tempo, a empresa precisa focar no seu negócio e fica realmente muito

difícil controlar todos essas particularidades de forma manual.

É por isso que uma solução tecnológica, ao operar de maneira organizada

e automatizada, é capaz de cuidar de todos os detalhes e ser uma aliada

e tanto da construtora quando o assunto for segurança no canteiro de

obras, assegurando o controle efetivo de todas as atividades rotineiras

e o cumprimento de prazos e protegendo a integridade física dos

trabalhadores.

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CONCLUSÃO

Como você viu no início deste e-book, a construção civil é o segundo

setor econômico do Brasil com o maior número de acidentes de trabalho

fatais. De que forma sua construtora está colaborando para reduzir essas

estatísticas e ajudar o segmento a conquistar uma posição mais favorável

neste ranking?

Essa foi a motivação principal para a elaboração deste material: apresentar

iniciativas simples que podem começar a ser trabalhadas pela sua

construtora agora mesmo e gerar bons resultados já nas próximas obras

que for realizar.

A ideia também é chamar a atenção para ações que são obrigatórias por

lei – como o fornecimento de equipamentos de proteção e o cumprimento

de normas de segurança – mas nem sempre são colocadas em prática, as

quais poderiam, e muito, assegurar condições de trabalho mais seguras a

todos os envolvidos no canteiro de obras.

Outro ponto importante a se concluir é que segurança e organização

andam juntas. Diante disso, nada melhor do que se apostar em uma

solução tecnológica especializada no segmento para gerenciar e

automatizar processos e, com isso, padronizar e profissionalizar ainda mais

os processos da construtora, elevando-a a um patamar de competitividade

superior do mercado.

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O Sienge é um sistema de gestão, também chamado de ERP – Enterprise

Resource Planning, especializado na Indústria da Construção. Você pode

gerenciar e integrar todas as áreas de uma empresa sem ter que abrir mão

de um software que atenda com propriedade a produção da sua empresa.

Com o Sienge e sua equipe altamente capacitada neste segmento, todas as

necessidades do setor estão ao seu alcance.

Você encontra outros materiais disponíveis em nosso blog, sempre com

novidades interessantes.

Visite: www.sienge.com.br/blog/

SOBRE O SIENGE

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O Construct App é o primeiro aplicativo de comunicação pensado

especialmente para projetos de construção civil. Fácil e agradável de usar,

qualquer pessoa que saiba enviar um e-mail ou mensagens instantâneas

pelo celular saberá usar e aproveitar ao máximo todos os recursos do

Construct App. Com ele você tem todas as suas obras na palma da mão.

Organize e centralize a comunicação com todos os envolvidos nas obras

num mesmo lugar, de forma totalmente segura e confiável. Compartilhe

fotos, vídeos e vários outros formatos de documentos em tempo real. Crie

notas e marque-as sobre a planta de projeto. Gere e compartilhe relatórios

em segundos, com apenas alguns cliques.

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resultados da sua empresa e para se desenvolver como profissional de

construção civil.

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SOBRE O CONSTRUCT

O primeiro aplicativo de comunicação móvel em projetos