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Dinâmica dos investimentos produtivos internacionais Aula 3_World Investment Report (2014) UNCTAD profa. Maria Caramez Carlotto SCB 2° quadrimestre de 2015

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Dinâmica dos investimentos produtivos internacionais Aula 3_World Investment Report (2014)

UNCTAD

profa. Maria Caramez CarlottoSCB 2° quadrimestre de 2015

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World Investment Report

Division on Investment and Enterprise (UNCTAD)

Como encontrar?http://unctad.org/

Estrutura do Overview Global trends investments

Regional Trends

Investment Policy trends and key issues

Investments in the SDG: an action plan for promoting private sector contribuctions

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Categorias essenciais de análise do WIR

Fluxos de entrada e saída de IED (FDI inflow/outflow) Natureza do investimento (privado/estatal ou SWF) Grau de desenvolvimento das economias: economias desenvolvidas; em

desenvolvimento e em transição. Região: Europa; América do Norte, América Latina e Caribe, Ásia, África e

Oceania. Subregiões: Europa (leste/oeste); América do Norte (EUA e Canadá);

América Latina (América do Sul e Central); Ásia (Leste, Sudoeste, Sul e Oriente Médio); África (Norte e Subsaariana). 

Blocos regionais e acordos de comércio em negociação;

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Tendências globais dos investimentos internacionais “otimismo cauteloso”: os fluxos globais de IED em 2013 cresceram

9% em relação a 2012, chegando a U$1,45 trilhões. A entrada de IED cresceu em todos os grupos de economias

(desenvolvidas, em desenvolvimento e em transição), mas sobretudo nas economias desenvolvidas.

Eles preveem um aumento continuo puxado pelas economias em desenvolvimento, que começam a se recuperar da crise.

A fragilidade de algumas economias emergentes, incertezas políticas e conflitos pode inibir o crescimento do IED.

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Tendências globais dos investimentos internacionais

2007 2008 2009 2010 2011 2012 20130%

10%20%30%40%50%60%70%80%90%

100%

26.935.6 42.9 46.1 42.8

54.8 53.6

Entrada de IED (2001 - 2013)

Economias em transiçãoEconomias em de-senvolvimentoEconomias desenvolvidas

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Tendências globais dos investimentos internacionais

2007 2008 2009 2010 2011 2012 20130%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

12.9 15.420.8 24.8 24.7

32.7 32.2

Saída de IED (2007 - 2013)

Economias em transiçãoEconomias em desenvolvimentoEconomias desenvolvidas

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Tendências globais dos investimentos internacionais

2007 2008 2009 2010 2011 2012 20130

0.5

1

1.5

2

2.5

2.268

1.929

1.101

1.323

1.7121.347

1.411

Volume anual de IED no mundo em trilhões de doláres (2007 - 2013)

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Tendências globais dos investimentos Assim, apesar do crescimento, os IEDs ainda não se recuperam da

última crise. Além disso, mesmo com o crescimento das economias desenvolvidas,

as economias em desenvolvimento ainda mantêm a liderança no recebimento de IEDs, em especial a Ásia.

A Ásia como macroregião é o maior destino de IEDs, superando a Europa (tradicional liderança nesse âmbito).

Mas a entrada de IEDs aumentaram também na América Latina e Caribe (6%) e na África (4%).

As economias em transição, puxadas pelos IEDs, que têm como destino a Rússia, também tiveram um aumento nos fluxos de entrada de IEDs.

Por causa desse desenvolvimento, as economias em desenvolvimento e em transição formam, pela primeira vez, metade da lista dos 20 maiores países que recebem IEDs no mundo.

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Tendências globais dos investimentos internacionais

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Tendências globais dos investimentos internacionais

As economias em desenvolvimento também aumentaram a sua participação dos fluxos de saída de IEDs.

Juntamente com as economias em transição elas respondem por 39% dos investimentos externos direto realizados no mundo, contra apenas 12% no começo dos anos 2000.

No entanto – e esse é um dado muito importante – esse crescimento do investimento dos países em desenvolvimento é concentrado em alguns poucos países: China, Rússia, Hong Kong, Coreia do Sul, Singapura, Taiwan.

Juntos, esses países respondem por 64% dos investimentos realizados por esses países.

Considerando só os países em desenvolvimento, os quatro maiores investidores respondem por 57% dos investimentos.

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Tendências globais dos investimentos internacionaisBlocos regionais e acordos comerciais

Olhando para os blocos megarregionais, a importância crescente da Ásia como destino e origem de IEDs fica ainda mais clara.

Assim, a participação da APEC como destino dos investimentos produtivos internacionais aumentou de 37% para 54% (do total) entre 2007 e 2013.

Outras iniciativas de integração regional ligados às economias em desenvolvimento como o MERCOSUL e a ASEAN também viram o recebimento dos fluxos de investimento internacionais dobrar entre o pré e o pós-crise.

Já as três grandes iniciativas de integração regional mostram dinâmicas distintas.

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Tendências globais dos investimentosinternacionais

 Transatlantic Trade and Investment Partnership (TTIP): sua participação nos fluxos de entrada de IEDs caiu de 56% para 30% entre o antes e o depois da crise.

Trans-Pacific Partnership (TTP): A queda da atratividade dos Estados Unidos foi contrabalanceada pelo dinamismo das economias emergentes ligadas ao grupo, em especial as economias asiáticas. Assim, sua participação como destino de IED cresceu de 24% antes de 2008, para 32% em 2013.

 Regional Comprehensive Economic Partnership (RCEP): ASEAN + FTA respondem por 20% dos fluxos de IED (inflows)

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Tendências globais dos investimentosinternacionais

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Tendências globais dos investimentosinternacionais Os IEDs para países mais pobres (LDCs) têm aumentado mais

no setor industrial e de serviços do que extrativista (embora esse continue importante), o que tornou esses países menos dependentes de recursos naturais.

O gás de xisto represou uma área dinâmica de IEDs, sobretudo nos EUA.

Os IEDs da indústria farmacêutica também indicam um rearranjo do setor, com um aumento da terceirização de P&D e compras e fusões de indústrias de genéricos nos países em desenvolvimento.

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Tendências globais dos investimentosinternacionais Por fim, o potencial de investimento das firmas de capital privado

aumentou consideravelmente levando em conta o saldo acumulado (U$1,07 tri) no período e o investimento externo realizado no período.

Os Fundos soberanos (SWF) também aumentaram os seus ativos, mas investem proporcionalmente pouco em IEDs.

As multinacionais estatais (SO-TNCs), embora em número pequeno, têm um impacto importante na dinâmica de IEDs pela sua forte presença internacional.

Por fim, a produção internacionais continuou se expandido em 2013, aumentando as vendas (9%), os ativos (8%), o valor adicionado (6%), o emprego (5%) e exportações (3%).

As EMNs dos países em desenvolvimento se internacionalizaram mais rapidamente do que as dos países desenvolvidos.

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Tendências regionais: África Os fluxos de IED na África cresceram (4%, chegando a 57 bilhões)

impulsionados por investimentos intra-africanos, o que indica uma tendência à integração regional.

EMN da Nigéria, Quênia e África do Sul impulsionam os IEDs intra-regionais; Para os países do interior da África, sem saída para o mar, esses fluxos

regionais são fonte importante de investimento externo. Esses investimentos intra-regionais são relativamente independentes dos

acordos de comércio firmados na África. A expectativa é de crescimento sustendo nos próximos anos, impulsionado

pelo crescimento do mercado interno. Portanto, esses IEDs intra-regionais estão concentrados no setor de

manufatura e serviços. Por outro lado, a participação da África nas CGV ainda se concentra na

base da cadeia (matérias primas).

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Tendências regionais: Ásia Leste da Ásia (+2%): U$ 221 bilhões, com destaque para o

crescimento da China que se tornou o segundo maior recebedor de IEDs do mundo, atrás dos EUA. Mas a China também aumentou sua participação como investidora (15%) sobretudo nos países em desenvolvimento. A perspectiva é que em três anos a saída de IED supere a entrada na China.

Sudeste asiático (+7%): U$ 125 bilhões, com Singapura atraindo metade desse valor.

Sul da Ásia (+10%): U$36 bilhões, impulsionado pela performance da Índia como principal destino (+17% chegando a U$ 28 bilhões).

Oriente médio (-9%): U$44 bilhões. A queda resulta das tensões políticas no local, assim como o grande volume (reconstrução).

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Tendências regionais: América Latina e Caribe Os investimentos na América Latina e Caribe chegaram a U$292

bilhões. Excluindo-se os paraísos fiscais, cai para U$182 (+5%). Esse crescimento está distribuído de forma desigual: A América do

Sul teve uma queda de 6% na entrada de IED, atingindo U$133bilhões, depois de 3 anos consecutivos de crescimento.

O Brasil, como principal receptor de IED, teve uma queda de 2%, puxada pela indústria (-) e os serviços (-). Os IEDs para o setor primário cresceram 86%.

IED no Chile (-29% U$20 Bi), na Argentina (-25% U$9bi), no Peru (-17% U$10 bi).

O único grande país com crescimento na América do Sul foi a Colômbia (+8%, U$17bi)

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Tendências regionais: América Latina e Caribe Já a América Central e Caribe teve um crescimento de 64%,

chegando a U$49bi, mais da metade desse total sendo recebido pelo México (U$38bi)

Outros países com crescimento significativo foram o Panamá (+61%), a Costa Rica (+14%) Guatemala e Nicarágua (+5%).

Já os fluxos que saíram da AL e Caribe tiveram uma queda bem maior(-31%, descendo a U$33 bi).

Brasil e México e a sua inserção nas CGV.

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Tendências regionais: economias de transição (Rússia) O IED para economias em transição tiveram um aumento de

28%, chegando a U$108 bilhões. Parte importante é resultado de privatizações de companhias

estatais remanescentes das ex-repúblicas socialistas. O maior investidor, nesses países, é a Europa, responsável por

quase dois terços do total de investimentos. A maior parte dos investimentos são em recursos naturais

(P&G), setor de consumo, e outras indústrias especializadas que estão sendo privatizadas.

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Tendências regionais: economias desenvolvidas As economias desenvolvidas, depois de uma drástica redução do

recebimento de IED em 2012, tiveram um relativo aumento (+9%) sem, no entanto, recuperar os patamares pré-crise.

O volume dos fluxos chegou a U$566bi; Os fluxos tendo como destino a EU cresceram 14%, permaneceram

quase 30% abaixo do pico de 2007. As economias da EU se recuperaram de forma muito desigual

(Alemanha, aumentando o recebimento de IED, enquanto UK e França reduzindo).

Os EUA, que permaneceram o principal destino de IEDs no mundo, tiveram um crescimento recorde de 17%

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Tendências regionais: economias desenvolvidas Por fim, os fluxos internacionais oriundos das economias

desenvolvidas permaneceram estáveis em relação ao ano passado (U$857 bi).

De novo, existem diferenças importantes: a Europa e o Japão aumentando investimentos externos diretos (produtivos) enquanto a América do Norte retraiu.

A Europa aumentou em 10% seus IED, com a Suíça se tornando a maior investidora europeia. Já as grandes economias (UK, Alemanha e França) sofreram um drástico declínio.

A participação percentual dos países desenvolvidos nos fluxos de IED (entrada e saída) estão em níveis historicamente baixos.

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Tendências das políticas de investimento e assuntos chave

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Tendências das políticas de investimento e assuntos chave As principais medidas de liberalização estão localizadas na Ásia; As privatizações das economias de transição entram na conta das

medidas pró-investimento. Políticas estatais de atração de investimento continuam “apesar de

toda a crítica de que elas são economicamente ineficientes e levam à má alocação de fundos públicos”

O survey da UNCTAD com IPA (agências de promoção do investimento) mostra que os principais objetivos dessas medidas são

1. Criação/ manutenção de empregos2. Transferência de tecnologia3. Incremento de exportações

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Tendências das políticas de investimento e assuntos chave Tendências importantes: aumento de tratados (IIA) Com alguns países de desengajando do sistema Acordos bilaterais aumentam com força. Em especial os chamados “mega acordos

regionais”.

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Tendências das políticas de investimento e assuntos chave

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Tendências das políticas de investimento e assuntos chave

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Special Issue

Investing in the SGDs: na action plan for promoting private sector contributors.

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Programa: quais os determinantes do IED? Ou DIPI?EmpresaEstadoOu acordos produtivos

internacionais?