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DINAH DE GODOY WIELEWICKI CORREA · mesma sua própria explicação e portanto, há que se tecer relações com realidades mais amplas. Trabalhar com a História Local, especificamente

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REGISTROS FOTOGRÁFICOS E ORAIS DE MORADORES DA REGIÃO NORTE DE LONDRINA (1970- 2011) DINAH DE GODOY WIELEWICKI CORREA Unidade Didática

2011

Caderno Pedagógico: MEMÓRIAS E RELATOS CONTADOS POR MORADORES DE BAIRROS LONDRINENSES

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DINAH DE GODOY WIELEWICKI CORREA

REGISTROS FOTOGRÀFICOS E ORAIS DE MORADORES DA REGIÃO NORTE DE LONDRINA

(1970- 2011).

LONDRINA 2011

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DINAH DE GODOY WIELEWICKI CORREA

Caderno Pedagógico

MEMORIAS E RELATOS CONTADOS POR MORADORES DE BAIRROS LONDRINENSES

Unidade Didática

REGISTROS FOTOGRÀFICOS E ORAIS DE MORADORES DA REGIÃO NORTE DE LONDRINA

(1970- 2011).

Produção Didático-Pedagógica apresentada à SEED (Secretaria Estadual de Educação), como material didático resultante do PDE (Programa de Desenvolvimento Educacional), através da IES (Instituto de Ensino Superior) UEL (Universidade Estadual de Londrina), sob orientação da Profª Drª Márcia Elisa Teté Ramos.

LONDRINA 2011

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SUMÁRIO

1. Identificação.................................................................................................. 1

2. Apresentação................................................................................................ 2

2.1. Abordando a História Local...................................................................... 3

3. Proposições de atividades.......................................................................... 6

3.1. Sondagem................................................................................................ 6

3.2. Conceitos Históricos................................................................................. 8

3.3. Trabalho com fotos................................................................................... 10

3.4. Referência das fotos................................................................................. 11

3.5. Foto 1........................................................................................................ 12

3.6. Foto 2........................................................................................................ 13

3.7. Foto 3........................................................................................................ 14

3.8. Foto 4........................................................................................................ 15

4. Trabalho com dicionário.............................................................................. 21

5. Trabalho com jornal...................................................................................... 22

6. Trabalho com propagandas......................................................................... 25

7. Leitura do texto............................................................................................. 28

8. Leitura, compreensão e análise do texto para elaboração da entrevista 29

8.1. Coleta e tratamento de entrevistas - manual para a educação básica 29

8.1.1. Condutas............................................................................................. 30

8.1.2. Etapas de uma entrevista.................................................................... 31

8.1.3. Exemplo de Carta de Cessão.............................................................. 33

8.1.4. Sugestão de perguntas para entrevista............................................... 34

9. Trabalho com museu..................................................................................... 38

10. Referências e Indicações Bibliográficas................................................... 39

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1- IDENTIFICAÇÃO

PROFESSOR PDE: Dinah de Godoy Wielewicki Correa

ÁREA PDE: História

NÚCLEO: Londrina

PROFESSOR ORIENTADOR: Profª. Drª. Márcia Elisa Teté Ramos

IES VINCULADA: Universidade Estadual de Londrina

ESCOLA DE IMPLEMENTACÃO: Escola Estadual Monsenhor Josemaria

Escrivá - Ensino de 1° grau

PÚBLICO DESTINATÁRIO: Alunos da 7° série do Ensino Fundamental

PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA:

Caderno Pedagógico/Unidade Didática (o presente texto diz respeito à Unidade

Didática do Caderno Pedagógico MEMÓRIAS E RELATOS CONTADOS POR MORADORES DE BAIRROS LONDRINENSES)

Título da Unidade Didática:

REGISTROS FOTOGRÀFICOS E ORAIS DE MORADORES DA REGIÃO NORTE DE LONDRINA (1970- 2011)

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2- APRESENTAÇÃO

Este caderno temático é resultado do Programa de

Desenvolvimento da Educação do Paraná (PDE), no qual utilizaremos

entrevistas e fotografias como documento histórico para abordar a História

Local de dois bairros da cidade de Londrina (PR): a Vila Casoni e o Conjunto

Habitacional Milton Gavetti.

Ao resgatar a memória dos moradores dos bairros citados

pretendemos desmitificar o conceito de “pioneiro”, pois estes são citados

destacando- se nomes de pessoas da elite ou desbravadores, considerando-os

como heróis, excluindo-se a participação dos sujeitos comuns, que com seu

trabalho tiveram intensa participação no processo de colonização e

desenvolvimento da cidade de Londrina.

Optamos por esse conteúdo devido a escassez de material

didático pedagógico relativo a História Local e também porque ao fazê-lo

estaremos atendendo a lei 13. 381/ 01, que tornou obrigatório no Ensino

Fundamental e Médio da Rede Pública Estadual, os conteúdos de História do

Paraná.

Ao de trabalhar com História Local, considera- se o meio em

que o aluno vive, suas experiência e a partir deste conhecimento é possível

remete- lo a contextos mais amplos da História Regional e/ou Nacional. Desta

forma, a história torna-se próxima do aluno possibilitando a compreensão de si

mesmo como sujeito histórico, capaz de atuar e transformar a sociedade onde

vive.

Também nos propomos a utilizar recursos para além dos

documentos escritos, conforme sugerido nas Diretrizes Curriculares da

Educação Básica de História, na qual consta que varias fontes de pesquisa,

entre elas a entrevista e a fotografia são: “Documentos que podem ser

transformados em material didático de grande valia na constituição do

documento histórico”, ou seja, “devem ser tratados como documentos a serem

abordados historiograficamente”. (Paraná, 2008, p. 45)

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Ao pensar nestas fontes como material que permite a construção

do conhecimento histórico, acreditamos ser possível fazer com que o aluno

reflita sobre as narrativas históricas como verdadeiras, únicas e as considere

como versões, questionando o “heroísmo” de determinados homens,

considerados mais importantes que outras , em certas narrativas, por

representarem grupos políticos e econômicos mais eminentes na época e

percebam a importância de todos os personagens como sujeito da história.

2.1. Abordando a História Local

A partir do século XX, especialmente com a influência da Nova

História, a idéia de documento passou a ser questionada, bem como a relação

do historiador com os mesmos. Documentos iconográficos, fotografia, cinema,

fontes orais, passaram a ser considerados como fontes históricas e seu sentido

não era mais comprovar fatos ou ilustrar as aulas de História, mas o que lhes

passou a dar significados são os questionamentos que se fazem a parti deles.

Segundo Schmidt e Cainelli (2004) a palavra documento implica

duas interpretações: o material utilizado com fins didáticos e documentos como

fonte, ou seja, vestígios do passado passíveis de ser explorado. Nesse sentido,

o uso do documento como fonte não pode mais ser tratado como transmissor

imparcial e neutro dos acontecimentos, é carregado de subjetividade. Por isso

mesmo requer uma analise de como foi produzido, por quem, para que

propósito e outras perguntas que possibilitam a compreensão de que qualquer

que seja o documento, ele não é um portador da verdade, mas contém uma

versão de determinado momento histórico, ele é um produto da sociedade que

a fabricou.

Como resultado dessas mudanças a História Oral foi

amplamente difundida, representando uma nova perspectiva de se estudar

História aproximando a disciplina com a vivência do aluno. Ao se trabalhar com

diversos tipos de documentos que revelam o cotidiano dos indivíduos, suas

experiências, permite a compreensão de que todos somos sujeitos históricos

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capazes de interferir na sociedade e da relação da micro- história com contexto

mais amplos.

Utilizando a História Oral, este trabalho propõe um estudo

histórico que, partindo da História Local, aproxime os alunos das histórias que

os mesmo tem guardado com seus familiares, em suas casas, resgate a

memória dos sujeitos que os preservam, faça- os ver- se participantes da

construção da História de seu bairro, consequentemente da cidade de

Londrina.

Segundo Schmidt e Cainelli:

“ Assim um dos objetivos do Ensino de História consiste em fazer o aluno ver-se como partícipe do processo histórico. tal compreensão, de um lado, deve leva-lo a entender que sua história individual resulta de um movimento processual e, de outro a compreender que também ele faz parte da história” (Schmidt; Cainelli, 2004, p.45).

Para Schmidt e Cainelli (2004) para se trabalhar com a

História Local é preciso considerar que a realidade local não contém em si

mesma sua própria explicação e portanto, há que se tecer relações com

realidades mais amplas.

Trabalhar com a História Local, especificamente com a

História da Vila Casoni e da Região Norte de Londrina, nos permite fazer essa

relações, pois ao aproximar o aluno do olhar que a própria comunidade tem de

sua história traz reflexões sobre outras interpretações desse momento e a

necessidade de se remeter a acontecimentos estaduais e nacionais.

Observando o cotidiano escolar é possível perceber a

permanência da construção de mitos e heróis históricos, portanto a História

Local proporciona condições para que o aluno perceba as várias interpretações

das relações sociais que se dão a nível individual e coletivo, os vários sujeitos

que agem na sociedade e constroem significados diversos para essa

experiência e não somente os nomes de destaque. Segundo Thompson:

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“A História Oral, é uma história construída em torno de pessoas, lançando vida para dentro da própria história, alargando o seu campo de ação. È uma proposta que admite heróis vindos não só dentre os líderes, mas dentre a maioria desconhecida dos povos que passam a ser conhecidos como sujeito da história, isto é, a historicidade de determinado momentos histórico passa a ser estudada por meio de ótica de pessoas comuns”. (THOMPSON Apud PARANÁ, 2002, p. 30).

Para realizarmos este trabalho nos utilizaremos de entrevista

com moradores dos bairros citados e de fotografias estes possuam. Para tanto,

é necessário observar que a imagem fotográfica tem múltiplas intenções, é

apenas uma leitura da realidade, por isso é necessário acrescentar-lhes

informações para melhor compreensão do contexto histórico da produção da

imagem. Por isso, cabe ao professor auxiliar os alunos a contextualizarem a

imagem ao processo histórico em que foi produzido por meio de perguntas

(ABUD, 2010).

Da mesma forma, a entrevista tem seu caráter subjetivo, não

se constitui na descrição exata dos fatos, mas expressa uma perspectiva sobre

aquele momento, carregada pelas experiências individuais que se confundem

com as coletivas (Ferreira e Grossi, 2002).

Enfim, esperamos dar condições para que o aluno construa

sua identidade, questionando a versão única da história, entendendo-se como

sujeito histórico, critico e participativo.

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3- PROPOSIÇÕES DE ATIVIDADES

Conhecimentos Prévios

ATIVIDADE 1 - Sondagem:

Propor ao aluno um questionário diagnóstico para ser respondido individualmente relativo ao tema em questão, onde os alunos responderão questões que abrangem conhecimento histórico prévio. (02 AULAS)

QQUUEESSTTIIOONNÁÁRRIIOO::

1) Qual a sua idade?

2) Qual a média de escolaridade de seus pais?

( ) não estudou

( ) 1ª a 4ª série (antigo primário)

( ) ensino fundamental 5ª a 8ª (antigo ginásio)

( ) ensino médio (antigo colegial)

( ) Ensino Superior (Faculdade)

3) Seus familiares e seus pais sempre moraram em Londrina? Se não, de que região eles vieram?

4) Você conversa com seus familiares sobre a história de sua família?

5) O que os seus familiares falam sobre como era o dia a dia deles (trabalho, escola, igreja, lazer, etc.)

6) Que tipos de atividades profissionais seus avós, pais e outros familiares exerciam no passado?

7) Você e sua família moram atualmente no Bairro*?

SIM ( ) NÃO ( ) Há quanto tempo?

8) Na sua opinião quais são os pontos positivos no bairro Milton Gavetti*?

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9) Quais são os aspectos negativos do Bairro?

10) O que poderia ser melhorado no Bairro?

11) Você acha importante conhecer a história da família e do lugar onde se vive? Por quê?

12) Qual o papel da Educação (esta escola) para o conhecimento histórico (aluno, seus familiares, da cidade, do bairro...)?

(*) Observação: Aqui colocamos estamos considerando o Jardim Pacaembu, mais precisamente a região do Conjunto Habitacional “no Milton Gavetti”, mas o(a) professor(a) deve substituir conforme o local de moradia dos seus alunos(as).

Qual a origem do nome Pacaembu? TUPI

Qual o significado do nome Pacaembu? RIACHO DAS PACAS.

Para o(a) professor(a): As protonarrativas, ou protoconhecimento, são conhecimentos ou saberes prévios ou tácitos. “...do latim Tacitus e quer dizer: sem ser expresso de um modo formal; que se subentende”. Pensando tal palavra relacionada ao domínio da educação histórica, seria “o conhecimento que os alunos adquirem antes ou até mesmo depois do contacto com o ensino formal. É deste modo um conhecimento muito pessoal incorporado na experiência dos alunos, envolvendo factos, crenças, emoções, perspectivas, intuições e até habilidades” (BARBOSA, 2006, p. 10).

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Conceitos Históricos

ATIVIDADE 2 - Leitura, compreensão e discussão de conceitos dos textos:

Conhecimento prévio: Todos nós temos um conhecimento baseado

nas nossas experiências de vida e na nossa vida escolar. Como vocês estão no 2° Ano do Ensino Médiojá ouviram falar e já estudaram sobre sua cidade. O professor e historiador inglês Peter Lee acredita que todos os alunos possuem um conhecimento sobre os temas trabalhados na escola e que é uma das maneiras de se iniciar um conteúdo, partindo do contexto local, regional, nacional e mundial. E é o que vamos nós vamos fazer. (Adaptado do texto da professora Giane Souza; 2008)

Monumento histórico: conceito gestado na Europa a partir da

segunda metade do século XIX e difundiu-se progressivamente. Foi com a Revolução Industrial e ao constante movimento transformador da industrialização tornou-se necessário guardar o passado que estava sumindo rapidamente. Monumento histórico são elementos pertencentes a comunidade, ao Estado ou à nação, como prédios,estátuas, pontes, etc. (Schmidt e Cainelli, 2004, p.117)

O Pioneiro: O pioneiro como herói Através da historiografia,

percebe-se que muitos autores que escrevem sobre a ocupação de determinada região, como o norte do Estado do Paraná, por exemplo, procuram ressaltar os feitos e a importância de algumas pessoas ou de determinadas famílias, dando a elas o título de “verdadeiros pioneiros e heróis” em detrimento das pessoas comuns que formaram o alicerce desta sociedade. Há também, a intenção de reforçar a ideia de “vazio demográfico”, destituindo da

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memória a figura dos indígenas e caboclos que aqui já viviam. (Adaptação da autora, da obra: SILVA, Rosane Gonçalves da. Outros Olhares: um contraponto a narrativa histórica consagrada sobre o passado da cidade de Apucarana, p. 8. Disponível em: . Acesso em: 25/05/10.)

Trabalhadores, migrantes: “Em 1933, no Brasil, ouvia-se falar

muito mais em Londrina do que no Paraná. O trem chegava uma vês por dia, sempre às 16 e 17 horas, trazia baianos, paulistas, japoneses, chineses, pernambucanos, enfim, despejava um incontável número de famílias, desgarradas e bravos pioneiros na “capital do café”. (Mattos apud Oliveira, 1995, p.17)

OOOUUUTTTRRRAAASSS SSSUUUGGGEEESSSTTTÕÕÕEEESSS DDDEEE AAATTTIIIVVVIIIDDDAAADDDEEESSS:::

Propor aos alunos uma pesquisa sobre algum monumento histórico no seu bairro, tirando fotos e fazendo um levantamento de dados sobre ele

Perguntar ao aluno se ele tem conhecimento de algum migrante em sua família que chegou Ao município no início da sua colonização (02 AULAS)

TRABALHANDO COM MAPAS: Solicitar para os alunos que procurem mapas da região de londrina e do bairro onde moram das décadas do inicio da colonização e dos dias de hoje e fazer uma comparação com relação a população e geografia.

Trabalho com fonte documental:

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ATIVIDADE 3 - Trabalho com fotos

A proposta é usar a fotografia como fonte histórica: identificação do tempo, a compreensão do antes e depois, entendimento do conceito de geração, compreensão das mudanças e permanências;

Como destaca Circe Bittencourt e tomando com base os estudos de Kossoy é necessário a “desconstrução da fotografia” (Bittencourt, 2004, p.332 e 366). E esta se dá em 03 níveis:

1- Sobre a existência em si da fotografia: o que vem a ser? O que ela diz? Porque tal fotografia existe? Quem a fez? E em que circunstancia e para que finalidade?

2- Fotografia como objeto: o que significa fotografia como fruto do trabalho humano? Como e porque foi produzida? Para que e para quem foi produzida?

3- Significado da fotografia como sujeito: Por quem fala tal fotografia? De que historia participou? O que a fez perdurar como deposito da memória? (02 AULAS)

FOTOS

Para o(a) professor(a): Toda vez que trabalhamos com textos, fotos, imagens, etc. é imprescindível apresentar as referências para que não se configure plágio ou tenhamos problemas com direitos autorais. Isto é necessário mais ainda quando o projeto de ensino objetiva tratar tais materiais como FONTE DOCUMENTAL e não como mera ilustração, pois devem ser marcados no uso escolar e acadêmico: quem as produziu; quando foram produzidas; onde estão, etc.

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RREEFFEERRÊÊNNCCIIAA DDAASS FFOOTTOOSS AA SSEEGGUUIIRR::

ALMEIDA, A. M. C.; CESÁRIO, A. C. C.; FRINGS, G.; MAIA. Vila Casoni: retratos de um bairro londrinense. IPAC. Projeto Gráfico de Assessoria de das Relações Universitárias da UEL, Londrina, 1988.

Ver mais informações em http://www.uel.br/projetos/ipaclda/pages/publicacoes.php

E ainda:

http://www.weber-ruiz.com/ruiz/jose_manoel_ruiz.html

(muitas das fotos que constam no livro pertencem à família RUIZ)

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Foto 01:

Casa brasileira, comércio nascente

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Foto 02:

Barbearia dos irmãos Gibelatto, ponto de encontro dos políticos com seus eleitores

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Foto 03:

O time de futebol “7 de setembro” foi organizado na década de 50 pelos jovens filhos dos chamados “pioneiros”

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Foto 04:

Congregação Cristã do Brasil, ponto de referência religiosa localizada em terreno que pertencia ao Seu Jorge, pai de Domingos Casoni

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SUGESTÃO DE ANÁLISE DE FOTOS:

O(a) professor(a) selecionará as fotos que achar pertinentes, conforme seus objetivos e posicionamento. No entanto, em relação às fotos acima consideradas, poderíamos questioná-las junto aos alunos da seguinte forma:

Foto 01:

O que retrata esta foto (cenário)? Porque em frente ao estabelecimento está uma carroça? Qual poderia ter sido a intenção ao se fotografar este estabelecimento?

Objetivo pedagógico: ver a intenção do fotógrafo (retratar o que era progresso na época), perceber a noção de progresso, atraso e avanço.

Foto 02:

Porque será que a legenda da foto diz que na barbearia se reunia políticos e eleitores para discutir política antes das eleições? Hoje, eleitores e políticos se reúnem para discutir política? Onde?

Objetivo pedagógico: mudanças e permanências, a política da época, a importância dada ao ato de votar, a relação entre eleitores e políticos ontem e hoje.

Foto 03:

Ainda se retratam times de futebol desta forma? Porque será que formaram um time para filhos de “pioneiros”?

Objetivo pedagógico: ver em especial as permanências, compreender o discurso e/ou conceito do “pioneiro”

Foto 04:

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Ainda existe o prédio retratado? A que se refere? A ”Congregação Cristã do Brasil” refere-se a uma religião? Quantas igrejas hoje temos no bairro? Quais religiões tais igrejas representam? Qual a relação entre a foto e nome do bairro?

Objetivo pedagógico: ver mudanças e permanências, a questão religiosa, tecer relações.

Aqui colocamos fotos do Bairro “Vila Casoni” com o propósito de exemplificar. O objetivo é fazer com que os alunos PESQUISEM sobre fotos antigas e recentes do bairro. Se possível, que tragam de casa, fotos pessoais que retratem a frente da casa ou mesmo a rua e outros locais do bairro (praça, construções, igrejas, etc.). Esta atividade fará com que o aluno se sinta, ou sinta sua família como parte da história do bairro.

SSUUGGEESSTTÃÃOO DDEE AANNÁÁLLIISSEE DDEE FFOOTTOOSS:: O(a) professor(a) selecionará as fotos que achar pertinentes, conforme seus objetivos e posicionamento. No entanto, em relação às fotos acima consideradas, poderíamos questioná-las junto aos alunos da seguinte forma:

Foto 01:

O que a foto retrata (o cenário)? Como estavam vestidas as pessoas? Porque estavam vestidas desta maneira? Porque a foto acima à esquerda mostrava cavalos? Quais as diferenças entre o bairro da foto e a de hoje? Ainda existem cenários da foto no bairro? Ainda existem cenários da foto no município?

Objetivo pedagógico: perceber o cotidiano, as diferenças entre passado e presente, as mudanças e permanências, o cavalo como meio de trabalho e transporte.

Foto 02:

Quem a foto retrata? Hoje ainda se retrata o casal desta forma? A foto acima à esquerda retrata uma família. Ainda costumamos retratar famílias? Retratamos da

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mesma forma que naquele tempo? Com que tipo de Câmera fotográfica se tirava fotos naquela época?

Objetivo pedagógico: as mudanças tecnológicas e nas formas de tirar fotos

Foto 03:

Esta foto retrata imigrantes. Você é descendente de imigrantes ou conhece alguém que seja? Qual nacionalidade parece ser predominante entre os imigrantes moradores do seu bairro? A foto acima à esquerda mostra uma família comum carro. Porque será que o carro ocupa grande parte do cenário?

Objetivo pedagógico: ver a história da família, compreender a imigração no município, as mudanças tecnológicas, a importância do carro para a época.

Foto 04:

O que retrata esta foto (cenário)? Porque em frente ao estabelecimento está uma carroça? Qual poderia ter sido a intenção ao se fotografar este estabelecimento?

Objetivo pedagógico: ver a intenção do fotógrafo (retratar o que era progresso na época), perceber a noção de progresso, atraso e avanço.

FOTOS DO BAIRRO (PARA QUE O ALUNO POSSA VALORIZAR O LOCAL ONDE MORA, ONDE A ESCOLA ENCOTNRA-SE INSERIDA):

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PRAÇA

VISTA AÉREA

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TERMINAL

TERMINAL

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AVENIDA SYLVIO BARRO

REFERÊNCIA DE TODAS AS FOTOS: http://www.panoramio.com/user/5358206/tags/CONJUNTO%20MILTON%20GAVETTI

Construindo e desconstruindo conceitos na pesquisa

- Pesquisar as palavras: “pioneiro”, colonizador, povoamento, gleba, imigrante, migrante no dicionário ou Web. Após a pesquisa será proposto algumas questões, como segue abaixo (02 AULAS).

Qual a origem do nome Pacaembu? TUPI

Qual o significado do nome Pacaembu? RIACHO DAS PACAS.

ATIVIDADE 4 - Trabalho com dicionário

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1) Por que se pretende sagrar as ações de determinados “grandes Homens”, os chamados “Pioneiros”?

2) Você tem em sua família alguém que foi ou é considerado um “pioneiro”?

3) Você acredita que o “pioneiro” tende a ser integrante dos grupos economicamente mais significativos?

4) Recorda-se de alguma homenagem na cidade para o chamado “pioneiro”?

5) Recorda-se de alguma homenagem no bairro para o chamado “pioneiro”?

6) Concorda com a ideia de edificar ou homenagear os chamados “pioneiros”?

ATIVIDADE 5 - Trabalho com jornal

Roteiro de atividade com jornal:

Pedir para os alunos procurar reportagens de jornal o bairro;

Com a pesquisa realizada pedir para os alunos formarem grupos (03 ou 04 alunos) e eles responderam as seguintes questões:

Quem fez o jornal? Quem escreveu a reportagem? O jornal é de grande circulação? A reportagem tem alguma fotografia ou imagem?

Por que essa reportagem foi feita?

Qual o tema da reportagem? Qual o título do jornal? Existem pessoas retratadas na reportagem?

O autor edifica o pioneiro? Quais as palavras usadas para falar do pioneiro?

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Observe: as reportagens abaixo referidas servem apenas como exemplo, por isso não houve preocupação em tornar a imagem legível.

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http://www.panificadoracentral.com.br/galeria_it.php?categoria=historia

JORNAL DE LONDRINA, 30/07/1992, FOLHA DA CIDADE. REPORTAGEM DE WIDSON SCHWARTZ – FOTOS ROBERTO CUSTÓDIO (Acervo do Colégio estadual Dr. Willie Davids)

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Dentre as questões que devem ser levadas em consideração quando se propõe o uso da imprensa local no ensino de História estão a compreensão de que os periódicos sempre possuem determinados

comprometimentos, seja eles ideológicos, políticos ou econômicos. Também deve ser levado em conta que as informações, publicações e opiniões veiculadas nos periódicos devem ser apreendidos como discurso e, portanto deve procurar explicar o lugar de onde eles falam e a partir de que e de quem estão falando, além de procurar saber a quem eles falam.

MANIQUE, Antonio Pedro; PROENÇA, Maria Cândida. Didática da História. Patrimônio e História local, Lisboa: Texto Editora, 1994. apud SCHMIDT, Maria

Auxiliadora Moreira dos Santos; CAINELLI, Marlene. Ensinar história. São Paulo: Scipione, 2004.

No contexto de nosso município, Londrina, em geral os jornais apresentavam propagandas como aquelas que vêm a seguir. O objetivo é ver as mudanças e permanências em relação às propagandas sobre a cidade.

Indagações possíveis:

Quais as qualidades que as propagandas ressaltavam sobre a região de Londrina?

Porque será que as propagandas eram veiculadas em jornais?

Quem ou qual grupo produzia este tipo de propagandas?

Para que tais propagandas eram elaboradas?

ATIVIDADE 6 – TRABALHO COM PROPAGANDAS

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Para quem tais propagandas eram produzidas?

http://maringaparanabrasil.blogspot.com/2010/04/cmnp-cia-melhoramentos-norte-do-parana.html

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http://www.usinadesolucoes.com.br/contemporania3.html

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ATIVIDADE 7 – LEITURA DO TEXTO

OS ALUNOS FARÃO UMA BREVE LEITURA DO TEXTO “UMA HEROÍNA ANÔNIMA” EM GRUPOS E DEPOIS SERÁ PROPOSTA UMA DISCUSSÃO SOBRE O ASSUNTO.

Uma heroína anônima Escrito por Carolina Campos em 08 junho 2010

Foto: Ângela Xavier

Com grande paciência, ela ajeitava a terra com a enxada, recolhia o lixo e preparava a grama para plantar flores. Ao ser indagada sobre o que estava fazendo, Dona Emília, com a voz baixa e um sotaque japonês, foi sucinta: “Carpo a praça porque acho uma judiação todo esse espaço ser tão mal cuidado”.

Por trabalhar o dia todo na empresa do marido e chegar em casa somente à noite, Emília temia que a praça se tornasse um local freqüentado por viciados em drogas, já que o mato chegava a um metro e meio de altura e havia pouca iluminação. “À noite, quando chegávamos no portão, tínhamos medo de haver alguém escondido no mato, então pensei: ‘Eu vou carpir!’”, conta.

Começou, então, a cuidar da praça nos finais de semana à tarde, em seu único tempo livre. Ela ainda acrescenta que os vizinhos a viam capinando a praça sozinha e indagavam se o serviço estava sendo remunerado. Ao

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responder negativamente à pergunta, aconselhavam a moradora para deixar esse trabalho para a Prefeitura, já que pagavam seus impostos em dia. Com convicção, Emília respondia que fazia esse trabalho por prazer e pelo bem da própria comunidade. Não satisfeitos em não ajudá-la, alguns vizinhos ainda roubavam pela raiz as rosas que plantava e, se ela reclamasse, recebia a seguinte resposta: “A praça não é sua”.

Dona Emília acredita que algumas pessoas da rua sentem vontade de ajudar, mas falta incentivo e completa que todo mundo unido em uma só causa, ajudará o bairro a evoluir e ser valorizado.

Os heróis não são só aqueles que salvam vidas trajando um uniforme, também são aqueles que aos poucos, fazem a grande diferença na vida das pessoas. Às, vezes damos mais valor aos heróis que aparecem na televisão e não percebemos que moramos bem ao lado de um.

Por Bruna Gabrielle da Silva Comunicadora da Rede de Desenvolvimento Local Londrina PR

Sugestão de perguntas para interpretar o texto:

1) Comente o título “heroína anônima”?

2) Qual é a classe social de Dona Emília?

3) Dona Emília pode ser considerada uma heroína?

4) Quais são as qualidades de Dona Emília que a fazem ser considerada”heroína”?

5) O que difere Dona Emília de um “pioneiro” famoso na cidade?

6) Existem pessoas assim como Dona Emília em nosso bairro?

ATIVIDADE 8 – Leitura, compreensão e análise do texto Para elaboração da entrevista

COLETA E TRATAMENTO DE ENTREVISTAS MANUAL PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA

Ana Heloisa Molina; Leilane Patrícia de Lima; Lúcia Helena de Oliveira Silva; Maria de Fátima da Cunha; Priscila Martins Fernandes; Regina Célia Alegro; Rita Galdin Rocha; Samuel Barcellos (Projeto Contação de Histórias do Norte do Paraná: memória e ensino de História)

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IMPORTANTE A memória é de fundamental importância para os historiadores e para outros profissionais, porque por meio dela “lemos” períodos históricos, chegamos a determinados sujeitos sociais excluídos ou esquecidos da História.

A memória possui “lugares” que nos permitem lembrar. “Lugares” como museus, músicas, literatura, “causos”, etc.

A memória pode ser individual ou coletiva, mas, para evocar lembranças eu preciso da memória do outro para transformar a minha memória na “nossa memória”.

Algumas questões são muito importantes. Por exemplo, é preciso pensar sobre: quais memórias devem ser lembradas? Quais são esquecidas? Quais os critérios para essa seleção: Quem elabora esses critérios? Podemos reverter esse processo de seleção da memória?

1. CONDUTAS Condutas a serem consideradas no trabalho de campo (antes e durante a entrevista):

Ao solicitar permissão para realizar a entrevista, comportar-se corretamente e com boas maneiras.

Ter o máximo respeito ao conversar com o entrevistado. Ouvir o que a outra pessoa considera importante dizer. Manter o contato visual durante a entrevista: manter o olhar e a

atenção dirigidos para o entrevistado é importante para que ele se sinta à vontade e, ao mesmo tempo, respeitado.

Responder às perguntas que o entrevistado fizer sobre o entrevistador e o protejo.

Contradição polida: utilizar educadamente expressões como “Outras pessoas falaram de forma diferente sobre isso” permitem comentários e explicações mais longos dos entrevistados.

Atitude: você está tentando aprender um pouquinho ou fazendo com que as pessoas lhe contem histórias. Lembre-se: na entrevista são eles que têm os conhecimentos.

Explicar para o entrevistado como o seu depoimento é importante e contribui para a memória e História da comunidade.

Respeitar os pedidos do entrevistado, como por exemplo, quando não desejar que certa parte da sua entrevista seja gravada. E solicitar autorização para publicar o conteúdo da entrevista.

No processamento e interpretação: Fidelidade e zelo na transcrição, na conferência e na análise das

entrevistas. Nem uma palavra do entrevistado pode ser desprezada.

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2. ETAPAS DE UMA ENTREVISTA 2.1. Elaboração do Projeto: é necessário fazer um projeto composto dos seguintes itens: tema, justificativa, perguntas norteadoras do projeto, objetivos do projeto, estudos já realizados sobre o tema, definição do grupo ou fatos a ser estudado; procedimentos a serem adotados na pesquisa e prazos previstos para sua execução, formação da rede, entrevista, transcrição, conferência, interpretação da fonte e seu arquivamento. Tema: indicar o que será estudado com a maior exatidão possível. Justificativa: explicar os objetivos centrais do projeto procurando sempre atender a um interesse importante, que una as pessoas entrevistadas e demonstre a importância da pesquisa a ser realizada. Definição do grupo: definir qual comunidade, grupo social ou sujeito será entrevistado. E o que as pessoas que participam da comunidade ou grupo têm em comum, o que caracteriza o grupo. Por exemplo, as mulheres que trabalharam no corte de cana em Londrina nos anos 1980 e 1990, os imigrantes japoneses produtores de algodão em Assai na década de 1950, as crianças que jogam bola-de-gude em Rolândia (2000 - 2007). Formação da Rede: como entrevistar todos migrantes nordestinos de Assai? Às vezes, é impossível entrevistar todas as pessoas de uma comunidade. Para resolver este problema, existe a formação da rede. Trata-se de um processo que permite a escolha dos entrevistados de acordo com os objetivos dentro do projeto. Por exemplo: entre os imigrantes japoneses de Uraí serão selecionados aqueles que participaram do processo inicial de povoamento da cidade. E, entre estes, os que chegaram primeiro, ou que serviram como liderança para o grupo. Outro exemplo: poderão ser entrevistadas pessoas com pontos de vista diferentes dentro de uma mesma rede. Se você pesquisar sobre a saúde pública no seu município, poderá entrevistar médicos, pacientes, benzedeiras, enfermeiras, parteiras, e outras pessoas que tenham algo a dizer sobre saúde pública. 2.2. Entrevista: para a realização da entrevista é necessário ter um conhecimento prévio a respeito do assunto:

da parte do entrevistado, um conhecimento decorrente de sua experiência de vida; e,

da parte do entrevistador, um conhecimento adquirido por sua atividade de pesquisa durante a elaboração do projeto e das conversas com o entrevistado, anteriores à entrevista.

O lugar da entrevista: o aluno-entrevistador deve escolher o melhor lugar para a entrevista junto com a pessoa que vai ser entrevistada: pode ser na casa, no trabalho, na escola, etc., procurando respeitar a data e o horário que o entrevistado sugerir. A entrevista deverá ocorrer em um local silencioso, onde outras pessoas não interfiram no procedimento. Para ter silêncio na sala, é bom que pessoas não fiquem entrando e saindo, porque isso pode atrapalhar a concentração no assunto tratado. O lugar escolhido precisa ter uma sala com

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mesa e cadeiras e, se não houver luz ou tomadas elétricas, os gravadores devem estar com pilhas testadas. Recomenda-se que, antes do encontro com o entrevistado, seja testado o equipamento e gravados o nome do projeto, a data, o nome do entrevistado, do aluno-entrevistador, do aluno - auxiliar e o local da gravação. Na ausência de gravador, preencher estes dados na folha de questões e no caderno de campo. O entrevistado é mais importante que tudo, dê o máximo de atenção a ele. Caderno de Campo: Registra as observações do andamento do projeto e das entrevistas. Contém anotações sobre os entrevistados (nomes, endereços e telefones para contato) e também sugestões de melhorias para as próximas entrevistas. Roteiro Geral de Entrevista: Mesmo que o gravador seja usado na entrevista, quando se faz uma história oral temática (com um assunto específico), é muito importante elaborar, escrever e seguir um roteiro geral para as perguntas. As perguntas poderão ser organizadas no roteiro, agrupando-as de forma a facilitar as lembranças do entrevistado - em ordem crescente do tempo (cronologia), de temas, de informações que se relacionam com os documentos e obras consultadas, etc. Poderá ser feito também um roteiro individual, para cada pessoa da rede a ser entrevistada. Aqui podem ser realizadas questões que sejam particulares, pois mesmo vivendo o mesmo processo, dentro de um grupo, a visões e experiências de vida são diferentes umas das outras. Pergunta de Corte: se apresenta no roteiro como uma questão que está em todas as entrevistas e que deve estar ligada à comunidade que está sendo pesquisada, marcando a identidade do grupo analisado. Quase sempre a pergunta de corte vem no final da entrevista. 2.3. Ao término da Entrevista: a entrevista pode se delongar e ser prorrogada por mais de um dia. Entretanto, na maioria dos casos, a entrevista tem duração média de 2 horas. Desligado o gravador, o aluno - auxiliar pode pedir informações para esclarecimentos sobre nomes, palavras e enunciados feitos durante a entrevista e que deixaram alguma dúvida, é hora de iniciar as despedidas, reforçar os agradecimentos e apresentar ao entrevistado a carta de cessão de direitos. Informe o entrevistado que o texto da entrevista será transcrito e conferido, e que nada será publicado sem a sua autorização. A carta de cessão de direitos deve estar pronta antes da entrevista. Se possível, solicitar ao entrevistado que ele possa, no ato da gravação, declarar sua autorização. Se o entrevistado desejar, leia em voz alta ou dê para ele ler a carta de cessão e indague se autoriza ou não a utilização da sua entrevista. Se não houver gravador, copiar o modelo no caderno de campo, e pedir ao entrevistado que o leia - ou ler para ele - preenchendo e assinando no final, com data e local. Se o entrevistado quiser uma cópia da entrevista, diga a ele

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que você irá falar com a seu (sua) professor (a) e que ele (a) entrará em contato com o entrevistado requerente. Anote o pedido no caderno de campo. Caso o entrevistado ache necessário fazer alguma restrição na entrevista, anote-a em forma de observação no caderno de campo.

EXEMPLO DE CARTA DE CESSÃO:

EU (nome do entrevistado) ............................................................, residente no endereço ....................................................................., na cidade de ...................................., no estado de .............., portador do documento de identidade......................................................, declaro estar ciente de que contribuí para o projeto ...................................., promovido pela escola......................................................, no município de.............................................., no estado de ...................., sendo que este fica plenamente autorizado (a) a utilizar o referido depoimento, no todo ou em parte, editado ou integral, para estudos e publicações.

______________________ Assinatura Local e data.

LEMBRE-SE: O PROCEDIMENTO DA ENTREVISTA É MUITO IMPORTANTE, QUALQUER FALHA NESTA ETAPA PODERÁ COMPROMETER TODO O PROJETO.

PARA O(A) PROFESSOR(A): É fundamental que as etapas da entrevista sejam seguidas. No entanto, mais importante ainda são as perguntas que serão elaboradas para o entrevistado. São perguntas que são elaboradas em CONJUNTO, professor(a) e alunos(as). Aqui daremos apenas sugestões. Como nosso trabalho tem relação com a ideia de PIONEIRO, é a partir deste conceito que faremos a entrevista.Por sua vez, como a proposta se desenvolve tendo como eixo norteador o TRABALHO COM FONTES HISTÓRICAS, as respostas transcritas da entrevistas são analisadas em sala de aula, novamente em CONJUNTO, como fontes

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históricas. a entrevista não é a finalização do processo, mas as respostas transcritas e interpretadas em sala de aula sim.Outras perguntas podem surgir no momento da entrevista, por isso a entrevista é SEMI-ESTRUTURADA.

Lembrando que:

“é a realização na sala de aula da própria atividade do historiador, a articulação entre elementos constitutivos do fazer histórico e do fazer pedagógico. Assim, o objetivo é fazer com que o conhecimento histórico seja ensinado de tal forma que dê ao aluno condições de participar do processo do fazer, do construir a História” (SCHMIDT, 1997, p.59)

Sugestão de perguntas a serem feitas:

1) Perguntas-base: Nome; idade; profissão; estado civil, número de filhos;

2) Porque sua família passou a morar no bairro? Quando passou a morar aqui no bairro? 3) Quais as diferenças entre o bairro de hoje e do passado? 4) Do que mais sente saudades? 5) O que melhorou no bairro?

6) Como eram as habitações no passado? 7) Quais músicas gostavam de ouvir? Como ouviam tais músicas? 8) Como era a escola da época? Estudou até qual ano? Havia uniforme? 9) Como era o namoro na época? Havia algum lugar em que os jovens se reuniam para “paquerar”?

10) Como era o trabalho na época? Trabalha aqui perto? 11) Qual a forma de lazer na época? 12) Como era a política na época? Participava de algum partido político ou de comunidades no bairro? 13) O que lhe vem à memória quando se fala de pioneiros na época? Havia pioneiros no bairro? Sua família é considerada de pioneiro?

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14) Como a educação dos filhos na época?

15) Havia violência na época? Qual tipo? 16) Como as pessoas se vestiam na época? 17) O que as pessoas comiam na época? 18) Onde as pessoas conseguiam comprar comida e roupa? Havia algum estabelecimento mais comum no bairro? 19) Qual a sua religião? Qual igreja frequentava e qual frequenta hoje? Existe diferença na religião do passado e na religião de hoje? Quais igrejas já estavam no bairro quando chegou?

20) Gostaria de dizer mais alguma coisa?

Técnica básica para transcrição de entrevistas:

o Cabeçalho da entrevista deve constar nome, endereço, sexo, profissão, estado civil e número de filhos

o Quem pergunta, denomina-se “entrevistador” e quem responde “entrevistado”

o Quando não entender palavra: (?)

o Quando o entrevistado rir: (risos)

o Quando o entrevistado não quiser responder: (silêncio) ou (...)

o Quando o entrevistado disser alguma palavra chula: (****)

o A transcrição primeira é INTEGRAL, ou seja, se transcreve tudo o que o entrevistado diz, inclusive seus vícios de linguagem, seus erros de português.

o A transcrição a ser trabalhada em sala de aula é a RESUMIDA(*), ou seja, apenas o essencial da entrevista é que fica.

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Ver texto:

Na primeira etapa, a entrevista gravada é transcrita integralmente. Apesar da noção de que essa primeira etapa do trabalho de transcrição seria essencialmente “neutra”, ou seja, só copiar, é necessário o conhecimento do significado histórico mais completo da realidade da qual o “pioneiro” estaria inserido, para até mesmo entender certas palavras estrangeiras, ou desatualizadas, terminologias locais

(urbanas e rurais), ou ainda que ficaram “confusas” na gravação. Conhecimento este, também essencial, numa segunda etapa, que é o de “limpeza de texto”, para que o transcritor não mude em hipótese alguma o conteúdo da entrevista, ou descaracterize a identidade do entrevistado.

A primeira versão da transcrição, conserva a gramática original, ou seja, os vícios de linguagem, frases inacabadas, palavras repetidas,

etc., que só podem ser devidamente transcritas, de acordo com técnicas apropriadas de pontuação. Na versão final da transcrição, é que a noção de história de quem a transcreveu mais se revela, já que ele, mesmo que sua tarefa não seja o de interpretar criticamente a entrevista, pode, em

função de seus pressupostos teóricos/metodológicos, deturpá-la, ou conservar sua autenticidade, portanto sua historicidade .

http://projetocuco.webnode.com/resumo-do-projeto/

(*) Exemplo RESUMIDA:

PROJETO CUCO Entrevistado: Hélio Solci Entrevistadores: Profª Mariana Josefa de Almeida e alunos da Escola Municipal Salim Aborihan Local: Auditório da super-creche de Londrina (por motivo de reformas no Museu Pe. Carlos Weiss Data: 19.05.99 Transcritor: Rogério Hagemeyer Digitador: Denoir Rosa

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Supervisora de transcrição: Profª Márcia Elisa Teté Ramos

Trecho:

Aluno: Sabemos que o senhor trabalhou durante cinco anos na “Cohab”. Naquele tempo já havia tanta procura por casas populares? Onde foram construídos os primeiros conjuntos? Entrevistado: É, realmente a casa popular sempre houve muita procura, eu trabalhei na “Cohab”. O primeiro conjunto em Londrina foi feito não pela “Cohab”, mas pela “Cohapar”, uma empresa do governo do Estado, chamou “Conjunto do Café”, depois nós fizemos o ”Conjunto Vitória-Régia”, depois o “Jardim Leonor”, depois um desfavelamento aqui em baixo, que chamavam “Barra Vento”, aqui embaixo na Marechal Deodoro, depois aquele conjunto lá em cima, como é que chama? Não me lembro o nome daquele conjunto, margeando a rodovia lá, no sul da cidade. Foi feito o “Conjunto Três Marcos”, aí quando eu já estava saindo da “Cohab”, estava fazendo o conjunto lá no “Milton Gavetti”, lá na zonanorte. [...] Aluna: Naquele tempo era mais fácil ganhar dinheiro? Os pioneiros ficaram ricos? Entrevistado: Não é bem assim não. Não era fácil ganhar dinheiro, existia mais trabalho para quem tinha capacidade, uma capacidade diferente. Agora, havia a oportunidade de ganhar dinheiro desde que a gente trabalhasse mais. Dizer que ficava rico, eu pelo menos não fiquei e nem minha família. Havia uma forma de ganhar dinheiro e juntar, mas continuando vivendo num barraco de pau à pique, coberto de sapê, com telha de zinco. Aqueles que se propuseram a viver uma vida normal, não ficaram ricos. Geralmente, na maioria das vezes dos casos de gente que enriqueceu, foi na especulação com terras, construções, mas que já trouxeram capital para fazer isso. Agora, a gente veio com uma mão na frente e outra atrás, em cima de um caminhão.

PARA O(A) PROFESSOR(A): Como todo este trabalho é muito complexo, sugere-se que o(a) professor(a) ACOMPANHE A ENTREVISTA; que o(a) professor(a) DELEGUE TAREFAS (por exemplo, a transcrição pode ser feita por todos os alunos do grupo, cada um com uma parte); a AVALIAÇÃO pode ser baseada em: compromisso, saber trabalhar em equipe, relatório final.

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Complementando com MUSEU

PARA O(A) PROFESSOR(A): Uma visita ao MUSEU poderia complementar o trabalho em torno das entrevistas. Mas há que se destacar que esta visita não pode apenas priorizar o aspecto lúdico/lazer. Deve-se também ver o MUSEU como FONTE DOCUMENTAL! E, como tal, algumas questões devem ser levantadas levando em consideração MUDANÇAS, PERMANÊNCIAS, DIFERENÇAS e MUDANAÇAS, no sentido de realizar uma RELAÇÃO PASSADO/PRESENTE

1º PASSO Agendar com o Museu de sua cidade uma visita com sua turma

2º PASSO Agendar transporte seguro para levar sua turma

3º PASSO Colocar algumas regras de comportamento para a turma antes da visita e pedir que levem bloco de anotações

4º PASSO Mostrar à turma: narrativa museal (quais objetos são expostos? quais cenários são dispostos? existe uma narrativa de evolução? qual memória é privilegiada? a do “pioneiro”? as histórias da minoria são também consideradas? o que é exposto no museu só diz respeito ao passado?

5º PASSO Pedir que entreguem as anotações com as respostas destas perguntas

ATIVIDADE 09 – Trabalho com MUSEU

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REFERÊNCIAS E INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS:

Observem: algumas referências de materiais, imagens, livros, textos, já estão no corpo do texto. Algumas referências abaixo não foram diretamente usadas no texto, mas servirão para nosso estudo.

BITTENCOURT, Circe M. F. Ensino de História: fundamentos e métodos.

São Paulo: Cortez, 2004. Coleção Docência em Formação.

DIRETRIZES CURRICULARES DE EDUCAÇÃO BÁSICA, Secretaria de

Estado de Educação do Paraná, Historia, Paraná, 2008

GONÇALVES, Rita de Cassia; LISBOA, Tereza Kleba: Sobre o Método da História Oral em sua modalidade trajetórias de vida. Universidade Federal

de Santa Catarina 2007.

LÜDKE, Menga; ANDRÉ, Marli E. D.A., Pesquisa em Educação: Abordagens

Qualitativas, São Paulo: EPU,1986. SCHMIDT, Maria Auxiliadora; CAINELLI, Marlene: Ensinar Historia. São

Paulo: Scipione, 2004.

SCHMIDT, Maria Auxiliadora e CAINELLI, Marlene. História local e o ensino de história. In: Ensinar História. São Paulo. Scipione, 2004

THIOLLENT, Michel: Metodologia da pesquisa, 5ª Ed., São Paulo: Editora

Autores Associados, 1992.

THOMPSON, Paul. A voz do passado. História oral. Trad. Lílio Lourenço de

Oliveira. SP: Paz e Terra, 1992.

Sites interessantes:

http://www.ipesdaminhaterra.com.br/historia.htm

http://pessoal.sercomtel.com.br/casalondrina/fotosantigas.html

http://maringaparanabrasil.blogspot.com/2010/04/cmnp-cia-melhoramentos-norte-do-parana.html

http://projetocuco.webnode.com/

http://www.aflondrina.com.br/2009/sobre/historialondrina.asp

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http://www.carroantigo.com/portugues/conteudo/clube_cidade.htm