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DIFERENÇAS-ENTRE-EMBARGO-E-INTERDIÇÃO-NA-SEGURANÇA-DO-TRABALHO..pdf

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  • Diferenas Entre Embargo e Interdio na Segurana do Trabalho.

    Acimarney Correia Silva Freitas, Cristina Coelho, Flvia Arajo Conceio, Isabela Miranda Santos Oliveira

    4.

    RESUMO Este trabalho apresenta um estudo sobre Embargo e Interdio. O objetivo

    conhecer mais sobre cada um deles, as suas diferenas e apresentar quais motivos que levam a sua ocorrncia, indicando como reverter esse parecer e a importncia disso na colaborao para um ambiente de trabalho salubre. A metodologia utilizada para desenvolver os temas principaisforam os conhecimentos adquiridos no curso tcnico pelos autores e os debates em equipe durante a elaborao deste artigo. Este trabalho possibilitou perceber a amplitude da atuao do profissional de Segurana do Trabalho e a importncia da Sade Ocupacional na vida do trabalhador e da empresa. Palavras-chave: Embargo, Interdio, paralisao. ABSTRACT

    This paper presents a study on Embargo and Prohibition. The goal is to learn more about each of them, their differences and to present the reasons that lead to its occurrence, indicating how to reverse this opinion and the importance of this collaboration into a healthy working environment. The methodology used to develop the main themes were acquired knowledge in technical progress by the authors and the debate team during the preparation of this article. This work made it possible to realize the magnitude of the performance of the Work Safety Professional Occupational Health and importance in the life of the worker and the company. Keywords: Ban, Ban, stoppage.

    Orientador deste Artigo e Professor de Direito - IFBA. [email protected] do curso Tcnico de Segurana do Trabalho IFBA - [email protected] do curso Tcnico de Segurana do Trabalho IFBA - [email protected] do curso Tcnico de Segurana do Trabalho IFBA - [email protected]

  • 1 INTRODUO

    Aps a Revoluo Industrial, inmeros movimentos trabalhistas reivindicaram

    melhorias nas condies de trabalho. Aos poucos, as conquistas trabalhistas foram sendo

    alcanadas, dentre elas, melhorias no ambiente laboral, j que as principais causas dos

    acidentes so as ineficincias ou at mesmo as ausncias de um plano de gesto de

    segurana para as realizaes das atividades. Muitas conquistas se tornaram leis. A partir

    de ento surgiram novos profissionais e determinaesdestinados aos cuidados da sade

    do trabalhador e do ambiente de trabalho.

    O ambiente competitivo e de produo acelerada tem exigido grande esforo dos

    empregados e uma viso estratgica das empresas para acompanhar as mudanas do

    cenrio atual. Uma das exigncias impostas s empresas que implementem medidas

    que visem proteger os trabalhadores expostos em ambientes que podem comprometer

    sua integridade fsica ou a sua sade.

    Algumas das consequncias decorrentes do descumprimento das normas

    estabelecidas o decreto de Embargo ou Interdio, que resulta na paralisao de suas

    atividades at que os problemas sejam resolvidos.Tendo estes respaldos legais nas

    Normas Regulamentadoras e leis complementares.

    Com o objetivo de aprofundar os conhecimentos sobre Embargo e Interdio,

    foram realizadas pesquisas bibliogrficas em literaturas e site informativos, alm do

    debate entre autores deste artigo.

  • 2 DESENVOLVIMENTO

    No cumprir as NRs, pode resultar para a empresa ou obra, que ela seja

    embargada ou interditada.

    De acordo com a NR 3 embargo e interdio so medidas de urgncia, adotadas

    a partir da constatao de situao de trabalho que caracterize risco grave e iminente ao

    trabalhador. Considerando-se grave e iminente risco toda condio ou situao de

    trabalho que possa causar acidente ou doena relacionada ao trabalho com leso grave

    integridade fsica do trabalhador.

    Tanto no Embargo ou Interdio, a paralisao poder ser parcial ou total.

    2.1 CONCEITOS E DIFERENAS ENTRE EMBARGO E INTERDIO.

    Embargo: Aplica-se para a paralisao de obras da construo civil. E como estabelecido no item 3.3.1 da norma regulamentadora n 03, define como obra todo

    e qualquer servio de engenharia de construo, montagem, instalao,

    manuteno ou reforma.

    O Item 18.1.1 da Norma Regulamentadora n18, estabelece diretrizes de ordem administrativa, de planejamento e de organizao, que visam implementao de

    medidas de controle e preventivas de segurana nos processos e no ambiente de

    trabalho na construo civil.

    Interdio: Aplica-se na paralisao de maquinas, equipamentos e setores de servio, mesmo que estes, desenvolvam atividades na Construo civil.

    As Interdies e embargos so determinados para eliminar condies inseguras,

    presentes no ambiente de trabalho.

    2.2 RESPONSABILIDADE.

    O agente da inspeo do trabalho o responsvel por avaliar e constatar (ou no)

    a presena de grave e iminente risco sade e/ou integridade fsica do trabalhador. Essa

  • avaliao dever ser realizada com base em critrios tcnicos, ou seja, um laudo tcnico

    realizado por especialista na rea.

    Segundo, o artigo 161 da Consolidao das leis do Trabalho CLT, o delegado

    regional do trabalho, ao avaliar o laudo tcnico do servio competente que demonstre

    grave e iminente risco para o trabalhador, poder interditar o estabelecimento, setor de

    servio, mquina ou equipamento, ou embargar obra, indicando na deciso, tomada com

    a brevidade que a ocorrncia exigir, as exigncias que devero ser adotadas para a

    preveno de infortnios no trabalho. Sendo que o laudo tcnico de Embargo e Interdio

    realizado pelo Auditor Fiscal do Trabalho, especializado em engenharia de segurana

    do trabalho ou medicina do trabalho.

    Imediatamente, a autoridade regional competente deve ser informada acerca da

    situao do estabelecimento, setor de servio, mquina ou equipamento ou obra, para

    que determine quais as medidas que devero ser adotadas para que as situaes de

    risco sejam eliminadas.

    Conforme o 2 do artigo 161 da CLT, o embargo ou a interdio podero ser

    requeridos pelo servio competente da Delegacia Regional do Trabalho e ainda, por

    agente da inspeo do trabalho ou entidade sindical.

    No entanto, qualquer cidado que presencie ou tenha conhecimento de eventual

    descumprimento a legislao trabalhista, poder efetuar uma denuncia a

    SuperintendnciaRegional do Trabalho e Emprego.

    2.3 DESCUMPRIMENTO DAS ORDENS.

    De acordo, o 4 do artigo 161 da CLT, responder por desobedincia, alm das

    medidas penais cabveis, quem, aps determinada a interdio ou embargo, ordenar ou

    permitir o funcionamento do estabelecimento ou de um dos seus setores, a utilizao de

    mquina ou equipamento, ou o prosseguimento de obra, se, em consequncia, resultarem

    danos a terceiros. Assim como, o item 3.4, da norma regulamentadora n 03, estabelece

    que durante a vigncia da interdio ou embargo, somente podero ser desenvolvidas

    atividades necessrias correo da situao de grave e iminente risco, desde que seja

    adotadas medidas de proteo adequadas aos trabalhadores envolvidos. Sendo que a

  • empresa dever comunicar e solicitar a aprovao da DRT, rgo regional do MTE,

    sempre que ocorrerem modificaes substanciais nas instalaes e/ou nos equipamentos

    de seu(s) estabelecimento(s).

    De acordo o item 3.5, da Norma Regulamentadora n03, durante a paralisao

    decorrente da imposio da interdio ou embargo, os empregados devem receber o

    salrio como se estivessem em efetivo exerccio.

    Da deciso do Delegado Regional do Trabalho referente a interdio ou embargo,

    podero os interessados recorrer, no prazo de 10 (dez) dias, Secretaria de Segurana e

    Medicina do Trabalho - SSMT, qual facultado dar efeito suspensivo.

    2.4 EXEMPLOS RECENTES

    Atualmente o Ministrio Pblico de Santa Catarina e a Polcia Militar de Santa Catarina foi

    em pblico prestar algumas informaes sobre os atos de violncia ocorridos na cidade

    de Joinville, na partida do jogo de futebol entre Paranaense e Vasco da Gama,

    determinando a sua interdio a partir do seguinte decreto:

    No que tange atuao do Ministrio Pblico, cumpre informar que, em 22/02/2011, no exerccio da autonomia funcional que lhe prpria, foi instaurado, no mbito da Promotoria da Defesa do Consumidor de Joinville, procedimento voltado verificao da regularidade do funcionamento da "Arena Joinville", sendo constatado no mesmo, consoante apontado pela Polcia Militar, Corpo de Bombeiros e engenheiros contratados pela Fundao de Esportes, Lazer e Eventos de Joinville, diversas irregularidades, o que motivou o aforamento, no ltimo dia 02/12/2013, de ao civil pblica voltada ao seu saneamento, com a interdio da "Arena Joinville" para a realizao de eventos esportivos e adequao na prestao da segurana, inclusive pela Polcia Militar, para o ano de 2014 e mediante a prvia oitiva de todas as entidades demandadas, at que sanadas todas as irregularidades tecnicamente apontadas. Referida ao no contempla a postulao de qualquer medida para o corrente ano de 2013.(Marin,Lio Marcos.Procurador-Geral de Justia de Santa Catarina).

    J no dia 07/05/2013 a justia do trabalho notificou o embargo da obra do IFBA (Instituto

    Federal da Bahia) Campos Vitria da Conquista,o Ministrio do Trabalho e Emprego

  • constatou que a empresa que executa a obrade construo do ginsio poliesportivo, NTR

    engenharia transgrediu de inmeras normas relativas segurana e sade dos

    trabalhadores, os auditores Fiscais observaram que em consequncia da falta de

    proteo, a escavao ocasionava grave risco de desmoronamento com o soterramento

    de trabalhadores. O IFBA divulgou a seguinte nota pblica de esclarecimento:

    O Instituto reafirma, como princpio, a legalidade de seus processos licitatrios e o respeito aos direitos humanos e trabalhistas, valorizando aes que propiciem condies de dignidade aos prestadores de servio diretos e indiretos e repudiando qualquer forma de descumprimento legal. Por isso, continuar acompanhando de perto a realizao de suas obras, fiscalizando o cumprimento das clusulas contratuais e, quando necessrio, autuando e exigindo, na forma da lei, providncias para enquadrar as empresas prestadoras de servio do IFBA no patamar de excelncia do servio pblico oferecido pela instituio populao baiana.( Anilson, Roberto Cerqueira Gomes. Pr-Reitor de Desenvolvimento Institucional e Infraestrutura).

    2.5 Importncia e Funo do Tcnico de Segurana do Trabalho.

    Atualmente o Tcnico em Segurana do Trabalho um dos profissionais mais

    requisitados no Brasil, isto porque os altos ndices de acidentes registrados a cada dia

    vm crescendo devido falta de atuao deste profissional nos ambientes de trabalho

    com atividades perigosas ou que oferea algum tipo de risco e dano sade do

    trabalhador.

    Isto ainda acontece porque muitos empregadores desconhecem a lei especfica

    na rea de Segurana do Trabalho, a NR4, que exige a presena deste profissional na

    maioria das empresas com 100 ou mais funcionrios, vale ressaltar que em algumas

    empresas o grau de risco to alto que dependendo da atividade que exerce o quadro II

    da NR- 4 indicam que se empresa possuir 50 funcionrios e conter um grau de rico 04 o

    empregador deve contratar um tcnico de segurana do trabalho e assim evitar possveis

    acidentes.

  • E o que este profissional pode oferecer a uma empresa simplesmente tornar

    o ambiente salubre para os trabalhadores e dentro das normas regulamentadoras

    adequadas, e como isto acontecer? O tcnico ir trabalhar juntamente com os rgos

    atuantes SESMT (Servio Especializado em Engenharia de Segurana e em Medicina do

    Trabalho) Nr-4 PCMSO (Programa de Controle Mdico de Sade Ocupacional)Nr-7,

    PPRA (Programa de Preveno de Riscos Ambientais) Nr-09 eCIPA (Comisso Interna

    de Preveno de Acidentes) Nr-5, todos juntos desenvolvero medidas de controle

    coletivas ou individuais para evitar que o ambiente venha ser interditado ou embargado

    para isto no basta implantar tem que atuar e ficalizar.

    J o empresrio a ele cabe o papel de ao iniciar as atividades de um

    estabelecimento solicitar anteriormente a aprovao de suas instalaes ao rgo

    Regional do MTb (Ministrio do Trabalho) aps inspeo previa o rgo emitir um

    documento de aprovao o CAI-Certificado de Aprovao de Instalaes lembrando que

    ao ocorrer modificaes substanciais nas instalaes e/ou equipamentos de seu

    estabelecimento deve-se solicitar novamente aprovao do rgo Regional do

    Ministrio do Trabalho para se certificar que o ambiente est regulamentado .

    O objetivo da inspeo prvia e da declarao da instalao o de assegurar

    que o novo estabelecimento inicie suas atividades livre de riscos de acidentes e\ou

    doenas do trabalho, com isto o proprietrio no correr o risco de sofrer Um embargo ou

    interdio, ao se adequar as normas regulamentadoras empresa atesta que a sua

    empresa no oferece condio ambiental de trabalho que possa causar acidente ou

    doena profissional com leso grave integridade fsica do trabalhador.

    Art. 161 - O Delegado Regional do Trabalho*, vista do laudo tcnico do servio competente que demonstre grave e iminente risco para o trabalhador, poder interditar estabelecimento, setor de servio, mquina ou equipamento, ou embargar obra, indicando na deciso, tomada com a brevidade que a ocorrncia exigir, as providncias que devero ser adotadas para preveno de infortnios de trabalho.

    Enfim a empresa que no atende os critrios de segurana adequados a vista

    de um laudo tcnico do servio que demonstre risco grave e iminente para o trabalhador

  • pode correr risco de um embargo ou interdio e a partir da ter a

    paralisao total ou parcial do estabelecimento, setor de servio, mquina ou

    equipamento.

    Estes transtornos levam a paralisao total ou parcial da obra, a empresa ter

    de recorrer no prazo mximo de 10(dez) dias dessa deciso e quantos aos empregados

    recebero seus salrios normalmente, como se estivessem em efetivo exerccio,mas com

    a atuao do tcnico de segurana do trabalho tudo isto pode ser evitado.

  • 3 CONCLUSO

    Garantir a integridade fsica e a sade do trabalhador um trabalho contnuo que

    exige diversas mudanas no ambiente e no processo de trabalho. possvel concluir que

    as exigncias previstas nas leis bem como o Embargo e a Interdio, so

    fundamentalmente importantes na preveno de acidentes que causem riscos a sade e

    segurana no ambiente de trabalho .O Tcnico em Segurana do Trabalho desenvolve

    um papel muito importante nas empresas, pois,assegura condies que elimine,

    neutralize ou minimize os riscos decorrentes dos acidentes de trabalho e orienta

    Realizar este estudo acrescentou muitas informaes e conhecimento aos

    membros da equipe, alm da gratificao da convivncia e partilha de conhecimentos, foi

    possvel traar melhor as exigncias, determinaes e consequncias dos cumprimentos

    ou no das Normas estabelecidas referentes a situaes que resultem em Embargo e/ou

    Interdio.

    tanto as

    empresas quanto os trabalhadores sobre o cumprimento da legislao vigente.

    Enfim a partir das informaes obtidas neste trabalho os nossos conhecimentos

    referentes a embargo e interdio nortearo nossa vida profissional, fazendo com que os

    trabalhadores e empresa em nossa responsabilidade tenham um ambiente de trabalho

    salubre, com isto todos sairo ganhando empresrio, ambiente e principalmente o

    trabalhador que o foco principal do nosso trabalho.

  • REFERNCAS

    Blog Segurana do Trabalho. Disponvel em:. Acesso em: 11 dez. 2013. JORNAL DO BRASIL. Disponvel em: Acesso em: 12 dez. 2013. Blog Tabocas Notcias. Disponvel em: http://tabocasnoticias.blogspot.com.br/2013/05/ba-justica-embarga-obra-do-ifba-de.html Acesso em: 12 dez. 2013. NORMAS REGULAMENTADORAS. Disponvel em: . Acesso em: 11 dez. 2013. NR 3 - Embargo ou Interdio. Disponvel em: . Acesso

    E o que este profissional pode oferecer a uma empresa simplesmente tornar o ambiente salubre para os trabalhadores e dentro das normas regulamentadoras adequadas, e como isto acontecer? O tcnico ir trabalhar juntamente com os rgos atuantes SESM...