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Dinâmica Populacional e os Principais
Indicadores do Mercado de Trabalho
Cearense para o 1º Trimestre de 2017
Nº 107 – Maio 2017
IPECE Informe Nº 108: Dinâmica Populacional e os Principais Indicadores do Mercado de Trabalho
Cearense para o 1º Trimestre de 2017.
2
GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ
Camilo Sobreira de Santana – Governador
Maria Izolda Cela – Vice Governadora
SECRETARIA DO PLANEJAMENTO E GESTÃO (SEPLAG)
Francisco Queiroz Maia Júnior – Secretário
INSTITUTO DE PESQUISA E ESTRATÉGIA ECONÔMICA DO
CEARÁ (IPECE)
Flávio Ataliba F. D. Barreto – Diretor Geral
Adriano Sarquis B. de Menezes – Diretor de Estudos Econômicos
IPECE Informe - Nº 107 – Maio de 2017
Elaboração
: Alexsandre Lira Cavalcante (Analista de Políticas Públicas)
O Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (IPECE)
é uma autarquia vinculada à Secretaria do Planejamento e Gestão do
Estado do Ceará.
Fundado em 14 de abril de 2003, o IPECE é o órgão do Governo
responsável pela geração de estudos, pesquisas e informações
socioeconômicas e geográficas que permitem a avaliação de
programas e a elaboração de estratégias e políticas públicas para o
desenvolvimento do Estado do Ceará.
Missão
Propor políticas públicas para o desenvolvimento sustentável do
Ceará por meio da geração de conhecimento, informações
geossocioeconômicas e da assessoria ao Governo do Estado em
suas decisões estratégicas.
Valores
Ética e transparência;
Autonomia técnica;
Rigor científico;
Competência e comprometimento profissional;
Cooperação interinstitucional e
Compromisso com a sociedade.
Visão
Ser uma Instituição de pesquisa capaz de influenciar de modo mais
efetivo, até 2025, a formulação de políticas públicas estruturadoras do
desenvolvimento sustentável do estado do Ceará.
INSTITUTO DE PESQUISA E ESTRATÉGIA ECONÔMICA DO CEARÁ
(IPECE)
Av. Gal. Afonso Albuquerque Lima, s/nº - Edifício SEPLAG, 2º Andar
Centro Administrativo Governador Virgílio Távora – Cambeba
Tel. (85) 3101-3496
CEP: 60830-120 – Fortaleza-CE.
www.ipece.ce.gov.br
Sobre o IPECE Informe
A Série IPECE Informe disponibilizada pelo Instituto
de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (IPECE),
visa divulgar análises técnicas sobre temas relevantes de forma objetiva.
Com esse documento, o Instituto busca promover debates sobre assuntos
de interesse da sociedade, de um modo geral, abrindo espaço para
realização de futuros estudos.
Nesta Edição
Nesta edição foram abordados os principais números e indicadores do mercado de trabalho cearense divulgados pelo IBGE através da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continua.
Pela análise dos dados do mercado de trabalho divulgados pelo IBGE através da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continua é possível perceber que está ocorrendo na economia cearense uma nítida e permanente deterioração do mercado de trabalho capturada por meio dos seus indicadores tradicionais.
Os dados demográficos de população total e população em idade ativa mantém uma dinâmica estável de crescimento.
Contudo, o dado relativo à força de trabalho mostra forte crescimento em relação ao ano passado, pois mais pessoas estão fazendo parte do mercado de trabalho cearense. Todavia, o crescimento da ocupação revelou-se inferior ao crescimento da população acima de 14 anos e bem menos que a população na força de trabalho, podendo-se concluir que a maior presença de pessoas em idade de trabalhar pressionando o mercado de trabalho está servindo apenas para aumentar ainda mais o contingente e o tamanho da fila dos desempregados.
http://www.ipece.ce.gov.br/
IPECE Informe Nº 108: Dinâmica Populacional e os Principais Indicadores do Mercado de Trabalho
Cearense para o 1º Trimestre de 2017.
3
1. INTRODUÇÃO
O presente estudo visa, inicialmente, analisar o comportamento da dinâmica populacional
cearense nos últimos seis anos, quando são apresentadas as principais estimativas do total da
população do estado do Ceará, considerando o corte do contingente populacional formado
pelas pessoas que possuem idade igual ou superior a 14 anos, conhecida como população em
idade de trabalhar.
Num segundo momento são apresentados os contingentes de pessoas presentes e fora da força
de trabalho, ocupadas e desocupadas. Também foram apresentados os principais contingentes
por posição na ocupação e pelos principais grupamentos de atividade econômica. Esses dados
são necessários para o cálculo dos principais indicadores de mercado de trabalho.
O conhecimento da evolução desses números e dos referidos indicadores ajudam
sobremaneira na compreensão da dinâmica do mercado de trabalho cearense, facilitando a
compreensão da conjuntura econômica atual e ajudando na avaliação de políticas voltadas
para essa importante área da economia.
2. PRINCIPAIS DADOS DEMOGRÁFICOS
2.1 População Total
A população total cearense foi estimada em 9 milhões de pessoas no 1º trimestre de 2017. Isso
representou um crescimento de 0,16% em relação ao trimestre imediatamente anterior cujo
incremento absoluto foi de 14 mil pessoas a mais, revelando certa estabilidade na dinâmica
populacional. Já na comparação com o mesmo trimestre do ano passado o crescimento foi de
0,65%, ou seja, um incremento populacional de 58 mil novos habitantes, revelando também
uma estabilidade do ritmo de crescimento vegetativo. (Gráfico 1).
Gráfico 1: Dinâmica da População Total – Ceará – 1º Trim/2012 a 1º Trim/2017 (em
milhares)
Fonte: PNAC/IBGE. Elaboração: IPECE.
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02
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Cearense para o 1º Trimestre de 2017.
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2.2 População em Idade de Trabalhar
Definem-se como população em idade de trabalhar (ou em idade ativa) todas as pessoas de 14
anos ou mais de idade na data de referência. Pela análise do Gráfico 2, é possível observar que
o total de pessoas em idade de trabalhar, isto é, aquelas com idade de 14 anos ou mais, foi
estimado em 7,21 milhões no 1º trimestre de 2017. Isso representou um crescimento de 0,53%
em relação ao trimestre imediatamente anterior cujo incremento absoluto foi de 38 mil
pessoas a mais nesta faixa etária, revelando novamente certa estabilidade na dinâmica
populacional. Já na comparação com o mesmo trimestre do ano passado o crescimento foi de
2,01%, ou seja, um incremento populacional de 142 mil pessoas com idade de trabalhar,
revelando um nítido crescimento deste contingente populacional.
Gráfico 2: Pessoas de 14 anos ou mais de idade – Ceará – 1º Trim/2012 a 1º Trim/2017 (em
milhares)
Fonte: PNAC/IBGE. Elaboração: IPECE.
2.3 População na Força de Trabalho
As pessoas na força de trabalho na semana de referência compreendem as pessoas ocupadas e
as pessoas desocupadas nessa semana. Pela análise do Gráfico 3, é possível observar que o
total de pessoas na força de trabalho cearense foi estimado em 3,93 milhões no 1º trimestre de
2017. Isso representou um crescimento de 0,87% em relação ao trimestre imediatamente
anterior cujo incremento absoluto foi de 34 mil pessoas a mais compondo a força de trabalho
do estado, revelando também estabilidade na dinâmica desse mercado. Já na comparação com
o mesmo trimestre do ano anterior o crescimento foi de 5,13%, ou seja, um incremento
populacional de 192 mil pessoas no mercado de trabalho local, revelando com isso um
crescimento deste contingente de trabalhadores.
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46
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Cearense para o 1º Trimestre de 2017.
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Gráfico 3: Pessoas de 14 anos ou mais de idade, na força de trabalho, na semana de
referência – Ceará – 1º Trim/2012 a 1º Trim/2017 (em milhares)
Fonte: PNAC/IBGE. Elaboração: IPECE.
2.4 População Ocupada
São classificadas como ocupadas na semana de referência as pessoas que, nesse período,
trabalharam pelo menos uma hora completa em trabalho remunerado em dinheiro, produtos,
mercadorias ou benefícios (moradia, alimentação, roupas, treinamento etc.) ou em trabalho
sem remuneração direta, em ajuda à atividade econômica de membro do domicílio ou, ainda,
as pessoas que tinham trabalho remunerado do qual estavam temporariamente afastadas nessa
semana.
Consideram-se como ocupadas temporariamente afastadas de trabalho remunerado as pessoas
que não trabalharam durante pelo menos uma hora completa na semana de referência por
motivo de: férias, folga, jornada de trabalho variável, licença maternidade e fatores
ocasionais.
Assim, também foram consideradas as pessoas que, na data de referência, estavam, por
período inferior a 4 meses: afastadas do trabalho em licença remunerada por motivo de
doença ou acidente da própria pessoa ou outro tipo de licença remunerada; afastadas do
próprio empreendimento sem serem remuneradas por instituto de previdência; em greve ou
paralisação. Além disso, também, foram consideradas ocupadas as pessoas afastadas por
motivos diferentes dos já citados, desde que tivessem continuado a receber ao menos uma
parte do pagamento e o período transcorrido do afastamento fosse inferior a 4 meses.
Pela análise do Gráfico 4, é possível observar que o total de pessoas ocupadas no mercado de
trabalho cearense foi estimado em 3,37 milhões no 1º trimestre de 2017. Isso representou uma
queda de 1,23% em relação ao trimestre imediatamente anterior cuja variação absoluta foi de
42 mil a menos no contingente de pessoas ocupadas no estado do Ceará, revelando, dessa
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Cearense para o 1º Trimestre de 2017.
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forma, um movimento de desaceleração da ocupação nesse mercado. Na comparação com o
mesmo trimestre do ano anterior o crescimento foi de 1,05%, ou seja, um contingente de 35
mil ocupações foi destruído no mercado de trabalho local, revelando uma desaceleração nesse
mercado.
Gráfico 4: Pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência – Ceará –
1º Trim/2012 a 1º Trim/2017 (em milhares)
Fonte: PNAC/IBGE. Elaboração: IPECE.
2.5 População Desocupada
São classificadas como desocupadas na semana de referência as pessoas sem trabalho (que
gera rendimentos para o domicílio) nessa semana, que tomaram alguma providência efetiva
para consegui-lo no período de referência de 30 dias e que estavam disponíveis para assumi-lo
na semana de referência. Consideram-se, também, como desocupadas as pessoas sem trabalho
na semana de referência que não tomaram providência efetiva para conseguir trabalho no
período de referência de 30 dias porque já haviam conseguido trabalho que iriam começar
após a semana de referência.
Pela análise do Gráfico 5, é possível observar que o total de pessoas desocupadas no mercado
de trabalho cearense foi estimado em 561 mil pessoas no 1º trimestre de 2017. Isso
representou um crescimento de 15,91% em relação ao trimestre imediatamente anterior cuja
variação absoluta foi de 77 mil pessoas a mais de desocupados no mercado de trabalho
cearense, revelando dessa forma um movimento de aceleração do contingente de pessoas que
procuram emprego, mas não logram êxito em suas buscas no mercado de trabalho local. Já na
comparação com o mesmo trimestre do ano anterior o crescimento foi ainda maior, igual a
39,21%, revelando que o contingente de desocupados aumentou significativamente, em 158
mil pessoas, resultado da conjuntura de crise econômica que se revela ainda bastante
persistente.
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Cearense para o 1º Trimestre de 2017.
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Gráfico 5: Pessoas de 14 anos ou mais de idade, desocupadas na semana de referência –
Ceará – 1º Trim/2012 a 1º Trim/2017 (em milhares)
Fonte: PNAC/IBGE. Elaboração: IPECE.
2.6 População Fora da Força de Trabalho
São classificadas como fora da força de trabalho na semana de referência as pessoas que não
estavam ocupadas nem desocupadas nessa semana. Pela análise do Gráfico 6, é possível
observar que o total de pessoas fora da força de trabalho cearense foi estimado em 3,28
milhões de pessoas no 1º trimestre de 2017.
Isso representou um crescimento de apenas 0,12% em relação ao trimestre imediatamente
anterior cuja variação absoluta foi de apenas 4 mil pessoas, revelando com isso um
movimento de estabilidade do contingente de pessoas que se encontra fora do mercado de
trabalho local. Já na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior foi observado queda
de 1,47%, revelando que o contingente de pessoas fora do mercado de trabalho reduziu-se em
49 mil pessoas, revelando que um maior número de pessoas em idade de trabalho passou a
fazer parte do mercado de trabalho, como ocupadas ou desocupadas.
Gráfico 6: Pessoas de 14 anos ou mais de idade, fora da força de trabalho, na semana de
referência – Ceará – 1º Trim/2012 a 1º Trim/2017 (em milhares)
Fonte: PNAC/IBGE. Elaboração: IPECE.
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Cearense para o 1º Trimestre de 2017.
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3. POSIÇÃO NA OCUPAÇÃO
3.1 EMPREGADO NO SETOR PRIVADO COM CARTEIRA (EXCLUSIVE
TRABALHADORES DOMÉSTICOS)
Aqui são classificadas todas as pessoas que trabalhavam para um empregador (pessoa física
ou jurídica) do setor privado, geralmente obrigando-se ao cumprimento de uma jornada de
trabalho e recebendo em contrapartida uma remuneração em dinheiro, mercadorias, produtos
ou benefícios (moradia, alimentação, roupas, treinamento etc.). Nesse subgrupo, incluiu-se o
sacerdote, o ministro de igreja, o pastor, o rabino, o frade, a freira e outros clérigos.
Pela análise do Gráfico 7, é possível observar que o total de pessoas ocupadas na semana de
referência como Empregado no setor privado com carteira de trabalho assinada (exclusive
trabalhadores domésticos) foi estimado em 913 mil no 1º trimestre de 2017. Isso representou
uma queda de 2,77% em relação ao trimestre imediatamente anterior, revelando uma redução
de 26 mil pessoas nesta posição da ocupação.
Isso revelou certa estabilidade na dinâmica de pessoas empregadas com carteira assinada. Já
na comparação com o mesmo trimestre do ano passado o crescimento foi de 2,47%, ou seja,
um incremento de 22 mil empregados com carteira assinada, revelando também uma
estabilidade na comparação dos dois períodos.
Gráfico 7: Pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência como
Empregado no setor privado com carteira de trabalho assinada (exclusive trabalhadores
domésticos) – Ceará – 1º Trim/2012 a 1º Trim/2017 (em milhares)
Fonte: PNAC/IBGE. Elaboração: IPECE.
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Cearense para o 1º Trimestre de 2017.
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3.2 EMPREGADO NO SETOR PRIVADO SEM CARTEIRA (EXCLUSIVE
TRABALHADORES DOMÉSTICOS)
Representam-se nesta categoria todas as pessoas que trabalhavam para um empregador
(pessoa física ou jurídica) do setor privado, geralmente obrigando-se ao cumprimento de uma
jornada de trabalho e recebendo em contrapartida uma remuneração em dinheiro,
mercadorias, produtos ou benefícios (moradia, alimentação, roupas, treinamento etc.). Nesse
subgrupo, incluiu-se o sacerdote, o ministro de igreja, o pastor, o rabino, o frade, a freira e
outros clérigos.
Pela análise do Gráfico 8, é possível observar que o total de pessoas ocupadas na semana de
referência como Empregado no setor privado sem carteira de trabalho assinada (exclusive
trabalhadores domésticos) foi estimado em 612 mil no 1º trimestre de 2017. Isso representou
uma queda de 8,09% em relação ao trimestre imediatamente anterior, revelando uma redução
de 53 mil pessoas nesta posição da ocupação.
Isso mostra que o total de pessoas ocupadas sem carteira assinada vem caindo no período
mais recente. Já na comparação com o mesmo trimestre do ano passado ocorreu crescimento
de 3,08%, ou seja, um incremento de 18 mil empregados sem carteira assinada, revelando
também uma estabilidade na comparação dos dois períodos.
Gráfico 8: Pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência como
Empregado no setor privado sem carteira de trabalho assinada (exclusive trabalhadores
domésticos) – Ceará – 1º Trim/2012 a 1º Trim/2017 (em milhares)
Fonte: PNAC/IBGE. Elaboração: IPECE.
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IPECE Informe Nº 108: Dinâmica Populacional e os Principais Indicadores do Mercado de Trabalho
Cearense para o 1º Trimestre de 2017.
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3.3 TRABALHADOR DOMÉSTICO
Os trabalhadores domésticos são todas as pessoas que trabalham prestando serviço doméstico
remunerado em dinheiro ou benefícios, em uma ou mais unidades domiciliares. Pela análise
do Gráfico 9, é possível observar que o total de pessoas ocupadas na semana de referência
como Trabalhador doméstico foi estimado em 263 mil no 1º trimestre de 2017, ou seja, não
registrando, portanto, variação em relação ao trimestre imediatamente anterior. Já na
comparação com o mesmo trimestre do ano passado ocorreu significativo crescimento
(5,20%), ou seja, um incremento de 13 mil empregados domésticos no mercado de trabalho
cearense, revelando também uma estabilidade na comparação dos dois períodos.
Gráfico 9: Pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência como
Trabalhador doméstico – Ceará – 1º Trim/2012 a 1º Trim/2017 (em milhares)
Fonte: PNAC/IBGE. Elaboração: IPECE.
3.4 EMPREGADO NO SETOR PÚBLICO (INCLUSIVE SERVIDOR ESTATUTÁRIO
E MILITAR)
Aqui estão presentes todas as pessoas que trabalhavam para o governo (inclusive empresas de
economia mista), em qualquer esfera: federal, estadual ou municipal, que abrange, além das
entidades da administração direta, as fundações, as autarquias, as empresas públicas e as
empresas de economia mista. Nesse subgrupo, incluiu-se a pessoa que exercia mandato
eletivo como vereador, deputado, prefeito etc.
Pela análise do Gráfico 10, é possível observar que o total de pessoas ocupadas na semana de
referência como Empregado no setor privado sem carteira de trabalho assinada (exclusive
trabalhadores domésticos) foi estimada em 416 mil no 1º trimestre de 2017. Isso representou
uma pequena queda de 0,48% em relação ao trimestre imediatamente anterior, revelando uma
redução de apenas 2 mil pessoas nesta posição da ocupação. Isso mostra que o total de
236
252
236
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238
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IPECE Informe Nº 108: Dinâmica Populacional e os Principais Indicadores do Mercado de Trabalho
Cearense para o 1º Trimestre de 2017.
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pessoas empregadas no setor público vem mantendo estabilidade no período mais recente. Já
na comparação com o mesmo trimestre do ano passado ocorreu crescimento de 3,74%, ou
seja, um incremento de 15 mil empregados, revelando também estabilidade na comparação
dos dois períodos.
Gráfico 10: Pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência como
Empregado no setor público (inclusive servidor estaturário e militar) – Ceará – 1º Trim/2012 a
1º Trim/2017 (em milhares)
Fonte: PNAC/IBGE. Elaboração: IPECE.
3.5 EMPREGADOR
Os empregadores são todas as pessoas que trabalham explorando o seu próprio
empreendimento, com pelo menos um empregado. Pela análise do Gráfico 11, é possível
observar que o total de pessoas ocupadas na semana de referência na posição de empregador
foi estimado em 121 mil no 1º trimestre de 2017. Isso representou um forte crescimento de
5,22% em relação ao trimestre imediatamente anterior, revelando um aumento de 6 mil
pessoas nesta posição da ocupação. Isso mostra que o total de empregadores vem crescendo
no período mais recente. Já na comparação com o mesmo trimestre do ano passado ocorreu
um notório crescimento de 10,0%, ou seja, um incremento de 11 mil empregadores, revelando
ascensão desse quantitativo na comparação dos dois períodos.
Gráfico 11: Pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência como
Empregador – Ceará – 1º Trim/2012 a 1º Trim/2017 (em milhares)
Fonte: PNAC/IBGE. Elaboração: IPECE.
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438
438
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IPECE Informe Nº 108: Dinâmica Populacional e os Principais Indicadores do Mercado de Trabalho
Cearense para o 1º Trimestre de 2017.
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3.6 CONTA PRÓPRIA
Pessoa que trabalhava explorando o seu próprio empreendimento, sozinha ou com sócio, sem
ter empregado e contando, ou não, com a ajuda de trabalhador familiar auxiliar. Pela análise
do Gráfico 12, é possível observar que o total de pessoas ocupadas na semana de referência
como Conta-própria foi estimado em 947 mil no 1º trimestre de 2017. Isso representou um
crescimento de 1,07% em relação ao trimestre imediatamente anterior, revelando um aumento
de 10 mil pessoas trabalhando por conta própria. Já na comparação com o mesmo trimestre do
ano passado ocorreu uma forte queda (-8,94%), ou seja, uma redução de 93 mil empregados
por conta própria, revelando nítida queda na comparação dos dois períodos.
Gráfico 12: Pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência como
Conta-própria – Ceará – 1º Trim/2012 a 1º Trim/2017 (em milhares)
Fonte: PNAC/IBGE. Elaboração: IPECE.
3.7 TRABALHADOR FAMILIAR AUXILIAR
Pessoa que trabalhava sem receber pagamento, durante pelo menos uma hora na semana de
referência, em ajuda a membro da unidade domiciliar que era conta própria, empregador ou
empregado. Pela análise do Gráfico 13, é possível observar que o total de pessoas ocupadas na
semana de referência como Trabalhador familiar auxiliar foi estimado em 113 mil no 1º
trimestre de 2017. Isso representou um expressivo crescimento de 26,97% em relação ao
trimestre imediatamente anterior, revelando aumento de 24 mil pessoas trabalhadoras
familiares auxiliares. Já na comparação com o mesmo trimestre do ano passado ocorreu um
forte crescimento de 76,56%, ou seja, um nítido crescimento de 49 mil empregados familiares
auxiliares, revelando nítida elevação na comparação dos dois períodos.
1.0
52
94
2
89
0
89
4
90
1 93
2
92
6
95
1 983
990
977
96
6
954 985
95
7
1.0
45
1.0
40
1.0
47
980
93
7
94
7
800
850
900
950
1.000
1.050
1.100
IPECE Informe Nº 108: Dinâmica Populacional e os Principais Indicadores do Mercado de Trabalho
Cearense para o 1º Trimestre de 2017.
13
Gráfico 13: Pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência como
Trabalhador familiar auxiliar – Ceará – 1º Trim/2012 a 1º Trim/2017 (em milhares)
Fonte: PNAC/IBGE. Elaboração: IPECE.
4. OCUPADOS POR GRUPAMENTOS DE ATIVIDADE
Na comparação com o trimestre imediatamente anterior das dez atividades pesquisadas,
apenas quatro apresentaram crescimento: Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e
aquicultura (+7,61%); Administração pública, defesa, seguridade, educação, saúde humana e
serviços sociais (+1,32%); Transporte, armazenagem e correio (+0,74%); e Informação,
comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (0,40%). A
atividade de Serviços Domésticos revelou estabilidade na comparação. Enquanto isso, outras
cinco atividades registraram queda na mesma comparação: Outros serviços (-10,97%);
Construção (-10,55%); Indústria Geral (-5,82%); Alojamento e alimentação (-3,29%); e
Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (-0,54%). (Tabela 1).
Por outro lado, na comparação com o primeiro trimestre de 2016, seis atividades apresentaram
crescimento: Transporte, armazenagem e correio (+22,52%); Alojamento e alimentação
(+15,08%); Serviços Domésticos (+5,58%); Comércio, reparação de veículos automotores e
motocicletas (+5,19%); Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias,
profissionais e administrativas (+4,12%); Administração pública, defesa, seguridade,
educação, saúde humana e serviços sociais (+1,89%). Por sua vez, Construção (-13,99%);
Outros serviços (-9,80%); Indústria Geral (-3,96%); Agricultura, pecuária, produção florestal,
pesca e aquicultura (-3,42%) apresentaram as principais baixas. (Tabela 1).
132
161
135
108 123 136
114 131
143
128
117
91
97
95
86
68
64 72
72
89
113
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
IPECE Informe Nº 108: Dinâmica Populacional e os Principais Indicadores do Mercado de Trabalho
Cearense para o 1º Trimestre de 2017.
14
Tabela 1: Pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência no
grupamento de atividade – Ceará – 1º Trim/2012 a 1º Trim/2017 (em milhares)
Trimestres
Agricultura,
pecuária,
produção
florestal,
pesca e
aquicultura
Indústria
Geral Construção
Comércio,
reparação
de veículos
automotores
e
motocicletas
Transporte,
armazenagem
e correio
Alojamento
e
alimentação
Informação,
comunicação e
atividades
financeiras,
imobiliárias,
profissionais e
administrativas
Administração
pública,
defesa,
seguridade,
educação,
saúde humana
e serviços
sociais
Outros
serviços
Serviços
Domésticos
1º Trim/2012 605 493 263 704 124 158 232 519 129 236
2º Trim/2012 540 501 263 685 123 155 241 524 128 252
3º Trim/2012 507 465 267 681 123 151 237 556 141 236
4º Trim/2012 457 498 281 682 131 146 241 547 134 218
1º Trim/2013 461 492 268 687 121 153 228 529 140 228
2º Trim/2013 485 498 270 701 122 152 236 540 142 238
3º Trim/2013 473 481 289 723 120 172 238 554 146 225
4º Trim/2013 495 499 295 757 111 180 255 534 139 232
1º Trim/2014 500 484 289 753 115 188 252 514 149 235
2º Trim/2014 494 486 302 766 113 188 268 532 146 251
3º Trim/2014 450 508 306 773 115 184 276 519 154 248
4º Trim/2014 403 523 312 767 120 173 275 528 158 229
1º Trim/2015 417 492 301 753 122 168 261 514 152 242
2º Trim/2015 408 484 310 740 122 169 264 535 150 253
3º Trim/2015 396 473 306 729 123 173 263 557 153 275
4º Trim/2015 408 483 319 707 125 185 257 548 145 261
1º Trim/2016 439 455 286 694 111 179 243 528 153 251
2º Trim/2016 474 445 269 757 119 180 253 554 151 264
3º Trim/2016 435 446 264 724 126 195 247 522 172 265
4º Trim/2016 394 464 275 734 135 213 252 531 155 265
1º Trim/2017 424 437 246 730 136 206 253 538 138 265
Var (%)
1º Trim/2017-
4º Trim/2016
7,61 -5,82 -10,55 -0,54 0,74 -3,29 0,40 1,32 -10,97 0,00
Var (%)
1º Trim/2017-
4º Trim/2016
-3,42 -3,96 -13,99 5,19 22,52 15,08 4,12 1,89 -9,80 5,58
Fonte: PNAC/IBGE. Elaboração: IPECE.
5. PRINCIPAIS INDICADORES DO MERCADO DE TRABALHO
5.1. TAXA DE PARTICIPAÇÃO NA FORÇA DE TRABALHO
A taxa de participação na força de trabalho representa o percentual de pessoas na força de
trabalho, na semana de referência, em relação às pessoas em idade de trabalhar que são as
pessoas que possuem idade maior ou igual a 14 anos. Pela análise do Gráfico 13 é possível
observar que a taxa de participação na força de trabalho cearense foi de 54,5%, revelando que,
de cada 1000 pessoas em idade de trabalhar, 545 delas formavam a força de trabalho no
mercado cearense. Nota-se que na comparação com o último trimestre ocorreu aumento de
participação no mercado de trabalho, mas ainda revelando certa estabilidade. Contudo, na
comparação com o mesmo trimestre anterior, esta taxa cresceu em 1,6 pontos percentuais,
IPECE Informe Nº 108: Dinâmica Populacional e os Principais Indicadores do Mercado de Trabalho
Cearense para o 1º Trimestre de 2017.
15
apresentando uma situação de nítida aceleração desse indicador. Isso mostra que mais pessoas
em idade de trabalhar passaram a ofertar trabalho no início de 2017.
Gráfico 13: Taxa de participação na força de trabalho das pessoas de 14 anos ou mais de
idade, na semana de referência – Ceará – 1º Trim/2012 a 1º Trim/2017 (%)
Fonte: PNAC/IBGE. Elaboração: IPECE.
5.2. NÍVEL DE OCUPAÇÃO
Já o nível de ocupação representa o percentual de pessoas ocupadas, na semana de referência,
em relação ao total de pessoas em idade de trabalhar que são as pessoas que possuem idade
maior ou igual a 14 anos.
Conforme Gráfico 14, é possível conhecer a dinâmica do nível de ocupação no mercado de
trabalho cearense. No primeiro trimestre de 2017, de cada 1000 pessoas acima de 14 anos,
468 delas encontravam-se ocupadas. Na comparação com o trimestre anterior ocorreu retração
desse indicador (-0,8 p.p.), revelando retração no nível de ocupação no mercado de trabalho
local, explicado pelo efeito combinado do aumento no total de pessoas em idade de trabalhar
e pela redução do contingente de pessoas ocupadas. Já na comparação com o mesmo trimestre
de 2016 também ocorreu variação negativa de 0,5 p.p. explicada pelo maior crescimento do
contingente de pessoas em idade de trabalhar, um fenômeno completamente demográfico.
55,4 55,1
54,1
53,1 53,3
54,2
53,6
54,3 54,4
54,9
54,4
53,3 53,0
53,6
54,3
53,6
52,9
55,0 54,7
54,4 54,5
52,0
52,5
53,0
53,5
54,0
54,5
55,0
55,5
56,0
IPECE Informe Nº 108: Dinâmica Populacional e os Principais Indicadores do Mercado de Trabalho
Cearense para o 1º Trimestre de 2017.
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Gráfico 14: Nível da ocupação das pessoas de 14 anos ou mais de idade, na semana de
referência – Ceará – 1º Trim/2012 a 1º Trim/2017 (%)
Fonte: PNAC/IBGE. Elaboração: IPECE.
5.3. TAXA DE DESOCUPAÇÃO
A taxa de desocupação também conhecida como taxa de desemprego é dada pelo percentual
de pessoas desocupadas, na semana de referência, em relação ao total de pessoas na força de
trabalho nessa mesma semana. Conforme dados disponíveis no Gráfico 15, a taxa de
desocupação no mercado de trabalho cearense passou a ser de 14,3%, revelando que, de cada
1000 pessoas presentes no mercado de trabalho, 143 delas encontram-se desocupadas. Na
comparação com o trimestre imediatamente anterior essa taxa subiu significativamente em 1,8
p.p. enquanto que na comparação com o mesmo trimestre do ano passado a variação foi ainda
mais expressiva de 3,5 p.p. revelando uma total deterioração do mercado de trabalho cearense.
Isso é um nítido sinal de que mais pessoas estão em busca de uma ocupação e não estão
conseguindo encontrar.
Gráfico 15: Taxa de desocupação das pessoas de 14 anos ou mais de idade, na semana de
referência – Ceará – 1º Trim/2012 a 1º Trim/2017 (%)
Fonte: PNAC/IBGE. Elaboração: IPECE.
51,4
50,6
49,8
49,2
48,6
49,6 49,8
50,6
50,1
50,8 50,4
49,8
48,8 48,9 49,1
48,8
47,2
48,7
47,5 47,6
46,8
46,0
47,0
48,0
49,0
50,0
51,0
52,0
7,2
8,1 8,0 7,5
8,8 8,4
7,2 6,9
7,9 7,5 7,4
6,6
8,0
8,8
9,5 9,0
10,8
11,5
13,1
12,4
14,3
6,0
7,0
8,0
9,0
10,0
11,0
12,0
13,0
14,0
15,0
IPECE Informe Nº 108: Dinâmica Populacional e os Principais Indicadores do Mercado de Trabalho
Cearense para o 1º Trimestre de 2017.
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6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Pela análise dos dados do mercado de trabalho divulgados pelo IBGE através da Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílios Continua é possível perceber que está ocorrendo na
economia cearense uma nítida e permanente deterioração do mercado de trabalho capturada
por meio dos seus indicadores tradicionais.
Os dados demográficos de população total e população em idade ativa mantém uma dinâmica
estável de crescimento.
Contudo, o dado relativo à força de trabalho mostra forte crescimento em relação ao ano
passado, pois mais pessoas estão fazendo parte do mercado de trabalho cearense. Todavia, o
crescimento da ocupação revelou-se inferior ao crescimento da população acima de 14 anos e
bem menos que a população na força de trabalho, podendo-se concluir que a maior presença
de pessoas em idade de trabalhar pressionando o mercado de trabalho está servindo apenas
para aumentar ainda mais o contingente e o tamanho da fila dos desempregados.