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Fechamento: 11/05/2016 às 23h58 Ano: XXIV - Nº 5.855 Quinta-feira, 12 de maio de 2016 Dilma: Carrego comigo a força das mulheres e dos homens que se tornaram protagonistas de seus direitos nal do País, que resultou numa melhora da imagem do Brasil perante o mundo. A corrupção veio à tona pela contribuição do PT em criar instrumentos legais para investigação e punição e em não barrar o andamento de processos como é praxe nos governos tucanos. Afora as conquistas sociais, o País também deu um elevado salto econô- mico, mesmo considerando a crise mundial que atingiu as economias até então mais sólidas: as reservas internacionais líquidas do Brasil pularam para US$ 376,3 bilhões, quando eram de apenas US$ 16 bilhões em 2002; o País ainda nos tempos de Lula conseguiu zerar sua dívida externa e, mais que isso, passou a ser credor do Fundo Monetário Internacional (FMI); o salário mínimo, a partir de uma política constante de valorização atingiu R$ 880, o equivalente a cerca de US$ 250, quando era de US$ 55 em 2002. Diante de um quadro de golpe contra a Constituição, a democracia e os direitos trabalhistas e sociais do povo brasileiro, resta em grande escala a força de lutar e de resistir, manifestada pela presidenta Dilma naquele discurso. O que está em risco não é somente um mandato, mas a própria democracia. Com a palavra, a presidenta legitimamente eleita com 54,5 milhões de votos: “Como na vida das pessoas, as crises ser- vem para que a gente cresça, avance e se fortaleça. Da mesma forma, um processo como esse num país deve servir para que sejamos capazes de defender aquilo que conquistamos (...) Essa é uma luta pela demo- cracia brasileira, uma democracia ainda jovem e frágil, mas que está em nossas mãos fortalecê-la”. DIVULGAÇÃO “Eu carrego comigo a força das mulheres e também dos homens que se tornaram protagonistas de seus direitos, sujeitos dos seus direitos, nesses últimos 13 anos. Carrego comigo os 63 milhões de brasileiros e de brasileiras que não tinham atendimento médico e, agora, têm pelo Mais Médicos. Carrego os 9 milhões e 500 mil do Pronatec. […] Carrego em mim a força de vida dos 36 milhões de brasileiros e brasileiras que saíram da pobreza. Eu carrego comigo os 11 milhões que moram em casa própria do ‘Minha Casa, Minha Vida’, em que mulheres são a maioria. Carrego também todos os mais de 4 milhões que fizeram ProUni, que fizeram Fies, que entraram na universidade. E carrego todos aqueles filhos de pedreiros que viraram doutores.” A fala da presidenta Dilma Rousseff, proferida na última terça-feira (10), durante a 4ª Conferência Nacional de Política para as Mulheres, em Brasília, dimensiona com emoção e verdade o legado dos governos do PT ao povo brasileiro. Ali, ela demostrou sua força e explicou o que a leva a resistir com o mesmo empenho de todos os brasileiros que foram benefici- ados pelas transformações sociais nos últimos 13 anos. O golpe em curso é, em sua essência, uma tentativa de ceifar direitos, de retroceder em conquistas, de perseguir minorias. Foi isso que Dilma traduziu ao resumir os feitos do Partido dos Trabalhadores, desde o governo Lula, e que mudaram a agenda pública do País. Os pobres foram, de fato, incluídos no orçamento, surgiu uma nova classe média, um novo mercado consumidor que dinamizou a economia e ajudou a diminuir a pobreza. Durante o governo do ex-presidente Lula houve uma projeção internacio

Dilma: Carrego comigo a força das mulheres e dosptnacamara.org.br/documentos/PT NA CAMARA-5855- 12-05-16.pdf · E carrego todos aqueles filhos de pedreiros que viraram doutores.”

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Fechamento: 11/05/2016 às 23h58

Ano: XXIV - Nº 5.855Quinta-feira, 12 de maio de 2016

Dilma: Carrego comigo a força das mulheres e doshomens que se tornaram protagonistas de seus direitos

nal do País, que resultou numa melhora da imagem do Brasil perante omundo. A corrupção veio à tona pela contribuição do PT em criar instrumentoslegais para investigação e punição e em não barrar o andamento de processoscomo é praxe nos governos tucanos.

Afora as conquistas sociais, o País também deu um elevado salto econô-mico, mesmo considerando a crise mundial que atingiu as economias atéentão mais sólidas: as reservas internacionais líquidas do Brasil pularampara US$ 376,3 bilhões, quando eram de apenas US$ 16 bilhões em 2002;o País ainda nos tempos de Lula conseguiu zerar sua dívida externa e, maisque isso, passou a ser credor do Fundo Monetário Internacional (FMI); osalário mínimo, a partir de uma política constante de valorização atingiu R$880, o equivalente a cerca de US$ 250, quando era de US$ 55 em 2002.

Diante de um quadro de golpe contra a Constituição, a democracia eos direitos trabalhistas e sociais do povo brasileiro, resta em grandeescala a força de lutar e de resistir, manifestada pela presidenta Dilmanaquele discurso. O que está em risco não é somente um mandato, masa própria democracia. Com a palavra, a presidenta legitimamente eleitacom 54,5 milhões de votos: “Como na vida das pessoas, as crises ser-vem para que a gente cresça, avance e se fortaleça. Da mesma forma,um processo como esse num país deve servir para que sejamos capazesde defender aquilo que conquistamos (...) Essa é uma luta pela demo-cracia brasileira, uma democracia ainda jovem e frágil, mas que estáem nossas mãos fortalecê-la”.

DIVULGAÇÃO

“Eu carrego comigo a força das mulheres e também dos homens que setornaram protagonistas de seus direitos, sujeitos dos seus direitos, nessesúltimos 13 anos. Carrego comigo os 63 milhões de brasileiros e de brasileirasque não tinham atendimento médico e, agora, têm pelo Mais Médicos. Carregoos 9 milhões e 500 mil do Pronatec. […] Carrego em mim a força de vida dos36 milhões de brasileiros e brasileiras que saíram da pobreza. Eu carregocomigo os 11 milhões que moram em casa própria do ‘Minha Casa, MinhaVida’, em que mulheres são a maioria. Carrego também todos os mais de 4milhões que fizeram ProUni, que fizeram Fies, que entraram na universidade.E carrego todos aqueles filhos de pedreiros que viraram doutores.”

A fala da presidenta Dilma Rousseff, proferida na última terça-feira(10), durante a 4ª Conferência Nacional de Política para as Mulheres, emBrasília, dimensiona com emoção e verdade o legado dos governos do PT aopovo brasileiro. Ali, ela demostrou sua força e explicou o que a leva aresistir com o mesmo empenho de todos os brasileiros que foram benefici-ados pelas transformações sociais nos últimos 13 anos.

O golpe em curso é, em sua essência, uma tentativa de ceifar direitos,de retroceder em conquistas, de perseguir minorias. Foi isso que Dilmatraduziu ao resumir os feitos do Partido dos Trabalhadores, desde o governoLula, e que mudaram a agenda pública do País. Os pobres foram, de fato,incluídos no orçamento, surgiu uma nova classe média, um novo mercadoconsumidor que dinamizou a economia e ajudou a diminuir a pobreza.

Durante o governo do ex-presidente Lula houve uma projeção internacio

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Líder da Bancada: Deputado Afonso Florence (BA)

Chefe de Gabinete: Marcus Braga - Coordenação da Imprensa: Rogério Tomaz Jr.; Paulo Paiva Nogueira (Assessoria de Imprensa) Editores: Denise Camarano (Editora-chefe); Vânia Rodrigues e Tarciano Ricarto

Redação: Benildes Rodrigues, Gizele Benitz, Héber Carvalho, Tarciano Ricarto e Vânia Rodrigues - Rádio PT: Ana Cláudia Feltrim , Chico Pereira , Ivana Figueiredo e Gabriel

Fotógrafos: Gustavo Bezerra e Salu Parente Video: João Abreu, Jonas Tolocka e Jocivaldo Vale

Projeto Gráfico: Sandro Mendes - Diagramação: Sandro Mendes e Ronaldo Martins - Web designer e designer gráfico: Claudia Barreiros - Secretária de Imprensa: Maria das Graças

Colaboração: Assessores dos gabinetes parlamentares e da Liderança do PT.

O Boletim PT na Câmara, antigo Informes, foi criado em 8 de janeiro de 1991 pela Liderança do PT na Câmara dos Deputados.EX

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O deputado PPPPPadre João (PT-MG),adre João (PT-MG),adre João (PT-MG),adre João (PT-MG),adre João (PT-MG), presidenteda Comissão de Direitos Humanos, conclamou a soci-edade brasileira para resistir ao golpe e a persistir naluta pela democracia. “Mais do que nunca, temosque nos organizar nas redes sociais, nas ruas, porqueo golpe em curso não está dado, o jogo está sendojogado. O pior time é aquele que abandona o campo.Por isso, todos são bem-vindos!”, afirmou o petista.

“Não podemos ficar reféns, nem de Michel Te-mer, nem de Eduardo Cunha, que, mesmo afastado,continua operando. Nós sabemos do poder econômicode Eduardo Cunha, do poder dos seus conchavos emtodos os setores, do Ministério Público Federal, daPolícia Federal, do Judiciário”, disse Padre João.

De acordo com o deputado, o mais importante éter clareza sobre qual Brasil queremos. “O Brasilque queremos é o Brasil a que Lula deu a largada,

O retrocesso começou antes mesmoda concretização de um eventual governogolpista. O ataque aos direitos constitu-cionais dos brasileiros está em pleno cur-so na Câmara. O deputado Jorge SollaJorge SollaJorge SollaJorge SollaJorge Solla(PT-BA)(PT-BA)(PT-BA)(PT-BA)(PT-BA) denunciou no plenário esta se-mana que a propostas de emenda à Cons-tituição (PEC 01/15) que eleva o gastoda União com serviços de saúde – já apro-vada em primeiro turno pelos deputados– foi chutada para escanteio por EduardoCunha, antes do seu afastamento da Pre-sidência da Câmara e das funções de deputado.

Cunha simplesmente impediu a votação da PEC01 em segundo turno fazendo jus ao que está escri-to no programa do governo golpista de Michel Te-mer. O projeto conhecido como “Uma Ponte para oFuturo” deixa explícito que uma das intenções doconspirador Temer é acabar com as vinculações or-çamentárias para a saúde e para a educação, queestão previstas na Constituição de 1988.

“Eu queria pedir aos parlamentares que aprova-ram o golpe, mas que votaram a favor da PEC 01, quenão aceitem acabar com a vinculação de recursos paraa saúde e para a educação e que façam com que esta

Solla denuncia golpismo de retirar da pautaPEC que aumenta orçamento da saúde

Câmara paute essa matéria para votação, em segun-do turno, para aumentar os recursos para a saúde”,reivindicou Solla na tribuna da Câmara.

A PEC em questão prevê a elevação do valor míni-mo obrigatório repassado pela União a estados e muni-cípios para o financiamento do Sistema Único de Saúde(SUS). O texto eleva os percentuais da Receita CorrenteLíquida (RCL) para repasses em ações e serviços públi-cos de saúde pelos próximos sete anos: 14,8% da RCLno primeiro ano; 15,5% no segundo; 16,2% no tercei-ro, até alcançar 19,4 % no sétimo ano. Os percentuaisvão ao encontro do que reivindicava o movimento “Saú-de+10”, que entregou à Câmara um projeto de inici-

ativa popular pedindo 10% da Receita Cor-rente Bruta para a saúde, o que ao fim dascontas será o valor destinado no sétimo anode vigência da nova regra.

Jorge Solla lembrou que muitos golpis-tas, antes, eram favoráveis a que se aumen-tassem os recursos para a saúde. “Vieram aesta tribuna, defenderam a PEC e a aprova-ram em primeiro turno. Quando viram a pers-pectiva dos golpistas de afastar a presidentahonesta, com base num presidente corrupto,com base numa maioria de deputados que

atendiam aos interesses dos grandes empresários e dogrande capital deste País contra os interesses dos traba-lhadores, mudaram de ideia e tiraram a PEC 01 dapauta, a ser votada em segundo turno”, denunciou.

O deputado conclamou os deputados que lutampela democracia e defendem os direitos do povobrasileiro para “não aceitemos o primeiro golpe dosgolpistas contra os direitos dos trabalhadores”. Ouseja: a tentativa de derrubar a vinculação dos recur-sos para a saúde e para a educação. “A melhorresposta é a aprovação, aqui, em segundo turno, daPEC 01, que foi aprovada em primeiro turno e, in-sisto, foi retirada da pauta”, concluiu.

Padre João convoca sociedade a resistir ao golpe

que vai ao encontro dos pobres, para mostrar que asriquezas naturais pertencem a todos os brasileiros.Essas riquezas têm que se reverter em saúde, emeducação, em agricultura familiar. É este o País quequeremos, o de valorização das trabalhadoras e dostrabalhadores, dos povos indígenas e de todos os

povos de matriz africana. É preciso enxergar a diver-sidade e a riqueza do nosso País, seja a riqueza doseu patrimônio natural, seja a riqueza do seu povo”,ressaltou o parlamentar do PT.

Esclarecimento Esclarecimento Esclarecimento Esclarecimento Esclarecimento – O deputado Padre Joãodefendeu a ampliação do esclarecimento na socie-dade brasileira sobre a verdade dos fatos. “Temosque fazer esse debate nas famílias, nas igrejas séri-as, que têm compromisso de fato com a vida, emtodos os segmentos, sobretudo nos sindicatos. Infe-lizmente, a grande mídia, que está conchavada comos golpistas, tenta passar para a sociedade que amaioria dos corruptos está no PT, e não está. Bastaver a Operação Lava-Jato. Os campeões de desones-tidade são o PMDB, o PSDB e o DEM. Basta fazertodo o levantamento. Quais são os prefeitos cassa-dos? Vamos ver!”, cobrou o petista.

NA TRIBUNA

FOTOS: GUSTAVO BEZERRA/PT NA CÂMARA

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Temporário, ilegítimo e golpista fo-ram as denominações dadas a um even-tual governo do vice-presidente MichelTemer que, se confirmado pelo Senado,chegará à Presidência da República semter conquistado um voto sequer, a partirde um golpe. Esse é o entendimento deum grupo de parlamentares que compõema Frente Parlamentar em Defesa da De-mocracia e que criaram, ontem, o movi-mento de resistência à coalisão golpistaque promoveu o maior estelionato eleitoral que oPaís já testemunhou para destituir a presidenta Dil-ma Rousseff, eleita democraticamente.

“Esse governo Temer não tem legitimidade. É umgoverno golpista e nós vamos fazer oposição cerrada aele. Essa oposição já está sendo feita, antes mesmoda sua posse ilegal”, afirmou o líder da Bancada doPT, deputado AAAAAfonso Florence (BA)fonso Florence (BA)fonso Florence (BA)fonso Florence (BA)fonso Florence (BA). Ele lembroutambém que o governo que está sendo montado e asmedidas anunciadas confirmam que, além de golpe àdemocracia, é também golpe às conquistas econômi-cas, trabalhistas e sociais do povo brasileiro.

“Esse governo que se avizinha é um governo ile-gítimo pela sua origem maculada, pela forma como odeputado Eduardo Cunha, afastado da Presidência daCâmara pelo STF por 11 votos a zero, num afastamen-to tardio, acatou o processo numa chantagem nacio-nal para tentar se blindar”, denunciou o líder petista.“É um golpe! Não há crime de responsabilidade eesse governo representa um ataque às conquistas dosbrasileiros, principalmente daqueles mais carentes,que mais precisam”, observou Florence.

RESISTÊNCIA PELA DEMOCRACIA

Parlamentares anunciam resistência e oposiçãoao “temporário e ilegítimo governo Temer”

Durante ato de protesto contra o golpe quevisa cassar o mandato da presidenta Dilma Rous-seff, em Brasília, na noite de ontem (11), mani-festantes foram atacados pela Polícia Militar doDistrito Federal com bombas de efeito moral, gásde pimenta e disparos com balas de borracha efe-tuados a curta distância. Algumas pessoas chega-ram a ser agredidas pelos policiais, que saíram dolocal onde formavam uma barreira e foram deencontro aos participantes do ato.

O deputado PPPPPaulo Pimenta (PT-RSaulo Pimenta (PT-RSaulo Pimenta (PT-RSaulo Pimenta (PT-RSaulo Pimenta (PT-RS) pre-senciou o episódio e também foi vítima dos efei-tos do gás de pimenta. Para o parlamentar, aviolência policial foi uma ação truculenta, arbi-trária e totalmente desnecessária.

“É um absurdo o que aconteceu numa mani-festação tranquila, pacífica, bonita, com grandepresença das mulheres, e a polícia do governa-

Polícia Militar ataca manifestantes contra o golpe que faziam ato na Esplanada

dor Rollemberg, de forma absolutamente des-proporcional, não fez o ataque a uma ou outrapessoa, utilizou bombas de efeito moral de dis-persão de grupos e atingiu centenas de pessoas.Há muito tempo eu não via numa manifestaçãouma situação semelhante, as pessoas caindo,perdendo a respiração, algo inusitado e despro-porcional”, relatou o deputado.

Pimenta observou que foi bem diferente a con-

duta da polícia no lado da Esplanada dos Ministéri-os destinado os poucos manifestantes – cerca de100 pessoas – favoráveis ao golpe. “O que maismostra essa postura seletiva que leva à indignaçãodas pessoas é que no outro lado, onde não temninguém, apenas carro de som, poder econômico,as pessoas têm livre acesso, não tem aparato poli-cial, uma conduta totalmente distinta dessa repres-são absurda que levou pessoas a uma situação deviolência e humilhação, principalmente as mulhe-res, nessa manifestação de luta e resistência”, ar-gumentou o parlamentar gaúcho, que antevê umarepressão forte e sistemática de um eventual gover-no ilegítimo de Michel Temer.

Segundo organizadores do ato, mais de trin-ta pessoas tiveram que receber atendimentomédico no local e pelo menos três foram enca-minhadas a hospitais.

DIVULGAÇÃO

Para a presidenta nacional do PCdoB, depu-tada Luciana Santos (PE), uma das articuladorasdo movimento, o Brasil vai viver uma situaçãoinusitada. “Vamos ter uma presidenta legítima,eleita com 54 milhões de votos e, por outrolado, um presidente que não teve um voto nasurnas e conspirou para chegar a essa situação”,lamentou a deputada comunista.

“Temos a necessidade de travar a luta política ede debates de ideia na sociedade. Está em marchaum projeto que foi derrotado nas ruas e que agora temo nome de Ponte para o Futuro - que nada mais é quea ponte para o passado neoliberal de restringir direi-tos e conquistas”, afirmou Luciana Santos.

Para o deputado PPPPPaulo Pimenta (PT-RS)aulo Pimenta (PT-RS)aulo Pimenta (PT-RS)aulo Pimenta (PT-RS)aulo Pimenta (PT-RS),independentemente do afastamento, o mandatoda presidenta Dilma Rousseff termina no dia 31de dezembro de 2018. “Nós não reconhecemosqualquer governo fruto de um golpe institucio-nal, ainda mais numa aliança com um grupocriminoso representado por Eduardo Cunha”,anunciou Pimenta, que fez questão de alertar

ainda que nenhum documento assi-nado por Michel Temer terá validade.“Será um documento nulo, documen-to fruto de um golpe. A assinaturadele não tem valor. Ele, para nós,não é presidente - não será tratadocomo presidente”, assinalou.

O deputado Henrique FontanaHenrique FontanaHenrique FontanaHenrique FontanaHenrique Fontana(PT-RS) (PT-RS) (PT-RS) (PT-RS) (PT-RS) disse que a Bancada do PT eos partidos de esquerda farão oposi-ção enquanto durar “o temporário e

ilegítimo governo Temer”. Ele lembrou que até asociedade brasileira desaprova o nome de Temerpara presidir o País. “As últimas pesquisas mos-tram que apenas 8% da população brasileira apoiaa presença de Temer na presidência da República.Então, ele é um presidente extremamente isolado,ilegítimo porque seu mandato nasceu de um gol-pe”, salientou Fontana.

O petista fez questão de chamar a atençãopara a fragilidade da base parlamentar cons-truída por Michel Temer. De acordo com Fonta-na, a maioria parlamentar foi construída à cus-ta de farta distribuição de cargos e ministériosem troca de apoio à trama de impeachmentengendrada pelo sócio e parceiro Eduardo Cu-nha para que a elite retornasse ao poder.

“O povo brasileiro vai perceber, cada vez mais,que a partir de um grande acordo das velhas elites,retiradas do governo quando começou a gestão doex-presidente Lula, tramaram um grande acordãoparlamentar para voltar temporariamente e sem le-gitimidade”, denunciou Henrique Fontana.

LUCIO BERNARDO JR CÂMARA

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Ao discursar na tribuna da Câmara, nesta semana, o vice-líder daBancada do PT, deputado Carlos Zarattini (PT-SP)Carlos Zarattini (PT-SP)Carlos Zarattini (PT-SP)Carlos Zarattini (PT-SP)Carlos Zarattini (PT-SP) fez um alerta àpopulação brasileira sobre a gravidade de um eventual governo MichelTemer (PMDB-SP), que prevê a retirada de direitos de trabalhadores eaposentados. Ele denunciou a já aventada fusão dos ministérios daPrevidência com o da Fazenda, que deve ser anunciada por Temer casoele ocupe a cadeira presidencial de forma indireta - por meio de umgolpe parlamentar travestido de impeachment.

“Qual é o objetivo disso? Analisar os problemas da Previdênciaunicamente sob o aspecto financeiro e desconsiderar as necessida-des dos aposentados, pensionistas e todos que recebem auxílios daPrevidência Social? Não. O objetivo é retirar direitos dos trabalhado-res que já estão aposentados e retirar direitos também daqueles quevão se aposentar”, alertou Zarattini, preocupado com essa parcelada população que será vilipendiada por um governo ilegítimo e semcompromisso com os direitos sociais.

O parlamentar petista reafirmou que o objetivo daqueles queestão dando esse golpe é atropelar os direitos trabalhistas conquis-tados. “Quem reconheceu isso não foi um deputado do PT, foi umdeputado que votou a favor do impeachment, o deputado ArnaldoFaria de Sá (PTB-SP), que já está percebendo claramente por ondecaminhará Michel Temer”, alertou Zarattini, se referindo ao discursodo deputado petebista que o antecedeu na tribuna da Câmara.

A oposição, segundo Zarattini, já não disfarça mais a intençãode modificar a legislação trabalhista, ou seja, fazer com que aquiloque foi ou será negociado entre eles, se sobreponha ao que está nalei. “Ora, essa grande máxima que se fala agora a respeito das leistrabalhistas é exatamente para fazer com que sejam atropelados osdireitos dos trabalhadores em negociações espúrias, o que muitasvezes alguns sindicatos fazem em nosso País, entregando direitosdos trabalhadores”, denunciou.

De acordo com Carlos Zarattini, o povo brasileiro não vai aceitaro retrocesso nas suas conquistas. Para ele, os defensores do povotrabalhador do País vão se opor ao entreguismo que os golpistasquerem enfiar “goela abaixo” da população brasileira.

“Vamos lutar para impedir essa retirada de direitos dos trabalha-dores, para impedir a entrega de empresas nacionais, a entrega dasjazidas do pré-sal para as multinacionais que querem vir ao Brasilcomprar essas empresas na bacia das almas. Vamos nos opor a isso,porque queremos manter o nosso País com autonomia, queremos man-ter o nosso povo com direitos trabalhistas e previdenciários, queremosgarantir que o povo brasileiro seja respeitado”, finalizou Zarattini.

Zarattini denunciapossibilidade de fusão deMinistério da Previdência

com Fazenda paramercantilizar direitos

GUSTAVO BEZERRA/PT NA CÂMARA

O movimento de resistênciaao golpe contra a presidenta Dil-ma Rousseff ganhou força na Câ-mara. Deputados da Bancada doPT anunciaram, no início da tar-de de ontem (11), no Salão Ver-de da Casa, a resistência ao gol-pe e o não reconhecimento deum eventual governo Temer napresidência da República. Osdeputados petistas hastearamuma faixa com os dizeres: Temer não será presi-dente, será sempre golpista.

Para a deputada Maria do Rosário (PT-RS),Maria do Rosário (PT-RS),Maria do Rosário (PT-RS),Maria do Rosário (PT-RS),Maria do Rosário (PT-RS),a única possibilidade para um país democrático re-conhecer um presidente é através do voto popular,que nasça das urnas. “E isso Michel Temer nuncaterá. É por isso que eles são golpistas, porque nãoaceitam esperar o momento das urnas. Não têmhistória, não têm voto para se colocarem diante dopovo brasileiro buscando aprovação. A resistênciacontinua e se tornará ainda mais forte para defenderdireitos dos trabalhadores, das mulheres, das popu-lações mais humildes do Brasil”, disse.

Também a deputada Moema GramachoMoema GramachoMoema GramachoMoema GramachoMoema Gramacho(PT-BA) (PT-BA) (PT-BA) (PT-BA) (PT-BA) reafirmou que Michel Temer jamais serápresidente. “Temer e todos os golpistas, que nãogostam de ser chamados desta forma, levarão esta

No dia que o Senado Fe-deral debateu o encaminha-mento do golpe à democraciado País, parlamentares daBancada do PT se aliaram nummovimento de resistência e denão reconhecimento a umeventual governo Temer napresidência da República.

O deputado Vicente Cândido (PT-SP)Vicente Cândido (PT-SP)Vicente Cândido (PT-SP)Vicente Cândido (PT-SP)Vicente Cândido (PT-SP) foienfático ao afirmar que é preciso resistir. “Temosconsciência, substância e narrativa para isso e vamoscontinuar resistindo na rua e no Parlamento, denun-ciando o golpe. A sociedade brasileira vai perceberclaramente nas primeiras ações de um eventual go-verno Temer de que lado ele está. Porque a popula-ção já sabe que o PT tem lado e é do lado dostrabalhadores, do pequeno empresário, da educa-ção, da saúde, do desenvolvimento nacional”, disse.

“É triste você ver um professor de Direito Constituci-

Movimento de resistênciavai defender direitos do povo brasileiro

pecha para o resto de suas vidas, para a História.Estamos comunicando à sociedade brasileira que se-remos a resistência, porque ele (Temer) não terálegitimidade para governar, pois não teve voto e é umgolpista. E a presidenta Dilma, que teve 54 milhõesde votos e não cometeu nenhum crime, está sendojulgada por um bando de corruptos encabeçado pelocorrupto mor, Eduardo cunha (presidente da Câmaraafastado). Vamos resistir e mostrar para a populaçãoque o golpe, patrocinado pela Fiesp e a Rede Globovisa apenas subtrair direitos dos trabalhadores con-quistados com muita luta”.

De acordo com o deputado PPPPPaulo Pimentaaulo Pimentaaulo Pimentaaulo Pimentaaulo Pimenta(PT-RS),(PT-RS),(PT-RS),(PT-RS),(PT-RS), não haverá nenhuma legitimidade numeventual governo Temer. “A ideia é deixar claro para asociedade brasileira que não existe nenhuma hipóte-se de que possamos vir a considerar legítimo o gover-

GUSTAVO BEZERRA/PT NA CÂMARA

Parlamentares anunciam que vãoresistir à ruptura da democracia

onal patrocinar um golpe constitucional. Isso vaificar para a História e é uma mancha que dificil-mente sairá do currículo do vice-presidente MichelTemer”, lamentou Vicente Cândido.

O deputado Ságuas Moraes (PT-MT)Ságuas Moraes (PT-MT)Ságuas Moraes (PT-MT)Ságuas Moraes (PT-MT)Ságuas Moraes (PT-MT) reite-rou que é preciso resistir à ruptura da democracia. “Éimportante a resistência, não só do PT, mas de toda asociedade brasileira que defende a democracia e aConstituição cidadã. Contra o golpe tem que haverresistência porque já tivemos uma experiência nebu-losa e sombria com o golpe de 64 que, durante 21anos, mergulhou o país na tortura e no cerceamento

RESISTÊNCIA PELA DEMOCRACIA

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O deputado CaetanoCaetanoCaetanoCaetanoCaetano(PT-BA)(PT-BA)(PT-BA)(PT-BA)(PT-BA) ocupou a tribuna,ontem, para afirmar que o dia11 de maio será conhecido nahistória como o “Dia da Vergo-nha Nacional”. Para ele, estefoi o dia da consumação do golpe. “Porque o Sena-do, a Casa maior desse Congresso Nacional, afasta-rá uma presidenta que não responde a nenhum pro-cesso criminal, num pedido de impeachment que seiniciou na Câmara por meio de um golpe, uma cons-piração entre Eduardo Cunha e Michel Temer, alian-do-se à oposição”, afirmou.

Para Caetano, toda a sociedade brasileira é ví-tima do golpe. “Sim, este golpe não foi aplicadoapenas em nós, que defendemos a democracia e apermanência da presidenta Dilma. Há algo de mui-to errado quando, em uma democracia, a vontadeda maioria não é respeitada. Todos nós sofreremosas consequências dessa covardia”, alertou.

Luta –Luta –Luta –Luta –Luta – O parlamentar petista defendeu a resis-tência ao golpe e a continuidade da luta. “A gente não

11 de maio: Dia Nacional daVergonha, lamenta Caetano

vive de vitórias, pois nem sem-pre elas acontecem. A gente vivede ideais e nossos ideais nuncamorrem. Então, o dia seguinte aesta vergonha será de luta, depolítica, de trabalho e de espe-

rança. Vamos em frente! Venceremos, companhei-ros! Ainda este ano, teremos eleições e, novamen-te, lá estaremos, juntos na rua de novo!”, enfatizou.

Golpistas –Golpistas –Golpistas –Golpistas –Golpistas – Na avaliação de Caetano, a histó-ria se encarregará dos golpistas. “Nós lutamos dolado certo, lutamos pela democracia, lutamos paradefender o mandato de uma senhora que não come-teu nenhum crime. O mundo inteiro sabe, agora, queo Brasil está sendo vítima de um golpe. Um golpecovarde, baixo e comandado por deputados e senado-res acusados de corrupção. Não estamos derrotados ea história irá carimbar, na testa de cada um dos quecompactuaram com essa covardia, a palavra golpista.

Os poderosos podem matar uma, duas ou trêsrosas, mas jamais conseguirão deter a primaverainteira”, finalizou o deputado Caetano.

Zé Geraldo e Paulão: “resistência,mobilização e luta continuam”

A defesa intransigente da democracia e a resis-tência ao golpe deram o tom dos discursos dos de-putados da Bancada do PT no dia em que o SenadoFederal decidiu sobre o processo de impedimentoda presidenta Dilma Rousseff.

O deputado Zé Geraldo (PT-PA)Zé Geraldo (PT-PA)Zé Geraldo (PT-PA)Zé Geraldo (PT-PA)Zé Geraldo (PT-PA) reiterouque não será reconhecida a legitimidade de umeventual governo Temer. “Não vamos aceitar umgoverno que não é legítimo. Governo legítimo éaquele eleito nas urnas, como foi a presidenta Dil-ma. Não podemos aceitar que uma presidenta, quefez talvez o melhor governo da história deste País noseu primeiro mandato, venha a sair por forças gol-pistas, mercenárias, que sempre governaram o Bra-sil e que nunca mostraram resultados”, disse.

O parlamentar argumentou que não é possível,de forma alguma, aceitar que seja concretizado umprojeto de impeachment “imoral e ilegal”, que par-tiu de uma vingança do então presidente da CâmaraEduardo Cunha. “Não tenho como acreditar em umeventual governo Temer, pois envolvidos na Opera-ção Lava-Jato estão sen-do apontados para se-rem nomeados minis-tros e aqui fazem deba-tes sobre a corrupção, aética. O povo brasileirovai ver o que vai virar

este País daqui pra frente”, alertou Zé Geraldo.O deputado PPPPPaulão (PT-AL)aulão (PT-AL)aulão (PT-AL)aulão (PT-AL)aulão (PT-AL) lembrou que o PT

recebeu o Brasil quando o presidente Lula assumiuseu primeiro mandato, com reservas internacionaislíquidas da ordem de 16 bilhões de dólares. E hoje,disse Paulão, essas reservas são na ordem de 380bilhões de dólares. “Isso é muito significativo”, disse.

Na avaliação do parlamentar petista, a elitebrasileira “não suporta” as melhorias na qualida-de de vida da população. “Mais de 36 milhões debrasileiros e brasileiras que viviam abaixo da li-nha da miséria, conforme preconiza a Organizaçãodas Nações Unidas (ONU), foram alçados à con-dição de cidadãos e cidadãs. Por isso, engendroueste golpe, articulado por setores do MinistérioPúblico Federal e da Polícia Federal, por parte doPoder Judiciário e pela grande mídia golpista, quefaz um processo de direcionamento da população,principalmente a Rede Globo, que tem um contro-le de comunicação enorme. Não há nada compa-rável a esse controle no mundo”, ressaltou.

Segundo o deputadoPaulão, os articuladores dogolpe ficarão marcados natesta como gado: “golpis-tas”. “E a resistência, amobilização e a lutacontinuam”, finalizou.

Movimento de resistênciavai defender direitos do povo brasileiro

pecha para o resto de suas vidas, para a História.Estamos comunicando à sociedade brasileira que se-

(Temer) não terálegitimidade para governar, pois não teve voto e é umgolpista. E a presidenta Dilma, que teve 54 milhõesde votos e não cometeu nenhum crime, está sendojulgada por um bando de corruptos encabeçado pelo

(presidente da Câmara Vamos resistir e mostrar para a população

que o golpe, patrocinado pela Fiesp e a Rede Globo,visa apenas subtrair direitos dos trabalhadores con-

aulo Pimentaaulo Pimentaaulo Pimentaaulo Pimentaaulo Pimenta não haverá nenhuma legitimidade num

A ideia é deixar claro para asociedade brasileira que não existe nenhuma hipóte-se de que possamos vir a considerar legítimo o gover-

no de Michel Temer. O GovernoTemer é fruto de um golpe parla-mentar e de uma aliança com osderrotados na eleição de 2014,que envolve um grupo criminoso,tendo como responsável principalo presidente afastado da Câmara,Eduardo Cunha. Para salvar seumandato, Cunha vendeu o manda-to da presidenta Dilma, num atode vingança. Portanto, este é um

processo ilegal, que afronta a Constituição e não va-mos legitimar um governo fruto de golpe”, ressaltou.

Já o deputado Marcon (PT-RS)Marcon (PT-RS)Marcon (PT-RS)Marcon (PT-RS)Marcon (PT-RS) defendeu acontinuidade da resistência e alertou para o risco deenfrentamento caso um eventual governo Temer reti-re direitos dos trabalhadores. “Se o Temer tentar aca-bar com o Ministério do Desenvolvimento Agrário(MDA), como já foi alardeado, é porque ele quer irpara o enfrentamento com os movimentos sociais docampo. O MDA surgiu depois de muita luta. Nãosurgiu porque o FHC, na época, era bonzinho com aagricultura familiar, com os quilombolas, com os ín-dios e os sem terra. Foi depois de muito enfrenta-mento. Então, se o Temer retirar esta estrutura e nãotiver políticas para este povo, haverá muito enfrenta-mento no nosso país, luta mesmo radicalizada paradefender o direito dos nossos agricultores”.

GUSTAVO BEZERRA/PT NA CÂMARA

arlamentares anunciam que vãoresistir à ruptura da democracia

onal patrocinar um golpe constitucional. Isso vaificar para a História e é uma mancha que dificil-mente sairá do currículo do vice-presidente Michel

Ságuas Moraes (PT-MT)Ságuas Moraes (PT-MT)Ságuas Moraes (PT-MT)Ságuas Moraes (PT-MT)Ságuas Moraes (PT-MT) reite-rou que é preciso resistir à ruptura da democracia. “É

, mas de toda asociedade brasileira que defende a democracia e aConstituição cidadã. Contra o golpe tem que haverresistência porque já tivemos uma experiência nebu-losa e sombria com o golpe de 64 que, durante 21anos, mergulhou o país na tortura e no cerceamento

dos direitos e da liberda-de dos cidadãos. A gentenão pode se calar e va-mos resistir”, disse.

Para o deputadoValmir AssunçãoValmir AssunçãoValmir AssunçãoValmir AssunçãoValmir Assunção (PT-(PT-(PT-(PT-(PT-BA)BA)BA)BA)BA)durante um eventualgoverno provisório de Temer

é preciso lutar pela democracia e, também, se prepararpara o retorno da presidenta Dilma após o afastamento.“Durante este eventual governo provisório precisamoster a capacidade, nós do Partido dos Trabalhadores, osmovimentos sociais, as forças democráticas deste País,precisamos resistir mas, ao mesmo tempo, apontarpara a sociedade um projeto político que permita criarunidade no país, permita enfrentar a crise econômica,política e social. Então, os próximos meses serão fun-damentais para a gente consolidar uma agenda políticaque permita, após o retorno da presidenta Dilma,retomar o desenvolvimento do país”, avaliou.

RESISTÊNCIA PELA DEMOCRACIA

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O ex-presidente da Petrobras José Sér-gio Gabrielli e dirigentes da Federação Úni-ca dos Petroleiros (FUP) se reuniram ontem(11) com os parlamentares petistas inte-grantes da comissão especial que analisa oprojeto de lei (PL 4.567/16) que retira daPetrobras a exclusividade de 30% de parti-cipação na exploração do pré-sal. A propos-ta, de autoria do senador José Serra (PSDB-SP), é considerada entreguista e contrária àsoberania nacional por permitir uma parti-cipação ainda maior de companhias petrolíferas in-ternacionais na exploração do pré-sal.

Durante a reunião, Gabrielli e os petroleiros des-tacaram que uma possível aprovação do projeto podeafetar a recuperação financeira da empresa, previstapara ocorrer a partir de 2017. Segundo o ex-presiden-te da Petrobras, o déficit da empresa deve ser equaci-onado a partir do próximo ano, “devido aos 450 milnovos barris adicionados pelo pré-sal à produção na-cional, aos acertos com a Petrobras advindos da ces-são onerosa e com a entrada em funcionamento darefinaria de Abreu e Lima (PE)”, disse.

“A Petrobras tem um problema de dívida de curtoprazo, mas não se pode admitir que para resolver issose retire a exclusividade na exploração do pré sal, queé uma questão para 30 anos. A mudança na legisla-ção vai acelerar a exploração com ganhos maiorespara as multinacionais do petróleo, com menos recur-sos para o Estado brasileiro, criando uma dificuldade

Projeto entreguista que retira da Petrobrasexclusividade no pré-sal é ameaça à soberania nacional

Representantes de povosindígenas de todas as regi-ões do País estão reunidos,em Brasília, na 12º ediçãodo Acampamento Terra Livre.O objetivo é reforçar as rein-vindicações dos povos indí-genas pela garantia de seusdireitos. O encontro, que re-úne cerca de mil representantes das diversas etni-as, prossegue até sexta-feira, 13 de maio. Parla-mentares da Bancada do PT na Câmara ocuparama tribuna para manifestar apoio aos indígenas.

O deputado João Daniel (PT-SE)João Daniel (PT-SE)João Daniel (PT-SE)João Daniel (PT-SE)João Daniel (PT-SE) visitou oacampamento e elogiou “a demonstração de fir-meza da luta dos povos indígenas no Brasil por umdos direito mais sagrados, que é o direito à de-marcação das suas terras”. João Daniel criticou aPEC 215, em tramitação na Câmara, que retira

muito maior para viabilizar uma política de expansãoda indústria naval, da indústria de construção pesadano Brasil, comprometendo a geração de milhares depostos de trabalho para melhorar as condições de vidado nosso povo”, disse Gabrielli.

Após ouvir as explicações sobre o potencial dacompanhia, o coordenador da bancada do PT na Co-missão Especial, deputado Carlos ZarattiniCarlos ZarattiniCarlos ZarattiniCarlos ZarattiniCarlos Zarattini(PT-SP)(PT-SP)(PT-SP)(PT-SP)(PT-SP), destacou a importância de se preservar aexclusividade de operação da Petrobras no pré-sal.

“Nós temos que preservar a Petrobras como ope-radora única para garantir o controle das jazidas dopré-sal, incentivar a produção nacional de equipa-mentos, mantendo a política de conteúdo nacional.Temos que demonstrar claramente que a companhianão está falida, como diz a oposição. Ela tem umadívida alta, mas tem um caixa alto de 100 bilhões dereais, e vai incorporar mais de um milhão de barris apartir de 2017”, ressaltou.

PPPPPetroleirosetroleirosetroleirosetroleirosetroleiros- Sobre o desenvolvimen-to experimentado pela Petrobras, o diretorde assuntos jurídicos e institucionais daFederação Única dos Petroleiros (FUP),Leonardo Urpia, ressaltou que nos últimos13 anos dos governos petistas de Lula eDilma a companhia experimentou umcrescimento sem precedentes.

“É bom frisar que a Petrobras cresce apartir de 2003, sai de 30 mil para 85 milempregados, o nível de investimentos pas-

sa de cinco bilhões para 48 bilhões de dólares anu-ais, a participação do PIB pula de 3% para 13% doPIB. A Petrobras é outra empresa”, destacou.

Até sobre a maior crítica dirigida à compa-nhia, que chegou a valer 320 bilhões de dólares eque hoje vale 120 bilhões, o dirigente sindicalaponta avanços em relação ao passado.

“O valor de mercado em 2003 era de 20 bilhõese chegou a valer 320 bilhões de dólares. Hoje é de120 bilhões, ainda assim seis vezes maior que em2003. Agora querem retirar da Petrobras a capacidadede financiar sua atividade, que já permitiu a desco-berta do pré-sal, a maior reserva de petróleo dosúltimos 30 anos no mundo influenciando, inclusive, ageopolítica mundial”, explicou.

Também participaram da reunião os deputadosHenrique Fontana (RS)Henrique Fontana (RS)Henrique Fontana (RS)Henrique Fontana (RS)Henrique Fontana (RS), Moema GramachoMoema GramachoMoema GramachoMoema GramachoMoema Gramacho(BA) (BA) (BA) (BA) (BA) e Valmir Prascidelli (SP)Valmir Prascidelli (SP)Valmir Prascidelli (SP)Valmir Prascidelli (SP)Valmir Prascidelli (SP), todos membrosda Comissão Especial.

PETROBRAS

FOTOS: GUSTAVO BEZERRA/PT NA CÂMARA

Índios denunciam golpe e reforçamreivindicação por terra e direitos sociais

direitos dos povos indígenas. “A PEC 215 não podeprosseguir, bem como uma CPI que persegue asorganizações indígenas, cujo objetivo é enfraque-cer a Funai. Registramos aqui a nossa solidarie-dade e o nosso compromisso de luta”, disse.

Também o deputado VVVVVa lmi r A s sunçãoa lmi r A s sunçãoa lmi r A s sunçãoa lmi r A s sunçãoa lmi r A s sunção(PT-BA)(PT-BA)(PT-BA)(PT-BA)(PT-BA) criticou a PEC 215. “A tentativa de seretirar do Poder Executivo a demarcação de ter-ras indígenas é apenas um pretexto para que seentrave cada vez mais o processo de demarcação

do território indígena. Énotór ia a in tenção doagronegócio e do latifún-dio de avançar sobre asterras demarcadas”.

O depu tado N i l t oN i l t oN i l t oN i l t oN i l t oTTTTTat to (PT-SP)at to (PT-SP)at to (PT-SP)at to (PT-SP)at to (PT-SP) af i rmouque as lideranças indí-genas também estão em

Brasília para denunciar o golpe em andamentono País. “Além de defender o seu direito àterra, às políticas públicas e em nome da me-lhoraria da qualidade de vida, eles tambémtêm como pauta, assim como milhões de brasi-leiros e outros movimentos liderados pela Fren-te Brasil Popular, denunciar o golpe em anda-mento neste País. As lideranças indígenas sa-bem o que significa o respeito à Constituição, orespeito à legislação”, ressaltou.

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“A CPI do Incra e da Funai é a expres-são máxima de como os ruralistas têm agi-do na Câmara para cassar direitos dos povosindígenas, quilombolas e assentados, comintuito não só de criminalizar a atuaçãodesses órgãos e dos movimentos sociais,mas de paralisar a democratização do aces-so à terra no Brasil”, afirmou a deputadaErika Kokay (PT-DF)Erika Kokay (PT-DF)Erika Kokay (PT-DF)Erika Kokay (PT-DF)Erika Kokay (PT-DF), ao resumir o ob-jetivo dos trabalhos desenvolvidos pela CPI.

De acordo com a deputada, o funda-mentalismo patrimonialista - que considera cercase bois mais importantes que o direito humano aoterritório - tem se utilizado da CPI para agir aoarrepio da lei. “Estamos assistindo todos os dias aum festival macabro de atrocidades contra os direi-tos de indígenas e quilombolas”, disse a deputada.

Segundo ela, o festival de horrores inclui a am-pliação do escopo de investigação estabelecido norequerimento de criação da comissão; a delegação depoderes próprios dos mandatários detentores de prer-rogativa constitucional para a investigação; a deter-minação de providências para a abertura de inquéritoscontra investigados antes do término dos trabalhadosda CPI e aprovação do relatório final; a realização dediligências abusivas em terras indígenas com a práti-ca de ameaças e intimidações, em flagrante desres-peito às comunidades, sua cultura e costumes.

Mandado de SegurançaMandado de SegurançaMandado de SegurançaMandado de SegurançaMandado de Segurança - Ciente dos interes-ses que estavam por trás das supostas investigaçõesdo colegiado, em dezembro de 2015, a Bancada doPartido dos Trabalhadores na Câmara Federal entroucom mandado de segurança no Supremo Tribunal Fe-deral (STF) para impedir a instalação da CPI.

O mandado com pedido de liminar, protocoladopela deputada Erika, aponta que o requerimento quepropõe a CPI “nem de longe observa o requisito cons-titucional do fato determinado” e também não esta-belece o período sobre o qual deve se debruçar otrabalho de apuração do colegiado.

A petição considera que a instalação da CPI seria

“CPI do Incra e da Funai age ao arrepio da lei eatua para cassar direitos de indígenas e

quilombolas”, denuncia Erika Kokay

POVO DO CAMPO

uma “grave afronta” ao artigo 58 da ConstituiçãoFederal, que prevê a obrigatoriedade do “fato deter-minado” para o funcionamento de comissões parla-mentares de inquérito. Assim, o ato da presidência daCâmara que criou a CPI é “abusivo, ilegal e inconsti-tucional” no entendimento de Erika.

O próprio procurador-geral da República, RodrigoJanot, já se manifestou por duas vezes perante ao STFpara pedir pelo “urgente deferimento do pedido demedida liminar para a paralisação dos trabalhos daCPI e a sustação dos efeitos dos atos já praticados e,quanto ao mérito, a anulação do Requerimento 16/2015, do respectivo ato de instituição e formação dacomissão, deferido pelo Presidente da Câmara dosDeputados, e de todos os atos praticados no âmbitoda comissão parlamentar de inquérito”.

Na segunda recomendação de Janot ao mi-nistro Edson Fachin, relator do mandado de se-gurança, Rodrigo Janot pede o urgente provi-mento do agravo regimental impetrado pela par-lamentar, e ainda ratifica os termos da primeiramanifestação da PGR, encaminhada ao ministroFachin, em 7 de dezembro de 2015.

No documento, Janot reafirma que, “diantedo requerimento e do ato de criação [da CPI], nãoé possível a identificação segura de fato determi-nado apto a ser averiguado pela comissão parla-mentar”. Mais adiante, destaca que os fatos látrazidos, se considerados verídicos, podem con-substanciar meros exemplos de irregularidades,

que não permitem a extensa investigação aque é proposta ao órgão legislativo.

Por fim, a recomendação aponta queos fatos indicados no Requerimento 16/2015 não atendem às exigências quanto àconcretude e individualização dos aconte-cimentos para os quais se postula investi-gação, vício que contamina a própria exis-tência da CPI da Funai e do Incra.

Manifestações Manifestações Manifestações Manifestações Manifestações - Entidades de defe-sa dos direitos dos Povos Indígenas, a exem-

plo, do Conselho Indigenista Missionário (CIMI),do Centro de Trabalho Indigenista (CTI), da Articu-lação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), dentreoutras, também protocolaram manifestação for-mal junto ao STF em apoio ao Mandado de Segu-rança, de autoria de Erika Kokay.

Com argumentos relativos aos procedimentosformais do requerimento de criação da CPI, asentidades reafirmaram que “os documentos evi-denciam a falta de um prazo para o funcionamentoda comissão, assim como a falta de fato determi-nado com a devida justificativa”.

O requerimento não aponta para delitos específi-cos ou fatos determinados que justifiquem a aberturado inquérito. CPIs anteriores, inclusive, já foram im-pedidas pelo presidente da Câmara dos Deputadossob o mesmo argumento, ou seja, sua natureza gené-rica, aponta um dos documentos que referendam apetição inicial da parlamentar.

Dentre outros argumentos, as entidades afir-mam que o Poder Legislativo não tem competênciapara avaliar o trabalho técnico, social e antropoló-gico da Funai ou mesmo do Incra, por envolver pro-cesso de delimitação que é feito por quadro multi-disciplinar de especialistas, dado o caráter essenci-almente político de suas decisões.

Denunciam, ainda, a falta de isenção e de impar-cialidade na condução dos trabalhos da CPI, posto queos deputados que instauraram a comissão possueminteresses diretamente ligados ao agronegócio.

Waldenor quer apuração de assassinato de líder camponêsO d e p u t a d o W a l d e n o r PW a l d e n o r PW a l d e n o r PW a l d e n o r PW a l d e n o r Pe r e i r ae r e i r ae r e i r ae r e i r ae r e i r a

(PT-BA)(PT-BA)(PT-BA)(PT-BA)(PT-BA) cobrou providências para a apu-ração do assass inato do l íder camponês,João Pereira de Oliveira, conhecido comoJoão Bigode, ocor r ido em abr i l passado,no município baiano de Antônio Gonçalves.

“João Bigode foi morto em frente à sua

casa, na comunidade quilombola do terri-tório de Tijuaçu, que luta há anos pela re-gularização. Ele era presidente da associ-ação local e também coordenador da Esco-la Família Agrícola. Com a morte dele, áse somam dez assassinatos de l iderançascamponesas naquela região, que envolvem

também os municípios de Casa Nova, Ja-guari e Monte Santo”, explicou o petista.

Ainda, de acordo com Waldenor Pere i-ra, o Movimento dos Pequenos Agr icul to-res sol ic i ta providências dos governos daBahia e federa l , tendo em v i s ta a açãodos gr i le i ros .

AGÊNCIA CÂMARA

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Rasgar a Constituição, golpear a democracia,retirar direitos da população, comprometer a sobe-rania nacional e privilegiar uma elite historicamen-te abastada. O script do golpe que avança no Senadosegue como num enredo surreal: incapazes de che-gar ao poder pelo voto nas urnas, os golpistas –grande parte deles envolvidos em investigações eprocessos judiciais – ensaiam depor uma presiden-ta legitimamente eleita por 54,5 milhões de votos,contra quem não existem provas de que tenha co-metido crime de responsabilidade.

A reação virá das ruas. É o que avisam os depu-tados petistas, que apostam na força e na mobiliza-ção popular para reverter o golpe. “Nós, parlamen-tares, cada um em sua trincheira, estamos aqui paradizer que não estamos sozinhos. Serão 180 dias emque ficaremos em ruas e praças. A sociedade estáatenta. Não queremos de forma alguma que o povoseja lesado mais uma vez. Quem conhece a ditadurasabe como ela é. E estamos diante de uma ditadurainstitucional, advinda da conspiração do vice-presi-dente Temer. É isso que não vamos tolerar”, disse adeputada Benedita da Silva (PT-RJ)Benedita da Silva (PT-RJ)Benedita da Silva (PT-RJ)Benedita da Silva (PT-RJ)Benedita da Silva (PT-RJ), ontem(11) em ato de lançamento do movimento de resis-tência ao golpe, na Câmara.

A intenção do movimento é resistir ao golpe enão legitimar um eventual governo liderado pelo cons-pirador Michel Temer. “Não podemos poupar o Te-mer, porque um conspirador não merece nenhuma

Reação virá das ruas: Serão 180 dias em ruas epraças para impedir retrocessos, anunciam deputados

forma de consideração. Ele teve tempo suficiente comovice-presidente de colocar seu posicionamento e arti-cular seu partido, que nunca votou totalmente as pro-postas vindas do governo. Nesse sentido, temos quedenunciar essa farsa, que foi Temer na vice-presidên-cia, que foi incapaz de articular seu partido para quevotasse as propostas do governo para ajudar na supe-ração da crise”, completou a deputada.

O deputado Ênio Verr i (PT-PR) Ênio Verr i (PT-PR) Ênio Verr i (PT-PR) Ênio Verr i (PT-PR) Ênio Verr i (PT-PR) avaliouque o temor das elites – que se impôs durante500 anos como mandatária dos destinos do País– é, na verdade, da volta do ex-presidente Lulaem 2018. “Como sempre, essa elite tem medo dademocracia, usa o golpe, usa o tapetão como ins-trumento para afastar a participação popular”,disse. Verri apontou que essa elite está tomandoo poder “de forma espúria, desonesta e antidemo-crática” para fazer do Brasil o que já fizeram nopassado: um país miserável e empobrecido.

“Sempre fizeram isso, por que fariam diferen-te? Podemos esperar achatamento salarial, políti-cas voltadas aos mais ricos, fim das políticas soci-ais... Isso está claro no ‘Ponte para o futuro’ [docu-mento que norteará eventual governo golpista]. Lei-am, são 19 páginas apenas. Um texto claro quefala, por exemplo, sobre o fim da exigência legal degastar o mínimo de 25% em educação e 15% emsaúde. Fala do fim do processo do pré-sal, em quedefendemos o regime de partilha e eles querem a

volta do esquema de concessão. Na concessão, asgrandes multinacionais voltarão a ganhar dinheiro,sem a possibilidade de repasses para a saúde e paraeducação”, explicou Verri.

O deputado Adelmo Leão (PT-MG) Adelmo Leão (PT-MG) Adelmo Leão (PT-MG) Adelmo Leão (PT-MG) Adelmo Leão (PT-MG) falou dagênese do golpe, que começou a ser articulado logoapós a vitória da presidenta Dilma Rousseff para oseu segundo mandato. “Começou lá e foi intensifica-do e amplificado na Câmara, de modo muito especialcom atuação do seu presidente, Eduardo Cunha, e dosseus asseclas. Vários deles. O Cunha caiu, mas maisde uma centena continua aqui. Não é uma coisa deuma pessoa só, mas de várias. É um golpe”, lembrou.“É um golpe contra o qual temos que fazer o grande ebom combate, porque o que estão sob ameaça são asgrandes conquistas dos brasileiros – conquistas polí-ticas, sociais, trabalhistas. Temos que resistir”.

O deputado Luiz Sérgio (PT-RJ)Luiz Sérgio (PT-RJ)Luiz Sérgio (PT-RJ)Luiz Sérgio (PT-RJ)Luiz Sérgio (PT-RJ) falou da gra-vidade de se processar a presidenta Dilma Rousseff apartir de supostas irregularidades cometidas em con-tas relativas a 2015 e sequer possuem parecer doTribunal de Contas da União (TCU) e que, de formamais grave, sequer foram enviadas ao Congresso paraanálise. “Cassar uma presidenta sem que ela tenhacometido um crime e mesmo com base em contasreferentes a 2015 que não foram analisadas por aque-les que têm a função de analisar – o Parlamentobrasileiro – evidencia que é um golpe, um atentadoà democracia, cassando o voto de 54 milhões”.

Milhões de pessoas terão que aceitar goela abaixoum projeto que retira direitos, diz Jaques Wagner

O ministro-chefe do Gabinete Pessoal da Pre-sidência da República, Jaques Wagner, disse on-tem (11), em sua conta no Twitter, que o pro-cesso de impeachment contra a presidenta Dil-ma Rousseff é um “golpe” contra a petista e opovo pobre do País. Wagner usa a hashtag #Gol-peDay em suas postagens.

“Milhões de pessoas terão que aceitar goelaabaixo um projeto que retira direitos e corta progra-mas sociais. Cada vez mais brasileiros começam aentender que o governo Temer (Michel Temer) sig-

nificará retrocesso no processo de inclusão socialiniciado em 2003”, escreveu o ministro.

Wagner comandou ontem (11) reunião minis-

terial no Palácio do Planalto. O encontro teve aparticipação dos titulares das 32 pastas que fizeramum balanço das ações de governo. A reunião minis-terial terminou por volta das 12h30.

Para Jaques Wagner, além de “golpe”, o impea-chment é uma tentativa de atalho da democracia. Eleenfatizou que Temer participou ativamente da articula-ção junto com a oposição. “É um atalho daqueles queperderam a eleição, se utilizando inclusive do vice-presidente da República para tentar impor um projetode governo derrotado nas urnas em 2014”, conclui.

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