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1 a Edição - 2008 Rio de Janeiro/Brasil American W American W American W American W American World University orld University orld University orld University orld University United States of America United States of America United States of America United States of America United States of America Latin American Division Latin American Division Latin American Division Latin American Division Latin American Division Didactics and Andradogy Ar Ar Ar Ar Artemis Nogueira Castro temis Nogueira Castro temis Nogueira Castro temis Nogueira Castro temis Nogueira Castro Professora Doutora em Educação a Distância Didática e Andragogia

Didatica e Andragogia

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Este Livro – DIDÁTICA E ANDRAGOGIA – foi elaborado para lhe darconhecimentos sólidos e orientação de aprofundamento de estudo e pesquisa ao longode seus Capítulos. Seguindo a metodologia do ensino a distância, tivemos a preocupaçãode redigi-lo em linguagem dialógica para que Você se sinta acompanhado(a) duranteseus estudos e pesquisas

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    American World University/Latin American Division/USA

    1a Edio - 2008Rio de Janeiro/Brasil

    American WAmerican WAmerican WAmerican WAmerican World Universityorld Universityorld Universityorld Universityorld UniversityUnited States of AmericaUnited States of AmericaUnited States of AmericaUnited States of AmericaUnited States of AmericaLatin American DivisionLatin American DivisionLatin American DivisionLatin American DivisionLatin American Division

    Didactics and Andradogy

    ArArArArAr temis Nogueira Castrotemis Nogueira Castrotemis Nogueira Castrotemis Nogueira Castrotemis Nogueira CastroProfessora Doutora em Educao a Distncia

    Didtica eAndragogia

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    American World University/Latin American Division/USA

    AWU - AMERICAN WORLD UNIVERSITY/USALatin American Division

    9 Rua Monsenhor Jernimo, 736 - Engenho de Dentro - CEP. 20.730-110 - Rio de Janeiro/RJ - Brasil9 Telefax: +55 (21) 3276-37449 Site: www.awu.com.br9 E-mail: [email protected]

    DIDTICA E ANDRAGOGIA.Todos os direitos autorais reservados. Registro e Depsito Legal na Fundao Biblioteca Nacional, conforme Lei n 10.994 de 14de Dezembro de 2004.Proibida a reproduo parcial ou integral desta obra, sem autorizao escrita da SOCENS, sob pena das leis vigentes.Registro no 396.091 - Livro 737 - Folha 251.

    Autorizada pela SOCENS - Sociedade de Cultura, Esporte e Ensino de Nvel Superior, atravs de documento legal, reproduoe divulgao desta obra pela American World University/USA - Latin American Division, para fins pedaggicos.

    Copyright by 2008 Grupo Palestra Editora

    GRUPO PALESTRA EDITORARua Monsenhor Jernimo, 744 - Engenho de Dentro20730-110 Rio de Janeiro/RJ - BrasilPhone/Fax: 021 (21) 3276-3744

    FICHA BIBLIOGRFICA

    Didactics and Andragogy.

    CIP-BRASIL. CATALOGAO-NA-FONTESINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ

    C35d

    Castro, Artemis Nogueira, 1943-Didtica e andragogia / Artemis Nogueira Castro. - Rio de Janeiro : GPS, 2008.

    Inclui bibliografiaISBN 978-85-7286-011-6

    1. Didtica. 2. Prtica de ensino. 3. Educao de adultos. I. Ttulo.

    08-1227. CDD: 370.7CDU: 371.3

    31.03.08 31.03.08 005978

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    Sonhar, planejar, ter objetivos a alcanar so o sal e oacar de nossas existncias. Sem estas fontes de

    motivao, a vida uma seqncia inspida de fatos empreto e branco, desbotados pelo desnimo e ausncia de

    foco. Providencie, a cada dia de sua existncia, a dose deacar e de sal, que energizaro Voc pessoal e

    profissionalmente.Tente; valer a pena.

    Artemis Nogueira Castro

    Didtica e Andragogia

    ARTEMIS NOGUEIRA CASTRO Graduada em Letras - (FEFIS/RJ) Mestre em Educao - (UFRJ) Doutora em Educao a Distncia - (AWU/USA) Capacitao Profissional em Ensino a Distncia (IPAE/RJ)

    EXPERINCIA PROFISSIONAL Coordenadora de Ps-Graduao FEFIS/RJ; Coordenadora de Ps-Graduao FEU/RJ Coordenadora de Projetos Especiais FERP/RJ Docente de Ensino Superior Letras (Graduao) Docente de Ensino Superior Educao (Graduao e Ps-Graduao Lato Sensu) Orientadora de Trabalhos Monogrficos (Graduao e Ps-Graduao Lato Sensu) Elaboradora de Projetos Pedaggicos de Graduao e Ps-Graduao Lato Sensu Elaboradora de Materiais Didticos para as Modalidades Presencial e a Distncia

    dos Ensinos Bsico e Superior (Graduao e Ps-Graduao) Diretora Acadmica da AWU/LAD/USA.

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    Anote aqui os sites que Voc consultar para resolver as pesquisasrelativas s tarefas.

    Bom trabalho!

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    SUMRIO

    CAPTULOS/CONTEDOS PGINAS

    INTRODUO............................................................................................... 07

    CAPTULO IDocncia e Didtica Andraggica. ........................................................ 09Pedagogia x Andragogia - Quadro Comparativo Segundo Malcom Knowles. 17

    CAPTULO IIAvaliao: O Grande Desafio Docente. ................................................ 19Para Voc Ler, Analisar e Definir-se . ...................................................... 19Pensar, Aprender, Avaliar. ........................................................................ 19Avaliao: O Grande Desafio Docente. .................................................... 21Avaliao Mediadora x Avaliao Classificatria. ...................................... 23

    CAPTULO IIIPlanejamento Educacional, de Currculo e de Ensino. ...................... 25O Conceito de Planejamento. ................................................................... 25Planejamento de Ensino. ......................................................................... 27Planejamento de Ensino e seus Objetivos. .............................................. 30Tcnicas de Ensino. ................................................................................. 32

    CAPTULO IVO Professor e os Recursos Auxiliares de Ensino: Seleo, ................ 37Elaborao e Aplicao.Recursos Auxiliares ou Recursos Didticos. ............................................ 37As Tecnologias ou Recursos Didticos de Baixo Custo. ............................ 37

    CAPTULO VDidtica e Teorias Educacionais no Brasil. ........................................ 57A Pedagogia Liberal Tradicional. ............................................................... 60A Pedagogia Liberal Renovada. ................................................................. 61A Pedagogia Liberal Tecnicista. ................................................................. 61A Pedagogia Progressista. ......................................................................... 62Tendncia Progressista Libertadora.......................................................... 63Pedagogia Progressista Libertria. ............................................................ 63Pedagogia Progressista - Crtico Social dos Contedos. ........................... 63Quadro Sntese das Tendncias Pedaggicas. .......................................... 65

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS................................................................. 67

    BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR ................................................................ 69

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    Ol! Eu sou a Carinha Amiga! Eu o(a) acompanharei ao longo dos Captulos deste livro

    dando sugestes, esclarecendo alguns pontos, enfim, seremos Colegas de estudo epesquisa, ok?

    Para comear, que tal usar este espao para anotaes, fazer esquemas etc. No umaboa idia?At mais!

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    INTRODUO

    Ol! Bem-vindo(a) ao Sistema de Ensino a Distncia da AWU/LAD/USA.

    Este Livro DIDTICA E ANDRAGOGIA foi elaborado para lhe darconhecimentos slidos e orientao de aprofundamento de estudo e pesquisa ao longode seus Captulos. Seguindo a metodologia do ensino a distncia, tivemos a preocupaode redigi-lo em linguagem dialgica para que Voc se sinta acompanhado(a) duranteseus estudos e pesquisas.

    A Carinha Amiga far este trabalho de comunicao entre o texto e Voc. E nose esquea de que Voc tem sempre um Professor-Tutor para orientar seus momentosde dvidas, ok?

    Os OBJETIVOS deste livro so:

    Dar-lhe subsdios tericos e prticos que o(a) tornaro um(a) PROFESSOR(A)que:

    a. Conhece as teorias de ensino e as aplica em sala de aula;b. Seleciona e elabora recursos de ensino e os incorpora ao

    planejamento;c. Conhece os princpios da Andragogia como base necessria

    educao de adultos;d. Diferencia avaliao tradicional da mediadora e as aplica em

    contextos corretos.

    Ao final da leitura e execuo dos exerccios e pesquisa, volte a estes OBJETIVOSe faa uma AUTO-AVALIAO: Voc atingiu os itens de a. a d. supra citados?

    Se algum OBJETIVO no foi atingido, releia o Captulo, refaa os exerccios e,sobretudo, no acumule dvidas, combinados?

    Bom estudo e muito sucesso profissional!

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    Oi! Que tal Voc usar este espao para planejar seus estudos de Didtica?

    Faa um cronograma de tarefas, leituras etc.

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    CAPTULO I

    DOCNCIA E DIDTICA ANDRAGGICA

    Voc, futuro Professor ou Profissional de Educao deve ter, entre os temas depesquisas de seu curso, a Didtica Andraggica, seu objeto de estudo e as diferenasentre este e a Didtica utilizada para o ensino de crianas e adolescentes.

    Atravs da Didtica Andraggica Voc estar muito melhor instrumentalizadopara lidar com seus Alunos Adultos. Vamos aos estudos?

    A Andragogia objetiva o ensino para AlunosAdultos, e tem como pontoschave: a) considerar osAlunos como aprendentes independentes e b) utilizaras experincias dos Alunos como base para oscontedos ensinados , que aliados s experincias,se transformem em algo aplicvel ao cotidiano pessoale profissional do Aluno.

    Ao Professor ou Profissional de Educaocaber pesquisar e planejar atividades que propiciem aaprendizagem significativa como motivaopropulsora dos Alunos Adultos.

    Vejamos como alguns estudiosos/autores vema Andragogia:

    A Andragogia na essncia um estilo de vida,sustentado a partir de concepes de comunicao,respeito e tica, atravs de um alto nvel de conscinciae compromisso social. (Marquez, 1998)

    Paulo Freire complementa o pensamento deMarquez (1998): Ensinar no transferir conhecimento,mas criar as possibilidades para a sua produo ou suaconstruo.

    A Andragogia se fundamenta no ensino atravsdas experincias, facilitando a assimilao decontedos pelos Adultos.

    Larrosa e Kohan falam sobre a aprendizagem baseada em experincia:

    Andragogia: Cincia que objetivao Ensino de Adultos.

    Neste Captulo Voc ter uma VisoGeral sobre o que Andragogia ecomo ela pode ajudar ao futuroProfessor ou Profissional daEducao a atuar mais eficaz eeficientemente junto a DiscentesAdultos. Vale a pena aprofundar seusestudos sobre o tema.

    Leitura Complementar:FREIRE, Paulo. Pedagogia daAutonomia. RJ: Paz e Terra, 1987.

    Na obra indicada, Paulo Freirediscute, de forma direta e objetiva,o Ensino para Alunos Adultos.

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    Ao juntar as respostas s questesacima Voc ter, sintetizada, adidtica Andraggica. s comeara planejar e... executar!

    A independncia marca o ensino paraadultos, enquanto que a dependnciado Aluno criana ou adolescente sedestaca na relao Professor - Aluno-Ensino Aprendizagem.

    A experincia e no a verdade o que d sentido educao. Educamos para transformar o que sabemos,no para transformar o que sabido.(Prefcio da ColeoEducao Experincia e Sentido)

    Goecks (2003) fala de aprendizagem do AlunoAdulto:

    A maturidade da fase adulta nos traz aindependncia. As experincias nos proporcionamaprendizados; erros nos trazem vivncias que marcampara toda a vida. Somos, ento, capazes de criticar eanalisar situaes, fazer paralelos com as experinciasj vividas, aceitar ou no as informaes que noschegam.

    Apesar da adequao coerente que a Andragogia prega em relao a educar oadulto para a vida, Voc, Ns constatamos que as Escolas continuam a utilizar asmesmas estratgias de ensino para crianas e adultos.

    (...) O chamado efeito esponja na qual a crianaabsorve todas as informaes no possvel serobservado na fase adulta. O adulto desenvolve umahabilidade mais intelectual quer experimentar,vivenciar, etc. (Goecks, 2003)

    Lembre-se: Ns, Professores e demaisProfissionais da Educao, devemos estar sempreatentos para as diferenas existentes entre os AlunosCrianas e Adolescentes e os Alunos Adultos, aoescolhermos as metodologias a serem utilizadas em cadafaixa etria para cada uma delas existem estratgias,que levem aprendizagem significativacorrespondente.

    Aprendizagem Significativa: Quando o Ensino endereado a adultos, a aprendizagem deve estarligada ao contexto cotidiano do Aluno, dando-lhe condiode aplicao imediata.

    Vamos saber um pouco mais sobre o queEstudiosos pensam a respeito da Andragogia?

    Linderman, E.C, em 1926, pesquisando asmelhores formas de educar adultos para a AmericanAssociation for Adult Education percebeu algumas impropriedades nos mtodosutilizados e escreveu:

    Nosso sistema acadmico se desenvolveu numa ordem inversa: assuntose professores so os pontos de partida, e os alunos so secundrios. ...O aluno solicitado a se ajustar a um currculo pr-estabelecido. ... Grandeparte do aprendizado consiste na transferncia passiva para o estudanteda experincia e conhecimento de outrem.

    Mais adiante oferece solues quando afirma que ns aprendemos aquilo que ns

    Tarefa:

    Estabelea as diferenas entre asaprendizagens da Criana e doAdulto. Releia o texto, senecessrio.

    Tarefa

    Releia o texto e responda asquestes:

    a) Quais os pontos-chave daDidtica Andraggica?

    b) O que deve fundamentar aaprendizagem Andraggica?

    c) O que fundamenta a assimilaodos contedos pelo Aluno Adulto?

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    Acesse e leia a respeito deAndragogia: http://www.andragogia.com.br/index.htm .Leia o artigo de Rodrigo Goecks Educao de Adultos UmaAbordagem Andraggica.

    Voc concorda com Lindermanquando ele opina sobre a passividadedo Aluno no processo de ensino aprendizagem? Pense a respeito.

    fazemos. A experincia o livro-texto vivo do adultoaprendiz.

    Lana, assim, as bases para o aprendizadocentrado no estudante, do aprender fazendo.Infelizmente, sua percepo ficou esquecida durantemuito tempo.

    A partir de 1970 , Malcom Knowles trouxe tonaas idias plantadas por Linderman. Publicou vrias obras,entre elas The Adult Learner - A Neglected Species(1973), introduzindo e definindo o termo Andragogia - AArte e Cincia de Orientar Adultos a Aprender. Da emdiante, muitos educadores passaram a se dedicar ao tema,surgindo literatura sobre o assunto.

    Andragogia - A Arte e Cincia de orientar adultosa aprender.

    Neste ponto de nossa conversa, responda aseguinte questo:

    Sendo Voc um(a) Aluno(a) Adulto(a), o que seriaSignificativo aprender durante o curso que escolheu?

    Se tiver dificuldades converse com outros Colegasde Curso, com Amigos que estejam em Cursos de Ps-Graduao como Voc (mesmo que presenciais). Seriainteressante, tambm, que passasse estes dados paraseu Professor-Tutor - isto nos levar a melhorar cadavez mais os nossos cursos. Ento, comece a pensar a respeito de aprendizagenssignificativas para Voc. Depois compartilhe suas idias com os colegas e Professores-Tutores, certo?

    Tarefa:

    Selecione um texto para uma turmade Alunos Adultos. A srie Vocescolhe. O texto deve ter comoobjetivo introduzir um item decontedo a sua escolha. Lembre-sede que texto, contedo e atividadesdevem se transformar emaprendizagem significativa para osAlunos.

    Planejamento Docente eDidtica Andraggica

    Seleciona contedos Fundamenta-os com

    as experincias dosAlunos Adultos.

    Escolhe e planejaatividades quemotivam aaprendizagem dosALunos.

    Ministra oscontedos ea t i v i d a d e ssignificativas aosAlunos Adultos.

    Aprendizagem Andraggico-Significiativa:Aplicvel ao cotidiano do Alunos Adulto.

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    Ser interessante neste ponto, analisarmos como se d a aprendizagemdos Alunos Adultos, para reforar os itens at aqui estudados, concorda?

    Os esquemas que seguem descrevem:

    (I) o Processo de Aprendizagem do Aluno Adulto; e

    (II) a Relao Professor Aluno na Didtica Andraggica.

    (I)

    (II)

    1Conheceum novoitem de

    contedo

    2Estuda,Entende

    eAssimila

    3Aplica o novoconhecimento

    no seucotidiano (=experincia)

    Aprendizagem Significativa

    Processo de Aprendizagem do Aluno Adulto

    Andragogia e a Relao Professor-Aluno

    Professor = Facilitadorda Aprendizagem

    Alunos =Participantes Ativos

    Cria situaes prprias para aexperimentao, para a

    aprendizagem significativa

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    Pense antes de executar a tarefasugerida. Se Voc fosse umProfessor de uma turma de Adultoscomo Voc selecionaria contedossignificativos para eles? Quecritrios Voc usaria?

    Ser importante que Voc amplie seusconhecimentos sobre a aprendizagem de AlunosAdultos. Leia com ateno os dados coletados paraenriquecer seus conhecimentos:

    Consideraes sobre a Aprendizagem doAluno Adulto.

    Pesquisas demonstram que estudantes adultosretm apenas 10% do que ouvem, aps 72 horas.Entretanto, sero capazes de lembrar de 85% do queouvem, vem e fazem, aps o mesmo prazo. Eleobservou, ainda, que as informaes mais lembradasso aquelas recebidas nos primeiros 15 minutos de umaaula ou palestra.

    Para melhorar estes nmeros, faz-se necessrioconhecer as peculiaridades da aprendizagem do adulto e adaptar ou criar mtodosdidticos para serem usados nesta populao especfica.

    De acordo com Knowles, medida que as pessoas amadurecem, sofremtransformaes; analise os princpios que fundamentam a aprendizagem andraggica,segundo o autor:

    Passam de pessoas dependentes para

    indivduos independentes,autodirecionados.

    Acumulam experincias de vida que vo serfundamento e substrato de seuaprendizado futuro.

    Seus interesses pelo aprendizado sedirecionam para o desenvolvimento dashabilidades que utiliza no seu papel social,na sua profisso.

    Passam a esperar uma imediata aplicaoprtica do que aprendem, reduzindo seuinteresse por conhecimentos a serem teisnum futuro distante.

    Preferem aprender para resolver problemas

    e desafios, mais que aprendersimplesmente um assunto.

    Passam a apresentar motivaes internas (como desejar uma promoo,sentir-se realizado por ser capaz de uma ao recem-aprendida, etc), maisintensas que motivaes externas como notas em provas, por exemplo.

    Partindo destes princpios estabelecidos por Knowles, inmeras pesquisas foramrealizadas sobre o assunto. Em 1980, Brundage e MacKeracher estudaram

    Voc, como Aluno Adulto,acrescentaria algum item aosprincpios estabelecidos porKnowles? Por que no? Justifiqueambos os casos.

    Um timo recurso para o Professorconhecer melhor seus Alunos Adultose fazer aflorar interesses emotivaes trabalhar com asdinmicas de grupo especialmenteescolhidas para estes objetivos.

    Leitura Sugerida:O livro aqui sugerido complementa adica anterior:

    GONALVES, Ana Maria ePERPTUO, Susan, C. Dinmica deGrupo na Formao de Liderana.RJ: DP &A Editora, 2005.

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    exaustivamente a aprendizagem dos adultos atravs deprogramas andraggicos pois consideravam ser Adultosem aprendizagem e identificaram trinta e seisprincpios de aprendizagem, bem como as estratgiaspara planejar e facilitar o ensino. Wilson e Burket(1989) revisaram vrios trabalhos sobre teorias de ensinoe identificaram inmeros conceitos que do suporte aosprincpios da Andragogia. Tambm Robinson (1992), empesquisa por ele realizada entre estudantes secundrios, comprovou vrios dos princpiosda Andragogia, principalmente o uso da experincias de vida e a motivao intrnseca emmuitos estudantes.

    Comparando o aprendizado de crianas (pedagogia) e de adultos (andragogia), sedestacam as seguintes diferenas:

    Mudar a metodologia de ensino, passando doensino clssico para o enfoque andraggico requerdedicao e muito trabalho. O corpo docente envolvidonesta migrao precisa ser bem preparado, inclusiveatravs de programas andraggicos (afinal, soadultos em aprendizagem!). Burley (1985) enfatizou ouso de mtodos andraggicos para o treinamento deeducadores de adultos.

    Paulo Freire, em Pedagogia do Oprimido, afirma:Ningum educa ningum, nem ningum aprende sozinho,ns homens (mulheres) aprendemos atravs do mundo

    Como seria o Perfil do Professor parao Ensino de Adultos em suaconcepo? Seria muito diferentedo que vem sendo delineado nestecaptulo? Em que aspectos?

    Caractersticas daAprendizagem

    Relao Professor/Aluno

    Razes da Aprendizagem

    Experincia do Aluno

    Orientao daAprendizagem

    Pedagogia

    Professor o centro dasaes, decide o queensinar, como ensinar eavalia a aprendizagem

    Crianas (ou adultos)devem aprender o que asociedade espera quesaibam (seguindo umcurriculo padronizado)

    O ensino didtico,padronizado e a experinciado aluno tem pouco valor

    Aprendizagem por assuntoou matria

    Andragogia

    A aprendizagem adquireuma caracterstica maiscentrada no aluno, naindependncia e na auto-gesto da aprendizagem.

    Pessoas aprendem o querealmente precisam saber(aprendizagem para aaplicao prtica na vidadiria).

    A experincia rica fonte deaprendizagem, atravs dadiscusso e da soluo deproblemas em grupo.

    Aprendizagem baseada emproblemas, exigindo amplagama de conhecimentospara se chegar a soluo

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    Em Pedagogia da Autonomia, Freire diz: Ensinar no transferir conhecimento,mas criar as possibilidades para a sua produo ou a sua construo

    O professor precisa se transformar num tutor eficiente de atividades de gruposdevendo demonstrar a importncia prtica do assunto a ser estudado, deve transmitir oentusiasmo pelo aprendizado, a sensao de que aquele conhecimento far diferenana vida dos alunos; ele deve transmitir fora e esperana, a sensao de que aquelaatividade estar mudando a vida de todos, e no, simplesmente, preenchendo espaosem seus crebros.

    As caractersticas de aprendizagem dos adultos devem ser exploradas atravs deabordagens e mtodos apropriados, produzindo maior eficincia das atividadeseducativas.

    Precisamos estar conscientes de que os adultostm mais experincias de vida, sendo estas tambmmais diversificadas do que as das crianas. Isto significaque, quando formam grupos, estes so maisheterogneos em conhecimentos, necessidades,interesses e objetivos. Por outro lado, uma rica fontede consulta estar presente no somatrio dasexperincias dos participantes. Esta fonte poder serexplorada atravs de mtodos experienciais (que exijamo uso das experincias dos participantes), comodiscusses de grupo, exerccios de simulao, aprendizagem baseada em problemas ediscusses de casos. Estas atividades permitem o compartilhamento dosconhecimentos j existentes para alguns, alm de reforar a auto-estima do grupo.Uma certa tendncia acomodao, com fechamento da parte do grupo para novasidias dever ser quebrada pelo professor, propondo discusses e problemas, queproduzam conflitos intelectuais, a serem debatidos com mais ardor.

    A aprendizagem para o adulto precisa estar vinculada s suas necessidadesdo dia-a-dia, pois eles esto mais propensos a aprender algo, que contribua para suasatividades profissionais ou para resolver problemas reais. O mesmo verdade quandonovas habilidades, valores e atitudes estiverem conectadas com situaes da vida real.Os mtodos de discusso de grupo, aprendizagem baseada em problemas ou emcasos reais novamente tero utilidade, sendo esta mais uma justificativa para suaeficiente utilizao. Muitas vezes ser necessria uma avaliao prvia sobre asnecessidades do grupo para que os problemas ou casos propostos estejam bemsintonizados com o grupo.

    Outro ponto importante a sinalizar que os adultos se sentem motivados aaprender quando entendem as vantagens e benefcios de um aprendizado, bemcomo as conseqncias negativas de seu desconhecimento. Mtodos que permitamao aluno perceber suas prprias deficincias, ou a diferena entre o status atual de seuconhecimento e o ponto ideal de conhecimento ou habilidade, que ser-lhe- exigido,sem dvida sero teis para produzir esta motivao. Aqui cabem as tcnicas de revisoa dois, reviso pessoal, auto-avaliao e detalhamento acadmico do assunto. O prprioprofessor tambm poder explicitar a necessidade da aquisio daquele conhecimento.

    Adultos sentem a necessidade de serem vistos como independentes e seressentem quando obrigados a ceder ao desejo ou s ordens de outrem. Por outro lado,devido a toda uma cultura de ensino, onde o professor o centro do processo de ensino-aprendizagem, muitos, ainda precisam de um professor para lhes dizer o que fazer.Alguns adultos preferem participar do planejamento e execuo das atividades

    Tarefa:

    Faa um resumo das atividades quedevem embasar o ensino andraggicoe produzir a aprendizagemsignificativa para os Alunos.

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    educacionais. O professor precisa se valer destas tendncias para conseguir maisparticipao e envolvimento dos estudantes. Isto pode ser conseguido atravs de umaavaliao das necessidades do grupo, cujos resultados sero enfaticamente utilizadosno planejamento das atividades. A independncia, a responsabilidade seroestimulados pelo uso das simulaes, apresentaes de casos, aprendizagem baseadaem problemas, bem como nos processos de avaliao de grupo e auto-avaliao.

    Estmulos externos so classicamenteutilizados para motivar o aprendizado, como notas nosexames, premiaes, perspectivas de promoes oumelhores empregos. Entretanto, as motivaes maisfortes nos adultos so internas, relacionadas com asatisfao pelo trabalho realizado, melhora da qualidadede vida, elevao da auto-estima. Um programaeducacional, portanto, ter maiores chances de bonsresultados se estiver voltado para estas motivaespessoais e for capaz de realmente atender aos anseiosntimos dos estudantes.

    Algumas limitaes so impostas a algunsgrupos de adultos, o que impedem que venham aaprender ou aderir a programas de aprendizagem. Otempo disponvel, o acesso a bibliotecas, a servios, alaboratrios, a Internet so alguns destes fatoreslimitantes. A disponibilizao destes fatores aosestudantes sem dvida contribui de modo significativopara o resultado final de todo o processo.

    Outro fator limitativo a questo da auto-estima: alguns adultos no gostam de ficar embaraadosfrente a outras pessoas. Assim, adotaro uma posturareservada nas atividades de grupo at se sentiremseguras de que no sero ridicularizadas. Pessoastmidas levaro mais tempo para se sentirem vontadee no gostam de falar em discusses de grupo. Elaspodem ser incentivadas a escrever suas opinies e,posteriormente, mudarem de grupos, caso se sintammelhor em outras companhias.

    Para fazer a avaliao dasnecessidades do grupo, o Professorpoder usar um Questionrioespecialmente preparado para esteobjetivo. Os Alunos respondero,o Professor coletar os dados e,com eles, planejar sua aopedaggica.

    Lembre que Voc tambm pode usaros dados oriundos das observaesque far durante as dinmicas degrupo anteriormente sugeridas.Antes de aplic-las, organize umrol de itens a serem observadosdurante a atividade estaestratgia facilitar a sua coletade dados para o planejamento.

    Estabelea as regras antes dasatividades em grupo: ningum obrigado a falar se no se sentir vontade para isso. Coloque-os, porexemplo, em Grupos de Observao,que anotam os pontos importantesdos debates e apresentam seutrabalho por escrito.

    Tarefa:

    Junte as 3 dicas acima e elaboreesta atividades com todos os itenscomentados.

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    Pedagogia x Andragogia Quadro Comparativo

    Segundo Malcom Knowles:

    O ensino andraggico deve comear pela arrumao da sala de aulas, com cadeirascolocadas de modo a facilitar discusses em pequenos grupos. Nunca devero estardispostas em fileiras.

    Antes de cada aula, o professor dever escrever uma pergunta provocativa noquadro, de modo a despertar o interesse pelo assunto antes mesmo do inicio daatividade.

    Que tal o desafio proposto? Coloqueas Palavras-Chave no Quadro; noprecisa organizar outro. s paraexercitar o seu poder de sntese!

    Papelda

    Experincia

    Vontadede

    Aprender

    Orientaoda

    Aprendizagem

    Motivao

    ModeloPedaggico

    A experincia daqueleque aprende considerada de poucautilidade. O que importante, pelocontrrio, a experinciado professor.

    A disposio paraaprender aquilo que oprofessor ensina temcomo fundamentocritrios e objetivosinternos lgica escolar,ou seja, a finalidade deobter xito e progredir emtermos escolares.

    A aprendizagem encarada como umprocesso deconhecimento sobre umdeterminado tema. Istosignifica que dominantea lgica centrada noscontedos, e no nosproblemas.

    A motivao para aaprendizagem f u n d a m e n t a l m e n t eresultado de estmulosexternos ao sujeito, como o caso dasclassificaes escolarese das apreciaes doprofessor.

    ModeloAndraggico

    Os adultos so portadoresde uma experincia que osdistingue das crianas edos jovens. Emnumerosas situaes deformao, so os prpriosadultos com a suaexperincia queconstituem o recurso maisrico para as suas prpriasaprendizagens.

    Os adultos estodispostos a iniciar umprocesso de aprendizagemdesde que compreendama sua utilidade para melhorafrontar problemas reaisda sua vida pessoal eprofissional.

    Nos adultos aaprendizagem orientadapara a resoluo deproblemas e tarefas comque se confrontam na suavida cotidiana (o quedesaconselha uma lgicacentrada nos contedos)

    Os adultos so sensveisa estmulos da naturezaexterna (notas, etc), masso os fatores de ordeminterna que motivam oadulto para a aprendizagem(satisfao, auto-estima,qualidade de vida, etc)

    Palavra-Chave.Elas representam o que de maisimportante trata um texto. Vocpode eleger uma ou vrias palavrasou expresses-chave para um texto.

    Tarefa:

    Leia com ateno o quadrocomparativo dos ModelosPedaggicos e Andraggicoresumindo cada item com umaPalavra-Chave. Que tal o desafio?

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    Utilize carteiras em semi-crculos.

    Este tipo de estratgia chamadamediadora.

    Aproveite sempre as respostas dosAlunos mesmo que incompletas istoos estimular a ir alm.

    Planejar atividades divididas emperodos de 7 (sete) minutos, levamentre outros objetivos, o autodesenvolvimento de tarefas.

    O professor afeito ao ensino de adultos raramente responder alguma pergunta.Ele a devolver classe, perguntando Quem pode iniciar uma resposta? (Quem sabea resposta? esta uma pergunta intimidante e no dever ser utilizada).

    O Professor nunca dever dizer que a respostade um adulto est errada. Cada resposta sempre teralguma ponta de verdade que deve ser trabalhada. Oprofessor dever se desculpar pela pergunta pouco clarae refaz-la de modo a aproveitar a parte correta daresposta anterior. Far, ento, novas perguntas a outrosestudantes, de modo a correlacionar as respostas atobter a informao completa.

    Adultos podem se concentrar numa explanaoterica durante 07 minutos. Depois disso, a atenose dispersa. Este perodo dever ser usado peloProfessor para estabelecer os objetivos e a relevnciado assunto a ser discutido, enfatizar o valor desteconhecimento e dizer o quanto sente-se motivado adiscut-lo. Vencidos os 07 minutos, tempo de iniciaruma discusso ou outra atividade, de modo a diversificaro mtodo e conseguir de volta a ateno. Estasalternncias podem tomar at 30% do tempo de umaaula terica, porm permitem quadruplicar o volumede informaes assimiladas pelos estudantes.

    importante estar preparado para as mudanas,que envolvem a andragogia, o professor, agorafacilitador, precisa estar capacitado, e se colocar noprocesso de ensino como estimulador da aprendizagem.

    Concluindo, lembremos da citao de RudolfSteiner:

    No importa que eu tenha umaopnio diferente do outro. Mas queo outro encontre o certo, a partir desi prprio, se eu contribuir um poucopara tal

    Ao final deste Captulo, esperamos que Voc tenha ficado com curiosidade de ir alm,

    de estudar mais sobre Andragogia.Vale a pena!

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    CAPTULO II

    AVALIAO: O GRANDE DESAFIO DOCENTE

    Para Voc ler, analisar e definir-se:

    A Avaliao , sem dvida alguma, o ponto mais delicado da tarefa docente.Durante toda a nossa vida, ns , independentemente de sermos Professores ou no,estamos sempre avaliando algum positiva ou negativamente, no ? Mas ser que aoavaliar (julgar) os outros estabelecemos critrios? Ou nos deixamos levar pelas emoes,simpatias e desafetos? Complicado, muito complicado.

    Sua primeira parada para pensar a seguinte: observe as cinco figuras abaixo eselecione a que for diferente das demais. Preste ateno, analise-as demoradamenteantes de optar.

    1) 2) 3)

    4) 5)

    Pensar, aprender, avaliar.

    Durante toda a nossa vida somos estimulados a pensar, a aprender mil coisas.Desde bebs, tudo nos leva a querer saber mais, e mais. Nossos parentes, nossavolta, esmeram-se em nos fazer aprender e a demonstrar o produto deste aprendizado.

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    Diretrizes:Orientao; guia.

    Tarefa:

    Se aplicarmos este texto aocontexto escolar, como Vocdelinearia a sua ao avaliativa?Escolha um item do contedo comoponto de partida.

    Assim, a gente aprende a buscar informao, prestar ateno e pensar sobre tudo queaprende: o que certo, o que errado. A mais importante fonte de informaes formais a escola.

    E Voc Professor, est preparado para ajudar seus Alunos? Voc foi treinado adicernir as variadas facetas das diversas formas que seus alunos podem apresentar aoexpressar seu conhecimento sobre um tpico de contedo? Como Voc age? De formaradical, como um policial da aprendizagem ou estuda outras maneiras de avaliar?Qual a sua posio a respeito?

    Voltando nossa conversa sobre aprender, pensar,avaliar, Voc j resolveu o desafio introdutrio aeste captulo?

    Se a sua opo foi a figura 2, bingo! Voc acertou!A nica figura constituda por linhas retas a dois!

    Mas se a sua escolha ficou na figura nmero trs,Voc um observador e... est certo. A figura trs ,das cinco a nica assimtrica. No entanto, se Voc estpreparadssimo para defender a figura 1 Voc continuacerto, pois a nica completa, sem rupturas. Voc deveestar querendo optar pela figura nmero quatro. Observe bem somente esta possuilinha reta e outra curva, no mesmo? Da, Voc continua certo!

    E o que quer dizer a figura cinco? Pode ser a escolhida, pois a projeo de umtringulo. Resumindo: todas as respostas esto corretas, dependendo do modo comoVoc as analisa...

    Se transpusermos esta brincadeira para o contexto educacional e maisespecificamente a avaliao, o teste das figuras nos mostra que devemos ter critrios,valores ao avaliar um Aluno. No h somente o certo eo errado. As provas nos levam a uma s resposta emalguns problemas matemticos; no entanto, na maioriadas disciplinas Voc ir encontrar muitas solues paraum problema. Por isso, dissemos acima que devemoster diretrizes para avaliarmos as respostas que nossosAlunos elaboram; essas diretrizes so:

    a) Estabelecer objetivos a seremalcanados e d cincia destes aos Alunos;

    b) Selecionar os contedos relativos aosobjetivos;

    c) Ao avaliar, ter sempre a conexo:objetivo contedo avaliao;

    d) Estabelecer como Voc ir avaliar asrespostas dos Alunos nos exerccios,provas, atividades, participaes orais,etc. (=critrios)

    e) Comunique aos Alunos os seuscritrios ao avali-los;

    f) Seu planejamento deve ser semprerevisto, consultado; no o deixe de lado;ele um instrumento de trabalhodocente.

    Assimtrica:com ausncia de simetria.

    Ruptura:interrupo, rompimento.

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    Avaliao: O Grande Desafio Docente

    Para Voc ler e aprofundar seus conhecimentos.

    Como Voc define avaliao? Vocmesmo, durante toda a vida foi avaliadoinmeras vezes na escola e na vida, no ?Pense nos Professores que passaram ao longode sua trajetria escolar; houve algumespecial? E o pior deles? Bem, Voc j tem oselementos iniciais para sua definio deavaliao. s comear.

    Um curso que se prope refletir sobre osfundamentos da didtica, buscando qualificarprofissionais para a prtica docente, no poderia deixarde apresentar aqui as questes referentes avaliao no cotidiano escolar, na medidaem que avaliar implica julgamento de valor. Todos sabemos da complexa a rduatarefa que configura o ato de julgar outro ser humano esta complexidade impe aofuturo Professor uma formao slida, terico-prtica, sobre os mecanismos das etapasda avaliao.

    Este captulo objetiva iniciar seus estudos e prepar-lo (a) como futuro avaliador.

    Analisaremos juntos, agora, trs itens fundamentais e problemticos no processode avaliao quando no so valorizados corretamente pelos Professores. Vamos examin-los?

    a) A falta de clareza conceitual: Isto acontecequando o Professor confunde Medir comAvaliar e encara avaliao como um ato dedar notas ao aluno, ao invs de avali-lodurante todo o processo de aprendizagem.

    b) A indefinio ou inexistncia de critriospara avaliar.

    c) So exemplos de critrios: participao ativae produtiva nas atividades, harmonia no grupo;clareza, conciso e correo gramatical emrespostas escritas; assiduidade e pontualidadena execuo dos trabalhos e atividades; e outrosque sero estabelecidos pelo Professor de acordocom a etapa a ser avaliada.

    d) A utilizao da avaliao como instrumentodisciplinador dos alunos, revelando, muitasvezes, o carter autoritrio do Professor. indispensvel que o Professor estabeleacritrios bem fundamentados para que seusAlunos saibam como vo ser avaliados;

    Da mesma forma que o planejamento e os

    Para que Voc tenha segurana aoavaliar seus Alunos, estabeleacritrios que Voc levar em contaao avaliar o desenvolvimento de seusAlunos.

    Sugesto para LeiturasComplementares:MORETTO, Vasco P. Prova ummomento privilegiado de estudo no um acerto de contas.RJ: Dpola,3ed., 2002.O autor analisa e sugereprocedimentos de avaliao queauxiliaro bastante em suas futurasatividades.

    Medir = MensurarAvaliar = alm de mensurar, incluijuzo de valor.

    Este Captulo chamado deintrodutrio em avaliao porqueo aprofundamento deste tema serrealizado em disciplina especficaao longo de seu curso. Mas nada oimpede de ir alm, ler e aprofundarseus conhecimentos antes dadisciplina especfica. Mantenha oentusiasmo pelos estudos epesquisas, Voc s ganhar, no mesmo?

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    Tarefa:

    Diferencie Medir de Avaliar.

    procedimentos de ensino, a avaliao no se realiza em um espao neutro, mas contextualizada e depende de uma concepo de homem, de sociedade e de mundoque perpassam a prtica pedaggica. Sua prtica poder privilegiar tanto uma posturareprodutora como uma postura transformadora do professor, sendo os objetivos daavaliao determinados em funo dessa postura.

    Assim, trs questes bsicas so colocadas:

    O que avaliar? Refere-se aos contedos, habilidades e competnciasadquiridas pelos Alunos.

    Como avaliar? Refere-se s variadas formas de que o Professor pode lanarmo para avaliar seus Alunos.

    Para que avaliar? Para checar se os objetivos pr-estabelecidos foramalcanados: para reformulao e/ou continuao do planejamento.

    Segundo Luckesi a avaliao uma apreciao qualitativa sobre dadosrelevantes do processo de ensino e aprendizagem, que auxilia o professor a tomardecises sobre o seu trabalho.

    A apreciao deve referir-se anlise deprovas, exerccios, respostas, realizao deatividades, para que aps observao o professorpossa decidir qual o passo seguinte no processo deensino.

    A avaliao tem como funes principais:

    Pedaggico-didtica. De diagnstico. De controle.

    Funo pedaggico-didtica diz respeito ao papel da avaliao no cumprimentodos objetivos gerais e especficos da educao escolar.

    Funo de diagnstico permite identificar progressos e dificuldades dos alunose a atuao do professor, propiciando condies de mudanas no processo de ensinopara que sejam alcanados os objetivos.

    Funo de controle esta se refere aos meios e freqncia das verificaes ede qualificao dos resultados escolares, possibilitando o diagnstico das situaesdidticas.

    No podemos esquecer que estas trs funes acontecem de formasinterdependentes, e que no devem ser consideradas isoladamente.

    A avaliao escolar no pode ser desvinculada do processo de ensino eaprendizagem; esta parte integrante de todo o processo. importante que os alunosestejam cientes dos objetivos que devem alcanar e que segundo estes objetivos seroavaliados (= critrios de avaliao).

    A avaliao clarifica os objetivos desejados e norteia o melhor caminho a serseguido pelo professor para que os atinja, proporcionandofeedback permanente para oprocesso ensino aprendizagem.

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    Segundo Libneo (2004:203):

    A avaliao um ato pedaggico. Nela oprofessor mostra as suas qualidadesde educador na medida em que trabalhasempre com propsitos definidos emrelao ao desenvolvimento dascapacidades fsicas e intelectuais dosalunos face as exigncias da vida social.

    Avaliao Mediadora X AvaliaoClassificatria

    Essas duas abordagens devem ser levadas emconta, pois, de um lado est a avaliao mediadora,com uma viso mais contempornea, do outro, aavaliao classificatria, com viso tradicionalssimado processo avaliativo:

    3 Avaliao Classificatria:Corrigir tarefas e provas do Aluno para verificarrespostas certas e erradas e, como base nessaverificao peridica, tomar decises quantoao seu aproveitamento escolar, sua aprovaoou reprovao em cada srie ou grau de ensino(prtica avaliativa tradicional).

    Agora compare com a definio de Hoffmann:

    3 Avaliao Mediadora:Analisar (...) as vrias manifestaes dos alunosem situao de aprendizagem (verbais, escritas,outras produes), para acompanhar as hiptesesque vm formulando a respeito de determinadosassuntos em diferentes reas de conhecimento(...) que lhes fornea a descoberta de melhoressolues ou a reformulao de hiptesespreliminarmente formuladas.Acompanhamento esse que visa o acesso gradativo do aluno ao sabercompetente na escola e, portanto, sua promoo a outras sries e nveis deensino.

    (Hoffmann, 1995; 95/96).

    Se Voc estabeleceu o objetivo,identificar os componentes de umplanejamento de ensino, a avaliaoser verificar se o Aluno capaz deidentificar.

    O Aluno deve sempre saber o que seespera dele que critrios serousados ao avali-lo.

    Sugesto para LeiturasComplementares:HOFFMAN, Jussara. AvaliaoMediadora. Porto Alegre: MediaoEditora, 24a. ed. 2005.A autora descreve, em detalhes, oque vem a ser Avaliao Mediadora,incluindo exemplos educativos.

    Tarefa:

    Elabore seu conceito de AvaliaoMediadora.

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    Ao finalizar este Captulo, sugiro que Voc retome a questo formulada na introduo.

    Agora Voc tem elementos para respond-la com fundamentao.Ao trabalho, pois!

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    CAPTULO III

    PLANEJAMENTO EDUCACIONAL, DE CURRCULO E DEENSINO

    No se concebe a vida e a ao de qualquer Profissional sem um planejamento desuas atividades cotidianas. Imagine um Professor que no planeja, que entra em sala deaula sem saber o que vai fazer ou o que j fez nas ltimas aulas que ministrou! Todosns j lidamos com pelo menos, um Professor deste tipo, no ? Mas Voc, claro, nose incluir neste grupo, pois ter todo o preparo necessrio para planejar sua prticapedaggica. Para isso, necessrio estudo e empenho.

    O CONCEITO DE PLANEJAMENTO

    Sabemos que existem diferentes conceitos de planejamento, variando de autorpara autor.

    Importante sabermos que estes conceitos secomplementam e no se excluem. Todos concordam queo principal objetivo do planejamento sistematizaras aes necessrias, ordenando estas mesmas aesa serem implementadas, de acordo com seus objetivos,garantindo, desta forma, uma prtica organizada paraque se obtenha o mximo de resultados com a utilizaodos melhores recursos.

    Vamos agora conhecer alguns conceitos de planejamento?

    Processo permanente e metdico de abordagem racional e cientfica deproblemas (Baptista, 1979, p.13).

    Processo de tomada de deciso, execuo e teste de decises (Goldberg,1973, p.64).

    Processo de antecipao e anteviso de condies, estados ou situaesfuturas, desejadas, e a previso de todos osaspectos necessrios para a obteno dessesresultados (Chruden e Sherman,1972, p.52).

    Processo de direo e controle das aes deuma pessoa, em busca de um objetivodeterminado (Kaufman, 1978).

    Processo que consiste em preparar umconjunto de decises tendo em vista agir,

    Pense e conclua: Se considerarmosque todas as definies deplanejamento aqui colocadas secompletam e no se excluem, comoVoc definiria Planejamento, deacordo com a sua viso?

    Tarefa:

    Quais os elementos comuns oubsicos encontrados em todas asdefinies de planejamento?

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    posteriormente, para atingir determinados objetivos (in Turra et al. 1975,p.13).

    Viso antecipada de estgios mais avanados de desenvolvimento e dequalidade da instituio e previso dos passos necessrios para atingi-los(Juliatto, 1991).

    Processo que inicia com a fixao de objetivos e define as estratgias, aspolticas e os planos detalhados para atingir (Hampton, 1980, p.120).

    Processo de estruturao e organizao daao intencional, realizado mediante anlise deinformaes relevantes do presente e dopassado, objetivando, principalmente, oestabelecimento de necessidades a serematendidas; estabelecimento de estados esituaes futuros, desejados; escolha edeterminao de uma linha de ao capaz deproduzir os resultados desejados, de forma amaximizar os meios e recursos disponveis paraalcan-los (Lck, 2002, p.24).

    Podemos observar que nos conceitos acima citados encontramos explcita ouimplicitamente elementos comuns e bsicos a todos os conceitos apresentados. Esseselementos fazem parte de um processo nico e global (Lck, 2002:25).

    Que Elementos so Estes?

    Estes elementos so:

    racionalidade; tomada de deciso; futurismo.

    O mundo moderno vem sendo objeto de profundas e aceleradas transformaeseconmicas, polticas e sociais que sinalizam para a necessidade da formao de umeducador capaz de pensar, pesquisar, decidir, planejar e executar as atividadeseducacionais em sintonia com os avanos da sociedade.

    Se qualquer atividade exige planejamento, a educao no uma exceo. Deacordo com Claudino Piletti, em Didtica Geral, em nvel educacional, algunsplanejamentos so absolutamente necessrios para o bom andamento do processo:

    Um planejamento de ensino dever prever:

    objetivos especficos (ou instrucionais) estabelecidos a partir de objetivoseducacionais;

    conhecimentos a serem adquiridos pelos alunos no sentido determinado pelosobjetivos;

    procedimentos e recursos de ensino que estimulam as atividades deaprendizagem;

    procedimentos de avaliao que possibilitem verificar, de alguma forma, atque ponto os objetivos foram alcaados.

    Sugesto para LeiturasComplementares:LIBNEO, J. Carlos. Didtica Geral.SP: tica, 1989.Ler especialmente as pginas 241 a247.

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    Atualmente o Ensino Brasileiro regido pelas Diretrizes CurricularesNacionais DCNs.

    Tarefa:

    Estabelea as diferenas entre osplanejamentos educacional, decurrculo e de ensino.

    Segundo Libneo (2004:221)

    O planejamento escolar uma tarefa docente que inclui tanto a previsodas atividades didticas em termos da sua organizao e coordenao emface dos objetivos propostos, quanto a sua reviso e adequao no decorrerdo processo de ensino. O planejamento um meio para se programar asaes docentes, mas tambm um momento de pesquisa e reflexointimamente ligado avaliao

    Planejamento de Ensino.

    Planejar estudar, (...) assumir uma atitude curiosa diante de umproblema. (Pilleti, 1986:61)

    Situao Problema: Voc vai lecionar em uma escola no ensino mdio,2 srie e precisa elaborar um planejamento da disciplina que contenha: a)dados de identificao do curso; b) ementa; c) objetivos e d) bibliografia. Paraajud-lo, vamos conversar sobre estes itens, ao mesmo tempo em que Voc vaidesenvolv-los.

    Consiste na tomada de decises sobrea educao no conjunto dodesenvolvimento geral do pas. Aelaborao desse tipo de planejamentorequer a proposio de objetivos alongo prazo, que definam uma polticade educao.

    O problema central do planejamentocurricular formular objetivoseducacionais a partir daquelesexpressos nos guias curricularesoficiais. Embora o currculo seja maisou menos determinado, cabe escolainterpretar e operacionalizar estescurrculos. A escola deve procuraradapt-los a situaes concretas,selecionando aquelas experinciasque mais podero contribuir paraalcanar os objetivos dos alunos, dassuas famlias e da comunidade.

    Podemos dizer que o planejamento deensino a especificao doplanejamento de currculo. Consisteem traduzir em termos mais concretose operacionais o que o professor farna sala de aula, para conduzir osalunos a alcanar os objetivoseducacionais propostos.

    Fonte: Didtica Geral, C. Piletti.

    1.PlanejamentoEducacional

    2.Planejamento

    deCurrculo

    3.Planejamentode Ensino

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    Ementa: Do latim ementa/ementum

    - idia, pensamento, sumrio,resumo.

    Ementrio: Livro ou caderno deementas; conjunto de ementasde um curso.

    a) Dados de Identificao:

    b) Ementa: um resumo dos tpicos de umadisciplina que vo ser desenvolvidas duranteum curso, um semestre letivo (graduao), ouum ano letivo (ensino bsico).

    Normas para redigir ementas:

    Quando se redige uma ementa deve-se ter emmente as seguintes normas:

    A ementa deve ser redigida em um pargrafo; Deve conter, no mximo 40 palavras. Isto no quer dizer que no pode ter

    menos ou um pouco mais de quarenta palavras; Ser clara; resumir o que vai ser ensinado/estudado em um curso; Lembre-se que, atravs da ementa as pessoas devem ter uma viso o mais

    completa possvel do que vai acontecer em um curso; Quando no se tem experincia em redao de ementas, deve-se fazer o

    seguinte: sublinhe os tpicos mais importantes de cada unidade de ensino;depois, tente junt-los num todo. Redija o pargrafo-ementa.

    Vamos trabalhar a sua situao-problema?

    Voc j sabe o que uma Ementa e as suas normas de redao.

    Comece por redigi-la. Para ajudlo(a), selecionamos itens da disciplina Didticado Ensino Superior para que Voc organize a ementa a partir deles.

    Volte s normas de redao e tente redigi-la.

    Disciplina: Didtica do Ensino Superior

    Contedos Programticos:

    I) Didtica: conceituao. Teorias e prticas atravs da literatura e datroca de vivncias pedaggicas. O contexto histrico das idiaspedaggicas.

    II) Perfil do professor e do aluno universitrio atravs da literatura eda observao do professor e aluno em sala de aula.

    Instituio__________________________________________

    Disciplina __________________________________________

    Cdigo da Disciplina __________________________________

    Ano Letivo ___________________________ Turma ________

    Prof . Responsvel __________________________________

    Email____________________________Celular_____________

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    III) Planejamento de ensino: Ementa; distribuio de contedos me cargahorria; orientao metodolgica; avaliao. Aspectos tcnicos daelaborao de planejamento de ensino superior estudados atravs deatividades prticas em sala de aula.

    IV) Avaliao; tipos e funes. Testes tipos; construo de itens de teste;critrios de avaliao para testesobjetivos e dissertativos. Avaliao e ostrabalhos em grupo.

    V) Recursos auxiliares de ensino: doquadro de giz ao computador. Estudo deliteratura especfica e diretamente ligadaao uso prtico destes recursos em salade aula. nfase: de acordo com asnecessidades e interesses da turma.Avaliao de livros didticos; seleo eutilizao de textos em sala de aula.

    Ementa: ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    Agora que Voc redigiu a ementa para a disciplina Didtica do EnsinoSuperior, confira com a que dada abaixo:

    Se Voc se atrapalhou um pouco, no se desespere. Tudo na vida uma questode treinamento, de exerccio. Pegue outros contedos programticos e tente redigir aementa deles. Caso prefira use os mesmos contedos e redija outras ementas. Vocvai observar que cada vez que exercita, Voc melhora sua tcnica.

    a) Formulando os objetivos de seu Planejamento do Ensino.

    Muitos Professores acham massante formular objetivos; eu diria que trabalhoso.No entanto, uma hora que Voc perca o planejando corretamente, ganha em qualidadede trabalho.

    H instituies de Ensino que no exigem a incluso dos objetivos parciais(= objetivos especficos, operacionais).

    No deixe de resolver os exercciose tarefas aqui propostas. Eles soimportantes para o seu melhoraproveitamento acadmico.

    No se preocupe se sua ementaficou diferente do exemplo. Isto normalssimo. O importante que setenha uma viso completa do quevai ser desenvolvido (contedos) aolongo da disciplina.

    Didtica: conceituao, terica prtica. Perfildo Professor e do Aluno universitrio. Didtica,planejamento, avaliao e recursos auxiliares deensino. Tcnicas de utilizao e elaborao: doquadro de giz aos computadores, internet

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    Observe:

    Os objetivos finais socaracterizados por aes demaior abrangncia, do tipo:

    Conhecer; Saber; Capacitar; Compreender.

    Os objetivos parciais por seulado, so caracterizados poraes de menor abrangncia,como por exemplo:

    Identificar; Enumerar; Classificar; Definir; Conceituar; Elaborar; Redigir.

    Volte ao exemplo de objetivofinal e a seus objetivos parciaispara melhor compreenso desteitem.

    Geralmente pedem somente os objetivos finais (=gerais); mesmo que issoacontea, no deixe de estabelecer os objetivos parciais do seu planejamento deensino eles sero um guia para o seu trabalho docente.

    Mas qual a diferena entre os objetivos finais (ou gerais) e os objetivos parciais(ou especficos)? Como redigi-los?

    Sempre que os Alunos tm duvidas entre objetivos finais e parciais, eu fao aanalogia da escada o patamar ou topo representado pelo objetivo final; os objetivosparciais so representados por cada um dos degraus.

    Veja a figura abaixo:

    Objetivo FinalObjetivo Parcial

    Objetivo ParcialObjetivo Parcial

    Planejamento de Ensino e seus Objetivos

    Agora vamos a um exemplo prtico. Vamos subira escada acima, preenchendo cada um dos degraus praque o topo seja alcanado?

    Exemplificando: O objetivo final de Didtica doEnsino Superior pode ser:

    Capacitar profissionais de diversas reasao exerccio do magistrio de ensino superior,atravs do desenvolvimento de atividades eestudos terico-prticos.

    Este o topo da escada. Mas para que eu digaque preparei docentes, necessrio uma srie de passosou subir degraus, no mesmo? Lembre-se que j temosa Ementa, os Contedos Programticos, e agoraestamos trabalhando os objetivos. Veja agora algunsobjetivos parciais, que podem servir como degrausao meu objetivo final. Eles esto em ordem crescente:

    1) Conceituar didtica.2) Estabelecer as mudanas das idias

    pedaggicas em determinada faixa de tempo.3) Traar o perfil do Professor atravs da

    literatura (perfil terico) e de observaes (perfil real).4) Identificar as sees de um programa de disciplina.5) Elaborar programas de disciplina.6) Identificar os tipos e funes de avaliao.7) Construir itens de teste de resposta aberta, fechada ou mista.8) Estabelecer critrios de avaliao para cada modalidade de atividade planejada.

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    9) Elaborar recursos auxiliares de ensino:seqncias visuais; transparncias, etc.

    10) Avaliar livros didticos a partir de um guia deanlise etc.

    Muitos outros degraus poderiam ser inseridos;porm, estes j so suficientes para se chegar idiado que capacitar profissionais...

    b) Contedos Programticos x Carga Horriada Disciplina

    Quando Voc divide a carga horria da disciplina,deve levar em conta dois princpios - o da seqncia eo da complexidade, isto , dar menor n de horas paraos contedos menos complexos e maior nmero dehoras para os que oferecem maior grau de dificuldade de aprendizagem (=contedosmais complexos).

    c) Metodologia:

    Neste item do seu Planejamento de Ensino Voc deve citar todas as tcnicase recursos auxiliares a serem utilizados ao longo do seu perodo letivo.

    Tcnicas de Ensino: IndividuaisGrupais

    33333 Grupais: As mais utilizadas so: Seminrio Phillips 66 Grupo de Cochicho Simpsio Tcnicas dos Especialistas

    33333 Individuais: Estudo dirigido ou guia de estudo. Mdulo de estudos Instruo Programada Cursos em EAD

    Recursos Auxiliares:

    Todas as modalidades que o Professor utilizardurante as atividades letivas. Textos, livros, cartazes,transparncias, computador e softwares educativos,quadros de giz e branco, so alguns dos recursosauxiliares mais usados pelos Professores.

    A voz do Professor o mais importantedos recursos auxiliares docentes. Cuidados especiaisdevem ser tomados. Conversaremos sobre os recursosauxiliares do trabalho docente no Captulo seguinte.Aguarde!

    Tarefa:

    Estabelea um objetivo final paraos contedos programticosfornecidos como base para a ementa;

    Monte a escada dos objetivos,estabelecendo os objetivos parciaispara o objetivo final que Vocinicialmente estabeleceu;

    Os objetivos parciais devem ser pelomenos cinco.

    Seminrio:Congresso Cientfico ou Cultural,Sesso de Pesquisas.

    Simpsio:Tcnica de trabalho para um grandegrupo, para a apresentao de umTEMA.

    Tarefa:

    Analise os contedos programticosque servem de base para oplanejamento do seu programa dedisciplina e distribua a carga horriada disciplina, que de 60h, entreas unidades, considerando osprincpios de seqncia ecomplexidade.

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    Tcnicas de Ensino

    Vamos analisar algumas das tcnicas deensino, ficando a seu cargo pesquisar sobre outrastcnicas em bibliografia especfica.

    Simpsio Caractersticas/Organizao

    Um exemplo de tcnica de trabalho para grandes grupos a tcnica desimpsio.

    Simpsio uma reunio de pequenas palestras, discursos ou prelees sobrevrios aspectos de um s assunto. A tcnica do simpsio no envolve a apresentaode vrios temas e sim de um TEMA CENTRAL, sob diversos ngulos ou posies. Osimpsio, portanto, uma tcnica que envolve apresentao e no permite debates.

    Organizao do Simpsio:

    A Tcnica de Simpsio envolve:3 Um grande grupo, que assiste apresentao;3 Um pequeno grupo, que apresenta o assunto.

    O pequeno grupo rene-se com antecedncia para esquematizar a apresentao,garantir o fracionamento lgico do contedo; a durao tima para cada apresentaono deve ultrapassar 20 minutos, e o simpsio geralmente no vai alm de 1 hora emeia.

    Esta reunio coordenada por um dos elementos do pequeno grupo que coordenartodo o desenvolvimento do simpsio. Este elemento do pequeno grupo recebe o nomede SIMPOSIARCA (que coordena o simpsio).

    Os elementos do pequeno grupo coordenados pelo simposiarca so chamados deSIMPOSIASTAS.

    Ao final da apresentao pelos simposiastas, o simposiarca RESUME as idiasapresentadas.

    O grande grupo participa do simpsio redigindo e encaminhando PERGUNTAS mesa ao final das apresentaes.

    O simposiarca, ainda ANALISA E ENCAMINHA aos simposiastas as perguntasredigidas pelo grande grupo.

    Resumindo, so funes do Simposiarca:

    3 Coordenar o simpsio;3 Resumir as apresentaes3 Analisar e encaminhar as questes do grande grupo aos simposiastas.

    interessante usar a tcnica do simpsio para: apresentar informaes bsicas,fatos ou pontos de vista; permitir uma exposio relativamente completa, sistemtica eininterrupta das idias; dividir um assunto-problema relativamente complexo de acordocom:

    3 Suas partes componentes lgicas;

    Tarefa

    Escolha dois temas que poderiam serutilizados para a organizao de umSimpsio.

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    3 Diferentes pontos de vista e interesses especiais;3 As propostas de outras solues e suas conseqncias.

    As interaes entre os participantes mnima. O interesse e a participao daaudincia dependem da fora e empatia do orador e de seu domnio do assunto. Da, alimitao tcnica.

    Tcnica de Painel Caractersticas e Possibilidades de Aplicao

    3 Entre as tcnicas para grandes grupos, destaca-se a de painel, que atcnica da mesa redonda desenvolvida em uma situao de auditrio.

    3 Uma das caractersticas da tcnica de painel a discusso informal peranteum grande grupo. Ento, a tcnica de painel se caracteriza por um pequenogrupo de pessoas.

    3 Estas so as principais caractersticas datcnica de painel. Se estabelecssemosuma relao com a com a tcnica desimpsio, constataramos que so tcnicasmuito semelhantes. Por exemplo, osimpsio se caracteriza por umaapresentao do tema, o painel por umadiscusso informal sobre o tema.

    3 Na tcnica de painel h um elemento quecorresponde funcionalmente aosimposiarca, que chamado deMODERADOR. Nesta mesma tcnica, apsas discusses, o grande grupo dirigeperguntas POR ESCRITO mesa.

    3 Finalmente, tanto na tcnica de painel como na de simpsio, no necessrio chegar a uma CONCLUSO.

    3 A tcnica de painel auxilia o grupo a enfrentar um assunto muitocontrovertido.

    3 Os participantes expem e focalizam pontos de vista, fatos e atitudesdiferentes sobre um assunto, envolvendo o grupo na busca de solues.

    3 O mtodo til quando a heterogeneidade tal, que se torna aconselhvela apresentao de diferentes pontos de vista e de fatos relativos ao assunto.

    A(s) Bibliografia(s) do seu Planejamento de Ensino. Nesta seo Vocorganizar duas bibliografias: uma para o Aluno e outra para seu uso,Professor.

    Bibliografia do Aluno: indicar os livros que complementaro os itens decontedo estudados/discutidos. A incluso de pginas, captulos, exercciosser feita de acordo com as necessidades do planejamento.

    Bibliografia do Professor: Na do Professor incluem-se os textos quesero utilizados; os exerccios; o nmero das pginas, etc. Isso o ajudar atrabalhar com segurana. No se esquea de que estes acrscimos /lembretes so feitos por unidade.

    Tarefa:

    Voc escolheu dois temas parautilizar em um Simpsio. Ser queeles poderiam ser utilizados tambmna Tcnica de Painel? Por qu? Porque no?Agora, selecione dois temasdiferentes dos primeiros para utiliz-los em Painel.

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    Tarefa:

    Organize um Planejamento deEnsino. O curso, a disciplina e asrie Voc escolhe. Quanto aosContedos Programticos Vocpoder extra-los de um livrodidtico. Volte ao incio desteCaptulo em caso de dvida. Usetodas as orientaes dadas. Senecessrio, pea ajuda.

    No se esquea de aplicar osprincpios de seqncia ecomplexidade dos contedos.

    Planejamento de Ensino

    Escola:

    Ensino: Srie:

    Disciplina: Turma:

    Carga Horria: Ano:

    Ementa:

    Objetivo(s):

    Contedos Programticos (divida-os por unidades) Carga Horria

    continua...

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    Tarefa:

    (Continuao)

    Metodologia: especifique-a porunidade.

    Avaliao: inclua, tambm oscritrios a serem usados, tambm porunidades de acordo com os objetivosestabelecidos.

    Bibliografias: organize a do Alunoe, parte a sua (do Professor).Reveja as orientaes desteCaptulo. Bom Trabalho.

    Planejamento de Ensino (continuao)

    Metodologia:

    Avaliao:

    Bibliografia Bsica:

    Prof. Responsvel pela Disciplina:

    Titulao:

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    Ao finalizar este Captulo, ai vai uma outra dica para Voc o bom profissional

    aquele que no se contenta com conhecimentos bsicos est sempre indo alm, pesquisando,

    perguntando, trocando idias.

    A Internet, neste caso uma excelente aliada: pesquise, aprenda e ensine

    melhor, atue com segurana e eficincia. deste tipo de Profissional que o Mercado de

    Trabalho anda procura para as melhores oportunidades. Portanto, ao trabalho!

    Livros Indicados:

    Ao trmino deste captulo, pesquise sobre o tema nos livros complementaresreferenciados/indicados.

    Pesquise, viajando na Internet.

    Faa suas buscas diretas sobre o tema.Utilize endereos indicados e outros que Voc encontrar em suas viagensvirtuais.

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    CAPTULO IV

    O PROFESSOR E OS RECURSOS AUXILIARES DE ENSINO:SELEO, ELABORAO E APLICAO

    Neste Captulo continuaremos a nossa conversa sobre Planejamento de Ensino,tratada no Captulo anterior. Agora, trataremos especificamente dos Recursos Auxiliaresde Ensino as ferramentas que ajudam o Professor a melhor atuar junto a seus Alunos.Ao estudo, ento!

    Recursos Auxiliares ou Recursos Didticos:

    Textos, livros, apostilas, transparncias, cartazes, computador, softwareseducacionais, quadros de giz e branco, so alguns dos recursos auxiliares mais usadospelo Professor.

    comum se ouvir queixas de Professores que dizem no ter como motivar/incrementar suas aulas. Esquecem-se esses docentes que existem muitas maneirasde trabalhar melhor, utilizando o que se pode chamar de Tecnologias de Baixo Custo.Por que no utiliz-las, na falta de recursos tecnolgicos mais caros e sofisticados? s guardar as palavras de Thiago de Mello:

    No, no tenho caminho novo, o que tenho uma nova forma de caminhar.

    E esta nova forma de caminhar que estaremos examinando a seguir.

    A nfase deste trabalho ser a apresentao das possveis utilizaes de algunsrecursos didticos ou TEs de baixo custo, ao alcance de qualquer Professor. O nicopr-requisito ser a predisposio em modificar o modo de ministrar suas aulas.

    O que quer se propor um convite aos educadores ao ousar a usar o diferente,mesmo com recursos de baixo custo.

    A Tecnologia Educacional uma aplicao adaptada s necessidades deensino: estratgia de ensino que quando utilizada, pode transformarconhecimentos e motivar os Alunos.

    As Tecnologias ou Recursos Didticos de Baixo Custo.

    Como ponto de partida, tomar-se- como tecnologia de ensino, os materiaisinstrucionais confeccionados ou no pelo Professor, com o objetivo de otimizar o processoensino-aprendizagem.

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    Tarefa:

    Elabore uma aplicao da manchete.Imagem de Me, diferente das queforam apresentadas no exemplo.

    33333 Os jornais como fonte de atividades criativas

    De um jornal pode-se aproveitar tudo para confeccionar materiais e elaboraratividades: as manchetes, os classificados, as propagandas, os cadernos especiais, asilustraes, etc. tudo se transforma em material didtico para o Professor Criativo.

    33333 Atividades com Manchetes de Jornais

    As manchetes de jornais so mananciais inesgotveis na criao de atividadesmotivadoras para as mais diversas disciplinas em todos os graus de ensino. Com elaspode-se elaborar atividades para ser aplicadas em uma s disciplina ou sob enfoqueinterdisciplinar.

    Exemplificando:

    Manchete O Globo: Imagens de Me (= osdesenhos das crianas entre 3 e 7 anos revelam o novoperfil das mes dos anos 90).

    Enfoque interdisciplinar: Esta manchete podeser utilizada de inmeras formas. As que sero descritasreferem-se ao Ensino Superior. No entanto, Voc podecriar outras para os ensinos fundamental e mdio comas mesmas disciplinas, bastando que se faam osdevidos ajustes.

    Manchete: Imagem de Me

    Lngua Portuguesaa) Estudo semntico da palavra Imagemb) Se ligada palavra me, que significados adquire? Como voc interpreta esta

    manchete?c) Descreva a Imagem de sua me

    Psicologiaa) A partir das atividades desenvolvidas em

    Lngua Portuguesa, como voc analisa asimagens de me produzidas pelas crianas epor voc?

    b) Trace o perfil da Me dos anos 90, a partir dasatividades desenvolvidas anteriormente, agorasob a tica de universitrios; esta anlise deveter como base os aspectos psicolgicos relativosao tema.

    Histriaa) Pesquise em textos de jornais e revistas da dcada de 80, os traos da me.b) Compare o perfil da me da dcada de 80 com o da dcada de 90, anteriormente

    traado em Psicologia.

    Sociologiaa) De acordo com os perfis estabelecidos em Lngua Portuguesa, Psicologia e

    Histria, analise os fatos sociolgicos que esto presentes nos perfis dasmes das dcadas de 80 e 90.

    Tarefa:

    Escolha uma Manchete de Jornal.Organize atividades sob o enfoqueinterdisciplinar. Leia com atenoo exemplo dado neste caderno.

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    Geografiaa) Segundo a regio do Brasil de que as mes descritas anteriormente so

    representantes, que fatores geogrficos podem ser citados comocaractersticos?

    Comparando manchetes: variaes sobre o mesmo tema.

    A comparao de manchetes outra aplicao bastante til do jornal em sala deaula. Para isso, escolha uma notcia veiculada por vrios jornais. Trabalhe com seusAlunos, comparando-as quanto aos seguintes tpicos: (a) aspectos redacionais; (b)escolha de palavras;(c) tendenciosidade ou no; (d) criao de outra manchete pelosAlunos sobre outro tema.

    Cabe ao Professor discutir com seus Alunos os aspectos scio-poltico-econmico-filosficos que podem estar implcitos ou explcitos nessas manchetes e nos textosrelativos a elas. timas fontes para este tipo de debates so as manchetes polticas.

    As Charges (do francs charge) = Caricatura

    As charges so snteses de um momento ou atmesmo de uma poca. Num pequeno espao do jornal,o chargista capaz de relatar um reconhecimentopoltico, por exemplo. As charges podem ter ou no texto.Elas se caracterizam pela crtica humorstica. Emborabreves e sintticas, elas ensejam a realizao de muitostrabalhos de pesquisa e geram itens para debates emsala de aula. Para elaborar tarefas s seguir o roteiroabaixo:

    Exemplo de Tarefa sob o Enfoque Interdisciplinar

    Tarefa: Elaborem um roteiro interdisciplinar deatividades a serem desenvolvidas a partir dasduas charges. Inclua(m), tambm, os seguintesitens: (a) as disciplinas em que vo serdesenvolvidas; (b) itens de contedo a queestaria ligada a charge; e (c) as atividadespropostas, em detalhes.

    Utilizando o Caderno de Esportes como RecursoAuxiliar

    Preferido pelos jovens, este caderno traz, via deregra, bastante elementos para que se explorem temase se desenvolvam as expresses oral e escrita, em geral,em qualquer nvel de ensino.

    Os textos-sntese apresentados a seguir so umbom ponto de partida. Com este tipo de texto pode-selevar o interessado em esportes a pesquisar mais sobreo assunto: como pratic-lo; as regras que o regem; os pases em que praticado;diferenas e semelhanas entre as prticas dos pases pesquisados; comportamentosdas torcidas; a tica; campeonatos promovidos durante o ano; atletas de destaque nestamodalidade; etc.

    Tarefa:

    Organize uma atividade para cadadisciplina. Esta atividade devercomplementar as que foram apre-sentadas neste Captulo.

    Tarefa:

    Que outra variao Vocacrescentaria a estas sugeridasaqui?

    Tarefa:

    Selecione uma charge e proponhaatividades a partir dela.

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    Texto n 1:

    SKATEBENEFCIOS

    Como a patinao, praticar skate aumenta a capacidade aerbica e anaerbica,trabalha a musculatura das pernas e do abdmen. A atividade tambmdesenvolve o equilbrio, a coordenao motora, a flexibilidade e a ateno.

    PRECAUES preciso aprender a cair. importante o uso de proteo nos joelhos e cotovelos,alm de capacete, por causa dos tombos freqentes. Problemas graves de colunapodem contra-indicar.

    LESES MAIS FREQENTESEstiramentos da musculatura dos membros inferiores, distenses na virilhae traumatismos provocados pelas quedas.

    IDADE IDEAL PARA INICIAREntre 8 anos e 10 anos

    Fonte: Alexandre Calmon (Presidente da Associao de Skate Rio) e RobertoMoreira Rodrigues (mdico especialista em medicina do esporte).

    Fonte: O Globo, 19/06/94.

    Texto n 2

    MOUNTAIN BIKEBENEFCIOS

    Como ciclismo, fortalece os msculos, especialmente das pernas e das coxas, um timo exerccio para melhorar o desempenho aerbico e aumenta aresistncia cardiovascular. Proporciona grande resistncia fsica e muscular.

    PRECAUESDeve ser praticado com equipamento adequado, incluindo capacete, paraprevenir acidentes. preciso ateno coma coluna e com a postura correta nabicicleta. Quem pedala mal posicionado, com curvatura errada da coluna, podeapresentar problemas como dores nos ombros e na parte lombar.

    LESES MAIS FREQENTESContuses e escoriaes, por causa das quedas.

    IDADE IDEAL PARA INICIAR11 anos

    Fonte: Roberto Moura (praticante e um dos precursores do mountain bike noBrasil) e Roberto Moreira Rodrigues (mdico especialista em medicinado esporte).

    Fonte: O Globo, 19/06/94

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    Trabalhando com textos e imagens de propaganda

    O trabalho com os textos e as imagens daspropagandas veiculadas nos jornais so fontesriqussimas de atividades para Professores e Alunos.Delas podem ser explorados, entre outros aspectos,sempre vinculados a um contedo:

    a. o poder de seduo que a propaganda exerce;b. o vender e o comprar;c. a linguagem da propaganda;d. a massificao dos textos e imagense. propagandas polissmicas e polivisuais, etc.

    Comece a pesquisar este tipo de recurso com olhos de ver, isto , de pesquisador.Lendo jornais, revistas, assistindo a programas de TV, ouvindo rdio, v selecionandomateriais e prepare-os, adaptando-os aos contedos a serem desenvolvidos.

    Classificados

    So igualmente teis os classificados de jornaisem sala de aula, no s quanto aos aspectos redacionaisprprios e dignos de estudo, tendo como base depesquisa a oferta do mercado de trabalho, a escolha decarreira, etc. Os aspectos relativos compra e vendaem geral tambm podem ser estudados e pesquisados afundo.

    Na verdade, todos os cadernos de um jornal so fontes de materiais de ensino epesquisa. At mesmo o caderno de culinria nos fornece elementos de trabalho. s terolhos de ver. Comece a organizar um arquivo de textos e imagens retirados de jornais.Inclua tambm as atividades que Voc pode colocar em prtica e os resultados obtidos.Voc ver que em pouco tempo ter um farto e valioso banco de textos e imagens.

    Convoque seus Alunos a ajud-lo(a) na coleta e classificao de textos e imagens; um trabalho envolvente, com certeza.

    Histrias em Quadrinhos

    No muito aplicados no Ensino Superior, masservem s vezes para demonstrar as funes dalinguagens, os quadrinhos so muito teis nas aulasde expresso escrita de vrias disciplinas, pois que exigepoder conciso e sntese de quem os produz.

    Trabalhando com quadrinhos; um roteiro para Voc, Professor.

    Escolha uma estria Tire uma cpia do original, apagar o dilogo, antes. Providencie para que a turma tenha as duas cpias com e sem dilogo. Trabalhe primeiro com a cpia sem dilogo e os significados de sntese e

    clareza em estrias em quadrinhos. Em turmas de ensino fundamental diga aos Alunos que o dilogo deve ser

    rpido e claro, isto , dizer muito com poucas palavras;

    Tarefa:

    Organize dois textos-sntese sobreesportes ou cinema. Estabelea oque se pode trabalhar a partir dele,em termos de atividades e depesquisas de aprofundamento. Otexto-sntese deve ter o formato doexemplo.

    Polissemia:Qualidade de uma palavra de termuitas significaes.

    Tarefa

    Que outros itens Voc incluiriacomo bsicos para o trabalho com apropaganda?

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    Proponha a criao de outro dilogo para a estria, agora utilizando a cpiacom dilogo nos bales.

    Nota: Voc pode aproveitar para trabalhar com os Alunos o significado dosdiferentes bales em que so colocados o dilogo das histrias emquadrinhos.

    3 Seqncias Visuais

    Uma outra forma de trabalhar com figuras/fotos de jornais e revistas aorganizao de um banco de imagens, que dar ensejo montagem de seqnciasvisuais e textos relativos a elas.

    muito simples de elaborar: (a) recorte ou peaque seus Alunos tragam figuras coloridas ou no quejulgue(m) interessantes; (b) apresente-as aos Alunosque estaro divididos em grupos; (c) cada grupo escolhequatro ou cinco delas; (d) o grupo analisa as fotosescolhidas e as coloca em ordem que lhes pareamelhor; (e) criao de texto (histria), ter comoepisdios as figuras escolhidas.

    A partir das histrias criadas para as seqncias visuais, podero ser desenvolvidosestudos, pesquisas e debates sobre os aspectos scio-econmico-filosficos que elasencerrem. A adaptao disciplina fica a cargo do Professor, que saber enfatizar osaspectos mais diretamente ligados aos contedos de sua disciplina.

    3 Cadernos Temticos

    Os jornais geralmente tm cadernos temticos no decorrer da semana. Voc podersugerir o estudo deles, de acordo com as preferncias dos grupos de cada turma.

    Divida as tarefas entre eles. O grupo A estuda a estrutura, linguagem e aspectos tcnicos do Caderno

    de Informtica; o grupo B se ocupar do Caderno de Turismo e assim pordiante;

    A pesquisa deve durar pelo menos seis meses para que os Alunos possamestruturar bem o trabalho em termos de contedos significativos.A partir deste Estudo de Cadernos Temticos, pode-se desenvolver uma sriede trabalhos de pesquisa e criao grupal;

    Elaborao de um dicionrio de termos tcnicos, jarges e expresses,especficos do tema pesquisado;

    Montagem de um caderno feito pelos Alunos; ilustrado com figuras dosjornais ou feitas por eles prprios;

    Resenhas dos assuntos lidos; Os Alunos que trabalham com informtica podem acessar a internet e coletar

    maiores informaes sobre o tema e descrev-los em seo especfica, comoInfo & News, Info & Atualidades, etc; (o ttulo deve ser criado pelos Alunos).

    Muitas outras atividades podem ser desenvolvidas a partir dos Jornais mas isto tarefa sua Professor! D asas sua criatividade e... sucesso!

    Procure trabalhar com outrosProfessores utilizando as mesmasseqncias organizadas pelos Alunos:desta forma, eles tero umaabordagem interdisciplinar.

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    Quadros de Giz e Branco

    O quadro de giz talvez, o mais antigo dos recursos didticos do Professor.Antigo, mas nem sempre bem utilizado. Muitos Professores no sabem us-loconvenientemente escrevem, ou melhor, rabiscam em todos os pontos do quadro,enquanto explicam os itens de contedo a seus Alunos, deixando-os tontos!

    Aos que se enquadram no rol dos bagunceiros, a vo algumas regras bsicaspara o uso tanto do quadro de giz quanto do branco:

    Divida o quadro em duas ou trs partes, de acordo com sua dimenso; Use a primeira parte para colocar os itens de contedo a serem desenvolvidos

    durante a aula; no esquea de colocar a data, tambm; Nas duas outras partes sero colocadas explicaes dos itens de contedo,

    se necessrio; Neste caso, faa-o de forma o mais organizada que conseguir. As primeiras

    vezes so difceis, se voc do tipo desorganizado, mas com o tempo eautodisciplina, Voc conseguir;

    Apague as notas sempre que o quadro ficar poludo; Ao final da aula limpe todo o quadro aps ter feito uma retrospectiva dos

    itens desenvolvidos e propostos no incio da aula, acabe de limpar o quadro.

    Giz Coloridos/Pilots de vrias cores.

    Use-os para marcar palavras, expresses ou trechos importantes no quadro de giz:

    O vdeo algo mais que uma tcnica. um desafio para a escola. (Ferres, 1996).

    (1) (2)

    Usar giz ou pilot de cor diferente da que foi usada no restante do texto,itens (1) e (2).

    A voz do Professor o seu recurso didtico mais precioso.

    Devemos desejar uma bela voz, mesmo que no dependa de ns possu-la,depender de ns cultiv-la e fortific-la.

    (Ccero)

    Por ser sua ferramenta de trabalho mais importante o Professor deve cuidar bemde sua voz. Os segredos de uma emisso eficiente envolvem os aspectos: (a) nfase; (b)entonao; (c) pronncia e ritmo; e (d) confiana. Quando falamos, a nossa vozdesempenha trs funes principais; comunicativa, quando contamos algo a outro;expressiva, ao transmitir emoes atravs da nfase, e apelo, ao usar diferentes ouespeciais entonaes da voz ao nos comunicarmos.

    Leia e pense a respeito.

    Ao transmitir contedos todo Professor deve cuidar para que sua mensagem nose transforme num discurso monocrdio, sem entusiasmo ou ainda algo estridente e

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    American World University/Latin American Division/USA

    desagradvel aos ouvidos. D as palavras a nfase e a entonao adequadas ao queVoc quer comunicar. Lembre-se de que a entonao confere um tom musical sua voz.Quer um exemplo? Pronuncie em voz alta o seguinte:

    Estou COMPLETAMENTE CONVENCIDO de sua culpa!

    Ser que toda orao foi lida com a mesma entonao? As palavras, mesmoisoladas, tm uma carga semntica que torna impossvel pronunci-las da mesma forma,usando o mesmo ritmo e entonao.

    Leia as palavras: Felicidade/ Traio/ dio/Saudade, ser que elas so lidas da mesma forma? Outroaspecto a ser observado pelo Professor em suascomunicaes o tom de confiana com que fala epassa informaes ao Aluno. Este tom se origina nodomnio dos contedos por parte do Professor.

    O ltimo aspecto a ser considerado o ritmo.Falar devagar ou depressa demais desagrada a quemnos ouve. Por isso, adeque o tempo de que Voc dispeao ritmo de sua apresentao. Controle a velocidadeda fala; o mesmo se aplica ao nervosismo e ao mauhumor durante as aulas.

    Alguns cuidados com as sua voz: Faa gargarejos com sal, vinagre e limo, sempre que comear a ficar

    afnico(a); Masque floquinhos de gengibre muito reconfortante, embora no seja

    gostoso; Faa exerccios de dico leia textos em voz alta sempre que possvel;

    grave sua leitura, avalie e tente melhorar a sua maneira de emitir fonemasque lhe parecer no muito bem emitidos

    Conselhos para quem fala em pblico: Olhar para o pblico em geral, sem se fixar em ningum; No fique parado e rgido como uma esttua num s ponto da sala; No se encoste em paredes ou em cantos da sala; Movimente-se para evitar monotonia de sua fala; Faa pausas estratgicas, isto faz com que sua platia volte a se concentrar em

    sua fala.

    Exerccios para Alunos e Professores: Ao preparar uma apresentao de trabalho ou aula, alguns cuidados devem

    ser tomados com o texto a ser transmitido; Pronto o texto, leia-o silenciosamente, marcando os trechos e palavras de

    grande fora e importncia. Leia-o agora em voz alta, procurando dar entonao e ritmo adequados; se

    puder, grave este passo para analis-lo e corrigir no que for necessrio; Observar, tambm a velocidade e o tom de sua voz.

    Propicie a seus Alunos atividades que lhes proporcionem momentos de expressooral oriente-os quanto aos aspectos de uma boa apresentao. Certo ou errado, todosns somos avaliados pelo que e como nos expressamos. As sugestes aqui includaspodem ser enriquecidas com leituras complementares e com a sua prpria experinciadocente.

    Monocrdio: aqui significa o modorepetido que o Professor usa aofalar.

    Semntica: Cincia que estuda osignificado das palavras de umalngua.

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    Trabalhando com textos e as Tcnicas a serem aplicadas

    Em xerox, mimeografados ou no original em livros,e jornais, os textos so os maiores auxiliares doProfessor. Sua utilizao em sala de aula varia de acordocom o curso, disciplina e o nvel de ensino em que Vocest atuando. No entanto, uma qualidade indispensvel seleo/escolha do texto: a utilidade eo grau de motivao que ele pode trazer a seus Alunos apartir de sua leitura. A partir de um bom texto, pode-seorganizar inmeras atividades de estudo e pesquisaaplicando:

    Tcnicas rpidas de estudo em grupo; Dramatizaes ou role-playings; Tcnicas para textos longos.

    Tcnicas de aplicao rpida em sala de aula

    a. Phillips 66: descrita e desenvolvida por J.Donald Phillips (Universidade de Michigan),a tcnica consiste em dividir-se a turmaem grupos de seis componentes, quedesenvolvem tarefas em fraes de seisminutos cada.

    Etapas:

    1. Selecione o texto;2. Organize tarefas que possam ser desenvolvidas em seis minutos;3. Explique aos Alunos que todos tero que ler o mesmo texto;4. Divididos em grupos de seis componentes, estes devero cumprir as tarefas

    em 6 minutos cada uma;

    Todos os grupos, antes de iniciar os trabalhos devem escolher o seusecretrio-redator, e um outro membro para cronometrar as etapas;

    Cada Aluno tem 1(um) minuto pra se manifestar; O trabalho com texto aplicando a Tcnica Phillips 66 visa, principalmente: Agilizar as etapas dos trabalhos em grupo; Disciplinar os Alunos quanto ao tempo para resoluo de tarefas; Envolver todos os membros do grupo em todas as tarefas do incio ao

    fim do estudo do texto; Quando necessrio, pode-se conceder mais uma ou duas fraes de

    seis minutos para o trmino da tarefa.

    Sentindo o texto: vamos ver como se aplicaesta tcnica?

    1. Selecione um texto rico em contedo;2. Leia as estrofes abaixo e tente resolver este

    exerccio;3. Pea a seus Alunos que o classifique dizendo

    a cor, o cheiro e o sabor que o texto sugere;4. Aplique-o em sala de aula e compare suas

    percepes com as de seus Alunos.

    Tarefa:

    Selecione um texto breve, mas ricoem contedo. Levante o tema;selecione questes importantesrelativas ao texto.

    Tarefa:

    A partir do texto selecionado, dasquestes levantadas e do tema,aplique as etapas da tcnica Phillips66.

    Voc pode pedir a seus Alunos quetragam textos para seremtrabalhados e formar um Banco deTextos.

    Este Banco poder ser organizadopelos Alunos que dominem ocomputador. Os com textos poderoser gravados por todos os Alunos.

  • Didtica e Andragogia

    46

    American World University/Latin American Division/USA

    Nota: Selecione textos e poemas breves, com contedo significativo para aplicara tcnica do sentir o texto; Voc pode, tambm, como desdobramentopedir aos Alunos que produzam os textos em grupos. Aps produzi-los, osgrupos trocam textos e os sentem.

    Dramatizaes:

    Textos narrativos dialogados ou no servem para serem aplicados s atividadesde dramatizao ou role-playing.

    Quando no dialogados, os textos devem ser lidos, discutidos e adaptados pelosprprios Alunos com a superviso do Professor. tambm, muito importante a voz e aperformance do Professor ao se comunicar com os Alunos e ao ler textos para aturma.

    3 Aconselha-se para atividades de dramatizao, que o Professor selecionetextos extrados de contos, romances ou mesmo poemas que se adequem aelas.

    3 O Professor dever, antes de aplicar o texto, l-lo com ateno e estudar otipo de leitura que far com o